Rakuzan’s Queen
Criando Amor
Eu não gostava de esportes, até que o vi pela primeira vez jogando basquete, ouvi comentários que ele havia sido o capitão da geração milagrosa na escola Teiko. Conhecia sua fama por ter montado o melhor e mais talentoso time de basquete do fundamental, não perdia nem um jogo.
Era fascinante seu talento, porém, repulsiva sua arrogância e prepotência, que sempre o fazia se declarar o Imperador das Quadras: Akashi Seijuro. Tinha um olhar intenso e ao mesmo tempo enigmático. Surpreendentemente eu havia mudado de sala, caindo justo na dele. Aquele garoto sempre me analisava discretamente quando eu entrava no lugar, como se quisesse descobrir algo.
Se nas quadras ele era soberano, na sala ele tinha uma forte concorrente: Eu! Desde que havia me interessado por ele, resolvi deixar de lado minha preguiça e voltar a ser uma aluna destaque, claro que iniciaria isso com minhas notas, já que estava tentando manter elas somente na média. Foi quando o quadro geral de notas saiu, uma semana após minha mudança de sala, onde fiquei em segundo lugar sem o menor esforço, que o início da minha ameaça ao seu posto de número 1 começou.
— O que significa isso? — disse ele ao se aproximar de mim na biblioteca e jogar uma folha na mesa.
— O quê? — o olhei sem entender.
— Me responda. — insistiu.
— Akashi, se não percebeu, estamos na biblioteca, respeite as outras pessoas.
Ele tomou impulso e, pegando em minha mão, me levou até o lado de fora, eu o deixei me guiar sem me opor enquanto segurava o riso, estava curiosa para entender sua raiva.
— Pronto. — Disse me soltando de sua mão. — Poderia agora me explicar o motivo de sua indignação?
— Você. — Respondeu respirando fundo.
— Eu?! O que eu te fiz?
— Acha mesmo que vai conseguir ser melhor do que eu?
— Não acho… Eu sou. — Afirmei tranquilamente. — Ou você acha que é alguém supremo e intocável? Você é somente um garoto mimado que quer ser o centro das atenções.
O confrontei de forma direta e sem medir as palavras, ele parecia paralisado com tudo o que ouviu e se virando em silêncio, afastou de mim indo em direção ao fundo do corredor. Achei estranho a primeiro momento, talvez por se tratar de Akashi Seijuro eu esperava uma resposta à altura e ainda mais arrogante, porém, seu silêncio me deixou impressionada.
Com o passar dos dias continuei me dedicando ao clube de leitura que havia entrado, até que fui surpreendida com a aparição de um novo integrante, o próprio…
— Akashi?! — sussurrei ao vê-lo entrar com o presidente do clube.
Não acreditava no estava presenciando. Seria aquilo uma declaração de guerra? O que me levou a dar o troco e entrar para o clube de música, além do time de basquete como assistente do treinador, já que ele havia invadido meu espaço, faria o mesmo com ele.
Nossa guerra era indireta e silenciosa, mas me divertia muito com isso. Quanto mais eu o ignorava, mais ele se fazia presente nos lugares em que eu estava, até que chegou o dia em que acidentalmente ficamos presos na quadra. Eu me distrai organizando os armários da sala do diretor e não vi quando as pessoas foram embora, enquanto ele havia permanecido até mais tarde praticando, o que não era novidade.
— Não acredito. — Sussurrei assim que ele tentou pela terceira vez abrir a porta usando de força.
— Vamos ter que esperar. — Disse ele ao se afastar da porta. — Já que as outras entradas também estão trancadas.
— Meu celular está sem bateria, use o seu para pedir ajuda. — Aconselhei.
— Está sem sinal. — Disse ele ao checar a tela do celular.
Logo ouvimos um barulho forte de trovão que me fez encolher no susto, não gostava de chuvas e nem dos barulhos que ela trazia consigo. De forma inesperada Akashi me abraçou com carinho, senti meu coração acelerar com o aroma do seu perfume, por um momento me perguntei como ele poderia cheirar tão bem após um treino desgastante, até que notei seu cabelo molhado, certamente havia tomado uma ducha no vestiário. Ficamos um longo tempo abraçados, até que ele se afastou e pegando uma bola que estava próxima me entregou.
— O que…
— Vamos jogar. — Sugeriu ele me interrompendo. — Quero te distrair, percebi que você não gosta de chuva.
— Confesso que tenho receio do que as chuvas podem causar. — Me encolhi novamente ouvindo outro trovão, não gostava mesmo daquele barulho.
Ele se aproximou e pegando em minha mão me puxou para perto da cesta, me incentivando a lançar a bola, porém, era péssima em esportes, estava ali meu ponto fraco, não me dava bem com nenhum que exigia esforço físico de mim.
— Eu te mostro como funciona. — Disse ao se colocar atrás de mim e tocar suavemente em minhas mãos.
Com toda paciência ele me ensinou a postura correta para lançar a bola e como deveria fixar meus pés no chão com precisão, ao tomar impulso, arremessamos a bola que precisamente caiu dentro da cesta.
— Parabéns, sua primeira cesta. — Ele sorriu de canto. — O que achou?
Aquele sorriso, não era o mesmo prepotente de sempre, era mais suave e sereno, o que fez meu coração pulsar ainda mais forte.
— Talvez de longe, posso pensar em concordar com você. — Disse indo pegar a bola.
— Concordar com o quê?
— Que você é o imperador. — Sorri jogando a bola para ele.
Akashi sorriu de volta e começou a me explicar alguns fundamentos do basquete, me ensinando algumas jogadas básicas e passos padrão mais fáceis para iniciantes, aquele era um lado dele que não esperava ver. De repente, após um pulo que ele deu para enterrar a bola, uma chave saltou de seu bolso, percebi que era a chave da quadra, a peguei de imediato sentindo uma grande decepção, então me virei e corri até a porta.
Saí dali o deixando enquanto gritava meu nome, sem direção e debaixo da chuva corri mais um pouco, mas parecia que estava dando voltas no mesmo lugar, até que senti uma mão segurar em minha mão e me fazer parar.
— Me desculpe. — Disse ele num tom firme. — Essa era a única forma de te mostrar.
— Mostrar o quê? Que é absoluto? Que sempre consegue o que quer? — me soltei dele mostrando minha revolta e virei para encará-lo.
— Não. — Respondeu, seu olhar parecia sincero. — É a única forma de mostrar que estou apaixonado por você.
Ele tomou impulso e me deu um leve e singelo selinho nos lábios, talvez estivesse tão ou mais envergonhado do que eu.
— Sente meu coração. — Ele pegou minha mão e colocou na altura do seu tórax. — A última vez que ele acelerou desta forma, foi minutos antes da minha mãe morrer, quando estava tocando para ela, agora toda vez que te vejo meu coração fica assim.
Aquilo me deixou sem palavras e estática, era surpreendente que eu havia conquistado seu coração… Era tudo o que mais desejava!
“Houve um evento que me fez feliz hoje o momento quando
Te conheci e o fato de que eu sabia que tinha alguém para amar.”
– Creating Love / 4minute (Personal Taste OST)
“Aparências: Costumamos julgar um livro pela capa, mas quando abrimos para ler, nem sempre é o que pensávamos ser, por isso a primeira impressão nem sempre é a definitiva.”
Tô muito feliz porque é história com o Akashi e Akashi é mozão <3 HAHAHAH
Pena que foi tão curitnha, queria mais momentos com Senpai :<
Será que posso pedir mais historinhas com ele? Se tiver, aceito HAHAHAHAHAH
Comentário originalmente postado em 05 de Julho de 2021
Menina, e eu que peguei pra ler essa fic de novo e agora tõ em surto misturado com choque, querendo mais desse Akashi! <3<3<3 Quem sabe nas férias teremos mais linhas com Akashi maravilhoso!!!