Notas do Destino
Capítulo um
A luz da manhã iluminava o pequeno quarto da Universidade que eu dividia com , quando me sentei na cama ela já estava de pé, ajeitando os brincos nas orelhas enquanto me encaravam. Eu sorri e balancei a cabeça:
— Porque você acorda tão cedo mesmo quando não temos nenhuma aula?
soltou uma risada suave, dando o último ajuste nos brincos e se virando para me encarar.
— Porque eu gosto de aproveitar o dia, . — ela respondeu, sorrindo. — E você devia fazer o mesmo, sabia? Já estamos na Coreia há seis meses e você ainda não conheceu metade dos lugares incríveis daqui.
Revirei os olhos, me espreguiçando na cama.
— E você quer que eu comece por onde? — perguntei, levantando e jogando os cabelos para trás.
— Bom, hoje eu vou para aquele café novo perto do rio Han. Dizem que tem a melhor vista de Seul! — respondeu animada. — Quer vir comigo?
Hesitei por um instante, tentando esconder minha ansiedade. Meus pensamentos estavam voltados para o show de hoje à noite. Era minha chance de ver o ATEEZ de perto pela primeira vez, um sonho que eu carregava desde que descobri a música deles.
— Vou ter que passar. Tenho que terminar umas leituras e… — comecei a inventar uma desculpa, mas me interrompeu, erguendo uma sobrancelha.
— Leituras? , hoje é o show do ATEEZ! Achei que você estaria nervosa demais para se concentrar em qualquer coisa — provocou ela, rindo. — Aliás, você decidiu o que vai vestir?
Mordi o lábio, tentando disfarçar o nervosismo que crescia. Claro que estava nervosa, mas admiti-lo parecia dar ainda mais força àquele turbilhão de emoções.
— Pensei em algo simples. Nada que chame muito a atenção, sabe? — respondi, sem muita convicção.
balançou a cabeça, rindo.
— “Nada que chame a atenção”? Você vai conhecer o seu futuro marido, ! — ela brincou, revirando meu guarda-roupa com rapidez.
Ri da bobagem, tentando não mostrar o quanto as palavras dela faziam meu coração disparar. sempre exagerava, mas eu sabia que no fundo ela queria me ver realizada.
— Vai lá, se arruma! — disse, já pegando um vestido leve, de um tom azul que me caía bem. — Você nunca sabe o que pode acontecer.
Sorri agradecida e peguei o vestido de suas mãos. À medida que eu o segurava contra o corpo, meu reflexo no espelho me encarava com olhos reluzentes e nervosos. Talvez estivesse certa… e talvez eu estivesse apenas tentando controlar o que era impossível de prever.
olhou para o relógio em seu pulso e franziu o cenho.
— Eu preciso ir agora, senão vou perder o ônibus — ela disse, apressada, mas com um brilho carinhoso nos olhos.
Quando me aproximei para acompanhá-la até a porta, largou sua bolsa por um instante e me envolveu em um abraço apertado. Senti seu perfume suave e a familiaridade de sua presença, e quase consegui relaxar por um momento.
— , se eu não conseguir voltar a tempo para te ver antes de você sair para o show… — começou, afastando-se apenas o suficiente para me encarar nos olhos. — Eu só quero que você saiba que eu desejo que esse seja um dos melhores dias da sua vida.
Eu sorri, sentindo um calor acolhedor no peito.
— Você merece viver esse sonho, ouvir suas músicas favoritas ao vivo e, quem sabe, receber um olhar especial do seu bias — ela continuou, dando-me uma piscadela animada. — Então, se jogue de cabeça e aproveite cada momento. Não pense demais, só viva!
— Vou tentar, — murmurei, engolindo a emoção.
Ela me deu um último aperto e recuou, pegando a bolsa.
— Agora, vá arrasar hoje à noite! E, se conseguir alguma coisa incrível, me mande mensagem na mesma hora! — completou com um sorriso largo antes de sair, acenando rapidamente.
A porta se fechou e o quarto ficou em um silêncio quase ensurdecedor. Por um instante, senti um vazio pela ausência de , mas também uma expectativa que crescia, me dando coragem para o que viria a seguir.
***
Eu aproveitei para ir até o pequeno banheiro que tínhamos no quarto para fazer minha higiene matinal e então me encarei no reflexo do pequeno espelho. O rosto que eu via parecia o mesmo de seis meses atrás, mas por dentro, muita coisa havia mudado.
Quando decidi vir para a Coreia como intercambista, pensei que seria uma aventura emocionante e repleta de descobertas, e realmente foi. No entanto, a realidade me pegou desprevenida. Os primeiros meses foram desafiadores: a língua, os costumes, as pessoas, tudo parecia girar ao meu redor em uma velocidade que eu não conseguia acompanhar. Senti falta de casa, da minha família, das ruas familiares da minha cidade na Itália e até das conversas despreocupadas com meus amigos de lá.
Mas, aos poucos, comecei a encontrar pequenas coisas que me faziam sentir acolhida. , por exemplo, foi um verdadeiro presente; sua energia e entusiasmo eram contagiantes, e ela logo se tornou mais do que uma colega de quarto, era quase uma irmã. A universidade também começou a fazer mais sentido com o tempo, e minhas tardes na biblioteca se tornaram momentos de conforto em meio à agitação da cidade.
E, é claro, havia o ATEEZ. Desde que descobri a banda, suas músicas se tornaram minha trilha sonora, algo que me conectava a esse novo lugar. Nos dias em que eu me sentia perdida ou deslocada, colocava meus fones de ouvido, aumentava o volume e deixava que suas vozes e melodias me lembrassem por que eu estava ali. Era estranho pensar que, do outro lado do mundo, pessoas que nem sabiam da minha existência conseguiam me fazer sentir um pouco mais em casa.
Encarei meu próprio olhar refletido, e percebi que havia uma determinação nova nos meus olhos, algo que antes eu não reconhecia. Vir para a Coreia havia sido uma das decisões mais difíceis da minha vida, mas também a mais transformadora. Eu estava crescendo, aprendendo, me arriscando, mesmo que isso me assustasse.
Suspirei e fechei a torneira, dando uma última olhada para mim mesma antes de sair do banheiro. Hoje, eu teria uma chance de viver algo que sempre imaginei. E talvez, só talvez, esse novo capítulo na minha vida estivesse apenas começando.
Capítulo Dois
Depois de terminar minha rotina no banheiro, enrolei a toalha ao redor do corpo e me joguei na cama, sentindo o tecido macio das cobertas contra minha pele ainda úmida. O quarto estava tranquilo, e pela primeira vez naquela manhã, consegui respirar fundo e relaxar. Peguei meu celular na mesa de cabeceira e desbloqueei a tela, vendo as notificações de mensagens.
Havia uma conversa aberta com minha mãe, então decidi mandar uma mensagem para atualizá-la sobre o dia.
: Buongiorno, mamma! Come stai oggi?
(Bom dia, mãe! Como você está hoje?)
Alguns segundos depois, as bolinhas indicando que ela estava digitando apareceram, seguidas por sua resposta rápida e calorosa:
Mamma: Buongiorno, tesoro! Sto bene, e tu? Pronta per il concerto?
(Bom dia, querida! Estou bem, e você? Pronta para o show?)
Eu sorri, imaginando o entusiasmo dela ao perguntar. Mesmo de longe, minha mãe sempre foi minha maior incentivadora, mesmo que ela não entendesse completamente minha paixão por música coreana.
: Sì, sono emozionata! Non vedo l’ora. Ma sono anche un po’ nervosa, non so perché.
(Sim, estou animada! Mal posso esperar. Mas também estou um pouco nervosa, não sei por quê.)
Ela respondeu quase imediatamente, como se estivesse esperando uma chance para me tranquilizar:
Mamma: È normale, tesoro. Questo è un momento speciale per te. Vivi tutto con il cuore aperto e goditi ogni secondo.
(É normal, querida. Este é um momento especial para você. Viva tudo de coração aberto e aproveite cada segundo.)
Suspirei, sentindo uma onda de calma se espalhar pelo meu corpo. Minha mãe sempre soube o que dizer.
: Grazie, mamma. Ti scriverò tutto dopo.
(Obrigada, mãe. Vou te contar tudo depois.)
Mamma: Va bene. Ti voglio bene.
(Tudo bem. Te amo.)
: Anch’io ti voglio bene.
(Também te amo.)
Coloquei o celular ao lado e fechei os olhos por alguns segundos, tentando absorver a tranquilidade daquela troca. Era reconfortante saber que, apesar da distância, minha mãe sempre estava ali, me apoiando.
Abri os olhos e olhei para o relógio. Ainda havia tempo antes de me arrumar completamente, mas a ansiedade começava a crescer em mim. Hoje não era um dia comum, e eu sabia que algo especial me esperava, mesmo sem saber exatamente o quê.
Depois de alguns minutos de pura tranquilidade, decidi que era hora de começar a me arrumar. Levantei da cama, ainda enrolada na toalha, e caminhei até o guarda-roupa. Com cuidado, puxei o cabide que havia separado na noite anterior: uma saia preta de tecido leve que caía suavemente sobre as pernas, uma blusa cropped branca com detalhes de renda e um casaco jeans oversized. Era confortável e estiloso, perfeito para o show, e não tão quente para suportar a multidão que me esperava.
Vesti-me lentamente, ajustando cada peça para que ficasse perfeita. Olhei-me no espelho pequeno do quarto, inclinando a cabeça para os lados. O visual estava simples, mas eu gostava assim. Penteei meu cabelo e deixei-o solto, seus fios lisos caindo de forma elegante sobre os ombros. Era simples e natural, do jeito que eu gostava, sem a necessidade de muito esforço. Decidi não exagerar na maquiagem — apenas um delineado leve, um pouco de máscara de cílios e um batom nude que destacava meus lábios.
Depois de pronta, voltei para a cama e peguei minha bolsa, esvaziando seu conteúdo sobre o colchão para ter certeza de que não esqueceria nada. Era um ritual quase automático: conferi o ingresso para o show, guardado em um envelope especial; o passe de transporte, devidamente carregado; e meu celular com o carregador portátil, essencial para o dia inteiro fora.
Adicionei também uma garrafa de água, alguns lanches pequenos e um pacote de lenços de papel. Por fim, coloquei uma pequena bandeira da Itália dobrada com cuidado no bolso da bolsa, algo que sempre levava comigo em ocasiões especiais. Para mim, era como uma forma de carregar um pedaço de casa, mesmo estando tão longe.
Quando terminei, fechei a bolsa com um sorriso satisfeito e a pendurei no ombro. Dei uma última olhada pelo quarto, tentando lembrar se havia deixado algo para trás, mas parecia que tudo estava sob controle. Meu coração já começava a bater mais rápido, uma mistura de expectativa e nervosismo.
Hoje seria um dia inesquecível, e eu estava pronta para vivê-lo.
***
Depois de me vestir, sentei-me diante do pequeno espelho sobre a mesa para fazer minha maquiagem. Escolhi uma base leve para uniformizar a pele, seguida de um blush suave que dava um ar saudável ao meu rosto. Passei um delineador preto com precisão, realçando meus olhos, e finalizei com uma camada de máscara de cílios que alongava os fios. Para os lábios, optei por um gloss cor de pêssego, que complementava o visual sem chamar muita atenção.
Enquanto guardava os produtos de volta na nécessaire, ouvi a porta do quarto se abrir. entrou carregando duas sacolas grandes, e um sorriso animado estampava seu rosto.
— Voltei! — ela anunciou, colocando as sacolas na mesa ao lado da entrada. — Comprei algumas coisas que você vai adorar.
— O que você trouxe? — perguntei, curiosa, enquanto me levantava para dar uma olhada.
puxou de uma das sacolas um pequeno chaveiro com o logo do ATEEZ e o balançou no ar.
— Não pude resistir quando vi isso. Achei que seria perfeito para você hoje.
Eu ri, pegando o chaveiro de suas mãos e o observando com cuidado.
— É muito fofo! Obrigada, .
— Tem mais — ela continuou, tirando um pacote de snacks coreanos. — Para você levar e não passar fome na fila. Sei que vai ser um longo dia.
Meu sorriso se alargou. sempre pensava nos pequenos detalhes, algo que eu apreciava muito.
Ela se aproximou, me puxando para um abraço apertado e disse com a voz cheia de emoção:
— Se eu não te encontrar antes de você ir para a fila, quero que saiba que desejo que esse seja um dos melhores dias da sua vida. Aproveite cada momento, . Você merece.
Eu a abracei de volta, sentindo meus olhos ficarem levemente úmidos com o carinho dela.
— Obrigada, . Prometo que vou aproveitar.
Ela se afastou, sorrindo.
— E agora, me conta: como você está se sentindo? Nervosa, animada…?
— Um pouco dos dois, para ser honesta. Ainda parece um sonho que eu vou ver o ATEEZ ao vivo.
deu uma risadinha e começou a organizar suas compras enquanto eu terminava de preparar minhas coisas. O dia já estava começando de uma maneira especial, e meu coração batia mais rápido com a expectativa do que estava por vir.
começou a ajeitar o restante das sacolas sobre sua cama, organizando tudo com cuidado enquanto eu guardava o chaveiro na bolsa, já imaginando como ele ficaria preso ao zíper.
— Vou tomar um banho rápido — disse , pegando uma toalha e um conjunto de roupas limpas. — Mas me espera, tá? Quero que a gente almoce juntas antes de você ir para a fila.
Eu sorri, balançando a cabeça em concordância.
— Claro, sem problemas. Ainda temos tempo.
Ela deu um sorriso satisfeito antes de entrar no banheiro, fechando a porta atrás de si. Enquanto a água do chuveiro começava a correr, aproveitei para revisar mais uma vez minha bolsa, garantindo que tudo estivesse no lugar.
Depois, sentei-me na cama e peguei o celular, navegando rapidamente pelas redes sociais para passar o tempo. Vários posts de outros fãs do ATEEZ já enchiam a timeline, todos empolgados para o show de logo mais. A energia era contagiante, e meu coração batia mais rápido a cada vez que pensava no momento em que estaria lá, no meio da multidão, vivendo um dos maiores sonhos da minha vida.
De tempos em tempos, lançava um olhar para a porta do banheiro, ouvindo cantarolar alguma música que eu não conseguia identificar. Era um hábito dela, e eu sempre achava engraçado o quanto ela parecia relaxada mesmo nos momentos mais simples.
“Isso vai ser perfeito,” pensei comigo mesma, enquanto o dia se desenrolava de forma quase mágica.
***
Poucos minutos depois, saiu do banheiro já vestida com uma roupa casual e confortável, enquanto secava os cabelos com uma toalha.
— Você está praticamente pronta, né? — ela perguntou, lançando um olhar na minha direção enquanto se sentava na beira da cama para calçar os tênis.
— Só conferindo as coisas mais uma vez — respondi, abrindo a bolsa mais uma vez para garantir que tudo estivesse no lugar.
Enquanto passava os olhos pelos itens, lembrei-me do chaveiro que havia me dado. Sorri ao pegá-lo e o prendi ao zíper principal da bolsa, onde ficou balançando alegremente.
— Ficou perfeito aqui — disse, levantando a bolsa para mostrar a ela.
— Sabia que ia combinar! — respondeu com um sorriso, satisfeita. — Agora, só falta você garantir que ele traga sorte no show de hoje.
Eu ri, balançando a cabeça.
— Vamos ver.
começou a passar uma escova pelos cabelos úmidos, murmurando algo sobre o clima lá fora e sobre as filas gigantes que provavelmente já estavam se formando no local do show. Enquanto isso, eu fechei a bolsa com cuidado e a coloquei sobre o ombro, sentindo-me cada vez mais pronta para o grande momento.
— Pronto, agora é só almoçar, e você estará oficialmente preparada para viver o dia mais épico de todos — disse, levantando-se e ajeitando a roupa.
— Então vamos. Estou morrendo de fome — respondi, tentando ignorar o nervosismo que começava a se acumular no fundo do estômago.
Ela sorriu e acenou para que eu a seguisse. Peguei minha bolsa e saímos juntas do quarto, descendo as escadas da universidade em direção à rua. O plano era almoçarmos em um pequeno restaurante próximo, onde costumávamos ir quando queríamos algo diferente da comida do refeitório.
O sol brilhava com força, e a brisa leve fazia as árvores ao redor balançarem suavemente. caminhava ao meu lado, animada, enquanto conversávamos sobre o que pediríamos e sobre o dia cheio que eu tinha pela frente. Cada passo me aproximava do que prometia ser um dos dias mais marcantes da minha vida.
***
No restaurante, sentamos em uma mesa próxima à janela, onde a luz do sol iluminava delicadamente o ambiente. analisava o cardápio como se fosse sua primeira vez ali, mesmo já sabendo de cor o que o lugar oferecia.
— Acho que vou de bibimbap hoje — ela decidiu, fechando o menu. — E você?
— Vou no clássico kimchi jjigae. Preciso de algo que me dê energia para aguentar a fila.
Depois de fazermos os pedidos, começamos a conversar sobre o show.
— Você deve estar explodindo de ansiedade, né? — perguntou, apoiando o queixo nas mãos enquanto me observava com um sorriso divertido.
— Ansiedade é pouco — admiti, rindo. — Eu ainda não acredito que vou ver o Wooyoung e os outros ao vivo. Parece surreal.
— Tenho certeza de que vai ser incrível. Mas, honestamente, quero saber de outra coisa… E se, por acaso, ele te notar?
Eu ri, balançando a cabeça.
— , por favor. Ele nem vai me enxergar no meio de tanta gente.
— Nunca diga nunca! — Ela piscou, maliciosa.
Mudamos o rumo da conversa para a vida na Coreia, algo que sempre parecia inesgotável. Falamos sobre como eu tinha me adaptado à cultura, os lugares que já tinha visitado e as comidas que mais gostava. , que era coreana, sempre ria das minhas tentativas desajeitadas de falar algumas expressões locais, mas também elogiava meu esforço em aprender.
Quando o almoço chegou, comemos com calma, aproveitando cada momento. Eu sabia que esse seria um dos últimos momentos tranquilos antes da longa espera na fila e da agitação do show.
Assim que terminamos, pediu a conta, insistindo em pagar.
— Considere isso um presente para te dar sorte hoje — disse, sorrindo enquanto guardava a carteira.
Saímos do restaurante e caminhamos em direção à estação de metrô mais próxima. A rua estava movimentada, cheia de pessoas apressadas indo e vindo, e o clima de ansiedade em meu peito crescia a cada passo.
Ao chegarmos à entrada da estação, me puxou para um abraço apertado.
— Boa sorte, . Divirta-se e aproveite cada segundo. Quero todos os detalhes depois!
— Obrigada, . Te conto tudo, prometo.
Ela acenou enquanto eu descia as escadas da estação, meu coração batendo rápido com a expectativa. O show ainda estava a algumas horas de distância, mas eu já podia sentir que algo especial estava prestes a acontecer.
O trajeto de metrô até o local do show foi uma mistura de nervosismo e excitação. O vagão estava cheio, mas por sorte consegui um assento depois de algumas paradas. Enquanto o trem se movia, observei pela janela as paisagens urbanas da cidade, com seus prédios altos e letreiros coloridos, que pareciam ganhar vida sob a luz do início da tarde.
Ao meu redor, algumas pessoas também pareciam estar a caminho do show, vestindo camisetas com o logo do ATEEZ ou segurando lightsticks brilhantes. Troquei sorrisos tímidos com uma garota ao meu lado, que usava uma mochila cheia de pins com os rostos dos integrantes do grupo.
Quando finalmente desci na estação próxima ao local, a atmosfera já era diferente. A energia era palpável, com grupos de fãs caminhando juntos, conversando animadamente e segurando banners e cartazes. Segui o fluxo de pessoas até avistar a enorme arena onde o show aconteceria, o coração batendo cada vez mais rápido.
Ao chegar, a fila já se formava, serpenteando ao redor do quarteirão. Apesar da espera que me aguardava, a empolgação no ar era contagiante. Respirei fundo, ajustei minha bolsa no ombro e me preparei para o que prometia ser um dos dias mais inesquecíveis da minha vida.
***
Na fila, a espera parecia tanto longa quanto curta, como se o tempo fosse brincando com minha paciência. O som de risadas e conversas animadas preenchia o ar, tornando impossível ignorar o entusiasmo coletivo que nos unia ali. Eu estava cercada por fãs que, assim como eu, compartilhavam a mesma paixão.
Uma garota ao meu lado puxou assunto ao notar o lightstick na minha mão.
— É a sua primeira vez vendo o ATEEZ? — ela perguntou, os olhos brilhando.
— Sim — respondi, sorrindo. — E você?
— Segunda vez! Eles são incríveis ao vivo. Você vai amar!
A conversa fluía naturalmente, e logo outras pessoas ao nosso redor se juntaram. Falamos sobre nossas músicas favoritas, discutimos teorias sobre o setlist e rimos de memes que só os fãs entenderiam.
Em meio à interação, observei meu próprio lightstick, que estava seguro em minhas mãos. O brilho suave do objeto simbolizava mais do que uma simples decoração; era como um lembrete físico de tudo o que eu sentia por aquele grupo. Passava os dedos sobre os detalhes do design, imaginando como seria ver o oceano de luzes acesas dentro da arena.
De tempos em tempos, a ansiedade se infiltrava em minha mente. Eu mexia na bolsa, conferindo os ingressos e os itens que havia trazido, temendo ter esquecido algo importante. Mas, sempre que a inquietação me dominava, o entusiasmo das pessoas ao meu redor me puxava de volta para a euforia do momento.
O sol ia baixando lentamente, e a fila avançava em passos pequenos, mas constantes. Cada movimento nos aproximava do momento pelo qual todas havíamos esperado, e a expectativa era quase tangível. Enquanto me envolvia nas conversas e observava a movimentação ao redor, não conseguia evitar a sensação de que aquele dia era só o começo de algo muito maior.
***
O momento de entrar na arena finalmente chegou, e meu coração batia tão rápido que parecia ecoar em meus ouvidos. Mostrei meu ingresso na entrada, onde uma funcionária uniformizada escaneou o código e me entregou um folheto com instruções e um mapa do local.
— Assento marcado? — perguntei, apenas para ter certeza.
— Sim, sua seção está indicada aqui — respondeu a funcionária, apontando para o número destacado no papel.
Segui as placas e os fluxos de pessoas até o corredor indicado, o entusiasmo crescendo a cada passo. Ao entrar na área principal da arena, precisei de alguns segundos para absorver o cenário diante de mim. O espaço era imenso, mas ao mesmo tempo acolhedor, como se a energia de cada fã já estivesse enchendo o lugar antes mesmo do início do show.
Um atendente me acompanhou até o meu assento, que ficava incrivelmente perto do palco. Meu coração quase parou ao perceber a proximidade. O palco era enorme, mas parecia ainda mais grandioso com as luzes que dançavam suavemente, iluminando os detalhes da estrutura. As grades e escadas que eu reconhecia dos vídeos de shows anteriores estavam ali, quase ao alcance dos meus olhos.
Sentei-me, ajustando a bolsa no colo e segurando meu lightstick com força, como se fosse meu amuleto para aquela noite. Olhei ao redor, observando as pessoas chegando e se acomodando. O burburinho das vozes, os flashes das câmeras e o som de passos apressados criavam uma trilha sonora caótica e mágica.
O palco parecia um portal para outro mundo, e eu sabia que, quando as luzes se apagassem e os primeiros acordes ecoassem, nada mais importaria. Ajustei-me na cadeira, respirei fundo e, por um momento, apenas sorri, maravilhada com a ideia de que aquele sonho estava prestes a se tornar realidade.
***
A ansiedade se misturava com a euforia enquanto eu esperava pelo início do show. Ao meu redor, a energia era contagiante. Algumas fãs próximas puxaram assunto, e logo estávamos comentando sobre as músicas que mais esperávamos ouvir e sobre os momentos icônicos de shows anteriores.
— Qual é a sua música favorita? — perguntou uma garota com um lightstick decorado com fitas brilhantes.
— Difícil escolher, mas acho que é “Say My Name” — respondi, sorrindo.
— Ótima escolha! Espero que toquem hoje — disse ela, animada.
Entre risadas e histórias compartilhadas, o tempo parecia passar mais rápido. Para tentar conter a ansiedade, me levantei algumas vezes para dançar ao som das músicas que tocavam enquanto os telões exibiam clipes e teasers do grupo. Algumas fãs me acompanharam, e logo estávamos criando uma pequena festa improvisada em nossos lugares.
Também aproveitei para comer alguns snacks que havia me dado e estavam na bolsa. Um pacote de biscoitos e uma garrafa de água me ajudaram a manter a energia enquanto a tarde se transformava lentamente em noite. Olhei para o palco várias vezes, quase como se esperasse que, a qualquer momento, o grupo surgisse ali por mágica.
Conforme o céu escurecia e as luzes da arena começavam a se destacar, o burburinho de vozes crescia em volume. Era como se todos soubessem que o momento estava se aproximando. Fãs ao meu redor seguravam firmemente seus lightsticks, e algumas tiravam fotos ou gravavam vídeos para registrar a atmosfera antes do show começar.
A cada minuto que passava, meu coração batia mais rápido. O anúncio de que o espetáculo estava prestes a começar ecoou pelos alto-falantes, arrancando gritos de empolgação de todos os cantos. Ajustei-me no assento, segurando meu lightstick com mais força. A hora havia chegado, e eu estava pronta para viver o que, com certeza, seria uma das experiências mais incríveis da minha vida.
Capítulo Três
Assim que os anúncios de segurança do estádio acabaram e a gritaria ao meu redor ficou ainda mais alta, eu me levantei, erguendo a cabeça para conseguir ter uma visão ainda melhor do palco, apesar de estar extremamente perto do mesmo e da passarela. Meu coração batia em um ritmo tão frenético que eu achei que poderia rasgar a camiseta e sair pulando estádio a fora.
As luzes se apagaram instantaneamente e então eu segurei a lightstick próxima á meu peito, tentando acalmar meu coração, mas o que veio a seguir só fez ele acelerar ainda mais.
Um estrondo reverberou por todo o estádio, como um trovão cortando o céu. O telão se acendeu com a introdução do show, e os gritos ao meu redor se intensificaram tanto que parecia impossível que algo pudesse ser mais alto—até que a primeira batida da música ecoou pelos alto-falantes, fazendo o chão vibrar sob meus pés.
Meu corpo inteiro se arrepiou quando luzes vermelhas e azuis começaram a piscar em sincronia com a batida. O logo do brilhou no telão, e naquele instante, nada mais no mundo existia além daquele momento.
E então, eles apareceram.
Um por um, os integrantes surgiram no palco, silhuetas perfeitamente recortadas contra as luzes intensas. Meu grito morreu na garganta por um segundo, substituído por uma sensação de incredulidade pura. Eles estavam ali, de verdade, bem diante dos meus olhos.
A música explodiu, e a arena inteira se transformou em um mar de luzes dançantes. Cada movimento deles no palco era feroz, carregado de energia bruta, e eu mal sabia para onde olhar. Meus olhos saltavam de um integrante para o outro, até que, inevitavelmente, encontrei aquele que fazia meu coração bater ainda mais forte: .
Ele estava ainda mais deslumbrante ao vivo, se movendo com uma intensidade hipnotizante, como se o palco fosse uma extensão natural de seu corpo. Seu olhar era afiado, sua presença arrebatadora. Meu peito se apertou quando ele passou pela passarela, perto o suficiente para que eu enxergasse até as gotas de suor escorrendo por sua têmpora.
Minhas mãos tremiam ao segurar a lightstick, seguindo o ritmo da música sem nem perceber. Pulei, cantei, gritei até minha voz falhar. O coração parecia pequeno demais para conter tudo o que eu sentia naquele momento. Era surreal. Inacreditável.
Cada música parecia carregar uma nova onda de emoção, e eu me deixei levar completamente, sem medo de parecer exagerada. Afinal, aquele era o momento pelo qual eu havia esperado tanto. E eu faria cada segundo valer a pena.
***
Tremendo de emoção, deslizei a mão até minha bolsa e peguei o celular, desbloqueando-o rapidamente para gravar alguns momentos. A câmera tremia levemente, não só por causa da empolgação que tomava conta do meu corpo, mas também pelo impacto da música e dos gritos ensurdecedores ao meu redor.
Os integrantes estavam espalhados pelo palco e pela passarela, e um por um, eles se aproximavam das áreas onde os fãs estavam. Meu coração deu um salto quando parou perto de onde eu estava, acenando para os s que o chamavam freneticamente. Ele jogou beijos para a multidão, sorrindo de forma encantadora antes de seguir para o outro lado.
veio logo depois, apontando para alguém na plateia e rindo antes de fazer um gesto fofo. e também passaram interagindo, acenando e mandando corações para os fãs que estavam perto de mim. Tentei focar a câmera neles, mas em alguns momentos, simplesmente parei de gravar só para aproveitar a sensação de estar ali, tão perto de tudo.
O primeiro bloco do show passou em um turbilhão de luzes, batidas e performances intensas. Eu pulava, cantava e me entregava completamente àquela experiência, deixando que a energia dos meninos no palco tomasse conta de mim. Durante as pausas entre as músicas, eles conversavam com o público, e para minha surpresa, eu conseguia entender quase tudo o que diziam.
O intercâmbio na Coreia realmente havia feito diferença no meu coreano. Mesmo no meio de tantos gritos e da excitação do momento, eu conseguia captar as piadas e as mensagens dos membros, acompanhando as reações do público com uma sensação de pertencimento que me enchia de alegria.
Cada sorriso, cada palavra, cada interação me fazia sentir que todo o esforço para estar ali tinha valido a pena. E o show ainda estava apenas começando.
***
Quando o primeiro bloco acabou eu já podia sentir minha garganta secando e minha voz mais baixa e trêmula, mas sinceramente? Aquilo não importava e não me incomodava nenhum pouco, eu estava ali, vivendo um sonho e nada poderia atrapalhar aquele momento.
Enquanto o VCR passava na tela eu aproveitei para me hidratar um pouco enquanto as garotas ao meu lado e por todo o estádio vibraram com o vídeo, assim que tampei a garrafa vi a parte de no VCR passar pelo telão e meu coração deu um salto. Era inevitável. Não importava quantas vezes eu o tivesse visto em fotos, vídeos ou até mesmo ali, ao vivo no palco – ele sempre conseguia me deixar hipnotizada.
Seu rosto perfeitamente esculpido, os olhos intensos e expressivos, o sorriso travesso que carregava uma mistura viciante de carisma e ousadia… Tudo nele parecia ter sido feito para chamar atenção. Mas não era apenas sua beleza que me fazia admirá-lo tanto.
era magnético de um jeito que ia além da aparência. Sua energia explosiva nos palcos, sua entrega a cada coreografia, sua voz que, mesmo não sendo a principal do grupo, carregava emoção de um jeito que me arrepiava. Ele tinha uma presença cativante, algo que o tornava impossível de ignorar. Mas, acima de tudo, era sua personalidade que realmente me conquistava.
Ele era brincalhão, espontâneo e caótico, alguém que parecia iluminar qualquer ambiente com sua risada inconfundível. E, ao mesmo tempo, era extremamente leal e carinhoso com aqueles que amava. Sempre admirei a forma como ele demonstrava sua amizade e devoção ao grupo, como fazia questão de valorizar os fãs, como colocava paixão em tudo o que fazia.
Assistindo ao VCR, percebi que estava sorrindo sem nem perceber. Não era só um ídolo para mim. era alguém que me inspirava, que fazia com que meu coração batesse mais forte de um jeito que eu não sabia explicar. E agora, ali, tão perto dele, essa sensação se intensificava ainda mais.
Quando o VCR terminou e as luzes voltaram a se apagar, meu coração parecia mais calmo, mas as minhas mãos ainda tremiam levemente, o que me fez praguejar em italiano, já que as minhas filmagens ficariam terríveis. A música começou a ecoar no estádio, as batidas retumbando no meu peito enquanto as luzes se acendiam em flashes coloridos, criando um efeito hipnotizante. Eu me puxei para o presente, sentindo o calor da excitação me consumir de novo.
Eu estava tão imersa no momento que me esqueci até da leve tremedeira nas minhas mãos. O som da música, os gritos ao meu redor, as vozes dos meninos cantando suas partes, tudo isso me fazia perder a noção de qualquer outra coisa. Eu dançava, pulava, e deixava a energia do estádio me levar. Mas, no fundo, uma parte de mim estava constantemente focada em um lugar: .
Cada vez que ele se movia pelo palco, meu olhar se fixava nele, tentando gravar cada gesto, cada sorriso que ele lançava para o público. Quando ele se aproximava da passarela, meu coração dava outro salto, mas eu tentava me concentrar no show, na performance incrivelmente impecável que ele estava oferecendo.
Em um momento, enquanto ele dançava com os outros membros, a multidão ao meu redor parecia se agitar ainda mais. Eu o observei de perto, vendo seus olhos se moverem sobre a plateia, como se procurassem alguém específico, e, de repente, algo inacreditável aconteceu… Ele me viu.
Nosso olhar se cruzou a poucos metros de distância, e, por um segundo, o mundo ao meu redor desapareceu. O caos, a gritaria, as luzes piscando… tudo parecia sumir, deixando apenas aquela conexão breve entre nós.
E, com um sorriso largo e radiante, ele acenou para mim. Meu coração praticamente parou por um instante, e eu quase não consegui reagir. Aquele gesto simples, porém significativo, fez com que eu sentisse uma explosão de emoção, e eu, ainda atônita, acenei de volta.
A sensação de estar sendo notada por ele, de estar ali, em meio a tudo, foi indescritível. Eu estava tão próxima de algo que até então parecia um sonho distante. Mas ali estava ele, , com aquele sorriso contagiante e aquele aceno que me fez sentir como se nada mais no mundo importasse.
***
’s POV:
Meus olhos vagaram pela plateia, como costumava ser, eu gostava de olhar nos olhos do máximo de s que eu conseguisse, pois sabia o quanto aqueles momentos eram importantes para elas, e para mim também. Elas eram mais do que apenas fãs para mim; eram a razão pela qual eu estava ali, a razão pela qual o sonho do se tornava realidade a cada show, a cada encontro.
Eu não sabia como explicar, mas sempre que via uma sorrindo para mim, ou quando me viam de perto, sentia uma conexão. Era como se pudéssemos compartilhar uma emoção, uma energia indescritível, só nossa. Elas não eram apenas rostos na multidão, mas uma extensão do que significava estar no palco. Cada grito, cada palavra de apoio, cada gesto de carinho me alimentava, me dava forças para continuar e me fazia perceber o quão afortunado eu era.
Eu olhava para elas com gratidão, com o coração transbordando de amor, porque sabia que sem elas, nada disso seria possível. E, ao ver uma fã feliz, de olhos brilhando, com aquele brilho no rosto, eu também me sentia feliz. Era como se eu pudesse sentir o amor delas pulsando no ar, envolta em cada aceno, cada grito e cada aplauso.
Era um amor verdadeiro, um amor que transcende qualquer palavra. Eu não sabia como retribuir tudo o que elas me davam, mas sabia que tinha que fazer o meu melhor. E era isso o que me motivava, o que me fazia olhar para elas com a certeza de que, ao final do show, elas estariam indo para casa com um pedaço de mim, e eu, com certeza, levaria um pedaço delas comigo.
Estar de volta à Coreia, depois de tantos meses fora, estava sendo um sentimento indescritível. Cada cidade, cada palco que visitávamos ao redor do mundo era uma experiência única, mas terminar a turnê no meu país tinha um significado especial. Eu sentia uma conexão ainda mais profunda com cada que estava ali, assistindo ao show, aplaudindo, cantando. Eu sentia o calor do apoio deles de uma forma que só poderia ser sentida quando estamos em casa. Não havia nada que se comparasse a isso.
Os rostos que passavam diante de mim eram todos diferentes, mas todos igualmente intensos em suas emoções. Eu amava poder olhar para cada um deles, ver as reações, as expressões de alegria, de excitação, e sentir que estávamos compartilhando um momento único. Era incrível como um simples olhar podia gerar um impacto tão grande, como se cada um de nós fosse um elo na grande corrente de energia que existia entre nós, o e .
Enquanto observava o público, tentando captar o máximo de cada reação, meus olhos se fixaram em uma garota em particular. Ela estava próxima ao palco e ao começo da passarela e parecia hipnotizada, tanto que nem filmava o show, mas sua presença era inconfundível. Havia algo nela que se destacava, algo que não podia ser ignorado. Ela não era apenas mais uma fã na multidão; sua expressão parecia mais intensa, seu olhar mais focado, como se estivesse completamente imersa no momento.
Ela não era coreana, isso era evidente, mas era exatamente isso que a tornava ainda mais única. Sua aparência era diferente, mas não de uma maneira que a fizesse parecer deslocada. Ao contrário, ela se destacava de uma forma atraente, como se fosse uma peça especial daquele grande quebra-cabeça de rostos e vozes ao redor. Havia algo de cativante nela, algo que me fez sentir uma curiosidade espontânea…
Eu a observava, sem querer, perdido na forma como ela reagia à minha performance, ao show. Era como se eu tivesse encontrado algo interessante entre tantas outras pessoas, e eu me vi querendo entender mais sobre ela. Ela parecia tão… genuína. Talvez fosse o jeito como ela segurava a lightstick com tanta devoção, ou o jeito que seus olhos brilhavam ao olhar para o palco. Mas, por algum motivo, ela estava se tornando o centro da minha atenção, sem que eu pudesse evitar.
E então, de repente, ela olhou para mim. Nosso olhar se cruzou, e naquele instante, o resto do público, o barulho, as luzes, tudo desapareceu. Eu sabia que havia algo ali, algo que merecia mais do que apenas uma olhada rápida. Eu queria me lembrar daquele rosto, daquele olhar, da energia que ela me transmitia.
Acenei para ela, tentando parecer normal, tentando não deixar transparecer de forma evidente que aquele olhar havia mexido tanto comigo e ela devolveu o aceno parecendo aumentar o sorriso à medida que acenava de volta para mim.
Depois daquele primeiro contato, era impossível não procurá-la no meio da multidão. Mesmo enquanto dançava, cantava e interagia com os fãs ao redor, meus olhos insistiam em voltar para o mesmo ponto, tentando encontrá-la novamente. Havia algo nela que me prendia, algo na forma como seus olhos brilhavam toda vez que eu olhava em sua direção.
Eu tentei me manter focado na performance, seguir os passos com precisão, cantar cada nota com a mesma energia de sempre, mas era difícil ignorar a presença dela. Entre uma troca de posição no palco e outra, minha visão a encontrava de novo, e cada vez que isso acontecia, eu sentia uma onda estranha percorrer meu corpo. Ela estava curtindo cada segundo, completamente entregue à música, cantando junto, movendo o lightstick no ritmo das batidas, reagindo a cada interação nossa no palco como se estivesse vivendo o melhor dia da sua vida.
E talvez fosse.
E, de alguma forma, saber disso me fez sorrir. Eu sabia que, para muitas s, aquele era um momento inesquecível, algo pelo qual esperaram por muito tempo, economizaram dinheiro, planejaram, sonharam. Sempre fiz questão de retribuir esse carinho, de olhar nos olhos delas e garantir que sabiam o quanto significavam para nós. Mas essa garota… ela me fazia sentir algo diferente. Eu não sabia o que era, mas estava ali, pulsando, me deixando inquieto de um jeito bom.
A cada nova música, eu me pegava discretamente desviando o olhar na direção dela. Quando tínhamos que correr pelo palco e interagir com diferentes lados da arena, eu tentava, de alguma forma, encontrar um ângulo para vê-la mais uma vez. E, toda vez que conseguia, lá estava ela: os olhos fixos em mim, como se sentisse que eu estava procurando por ela.
Eu me perguntava se ela percebia. Se sabia que, entre milhares de pessoas, de alguma forma, ela tinha capturado minha atenção de um jeito que eu não conseguia explicar.
E eu não sabia se queria entender ou apenas aproveitar aquele momento por mais um pouco.
Continua
nota da autora: Ei bombom, tudo bem? O que vocês acharam do show da sua banda fave? Até a próxima att
meu deuuus, essa fic ta muito perfeitaaaa preciso de continuaçao pra sobreviver
Obrigada por comentar <3 próxima att vem aí o show <3
Eu adoro pov do fave <3
Nunca fui em show de kpop, mas imagino os shows que fui do The Maine e sigo sonhando HAHAHAHAHAHAH
POV dos boys é sempre tão bom né? HAHAHA amo também! Amiga eu já fui no do BamBam, é surreal de bom, af, saudades
Eu totalmente assim toda vez q vejo algo dele, um sonho ver pessoalmente, aaaah eu nao vou ter forças desmaio na hora de tanta felicidade
A gente acha que vai desmaiar, mas a adrenalina e a felicidade são maiores que isso vius? haha
E foi exatamente por isso que me apaixonei por ele, quando vi o woo pela primeira vez eu nao fazia ideia de onde ele era ,sp sei q tava apaixonada 😭
Ele chama a atenção né? Adoro como ele dança e performa no palco e como ele é um pestinha fora deles
E aqui eu morria de vez , mais morria feliz só por ser notada pelo meu utt
Uaaaar, deve ser incrível interagir assim com o bias né? IAIAHAHAUSHU
Meu sonho ir em um show dos meus fave, aaaaaa o que falar desse cap meu deus cada interação era um surto diferente, eu tô apaixonada a forma como vc descreveu o woo fou taooooo, pq e exatamente assim q eu vi ele e foi assim q me apaixonei esse show ainda vai render muitos surtos
Obrigada mais uma vez pelos comentários viu? E o show vai render mais do que você espera, prometo