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I (don’t) Like It

  O gosto amargo surgia em minha língua toda vez que eu abria as redes sociais, vendo o tanto de interação de outros caras na foto dela. Eu quase disquei o seu número, o qual se mantinha vívido em minha memória como se fosse o único que eu conhecesse, contudo, as palavras que eu tentava esquecer apareceram igualmente a um aviso irritante: eu não sou mais o seu namorado. A realização de que nosso relacionamento havia terminado há pouco mais de três meses parecia irreal, e por mais que no fundo eu tenha completa noção da realidade, uma parte de mim tentava acreditar que teríamos uma pequena percentagem de chance de voltarmos.
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  No entanto, a probabilidade de reatarmos é nula.
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   e eu nos conhecemos em uma coletiva, onde fomos apresentados por alguns colegas em comum e acabamos trocando números. Não demorou mais que uma semana para marcamos de sair, e o que era para ser um “encontro casual” se tornou um relacionamento a ponto de morarmos juntos por um tempinho. De um modo estranho, conseguíamos ajustar nossas agendas – ela era modelo e eu integrante de um grupo – e tudo aparentava estar bem e maravilhoso.
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  Até o fatídico aniversário de um ano.
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  Todos os nossos preparativos foram por água abaixo quando precisou ficar mais dias em sua estadia, dizendo que deu alguns problemas em seu trabalho e ao retornar, decidiu terminar. Confesso que a minha primeira reação foi ficar perplexo e achar que eu estava no meio de uma pegadinha, mas ao observar a sua feição e os seus lábios que sussurravam um “eu sinto muito”, não tive muita escolha a não ser perceber que ela, de fato, falava a verdade. Assistir o nosso apartamento se esvaziando causava um aperto em meu coração, e a ideia de que a realidade estava diante dos meus olhos era demais para eu aceitar 100%, provocando a situação em que eu me encontrava no presente.
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  Entrar nas suas redes sociais era como uma tortura, e talvez eu fosse masoquista por não me parar de digitar o seu user, entretanto, é como se eu tivesse que ver o quão bem ela está sem mim para finalmente sair do lugar de pena que eu me coloquei.
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  Definitivamente, está indo muito bem, e os seus posts refletiam isso. Sei que dizem que o que postamos on-line é só uma máscara para fingirmos que nossa vida é ótima, todavia, nunca foi esse tipo de pessoa. Na verdade, ela odiava mentiras mais do que ninguém, então suas publicações eram um misto de suas emoções. E ultimamente, a mulher estava bem.
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  E mais uma vez, eu clicava no botão de “curtir”, engolindo o sabor agridoce em minha boca.
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  Não é uma surpresa que eu finalmente tenha tido um horário em minha agenda para sair com os meus amigos e, coincidentemente, completaríamos um ano e quatro meses se estivéssemos juntos. Dia após dia eu sentia que a superava gradativamente e, felizmente, eu ocupava a minha mente para não ter que pensar nela e no seu novo namorado. Ironia do destino ou não, meu amigo curtiu a sua foto e, quando dei uma espiada em seu celular, vi dois rostos sorridentes e felizes, o que talvez tenha doído um pouco mais do que imaginei. Travei uma batalha mental entre curtir ou não; eu poderia fingir que não sabia da existência desse novo relacionamento ou dessa foto, ou apertaria o botão e agiria como se tivesse superado a mulher completamente.
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  No final, sozinho no quarto que um dia compartilhamos, eu decido não clicar em “curtir”.
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  Cinco meses passaram voando e com a chegada de outubro, recebi uma semana de “férias” e quis aproveitá-la ao máximo, já que o fim do mês se aproximava e a agenda lotada voltaria. Eventualmente, vendi o apartamento e me mudei para uma casa, me sentindo bem e feliz por ter superado o término. Eu ainda evitava de ver suas postagens, mas era em vão já que eu dava de cara com ela e o seu namorado nos outdoors espalhados por Seul, visto que ambos são modelos. O meu sorriso para os dois era genuíno, e eu me perguntava se ela estava bem – me respondendo logo em seguida com um “é óbvio que sim” – e o gosto amargo não surgia mais em minha boca, porém, confesso que eu gostaria de ser amado.
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  – Nem tudo é como desejamos, – sussurrei para mim, rolando os olhos em seguida.
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  As horas se passaram até que eu me vi sentado no bar de um pub que meus amigos vinham direto, e é claro que eles deviam estar com outras pessoas a essa altura, enquanto eu tomava mais uma dose de alguma bebida. Ficar sozinho não era mais uma questão “ruim”, e poder curtir a minha própria companhia é algo realmente bom, assim como me levantar para dançar.
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  Contudo, antes que eu pudesse sair do assento, escutei uma voz soar próximo da minha orelha:
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  – Ei, você não quer comemorar o meu aniversário comigo?
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Continua…?

  N/A: Mais uma short com o meu digníssimo Joon hehehehe
  Eu amo essa música deles, e não via a hora de escrever uma fic com base nela <3
  Espero que gostem, e aguardem a continuação!
  Até a próxima <3

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Lelen
Admin
1 ano atrás
  — Este novo vaso irá fazer por esta orquídea o que o antigo não pode mais." Read more »

Pera que tem continuação, então pode ser que seja sim HAHHAHAHAHAHAH


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