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Temporada #012
Ideia #005

Come And Get It
Selena Gomez

Esta história não possui capas prévias (:

Sem curiosidades para essa história no momento!

Sentence, my Sentence

You ain’t gotta worry, it’s an open invitation
I’ll be sittin’ right here, real patient
All day, all night, I’ll be waitin’ standby

(POV )

  — Ah, porra! — sacudi a mão queimada pelo café que eu derramei e minimizei a bagunça com algumas folhas de papel-toalha. 
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  — A ainda está com raiva, hein? — , meu melhor amigo e colega de trabalho, surgiu atrás de mim na copa, meio preocupado, meio querendo rir da minha falta de jeito.
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  Meneei a cabeça em silêncio, o mesmo que eu vinha recebendo de há uma semana. A bandeja espelhada, embaçada pelo café que transbordou da xícara, refletia minha imagem abatida: olheiras, barba por fazer e cara de poucos amigos, resultado da greve de palavras — e de todo o resto — que me foi imposta pela minha namorada. Enganar a abstinência com a cafeína não surtiu muito efeito, até porque a cafeína não era a minha . E a minha , quando queria, sabia me maltratar.
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  — Eu vou pagar por aqueles dez minutos por toda a minha vida. — murmurei.
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  — Condenação exagerada. — deu seu parecer de advogado. — Você tinha que dar pelo menos uma passada no aniversário da , ela é filha do chefe! E o cara praticamente te pegou na porta do escritório e te arrastou até lá.
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  Suspirei lembrando da série de infortúnios que me colocaram no castigo severo em que eu estava atualmente. Sexta-feira, celular completamente descarregado, fim do expediente. Dr. Blake, meu supervisor, surge na porta da minha sala e me convida, cheio de dentes, para o happy hour da firma. Mesmo que eu não conseguisse avisar a , um pequeno atraso de dez minutos não me colocaria em problemas, certo?
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  Errado. Dez minutos foram mais do que suficientes para eu descobrir que não era um happy hourqualquer e que o bolo de dois andares em cima da mesa reservada para pessoal do escritório tinha o nome da nele, bem embaixo de uma faixa de feliz aniversário. Além disso, o maldito estagiário, fez questão de juntar todo mundo numa foto para os stories do instagram da firma. Não que eu quisesse esconder minha localização da , não era assim que as coisas funcionavam entre nós, mas o fato de ela saber por terceiros que eu estava (contra a minha vontade) no aniversário de uma mulher de quem ela não gostava nem um pouco era motivo bastante para ela querer minha cabeça.
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  Mas ela não quis. Nem a cabeça, nem o braço, nem o beijo, nem qualquer coisa que viesse de mim. Há doloridos cinco dias, tudo o que eu tinha da eram um semblante fechado e um bico de reprovação, motivados pela cisma com, palavras dela, “a pick me girl que fica acesa demais perto de você”. Por mais que o ciúme, ainda que sem motivo, tivesse um quê de adorável, a saudade estava começando a latejar. No peito e em países mais baixos
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  — Por que você tá aqui, ? — reparei no meu relógio de pulso enquanto preparava uma xícara de café substituta para o desastre que foi a primeira. — Seu intervalo é daqui a uma hora.
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  — Vim te avisar da besteira que você fez antes que chegue no Blake. — bateu uma pasta amarela no meu peito. — Você mandou o relatório errado, mas se você largar esse seu café triste, dá tempo de redigir outro.
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  — Me desculpa. — aceitei a pasta com uma mão e esfreguei a testa com a outra. — Minha cabeça está um caos.
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  — Quanto tempo de castigo? — torceu os lábios e eu desejei não conhecê-lo tão bem a ponto de saber que ele estava se divertindo às custas do meu sofrimento. Exatamente como eu faria se estivesse no lugar dele.
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  — Cinco dias e contando. — desisti do café e tomei o caminho da minha sala. — Conhece algum bom advogado para reduzir a minha pena?
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  — Não posso te ajudar, amigo. — me acompanhou. — Isso me configuraria como cúmplice e eu não tô afim de receber a mesma sentença que você.
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  — Nesse caso, eu vou arrumar isso aqui e trabalhar na minha defesa. — olhei exausto para o meu computador.
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  — Boa sorte. — ele encostou a porta atrás de si. — Ah! — girou nos calcanhares e abriu a porta novamente. — Dá um jeito nessa sua cara, . Não pega bem um advogado com esse projeto aí de barba.
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  — A é quem faz pra mim. — passei a mão pelo próprio rosto, áspero, e baixei a cabeça na mesa, derrotado.
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  — Céus, homem. Reage, ou esse amor vai te matar. — incentivou, risonho.
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  — Eu morreria feliz. — sorri fraco.
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  — Então antes de morrer, faz a barba. Você é bem grandinho, sabe fazer sozinho.
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  Saber, eu sabia. Mas o “homem grandinho” que eu era se derretia todo com os carinhos que esse meu ritual me fazia ganhar da . Era uma coisa simples, mas era um momento nosso, um momento íntimo, gostoso, e até sensual — embora, àquela altura da seca, até mesmo o respirar da parecesse sensual.
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  Minha namorada era irresistível. E eu era um viciado.
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  Resolvida a crise do relatório, o caminho para casa foi tedioso e cansativo. Pelo relógio no painel do carro eu soube que deveria estar chegando também, junto com a sua greve de palavras contra mim. Estacionei de mau jeito na vaga do nosso apartamento, subi as escadas e abri a porta desgostoso ao me deparar com a sala vazia, sem sinal da bolsa, dos sapatos ou do sutiã, primeira coisa da qual ela se livrava.
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  Suspirei, desabotoando a camisa social e me conformando com a ideia de tomar um banho sozinho. O espelho foi cruel mais uma vez e eu me assustei com a minha própria cara, que precisava desesperadamente de um trato. Molhei o rosto, impaciente, e procurei a espuma de barbear entre os produtos do armário. Espalhei o conteúdo pelo lado direito da face e arrisquei o primeiro passar da navalha, mais rápida e mais afiada que o barbeador comum, obtendo algum sucesso. Mas a segunda passada foi traiçoeira e me arrancou sangue da pele da bochecha num corte fino e ardido.
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  — Porra. — joguei a navalha na bancada e procurei um pedaço de algodão para estancar a ferida, encontrando o pote vazio.
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  — O papel é melhor. — foi a voz da que me avisou, surgindo à porta e adentrando o banheiro para pegar rapidamente alguns lenços de papel, dobrando-os e apertando-os contra o meu rosto. — Pressiona assim, tá? Eu vou buscar um cubo de gelo, ajuda a parar o sangramento.
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  O sangramento era só um filete superficial, mas eu aceitei e obedeci. voltou no mesmo passo que foi e me limpou o corte com cuidado, massageando ao redor com a pedra de gelo e me causando um alívio instantâneo ao adormecer a área machucada. O toque dela era mais calmante que o cubo gelado, os dedos finos e tatuados começaram a passear pelo meu maxilar junto com o gelo e, em dado momento, a pedra se desfez nas mãos dela e escorreu pelo meu peito e pela minha barriga.
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  Rolei os olhos. O choque da temperatura era uma delícia.
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  — Quer que eu termine pra você? — sugeriu, observando o caminho que a água fez pelo meu tronco.
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  — Não sei se é uma boa ideia colocar uma navalha na sua mão quando você está com raiva de mim… — enxuguei o abdômen enquanto ela assistia.
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  — Não vou retalhar a sua cara. Você mesmo fez isso. — ela desviou o olhar e deu uma rápida analisada no ambiente, julgando a minha falta de preparo. — Você usou o hidratante?
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  — Não.
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  — A toalha quente? — ela cruzou os braços.
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  — Não. — cocei a nuca, flexionando de propósito o braço nu. — Na verdade eu só passei a lâmina e torci pra dar certo.
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   meneou a cabeça e fez um bico de reprovação. Um bico lindo que eu queria beijar.
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  — Pega a cadeira da minha penteadeira e coloca aqui. — ela se rendeu, separando uma toalha de rosto e ligando a água quente. — Eu faço pra você.
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  — Jura? — perguntei, empolgado com a iminência de contato.
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  — Tá com medo de eu cortar a sua garganta? — desdenhou.
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  — Tá com medo de não conseguir ficar longe de mim? — devolvi.
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  Sem responder, apenas testou a temperatura da água, colocando o pulso embaixo da torneira antes de encharcar a toalha, e eu deixei ela acreditar que eu não vi o discreto sorriso que ela quase falhou em segurar. Me enchi de esperança: minha namorada finalmente estava amolecendo, sensibilizada pelo meu pequeno acidente. Peguei a cadeira antes que ela mudasse de ideia e coloquei na frente da pia, sentando de costas para a cuba, onde preparava os produtos de que precisaria, já com o cabelo preso num rabo de cavalo alto.
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  Respirei pesado. Que saudade daquele pescoço…
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  — Me avisa se estiver quente demais. — ela torceu a toalha para tirar o excesso de água e abriu o tecido no meu rosto.
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  — Assim está ótimo. — respondi abafado.
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  — Fica cinco minutos cozinhando aí. — ela sentenciou. — Vai abrir seus poros e a lâmina vai deslizar mais fácil.
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(POV )

   me obedeceu feito um filhote de beagle, balançando nervosamente os pés descalços. A cena toda seria muito fofa se não fosse o tanquinho cor de caramelo e o peitoral imenso respirando pesado, brilhando com o suor que o vapor da toalha colocou no corpo dele. No corpo maravilhoso dele…
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  Estava ficando difícil resistir à greve de sexo que eu mesma impus ao meu namorado, mas sempre que eu lembrava da filha do chefe cheia de intenções com o meu , o ciúme subia de novo. Não sabia o que me irritava mais, se era a tal da toda sorrisos ou o sem perceber que estava sendo paquerado. Na verdade, eu não sabia nem porque eu ainda estava com tanta raiva, só sabia que, depois de quase uma semana, a coisa estava se canalizando num ponto muito específico do meu corpo.
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  E estava ficando impossível ignorar.
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  Chacoalhei a cabeça, voltando a me concentrar na minha tarefa. Limpei a lâmina e separei a loção de barba e a espuma para terminar o que tinha começado. Encaixei uma perna entre os joelhos dele e isso fez com que ele apertasse a própria coxa, amassando o tecido da calça.
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  Sorri. Eu tinha esquecido como era divertido provocá-lo.
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  Removi a toalha, revelando um rosto avermelhado e uma boca carnuda que se abriu minimamente, soltando um ar denso, primeiro sinal da excitação do meu namorado. Inclinei o corpo sobre ele, segurando-o pelo queixo e analisando o resultado da toalha quente, enquanto os olhos pretos desceram sem discrição para o meu decote, deixando a respiração dele ainda mais forte.
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  — Vou começar, tá? — avisei, abrindo a loção calmante e aplicando no rosto de com os dedos mesmo.
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  — Tá. — ele respondeu com dificuldade, espalmando as mãos nervosas pelas coxas outra vez.
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  Espalhei o creme de barbear logo em seguida, tentando ao máximo evitar a parte sensível do corte, mas um pouquinho de produto caiu na área e mordeu o lábio inferior ao mesmo tempo em que cravou as unhas na minha cintura, reclamando da ardência.
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  — Bebezão. — alfinetei.
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  — Tá doendo! — ele choramingou.
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  — Quando acabar eu coloco um curativo no seu dodói, tá bem? — prometi.
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  — E um beijinho pra sarar? — os olhinhos pretos brilharam.
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  — Não é porque eu tô te dando esse dia de princesa que eu não estou mais chateada com você. — falei, sem ter certeza se eu ainda estava chateada.
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  — Amor, eu já disse, eu passei naquela festa obrigado. — colocou a outra mão na minha cintura, fechando-a para fazer um carinho. — Tudo o que eu queria era chegar em casa logo porque eu estava morrendo de vontade de você. — ele arriscou continuar o carinho indo por baixo da minha blusa. — Eu ainda tô…
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  — Shh, fica quieto. — ordenei, me sentindo quase vencida pelo toque alheio. — Assim você vai acabar com outro corte.
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  Comecei a passar a navalha lentamente, me encaixando cada vez mais entre as pernas de para facilitar o meu trabalho e dificultar a vida dele. Ele se remexia na cadeira, aflito, e quando eu ainda estava na metade da barba, ele já lutava para acomodar o amigo dentro da calça. Alguns tortuosos minutos depois, já perto de finalizar, ergui o queixo dele, cobrindo o comecinho do pescoço com o creme branco, e analisei a melhor posição para barbear o único ponto que faltava.
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  A melhor posição, é claro, era sentar nele.
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  Fiz o movimento sem aviso algum, ouvindo sussurrar um palavrão e assistindo-o cruzar os braços atrás da cabeça ao me receber no colo. Ri sozinha, contornando o maxilar dele, e deixei o excesso da espuma cair pelo tanquinho exposto.
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  — Não se mexe, eu cuido disso. — ordenei.
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   sofreu por antecipação, enrijecendo o abdômen e segurando o fôlego nos pulmões. Aproveitei a desculpa e decidi passear pelo peito dele antes de chegar ao meu destino, descendo o indicador pelo torso malhado e marcado de músculos, até parar nos quadradinhos que começavam a aparecer na barriga dele. Limpei o excesso de espuma e, quando fiz menção de tirar a mão dele, segurou meu pulso firmemente.
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  — . — ele me chamou com a voz grave. — Não me obriga a ficar sem você. Eu sinto a sua falta.
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  — Eu percebi. — remexi no colo dele, deixando-o saber que eu estava sentindo o volume que se formava.
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  — Não é só disso que eu tô falando, mas, sim. Diminui a minha sentença, vai. — ele pediu, dengoso. — Eu e meu amigo estamos com saudades.
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  — Então você e seu amigo vão ter que se virar sozinhos. — avisei, mas não consegui me levantar.
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  — Como você tem feito? — sorriu ladino. — Eu sei porque você anda demorando no banho.
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  — Se você sabe, então limpa o resto da espuma do rosto e sai pra eu poder me divertir.
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  — Sai você de cima de mim primeiro. — ele passou a língua pelos lábios. — Ou você não consegue?
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  Ergui uma sobrancelha, fazendo minha cara mais cínica, e apoiei delicadamente as mãos nos ombros dele para me levantar. As pernas tremeram um pouco e meu corpo reclamou da ação no instante em que eu a realizei, mas se havia uma preliminar que eu gostava, aquela era deixar louco. E a julgar pela veia saltada na garganta dele e pela temperatura quente do corpo moreno, eu estava conseguindo.
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  — Terminamos. — avisei, largando a lâmina. — Eu vou tomar banho agora. — tirei a calcinha por baixo da saia. — Você pode assistir, se quiser.
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  — Já chega.
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  Fui prensada contra a parede de azulejos e, de repente, me senti febril. aspirou meu cheiro com força, mergulhando os dedos entre os fios do meu cabelo e enrolando meu rabo de cavalo na mão trêmula do desejo acumulado por dias. Entregue, apenas permiti que ele me arrastasse até a nossa cama onde, sem pudor nenhum, ele me beijou, me mordeu, me apertou, me sugou e me invadiu.
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  Primeiro com os dedos.
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  Depois com a língua.
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  E, por último, consigo mesmo, me fodendo com o prazer de demorar.
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  Todas as minhas estruturas internas agradeceram, dormentes do orgasmo que fez tudo latejar e a vista escurecer por alguns momentos. gritou meu nome, sôfrego, e aliviou-se derramando-se morno e gostoso dentro de mim. O quarto cheirava a um sexo desesperado e meu corpo ainda se contorcia quando caiu ao meu lado, exausto e satisfeito.
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  — Eu te amo. — ele confessou com a feição mais ingênua do mundo, como se não tivesse quase me partido ao meio segundos atrás.
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  — Eu… — acertei a respiração ofegante. — Eu também te amo.
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  — … — ele rolou para mais perto, enfiando-se entre os meus seios marcados da boca ávida dele. — Eu não sei ficar longe de você. Da próxima vez que você ficar com raiva de mim, vê se me belisca, puxa meu cabelo, sei lá, você pode até me bater. — rimos juntos da última parte. — Mas eu preciso do seu toque.
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  — Da próxima vez? — repeti. — Está dizendo que você vai me deixar com raiva outra vez, ?
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  — Não de propósito, eu prometo. — ele me selou, ignorando meu protesto.
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  — Então eu prometo te dar um tapa na cara em vez de um tratamento de silêncio. — bati no rosto dele de leve, no lado oposto ao corte.
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  — Eu sei que eu vou gostar muito disso. — ele mordiscou meu lábio. — Agora vem, eu vou te dar aquele banho e depois eu quero você de novo.
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  — Mas já? — me espreguicei, manhosa. — Você acabou de me ter.
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  — Não foi o suficiente. — me colocou nos braços sem esforço e me deu um beijo apaixonado. — Eu preciso de mais de você.
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  — Então quando estiver pronto, venha e pegue.
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Fim

NOTA DA AUTORA:

  A saudade do meu casalzão de Shadow, my Shadow me fez escrever essa oneshot bem melzinho com pimenta, do jeitinho deles. Espero que você tenha gostado!

  Curiosidade: Escrita originalmente com Kim Mingyu do Seventeen, essa fic é um spin off da história principal (Shadow, my Shadow) e nasceu unicamente por causa de um vídeo do bonito fazendo a barba. O vídeo tem menos de um minuto, mas me perturba até hoje!

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