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Sem curiosidades para essa história no momento!

Inesperado

Primeiro Capítulo

   respirou profundamente enquanto olhava a grande escultura que estava em sua frente sobre o pedestal.
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  Ela precisava terminar aquela restauração o quanto antes, a reabertura do museu era dali alguns dias e ela sentia que estava estagnada naquela restauração.
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  A oficina estava silenciosa, exceto pelo som suave de música clássica que preenchia o ambiente, algo que sempre mantinha para ajudá-la a se concentrar. As paredes estavam cobertas de prateleiras repletas de ferramentas, pigmentos e referências históricas. Uma grande janela permitia a entrada da luz natural, iluminando suavemente o espaço e ressaltando o brilho das superfícies de mármore e madeira.
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   ajustou os óculos, aproximando-se novamente da escultura. Sentia uma pressão constante para entregar um trabalho impecável, afinal, era uma das restauradoras mais renomadas da cidade. Seus dias começavam cedo, antes do amanhecer, quando ela preferia trabalhar sem interrupções. Era um ritual quase sagrado para ela; o café forte, o silêncio matinal e a preparação cuidadosa das ferramentas antes de iniciar o trabalho.
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  Ela passava horas analisando cada detalhe das obras, estudando as técnicas dos antigos mestres para garantir que cada restauração fosse fiel ao original. Mas, recentemente, sentia-se diferente. Uma inquietação que ela não conseguia explicar a acompanhava, como se uma parte dela estivesse faltando, ou como se algo estivesse para mudar em sua vida, algo além das paredes do ateliê.
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   suspirou, afastando esses pensamentos. Agora não era hora para distrações. A arte sempre fora sua prioridade, o que lhe dava propósito. Mas, nos últimos dias, aquele propósito parecia menos claro, como se as cores de sua vida estivessem começando a desbotar.
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  Seu celular vibrou na mesa ao lado, tirando-a de seus devaneios. Era uma mensagem de sua assistente lembrando-a de uma reunião com o diretor do museu. olhou o relógio, percebendo que já havia perdido a noção do tempo. Guardou as ferramentas, tirou as luvas de proteção e se preparou para sair. Enquanto caminhava pelos corredores do museu, sentia o peso de suas responsabilidades, mas também uma curiosa expectativa que não conseguia identificar.
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***

   ajustou a alça da câmera no ombro enquanto caminhava pelos corredores amplos do museu, os olhos atentos a cada detalhe ao seu redor. O lugar era uma verdadeira joia, com suas paredes revestidas de obras de arte e esculturas que contavam histórias de tempos passados. Ele parava de tempos em tempos, levantando a câmera para capturar uma imagem que o fascinava, o clique suave da câmera ecoando no ambiente silencioso.
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  Ao seu lado, segurava uma câmera de vídeo compacta, já filmando desde que entraram. Ele mantinha o foco em , registrando a maneira como o amigo se movia pelo espaço, mas também fazia algumas tomadas do ambiente, capturando a grandiosidade do museu.
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  - Isso aqui é incrível, cara! – comentou, abaixando a câmera por um momento para olhar em volta – Acho que nunca vi tanta arte incrível em um só lugar.
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   assentiu, concordando.
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  - É surreal. Cada peça aqui tem uma história, e eu mal posso esperar para começar a trabalhar nesse projeto. Documentar a restauração dessas obras é uma oportunidade única.
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  Os dois continuaram a caminhar, parando ocasionalmente para fotografar ou filmar algo que chamava a atenção. estava particularmente interessado em como a luz natural entrava pelas grandes janelas do museu, criando um jogo de sombras nas superfícies das esculturas e nas texturas das pinturas. Ele sabia que a luz era essencial para capturar a essência das obras, e já estava planejando como usaria isso em suas fotos.
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  - Você já conheceu a restauradora chefe? – perguntou enquanto ajustava o foco da câmera em uma escultura imponente.
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  - Não pessoalmente, ainda não, – respondeu – Mas ouvi dizer que ela é incrível no que faz. Acho que vamos aprender muito trabalhando com ela.
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   sorriu.
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  - E quem sabe, fazer novos amigos também. Você precisa se enturmar mais, .
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   riu.
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  - Vamos ver como as coisas se desenrolam. Agora, vamos pegar mais algumas fotos antes da reunião. Esse lugar merece ser capturado de todos os ângulos.
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  Eles continuaram seu caminho pelo museu, explorando cada corredor e sala, enquanto se preparavam mentalmente para a reunião com a restauradora. Para , essa era mais do que uma simples oportunidade de trabalho; era uma chance de mergulhar em um mundo que sempre o fascinou, e ele estava determinado a aproveitar cada momento.
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***

   entrou na sala de reuniões com passos firmes, mas a mente ainda focada na restauração que havia deixado inacabada. A sala era ampla e bem iluminada, com uma longa mesa de madeira polida no centro, cercada por cadeiras de couro. Na cabeceira, o diretor do museu, Sr. Roberto Salazar, já a esperava com uma expressão cordial.
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  - , que bom que você pôde vir! –  ele disse, levantando-se para cumprimentá-la com um aperto de mão firme.
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  - Claro, Sr. Salazar. – ela respondeu com um sorriso profissional – Estou ansiosa para discutirmos os próximos passos.
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  Eles se sentaram, e pousou sua pasta sobre a mesa, preparando-se para a reunião. O diretor ajustou os óculos e pegou alguns documentos que estavam à sua frente.
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  - Primeiramente, quero parabenizá-la pelo progresso na restauração. Sabemos que o incêndio causou danos significativos, mas você tem feito um trabalho excepcional em recuperar as peças mais importantes.
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  - Obrigada. – respondeu, com um aceno de cabeça – Ainda há muito a ser feito, mas estamos avançando bem.
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  - Sim, e é justamente sobre isso que quero conversar… – ele continuou – Dada a importância histórica do nosso acervo e o impacto do incêndio, decidimos que essa restauração precisa ser registrada de uma maneira especial. Queremos documentar todo o processo em vídeo e fotos, e eventualmente produzir um documentário que mostre ao público não só a recuperação das obras, mas também a resiliência do museu e de todos os envolvidos.
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   piscou, surpresa.
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  - Um documentário?
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  - Isso mesmo. – Sr. Salazar confirmou – Sabemos que será uma tarefa adicional para você e sua equipe, mas acreditamos que é uma oportunidade única de mostrar o valor do trabalho que vocês estão fazendo. Sem contar que essa produção pode ajudar a angariar mais apoio para o museu no futuro.
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   ponderou por um momento, assimilando a ideia:
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  - Entendo a importância de documentar esse processo, mas como exatamente isso vai funcionar? Minha prioridade é a restauração, então precisaremos garantir que isso não atrapalhe o andamento do trabalho.
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  - O planejamento já está em andamento, . – ele disse, com um tom tranquilizador – Contratamos um fotógrafo, um cinegrafista, e sua equipe. e , ambos jovens talentos que têm se destacado na área. Eles serão responsáveis por toda a documentação visual, e já estão familiarizados com o tipo de sensibilidade que um projeto como esse requer. A ideia é que eles trabalhem de maneira discreta, capturando o processo sem interferir diretamente no seu trabalho.
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   inclinou-se para a frente, interessada:
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  - Eles já começaram a filmar?
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  - Estão explorando o museu neste momento, capturando imagens preliminares. Vou apresentá-los a você logo após nossa reunião, para que possam discutir como integrar o trabalho deles ao seu fluxo. Acreditamos que o resultado será algo não só bonito, mas profundamente significativo.
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  Ela assentiu, ainda refletindo sobre o novo desafio.
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  - Acho que pode ser uma iniciativa interessante, se conseguirmos alinhar nossos objetivos. Documentar o que fazemos aqui pode realmente ajudar as pessoas a entenderem a importância da preservação da arte.
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  Exatamente. – concordou Sr. Salazar – Queremos que esse documentário mostre não apenas a técnica, mas também a paixão e o esforço envolvidos na restauração. Algo que inspire e eduque as pessoas sobre o que acontece nos bastidores de um museu.
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   sorriu levemente, começando a se sentir mais confortável com a ideia.
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  - Então, vamos em frente. Estou disposta a colaborar e a ver onde isso pode nos levar.
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  - Ótimo! – disse ele, levantando-se e estendendo a mão novamente -Tenho certeza de que será uma parceria frutífera. Vou levá-la até os cinegrafistas para que possam se conhecer.
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   pegou sua pasta e se levantou, sentindo uma mistura de curiosidade e expectativa pelo que estava por vir. Essa nova faceta do projeto poderia trazer uma perspectiva interessante ao seu trabalho, e ela estava pronta para ver como as coisas se desenrolariam.
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***

  Sr. Salazar conduziu pelos corredores do museu, conversando casualmente sobre o progresso da restauração enquanto se dirigiam à galeria onde e estavam trabalhando. Ao se aproximarem, podia ouvir o som suave de cliques de câmera e sussurros entre os dois homens enquanto discutiam enquadramentos e ângulos.
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  Quando chegaram à galeria, avistou primeiro, ajoelhado ao lado de uma escultura, ajustando o foco de sua câmera. Ele estava concentrado, o rosto parcialmente coberto pela câmera, mas a postura descontraída e os movimentos seguros mostravam sua familiaridade com o trabalho. Ao lado dele, estava ajustando o tripé para uma filmagem, mas ergueu a cabeça ao notar a chegada deles.
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  - … –  Salazar chamou sua atenção para os dois – Este é , nosso fotógrafo, e , cinegrafista. Rapazes, esta é , nossa talentosa restauradora.
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   levantou-se imediatamente, tirando a câmera do rosto e estendendo a mão para cumprimentá-la. Quando seus olhos encontraram os de , ele sentiu uma onda inesperada de admiração. Ela era diferente do que ele imaginara. Havia uma aura de elegância e autoridade ao redor dela, algo que o fez se endireitar, desejando causar uma boa impressão.
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  - Muito prazer em conhecê-la, Sra. ! – ele disse com um sorriso genuíno, seus olhos brilhando de curiosidade.
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  - , por favor… – ela respondeu, apertando sua mão com firmeza – O prazer é meu, .
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   manteve sua expressão profissional, embora não pudesse deixar de notar a aparência agradável de . Ele era atraente, com um ar descontraído, mas havia algo em seus olhos que a fez sentir que ele era mais do que apenas um jovem fotógrafo talentoso. No entanto, ela rapidamente afastou esses pensamentos, focando-se no motivo pelo qual estavam ali.
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  , que estava observando a interação com um sorriso divertido, também se aproximou para cumprimentá-la.
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  - É um prazer conhecê-la, . Estamos ansiosos para colaborar com você nesse projeto.
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  - Obrigada, . – disse , acenando para ele – Ouvi falar muito bem do trabalho de vocês. Espero que possamos encontrar uma boa sinergia durante esse processo.
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  - Tenho certeza de que será uma experiência enriquecedora para todos nós! – comentou, sempre o mais otimista do grupo.
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  Sr. Salazar interveio, explicando:
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  - O que estamos pensando, , é que e documentem tanto as obras quanto o processo de restauração. Eles estarão por aqui, capturando momentos enquanto você trabalha. Claro, qualquer necessidade ou ajuste que você precise, estamos abertos a discutir.
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   assentiu, mantendo o tom profissional.
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  - Entendo. Desde que isso não interfira no andamento da restauração, acredito que podemos trabalhar bem juntos. Vocês estarão por aqui todos os dias?
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   respondeu, com um leve entusiasmo na voz:
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  - Sim, estaremos por aqui durante todo o processo. Queremos captar cada detalhe, não só das obras, mas também da atmosfera que você cria enquanto trabalha. Acho que isso vai trazer uma profundidade única ao documentário.
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   notou a paixão no tom de e, por um breve momento, seus olhos se encontraram novamente. Havia uma intensidade e sinceridade que ela não esperava. Apesar disso, ela manteve a compostura, ciente de sua responsabilidade profissional.
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  - Perfeito! – disse ela, com um leve sorriso – Vamos trabalhar juntos para garantir que o resultado seja algo de que todos nós possamos nos orgulhar.
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  Sr. Salazar, satisfeito com a introdução, olhou para os três.
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  - Então, se estiverem prontos, podemos começar a alinhar os primeiros passos. Acho que temos um grande projeto pela frente.
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  Enquanto se afastava para discutir os detalhes com o diretor, a observou, ainda impressionado com a presença dela. Ele sabia que havia mais em do que sua aparência profissional e estava curioso para descobrir. , percebendo o olhar do amigo, cutucou-o levemente.
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  - Ela é impressionante, não é? – comentou em voz baixa.
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   sorriu, ainda olhando para .
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  - Sim, definitivamente.
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SEGUNDO CAPÍTULO

  O som dos passos ecoava pelos corredores do museu enquanto , e seguiam o Sr. Salazar em direção à área principal de restauração. As paredes, adornadas com obras de arte que resistiram ao incêndio, contrastavam com o cheiro levemente acre de tinta e produtos de conservação que pairavam no ar.
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   caminhava à frente, seu olhar focado no caminho à frente, mas sua mente estava parcialmente distraída pelo fotógrafo que, alguns passos atrás, parecia estudá-la sempre que pensava que ela não estava prestando atenção. era atraente, sim, mas o trabalho sempre vinha em primeiro lugar, e ela se recusava a deixar algo tão mundano interferir em sua missão de resgatar a história por trás de cada obra de arte.
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  — Então, , — a voz de a trouxe de volta à realidade. — O que te fez seguir a área de restauração? Sempre me perguntei como alguém escolhe trabalhar diretamente com… obras que já foram criadas, em vez de criar algo novo.
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  Ela diminuiu o passo, permitindo que ele a alcançasse, enquanto discretamente apontava a câmera para uma obra próxima, capturando a atmosfera.
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  — Boa pergunta, — ela começou, ajeitando uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Sempre amei arte, mas nunca me vi como alguém que criaria algo original. Meu prazer sempre veio de entender e preservar a história por trás de cada peça. Restaurar é quase como… resgatar memórias que, de outra forma, seriam perdidas no tempo.
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   sorriu, fascinado pela paixão em sua voz. Ele não esperava uma resposta tão poética, e isso apenas aumentava sua admiração.
[wpdiscuz-feedback id="i8lpd06n5k" question="Comente!" opened="0"]  — Isso é incrível. Acho que de certa forma, nós, com
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o fotógrafos e cinegrafistas, também fazemos isso. Tentamos capturar momentos antes que eles se percam, para que possam ser lembrados.[/wpdiscuz-feedback]
  — Sim, — ela respondeu, lançando um olhar breve em sua direção. — É uma boa analogia. Mas, no meu caso, as memórias que resgato pertencem a alguém que viveu séculos atrás. É um desafio e tanto.
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  Sr. Salazar interrompeu a conversa ao se virar para o grupo quando chegaram à sala principal de restauração, onde esculturas parcialmente danificadas e pinturas desbotadas ocupavam o espaço. “Aqui estamos,” ele anunciou.
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  — Essa será a principal área de trabalho da e de sua equipe, e, a partir de agora, de vocês também. Vamos documentar cada etapa dessa jornada de recuperação.
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   olhou ao redor, maravilhado com as peças que, mesmo em seu estado degradado, ainda exalavam uma grandiosidade que não podia ser ignorada. Ele e imediatamente começaram a tirar fotos e a filmar, enquanto se aproximava de uma das esculturas danificadas, inspecionando-a de perto.
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  — Esta escultura, — começou, — É uma das minhas prioridades. Ela foi bastante afetada pelo incêndio, mas acredito que ainda podemos salvá-la.
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   aproximou-se com cautela, agora vendo a escultura através dos olhos de . Ele fotografou a peça, mas logo encontrou seu foco voltando para ela. Enquanto ela explicava os danos e as técnicas que pretendia usar, ele estava menos preocupado com as palavras e mais encantado pela maneira como ela falava, com uma paixão contida e uma determinação que ele não via com frequência.
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  — Você já começou a trabalhar nela?
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   perguntou, tentando manter a conversa.
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  — Não oficialmente. — respondeu, ainda observando a escultura — Estava em fase de estudo. Queria entender melhor os danos antes de colocar as mãos na obra. Cada passo precisa ser calculado para não perder mais da história que essa peça carrega.
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   assentiu, impressionado. Ele sabia que havia algo mais profundo em desde o momento em que a conheceu, e agora isso estava se tornando mais claro. Ele se aproximou com sua câmera, tirando algumas fotos de enquanto ela analisava a escultura. As fotos capturavam não só a peça em questão, mas também a seriedade e a paixão dela pelo que fazia.
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  — É engraçado, — ele comentou, ainda segurando a câmera. — Você fala sobre essas obras como se fossem pessoas. Como se cada uma tivesse uma alma que você está tentando salvar.
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   parou por um momento e virou-se para ele, percebendo pela primeira vez a profundidade do comentário.
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  — De certa forma, é isso mesmo. Cada obra de arte tem uma história, uma essência. Eu apenas tento garantir que elas não sejam esquecidas.
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   sorriu, admirando ainda mais sua visão. Ele sabia que estava se apaixonando pela ideia de conhecê-la melhor, mesmo que continuasse mantendo sua distância profissional.
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  Enquanto continuava a tirar fotos e capturava imagens da escultura e do ambiente ao redor, retomou seu foco na peça danificada, mergulhando novamente em sua análise. Ela se aproximou das bordas mais danificadas, correndo os dedos com delicadeza sobre as fissuras na superfície desgastada pela fumaça e pelo calor do incêndio.
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  — Com as ferramentas certas e um pouco de paciência, consigo trazer de volta os detalhes mais sutis dessa escultura… — murmurou ela, quase para si mesma.
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  , que não havia tirado os olhos dela por muito tempo, abaixou a câmera e cruzou os braços, intrigado.
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  — Isso parece… meticuloso. Quanto tempo algo assim pode levar?
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  — Meses, talvez mais, — respondeu, virando-se para ele com um olhar sério. — Não existe um processo rápido na restauração. Cada parte precisa ser tratada com cuidado, respeitando os materiais e técnicas originais. O resultado final nunca deve parecer que foi ‘arrumado’… deve parecer que a peça nunca foi danificada.
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   se aproximou, curiosidade em seu rosto.
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  — Então, é como se você estivesse devolvendo a vida à obra, mas de uma maneira que ninguém percebe que ela foi restaurada.
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   deu um pequeno sorriso, admirando a maneira como ele compreendia o seu trabalho.
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  — Exatamente. É um trabalho invisível, mas essencial.
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  , que até então estava em silêncio enquanto ajustava a iluminação para suas filmagens, interrompeu com uma pergunta prática.
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  — Você já lidou com algo assim antes? Um incêndio que causou tantos danos?
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   fez uma pausa, refletindo.
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  — Incêndios, inundações, desmoronamentos… já lidei com diversos tipos de desastres ao longo da minha carreira. Cada um traz um desafio único, mas todos exigem a mesma coisa: paciência, precisão e respeito pelo trabalho original.
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   assentiu, impressionado, enquanto se permitiu um breve momento de admiração silenciosa. A maneira como falava do seu trabalho, a paixão que ela colocava em cada palavra, só o fazia ficar ainda mais fascinado por ela. Ele sabia que havia algo especial em , algo que ele mal começara a entender.
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  Quando se virou novamente para a escultura, concentrando-se no trabalho à sua frente, observou-a com um leve sorriso no rosto. Ele sabia que aquele projeto seria longo e desafiador, mas também tinha certeza de que valeria cada momento. Não só pelas obras, mas pela oportunidade de conhecê-la melhor.
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  O som da porta da galeria se abrindo quebrou o silêncio. Sr. Salazar entrou na sala, observando a interação entre o trio.
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  — Vejo que vocês já estão se conhecendo melhor, — disse ele com um sorriso. — Isso é ótimo. Vamos precisar dessa colaboração para garantir que o documentário capture não só as obras, mas também a alma do que estamos fazendo aqui.
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   olhou para o diretor, assentindo.
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  — Vou fazer o que for necessário para garantir que o processo de restauração seja documentado sem comprometer a integridade do trabalho.
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   lançou um olhar rápido para , que sorriu de volta. Ambos sabiam que trabalhar com seria uma experiência única, e , em particular, estava mais do que disposto a fazer o possível para que aquela colaboração se tornasse algo especial – tanto profissionalmente quanto, talvez, pessoalmente.
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  Sr. Salazar então se virou para e .
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  — Nos próximos dias, vocês vão ter acesso total às áreas de restauração, mas lembrem-se de que a prioridade é o trabalho de . Se houver algo que precise ser ajustado, falem diretamente comigo.
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  — Entendido, — disse , olhando de relance para , que já estava de volta ao seu foco inabalável na escultura. — Vamos fazer isso da maneira mais discreta possível.
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   manteve os olhos na obra à sua frente, ciente da atenção que lhe dava, mas decidida a não desviar do profissionalismo. Ele era simpático, envolvente até, mas ela sabia que manter a linha entre trabalho e qualquer outra coisa era essencial. Por mais que seus olhos tivessem captado o charme dele, ela se recusava a deixar que isso a desviasse do que realmente importava naquele momento: salvar as obras.
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***

  No primeiro dia de gravações, a equipe de chega ao museu logo cedo. Ele e começam a ajustar o equipamento de filmagem enquanto já está imersa no trabalho de restauração. O ambiente no museu ainda carrega o peso do incêndio, e as cicatrizes nas obras são visíveis, tornando o clima mais intenso.
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   e fazem algumas capturas gerais do museu antes de se aproximarem de . Eles começam a filmar discretamente enquanto ela trabalha, sem interferir em sua rotina. está focada, explicando brevemente os procedimentos e as etapas da restauração para que a equipe entenda o processo e capture os momentos importantes.
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  Durante as filmagens, se surpreende com a precisão e o cuidado que tem com cada detalhe da escultura que está restaurando. Ele se aproxima para fazer algumas perguntas e , de maneira profissional, responde sem perder o foco no trabalho. , por sua vez, fica encantado com sua dedicação e seriedade, embora ela não demonstre nenhum interesse além do profissional.
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  Ao longo do dia, a equipe de captura imagens da escultura danificada, das ferramentas de e da maneira como ela lida com as delicadas etapas de restauração. também grava algumas cenas mais amplas, tentando capturar o ambiente de tensão que o incêndio deixou no local.
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  Conforme as horas passam e a manhã avança, o museu começa a ganhar vida com a chegada da equipe de restauração de . Os primeiros a entrar na sala são assistentes e técnicos, que cumprimentam brevemente antes de se dirigirem às suas tarefas. O ambiente ganha um ritmo de trabalho sincronizado, com a equipe se dividindo entre as obras que ainda precisam ser cuidadas.
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  Pouco depois, Alejandra e Chantal, as duas melhores amigas de , entram juntas na sala. Alejandra, com seus cabelos longos e intensamente vermelhos, chama imediatamente a atenção de , que para de ajustar a câmera por um momento, surpreendido. Ela veste um macacão de trabalho prático, mas sua presença vibrante e o contraste de suas cores parecem iluminar a sala. Chantal, por outro lado, é mais discreta, com um olhar tranquilo e um sorriso sereno, cumprimentando com um aceno sutil enquanto se dirige ao seu posto.
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  Alejandra não demora a notar que a está observando. Com um leve sorriso de canto, ela joga os cabelos para o lado e se aproxima de , fingindo não perceber o impacto que causou.
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  — Parece que as coisas estão indo bem aqui,— comenta, lançando um olhar breve na direção da câmera.
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  , que está limpando um fragmento de uma das peças, assente, sem desviar muito a atenção de seu trabalho.
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  — Por enquanto, sim. A equipe de filmagem está sendo cuidadosa. Nada que nos distraia do essencial.
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  , ainda um pouco fascinado, tenta se recompor e continuar ajustando a câmera, mas Alejandra não passa despercebida por ele. Ele murmura para , sem tirar os olhos da cena:
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  — Cara, quem é aquela? Com o cabelo vermelho?
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  , que até então estava concentrado em tirar fotos detalhadas do processo de restauração, levanta os olhos para ver Alejandra.
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  — Não faço ideia, — responde, com um sorriso brincalhão. — Mas parece que você já tem alguém em mente para ser sua musa para essas filmagens.
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  Enquanto a equipe de começa a se organizar para o trabalho do dia, aproveita para registrar alguns momentos mais descontraídos, tirando fotos e filmando a dinâmica entre eles. Ele percebe a forte conexão que existe entre , Alejandra e Chantal, mesmo que todas se mantenham profissionais e focadas no que precisam fazer. Há risadas rápidas e trocas de olhares cúmplices, algo que ele sabe que pode capturar nas filmagens para transmitir o lado humano do projeto de restauração.
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  Alejandra, ainda sentindo os olhares de , não resiste a provocá-lo mais um pouco. Quando ele se aproxima para ajustar a câmera mais perto do grupo, ela se inclina levemente para e murmura, sem tirar os olhos de :
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  — Parece que a equipe de filmagem está mais interessada em nós do que nas obras.
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   dá uma rápida olhada para e e, em seguida, solta um suspiro leve.
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  — Desde que eles não interfiram no trabalho, tudo bem. Vamos nos concentrar.
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  Enquanto as primeiras gravações do dia prosseguem, mantém seu foco na restauração, guiando sua equipe e colaborando com e conforme necessário. Alejandra e Chantal também começam a trabalhar nas peças, mas as pequenas trocas de olhares entre Alejandra e se tornam quase inevitáveis. Chantal, com seu jeito mais calmo, parece perceber a situação, mas apenas sorri em silêncio, focada em suas tarefas.
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   limpou as mãos delicadamente em um pano, terminando o detalhe minucioso em que estava trabalhando. Ela respirou fundo, observando sua equipe espalhada pela sala, ocupada com suas respectivas tarefas. Era o momento de formalizar as apresentações e garantir que todos estivessem na mesma página sobre o projeto do documentário.
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  — Ok, pessoal, — ela chamou, com uma voz firme e clara que imediatamente captou a atenção de todos. — Vamos fazer uma pequena pausa.
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  Os assistentes e restauradores, incluindo Alejandra e Chantal, pararam o que estavam fazendo e se aproximaram de . e , que até então estavam filmando a interação da equipe com as obras, abaixaram as câmeras e se posicionaram próximos a , prontos para serem apresentados.
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  — Gostaria de apresentar oficialmente a equipe de filmagem, que estará conosco durante as próximas semanas documentando o processo de restauração. — virou-se ligeiramente para e , que deram um passo à frente.
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  — Este é , o fotógrafo principal, — disse , gesticulando para ele com um sorriso profissional. — Ele será responsável por capturar imagens detalhadas do nosso trabalho e registrar todo o progresso das restaurações.
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   acenou com a cabeça, sorrindo amigavelmente para a equipe.
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  – Prazer em conhecê-los, — disse, mantendo o olhar um pouco mais fixo em antes de se virar para o resto da equipe. — Estou ansioso para documentar o incrível trabalho que vocês estão fazendo aqui.
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   então indicou .
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  — E este é , assistente de filmagem e também o responsável por algumas gravações que faremos. Ele estará filmando as entrevistas e as etapas principais do nosso processo.
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  , sempre simpático, acenou com um sorriso caloroso.
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  — É uma honra poder trabalhar com uma equipe tão dedicada. Vamos tentar ser o menos intrusivos o possível.
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   olhou para sua equipe e começou a explicar como funcionaria a dinâmica entre os restauradores e a equipe de filmagem.
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  — Eles estarão presentes diariamente para documentar nosso progresso. Sei que pode ser estranho ter câmeras por perto enquanto trabalhamos, mas é importante que capturemos cada detalhe, especialmente após o incêndio que danificou tantas peças. Este documentário será essencial para mostrar ao público o valor da restauração e do nosso trabalho árduo.
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  Alejandra, que até então observava com curiosidade, se aproximou de , lançando um olhar rápido para e antes de perguntar:
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  — Eles vão estar com a gente o tempo todo, então? Em todas as fases do processo?
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  — Sim, — confirmou . — Eles vão acompanhar cada etapa, desde as análises preliminares até o trabalho mais técnico. Mas fiquem tranquilos, eles já foram instruídos a não interferir diretamente no nosso trabalho.
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  Chantal, sempre mais reservada, olhou para e perguntou calmamente:
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  — E as entrevistas? Vamos ter que falar sobre nosso trabalho em frente às câmeras?
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   riu levemente, quebrando a tensão.
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  — Só se você quiser, mas seria ótimo ouvir a perspectiva de vocês. Não queremos apenas capturar o trabalho técnico, mas também o que isso significa para vocês como restauradores. Queremos contar a história completa.
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   assentiu.
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  — Exatamente. Quem se sentir à vontade pode participar das entrevistas. Vamos agendá-las conforme o andamento do projeto, e será tudo bem natural. Nada forçado.
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  A equipe de trocou olhares, claramente ainda se acostumando à ideia de trabalhar sob o olhar atento de câmeras, mas o tom confiante de e a simpatia de e ajudaram a aliviar as preocupações iniciais.
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  — Então, vamos manter o foco e continuar o ótimo trabalho, — concluiu, voltando sua atenção para o grupo. — E qualquer dúvida que vocês tiverem em relação ao documentário, podem falar comigo, com ou com o .
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  Com isso, deu uma última olhada para , que lhe lançou um leve sorriso de aprovação.
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  — Acho que estamos prontos para começar de verdade. — Ele comentou, ainda mantendo aquele brilho admirado no olhar.
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  , mantendo seu profissionalismo intacto, apenas retribuiu com um aceno de cabeça.
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  — Sim, vamos em frente.
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***

  Com as formalidades resolvidas e a equipe de filmagem devidamente apresentada, o trabalho voltou a fluir no museu. e começaram a se movimentar pela sala, ajustando suas câmeras para capturar o ambiente e o progresso das restaurações. focava em detalhes artísticos — mãos restaurando as superfícies de esculturas, pinceladas precisas, a textura do mármore que lentamente recuperava sua antiga glória. Já , com sua filmadora, concentrava-se em captar a interação das pessoas, documentando não apenas o processo, mas também a dedicação no olhar dos restauradores.
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  Conforme a manhã avançava, tirava fotos de enquanto ela trabalhava, tentando disfarçar seu crescente fascínio por ela. Havia algo na concentração serena dela, na maneira firme como lidava com cada detalhe minucioso, que o deixava intrigado. De vez em quando, seus olhares se encontravam, mas , sempre profissional, apenas retribuía com um sorriso discreto antes de voltar ao seu trabalho.
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  Alejandra, por outro lado, era mais expressiva. Quando a filmava, ela não perdia a oportunidade de lançar sorrisos enigmáticos na direção dele, o que o deixava ligeiramente constrangido, mas também mais motivado a filmar seus momentos. Ele estava claramente interessado nela, e , sempre observador, não deixou de perceber.
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  À medida que a manhã se aproximava do fim, o ambiente no museu começou a desacelerar. A equipe de restauração terminou uma etapa importante, e anunciou que todos poderiam fazer uma pausa para o almoço.
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  — Vamos fazer uma pausa agora, — disse , levantando-se e alongando os braços depois de passar horas concentrada. — Quem quiser pode comer aqui no refeitório do museu, mas também é uma boa hora para quem quiser sair e respirar um pouco de ar fresco.
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  Alejandra e Chantal conversaram brevemente sobre onde iriam almoçar, enquanto o restante da equipe começou a se dispersar. Alguns preferiram o conforto do refeitório do museu, onde podiam comer sem se afastar do local de trabalho, mas e decidiram que precisavam de um intervalo mais longo para reenergizar e ver a cidade ao redor.
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  — Vamos sair um pouco? — sugeriu a , que imediatamente concordou. Eles recolheram suas câmeras e saíram juntos do museu, caminhando pelas ruas até encontrarem um pequeno restaurante local.
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  Assim que se sentaram, pediram suas comidas e começaram a relaxar. , sempre o mais direto, logo puxou assunto sobre o que vinha ocupando seus pensamentos.
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  — Então, você também notou, né?”disse ele com um sorriso sugestivo, enquanto mexia no guardanapo à sua frente.
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  — Sobre o quê? — perguntou, tentando manter o tom despreocupado, mas claramente já imaginando onde a conversa iria chegar.
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  — Alejandra… — disse, sem rodeios. — Ela não é do tipo que passa despercebida. E aquele cabelo vermelho… Cara, é impossível não notar.
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   riu e balançou a cabeça.
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  — Sim, eu percebi. E parece que ela também notou você. Ela estava te lançando olhares o tempo todo.
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   sorriu, mas logo desviou o foco da conversa para algo que o intrigava mais.
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  — Mas e a ? Percebi que você estava tirando muitas fotos dela. Algo mais interessante na restauração ou…?
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   hesitou por um segundo, antes de admitir:
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  — Ela é… intrigante. Ela é diferente. Tem uma presença forte, sabe? A maneira como ela comanda a equipe, mas sem ser autoritária, e como está sempre tão concentrada. É como se nada conseguisse quebrar a bolha dela.
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  — Interessante, — comentou, arqueando uma sobrancelha. — Você raramente fala assim de alguém.
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   deu de ombros, tentando não demonstrar tanto o interesse que sentia.
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  — É só que ela tem algo que me chama a atenção. Ela é claramente apaixonada pelo que faz. Acho que isso é o que mais me atrai. Profissional, focada, mas ao mesmo tempo… parece ter uma história por trás daquele controle todo.
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  — Talvez você descubra mais sobre ela enquanto filmamos. — sugeriu, tentando provocar .
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  — Talvez. — respondeu, pensativo. — Mas tenho que manter o foco no trabalho também. Não estamos aqui para distrações.
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  — Ah, claro! — zombou, rindo. Foco total no trabalho. É o que todos dizem.
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   riu também, mas seus pensamentos voltaram brevemente para . Ele sabia que precisaria manter o profissionalismo, mas não conseguia evitar a curiosidade crescente que ela despertava nele. Enquanto eles continuavam a refeição, a conversa seguiu de forma descontraída, com falando mais sobre sua impressão de Alejandra e tentando desviar de comentários mais diretos sobre .
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  Após terminar a refeição, estava se preparando para voltar ao museu quando seu celular vibrou sobre a mesa. Ele olhou para a tela e viu o nome de Yugyeom aparecer. Imediatamente, atendeu.
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  “Yugyeom, e aí? Alguma novidade?” perguntou enquanto gesticulava para , indicando que receberia uma chamada importante.
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  “Fala, cara! Eu e o Mark conseguimos resolver o problema com a documentação. Depois de horas de enrolação, finalmente liberaram tudo,” — Yugyeom respondeu com alívio na voz. — “Vamos embarcar para o México amanhã.”
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   sorriu, aliviado.
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  “Cara, que notícia boa! Estava preocupado que vocês fossem ficar presos aí por mais dias.”
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  “Pois é, foi mais complicado do que esperávamos, mas conseguimos. O Mark mandou avisar que está tudo pronto, as passagens estão confirmadas. O plano segue como o previsto.”
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  “Ótimo, vou avisar o diretor aqui. Estamos avançando bem no museu, mas vai ser bom ter vocês de volta. Precisamos finalizar essas filmagens o quanto antes.”
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  “Perfeito. Nos encontramos no México então, amanhã à tarde. Qualquer coisa, te ligo antes do voo.”
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  “Fechado. Valeu pela notícia, cara. Até amanhã.” encerrou a ligação e olhou para , que o observava com curiosidade.
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  — Notícias boas? — perguntou.
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  — Sim, o Yugyeom e o Mark conseguiram resolver o problema da documentação. Eles embarcam amanhã para o México, conforme o plano original.
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   sorriu, claramente satisfeito.
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  — Parece que as coisas estão se encaixando. Agora, é só a gente seguir com essas filmagens e finalizar o documentário.
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   concordou com um aceno, já sentindo o peso da responsabilidade voltar.
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  — Sim, ainda temos muito trabalho pela frente, mas as coisas estão indo bem.
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  Eles se levantaram da mesa e, após pagarem a conta, começaram a caminhar de volta ao museu.
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***

  Ao retornarem ao museu, e perceberam que o ambiente estava mais calmo, com a maioria da equipe de restauração e de filmagem ainda no refeitório ou aproveitando a pausa do almoço. , no entanto, já estava de volta ao trabalho, focada em detalhes minuciosos de uma das peças. Seus movimentos eram precisos e quase hipnóticos, uma dança suave entre pincéis e solventes. não pôde deixar de observá-la por alguns segundos antes de se concentrar em suas próprias tarefas.
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  — Vamos voltar ao trabalho, — disse , ajustando sua câmera enquanto caminhava em direção ao local onde tinham parado antes do almoço. acenou, pegando seu equipamento para reiniciar a gravação.
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  , ao perceber a movimentação da equipe de filmagem, levantou-se e foi até eles.
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  — Vocês já estão de volta? — ela comentou com um leve sorriso, limpando as mãos com um pano — Achei que fossem aproveitar mais o intervalo.
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  — É, o almoço foi bom, mas ainda temos muito trabalho pela frente, — respondeu, tentando manter o tom profissional, embora não pudesse evitar uma leve admiração no olhar. — Estamos prontos para continuar as gravações.
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  — Ótimo, — disse, com a postura sempre firme, mas amigável. — Ainda temos bastante para cobrir hoje. Vou chamar o restante da equipe para retomarmos também. Se precisarem de algo mais específico para as filmagens, é só me avisar.
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  — Perfeito. Acho que agora vamos focar em capturar mais da interação entre você e a equipe. Mostrar o processo em detalhe pode ser interessante para o documentário.
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   assentiu, claramente confortável com a responsabilidade.
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  — Isso faz sentido. Vou tentar coordenar as atividades de modo que vocês consigam o melhor ângulo e mais dinamismo nas cenas.
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  Enquanto ela se afastava para reunir sua equipe, e prepararam o local para as próximas gravações. Pouco a pouco, os restauradores começaram a retornar ao salão principal, cada um voltando aos seus postos, com Alejandra e Chantal brincando entre si, enquanto se preparavam para retomar o trabalho.
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  , sempre observador, começou a filmar a interação entre Alejandra e Chantal. O cabelo longo e vermelho de Alejandra capturava a luz do ambiente, criando um efeito impressionante nas lentes da câmera. focou nela por um bom tempo, intrigado pela maneira descontraída com que ela lidava com o ambiente de trabalho.
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  — Fazendo um documentário ou um filme de arte? — brincou baixinho, notando o tempo que estava dedicando a Alejandra.
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   riu, mas não desviou o foco.
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  — É tudo sobre estética, meu amigo.
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  Enquanto isso, se concentrava em capturar imagens mais amplas, mostrando o grupo inteiro em ação. Ele focava especialmente em , que coordenava as atividades com precisão, movendo-se de um lado para o outro, oferecendo orientações e corrigindo detalhes. Havia uma harmonia no trabalho dela, que sabia que seria essencial para transmitir no documentário.
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  O dia seguiu com fluidez, cada membro da equipe, tanto de restauração quanto de filmagem, em total sintonia. À medida que o sol se inclinava mais para o fim da tarde, os sinais de cansaço começaram a aparecer. No entanto, e mantinham-se concentrados, sabendo que aquele era apenas o primeiro dia de muitos para finalizar o projeto.
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  Quando o relógio marcava o início do fim do expediente, fez questão de agradecer à equipe de filmagem pela paciência e dedicação.
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  — Sei que o ritmo pode ser exaustivo, mas o trabalho que estão fazendo é muito importante para nós. Documentar essas restaurações é essencial para que a história desse museu sobreviva ao incêndio.
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  — Estamos felizes em fazer parte disso, — respondeu com um sorriso sincero. — Esse projeto tem uma importância enorme, e poder capturar o processo é um privilégio.
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  Enquanto os restauradores começavam a limpar suas estações e guardar os materiais, olhou para mais uma vez, percebendo que ele realmente estava interessado no que estava acontecendo ali — não apenas nas filmagens, mas no próprio processo de preservação das obras de arte. Por um momento, ela permitiu que seus pensamentos vagassem, reconhecendo o quão atraente ele era em sua dedicação. Mas, como sempre, ela rapidamente recobrou sua postura profissional, mantendo o foco no trabalho.
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  — Vejo vocês amanhã! — disse, ao ver e recolhendo o equipamento.
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  — Com certeza. Vamos continuar de onde paramos. — respondeu, já ansioso pelo próximo dia.
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  Assim, o primeiro dia de gravações terminou com sucesso, mas tanto quanto sabiam que algo mais havia se iniciado ali — algo que talvez se desenvolvesse nos próximos dias de filmagem.
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TERCEIRO CAPÍTULO

  Desde que e haviam pousado no México, aquele era o primeiro dia que chovia. O país costumava estar sempre quente e ensolarado, assim como os habitantes. Os dois haviam visitado algumas outras cidades antes de irem definitivamente para a Cidade do México, e haviam percebido como os nativos eram calorosos, receptivos e sempre dispostos a contar boas histórias.
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   estava de pé junto à janela do pequeno quarto de hotel, observando as gotas de chuva escorrendo pelo vidro. Aquele era um som raro desde que haviam chegado ao México, e o céu cinzento trazia um contraste peculiar ao cenário geralmente ensolarado e vibrante. Ele apoiou o ombro na lateral da janela, distraído pelos padrões caóticos que as gotas formavam, como se contassem suas próprias histórias silenciosas.
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  – É estranho ver o México assim, não é? – ele murmurou para si mesmo, mas alto o suficiente para que , ainda no banheiro, pudesse ouvir.
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  – O que você quer dizer? – respondeu, saindo do banheiro com a camisa parcialmente abotoada e o cabelo ainda úmido. – Está falando da chuva?
  – Sim. Estamos aqui há dias e nunca vimos nada além de sol – respondeu, sem desviar os olhos da janela. – A chuva muda completamente o humor do lugar. É como… um novo personagem nessa história que estamos contando.
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   riu, pegando sua jaqueta da cadeira ao lado da cama.
  – Sempre poético, hein? Mas você não está errado. Parece que até o som da cidade está diferente hoje.
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   assentiu levemente. O barulho dos carros e das pessoas, sempre vibrante e cheio de vida, parecia abafado pela chuva. Ele notou algumas pessoas correndo apressadamente pelas calçadas, segurando guarda-chuvas coloridos ou sacos plásticos improvisados sobre a cabeça. Era um contraste fascinante, e ele fez uma nota mental para tentar capturar isso em imagens mais tarde.
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  – Você ainda está pensando no documentário? – perguntou enquanto terminava de ajeitar sua jaqueta. – Ou tem outra coisa nessa sua cabeça?
   deu um pequeno sorriso, mas não respondeu de imediato. Ele sabia que sua mente estava dividida. Por um lado, o projeto o fascinava, especialmente a oportunidade de trabalhar com e documentar algo tão importante quanto a restauração do museu. Por outro lado, era impossível negar que a própria estava constantemente presente em seus pensamentos.
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  – Talvez um pouco de tudo… – ele admitiu finalmente, afastando-se da janela e se sentando na cama. – O documentário é importante, mas… não sei. Tem algo sobre ela…
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   levantou uma sobrancelha, interessado.
  – ?
   confirmou com um aceno lento.
  – Ela é diferente, sabe? Tem algo na maneira como ela trabalha, como se fosse parte da arte que está restaurando. Ela é profissional, mas ao mesmo tempo… tem uma paixão que transparece em tudo o que faz.
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   sorriu, claramente se divertindo com a reflexão do amigo.
  – Você está realmente encantado, hein? Isso é interessante. Mas, ei, só toma cuidado. Ela parece ser do tipo que não mistura trabalho com… sentimentos.
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  – Eu sei… – respondeu, olhando para as próprias mãos. – Não estou tentando nada. Só… não consigo evitar pensar nisso às vezes.
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   terminou de se arrumar e deu um leve tapa no ombro de .
  – Bom, acho que é melhor a gente ir. Temos que aproveitar o dia, mesmo com a chuva. Quem sabe você não fotografa algo que capture essa mudança de humor?
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   riu e levantou-se, pegando sua câmera da mesa.
  – Boa ideia. Vamos ver o que conseguimos hoje.
  Os dois saíram do quarto, prontos para enfrentar o dia cinzento. Enquanto caminhavam pelos corredores do hotel, ainda pensava na conversa. Algo em seu coração parecia dizer que aquele dia, mesmo com o clima melancólico, poderia trazer algo inesperado — seja para o documentário ou para ele mesmo.
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***

   e chegaram ao museu com suas câmeras protegidas por capas, enquanto a chuva continuava a cair suavemente. O céu acinzentado parecia transformar o prédio histórico em algo ainda mais imponente, quase como se a chuva realçasse sua grandiosidade. Assim que entraram, foram recebidos pelo cheiro inconfundível de madeira antiga e tinta fresca, misturado ao leve odor de umidade que o tempo nublado trazia.
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   estava perto da entrada, revisando algumas anotações em um tablet, quando os viu. Com um sorriso caloroso, ela os cumprimentou. Seus cabelos castanhos, presos em um coque despretensioso, estavam levemente bagunçados, e ela exibia um semblante energético, como sempre.
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  – Bom dia! Espero que tenham conseguido chegar sem problemas – disse ela, aproximando-se com passos rápidos.
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  , sempre cortês, respondeu primeiro:
  – Bom dia! A chuva deixou o trânsito um pouco mais lento, mas nada de mais. E você? Como estão as coisas por aqui?
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   deu um pequeno suspiro, levantando o tablet para mostrar a lista de tarefas.
  – Ah, vocês sabem como é. Sempre tem algo para resolver. Mas, no geral, estamos no caminho certo. está na área de restauração, mas pediu que eu os recepcionasse.
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  , que estava ajustando a câmera no ombro, sorriu.
  – Parece que você está sempre resolvendo tudo, . Deve ser o coração da equipe.
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  Ela riu, visivelmente satisfeita com o comentário.
  – Digamos que eu sou a que gosta de manter todo mundo organizado. Mas não se enganem, é quem consegue arrancar um sorriso até dos mais estressados. Falando nisso, ela deve estar chegando logo. Hoje ela resolveu trazer café para todos, então preparem-se para serem mimados.
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  Enquanto caminhavam pelo museu, aproveitou para atualizar e sobre o progresso das restaurações e a logística do dia.
  – Hoje vamos trabalhar bastante na seção sul – ela explicou, apontando para um mapa no tablet. – As peças lá estão em estágio avançado, o que significa que vocês vão conseguir boas imagens. também sugeriu que captássemos o trabalho detalhado dos restauradores, para mostrar o quão meticuloso é o processo.
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  – Perfeito! – disse, já imaginando os ângulos e as composições que poderia usar para destacar o trabalho artístico. – Esses detalhes vão ser incríveis para o documentário.
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   sorriu, encantada com o entusiasmo dele.
  – Tenho certeza de que vai gostar. Ela realmente valoriza essa sensibilidade com a arte.
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  Enquanto continuavam a conversa, o trio chegou ao corredor principal, onde algumas peças menores estavam expostas temporariamente. , sempre atento aos detalhes, começou a filmar discretamente, captando o reflexo suave das luzes no vidro que protegia os artefatos.
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  – Vocês dois trabalham como uma dupla muito afinada. – Comentou , observando os movimentos sincronizados de e .
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  – Anos de prática. – respondeu com um sorriso. – E, claro, porque sou um ótimo assistente.
   riu.
  – Modesto, como sempre.
   os guiou até a seção sul, onde os restauradores estavam começando o trabalho do dia. ainda não havia chegado àquela parte, mas a energia vibrante do lugar, mesmo em meio à seriedade do trabalho, era perceptível. ajustou sua câmera novamente, ansioso para começar, enquanto revisava algumas anotações.
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  – Se precisarem de algo, estarei por aqui. – disse, antes de sair para atender outra tarefa. – Aproveitem o dia, e bem-vindos ao caos organizado que chamamos de restauração.
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***

   e mergulharam em sua rotina de trabalho, ajustando equipamentos e explorando ângulos para capturar o processo de restauração de forma mais autêntica possível. A seção estava repleta de detalhes fascinantes: esculturas danificadas, pinturas recuperadas e restauradores concentrados em devolver vida às obras que quase se perderam para sempre.
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  , com seu olhar artístico, encontrou maneiras de destacar as texturas das peças e a delicadeza do trabalho dos restauradores. Ele se movia silenciosamente entre eles, captando closes das ferramentas, das mãos habilidosas em ação e até mesmo do pó fino que caía de uma escultura sendo polida.
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  , por sua vez, focou em filmagens mais amplas, documentando a dinâmica da equipe de restauração. Ele capturava não apenas o trabalho, mas também os sorrisos e as interações breves que ocorriam entre os restauradores, mostrando que, mesmo em meio à seriedade, havia um forte senso de comunidade.
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  O som constante de pincéis, espátulas e conversas baixas criava um ambiente quase meditativo, interrompido apenas pelo clique da câmera de ou pelo som do botão de gravação de .
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  Depois de algum tempo, enquanto revisava as gravações no monitor portátil e ajustava a lente para mais uma tomada, apareceu na entrada do setor sul. Ela estava impecavelmente vestida, com um blazer azul-marinho que acentuava sua postura profissional, mas sua expressão era calorosa.
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  – Como está indo o trabalho por aqui? – ela perguntou, cruzando os braços enquanto dava uma olhada rápida ao redor.
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   levantou os olhos da câmera ao ouvir sua voz e não conseguiu evitar um leve sorriso ao vê-la.
  – Estamos capturando imagens incríveis. O trabalho aqui é impressionante.
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   assentiu com um pequeno sorriso de satisfação.
  – Fico feliz em saber disso. Mas agora, vamos dar uma pausa. e eu preparamos um café para todos. Está na área de convivência do museu.
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  Os restauradores, que também pareciam imersos em suas tarefas, pararam gradualmente ao ouvirem . Um a um, eles começaram a se levantar, agradecendo a pausa tão necessária. desligou o equipamento e fez uma nota mental sobre onde retomariam mais tarde.
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  – Um café parece perfeito agora – comentou, olhando para , que ainda estava ajustando sua câmera. – Vem?
  – Já estou indo – respondeu, sem desviar os olhos de enquanto ela se afastava para conduzir os outros. Ele admirava não apenas sua postura confiante, mas também a atenção genuína que demonstrava por sua equipe.
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  Com todos reunidos, o ambiente de trabalho se transformava em algo mais descontraído, provando que, apesar da seriedade do projeto, havia espaço para momentos de união e leveza.
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  A área de convivência do museu estava arrumada com uma simplicidade acolhedora. Sobre uma longa mesa de madeira escura, havia uma variedade de opções: café fresco, chá, sucos, bolos caseiros, frutas e alguns pães. , com seus longos cabelos vermelhos soltos, estava animadamente organizando os últimos detalhes, ajustando as travessas com perfeccionismo quase cômico.
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  – Vocês demoraram! – brincou ela ao ver a dupla se aproximando. – Estava pensando em começar sem vocês.
  – Impossível. Você não nos deixaria fora disso. – Respondeu com um sorriso divertido, já se servindo de uma xícara de café.
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   apareceu em seguida, equilibrando pratos e xícaras.
  – tem razão. Se fosse por ela, esse café já teria virado um brunch – provocou, piscando para a amiga.
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  Enquanto isso, ficou um pouco mais afastado, observando . Ela estava ajudando um dos restauradores mais velhos a pegar um prato de bolos, com uma naturalidade e um cuidado que ele achava cativantes. Mesmo em um momento de pausa, ela parecia irradiar uma autoridade calma, uma presença forte e ao mesmo tempo acessível.
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  – , quer café? – perguntou , quebrando seu devaneio.
  – Ah, sim, claro. Valeu – respondeu ele, disfarçando o sorriso enquanto pegava uma xícara das mãos do amigo.
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   não demorou a puxar assunto com , algo que percebeu com curiosidade. Ela o provocava sobre como ele e pareciam inseparáveis, e , como de costume, respondia com humor leve, mas claramente interessado. A química entre os dois era evidente, e não conseguia evitar um pequeno riso ao ver o amigo tentando impressionar com comentários espirituosos.
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  – E você, , o que está achando do museu até agora? – perguntou , puxando-o para a conversa enquanto se servia de chá.
  – É incrível – ele respondeu sinceramente. – Não só a arquitetura e as obras, mas a energia das pessoas aqui. É como se todo mundo estivesse realmente apaixonado pelo que faz.
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  , que havia se aproximado com um prato nas mãos, ouviu o comentário e sorriu de lado.
  – Ficamos felizes que você perceba isso. Para muitos de nós, esse trabalho não é apenas uma profissão, mas uma forma de preservar histórias.
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   olhou diretamente para ela e respondeu com um tom suave.
  – E vocês estão fazendo isso lindamente. Dá para sentir o peso dessas histórias em cada peça que tocamos com as lentes.
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  Por um momento, manteve o olhar firme, mas logo desviou, voltando à sua postura profissional.
  – Obrigada. Espero que as gravações consigam transmitir essa essência.
  O café continuou em clima descontraído. e roubaram a cena com suas brincadeiras e histórias engraçadas sobre os desafios diários da equipe, arrancando risadas de todos. , embora mais reservada, se permitiu relaxar, compartilhando algumas anedotas de restaurações passadas que haviam dado muito trabalho, mas acabaram se tornando inesquecíveis.
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  Quando o café estava chegando ao fim, aproveitou uma brecha para puxar de lado.
  – , hein? Tá fazendo efeito em você – ele provocou em voz baixa, tentando conter o riso.
  – Ela é interessante… – admitiu, sem rodeios. – Mas e você? Tá claro que você não tira os olhos da .
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   deu de ombros, fingindo indiferença.
  – Ela é… impressionante.
  – Ah, ‘impressionante’, claro – disse, zombando do amigo. – Se precisar de ajuda para um primeiro passo, é só chamar.
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   apenas riu, desviando o olhar para , que conversava com e do outro lado da sala. Ele sabia que havia algo diferente nela, algo que o intrigava mais a cada interação. Mas, por ora, preferiu guardar isso para si.
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  As entrevistas individuais começaram em uma das salas reservadas do museu, cuidadosamente adaptada para a gravação. organizava a iluminação e ajustava a câmera, enquanto ficava mais ao fundo, observando. Ele preferia estar atrás das lentes, mas também entendia o valor das entrevistas para dar vida ao documentário.
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  Os entrevistados variavam: restauradores experientes, assistentes e alguns funcionários administrativos que haviam participado do processo de recuperação do museu após o incêndio. Cada um tinha uma história única, e conduzia as perguntas com uma sensibilidade que fazia os entrevistados se sentirem à vontade.
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  , embora em segundo plano, prestava atenção aos detalhes. Ele observava como cada pessoa gesticulava, a forma como os olhos brilhavam ao falar do trabalho e o orgulho que transparecia em suas palavras. Ele fazia anotações mentais sobre ângulos, expressões e momentos que poderiam ser capturados em futuras gravações.
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  No meio de uma entrevista, entrou na sala silenciosamente. Ela ficou ao lado de , os braços cruzados, observando a interação de com o entrevistado. Após alguns minutos, ela comentou baixinho:
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  – Vocês têm uma dinâmica interessante. Só vocês dois na equipe, imagino que isso deve pesar em algum momento.
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   sorriu, ainda olhando para a entrevista.
  – Às vezes, sim. Mas não estamos sempre só nós dois. e , que são parte da nossa equipe, chegam amanhã. Tivemos alguns problemas com a documentação deles, mas agora está tudo resolvido.
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   arqueou uma sobrancelha, interessada.
  – E o que eles fazem?
  – é nosso editor principal. Ele transforma todo esse caos de gravações em algo coeso e visualmente impactante. é responsável pelo som e música. Ele é praticamente um gênio em criar atmosferas com áudio. – Explicou , o tom demonstrando um claro orgulho por seus colegas.
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  – Impressionante. Parece que vocês formam um time bem completo então. – Comentou , com um leve sorriso.
  – É, e quando estamos juntos, é mais fácil dividir o peso. Mas, por enquanto, e eu damos conta do recado – disse ele, olhando para , que continuava concentrado na gravação.
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   ficou em silêncio por um momento, observando também.
  – Isso é admirável. Dá para ver que vocês têm paixão pelo que fazem.
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   finalmente desviou o olhar para ela, surpreso pela observação direta.
  – Assim como você com as restaurações.
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   manteve o tom profissional.
  – Paixão e responsabilidade andam juntas nesse tipo de trabalho. Espero que consigam transmitir isso no documentário.
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  – É o que estamos tentando. Espero que, quando terminar, você ache que fizemos justiça à história de vocês. – Respondeu ele, com um sorriso sincero.
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  Eles permaneceram em silêncio depois disso, ambos focados novamente na entrevista. Apesar da conversa curta, sentiu que havia uma compreensão mútua entre eles, algo que ele estava ansioso para explorar mais com o passar dos dias.
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***

  O restante do dia no museu foi cheio de movimentação. e seguiram entre gravações de entrevistas e imagens dos diferentes setores do museu. Enquanto cuidava das questões técnicas, usava sua câmera para capturar pequenos detalhes: a textura desgastada de uma parede, a delicadeza de um pincel sobre uma obra sendo restaurada, e os olhares concentrados da equipe de em seus trabalhos minuciosos.
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  , por sua vez, transitava entre setores, revisando anotações e dando orientações à sua equipe. Sempre que passava por ela, os olhares se cruzavam de forma involuntária. Havia algo na maneira como ele a observava que a deixava inquieta, uma mistura de curiosidade e admiração que ela tentava ignorar. Sempre que seus olhos se encontravam, desviava primeiro, tentando manter sua compostura profissional, embora sentisse o leve calor de um rubor surgir em suas bochechas.
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  Por outro lado, estava cada vez mais intrigado com . Havia algo naquela mulher que ia além da sua aparência elegante ou da forma como ela liderava com segurança. Era o mistério em torno dela que o atraía, a barreira invisível que ela parecia erguer entre eles.
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  No final do dia, enquanto a chuva ainda caía sobre a Cidade do México, estava guardando seu equipamento quando avistou na porta do museu. Ela segurava o celular, aparentemente concentrada em algo, com os ombros ligeiramente encolhidos por causa do frio úmido.
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  Ele se aproximou, parando a alguns passos de distância.
  – Está esperando seu marido? – perguntou, em tom casual, mas não conseguindo esconder o leve nervosismo.
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   franziu o cenho, surpresa pela pergunta. Ela ergueu o olhar para ele, a expressão quase divertida, mas sua voz manteve a formalidade.
  – Não. Estou esperando um carro de aplicativo. Eu não sou casada, senhor .
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  As palavras pareceram ecoar no silêncio que se seguiu. engoliu seco, sentindo-se pego de surpresa.
  “Não sou casada…” Aquela frase parecia abrir portas em sua mente, mas ele não ousou dizer nada. O silêncio pairou entre eles por alguns segundos que pareceram uma eternidade.
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  – Entendi… – ele finalmente murmurou, desviando o olhar para a chuva. – É perigoso esperar sozinha nessa chuva.
  – Estou bem – respondeu com um pequeno sorriso, tentando aliviar a tensão. – Meu carro não deve demorar.
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   apenas assentiu, ainda intrigado pela conversa curta. Ele sabia que havia mais a descobrir sobre , e algo dentro dele dizia que ele estava apenas começando.
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QUARTO CAPÍTULO

   destrancou a porta de seu apartamento e entrou, sentindo o silêncio acolhedor envolvê-la. O único som que se fazia presente era o eco suave dos seus próprios passos no chão de madeira. Ligar a luz da sala foi um gesto automático, assim como tirar os sapatos e colocá-los perfeitamente alinhados ao lado da porta.
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  Suspirou ao se livrar do casaco levemente úmido por causa da chuva e o pendurou no cabideiro ao lado da entrada. Seu apartamento era espaçoso e organizado, com cada coisa em seu devido lugar, exatamente como ela gostava. Livros meticulosamente empilhados na estante, móveis minimalistas, cores neutras e um leve aroma de baunilha no ar, vindo de uma vela que ela havia deixado apagada na mesa de centro.
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  Sem perder tempo, seguiu direto para o banheiro. Acendeu a luz e ajustou a temperatura da água antes de começar a se despir. O espelho refletiu seu rosto cansado, mas ela não se permitiu encarar sua própria expressão por muito tempo. Assim que entrou no box, a água quente escorreu por seu corpo, relaxando seus músculos e lavando as tensões do dia.
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  Ela gostava de seguir uma rotina estruturada até mesmo em casa. Era um hábito que trazia ordem à sua vida, que a fazia sentir que tinha controle sobre algo, principalmente depois do caos que havia sido o incêndio no museu. Depois de lavar os cabelos e massagear os ombros tensos, desligou o chuveiro, envolveu-se na toalha macia e saiu do banheiro.
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  Vestiu uma roupa confortável e foi até a lavanderia. Pegou algumas roupas que estavam no cesto — separadas por cor, como sempre fazia — e as colocou na máquina de lavar. Escolheu um ciclo de lavagem adequado, adicionou o sabão e o amaciante, e observou por alguns segundos o tambor girar antes de fechar a porta da máquina.
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  Com essa tarefa resolvida, dirigiu-se à cozinha. Ligou a luz ambiente, lavou as mãos e começou a preparar o jantar. Optou por algo simples, mas equilibrado: um filé de salmão grelhado com legumes salteados. Os movimentos eram calculados e eficientes — cortar, temperar, cozinhar —, tudo seguindo um ritmo quase automático. Enquanto a comida cozinhava, pegou uma taça de vinho branco e deu um pequeno gole, sentindo o líquido refrescante deslizar por sua garganta.
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  Seu apartamento era silencioso, mas ela não se importava. Gostava de momentos assim, onde podia organizar seus pensamentos sem distrações. Mas naquela noite, enquanto mexia os legumes na frigideira, sua mente não estava tão tranquila como de costume.
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   .
  Ela não queria admitir, mas ele havia ficado em sua mente mais do que deveria. O jeito que a olhava, o tom da voz ao perguntar se ela tinha marido… E a maneira como ficou em silêncio depois da resposta.
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   balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos. Não havia espaço para distrações.
  Quando o jantar ficou pronto, serviu-se com a mesma precisão meticulosa que guiava sua vida. Sentou-se à mesa, pegou os talheres e respirou fundo antes de dar a primeira garfada. Uma noite como qualquer outra. Ou pelo menos era o que ela queria acreditar.
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  Depois do jantar, levantou-se com calma, levando os pratos para a pia. Lavou tudo imediatamente, como sempre fazia, sem deixar nenhuma sujeira acumulada. Gostava de manter sua cozinha impecável, e o simples ato de limpar os utensílios lhe trazia uma sensação de ordem e controle.
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  Depois de secar as mãos, abriu a máquina de lavar e transferiu as roupas limpas para a secadora. Enquanto esperava o ciclo terminar, seguiu para a sala e pegou um de seus cadernos de anotações. Sentou-se em sua poltrona favorita e fez um rápido planejamento para o dia seguinte. Gostava de listar suas tarefas e compromissos, mesmo que a rotina já estivesse gravada em sua mente. Escrevia cada item com uma letra bonita e organizada, rabiscando pequenas observações ao lado.
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  Quando terminou, soltou um suspiro e passou os dedos pelos cabelos ainda levemente úmidos. Levantou-se para verificar a secadora, retirando as roupas quentes e dobrando-as metodicamente antes de guardá-las no armário. Era um hábito que a relaxava, a sensação do tecido macio entre os dedos trazendo um tipo estranho de conforto.
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  Por fim, seguiu para o quarto. Acendeu o abajur e apagou a luz principal, criando um ambiente aconchegante. Pegou um creme hidratante e espalhou pelo corpo com movimentos lentos, sentindo a pele absorver o perfume suave. Em seguida, escovou os cabelos e os prendeu de forma leve antes de ir ao banheiro para escovar os dentes.
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  O último ritual da noite era sempre o mesmo: ajustou o despertador para o horário exato, verificou o celular uma última vez (sem responder mensagens desnecessárias), e então se deitou, puxando as cobertas até os ombros.
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  O quarto estava silencioso, exceto pelo som suave da chuva ainda caindo lá fora. fechou os olhos e tentou afastar qualquer pensamento disperso. Mas, inevitavelmente, a última imagem que surgiu em sua mente antes de adormecer foi um certo par de olhos escuros observando-a com curiosidade.
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***

   e desceram para o restaurante do hotel assim que a fome começou a incomodar. A chuva ainda caía lá fora, criando um clima aconchegante dentro do ambiente elegante e levemente iluminado. O lugar não estava muito cheio, apenas alguns hóspedes espalhados pelas mesas, aproveitando a noite com pratos sofisticados e taças de vinho.
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  Os dois escolheram uma mesa próxima à janela, de onde podiam observar a água escorrendo pelos vidros. passou os olhos pelo menu, mas logo o largou sobre a mesa e se recostou na cadeira, pensativo.
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  — Você vai pedir o quê? — perguntou , sem tirar os olhos do cardápio.
  — Qualquer coisa. Você escolhe pra mim — respondeu , distraído.
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   ergueu uma sobrancelha e pousou o menu na mesa.
  — Certo… O que está ocupando sua cabeça agora?
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   soltou um suspiro, olhando de relance para a chuva lá fora antes de encarar o amigo.
  — .
   reprimiu um sorriso.
  — Já imaginava.
  — Não é nada demais — tentou justificar. — É só que… Ela tem um jeito muito interessante. Sempre séria, profissional, metódica. Mas às vezes, por um segundo, eu percebo que tem algo por trás disso.
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   apoiou o queixo na mão, observando o amigo com divertimento.
  — Você gosta de um desafio, não é?
   riu baixo.
  — Não é isso. Mas tem algo nela que me deixa curioso.
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  O garçom chegou para anotar os pedidos, e tratou de escolher para os dois, já que ainda parecia perdido em pensamentos. Depois que o funcionário se afastou, ele cruzou os braços e continuou provocando.
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  — E ? Nenhuma palavra sobre ela?
   estreitou os olhos, percebendo o tom divertido na voz do amigo.
  — Você quer falar sobre a , não é?
   deu de ombros, mas não negou.
  — Ela é interessante também — admitiu. — Aqueles cabelos vermelhos chamam atenção. E ela tem uma energia diferente da .
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  — É, mas não adianta se interessar se você não fizer nada a respeito.
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  — E você vai fazer algo a respeito da ?
   abriu a boca para responder, mas hesitou.
  — Eu nem sei se ela me vê dessa forma — admitiu, mexendo no guardanapo.
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  — Bem… Se ela te vê ou não, você definitivamente vê ela dessa forma.
   bufou e pegou um copo d’água, tentando ignorar o olhar perspicaz de . O jantar chegou pouco depois, encerrando a conversa momentaneamente, mas o pensamento sobre permaneceu na mente de .
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***

  Na manhã seguinte, despertou com o barulho do despertador e se espreguiçou lentamente. O quarto ainda estava levemente escuro, mas ao puxar a cortina, notou que o céu do lado de fora estava coberto por nuvens densas. Não chovia mais, mas a luz do sol mal conseguia atravessar o cinza que dominava o céu.
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  Ele ouviu um resmungo vindo da cama ao lado e riu ao ver se virando de um lado para o outro, tentando ignorar o alarme.
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  — Acorda, cara — falou, jogando um travesseiro nele.
   soltou um gemido frustrado antes de se sentar na cama, bagunçando os cabelos.
  — Ainda parece madrugada…
  — Pois é. O dia está meio fechado, mas pelo menos a chuva parou.
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   suspirou e levantou devagar.
  — Então, qual o plano?
  — Primeiro, aeroporto. e chegam daqui a pouco.
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   assentiu, coçando os olhos.
  — Então é melhor a gente se arrumar logo.
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  Os dois tomaram banho e se vestiram rapidamente, optando por roupas confortáveis. Como ainda tinham um tempo antes do voo dos amigos pousar, desceram para tomar café da manhã no hotel. Enquanto mexia no celular, checando algumas mensagens, observava a movimentação ao redor.
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  — Você já avisou a que vamos chegar um pouco mais tarde no museu? — ele perguntou, pegando uma xícara de café.
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  — Vou mandar uma mensagem agora — respondeu, digitando rapidamente.
  Após o café, eles chamaram um carro e seguiram para o aeroporto. No caminho, apoiou a cabeça no vidro, observando a cidade ainda meio adormecida sob o céu nublado. O clima estava agradável, fresco, e ele se pegou ansioso para a chegada de e .
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  — Aposto que o vai sair do avião reclamando do voo — comentou, divertido.
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   riu.
  — E o vai estar com a mesma cara de sempre, como se nada o afetasse.
  — Como se ele não tivesse acabado de atravessar um oceano — completou.
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  O carro entrou no estacionamento do aeroporto, e os dois desceram, caminhando até a área de desembarque. Agora, era só esperar.
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***

  No museu, terminou de revisar algumas anotações antes de se levantar e chamar a atenção da equipe.
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  — Pessoal, um aviso rápido antes de começarmos — disse, cruzando os braços. — A equipe de filmagem vai se atrasar um pouco hoje. e foram buscar os outros dois integrantes da equipe no aeroporto.
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  , que estava organizando alguns materiais ao lado de , ergueu a sobrancelha com interesse e trocou um olhar divertido com a amiga antes de perguntar:
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  — E será que esses dois são tão gatinhos quanto e ?
   riu baixinho, inclinando a cabeça para o lado.
  — Boa pergunta. Se forem, a gente pode considerar esse documentário uma experiência cultural bem interessante.
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   revirou os olhos, mas não conseguiu evitar um pequeno sorriso diante da conversa das amigas.
  — Vocês podiam focar no trabalho ao invés de ficar flertando mentalmente com caras que vocês nem viram ainda — comentou, balançando a cabeça.
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   apoiou o queixo na mão, fingindo estar pensativa.
  — Ah, … Mas e se eles forem irresistíveis?
  — Eu duvido que tenham tempo pra paquera — acrescentou. — Pelo que comentou ontem, eles devem chegar cansados da viagem.
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  — E ainda têm trabalho para fazer — completou, tentando manter a seriedade.
   suspirou dramaticamente.
  — Tudo bem, chefe. Mas se forem bonitos, eu reservo meu direito de admiração silenciosa.
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   assentiu com uma expressão fingidamente séria.
  — Eu também.
   apenas balançou a cabeça e suspirou.
  — Vamos voltar ao trabalho antes que vocês comecem a fazer um ranking de qual documentarista é mais bonito.
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  Com isso, a equipe voltou ao ritmo de trabalho, mas e ainda trocaram um olhar conspirador, claramente animadas para conhecer os novos integrantes da equipe de filmagem.
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  Enquanto organizava alguns papeis, parou por um momento e lançou um olhar para o refeitório improvisado onde haviam tomado café no dia anterior. e estavam chegando naquele dia, e, por mais que fosse apenas trabalho, ela achava que seria um gesto educado recebê-los de uma maneira um pouco mais calorosa.
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  Suspirando, ela olhou para o outro lado da sala, onde e ainda trocavam risadas sobre algo que provavelmente não tinha nada a ver com restauração de obras.
  — , — chamou, cruzando os braços.
  As duas se viraram ao mesmo tempo, interrompendo o cochicho conspiratório.
  — Sim, chefe? — perguntou com um sorriso.
  — Eu estava pensando… Ontem organizamos um café para toda a equipe, e foi um momento legal para interagirmos. Como hoje os outros dois integrantes da equipe de filmagem chegam, achei que poderíamos preparar algo diferente para recebê-los…
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   e trocaram olhares animados antes de responder:
  — Você quer dizer um café especial de boas-vindas?
  — Exatamente — confirmou. — Algo simples, mas que mostre hospitalidade. O que acham?
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   sorriu.
  — Eu acho ótimo. Podemos buscar alguns pães frescos e doces na padaria da esquina.
  — E talvez sucos e café de melhor qualidade do que aquele que temos aqui — sugeriu, revirando os olhos ao lembrar da bebida fraca que tomaram no dia anterior.
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   assentiu.
  — Tudo bem. Eu vou falar com a administração para ver o que conseguimos organizar. Enquanto isso, vocês podem cuidar dessas compras?
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  — Com certeza! — respondeu animada. — E, claro, se por acaso encontrarmos algo especial na padaria, tipo um bolo maravilhoso, vamos pegar também, certo, ?
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  — Óbvio — concordou, rindo.
   suspirou, mas não escondeu o pequeno sorriso no canto dos lábios.
  — Tudo bem, só tentem não exagerar. Quero um café de boas-vindas, não um banquete.
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  — Sem promessas — piscou, pegando a bolsa.
  Enquanto as duas saíam empolgadas para buscar os itens, respirou fundo, satisfeita por estar organizando algo que pudesse tornar a chegada dos novos integrantes mais acolhedora. Mesmo mantendo uma postura profissional, sabia que pequenos gestos como aquele ajudavam a criar um ambiente de trabalho mais agradável.
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***

  O aeroporto estava movimentado como sempre, com passageiros andando apressados, malas sendo arrastadas e vozes ecoando por todos os lados. e estavam encostados próximos ao portão de desembarque, atentos ao fluxo de pessoas que saíam.
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  — Você acha que eles passaram bem pelo voo? — perguntou, mexendo no celular.
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  — provavelmente dormiu o tempo todo — respondeu, cruzando os braços. — E … Bom, espero que ele não tenha irritado os outros passageiros com a animação dele.
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   riu.
  — Justo.
  Antes que pudessem continuar, um grupo de passageiros começou a sair pelo portão, e logo eles avistaram duas figuras familiares. caminhava com passos tranquilos, usando um boné escuro e segurando a alça da mochila com uma mão e a grande mala com a outra. Ao lado dele, vinha um pouco mais apressado, acenando exageradamente ao notar os amigos.
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  — ! ! Ei hyungs! — gritou, atraindo alguns olhares ao redor.
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   soltou um suspiro divertido enquanto apenas balançava a cabeça, sorrindo.
  — Aqui! — levantou a mão, chamando a atenção deles.
  Os dois recém-chegados se aproximaram rapidamente. Assim que chegaram perto o suficiente, praticamente jogou a mochila em e abraçou com força.
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  — Cara, que saudade!
  — Eu também, mas você não precisa me esmagar — resmungou, rindo enquanto batia nas costas dele.
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  , mais discreto, cumprimentou com um aperto de mão e depois fez o mesmo com .
  — Como foi o voo? — perguntou.
  — Tranquilo — respondeu, ajeitando o boné. — Consegui dormir a maior parte do tempo. Apesar de que alguém não parava de falar sobre como estava animado para essa viagem.
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  Ele lançou um olhar significativo para , que apenas sorriu sem culpa.
  — Ei, não é todo dia que a gente tem a oportunidade de filmar um documentário no México — se defendeu.
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   riu.
  — Você vai gostar do lugar. O museu tem um ambiente incrível, e o pessoal da restauração é bem dedicado.
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  — E tem gente bonita? — perguntou, piscando.
   e se entreolharam e riram.
  — Digamos que você não vai se decepcionar — comentou, dando um tapinha no ombro do mais novo.
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  — Agora vamos — disse, pegando uma das malas de . — Temos um café especial esperando por vocês no museu.
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   ergueu as sobrancelhas.
  — Café especial? Isso já está ficando interessante.
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  Eles seguiram juntos para a saída do aeroporto, prontos para começar oficialmente o trabalho no documentário.
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***

  Quando , , e entraram no refeitório do museu, foram recebidos pelo aroma reconfortante de café fresco e pães recém-saídos do forno. O ambiente estava bem iluminado, e algumas mesas haviam sido organizadas para o café especial preparado por , e .
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  No exato momento em que entraram, Paola, uma das assistentes da equipe de restauração, estava descendo cuidadosamente de uma cadeira após terminar de pendurar uma faixa improvisada na parede, onde se lia “Bienvenidos” em letras grandes e coloridas.
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  O gesto, embora simples, trazia um ar acolhedor ao ambiente, e foi o primeiro a notar. Seus olhos se fixaram na jovem de cabelos castanhos claros e pele bronzeada, que sorria satisfeita com o trabalho concluído. Ela desceu da cadeira com leveza e bateu as mãos para se livrar do pó de giz.
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  — Parece que a gente realmente foi bem recebido — comentou, observando a faixa com um pequeno sorriso.
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  — Isso é fofo — acrescentou, cruzando os braços.
  , por outro lado, não conseguia desviar o olhar de Paola. Ele ficou parado por um instante, analisando a forma como ela ajeitava os fios soltos do cabelo atrás da orelha e como seu sorriso iluminava o rosto.
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  — Quem é essa? — murmurou, inclinando-se levemente para .
   notou o interesse imediato e sorriu de canto.
  — Paola. Ela trabalha com na restauração.
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  Antes que pudessem continuar o assunto, e se aproximaram com entusiasmo.
  — Vocês finalmente chegaram! — exclamou.
  — Estávamos ansiosas para conhecê-los — completou, dando um olhar sugestivo para , que apenas riu.
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  , que estava mais afastada, se aproximou com sua postura profissional de sempre, mas com um pequeno sorriso no rosto.
  — Bem-vindos, e . Espero que a viagem tenha sido tranquila. Preparamos esse café para que possam se sentir à vontade antes de começarmos os trabalhos.
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  — Foi uma viagem tranquila, sim — respondeu educadamente. — E obrigado pela recepção.
  — Sim, obrigado! — concordou, mas seus olhos ainda escapavam para Paola, que estava conversando com outra colega mais ao fundo.
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   percebeu e soltou um risinho discreto para , que logo entendeu o que estava acontecendo.
  — Vamos nos sentar? — sugeriu, indicando a mesa onde algumas xícaras de café e pratos com pães e frutas estavam servidos.
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  O grupo se dirigiu para o café da manhã, mas ainda não conseguia tirar a nova figura de sua mente. Algo lhe dizia que aquela viagem ficaria ainda mais interessante.
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***

  Enquanto caminhavam até a mesa, se inclinou discretamente para o lado de e sussurrou ao pé do seu ouvido:
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  — Calma, jogador. Você acabou de chegar. Disfarça.
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   arregalou minimamente os olhos e pigarreou, endireitando a postura enquanto tentava parecer natural. apenas riu baixo, satisfeito com a própria provocação.
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  Todos se acomodaram ao redor da mesa, onde o café estava servido de maneira simples, mas aconchegante. sentou-se à frente de e ao lado de , enquanto ficou perto de , puxando assunto com ele sobre a viagem.
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  — Então, , como está o andamento da restauração? — perguntou, pegando uma xícara de café.
  , sempre profissional, pousou sua xícara no pires antes de responder.
  — Estamos avançando dentro do esperado, mas ainda há muito trabalho a ser feito. — Ela olhou para e . — Acho que vocês vão encontrar bastante material interessante para o documentário.
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  — É o que esperamos, — respondeu. — Temos estudado bastante sobre o incêndio e como ele afetou as obras do museu. Nosso objetivo é captar tanto a parte técnica da restauração quanto as histórias por trás dela.
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  — E para isso, vamos precisar de vocês, — acrescentou, apontando levemente para e suas colegas.
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   assentiu, mantendo o tom profissional, mas seu olhar encontrou o de brevemente antes de desviar para seu café.
  — Claro, ajudaremos no que for possível. O objetivo final do documentário é trazer a atenção do público para a importância da preservação cultural e do trabalho minucioso que estamos fazendo.
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  — Bem, parece que temos bastante coisa para registrar, então. — finalmente falou, tentando se concentrar no assunto e não na figura de Paola, que estava ocupada do outro lado do refeitório.
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  — Podem ter certeza. sorriu. — A restauração tem histórias incríveis. E claro, também estamos curiosas para ver mais de como vocês trabalham.
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  — Vocês vão gostar, comentou, lançando um olhar rápido para antes de beber um gole do café.
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  A conversa continuou fluindo enquanto eles discutiam detalhes do planejamento das gravações e das entrevistas que precisavam ser feitas. O clima estava leve, apesar da atmosfera profissional, e aos poucos, os recém-chegados começavam a se entrosar com o restante da equipe.
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Continua

  Nota da autora: Queridas, esse capítulo veio para comemorar o comeback dos divos que nos deu muito conteúdo né? Espero que gostem!

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Lelen
Admin
5 meses atrás

Eu tô tentando dar atenção ao meu Jayjay, mas você não está tornando as coisas fáceis trazendo fics em que o Jackson é adorável 🥹

Lelen
Admin
3 meses atrás

A minha cara só 😏😏😏
Eu adoro “POV” do moço e saber que ele tem interesse muito antes de eu saber que tenho interesse também HAHAHAHAHA
O que o dia seguinte reserva para nós?

Lelen
Admin
6 dias atrás

Só vou dizer pra essas meninas que sempre se arruma tempo para paquera HAHAHAHAH
Chegaram mais dois pra completar esse grupinho, quem vai dar tempo pra paquera primeiro, hein? HAHAHAHAH
(Amei o Yugyeom todo feliz e rainho de sol HAHAHA)


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