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Natashia Kitamura
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Temporada #022

Heartbreak Hotel
Tiffanny Hwang

Esta história não possui capas prévias (:

Sem informações no momento.

Nossa Música 3

  – Era impressão minha, ou o Matt estava mais sério? – Bruno perguntou assim que o motivo do assunto saiu do apartamento.
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  Soltei uma risada, olhando a expressão indignada de Leticia.
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  – Você é um energúmeno, Bruno. – digo, comendo uma fatia do presunto do café da manhã. – O que vamos almoçar?
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  – Você acha que só porque sabe falar palavras mais complicadas…
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  – Que tal um árabe? – Leticia decidiu se unir a mim e ignorar Bruno, que começou a falar mais alto em uma tentativa de ganhar a discussão. Foi Vitor quem passou a mensagem de que ele havia perdido no momento em que começou a conversa.
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  Matheus provavelmente havia visto Giulia, a mulher por quem ele dizia não estar apaixonado, mas definitivamente estava. Às vezes eu o observava, pensando como eu poderia achá-lo um tolo por manter-se pensando em uma mesma mulher por anos, enquanto há tantas outras pelo mundo.
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  Mas o problema é que eu não tenho moral nenhuma para julgá-lo.
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  – Você vai querer a esfiha fechada ou não ?
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  – Ah – pisquei, saindo do transe –, duas.
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  Vitor voltou a olhar para o aplicativo, enquanto Bruno aproveitava do momento para descontar sua raiva de ter sido ignorado antes. No entanto, Leticia, como sempre, foi quem veio atrás de mim quando fui pegar os utensílios para montar a mesa.
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  – Quando você muda? – ela perguntou, enxugando as taças do champanhe da noite passada para guardá-las.
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  Ergui os ombros.
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  – Estou demorando um pouco para achar um bom lugar.
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  – Se quiser, tem um apartamento alugando lá no prédio onde eu moro. Posso me informar do valor.
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  – Obrigado.
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  Já faz seis meses que demonstrei minha vontade de morar sozinho. Agora que chove serviço, senti que é possível pagar todas as contas de moradia sem ajuda. No entanto, me parece que quando comecei a pensar, a vida decidiu me dizer para não começar a viajar, pois passo mais tempo fora de casa, do que dentro, não importando se eu divido a casa com mais outros 2 caras ou não.
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  – E como vai a ?
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  Meu estômago embrulhou no momento que o nome dela veio à tona.
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  – Bem.
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  – Bem? – Leticia perguntou. – Hum… não parecia…
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  Olhei para ela. Eu havia sido pego.
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  – Você quer dizer algo? – olhei de canto para ela, que tinha os braços cruzados pois com certeza entendeu meu sinal corporal de que eu havia compreendido.
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  – , o que você está fazendo com ela não é justo.
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  Fiquei calado somente pela razão de ela estar certa. Eu tinha vergonha de mim? Sim. Orgulho? De jeito nenhum.
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  – O tempo passou rápido demais…
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  – Não me venha com poesias, que eu não caio nessa.
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  Limpei a garganta. O problema de se ter uma amiga, é que o fato de ser mulher a torna 75% mais perspicaz do que se estivesse falando com um homem. Nada contra, exceto quando ela está em vantagem em um assunto que me sinto muito desconfortável de falar.
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  – Perdi a noção do tempo e agora não sei como ir até ela.
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  – Já passou pela sua cabeça que sumir é uma opção ainda pior?
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  Apertei os lábios.
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  Eu sei. Sou um cretino.
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   é irmã de um dos meus colegas de moradia, o Fred. Ela apareceu um dia para deixar uma comida que ele havia pedido. Não sei por que ele não morava com ela, afinal, ter uma pessoa com intimidade para morar é muito melhor do que outros dois caras. Mas Fred é todo cheio dos não-me-toque, então decidi não questionar nada.
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  Naquele dia, ela foi pega tão de surpresa quanto eu, pois Fred lhe havia dito que o apartamento estaria vazio. Nós três – eu, ele e Alan, o último integrante da residência – tínhamos essa regra de não trazer garotas para casa. Começou na época da faculdade e acabou durando até agora. É claro que já levamos garotas escondidas, mas a regra número 2 é: contanto que não seja descoberto, então tudo bem.
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  FLASHBACH

  – Desculpe! – dissemos ao mesmo tempo.
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  – Imagina! – repetimos, juntos.
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  – Não vai me dizer que seu nome é , pois seria a próxima coisa que eu iria falar. – brinquei, a fazendo rir sem graça.
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  – Não, meu nome é . Sou irmã do Fred. Ele disse que a casa estaria vazia. Só vim deixar comida para ele.
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  – Ah… então é você. – sentei-me na mesa da cozinha, olhando para ela de uma maneira mais maliciosa. Talvez tenha a deixado desconfortável.
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  – O-o quê?
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  – Você é a deusa que faz as comidas do Fred. – apontei para os tupperwares empilhadas na prateleira com a etiqueta do irmão dela. – Ele se recusa a falar. Já chegou a dizer que é da namorada.
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   revirou os olhos.
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  – Ele é um irmão um pouco ciumento.
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  – Pode-se ver. Conheço ele há mais de dez anos e achei que ele tinha somente um irmão mais novo.
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  – É meu irmão gêmeo. – disse. – Então não foi totalmente mentira.
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  Semicerrei os olhos para ela, que limpou a garganta.
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  – Bem, eu só vim fazer isso mesmo. Desculpe assustar você.
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  – Por que você não se senta e tomamos um café?
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  – Você quer saber segredos do Fred?
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  Abri a boca, fingindo estar ofendido. Mal nos conhecemos e ela já tem essa imagem de mim?
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  – Fred fala muito de você e Alan. – ela ergue os ombros. – É como se eu os conhecesse.
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  – Então um de nós está com a vantagem aqui. – apontei para a cadeira e me levantei para preparar o café. – Você gosta de forte?
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  – Eu gosto de todo tipo de café.
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  – Podemos nos casar? – brinquei, fazendo-a rir. – Seu irmão quase baniu o café daqui de casa no mês passado. Todo ano, no aniversário dele, fazemos alguma brincadeira, como vingança por ele ter nos passado um trote pesado na faculdade.
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  – A história dele foi outra.
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  – É um defeito que nós, jornalistas, podemos ter. Gostamos de mais emoção nas histórias que contamos. Mas a verdade foi essa mesma. Seu irmão foi um sacana. Com todo respeito. – olhei para ela com um sorriso. – Ou não.
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  – Se dez anos de amizade não os separaram, acho que não será isso que os fará separar.
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  Abri um pequeno sorriso, pois estava sendo, até então, o meu tipo de mulher. Gosto muito das que tem bom humor e não se apegam a absolutamente tudo o que falamos.
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  – Você mora aqui em São Paulo?
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  – Em Moema. – ela concordou. – Tenho um restaurante lá.
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  Abri a boca e me virei para ela com o filtro do café e o funil em mãos.
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  – Você é chef?
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  – Sou.
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  – Talvez 10 anos de amizade não sejam o suficiente para a gravidade que é esconder que sua irmã é chef de cozinha.
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  – Então você gosta de comer. – ela afirmou com um sorriso.
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  – De tudo. – sorri de forma maliciosa, pois é o tipo de piada que eu não posso deixar de fazer.
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   riu, não parecendo ficar sem graça por estar tendo esse tipo de conversa com um cara que acabou de conhecer. Geralmente não tenho dificuldade em conversar com mulheres; todos dizem que o motivo é minha aparência, mas eu prefiro acreditar que seja meu senso de humor. Matheus é um ótimo socialite e ele me ensinou muito durante a época da faculdade. Não chego a ser do nível dele, nem do de Bruno, que parece uma bíblia de conversa fiada e cultura inútil, mas consigo manter uma conversa inicial por uma hora, mesmo que a outra pessoa não diga nada.
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  – Vocês podem dar uma passada lá. Não vou cobrar a refeição da primeira vez.
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  Pego o celular e vou até ; agacho-me a seu lado e tiro uma foto de nós dois. Envio para Fred uma mensagem dizendo que o maior segredo dele foi descoberto, e que iríamos sair em um encontro.
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  – Você se importa? – perguntei a , que lia tudo o que eu escrevia.
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  – Não.
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  – Perfeito! Que horas você prefere?
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  – Como?
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  Fiquei olhando para ela, perdida.
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  – Vamos sair em um encontro.
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  – A-ah…
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  A maneira como ela muda de uma mulher desencanada, para outra sem graça talvez fosse sua maior qualidade, penso.
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  – Você estava concordando com o quê?
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  – Achei… hum, não importa. Tenho as segundas livres.
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  / FLASHBACK

  Eu jamais imaginaria que pudesse ter muito mais qualidades do que somente a mudança de uma personalidade para outra. Ela mostrou-se ser exatamente a mulher que sempre quis para mim. Bem humorada, independente, simpática e, principalmente, não ciumenta.
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  Saímos por 6 meses. Foram ótimos 6 meses. é uma mulher muito segura de si e prática. Entre nós, parecia haver uma combinação inesperada em que um complementava as qualidades e os defeitos do outro, nos tornando pessoas neutras e bastante felizes.
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  No entanto, um dia, o bicho da desconfiança me pegou.
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  Todos os relacionamentos que tive não tiveram sucesso porque sempre odiei me sentir preso. Decidi fazer a faculdade de jornalismo, porque me parecia sensacional sair em campo, em busca de informação, ao invés de apenas recebê-las no estúdio e ter de transformá-las em pauta. Além disso, após o pequeno sucesso que fiz na televisão, a ideia de aparecer era agradável o suficiente para me fazer amar o trabalho exaustivo que tenho.
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  Mas as mulheres com quem me envolvi, apesar de terem me conhecido por conta desse trabalho, não conseguiam entender que, mais do que um rosto bonito, sou um bom profissional. Às vezes desejava não ser tão bonito como dizem, pois assim, quem sabe, teria ao meu redor pessoas com mais interesse em meu trabalho, do que em minha aparência. Estar tão rodeado causava grande impacto nos meus relacionamentos, pois minhas namoradas, em um ponto, tornavam-se histéricas e possessivas.
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  Mas não . Em momento algum dos 6 meses que permanecemos juntos, ela exigiu algo que eu não pudesse lhe dar, como diminuir a carga de trabalho ou mensagens infinitas sobre o que eu estava fazendo. Também nunca brigou comigo por não poder comparecer a um evento ou ter de cancelar um encontro por causa do trabalho.
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  E foi isso o que me pegou.
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  Existe, mesmo, a mulher perfeita?
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  – Você tem um hábito de problematizar tudo. – Leticia disse.
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  – Faz parte do trabalho.
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  – Mas isso não é o seu trabalho, . – me olhou séria, como se fosse minha mãe. Na maioria das vezes, Leticia conseguia ser pior que dona Márcia. – É sua vida e a dela.
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  Assenti com a cabeça. Eu sabia disso. Havia, em casa, escrito diversas cartas para ela, porque cada vez que pensava no assunto, algo novo me chamava a atenção como problema e eu achava que precisava resolver isso antes.
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  E então 10 meses se passaram.
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  – Eu não devia te falar… mas depois de pensar… – ela me olhou séria. – Me arrependeria mais de ter me intrometido, do que ficado somente como espectadora. – Você a está perdendo.
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  – O quê?
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  – Ela começou a sair com um cara. Não o conheço, mas os vi sem querer semana passada no shopping no Rio.
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  – Ela foi para o Rio?
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  – Faça alguma coisa logo, . Você com certeza vai se arrepender, se ficar parado.
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  Ela ter outra pessoa resolveria as coisas. Eu poderia superá-la e encontrar outra pessoa com quem não me sentisse tão inseguro. Tão… vivendo em um mundo perfeito.
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  – Ei, e as taças? – a voz de Bruno soou ao fundo, tirando nós dois do transe. – Foram fabricá-las?
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  Leticia me deu um beijo na bochecha e me deixou sozinho na cozinha, perdido em meus pensamentos.
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  Olhei, então, em meu relógio. A verdade é que eu planejava ir falar com ela essa noite. Era o compromisso que eu havia mencionado aos meus amigos. Uma das cartas que escrevi, mais precisamente a penúltima, a melhor de todas, estava no bolso da mochila. Mas agora, de repente, me sinto hesitante. Devo ir? Se ela encontrou outra pessoa…
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  Senti, então, algo que nunca havia acontecido em minha vida. A urgência de correr e lutar por alguém. Sempre fui eu aquele que era caçado, mas dessa vez parecia que aconteceria o oposto.
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  – Tenho que ir. – digo, pegando minhas coisas com pressa pela casa.
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  – Não era só mais tarde, cara? Eu te dou uma carona. – Bruno diz já sentado com os outros dois na mesa.
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  – Não dá, é urgente… falando nisso… você pode me emprestar seu carro? Chegarei mais rápido assim.
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  – Onde você tem que ir com tanta…
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  – Vai logo, Bruno! – Leticia, graças a Deus, deu um tapa nele. Minha cabeça não estava disposta a pensar em uma desculpa para usar o carro caríssimo dele. – Boa sorte! – Leticia gritou e apenas acenei antes de sair do apartamento, ouvindo ao fundo Bruno exigir uma explicação para o carro dele ser raptado.
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  O restaurante de aborda um menu italiano. Ela havia morado por oito anos em Roma, onde aprendeu com ótimos chefs sobre a culinária. Abriu um pequeno bistrô para suprir sua vontade de ter um negócio próprio, mas acabou ficando tão famoso, que hoje em dia ela acabou comprando o terreno do lado para expandir o negócio. Parte disso se deve a uma matéria que escrevi e pedi para publicarem em uma revista que aborda a gastronomia, e que é acompanhada até por pessoas que não são da área. Além disso, o fato de eu e Letícia aparecermos lá com frequência, além de outros artistas, chamava a atenção do público comum.
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  – ! – Thales, o maitre, disse, parecendo feliz em me ver. – Quanto tempo, cara!
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  – Está tudo uma loucura – sorri, inventando uma desculpa plausível. Olhei para o ambiente atrás dele, em específico na cozinha. – A chegou?
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  – Ela está de folga hoje. Veio para o mise en place e foi embora.
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  Mordi o lábio.
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  – Tudo bem, obrigado. – dei dois tapinhas no ombro dele, que mostrou-se confuso. – Passo outro dia para conversar.
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  – Irei cobrar. Tem bastante fã sua perguntando sobre você.
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  Corri de volta para o carro de Bruno e acelerei em direção a seu apartamento. Era a única saída. No caminho, admito que quase cheguei ao nível de bater em outros carros. De acordo com que acelerava, sentia cada vez mais a urgência de não perdê-la. Quando cheguei no prédio dela, parecia questão de vida ou morte.
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  – Oi Otávio, a está em casa?
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  – Está sim, , pode ir lá.
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  Respirei aliviado ao ouvir o porteiro liberando minha entrada. Isso queria dizer que eu ainda tinha chance. Que ainda não havia, totalmente, me excluído de sua vida.
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  Com a impaciência de esperar o elevador que estava descendo do 23º andar, subi os 26 saltando os degraus como louco. Ao chegar à porta de , sem fôlego e suando como se estivesse em uma sauna, a vi se assustar ao abrir a porta devido à quantidade de vezes que apertei a campainha.
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  – ?
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  – Não me deixe. – foi tudo o que consegui dizer, antes de cair no chão devido à falta de ar.
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  – Meu Deus, o que aconteceu? – ela disse, desesperada. Como ela podia estar desesperada com meu estado, se eu acabei de implorar que não me deixasse? – Venha, sente-se aqui. Você subiu pelas escadas?
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  – Pegue… carta… mochila. – disse, ainda sem fôlego.
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  – Mochila? Que mochila? – ela olhou ao redor. Olhei também e me senti o homem mais estúpido do mundo. Como pude ter esquecido a mochila no carro??? – Você está bem? Espere aqui, vou buscar um como de água…
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  – Não! Fique… fique aqui. – agarrei sua cintura, a fazendo permanecer sentada, enquanto eu me jogava em seu sofá, respirando forte em busca de ar para preencher meus pulmões que queimaram com minha loucura e desespero.
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  O silêncio tomou conta do ambiente, e tudo o que eu pensava era que o ar tinha de voltar logo a mim, para que eu pudesse falar tudo o que queria. Enquanto tentava, olhei para . Ela está tão linda, tão… perfeita.
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  Seus olhos estavam em um tom mel que brilhava como nunca. Os cabelos escuros estavam soltos e pareciam tão macios que eu poderia me perder facilmente neles. Ela trajava um vestido tomara que caia que me fazia desejar mesmo que caísse.
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  – Você está linda – disse, vislumbrando sua beleza.
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  – Obrigada. – ela disse, olhando para si mesma. – Estou para sair.
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  Engoli seco.
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  – Não vá. – disse.
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  – Não acho que você tenha alguma moral para me pedir isso, .
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  – Eu sei. – respirei fundo e me sentei. – Tudo bem. Preciso que me ouça primeiro e, em seguida, aceitarei qualquer decisão que você tomar.
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  “Mesmo que signifique me deixar.”
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  – Eu estraguei tudo – comecei a falar. – Fiquei inseguro porque você é perfeita demais. Porque nunca tive um relacionamento igual… sou um otário. Eu escrevi diversas vezes, porque é isso o que eu faço, eu ponho no papel…
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  – A carta na mochila?
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  Assinto.
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  – Por que você não tenta contar o que escreveu nela?
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  – Eu estaria mentindo se dissesse que você não mudou a minha vida. Que não significa nada para mim. Eu sei que os últimos meses… o quase um ano longe, não fui presente. Na verdade, não foi relacionado a você, fui eu e minha incapacidade de trabalhar e dar atenção aos meus problemas ao mesmo tempo. Procrastinei avaliar meus sentimentos porque sou um covarde. E sinto muito por ter percebido só agora, que sei que estou perdendo você.
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  – Me perdendo?
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  – Eu sou louco por você. A ideia de ficar sem você é muito dolorosa. Prometo que… bem, sei que você odeia essas coisas de promessa, mas estou me sentindo bravo o suficiente para garantir que se você ficar comigo, voltar para mim, não a deixarei ir nunca mais. Talvez não seja uma boa ideia, já que posso ser bem irritante, mas posso fazer valer a pena.
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  Olhei para , que estava boquiaberta me olhando em choque.
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  – Eu te amo. – digo, porque percebi que não havia dito o mais importante. Ao ver que não mostrou reação, me senti extremamente sem graça. – Geralmente sou bom com as palavras…
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  – Não, foi bom… é só que… – ela olhou para mim, confusa. – Quem disse que você estava me perdendo?
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  – Leticia disse que viu você saindo com um cara na semana passada.
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   apertou os lábios.
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  Ah, não.
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  Leticia…
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  – Ela deve ter me visto com Arthur, ele é o namorado da minha melhor amiga. Havíamos saído para comprar a aliança de noivado deles. – ela ria sem parar, me fazendo imediatamente me arrepender de ter pago todo esse mico.
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  – Por que você está tão maravilhosa? – me afasto dela para olhá-la melhor. – Você está perfeita.
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  – Bem, obrigada, mas hoje é aniversário do Fred. Você não foi convidado para a festa?
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  Congelei.
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  Era isso o que eu iria fazer, se me desse um fora. O plano original era ir à festa, encontrar , me desculpar com ela, entregar-lhe a carta e esperar o efeito dela.
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  Fechei meus olhos em pesar, ouvindo ela rir sem parar.
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  – Você é uma figura, !
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  – Que bom que você está se divertindo…
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  Esperei que ela gargalhasse até seu estômago doer, para então arrumar o cabelo e me olhar ainda com uma cara de riso.
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  Eu juro, ela estava insuportável.
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  – Talvez ajude se eu disser que me arrumei assim porque sabia que você estaria lá. – ela disse, dando alguns passos para trás e dando uma pequena rodopiada. – Fiquei o dia inteiro fora do restaurante, indo a salões e clínicas de estética para me depilar e arrumar meus cabelos.
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  – Eu não precisava saber disso.
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  – Saber que estou toda depilada não te excita?
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  Bem… agora não posso evitar me excitar.
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  – E, para ser sincera, estava pensando em me fazer de difícil, porque você merece. – ela veio até mim e deixou que eu abraçasse sua cintura. – Mas gostei bastante do que você falou. Ao contrário do que você acha, é bom com as palavras até quando desesperado.
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  – Mentirosa.
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  Ela riu, confirmando que concordava comigo, mas ao invés de me provocar mais, deixou que eu a beijasse com toda a saudade que tinha dela e todo o desespero que senti na última hora.
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  – Que tal pular o aniversário do seu irmão? – murmurei entre um beijo e outro.
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  – Ele vai te matar.
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  – Costumo ser muito bom em enrolá-lo.
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  – Ele me escondeu de todos os amigos dele porque tem muito ciúmes de mim.
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  – Ele a escondeu de mim porque sabia que você acabaria comigo. – sorri, vendo-a erguer as sobrancelhas.
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  – Você ainda não tem espaço para se achar, . – ela me puxou pela camiseta, erguendo a barra para retirá-la em seguida.
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  – Se você quer tanto ir, então por que está tirando minha roupa?
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In case you didn’t know
Baby I’m crazy bout you
And I would be lying if I said
That I could live this life without you

  – De onde vem essa música? – perguntei, sentindo o ruído soar entre nossos beijos.
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  – Ela sempre esteve tocando. É minha favorita e, vendo agora, combina perfeitamente com esse momento.
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  – Porque você é louca por mim e não consegue viver sem mim?
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   desfez o fecho da braguilha de minha calça e ergueu o rosto para olhar para mim ao mesmo momento que minhas mãos desciam o zíper de seu vestido.
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  – Não fui eu quem disse essas exatas palavras a poucos minutos atrás.
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  Fiz uma careta. sempre me pegava. Era exatamente por isso que eu a amava. Ou talvez fosse por outro motivo. Definitivamente por outro motivo. Talvez um mais romântico, ou sexy. Tenho certeza que tenho um motivo por gênero.
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  – Essa será a nossa música, . – ela disse, me puxando para seu quarto, passando pelo controle das caixas de som de ambiente e aumentando o som.
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  – Agora temos uma música?
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  Ela abriu um sorriso maroto. Outro motivo de eu amá-la. Deus, quanto mais ficarei listando?
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  – A música que me lembrará para sempre o dia que você ajoelhou aos meus pés, me implorando para voltar para você.
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  – Cale a boca. – disse, ouvindo-a gargalhar enquanto eu a pegava em meus braços e a levava para sua cama.
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Fim

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