Status

Loading

Avalie

Este texto foi revisado
Encontrou algum erro? Clique aqui

Esta história não possui capas prévias (:

Sem informações no momento.

Peccavi

Primeiro – Carter Marvel

  Carter estava sentado em frente ao seu computador, procurava por seus vídeos favoritos… Mas não era nenhum vídeo qualquer, eram vídeos do qual ele não se orgulhava nem um pouco em admitir que assistia, mas lhe dava puro prazer, até a alma como costumava pensar.
0
Comente!x

  Não eram os vídeos convencionais que lhe mandavam ao céu – ou talvez ao inferno -, nunca fora de se contentar com o convencional. Carter nunca mostrara ou dissera a ninguém sobre aquele pequeno segredinho sujo que guardava a sete chaves, no computador, nas lembranças, nas fitas e DVD’s que guardava em seu paraíso particular no porão trancado por sistemas eletrônicos de alta qualidade. Lá estavam seus tesouros, aquelas preciosidades que lhe davam prazer que mulher nenhuma poderia dar sem correr riscos.
0
Comente!x

  Quando o homem finalmente encontrou algum vídeo que lhe interessasse, plugou um cabo do computador na televisão gigantesca disposta numa das enormes paredes do porão em que mantinha escondido suas coisas. Apertou play e, quase em total escuridão, foi sentar-se em frente à grande tela. O vídeo começou.
0
Comente!x

  Ah, como ouvir aqueles gritos desesperados o eriçava! Havia um homem sendo torturado na tela e Carter bem sabia o fim do pobre diabo.
0
Comente!x

  Não, ver alguém ser torturado não era o que lhe dava prazer, era só parte do processo; Carter chegava ao seu ápice quando o fim daquelas pessoas surgia. Ah não, não era ver pessoas sendo torturadas que lhe excitava, era vê-las morrendo.
0
Comente!x

  O homem sentado em frente à TV estava quase se deliciando com as cenas macabras a sua frente, quando tudo virou escuridão, a pouca iluminação que vinha da porta aberta no alto da escada desapareceu, a TV desligou e o computador também parecia ter pifado.
0
Comente!x

  “Mas que merda é essa?” Pensou Carter tateando com cuidado ao seu redor para achar o abajur que sempre deixava ao lado da poltrona, mas nunca usara. Finalmente o encontrou, apertou o botão e a luz acendeu. A claridade invadiu seus olhos por alguns segundos apenas e logo a escuridão tomou conta de todo o seu ser.
0
Comente!x


  Carter Marvel despertou com uma bela dor de cabeça; em direção ao seu rosto estava voltada uma luz de alta potência que o deixava quase cegado tentando enxergar algo ao seu redor. Ele estava tonto demais no início para perceber alguma coisa, mas segundos depois de despertar, ouviu os sons de gritos desesperados pedindo por ajuda, aqueles gritos. Ele não precisaria nem ver quais eram as imagens que rodavam em sua televisão, ele sabia muito bem que vídeo era aquele, afinal, foi ele quem gravara.
0
Comente!x

  O rapaz tentou se mover e foi então que percebeu que estava preso, amarrado à mesa que antes acolhia papéis de todos os tipos, e também seu computador. Se remexeu o máximo que pôde e depois de várias tentativas, sentiu algo cortante roçar em seus braços e pernas.
0
Comente!x

  - Cuidado, não queremos que a diversão acabe antes mesmo de começar, certo? – Carter ouviu uma voz vinda de alguma parte da escuridão ao seu redor.
0
Comente!x

  No mesmo instante as imagens da tela mudaram, dando lugar a uma gravação onde um homem nu estava esticado em uma mesa, e uma forma negra e deformada estava parada ao lado dele…
0
Comente!x

  - Espere… – Carter murmurou arregalando os olhos. Aquele nas imagens era ele. – Mas que porcaria… – Ele ia exclamar, mas sentiu algo gelado e afiado ser apertado contra seus lábios.
0
Comente!x

  - Shhh. – A criatura ao seu lado murmurou com uma voz rouca e terrível. – Eu prefiro você de boca fechada. – O rosto da pessoa que falava estava muito bem oculto, mas o homem podia apostar que quem falava tinha um sorriso maldoso nos lábios.
0
Comente!x

  - Quem é você? O que quer? Como entrou aqui? – Carter retrucou novamente tentando se soltar e sentindo que algo lhe cortava a carne dos braços enquanto se mexia.
0
Comente!x

  - Perguntas demais para quem não tem esse direito, senhor Marvel. – A voz rouca murmurou sem demonstrar uma emoção em específico.
0
Comente!x

  - O que é você? – o homem nu amarrado na mesa exclamou.
0
Comente!x

  - Pessoas que querem saber demais me enchem a paciência, não vamos começar a diversão com o pé esquerdo, vamos?
0
Comente!x

  O vulto negro se afastou um pouco ficando fora do alcance do olhar de Carter, alguns segundos mais tarde e a gravação anterior voltou a rodar na TV.
0
Comente!x

  Nas imagens uma garota seminua corria em meio a um tipo de reserva florestal, tentando fugir de seus perseguidores. Ela gritava por socorro.
0
Comente!x

  - Carter, por favor! – A voz da garota na tela e a voz rouca da pessoa que o amarrara ali se misturaram, a frase foi dita ao mesmo tempo. – Ah, essa é minha parte favorita! – a voz rouca exclamou se aproximando novamente. – Vê como a garota estava desesperada? Oh, eu adoro ver o desespero das pessoas, isso sempre as leva a fazer coisas inimagináveis, não acha? – Não recebeu resposta da parte de Carter. – Ah, o silêncio, assim é muito melhor.
0
Comente!x

  No instante em que o homem terminou de ouvir aquelas palavras, sentiu algo pontiagudo, gelado e cortante ser fincado em sua perna. Seu grito de dor saiu estrangulado.
0
Comente!x

  - VOCÊ É LOUCO?! – berrou sentindo que em poucos instantes as lágrimas sairiam mesmo que involuntariamente.
0
Comente!x

  O homem ouviu uma risada irônica e aguda sair por debaixo da enorme capa negra que seu agressor usava.
0
Comente!x

  - SOCORRO, ALGUÉM! – Carter começou a berrar incessantemente.
0
Comente!x

  Ouviu um grunhido de reprovação ao seu lado e temeu pelo que estaria por vir, mas não parou de gritar por socorro. Sua voz se misturou à voz da garota do vídeo que gravara há tantos anos.
0
Comente!x

  Carter ouviu um tilintar e logo depois batidas quase ritmadas de algo metálico batendo contra a madeira, sentiu uma sensação ruim lhe percorrer a espinha.
0
Comente!x

  - Ah, Carter, quero que preste muita atenção às imagens que sucederão nesta maravilhosa tela que abrigou tantas imagens pecadoras… – Ouviu-se o barulho de botões sendo apertados e logo a imagem de Carter amarrado voltou a ser exibida. – E que comece a diversão!
0
Comente!x

  O vulto voltou a se aproximar e, numa tentativa frustrada, Carter voltou a gritar em desespero.
0
Comente!x

  - ALGUÉM, AJUDE! SOCOR… – Sua frase foi cortada pela surpresa. A pessoa sob a capa negra segurou sua cabeça e de algum modo conseguiu manter sua boca aberta.
0
Comente!x

  Carter arregalou seus olhos amendoados ao ver uma faca de aparência afiada focar em sua visão.
0
Comente!x

  - Eu disse que prefiro você de boca fechada, mas já que não quer cooperar… – Sem rodeios o agressor enfiou a faca na boca do homem indefeso deitado a sua frente e começou sua “arte”.
0
Comente!x

  Carter Marvel tentava se soltar e ao mesmo tempo soltava grunhidos que deveriam ser gritos de agonia e dor. Seus olhos se encheram de lágrimas automaticamente quando sentiu a lâmina da faca afiada cortar-lhe aos poucos a língua. Ele sentia o sangue já escorrer de sua boca; podia sentir cada passada da lâmina. Aquilo estava lhe dando náuseas, parecia que litros de sangue o estavam sufocando. O ar já estava lhe faltando e a dor já estava quase insuportável quando a faca finalmente saiu de sua boca e o agressor lhe soltou.
0
Comente!x

  - Diga-me, Marvel, sua língua não fica muito melhor fora da sua boca? – O contorno da pessoa com capa negra apareceu em sua visão segurando um pedaço mínimo de carne. Carne essa que um dia lhe pertencera.
0
Comente!x

  A visão de Carter Marvel ficou um pouco distorcida, ele colocou a cabeça de lado e logo se viu vomitando seu jantar e todo o sangue que havia engolido durante sua dilaceração. Sentia o interior de sua boca latejar, o corte amador doía, e ainda havia sangue jorrando do pequeno pedaço que sobrara de sua língua. Carter sentia-se fraco, seria capaz de desmaiar a qualquer momento, o que não importava mais, ninguém poderia ajudá-lo se não o ouvissem, e tampouco aquela criatura de preto parecia disposta a parar por ali. A diversão só estava começando.
0
Comente!x

  - Sabe, Carter, quero ver dentro de você… – A criatura se aproximou novamente com a faca em mãos.
0
Comente!x

  Carter olhava tudo ao seu redor e seu olhar parou na enorme tela que refletia tudo o que havia acontecido com ele.
0
Comente!x

  Lá estava um homem atordoado pela dor, completamente nu amarrado a uma mesa de escritório por… Arame farpado? É, arame farpado era o que parecia prender aquele homem. Um vulto negro se aproximou daquele que estava deitado, com uma faca bastante grande em mãos; com todo o cuidado do mundo, como se fosse um médico prestes a fazer uma cirurgia, o vulto encostou a ponta da lâmina da faca na altura do estômago do pobre diabo, e com certa insanidade e violência abriu sua barriga. Carter sentiu a dor, e como sentira, mas sentiu algo mais também… Prazer. Prazer por causa da imagem que via; o sofrimento, a dor, a morte chegando. Ele sabia que era insano, estava prestes a morrer fatiado nas mãos daquele ser vestido de preto ao seu lado na mesa, mas estava excitado com as imagens que via, não conseguia desgrudar os olhos da televisão.
0
Comente!x

  Seu assassino abriu caminho entre a carne e expôs uma boa parte de seus órgãos, a dor era imensa, mas assim como o sexo deveria ser para as mulheres, a dor dava ao mesmo tempo prazer, prazer esse tanto, que Carter sentiu-se enrijecer.
0
Comente!x

  A pessoa debaixo da capa encarou a situação toda e soltou um de seus mais assustadores risos.
0
Comente!x

  - Carter, querido, se sente excitado, hum? – a voz perguntou ainda com vestígios de risos na voz. Carter não olhou, continuou voltado para a tela. Sentiu quando a lâmina da faca, já completamente manchada de sangue, passeou em volta de sua ereção. – Tudo bem, querido, vou deixar você aproveitar seus momentos finais da maneira que você mais gosta… – O ser horripilante murmurou, e sem pestanejar fincou com frieza e violência o objeto pontiagudo no estômago do homem. – Você tem cerca de quinze minutos para aproveitar antes que o seu ácido gástrico te corroa… – Seu assassino murmurou dando de ombros tirando sem cuidado algum a faca, fazendo sangue escorrer mais. – Divirta-se.
0
Comente!x

  O ser de preto se afastou e instantes depois Carter ouviu a porta de seu porão se fechar num baque leve, mas ele estava pouco se importando, as imagens na tela é que realmente importavam. Minutos depois, ele pôde sentir a queimação do ácido natural de seu corpo fazendo seu trabalho, corroendo-o sem piedade alguma…
0
Comente!x

  Instantes antes de morrer, Carter Marvel se pegou pensando: Era alguma ironia ou castigo pelo que ele gostava de ver? Pois ele estava morrendo e ia gozar com isso.
0
Comente!x

Segundo – Allan McNollan

  Allan estava sentado na poltrona de sua sala de estar, completamente solitário… Certo, na verdade estava esperando alguém, alguém especial. Ele fumava e bebia whisky enquanto esperava essa pessoa chegar; eram oito e meia da noite, ainda demoraria um pouco para isso acontecer. Ah droga, mas estava tão cansado que poderia dormir em pé se não estivesse sentado no conforto de sua casa. Dar uma cochilada não faria mal a ninguém, pensou fechando os olhos por um segundo…
0
Comente!x

  Foi acordado por algo gelado sendo jogado em seu rosto, água? Sentiu-se atordoado por ter sido acordado daquela maneira, olhou ao seu redor e tentou se mexer, logo percebendo estar preso a uma das cadeiras de sua cozinha por cordas de… Varal?
0
Comente!x

  Focalizou bem seu olhar para tentar entender como fora parar ali, porque se bem se lembrava havia caído no sono na poltrona de sua sala… Foi então que viu uma loira que poderia ser considerada muito atraente. Usava um vestido claro, talvez cor creme, leve e esvoaçante. Ela estava encostada na mesa de jantar, o olhar entediado voltado para as unhas. Quando percebeu o olhar de Allan sobre si ela sorriu.
0
Comente!x

  - Finalmente, belo adormecido. – Ela murmurou encarando-o. – Você dorme feito pedra, te arrastei até aqui e sequer reclamou… – A loira fez cara pensativa. – Mas claro que isso fez do meu trabalho muito mais fácil, não precisei usar meu estoque de clorofórmio. – Deu de ombros se desencostando da mesa e se aproximando um pouco mais de Allan.
0
Comente!x

  - O que quer? – o homem questionou um pouco assustado.
0
Comente!x

  - Ah, só conversar, lembrar os velhos tempos… Os seus velhos tempos. – A loira deu dois tapinhas leves no rosto do homem que se assustou mais. – Lembra do seu tempo de faculdade? Eu não lembro do meu porque… Bom, porque eu nunca fui à faculdade, não tive tempo suficiente pra ter alguma lembrança de lá… – Deu de ombros. – Vamos começar por aí… O que você fazia para se divertir nos momentos de tédio, Allan McNollan? – A loira sorriu simpática e curiosa.
0
Comente!x

  Allan olhou-a completamente confuso. Por que raios aquela mulher o amarrara para falar sobre tempos de faculdade?
0
Comente!x

  - Vamos, Allan, não temos a vida toda aqui. Responda. – Ela pediu calmamente.
0
Comente!x

  - Ah… Hum… – O homem ficou pensativo, deveria mesmo falar com aquela estranha? Considerando as circunstâncias, sim, ele deveria falar e obedecer aos pedidos daquela mulher, já que ela estava controlando tudo por ali. – Eu… Jogava jogos online… Ia para a biblioteca… Saía com a galera…
0
Comente!x

  A mulher a sua frente sorriu parecendo interessada.
0
Comente!x

  - Bom, e quanto às festas com fogueiras, todas aquelas lindas chamas?
0
Comente!x

  Allan arqueou as sobrancelhas, do que aquela mulher falava?
0
Comente!x

  - Como?
0
Comente!x

  A loira revirou os olhos.
  - Sabe, fogo, fogueira… Gosta de fogo, Allan?
0
Comente!x

  O homem a encarou como se fosse louca, certo, talvez ela fosse mesmo maluca, mas assentiu. Sim, ele gostava de fogo, achava as chamas atraentes e bonitas; sempre tinha um isqueiro em seu bolso, não só porque fumava, mas para poder ver chamas a hora que quisesse e poder sentir o calor que irradiava delas.
0
Comente!x

  Depois que viu Allan assentir em resposta à sua pergunta, a loira sorriu novamente e começou a caminhar de um lado para o outro a frente do homem.
0
Comente!x

  - Conte-me mais do que gostava de fazer… Com seus amigos por exemplo. – Murmurou sem parar de andar.
0
Comente!x

  - Ah… Bem, nós costumávamos encher a cara quando estávamos entediados… Fazíamos muitas besteiras… – Deu de ombros e viu um brilho estranho passar rapidamente nos olhos opacos da mulher.
0
Comente!x

  - Sabe, McNollan, queria te perguntar uma coisa… Lembra-se de ?
0
Comente!x

  No instante em que ouviu aquele nome, Allan gelou. É claro que sabia quem era , é claro que se lembrava dela, não seria capaz de esquecê-la nunca, por mais que quisesse.
0
Comente!x

  - Por que está falando dela? – questionou, no momento mal se importava em como aquela estranha sabia dessa sua antiga colega.
0
Comente!x

  - Ah, por nada. Mas sabe, ouvi dizer que pessoas fizeram coisas horríveis com ela. – A loira deu de ombros sem parar de andar.
0
Comente!x

  Claro que ela ouvira dizer, o desaparecimento misterioso de agora era praticamente uma lenda urbana entre a maioria dos universitários, mesmo estes não pertencendo à universidade em que a garota estudara.
0
Comente!x

  - O que você quer de mim? – o homem choramingou, detestava se lembrar daqueles acontecimentos de seus tempos de universitário.
0
Comente!x

  - Me responda, Allan, você é homossexual, certo? – perguntou a loira.
0
Comente!x

  Não se importou em perguntar como ela sabia daquilo, afinal, McNollan tinha um blog pessoal no qual contava em seu perfil que era gay, e esse seu blog tinha milhares de acessos semanais, não se espantaria se qualquer um que aparecesse a sua frente soubesse daquilo em particular.
0
Comente!x

  - Sim, sou.
0
Comente!x

  - E desde quando você sabe disso? Adolescente? Descobriu há pouco tempo?
0
Comente!x

  Mas afinal, o que era aquilo? Uma mulher maluca o amarrara numa cadeira na cozinha de sua própria casa para fazer um interrogatório?
0
Comente!x

  - Sei quem sou desde os meus quatorze. – Deu de ombros.
0
Comente!x

  - Então na faculdade você já tinha uma orientação sexual definida, certo? – A loira voltou a andar de um lado para o outro.
0
Comente!x

  - É mais do que óbvio. – Respondeu ele num tom seco.
0
Comente!x

  A mulher ao ouvir aquilo parou de andar, se voltou em sua direção e se aproximou se inclinando para frente, para poder encará-lo nos olhos.
0
Comente!x

  - E mesmo sendo homossexual você quis ter fodido ? – a loira perguntou num tom quase sarcástico.
0
Comente!x

  Allan ficou estático, como? Era tudo em que conseguia pensar.
0
Comente!x

  Nunca se orgulhara daquele fato, de ter, como a mulher dissera, fodido , mas nunca havia tido uma sensação daquelas; fora a primeira vez que sentira prazer com uma mulher. É claro que depois de como tudo terminou, ele nunca mais conseguiu sentir o mesmo.
0
Comente!x

  - Mas é claro que antes de fazer aquilo você tinha que esquentar um pouco as coisas… – A mulher voltou a ficar ereta e sorriu. – Literalmente esquentar as coisas.
0
Comente!x

  Ela se afastou um pouco e pegou algo em um bolso oculto no saiote do vestido. Ela pegou esse objeto e chacoalhou um pouco, fazendo-o fazer barulho de algo que Allan conhecia muito bem: fósforos.
0
Comente!x

  - Ah, você com toda a certeza sabia que tinha medo de fogo… Na verdade, pavor. Claro que sabia, afinal, ela sempre pedira para você acender seus cigarros longe dela, para ela não ter de ver as chamas dançarem a sua frente.
0
Comente!x

  - Mas como… – Allan queria mesmo muito saber como aquela mulher sabia de todas essas coisas. Podia pensar na possibilidade daquela ser , mas era impossível! Aquela mulher loira de corpo escultural não aparentava ter mais que 27 anos e não se parecia em nada com a de dezessete anos antes. Então como ela sabia de tantos detalhes?
0
Comente!x

  - Vamos brincar um pouco com fogo, Allan? – a loira perguntou abrindo a caixinha de fósforos. – Sei que gosta dessa brincadeira. – Ela sorriu acendendo um fósforo e em um instante tacando na direção do homem amarrado à cadeira, este por sua vez se chacoalhou o máximo que pôde para fazer o fósforo cair e se apagar.
0
Comente!x

  Toda vez que Allan o fazia, mais um fósforo era aceso e tacado em sua direção. Ah, aquela cena era muito familiar, ele havia feito aquela “brincadeira” com na noite de seu desaparecimento; podia se lembrar claramente da expressão de pavor no rosto da garota.
0
Comente!x

  - Certo, isso está muito sem graça, que tal esquentarmos mais um pouco?
0
Comente!x

  A mulher loira sumiu de vista andando em direção à sala de estar, fez alguns barulhos e, depois de alguns minutos, voltou cantarolando e derramando alguma coisa no piso do corredor enquanto andava. Chegou à frente de Allan novamente com um sorriso nada amigável no rosto e balançou uma garrafa de whisky na frente do homem.
0
Comente!x

  - Acho que isso vai ser demais! – exclamou e então começou a banhar o homem amarrado na cadeira com o líquido da garrafa.
0
Comente!x

  Rosto, corpo, tudo foi molhado com whisky em Allan.
0
Comente!x

  Quando a loira se certificou de que havia molhado o suficiente, voltou a se encostar-se à mesa e balançou a caixinha de fósforos, os mesmos fizeram barulho, que aos ouvidos de Allan foi terrível.
0
Comente!x

  - Não, por favor… – O homem implorou com um nó na garganta.
0
Comente!x

  - Ah, o que foi? – a mulher perguntou enquanto se preparava para acender mais um fósforo.
0
Comente!x

  - Por favor, não faça isso… – Allan podia sentir os olhos arderem por causa das lágrimas que foram sendo causadas pelo pavor.
0
Comente!x

  - Sabe, Allan, acho que foi isso que disse antes de… De você se enfiar nela. – A loira deu de ombros, acendendo o fósforo e jogando na direção do homem.
0
Comente!x

  A explosão de chamas no corpo do homem foi quase imediata e os gritos de pavor dele também. A mulher sorriu vendo o fogo se alastrar no corpo de Allan e seguir o caminho de bebidas alcoólicas que ela havia feito até a sala.
0
Comente!x

  Allan gritou de dor quando as chamas que tanto achava bonitas começaram a comer-lhe a pele. Ardia, doía, matava. O cheiro de carne se queimando estava começando a encher o cômodo quando a estranha loira assassina começou a caminhar em direção à porta de saída que havia na cozinha.
0
Comente!x

  - VADIA, PUTA, VÁ SE FODER! – ele exclamou num grito que misturava ódio, dor e medo.
0
Comente!x

  A loira parou com a porta aberta e lançou um olhar maroto para o homem em chamas.
0
Comente!x

  - Você já fez isso, Allan. – E saiu sem se importar com os gritos de agonia do homem que era engolido pelo que ele chamava de “melhores amigas, amantes”. – Esse é o preço que se paga por brincar com fogo, McNollan. – Ela murmurou para si mesma encarando o céu noturno estrelado ao som dos gritos de desespero de Allan McNollan.
0
Comente!x

Terceiro – Nathan Vegas

  A morena sob o corpo de Nathan gemia baixinho enquanto ele se movia contra ela. Os corpos de ambos estavam suados e Nathan estava ofegante quando se deitou na cama, pouco se importava se a mulher havia conseguido atingir seu ápice, ele estava pagando para ela lhe dar prazer e não o contrário.
0
Comente!x

  Ele observou a mulher, era atraente, com toda a certeza valera a pena o preço que pagaria. O homem sentiu o corpo pesar de cansaço e se entregou ao sono…
0
Comente!x


  O homem acordou um tempo depois sentindo-se estranho, abriu os olhos atordoado e então pôde finalmente perceber o que havia de errado. Horas antes havia ido se deitar em uma cama, e agora… Bem, agora estava em pé, segurado por cordas pelos braços e pernas. Sentia-se confuso, como tinha ido para ali? Foi então que notou a presença da morena de antes a sua frente, observando-o com tédio.
0
Comente!x

  - Finalmente. – Ela sorriu se aproximando do homem completamente nu.
0
Comente!x

  - Mas que merda é essa? – Nathan questionou com expressão num misto de confusão e raiva.
0
Comente!x

  - Minha vez de sentir prazer, senhor Vegas. – A morena o encarou séria.
0
Comente!x

  - Tudo isso porque você não gozou? – O homem fez pouco caso e a mulher soltou uma gargalhada sem humor.
0
Comente!x

  Ela sorriu depois enquanto passava a ponta dos dedos na face de Nathan. Sua mão foi escorregando para a nuca do rapaz e lá permaneceram, até ela entrelaçar os dedos nos cabelos dele e os puxar com força para trás.
0
Comente!x

  - VADIA! – ele berrou com a dor que sentiu.
0
Comente!x

  - Primeiro, se eu fosse você aprenderia bons modos, senhor Vegas. – A morena puxou novamente os cabelos do homem com ainda mais força. – Segundo, vamos ter uma conversinha sobre… .
0
Comente!x

  Nathan encarou a mulher a sua frente com descrença. Como ela sabia de ? Certo, quem é que não sabia de ? Mas por que desenterrar algo já tão esquecido?
0
Comente!x

  - Aprecio seu silêncio. – A mulher sorriu. – Que tal começarmos com você contando o que fez com ela? – A morena andou para trás de Nathan que tentou segui-la com o olhar.
0
Comente!x

  - Não tenho ideia do que está falando.
0
Comente!x

  Alguns instantes se passaram com Nathan ouvindo barulho de zíper abrindo e fechando, e depois veio a ardência nas costas, junto com o barulho de algo cortando o ar.
0
Comente!x

  - Colabore, senhor Vegas, colabore. – Ele ouviu a mulher dizer às suas costas.
0
Comente!x

  - SUA VADIA! – ele exclamou assim que conseguiu recuperar o ar que sumira de seus pulmões com a chicotada que levara.
0
Comente!x

  - Já disse para ter bons modos. – Ela soltou um silvo parecendo estar com raiva e chicoteou as costas do homem novamente, que gritou de dor.
0
Comente!x

  - Vá se foder, sua puta! – ele exclamou mordendo o lábio tentando aliviar a dor que sentia nas costas.
0
Comente!x

  - Pff. Ao invés de cavalo está parecendo mais um asno. – A mulher revirou os olhos insatisfeita. – BONS MODOS! – exclamou ao mesmo tempo que fazia o chicote em suas mãos cortar o ar em direção ao homem inúmeras vezes, até ouvir um choramingo, o que a fez rir e ir a frente do homem. – O que foi, querido? Isso aqui é demais pra você? – perguntou irônica.
0
Comente!x

  - Vá se foder, vadia. – Ele reclamou e cuspiu na direção da mulher.
0
Comente!x

  - Melhor se acalmar, garanhão. – Ela deu tapinhas no rosto sofrido do rapaz. – Você a chamava de égua enquanto a torturava, não é? À ? – perguntou com um sorriso insano no rosto.
0
Comente!x

  - Quem é você? – ele deixou escapar encarando a mulher com raiva.
0
Comente!x

  - Eu vim te domar, garanhão. – Ela piscou e voltou às costas do homem. – Quero ouvir você suplicar por perdão por todas as babaquices que fez com garotas como , Nathan. Quero ouvi-lo gritar por perdão. – A morena chicoteou algumas vezes o homem com força fazendo-o gritar de dor enquanto sentia sua carne sendo dilacerada aos poucos. – Vamos, Vegas, DIGA! – gritou e voltou a chicotear.
0
Comente!x

  - VÁ SE FUDER! – era tudo o que Nathan dizia.
0
Comente!x

  Ele sentia dor, sentia como se estivessem arrancando a pele de suas costas, sofria, mas jamais pediria perdão, sequer estava arrependido das coisas que fizera com ou com outras garotas como ela, na verdade, essas tinham sido as melhores.
0
Comente!x

  - Última chance, querido… – A morena estava novamente à sua frente, o olhar nada amigável e com um estranho brilho cintilando neles.
0
Comente!x

  - Vadia. – Nathan soltou entre dentes com raiva daquela mulher.
0
Comente!x

  Ela suspirou como se estivesse mesmo se importando com o homem, foi mais uma vez para trás dele e pegou algo em sua mala, o objeto ficara fora do alcance de sua visão.
0
Comente!x

  - Sabe, Nathan, você deveria queimar no inferno junto com seus outros dois amigos, Allan e Carter, dois nojentos e doentes… Mas no mínimo você iria gostar das torturas que lhe fariam.
0
Comente!x

  - Você é louca.
0
Comente!x

  - Pode-se enxergar dessa maneira. – A morena deu de ombros. – Relinche, Vegas. – Disse ela surpreendendo o homem a sua frente.
0
Comente!x

  - Como?
0
Comente!x

  - Relinche do mesmo modo que fez relinchar. Vamos, não temos a noite toda. – Ela o encarou com os olhos sem refletir emoção alguma.
0
Comente!x

  - Vai pro inferno! – Ele reclamou.
0
Comente!x

  - Eu já estive lá, querido. Agora relinche. – Ordenou ela séria.
0
Comente!x

  - Por que não vai dar lá na esquina, vadia de quinta! – Foi o que recebeu em troca.
0
Comente!x

  A morena suspirou e andou em direção à uma mesa ali perto, onde havia deixado o objeto que Nathan não conseguira ver. Voltou a ficar ao alcance da visão do homem e este não compreendeu de imediato o que se seguiria. Ela segurava uma tesoura de jardineiro enferrujada.
0
Comente!x

  - Sabe o que fazem com cavalos desobedientes, Nathan? – ela quase sussurrou chegando perto do homem, quase encostando-se no mesmo. – Hum? Você sabe? – perguntou novamente, mas não recebeu resposta. Ela sorriu. – Eles os castram. – E no mesmo instante em que disse isso, ela usou a tesoura de forma ágil, cortando sem a menor piedade o membro do homem.
0
Comente!x

  A dor que Nathan Vegas sentiu foi imensa, mas viera de forma tão repentina que de início ele não percebeu estar sentindo alguma coisa, mas mesmo assim gritou.
0
Comente!x

  Seu rosto adquiriu um tom pálido e então a dor chegou, chegou com tanta força e de uma só vez que sentiu náuseas. Ele não conseguia acreditar que aquela mulher havia mesmo feito aquilo, mas havia sangue se espalhando, muito sangue, e também havia algo no chão, algo que um dia estivera entre suas pernas.
0
Comente!x

  - PUTA, VADIA! – Eram as únicas palavras que ele conseguia gritar em meio a dor.
0
Comente!x

  - Mesmo castrado você não aprendeu a lição, uma pena. – A morena deu de ombros largando a tesoura no chão. Caminhou em direção ao homem, se abaixou e pegou a parte que cortara de seu membro. – Abre a boca. – Ela sorriu maldosamente depois que se levantou com o pedaço nas mãos.
0
Comente!x

  Nathan estava enojado e enjoado.
0
Comente!x

  - ABRE A PORRA DA SUA BOCA. – A mulher gritou ao mesmo tempo que puxou a cabeça do homem para trás, esse sem controle, abriu a boca instantaneamente e então ela enfiou o pedaço do membro do homem em sua boca, logo depois o soltando.
0
Comente!x

  A cara de nojo que Nathan fez foi de grande agrado à mulher.
0
Comente!x

  - Chupa, vadia. Cala a droga da sua boca e chupa. – Ela murmurou em tom seco e quase parecido com ira.
0
Comente!x

  Ela sorriu satisfeita quando viu o homem a sua frente vomitar completamente enojado.
0
Comente!x

  - Curta seus últimos momentos, cavalo. Há uma grande quantidade de pequenos vasos aí no meio das suas pernas e sem nenhum órgão para segurar o sangue aí… Você tem alguns minutos… Divirta-se. – A mulher sorriu maldosamente enquanto se arrumava para sair.
0
Comente!x

  - VADIA, EU VOU FODER VOCÊ NO INFERNO! – Nathan conseguiu dar um último grito.
0
Comente!x

  - Não se não tiver a droga de um pênis pra isso. – A morena soltou com raiva e diversão ao mesmo tempo, e depois de dar uma última olhada em Nathan Vegas, fechou a porta com um sorriso rasgando-lhe o rosto.
0
Comente!x

Quarto – Andrea Cardghan

  A mulher se olhava no grande espelho grudado na parede do quarto de luxo do último andar do hotel em que se hospedara. Pediu o melhor quarto e que isolassem o andar apenas para ela e alguns companheiros do desfile. Sim, desfile. Andrea Cardghan era produtora de eventos de moda, famosa por suas extravagâncias quando se tratava de seus desfiles e também por sua beleza incontestável. Era impossível negar sua beleza, a pele clara; cabelos negros, ondulados e luminosos; grandes olhos num tom diferente de cinza; o formato do rosto era delicado, sua silhueta com curvas em evidência… Ela tinha tudo o que grande parte da população feminina do mundo queria.
0
Comente!x

  Andrea adorava a companhia dos espelhos e tudo que pudesse refletir seu rosto. Sorriu largamente para o enorme espelho a sua frente e viu seu reflexo retribuir; ela poderia ficar se encarando por uma vida se fosse possível, e também se alguém não batesse à porta.
0
Comente!x

  - Entra! – retrucou sem tirar os olhos do espelho. – Ah, finalmente trouxeram o meu jantar, eu pago essa merda três vezes mais caro pra quê, pra ter tratamento ralé igual a todos? – ela exclamou sem nem ao menos se dar ao trabalho de olhar para quem adentrara o quarto.
0
Comente!x

  - Desculpe-me, senhorita. – Ouviu uma voz e passos se aproximando.
0
Comente!x

  - Ao menos espero que a droga do jantar ainda esteja quente. – Resmungou Andrea.
0
Comente!x

  - Com toda a certeza, madame. – A intrusa no quarto parou atrás de Andrea e sorriu maliciosamente. – O seu jantar ainda vai esquentar muito. – A mulher invasora disse e tapou a boca de Andrea com um pano embebido de clorofórmio. Andrea caiu desacordada em instantes.
0
Comente!x


  Quando Andrea acordou, sentiu os braços dormentes, a boca seca e sentindo-se sufocada. Demorou um pouco para entender o que estava acontecendo. Ela estava amarrada desconfortavelmente em uma cadeira com os braços presos com cordas que apertavam seus pulsos com força, havia um embolado de panos em sua boca para que evitasse uma possível gritaria, e aquilo explicava por que ela tinha a boca seca e sufocando. Andrea vagou com os olhos em seu quarto de hotel e então percebeu a presença de uma mulher alta, magra de cabelos vermelhos como o fogo. Ela era jovem, talvez uns vinte e sete anos, não mais que isso com toda a certeza.
0
Comente!x

  - Olá, senhora Cardghan! – A jovem sorriu percebendo que havia chamado a atenção. – Desculpe-me os modos, mas você falando é irritante, e aposto que não vai querer me irritar. – Ela se aproximou da cadeira em que Andrea estava amarrada para poder encará-la melhor. – Ah querida, o que o tempo fez com você? Da última vez que a vi você não tinha rugas. – A intrusa murmurou e a feição da mulher amarrada se transformou em uma de horror. A estranha riu. – Deus, só estou brincando, sabe que não tem nenhuma ruga aí, você vive se analisando no espelho!
0
Comente!x

  Andrea soltou um barulhinho que deveria ser seu suspiro sufocado pelo pano em sua boca.
0
Comente!x

  - Então, Andrea, feliz com sua vida? – a estranha perguntou começando a andar de um lado para o outro. – Hum, claro que sim, olhe para você, de vadia a estrela da moda. – Ao dizer essa frase a mulher parou para encarar Andrea. – Acha que as pessoas gostariam tanto de você se soubessem do seu passado sombrio? Ou de ? – Ao ouvir o nome a mulher amarrada fez careta. – Eu acho que não… Mas talvez sim, afinal, no seu mundinho fútil tudo o que importa é a aparência; quanto mais bonita, quanto mais peito e bunda, menor a chance de te culparem por alguma coisa, não? – A intrusa pegou uma luva de sua pequena bolsa pendurada em sua cintura e logo depois de colocar a luva nas mãos, pegou um pequeno pote transparente com algo branco em seu interior. – É melhor você começar a se preocupar com acusações e interrogatórios, Andrea, porque a beleza não caberá mais a você. – A mais jovem disse se aproximando com o pote aberto, pegou uma pequena quantidade do que parecia ser creme com a mão enluvada e com cuidado passou no rosto de Andrea que queria gritar.
0
Comente!x

  Depois de passar o tal creme em todo o rosto de Andrea, a estranha se afastou um pouco para contemplar sua arte.
0
Comente!x

  - Essa é uma das minhas obras primas de química. – A jovem murmurou parecendo admirada consigo mesma. – É um creme que desenvolvi para um trabalho do colégio, é um esfoliante. – Ela continuou sua explicação e sorriu quando percebeu que a mulher sentada a sua frente fazia careta. – Está formigando, querida? Ótimo, então está fazendo efeito.
0
Comente!x

  Andrea não conseguia entender, o que aquela louca intrusa estava fazendo, passando esfoliante caseiro em seu rosto? O que ela queria? E se era apenas um esfoliante, para que tanto alarde? Foi então que ela começou a sentir.
0
Comente!x

  A pele que fora coberta pelo tal creme começou a arder consideravelmente, como se estivesse queimada de sol. Aos poucos essa ardência foi se transformando, até tornar-se uma queimação insuportável, Andrea sentia como se a pele inteira de seu rosto estivesse em chamas, como se tivesse enfiado a cabeça numa fogueira. Ela tentou gritar, mas quanto mais o fazia, mais se sentia sufocada, e então as lágrimas chegaram e a dificuldade em respirar só aumentou. Ela queria gritar, espernear, tirar aquele maldito creme do rosto.
0
Comente!x

  - A partir de hoje, Andrea, todas as pessoas te verão da forma que eu vejo, por dentro, o monstro horrível que você é. – A estranha sorriu maldosa. – Hum… – A mulher murmurou pensativa olhando seu relógio te pulso. – Acho que você deve estar querendo refrescar as coisas por aí, certo? – perguntou. Ela segurou os braços de Andrea numa posição desconfortável para que esta não tentasse se mover e atacar, obrigou-a a levantar e a empurrões a agressora levou a vítima para o banheiro onde encontraram a banheira cheia d’água; a intrusa arrancou o pano da boca de Cardghan violentamente, o que causou ânsia na mulher.
0
Comente!x

  Andrea esperneou, tentou se desvencilhar, mas a mulher que a segurava era firme, e com força a obrigou a se ajoelhar em frente a banheira. A estranha agarrou Andrea pelos cabelos e forçou sua cabeça para frente, em direção à água. Cardghan tentou resistir ao máximo, mas não fora o suficiente.
0
Comente!x

  Sentiu a água tocar seu rosto quente e queimado, deveria aliviar a agonia, mas só o que aliviara era o fogo invisível, a dor só aumentou com a ardência que a água causava em contato com sua pele ferida. A agressora retirou sua cabeça da banheira bruscamente.
0
Comente!x

  - Não se sente melhor, vadiazinha? – a mulher mais jovem perguntou em tom seco, irado. – Hum? Que tal mais um mergulho? – E dizendo isso voltou a enfiar a cabeça de Andrea na água. – Acho que está bem melhor agora, Vadia Cardghan.
0
Comente!x

  Andrea estava atordoada pelos últimos acontecimentos, mas percebeu muito bem o maldito apelido que recebera de alguns rapazes da faculdade: Vadia Cardghan. Ela se sentia enfurecida, mas não era o bastante para se ver livre das mãos daquela mulher.
0
Comente!x

  Sabendo que Andrea não teria chances de fugir, a intrusa largou-a rapidamente para pegar uma toalha no balcão da pia. Ao voltar, esfregou a toalha no rosto molhado da mulher que gritou de dor com o gesto. Quando viu que o rosto maltratado estava seco o bastante, a invasora sorriu, pegou Andrea pelos braços e a levou de volta para o quarto com o rosto coberto, sentou-a de frente para o espelho.
0
Comente!x

  - Ninguém mais te verá como antes, Andrea Cardghan… – A estranha murmurou.
0
Comente!x

  Andrea sentiu a toalha em seu rosto sendo puxada e quando viu o reflexo que lhe encarava de volta no espelho, não o reconheceu. Quem era aquele ser horrendo?
0
Comente!x

  - Apresento-lhe a nova Andrea Cardghan, que reflete o que é por dentro pelo lado de fora. – A agressora sorriu olhando para o espelho.
0
Comente!x

  O reflexo que olhava de volta para Andrea tinha a pele do rosto completamente avermelhada, carne viva ela pôde constatar. Algumas partes mostravam finas linhas vermelhas, como pequenos vasos sanguíneos. Não se distinguia mais os lábios da imagem, apenas vermelhidão, sangue e carne, nada mais. Os olhos que a encaravam estavam envoltos na mesma pele viva que o restante do rosto, mas eles eram a única coisa que podia lembrar a velha Andrea Cardghan, a maravilhosa, a linda.
0
Comente!x

  Percebendo o estado em que Andrea se encontrava, a agressora deu-se por satisfeita, sorriu deliciada, piscou para o reflexo no espelho e foi embora pela mesma porta que havia entrado.
0
Comente!x

  Andrea continuou encarando aquele reflexo horrendo sem conseguir saber de quem era. Estava quase em choque, quando finalmente entendeu que aquela refletida era ela, completamente desfigurada.
0
Comente!x

  A verdade chegou-lhe como um soco no estômago, deixando-a sem ar. Se olhou mais uma vez no espelho e ficou em silêncio e completamente imóvel por alguns instantes. Então levantou-se de onde estava, caminhou até a porta vacilante, e caminhou em direção às escadas que levavam à cobertura, subiu até lá e, como se estivesse sob efeito de hipnose, caminhou em direção à beirada do prédio; olhou para baixo com um sorriso insano ameaçando aparecer em seus lábios distorcidos e então pulou.
0
Comente!x

  Pulou renunciando sua vida, pois, sem a beleza que lhe fora dada, ela não era nada; ninguém era alguma coisa sem beleza e ela acreditava piamente nisso.
0
Comente!x

  Alguns segundos de queda livre, o coração palpitando mais acelerado que o normal, e então o baque, uma súbita dor e a escuridão definitiva.
0
Comente!x

  Andrea Cardghan de 36 anos estava morta, e todos lhe olharam com horror quando perceberam a horrível face que lhe pertencia naquele instante.
0
Comente!x

Quinto –

  “Me perdoe padre, porque eu pequei.” Essa era a frase que mais ouvia desde que virara padre.
0
Comente!x

  Nem sempre quisera isso para sua vida, é claro que não! Quem em sã consciência gostaria de viver uma vida privada de todos os tipos de prazeres e diversões? Não o de anos atrás, não. Aquele queria viver intensamente cada segundo da vida; tinha sonhos que estavam para se concretizar, e até tinha um alguém especial, um alguém que ele havia magoado e que jamais voltaria para que ele pudesse pedir desculpas. Mesmo sabendo que ela jamais aceitaria desculpar sua estupidez, ele se sentiria melhor se pudesse vê-la uma última vez, que ela o estapeasse, gritasse e disse que nunca mais queria vê-lo, mas nem sequer isso aconteceria.
0
Comente!x

  Ah, como se arrependia das coisas que tinha feito em seu tempo mais jovem; como queria ter sido menos irresponsável, talvez ainda a tivesse ao seu lado como quase sempre fora…
0
Comente!x

   baixou a cabeça como fazia toda vez que se lembrava dela. Aquilo doía de todas as formas possíveis, eram como feridas que jamais cicatrizavam e jamais cicatrizariam. Suspirou alto tentando espairecer e aproveitar a paisagem noturna em frente à igreja. Não que houvesse muito o que apreciar, afinal, estavam na cidade grande, mas o céu naquela noite estava extremamente estrelado e valia a pena ser visto.
0
Comente!x

   olhava para as estrelas quando uma mulher parecendo desesperada surgiu da esquina da igreja e correu em sua direção segurando-lhe as mãos de forma frágil e assustada, parecia estar chorando.
0
Comente!x

  - O que houve, senhorita? – perguntou encarando assustado a mulher de cabeça baixa que soluçava e ainda segurava sua mão.
0
Comente!x

  - Me perdoe padre, me perdoe! – ela murmurou entre um soluço e outro. – Me perdoe pois eu pequei… – Murmurou enquanto erguia a cabeça para poder encarar o rosto do padre. – E vou pecar de novo. – Disse friamente apagando qualquer rastro da mulher desamparada que parecera a primeira vista.
0
Comente!x

  O padre ficou estático ao encarar de volta a mulher. Sentiu seu sangue correr em suas veias com rapidez, as mãos suaram e os olhos se arregalaram.
0
Comente!x

  Aqueles olhos podiam ter mudado de cor, mas aquele olhar ele jamais esqueceria mesmo que se passassem séculos, ainda assim ele o reconheceria. E como não reconhecer? Mesmo depois de dezessete anos ele ainda lhe causava as mesmas sensações, embora tudo tenha mudado, inclusive a dona do olhar.
0
Comente!x

  - ? – perguntou quase gaguejando. Ele tinha certeza que sim, mas era impossível!
0
Comente!x

  - Ora, enfim alguém percebeu! – a mulher morena exclamou sorrindo ironicamente.
0
Comente!x

  - C-como…?
0
Comente!x

  - Fascinante, não? – perguntou marotamente. – Ah, sabe, depois de ser abandonada no meio daquela reserva florestal completamente desacordada, eu tive que me virar um bom tempo para sair de lá sozinha. – Deu de ombros. – Sabia que a gente precisa fazer coisas nojentas quando queremos sobreviver? – questionou olhando fixamente.
0
Comente!x

  - Mas… Mas… Nathan disse que você… Seu coração… – O padre não conseguia compreender.
0
Comente!x

  - Foi o que pareceu, não foi? – A mulher suspirou. – Mas esse fenômeno já ocorreu outras dúzias de vezes pelo mundo, se lembra?
0
Comente!x

  - Síndrome de Lázaro…
0
Comente!x

  - Isso! Quem poderia dizer que aconteceria bem na nossa vida, hein, ?
0
Comente!x

  O silêncio se instalou entre os dois, até quebrá-lo.
0
Comente!x

  - Não convida uma velha amiga para entrar, ? Tenho certeza de que não foi essa a educação que recebeu de seus pais.
0
Comente!x

  O padre balançou a cabeça como que para espantar as velhas e negras lembranças de sua mente.
0
Comente!x

  - Claro, acompanhe-me. – Ele murmurou desconcertado com tudo o que estava acontecendo.
0
Comente!x

  O homem fez o caminho até a parte de trás da igreja onde às vezes ele passava as noites, um quartinho pequeno com uma cama, um armário, uma escrivaninha e uma segunda porta, o banheiro.
0
Comente!x

  - Gostaria de um chá? – perguntou quando fechou a porta e se virou para encarar a mulher.
0
Comente!x

  - É sério? – questionou incrédula. – Uma mulher que você viu morrer dezessete anos antes bate à sua porta e tudo o que tem a dizer é: gostaria de um chá?
0
Comente!x

  O padre ficou em silêncio e baixou a cabeça.
0
Comente!x

  - Como pode agir dessa maneira, ? – perguntou se aproximando com um tanto de ferocidade. – Você me viu morrer e agora age como se nada tivesse acontecido? Como se aqueles seus amiguinhos idiotas não tivessem feito o que fizeram comigo? Como se você, que se dizia meu melhor amigo não tivesse me abandonado morta naquela reserva? – Ela cuspia as palavras com ódio em direção a .
0
Comente!x

  - Eu sinto tanto, , tanto! – O homem deixou-se tomar pelas emoções e as lágrimas começaram a rolar. – Deus sabe o quanto sinto, !
0
Comente!x

  - Você não fez nada enquanto Nathan me fazia chupar ele; não fez nada enquanto aquela bicha do Allan se enfiava dentro de mim, NÃO FEZ NADA EM MOMENTO ALGUM! – a mulher gritou a última parte.
0
Comente!x

   gostaria de estar morto naquele instante, morto como pensou que estivesse. Se detestava por todas aquelas verdades ditas por aquela nova pessoa que sua se tornara. Se algum dia pudesse voltar no tempo, o faria e salvaria de todos aqueles pervertidos que encostaram nela, na sua .
0
Comente!x

  Teve vontade de se socar, sempre se referira à como sua, mas quando tivera a oportunidade de provar que ela era dele e ele completamente dela, ele simplesmente baixou a cabeça e ouviu seus gritos de desespero.
0
Comente!x

  O homem ergueu o olhar e com os olhos marejados encarou a foto que colocara em sua escrivaninha: dando gargalhadas ao lado de um com o sorriso maior que se imaginaria possível, dezessete anos antes, quando tudo parecia dar certo, quando ainda haviam sonhos para ambos.
0
Comente!x

   acompanhou o olhar do padre e caminhou em direção à escrivaninha pegando a foto.
0
Comente!x

  - Bons tempos… – Murmurou parecendo indiferente. – Tempos em que eu achava que tinha amigos. – Voltou seu olhar novamente para o homem.
0
Comente!x

  Ele engoliu em seco.
  - Eu sinto muito, , não tem ideia do quanto pedi pela oportunidade de lhe pedir perdão… – murmurou sentindo a garganta apertar.
0
Comente!x

  - Por isso virou padre, ? Pelo perdão? – perguntou largando a foto onde estava antes.
0
Comente!x

   concordou.
  A mulher riu irônica.
  - Me perdoe, … – O padre quase choramingou.
0
Comente!x

  - Hum, para o seu Deus pedir perdão pode ter sido suficiente. – murmurou colocando um objeto em cima da escrivaninha. – Mas não é o bastante pra mim. – Soltou entre dentes.
0
Comente!x

   encarou o objeto em cima da mesa, uma arma.
0
Comente!x

  - O que vai fazer? – questionou olhando a mulher com medo.
0
Comente!x

  - Quem, eu? – perguntou apontando a si mesma. – Eu não farei nada, você fará. – Disse pegando a arma e estendendo-a em direção ao padre.
0
Comente!x

  - O quê? – O homem deixou escapar incrédulo.
0
Comente!x

  A mulher sorriu marota se aproximando, pegou a mão do padre que deixou que ela o fizesse, já que ainda estava entorpecido pelos acontecimentos da noite.
0
Comente!x

  - Você fará isso. – Disse ela dando tapinhas na arma na mão do homem. – Você morre, enquanto eu assisto e não faço nada, como você fez comigo, lembra?
0
Comente!x

  O homem engoliu em seco enquanto encarava o objeto em suas mãos. Era uma arma fria e pesada, assim como deveriam ser todas as armas.
0
Comente!x

  Como um bom católico, ele sabia que um suicida teria a pena de ir para o inferno, mas o que importava para ele agora? Ele já estava no próprio inferno com aquela culpa lhe pesando na consciência, com a dor da perda que deixara para trás com ele; com o fato de ele não ter feito nada por ter contribuído para que ela se tornasse aquela mulher de aparência muito mais jovem do que a idade que tinha, com o olhar frio e com os sentimentos mais frios ainda.
0
Comente!x

   pegou a arma determinado.
0
Comente!x

  - Eu sempre te amei. – Murmurou antes de dar o disparo em sua cabeça.
0
Comente!x

  O sangue se espalhou nas paredes ao lado do padre. Seu corpo quase que em câmera lenta começou a cair no chão, e quando o fez, o baque do pesado corpo contra o chão fez com que mais sangue se espalhasse.
0
Comente!x

   caminhou cuidadosamente até o padre e deixou o porta-retratos com a foto que ele guardara por tanto tempo ao seu lado.
0
Comente!x

  Ela se levantou e, tomando cuidado para não pisar na poça de sangue, caminhou até a porta.
0
Comente!x

  - Eu também sempre te amei. – Disse antes de fechar a porta para nunca mais ver novamente.
0
Comente!x

Sexto –

  Tudo o que acontecera nas últimas semanas fora consequência de apenas um dia… O pior dia da vida de .
0
Comente!x

  #flash#

   não tinha ideia do porquê havia aceitado ir àquele lugar com aqueles cinco e jamais compreenderia exatamente. Algo lhe dizia que não sairia coisa boa de lá, mas ao mesmo tempo outra parte do seu eu parecia ansiar por aventura; e também, aquela garota tímida queria fazer novas amizades, então por que não com os colegas de seu melhor amigo ?
0
Comente!x

  Já que o rapaz iria, não faria mal algum, certo? Errado.
0
Comente!x

  Ela nunca estivera tão errada em toda a sua curta vida.
0
Comente!x

  Ao chegarem a uma clareira no meio de uma reserva florestal perto do campus da faculdade, o pequeno grupo de universitários parou, quatro deles com olhares cúmplices e sorrisos maliciosos, dois com ar de confusão.
0
Comente!x

  Carter tirou do bolso sua filmadora portátil e começou a gravar, deixando e ainda mais confusos.
0
Comente!x

  - Mas o que… – ia perguntar, mas levou um tapa de Nathan.
0
Comente!x

  - Cala a boca, vadia. – Disse logo em seguida.
0
Comente!x

  - Hey, o que… – tentou dizer, mas apenas com um olhar foi calado.
0
Comente!x

  - , você é muito bonita, sabia? Não acredito que nenhum cara te pegou ainda e incluo nisso o nosso aqui. – Nathan disse apontando para o amigo que baixou o olhar. – Tá na hora disso mudar, sabe? – O rapaz começou a acariciar que, completamente confusa, não se moveu.
0
Comente!x

  De súbito Nathan Vegas arrancou a garota da fina blusa de frio que usava, a assustando ainda mais.
0
Comente!x

  - O que… – Tentou questionar novamente.
0
Comente!x

  - Shh, shh. – O rapaz murmurou colocando o dedo nos lábios da garota. – Vamos começar a diversão, pessoal. – Ele anunciou e três pessoas do grupo se aproximaram. Carter com sua câmera dando um close no rosto amedrontado de , Andrea observando e Allan agarrando-a por trás.
0
Comente!x

   se debateu tentando sair dos braços de Allan, mas foi em vão, ele era mais forte que a garota apesar da aparência. Nathan sorriu com a cena e foi bastante direto no que queria que acontecesse depois.
0
Comente!x

  Baixou as calças e junto com elas a cueca também.
0
Comente!x

  - Chupa. – Disse simplesmente encarando que fez cara de nojo e não se moveu um centímetro sequer. Nathan fez um movimento para Allan que forçou a garota a se ajoelhar.
0
Comente!x

  - Não! – ela gritou várias vezes seguidas tentando se desvencilhar das mãos que empurravam sua cabeça em direção a Nathan.
0
Comente!x

  - Filma isso, cara. – O rapaz murmurou para Carter que se aproximou um pouco mais. – Faz ela abrir a boca, Allan. – Retrucou.
0
Comente!x

  Allan segurou o rosto da garota forçando-a a abrir a boca, mesmo assim ela tentava se livrar dele.
0
Comente!x

  Nathan se aproximou sorrindo maliciosamente e então enfiou seu membro na boca da garota que arregalou os olhos de horror e nojo. O rapaz esperou alguns instantes para se certificar de que não corria risco de levar uma mordida e que Allan a segurava bem, e então começou a se mover investindo contra a boca de . A cada investida, mais a garota sentia nojo e maior era sua vontade de vomitar. Sentia a ânsia em sua garganta.
0
Comente!x

  Mais alguns minutos e Nathan alcançara seu ápice, fazendo o favor de gozar enquanto dentro da boca de .
0
Comente!x

  Assim que o rapaz tirou seu membro da boca da garota, ela vomitou. Não que seu estômago tivesse algo para pôr pra fora, mas vomitou mesmo assim. Ela estava ofegante e enojada.
0
Comente!x

  - Hahá, filmou isso Carter? – Perguntou Nathan referindo-se à garota vomitando.
0
Comente!x

  O rapaz com a filmadora apensa acenou um leve sim com a cabeça.
0
Comente!x

  - Relincha. – Nathan murmurou normalmente olhando para a garota que ainda parecia enjoada. Ela o encarou com incredulidade. – É, é com você mesmo. – Disse. – Solta ela, Allan. – Ordenou. – Agora relincha, égua. – Exclamou com um sorriso débil nos lábios.
0
Comente!x

   se encolheu e uniu os lábios com força. Nathan se irritou e com isso deu um tapa forte no rosto da garota, que cambaleou.
0
Comente!x

  - Relincha, vadia! – berrou dando outro tapa forte no rosto dela. – Segura ela de novo, Allan. – Mandou Nathan e Allan prontamente segurou a garota novamente por trás.
0
Comente!x

  Vegas puxou as calças da menina tentando arrancá-las, mas se debatia, chutava e um desses chutes alcançou o rosto de Nathan que cambaleou para trás com a mão no rosto.
0
Comente!x

  Aproveitando o momento de distração tanto de Nathan quanto de Allan, ela se livrou dos braços do segundo e também das calças que já estavam abaixo dos joelhos, e então disparou numa corrida amedrontada em meio às árvores. Ouviu os pés do grupo fazendo barulho enquanto corriam atrás dela e esmagavam folhas e gravetos em meio à corrida.
0
Comente!x

  Foi então que ela se desequilibrou, tropeçou numa raiz e caiu de bruços no chão. A garota tentou se levantar mais uma vez, mas quando foi fazê-lo, uma mão agarrou-lhe o tornozelo.
0
Comente!x

  - NÃO, ME SOLTA, ME DEIXEM EM PAZ! – ela gritou em desespero. Alguém segurou seus braços, enquanto outra pessoa segurava suas pernas.
0
Comente!x

  - Allan, sua vez, cara! – Ela ouviu a pessoa que segurava seus braços exclamar, Nathan.
0
Comente!x

  - Acho que não to a fim. – Ouviu a voz de Allan em resposta.
0
Comente!x

  - Para de ser maricas, cara? Tem sexo fácil na sua frente e você recusa? – Natha perguntou erguendo a sobrancelha.
0
Comente!x

   ouviu um suspiro.
  - Toda sua!
0
Comente!x

  Andrea era quem segurava suas pernas, ela arrancou a calcinha da garota, enquanto essa ainda tentava se livrar.
0
Comente!x

  - Por favor, não… – suplicou.
0
Comente!x

  Foi então que ela viu Allan se aproximar, ele baixou as calças e ficou por cima de seu corpo. Se posicionou e então, numa investida rápida e grosseira ele a penetrou. gritou, tanto de dor quanto para tentar pedir socorro. E continuou gritando e chorando enquanto aquela tortura não acabava.
0
Comente!x

  Allan penetrava-a com toda a força que dispunha sem a menor piedade; algum tempo depois ele pôde sentir o corpo todo em êxtase, ele havia gozado.
0
Comente!x

  Ouviu-se então brados de comemoração.
0
Comente!x

  Minutos depois, ainda estava estirada no chão, agora sem ninguém a segurando. Ela gemia baixinho com os olhos fixos em lugar algum. Foi quando fez menção de se aproximar, mas parou no meio do caminho quando percebeu a aproximação de Andrea.
0
Comente!x

  Ela tinha uma pedra em mãos e um olhar enfurecido.
0
Comente!x

  - Sua vadiazinha! – ela exclamou enquanto batia com a pedra no rosto de , que não reagiu como deveria, soltava apenas gemidos de dor, mas não fez nada para tentar se livrar da garota maluca que a atacava. – Sempre a queridinha, sempre a que todos querem, acha que é melhor do que eu? Acha que é mais bonita, que eu? É só uma mosquinha morta! – gritou ela enfurecida sem parar de massacrar o rosto da garota estirada no chão.
0
Comente!x

  A verdade é que Andrea Cardghan tinha inveja e ciúmes de , pois os olhos de quem Andrea mais desejava estavam sempre voltados em sua direção. Os olhos de . Ele sempre fora seu desejo, desde o início de sua vida de universitária, mas ele nunca a olhava do mesmo modo que olhava para , o que a deixava possessa. Como podia uma garota mosquinha morta como ela ser melhor que Andrea Cardghan?
0
Comente!x

  A cada vez que pensava isso, mais forte batia com a pedra no rosto da garota.
0
Comente!x

  Os gemidos da agredida foram baixando cada vez mais o tom, até que não se ouvisse mais nada. Andrea bateu com a pedra mais algumas vezes contra o rosto da garota inconsciente, até que Nathan segurou seu braço.
0
Comente!x

  O rapaz se agachou ao lado do corpo inerte e sem vida da moça e sentiu seu pulso.
0
Comente!x

  - MERDA, CARDGHAN, VOCÊ A MATOU! – o rapaz exclamou enfurecido para Andrea que soltou a pedra num gesto de surpresa.
0
Comente!x

  - O quê? – perguntou sem acreditar.
0
Comente!x

  - VOCÊ A MATOU, VOCÊ A MATOU! – Nathan continuou gritando agora mais em desespero que qualquer coisa.
0
Comente!x

  - Ah merda, o que vamos fazer? – Allan perguntou tão desesperado quanto o amigo.
0
Comente!x

  - Vamos sair daqui, AGORA. – Exclamou já começando a andar rapidamente em direção à trilha que o levaria para fora da reserva.
0
Comente!x

  E foi naquele instante que visitara o inferno.
0
Comente!x

  #flash#

Epílogo –

   lembrou-se daquele dia sentindo as mesmas coisas que sentira todas as vezes que fechava os olhos e tinha pesadelos com aquelas cenas. Ainda sentia vontade de vomitar quando pensava no membro de Nathan em sua boca e do gosto que ele tinha.
0
Comente!x

  Ainda podia sentir as pontadas de dor da pedra batendo em seu rosto…
0
Comente!x

  Ah, aquilo deixara marcas terríveis; não em seu rosto, isso resolvera com uma plástica reconstrutora; aproveitou para mudar completamente sua aparência e de vez em quando ainda visitava o consultório do cirurgião para rejuvenescer sua aparência, ao menos era o que fizera por dezesseis anos seguidos. Não, não eram aquelas as feridas e marcas que aqueles atos deixaram nela, elas eram a lembrança do inferno para .
0
Comente!x

  “Acha que é mais bonita, que eu? É só uma mosquinha morta!” Lembrou de Andrea dizendo. Ao se lembrar disso sorriu.
0
Comente!x

  - Mosquinha morta? – murmurou baixinho em frente ao túmulo de Andrea. – Agora eu mato. – Concluiu sua frase com um sorriso insano nos lábios, numa mistura de satisfação e frieza.
0
Comente!x

   morrera há dezessete anos, aquela que estava ali era só uma parte daquela garota que muita gente amava, era só a parte que restara daquele dia na reserva… A parte ruim.
0
Comente!x

Fim

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

You cannot copy content of this page

0
Would love your thoughts, please comment.x