Natashia Kitamura
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Esta história não possui capas prévias (:

  • Há um spin-off – Onde menos quero estar – que pode ser lido a qualquer momento, e que se passa após essa história.

Onde tudo aconteceu

Capítulo 1

  – Você está levando um secador de cabelo?
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   olhou para a tela do computador e viu o rosto de suas melhores amigas no mesmo estado que ela: em meio a uma enorme bagunça, enquanto uma mala ao fundo se mostrava aberta e malfeita.
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  – Levo – apenas disse, saindo do quarto na porta de conexão com o banheiro, pegando o secador rotativo que as amigas quase sempre queriam que ela levasse. Aproveitou a viagem e pegou a necessaire de banho, além da toalha de rosto que gostava de carregar em suas viagens; a ideia de dividir uma toalha para enxugar o rosto com uma pessoa desconhecida não lhe parecia higiênico, nem agradável, por isso sempre carregava o seu.
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  – Quantos vestidos estão levando?
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  ”Vestidos?” perguntou a si mesma, olhando para o pequeno monte de roupas dobradas que havia separado.
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  As três amigas se preparavam para a última viagem de colegial que fariam antes de entrar na faculdade. Todo ano, os colégios têm como hábito fazer excursões culturais de 2 a 5 dias para expandir o aprendizado; para isso, empresas especializadas nesses passeios são contratadas, com monitores experts em lidar com adolescentes na fase mais difícil.
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  Aquele ano, porém, era especial por diversas razões.
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  Os alunos do terceiro ano haviam finalmente ganhado uma discussão que havia começado há exatos 2 anos. Ao invés de uma viagem cultural que durava um pequeno final de semana, os alunos queriam fazer a viagem de formatura que seus pais tanto falavam que existiam em sua época. Aquilo sim parecia muito mais divertido do que visitar ruínas ou campos de plantas que nunca mais iriam ver na vida.
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  As exigências se estenderam para as escolas do mesmo bairro, até que diversas escolas da cidade de São Paulo possuíam alunos que se formariam no ano de 2022 reclamando e fazendo greves estudantis para poderem passar pelo menos uma semana em algum lugar divertindo, em que pudessem praticar o social com outros alunos. Assim, uma das maiores empresas de turismo estudantil criou um programa de viagem para os alunos se hospedarem em um hotel em uma das praias mais requisitadas do país, Jericoacoara, no Ceará, e que havia sido aprovado em fevereiro pelas escolas, a fim de testar se fazia sentido ter os alunos se envolvendo com outras escolas.
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  Assim, as turmas dos colégios de São Paulo de 2022 tinham 2 motivos para ansiar pela viagem:
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  1) Esse era o último ano antes do fim de sua vida de adolescente. O término de uma era de escola e tratamento infantil;
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  2) Todas as escolas mais famosas de São Paulo estariam participando, o que significava que aquilo era mais do que um encontro na balada; era uma semana de paquera e diversão;
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  3) e seus amigos estariam presentes com toda sua beleza e perfeição.
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  Não que gostasse dele. Havia o visto algumas vezes porque suas duas melhores amigas eram obcecadas no garoto e em seus amigos. Aos 17 anos, era um dos melhores jogadores de basquete e tênis da liga estudantil, era constantemente abordado por olheiros em busca do próximo modelo que levaria o nome deles e do Brasil para o mundo, e tinha um incrível dom de fazer absolutamente qualquer um gostar dele.
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  Ela havia sentido esse último ponto na pele.
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  Era uma sexta-feira quando ela viu pessoalmente pela primeira vez. Parte da turma da escola estava reunida em um restaurante casual, famoso por seus preços baixos e presença de universitários. chegou de repente com seu grupo de amigos e então o mundo girou ao seu redor.
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   achava que não falaria com ele, afinal, não gostava de receber atenção e se sentia melhor em observar, de longe, tudo o que acontecia, do que estar no olho do furacão. Mas gastou 3 minutos do seu tempo para cumprimentá-la e fazer um comentário simples sobre a capa do celular dela, que mostrava uma imagem de seu cachorro.
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  – Eu também tenho uma samoieda – ele disse sorrindo -, na verdade é da minha mãe, mas ele gosta mais de mim. Sou eu quem levo ele para passear no parque dos cachorros. Você deveria aparecer lá qualquer dia, seu cachorro iria adorar e o Snow, mais ainda. Ele gosta de absolutamente todo mundo.
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  Para a defesa dela, disse mais tarde para as amigas, quando admitiu que ele não era tão ruim assim, que é difícil não gostar de uma pessoa que gosta de cachorros e fala tão bem deles.
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  – Eu não tenho tanta ambição – , a melhor amiga mais recente de dizia no carro do pai, que as levava para o aeroporto de Congonhas –, acho que o olhar para mim já estarei bem satisfeita.
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  – Quem é ? – o pai de perguntou. – Ele estava no seu aniversário?
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   e riram.
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  – Nossa, pai, se ele estivesse no meu aniversário, com certeza haveria uma penca de penetras.
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   viu o tio Aldo erguer uma sobrancelha, algo que sempre fazia quando enxergava o tamanho do vão que havia entre sua geração e a da filha.
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  – Bem, seja quem for esse moleque, ele tem sorte da minha filha querer ser olhada por ele.
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  – É isso aí, tio! – riu, dessa vez com , enquanto resmungava qualquer coisa enquanto corava.
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  – Não preciso dizer mais uma vez para vocês…
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  – Terem juízo – as três dizem juntas, vendo-o ficar sem palavras e então sorrir.
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  – Relaxa, pai. A gente vai aprontar a mesma coisa, só que em outro estado. – disse, olhando para as duas amigas, que deram risadinhas como resposta.
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  O homem olhou para cada uma das três garotas que assistiu crescer e então, com um sorriso, suspirou, dando-lhe as costas para voltar para o carro.
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  – É essa minha maior preocupação… – resmungou, acenando para as três e partindo logo em seguida.
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  – E então – se virou para as duas com um olhar de expectativa –, que tal revermos a nossa regra?
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  – De novo? – fez bico, mas ao ver o olhar sério da amiga, bufou – Um… não ficaremos chateadas se as outras duas encontrarem algum rolo.
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  ”Dois, se alguém perder a virgindade, contar para as outras assim que ficar sozinha.
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  Três, usar camisinha…”
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  – Mesmo que seja o pedindo para fazer sem! – disse.
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  – É sério? – ergueu uma sobrancelha.
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  – Essa regra é para eu e você, . A é certinha demais para abrir as pernas para…
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  – Ok! Ok! Já entendi!
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  ”Mesmo que seja o pedindo para fazer sem…” e repetiram juntas.
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  ”Quatro, não ficar com nenhum garoto da nossa escola.
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  Cinco, não acreditar em nenhuma fofoca sobre a outra sem antes ouvir o lado dela.
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  Seis, não dedurar que as outras têm identidade falsa se for pega.
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  Sete, aproveitar todas as aventuras, mesmo as mais malucas, a não ser que pareça correr algum risco de vida.
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  Oito, levar essa semana para sempre consigo para o resto da vida!”
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  Após terminarem de falar, as três começaram a rir sem parar e puxaram suas malas para a área de embarque, encontrando com os monitores de sua escola.
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  – Ouvi dizer que o Raul trouxe o cartão de crédito da mãe dele! – uma das garotas da sala das três amigas disse, enquanto a escola esperava sua vez para fazer o despache das malas.
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  Cartão de crédito significava dinheiro para comprar bebidas, algo que todo jovem deveria ter no grupo. Seja o que for, as três amigas estavam preparadas para ajudar no contrabando de álcool com suas identidades falsas – não que houvesse alguém ali que não tivesse também.
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  – Ah! Olha o !
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  , assim como todas as garotas, viraram o rosto para observar a estrela da viagem passar. Mesmo trajando o uniforme do colégio como todos os outros, em parecia uma peça de marca e ali era sua passarela.
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  ”Ele é popular demais.” se obrigou a pensar. “Fuja dos populares, . O amor deles é complicado demais.”
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  Viu o garoto cumprimentar todo mundo que aparecia na sua frente. A maioria ele até se lembrava do nome, o que era surpreendente. havia lido em algum lugar que o cérebro humano é capaz de memorizar somente 500 pessoas – ao chegar a 500, as menos importantes são deletadas, tornando-se vagas lembranças. Mas parecia conhecer bem mais do que isso e se lembrar de todas elas.
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  – Nossa, ele é muito gato – diz boquiaberta.
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  – E gostoso – complementa ao lado.
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  – Acho que precisamos acrescentar um ponto nas nossas regras – diz enquanto olhava para as melhores amigas babarem no mesmo cara.– Não ficarei com inveja ou chateada se minha amiga ficar com um cara que eu queira.
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   e se entreolharam. as conhecia demais ou simplesmente era ótima observadora. Provavelmente os dois.
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  As duas amigas sempre foram namoradeiras. Gostavam de chamar a atenção de maneiras diferentes. Enquanto era carismática e falava com absolutamente todo mundo, além de ser ótima nos esportes, era vaidosa e bem educada, tinha uma mente afiada e muito jogo de cintura para lidar com qualquer pessoa – até aquelas que tinham 5 vezes a sua idade. No entanto, as duas eram competitivas e já haviam brigado antes pelo mesmo garoto, que acabou escolhendo e mesmo assim não havia dado em nada.
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  – Bem, suponho que se combinarmos antes, eu não fique com tanta inveja… – disse, sem graça.
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  – Amigas em primeiro lugar sempre. Esse é o nosso lema. – disse para as duas, que suspiraram e concordaram, afinal, os garotos vinham e iam, mas no final, quem fazia o trabalho para a outra ser feliz eram elas próprias.
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Nota da autora: Olá carats! Se você não leu o spin-off que escrevi dessa fanfic – Onde menos quero estar, então gostaria que soubessem que esta é minha primeira fanfic do Seventeen. Também é a primeira vez em anos que escrevo uma fanfic E long. Sinto como se, postando essa fic, estivesse tendo várias primeiras vezes, rs. Obrigada pela leitura! Sei que se você leu o spin-off, provavelmente sabe aonde essa história aqui irá levar. Mas há diversos fatos importantes para serem mostrados, para que vocês não abram mão de seus favoritos tão fácil (pois ele é sim um príncipe, hahaha). Eu acho importante apresentar a vocês como foi que esse casal aconteceu. Há bastante história para contar. Fique à vontade para comentar durante a fanfic e me dar uma noção sobre estar ou não curtindo a fanfic. (: Beijos! :*

Capítulo 2

  – Então eles nos separaram entre garotas e garotos – disse a caminho do quarto que dividia com . acabou caindo com Jaqueline, uma garota tímida que tinha sua própria roda de amigas, e que raramente saía com outras pessoas. O quarto delas provavelmente ficaria vazio, com as duas se dirigindo ao quarto das amigas para ficarem mais à vontade. – Eles estão nos subestimando.
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  – Acho que fizeram isso só para conforto dos pais – comentou –, vocês viram o nível dos monitores que vieram com a gente? Eles são, tipo, universitários.
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  – E você já está de olho em um – complementou a amiga, que abriu um sorriso maroto.
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  – Você me conhece tão bem que chega a assustar às vezes, .
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   ergueu os ombros.
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  A turma havia chego com sucesso. O voo delas era o terceiro de 5 que transportava os alunos de diversas escolas de São Paulo para a pequena região de Jericoacoara. Lá não havia tantos hotéis para atender a todos, então a empresa simplesmente separou por escolas. Apesar de e sua turma não estarem no mesmo hotel das três amigas, eles estavam hospedados no terreno vizinho, o que dava praticamente na mesma; além disso, todas as programações eram feitas com todos juntos, o que não dificulta em nada de qualquer pessoa deixar de conhecer outra apenas por conta da hospedagem.
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  – Todos no hall de entrada em 20 minutos! – a professora convidada para acompanhar a turma das meninas do colégio das três amigas anunciou no início do corredor, onde dormiria no primeiro quarto junto com outras duas monitoras designadas, para ficarem de olho se há algum aluno descumprindo as regras impostas na viagem.
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  – Ainda bem que nosso quarto é vizinho – comentou, vendo se dirigir ao quarto do lado –, você acha que a Jaque vai se importar de eu entrar no quarto de vocês de madrugada para pegar o secador de cabelo?
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  – Claro que sim – disse já de dentro do quarto –, ela é cheia dos tiques na sala com o material escolar, imagina em ser acordada com uma fantasma no meio da madrugada?
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  – Você fica com o secador, riu com a possibilidade -, eu vou pro quarto de vocês se precisar. Com certeza vocês não vão se importar em me ouvir entrar.
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  Jericoacoara era como um paraíso. Havia dunas e dunas de areias, piscinas naturais no meio delas e tempo bonito o dia todo. Ninguém havia se preocupado em olhar na previsão do tempo além dos professores, afinal, o foco da viagem para a maioria dos alunos não era aproveitar a viagem em um local paradisíaco, mas sim voltar com um namorado ou namorada a tiracolo.
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  – Aqui é lindo… – disse com o celular em mãos, gravando tudo em seu Instagram. – Parece o paraíso.
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  – Com certeza não estamos no paraíso – comentou boquiaberta olhando para um ponto diferente de –, Deus não coloca tentações como aquela na nossa frente.
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  – Eu seria chutada para o inferno rapidinho – concordou.
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  As duas amigas olhavam sem se preocupar em parecerem descaradas demais, pois todas as demais garotas faziam o mesmo que elas.
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   se aproximava com seu grupo de amigos que, apesar de serem bonitos, não chegavam próximo da beleza dele. O corpo forte e sarado para um garoto de 18 anos, os cabelos sedosos e a altura que o destacava de todos os outros. Toda vez que alguma garota se aproximava dele para conversar, todas as demais seguravam a respiração para tentarem ouvir a conversa e garantirem que ninguém tivesse a chance de ficar com ele antes de si própria.
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  – Nós vamos perder mesmo todo o tempo indo atrás do grupo dele? – revirou os olhos quando as duas amigas a arrastaram para ir atrás de .
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  – Do grupo, não – disse.
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  – Dele. – ela e falaram juntas, rindo sem parar.
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   apenas suspirou e deixou-se levar, achando graça dos surtos das outras duas.
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  É claro que adoraria viver um romance naquele lugar lindo, mas não estava interessada em correr atrás do cara mais querido de toda São Paulo – e possivelmente de Jericoacoara também – simplesmente porque não queria dor de cabeça para si.
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  Havia visto suas amigas se diminuírem por garotos apenas pelo fato deles serem lindos. Garotas criando rivalidade por algo que sequer era delas. Nunca há final feliz em um relacionamento que começa de forma superficial.
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  – É uma perda de tempo – ela ouviu Jaqueline dizer ao seu lado. Olhou assustada para a colega, pois não a havia visto se aproximar –, elas não tem chance com ele.
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  – E por que não? – seu instinto de amizade aflorou, dando a a sensação de que precisava defender as duas melhores amigas. Elas não eram feias, muito pelo contrário, havia uma fila de garotos em sua escola que queriam ter uma chance com qualquer uma delas; e possuíam uma personalidade incrível.
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  – Com o tanto de garota que chove em cima dele, como ele consegue olhar para todas? – Jaqueline apontou com a cabeça em direção ao garoto. – Se não fosse pela altura, acho que ele não veria nada mais do que maquiagem e peitos por todo lado que olhasse.
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   apertou os lábios em uma tentativa frustrada de não rir. Não sabia que Jaqueline tinha o tipo de humor que a fazia cair no chão de tanto rir. Fechou os olhos como uma maneira de bloquear a imagem de um baixinho, desconcertado por ter tantos peitos e rostos maquiados ao seu redor; se arrependeu logo que a escuridão tomou conta, pois dessa forma era possível visualizar com ainda mais detalhes.
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  Abriu os olhos rapidamente rindo baixinho, mas parou ao perceber que era alvo de um par de olhos castanhos vindo do alto. a encarava de longe com curiosidade e tudo o que podia fazer era desviar os olhos e abordar um novo assunto com Jaqueline.
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  – Onde estão suas amigas?
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  – Junto das suas – em um movimento com a cabeça ela apontou para um ponto mais à frente das duas, onde e agiam assim como todas as outras, tentando ficar na frente de para receber um sorriso ou um ‘oi’. – Acho que no fim, nós quem somos idiotas.
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  – Idiotas?
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  – Elas pelo menos estão se divertindo.
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   suspirou. Era verdade. Enquanto as amigas faziam o que queriam e corriam atrás do muso de São Paulo, pessoas como ela e Jaqueline que não se deixavam levar pela beleza – ou que sabiam que não tinham a menor chance e por isso não tentavam – permaneciam para trás seguindo os passos das amigas porque era o que tinha para ser feito, caso quisessem a companhia delas.
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  – Quer ir comprar uma água de coco? – ela perguntou a Jaqueline. – Se vamos ter que ficar aqui observando um bando de garotas surtar por um único cara, então podemos pelo menos tirar algumas fotos fingindo pra quem ficou em São Paulo que está sendo divertido.
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  A colega de sala olhou para e, após um tempo pensativa, respondeu:
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  – Vamos lá.
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  O lugar era minúsculo. Pelo menos para um grupo de mais de 200 alunos de todas as escolas particulares de São Paulo que tinham dinheiro para pagar uma viagem de 5 dias com destino a um dos lugares mais caros do país. A todo lugar que as duas iam, havia uma enorme quantidade de pessoas se amontoando para comprar algo; bom para o comércio local, péssimo para duas garotas desesperadas para fugirem da algazarra.
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– – – – –

  – Olha essa foto que eu tirei dele!
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  – Nossa, você precisa passar ela para mim!
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   ria das reações que as amigas davam quando o assunto voltava na roda.
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  As três estavam no quarto das duas que dormiam juntas; havia um bom espaço de tempo livre para os alunos conseguirem tomar banho e se arrumar para a atividade noturna. Não era fácil organizar grupo de 200 pessoas, mas a empresa responsável era especialista nisso e estava preparada para conseguir entreter todos os jovens – sabiam exatamente o que eles queriam.
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  Naquela noite havia uma festa de boas-vindas que aconteceria na praia principal. Ela era principal apenas porque era acessível para todas as pousadas que os alunos estavam hospedados, permitindo que andassem a pé. Havia horários a serem respeitados e algumas regras na área dos dormitórios, mas nada que limitasse a diversão deles. O plano da empresa era simples: tente cansá-los com dezenas de atividades durante o dia e não lhes dê muito tempo para descansar; com o sol e a maresia, o final do dia seria repleto de alunos preparados para dormir.
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  – Você não estava paquerando o monitor, ? – perguntou.
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  – Eu estou paquerando o Bruno. Ele é um gostoso. Ficamos conversando bastante depois dos jogos aquáticos. Falou que vai me puxar para dançar agora de noite.
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  – Huummm! – e fizeram juntas, rindo logo em seguida.
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  – E você, ? Não encontrou ninguém?
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  – Eu? Eu sempre REencontro – ela revirou os olhos -, mas não quero falar do Lucas. Quero saber o que você fez durante a tarde, já que escolheu ficar com a turma dos perdedores.
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  – Ei, eles não são a turma dos isolados – protestou, rindo –, são a turma do “não quero ser comida pelo “.
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   e se entreolharam, para em seguida dizer:
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  – Perdedores.
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  – Tudo bem você não sentir atração pelo , mas não ter nenhum interesse nele? – falou.
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  – Eu acho ele bonito. – ergueu os ombros.
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  – E…?
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  – E… ele é… intocável. Não quero perder tempo correndo atrás de um cara que nunca vai ser meu. Prefiro gastar esse mesmo tempo fazendo algo de bom para mim. Eu não entendo o que vocês fazem correndo atrás dele, sendo que estão já de rolo com outros garotos.
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  – Ele é como um ídolo – começou a explicar como se fosse matéria de prova –, quando ele aparece na minha frente, sua beleza é tão… tão! Que mal consigo me aguentar. Meus dedos coçam para tirar uma foto dele.
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  – Além disso, ele é legal, . Se você tem paciência, ele fala com você quando se aproxima.
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  – Ai, sei lá, só prefiro aproveitar minha viagem.
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  – Amiga, você tem noção de que essa pode ser a última oportunidade de você viver um romance de verão? – perguntou séria – Sei que haverá outros verões pela frente, mas é diferente quando se está no colegial. Não existem preocupações que terão lá na frente, na faculdade.
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  – E você lá sabe disso?
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– Minha irmã sabe – ela cruzou os braços -, disse que se pudesse voltar no tempo, teria vivido um amor, nem que fosse para terminar em desastre. Porque depois que se entra na faculdade, há responsabilidades que não existem para nós agora, como se tornar adulto.
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  – Entendi. Mas , eu não vim para viver um amor. Vim para viajar com minhas duas melhores amigas, porque uma delas decidiu prestar faculdade lá em outro estado, e essa sim pode ser uma de nossas últimas viagens sem ter outras questões para nos preocupar. É a última que viajamos todas solteiras.
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  – Espero! – responde, causando risadas.
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  – Vocês duas têm razão – diz –, então porque não aproveitamos a nossa viagem, que está só começando, e também tentamos viver um amor, de preferência um que não termine em desastre?
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  As três tocam as mãos em um hi-five e contam como planejam seduzir os garotos na festa daquela noite. Havia ainda muitas pessoas que elas não conheciam e que planejavam conhecer ainda na viagem.
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Capítulo 3

   estava cansada.
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  Levar e para o quarto não foi fácil. A primeira havia bebido escondida com o grupo de amigos da sala, após ser puxada por Lucas. Só que sua resistência ao álcool nunca foi forte, e por isso ela acabou dando um show que quase resultou em um castigo dos monitores.
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  , por outro lado, foi o tipo de problema que quase surtou. Após deixar no quarto, estava voltando para a festa a pé quando recebeu uma mensagem de dizendo que iria transar com Bruno naquela noite. saiu correndo desesperada em busca da amiga, e só foi encontrá-la a caminho da pousada do monitor, que ao contrário do que se esperava, mostrou-se aliviado por ver alguém finalmente conhecer a garota para levá-la para o quarto.
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  – Ela está muito bêbada – ele explicou. deu um ponto pela responsabilidade dele em não abusar da amiga alterada, mas a xingou o caminho inteiro de volta para o quarto depois que ele foi chamado para apartar uma briga que havia começado entre algumas garotas.
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  – Ah… – ela suspirou, sentando-se exausta em um banco localizado abaixo de uma enorme árvore na praça que ficava na metade do caminho entre a pousada e a praia. – Será que eu volto para a praia?
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  – É melhor não – ouviu e se preparou para rebater a pessoa que estava ouvindo sua conversa pessoal, quando viu que não era com ela.
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  A alguns passos da praça estava com uma garota que identificou sendo como “o rolo principal dele” ou simplesmente “a modelo da revista de moda gringa” que suas amigas haviam mencionado mais cedo, mas que já não lembrava mais do nome.
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  Levantou para evitar estar assistindo aos dois, mas não havia muito lugar para se esconder. A rua era larga e de areia, o que dificultava dar passos silenciosos. Mas havia pouca iluminação, o que permitiu que corresse para perto de um dos muros e se escondesse por ali.
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  – Por que não? – a garota falou, o braço enlaçado ao de , que tinha as mãos nos bolsos.
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  – Por que você acha, Giulia? Nós não estamos mais juntos.
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  – E daí? Não é por isso que não podemos ficar…
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  – Eu não fico com ex.
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   fez uma careta de surpresa. Não esperava que fosse o tipo de cara com ideais em sua vida. Ouviu a garota bufar em impaciência.
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  – Para de ser bobo, . Você sabe que eu terminei porque precisava participar daquele programa e eles stalkeavam praticamente a vida inteira de todo mundo…
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  – Não me importa, Giulia. Nós não somos mais nada. Para de insistir.
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  – Você sabe que eu sou sua melhor opção – a voz da garota agora parecia mais irritada -, todo mundo quer você porque é gostoso. Eu conheço você desde quando éramos pequenos! Sei quais são os seus defeitos. Aceito você como é. Olha ao seu redor… para essas garotas, você é só um pedaço de carne.
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  Não houve uma resposta. ficou curiosa em ver qual expressão carregava após ter ouvido aquele tipo de chantagem, já que grande parte dele fazia sentido, por isso, deu um passo para frente, mas não percebeu que perto de si havia um gato deitado preguiçosamente. Acabou chutando ele sem querer, recebendo uma leve arranhada de protesto e um alto miado.
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  – Ai! – ela pulou com o susto, mostrando-se para o casal, que olhava para ela surpresos. – A-ah… é… Desculpe, estou um pouco perdida… Não tinha a intenção de…
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  – Achei que você me daria um bolo. – disse de repente.
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  – O quê? – Giulia olhou para ele, dando um passo para trás para que pudesse enxergá-lo.
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  – O… quê? – parecia mais hesitante e com um leve mau pressentimento.
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  – Eu pedi para que o Jota chamasse ela para se encontrar comigo em um lugar aqui perto. Parece que ele não é muito bom em explicar direções. – enviou para um olhar significativo, esperando que ela captasse a mensagem e o ajudasse.
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  – Você chamou essa garota para se encontrar contigo? – Giulia apontou para com uma expressão de nojo, o que fez aumentar o mal estar da garota. – Não foi o contrário?
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  – É, Giulia. Existe no mundo uma pessoa que não tem interesse em meu corpo. – irritado, se desvencilhou do braço da garota e foi em direção a . – Desculpa, precisamos ir para outro lugar mais… – virou o rosto para olhar Giulia com o canto do olho – privado.
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  Não houve tempo para protesto ou explicação. segurou a mão de e a puxou para o lado oposto ao da praia, dando continuidade no caminho que ele antes fazia com Giulia. Esta apenas gritou para ele, e pode ouvir som de passos pesados se afastando, acompanhado de resmungos.
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  Os dois caminharam por cerca de 5 minutos até encontrarem uma praça mais afastada das pousadas. Era o último ponto permitido para os alunos caminharem livremente, sem receberem uma advertência por saírem do raio de segurança dos monitores. Por ali, era possível ver alguns alunos e monitores, mas nada comparado à agitação que era de acordo com que chegava mais próximo da praia.
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  – Hum… será que você… – tentou falar quando parou de puxá-la.
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  – Ah. Desculpe. – ele soltou a mão dela e deu um passo para frente. – Obrigado por não ter surtado lá atrás.
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   não respondeu. Havia feito o que ele pediu e estava extremamente desconfortável ali com o cara mais cobiçado da viagem. A praça, apesar de ser três vezes maior que a anterior, também era mais escura, o que facilitava os dois de sumir da vista das pessoas que passavam por ali.
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   sentou-se no meio-fio que havia em frente a uma sorveteria fechada.
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  – Você pode ir, se quiser. – ele respondeu. – Vou ficar um tempo aqui.
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  – Tudo bem – deu um passo para trás, aliviada por ter sido liberada. – Boa noite.
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  – Boa.
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  No caminho de volta observou algumas garotas perguntando sobre entre elas. Parece que o retorno de Giulia à praia foi recebida como uma das maiores fofocas da viagem, e agora as garotas saíam em grupos para tentar ser a próxima parceira do garoto.
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  “Mas ele quer ficar um pouco sozinho.” Ela pensou. Havia visto no olhar dele o cansaço, e não parecia nada físico. Imaginou todas aquelas garotas não prestando atenção nisso e se aproximando dele com risinhos e segundas intenções. “Como se ele fosse um pedaço de carne.” Lembrou do que Giulia havia dito.
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  Olhou ao redor e viu uma pequena mercearia aberta. O dono estava quase fechando, até que ela comprou duas latas de cerveja – não esperava usar a identidade falsa, já que não gostava de beber, mas a situação parecia exigir álcool – e caminhou correndo de volta para a praça onde havia deixado , o encontrando sozinho no mesmo lugar.
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  Dessa vez foi ela quem o puxou sem avisá-lo, pegando-o de surpresa. Entraram em um pequeno beco sem iluminação, mas seguro por estar mais próximo da praia. Com exceção do álcool, os dois não estavam fazendo nada de errado.
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  – O que…
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  – É só… – ela olhou ao redor, ansiosa por ver todas aquelas garotas -, achei que fosse querer algo para… refrescar. – e ergueu o saco de plástico com 2 latas de cerveja.
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   abriu a boca surpreso, mas apenas se limitou a rir. Pegou uma das latas e a abriu, tomando um longo gole dela.
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  – A outra não é sua? – perguntou, vendo que não havia se mexido para abrir a lata restante.
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  – Ah. Sim. Vou beber. – anunciou, abrindo a lata e tomando um longo gole. Fez uma careta, como sempre fazia quando bebia qualquer álcool, mas sentiu o corpo relaxar da adrenalina quase que imediatamente.
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  – Você sabe que não gosto de cerveja, não sabe?
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  – Por que eu saberia? – ela perguntou. “Se soubesse, certamente não teria comprado ele. Odeio cerveja.”
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  O garoto sorriu após um tempo observando ela e balançou a cabeça, bebendo mais um longo gole, terminando com a lata em segundos.
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  – Para quem não gosta de cerveja, você até que bebe bem. – não conseguiu evitar fazer o comentário.
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  – Não tinha outra opção, tinha?
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  – Você poderia ter recusado.
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  – Mas eu aceitei. Preferi aceitar sua bondade e também o efeito do álcool. Não que seja o suficiente…
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  – Pode tomar a minha – ela empurrou a própria lata para ele –, não bebo cerveja.
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  – Ah… Então você é desse tipo?
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  – Desse tipo?
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  – É – ele deu um longo gole na lata de –, a certinha que não bebe.
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   bufou e riu.
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  – Eu não sou nada certinha, e claro que bebo. Só não gosto de cerveja. Passo mal com ela.
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  Os dois permaneceram calados enquanto estudavam o outro. Enquanto apurava os ouvidos para ver se havia algum perigo em voltar para sua pousada sem ser vista com , este a olhava com curiosidade. Apesar de não enxergá-la devido à escuridão, estava curioso em saber quem era aquela garota que agia de forma natural, sem parecer se preocupar que falava com ele. sabia de sua fama e posição naquela viagem; geralmente tinha paciência em lidar com todo aquele assédio, mas esperava um pouco mais de paz viajando com uma empresa responsável. Aparentemente, a empresa estava ao lado das garotas.
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  – Aquele é o ? – os dois ouviram de repente.
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  – Acho que sim. Ei! Achamos ele! – outra voz de garota soou e passos ao longe começaram a se aproximar.
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  Sem pensar e desesperado para ser deixado em paz, passou o longo braço por trás da cintura de e a prensou contra a parede oposta do beco, unindo suas bocas em um beijo. A garota, por outro lado, pega de surpresa, tentou reagir ao beijo, mas ele era muito mais forte do que ela.
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  “Ah, que seja. Já está acontecendo mesmo.” Foi o pensamento que teve. Fechou os olhos e tentou relaxar o corpo, levando suas mãos aos bíceps do garoto e subindo-as em direção ao pescoço.
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  Por ser muito mais alto que , se encaixou melhor ao corpo dela quando sentiu o corpo da garota relaxar. Ao perceber que ela não resistia mais contra ele, deixou-se levar pelo beijo, pedindo permissão para passar a aprofundá-la.
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  Ao fundo os dois ouviram alguns gritos. Mesmo com os olhos fechados, foi possível ver luzes de lanternas em sua direção; mas nenhum dos dois parou de se beijar. não deixou se afastar, muito menos encerrar o beijo; ela, por outro lado, apenas seguia o comando do garoto, aproveitando o carinho que recebia enquanto era beijada com tanto afinco.
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  – É sério, ? – ouviu uma voz próxima dos dois. Era Giulia.
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  Com o susto, finalmente reuniu força para se afastar dele, o olhar assustado pela quantidade de pessoas que cercavam os dois naquele minúsculo beco.
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  – Quem é ela?
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  – Como ela conseguiu?
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  Diversos murmurinhos começaram a ecoar, enquanto todos esperavam uma resposta à pergunta de Giulia.
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  – Pareceu uma brincadeira para você? – segurou na mão de . – Eu disse que a chamei para vir até aqui.
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  – Ele a chamou?
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  – Quem é ela?
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  – O que ela tem de especial?
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  – Gostaria que vocês parassem de me seguir por todo lugar. – ainda segurando a mão de , saiu do beco, indo em direção a uma área mais iluminada, onde todos pudessem vê-lo falando sério – Eu quero aproveitar a viagem com ela, e fica difícil com tanta gente me rodeando o tempo inteiro.
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  – Você nem a conhece! – Giulia exclamou. – Você só a usou de desculpa para fugir porque está com o orgulho ferido.
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  – Tira o rei da barriga, Giulia – respondeu, bravo – O mundo não gira ao seu redor.
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  Enquanto os dois discutiam, olhava de um para o outro boquiaberta, sem saber o que fazer. Ainda estava sob o efeito do beijo. Nunca havia sido beijada daquela forma. Havia ouvido de uma vez sobre a beleza de ser pega de surpresa em um beijo; da pegada que um homem tem quando sabe o que quer. Não que a quisesse, mas… bem, ele tinha, sim, uma boa pegada.
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  – Você não sabe nem o nome dela! – ouviu Giulia gritar ao longe, quando a puxava para longe de todo o grupo.
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  Os dois caminharam de mãos dadas por um tempo. Quando percebeu que não havia ninguém próximo para ouvir a conversa dos dois, falou:
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  – Desculpa.
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  – Pelo quê?
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  Ele olhou para , que o encarava com curiosidade.
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  – Pelo… beijo?
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  – Foi ruim?
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  – O quê? – ele riu sem graça, levando a mão à nuca. – Não, não foi ruim.
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  – Pra mim também não – ela respondeu -, então não há necessidade de se desculpar.
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   balançou a cabeça lentamente, tentando entender o que é que ela queria dizer com aquilo. Sentia que sua linha de pensamento não andava na mesma velocidade que a de .
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  – Qual o seu nome?
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  – Você beija estranhos?
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  – Você sempre responde uma pergunta com outra?
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  A garota sorriu.
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  – Meu nome é . Sou da turma do Colégio Nomus.
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  – Sei que é do Nomus. – ele disse. Quando percebeu que ela o encarava confusa, sorriu e disse: – Eu vi você mais cedo no aeroporto.
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  – Eu? – ela parou de andar, o obrigando a encará-la.
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  – É.
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   permaneceu calada por um momento processando a informação. Poderia culpar o álcool, mas só havia dado um gole na cerveja; por fim, aceitou que o beijo de com certeza tinha algo que causava um retardamento mental.
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  – Eu? – perguntou novamente, fazendo-o rir.
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  – Você.
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  A garota permaneceu calada, em choque.
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  – Tem certeza que era eu?
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  Dessa vez gargalhou.
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  – Tenho sim. A vi de novo na praia. Você estava me encarando.
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  – Todo mundo estava te encarando.
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  – Mas você estava me encarando.
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  – Não. Eu acho que estava em um transe. – quando o garoto riu, ela riu junto, mas tentou explicar mesmo assim – É verdade! Eu estava com uma colega da minha sala discutindo sobre você no meio… – e parou de súbito ao lembrar-se do assunto. Peitos e maquiagem. Apertou os lábios para prender o riso.
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  – Você fez essa cara! – ele apontou para ela. – O que estava pensando?
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  – Você não quer saber.
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  – Mas eu quero sim.
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  – Tem a ver com peitos – o pegou de surpresa –, e não de um jeito positivo.
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  Os dois riram com o jeito despojado que a garota falou a verdade e voltaram a caminhar sem rumo nenhum. Ao redor, grupos de alunos passavam olhando para os dois andando de mãos dadas e cochichando algo.
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  – Desculpe te incluir nesse drama todo.
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  – Bem… – ela olhou para ele – Não deve ser fácil ser bonito e popular.
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   riu mais uma vez com a maneira como ela falou. Fazia tempo que ele não se sentia tão à vontade com uma garota; tão… relaxado. Estava ciente de que os dois ainda estavam caminhando de mãos dadas, mas não falava nada para que não o obrigasse a se afastar.
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  – Parece que essa é minha única qualidade.
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  Ele aguardou que ela dissesse algo para consolá-lo, mas nada veio. Arriscou olhar para e ver o que se passava dentro dela; esperava ver uma expressão nervosa de quem não sabia o que dizer, mas, ao contrário do que imaginava, a pegou olhando para si.
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  – Você realmente acha isso?
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  – O quê? Que sou bonito?
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  – Que essa é sua única qualidade.
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   desviou o olhar com vergonha. Sentia-se um banana. Na verdade, parecia literalmente isso o que estava fazendo, descascando camadas de si para chegar em sua verdadeira essência. Aquela que geralmente ninguém queria conhecer. Ninguém nunca parecia querer passar da superfície dele, o que o fazia viver dessa forma: superficialmente e sem expectativas.
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  – Minhas amigas dizem que você é gentil.
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  Enquanto começou a falar, puxou-o para irem até um lugar próximo à praia, onde podiam assistir os alunos se divertirem sem fazer parte deles. Sentaram-se em uma pequena duna que os escondia das pessoas; aparentemente, ninguém tinha tido a ideia genial de ir até ali, o que significava que os dois estavam sozinhos.
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   lamentou os dois terem de sentar, pois tão logo o fizeram, soltou de sua mão para se ajustar. Prestou atenção no que ela dizia, pois fazia tempo que ninguém além de sua terapeuta lhe dizia verdades que ele era incapaz de enxergar – chegou a suspeitar, por um bom tempo, que a profissional era orientada pela mãe dele em dizer-lhes coisas boas, já que a mulher estava sempre preocupada com o bem-estar do filho mais novo.
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  – Você poderia simplesmente ser um cara esnobe e achar que o mundo gira ao seu redor, porque é exatamente o que acontece quando você entra em cena. – ela abre um pequeno sorriso, lembrando-se de todas as vezes que todo mundo parava para observá-lo, mesmo se minutos antes estivessem falando bem dele uns com os outros. – Elas sempre voltam felizes porque você lhes deu um sorriso ou lembrou do nome delas. Quero dizer, quantas garotas chegam até você todos os dias? Como consegue ser capaz de lembrar de tantos nomes?
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  Ele ficou pensativo. Essa era uma nova perspectiva que chegava até si. Ninguém nunca havia dito que admirava sua memória ou a capacidade de dar atenção a todos; ele mesmo nunca havia visto dessa forma. Era uma de suas atitudes involuntárias, habituais, que fazia parte de seu cotidiano e por isso não exigia tanta atenção.
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  De repente, um calor tomou conta do meio de seu peito. Orgulho. Orgulho em ter uma característica honrosa. Eram poucas as pessoas que faziam outras se sentir bem com um simples sorriso, e se dessa forma ele conseguia mudar o dia ruim de uma pessoa, então ele deveria se dar ao crédito.
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  – Quando elas me falaram isso, eu as respondi que é fácil enxergar qualidades em uma pessoa que já estamos inclinadas a gostar. – ela riu sem graça. – Mas eu vi. Vi você agindo com simpatia para as pessoas, olhando nos olhos dela e gravando em uma pequena parte do seu cérebro, a pessoa com quem estava conversando, mesmo que não fosse voltar a vê-la no futuro. Eu acho isso admirável. Uma qualidade que poucos possuem.
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  Talvez fosse a brisa que passou e balançou os longos cabelos da garota. Ou quem sabe a lua cheia que brilhava tão alto, que fazia desnecessária as tochas e luzes elétricas instaladas ao fundo, onde não só alunos, mas turistas permaneciam festejando. Pode ser que tenha sido o aroma do mar e da areia, e uma promessa invisível de uma vida leve e feliz.
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  Naquele momento, ele soube: era ela.
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  Sem explicação que pudesse esclarecer o motivo de seu coração pular por uma garota que, sempre ao longe, lhe chamava a atenção. Porque, quando ele havia descoberto que sua ex o havia traído com um amigo; e quando sua atual o estava descartando para seguir o próprio sonho, apareceu com um cachorro idêntico ao seu e falou simplesmente sobre isso.
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  Simplesmente sobre nada de importante.
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  E naquele dia, ela havia olhado em seus olhos. Ele achou que ela viu dentro de si o desespero de mais uma vez ter sido usado e jogado fora, e não quis se fazer útil. Não quis convencê-lo de que um amor se cura com outro; ou que ela poderia fazer melhor que as outras. Ela só ouviu ele falar de seu cachorro como uma criança que ganhou o brinquedo favorito, e então, no fim, abriu um sorriso de quem havia gostado da conversa. E só isso. Sem segunda, terceira ou quarta intenção.
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  Ele certamente tinha um dom em guardar nomes e fisionomias, mas ela, naquele dia, tomou o pódio do lugar mais alto. E então ele procurou sobre ela, e sabia em qual escola estudava. Esperava que a garota fosse aparecer na viagem, mas não contou para ninguém. Nenhuma pessoa poderia entender. Todo mundo interpretaria da mesma forma: ele só está caçando a próxima vítima. Como se fosse ele quem usasse as garotas como objetos, e não o contrário.
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  Quanto mais ela se afastava e fugia, mais ele queria se aproximar dela. Sabia qual pousada estava hospedada e quem eram suas melhores amigas. Mas toda vez que as duas se aproximavam, ela ficava para trás, observando, não querendo fazer parte daquele caos que era sua vida. Como se soubesse o problema que ele era.
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  Em um ato impulsivo, levou sua mão até o rosto de , puxando-a de leve para que olhasse para ele. Durante minutos os dois se encararam, um tentando enxergar o outro, tentando entender o que estava acontecendo ali.
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  Quando se aproximou dela lentamente, não fechou os olhos e esperou ser beijada. Ela não lhe deu a permissão silenciosa dele entrar em sua vida.
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  Peça. Foi o que pareceu ser.
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  – Eu posso… – ele começou a sussurrar, vendo-a permanecer encarando seus olhos. – Eu posso te beijar?
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  Por cerca de 2 minutos ela não respondeu. Olhou de um olho dele para outro. Queria entender se ele estava só alterado por uma noite que parecia romântica ou pelo fato dela o ter salvo de uma ex possessiva.
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  Nada. Foi o que viu. Nada de ex. Nada de complicado. Simplesmente a vontade de beijá-la.
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  Por isso, fechou os olhos, dando permissão para que ele, mais uma vez, a beijasse e a tocasse como nenhum garoto jamais havia feito.
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  Ternura e calor se misturavam em um beijo que inicialmente parecia casto, mas que logo foi pegando fogo, de acordo com que as mãos dos dois passeavam pelo corpo do outro. Quando acidentalmente passou a mão próxima à lateral do seio de , um gemido de prazer saiu sem permissão, deixando-a tensa. O que ele poderia pensar?
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  Sentiu a boca dele formar um sorriso, mas a mão não se mexeu além do lugar respeitável onde estava. Se ela exigiu permissão para beijá-la, é claro que também desejava ter permissão para tocá-la.
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  Ao se separarem, ofegantes, prolongou os beijos, dando-os nas bochechas de , nas pálpebras e em seu queixo. Lugares expostos diariamente a diversas pessoas, mas que quando beijadas de forma tão íntima, causava um aperto lá embaixo.
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  Quando os dois abriram os olhos e se depararam com a visão deles mesmos nos olhos do outro, um sorriso estampou seus rostos.
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   foi a primeira que desviou o olhar. Encarou o mar em sua imensidão e encostou a cabeça no ombro de que, por sua vez, tudo o que fez foi passar o braço pelos ombros da garota, trazendo-a para mais perto de si; como se quisesse protegê-la do frio, tê-la mais perto, fundi-la a ele, para, quem sabe, ela pudesse saber o que estava fazendo com ele ali dentro.
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Capítulo 4

  Ninguém conseguia tirar os olhos dos dois. Parecia até que ambos tinham um imã que atraía todos os olhares por onde quer que passassem.
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   e foram as primeiras a surtar no dia seguinte, quando, após as dores da ressaca, souberam da última novidade que passava de boca a boca entre todos os alunos vindos de São Paulo.
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  – Foi de repente – conseguiu dizer, antes de ouvir gritinhos e tapinhas em seus braços, rindo com a cena de suas melhores amigas dentro do quarto, poucos minutos antes de Bruno dar duas batidas na porta e avisá-las de que tinham 20 minutos para o fim do café da manhã.
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  No momento que entraram na área das refeições, as três foram bombardeadas de perguntas direcionadas a e . Desde quando o conhecia, como conseguiu se aproximar dele, o que fez para ele se apaixonar por ela… estavam namorando?
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  – Deixem ela em paz! – disse, mais alto. – Se eles estiverem namorando, não tem nada a ver com vocês.
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  – Você diz isso porque é sua amiga; se fosse outra pessoa, estaria como nós – uma das garotas disse.
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  – É verdade – disse, rindo. – Mas não é outra pessoa, então, cai fora!
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   e permaneceram assistindo afastando todo mundo de perto delas, comendo o café da manhã e separando um pouco para guardarem na bolsa, já que a amiga que estava na ativa se assegurando de que elas não fossem incomodadas provavelmente não conseguiria comer o suficiente.
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  – Ei – Jaqueline se aproximou da mesa das três amigas –, o popular está lá no hall chamando por você. – ela olhou para , que encarou e assustada.
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  As amigas, como boas amigas que eram, riram e deram gritinhos, puxando para o banheiro retocar a maquiagem à prova d’água antes de se encontrar com o assunto do dia.
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  – Você só tem uma missão, amiga – disse séria antes de deixar a amiga sair do banheiro. – Me apresente ao .
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  – Mas e o Bruno?
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  – Ah… – ela olhou para o monitor, que conversava com algumas alunas – ele teve a chance dele ontem, mas parece que não estava tão afim assim. Por outro lado, se o estiver… Quem sabe a e o não se dão bem também?
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  – Ai… – fingiu um calafrio. – Ele me dá medo.
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   e pararam de andar e se entreolharam. Então começaram a rir, enquanto as encarava nervosa.
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  – Vocês nunca viram ele brigar? Ele é… intenso.
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  – Dizem que assim que é bom, amiga. Imagina ele na cama? – comentou maliciosamente, andando ao lado de até o hall lotado. – Nossa, quanta gente cara de pau. Sabem que ele está aqui por causa de você, e mesmo assim não param de dar em cima.
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  – Mas olha só a carinha dele… – murmurou perto das amigas, já que estavam próximas demais de todo mundo.
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  – HUMM… – as duas quase gritaram, fazendo empurrá-las rindo e dizendo para que calassem a boca.
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  – Bom dia – ela ouviu muito perto de si. Virou-se e deu de cara com muito próximo de si, o cheiro de desodorante no ar e o corpo já suado do calor que fazia fora do hotel.
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  – Oi – sorriu sem graça e sentiu o beijo estalado dele em seus lábios, pulando para trás com o susto e arregalando os olhos, olhando ao redor e vendo a maioria das pessoas chocadas e suas duas amigas com sorrisos maliciosos no rosto. – V-você…
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  – Vamos? – ele pegou na mão dela e a puxou para fora, não dando chance nenhuma de ouvir um protesto da garota. – Ouvi que hoje vamos fazer o passeio de bug.
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  – Ah… – não houve tempo de responder. já arrastava para fora, para a praça onde professores e monitores já estavam de pé com dezenas de alunos ao redor. Ela conseguiu enxergar e encostados no tronco de uma imensa árvore, rodeado de pessoas ao redor conversando com eles. Olhou para trás à procura de e , e as duas andavam juntas no tempo delas, esperando que fizesse sua parte do acordo pré-determinado por elas.
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  – Ei, essa é a passou o braço pelos ombros da garota, que olhou timidamente para o grupo que agora a encarava.
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  – Oi – ergueu uma mão. já havia lhe dito antes que ele era do tipo sério, que falava pouco; mas lhe pareceu calmo e controlado. Já o outro, mais velho, tinha fama de possuir um temperamento mais bravo, mas não estourado como o de .
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  Dos três, era claro que era o mais carismático. Talvez por isso ele fosse o centro da atenção de todos. Não era difícil gostar da pessoa mais simpática, enquanto todos esperavam que os dois amigos dele se abrissem um pouco mais.
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  – Sou – o outro deles disse, erguendo a mão para dar um toque.
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  – … – ela respondeu, vendo-o abrir um pequeno sorriso. Um que ela suspeitava não aparecer para muitas pessoas. , percebendo melhor, parecia até um tipo de segurança de , caminhando sério, abrindo sorrisos apenas para os amigos mais próximos, fazendo comentários e brincando com eles.
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  – Acho que saberia até seu tipo sanguíneo, se não estivesse com tanto sono até a hora do café – ele comentou em tom de brincadeira. – Você também foi assunto da manhã no dormitório do nosso colégio.
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  A garota olhou desconfortável para , que apenas abriu um sorriso, não parecendo se importar de ter sido dedurado pelo amigo. Ele olhou ao redor esperando por uma orientação de algum monitor.
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  Mesmo estando no segundo dia da viagem, a maioria dos alunos já haviam se entrosado. As atividades e a festa de boas-vindas do dia anterior fizeram um bom trabalho em misturar os alunos das diversas escolas. Hoje, quase nenhum queria seguir a programação da empresa, na questão de separar os grupos para os passeios.
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  – Apenas estejam em grupos de 6 a 8 pessoas. – O monitor principal disse quando todos estavam reunidos e prontos para saírem. – Quem estiver já com grupo fechado, dirijam-se aos monitores da minha direita para passarem os nomes. Aqueles que não tiver pessoas o suficiente, à minha esquerda para que possamos completar.
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  – Ei, e se chamarmos o Jota e o…
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  – Você quer chamar suas amigas? – cortou um dos amigos e olhou para a garota, que sorriu para ele e assentiu. Sentiu-se agradecida por ele ter perguntado, ao invés de precisar interromper o grupo e correr o risco de fazê-los achar que ela era chata. – São duas. – Olhou para e , que concordaram com a cabeça.
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  – Vocês se viram aí – respondeu tranquilamente para os amigos e se dirigiu para o monitor mais próximo.
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  – Ei, ! – logo viu a oportunidade de realizar o desejo da amiga. – Você poderia ir lá dar o nosso nome? Acho que o não sabe todos os nomes…
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   sorriu de forma doce e seguiu o amigo de , que se apresentou a ela de forma descolada. não era o tipo de garoto que se importava com as garotas, mas se sentia extremamente desconfortável quando alguma dava em cima dele, por isso escolhia se afastar e daí vinha a fama de príncipe do gelo que todos o chamavam. , no entanto, sabia muito sobre o amigo de e era extremamente esperta e observadora, por isso, apenas se limitou a fazer comentários pertinentes à viagem e ao grupo de amigos.
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  – Essa é a apresentou a amiga a , que logo apresentou para ela. O amigo abriu um pequeno sorriso e apenas deu um passo para trás com um sorriso sem graça. – Tudo bem para você, amiga?
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  – Sim, sim, claro. – ela sorriu mais para e do que para , que não pareceu se importar em ver alguém tão desconfortável ao seu lado. Aparentemente, ela não era a primeira.
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  A primeira parte do passeio se resumiu às falésias e a uma praia extensa, com muito espaço para os 200 anos se espalharem para se conhecerem mais, tirarem fotos e fazerem lembranças.
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   não demorou a grudar em . Parecia que a presença dela afastava as garotas malucas, deixando só uma ou outra louca para se aproximar. , nessas horas, fingia que não se importava, enquanto ele apenas respondia com um sorriso e pedia licença para se afastar. Já que a garota havia decidido ir em um buggy com as duas melhores amigas para que nenhum dos quatro tivesse de ficar sozinho com um casal, não queria perder tempo para as duas e acabou puxando para longe do grupo.
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  – Você poderia ser mais delicado – riu enquanto ignorava todo mundo que tentava cumprimentá-lo para ir até o ponto turístico tirar uma foto da garota.
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  – Este sou eu sendo delicado – ele disse. – Se eu for mais, todos irão achar que estou disponível para conversar, e não quero ficar com ninguém além de você.
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  A declaração a fez corar. Não estava acostumada com esse tipo de demonstração de afeto. Seu último namorado só sabia falar de jogos de videogame e tentava levá-la para a cama. Um lixo, como disse ela após terminar com o garoto.
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  Os dois gastaram boa parte do tempo tirando fotos. , por ser alto, tinha braços compridos, facilitando as fotos dos dois. Em um certo tempo, os amigos e as amigas invadiram as fotos, tornando-as em grupo; e quando todos pediam para tirar fotos uns dos outros, puxou para longe mais uma vez.
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  – Espere aqui, vou pegar algo para bebermos – ele disse, se afastando após se acomodar em uma área mais afastada.
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  Ela passou a olhar tudo com uma perspectiva da qual estava acostumada. De longe era mais fácil avaliar melhor o comportamento de cada um; viu diversas garotas se aproximarem de e este, enquanto esperava sua vez de ser atendido, conversou com todas de bom grado, de vez em quando desviando seu olhar para e sorrindo para ela.
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  – Você deve estar nas nuvens.
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  A garota olhou para a dona da voz rancorosa e ergueu o rosto para ver Giulia com os braços cruzados parada ao lado dela.
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  – Não se engane, ele não é o garoto bonzinho que você está conhecendo.
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  – Certamente me parece mais bonzinho que você.
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  Giulia a encarou ofendida, mas logo recuperou a pose e trocou o peso de perna.
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  – Ele está te usando. Ficou magoado porque eu escolhi a minha carreira ao invés dele, e por já ter sido traído antes, achou que eu estava mentindo quando disse que voltava.
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   não respondeu nada. Não queria saber da vida dele pelos outros. Se reagisse, sabia que daria a Giulia o que ela queria. Também não sabia muito bem o que estava acontecendo; após conversar com as amigas, decidiu só aproveitar e ir com calma. estava muito decidido sobre os dois e, apesar de não ter anunciado nada sobre estarem em um relacionamento sério, também mostrou-se indisponível para qualquer outra pessoa.
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  – O que te faz pensar que ele é uma pessoa ruim como você?
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  Giulia riu.
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  – Eu? Ruim? Garota, você precisa atualizar um pouco seu vocabulário. – ela empurrou os longos cabelos ondulados para trás e olhou para . – Eu tenho um sonho e surgiu a oportunidade de ficar mais próxima de realizá-lo. Tenho certeza de que você faria exatamente o mesmo. Ou é do tipo de pessoa que abre mão dos próprios sonhos para ser capacho de homem?
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  ”Não, espere. Acho que é isso mesmo o que você é, visto que topou ser a bonequinha dele nessa viagem. Pode aproveitar. Quem sabe você tira uma lasca dele para se exibir para suas amiguinhas?” Giulia se virou de frente para , que já estava bastante incomodada com a ousadia daquela estranha.
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  – Uma garota como você jamais conseguirá ser o suficiente para alguém como o . Sei que no fundo você sabe disso.
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  – E você acha que você é alguém boa o suficiente para ele?
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  – A pergunta foi feita errada. A maneira certa seria: será que eu sei se ele é bom o suficiente para mim? E a resposta é: por enquanto, sim. Somos um bom par. Você não vai conseguir proporcionar nem um pingo de prazer em uma cama com ele… o é exigente. Todos ali são. – ela apontou para trás. – Você e suas amigas são só uma ralé tendo a oportunidade de comer carne de primeira. Então saboreie enquanto pode.
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  – Qual é o seu problema com carnes? – a voz de surgiu ao fundo.
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  As duas garotas olharam para ele, que carregava um coco com dois canudos fincados no topo dele. O olhar que o garoto enviava a Giulia era um que praticamente ninguém via. Sério e sem emoção alguma.
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  – Quer saber? Não se dê o trabalho, eu não quero saber mesmo. – ele disse, aproximando-se das duas. – Cai fora, Giulia. Não tem espaço para você aqui.
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  – Lembre-se do que eu falei. – a garota olhou para , que revirou os olhos e aceitou o côco de , enquanto o ouvia chamar Giulia de chata.
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  – Ela não vai deixar você em paz por um tempo. O único ataque que ela tem é o veneno que transborda da boca dela. – sentou-se ao lado de e puxou o canudo solto para beber da água com ela.
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  – Essa obsessão dela é doente.
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  – Ela é toda doente.
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  – E você namorou ela.
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  – Um lapso mental. – ele disse com uma careta – Mas ela tinha razão sobre uma coisa. – aproximou-se de e sussurrou em seu ouvido. – Eu sou exigente na cama, mas gosto mais de dar prazer do que receber.
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  Não foi possível controlar o rubor nas bochechas. Nem direcionar o líquido da água de côco para o local correto, de forma que acabou se engasgando, fazendo com que risse.
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  – Não é o momento de se falar sobre isso.
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  – Ora, eu só aproveitei o assunto – ele ergueu os ombros.
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  – Nós não…
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   olhou para . Percebeu o desconforto da garota. Havia, por um breve momento, esquecido que ela não era como as garotas que o rodeavam. Não eram como Giulia, que só o queria para chamar a atenção ou realizar algum fetiche pessoal. Aquela era a garota que se preocupou com ele na noite passada, quando ele estava no meio de um apuro e prestes a entrar em outro. Que aceitou dar uma chance ao cara ridículo que ele era.
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  – Desculpe – disse rapidamente. – Não quis deixar você sem graça.
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  Ela balançou a cabeça em um sinal de que estava tudo bem.
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  – Eu não farei nada que você não queira.
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  – Eu prefiro que você faça coisas que eu goste. – ela disse, recebendo um olhar de admiração. – Não acho que seja uma boa ideia nós pisarmos em casca de ovos com o outro apenas porque ainda não nos conhecemos bem.
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  – Tem razão. Precisamos mesmo nos conhecer melhor. Qual o nome do seu samoieda?
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  – É Milka. Leite, mas com A no final, porque é ela.
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   só pode rir com a linha de raciocínio para a escolha de um nome.
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  – Bem, agora fiquei sem graça do Snow se chamar assim só porque, bem…
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  – Ele é branco.
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  – Sim.
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  Os dois riram.
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  – Me conte mais sobre você – ele disse, colocando-se de costas para todo mundo e ficando de frente somente para e as imensas falésias atrás dela. Guardaria aquela cena em sua mente, sabia que seria só a primeira de várias.
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  – Bem, sou filha única. Estou prestando para administração porque acho que é uma profissão que pode se encaixar em várias.
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  – Ei, eu também estou prestando administração! – abriu um enorme sorriso. – Quais são suas opções?
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  – As principais particulares e públicas. E você?
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  – GV. Se eu não entrar, acho que meu pai come meu rim – ele ri. – Sou o mais novo de três, mas meu irmão mais velho é advogado, e o do meio é médico. Meu pai meio que só quer formar o trio ideal para se exibir para os amigos e a família.
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  – Não é o que você quer?
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   não respondeu de imediato. Sentia que qualquer resposta iria expor sua superficialidade. A verdade era que ele não se importava. Fazia o que o pai pedia porque era o que seus irmãos haviam feito e estavam agora em paz e felizes. Acreditava que seria o mesmo com ele. Não tinha um hobby além de se divertir com os amigos e jogar videogame, mas não quer trabalhar com algo relacionado ao assunto simplesmente porque acreditava que tornar algo divertido em uma obrigação estragaria tudo.
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  – Eu quero – ele disse. – Só talvez fique incomodado por não ter outras opções.
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  – Hum… talvez você tenha opção, só não quer sofrer as consequências de aceitá-las.
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  Ele abriu um pequeno sorriso e quis beijá-la. Quis se entregar de corpo e alma, mas precisava ter cuidado. Não podia assustá-la. Não podia tratá-la como todas as outras garotas. Não podia correr o risco de mostrar sua verdadeira face, a de uma pessoa insegura, superficial e fraca. Isso só iria afastá-la. Podia ver que era determinada, totalmente ao contrário de si.
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  – Pode ser. E o que mais? Você pretende continuar em São Paulo então?
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  – Ah, sim. Talvez eu arrisque um intercâmbio. Quero aperfeiçoar meu inglês e ter um diploma para adicionar no currículo, mas meus pais são contra eu fazer qualquer coisa antes de entrar na faculdade. Acham que eu preciso aproveitar o pique dos estudos para fazer um bom vestibular.
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  – Faz sentido.
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  – É. Também acho. Meus pais são pessoas bem sábias, o que é bem irritante.
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  – Acho que é por isso que você também sempre soa sábia.
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   o olhou surpresa. Ninguém havia feito essa observação antes.
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  – Sério?
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  – As pessoas dizem que somos imaturas porque ainda estamos no colégio, mas conheço várias garotas da universidade e algumas formadas. Você é bem mais madura do que algumas delas.
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  – Bem… obrigada. – ela corou e abriu um pequeno sorriso.
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  – Ei! Está na hora de irmos almoçar! gritou ao fundo. Os dois olharam para o quarteto que estava próximo dos demais alunos e puseram-se a se levantar.
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  – Escuta… – puxou a mão de quando eles começaram a caminhar. O garoto diminuiu a velocidade dos passos e olhou para ela. – Seus amigos… hum… eles são do tipo que… sabe?
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  – Vou dar um toque neles. – disse, logo entendendo a intenção da pergunta de . Não deixaria que seus amigos atrapalhassem a relação dele com a garota por machucar o coração de uma das melhores amigas dela. – Mas se elas toparem…
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  – É claro, tudo bem. É só que eles estão no pedestal, entende?
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   sorriu e a puxou para si, abraçando .
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  – Você é um ser humano lindo, .
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Nota da autora: Demorei, mas cheguei! Na verdade, minhas duas últimas semanas foram tão insanas que eu acabei me perdendo na agenda e não consegui postar. Mas espero que tenham conseguido se inteirar melhor em como nosso querido favorito é, ainda há mais degraus para descer dentro de todo esse sentimento que rola dentro dele.

Capítulo 5

  A segunda parte do dia foi repleta de passeios radicais e diversão. A empresa havia prometido fazer de tudo para cansar os alunos durante o dia e, quando era hora do jantar, alguns usavam o tempo para dormir, para aproveitarem a festa noturna que era organizada para todos os alunos.
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  Não foi o caso de e . Os dois decidiram ficar no hotel de , longe da curiosidade de todos e da agitação, e sentaram-se em uma rede juntos, prontos para conhecerem um pouco mais sobre o outro.
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  Durante o dia, havia descoberto um lado mais engraçado de , já que os dois passaram todo o tempo se divertindo com os melhores amigos. Preferiram fortalecer os laços com todos e usar o final do dia para si mesmos.
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  – Vocês podem passar depois lá na festa. – disse quando ela e saíam para se encontrar com , e os demais amigos que haviam feito durante o dia. As duas estavam animadas para passar mais tempo com eles; com , que se deram muito bem, e longe de , já que a garota ainda não se sentia à vontade com o jeito sério e fechado dele.
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  – Ew, fiquem aqui. – disse. – Por que perder tempo sendo vitrine de um monte de gente fofoqueira? Toma, amiga, você esqueceu no nosso quarto. – e entregou um batom para , junto de um cartão. O cartão do quarto das duas. – Se for fazer uso, manda uma mensagem. – sussurrou.
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   arregalou os olhos e encarou , que olhava para ela com um sorriso malicioso e então enviou uma piscadela para a amiga, saindo às pressas com .
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  – Vem aqui – disse já acomodado na rede.
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  A ideia de se deitar com ele, mesmo que de forma descontraída e inocente, fez o corpo de esquentar. Estar com aquela chave em mãos e saber que, se quisesse, poderia insinuar irem assistir um filme no quarto…
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  ”Não, . Ele já disse que está cansado desse tipo de garota. Você não é assim.” Ela pensou. E apesar de estar já a 6 meses sem dormir com nenhum garoto, não era tão terrível assim. Conseguia controlar seus pensamentos.
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  ”Seria muito mais fácil se o corpo dele não fosse enorme, firme e aconchegante.” Quase chorou internamente quando ele se mexeu para deixá-la ainda mais acomodada.
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  Os dois passaram a observar o céu estrelado. Ele era o mesmo céu da noite passada, mas, naquele momento, parecia outro completamente diferente. sentia a respiração de ao seu lado, tranquilo e compassado. Seria besteira pensar que ele pudesse estar se sentindo diferente dela, que não havia ali dentro de si, uma vontade, por menor que seja, de dar um passo maior do que suas pernas; mas se havia uma coisa que os dois haviam concordado, era de que queriam levar tudo a sério e de forma tranquila.
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  Ceder a uma paixão não os levaria a nada, e, principalmente para , queria que ela se apaixonasse de verdade por ele. Sabia do risco que sempre corria toda vez que se envolvia com uma garota. Elas eram atraídas por sua beleza e popularidade, e por causa disso nenhuma ficava. Mas não foi assim; ele quem se aproximou dela e tudo se encaixou magicamente.
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  Talvez fosse a magia de Jericoacoara. Ou talvez fosse o destino.
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  – Qual o seu sonho? – ele perguntou, após longos minutos com os dois em silêncio. – Tipo, o seu sonho para a vida.
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   ergueu os ombros.
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  – Na verdade, é bem comum. Quero trabalhar em uma empresa e chegar a um posto importante. Também quero me casar e ter pelo menos 2 filhos. Durante esse tempo, quero viajar muito e comer em restaurantes diferentes todo mês.
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   abriu um sorriso. Aí estava. O brilho nela que o cativou. Era, de fato, um sonho comum; parecia até fácil de ser realizado. Mas eles sabiam que não era fácil chegar a uma posição alta em uma empresa e ter uma vida saudável com viagens e bons restaurantes todos os meses ao mesmo tempo. Além disso, ter filhos era uma questão de sorte e programação ao mesmo tempo; para uma mulher com um trabalho em um posto tão alto, certamente era um desafio.
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  – E você?
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  Ele ergueu os ombros.
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  – Tem vezes que penso em abrir um negócio meu. Mas na maior parte do tempo sei que meu futuro já está escrito: vou me formar, ter um tempo para trabalhar em algumas empresas e então cuidar do negócio do meu pai.
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  – O que seu pai faz?
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  – Ele tem uma imobiliária. É bom em convencer os outros a comprar imóveis. – riu. – Ele sempre sabe o que é bom para todo mundo e dificilmente está errado, por isso é difícil ir contra a opinião dele, pois assim teremos que lutar para provar a ele que somos nós quem estamos certos.
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  – Mas qual o seu sonho? – ela perguntou com mais ênfase. – Não precisa fazer sentido, só precisa ser seu.
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  Aquilo era novo. Um tipo de pergunta chave que ele sempre se pegou pensando, mas que nunca havia tido coragem de se dedicar a dar a atenção. Talvez houvesse ali um medo de descobrir algo que ama e não ter, depois, a coragem de enfrentar seus pais para realizá-lo.
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  Mas sempre soube da resposta.
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  – Gosto de programação. Passaria horas na frente do computador. Sei mais códigos do que um aluno do segundo ano, disseram. Adoraria inventar sistemas que ajudasse a melhorar o mundo, ou ao menos criar um jogo revolucionário que pudesse ser vendido por alguns milhões de dólares.
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  – E por que você não faz?
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   olhou para ela e então abriu um sorriso.
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  – Você faz parecer fácil.
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  – Não vejo qual é a dificuldade de você sentar na frente do computador e digitar alguns códigos que você já tem decorado na sua cabeça.
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  – É preciso mais do que códigos – ele disse -, é preciso ter alguém bom em design e bastante tempo para fazer tudo.
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  – Hum…
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  Os dois permaneceram em silêncio, cada um preso nos próprios pensamentos. se mexeu, passando as duas pernas para apoiar nas de ; dessa forma, poderia se virar na direção do garoto, que a olhou e abriu um pequeno sorriso, esperando que ela tomasse a iniciativa de se aproximar dele.
  Mas, como em outras situações, ela decidiu surpreendê-lo com outra atitude.
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  – Acho que você consegue fazer isso. Acho que o problema não está em achar alguém para fazer um design ou ter tempo.
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  – Estamos em fase de vestibular, , estar aqui já é um milagre para todos nós.
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  – Você se esquece, , que sei mais sobre sua vida do que gostaria de admitir – ela o encara séria, o fazendo se sentir como se estivesse passando por um aparelho de raio-x. – Sei que você é um gênio.
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  – Gênio?
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  – É uma maneira respeitosa de chamar uma pessoa absurdamente inteligente de nerd ou…
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  – Você explica para um gênio o significado da palavra? – ele riu.
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  – Você está desviando do assunto.
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  O sorriso no rosto do garoto falhou. Era verdade. Ele estava, sim, fugindo do assunto. Porque o leu como ninguém havia feito antes. Anos de terapia e sua psicóloga não havia desvendado o motivo dele nunca ter problemas.
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  – Seu pai é tão rígido assim?
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  O olhar do jovem moveu para o céu ao mesmo tempo que seu peito doeu com o peso que sentiu. Odiava falar sobre o pai ou os irmãos mais velhos. Odiava entrar no assunto sobre seu futuro. Eles não faziam nada de mal; só possuíam expectativas que pesavam o mundo em seus ombros. O que fazia com que ele odiasse tanto o assunto, é porque odiava ver sua essência covarde.
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  , vendo a mudança na expressão do rosto de , percebeu que talvez ele não estivesse preparado para falar sobre algo tão íntimo com ela. Voltou a se mover na rede, aconchegando-se bem perto dele novamente e passou a encarar o céu.
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  – Eu nunca conheci a família da minha mãe.
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   a encarou. Não sabia aonde ela queria chegar com aquele assunto, mas estava aceitando qualquer coisa que não fosse seu medo de enfrentar seus pais.
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  – Até eu completar 16 anos no ano passado, minha mãe nunca falou para mim e minha irmã mais velha o motivo pela qual não termos convivência com a família dela. – após um breve silêncio, ela continuou: – Meus avós são dentistas. A irmã mais velha e o irmão mais novo da minha mãe também são dentistas. Meus bisavós e tataravós também foram dessa área. É a profissão da família por várias gerações, eles disseram. Só que minha mãe nunca quis fazer odontologia. Ela sempre quis mexer com flores, ter uma floricultura.
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  – Eles devem ter ficado furiosos.
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   concordou com a cabeça e apertou os lábios.
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  – Quando ela anunciou para os meus avós que não seguiria na odontologia, eles disseram que só iriam pagar o curso, se fosse o que eles queriam.
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  – E ela?
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  – Ela arranjou um emprego em uma floricultura e começou a juntar dinheiro. Um ano depois de ter se formado no colégio, meus avós viram que ela não iria seguir no ramo da odontologia. Então eles a deserdaram. A expulsaram de casa.
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  – É sério? – olhou para boquiaberto. Viu a garota confirmar com a cabeça. – Para onde ela foi?
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  – A dona da floricultura era uma senhora que ofereceu um quarto no andar de cima da loja. Morando lá, minha mãe podia trabalhar mais, então ela pagaria o aluguel trabalhando algumas horas a mais por dia. No meio disso, ela conheceu o meu pai. Ele estava indo para um encontro e esqueceu de levar algo para a moça; lembrou só quando estava na frente da floricultura, então acabou entrando. Foi amor à primeira vista.
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  – Seu pai se apaixonou pela sua mãe no caminho de um encontro com outra mulher? – riu e acabou o acompanhando.
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  – Bizarro, né? Ele acabou indo para o encontro, mas obviamente, com minha mãe na cabeça, acabou não dando certo. Ele saiu do encontro mais cedo e voltou correndo para convidar minha mãe para sair.
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  – Uau. Parece uma novela.
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  – Parece mesmo – riu. –, só que demorou para eles serem felizes. Meu pai é cinco anos mais velho que a minha mãe. Assim como a família dela, a dele é cheia de hábitos preconceituosos. Quando ele a apresentou para a família dele, meus avós foram contra.
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  – Por causa da idade?
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  – Porque ela era pobre.
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  – Ah. Mas se a família dela era famosa no ramo da odontologia…
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   balançou a cabeça.
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  – Ela jamais poderia contar com a família dela para ajudá-la. Então, meus pais acharam melhor apresentá-la dessa forma.
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  – Não vai me dizer que seus avós paternos…
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  – Chutaram meu pai? – riu. – Não, nunca. Tem toda uma questão de orgulho envolvida nisso. Além disso, contanto que minha mãe não os envergonhasse, eles podiam lidar com ela.
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  – Caramba.
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  – Mas isso mudou quando minha avó foi diagnosticada com câncer no pâncreas. É um câncer muito agressivo com uma porcentagem absurdamente baixa de sobrevivência; mas por conta da minha mãe e sua necessidade de cuidar da saúde, minha avó foi diagnosticada muito cedo, o que deu tempo para combater a doença e vencer. O processo foi complicado; eu e minha irmã mais velha já éramos nascidas e meu tio e minha tia não ajudaram muito. Foi minha mãe quem cuidou de tudo.
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  – Eles agora a respeitam então.
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  – Bem mais do que antes – sorriu. – Agora eles aparecem em casa uma vez por mês. Mas meus avós maternos não. Os irmãos da minha mãe também cortaram laços com ela. Quando encontramos alguém que conhece eles, acabamos sabendo de uma notícia ou outra, mas para todos minha mãe é a ovelha negra. Ela cometeu um pecado horrível e foi expulsa da família.
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  – Eles sabem o que aconteceu?
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   riu e balançou a cabeça.
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  – Que idiotas.
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  – Sim. No começo eu e a Yuri, minha irmã, ficávamos muito bravas com a hipocrisia das pessoas, mas então, um dia, minha mãe só olhou para nós e disse: não fiquem bravas, eles mal sabem que estou vivendo o meu sonho. E nós perguntamos se ela não sentia falta dos pais.
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  – O que ela respondeu?
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  – Ela perguntou se nós sentiríamos falta de alguém que nos fez sofrer.
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  Os dois se calaram, pensando na história da mãe de .
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  – Ela já tentou, várias vezes, falar com a família. Eles a tratam como se ela tivesse uma doença contagiosa. Quem sentiria falta de alguém que tem sempre a intenção de machucar? Se eles a amassem, teriam dado uma chance, como os meus avós paternos fizeram. Apesar de terem um preconceito, o amor pelo meu pai era maior, e estiveram lá no casamento dos dois, deram uma casa própria de presente e nunca faltaram em nenhum jantar que minha mãe preparou para eles. Acho que ela os ajudou a se tornarem seres humanos melhores, mas só conseguiu porque eles abriram o coração. Na minha opinião, há certos afastamentos que funcionam mais como um livramento. Minha mãe é muito mais feliz agora do que quando vivia com os pais dela. Eu provavelmente não existiria se ela não fosse tão corajosa.
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   não respondeu verbalmente, mas puxou para um abraço. Tê-la contando sobre um assunto íntimo de sua família só mostrou o quanto ela confiava nele. Viu na garota a coragem de se expor, enquanto ele permanecia preso em seus pensamentos, questionando a si se conseguiria suportar o resultado de admitir que não era forte o suficiente para encarar seu pai.
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  – Ninguém nunca está preparado para realizar algo importante. Às vezes a gente precisa só fazer e rezar para que dê certo.
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  – E se não der? – ele murmurou baixo.
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   olhou nos olhos do garoto e sorriu:
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  – Aí você tenta de novo, mas de uma maneira diferente.
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  – E se o tombo for muito grande?
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  – Então você olha ao seu redor e vê quem está estendendo a mão para te ajudar a se levantar. Você não precisa enfrentar tudo sozinho.
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  A sensação era de incerteza, mas o sentimento era gratificante. nunca fora tão incentivado a persistir em sua vida. Primeiro, porque sempre conquistou tudo com facilidade: tinha beleza e carisma, o combo perfeito para lidar com as pessoas. Segundo, porque era extremamente inteligente, por isso tinha facilidade com os estudos. Terceiro, sua família tinha grandes posses e influência em São Paulo, algo importante para abrir portas.
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  Só que era a primeira vez que ele queria fazer algo por si, e não para sua família. Toda vez que a vontade vinha, ele a descartava só de pensar em enfrentar seu pai.
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  Olhou para , que encarava um ponto qualquer ao redor dos dois. Com ela, havia uma segurança de que, mesmo dando errado, tudo daria certo. Ele não precisava enfrentar tudo sozinho… mas ele também não queria ter qualquer pessoa ao seu redor.
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  Ele queria ela.
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Capítulo 6

  – Amiga, eu te amo, mas às vezes você me faz querer gastar meu réu primário com você.
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   abriu a boca ofendida para , enquanto olhava para as duas com um sorriso no rosto, comendo silenciosamente o salgadinho que haviam comprado para deixar no quarto.
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  As três amigas estavam passando o tempo livre que havia no almoço do terceiro dia para colocarem o papo em dia.
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  – Você consegue ser mais dramática do que vilã morrendo, sabia?
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   fechou os olhos e colocou as mãos na cintura. Em seguida, deu as costas a e murmurou um palavrão, seguido de um pedido a algum ser inexistente.
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  – Você sabe o tanto que a gente se esforçou para não voltar para o quarto até o amanhecer? – olhou brava para . – Você podia pelo menos ter avisado que o quarto estava vazio!
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  – Ta, ta, . Vamos parar por aí, vai. – mexeu a mão de onde estava. – A já pediu um milhão de desculpas. Quem devia estar brava era eu, já que fui eu quem ficou sozinha escondida atrás de uma planta até as 5 da manhã.
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  – Desculpa, amiga – fez biquinho e foi abraçar a amiga, que a abraçou de volta. Depois, olhou séria para . – E onde você estava?
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   estalou a língua e soltou um meio riso.
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  – Fala… fala pra ela onde você estava, sua piranha.
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   limpou a garganta e ergueu o queixo, não querendo perder a moral que tinha.
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  – Foi o ? – arregalou os olhos. – Você dormiu com ele?
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  – Rá! Ainda fosse! – riu. – É sério, a capacidade dele de ser ágil em questões amorosas precisa ser estudada.
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  – Por quê?
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  A amiga fechou os olhos e balançou a cabeça.
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  – O cara é praticamente uma planta! Você conhece a ; quando ela quer, até um cego veria as intenções dela. Mas ele não fez nada.
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  – É muito lerdo – murmurou, brava.
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  – Espero que seja mesmo – disse. – Que moral você tem se ele não quisesse dormir contigo?
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  Após um grito, tacou o travesseiro de sua cama em , que começou a rir e tirar sarro dela.
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  – Então… – voltou a falar – se você não dormiu com … – arregalou os olhos e colocou a mão na boca, afastando somente para falar em um sussurro: – ?
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  – Não, ela beijou o apontou para , que olhou para cima.
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  – COMO É? – a excluída do trio berrou, olhando de uma para outra, perdida e ao mesmo tempo brava. – Quando? Como? Por quê? Você não morria de medo dele?
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   abriu a boca para falar, mas então a fechou. soltou uma risadinha e voltou a se sentar próxima de , dizendo:
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  – Ela tem medo dele, mas isso não se aplica ao contrário. Sabe aquela frase “me taca na parede e me chama de lagartixa?” – concordou boquiaberta. abriu um sorriso maroto e disse: – Pois é.
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  – Nãão!! – disse, chocada. – É sério? Forte assim?
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  – Ihhh, amiga. Seu beijo no beco com o foi superado com crédito pelo e a .
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  – Cala-a-boca! – riu e foi até a cama da amiga que a essa altura já se assemelhava a um pimentão, tamanha a vergonha. – Me contaaaaa! – chachoalhou a amiga. – Como foi?
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  – Foi… – limpou a garganta.
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  – Vergonhoso. – completou.
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  – Ahn? – olhou de uma para a outra. – Vergonhoso por quê?
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  – Porque sua amiga se jogou no álcool depois que viu o babaca do Lucas pegando uma garota qualquer aí. Sério, quem liga para um ex-rolo idiota quando o e o estão com a gente? – se sentou na cama de com as duas e ignorou o olhar feio da amiga enquanto olhava para e continuava a falar: – Aparentemente, a viu o Lucas no maior amasso com uma garota de outra escola e fez bom uso da carteirinha falsa. Ficou se lamentando por uns 10 minutos até o Lucas aparecer com a garota na festa; no momento em que ele olhou para a nossa mesa, o se levantou, puxou ela pela mão, levou para um canto nada discreto e tascou-lhe um beijão.
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  – Uaaaau! – disse, os olhos arregalados só de imaginar. – Mas por que foi vergonhoso?
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  – Você conta? – perguntou, só para fazer fechar os olhos e fingir uma ressaca terrível. – Na volta para a pousada, ela simplesmente vomitou no pé do . E ele estava de chinelo.
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  – Não! É sério, ?
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  – Ela precisa rever a tolerância ao álcool dela, já disse milhares de vezes.
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  – E ele?
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  – Ele… hum… – limpou a garganta, não se aguentando de tanta vergonha. – Ele terminou de me acompanhar e foi embora.
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  – Ele não falou nada?
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  – Nada.
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  Não era à toa que as amigas não estavam andando com ela pela manhã. Achou que elas estavam sem graça de ficar no pé deles, quando não eram do grupo, mas na verdade só estavam evitando um encontro com os amigos do que, a propósito, não haviam feito nada de errado.
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  – Você precisa se desculpar, . – disse. – A gente não pode ficar nessa situação. Precisamos andar juntas!
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  – Ela também não quer andar com o ! – apontou para , que coçou a nuca sem graça. – Não sou só eu quem precisa rever a quantidade de álcool. Ela ficou com o Bruno na frente do !
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  – É sério, ? – olhou para a amiga, mais uma vez chocada.
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  – Não só isso, ela sugeriu irem para um lugar mais tranquilo quando o estava praticamente do lado dela.
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  – Eu não sabia!
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  – Nós estávamos na mesa deles, !
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  A culpada fechou a boca e cruzou os braços.
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  – Você transou com o Bruno? – perguntou para a amiga, que limpou a garganta e assentiu. – Meu Deus… e eu tentando… ah… – fechou os olhos e massageou as têmporas.
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  No dia anterior mesmo estava pedindo a que segurasse seus amigos para que eles não machucassem suas melhores amigas. Na mesma noite, as duas, juntas, decidem aprontar exatamente com as pessoas que não deveriam.
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  – Nem eu quero mais andar com eles…
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  As três permaneceram caladas, cada uma com a própria culpa estampada no rosto. Ao fundo, o som de uma das monitoras chamando os alunos para se reunirem no hall foi ouvido e as três se entreolharam.
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  – Vocês vão ter que superar isso – disse, vendo as duas balançarem a cabeça, desesperadas. – A não tem como, mas … você precisa se desculpar com o .
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   fechou os olhos e fez um som de choro, se levantando contra a vontade para se arrumar.
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  – A conclusão que tivemos – murmurou –, é que você é a consciência responsável do grupo, . A gente – apontou para ela e – não pode sair sem você. – a outra garota concordou com a cabeça veemente. – Tipo, nunca.
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   suspirou, exausta. Sabia que seu papel agora era descobrir o que os amigos de estavam pensando sobre suas melhores amigas. Ou pior, teria que descobrir o que o estava pensando dela.
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  – Qual a probabilidade do ter problemas auditivos? – perguntou quando as três saíram do quarto.
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  – A mesma de você voltar para São Paulo sem ter beijado ele. – falou, recebendo um tapa forte de como resposta. – Isso… pode bater. Tenho certeza que dói menos que o olhar que vou receber do .
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  Com o desânimo de , parou de agredi-la. Poderia não ter chance de ficar com , mas pelo menos não teria que enfrentar um dos caras mais intimidadores que já conheceu.
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  – Honestamente – ela sussurrou para mais tarde, quando se aproximava de como um animal prestes a ser abatido –, eu acho que ele fez aquilo com ela para fazê-la se sentir melhor. Tipo… por qual razão ele a beijaria na frente do Lucas?
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   não respondeu, mas permaneceu pensando no assunto. Poderia ter uma opinião mais forte se tivesse presenciado a cena. As amigas tinham razão: sem ela, as duas pendiam à loucura. Talvez ela precisasse dar uma atenção maior às melhores amigas.
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  Mas havia um problema maior para ser resolvido. E esse parecia ser muito mais perigoso para ela do que não ter as amigas se envolvendo com os amigos de .
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  Nota da autora: Demorei, mas cheguei! As últimas semanas foram um caos e, para ajudar, enfrentei um pequeno bloqueio (que já resolvi!) que não deixou que eu escrevesse a história. Mas voltemos à programação normal! Espero que tenham gostado! Muito caos nesse capítulo, mas no próximo… hehehe 🔥🔥🔥

Continua…

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Liv
Liv
3 meses atrás
  — Desculpe atrapalhar o romance de vocês, garotas. —  se aproximou de nós com um sorriso que me deixou paralisada…" Read more »

Já tô adorando esse trio de milhões HAHAHAHA

Liv
Liv
3 meses atrás
  — Mas? — Me sentei ao seu lado com um olhar insistente.   — Não é nada relacionado a mulheres. —…" Read more »

Em primeiro lugar sempre, não quero o trio maravilha brigando por causa de macho não hehe

Liv
Liv
3 meses atrás

Naaaat, eu ainda não li o spin-off (não quero sofrer por agora), mas sei do que se trata e tô muito curiosa pra acompanhar essa aqui e saber como que eles se conheceram, além, claro, dos acontecimentos que levaram a outra fic. Já pode postar mais um capítulo, viu? Hehehehe

Lelen
Admin
3 meses atrás
  — Hum, não sabia que tínhamos visitas em casa. — Matt entrou de repente na sala de estudos.   — Essa deixou…" Read more »

Eu já amo o Snow <3

Lelen
Admin
3 meses atrás
  — Ha..ha.. O que estavam fazendo? — perguntou ele, se sentando ao lado de .   — Estávamos garantindo nossa ficha acadêmica. —…" Read more »

E o melhor: os cachorros gostam dele, se os bichinhos aceitam, quem sou eu pra dizer qualquer coisa kkkkkk

Lelen
Admin
3 meses atrás
  — , para com isso. —  me puxou para o canto do jardim. — Relaxa e se solta um pouco, esta…" Read more »

AMEI KKKKK

Lelen
Admin
3 meses atrás
  “As amigas estão mais unidas do que nunca.  e . Será que a história vai se repetir assim como as divas…" Read more »

Preparadas pra qualquer eventualidade HAHAHHA

Lelen
Admin
3 meses atrás
  — Mas? — Me sentei ao seu lado com um olhar insistente.   — Não é nada relacionado a mulheres. —…" Read more »

Eu jogo qualquer boy pra lá pelas amigas, tá? E isso inclui você, Wonwoo IANSDOIINASDOIANSD

Lelen
Admin
3 meses atrás

Eu aqui resolvi lena ordem original, então sou a bonita que vai ficar com Wonwoo SIM. E MAL POSSO ESPERAR PRA VER AS PARTICIPAÇÕES DO MEU HOMI NESSA HISTÓRIA HAHAHAHAHAHAH
Que venha att logo, amém

Liv
Liv
3 meses atrás
  — Acho que isso não vai funcionar. — Mesmo relutante, obedeci. — Estou assim por causa da , o que…" Read more »

Eu simplesmente adoro as amigas da pp e os seus comentários, sabe HAHAHAHA

Liv
Liv
3 meses atrás
  — Eu imagino, mas não deixaria de vir ao nosso baile, ainda mais porque fazemos aniversário no mesmo mês —…" Read more »

amiga, meia noite te conto um segredo KKKKKKKKKK

Liv
Liv
3 meses atrás
  — Eu acho admirável a troca de amores entre vocês duas, mas como fazem para ficarem assim mais lindas do…" Read more »

adoro uma pessoa sensata

Liv
Liv
3 meses atrás
  — Como assim? — Eu o olhei meio decepcionada. — Por favor, diga agora.   — Vou te deixar ainda mais…" Read more »

espero que a pp e a jaque sejam amigas hihi

Liv
Liv
3 meses atrás
  — Por que teria ciúmes deles? — Me fiz de indiferente. — é minha melhor amiga.   — Se pensa assim.…" Read more »

Jaque tem um ponto, sabe

Liv
Liv
3 meses atrás

Nat, pode mandar mais atualização!!! Não ligo de ler capítulos grandes hehehe
Mas tô mega curiosa pra essa bomba, o que será que vem aí? Acho que possa ser relacionado ao PP, porém, não vou criar muitas expectativas pq não quero sofrer, sabe KKKKKKKK
Só espero que a PP não sofra tanto assim, tadinha (fingindo que não tem o spin-off para ler ainda, apesar de saber do sofrimento que me causará HAHAHAHA)

Lelen
Admin
3 meses atrás
  Faltando uma semana para sua entrada oficial para sociedade, nossa Mistery Queen recebe uma ligação de impacto que a faz…" Read more »

EU RI OASMPAOSPAS

Lelen
Admin
3 meses atrás
  — Eu imagino, mas não deixaria de vir ao nosso baile, ainda mais porque fazemos aniversário no mesmo mês —…" Read more »

“Jericoacoara”… eu acho super difícil decorar essa palavra KKKKKKKK

Lelen
Admin
3 meses atrás
  — Está falando do Matt? — perguntei ansiosa, queria mesmo que os dois avançassem.   — Bem, eu e o Matt…" Read more »

ooooi, quiridoooo

Lelen
Admin
3 meses atrás
  — Eu acho que poderíamos ter voltado antes — comentei ao entrarmos porta a dentro retirando os sapatos. — Nunca…" Read more »

E ADIVINHA QUEM VAI VIVER UM AMOR??

Lelen
Admin
3 meses atrás

COMO ASSIM, VAI TER UMA BOMBA NO PRÓXIMO CAPÍTULO E NÃO TEM PRÓXIMO CAPÍTULO AQUI AINDA? SENHORA?
Eu nem me coloquei como principal, mas tô amando mesmo assim, é até mais gostoso? Ver a evolução e tal, dá um orgulhinho HAHHAHAH
MIMDÊ MAIS ATT, NOW!

Liv
Liv
3 meses atrás

amiga, te falar, ele vai te achar cedo ou tarde kkkkkkkkk

Liv
Liv
3 meses atrás

que mina chata, meu deus

Liv
Liv
3 meses atrás

nunca, fofo. a menos que tu mereça KKKKKKK

Liv
Liv
3 meses atrás

vamos hehehehe

Liv
Liv
3 meses atrás

a gata foi preparada mesmo, né?

Liv
Liv
3 meses atrás

somos duas kkkkkkkkk

Liv
Liv
3 meses atrás

QUE BABADO, MEU DEUS

Liv
Liv
3 meses atrás

licença, chatas. ele quer curtir a viagem comigo, bjs

Liv
Liv
3 meses atrás

eu shippo muito, af

Liv
Liv
3 meses atrás

eu tô surtando um pouco, talvez muito? aaaaaaa

Liv
Liv
3 meses atrás

fui com deus, bjs

Liv
Liv
3 meses atrás

Nat, pague a minha terapia HAHAHAHA
Que capítulo foi esse? Sério, eu nunca shippei duas pessoas tão rápido assim, foi um capítulo fofo demais, meu deus.
Já pode atualizar, viu?

Lelen
Admin
2 meses atrás

Ai, amo essa coisa de fingir namoro <3

Lelen
Admin
2 meses atrás

Sinta minha revirada de olhos, senhor

Lelen
Admin
2 meses atrás

Amigo, eu não lembro o nome e nem o rosto da pessoa que eu acabei de falar, parabéns pela habilidade HAHOISABOISBOAS

Lelen
Admin
2 meses atrás

Olha, quando conheci Seventeen eu não ia com a cara do Mingyu, mas agora que ele é o principal daqui, as coisas estão melhorando porque ele é fofo HAHAHAH
Esperando att pra ver se Wonwoo dá o ar da graça HAHAHAHHAHA

Liv
Liv
2 meses atrás

imagina ser bombardeada de perguntas do nada, deu até um cansaço só de pensar boa sorte pra pp

Liv
Liv
2 meses atrás

eu amo uma amizade

Liv
Liv
2 meses atrás

a gata preparada

Liv
Liv
2 meses atrás

HAHAHAHAHAHA pode deixar que eu apresento, amiga (e me apresento também hehehehe)

Liv
Liv
2 meses atrás

eu não teria paciência pra ficar com alguém popular, mt trabalho KKKKKKKKKKK

Liv
Liv
2 meses atrás

ele é atacante mesmo, né

Liv
Liv
2 meses atrás

adorei os amigos do bofe

Liv
Liv
2 meses atrás

amoooo desenrolar os bofes pras amigas até nas fics hahahaha

Liv
Liv
2 meses atrás

ATACANTE!!!!!! amo um bofe cadelinha hihihi

Liv
Liv
2 meses atrás

HEHEHEEHEHE TOMA

Liv
Liv
2 meses atrás

que mina chata do caralho, meu deus
vai embora que ninguém te quer aqui

Liv
Liv
2 meses atrás

isso aqui foi de 0 a 100 MUITO rápido. e eu adoro hehehehehe

Liv
Liv
2 meses atrás

concordo

Liv
Liv
2 meses atrás

achei fofo


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