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Temporada #013

i love you
Billie Eilish

Esta história não possui capas prévias (:

Sem informações no momento.

Paths To You

It’s not true

  Quando recebeu a notícia do acidente de era só mais um dia normal em sua vida e, na verdade, não estava nem um pouco interessado no que acontecia com sua “noiva”. Ele nunca pretendeu se casar com a herdeira mais nova da família Cha, mas é claro que para os a conveniência de um bom negócio era mais importante do que a possível felicidade ou desejo de qualquer membro da família. Ainda mais ele, o único herdeiro.
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  Pensando agora, era terrível admitir, mas quando os médicos disseram que Cha estava em coma, ele desejou que ela não acordasse. Talvez assim ele pudesse fugir daquele compromisso infundado que era seu noivado e futuro casamento. Mas é claro que o universo não conspiraria a seu favor; após algum tempo, Cha abriu os olhos e, para piorar, ainda parecia estar completamente confusa com sua vida. Por alguma razão ela pensava que os dois, Cha e , eram algum tipo de casal feliz e unido. Que grande baboseira! Ele não sabia o que era pior, a antiga fútil e insuportável, ou a “nova”, que estava convencida que os dois se amavam e não era capaz de deixá-lo em paz.
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  Foi o momento em que o herdeiro dos passou a protagonizar alguns escândalos estampados em tablóides, embora tudo fosse mais do mesmo. Antes, os dois lados não davam a mínima um para o outro e achava bastante cômodo, continuava com sua vida de compras e festas, enquanto ele se mantinha saindo com as mulheres que bem entendesse, o único combinado era que, se houvesse algum envolvimento com outras pessoas, deveriam ficar fora dos holofotes. deixou de se importar com tal regra do antigo relacionamento no momento em que a herdeira Cha começou a correr atrás dele; talvez ela entendesse que ele não queria nada com ela se as traições fossem públicas.
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Cryin’ isn’t like you

  Foi num desses momentos que a viu chorar de fato pela primeira vez. É claro que ele imaginava que aquela nova devia derramar lágrimas por todas as coisas que ele já havia feito ou dito pra ela, mas nunca realmente se importou. Nenhum dos dois se importava com o outro antes, mas ver a expressão incrédula e ressentida de quando presenciou o momento em que, mais uma vez, ele a traía com outra mulher, havia feito uma parte dentro dele se incomodar.
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  Obviamente ele não se deu ao trabalho de ir atrás da noiva, ele não se importava. Cha era uma mulher fútil que não amava ninguém a não ser a si mesma e o dinheiro que era capaz de gastar. Lágrimas não combinavam com ela. Mas o sorriso de escárnio quando ela finalmente voltou pra casa, quase de noite, parecia não combinar mais com ele tampouco. Ela ainda tinha os olhos vermelhos e inchados e as bochechas e nariz corados do choro, mas algo em seu olhar dizia que as coisas estavam mudando.
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Maybe won’t you take it back?
Say you were tryna make me laugh

  Quando havia dito pela primeira vez que o amava, a reação de havia sido gargalhar. É claro que ela só podia estar delirando. Aquele noivado podia ser por muitas coisas, e amor não era uma delas. Mas depois que despertou do coma, a herdeira Cha só tinha olhos para ele, se fazendo presente em cada momento minimamente importante de sua vida. Era quase sufocante e ele não precisava daquilo!
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  Era mais uma noite em que eles fingiam se dar bem para o público, mas ele não tinha saco nenhum pra manter a pose. Havia sido um dia terrível na empresa e tudo o que ele queria era sossego. estava toda sorrisos – embora já não parecessem mais tão sinceros quando eram voltados a ele – e agrados. Havia até mesmo deixado discretamente um bombom com licor para ele, como se acostumou a fazer depois do coma. Ela bem devia imaginar que todos eles iam direto para a lata de lixo, mas nunca deixou aquele gesto de se importar de lado.
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   estava entediado e cansado demais naquela noite pra sequer se importar se protagonizaria mais um escândalo de revistas de fofoca; simplesmente fez o que sempre fazia naquelas horas: se atracou com a primeira mulher que lhe pareceu interessante e disposta a não falar demais.
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  Claro que presenciou – novamente – a cena, era basicamente para aquele fim que ele estava sendo tão descuidado, afinal.
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  — Você é um cretino covarde, ! — Ele pôde ouvir a voz estrangulada de raiva e algo mais vindo de sua noiva.
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   apenas se afastou um pouco da mulher com quem estava – não se importou em saber seu nome – e encarou uma Cha tentando segurar o choro – e também a raiva?
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  A figura franzina e miúda de tinha o olhar marejado e decidido.
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  — Você é só um garotinho covarde e arrogante com medo — a moça disse fazendo uma careta, o impulso automático de foi soltar um riso sem humor e debochado em resposta. — Você tem medo de se deixar amar de verdade por alguém. É mais fácil se fechar e se contentar em amar a si mesmo, assim ninguém precisa fazê-lo. — Ela soltou um riso cansado. — Você tem medo de descobrir o que você pensa que já sabe: que as pessoas só te amam por causa da sua fama e do seu dinheiro — secou algumas lágrimas teimosas do rosto e o encarou séria. — Eu te amo, mas já chega. — Ele esperava que a noiva fosse armar um escândalo ou até mesmo partir para a agressão, no entanto, ela apenas se virou em direção à saída e desapareceu pelo resto da noite…
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What the hell did I do?

  … É claro que ele não esperava revê-la logo no dia seguinte convocando uma reunião com seu pai. Quando adentrou a sala de reuniões, seu pai já estava ali, sentado à ponta da mesa, seu lugar rotineiro. estava em pé, observando a paisagem pela janela, aparentemente tendo uma conversa sem importância com o dono e presidente da empresa dos . Quando finalmente ele se sentou em um lugar qualquer à mesa, Cha se virou para eles com olhar decidido, o que automaticamente fez sorrir presunçoso. Ela tentaria resolver os problemas do relacionamento reclamando com seu pai? Se assim fosse, ele já tinha ganhado aquela discussão muda.
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  — Senhorita Cha, a que devemos o pedido de reunião? — o senhor perguntou sorrindo.
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   olhou uma última vez em direção a que mantinha o sorrisinho nos lábios, quase a desafiando a fazer qualquer coisa. Foi então que o rapaz percebeu o olhar decidido e a expressão quase cansada da moça.
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  — Estou aqui para comunicar que não haverá mais casamento — disse simples, como se estivesse comentando o tempo do lado de fora. O presidente deixou sua expressão surpresa transparecer.
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   soltou um risinho, ela não estava falando sério, era como uma criança fazendo ameaças que nunca se cumpririam.
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  — Como assim, ? — senhor perguntou se levantando de sua cadeira na cabeceira da mesa. ainda acreditava que aquele era apenas um blefe e quase se divertia vendo que seu pai realmente acreditava na palavra da moça.
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  — Isso mesmo, vou mandar meus advogados cuidarem de tudo. — A mulher murmurou cansada.
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  — Você não pode fazer isso, ! — o senhor exclamou atravessando a sala em passos largos para chegar até Cha, que não pareceu se intimidar por um segundo sequer.
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  — Não se preocupe, pagarei qualquer valor que for necessário pela quebra do acordo — respondeu sem mudar o tom. O senhor balançou a cabeça pronto para retrucar, mas a herdeira Cha o interrompeu antes mesmo que pudesse começar. — Senhor , eu o respeito muito, mas eu não vou me acorrentar a uma vida infeliz ao lado do seu filho se claramente não é isso que ele quer. — Àquela altura já havia entendido que Cha não estava brincando, ela ia mesmo quebrar o acordo entre as duas famílias. Pela primeira vez desde o acidente de , estava sem palavras ou reação.
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  — Pensei que você gostasse dele, . — ouviu o pai dizer, tentando salvar aquela aliança entre famílias, mas algo dentro do mais novo dizia que ao menos aquela parte da antiga permanecia. Ele sabia que ela poderia ser extremamente teimosa e decidida. E ela conseguia o que queria.
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   ainda se atreveu a levantar de onde estava, Cha olhou em sua direção e sorriu, quase com ternura.
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  — E gosto, mas não vou ficar aqui esperando o resto da vida que ele me corresponda quando é óbvio que isso nunca vai acontecer, senhor . E acredito que eu mereça ser feliz tanto quanto ele — ela respondeu parecendo aliviada e quase leve por finalmente ter dito aquilo em voz alta. — Bem, é isso — disse se endireitando e se voltando para a porta.
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  — se permitiu chamar, embora não soubesse o que diria em seguida caso ela decidisse ouvir.
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  — Vou seguir com minha vida, , não se preocupe, não vou tentar entrar na sua de novo. — Depois daquilo ela saiu caminhando sem olhar para trás sequer uma vez. Era definitivamente o fim.
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   deveria estar, se não feliz, ao menos aliviado por aquele martírio e teatrinho terem acabado. E por alguns dias talvez ele tenha se sentido daquela forma, mas era estranho, parecia que algo faltava em sua vida agora. Era estupidez sentir falta de algo que o vinha incomodando por tanto tempo, certo? Então por que ele estava se sentindo tão vazio sem ela?
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  Quando, por puro impulso, sua mente vagava para as lembranças de , da pós coma, tudo o que conseguia focar era na forma como ela costumava sorrir para ele, os olhos brilhando como se realmente o amasse… As palavras… O que diabos ela tinha feito com ele? O que diabos ele tinha feito?
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I love you and I don’t want to

  Quase nove meses haviam se passado desde que Cha saiu da vida de . As coisas não podiam estar melhores para os negócios para a família . estava em Tóquio para resolver algumas pendências da filial no Japão e caminhava um tanto distraído para sair do prédio em que a reunião havia acontecido – no mesmo lugar em que havia um cinema muito frequentado – quando avistou uma figura familiar parada em frente às propagandas de filmes em cartaz do estabelecimento, encarando com pesar o que deveria ser um filme de terror.
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  — ? — Ele chamou antes mesmo de entender o que estava fazendo. Percebeu uma leve tensão na postura da moça antes dela se virar para encará-lo.
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  — ? — a herdeira Cha murmurou surpresa enquanto o observava discreta, mas atentamente. — O que faz aqui? — Ela parecia bastante confusa com a presença de naquele lugar.
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  Para falar a verdade, ele também estava surpreso de encontrá-la. não havia feito esforço para continuar em contato com a família Cha ou sequer esboçou curiosidade em saber o que a ex-noiva andava fazendo da vida depois de sair da sala de reuniões da empresa. Ele não a havia encontrado pelas ruas da Coréia, não esperava encontrá-la no Japão.
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  — Ah… Eu estou fechando negócio com… — começou a dizer quando foi interrompido por um rapaz que se aproximava de .
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  — , vamos, acho que já liberaram a nossa sala. — Ele chegou carregando um pacote de pipoca e um copo de refrigerante. — Tá tudo bem? — questionou enquanto alternava o olhar entre Cha e .
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  Parecendo pouco à vontade, a moça murmurou:
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  — , esse é o .
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  — Aquele ? — o tal perguntou lançando um olhar significativo para a acompanhante que soltou um suspiro cansado.
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  — É, ele mesmo — disse por fim.
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  — Quem é ele? — questionou voltando seu olhar para o rapaz que se colocava ligeiramente mais à frente da mulher que costumava ser sua noiva, quase que de uma forma protetora. De alguma forma, aquilo incomodou .
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  — Meu amigo — Cha respondeu parecendo ainda mais incomodada.
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  — Ele não parece japonês… — havia começado a maquinar todas as possibilidades em sua mente. não tinha muitos amigos do sexo masculino. Não realmente. Aqueles com quem ela andava de vez em quando eram apenas casos e diversão, então, supôs que a nova amizade devia ter sido feita naquele país, não na Coréia.
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  — É porque sou coreano — respondeu dando um passo à frente. — , sou fotógrafo e me mudei para Tóquio com a . — O sorriso nos lábios do rapaz demonstrava muita coisa, menos algo amigável como deveria ser.
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   passou alguns instantes encarando o amigo de . Era óbvio que aquilo não podia ser só amizade, pelo menos não para o tal . A forma como ele era todo protetor e agia com Cha não era certa. travou o maxilar nada satisfeito com a conclusão que sua mente havia acabado de chegar.
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  — Hum… — Ele ouviu a moça murmurar baixinho, chamando sua atenção. — Acho que é melhor a gente ir. — agarrou o braço do companheiro e sorriu de uma forma contida e não muito natural em direção a . — A nossa sessão está para começar, então… Foi bom te ver de novo, . — Ela disse finalmente, dando um sorriso um pouco mais semelhante ao que costumava dar a ele antes.
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  — … — tentou chamá-la, mas ela já estava se afastando em direção às salas de cinema, sem olhar para trás. Aquilo parecia um déjà vu. Mas agora Cha lhe dava as costas na companhia de outro homem.
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   se jogou na cama do hotel com aquela sensação o incomodando. Desde que tinha encontrado com e aquele seu amigo, algo dentro de havia mudado. Vê-la feliz ao lado de outro não deveria ser o motivo de incômodo para alguém como ele que sequer se importava com a ex-noiva. Então por que estava se sentindo daquele jeito?
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  “Eu te amo” ela havia dito mais uma vez depois de chorar todas as lágrimas que tinha por ele.
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  Não. De jeito nenhum. Ele não podia estar sentindo aquilo por aquela mulher. Ele não havia sentido aquilo nem pela primeira paixonite que teve na infância, e crianças costumam ser puras diante de sentimentos. Não. Definitivamente, não. Ele repudiava tudo sobre todas as coisas nela. Ele estava feliz pelo relacionamento entre eles ter terminado. não podia amar aquela mulher.
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I can’t escape the way I love you

  Fazia alguns meses que havia chegado àquele pensamento e fazia alguns meses que ele lutava com todo afinco contra essa ideia descabida que era estar apaixonado — amor era uma palavra forte demais — por Cha . Ele havia feito o inferno para se livrar de seu compromisso com a mulher, não fazia o menor sentido estar apaixonado!
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  …
  Mas ele estava. E perceber aquilo era terrível.
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  Cha havia seguido em frente como havia prometido antes de sair andando da vida de , isso depois dele ter feito tudo o que podia para tornar a vida da mulher ao lado dele terrível demais para se suportar. Pensando agora, ele não queria realmente ser aquele homem mesquinho e mulherengo que sempre estava nos sites de fofoca por causa de mais um escândalo amoroso. Se fosse descrever a realidade antes da loucura de apaixonada, ele costumava estar tão focado nas questões do trabalho que mal tinha tempo para pensar em se envolver com alguém, mas ter toda aquela atenção da herdeira Cha era… assustador para aquele . E o que seria pior para uma pessoa apaixonada do que ser traída? Mas mesmo armando o timing perfeito para que o pegasse com outra, ela parecia querer insistir no “amor” dos dois, como se aquilo realmente valesse a pena… Então ele decidiu tornar as traições as mais públicas possível e esmigalhar o restante do orgulho que Cha poderia ter em si.
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   não se orgulhava daquela sua fase na vida, mas o medo tendia a ter certo poder estranho sobre as pessoas. Aquilo em não era amor. Em seu mundo aquilo não existia, a começar pelos próprios pais. Eles haviam casado por conveniência e o bem dos negócios de família, assim como – inicialmente – havia sido estabelecido o casamento de e Cha. Eventualmente, os pais de haviam conseguido construir um relacionamento de respeito mútuo e até mesmo afetuoso um com o outro, mas amor? Não, definitivamente não existia. E estava disposto a aceitar aquele tipo de arranjo com , era o que ele conhecia desde sempre e também, não imaginava que algum dia se casaria por amor.
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  O desconhecido podia ser aterrorizante para aqueles acostumados com a zona de conforto e que pouco arriscavam olhar para novos horizontes. O rotineiro era seguro e seguro era bom o bastante. Até que uma pequena mudança acontece e é o suficiente para criar uma onda gigante que ameaça varrer o reconfortante rotineiro para longe… Foi dessa forma que se sentiu quando sorriu carinhosamente em sua direção no primeiro dia em que se viram após ela acordar do coma.
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   soltou um riso sem humor enquanto se sentava na cama de hotel em Tóquio no qual se hospedava mais uma vez. Ele tinha tentado negar de todas as formas aquilo… Mas não fazia sentido se enganar. Ele estava apaixonado. E não sabia como lidaria com aquela descoberta, não depois de ter magoado a mulher, alvo de seus sentimentos. Ah, mas que se dane! Ele já havia feito a merda maior, se arriscar fazendo o que estava prestes a fazer era o de menos.
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  Decidido, ele pegou suas coisas e rumou para fora do quarto.
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  Ao mesmo tempo em que esperava que a porta fosse atendida o mais rápido possível, esperava que ela não estivesse e ele não tivesse que ter aquela conversa.
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  — Ai, , você só não esquece a cabeça porq… — ouviu uma voz exclamar enquanto destrancava a porta e se interrompia quando viu quem estava ali.
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  Ele sorriu um pouco sem graça, a verdade é que não esperava que fosse atendê-lo. Fosse por não estar ou por não querer vê-lo – ele imaginava que ela se daria ao trabalho de verificar antes de abrir a porta.
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  — Oi, .
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  Cha ficou parada por uns bons instantes encarando , aparentemente, sem saber como reagir.
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  — O que faz aqui? — perguntou finalmente, tentando se recompor.
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  — Podemos conversar? — Foi tudo o que conseguiu dizer. Por mais que quisesse resolver de uma vez a situação, não queria ter aquela conversa no meio de um corredor de apartamentos.
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  Depois de pensar por alguns momentos avaliando o que estava acontecendo, finalmente abriu mais a porta dando passagem para que o visitante inesperado adentrasse o local. A moça deu alguns passos para dentro da sala e esperou, o silêncio, palpável, quase sólido, se instalou entre ambos, sendo quebrado apenas pelo som da televisão que estava ligada ao fundo.
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   passava os olhos discretamente pelo lugar que sua ex-noiva agora chamava de lar. Era um apartamento bem localizado e relativamente espaçoso, também era muito bem iluminado como ele se lembrava de que ela gostava que fosse. Havia toques de Cha por todos os cantos daquele lugar, embora estivessem misturados com a presença de outro alguém.
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  — E? — A análise de foi interrompida pela indagação de .
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  — Eu sinto muito. — foi o mais direto que conseguiu. Por longos segundos o silêncio voltou a prevalecer e percebeu que Cha parecia um tanto estupefata e não diria nada tão cedo. — Eu agi como um idiota com você. — Continuou então.
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  — Não, você tinha razão, murmurou; o rapaz não conseguiu deixar de notar o quanto era estranho ouvi-la chamá-lo pelo nome quando por tantos meses o havia chamado de “”, por mais irritante que ele achasse que era na época.
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  — , eu só…
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  — , você viu onde… — foi interrompido por um homem que adentrava o apartamento. O tal fotógrafo amigo de Cha. — O que você está fazendo aqui? — questionou ele erguendo a sobrancelha.
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  — Se não se importa, eu preciso falar com ela — respondeu um tanto a contragosto, a expressão se fechando. Quem ele pensava que era para se intrometer naquela conversa?
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  — Bem, eu me importo. — cruzou os braços também ficando sério, a postura automaticamente mudando e se colocando a frente de . — O que você quer conversar com ela?
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  — ! — Cha exclamou parecendo indignada.
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  — , não foi ele que te magoou e não fez sequer um esforço para te manter por perto? — perguntou encarando sério a ex-noiva de , logo depois voltando o olhar para o visitante. — E quando ela finalmente segue com a vida você aparece querendo conversar?
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  “…finalmente segue com a vida” aquela afirmação fez engolir em seco ao pensar no que a frase poderia insinuar. Teria ela seguido em frente com ele que tão profusamente a defendia e protegia?
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  — … Por favor, me deixa resolver isso — disse ao amigo, logo depois se dirigindo a . — Mas tem um ponto — assinalou. — Você deixou bem claro que não me queria na sua vida. Então…? — questionou erguendo a sobrancelha, o que fez se lembrar de todas as ocasiões em que ela costumava fazer aquele mesmo gesto. — , por favor. — Cha virou-se para o amigo que voltou o olhar sério em direção a .
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  — Eu vou esperar do lado de fora. — Anunciou. — É bom não fazer a chorar. — Fez cara feia e então saiu.
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  Depois que o rapaz fechou a porta – sendo seguido pelos olhares de e -, a moça finalmente voltou a encarar que se manteve em silêncio, tentando organizar os pensamentos e sentimentos após aquela interrupção e às conclusões que sua mente, pouco acostumada com o novo, chegou.
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  — Quando quiser começar a explicar o que está acontecendo…
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  — Você me assustou. — Ele soltou de repente, quase desesperado, já que não era bem daquela forma que ele imaginava ter aquela conversa.
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  O olhar que lançou para foi ainda pior do que qualquer pior cenário que ele pudesse ter montado em sua mente. Ele a havia magoado de novo.
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  — É, muito legal da sua parte me informar isso agora, obrigada… — Resmungou desviando o olhar, nada satisfeita.
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  — Eu não estou acostumado a ter mulheres correndo atrás de mim sem quererem algo. Dinheiro, fama, uma boa matéria de capa… — a interrompeu antes que as coisas ficassem piores e ele perdesse a oportunidade de finalmente dizer o que precisava. — E então você apareceu sabendo mais de mim do que qualquer outra pessoa no mundo, querendo me agradar, dizendo as coisas mais certas do universo… Não podia ser real!
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  ”Mas então eu fiz coisas para você ir embora e seguir com a sua vida sem mim, tentando me convencer que quem quer que fosse aquele homem que você procurava, não era eu. E você simplesmente partiu.”
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  — E o que você esperava? Que eu insistisse? Implorasse? — Cha retrucou cruzando os braços, sentando em uma poltrona que havia por perto.
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  — Eu percebi que talvez fosse real. — se aproximou alguns passos. — E que você tinha razão, eu tinha medo de aceitar que alguém podia me amar além da minha imagem e dinheiro. Porque aquilo era tudo o que eu sabia no mundo: que as pessoas podiam amar meu status e meu dinheiro, mas não a mim. — Levou um longo tempo até que conseguisse admitir aquela última parte para si mesmo, ele só esperava que ela pudesse compreender também, de alguma forma.
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   abriu a boca tentando formular alguma resposta, mas nada vinha à mente, estava completamente sem ação.
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  — Quando você chegou dizendo aquelas coisas estranhas, mesmo sendo apenas “suposições” — ele fez aspas com os dedos —, sobre como você já havia amado um homem igual a mim, eu só conseguia pensar em que tipo de estratégia idiota poderia ser a sua para entrar na minha vida e conseguir o que queria. — A expressão no rosto de Cha voltou a ficar magoada e só queria poder saber as palavras certas para se expressar sem deixar a sua triste.
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  — Eu tentei de todas as formas provar pra você e pra mim que você não me conhecia tão bem assim. Eu até menti sobre as minhas coisas favoritas! — riu sem humor. — Mas depois que você foi embora… Você partiu e deixou um vazio em mim.
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  — , o que…
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  — Eu acho que fiz uma coisa muito ruim — murmurou se aproximando de onde Cha estava, daquela vez sem hesitar ou pensar muito no que estava fazendo ali.
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  — Eu não te culpo por me julgar…
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  — Eu fiz algo pior…
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   franziu o cenho sem entender.
  — Eu me apaixonei. — O silêncio tornou a reinar, a expressão magoada se transformando em uma confusa e desacreditada. — Você ainda consegue me aceitar? — ele perguntou simplesmente, se ajoelhando diante da mulher que havia sido a vilã de sua história, mas que agora era a estrela.
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  — Eu não sei mais o que sinto por você, … — murmurou num suspiro.
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  Ao contrário do que pensava, não sentiu como se seu mundo estivesse prestes a acabar ou que seu coração tivesse sido arrancado e pisoteado. Aquelas palavras, embora não fossem exatamente positivas, não eram conclusivas. E enquanto Cha não chegasse a alguma conclusão, ainda tinha esperanças.
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  — Tudo bem… — Ele disse, sorrindo. — Se eu consegui fazer você me amar uma vez, eu posso conseguir de novo. — Dizendo aquilo, ele aproximou seus lábios dos de e lhe deu um beijo rápido, inocente como o de uma criança em seu primeiro amor, mas o suficiente para expressar o que queria. Logo depois se afastou, deu um sorriso confiante e se levantou, se ajeitando.
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  — Mas você não é ele… — murmurou para si mesma, e soltou um risinho.
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  — Talvez eu queira ser. Você não desistiu de mim fácil, agora é minha vez de não desistir de você. — Ele sorriu e sem dizer mais nada, saiu do apartamento.
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  Do lado de fora, encostado na parede e batendo o pé impacientemente no chão, estava que encarou o visitante indesejado de sua casa com um olhar que quase poderia ser descrito como feroz, a expressão definitivamente não era amigável. devolveu o olhar e, com ele, deixou entendido que ele não desistiria de reconquistar aquela que ele mal sabia que queria conquistar primeiramente. não desistiria de Cha .
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Fim

  Nota: Eu demorei quatro meses para finalizar essa história. Só porque eu tava num momento bem punk da vida, veja só. HAHAHAH
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  Quase dois anos depois da última história da série ser postada, eis que finalmente saiu a continuação. Pelo que prevejo – e com a graça do universo – temos mais duas histórias até finalizar a série. Tenho tudo mais ou menos planejado, mas… Todo mundo me conhece, então apenas rezem para que a animação e inspiração permaneçam e eu termine sajoça de uma vez 😀
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Liv
Liv
2 anos atrás

LELEN, NÃO ACREDITO QUE A CONTINUAÇÃO VEIO!!!!!!
Menina, eu AMEI o Joon recebendo um chega pra lá meu, bem feito KKKKKKKK
Mas essa reviravolta dos sentimentos dele… olha, ele vai ter que correr MUITO atrás do tempo perdido, sinceramente.
Hobi é meu cristalzinho e compartilho dos sentimentos dele
Inclusive, o Joon dessa realidade vai saber sobre o outro Namjoon que a gente “teve”?
Torcendo aqui pra sua animação continuar, já tô ansiosa pras próximas fics, viu


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