Love without tragedy/Mother Mary

  - Qual o problema, caramba? – desceu do carro quando Yugyeom freou o mesmo bruscamente –

  Yugyeom deu de ombros descendo também. A garrafa na mão fez querer chorar, e então os olhos lacrimejaram com força, com muita força.

  - O amor não é nada mesmo, não é?

  - Do que você tá falando Yugyeom? – limpou a lágrima teimosa que descia por sua bochecha –

  - Você não me ama! Não me ama porra nenhuma!

  - Quando você está assim, eu não amo mesmo! Olha só pra você Yugyeom!

  - Você tem que ficar do meu lado ! – o tom de voz dele subiu algumas dezenas –

  O coração de batia descompassadamente dentro do peito e o de Yugyeom batia duas vezes mais, as drogas agora começando a fazer os efeitos colaterais, e a bebida também.

  - E você sabia que eu não poderia deixá-lo ir Yugyeom! – mais lágrimas desciam pelo rosto dela –

  - Porque ? – agora era Yugyeom quem se desmanchava em lágrimas –

  - Eu que te pergunto por que Yugyeom? Você traiu a minha confiança! Traiu a confiança da gravadora, traiu a confiança dos nossos empresários! Você fodeu com tudo!

  - Foi uma recaída ! Depois de três anos! Eu fui forte por três anos, e eu só esperava a sua compreensão, o seu apoio, a sua ajuda!

  - Você costumava ser esse garoto que eu amava, e eu costumava ser essa garota dos seus sonhos! Quem sabe o curso dessa única estrada nos feriu fatalmente?

  Yugyeom balançou a cabeça, com as lágrimas ainda escorrendo pelo rosto. fechou os olhos, ela sabia que aquilo tinha que acabar ali: não tinha mais volta, não tinha mais saída, e ela sabia muito bem que não poderia salvá-lo.

  - Você tirou os melhores anos da minha vida, eu tirei os melhores anos da sua vida! – Yugyeom tapou o rosto com as mãos –

  Aos prantos ele se virou de costas para ela. se aproximou dele, encostando uma das mãos em suas costas largas.

  - Senti que o amor me atingiu na noite, e eu rezei que o amor não me acertasse duas vezes! Chega Yugyeom, chega!

  Ele assentiu com a cabeça, ainda de costas para , que deixou que sua mão escorregasse.

  - O que é o amor sem tragédia?

  - Mãe Maria, eu juro que eu quero mudar! Senhor Jesus, eu adoraria ser rainha, mas eu sou do lado esquerdo de uma ilha, nunca pensei que sequer muitas pessoas saberiam meu nome! Como o tempo voa, em cima de mim! Por ti eu chorei, lágrimas te vêem, oh glória, as preces me carregam!

  Terminou sua oração e então saiu de dentro do carro, indo de encontro à ele no tal galpão em que combinaram o encontro. O salto dela batia no chão conforme ela andava e procurava por ele. De repente as luzes do lugar se acenderam, fazendo com que se assustasse e parasse, estática.

  - Você veio mesmo! – ele se virou de frente á ela –

  Os olhos de lacrimejaram ao mesmo tempo em que se arregalaram ao ver o rosto machucado de Yugyeom, com o sangue pingando no chão. E claro, a arma empunhada, que brilhava mais do que qualquer coisa.

  - Serei a estrela, você continua a me direcionar. Vamos fazer a melhor cena já vista ! Vamos capturar o momento – ele começou a caminhar – Porque nem para sempre é para sempre, não é mesmo? Hum?

  - Yugyeom! – ela umedeceu os lábios –

  - Eu juro por este momento… Porque juntos não é prometer para sempre! Vamos viver no momento, enquanto nós temos um ao outro!

  Ele segurou os ombros dela, o gelado da arma… Ela já sabia das notícias, as mesmas correram pela Coreia, e pelo mundo. Yugyeom havia enlouquecido, havia voltado para as noitadas, para a bebidas, para drogas… Havia se recusado a fazer o tratamento de reabilitação, estava perambulando pelas ruas, totalmente drogado a dias… E a culpa? Ele dizia que era de , e ? Também achava que era sua, por ter o abandonado num momento de fragilidade, por ter deixado Yugyeom para trás quando ele ainda precisava dela.

  - Estou preparada para morrer no momento, chorar no momento! – fechou os olhos e voltou a orar baixinho – Mãe Maria, eu juro que eu quero mudar! Senhor Jesus, eu adoraria ser a rainha, mas eu sou do lado esquerdo de uma ilha, nunca pensei que sequer muitas pessoas saberiam meu nome! Como o tempo voa, em cima de mim, por ti eu chorei, lágrimas te veem. Oh glória, as preces me carregam!

  O barulho do tiro, foi um estrondo, mas ao mesmo tempo era um barulho oco. não sentiu nada, não houve dor, não houve surpresa, ela não deixou de amar Yugyeom nem naquele momento, enquanto o tiro atravessava sua pele, rasgando a mesma. Nem mesmo o baque de seu corpo caindo no chão, fez com que ela o amasse menos. Antes de fechar os olhos, ela o viu pela ultima vez. As lágrimas se misturavam com o sangue espalhado pelo rosto dele enquanto ele lhe segurava pela cabeça. Ainda pode ouvi-lo dizendo que a amava, e sentiu pela última vez os lábios dele se encostarem aos seus, já começando a ficarem frios. Fechou os olhos e repetiu para si mesma antes de partir: O que é o amor sem tragédia?