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Pandemonium

Come to me clouds
Raise any storm was malignant
Made for afflicting them
The cloak of night is witness
the destruction of those who resist
And that does not cause me wrong
What will the blood of many cleanse me
Preserving my beauty forever

01. Play

  10:30AM, Nova Orleans, Estados Unidos.
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   se encontrava sentada em um dos bancos montados no terreno do cemitério. Olhava todos a sua volta, estavam com os olhos vermelhos de tanto chorar e todos a encaravam de volta. Era a única que não derramara nenhuma lágrima até então. Sam era seu melhor amigo desde o início de sua infância, não havia dúvidas. O rapaz havia morrido na noite anterior. Foi um suicídio, um suicídio bastante macabro, mas foi um suicídio, diziam os legistas, que ao ver de não tinham a menor ideia do que realmente havia acontecido com seu amigo.
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  - E estamos aqui, reunidos hoje para dar o último adeus a Samuel Hallen, um jovem que teve sua vida tirada precocemente, porém por algum motivo superior do Justo… – o padre contratado pelos amigos da família para dizer coisas reconfortantes falava a frente de todos.
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  - Justo? O que ele tem de justo? – murmurou baixinho.
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  - Acha que Deus não é justo? – alguém perguntou se sentando ao seu lado.
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  - Não , só acho que ele não está sendo justo.
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  - Talvez no fim, haja algo que faça sentido nessa história toda…
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  - O que? Um cara mata 25 pessoas em menos de um mês e continua vivo e livre de qualquer pena. Uma mulher mata seus filhos e tudo que recebe é uma visita ao hospício. E o Sam? Ele tinha 21 anos, era um cara legal e correto, e o que acontece com ele? Vai pra debaixo da terra. Me diz onde tem justiça nisso tudo! – se exaltou no fim da frase.
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  - Eu sei, amiga, realmente. Só queria fazer como esse padre, fazer com que você acreditasse que realmente há um sentido na vida e na morte. – murmurou torcendo os lábios frustrada.
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  - Esse padre é um babaca, só diz besteira porque está sendo pago. – retrucou. – E além do mais… – ela foi interrompida.
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  - , querida, isso é pra você. – Uma mulher com lágrimas nos olhos se aproximou com algumas mochilas cheias.
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  - Mas… Essas coisas não são do Sam?
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  - Sim, mas creio que isso ele iria querer que ficasse com você, minha querida. – Srª. Hallen murmurou dando uma última olhada nos pertences do filho, entregando-os para a garota a sua frente.
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  - Não precisa disso, Srª. Hallen, acho que o mais certo seria ficar com a senhora…
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  - Tudo bem, minha querida. Sei que é isso que ele gostaria. – A mulher sorriu deixando as mochilas no chão, dando um abraço apertado em , logo deu as costas e saiu andando.
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   pegou as mochilas com ajuda de e as levou para dentro de seu carro. Resolveram ir ao Mery’s, o bar de duas amigas.
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  - Eu ainda não acredito que o Sam morreu… Isso é… Surreal. – Merydith murmurou depois de uma longa conversa com as amigas.
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  - É… E, erm… Essas são as coisas dele? – Merydian perguntou já olhando dentro das mochilas.
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  - É, a mãe dele me entregou, disse que seria o que ele ia querer. – murmurou encarando um álbum de fotos onde ela e Sam estavam sentados em uma gangorra, brincando juntos.
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  - Huuum, olha só isso, Stay Alive… Parece ser divertido… Que tal jogarmos?
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  - Olha, Merydian, não acho uma boa ideia… Quer dizer, pode ter coisas bastante macabras aí… Foi a última coisa que o Sam disse que estava fazendo… Jogando esse jogo.
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  - Ah, até parece que não está acostumada com coisas macabras! Passamos nossa infância toda jogando essas coisas! – Merydith interveio.
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  - Eu sei, mas…
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  - Nós vamos jogar e pronto. Aproveitamos e chamamos os meninos, fica menos assustador. – as duas Merys sorriram.
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  8:30PM, Rua Brendzel, casa de Merydith e Merydian.
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  Os seis amigos já se encontravam sentados no chão da sala de TV das irmãs Merys, cada um montando seu “equipamento” de jogo.
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  - Por que ainda não começamos? – reclamou enquanto se ajeitava no chão.
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  - Porque estou esperando mais uma pessoa… – Merydian murmurou sendo interrompida pela campainha. – Deve ser ele, esperem aí.
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  Depois de alguns segundos, Merydian já estava de volta, acompanhada por um rapaz alto de olhos .
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  - Pessoal, esse é um amigo meu, . É filho dos amigos de meus pais e faz faculdade de psiquiatria, está dando um tempo pela cidade. – A moça apresentou.
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  - Sabe Dian, não precisava contar a vida inteira do cara… – murmurou tentando não ser grosseiro.
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  - Se eu não dissesse vocês iam me encher no meio do jogo. – A garota retorquiu indo se sentar entre os amigos. – Sinta-se a vontade, .
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  O rapaz plugou um dos controles que lhe foram oferecidos no aparelho de games de , que estava na ponta, portanto, mais próxima. O game se inicalizou, congelando em um imagem de um diário.
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  - A oração de Elizabeth Bathory… – Dith murmurou. – Travou, não dá pra mover nada…
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  - Talvez devêssemos ler essa oração… – sugeriu, vendo todos na sala lhe lançarem olhares curiosos. – Ou talvez não…
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  - Aah… Venham a mim nuvens… – murmurou no microfone conectado ao aparelho. Todos arregalaram os olhos ao perceberem que as palavras ditas pela garota haviam desaparecido da tela.
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  - Caramba, ativação por voz… Isso é… Maneiro. – murmurou encarando a tela.
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  - Tá certo, vamos ler todos juntos então. – Dian exclamou mirando sua tela.
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  Venham a mim nuvens
  Ergam-se em tormenta maligna
  Feita para dilacerá-los
  Que o manto da noite seja testemunha
  da destruição daqueles que resistem
  E que não me causem mal
  Que o sangue de muitos venha me limpar
  Preservando minha beleza eternamente
  …

  Os sete terminaram de ler e logo que o fizeram, sentiram um calafrio com o silêncio que reinou. Logo a próxima tela foi carregada: criação de personagens.
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  Cada pessoa fez seu personagem no jogo o mais parecido com a realidade, músculos, altura, acessórios, etc. Logo já estavam preparados para o início do jogo. Seus personagens estavam parados ao portão de uma gigantesca mansão quando os controles começaram a vibrar.
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  - Hum, acho que alguma coisa vai acontecer… – murmurou observando atentamente sua tela.
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  ”Coisas terríveis aconteceram na fazenda da condessa Bathory, coisas que jamais serão esquecidas. Quando o medo lhe dominar, reze e ofereça uma rosa àquelas almas perdidas.
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  - Mas que rosas? – arregalou os olhos ao ver uma garotinha morta-viva andar na direção de seu personagem.
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  - Sei lá, mas atira! – exclamou agoniado.
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   mirou na menina e atirou em sua cabeça, que explodiu. Porém, seu corpo continuou vindo em sua direção.
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  - Erm…
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  - ATIRA DE NOVO! – berrou quando a zumbi se preparava para atacar o personagem de sua amiga.
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   atirou novamente e a menina se desmanchou em sangue, no lugar de seu corpo se encontrava uma rosa vermelha.
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  - Achamos a tal rosa… – Dith suspirou, voltando a segurar seu controle.
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  - Cara, esse jogo é muito parado! – Dian reclamou.
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  Alguns minutos depois…
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  - UHUUUL, É ASSIM QUE SE FAZ! – Merydian gritou depois de acabar com algumas dezenas de zumbis.
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  - Cobre o lado esquerdo, Dian, vamos tentar entrar na cripta! – Merydith gritou para a irmã.
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  Os personagens das duas saíram correndo em direção a uma porta de madeira, que logo que as duas entraram se fechou.
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  - O que é isso, onde vocês estão? – perguntou.
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  - Sei lá, em algum tipo de porão… – Dith respondeu observando atentamente.
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  - Joga uma rosa. – alertou.
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  - Droga, estou sem, Dian, você tem rosas aí?
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  - Só tenho mais uma e… Aah, que noojo! – a moça gritou, fazendo todos pularem de susto.
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  - O que foi, garota! – resmungou atenta em sua tela.
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  - Tem meninas mortas nesse lugar… Erm… Completamente dilaceradas. – Merydian resmungou jogando sua última rosa no chão.
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  - Droga! Acho que vi um vulto! – Dith exclamou.
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  - Presta atenção, a velha pode estar aqui e… – Dian parou de falar no instante em que algo agarrou seu personagem e o matou. As luzes se apagaram e quando a tela retornou, Dith e Dian (personagens), estavam despedaçadas, literalmente.
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  - Aah cara, que noojo! – gritou, assim que se desligou do jogo.
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  - Não acredito que as irmãs viciadas em games de terror perderam! – murmurou também desligando seu aparelho.
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  - Ah, esse jogo é uma mentira! – Merydian reclamou.
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  - Certo, certo, vamos embora agora porque já está ficando tarde. – murmurou já guardando seu “equipamento” em sua bolsa. – Então, quem vai me dar carona?
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  - Erm… Eu posso te levar se quiser… – se candidatou um pouco acanhado.
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  - Own, sempre um cavalheiro! – Merydith murmurou apertando a bochecha do amigo, que acabou corando um pouco.
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  - Ah, eu aceito! – falou feliz.
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  Todos saíram da casa das irmãs Merys e cada um foi para sua casa.
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  De certa forma, o jogo havia mexido com a imaginação dos sete amigos, que tiveram uma noite turbulenta e cheia de pesadelos.
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02. Suspeitos

  O dia amanheceu ensolarado, perfeito na opinião de , que sorriu com os primeiros raios de sol que tocaram seu rosto. Tivera certos sonhos estranhos durante a noite, mas nada que realmente lhe tirasse o sono. A moça se levantou e foi direto ao banheiro, onde lavou o rosto e escovou os dentes. Seria um longo dia sem Sam para diverti-la como faziam todo final de semana. suspirou. Como a perda do amigo mexia com ela. Apesar de não demonstrar, ela era a que mais sofria com tudo isso, afinal, o amigo era seu porto seguro, seu confidente, seu tudo.
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  Ainda pensava no ocorrido, quando foi para a cozinha e encontrou sua secretária eletrônica piscando. Que estranho, ela pensou indo apertar o botão do aparelho.
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  Você tem sete mensagens em sua caixa postal, aperte 1 para ouvi-las, aperte 0 para sair. A voz eletrônica e irritante falou. apertou a tecla “um” e esperou atentamente. O bip soou, indicando o início da gravação. A garota esperou pacientemente por alguma mensagem, mas tudo que ouviu foram chiados baixos, que duraram cerca de 10 segundos e então a linha caiu. Ela ergueu uma das sobrancelhas sem entender e passou para a próxima mensagem. Mais chiados. Todas as outras cinco mensagens restantes eram de chiados, algumas vezes mais altos, outras mais baixos, mas nenhuma fala.
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  Estranhando, foi verificar a bina e sua surpresa foi perceber que as últimas sete ligações foram feitas pelo telefone de Merydith e Merydian. Ao encarar o número registrado, começou a se preocupar e decidiu ligar para as amigas, que em pleno sábado de manhã, com toda a certeza não deveriam estar acordadas. A moça riu. Não tinha o porquê ficar preocupada, com toda a certeza as duas deveriam estar tentando pregar-lhe alguma peça. Suspirou. Apesar de ter quase total certeza de que era isso, ainda não deixava de sentir uma ponta de preocupação crescer.
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  Depois de tomar seu café da manhã e ler algumas notícias, resolveu dar uma caminhada; era o que ela e Sam costumavam fazer em manhãs tediosas. Estava completamente distraída com seu fone de ouvido, que mal prestava atenção aonde andava.
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  - Olá, senhorita… – alguém tocou seu braço a sobressaltando.
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  - Ah, ! Que susto você me deu! – exclamou tirando os fones do ouvido.
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  - Desculpe, eu te chamei do outro lado da rua e como você não me respondeu, resolvi me aproximar. – Ele explicou um pouco sem jeito.
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  - Ah, tudo bem, preciso mesmo parar de ouvir música tão alto. – Ela riu sendo acompanhada pelo rapaz.
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  - E então, pra onde está indo?
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  - Hum… Eu estava apenas caminhando, mas agora que você falou… Acho que vou dar uma passadinha na casa de Merydith e Merydian… – parou de andar com a expressão pensativa.
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  - Posso te acompanhar? Estou precisando arrumar desculpa pra me divertir ultimamente…
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  - Claro, vamos. – Os dois começaram a caminhar enquanto conversavam animadamente.
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  9:27AM, Rua Brendzel.

  - Ué, que estranho, elas não costumam demorar tanto para abrir a porta… – murmurou tentando enxergar alguma coisa pelas janelas escuras.
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  - Talvez ainda estejam dormindo e não tenham ouvido… – deu de ombros.
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  - Não, elas geralmente têm o sono leve, até o bater de asas de uma mosca as acordariam. – A moça murmurou apertando novamente a campainha.
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  - Ou talvez elas tenham saído…
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  - Elas? Levantando antes das onze em pleno sábado? Nunca, ! – exclamou enquanto girava a maçaneta. – Nossa, elas deixaram a porta destrancada? – A garota arregalou os olhos, mas sem pensar duas vezes, adentrou a casa.
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   foi caminhando lentamente em direção a sala, que ficava mais perto da entrada e foi atrás da garota, apenas acompanhando. Sentiu um cheiro estranho quando chegou ao lugar, mas preferiu não comentar. Gritou pelo nome das amigas, mas não houve resposta alguma, por isso resolveu ir até seus quartos.
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  Ao abrir a porta vagarosamente, tudo o que pôde fazer foi arregalar os olhos e reprimir um grito de horror. Ali, a meia luz, pôde enxergar pouca coisa, mas o suficiente para deixá-la aterrorizada. Pedaços. Era tudo o que ela conseguia pensar. Pedaços das duas amigas estavam espalhados por todo o quarto, as paredes brancas, agora tingidas num tom vinho.
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  - NÃO! – foi tudo o que conseguiu pronunciar, antes de cair no choro e ser abraçada por um que a arrastou para fora do lugar.
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  10:15AM, Rua Brendzel

  A polícia já havia chegado ao local assim como os amigos de , que souberam do ocorrido e resolveram ampará-la. Merydith e Merydian eram amigas muito próximas da moça, que simplesmente não pôde acreditar no que seus próprios olhos viram. Aquela cena não saía de jeito nenhum de sua mente. O que poderia ter acontecido aquela noite? Elas teriam ligado para pedir ajuda? Ou simplesmente resolveram se matar de um modo macabro e ligaram para se despedir? Era mais do que óbvio que havia algo muito errado naquilo tudo. pensava em algumas coisas quando um dos policiais parou a sua frente, estendendo-lhe um copo de café.
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  - Você é ? – o homem perguntou depois de entregar o copo à garota.
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  - Sim… – ela murmurou sem muito ânimo.
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  - Merydith e Merydian eram suas amigas, certo?
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  - Sim. – Respondeu novamente.
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  - Mora a dez minutos daqui, pelo que me disseram.
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  - Sim, eu moro. – ergueu as sobrancelhas tentando encarar o rosto do homem, mas as lágrimas foram tantas, que ainda embaçavam seus olhos, agora vermelhos. A garota ergueu o copo de volta ao policial.
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  - É para você. – O homem sorriu.
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  - Eu não quero. – Ela murmurou com certo desprezo. – Acha que sou uma suspeita, por isso veio falar comigo e por isso trouxe o café. – fez careta e deixou o copo com o café quente ao seu lado na guia, onde estava sentada desde que ela e saíram da casa.
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  - Eu não…
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  - Eu sei que é isso – ela murmurou o encarando com os olhos analisadores.
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  - Parece que sabe bastante sobre os procedimentos da polícia… – o homem a encarou com as sobrancelhas levantadas.
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  - Meu pai é policial investigativo, sei muito bem como se fazem de amigos para tentar arrancar algo confidencial sobre o caso. Mas aqui vai, eu não tenho nada a esconder. – Ela se levantou em um pulo e foi para o lado de , que conversava com outro policial.
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  - É melhor ficarem na cidade para qualquer eventual circunstância. – O homem que falava com murmurou.
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  - Certo. – Ele respondeu, logo voltando a atenção à , que afundava o rosto em seu peito, o abraçando fortemente. – Tudo bem, , vai ficar tudo bem. – Murmurou dando um beijo no topo da cabeça da amiga.
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  - Isso foi cruel, . Cruel. – levantou a cabeça para encarar melhor o amigo.
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   não tinha nada de reconfortante a dizer para a amiga, então apenas a abraçou, torcendo para que fosse o bastante. Não podia saber como se sentia, mas com certeza estava pior do que qualquer outra pessoa ali presente. Dith e Dian praticamente a ajudaram a se manter em Nova Orleans e agora estavam mortas.
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  - Por que, ? Por que elas, por que agora? – a garota soluçava amarrotando a camiseta do amigo.
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  - , não tenho resposta pra isso… Simplesmente… Aconteceu.
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  Todos passaram a tarde em frente a casa das irmãs Merys, pois os policiais não permitiram a saída de ninguém da cena do crime. Fizeram interrogatórios, pegaram depoimentos de vizinhos, contataram família e advertiram todos os cinco jovens a não saírem da cidade ou seriam presos por suspeita de homicídio.
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  Depois de os corpos serem levados para análise, os amigos foram liberados. Muito unidos, todos resolveram dormir juntos, na casa de . Nada mais justo com alguém que viu a cena toda da morte de duas amigas queridas. Para todos o sono chegou rápido e a noite foi tranquila, exceto é claro, para . A noite para ela fora excessivamente um terror.
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03. Again

   perdeu a conta de quantas vezes acordara com lágrimas nos olhos vendo a mesma cena da manhã anterior. Sangue, pedaços. Aquilo se repetia milhares de vezes em sua mente, nunca a deixando dormir sem um traço de horror no rosto. A noite fora turbulenta e quando o sol finalmente despontou, já tinha os olhos abertos e uma expressão de alívio pela manhã ter chegado, não ter que dormir mais e sonhar novamente.
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  Levantou do chão de sua sala e encarou todos os seus amigos dormindo sonoramente em camas improvisadas. Era uma bela família, pensou ela deixando uma lágrima solitária escorrer em seu rosto anormalmente pálido. Foi até a cozinha e preparou seu cereal matinal. Enquanto procurava o leite na geladeira com a tigela na mão, sentiu um calafrio percorrer por toda a sua espinha, o que a fez pular e derrubar a tigela estrondosamente no chão gélido da cozinha.
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  - Caramba, amiga, o que você tá fazendo? Procurando constelações em cereais espalhados pelo chão? – entrou no local com a cara amassada e bocejando.
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  - Não, eu me descuidei e deixei a tigela cair. – respondeu coçando a nuca.
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  - Ah, deixa que eu limpo isso, vai fazer um café da manhã descente pra nós. – Ela sorriu brincalhona enquanto recolhia os cacos maiores do chão.
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  - Ovo mexido?
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  - Ah, que tal panquecas com sorvete? Sabe que eu amo suas panquecas! – exclamou piscando.
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  - Hahaha, puxa saco. – sorriu indo preparar os ingredientes.
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  Nove da manhã e todos já estavam acordados e sentados em volta da mesa da cozinha. Todos tinham ouvido os gemidos e murmúrios de medo de na madrugada, mas preferiram não comentar, sabiam muito bem que a amiga diria se precisasse de amparo. Logo a tarde chegou, mais monótona do que o normal.
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  - Quel tal se a gente jogar um pouco? – fez a infeliz pergunta.
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  - Não, . – respondeu em tom seco.
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  - Ah, pelas Merys! – O rapaz insistiu.
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  - Eu não vou jogar, se quiser joguem vocês, mas eu ainda acho muito estranho essa história toda. – murmurou parecendo mais pálida ainda.
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  - Você tá um saco, sabia? – reclamou indo pegar seu vídeo-game.
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  - E você é um babaca, sabia ? A está sofrendo com tudo isso, devia parar de agir assim! – reclamou com o rapaz, que retorceu a cara e foi para um dos quartos com TV da casa.
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  - Vou dar uma volta… – murmurou antes de sair pela porta da frente.
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  - Espera, vamos com você! – exclamou correndo atrás da moça, puxando os outros dois restantes junto.
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   se sentia mal por tudo aquilo. De alguma forma, ela se sentia a culpada pela morte das amigas, por ter colocado aquele jogo na vida de todos os seus amigos. Mas será que isso tinha algo a ver? Ou teria sido apenas coincidência o fato de três pessoas após jogarem o game aparecerem mortas no dia seguinte? Ela não conseguia parar de pensar nisso, os fatos simplesmente implicavam isso.
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  - E se não for coincidência? – perguntou de repente, depois de longos minutos em silêncio sentada no banco de um parque.
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  - O quê? – perguntou erguendo a sobrancelha.
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  - Essas mortes, as mortes de nossos amigos. E se não for coincidência e muito menos suicídio? – ela questionou aflita.
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  - E o que mais seria? Maldição? – perguntou irônica.
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  - Eu tô falando sério, não acham estranho de mais Merydith e Merydian aparecerem mortas depois de jogarem? E ainda mais estranho, exatamente do jeito que morreram no jogo? – parecia bastante convicta de sua suposição.
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  - , eles morreram, não importa mais… Acabou. – tentou abraçar a amiga que se afastou o máximo que o banco permitia.
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  - Então é assim? Quer dizer, existem fatos apontando coisas estranhas e vocês vão simplesmente cruzar os braços me dizendo que acabou? – A morena se levantou enquanto dizia isso.
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  - Bem, analisando dessa forma, as chances de uma pessoa morrer coincidentemente como em um jogo são de um em um bilhão, ou seja, as chances disso acontecer são quase nulas… – disparou a falar.
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  - Viram? E se estiver certo? corre perigo agora! – exclamou já virando em direção a saída do parque.
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  - Vocês estão ficando loucos! Quer dizer, um jogo matando? – falou enquanto corria atrás de e , acompanhada por .
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  Os quatro chegaram à casa de escancarando a porta. Chamaram por , mas não obtiveram resposta. A moça já estava começando a ficar aflita, quando ouviram um barulho vindo da sala de TV. Todos correram para o lugar e encontraram ‘jogado’ em cima da televisão, tentando conectar algum fio do lado de trás.
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  - O que tá fazendo, ? – perguntou soltando um suspiro de alívio.
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  - Tentando arrumar essa merda que travou, o que mais? – ele resmungou tentando mexer seu personagem com o controle do vídeo-game.
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  - Eu disse. – falou indo ajudar o rapaz.
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  - A estava pensando que… – começou a falar, mas foi interrompido.
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  - Eu sei, ela pensou “o jogo está matando a todos“, eu também pensei, mas pensei melhor e achei loucura. – O rapaz murmurou ainda concentrado na tela da TV que estava congelada. – E olha só o que eu descobri, os espelhos normais quebram na presença da Condessa, mas esse aqui não quebrou; na verdade ele pausou o jogo, que agora não quer voltar a funcionar…
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   voltou sua atenção para os fios da televisão, enquanto os outros se dispersavam pela casa.
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  A noite chegou logo e como ainda parecia bastante abalada pela morte das amigas, os outros quatro amigos resolveram passar mais uma noite com a garota. havia parado por um tempo de jogar o game, o negócio realmente travara. Pediram uma pizza para o jantar e ficaram assistindo a filmes de comédia na TV até pegarem no sono. Mais uma vez todos dormiram perfeitamente bem, exceto que teve uma madrugada de sonhos sem nexo e assustadores. Neles ela viu a morte de seu melhor amigo, que morrera pendurado no lustre do segundo andar da casa dos pais; viu a morte das irmãs Merys, cada parte de suas mortes violentas. Quando acordou, o sol já iluminava a pequena sala onde todos dormiam.
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   suava violentamente quando recobrou completamente a consciência.
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  - Tudo bem, ? – Ela levou um susto quando percebeu que não era a única acordada.
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  - ? – O encarou antes de responder à sua pergunta. – Claro, tudo bem.
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  - Olha, sei que mal nos conhecemos, mas pode contar comigo, ok? – Ele a olhou reconfortante.
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  - Ok, obrigada, , mas eu realmente estou bem. – Mentira, pensou ela antes de voltar a se cobrir, já eram oito da manhã de uma segunda-feira, mas a garota não estava nem um pouco a fim de ir para a faculdade.
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  - Bom, vou para as aulas, qualquer coisa deixei meu celular gravado no seu telefone, tudo bem? – O rapaz já estava perto da porta quando ouviu um murmúrio agradecendo, vindo debaixo das cobertas. – Mais tarde volto para ver como está e para trazer comida decente pra toda essa cambada. – O rapaz informou antes de fechar a porta.
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   ficou deitada encarando o teto branco, relembrando seus sonhos. Olhou para a porta pela qual havia acabado de sair e se tocou de que a mesma estava destrancada. Pensou em ir trancá-la, mas refletiu bem. Não é do que está lá fora de que preciso ter medo, pensou ela antes de fechar os olhos e cair num sono conturbado e turbulento novamente.
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04. Descobertas

  A terça-feira chegou mais rápido do que se julgaria normal e mais uma vez não foi à faculdade. Suas noites estavam tomando toda a sua energia e vontade de viver. Será que ninguém percebia que existia algo errado naquilo tudo? Por mais que tentasse, a garota não conseguia afastar sua teoria da cabeça. Não poderia ser apenas coincidência, poderia?
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  - Vou dar uma volta, talvez ir até a faculdade… – murmurou antes de fechar a porta às suas costas.
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  A garota andou decidida até sua universidade onde cursava Direito. Entrou à passos firmes na sala de informática do lugar, que por algum estranho motivo estava vazia. Melhor assim, pensou a moça indo se sentar em frente a um dos computadores. Enquanto o aparelho ligava, sentiu aquele arrepio gélido em sua espinha novamente, mas resolveu ignorar quando percebeu que a tela do computador já estava acesa.
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  Conectou-se à internet e com as informações de seu pai, entrou nos arquivos restritos das investigações da polícia local. Samuel Hallen, a garota digitou no sistema de busca. Caso arquivado, se indignou ao ler. Clicou no ícone e quase desistiu de fazer o que estava prestes a fazer. A foto do corpo e da autópsia do amigo estavam arquivadas junto ao relatório dos peritos.
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  Pescoço quebrado após enforcamento.
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  Furos profundos no pescoço causados por tesoura de lâminas duplas de 10 centímetros.
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  A garota leu atentamente enquanto colocava tudo para impressão.
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  - Vejamos agora… Merydith Snollan… – ela murmurou para si mesma ao mesmo tempo em que digitava o nome da amiga.
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  Merydith Snollan
  Esquartejada…
  …Tesoura de lâminas duplas de 10 centímetros.
  A menina colocou novamente as informações para impressão e quando o aparelho terminou seu trabalho, se levantou pegando suas folhas e saindo do lugar o mais rápido que pôde. Aquele lugar vazio e sem vida a estava deixando mal, pior do que já se sentia. Voltou aos tropeços para sua casa, onde encontrou tentando fazer o almoço e tentando ajudá-la.
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  - Onde você se meteu? Quer nos matar de fome ou o quê? – questionou cutucando uma massa que parecia ser macarrão. – foi resolver alguma coisa da faculdade e esqueceu de nós, e eu vim me aventurar com na cozinha, tentar fazer um almoço decente, mas olha o que virou nosso macarrão! – a garota choramingou espetando o tal macarrão.
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  - Onde está ? – mal prestou atenção na amiga. – Descobri algumas coisas sobre a morte de nossos amigos. – Ela puxou uma cadeira para perto do balcão da cozinha, abrindo a pasta onde colocara os papéis.
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  - , qual é, está querendo procurar lã em pato! – murmurou sentando ao lado da amiga.
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  - Só me deixem falar, está bem? Depois podem dizer o que quiserem! – ela reclamou entregando uma cópia das folhas.
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  - Ah, caramba! Conseguiu estragar mais ainda meu almoço! – o rapaz exclamou fazendo cara de nojo.
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  - Ergh! , você usou os dados do seu pai pra pegar isso, não foi? – perguntou parecendo brava, a outra apenas confirmou com a cabeça. – Até que ponto isso vai chegar, amiga?
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  - Eles não querem fazer nada para descobrir o que aconteceu com Sam e com as irmãs Merys, alguém…
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  - Não tem o que discutir sobre isso, . Se nem a polícia consegue entender o que aconteceu com eles, não seremos nós que vamos descobrir alguma coisa.
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  - Podemos não descobrir nada, mas pelo menos não vamos cruzar os braços diante disso! – estava vermelha de raiva. Por que os amigos não a entendiam?
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  - Tudo bem, , diga sua teoria. – murmurou tentando amenizar a situação.
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  - Eu sei que parece loucura, mas… Leiam o relatório.
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   e pegaram uma cópia das folhas e começaram a ler.
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  - Tesoura de lâmina dupla de 10 centímetro, leram? – perguntou após alguns instantes.
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  - Sim, e daí? – rolou os olhos impaciente.
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  - Vocês nunca ouviram a lenda da Condessa Elizabeth?
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  - Aah, de novo essa história? É só uma lenda, .
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  - Ela torturava e matava suas criadas e depois furava seus pescoços com uma tesoura dessas para tirar o sangue do corpo delas e tomar banho.
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  - Tá querendo dizer que essa Condessa tá matando as pessoas? Ah, por favor! – resmungou voltando a atenção ao seu macarrão.
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  - É sério, quando Sam e eu fomos visitar a avó dele e resolvemos sair para dar uma volta… Ela dizia sempre para voltarmos logo, porque alguma coisa… Pegaria a gente… – falou encarando a foto do cadáver de Samuel.
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  - É, mas pelo que eu sei, ela usava a calcinha por cima da roupa… – murmurou fazendo rir.
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  - Mas… – foi interrompida por um celular tocando na sala.
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  - Deve ser o meu…
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   foi até a sala onde dormiram seguida de e . Ela olhou no visor, era .
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  - , onde você está? – a garota perguntou brava.
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  - , eu tava dando uma volta pela estrada, e… Eu sei lá, eu vi uma menina aparecer de repente na minha frente, desviei dela e bati com o carro
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  - Ah meu Deus, você tá bem? – a garota perguntou aflita.
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  - É, eu tô… Dá pra vocês virem me buscar? Quer dizer… Eu não viajo assim desde a última vez que comi biscoitinhos de escoteiros! parecia preocupado.
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  - Tá, me diz onde você tá.
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  - Na entrada da cidade, mas vem logo que tem alguma coisa… arregalou os olhos, a linha tinha caído.
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  - E aí pessoal, o que estão fazendo? – entrou cheio de sacolas na mão. – O que houve?
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  - , leva a gente até a entrada da cidade, é urgente! – gritou já saindo pela porta.
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  - Tudo bem, mas o que aconteceu?
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  - Parece que o está em apuros… – respondeu empurrando o outro para fora, logo trancando a porta.
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   pegou seu carro e disparou para a única entrada que a cidade possuía, ele correu o máximo que pôde, pois sentiu a aflição na voz de , que a qualquer momento parecia capaz de chorar. Chegaram perto da entrada, uma estrada rodeada de árvores altas e cheias. Viram logo a frente o carro de encostado no acostamento de uma maneira torta. foi a primeira a sair do carro e, consequentemente, a primeira a ver a cena que chocou a todos.
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   estava lá, caído no meio da estrada completamente sem vida. correu até o rapaz e, chorando, o abraçou. Ele estava ensanguentado e sua cabeça estava em um ângulo estranho. Tinham quebrado seu pescoço.
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  - NÃO! NÃO, , POR FAVOR, NÃO! – a garota abraçada ao rapaz gritou de desespero. pegou o celular para discar para a emergência e para a polícia, já que era certo que o amigo morrera. encarava a cena sendo abraçada por e nem sequer piscava.
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  - Isso não… Pode estar acontecendo… – murmurou baixinho e apenas ouviu.
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  -
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  - É culpa minha, não é? Por ter colocado esse jogo na vida de vocês… É tudo culpa minha… – Ela deixou uma lágrima escapar e logo afundou a cabeça no peito do rapaz, que a abraçou mais firmemente.
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  - Não, , você sabe que a culpa não é sua. Eu sei que tem alguma coisa muito estranha acontecendo, mas não é culpa sua.
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  Meia hora depois, a ambulância e a polícia já tinham chegado ao local e infelizmente viram ali, novamente no local de um crime…
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05. Brincadeira

  - Eu tô dizendo, a gente devia prender ela imediatamente! – um dos investigadores murmurou ao parceiro enquanto encarava .
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  - Ah, claro! Com que argumentos, Steven? Ela pegou uma carroça, atropelou o amigo e depois voltou para a cidade sem ninguém perceber?
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  - Eu tô falando, ela é suspeita.
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  - Mas enquanto não tivermos provas, ficaremos apenas de olho. – O outro homem murmurou indo em direção à garota, que estava sentada na parte de trás de uma van. – Senhorita , poderia dar uma palavrinha com você?
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   apenas fez que sim com a cabeça e se levantou sendo guiada até um pouco mais longe dos amigos.
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  - Escute, , eu realmente acho que você não tem nada a ver com isso, mas se eu pegar você e seus amigos mais uma vez no local de um crime, terei que prendê-los, entendeu? – o homem murmurou a encarando com pena.
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  - Tem alguma coisa matando meus amigos e vocês não fazem nada! – ela resmungou chorosa.
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  - Estamos fazendo nosso trabalho aqui, mocinha.
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  - Então é arquivando o caso que vocês fazem seus trabalhos?
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  - Como você sabe sobre isso?
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  - Então arquivaram mesmo? – encarou o detetive que fez cara de culpado. – Sinceramente…
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  - Não, escuta, você não devia jogar isso! – ouviu murmurar.
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  - Cala a boca, fedelho! – o outro detetive reclamou enquanto jogava online.
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   encarou o policial e a tela em que o personagem do homem se encontrava, preso a uma cadeira de tortura.
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  - NÃO, DESLIGA ISSO! – Ela correu na direção do detetive e alguns guardas impediram seu caminho. – Me solta! Precisa desligar o jogo! – exclamou lutando para chegar à tela do notebook, olhando aterrorizada o personagem do policial morrer com a mandíbula arrancada. Quando finalmente conseguiu fechar o aparelho, já era tarde demais.
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  - Então é esse joguinho bobo que está assustando vocês? Fala sério. – O homem zombou.
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  - Não devia ter jogado – resmungou o encarando séria.
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  - Eu disse… – tentou falar.
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  - Cala a boca! – o investigador foi grosso ao falar. – E você, garota, estaremos de olho. É bom não se meter em encrencas, ou vai me dar o prazer de te prender? – Ele sorriu malicioso.
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  - Vamos, Steven. – Um dos companheiros de equipe o chamou.
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  - De olho, não se esqueça. – Ele deu um último sorriso malicioso à garota que apenas retorceu a cara de raiva.
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  Os quatro amigos passaram mais um tempo no local da morte de , o silêncio reinou por um longo momento.
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  - Ele era tudo o que eu tinha… – cuspiu as palavras encarando . – Por que trouxe esse maldito jogo pras nossas vidas, ? – a garota terminou de falar e se desmanchou em lágrimas.
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  - Pensei que não acreditasse nisso… – murmurou sendo brutalmente cortado na conversa.
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  - CALA A BOCA, ! – se sentiu contrariada, afinal, apesar de tudo, ela realmente duvidara. – Como quer que eu não acredite depois de ver o corpo do meu namorado estirado nessa estrada, atropelado por uma CARRUAGEM?! – ela gritou caindo de joelhos no asfalto judiado pelos carros.
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  - Erm… Gente, não sei se é a melhor hora, mas precisam ver isso. – murmurou apontando para a tela do notebook.
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   e que estavam mais afastadas se aproximaram, e , que ainda continuava sentado na parte de trás da van, apenas se virou para ver melhor. havia encontrado o corpo do personagem que criara para jogar. Ele estava jogado no canto de uma estrada, a cabeça completamente virada para trás, uma poça de sangue o cercava. Quando viu a imagem, simplesmente tapou os olhos com as mãos e voltou a chorar.
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  - É, , não era a melhor hora. – murmurou antes de fechar o aparelho.
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  - Fala aí. – Um garoto com aparência nerd falou ao perceber que um homem o encarava. – Deixa eu adivinhar, tá atrás de um game violento, com muito sangue e cabeças rolando?
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  - Não, quero o jogo do Packman. – O homem respondeu sério, o que fez o garoto erguer uma das sobrancelhas. – Seu idiota, eu só quero uma informação. – O homem resmungou mostrando seu distintivo de polícia.
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  - Aah, claro, claro. E então, o que quer saber? – o garoto perguntou sem graça.
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  - Quero saber se conhece algum jogo chamado… – o policial parou para ler um papel. – Stay Alive.
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  - Stay Alive? Ih, cara, não conheço não… Mas deve ser um beta. – O atendente deu de ombros.
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  - Beta?
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  - É, jogos em fase de teste. E sabe, se não divulgaram nada sobre ele, deve ser proibidasso! – O rapaz tinha os olhos brilhando de excitação.
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  - Tá, obrigado.
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  - Não quer levar nenhum jogo mesmo?
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  - NÃO! – o policial fez uma carranca que assustou o vendedor.
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  Ao sair da loja de games, o homem sorriu vitorioso. Um jogo ilegal era tudo o que ele queria para encurralar aqueles adolescentes enxeridos. Entrou no carro ainda com o sorrisinho, colocou o cinto e arrumou o retrovisor, que na mesma hora se trincou.
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  - Mas que… – ele murmurou para si mesmo e chegou mais perto do espelho para analisá-lo. Ao fazer isso percebeu uma mulher completamente em decomposição se materializando no banco de trás.
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  O Detetive Steven tentou sair do carro, mas seu corpo estava preso ao banco do motorista. A mulher sorriu para ele pelo espelho e se aproximou segurando seu rosto para que encarasse o espelho.
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  Tudo que se pôde ouvir foi o grito de agonia do policial e talvez o som de sua mandíbula se partindo.
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06. Fugindo

  Depois de um certo tempo no local onde havia morrido, os quatro restantes resolveram ir embora. Não havia mais nada que pudessem fazer. decidiu levar a todos para seu apartamento no centro da cidade, estava na hora de mudar um pouco de ares, pensou. fungava a cada segundo, parecia calado demais e parecia estar presa em pensamentos profundos.
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  - Pessoal, não podemos ficar assim pra sempre. – tentou falar pela primeira vez. – Não podemos simplesmente aceitar isso dessa forma! – ele retrucou fazendo careta.
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  - Então você acha mesmo que foi o jogo? – perguntou erguendo a sobrancelha.
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  - Você ainda tem alguma dúvida, ? – o encarou sério. – Quatro pessoas mortas exatamente da mesma forma que no jogo.
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  - É. Na verdade estou tentando não acreditar… É… Assustador. – concluiu baixando o olhar. – E o que você sugere dizendo que não podemos aceitar isso dessa forma?
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  - Eu não sei, mas precisamos parar essa coisa! Senão, estamos todos mortos!
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  Um instante se passou em silêncio, ninguém havia pensado dessa forma… Eles estariam condenados a isso também? O jogo, ou fosse o que fosse, iria atrás deles? mordeu o lábio inferior um tanto aflito e continuou a observar os amigos.
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  - Gente… – murmurou baixinho sem olhar para ninguém, ainda mergulhada em pensamentos. – A última vez que jogou foi quando o game travou, certo? – ela perguntou levantando o olhar.
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  - É, foi. Ele resolveu sair hoje de tarde porque “a porcaria do jogo não queria destravar”. – respondeu imitando o jeito de falar do amigo. – Por quê?
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  - Não é óbvio?! – exclamou arregalando os olhos. – O jogo travou porque o espelho o pausou, como foi que o personagem de morreu? – a garota questionou fazendo todos voltarem a atenção uns para os outros, até mesmo que estava sentada num canto do sofá chorosa prestou atenção.
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  - Aquela vaca enrugada está jogando por nós quando percebe que não voltaremos mais! – cuspiu as palavras com raiva.
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  - Mas isso é impossível! – ainda lutava para não começar a acreditar naquela loucura toda.
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  - É, assim como era impossível um jogo estar matando – disse parecendo preocupado.
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  - Precisamos parar com essa coisa. – murmurou pensativa novamente.
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  - Cara, como eu queria ter prestado atenção nas baboseiras que minha irmã mais nova dizia sobre essas coisas… – murmurou se condenando.
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  - Como se isso fosse ajudar em… – começou, mas logo parou em meio a frase. – Esperem, acho que sei como ajudar.
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  Ela se levantou e se direcionou à saída do apartamento.
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  - Onde vai? – perguntou assustado.
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  - Vou até em casa pegar algumas coisas, volto logo. – A garota respondeu séria e saiu do lugar.
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  - O que essa doida vai fazer? – questionou arregalando os olhos.
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  - Não devíamos ir atrás dela? não está em seu estado normal, e se… – se recusou a terminar seu pensamento.
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  - Não. não faria isso. Se ela sabe de alguma coisa que pode nos ajudar, ela vai ajudar. – disse convicta, mas no fundo estava preocupada com a amiga.
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  Não se passou muito tempo até voltar ao apartamento de com uma mochila aparentemente pesada nas costas, completamente ofegante.
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  - O que houve? Parece até que você subiu pela escada… – tentou descontrair.
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  - Eu subi pela escada. – Ela resmungou sem tirar a mochila das costas se voltando para . – Ligue a TV, . – Ordenou um tanto irritada.
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   obedeceu procurando pelo controle e logo ligando a televisão em um canal de notícias.
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  - Estamos ao vivo em frente à casa de um dos suspeitos dos assassinatos que ocorreram recentemente em Nova Orleans. Aparentemente não há ninguém em casa… – um repórter murmurava para a câmera. Os três olharam bem para a casa ao fundo e perceberam ser a de . A moça arregalou os olhos. – Ameline, alguma novidade por aí? – o mesmo repórter perguntou e a tela da TV foi dividida dando espaço à uma outra repórter.
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  - Não, não, Anthony, aparentemente aqui também não há ninguém. – A moça disse apontando a casa ao fundo. A casa de .
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  - Mas que merda… – murmurou com certa raiva.
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  - Só vai piorar… Olhem pela janela. – murmurou apontando a enorme janela da sala.
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  Todos correram até lá e perceberam vários carros de polícia perto da entrada do prédio. Policiais tentavam convencer o síndico do lugar a deixá-los entrar, mas parecia que o homem estava impedindo. olhou para os outros três amigos tentando achar alguma saída.
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  - Alguém tem um lugar para irmos? – perguntou começando a andar para seu quarto, pegando o máximo de roupas limpas que conseguia dos armários e as enfiando de qualquer jeito dentro de uma enorme mala.
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  - Pra que tudo isso? Vai fugir do país? – perguntou irônica e com raiva.
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  - Acho que será útil para todos nós a certa altura. – murmurou não prestando muita atenção no tom da garota. – E então, alguém tem em mente algum lugar que poderíamos usar como refúgio? – O rapaz estacou no meio do corredor do apartamento esperando resposta.
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  - Se conseguirmos sair daqui sem sermos vistos, podemos ir para a casa de Sam. – sugeriu ouvindo suspirar.
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  - O grande problema é sairmos… – o rapaz murmurou desanimado, quase que se dando por vencido.
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  - Sem problemas. – sorriu um pouco nervoso. Podia ouvir o síndico berrando coisas aos policiais, algo como invasão. – Saímos pela escada de emergências, ela dá em um beco que nos liga à avenida.
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  - Certo, mas se formos não poderemos pegar seu carro e…
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  - , você ainda tem aquele seu amigo da transportadora? – perguntou esperançosa.
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  - Tenho, mas…
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  - Então está tudo certo. Pediremos a van dele emprestada por algum tempo, ou só uma carona até a casa de Sam.
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   não tentou nem ao menos discutir com a amiga, não havia tempo para essas coisas, os policiais já deveriam estar quase batendo à porta. apressou os três amigos e os guiou até um quarto com uma janela que dava para a plataforma da escada de saída de emergência. Os quatro desceram pela mesma um tanto nervosos, tentando não fazer barulho. Quando , que ficara por último, colocou os pés no asfalto, todos suspiraram um tanto aliviados e saíram correndo em direção oposta da dos policiais, desembocando numa movimentada avenida.
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  Depois que se afastaram longamente do prédio, eles se permitiram parar para respirar.
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  - Certo. , ligue para seu amigo. Precisamos da van agora. – murmurou tomando ar.
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  O rapaz assentiu pegando seu celular e procurando o número na lista de contatos.
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  Alguns minutos depois já falava com seu tal amigo tentando negociar uma viagem.
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  Um pouco impaciente vendo que a conversa de não surtia resultado, pegou o aparelho telefônico das mãos do amigo.
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  - Toddy? – murmurou suspirando. – Hey, sou a , amiga do , se lembra? – a garota perguntou recebendo um “claro que sim, como não?”. – Pois é, é o seguinte… Toddy, estamos mesmo precisando dessa sua ajuda, por favor?
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  Depois de um grande tempo nessa conversa, finalmente conseguira convencer Toddy a emprestar-lhes a van de transporte. Em poucos minutos o rapaz já estava ali acompanhado de outro carro para levá-lo embora. foi quem pegou as chaves do veículo e logo já estava de motor ligado esperando pelos outros três amigos que se ajeitavam no banco de trás.
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  - Tudo bem, pra onde? – perguntou encarando pelo retrovisor.
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  - Para a casa de Sam. Rua Sprous. Vai saber quando chegar lá. É a única casa da rua com faixas amarelas impedindo a entrada. – murmurou retorcendo o rosto com expressão de angústia.
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  Os próximos momentos não seriam nada fáceis para eles, disso ela tinha absoluta certeza.
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  Mas todos os quatro estavam determinados, não deixariam uma bruxa fantasma e seu jogo idiota acabarem com suas vidas. Não daquela maneira.
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07. Planos

  Os quatro amigos chegaram à casa de Samuel em poucos minutos. Realmente, era fácil saber qual era.
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  A única casa laranja e branca que se destacava no lugar, recebendo ainda mais destaque por fitas amarelas da perícia.
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  A vizinhança estava quase que vazia. Ninguém queria estar perto demais de uma casa onde ocorreu um assassinato ou um suicídio. agradecia por às vezes as pessoas serem supersticiosas demais naqueles momentos, senão jamais conseguiriam entrar na casa de Sam sem serem vistos e denunciados.
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  - , a porta está trancada! – choramingou parecendo desesperado.
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  - Se bem conheço Sam, deve ter uma janela aberta aqui e uma chave extra em algum desses vasos. – murmurou apontando os tais vasos e começando a procurar por alguma janela sem travas. – Perfeito! – exclamou assim que a encontrou. – Vamos entrar, pessoal, alguém pode estar nos vendo. – Sibilou ela antes de se enfiar para dentro da casa pela janela.
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  Apesar de ter acabado de ser o cenário de um assassinato, a casa de Samuel Hallen era bastante organizada, tirando o fato do corrimão no alto da escadaria estar partido e as marcas da perícia estarem evidentes. A casa toda era ampla e clara. sorriu sem querer ao ver alguns retratos dela com a família Hallen pendurados na parede.
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  - Pessoal, precisamos de respostas. – murmurou se jogando no sofá da sala de visitas da casa.
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  - Ah, claro! Acabei me esquecendo do que ia dizer com toda essa euforia. – murmurou pegando sua mochila e sentando numa poltrona.
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  - O que é isso? – perguntou erguendo a sobrancelha para as coisas que a amiga estava colocando na mesa de centro.
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  - Algumas coisas que podem nos ajudar. Quando você disse sobre sua irmã ficar lendo coisas esotéricas, me lembrei do meu tempo de romances góticos… – murmurou abrindo seus livros em cima da mesa.
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  - Uhum, e no que isso ajuda? – perguntou seriamente preocupado com a sanidade da garota.
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  - Tem algumas lendas específicas nesses livros. Como matar bruxas, espíritos, acabar com essa maldição.
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  - Garota, você me dá medo. – murmurou um tanto assustado, mas prestando atenção no que a amiga dizia.
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  - Certo, e o que temos que fazer? – perguntou nervosa.
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  - Dizem que precisamos queimar o corpo da feiticeira.
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  - Ah, ótimo! Como vamos saber onde ela está enterrada ou coisa assim? – perguntou sem esperanças.
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  Todos se calaram por um tempo, pensativos.
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   sabia que estava deixando passar alguma informação importante para solucionar aquele problema.
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  - Ah! Sam às vezes testava jogos e ele devia estar testando esse. Com toda a certeza ele tem o endereço ou o telefone dos desenvolvedores, eles podem saber de algo sobre o jogo! – exclamou se levantando num pulo.
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  - Erm… , os peritos reviraram a casa do chão até o teto e não encontraram nada. – murmurou frustrado.
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  - Porque eles não conheciam Sam. – Ela correu para fora da sala subindo as escadas. Logo os outros a acompanharam.
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  - Certo, o que estamos procurando aqui? – perguntou encarando a organização do quarto de Samuel Hallen.
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  - Hum… Esse jogo devia ser um beta proibido ou algo do tipo, então Sam não deixaria as informações a mostra. – murmurou tentando abrir o gabinete do computador que havia no quarto. – Vamos, Sam, sei que escondeu aqui! – ela resmungou. – Ah, graças a Deus! – A moça finalmente conseguiu abrir o compartimento puxando algumas folhas e um CD de lá de dentro.
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  - Mas hein? – exclamou perplexo.
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  - Sam costumava guardar o backups e coisas importantes aqui. – deu de ombros examinando as folhas que encontrara. – Bingo! O único endereço, deve ser este o lugar. – Ela estendeu o pequeno pedaço de papel aos amigos.
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   pegou o papel e leu com atenção. O endereço indicava uma outra cidade.
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  Os quatro desceram as escadas e voltaram à sala de visitas.
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  - Ok, então só precisamos descobrir onde ela foi enterrada e queimar os restos dela? – perguntou parecendo um pouco assustado, mas também aliviado por encontrarem uma solução.
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  - Na verdade, antes disso precisamos trazer o espírito dela de volta para o corpo. – explicou lendo um dos livros. – Senão a alma dela continuará vagando.
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  - E como se faz isso?! – voltou a se desesperar.
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  - Precisamos de três pregos. Pregamos um em sua testa, outro em seu coração e outro em seu pulso. Depois que fizermos isto, é só queimar a vaca. – falou com tanta raiva que todos puderam sentir. – Mas o que me intriga é como ela foi invocada… Para chamar um espírito é preciso um ritual forte e…
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  - A oração no início do jogo… – se encolheu no sofá um tanto assustada. – Quem quer que tenha feito esse jogo, sabia muito bem o que estava fazendo.
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  - Espero que isso seja o suficiente para matar aquela velha… – murmurou mordendo o lábio inferior.
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  - É. Todos nós esperamos. – murmurou engolindo em seco.
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  Algum tempo depois de discutirem bastante e fazerem planos para acabar com a maldição em que haviam se metido, os quatro se dispersaram pela casa, pensando nas melhores maneiras de abordarem os possíveis criadores e desenvolvedores do jogo. Apesar de ter dado a maior parte das ideias e parecer a garota mais vingativa do momento, ela se sentia desmoronando por dentro. Não sabia o que faria sem quando todo aquele pesadelo acabasse, isto é, se um dia ele acabasse.
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  Pensando nisso, ela resolveu tomar um ar do lado de fora da casa, precisava ficar sozinha para colocar a cabeça no lugar e talvez chorar um pouco mais sua perda. Observava a rua deserta quando sentiu aquele calafrio. sabia que havia algo de errado. Sentia alguém a observar, mas sabia que não havia ninguém naquele lugar, a não ser ela e seus amigos.
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  - Alguém viu a ? – perguntou de repente se dando conta do sumiço da amiga.
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  - Não, será que não está na sala? – perguntou puxando os dois rapazes em direção ao lugar citado. – Onde ela se meteu? – replicou ao perceber que não estava lá.
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  - Pessoal, ela estava jogando? – murmurou repentinamente encarando um notebook aberto.
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  - Não, ela repugna esse game agora. Tudo o que ela quer é ver a “bruxa enrugada” morrer. – murmurou imitando a voz da amiga na última parte.
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  - Só que… Erm… – O rapaz apontou para a tela do aparelho, que exibia a personagem de andando em algum lugar.
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  - Aah, bruxa maldita! – vociferou no mesmo instante em que um vulto passou por trás da personagem da amiga.
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  A moça plugou um dos controles disponíveis no aparelho e tentou mover para outro lugar, mas foi em vão, o personagem não respondia aos comandos.
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  - MERDA! – berrou antes de sair correndo pela porta da frente da casa de Sam aos gritos, procurando pela amiga.
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  - ! ! APARECE! – gritou logo atrás de que agora estava parada no meio da rua tentando localizar a amiga.
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  Em um instante os três na rua puderam ouvir o grito da amiga vindo de uma casa semi-construída do lado direito da rua.
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  - Vamos! – gritou já correndo em direção à porta do lugar.
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   e o acompanharam completamente aflitos. O que teria acontecido?
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   adentrou a casa aos tropeços e logo ouviu a voz de resmungar coisas no andar de cima. Com certa cautela os três subiram as escadas precárias e improvisadas de madeira até o segundo andar. Depois de se livrarem de algumas cortinas de plástico, se depararam com pendurada pelo pé no teto por uma corrente pesada. Mas o que mais os surpreendeu foi ver a vilã do game que os amaldiçoou bem a sua frente.
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  - Caramba… – murmurou boquiaberto. atirava pregos enormes em direção à mulher fantasmagórica à sua frente com uma pistola especial, mas tudo o que conseguia atingir era a parede logo atrás da bruxa.
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  - Sua vaca! – ela gritou enfurecida atirando mais e mais pregos. – Levou minhas amigas, levou Sam e o MEU ! – berrou sem parar de atirar. – VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO! – gritou mais uma vez. A pistola de pregos fez um click e parou de atirar, já não havia mais pregos. – Não tinha o direito… – A garota deixou algumas lágrimas escorrerem por seu rosto, jogando a pistola no chão se dando por vencida.
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  - , fica calma, vamos te tirar daí! – gritou avançando em direção à amiga.
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  - NÃO! – a mesma vociferou.
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  A condessa Bathory sorriu parecendo satisfeita e foi se aproximando.
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   a encarou com total desprezo.
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  - Você levou tudo que eu tinha ao matar pra usar ele como fonte da juventude. – Ela riu amargamente com a comparação. – Mas não vai me usar pra isso. – Ela resmungou e, num lance rápido, pegou um canivete que havia lhe sido dado de presente pelas irmãs Merys e fez um corte fundo em sua própria garganta. No mesmo instante a corrente em seu pé se desprendeu a derrubando no chão.
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  - ! – Os três que assistiam correram em sua direção horrorizados.
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  - Ah, , por que fez isso? – sussurrou sem ter forças para fazer algo além disso.
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  - Eu vou ficar com o , . Vou ficar com ele pra sempre… – sussurrou de volta com dificuldade enquanto sufocava lentamente com seu próprio sangue, ainda tinha lágrimas nos olhos.
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  - Ah, … – murmurou novamente começando a ficar vermelho por segurar o choro.
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  - Vão, precisam parar a bruxa. Por todos nós. – A garota quase inconsciente deu um meio sorriso. – Não se preocupem, ficarei com em um… – sua voz foi baixando e seu corpo relaxou, sem vida.
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  - Ah, sua boba, você precisava ficar com a gente choramingou abraçando o corpo inerte da amiga, completamente ensanguentado.
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  Depois de instantes, se levantou pisando duramente no chão. Ele estava determinado a acabar com a Condessa em nome de todos que já haviam morrido por culpa da mesma.
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  Ao seu lado, ainda ajoelhado junto de , fungou com aparência derrotada. Como poderiam parar aquele monstro a tempo de se salvarem? Como poderiam lutar com algo que conseguia tocá-los, mas eles não podiam fazer o mesmo? Seria esse o fim de tudo?
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  As perguntas eram muitas, mas as respostas eram nulas.
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08. Separação

  A situação não era nada agradável, nenhum dos três amigos conseguia tirar da mente a imagem de tentando atingir a Condessa, e muito menos da garota fincando em sua própria garganta um canivete.
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  Eles estavam sentados na sala de visitas da casa de Sam, cada qual com seus pensamentos.
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   estava quieto demais. Como fora capaz de fazer aquilo? Por quê?
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   estava novamente encolhida num canto do sofá, suas roupas estavam manchadas pelo sangue da amiga e seus pensamentos estavam condenando-a por não ter feito nada para impedi-la de se matar. Seria assim o resto de sua vida? Todos os seus amigos morreriam na sua frente sem que ela pudesse impedir? Uma lágrima escorreu pela bochecha de , que fungou.
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  , ainda mais calado do que sempre, apenas se aproximou da moça abraçando-a num gesto reconfortante. Ele não sabia o que dizer a nenhum dos dois presentes, não sabia o que pensar daquela situação tão horrível em que se encontrava e também não sabia se tentasse consolar os amigos diria as coisas certas.
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  A sala ficou mergulhada nesse silêncio absoluto por mais alguns minutos, foi quando se levantou firme que parou de chorar e o encarou.
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  - Precisamos ir. – murmurou decidido.
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  - Acha que ainda temos chances? – perguntou desanimada. Ainda faria sentido tentar se salvar?
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  - Enquanto estivermos vivos, sempre teremos. – respondeu já arrumando suas coisas.
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  O rapaz pegou os livros de , que estavam em cima da mesa de centro e os enfiou dentro da mochila em que vieram. Pediu para ir verificar se havia comida em algum lugar da casa, já que tudo ali havia sido mantido da forma que Sam deixara para auxiliar os investigadores. A moça encontrou algumas bolachas, salgadinhos, sucos de litro e mais algumas coisas aparentemente nada saudáveis.
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  Voltou para a sala com várias sacolas cheias de mantimentos e logo subiu para o andar dos quartos para pegar alguma roupa limpa de Sam emprestada. Quando retornou, já havia colocado a maior parte das coisas dentro da van que haviam pegado emprestada.
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  - , vai levar sua mala? – perguntou apontando.
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  - Eu… – murmurou hesitante.
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  O ambiente caiu em silêncio novamente, e trocavam olhares enquanto os observava confusa, mas já tendo ideia do que poderia acontecer a seguir.
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  - Eu… Não vou. – murmurou baixando o olhar nervosamente.
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  - Quê? – sibilou entre dentes com certa ira no olhar.
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  - Não vou com vocês. Eu… Eu… – o rapaz não sabia o que dizer.
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  - Como é que você… – começou a falar, mas foi interrompido por , que saltou os últimos degraus da escada indo parar ao seu lado.
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  - Deixa ele, . – Murmurou cabisbaixa, mas decidida. – Aqui não é o exército, luta quem quer.
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  - Não é o exército, mas é quase uma guerra! – encarava zangado. Como é que ele, a quem todos chamaram de amigo, os abandona daquela forma?
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  - Deixa, . – repetiu segurando sua mão.
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  - Mas… – ele tentou replicar.
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  - Vamos, estamos perdendo tempo. – A garota sorriu afetada, puxando o amigo para fora da casa.
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   encarou os dois. Ele não sabia bem por que estava fazendo aquilo. Talvez ele fosse covarde demais para encarar aquele desafio ao lado dos dois. Ou talvez pensasse que sozinho e se mantendo vivo no jogo longe de todos ele teria uma chance maior do que indo servir de isca numa emboscada.
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  - Espero que consigam… – murmurou baixinho da porta.
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   fez menção de voltar os passos e meter um imenso soco na cara de , mas o impediu fazendo-o entrar na van para aquecer o motor. Ela por si, deu meia volta e se postou a frente do rapaz.
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  - Eu não entendo seus motivos, mas respeito você. – sorriu fraco. apenas a encarou envergonhado de si mesmo. Ele não podia estar fazendo aquilo com aquela garota e nem com , mas estava.
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  - Erm… Obrigado… Eu acho. – O rapaz sussurrou um pouco nervoso e hesitante.
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  - Acho que isso é um… Até algum dia, certo? – A moça sorriu novamente, agora parecendo um pouco mais animada. Ela deu um abraço tímido em , que ficou confuso, mas retribuiu. – Vou sentir sua falta. – Murmurou antes de unir seus lábios aos do rapaz, que se surpreendeu. Depois de um curto selinho a garota se afastou. – Ah, e mesmo que você tenha abandonado a gente agora, vou fazer o impossível para nos salvar, até a você. – riu enquanto caminhava até a van onde a esperava impaciente.
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  - Tem certeza que não vai? – o garoto perguntou olhando para pela janela do motorista. O rapaz na porta da casa apenas fez que sim com a cabeça. – Ótimo, então boa sorte, … Vai precisar.
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   cuspiu as palavras com raiva e logo deu a partida, deixando um confuso e assustado para trás.
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  Aquilo não estava certo, mas a decisão já estava tomada e nada poderia mudar aquilo… Poderia?
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09. Agindo

  - Não acredito que ele fez isso! – exclamou enquanto dirigia.
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  - Presta atenção na estrada, . – apenas murmurou sem ânimo.
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  - Nós o acolhemos como amigo e olha como ele nos paga! – o rapaz continuou a falar, sem dar ouvidos à amiga.
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   realmente não entendia o porquê de tê-los deixado àquela altura do campeonato, mas se ele não queria seguir o mesmo rumo que ela e , ela respeitaria. Tudo em que a garota conseguia pensar naquele instante era se algum dia voltaria a ver , se algum dia teria tempo de fazer novas amizades, tempo para chorar nos túmulos dos amigos perdidos recentemente… Será que ela conseguiria viver para fazer todas essas coisas? Será que os outros sobreviveriam para vê-la novamente? Ela sinceramente esperava que sim.
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  - , olha no mapa, acho que estamos perto da entrada da cidade. – murmurou olhando atentamente a estrada, a procura de algum desvio que se parecesse com uma entrada de cidade.
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  - Hum, certo. Devemos entrar na próxima. – A moça anunciou observando o mapa.
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  Ela sentia um frio na barriga só de pensar que as chances de se salvar ou de morrer mais rápido estavam quase chegando ao seu encontro. Teriam os dois sorte o bastante para arrancar alguma informação crucial dos desenvolvedores do game? As perguntas não se calavam em sua mente e o fato de as respostas estarem quase chegando a deixava ainda mais nervosa e angustiada.
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  - … Acho que chegamos… – murmurou desligando o motor da van e observando ao seu redor.
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  O lugar do endereço na realidade era um tipo de casa de campo no meio do nada. Não havia casas vizinhas e tampouco pessoas à vista. A casa era grande, branca e assustadora, parecia estar abandonada há muito tempo.
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   desceu do carro observando ao redor com certo receio. Como diabos Sam havia encontrado aquele lugar?
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  - Acha que tem alguém? – a garota perguntou ao amigo que se enfiara no compartimento de trás da van para pegar seu notebook.
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  - Não, acho que não. – respondeu desconcentrado.
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  - O que está fazendo? – perguntou abrindo a porta traseira da van.
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  - Caramba… – Foi tudo o que o rapaz conseguiu dizer virando a tela do computador para que pudesse ver.
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  - O que f… – estacou muda onde estava. – Mas o que é isso?! – exclamou, boquiaberta.
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  A imagem que lhe mostrava era de um dos cenários do jogo, a frente da mansão em que todos começavam a jogar, e essa era exatamente igual à casa que estava logo à frente deles.
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  - Deus, esse lugar é…
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  - O que estávamos procurando. – concluiu engolindo em seco.
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   concordou com a cabeça tão assustada quanto o amigo ao seu lado.
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   se preparou para colocar em prática o plano que quatro amigos haviam feito recentemente. pegou sua bolsa de equipamentos e conferiu se tudo o que necessitava estava lá: rosas, celular, lanterna, pregos, fósforos… É, estava tudo ali.
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  - , tem certeza…? – perguntou preocupada.
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  - Tenho, . Eu sou melhor que você em games, tenho mais chances de sobreviver à bruxa, o que te dá mais tempo para chegar até ela. – concluiu convicto. – Agora vai, . Vou te auxiliar pelo celular.
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  - , fique vivo, por favor. – A garota choramingou dando um abraço apertado no amigo que retribuiu.
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  - Prometo, agora vai! – o rapaz disse se preparando para iniciar o jogo que valeria sua vida.
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   caminhou o longo jardim de entrada da casa enquanto colocava os fones de ouvido que estavam conectados ao seu celular. já estava na linha dizendo o que estava fazendo a fim de tranquilizá-la. Ela deu mais alguns passos e já estava na varanda encarando a porta a sua frente. Cuidadosamente ela girou a maçaneta e constatou que a porta estava destrancada.
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  - Certo, , vou entrar. – Ela sussurrou assustada espiando o lado de dentro.
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  - Ok, vou dar uma olhada nos fundos. – O amigo murmurou se referindo ao jogo.
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  - Uhum. – engoliu em seco e começou a adentrar a casa.
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  O lugar estava empoeirado e escuro, um péssimo lugar para se estar naquele momento. No corredor de entrada havia alguns espelhos trincados e bonecas em cima de mesas. Do lado esquerdo do corredor reconheceu um dos cenários do jogo.
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  - , vou entrar naquele armário da sala. – Murmurou ela abrindo a porta do dito armário.
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  - Toma cuidado, . – O rapaz respondeu hesitante.
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   percebeu estar certa sobre a entrada no armário. Havia uma outra porta que a levava a uma sala secreta. Antes de entrar completamente no lugar, ela acendeu sua lanterna, que tremia junto com sua mão, e entrou receosa no compartimento. Era exatamente como haviam visto no jogo. Uma pequena sala com cheiro de mofo e totalmente escura.
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  A moça subiu as escadas que levavam a um pequeno andar na sala. Na parede de frente para a escada havia um enorme quadro de uma mulher de séculos atrás e a frente do quadro havia uma grande mesa que ia de canto a canto. observou melhor o lugar e reconheceu um objeto. O diário de Elizabeth Bathory, no qual se encontrava a oração do início do jogo.
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  Curiosa, ela folheou as páginas do diário original e com grande horror constatou que a bruxa sanguinária anotava ali todas as pessoas por ela morta. Chegou até a última página escrita e com temor conseguiu ler os nomes de seus amigos escritos em uma caligrafia fina.
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  No mesmo instante a lanterna em suas mãos começou a falhar e quando a luz se acendeu fraca, viu no canto da mesa um crânio humano cheio de vermes por toda a parte.
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  Ela recuou assustada e sua lanterna voltou a falhar novamente. A garota encostou-se à parede agachada e completamente indefesa. A lanterna então apagou-se completamente. tentou reacendê-la com tapas e quando o fez só pôde gritar de terror. Uma mulher quase em decomposição estava à sua frente segurando uma enorme tesoura. Ela se aproximava cada vez mais.
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   ouviu o grito de pelo fone.
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  - Calma, , eu tô indo! – exclamou movendo seu personagem para dentro da casa.
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  - ANDA LOGO, ! berrou de desespero.
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   personagem correu para dentro do armário da sala e lá se deparou com a mesma mulher que a amiga estava vendo. O personagem de estava encolhido num canto enquanto o fantasma da mulher avançava em sua direção com uma tesoura enorme em mãos.
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  - O QUE ESTÁ ESPERANDO, ?! gritou indignada.
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  O garoto fez com que seu personagem pegasse uma de suas rosas e jogasse no chão logo a frente de onde o espírito estava, fazendo-o desaparecer imediatamente.
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  - AAH, GRAÇAS A DEUS! gritou e viu o personagem da amiga sair correndo do local.
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  O que havia acontecido?
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10. Sozinha

   correu para fora da casa sentindo seu coração bater mais rápido do que devia. Finalizar a maldição em que haviam se metido parecia ser mais complicado e arrepiante agora. Estava mais do que evidente que não seria nada fácil chegar às raízes de toda aquela história.
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  - , você está bem? – Ela ouviu perguntar aflito.
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  - Estou. – Respondeu ofegante, ainda tentando se recuperar do susto passado.
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  - Certo. Onde está?
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  - Eu acho que… – Ela murmurou olhando a sua volta. – Ah meu Deus… – Deixou escapar enquanto caminhava em direção a um portão lacrado por uma pesada corrente e um enorme cadeado enferrujado.
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  - O que foi? perguntou ainda mais aflito, afinal, não sabia com o que a amiga havia se deparado.
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  - Você não vai acreditar…
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  - Pode dizer, depois desse jogo, acredito até que vampiros existem. – O rapaz tentou descontrair e sabia que se estivesse perto o suficiente, lhe daria um tapa daqueles.
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  - Eu tô na frente do cemitério das propriedades da Condessa Báthory… – Murmurou sentindo seus olhos se arregalarem.
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  - Acho que já era de se esperar…
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   caminhou a passos lentos e cautelosos em direção ao enorme portão de ferro à sua frente.
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  O cemitério no qual, segundo o jogo, grande parte da família da Condessa havia sido enterrada era exatamente igual ao game. se sentiu na pele de seu próprio personagem diante daquele cenário. Tudo, os túmulos, os caminhos de pedra cheias de lodo, as árvores e a torre no cemitério haviam sido copiados fielmente no jogo.
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  A moça se aproximou mais do portão e tentou abri-lo, colocando toda a sua força para fazê-lo, mas tudo o que conseguiu fazer foi enorme barulho com as dobradiças velhas e enferrujadas.
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  - Droga, não consigo abrir o portão! – resmungou.
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  - Não tem nada com que possa forçar o cadeado? perguntou colocando sua mente para funcionar.
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  - Não – começou a ficar aflita.
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  - Espera, deixa eu tentar uma coisa. – O garoto murmurou. – Tem algum pé de cabra no chão perto de você?
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  - Não, , é claro que… – parou de falar no mesmo instante em que viu o objeto mencionado pelo amigo jogado a seus pés. – Mas que… Como é que fez isso? – perguntou ela pegando o pé de cabra e se pondo a tentar estourar o cadeado.
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  - Só pensei que se a bruxa pode usar o jogo para se ajudar na vida real, então nós também podemos fazer o mesmo. – Respondeu simplesmente.
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  - Ah, eu te amo, ! – exclamou assim que conseguiu se livrar das correntes e do cadeado no portão.
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  A moça andou vagarosamente entre os túmulos altos se sentindo num grande filme de terror. Suas pernas estavam bambeando e suas mãos suavam frio, será que as coisas podiam piorar ainda mais? Ela esperava com fervor que não.
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  - Está com as rosas, os pregos e tudo mais com você? perguntou sentindo-se ansioso e ao mesmo tempo aflito. Estavam prestes a encarar a bruxa cara a cara.
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  - Estou. Estou indo para a torre agora. Não sei se quero encontrar o corpo da velha lá, ou se prefiro me frustrar e não encontrar nada… Eu tô com medo, . – murmurou sentindo a aflição já tomar conta de si.
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  - Calma, , nós vamos conseguir e então tudo estará acabado, poderemos viver em paz de novo. tentou parecer convincente, mas até para ele mesmo aquilo soava um tanto estranho.
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  - Espero que tudo acabe logo e bem. – Murmurou respirando fundo para adentrar a tal torre.
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   pegou algumas rosas e foi jogando por seu caminho, não sabia se aquilo daria certo, mas preferia pensar que sim. O lugar em que estava era completamente escuro e cheirava mal. As pedras que forravam o chão estavam lisas e escorregadias, por isso a garota caminhava com cautela. Com a lanterna acesa, ela andava olhando para todos os lados e tinha certeza que algumas vezes via de relance meninas horrendas e semi-decompostas. Toda vez que pensou vê-las tentava ignorar jogando uma rosa no chão.
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  Depois de alguns minutos caminhando ela finalmente chegou ao local que levava ao topo da torre. Era uma pequena sala circular com alguns instrumentos de tortura que lhe davam arrepios só de observar.
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  - , como anda o jogo? – perguntou observando tudo ao redor segurando sua última rosa.
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  - Eu acho que… – O rapaz murmurou. – Acho que está tudo bem… – Ele não acreditou no que havia dito. Estava fácil demais…
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  - Certo, continue assim, vou subir a torre. Reze por mim. – Murmurou a garota pronta para se virar para a escadaria, quando subitamente uma grossa corrente prendeu-se ao seu calcanhar a içando do chão. – AAAH MAS QUE MERDA! – ela berrou com o susto. Sua bolsa e todos os seus objetos estavam espalhados pelo chão agora. Ela continuava a segurar apenas a rosa.
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  - O que houve, ?! perguntou desesperado.
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  - Não foi… – No instante em que a garota ia responder ela se calou. O espírito horrendo da Condessa Elizabeth Báthory se materializou a sua frente com a sua enorme tesoura se abrindo e fechando na direção de . – , A CONDESSA! – berrou em desespero.
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   ao ouvir, correu com seu personagem até o cemitério tentando entrar na cripta que levava onde estava, mas a porta estava trancada e seu personagem não pôde fazer nada.
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  Enquanto isso, despetalava sua rosa na esperança de afugentar a bruxa assombrosa dali, mas em vão.
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  - Droga sua bruxa velha, você tá roubando! ouviu berrar com raiva. – Eu vou te ajudar, ! – exclamou.
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  - Não! Alguém precisa terminar isso, o que vai fazer?! – a garota perguntou desesperada, não só pelo fato do amigo estar se arriscando, mas também pelas pétalas de sua rosa terem se acabado. – Droga.
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  A Condessa sorriu como se quisesse caçoar dos dois que tentavam acabar com seus planos.
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  Ela caminhava em direção à com sua tesoura em mãos, pronta para matar, quando hesitou no mesmo instante em que ouviu gritando.
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  - Vem me pegar sua bruxa enrugada de nada! – o rapaz gritou pelo celular.
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  - , NÃO! – tentou gritar e fazer alguma coisa para impedir a velha de ir atrás do amigo, mas já era tarde. O espírito já havia sumido. – ? ! – gritava esperando resposta, mas o amigo havia tirado os fones do ouvido.
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  - Você não vai conseguir o que quer, não de nós… – Foi tudo o que ouviu seu amigo dizer ao longe antes da ligação cair.
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  Segundos depois a corrente que a prendia pelo tornozelo se soltou e caiu no chão já com lágrimas nos olhos.
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  Ela sabia bem o que aquilo significava.
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  Ela estava sozinha a partir daquele instante naquele horrendo pesadelo em plena vida real.
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11. Torre

   tentava conter suas lágrimas e tristeza, mas já não tinha forças para nada.
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  Seu corpo ainda estava estirado da mesma forma que havia caído há cerca de meia hora. Suas esperanças estavam esgotadas, não havia chances para ela, já que agora estava completamente só. Pelo quê ela lutaria? Por quem?
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  A segunda pergunta a fez se lembrar de . Apesar do rapaz não estar ali, ele ainda estava vivo. Ao menos era o que esperava.
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  Uma pontinha de esperança brotou com as lágrimas que escorreram por seu rosto. Ela precisava continuar tentando até o fim, por todos os seus amigos que haviam morrido, por ela e por que eram os únicos que haviam sobrado. Não desistiria, havia se sacrificado para que ela pudesse terminar o que um certo grupo de amigos tinha começado.
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   sentou-se no chão duro e frio de pedra limpando seu rosto com as mãos. Um sorriso afetado surgiu em seus lábios secos. Sentia que a qualquer momento poderia desabar por dentro, sua sanidade estava por um fio, ela sentia isso. O sorriso era uma prova de que aquilo tudo havia afetado-a com mais força do que ela própria imaginara.
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  Depois de se recompor de certa forma, se ajoelhou e passou a recolher seus pertences que haviam se espalhado no chão enquanto ela estava sendo puxada pelo tornozelo. Enfiou tudo em sua bolsa que continha também seu notebook e alguns apetrechos que ela sempre usava quando jogava com seus amigos.
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  Ao constatar que tudo o que precisava estava na bolsa, se levantou e pendurou a mesma nas costas.
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  Voltou sua atenção às escadarias que estava prestes a subir quando perdeu . Encarou os degraus que subiam em espiral e suspirou. Não havia mais medo misturado aos sentimentos da garota, apenas o vazio. Ela já não tinha mais o que perder, já que tinha suas suspeitas de que já tivera o mesmo destino que o resto de seus amigos e, se assim fosse, ela também queria esse destino. Tudo o que mais queria era ver ao menos um rosto familiar naquele instante para ampará-la e confortá-la.
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  Fez os pensamentos inúteis se dissolverem no vazio que sentia, e resolveu subir a escadaria para acabar com tudo aquilo de uma vez. estava preparada para o que tivesse de ser. Subiu as escadas de forma derrotada e, quando chegou ao topo da torre, se deparou com uma grossa porta de madeira antiga a qual estava destrancada.
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  O cheiro que sentiu ao abrir a porta era quase insuportável e logo pôde ver o porquê.
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  O corpo pútrido de uma mulher estava repousado numa cama no centro da sala circular: A condessa, ela tinha certeza.
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   se aproximou tentando aspirar o mínimo daquele ar horroroso. Pegou em sua bolsa os três pregos que se destinavam a trazer o espírito da bruxa de volta ao corpo e com certo nojo fez o que precisava: pregou o primeiro prego na testa do cadáver à sua frente, o segundo em seu peito e o terceiro num dos pulsos da mulher.
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  Depois de fazê-lo, colocou-se a arrumar suas coisas. Pegou um galão de gasolina que a havia lembrado de pegar antes de se separarem, e começou a espalhar o líquido no corpo da Condessa e ao redor do mesmo. Enquanto procurava sua caixa de fósforos revirando completamente sua bolsa, até mesmo tirando seu notebook e todos os objetos que se encontravam dentro da mesma, ouviu às suas costa o barulho de algo caindo no chão. Algo pequeno, leve e de ferro.
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   sentiu um arrepio na espinha e já sabia exatamente o que veria quando se virasse, mas precisava ter certeza. Ao voltar seu corpo na direção do barulho, a moça se deparou com o cadáver da condessa, antes inerte, em pé arrancando de seu corpo os três pregos que havia lhe cravado.
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  Quando terminou de fazê-lo a atenção da bruxa foi totalmente para a intrusa em seu leito de morte. estacou de pavor.
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  Apesar de não estar se importando se morreria ou não, a imagem à sua frente era assustadora.
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  A pele seca e escurecida da condessa já não tinha elasticidade, o que a deixava com o formato de seu esqueleto. Em partes os ossos já apareciam, os olhos não estavam em suas órbitas e o sorriso de caveira lhe estampava o que um dia foram seus lábios.
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  Com mais pressa ainda, voltou a procurar pela caixinha de fósforos que se mantinha escondida em algum lugar de sua bolsa. O desespero aumentava com a aproximação da assombração. Foi quando, enquanto tateava a procura dos fósforos na bolsa, ela encontrou outro objeto, um isqueiro que ela havia ganhado de presente das irmãs Merys. particularmente não via utilidade para aquilo, já que passava longe de cigarros, mas por sorte, naquele momento o objeto estava ali. Enquanto tentava acender o isqueiro, também tentava passar pela bruxa para sair da torre, mas a mesma não se daria por vencida. Foi o que percebeu, por isso, sem mais hesitar, acendeu o isqueiro e deixou que as chamas fizessem seu caminho seguindo a trilha de gasolina que ela própria havia feito.
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  Logo todo o lugar estava envolto em chamas, inclusive a Condessa.
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   tentou correr em direção à porta, mas a mesma se fechou com estrondo antes que ela a pudesse alcançar. Logo a maçaneta de ferro estava quente demais para ser tocada. então encostou-se à parede atrás de si e se encolheu. Ela via a bruxa que tanto aterrorizou a ela e a seus amigos ser queimada aos poucos, via as chamas se alimentando de cada parte de seu corpo e ouvia os guinchos que saíam de sua boca, o que deveriam ser seus gritos. permaneceu ali observando a mulher queimar e sentiu-se vingada, mas bem sabia que aquele também seria o seu fim.
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12. Salvação

   sentia seu corpo entorpecido depois de alguns minutos entre a fumaça e o fogo, sentia que a cada instante as chamas se aproximavam mais de si. Já lhe faltava o ar quando, com um estrondo absurdo, a porta pesada de madeira se escancarou.
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  - ! , levante, vamos! – Ela ouviu uma voz conhecida a chamar, mas parecia tão distante…
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  - , por favor, levanta! – Mais uma voz conhecida a chamou. – Pegue minha mão!
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  Foi então que, depois de alguns segundos de confusão, ela viu quem a chamava: e .
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  Com um susto tremendo ela se colocou de pé e encarou aqueles dois. Seria aquilo possível ou ela já estava morta e os amigos vieram recepcioná-la? De um modo ou de outro ela estava feliz em vê-los ali e tudo o que queria era ir para perto deles.
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  Com certa dificuldade, já que as chamas se aproximavam cada vez mais, ela se jogou para fora do cômodo a tempo de ver e fechando a porta da torre a emperrando com uma pá.
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  - Mas o que… Como? – questionou tentando se recompor.
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  - Agora não, , vamos sair daqui primeiro! – a puxou e passou a correr com para fora daquele lugar.
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  Já fora do cemitério da família Báthory, ainda era possível se ouvir os guinchos horríveis que a Condessa dava dentro de seu eterno leito de morte.
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  Quando finalmente os três chegaram à frente da grande casa, se permitiram parar para respirar.
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  - Como foi que conseguiu fugir, ?! – exclamou assustada.
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  - Eu corri para a floresta e… Caí entre algumas roseiras… Foi o bastante para manter a maldita longe de mim… – o rapaz explicou recuperando o fôlego. – Eu prometi a você que não morreria, não prometi?
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  - Seu bobo, quase me matou de tristeza! – a garota reclamou dando-lhe um tapinha no braço. – E você, , o que está fazendo aqui?
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  - Logo depois que vocês partiram eu resolvi ir atrás, mas acabei me perdendo. Achei que tinha chegado tarde quando encontrei com e vi a torre pegando fogo. – O rapaz parecia um tanto embaraçado com os fatos, mas logo recebeu um abraço apertado de , que puxou para um abraço em grupo.
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  - Graças a Deus tudo terminou… – A moça murmurou chorosa.
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  - É. – concordou. – Que tal irmos embora para bem longe desse lugar? – perguntou fazendo sorrir concordando.
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  - Eu sempre soube que você não nos abandonaria, . – murmurou enquanto entrava no carro do rapaz.
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  - Uhum, claro que sim… – respondeu revirando os olhos sentando no banco do motorista.
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  - É verdade! – replicou fazendo bico.
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  Ao ver aquela cena, tudo o que pôde fazer foi rir. Finalmente aquilo havia acabado e ela estava viva, e o melhor de tudo, e estavam com ela, agora discutindo sobre o quanto eram demais. Foi quando perceberam o olhar da garota sobre eles com uma expressão de choro.
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  - O que foi, ? Está se sentindo mal? – perguntou preocupado olhando para o banco do passageiro onde a amiga se encontrava.
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  - Não, , pelo contrário… Me sinto muito bem. – Ela respondeu sorrindo.
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00. Recomeço

  Um ano e meio mais tarde…

  A loja de games de todas as cidades do país estavam apinhadas de pessoas, entre elas muitos adolescentes. Todos estavam atrás de um único propósito: o novo game que acabava de ser lançado.
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  A procura era tanta que os lojistas mal conseguiam reabastecer as estantes a tempo.
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   e passavam em frente ao que um dia havia sido praticamente a casa deles no quesito jogos.
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  Já fazia algum tempo que não se aventuravam a jogar sequer bomberman, as experiências de algum tempo atrás ainda não haviam sido esquecidas completamente, o que os impedia de ter coragem de passar perto de qualquer game.
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  Aquele dia fora o escolhido pelos dois para finalmente voltarem à antiga rotina.
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  - Pessoal, pessoal, acalmem-se! – o gerente da loja gritava aos compradores que literalmente atacavam as prateleiras com o novo game.
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  - Com licença, mas por que tanto desespero? – perguntou a uma moça que estava parada à sua frente com cara de tédio.
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  - Ah, lançaram um novo game de terror e sabe o quanto esses adolescentes desmiolados curtem essas coisas… – Ela respondeu dando de ombros.
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  - Sim, mas que game é esse? – Ele tentou perguntar, mas a garota saíra andando sem ouvir.
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  Já estava ficando frustrado tentando ver as propagandas coladas nas paredes de vidro da loja, quando, ao chegar mais perto da entrada apinhada, ouviu algo que ele e conheciam muito bem…
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Venham a mim nuvens
Ergam-se em tormenta maligna
Feita para dilacerá-los
Que o manto da noite seja testemunha
da destruição daqueles que resistem
E que não me causem mal
Que o sangue de muitos venha me limpar
Preservando minha beleza eternamente

Amem

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