Noona – Euphoria

  Dois anos haviam passado desde que havia finalmente dado uma chance a e sua paixão de anos. Naquele instante os dois estavam em uma viagem no exterior em comemoração à formatura do rapaz, finalmente podia se chamar de médico, apesar de ainda ter algum caminho pela frente.

  O casal estava sozinho na viagem por insistência de Soyeon que pensava que aqueles dois mereciam um tempo sozinhos, já que desde que haviam assumido o relacionamento não haviam tido exatamente a oportunidade de ficarem a sós, levando em conta os semestres corridos do mais novo e o trabalho de .

   sorriu quando viu a mulher sair do banheiro usando um biquíni mínimo, ela, por sua vez, parecia querer se encolher cada vez mais para desaparecer, tamanha a vergonha que estava sentindo. Não era como se fosse a primeira vez que o rapaz a via de biquíni – ou roupas de baixo –, mas ainda parecia ficar acanhada quando ele a olhava com tão pouca roupa.

  — Linda como sempre. — sorriu ainda mais abertamente quando a moça deu uma corridinha em sua direção e escondeu o rosto em seu peito.

  — Eu ainda me sinto estranha usando esse tipo de traje — resmungou ela, a voz abafada por ainda ter o rosto escondido.

   soltou um risinho divertido, erguendo o rosto de , fazendo a namorada o encará-lo.

  — Não sei a razão por sentir vergonha, você vai ser a mulher mais linda de toda a praia. — Ele sorriu de lado quando ela lhe deu um leve tapinha no braço. — Mas se te incomoda tanto — se afastou um pouco e foi até as malas abertas em um canto do quarto —, pode usar isso. — Entregou uma saída de praia e um biquíni muito mais discreto para a moça.

   encarou-o segurando as peças.

  — De onde tirou isso? — questionou confusa.

  — Eu sabia que Soyeon não ia te deixar trazer seus modelos de biquíni favoritos, então eu pensei que deveria vir preparado para não deixar minha namorada desconfortável. — Ele riu quando viu a expressão de se iluminar e ela logo pulou em seu pescoço num abraço apertado.

  — Você é meu herói, — murmurou dando um rápido beijo nos lábios dele, sorriu e ainda tinha os olhos fechados de satisfação quando a mulher voltou para o banheiro para se trocar novamente.

  Era engraçado o quanto aquela relação havia evoluído até que rapidamente. Quando foi até ele para “se confessar”, ela aparentemente estava decidida, já que demorou muito pouco até ela conseguir tratar a ele, , como um homem e não como o irmão mais novo da melhor amiga.

   sentia que estava vivendo uma nova versão do sonho de criança, porque desde que se dava por gente o rapaz já sentia algo especial por sua noona. Estar com , para , era sempre um momento especial, por mais que já estivessem juntos há dois anos, toda vez que a via, era como se fosse a primeira vez, ele sentia o ar lhe faltar, o coração dar uma leve acelerada, os pensamentos se embaralhando por alguns segundos… não só amava aquela mulher, ele ainda era totalmente apaixonado por ela.

   despertou de seus devaneios quando saiu do banheiro um pouco menos acanhada daquela vez, usando um biquíni mais discreto, mas que para o rapaz ainda deixava à mostra toda a beleza do corpo da mulher que ele amava. Ele sorriu e caminhou na direção dela, pegando-a pela mão para saírem do quarto de hotel e correrem para o mar, que parecia estar chamando-os com seu som suave e hipnotizante.

  Os dois passaram praticamente o dia todo na praia, boa parte dentro da água, já que ambos amavam uma boa piscina ou um mar tranquilo como aquele, com ondas leves e suaves. Para , estar ali naquele mar com a mulher que ele sempre amou parecia um sonho, e se aquilo fosse mesmo um sonho, ele não queria acordar nunca mais.

  Depois de voltarem para o quarto de hotel, os dois tomaram banho para se livrarem da água salgada do mar. Acabaram pegando no sono logo em seguida, cansados do tempo que haviam passado se divertindo na praia, mas depois de algumas horas, despertou com o barulho das ondas e do vai e vem das águas. Não conseguiu evitar de olhar para , que ainda dormia virada para ele na cama.

   sorriu encarando a namorada e acariciando de leve o rosto da mulher, não querendo acordá-la. Passou bons minutos daquela forma, até que abriu os olhos e o encarou de volta, ainda sonolenta. A mulher sorriu de volta para ele, retribuindo a carícia. ainda sentia o coração acelerar quando ela fazia aquelas pequenas coisas, e também não conseguiu evitar se arrepiar quando as mãos dela passaram por seus cabelos parando em sua nuca.

  Em segundos, o despertar calmo acabou se tornando uma sessão de beijos que logo evoluiu para os dois sem roupas trocando carícias calmas. não se cansava de explorar com as mãos as curvas de e senti-la se arrepiar sob seu toque só o instigava mais. Do contrário não parecia ser diferente. A cada arrepio que passava por , parecia mais interessada em fazê-lo sentir mais, de uma forma lenta que só aumentava as expectativas do que estava por vir. Para aqueles dois era simplesmente natural que as coisas fossem lentas, mesmo naquele momento, eles queriam poder aproveitar cada segundo, vivenciar, sentir cada instante, mesmo que já não fosse a primeira vez.

  Aquelas férias foram marcantes para aquele casal, não só por ter sido a primeira viagem a dois que tinham feito, nem por causa dos momentos trancados no quarto que não eram usados para dormir ou descansar…

   encarava a mulher ao seu lado com um sorriso nos lábios e uma expressão sonhadora. Ele e olhavam o mar e o céu estrelado da varanda do hotel, já tinham acabado o jantar e estavam apenas aproveitando a companhia um do outro naquela noite tranquila. Para , olhando a mulher que amava – desde sempre – sob aquele céu, aquela luz e ao som do mar de fundo, tudo parecia um sonho. Ele estava vivendo uma utopia.

  Quando o olhou, ele não conseguiu segurar o sorriso ainda maior, o que fez a mulher sorrir de volta e soltar um risinho. sabia que o estava achando fofo, era o que ela sempre dizia quando ele sorria tão abertamente, que daquele jeito ele ficava mais parecido com o menino que havia se apaixonado por ela há tanto tempo. O rapaz não levava – mais – aquele tipo de comentário como algo ruim, sabia que também havia se apaixonado por aquele menino, mesmo que tivesse demorado até que o garoto se tornasse um homem para enxergar isso.

  — Você é um sonho se tornando real — ele murmurou ainda olhando a namorada com um sorriso quase bobo nos lábios.

  — Podia ter sido um pesadelo se você levar em conta tudo o que aconteceu antes. — gargalhou e depois exclamou de susto por tê-la puxado para ele e a levantado no ar, num abraço apertado.

  — , você transformou a minha vida na vida mais perfeita que eu poderia querer — disse colocando a moça de volta ao chão, mas sem desfazer o abraço.

  — E você, , colocou a minha vida de pernas para o ar. — A mulher olhou para ele com um sorriso brincalhão nos lábios. — Mas eu precisava disso na minha vida e nem sequer sabia — murmurou ficando na ponta dos dedos para poder selar os lábios com os dele.

   sentiu o coração acelerar com antecipação, ele não sabia o que a mulher da sua vida iria responder ao que ele estava prestes a dizer, mas levando em consideração tudo que tinham passado até ali… valia o risco.

   se afastou um pouco de para poder encará-la.

  — , eu sempre soube e agora você sabe que é a mulher da minha vida. Você é meu sonho se tornando real e também a razão de eu, mesmo depois desses dois anos, ainda me sentir eufórico quando estou com você. — estava sério e, para , mais do que nunca, ele se parecia com um homem e não mais um garoto. — Eu quero iniciar essa nova jornada da minha vida com você — murmurou enfim, estendendo a mão —, eu só preciso que segure a minha mão.