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Quiz #004
// O Tema
Qual conto de fadas deve se basear a sua próxima fanfic?
// O Resultado
Baseie sua história no enredo do conto de fadas que tirar como resultado.


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Esta história não possui capas prévias (:

Sem informações no momento.

New Generation

Ilha dos Perdidos…

  — Sou mau e isso é bom, nunca serei bom e isso não é mau. Não quero ser ninguém além de mim. — disse a mim mesma ao me olhar no espelho.
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  — Olha só quem acordou cedo hoje. — Comentou minha madrinha ao entrar em meu…
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  Poderia chamar aquilo de quarto? 
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  — Confesso que estou ansiosa por hoje. — Disse a ela, olhando para seu reflexo no espelho. — Não é todo dia que o nobre rei de Auradon abre as portas do seu reino para os filhos dos maiores vilões da história.
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  — Sua mãe ficaria orgulhosa. — Garantiu ela. — Principalmente pelo discurso desafiador que fez contra o rei Fera.
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  — Você acha? — Ri baixo. — Minha mãe só consegue pensar em si mesma. 
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  — Não seja tão cruel, você sabe que a Malévola tem um leve problema de não conseguir se expressar. — Disse apaziguando.
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  Minha madrinha bem que tentou abafar as coisas, mas não tinha solução.
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  — Às vezes tenho vontade de dizer “cortem-lhe a cabeça” por ela ser tão egoísta, mas olhe só, somos amigas e tenho cuidado de você desde criança. — Ela sorriu para mim, com um olhar orgulhoso.
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  — E por falar em criança, onde está a Clair? — perguntei.
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  — Boa pergunta. — Ela olhou para a janela. — Deve estar cortando a cabeça de alguém.
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  Nós rimos um pouco. 
  — , esta é uma oportunidade única para descobrirmos onde a Fada Madrinha prendeu a sua mãe. — Continuou ela, num tom mais sério. — Mesmo depois de todos esses anos, nunca conseguimos achar nenhuma pista daqui, mas com você em Auradon…
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  — Poderei descobrir a verdade. — Completei, segura da minha missão. 
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  Seguimos juntas para a rua. Havia uma grande movimentação por causa da partida dos intitulados descendentes. Eu, filha legítima de Malévola; Clair, minha amiga de sempre e filha da Rainha de Copas; Klaus, o mimado filho da tia Rainha Má; e finalmente, Jay, filho do medonho Jafar.
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  — Clair?! — Passei a procurar por minha amiga, pelas perigosas ruas da ilha. 
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  Não podia conter atrasos e ela estava brevemente desaparecida. Mas é claro que eu sabia onde procurá-la.
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  — Vai a algum lugar, ? — Senti uma pessoa segurar em meu braço, me puxando para o canto.
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  — Não tenho tempo para ser seduzida por você agora. — Disse com um tom firme a ele.
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  Era um fato que eu e Gale, filho de Gaston, mantemos interesses um pelo outro. A intensidade dos beijos era o que desencadeava nossa pequena relação de amizade colorida. Humm… Não tão amizade assim, para algo que se resumia em muita atração física. 
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  — Diga que vai sentir falta disso. — Pediu ele ao me beijar novamente com malícia, segurando em minha cintura.
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  — Preciso pensar se realmente vou. — Brinquei, mantendo a profundidade no olhar e a face suave. — Ainda não entendo o motivo de esconder tanto seu lindo rosto.
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  — Você sabe que são ordens do meu pai. — Lembrou ele, ajeitando o capuz em sua cabeça. — Não vamos perder tempo com isso, temos pouco tempo juntos. Vai sentir falta de mim?
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  Ele era mesmo insistente. Poderia dizer mais algumas palavras de despedida? Provavelmente. Mas eu odiava me despedir, então apenas o beijei à minha maneira.
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  — Guarde seus lábios para quando eu voltar. — Minha voz saiu em um tom de ordem.
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  — Somente os lábios? — Ele me olhou com ousadia.
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  — Você me entendeu. — Segurei firme na gola de sua jaqueta e o pressionei contra a parede. — Se eu souber que a filha da Gothel se aproximou de você…
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  — Eu já disse que sou todo seu. — Assegurou ele. — Pare de falar da Georgina.
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  Arqueei a sobrancelha direita e dei um sorriso nebuloso.
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  — ? — Ouvi a voz de Clair atrás de mim. — O que faz aqui, e com ele? O garoto sem rosto. 
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  Ela não perdia a oportunidade.
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  — Estava procurando a princesa de copas perdida. — Voltei o olhar para ela. — Vamos antes que percamos a hora, as pessoas de Auradon são extremamente pontuais.
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  — Sabe que adoro pontualidade. — Ela abriu um largo sorriso. — Podemos ir ou ainda tem assuntos inacabados?
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  — Recado dado, Gale. — Olhei para ele.
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  — Seu pedido é uma ordem. — Assegurou.
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  Segui com Clair até o portal que ligava a ilha ao reino. Com meus 3 amigos ao meu lado, senti um breve frio na barriga. Estava curiosa pelo que me aguardava do outro lado daquela barreira de feitiço.
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Você não quer ser mau como eu?
Você não quer ser mau?
Você não quer fazer travessuras em sua rotina diária?
– Evil Like Me / Descendants

Nova Realidade

Auradon

  E lá estávamos nós, os 4 descendentes, diante do rei Fera, com toda a corte presente e as outras famílias reais. Logo a Fada Madrinha se apresentou, nos parabenizando por estar ali e, claro, colocando algumas regras iniciais. Regras, nunca me dei bem com elas.
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  — Agora, passo a palavra ao nosso querido rei Fera. — Disse a mulher.
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  Assim, o rei se levantou do seu trono, mantendo o olhar sereno e um sorriso no rosto. Eu me distraí por um momento observando o rosto de todas as pessoas ali presentes. Alguns me lembravam das inúmeras vezes que da televisão vi as transmissões dos pomposos bailes reais. E o grande salão da Auradon Preparatória era mesmo luxuoso e cheio de requinte, muito bem decorado ao estilo clássico. Nada comparado ao que se tem na Ilha dos Perdidos.
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  — Mais uma vez, sejam bem-vindos, Descendentes. — Disse ele, com um olhar orgulhoso como se o feito fosse dele e não uma sugestão inusitada de seu herdeiro ao trono. — Espero que estejam felizes com essa oportunidade única, a nossa querida diretora Fada Madrinha terá o maior prazer em lhes ajudar com esta adaptação, a partir de agora, a Auradon Preparatória será seu novo lar.
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  Ele fez mais um longo discurso depois disso, até que terminou e todos aplaudiram. Durante toda a cerimônia eu notei algo estranho. O príncipe não estava presente, logo a pessoa que iniciou todo aquele evento de inclusão dos vilões na sociedade novamente. E pensando mais sobre isso, era mesmo estranho todo o mistério que envolvia o fato de vossa alteza não gostar de holofotes, já que em breve a coroa seria dele.
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  Após a celebração inicial, um monitor nos acompanhou até a área leste do castelo onde se localizam os dormitórios. Nos separamos dos meninos, então eu e Clair seguimos pelo corredor principal dos quartos até chegar ao número de nossas chaves. Felizmente haviam nos colocado no mesmo quarto, com duas outras meninas da escola. Assim que entramos, de imediato localizamos as camas vazias que provavelmente seriam nossas. 
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  — Eu vou ficar com essa. — Disse Clair, ao se aproximar da cama ao lado da janela — Sabe que detesto escuro, e a luz da lua me acalma.
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  — Fique à vontade. — Disse ao me aproximar da cama no fundo do quarto e jogar minha mochila em cima. — Quanta baboseira o discurso de vossa majestade.
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  — Ai, nem me fala, comecei até sentir uma dor no meu pescoço. — Ela também reclamou se alongando. — Como será que os meninos vão se sair no quarto deles?
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  — Se alguém muito organizado dormir na cama ao lado do Jay, vai morrer de raiva da sua bagunça. — Comentei.
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  — Sim. — Ela concordou.
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  Nós rimos de leve.
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  — Oh! — Uma menina se assustou ao entrar no quarto e nos ver lá, parecia não saber da novidade.
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  Mas olhando-a com mais cuidado, a reconheci da cerimônia. Estando ao lado da Fada Madrinha. Será sua filha?
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  — Você dorme aqui também? — perguntou Clair, analisando a menina da cabeça aos pés.
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  — Sim. — A garota se sentiu intimidada de imediato e se encolheu — Meu nome é Florence, sou a filha da Fada Madrinha.
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  — Hum… — Disse.
  Interessante. Pensei comigo. Primeira peça para meu plano de encontrar minha mãe, me aproximar do inimigo e talvez a filha da mesma poderia ser um canal para isso. Ela comentou sobre a outra aluna que dormia em nosso quarto também, tão apagada e sem popularidades quanto ela. Uma tal de Ally, filha da Alice que destronou a tia Rainha de Copas. Clair não demonstrou satisfação com aquela informação, mas manteve a compostura. Ao final da tarde, pouco antes do toque de recolher, eu e meus amigos nos reunimos no imenso jardim do castelo.
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  Haviam muitas novidades em um só dia para compartilhar.
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  — A única coisa que eu posso dizer é que a comida desse lugar é incrível. — Disse Jay, retirando do bolso da calça um muffin de gotas de chocolate, que tinha pegado escondido.
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  Clair o olhou fazendo uma careta de novo, assim que ele deu uma mordida no muffin.
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  — Tenho que concordar, estamos muito melhores aqui. — Disse Klaus. — Você não parava de comer, Jay.
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  — Vocês notaram uma coisa? — comentei com eles, me mantendo encostada na árvore próxima ao banco que Klaus havia se sentado com Clair.
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  Claro que nosso primeiro dia seria de adaptação. Mas de início, conseguimos encontrar um lugar reservado naquele vasto jardim da escola para conversarmos. E talvez montar nosso QG da travessura.
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  — O que observou desta vez? — perguntou Jay, ao sentar na grama, após terminar de devorar seu muffin.
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  — O príncipe não estava na cerimônia. — continuou Clair, a minha fala.
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  — Achei que tivesse sido a única a perceber isso. — assenti com ela.
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  — Curioso. — Klaus se manifestou, mantendo o olhar no pequeno espelho em sua mão.
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  Vaidoso como sempre, igual a sua mãe. Eu cruzei os braços pensativa, olhando para o monumento que é o castelo da escola. Tinham outros poucos alunos pelo jardim, saboreando o pôr-do-sol. Todos com os olhares discretos em nossa direção. E dava para notar os cochichos também.
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  — Descendentes. — uma garota se aproximou de nós acompanhada de mais alguns alunos. — Não consegui me aproximar de vocês na recepção, mas gostaria de dizer pessoalmente… Bem-vindos!
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  Ela abriu um largo sorriso, que de cara senti ser superficial.
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  — Já ouvimos isso hoje. — disse Jay, inclinando seu corpo e deitando sobre a grama.
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  — Eu sou a princesa Audrey, representante dos alunos. — se apresentou ela. — Se precisarem de alguma coisa, podem falar comigo, a Fada Madrinha é uma mulher muito ocupada, por isso eu como representante sou a ponte entre ela e os alunos. Ajudarei com todo prazer.
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  Quanta prestatividade. Pensei comigo, controlando meu olhar de desinteresse.
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  — Agradecemos. — disse Clair, ao pegar uma lixa e começar a lixar suas unhas em sinal de deboche.
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  Minha amiga realmente não perdia a oportunidade. Olhar para a senhorita Audrey, fazia parecer que a aluna modelo estava diante de mim. Assim que ela se afastou de nós, começamos a rir de forma espontânea.
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  — Ela realmente precisava vir com escolta? — comentou Jay.
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  — Somos filhos de vilões, lembra? — respondi sugestivamente. — Aposto que todos estão com medo ou inseguros com nossa presença aqui.
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  — Estou começando a achar que vou ficar entediada nesse lugar. — comentou Clair.
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  — Ah, sim, você já viu a grade curricular dessa escola? — Klaus abaixou o espelho e olhou para ela. — Começaremos amanhã com a aula de Bondade Curativa para iniciantes, ministrada pela própria Fada Madrinha.
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  — Viva! — disse de forma irônica aos risos.
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  Eles riram também. Somente Klaus para se preocupar em saber qual era a aula do dia seguinte. Quem o olhava por fora, achava-o somente um menino vaidoso e egocêntrico, verdadeiro narcisista, mas suas qualidades iam além de somente beleza e estética. O filho da tia Rainha Má era muito inteligente e curiosamente estudioso, certamente vai querer competir com o melhor aluno da escola só pelo prazer de ser o melhor e ter popularidade. Mais o que eu mais admirava nele, era suas habilidades com a tecnologia para hackear o que eu quisesse.
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  — Precisamos procurar algo legal para fazer urgente. — sugeriu Jay.
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  — Ilegal, você quis dizer. — Klaus o corrigiu e rimos de novo. 
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  Ao longo dos dias seguintes…
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  Enquanto meus amigos se esforçaram para encontrar atividades interessantes e ocuparem seus horários livres, eu tinha uma missão para cumprir: Descobrir onde prenderam a minha mãe era minha prioridade naquela escola.
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  Curiosamente o tal falado príncipe ainda não tinha aparecido nas instalações do castelo. Os boatos que rolavam na escola é que ele havia se retirado para um treinamento especial com Peter Pan na Terra do Nunca. O que aumentava ainda mais minha curiosidade sobre ele.
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  — Aonde está indo? — perguntou Clair, em sussurro ao me ver acordada no meio da madrugada, passando pela sua cama.
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  — Preciso tirar uma dúvida. — disse a ela.
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  — Ainda com o plano maluco da minha mãe para achar a tia Malévola? — perguntou ela, olhando para as outras garotas que dormiam. — Tem mesmo que fazer isso?
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  — Não é somente um plano maluco, eu realmente preciso saber o que fizeram com a minha mãe. — A olhei com seriedade. — Me dá cobertura, volto daqui a pouco.
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  — Vai invadir a sala da diretora? — supôs ela.
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  — Talvez. — sorri de canto com malícia e segui para a porta.
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  Saí do quarto no máximo de silêncio que consegui e segui pelos corredores. A ronda pelo lugar já havia sido feita, então eu teria tempo para realizar o que almejava. Assim que me coloquei diante da porta da diretora, respirei fundo tomando coragem e entrei. Sua sala era tão organizada quanto tudo na escola, ou mais. Continuei dando passos curtos pelo lugar, olhando as pinturas nos quadros das paredes. O bom gosto que ela tinha para o mobiliário era visível, estofado de tecido camurça vermelho.
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  — Bela sala, Fada Madrinha. — sussurrei ao alisar uma das poltronas.
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  Me aproximei da mesa dela e vi alguns documentos em pastas. Abri a que estava por cima e dei de cara com a minha ficha de aluna. No lugar de afiliação, havia uma anotação na frente do nome da minha mãe. Entretanto, não consegui entender aquele garrancho em forma de letra. Por um instante eu senti estar sendo observada e me virei para trás, a porta estava encostada como eu havia deixado. E num piscar de olhos.
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  — Não deveria estar aqui. — disse uma voz surgindo ao meu lado e segurando em meu pulso para que soltasse a pasta.
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  — Ah. — eu tentei me soltar dele e ao olhá-lo, fiquei completamente estática — ? O que faz aqui?
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  Tentei forçar a voz, porém saiu em sussurro.
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  — Do que me chamou? — Seu olhar ficou confuso para mim, o que me deixou mais desnorteada.
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  Logo ouvimos a maçaneta girando e a porta rangendo ao começar a ser aberta.
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  — Atrás da mesa, rápido. — disse ele, ao me soltar, se colocando na frente.
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  Eu fiquei agachada observando o que iria acontecer. A imagem da diretora apareceu assim que a porta se abriu, assim como seu olhar surpreso em ver o garoto diante dela.
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  — Príncipe . — disse ela. — O que faz aqui a esta hora?!
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  Príncipe? ? O quê? Pensei comigo.
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  — Diretora, a senhora me disse que eu poderia pegar as pastas com as informações dos Descendentes. — Explicou ele. — Não consegui chegar mais cedo e resolvi passar agora.
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  — Ah, isso. — Disse ela, soltando um suspiro aliviado. — Poderia ter me mandado uma mensagem pelo celular, eu ficaria te esperando.
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  — Não queria incomodar, Fada Madrinha. — Ele pegou as pastas e andou na direção dela. — Vamos, então? Já que está acordada, gostaria de tirar algumas dúvidas sobre os novos alunos.
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  — Claro, com prazer. — Disse ela entusiasmada. — Ando tendo insônia esses dias e uma boa conversa antes de dormir é sempre estimulante.
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  Eles se retiraram e agora eu é que soltei um suspiro aliviado. Mesmo intrigada e cheia de questionamentos em minha cabeça, saí da sala da diretora e retornei ao meu dormitório. Assim que cheguei, fui surpreendida por um comitê de recepções. Clair estava sentada na janela me olhando com tranquilidade, enquanto as outras duas permaneceram de braços cruzados e olhares de reprovação.
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  — Você disse que ia me dar cobertura. — olhei atravessado para Clair.
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  — Não prometi nada. — Ela deu de ombros.
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  Bela amiga.
  — Onde você estava? — perguntou Ally num tom firme, o que me lembrou minha mãe.
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  — Sabia que se você for pega, todas nós seremos implicadas por isso? — Florence estava com um olhar mais aflito.
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  — Me desculpe, mas precisei ir ao banheiro. — argumentei.
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  — Elas foram lá te procurar. — Disse Clair.
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  Droga. Fiz uma careta e respirei fundo.
  — Não posso dizer onde eu estava, mas prometo que não serão prejudicadas. — assegurei a elas.
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  — Você foi ao escritório da minha mãe. — alegou Florence.
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  — Não. — tentei mentir.
  — Eu ouvi vocês duas falando. — Retrucou ela. — No início não acreditei que teria essa coragem, mas depois que não te achamos no banheiro…
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  — O que você queria lá?! — perguntou Ally.
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  — Não posso contar. — disse com tranquilidade.
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  — Podemos te ajudar. — Ally se ofereceu.
  — Há dois minutos estavam com medo de serem castigadas. — eu ri dela.
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  — Você e a Clair são as únicas nessa escola que conversam com a gente, ou pelo menos não nos ignoram. — Explicou Ally com um olhar triste. — Então, eu sei que são filhas das maiores vilãs e que a minha mãe destronou a sua, Clair… Mas…
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  — Querem ser nossas amigas? — Clair soltou uma gargalhada.
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  Por essa nem eu esperava.
  — Nós passamos todos esses anos achando que os filhos dos vilões eram maus como os pais. — Comentou Florence. — Mas estou começando a achar que não é bem assim.
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  — Você não nos conhece, o que te faz pensar que não somos más? O bom dia que a Clair te dá toda manhã? — Argumentei com ela. — Só estamos aqui há uma semana, não sabe de nada sobre nós.
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  — Mas sei que se quisesse fazer algo ruim, já teria feito. — Florence cruzou os braços. — A não ser que estivesse procurando algo no escritório da minha mãe.
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  Bufei de leve e caminhei até minha cama.
  — Vocês duas não vão entrar para o nosso grupo, não insistam. — Eu lancei um olhar ameaçador para Florence. — E nada de contar sobre meu passeio noturno.
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  Ela se encolheu um pouco. Finalmente me deitei na cama e me rendi ao sono. Na manhã seguinte, após o café, seguimos para a aula de história da magia. Para nossa surpresa, seria apresentada pelo próprio príncipe de Auradon que estava em seu último ano letivo antes de ser coroado.
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  Passei toda a aula com a mente fervilhando de teorias da conspiração, com o tal príncipe agindo naturalmente como se fosse a primeira vez que me via. Eu deveria ficar tranquila com isso? Não, claro que não. Ele sabia demais e precisava de respostas também.
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  — Ei! — disse ao alcançá-lo no corredor principal das salas de aula, após o sinal tocar e ele sair rapidamente de nossa sala.
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  Ele fingiu não ouvir até que o segurei pela jaqueta do time de basquete que vestia, o fazendo parar. Logo todos os olhares vieram em nossa direção. O que estranhamente me fez sentir intimidada.
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  — Falou comigo?! — disse ele ao me olhar com serenidade.
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  — Sim, precisamos ter uma conversinha. — Disse em sussurro para que ninguém mais ouvisse além dele.
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  Mantive um olhar sério e expressivo. Como se mencionasse o ocorrido da madrugada na sala da diretora.
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  — Me desculpe, mas eu te conheço? — ele olhou em volta.
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  Filho da mãe, sabia fingir muito bem. Permaneci em silêncio sem saber o que dizer em seguida, afinal não poderia dizer que sim, já que teoricamente seria a primeira vez que o via na aula. Ele permaneceu me olhando fixamente, esperando algum tipo de reação da minha parte. O que me deixou ainda mais nervosa por odiar quando as pessoas me encurralavam.
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   era mestre em fazer isso.
  — . — A voz inconfundível da filha da rainha Aurora soou atrás de nós.
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  Ela passou por mim e se colocou ao lado dele com um sorriso gracioso, que me fazia querer vomitar.
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  — Aceitaria almoçar comigo? — perguntou ela. — Tenho algumas novidades sobre a escola para lhe contar e precisamos conversar sobre a feira de talentos.
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  — Claro, aceito. — ele manteve o olhar em mim a todo tempo.
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  — Me desculpe, , mas o almoço se restringe a somente membros do diretório acadêmico. — disse ela, puxando o príncipe para se afastar de mim.
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  Em choque eu estava e nunca havia me sentido tão inútil na vida.
  — Vossa alteza fingida… Agora tá explicado o motivo dele não aparecer na tv ou em revistas, é um tremendo babaca.  — Sussurrei para mim mesma.
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  — Eu sei como você pode falar com ele sem ninguém ver. — disse Florence ao se aproximar de mim, de forma despistada.
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  — Você não desiste mesmo, não é?! — Eu a olhei. — Está saindo pior que os mercenários da Ilha dos Perdidos.
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  Ela abriu um largo sorriso, parecia levar aquilo como um elogio. Eu bufei de leve e segui meu caminho. Me encontrei com meus amigos na mesma árvore de todos os dias. Já havia sido marcado aquele lugar como nosso.
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  — Uau, a vista daqui é tão legal. — disse Ally ao se juntar com Florence que me seguia desde o corredor.
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  — Quem chamou ela? — perguntou Klaus fazendo uma careta estranha.
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  — Não acredito que você está dando liberdade pra elas, . — Clair me olhou em choque.
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  — Nós já fomos mais seletivos. — brincou Jay — Mas o cabelo dela é legal.
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  Ele piscou para Ally, e acabou levando um tapa na cabeça de Clair.
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  — Ai. — reclamou ele.
  — Eu não convidei ninguém. — Disse em minha defesa.
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  Elas não se importaram com nossa tentativa de exclusão e se mostraram bastante à vontade perto de nós. Como se fossem do nosso grupo há anos. O que me admirou.
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  — Então, o que está guardando no bolso? — perguntou Ally ao se sentar na grama ao lado de Jay.
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  — Cookies. — Respondeu ele. — Gosto de comer antes de dormir.
  — Ah… Mas não precisa esconder nos bolsos, se quiser eu posso conseguir para você. — disse ela tranquilamente, se fazendo a salvadora.
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  — Como? — ele a olhou impressionado.
  — Eu sempre ajudo no refeitório depois das aulas, monto os cardápios das refeições e tenho livre acesso a cozinha. — explicou ela, sorrindo de leve.
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  — Uau. — Jay se mostrou impressionado — É disso que eu estou falando, temos que ter contatos nessa escola.
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  Clair bateu nele novamente.
  — Ai! Sua louca. — Ele olhou para trás. — Isso dói.
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  — Pra você ficar esperto. — disse ela cruzando os braços.
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  Eu ri de leve e me encostei na árvore, voltando meu olhar para mais à frente. Em instantes avistei o príncipe sentado numa mesa, rodeado dos alunos modelos e ao lado da Audrey.
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  — Os dois não namoram, se é isso que está se perguntando. — comentou Florence, num tom baixo ao se aproximar de mim.
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  — Não estava me perguntando isso. — assegurei a ela.
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  — A Audrey é extremamente apaixonada por ele desde o primeiro dia que chegou aqui, mas o príncipe nunca lhe deu uma mísera esperança. — contou ela. — Ele sempre diz que quando encontrasse a garota ideal para ele, todos iriam saber.
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  — Devo acreditar que você é aquela garota nerd apagada que sabe tudo sobre todo mundo? — eu a olhei.
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  — Sou a filha da Fada Madrinha, preciso saber de tudo que acontece. — alegou ela.
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  — Para contar a sua mãe?! — presumi.
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  — Não. — negou ela — Para vender informações.
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  — A filha da Fada Madrinha?! — interessante.
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  — Por exemplo, sei que aquele casal ali todos os dias se tranca na sala de multimídia, dizem que estão lá como voluntários para ajudar os técnicos da escola, mas tá na cara que não. — começou ela. — A barbie de cabelo rosa é a maior e mais requisitada em vender trabalhos, sempre que precisam, procuram ela. O nerd de óculos verde é filho do Dunga, é voluntário na biblioteca, mas sempre que está sozinho lá, promove jogos de cartas transformando o lugar em um cassino. O de jaqueta preta é o Aziz, filho do Aladdin e mais cobiçado aluno depois do príncipe, é claro, soube que ele estava em um romance proibido com uma mulher mais velha. Consegui algumas fotos.
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  — Estou surpresa com sua eficiência. — disse boquiaberta.
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  — Depois somos nós os delinquentes. — disse Clair com seu ar irônico e debochado.
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  — Você ouviu?! — olhei para ela, segurando o riso.
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  — Queria não ter ouvido. — ela suspirou fraco se inclinando mais no banco — Depois que prestar seus serviços para a , vou querer informações também.
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  — O que você quiser, eu sempre consigo descobrir. — disse Florence, com o olhar prestativo.
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  — Até mesmo sobre a feira de talentos? — Clair a olhou.
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  — Principalmente sobre ela. — assentiu.
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  — Ok, depois vocês conversam sobre isso, agora a Flou é só minha. — disse já apelidando a garota.
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  — Flou?! Eu gostei. — Florence sorriu.
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  — Não sorria tanto, assim vai manchar nossa reputação. — continuou Clair não me dando a menor importância.
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  — Ok.
  — E por falar em reputação, o que você quer com o alteza real? — perguntou Klaus.
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  — Assunto meu. — Voltei meu olhar para a mesa dos alunos modelos — Diga, Flou, como eu consigo me aproximar sem que ninguém saiba?
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  — A forma mais inesperada possível. — respondeu ela.
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  As horas se passaram e no jantar eu aleguei estar indisposta para colocar meu plano de aproximação em prática. Como era favorável ter duas novas aquisições que conheciam o lugar do nosso lado. O mais engraçado foi ver Florence distraindo o zelador para que eu conseguisse pegar a chave mestra que ele mantinha guardada. Pedi que Florence me desse cobertura e não deixasse que ninguém passar por aquela porta além do príncipe.
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  E onde eu estava?
  Isso mesmo. No quarto real, somente esperando pelo dissimulado entrar.
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  — Hummmm… — ele entrou no quarto, cantarolando alguma música desconhecida por mim.
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  Agindo com naturalidade, fechou a porta e retirou a jaqueta se aproximando da cama, parecia distraído em sua tentativa de cantar. Então, ele retirou a camisa, deixando o abdômen à mostra. Era a minha deixa.
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  — Olha só, vossa alteza tem músculos. — comentei, abrindo um pouco a cortina, para que ele me visse sentada no beiral da sua janela.
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  — Você?! — ele tomou um susto e pegando a camisa rapidamente tapou seu tórax.
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  O que me deixou desmotivada.
  — O que faz aqui?! — perguntou ele — Como entrou.
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  — Agora você se lembra de mim? — perguntei ao dar um pulo e ficar de pé.
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  — Não me respondeu. — insistiu ele.
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  — Nem você. — retruquei.
  — O que você quer? É a filha da Malévola. — continuou ele.
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  — Parabéns, acertou. — eu o aplaudi debochadamente — Mas com minha ficha criminal na gaveta fica fácil.
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  — Eu tenho o registro de todos os alunos, não se ache privilegiada. — Explicou ele. — O que faz aqui?
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  — Quero saber por que me ajudou. — Cruzei os braços, mantendo o olhar sério.
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  Ele sorriu de canto.
  — Está com medo de algo? — perguntou ele.
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  — Não gosto de dever nada a ninguém. — retruquei.
  Ainda estava em surtos internos. Olhá-lo era o mesmo que olhar para . O que me deixava ainda mais meio de neura.
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  — Muito bem… — ele riu, parecia ter gostado do que eu disse. — O que você queria no escritório da diretora, e não me diga que era sua ficha criminal.
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  Ele riu. Sabia ser irônico. Gostei.
  — Por que deveria te contar?! — perguntei.
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  — Porque podemos nos ajudar. — propôs ele.
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  — Em que eu poderia te ajudar? — continuei.
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  — Me conte sua história que eu conto a minha. — retrucou.
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  — Não vou confiar em você. — deu dois passos me aproximando dele — Não me passa confiança.
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  — Você não quer encontrar a Malévola?! — indagou ele, mencionando a minha mãe em provocação.
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  — O que sabe sobre isso? — coloquei a mão na cintura.
  — Sua mãe desapareceu depois que os vilões foram presos na Ilha, e somente a Fada Madrinha sabe onde ela está e você, sendo filha, estava no escritório dela de madrugada. — seu raciocínio era bom. — Se quisesse tomar um chá, teria aparecido mais cedo, não acha? É questão de lógica.
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  — Olha só, o melhor aluno é mesmo inteligente. — disse com ironia.
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  — Se me ajudar, eu te ajudo a encontrar sua mãe, tenho mais recursos que você. — propôs ele, esticando a mão — O que acha?
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  — O que quer em troca? — perguntei ao olhar para sua mão estendida.
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  — Preciso descobrir um segredo dos meus pais e acho que está relacionado à Ilha dos Perdidos. — explicou ele — Então?!
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  — Fechado. — disse ao apertar sua mão.
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Isso só acontece uma vez na vida,
Meus instintos reprimidos estão surgindo,
O que fazer? Acabei de ganhar na loteria. 
– Lotto / EXO

Mistérios

Auradon Preparatória

  Com duas informantes no meu grupo seleto e a realeza como aliado. Lá estava eu fazendo minhas pesquisas e buscas para encontrar minha mãe. As habilidades de Florence me foram úteis para arrancar informações de alguns alunos sobre o que seus pais sabiam do assunto. Enquanto isso, começou a sondar a Fada Madrinha que continuou relutante sobre isso. 
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  As semanas foram se passando, até que o outono chegou e com ele os preparativos para a feira de talentos. Eu estava tão concentrada em minha missão e ser uma aluna mediana, que nem tive tempo para me ocupar com algo.
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  Já minha amiga Clair…
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  — Devo admitir, ficou impecável. — disse a ela, assim que me mostrou seus croquis de moda — Não imaginava que tinha todo esse talento.
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  — Nem sempre eu quero cortar a cabeça de alguém. — brincou ela, me fazendo rir — Sempre gostei de desenhar, você sabe disso e a moda é minha segunda paixão, alinhei o bom ao agradável.
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  — Bom?! — fiz uma careta, arrancando uma gargalhada maldosa dela.
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  — E como estão suas buscas? — ela fechou seu caderno de croquis e sentou na cadeira, que tinha junto com a bancada de estudos do seu lado do quarto.
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  — Mal. — respondi me sentando na cama dela. — Os alunos não sabem de nada e os pais não contam nada, nem o príncipe conseguiu algo com a diretora.
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  — E por falar em príncipe, soube que ele vai te levar a um baile real. — comentou Clair dando um pulo da cadeira animada e indo até seu guarda-roupas.
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  — Eh… Eu não queria, mas ele disse que pode ser uma oportunidade de ajudá-lo com o segredo dos pais dele. — confirmei, ainda relutante — Preciso cumprir minha parte no acordo.
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  — Faz sentido. — ela retirou um vestido do fundo do móvel e me apresentou — Para você.
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  — O quê?! — senti meus olhos brilharem um pouco ao ver algo tão bonito.
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  — Acha mesmo que pedi à diretora uma máquina de costura para ficar de enfeite? — ela colocou a mão na cintura, com o olhar óbvio para mim — Claro que não, passei os últimos dias investindo meu tempo nessa obra prima.
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  Ela me ajudou a vesti-lo e ajeitou meu cabelo. Quase não me reconheci com aquele ar de princesa. Olhei para minha amiga e a abracei de leve.
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  — Valeu, Clair. — agradeci.
  — Pare de doce que você não é assim. — disse ela, com um olhar orgulhoso.
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  Só não sabia se era por mim, ou pelo vestido.
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  O príncipe me buscou na porta do meu quarto pontualmente na hora que combinamos, juntos seguimos para o baile no castelo de seus pais. Os olhares de surpresa para mim assim que entramos de braços dados no salão eu já esperava, mas a reação estática de Audrey ao lado de seus pais, essa eu não esperava.
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  Claro que todo esse tempo em que seguimos com nossa cumplicidade, uma proximidade incomum aconteceu entre nós dois. Entre indiretas e farpas, era um garoto encantador e muito educado, além de bonito e atraente. A forma em que ele sorria, mesmo em alguns momentos em que discutimos.
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  Era notável a diferença entre ele e
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  — Está nervosa?! — perguntou ele, me guiando em direção ao seus pais.
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  — Não. — Assegurei.
  Mas internamente, não garanto nada.
  — Mãe, pai, esta é . — ele me apresentou de forma espontânea e despreocupada.
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  — A filha da Malévola. — disse o rei Fera, parecia engolir seco.
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  — Sim, me chamo Bertha, mas podem me chamar de . — disse ao sorrir meio forçadamente.
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  — Não me leve a mal, querido, mas achamos que viria acompanhado de outra pessoa. — disse a rainha.
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  Com certeza se referindo à Audrey. Pelo menos dela, não senti entonação de preconceito.
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  — É a única que eu queria convidar. — disse o príncipe, com segurança.
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  Aquilo me impressionou.
  — Vamos dançar um pouco? — perguntou para mim.
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  — Eu não sei dançar. — aleguei.
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  Estava mesmo envergonhada por todos nos olharem. Eu não estava ali como uma vilã que invadiu a festa para fazer travessuras. Estava como a convidada do príncipe.
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  Surreal e medonho.
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  — É só me seguir. — ele sorriu de canto e me guiou até o centro da pista de dança.
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  Incrível, mas me senti confortável e segura com ele. me fazia divertir de uma forma diferente e mesmo que eu não quisesse, comecei a fazer alguns comparativos entre ele e . Desde os mais intensos olhares até as mais fúteis conversas. E como eram aleatórias as conversas que eu e o príncipe tínhamos, sempre nos levava aos risos.
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  — Olha só, e não é que você teve um vestido para usar hoje. — comentou Audrey ao se aproximar de mim.
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  Aproveitei que estava conversando com a princesa Tiana e seu marido, para conhecer a mesa de doces, mas considerando a companhia, tenho medo de tudo ficar amargo.
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  — Sim, tenho uma excelente estilista pessoal. — garanti a ela — Se quiser te dou o cartão dela depois, já que seu vestido parece tão antiquado.
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  Eu jamais perderia a oportunidade.
  — Não pense que venceu essa guerra. — disse ela.
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  — Que guerra?! — perguntou ao se aproximar de nós.
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  — Nenhuma. — Audrey sorriu para ele, disfarçando a raiva.
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  Seu olhar para ele segurando a minha mão foi fulminante.
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  — Audrey, acho que seus pais estão te chamando. — disse ele, para que ela se retirasse.
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  A garota assentiu e se afastou.
  — Ela parece estranha hoje. — comentou ele — Não me convenceu o que ela disse, de qual guerra falavam.
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  — Bem, a guerra onde todos nós temos um mal dentro, mas alguns escondem bem e outros mostram sem vergonha. — expliquei a ele, de forma enigmática.
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  — Hum… — ele virou o rosto para a mesa de doce — Você deveria experimentar esses. 
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  Ele pegou um brownie e sorriu.
  — São meus favoritos. — disse.
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  — Vamos lá. — eu tentei soltar minha mão da dele, porém sem sucesso, então utilizei a outra mão livre para pegar.
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  Assim que dei a primeira mordida, me senti totalmente rendida ao sabor daquela espécie de bolo. Um sabor que estava vivo na minha mente e que eu reconhecia muito bem. De todos que eu comi raramente na Ilha dos Perdidos e na Auradon Preparatório, nenhum tinha aquele gosto tão familiar para mim. Apenas uma pessoa conseguia me fazer sentir variadas sensações ao comer um simples brownie.
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  — O que foi?! — perguntou ele, já sentindo algo diferente em mim.
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  — Você disse que são seus preferidos. — eu o olhei — Quem faz?
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  — Não sei, os doces que são servidos nos bailes reais são encomendas especiais, não são os mesmos que temos na escola ou qualquer outra confeitaria de todo o reino. — respondeu ele. — Pelo menos é o que eu sei.
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  — Você conseguiria saber pelo menos o nome da marca? — pedi, fazendo um olhar de piedade.
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  — Tudo bem, acho que consigo, mas por quê? — indagou ele — Não se esqueça que estamos aqui para descobrir…
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  — Não se preocupe com o segredo da sua família, acho que já desvendei o mistério e depois resolvemos isso. — Assegurei a ele. — Agora preciso de um nome.
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  Ele assentiu inconformado. Assim que conseguiu descobrir o nome da fábrica que fornecia os doces, resolvemos voltar à escola para desvendar esse mistério. Assim que passamos por Audrey, “acidentalmente” a mesma derrubou suco de uva no meu vestido. Minha raiva chegou ao topo da minha paciência, mas me segurou pelo pulso, antes que eu voasse nela. Ele me retirou do salão e me levou até seu quarto, mesmo que tentássemos voltar à escola, seus pais não permitiriam.
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  — Não precisava me trazer para cá. — comentei — O que esse castelo mais tem são quartos.
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  Ele riu.
  — Eu sei, só queria ficar mais tempo sozinho com você. — disse ele ao pegar uma toalha e me entregar — E meu banheiro é o melhor de todo o castelo.
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  — Hum… — eu peguei a toalha — Só quero ver.
  — Vai se surpreender. — disse ele.
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  O que de fato me surpreendeu mesmo. Assim que entrei me senti em um spa de luxo para a realeza. Retirei o vestido molhado e tomei um banho, assim que terminei, vesti uma blusa de moletom dele que parecia mais um vestido curto em meu corpo. Ri um pouco ao me olhar no espelho e observar que nunca imaginei viver coisas assim. O plano original era invadir a sala da diretora, encontrar a minha mãe, obter nossa vingança e voltar para casa.
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  Agora eu estava pensando em ficar na escola. Não somente por meus amigos que se adaptaram muito bem em suas atividades individuais como a Clair com as roupas e o Klaus com sua ambição em ser engenheiro.
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  — Agradeço pelo banho, apesar de não ter precisão, mas seu banheiro foi mesmo convidativo. — disse me encolhendo um pouco, ao sentir a brisa entrar pela janela e passar por minhas pernas. — Deixei a toalha lá dentro.
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  — Não tem problema. — ele encostou na mesa de estudos mantendo o olhar em mim — Mandei que preparassem o quarto ao lado para você.
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  — Agradeço. — disse novamente.
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  Era estranho, mas estava usando muito essa palavra com ele.
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  — O que faremos agora?! — perguntei.
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  — Ainda temos um nome e tenho certeza que seu amigo ainda não foi pra cama. — disse ele se referindo ao meu hacker favorito.
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  Eu sorri de leve e peguei meu celular dentro da bolsa e mão e liguei para Klaus.
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  — K falando. — disse ele ao atender.
  — Quanto tempo demoraria para descobrir sobre um lugar? — fui direta.
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  — Depende do lugar, se for fácil de achar, faço isso em uma hora. — respondeu ele.
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  — Diga o nome. — pedi a , colocando a ligação no viva voz.
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  — Sweet Royal. — disse ele.
  — Uau, o príncipe está aí com você? — perguntou Klaus.
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  — Não desvia o foco, Klaus, e descubra tudo o que puder. — pedi num tom de ordem.
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  — Sim senhora. — disse ele, encerrando a ligação.
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  — Agora pode me ajudar?! — me olhou mais sério.
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  — Não posso dizer, mas teria que te mostrar. — aleguei a ele — Me ajuda a encontrar a minha mãe e te levo a Ilha dos Perdidos onde vai encontrar respostas.
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  — Fechado. — disse ele.
  Eu me afastei para sair.
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  — . — ele segurou a minha mão com leveza.
  — O que? — eu o olhei.
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  — Obrigado por confiar em mim. — ele sorriu um pouco.
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  Sorri de volta discretamente e me retirei. Assim que entrei no quarto ao lado, caminhei até a cama e me joguei. Senti um peso em meu corpo e a chuva de pensamentos começou. Minutos depois bateram na porta e eu assenti a entrada. Era a rainha Bela, para minha surpresa. Dei um pulo da cama, permanecendo sentada.
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  — Me desculpe, não queria te assustar. — disse ela, sorrindo de leve.
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  — Não assustou, só pensei que fosse o . — disse, disfarçando.
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  — É sobre ele que eu vim falar. — ela entrou mais, fechando a porta e seguiu até mim — Estou feliz que ele tenha convidado alguém para o baile.
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  — Mesmo que esse alguém seja a filha da Malévola? — indaguei.
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  — Sim. — assentiu ela, se sentando na cama de frente para mim — nunca foi de muitos amigos e talvez seja por nossa super proteção, sempre frisamos a ele a necessidade de saber se defender e ter responsabilidades com o reino.
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  — É um fardo muito grande para se carregar, não acha? — joguei uma indireta — Ainda mais sendo filho único.
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  — Sim… Ele é um menino de ouro, nunca o tinha visto com os olhos brilhando até você chegar na vida dele, foi a primeira garota que ele trouxe em um baile. — ela parecia estar sendo sincera — , minha família já sofreu muito no passado, um dos motivos dele não aparecer sob os holofotes.
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  — Entendo… — eu respirei fundo, juntando as palavras certas na mente — E sendo sincera, acho que deveriam contar a ele sobre essas dores do passado, eu não deveria falar, mas acha que escondem um segredo dele, e não vou impedi-lo de descobrir.
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  — Você sabe de alguma coisa?! — Bela me olhou, parecia ter uma certa esperança — , o que você sabe?
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  — Sei que deveriam se atentar às pessoas que moram na Ilha dos Perdidos, nem todos lá são vilões e merecem ser excluídos. — continuei com minha sinceridade no que achava ser certo pronunciar.
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  A rainha me agradeceu e se retirou. A forma como ela agiu me deixou intrigada e ao mesmo tempo confirmou minha teoria sobre e .
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  Finalmente estava passando pelas portas da Auradon Preparatória, seguindo diretamente ao quarto de Klaus. O lugar repleto de organização que até me fez duvidar se Jay realmente dormia ali também.
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  — Miss , aqui está sua informação. — disse ele, me entregando uma folha.
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   se colocou ao meu lado e juntos começamos a ler. A fábrica ficava em uma parte isolada do reino entre Auradon e Agrabah. O príncipe e eu nos olhamos e já tinha certeza do que o outro pensava. Ao cair da noite, seguimos para o endereço que Klaus conseguiu, acompanhados do meu grupo seleto de amigos. Ally e Jay ficaram encarregados da distração, enquanto Klaus conseguia nos colocar lá dentro, destravando as portas de segurança ao invadir o sistema pelo notebook de vossa alteza. Enquanto isso, Florence ficou na escola para nos dar cobertura.
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  Eu, e Clair entramos na fábrica e fomos guiados por Klaus pelo celular. Um lugar era deslumbrante e repleto de pinturas nas paredes que me remetiam a minha infância, com referências que somente eu e minha mãe saberiam o significado. Adentrando mais o lugar, conseguimos chegar à cozinha principal. Ouvimos algumas risadas vindo de dentro, seguido de barulhos. O som de alguém cantando era nítido.
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  — Fada Madrinha, não pode continuar me fazendo esses pedidos enormes com o prazo pequeno de entrega. — Eu consegui distinguir nitidamente a voz da minha mãe vindo do lado de dentro. — Não sou uma máquina e meus funcionários também não, a realeza que aprenda a pedir com antecedência, nossa fábrica está crescendo e a inauguração da confeitaria foi um sucesso em Auradon.
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  — Não me culpe por ser tão habilidosa com sobremesas. — a voz da Fada Madrinha soou clara também, me deixando mais perplexa ainda.
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  — E como está minha garotinha? Espero que aprontando muito. — minha mãe soltou uma gargalhada que só ela fazia.
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  Senti meu coração se aquecer.
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  — Sua filha é uma boa aluna, e tem feito amizade com o príncipe. — contou a Fada, soltando um suspiro fraco — Só me preocupo que ela esteja persistente em te encontrar.
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  — Não quero nem imaginar isso. — a voz dela ficou mais baixa.
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  — O que você vai fazer? — perguntou em sussurro.
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  — Não é óbvio?! — disse Clair, me conhecendo.
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  Eu me afastei dele e entrei na cozinha. Mantendo o olhar para minha mãe, que estava vestida com um avental de cozinheira com uma vasilha na mão e um batedor de ovos na outra.
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  — Bertha?! — ela se assustou ao me ver ali.
  — Mãe. — eu não sabia se corria para abraçá-la de tanta saudade e a xingava por ter me deixado.
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  — Oh… — a Fada Madrinha também se assustou ao me ver, depois seu olhar suavizou ou avistar e Clair atrás de mim — Como chegaram até aqui.
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  — O brownie da tia Malévola a denunciou. — explicou Clair a lógica da questão.
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  — Você a deixou comer? — minha mãe olhou para a diretora.
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  — Eu não sabia, na escola… O baile. — ela fitou o príncipe — Vossa alteza a levou ao baile real.
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  — Poderiam nos deixar à sós? — pediu minha mãe.
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  Eles assentiram e se retiraram da cozinha. Eu controlei as minhas emoções o máximo que pude até que a raiva explodiu e fiz algumas coisas serem arremessadas contra parede.
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  — Por que me deixou?! — disse num tom elevado — Me trocou por isso?
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  — Não, querida. — ele se aproximou de mim e segurou em minha mão — Jamais faria isso, você é minha filha e… É importante para mim.
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  — Você me deixou naquela ilha sozinha, se não fosse a tia Rainha de Copas, eu não sei o que teria sido de mim. — mantive o olhar raivoso para ela.
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  — Me perdoe, querida. — ela respirou fundo — Depois que eu perdi minha magia para a Fada Madrinha, eu percebi que não adiantava mais continuar cultivando o ódio, ela me prendeu em um lugar distante, mas depois de um tempo ela me propôs uma sociedade com a fábrica.
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  — Eu senti tanto a sua falta. — admiti para ela.
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  — Eu também, minha querida. — ela me abraçou com carinho — Não conte nada para sua tia, tenho certeza que ela vai querer cortar minha cabeça.
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  Um breve momento de silêncio e caímos na gargalhada. Eu chamei de volta e o apresentei a ela. O olhar da minha mãe para ele foi o mesmo que eu fiz na primeira vez. Ela me olhou como se tivesse também matado a charada, e eu discretamente acenei com o olhar para ela agir naturalmente.
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  — É um prazer conhecê-lo, alteza. — disse ela.
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  — Por favor, me chame de . — ele sorriu de leve — O prazer é meu, seu brownie é o meu favorito.
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  — Ah, que bom. — ela me olhou novamente, forçando um sorriso.
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  — Temos que voltar para a escola, . — disse ao segurar em sua mão.
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  Minha mãe percebeu.
  — Posso voltar aqui?! — perguntei a ela.
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  — Sempre que quiser, minha querida. — ela sorriu de leve.
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  Algo estranho de se ver. Assim que voltamos para Auradon Preparatória, fomos repreendidos pela Fada Madrinha, e desta vez nem conseguiu se livrar. As aulas continuaram pelo outono, e prudentemente resolvemos adiar nossa escapada à Ilha dos Perdidos.
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  A vigilância era grande demais. 
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  Na primeira semana de dezembro, a rainha Bela ofereceu um baile de Inverno. Desta vez, até meus amigos puderam ir. Parecia tudo tranquilo e normal, a neve caindo do lado de fora, os musicistas tocando belas canções e me levou até a estufa do seu pai. Meus olhos brilharam um pouco ao ver a tão famosa roseira do rei Fera. Ele, que segurava minha mão, parou em frente a uma mesa redonda, havia uma rosa em cima.
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  Pegando-a com a outra mão, me olhou.
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  — O que foi?! — perguntei sem entender — Por que estamos aqui?
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  — O primeiro presente que meu pai deu para minha mãe foi uma rosa. — contou ele, ignorando minhas perguntas — Exatamente nesse lugar no dia em que se declarou para ela.
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  — E está me dizendo isso… — eu me calei entendendo entrelinhas a intenção dele —
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  — Já entendeu, não é? — ele sorriu de forma fofa.
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  — Não acho que deveria. — o aconselhei — Não sou a garota ideal para você.
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  — Não. — disse como se concordasse comigo — Você é a garota que faz meu coração acelerar.
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  Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, seus lábios tocaram os meus com suavidade e um pouco de malícia. Doce e leve, começou a ficar mais intenso quando ele envolveu seus braços em minha cintura. O clima estava favorável e meu coração também acelerado.
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  Até que o inimaginável aconteceu.
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  Eu senti uma pessoa afastar de mim e socá-lo, derrubando-o no chão. Eu levei a mão a boca no susto e em segundo a pessoa encapuzada me segurou pelo pulso e me puxou para sair de lá.
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  — Ei, espera! — gritei tentando me soltar — Está me machucando.
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  — O que você acha que fez agora? Me machucou. — a voz era de .
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  O que fez meu corpo gelar.
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  — É assim que você quer que eu te espere?! — ele soltou a minha mão — Espere até que seja a rainha.
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  — Não é nada disso, . — minha mente estava mais do que confusa — Afinal de contas, o que está fazendo… Como chegou aqui?
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  Eu já nem sabia qual pergunta fazer primeiro.
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  — Todo feitiço tem sua falha. — respondeu ele.
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  Mais uma vez fui surpreendida, agora por que se jogou contra ele, iniciando uma briga estranha e maluca. Comecei a gritar chamando por socorro, poderia usar meu poder? Claro, mas precisava de uma vez por todas desvendar esse mistério. Foi então que os guardas do reino apareceram juntamente com o rei Fera e a rainha Bela, e os demais convidados. Eu finalmente os afastei um do outro e me coloquei na frente de o protegendo, pois os guardas, a mando do rei, apontaram suas espadas para ele.
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  — Por favor, não o machuque. — pedi ao rei, sentindo o olhar confuso de para mim.
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  O príncipe se levantou do chão, limpando o sangue que escorria no canto da boca, com o olhar furioso e intimidador, o que era novidade para mim.
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  — Saia da frente, senhorita . — ordenou o rei.
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  — Não. — gritei segura da minha decisão.
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  — Agora você vai me defender? — se levantou também, atrás de mim — Não preciso que me defenda.
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  — Eu sei, e não vou te defender, pois não preciso. — disse ao me virar para ele e retirar seu famigerado capuz de estimação.
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  Logo o som de surpresa surgiu entre todos ali presente, principalmente as vossas majestades.
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  — Aqui está, , o segredo dos seus pais. — disse a ele, com o olhar sereno — Você tem um irmão gêmeo.
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  — O quê?! — disseram e em um coral.
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  Eu sorri de canto me sentindo a verdadeira Sherlock Holmes após um caso bem resolvido. O passado triste mencionado pela mãe de foi o sequestro do seu irmão, ainda criança, por Gaston. Eu não sabia muito sobre a história, mas me lembrei vagamente das conversas que eu e Clair ouvíamos de nossas mães. Foi somente juntar as peças e levar em conta ambos serem quase idênticos, que logo matei a charada.
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  — Meu filho… — a rainha Bela se mostrou emocionada, ao se aproximar de nós, sem receio ela tocou no rosto de .
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  — Filho?! — ele se mostrou ainda mais confuso que o irmão que se aproximava.
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  — Vossa alteza. — brinquei ao piscar de leve para .
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  Ambos os príncipes me olharam. 
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  O que me causou um frio na barriga. 
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  Em instantes o rei Fera ordenou que todos se retirassem. Sua família precisava de privacidade após o turbilhão de emoções causadas por aquela revelação bombástica. Eu me senti aliviada em partes, mas curiosa sobre o que viria a seguir.
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  Após tudo ser revelado, mais uma celebração foi promovida, agora para a coroação e reconhecimento do príncipe . Confesso que fiquei emocionada ao ver tal cena, e mais ainda por minha mãe estar presente ao meu lado. Seu olhar orgulhoso para mim valia mais do que qualquer travessura da vida.
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  — Olha só nossa investigadora profissional de Auradon. — brincou Clair ao se aproximar de mim — O que achou do vestido que lhe dei?
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  — Se superou novamente. — a elogiei subjetivamente pegando um brownie da mesa de doces. 
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  — Agora eu estou curiosa. — comentou ela.
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  — Sobre o que? — a olhei intrigada.
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  — Com qual dos dois príncipes vai se casar. — disse ela, num tom prepotente — Já estou te vendo como a causadora de discórdias entre a coroa.
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  Ela soltou uma gargalhada maldosa.
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  — Eu aposto no . — disse Klaus, se aproximando com os outros — Ele é educado, inteligente e se veste bem.
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  — Eu dobro a aposta no , ele e a estão juntos desde sempre. — disse Jay — Gosto mais dele.
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  — Eu acho o príncipe um lord… Mas esse . — Ally comentou, atraindo um olhar de reprovação de Jay.
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  Ambos já estavam bem próximos naquela amizade colorida.
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  — E desde quando eu dei permissão para apostarem sobre minha vida. — eu olhei para Florence — Nem se atreva a dizer algo, ainda está em período de experiência.
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  — Eu não ia dizer nada. — ela riu.
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  — Você não respondeu. — instigou Clair.
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  — E nem vou responder. — eu voltei meu olhar para frente, fixando em ambos os príncipes que mantinham seus olhares também em mim.
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  Ambos tinham suas qualidades e pontos fortes que me atraíam. era sereno e suave como a brisa da noite, seu beijo doce e nossa aproximação havia gerado uma amizade incomum. Já , o conhecia desde pequena e em todos os momentos tristes da minha vida, ele esteve ao meu lado, era como o calor do dia com a intensidade dos seus beijos. 
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  Eu não sabia por qual dos dois, mas meu coração estava acelerado naquele momento.
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  Ao me mudar para Auradon Preparatória eu tinha um propósito de encontrar minha mãe, mas quem diria que eu encontraria mais do que isso.
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  Logo, um sorriso maquiavélico surgiu em meu rosto.
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Você é minha sorte,
Você me fez arriscar meu coração numa oportunidade única,
Agora, todos estão olhando para nós com pipoca na boca,
Esperando para ver o que vai acontecer com nós dois. 
– Lotto / EXO

  “Surpresas: A vida é uma caixa de surpresas, não devemos ter medo de abri-la e viver o que nos é apresentado.” – by: Pâms.

Fim

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Lelen
Lelen
2 anos atrás

Eu nunca vi Descendentes, mas fiquei curiosa depois de ler a história…

Assim, eu, particularmente sou team Ben, mas o Gale não teve tanta oportunidade de se mostrar, né. Então, vai saber HAHAHHAHA

Choquita com a história do Gaston. Achei ofensivo, moço. Tu devia ter vivido sua vida e ser feliz, não tentar estragar a vida alheia u.u

Comentário originalmente postado em 07 de Novembro de 2021

Pâms
Pâms
2 anos atrás
Reply to  Lelen

Menina, eu tô morta de vontade de escrever mais linhas dessa fic…. Quero escrever mais do Gale, porque né, teve só um gostinho dele. Pois é, tem vilão que fica legal que nem a Malévola, mas tem vilão que não sabe viver a vida que nem o Gaston. Fico feliz que tenha lido e gostado!!! <3<3<3

Comentário originalmente postado em 11 de Novembro de 2021

Last edited 2 anos atrás by Pâms

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