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Ideia #092

doada por Anne

// A Ideia
Você, relações públicas recém-formada e fã da banda X (que você vai escolher) está à procura de um emprego. Sua melhor amiga descobre que a banda está precisando de uma relações públicas pra cuidar da imagem da banda, já que o preferido está com problemas com drogas, já que não conseguiu superar o último relacionamento (no qual foi traído/a mulher morreu, a sua escolha), no começo, ele te trata mal, mas vocês acabam se apaixonando.

// Sugestões
--
// Notas
Eu comecei a escrevê-la, mas tive um bloqueio, a ideia inicial era com All Time Low, e o Alex como favorito, caso você queira, só me mandar um e-mail! 🙂

Esta história não possui capas prévias (:

Sem curiosidades para essa história no momento!

I Can See You

Capítulo 1

  Seul, Novembro de 2023

  Bloqueei o celular ainda um tanto quanto incrédula com as notícias que eu havia acabado de ler, e engoli seco. Depois eu encarei Una que mordia o lábio, parecendo tão incrédula e nervosa quanto eu.
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  — Caramba, é uma notícia pior que a outra não é?
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  Una balançou a cabeça positivamente, soltando um suspiro pesado antes de falar.
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  — É, tá complicado. Tudo isso está desgastando não só a imagem do , mas do grupo inteiro. – Ela passou a mão pelos cabelos, visivelmente tensa. – As coisas estavam começando a melhorar, mas esse envolvimento com drogas e a história com a ex… Está destruindo a carreira dele e afetando todo mundo.
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  Eu sentia o estômago revirar só de pensar. A notícia havia me pegado de surpresa e, apesar de ser uma grande fã, eu nunca imaginei estar nessa situação. Se tudo desse certo com a entrevista, eu estaria trabalhando diretamente com eles. Com ele…
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  — E você acha mesmo que eu tenho chance? – perguntei, apertando a xícara de café entre as mãos, sentindo o calor reconfortante dela. – Não é um trabalho simples. Não depois de tudo isso.
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  Una sorriu, tentando me animar.
  — Claro que tem! Você é qualificada, . E ninguém melhor que uma fã pra entender o quanto a imagem deles significa, né? – Ela deu uma piscadinha, tentando aliviar a tensão. – Além disso, o precisa de alguém com a sua energia, alguém que não vá só gerenciar, mas também cuidar do lado humano.
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  Suspirei, sentindo o peso das palavras dela. Eu queria aquele emprego, mas sabia que seria um desafio enorme. Especialmente com tudo que havia acontecido com , que agora parecia uma versão distante do ídolo que eu admirava.
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  — E como ele tá? – perguntei em um tom baixo, mesmo que não quisesse soar curiosa demais.
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  Una deu de ombros, o olhar um pouco mais sombrio.
  — Ele tá péssimo. Está completamente fechado, não fala com quase ninguém, e quando fala, não é a melhor das pessoas. A coisa com a ex realmente o destruiu… Ele não conseguiu lidar com a traição e depois a morte dela… Agora, a imprensa não dá sossego, e ele só afunda mais nisso tudo.
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  O silêncio se instalou entre nós por um instante, enquanto eu tentava processar a magnitude da situação. Trabalhar com uma das maiores estrelas do mundo já seria desafiador, mas lidar com um coração partido, vícios e a pressão da mídia? Era um campo minado.
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  — É agora ou nunca, – Una falou de repente, com um sorriso encorajador. – Você vai arrasar nessa entrevista. Tenho certeza.
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  Olhei para ela, tentando me alimentar da confiança que ela transparecia, mas por dentro eu estava uma pilha de nervos. Terminei meu café e me levantei, ajeitando o blazer que havia escolhido para a ocasião.
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  — Tudo bem. Vamos lá, antes que eu desista e fuja.
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  Una riu e se levantou também, pegando sua bolsa.
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  — Você vai ver, depois da entrevista você vai se perguntar por que estava tão nervosa. E quem sabe, em algumas semanas, já vai estar acostumada a lidar com as manias do .
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  Eu ri nervosamente, tentando me distrair. Sabia que a partir daquele momento, minha vida poderia mudar completamente.
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  Enquanto saíamos da cafeteria em direção à Big Hit, o frio de novembro cortava o ar e eu não conseguia evitar sentir o peso das expectativas sobre mim. O caminho até a entrevista parecia mais longo do que eu havia imaginado, e com cada passo, a realidade do que estava prestes a acontecer se tornava mais palpável.
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***

  Una e eu adentramos o grandioso prédio da Hybe, ela anunciou aos recepcionistas que eu estava com ela para uma entrevista e rapidamente um crachá de visitante com o meu nome é sobrenome me foram entregues.
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   . Eu li rapidamente meu nome lá e então Una já me esperava do outro lado de uma das catracas. Rapidamente eu coloquei o crachá em volta do meu pescoço e o passei pelo leitor magnético, me encontrando com Una outra vez.
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  Ela me esperava com um sorriso encorajador do outro lado, e assim que me juntei a ela, começamos a caminhar em direção aos elevadores. O prédio da Hybe era imponente, com seu design moderno e superfícies brilhantes. Não era a primeira vez que eu entrava ali, mas hoje, tudo parecia muito mais intenso, talvez pela importância do momento.
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  — Nervosa? — Una perguntou, já sabendo a resposta.
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  — Você tem que perguntar? — soltei um riso nervoso. — Isso aqui é enorme, e eu vou ser entrevistada para cuidar da imagem de uma das maiores estrelas do mundo. Claro que estou nervosa.
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  Una apertou o botão do elevador e me lançou um olhar compreensivo.
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  — Eu entendo. Mas, olha, tenta não pensar em todo o peso disso. Pensa que, no fundo, eles são pessoas como qualquer outra. Eles precisam de ajuda, e você está mais do que preparada para isso. O , especialmente, precisa de alguém que consiga ver além da fama e da bagunça na vida pessoal dele.
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  O elevador chegou e entramos. As portas se fecharam e, enquanto subíamos, o silêncio pesado voltou. Eu olhei para Una, tentando encontrar conforto nas suas palavras, mas era difícil me imaginar mantendo a calma quando estaria frente a frente com executivos poderosos — e, eventualmente, .
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  — E se ele me odiar? — soltei de repente, minha maior preocupação escapando. — Ele está em um momento tão complicado… O que me faz pensar que ele vai me aceitar por perto?
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  Una respirou fundo, como se já tivesse pensado sobre isso também.
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  — Ele vai te testar, com certeza. Mas é só o jeito dele de tentar manter as pessoas à distância. Não leve para o lado pessoal. E, se te odiar no começo, bom… isso só significa que você está no caminho certo.
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  Levantei uma sobrancelha, confusa.
  — Como assim?
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  Ela sorriu.
  — só age assim com quem ele acredita que pode quebrar as barreiras dele. Ele vai fazer de tudo para te afastar, mas se você se mantiver firme, vai ganhar o respeito dele. É por isso que eu te indiquei. Você não desiste fácil, .
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  Eu me encolhi um pouco diante da ideia de ter que passar por isso, mas também sabia que ela estava certa. Não seria fácil, mas poucas coisas na vida que valem a pena são.
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  O elevador parou, e as portas se abriram, revelando um andar movimentado com pessoas indo e vindo. O andar onde tudo aconteceria.
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  — Essa é sua chance — Una disse enquanto saíamos do elevador. — Apenas seja você mesma. O resto vai se encaixar.
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  Assenti, sentindo meu coração disparar enquanto caminhávamos em direção à sala de reuniões onde a entrevista aconteceria. Eu só esperava estar pronta para tudo o que viria a seguir.
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  Una me guiou pelos corredores movimentados até uma sala de reuniões discreta, mas elegante, com grandes janelas de vidro que deixavam a luz natural entrar, iluminando a mesa longa no centro. O espaço era impecavelmente organizado, com cadeiras estofadas e uma sensação profissional que só aumentava meu nervosismo.
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  — Aqui estamos — ela disse, abrindo a porta e me convidando a entrar. — Você vai esperar aqui até eles chegarem. Não deve demorar.
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  Me sentei em uma das cadeiras perto da ponta da mesa, tentando controlar minha respiração enquanto observava cada detalhe da sala. O nervosismo parecia ter dobrado agora que eu estava sozinha naquele ambiente formal.
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  Una ficou na porta por um instante, me observando com um sorriso carinhoso, percebendo minha inquietação.
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  — , relaxa. Você chegou até aqui por mérito, você merece estar aqui. Só confie em você mesma, tá? — Ela deu um passo para dentro e tocou meu ombro de forma reconfortante. — E lembre-se do que eu disse: seja firme. Não importa o que aconteça, você vai dar conta.
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  Eu sorri, mesmo que ainda um pouco tensa.
  — Obrigada, Una. De verdade. Eu não sei o que faria sem você por perto.
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  — Você faria exatamente isso, com ou sem mim — ela piscou, cheia de confiança em mim. — Boa sorte, amiga. Você vai arrasar.
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  Com isso, ela se afastou e fechou a porta suavemente atrás de si, me deixando sozinha. O silêncio da sala parecia amplificar o som do meu coração batendo forte no peito. Fitei a porta por alguns segundos, respirando fundo para tentar acalmar meus pensamentos. A entrevista estava prestes a começar, e eu precisava estar preparada para o que quer que viesse.
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  Os minutos que se seguiram pareciam se arrastar de forma interminável. O silêncio da sala era interrompido apenas pelo som suave do ar-condicionado, e minha mente começou a correr em várias direções, como se quisesse explorar todas as possíveis cenários e falhas antes mesmo de acontecerem.
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  Enquanto tentava me manter calma, meus olhos passearam pela mesa à minha frente, observando os detalhes do ambiente para me distrair. Havia algumas pastas empilhadas em um canto, com o logotipo da Hybe gravado em alto-relevo. As cadeiras estofadas eram impecavelmente alinhadas, e a janela ao fundo oferecia uma vista panorâmica de Seul. O brilho suave da cidade contrastava com a quietude do ambiente.
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  Tentei me concentrar na respiração, algo que Una havia me aconselhado minutos antes. Inspirei profundamente e soltei devagar, mas logo os pensamentos voltaram a me bombardear.
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  E se eles me acharem jovem demais? Inexperiente?
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  Eu sabia que tinha a formação, mas trabalhar diretamente com — e, especialmente, com em um momento tão delicado — era um desafio enorme. Será que eu estava realmente pronta para isso? As notícias recentes sobre o comportamento errático dele passaram pela minha cabeça. Não seria fácil lidar com alguém que estava no limite, emocional e profissionalmente.
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  Engoli em seco, tentando afastar a ideia de que ele poderia me desprezar ou simplesmente me rejeitar antes mesmo de me dar uma chance de mostrar meu trabalho. era conhecido por ser gentil e charmoso, mas também tinha uma reputação de ser reservado quando algo o incomodava. Eu não sabia o que esperar dele neste momento.
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  Foi então que a porta se abriu, interrompendo abruptamente meus devaneios.
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  Virei-me rapidamente, o coração disparado. Dois homens entraram primeiro, executivos de terno, ambos segurando pastas e falando baixo entre si. Atrás deles, mais duas figuras apareceram: Park Jiwon, o atual CEO da Hybe, e Bang Si-hyuk, o fundador da empresa. Minha respiração parou por um segundo.
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  — Bom dia, — disse Jiwon com um sorriso formal, mas acolhedor. — Desculpe pela demora, tivemos alguns ajustes de última hora.
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  Me levantei imediatamente, tentando parecer confiante, e me curvei respeitosamente.
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  — Bom dia. Sem problemas.
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  Bang Si-hyuk, conhecido por seu ar tranquilo e perspicaz, me deu um leve aceno de cabeça, enquanto os executivos tomavam seus lugares à mesa. Eles se acomodaram com naturalidade, mas o peso da presença deles era palpável.
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  — Por favor, sente-se — disse Jiwon, acenando para a cadeira. — Vamos começar.
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  Eu me sentei novamente, tentando manter a postura firme enquanto sentia o olhar atento dos dois homens mais poderosos da indústria musical coreana. Meu coração batia acelerado, mas eu sabia que aquele era o momento de me provar.
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  Bang Si-hyuk ajustou seus óculos antes de falar, sua voz baixa e calculada.
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  — Você foi recomendada pela Una, nossa melhor staff, e também fez uma excelente apresentação na fase anterior do processo seletivo. Agora, queremos entender melhor como você pretende lidar com os desafios que envolvem este cargo… especialmente no que se refere à situação atual do .
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  As palavras dele pareciam pesar no ar. Eu sabia que o foco seria , e agora era minha chance de mostrar que eu estava preparada. Respirei fundo e, com a mente ainda ecoando os conselhos de Una, me preparei para responder.
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  Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, a porta foi aberta novamente, interrompendo meus pensamentos por um instante. Meu coração deu um salto quando vi quem entrava.
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   foi o primeiro a aparecer, seguido pelos outros membros do . Todos estavam com expressões sérias, mas foi o último a entrar que fez meu estômago revirar. , com seu porte elegante, caminhou até o centro da sala, seus olhos escuros varrendo o ambiente por um breve momento antes de pousarem sobre mim, apenas por um segundo, antes de se desviar.
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  Havia uma tensão palpável no ar que eu não sabia se era real ou apenas minha imaginação correndo solta.
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  Bang Si-hyuk, que estava sentado à minha frente, ergueu uma sobrancelha e, com um toque de deboche na voz, perguntou, olhando diretamente para :
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  — Ué, -ssi, não foi você quem disse que não participaria de uma “perda de tempo” dessas?
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  O comentário fez o ar na sala mudar. Meu coração acelerou ainda mais, e eu mantive o olhar fixo na mesa por um breve segundo, tentando processar a situação sem demonstrar o quanto estava nervosa. olhou de volta para Si-hyuk com uma expressão que eu não conseguia decifrar completamente — um misto de irritação e desafio.
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  — Mudei de ideia — respondeu ele com um tom firme, mas sem perder a calma. Sua voz soou mais grave e densa do que eu esperava. — Achei que seria interessante ver quem vai tentar me consertar.
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  Houve um silêncio constrangedor por alguns segundos, e o comentário dele, carregado de sarcasmo, pairou no ar. Eu pude sentir os olhares se movendo de para mim, e tentei ao máximo não parecer abalada.
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  Os outros membros trocaram olhares rápidos, mas ninguém falou nada. , sempre o líder calmo e sensato, pareceu perceber o clima tenso e deu um pequeno passo à frente, quebrando o silêncio.
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  — Vamos todos nos sentar, certo? Isso aqui é importante para todos nós.
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   não respondeu, mas, com uma expressão fechada, puxou uma cadeira e se sentou, ainda com aquele olhar distante e desinteressado. Os outros membros fizeram o mesmo, e eu sabia que aquele era o momento em que minha habilidade seria testada, não apenas pelos executivos, mas também pelo próprio .
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  Bang Si-hyuk, ainda com um leve sorriso debochado, voltou sua atenção para mim, como se dissesse: “Sua vez”.
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  Respirei fundo.
  O clima na sala parecia ter ficado ainda mais pesado com a chegada do , especialmente , que permanecia com uma postura descontraída, mas os olhos dele revelavam cansaço e uma ponta de irritação. Era quase como se ele já estivesse decidido sobre o que pensava de mim, mesmo antes de me conhecer.
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  Eu precisava provar o contrário.
  — Bom, como o CEO Park mencionou — comecei, tentando manter a voz firme, embora sentisse meu coração batendo acelerado —, estou aqui para mostrar que posso contribuir de forma significativa. Sei que a situação atual exige um cuidado especial, e minha proposta é focar em uma estratégia que possa preservar a imagem do grupo, ao mesmo tempo que respeite os desafios individuais.
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  Eu pausei, tentando avaliar a reação de , mas ele apenas permaneceu imóvel, seu olhar fixo em algum ponto além de mim. O silêncio dele era ensurdecedor, mas eu continuei.
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  — Acredito que a transparência, tanto com os fãs quanto com a mídia, é essencial. Meu plano envolve uma abordagem direta, sem sensacionalismo, para que a história real do que está acontecendo seja apresentada de forma honesta e responsável. No entanto, entendo que cada membro tem seus próprios limites, especialmente em relação ao que deseja ou não compartilhar com o público.
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   assentiu ligeiramente, mas , ainda com uma expressão distante, lançou um olhar de canto para Bang Si-hyuk antes de voltar a me ignorar. Isso mexeu comigo, mas tentei não me deixar abalar. Eu estava ali para fazer meu trabalho, e não seria fácil.
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  Bang Si-hyuk, percebendo a tensão crescente, se recostou na cadeira, ainda com aquele leve sorriso.
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  — E o que exatamente você acha que vai conseguir fazer com… ele? — Ele apontou vagamente para com o queixo, claramente se referindo à situação delicada em que ele se encontrava.
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  Fui pega de surpresa pela pergunta direta, mas já esperava algo do tipo.
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  — Bom, -ssi… — virei-me para ele, finalmente encarando-o diretamente, mesmo que ele não me olhasse de volta —, acredito que antes de qualquer coisa, precisamos alinhar o que você gostaria que fosse comunicado. Eu estou aqui para te ajudar, não para te forçar a nada. Acho que trabalhar juntos nesse processo será essencial.
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  Ele finalmente desviou o olhar do ponto fixo e me encarou, os olhos escuros e intensos.
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  — Trabalhar juntos? — Ele soltou uma risada baixa, carregada de sarcasmo. — Acha mesmo que pode fazer alguma diferença? Que uma estratégia qualquer vai resolver o que está acontecendo?
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  O peso das palavras dele caiu sobre mim, mas eu me mantive firme, mesmo que sentisse a pressão de ter que lidar com aquela resistência logo no primeiro contato.
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  — Eu sei que não vai ser fácil — respondi, tentando não me deixar abater —, mas acredito que podemos encontrar uma forma de lidar com isso, uma forma que funcione para todos. Eu não estou aqui para impor nada, mas para entender o que você precisa.
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  O silêncio que se seguiu foi denso, mas algo nos olhos de pareceu mudar, mesmo que fosse de forma imperceptível. Ele não disse mais nada, apenas recostou-se na cadeira, parecendo considerar minhas palavras.
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  Bang Si-hyuk se levantou, quebrando o clima tenso.
  — Vamos dar um tempo para que e o discutam mais detalhadamente o que vem pela frente. — Ele olhou para mim com um leve sorriso. — Boa sorte. Você vai precisar.
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  Com isso, ele e os executivos saíram da sala, deixando-me sozinha com os sete membros, que agora me observavam com uma curiosidade silenciosa.
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  Assim que a porta se fechou e os executivos saíram, o silêncio na sala se intensificou. Eu me sentia como se estivesse em um campo minado, onde cada palavra que eu dissesse poderia desencadear uma reação inesperada. O peso do olhar dos sete membros sobre mim era quase sufocante, mas eu sabia que este era o momento de mostrar quem eu era e por que estava ali.
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  , sempre o mais racional e cuidadoso, foi o primeiro a quebrar o silêncio.
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  — , né? — Ele disse com um sorriso cordial. — Acho que todos aqui estamos curiosos sobre como você pretende lidar com… tudo isso. — Sua voz era calma, mas carregava uma seriedade que mostrava que a situação estava longe de ser simples.
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  Eu respirei fundo e me virei para responder, mas não antes de lançar um olhar rápido para , que continuava em silêncio, recostado na cadeira com uma expressão fria, observando tudo de longe como se estivesse apenas cumprindo uma obrigação.
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  — Eu entendo que a situação é complicada — comecei, tentando organizar meus pensamentos com clareza. — Mas acredito que, antes de qualquer coisa, precisamos construir uma confiança mútua. Vocês passaram por muita coisa juntos, e eu estou aqui para ajudar a aliviar parte desse peso. Mas isso só vai funcionar se houver uma comunicação honesta entre nós. Eu sei que é delicado, especialmente para -ssi — e mais uma vez olhei diretamente para ele, que não reagiu —, mas essa é a minha proposta. Encontrarmos uma maneira de trabalhar com as demandas da mídia e dos fãs, sem que isso prejudique o bem-estar de vocês.
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  , que até então estava calado, inclinou-se um pouco para frente, parecendo interessado.
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  — Você fala de transparência com a mídia, mas o problema é que eles distorcem tudo. Se não temos controle sobre isso, como podemos confiar que qualquer coisa que digamos não vai ser usada contra nós?
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  Ele tinha razão, e era uma das maiores preocupações que eu já havia previsto.
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  — É por isso que eu acredito que a gente precisa ser o mais direto possível nas nossas abordagens, mas sempre dentro dos limites de vocês. A ideia não é expor o que não querem compartilhar, e sim controlar o que já está circulando para que a narrativa esteja do lado de vocês. Podemos reverter essa situação, mas isso só vai funcionar com uma estratégia bem definida e com vocês à vontade para colaborar. — Eu pausei, percebendo que alguns membros estavam começando a concordar com a cabeça, especialmente e .
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  , no entanto, continuava impassível, o que me fez perceber que ele seria o maior desafio. Seu olhar finalmente encontrou o meu novamente, e pude ver um misto de descrença e cansaço ali.
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  — Tudo isso parece muito bonito no papel — ele disse, sua voz carregada de um tom irônico. — Mas já ouvi tantas soluções “perfeitas” antes. Não me parece que vai ser diferente.
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  Eu segurei o olhar dele por mais um segundo antes de responder, tentando transmitir que eu entendia sua frustração.
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  — Eu sei que palavras não resolvem. Mas estou aqui para provar com ações. Não espero que você confie em mim de imediato, -ssi, e entendo que isso vai levar tempo. Só peço uma chance para mostrar que não estou aqui para complicar mais as coisas, mas para ajudar a aliviar essa carga.
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  Ele não disse mais nada, mas algo nos olhos dele parecia menos agressivo, embora ele ainda estivesse claramente distante. A tensão ainda era palpável, mas havia uma leve abertura, mesmo que mínima.
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  , sempre o mediador, se pronunciou novamente.
  — Acho que todos nós precisamos de um tempo para processar isso. Mas eu, pessoalmente, vejo potencial no que você está propondo, . Vamos conversar entre nós, e então voltamos a falar.
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  Assenti, aliviada por não ter sido completamente rejeitada.
  — Claro. Obrigada pela oportunidade de falar com vocês. Estou à disposição para qualquer coisa.
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  Os membros começaram a se levantar, e foi o primeiro a sair da sala sem olhar para trás. A barreira que ele erguera entre nós parecia sólida, mas eu sabia que, com o tempo, esperava conseguir encontrar uma brecha.
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   sorriu gentilmente para mim enquanto os outros se preparavam para sair.
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  — Boa sorte com o que vem pela frente. Não será fácil, mas acho que você pode fazer a diferença.
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  Agradeci, sentindo uma leve onda de alívio. Mas enquanto eu observava a porta se fechar atrás deles, sabia que o verdadeiro desafio começaria agora. E ele tinha o nome de .
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***

  Assim que a porta se fechou e todos saíram, o silêncio na sala voltou a dominar o ambiente. Fiquei ali sentada por alguns minutos, tentando digerir tudo o que havia acontecido. Minha mente girava com pensamentos sobre cada olhar, cada palavra trocada. , em particular, não saía da minha cabeça. A maneira como ele me olhou, aquela barreira invisível que ele erguera entre nós… Não seria fácil quebrá-la, e eu sabia disso. Ainda assim, parte de mim estava determinada a tentar.
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  Eu me ajeitei na cadeira, sentindo uma leve tensão nos ombros. A pressão dessa entrevista estava começando a se manifestar fisicamente, mas me obriguei a manter a calma. Se eles precisassem de uma resposta imediata, eu tinha que estar pronta. Não podia parecer nervosa, não agora.
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  Respirei fundo e fechei os olhos por um momento. Não era apenas sobre conseguir o emprego; era sobre mostrar que eu era capaz de lidar com algo que outras pessoas haviam falhado. Eu sabia que muitos tinham passado por aquele processo e não conseguiram conquistar a confiança do grupo, muito menos a de .
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  Mas será que eu seria diferente? Será que tinha dito o suficiente? Ou talvez algo tenha saído errado? As palavras dele ecoavam na minha cabeça: “Acha mesmo que pode fazer alguma diferença?” O tom de descrença ainda me afetava, mas eu não podia deixar que isso me abalasse.
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  Perdi a noção do tempo enquanto esses pensamentos iam e vinham, mas, cerca de quinze minutos depois, ouvi o som da porta se abrindo novamente. Minha postura se ajustou imediatamente, e meus olhos se voltaram para os executivos que voltavam a entrar, seguidos pelo CEO Park Jiwon, Bang Si-hyuk e os membros do , incluindo , que permanecia um pouco mais afastado, como antes.
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  Houve uma leve troca de olhares entre eles, e então Bang Si-hyuk se adiantou, com aquele mesmo sorriso irônico de antes.
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  — Bom, , discutimos sobre o que você apresentou, e preciso dizer que fiquei impressionado com sua confiança diante do que é, claramente, um desafio enorme.
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  Minha respiração prendeu por um momento enquanto eu aguardava o que viria a seguir.
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  — Decidimos que você é a pessoa certa para o cargo no momento.
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  As palavras dele ecoaram na minha mente por um segundo antes de caírem por completo. Eu havia conseguido. Passei no processo. Tentei controlar a expressão no meu rosto, mantendo a calma, mas por dentro, eu sentia uma onda de alívio e euforia tomando conta de mim.
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  — Parabéns! — completou o CEO Park, sorrindo de forma mais amigável. — Sabemos que será um trabalho árduo, mas estamos confiando na sua capacidade.
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  Agradeci com um aceno e, antes que pudesse responder, olhei rapidamente para , que me encarava sem dizer nada. Não havia raiva ou sarcasmo no olhar dele dessa vez, mas ainda assim, ele parecia distante, como se a decisão não significasse muita coisa para ele.
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   foi o primeiro a se aproximar e estender a mão.
  — Bem-vinda ao time, . Vamos precisar de muita comunicação daqui para frente.
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  Apertei a mão dele, sentindo uma leve onda de gratidão. Eu ainda tinha muito trabalho pela frente, mas naquele momento, tudo o que importava era que eu havia conseguido aquela chance.
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  — Muito obrigada a todos — falei, tentando soar confiante. — Prometo dar o meu melhor e trabalhar com vocês da forma mais transparente possível.
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  Bang Si-hyuk assentiu, claramente satisfeito com a resposta. E então, um a um, os membros começaram a se dispersar, com exceção de , que foi o último a sair da sala sem sequer me olhar novamente. A porta se fechou, e eu sabia que aquela era apenas a primeira de muitas batalhas que viriam.
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Capítulo 2

   aguardava na grande sala do RH com as pernas cruzadas, uma sobre a outra. A ansiedade que ela sentia naquele momento estava totalmente canalizada na forma que ela apertava a grande pasta nas mãos. Ela tentava manter a postura, mas a ansiedade estava presente em cada detalhe de seus movimentos.
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  A chefe do RH, uma mulher de postura impecável e olhar analítico, estava sentada atrás da mesa, folheando cuidadosamente os documentos de . O som suave das páginas sendo viradas parecia ecoar no ambiente silencioso, tornando o momento ainda mais tenso.
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   desviou o olhar para as paredes minimalistas do escritório, na tentativa de acalmar seus pensamentos. Quadros motivacionais com frases em inglês sobre sucesso e trabalho em equipe a encaravam de volta, mas não ajudavam muito.
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  “Será que ela achou algo errado nos meus papéis? Algum detalhe que eu esqueci? Meu diploma foi anexado corretamente? Não, eu revisei isso umas mil vezes… Calma, , calma.”
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  Ela respirou fundo, mas os pensamentos não paravam.
  “E se isso tudo for um engano? Talvez tenham mudado de ideia. Talvez tenha reclamado tanto que eles decidiram cancelar minha contratação antes mesmo de começar.”
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  A imagem do olhar frio de passou por sua mente. Ele não parecia nada contente com sua entrada para a equipe, e isso só aumentava sua sensação de estar sendo constantemente avaliada.
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  Ela olhou de volta para a chefe do RH, que agora estava digitando algo em um computador, com os óculos escorregando levemente pelo nariz.
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  “O que será que ela está pensando? Será que é bom sinal que ela não disse nada até agora? Ou será que é pior ainda?”
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   começou a lembrar do momento em que recebeu a notícia de que havia conseguido o cargo. Parecia um sonho, mas agora, sentada ali, era como se todo o peso daquela responsabilidade estivesse finalmente caindo sobre seus ombros.
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  “Isso não é só um emprego. É uma oportunidade gigantesca. Eu preciso provar que eles não cometeram um erro me escolhendo. Não só para eles, mas para mim mesma. Eu sei que consigo, mas será que consigo o suficiente?”
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  A chefe do RH finalmente parou de digitar e olhou para com um sorriso profissional no rosto.
  — Parece que está tudo certo aqui, . Você já está oficialmente no sistema da empresa.
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   sentiu uma onda de alívio, mas rapidamente manteve a compostura, sorrindo de volta.
  — Muito obrigada. Fico feliz em saber que tudo está em ordem.
  A chefe do RH tirou os óculos e os colocou sobre a mesa.
  — Vou te passar o cronograma de integração e as informações básicas sobre sua nova função. Nosso time é bastante dinâmico, e esperamos que você se sinta à vontade para trabalhar conosco.
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   assentiu, tentando absorver tudo. Mas, por dentro, sua mente ainda estava a mil.
  “É isso. Agora começa de verdade.”
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***

  A chefe do RH abriu uma das gavetas da mesa e retirou um crachá provisório com o logo da Hybe em destaque e mexeu mais um pouco no computador. Ela o deslizou suavemente sobre a mesa em direção a .
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  — Aqui está o seu crachá provisório. Ele será suficiente para acessar as áreas comuns da empresa e o departamento de comunicação até que o seu oficial fique pronto. Certifique-se de mantê-lo sempre visível.
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   pegou o crachá com cuidado, observando seu nome e a palavra “Provisório” escrita logo abaixo. Ela o prendeu ao bolso do blazer, tentando esconder a pequena tremedeira que ainda sentia nas mãos.
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  — Obrigada — disse, mantendo o tom formal.
  — Agora, vou te levar até a sala de integração. Lá, você receberá um overview sobre nossos processos, cultura organizacional e algumas informações sobre o seu papel dentro da equipe.
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  A mulher se levantou, ajeitando o blazer, e seguiu seu exemplo, tentando espelhar a mesma postura confiante. A chefe do RH fez um gesto para que ela a acompanhasse, e ambas saíram da sala em direção ao corredor principal.
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  Enquanto caminhavam, tentou absorver o ambiente ao redor. A decoração era moderna, com toques minimalistas, e cada detalhe parecia cuidadosamente planejado para transmitir profissionalismo e criatividade. Quadros com fotos dos artistas da Hybe enfeitavam algumas paredes, e ela não pôde deixar de notar uma imagem do em uma das principais posições.
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  “Agora faz parte da minha realidade. Trabalhar com eles, lidar com eles… e com ele.”
  A chefe do RH abriu uma porta de vidro ao final do corredor, revelando uma sala espaçosa equipada com uma grande mesa de reuniões, cadeiras ergonômicas e uma tela de projeção. Alguns materiais estavam organizados em cima da mesa, prontos para serem apresentados.
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  — Por favor, sente-se — indicou a mulher, com um gesto gentil. — Vou buscar o responsável pela apresentação inicial. É uma introdução breve para te ambientar melhor antes de começar oficialmente suas atividades.
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   agradeceu e se sentou em uma das cadeiras confortáveis, ajustando o crachá no bolso. A chefe do RH saiu, fechando a porta atrás de si, e ficou sozinha mais uma vez, desta vez encarando os materiais sobre a mesa.
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  “Parece simples, mas nada sobre isso é simples. Não para mim. Espero que essa integração seja a primeira etapa para mostrar que eu sou a pessoa certa para estar aqui.”
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  Ela respirou fundo e ajustou a postura, determinada a enfrentar cada novo passo com confiança, mesmo que a ansiedade ainda pesasse no fundo de sua mente.
   começou o processo de integração com uma apresentação detalhada conduzida por um dos membros da equipe de recursos humanos. A sessão inicial abordou os valores e a cultura organizacional da Hybe, destacando a importância de inovação, colaboração e a responsabilidade de manter a imagem dos artistas e da empresa.
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  O responsável pela apresentação, um homem de meia-idade com um sorriso acolhedor, mostrou vídeos institucionais e compartilhou algumas histórias de sucesso de outros profissionais que começaram em posições semelhantes à dela.
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  Em seguida, ele detalhou os protocolos básicos de conduta, como sigilo absoluto sobre a vida pessoal dos artistas, discrição ao lidar com a imprensa, e o comportamento esperado nas interações internas. Embora as informações fossem claras e objetivas, sentia o peso da responsabilidade aumentar a cada palavra.
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  Depois, a conversa se voltou para as especificidades do seu cargo. Ela receberia um cronograma detalhado de reuniões e atividades para os primeiros meses, e já teria contato direto com a equipe de comunicação ainda naquela semana. Ao final da integração, uma pasta com documentos, guias e orientações foi entregue a ela, acompanhada de um sorriso motivador.
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  Apesar de um leve cansaço mental, saiu daquele primeiro momento com a sensação de que estava um passo mais perto de entender a magnitude do desafio à sua frente. No entanto, a imagem de continuava a rondar seus pensamentos.
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  “Ele vai ser o maior desafio de todos. E o mais importante. Não posso falhar.”
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***

  Após a primeira etapa da integração, o homem que conduziu a apresentação inicial se levantou e olhou para com um sorriso amigável.
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  — Muito bem, . Essa foi a parte mais teórica, mas agora chegou a hora de uma visita guiada pelo prédio. Quero que você conheça as instalações e entenda onde tudo acontece. Assim, quando começar oficialmente, você já estará mais familiarizada.
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   assentiu, ajustando a pasta em suas mãos enquanto o acompanhava até a porta. Ao saírem da sala, ele fez um gesto para que ela seguisse ao seu lado enquanto começava a explicação.
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  — Este andar, como você viu, é dedicado ao departamento administrativo e de recursos humanos. Aqui lidamos com toda a parte de contratação, benefícios e suporte interno para os funcionários da Hybe.
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  Eles caminharam pelo corredor, passando por várias salas de reuniões e escritórios menores. Quando chegaram ao elevador, ele apertou o botão para o andar inferior.
  — Agora, vamos conhecer o coração criativo da empresa.
  O elevador se abriu em um andar vibrante, onde as paredes eram decoradas com pôsteres de artistas da Hybe, e algumas pessoas caminhavam apressadas com pranchetas e tablets nas mãos.
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  — Este é o andar de produção e criação. Aqui temos as salas de ensaio, estúdios de gravação e áreas de brainstorming para as equipes de marketing e design.
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   observava tudo com atenção, encantada com o movimento e a energia do lugar. Ele apontou para uma sala com uma grande janela de vidro, onde ela pôde ver alguns dançarinos ensaiando uma coreografia.
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  — Aquela é uma das principais salas de ensaio. Os artistas costumam passar horas ali, principalmente antes de grandes apresentações.
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  Continuaram caminhando, passando pelos estúdios de gravação. O som abafado de uma música em produção escapava de uma das portas fechadas.
  — Os estúdios são equipados com tecnologia de ponta. Muitos dos nossos artistas preferem trabalhar aqui, mesmo tendo estúdios próprios.
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  Em seguida, ele a levou para o refeitório, um espaço amplo e moderno, com várias opções de alimentação.
  — Este é o refeitório principal. Temos menus variados, incluindo opções vegetarianas e veganas. A comida aqui é excelente, pode confiar.
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   sorriu, tentando absorver tudo enquanto seu guia continuava. Eles passaram por mais algumas áreas, incluindo o setor de figurinos e maquiagem, o espaço dedicado ao bem-estar dos funcionários, e até uma pequena biblioteca.
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  Por fim, voltaram ao andar onde ela começaria a trabalhar. Ele indicou uma mesa vazia em um dos escritórios compartilhados.
  — Esta será sua estação de trabalho por enquanto. Seu computador e acesso ao sistema estarão prontos amanhã.
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   agradeceu, sentindo-se um pouco mais à vontade com todo o ambiente.
  — É um prédio impressionante. Tudo aqui parece muito bem organizado.
  Ele sorriu.
  — A Hybe é uma engrenagem que depende de cada peça para funcionar bem. Tenho certeza de que você se adaptará rapidamente.
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  Enquanto ele se despedia e voltava para suas responsabilidades, ficou ali por um momento, olhando para o espaço ao redor e imaginando como seria sua nova rotina.
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***

   estava terminando de organizar os papeis que havia recebido durante a integração quando uma mensagem apareceu no celular. Era da recepcionista do andar onde ela estava.
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  “Senhorita , os CEOs pediram que você comparecesse à sala de reuniões principal. Estão aguardando por você.”
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  O coração de deu um salto imediato. Ela respirou fundo, tentando se acalmar. Mais uma reunião? O que será agora? Levantando-se, ajustou o crachá provisório ao redor do pescoço e seguiu para o elevador.
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  Ao chegar ao andar onde ficava a sala de reuniões, encontrou o ambiente mais silencioso do que o esperado. A mesma recepcionista que havia enviado a mensagem a indicou a direção, e seguiu para a imponente porta dupla.
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  Com um toque tímido, bateu antes de entrar.
  — Entre — respondeu uma voz grave, que ela reconheceu como sendo de Jiwon.
  Abrindo a porta, encontrou os CEOs, incluindo Bang Si-hyuk, e dois outros executivos que ela não reconhecia. O ambiente era formal, mas não intimidante. Eles a cumprimentaram com gestos educados, indicando uma cadeira na extremidade da mesa.
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  — Senhorita , obrigado por vir tão prontamente — começou Jiwon, com um sorriso profissional. — Decidimos chamá-la para alinhar alguns pontos específicos antes de você começar a trabalhar oficialmente.
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   assentiu, mantendo a postura atenta enquanto eles se revezavam na explicação.
  — Como você sabe, sua função será crucial para a manutenção da imagem pública de nossos artistas, especialmente do — continuou Bang Si-hyuk. — O foco principal do seu trabalho será colaborar com os esforços para estabilizar a situação atual e reestruturar o planejamento de mídia e relações públicas para o grupo.
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  — Em especial, você terá que lidar diretamente com as situações envolvendo o — completou Jiwon, com um tom mais sério. — Ele tem sido… resistente a mudanças.
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   sentiu o peso da responsabilidade recair sobre seus ombros, mas manteve o semblante firme.
  — Estamos confiantes de que você pode trazer uma nova abordagem e construir uma relação de confiança com ele e os demais membros — Bang Si-hyuk acrescentou, com um leve sorriso. — Este será o primeiro teste real de suas habilidades.
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   inspirou fundo antes de responder.
  — Entendo perfeitamente o desafio e estou comprometida a fazer o melhor trabalho possível. Obrigada pela confiança.
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  Os executivos trocaram olhares, parecendo satisfeitos com sua resposta.
  — Excelente — disse Jiwon. — Amanhã, você será apresentada oficialmente ao grupo novamente. Use isso como uma oportunidade para observar e entender a dinâmica deles.
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  Após mais algumas orientações e um breve momento de descontração, a reunião foi encerrada. Enquanto saía da sala, sentiu o misto de nervosismo e determinação se intensificar. Amanhã será o começo de tudo.
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***

   caminhava pelos corredores movimentados da Hybe, revisando mentalmente os pontos discutidos na reunião. Estava tão concentrada em seus pensamentos que não percebeu alguém virando a esquina no mesmo instante. O choque foi inevitável.
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  — Você não olha por onde anda? — uma voz baixa e irritada soou à sua frente.
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  Ela deu um passo para trás, a respiração presa por um momento. Quando levantou os olhos, encontrou parado ali, seu olhar frio e semblante fechado. Ele estava vestido de forma casual, mas ainda assim emanava uma aura de autoridade que parecia maior que a própria Hybe.
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  — Me desculpe, eu não vi… — começou ela, mas ele interrompeu, ainda visivelmente irritado.
  — Da próxima vez, tente prestar mais atenção. Algumas pessoas têm coisas importantes para fazer.
   engoliu o constrangimento inicial e respirou fundo. É agora ou nunca.
  — Você tem um tempo para um café? — perguntou, surpreendendo até a si mesma com o tom direto e confiante.
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   arqueou uma sobrancelha, visivelmente desconfiado.
  — Café? — repetiu, como se a palavra fosse algo estranho em sua língua.
  — Sim, um café — continuou ela, mantendo o olhar firme no dele. — Achei que seria uma boa oportunidade para começarmos com o pé direito.
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  Ele cruzou os braços, avaliando-a como se tentasse decifrar suas intenções.
  — Pé direito? — murmurou, a expressão suavizando levemente, mas ainda carregada de ceticismo. — Ah! Você é a nova relações públicas, não é?
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   assentiu, mantendo a compostura.
  Após alguns segundos de silêncio desconfortável, suspirou e olhou para o relógio no pulso.
  — Dez minutos. Não mais que isso.
  Ela reprimiu um sorriso de alívio, assentindo rapidamente.
  — Perfeito. Eu conheço um lugar ótimo aqui perto.
   deu um leve aceno de cabeça, ainda sem muita expressão, e começou a caminhar em direção à saída, deixando apressada para acompanhá-lo. Essa é a minha chance.
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***

   apressou o passo para acompanhar , que caminhava em silêncio, as mãos enfiadas nos bolsos do casaco. Foi então que ela notou os detalhes do disfarce: uma touca preta cobrindo quase todo o cabelo, óculos escuros grandes que ocultavam parte do rosto, e um cachecol grosso enrolado de forma que tampava até o queixo. Ele parecia ter pensado em cada detalhe para se tornar irreconhecível em público.
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  Ela desviou os olhos rapidamente, fingindo não reparar, mas a imagem ficou gravada em sua mente. Ele está se protegendo. Ou melhor, protegendo a imagem dele e do grupo. Era compreensível, considerando o nível de exposição que os integrantes do enfrentavam diariamente.
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   não disse nada, mas internamente refletiu sobre o que isso representava. Ele não estava apenas se escondendo de fãs ou curiosos; estava criando um limite, uma barreira entre sua vida pública e privada.
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  “Expor o mínimo possível é mais do que necessário. É essencial.”
  Quando chegaram ao elevador que os levaria até a saída, ela lançou um olhar discreto na direção dele. O silêncio persistia, mas não parecia desconfortável. Ele parecia absorto em pensamentos, o rosto parcialmente escondido atrás do cachecol.
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   decidiu respeitar o momento e não puxar assunto.
  “Se quero conquistar a confiança dele, preciso começar entendendo o espaço que ele precisa.”
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  Assim que as portas do elevador se abriram no térreo, deu um leve aceno com a cabeça em direção à saída, indicando que era por ali que seguiriam. assentiu, acompanhando-o em passos firmes, decidida a fazer com que os próximos minutos fossem um início promissor, mesmo que ainda envoltos em silêncio.
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***

   caminhava alguns passos à frente, liderando o caminho até a pequena cafeteria que ficava a poucos quarteirões dali. A cidade seguia seu ritmo frenético, mas entre os dois o silêncio era quase palpável. Ela lançou um olhar discreto para trás, confirmando que a seguia. Ele mantinha a cabeça levemente baixa, ainda se protegendo com seu disfarce.
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  Ao chegarem, parou diante da porta de vidro e olhou para ele.
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  — Conhece aqui? — perguntou, apontando com a cabeça para o lugar aconchegante à sua frente.
   ergueu o olhar, observando a fachada familiar. Por um momento, algo suave passou por seu rosto antes de ele responder, quase como se estivesse revisitando memórias.
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  — Sim, eu e os garotos vínhamos muito aqui… antigamente. — Sua voz carregava um tom de nostalgia, embora ele rapidamente voltasse à sua postura reservada.
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   sorriu de leve, sentindo que havia tocado, ainda que brevemente, um lado mais humano dele.
  — Parece ser um bom lugar para se desconectar um pouco — comentou enquanto segurava a porta para que ele entrasse.
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  — Talvez — murmurou enquanto passava por ela e se dirigia a uma mesa mais afastada, estrategicamente posicionada em um canto menos visível.
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   o seguiu, percebendo como ele escolhia instintivamente um lugar discreto, que oferecesse o mínimo de exposição possível. Assim que se sentaram, ela decidiu manter o clima leve.
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  — Parece que você sabe escolher os lugares certos. — Ela tentou puxar conversa, abrindo o cardápio que estava na mesa.
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   deu de ombros, mas não respondeu, mantendo o olhar fixo na janela. mordeu a ponta do lábio, buscando o melhor jeito de quebrar o gelo sem invadir o espaço dele.
  “Ainda temos tempo. Devagar.”
   deu uma olhada np cardápio, mesmo que já tivesse uma ideia do que pediria. Olhou para , que continuava com os olhos fixos na janela, os dedos tamborilando levemente na mesa.
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  — E aí, o que você vai querer? — perguntou, tentando soar casual.
  Ele desviou o olhar para ela, seus olhos escuros brilhando por trás dos óculos.
  — Ice americano.
   assentiu e sorriu levemente.
  — Boa escolha. Acho que vou pedir um latte de caramelo. Sempre me ajuda a relaxar.
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   não respondeu imediatamente, apenas soltou um breve “hm” como se não quisesse dar continuidade à conversa.
  Ela chamou o atendente com um aceno discreto e fez os pedidos. Enquanto aguardavam, tentou aproveitar o momento para estudar as nuances do comportamento dele. parecia estar em seu próprio mundo, mas havia algo nos olhos dele que sugeria que seus pensamentos iam muito além da cafeteria.
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  — Você sempre pede ice americano? — arriscou perguntar, quebrando o silêncio.
  — Sim. É simples, direto, sem complicações. — A resposta foi curta, mas seu tom de voz era menos hostil do que esperava.
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  Ela sorriu.
  — Às vezes, simples é tudo o que a gente precisa.
   apenas inclinou a cabeça levemente, como se considerasse a frase dela, mas sem comentar mais nada. O silêncio voltou a reinar, mas desta vez parecia um pouco menos desconfortável. Talvez seja um começo, pensou .
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   apoiou os cotovelos sobre a mesa, entrelaçando os dedos enquanto olhava para , que continuava observando a rua pela janela. Decidida a tentar criar algum vínculo, ela escolheu um assunto que parecia ter deixado uma marca nele: o tempo que ele mencionara ter passado ali com os outros membros.
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  — Então, você disse que costumava vir aqui com os garotos. Deve ter sido uma época boa, não é? — Ela tentou soar despreocupada, mas o olhar atento em sua direção mostrava que estava interessada de verdade na resposta.
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   ergueu uma sobrancelha e desviou o olhar da janela para ela, como se avaliasse se valia a pena responder. Após um breve silêncio, ele deu de ombros.
  — Era. A gente vinha aqui quando as coisas ainda eram… mais simples. Antes de tudo virar esse caos que é hoje.
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   assentiu, encorajando-o a continuar.
  — Imagino que, no começo, vocês tinham mais liberdade para fazer coisas normais, né?
   riu de leve, mas o som era seco, quase irônico.
  — Liberdade é um luxo que você aprende a deixar de lado quando assina um contrato como o nosso. Mas, naquela época, pelo menos tínhamos uns momentos assim. Aqui era um dos nossos refúgios.
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   percebeu um vislumbre de nostalgia em sua voz e decidiu ir mais fundo, ainda com cuidado.
  — E o que vocês costumavam fazer aqui? Aposto que causavam um pouco de confusão.
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  Dessa vez, um sorriso genuíno ameaçou escapar, mas o conteve rapidamente.
  — vivia pedindo doces. Ele sempre escolhia as coisas mais infantis do cardápio, e o fazia questão de zombar dele por isso. Yoongi só ficava no café preto, como se qualquer coisa diferente fosse um insulto. — Ele parou por um momento, um leve brilho nos olhos, antes de adicionar: — A gente passava mais tempo rindo do que comendo.
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   não pôde evitar sorrir.
  — Parece que eram bons momentos. Acho que é isso que importa no final das contas.
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   não respondeu imediatamente, mas seu olhar permaneceu nela por alguns segundos antes de voltar à janela.
  — Bons momentos não duram. — Ele disse isso de forma quase automática, mas havia uma amargura evidente em suas palavras.
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   decidiu não pressionar mais, pelo menos por enquanto. O atendente chegou com os pedidos, interrompendo o momento, e ela agradeceu, aproveitando para mudar o foco.
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  — Obrigada. Bom, aqui está seu ice americano. — Ela empurrou a bebida na direção dele com um sorriso, tentando aliviar o clima.
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   pegou o copo, mas não olhou para ela.
  — Obrigado.
  Enquanto tomavam os primeiros goles em silêncio, percebeu que tinha muito trabalho pela frente se quisesse alcançar o lado mais humano de .
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  “Mas pelo menos agora eu sei por onde começar.”
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Capítulo 3

  — Preciso que você comece a confiar em mim … — decidiu ser direta enquanto encarava os olhos negros dele, que levava o café aos lábios.
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   engoliu o café e soltou um suspiro longo demonstrando toda sua impaciência e frustração com o pedido da nova assistente. Quem ela achava que era?
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  Ele soltou uma risada seca, sem qualquer traço de humor.
  — Confiar? — Ele repetiu, o tom carregado de incredulidade. — Você sabe o que aconteceu comigo? Porque parece que não!
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   permaneceu em silêncio, apenas observando, mas aquilo só o irritou mais.
  — Eu fui traído pela mulher que mais amei na vida! — Ele praticamente cuspiu as palavras, sentindo o gosto amargo da raiva e da dor se misturando na língua. — E não foi uma descoberta qualquer, não! Eu soube disso através de um artigo de fofoca, com fotos quase explícitas da traição!
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  Ele riu, dessa vez amargo, sem esconder o desprezo pelo que viveu.
  — Você tem ideia do que é abrir um site de notícias e ver a pessoa que você mais confiava na vida com outro? Você sabe o que é ter o mundo inteiro rindo da sua cara, apontando, julgando, fazendo piadas sobre o quão otário você foi?
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  Ele se inclinou para frente, os olhos fixos nela, desafiadores.
  — Agora me diz, … como diabos você espera que eu confie em alguém de novo?
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   manteve a postura firme diante da reação de , embora internamente tentasse processar a intensidade das palavras dele. O impacto emocional da traição que ele havia sofrido era evidente, e sua resistência à ideia de confiar novamente fazia sentido dentro desse contexto. No entanto, o trabalho dela exigia que encontrasse uma maneira de estabelecer uma relação profissional eficaz, independentemente da relutância dele.
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  Ela inspirou profundamente antes de responder, adotando um tom neutro e controlado:
  — Eu não espero que você confie em mim da noite para o dia, . Sei que isso não acontece assim. Mas eu fui contratada para ajudar você a reconstruir sua imagem pública, e isso exige uma cooperação mínima entre nós.
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  Ela manteve o olhar fixo no dele, deixando claro que não se intimidaria com a resistência dele.
  — Você não precisa confiar em mim completamente, mas precisa, no mínimo, me permitir fazer o meu trabalho. Se não quer minha ajuda, é só dizer agora. Caso contrário, sugiro que encontremos uma forma de lidar com isso sem tornar tudo mais difícil do que já é.
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  O silêncio que se seguiu foi carregado de tensão. aguardou a resposta dele, consciente de que qualquer progresso dependeria da disposição dele em permitir sua presença e atuação no processo.
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   apertou os lábios, desviando o olhar por um breve momento antes de soltar um riso irônico, balançando a cabeça.
  — Você acha que isso depende de mim? — Ele perguntou, voltando a encará-la com um olhar frio. — Eu posso dizer mil vezes que não quero e nem preciso de ajuda, mas, no fim das contas, não sou eu quem decide essas coisas.
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  Ele levou o café aos lábios mais uma vez, bebendo um longo gole antes de continuar:
  — A empresa acha que precisa “controlar os danos”, então eles jogam alguém no meu caminho e esperam que eu aceite de bom grado. Mas, se dependesse de mim, nem você e nem ninguém estariam aqui.
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   manteve a expressão neutra, absorvendo as palavras dele sem demonstrar qualquer abalo.
  — Entendo. — Ela disse simplesmente, cruzando os braços sobre a mesa. — Então, já que estamos aqui, sem escolha, talvez possamos tornar isso menos insuportável para ambos.
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   estreitou os olhos para ela, como se tentasse decifrar o que realmente se passava na mente dela. Ele estava acostumado com pessoas tentando se aproximar dele por interesse, mas não parecia impressionada ou ansiosa para agradá-lo. Isso o irritava e, ao mesmo tempo, despertava uma leve curiosidade.
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  — Você tem certeza de que quer isso? — Ele questionou, inclinando-se ligeiramente para frente. — Porque eu não pretendo facilitar para você.
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   soltou um suspiro discreto e deu um pequeno sorriso de canto, sem demonstrar hesitação.
  — Eu não esperava que fosse.
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  Os dois terminaram seus cafés em um silêncio tenso. bebia o seu aos poucos, enquanto parecia mais interessado em terminar logo para poder ir embora.
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  Ela não tirava os olhos dele, observando cada detalhe de sua expressão fechada e sua postura rígida. Ele claramente não queria estar ali, e, mais do que isso, queria que ela também não estivesse.
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  Mas estava. E não pretendia desistir tão fácil.
  Enquanto girava o copo entre os dedos, sua mente trabalhava rápido, tentando bolar uma estratégia. Como ela faria para executar seu trabalho se o próprio estava determinado a torná-lo impossível? Como quebraria aquela barreira que ele havia erguido entre si e o mundo?
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  Sabia que tentar forçar proximidade ou empatia seria um erro. Ele a afastaria ainda mais. Mas talvez, se mostrasse que não estava ali para agradá-lo, e sim para ajudá-lo de um jeito prático e direto, pudesse, aos poucos, fazê-lo baixar a guarda.
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  Assim que terminou seu café, colocou o copo vazio na mesa e olhou para , que já observava o relógio, impaciente.
  — Vamos? — ele perguntou, já se levantando.
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  Ela assentiu, recolhendo sua bolsa e acompanhando-o para fora da cafeteria.
  O primeiro contato fora feito. Agora, restava descobrir como transformá-lo em um avanço real.
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   e voltaram para o prédio da Hybe em silêncio. Ele caminhava alguns passos à frente dela, claramente sem interesse em continuar qualquer interação. Assim que passaram pela recepção e tomaram caminhos opostos, soltou um suspiro pesado e seguiu para uma das salas reservadas para funcionários.
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  Sentou-se em uma cadeira e abriu seu caderno, encarando a página em branco. Era sua chance de provar que merecia estar ali, de mostrar que não era apenas mais uma assistente descartável. Começou a escrever o que apresentaria hoje aos executivos como primeiros passos:
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  “1- Avaliação de imagem atual Levantar todas as notícias recentes sobre e a repercussão de cada uma. Identificar os principais danos à sua reputação e como estão sendo percebidos pelo público e pela mídia.
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  2 – Redução de exposição negativa – Criar estratégias para afastá-lo de escândalos e evitar que a mídia tenha novos motivos para atacá-lo.
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  3 – Reconstrução gradual – Trabalhar uma abordagem discreta, sem pressa, para melhorar sua imagem pública sem parecer forçado.
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  4 – Melhoria do ambiente interno – Estabelecer um mínimo de comunicação com para que ele não sabote tudo logo de cara.”
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   mordeu a tampa da caneta, relendo o que havia escrito. Era um bom começo, mas precisava de mais detalhes antes de apresentar qualquer coisa aos executivos.
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  Após revisar algumas notícias antigas e anotar alguns pontos-chave, ela respirou fundo e se dirigiu à sala de reuniões, onde os executivos já a aguardavam. Assim que se sentou, organizou os papéis à sua frente e começou:
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  — Antes de qualquer ação concreta, precisamos entender o tamanho do problema e como ele está sendo visto pelo público…
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   respirou fundo antes de entrar na sala de reuniões. Ajustou a postura, alisou a saia do conjunto que usava e conferiu suas anotações rapidamente. Assim que empurrou a porta, encontrou os executivos já acomodados ao redor da mesa retangular. O CEO Jiwon e Bang Si-hyuk estavam entre eles, observando-a com interesse.
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  — Boa tarde — ela cumprimentou, inclinando a cabeça levemente antes de tomar seu lugar.
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  — Boa tarde, senhorita — Jiwon respondeu. — Pode começar. Estamos ansiosos para ouvir suas ideias.
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   engoliu seco, mas manteve a compostura. Abriu seu caderno e projetou no telão os primeiros pontos do plano que havia montado.
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  — Antes de qualquer estratégia de recuperação de imagem, precisamos entender a situação em que estamos. Minha primeira ação será uma análise de danos. Precisamos mapear todas as matérias recentes sobre , entender o tom das reportagens e quais são os principais problemas apontados pelo público e pela mídia. Isso vai nos permitir traçar um caminho estratégico, em vez de agir impulsivamente.
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  Alguns dos presentes acenaram positivamente, demonstrando interesse.
  — Segundo ponto: redução de exposição negativa. Precisamos minimizar a presença do nome dele em notícias prejudiciais e evitar que novas situações problemáticas surjam. Isso significa controlar os ambientes onde ele é visto, restringir interações públicas desnecessárias e evitar eventos onde ele possa ser abordado por repórteres indesejados.
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  — Você acredita que seja possível? — um dos diretores questionou.
  — Sim, desde que tenhamos um plano bem definido e um trabalho conjunto com a equipe de segurança e relações públicas da empresa — respondeu com firmeza.
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  Ela avançou para o terceiro ponto:
  — Reconstrução gradual. está em um momento delicado e não podemos forçar uma mudança brusca. A ideia é reintroduzi-lo à mídia de maneira natural, começando por ações mais leves, como entrevistas cuidadosas, aparições controladas e até mesmo trabalhos filantrópicos que possam ajudar a suavizar sua imagem.
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  Bang Si-hyuk cruzou os braços e inclinou a cabeça, parecendo refletir sobre as palavras dela.
  — E quanto ao ambiente interno? Ele tem sido um desafio até para a equipe mais experiente.
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   respirou fundo.
  — Esse é o meu quarto ponto: melhoria do ambiente interno. precisa, no mínimo, me ouvir. Sei que não será fácil, mas se ele não confiar em mim, todo esse planejamento será inútil. Preciso estabelecer um canal de comunicação, mesmo que mínimo, para que possamos trabalhar juntos.
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  A sala ficou em silêncio por alguns segundos. Os olhares dos executivos variavam entre curiosidade e cautela.
  — Ambicioso — Jiwon comentou. — Mas bem pensado.
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  Bang Si-hyuk sorriu de canto.
  — E como pretende fazê-lo confiar em você?
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   mordeu o lábio por um instante antes de responder:
  — Ainda estou descobrindo. Mas não vou desistir até encontrar um jeito.
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  Houve um novo momento de silêncio, mas dessa vez, parecia uma aceitação implícita.
  — Muito bem — Jiwon disse, fechando a pasta à sua frente. — Vamos seguir com o seu plano. Você tem carta branca para agir dentro desses parâmetros.
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   assentiu, sentindo um misto de alívio e tensão. O desafio estava apenas começando.
  Um dos executivos, um homem de terno escuro e expressão séria, pigarreou antes de se inclinar levemente para frente.
  — Seu plano é sólido, senhorita , mas você precisa agir rápido. A situação do já está insustentável há algum tempo, e a paciência da empresa não é infinita.
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   manteve a compostura, embora por dentro sentisse o peso daquela pressão.
  — Eu entendo — respondeu com firmeza. — Mas forçar qualquer ação sem preparo pode ter o efeito oposto. Se ele sentir que está sendo pressionado, pode se fechar ainda mais.
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  — Não temos tempo para esperar que ele decida cooperar — outro executivo interveio, cruzando os braços. — O contrato dele é valioso demais para ficar parado, e se não houver progresso, seremos obrigados a tomar medidas mais drásticas.
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   prendeu a respiração por um instante.
  — Eu garanto que vou avançar o mais rápido possível. Mas para isso, preciso de autonomia. Se eu tiver que consultá-los a cada passo, não conseguirei resultados no tempo que esperam.
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  Os executivos trocaram olhares, ponderando suas palavras.
  Bang Si-hyuk sorriu de canto, parecendo se divertir com a ousadia dela.
  — Está bem. Você tem autonomia para lidar com ele — disse. — Mas se não mostrar progresso nas próximas semanas, voltaremos a essa mesa para reavaliar sua permanência no cargo.
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   assentiu, sentindo o peso da responsabilidade se intensificar ainda mais.
  — Não vou decepcionar.
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  A reunião foi finalizada com alguns acenos de cabeça, e recolheu suas anotações antes de sair da sala. Assim que fechou a porta atrás de si, soltou um suspiro longo.
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  Ela precisava de um plano. E precisava fazer colaborar. Rápido.
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Lelen
Admin
3 meses atrás

Eu, na tpm, estressada com o jeito do Taetae reagir 😂😂
Não tô com paciência pra sua má vontade, homem u.u
Mas por outro lado, entendo que é o jeito dele de lidar com as coisas, MAS SE AJUDA, MEU FI 😠
Enfim, espero que as coisas se ajeitem logo por parte dele porque eu não quero ficar rançosa com ele 😂😂😂😂😂😂

Lelen
Admin
1 mês atrás

Eu tava pronta pra soltar os cachorros em cima do Tae, mas ele voltou a agir como gente e não como babaca, então tá tudo certo por enquanto HAHAHAH
Vamos ver os planos da pp para fazer a imagem do Taetae voltar a cair nas graças do público. Já prevejo muitas confusões HAHAHAHAHA


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