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Temporada #035

How Sweet
New Jeans

Esta história não possui capas prévias (:

Sem curiosidades para essa história no momento!

How Sweet

“Tudo que eu sei é agora, agora eu sei (eu sei)… Durante todo esse tempo, sempre altos e baixos (não mais). Pensamentos e mais pensamentos girando e girando, mudando minha mente.”

  — E quando você volta? — Encarei os olhos de com a pergunta saindo de seus lábios de forma tão áspera.
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  Havia dor ali, escondida por trás do tom ríspido, mas eu sabia bem demais que o orgulho dele era uma fortaleza impenetrável. Ele jamais admitiria que sentia minha falta. Não em voz alta.
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  Respirei fundo, sentindo o peso do momento cair sobre mim.
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  — Será que você realmente se importa com a data que eu volto ?
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  Minha pergunta pairou no ar como um desafio. E, como esperado, ele não respondeu. Apenas me olhou daquele jeito intenso que sempre fazia meu coração vacilar.
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  O que tínhamos era uma bagunça. Sempre foi.
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  Eu nunca soube definir o que éramos. Amantes? Talvez. Amigos? Isso seria um exagero, considerando que a amizade implica em uma certa leveza que nunca tivemos. Não éramos nada — mas também éramos tudo.
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  Era como se e eu fôssemos feitos de uma corda elástica que nunca se rompe, mas que também nunca permanece no mesmo lugar por muito tempo. Ele puxava, eu soltava. Eu puxava, ele resistia. E assim seguimos, por anos, em um jogo cansativo e viciante.
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  Não havia rótulos. Não havia segurança.
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  Por mais que eu tentasse me afastar, sempre acabava voltando, porque, de algum jeito, ele era o caos que fazia sentido na minha vida. E ele sabia disso. Sabia o poder que tinha sobre mim. Talvez fosse isso que me frustrasse mais. Ele sabia que, por mais longe que eu fosse, parte de mim sempre seria dele.
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  Mas também era uma contradição ambulante. Ele era calor e gelo, proximidade e distância, tudo ao mesmo tempo. Havia momentos em que parecia tão presente, tão meu, que eu quase acreditava que aquilo poderia dar certo. Mas, no instante seguinte, ele se fechava, erguiam-se muros que eu nunca soube como derrubar.
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  Nossa história era cheia de idas e vindas, de encontros que começavam com beijos sufocantes e terminavam em discussões que ecoavam por dias. Era uma montanha-russa emocional, sem aviso de onde seria o próximo pico ou a próxima queda.
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  E talvez seja isso também que nos prendeu por tanto tempo. A imprevisibilidade. O desafio. O fato de que nenhum de nós estava disposto a ceder completamente.
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  Agora, diante dele, me perguntando sobre minha volta como se isso fosse mudar algo, eu percebia o quanto isso me cansava.
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  Eu queria paz. Talvez, pela primeira vez, eu quisesse um amor que não me destruísse no processo.
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  Mas então, ele olhava para mim daquele jeito… E eu me perdia novamente.
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🪷🪷🪷

“Porque é suspeito, essas bobagens (não mais)… como deveria ser. Pare com isso, porque está claro (é simples), é como morder uma maçã.”

  O silêncio entre nós era sufocante, cheio de palavras não ditas e emoções represadas. Ele desviou os olhos por um instante, passando a mão pelos cabelos de forma nervosa. Era a forma de lidar com as coisas — fugir no lugar de enfrentar.
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  — Você nunca responde de forma direta, . Nunca. — Ele soltou com um suspiro frustrado, voltando a me encarar. — Estou perguntando porque quero saber. Por que isso tem que ser tão difícil?
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  Minha risada foi sarcástica e amarga, escapando antes que eu pudesse conter.
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  — Difícil, ? Acha que isso é difícil? Difícil é viver nessa dança com você. Um passo para frente, dois para trás. Você nunca me deu razões para ficar, mas agora quer saber quando eu volto? Me poupe.
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  Ele franziu o cenho, dando um passo em minha direção, e pude sentir o calor emanando do corpo dele. tinha esse efeito — mesmo irritado, havia algo magnético em sua presença.
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  — Eu nunca te dei razões? — Sua voz subiu um tom, o olhar fervendo de emoção. — E todas as vezes que eu corri atrás de você? Que eu estive aqui, mesmo quando tudo parecia desmoronar?
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  Cruzei os braços, tentando ignorar o aperto no peito.
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  — Correu atrás, mas nunca ficou. Nunca realmente ficou. Você sempre tem um pé fora da porta, .
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  Ele abriu a boca para responder, mas parou, engolindo as palavras. Era raro ver sem argumentos, e por um momento, o silêncio entre nós gritou mais alto do que qualquer discussão.
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  — É por isso que você está indo embora? — Ele perguntou, mais baixo dessa vez, quase como uma confissão. — Porque acha que eu nunca fiquei?
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  Eu hesitei. Parte de mim queria gritar que sim, que era exatamente por isso. Mas a outra parte sabia que fugir era mais fácil do que encarar o fato de que ele era tão perdido quanto eu nesse caos que criamos juntos.
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  — Não é só sobre você, . É sobre mim também. Eu preciso… eu preciso descobrir o que eu quero.
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  Ele balançou a cabeça, soltando uma risada incrédula, cheia de amargura.
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  — Você sabe o que quer, . Só não quer admitir.
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  Antes que eu pudesse responder, ele deu mais um passo em minha direção, invadindo meu espaço pessoal.
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  — Quer saber por que eu nunca fiquei? Porque você nunca deixou. Você sempre colocou essa barreira entre nós, como se estivesse esperando que eu te machucasse, que eu te decepcionasse.
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  — E não é isso que você faz? — Retruquei, a voz carregada de emoção.
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  Ele segurou meu rosto com as duas mãos, os olhos queimando nos meus.
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  — Eu nunca quis te machucar, . Mas talvez eu seja tão quebrado quanto você.
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  As palavras dele ficaram no ar por um segundo antes que qualquer pensamento coerente fosse engolido pela força do momento. Antes que eu pudesse processar, ele me puxou para perto, seus lábios colidindo com os meus.
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  Era raiva e desejo, dor e amor, tudo misturado em um só beijo. Suas mãos apertaram minha cintura, e eu, contra todo o meu bom senso, me agarrei a ele como se fosse a única coisa que me mantinha de pé.
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  O beijo era desesperado, como se estivéssemos tentando encontrar respostas nas emoções que nossas palavras nunca conseguiriam traduzir.
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  Quando nos afastamos, ambos ofegantes, encostou a testa na minha, os olhos fechados.
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  — Não vá, . Não dessa vez.
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  Eu queria dizer algo. Queria prometer que ficaria. Mas, no fundo, eu sabia que a decisão não seria tão simples.
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“Amante tóxico… Você não é melhor, pare de se esconder e venha logo!
  Você, pequeno demônio na minha história… Não bata na minha porta, eu vou te ver sair.”

  — , vai embora. — Minha voz saiu firme, mas não tão fria quanto eu gostaria. — Eu preciso terminar de arrumar as minhas coisas.
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  Virei-me de costas para ele, tentando colocar distância. Era a única forma de não sucumbir, de não deixar que aquele beijo — aquele momento — me fizesse mudar de ideia.
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  Mas é claro que ele não me deixaria em paz tão fácil.
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  — … — Ele me seguiu pela sala, a voz carregada de emoção, como se eu fosse a única coisa que importava naquele instante. — Você não pode simplesmente me pedir para ir embora como se isso fosse resolver alguma coisa.
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  Eu continuei a andar, recolhendo os poucos itens espalhados enquanto ele me seguia como uma sombra.
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  — É exatamente o que resolve, . Eu preciso de espaço, e você estar aqui só torna tudo mais difícil.
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  — Difícil para quem? Para você ou para mim? — Ele rebateu, segurando meu pulso, fazendo com que eu parasse de me mover. — Porque, , você acha que está fugindo de mim, mas, na verdade, você está fugindo de você mesma.
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  Puxei o braço, afastando-me novamente.
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  — Para com isso! Você sempre faz isso, . Transforma tudo em um ataque contra mim, como se eu fosse a única culpada por essa bagunça que é a nossa história.
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  — E você acha que não tem culpa? — Ele deu uma risada seca, passando a mão pelos cabelos, claramente frustrado. — , você nunca fica, nunca deixa ninguém entrar. E agora está fazendo a mesma coisa de novo, jogando tudo fora antes mesmo de tentar consertar.
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  — Consertar? — Minha risada foi amarga. — E quando foi que você tentou consertar alguma coisa, ? Porque, até onde eu lembro, você só sabe aparecer na minha vida quando é conveniente para você. E depois, você vai embora como se nada tivesse acontecido.
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  Ele me encarou, os olhos brilhando de raiva e algo mais que eu não conseguia decifrar.
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  — Não é verdade.
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  — Não é? — Encarei-o, cruzando os braços. — Então me diga, . Por que você está aqui agora? Por que você nunca aparece quando realmente importa?
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  Ele hesitou, e isso foi tudo que eu precisava para confirmar o que já sabia.
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  — Está vendo? — Continuei, a voz embargada. — Você quer que eu fique porque a ideia de me perder te assusta, não porque você realmente me quer aqui.
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  — Isso não é verdade, . — Ele deu um passo à frente, mas eu levantei a mão, parando-o.
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  — É sim, . Você nunca me quis por inteiro, só queria a parte de mim que não te desafiava, que não exigia nada. Mas eu cansei de ser essa pessoa.
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  Ele ficou em silêncio, e o peso das minhas palavras pairou entre nós como um muro impossível de escalar.
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  Eu me virei, voltando a mexer em minhas coisas, mas ele não desistiu.
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  — Você não está sendo justa. — Ele falou, a voz mais baixa agora, quase implorando. — Você não sabe o quanto eu…
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  — O quanto você o quê, ? — Interrompi, me virando para encará-lo. — O quanto você se importa? Porque, se é isso, você tem uma maneira horrível de demonstrar.
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  Ele abriu a boca para falar, mas fechou novamente, como se não soubesse o que dizer.
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  — Eu vou embora, . E, dessa vez, você não vai me convencer a ficar.
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  — … — Ele começou, mas eu o cortei novamente.
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  — Vai embora, . Por favor.
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  Dessa vez, ele não insistiu. Apenas ficou ali, me olhando por alguns segundos antes de finalmente dar as costas e sair pela porta.
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  Assim que ela se fechou, eu senti o peso do momento cair sobre mim. Mas, por mais que doesse, eu sabia que era a coisa certa a fazer.
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“Tudo é típico, então eu tenho rezado muito por um milagre. Estão chamando pelo meu nome, não vejo mais drama, é um bom karma.”

  A brisa da noite acariciava meu rosto enquanto eu me apoiava na grade da sacada, observando a nova cidade que agora chamaria de lar. As luzes dos prédios e postes de rua brilhavam como estrelas no horizonte, formando um contraste suave com o céu já escuro. Era bonito, tranquilo. Diferente do caos que eu tinha deixado para trás.
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  Suspirei, sentindo a leveza que só o silêncio pode trazer. Pela primeira vez em muito tempo, minha mente não estava cheia de pensamentos girando sem parar. Era como se tudo tivesse ficado mais claro desde que decidi partir. Não havia mais o peso de tentar entender , de tentar salvar algo que nunca foi realmente inteiro.
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  Minha vida sempre foi uma bagunça, mas, agora, aqui, olhando para essa paisagem nova, sentia como se tivesse a chance de recomeçar. Sem rótulos. Sem confusões. Apenas eu, a cidade, e o tempo.
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  Peguei um copo de vinho que havia deixado no parapeito e tomei um gole, deixando o líquido quente e reconfortante aquecer meu peito.
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  Pensei em todas as vezes que me perguntei como seria se eu finalmente tivesse coragem de me afastar, de escolher a mim mesma. E aqui estava eu, vivendo essa escolha.
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  Talvez a vida não fosse sobre milagres repentinos ou mudanças dramáticas, mas sobre pequenas decisões que, juntas, transformavam tudo. Não havia mais drama para me consumir. Apenas a certeza de que, aos poucos, estava encontrando a paz que tanto busquei.
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  Enquanto uma brisa mais forte balançava meu cabelo, fechei os olhos e sorri. Não sabia o que o futuro traria, mas, pela primeira vez, eu estava pronta para recebê-lo. De braços abertos.
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  Os primeiros dias na cidade foram uma mistura de novidade e pequenos desafios. Toda manhã, eu acordava cedo, determinada a fazer dar certo. Meu apartamento, apesar de pequeno, começou a ganhar personalidade aos poucos. Coloquei alguns quadros nas paredes, uma planta na cozinha e escolhi cortinas novas numa tarde em que simplesmente me deixei levar pelas ruas desconhecidas. Foi libertador andar sem rumo, explorando cada canto como se buscasse não só conhecer a cidade, mas também a mim mesma.
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  A busca por emprego virou minha prioridade. Eu visitava agências, entregava currículos e passava horas navegando por sites de vagas. A cada entrevista, o nervosismo vinha, mas também a esperança. Esse era o meu recomeço, e mesmo que não fosse fácil, eu sabia que estava no caminho certo.
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  À noite, eu me sentava na sacada com uma xícara de chá e permitia que os pensamentos vagassem. Inevitavelmente, aparecia. Lembrava do som da voz dele, das conversas que pareciam durar uma eternidade, e, claro, daquele beijo antes de eu partir. Por mais que doesse admitir, ele ainda estava em mim. Mas, dessa vez, de um jeito diferente.
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  Essas memórias não me quebravam mais. Era como se eu estivesse finalmente aprendendo a deixar ir, a entender que nem todas as histórias precisam de um final feliz para serem importantes. foi parte de mim, e sempre seria, mas agora era hora de seguir.
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  Ainda assim, não posso negar que às vezes me pego me perguntando o que ele está fazendo, se pensa em mim, ou se as coisas poderiam ter sido diferentes. Mas logo espanto esses pensamentos. Escolhi estar aqui, e foi a melhor decisão que já tomei.
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  Aos poucos, fui criando pequenas conexões. O atendente do café na esquina já sabe meu pedido preferido e sempre me cumprimenta com um sorriso. Minha vizinha do lado foi um anjo, ajudando a carregar caixas na mudança. Essas pessoas, simples e desconhecidas até então, têm me ajudado a sentir que pertenço a este lugar.
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  Não tenho todas as respostas, e talvez nunca tenha. Mas sei que estou onde deveria estar. Cada rua que percorro, cada entrevista que faço, cada pequena conquista… tudo isso me mostra que estou me reconstruindo.
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  Eu ainda penso em . Acho que sempre vou pensar. Mas agora, ele não é mais meu centro. Meu centro sou eu, e isso me basta.
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“Eu não vou esperar, estou sentindo meu próprio caminho, estou nele…
  Porque eu e você somos diferentes então eu não vou ficar, estou saindo.”

  Terminei de passar o batom vermelho com um movimento firme e me olhei no espelho. O vestido preto simples, mas elegante, caía perfeitamente no meu corpo, e os saltos altos davam o toque final. Não era apenas uma festa — era a primeira confraternização com as pessoas da minha nova empresa. Um marco para mim. Algo que simbolizava que eu estava, de fato, começando de novo.
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  Peguei minha bolsa e conferi o celular uma última vez antes de sair. Foi quando ele tocou. O nome de brilhou na tela. Por um momento, considerei ignorar, mas minha mão agiu mais rápido do que meu cérebro. Atendi.
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  “Oi.” — Minha voz saiu neutra, quase fria.
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  …” — Ele suspirou do outro lado, sua voz rouca e familiar, carregada de uma intensidade que eu conhecia bem. “Você realmente foi embora…”
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  “Eu avisei que ia, . Você só não quis acreditar.”
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  Houve um silêncio, e por um momento, pensei que ele fosse desligar. Mas então, ele falou:
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  “Eu não entendo. Você me deixa, começa essa vida nova e… simplesmente segue em frente como se nada tivesse acontecido?”
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  Revirei os olhos, ajustando o brinco enquanto falava:
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  “Não foi fácil para mim, . Você sabe disso. Mas eu precisava. Nós dois sabemos que isso não estava nos levando a lugar nenhum.”
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  “Não estava nos levando a lugar nenhum? , nós éramos tudo um para o outro!” — Ele parecia frustrado, quase desesperado. — “Como você pode dizer isso?”
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  “Porque é verdade!” — Exclamei, minha voz subindo sem querer. Respirei fundo, tentando me acalmar. “Olha, eu sei que você acha que a gente era perfeito, mas não éramos. Era bagunçado, . Sempre foi. E eu não podia continuar naquele ciclo infinito com você.”
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  Ele riu, mas não havia humor em seu tom.
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  “Então, agora você é perfeita, é isso? Resolveu sua vida e deixou tudo para trás como se fosse só uma roupa velha?”
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  “Não é isso, e você sabe!” — Peguei minha bolsa, pronta para sair, mas hesitei. Algo em mim queria encerrar aquilo ali, de uma vez por todas. — “Eu precisava me escolher, . Pela primeira vez. E não vou me desculpar por isso.”
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  Do outro lado, ele ficou em silêncio. Era como se estivesse digerindo minhas palavras.
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  “Eu só…” — Ele começou, mas sua voz vacilou. — “Eu só queria que você me dissesse que sente minha falta.”
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  Senti meu peito apertar, mas não cedi. Não podia.
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  “Eu sinto, . Mas isso não muda nada.”
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  Antes que ele pudesse responder, desliguei. Fechei os olhos por um momento, tentando recuperar o equilíbrio. sempre soube como me desestabilizar, mas eu não podia deixar isso acontecer de novo.
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  A noite estava apenas começando, e eu não ia permitir que esse telefonema estragasse tudo. Coloquei o celular na bolsa, ergui o queixo e saí pela porta.
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  Era hora de viver.
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🪷🪷🪷

“E você não sabe quão doce é o gosto
  (Quão doce é o gosto), você não sabe quão doce é o gosto (Quão doce é o gosto). Você não sabe quão doce é o gosto agora que estou sem você.”

  Assim que entrei no pub, fui recebida por um mar de luzes quentes e o som envolvente de música ao vivo. O lugar era enorme, maior do que eu esperava, com uma mistura de decoração rústica e moderna que criava uma atmosfera vibrante. Havia pessoas espalhadas por todos os cantos — algumas em mesas, outras próximas ao bar ou dançando em um espaço improvisado.
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  Logo de cara, percebi a área reservada para o meu grupo de trabalho, delimitada por uma fileira de mesas alinhadas perto de uma das janelas. Reconheci minha equipe de imediato, rindo e conversando enquanto seguravam copos de cerveja e taças de vinho.
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  Estava prestes a me juntar a eles quando meus olhos varreram o local, quase por reflexo. E então, o vi.
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  Ele estava sentado em uma mesa ao fundo, com o corpo relaxado, mas o olhar fixo em mim. Era . Ou, pelo menos, eu achava que era esse o nome dele. Um dos caras do setor de TI. Nós não havíamos trocado mais do que meia dúzia de palavras desde que comecei, mas, naquele momento, parecia que ele me conhecia de cor.
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  Seus olhos estavam cravados em mim de um jeito intenso, como se ele estivesse esperando por algo. Era desconcertante, mas ao mesmo tempo havia algo intrigante na forma como ele não desviava o olhar, mesmo quando percebeu que eu o havia notado.
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  Respirei fundo, ignorando a sensação estranha que aquele olhar causava em mim, e dei alguns passos em direção ao meu grupo. Não podia deixar que um par de olhos penetrantes me fizesse hesitar.
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  Enquanto eu me aproximava da equipe, ainda sentia o peso do olhar dele em mim. Era como se ele estivesse me estudando, tentando decifrar algo que nem eu mesma entendia. Por mais que eu quisesse ignorar, havia algo naquele momento que me dizia que essa não seria a última vez que nossos olhares se cruzariam.
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  Aproximei-me da mesa com um sorriso no rosto, cumprimentando os colegas que já estavam ali. Eles pareciam descontraídos, alguns com copos de cerveja pela metade e outros gesticulando animadamente enquanto conversavam.
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  — Olha quem chegou! — disse Paula, abrindo os braços como se eu fosse a atração principal.
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  — Achei que ia desistir, ! — brincou Daniel, que eu reconhecia da equipe de design.
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  — Nem pensar, vocês não se livram de mim tão fácil — respondi com uma risada leve, enquanto abraçava Paula de lado e trocava um cumprimento com Daniel.
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  Enquanto eu escolhia um lugar na mesa, comecei a conversar com Mariana, que me contou sobre a vez em que o chefe perdeu uma aposta e precisou pagar rodadas de bebida para todo o setor.
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  — E foi no mesmo pub, acredita? Então, se o chefe aparecer hoje, talvez você dê sorte — ela disse, piscando para mim.
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  — Vou lembrar de sugerir outra aposta — brinquei, arrancando risadas ao redor.
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  Apesar do clima descontraído e das conversas envolventes, meus olhos, quase por instinto, buscaram o fundo do pub novamente. Como se algo me puxasse na direção dele.
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  Dessa vez, não estava mais sozinho. Ele conversava com um amigo, gesticulando casualmente enquanto segurava um copo de algo que parecia ser whisky. Seu olhar já não estava fixo em mim, mas a sensação que sua presença causava permanecia ali, inquieta.
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  Havia algo fascinante na maneira como ele parecia tão relaxado, tão à vontade naquele ambiente, como se o mundo ao redor não pudesse perturbá-lo. O riso dele era baixo, mas percebi o leve movimento de sua cabeça enquanto escutava o amigo.
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  Voltei minha atenção para a mesa à minha frente, tentando ignorar a pequena frustração que senti por ele não estar mais me olhando. Balancei a cabeça, rindo de mim mesma por aquela ideia absurda.
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  — Tudo bem, ? — Mariana perguntou, notando meu pequeno desvio de atenção.
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  — Sim, só pensando que preciso de uma bebida antes que vocês me dominem com histórias sobre o chefe — brinquei, recebendo olhares cúmplices.
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  Mas, no fundo, algo me dizia que, antes do fim da noite, meus olhos cruzariam com os dele novamente. E dessa vez, talvez ele não desviasse tão rápido.
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  As risadas ao meu redor ecoavam animadas, mas minha mente parecia dispersa. Respirei fundo, tentando me concentrar no momento. Levantei-me da cadeira com um movimento suave, ajeitando o vestido enquanto sentia o tecido deslizar pelos meus quadris. Era quase um gesto automático, mas a ação trouxe uma dose extra de confiança.
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  — Vou pegar uma bebida. Alguém quer alguma coisa? — perguntei casualmente, mas a resposta veio com acenos negativos e murmúrios de que eu deveria aproveitar o bar.
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  Com um sorriso, caminhei até o balcão. Era impossível não notar como o pub parecia ainda maior enquanto eu me movia pelo espaço, cruzando olhares de desconhecidos e ouvindo conversas fragmentadas ao meu redor.
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  Quando me aproximei do bar, percebi que ele ficava a apenas alguns metros da mesa onde estava. E então, aconteceu novamente…
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  Enquanto eu fazia meu caminho até o balcão, senti o olhar dele me encontrar. Dessa vez, não era um toque rápido de olhos, não era casualidade. Era intencional. Seus olhos se fixaram nos meus, e por um momento, o mundo ao redor ficou em segundo plano.
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  Parei no balcão e pedi minha bebida, tentando agir como se não tivesse notado. Mas era impossível ignorar. Ele não desviou. Pelo contrário, deixou o olhar dele descer lentamente, do meu rosto até meus ombros, seguindo pela curva do vestido.
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  Era uma avaliação cuidadosa, como se ele estivesse descobrindo algo em mim que nem eu mesma sabia. Meu coração disparou com o gesto, uma mistura de surpresa e algo que não queria admitir como atração.
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  Minha bebida chegou, e agradeci ao bartender com um sorriso que tentei manter confiante. Tomei um pequeno gole, usando o movimento como uma desculpa para desviar os olhos dele e reorganizar meus pensamentos.
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  Quando me virei de leve, ele ainda estava me olhando. Mas agora havia um pequeno sorriso no canto dos lábios dele, como se ele soubesse exatamente o impacto que tinha acabado de causar.
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  E eu? Fingindo uma calma que estava longe de sentir, virei de volta para o balcão, mas não pude evitar o pensamento de que aquela troca de olhares havia mudado algo no ar. Como se aquela noite tivesse acabado de ganhar um novo ponto de partida.
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  Peguei meu copo no balcão e me preparei para voltar para a mesa, ajustando o cabelo de forma distraída. A conversa e as risadas do meu grupo ecoavam ao fundo, me chamando de volta. Dei um passo para trás, pronta para me virar, mas antes que pudesse completar o movimento, fui surpreendida.
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  — Indo tão rápido assim? — disse uma voz profunda e calma, diretamente à minha frente.
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  Levantei os olhos e lá estava ele. . Mais próximo do que eu esperava, bloqueando minha passagem com uma postura relaxada, mas os olhos carregando a mesma intensidade de antes.
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  — Não sabia que eu estava sendo monitorada — respondi, tentando manter a compostura enquanto apertava o copo entre os dedos.
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  Ele soltou um riso curto, quase inaudível, mas que fez algo em mim vacilar.
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  — Não é monitoramento. Mas… você parecia perdida demais nos seus pensamentos. Achei que alguém precisava interrompê-los antes que você tropeçasse de volta para a sua mesa.
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  Cruzei os braços, segurando o copo contra mim, e ergui uma sobrancelha, fingindo irritação.
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  — E você decidiu ser essa pessoa? Que nobre da sua parte.
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   inclinou ligeiramente a cabeça, os olhos brilhando com algo entre curiosidade e diversão.
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  — Talvez seja mais curiosidade. Quem é você, afinal? A nova estrela da empresa que todo mundo está comentando? Ou só alguém que gosta de chamar atenção sem nem perceber?
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  Senti um calor subir pelo meu rosto, mas forcei um sorriso no lugar de uma resposta imediata. Ele era direto, talvez até provocador, mas havia algo nele que prendia minha atenção, como se cada palavra fosse cuidadosamente calculada para testar minha reação.
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  — Talvez eu seja só alguém tentando aproveitar a noite — rebati, mantendo o tom firme. — E talvez você seja alguém que deveria deixar isso acontecer.
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  Ele deu um passo para o lado, como se me desse passagem, mas havia um brilho desafiador em seus olhos.
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  — Talvez. Mas seria um desperdício não aproveitar essa conversa. Você parece… interessante.
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  Meu coração bateu mais forte, mas não deixei transparecer. Em vez disso, ergui o copo em um brinde improvisado.
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  — Interessante ou não, minha mesa está me esperando. Com licença.
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  Dessa vez, ele não tentou me impedir. Apenas deu um pequeno sorriso, os olhos ainda fixos nos meus, como se não quisesse perder um segundo da interação. Passando por ele, senti sua presença como um peso, mas também como uma energia que parecia me seguir até cada passo de volta à mesa.
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  Enquanto me sentava novamente, tentei ignorar o fato de que, mesmo cercada pelos colegas, ainda sentia seu olhar queimando nas minhas costas.
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  Assim que me sentei de volta à mesa, não demorou muito para que as atenções se voltassem para mim. Paula foi a primeira a falar, com um sorriso travesso nos lábios:
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  — Então, , o que foi aquilo no balcão? Já está marcando território por aqui?
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  — Marcando território? — repeti, arqueando as sobrancelhas, tentando disfarçar a tensão que ainda sentia no corpo.
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  — Ah, por favor! — Mariana entrou na conversa. — Todo mundo viu. praticamente atravessou o pub só para falar com você. Isso não acontece todo dia, sabe?
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  Balancei a cabeça, soltando uma risada curta.
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  — Ele parecia mais inconveniente do que qualquer outra coisa. Não sei o que vocês viram de especial.
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  — Inconveniente? — Paula repetiu, incrédula. — Amiga, você tá cega? Porque a gente tá aqui achando que o homem foi bem claro.
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  — Claro que é um interesse, né? — Mariana continuou, como se fosse óbvio. — Acho que ele queria mais do que só uma conversa casual no balcão.
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  Revirei os olhos e tentei mudar de assunto, mas as palavras delas ficaram na minha mente, grudadas como um adesivo impossível de remover. Enquanto o som das risadas e a música do pub enchiam o ar, eu me perdi nos meus próprios pensamentos.
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   podia até ser atraente, e o jeito direto dele realmente mexeu comigo. Mas, ao mesmo tempo, me senti estranhamente desconfortável. Não por ele, exatamente, mas pelo que isso significava.
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  . Era impossível não pensar nele. Nos anos que passei presa naquele ciclo sem fim, onde ser desejada por ele era a única coisa que parecia importar. Ele sempre soube o que dizer, como me manter por perto, como me fazer sentir especial… e, ao mesmo tempo, perdida. Como se meu valor dependesse da atenção dele.
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  Agora, longe disso tudo, eu não sabia mais como era me perceber sendo desejada por outro homem. Era quase assustador. Era como reaprender a me ver pelos olhos de outra pessoa, sem as lentes embaçadas que havia deixado.
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  “Será que eu realmente mereço isso?” pensei, sentindo uma mistura de insegurança e curiosidade. parecia diferente, direto e confiante, mas ao mesmo tempo… será que eu estava pronta para algo assim? Ou melhor, será que eu queria estar?
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  Dei mais um gole na minha bebida, tentando empurrar os pensamentos para longe.
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  — , tá tudo bem? — Paula perguntou, me tirando do devaneio.
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  — Tá sim — respondi com um sorriso fraco. — Acho que só tô processando demais a noite.
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  As duas trocaram olhares, claramente sem acreditar na minha resposta, mas não insistiram. Enquanto isso, dentro de mim, a pergunta continuava ecoando: “O que exatamente eu estou procurando agora?”
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  Enquanto o tempo passava, eu tentava me concentrar na conversa com minhas colegas, mas parecia impossível ignorar os olhares de . Era como se ele estivesse presente em cada momento, mesmo do outro lado do pub. Vez ou outra, eu levantava os olhos e lá estava ele, aparentemente distraído em sua própria conversa, mas ainda assim, ocasionalmente, seus olhos encontravam os meus.
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  “Ignore, . Foco nas amigas”, pensei, forçando um sorriso enquanto Paula contava alguma história engraçada. Ri no momento certo, concordei com a cabeça, mas não conseguia evitar a sensação de estar sendo observada.
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  Mariana, sempre animada, bateu na mesa para enfatizar algo que dizia, e eu aproveitei para beber um gole da minha bebida, tentando me distrair. No entanto, ao levantar os olhos novamente, lá estava ele. Desta vez, parecia mais relaxado, mas o sorriso no canto de seus lábios era quase provocador.
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  Eu desviei o olhar rapidamente, focando nas minhas colegas. Paula comentou algo sobre ir ao banheiro, e antes que eu pudesse perceber, ela já estava se levantandoda cadeira ao meu lado.
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  — Volto já, meninas! — avisou, desaparecendo entre a multidão.
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  Mal tive tempo de processar sua ausência quando percebi um movimento ao meu lado. Olhei de relance, e, para minha surpresa, estava lá, sentando-se no lugar que Paula acabara de desocupar.
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  — Espero não estar incomodando — disse ele, colocando um copo na minha frente. Era um drink idêntico ao que eu havia pedido mais cedo.
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  Franzi a testa, intrigada.
  — E isso é…?
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  Ele deu de ombros, um sorriso brincando em seus lábios.
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  — Você pareceu gostar desse. Achei que seria educado oferecer outro.
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  — Educado ou estratégico? — retruquei, arqueando a sobrancelha enquanto pegava o copo, mais por curiosidade do que por aceitar o gesto.
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  — Talvez os dois — respondeu, sem perder o tom tranquilo. — Eu soube que você é nova aqui, mas ninguém mencionou que era a mais difícil de agradar.
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  Soltei um riso curto, balançando a cabeça.
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  — Não sou difícil de agradar. Só… seletiva.
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   inclinou a cabeça, me observando com aquele olhar analítico que parecia querer descobrir algo além do óbvio.
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  — Bom saber. Então, selecionei o drink certo?
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  Olhei para o copo na minha mão, depois de volta para ele.
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  — Por enquanto, parece que sim.
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  O sorriso dele se alargou, e por um momento, a conversa ao nosso redor desapareceu. Era como se o bar inteiro tivesse diminuído de tamanho, nos deixando em uma bolha de troca de palavras e olhares.
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  Tentei me lembrar de , de como ele fazia esse tipo de coisa parecer tão natural, mas não havia comparação. era diferente. Ele não parecia ter pressa, nem intenções óbvias. Era desconcertante e intrigante ao mesmo tempo.
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  — Você sempre é assim? — perguntei, inclinando a cabeça.
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  — Assim como?
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  — Persistente.
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  Ele riu, um som baixo e genuíno.
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  — Apenas quando vejo que vale a pena.
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  Minhas amigas continuavam conversando ao nosso redor, mas era como se o resto do pub tivesse perdido a importância. O jeito que ele me olhava, sem desviar, me fez sentir algo que há muito tempo eu achava que não sentiria. Uma espécie de expectativa.
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  Dei um gole no drink que ele havia trazido, talvez para ganhar tempo, talvez para testar se minha curiosidade era mais forte que minha resistência. O sabor era exatamente como o primeiro, mas dessa vez parecia mais intenso, talvez pela situação, talvez pelo olhar dele que ainda não havia se desviado do meu.
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  — Você é bom nisso, não é? — perguntei, tentando soar casual, mas com uma ponta de desafio.
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  — Bom em quê? — Ele apoiou o braço na mesa, inclinando-se ligeiramente para mim, sua expressão um misto de curiosidade e algo mais difícil de decifrar.
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  — Em me fazer sentir que esse encontro foi obra do acaso, e não planejado.
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   soltou uma risada baixa, a confiança no tom o deixando ainda mais desconcertante.
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  — Talvez o acaso só precisasse de um empurrãozinho.
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  Eu ri, balançando a cabeça.
  — Engraçado.
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  — Não estou tentando ser engraçado — ele respondeu, inclinando-se um pouco mais, a voz agora mais baixa, como se quisesse garantir que só eu o escutasse. — Só acho que a vida é curta demais para deixar as coisas passarem.
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  Engoli em seco, sentindo a intensidade do olhar dele, mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim me puxava de volta. Para outro olhar, outro homem, outra história que eu ainda estava tentando esquecer.
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  — … — comecei, tentando encontrar as palavras certas para cortar aquele momento antes que fosse longe demais. Mas, antes que pudesse continuar, uma das minhas colegas de trabalho interrompeu, voltando para a mesa.
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  — Olha só quem resolveu socializar! — disse Paula, rindo ao notar ao meu lado. — , tá tentando conquistar o pessoal do marketing é?
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  — Paula… — murmurei, revirando os olhos, tentando esconder meu desconforto.
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   apenas sorriu, aparentemente imune à brincadeira.
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  — Acho que é ela que está me conquistando.
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  — Tá vendo? — Paula brincou, me cutucando com o cotovelo antes de se sentar em outro lugar.
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  Eu suspirei, sentindo minha cabeça rodar, e não era pelo álcool. A interação com era diferente de tudo que eu estava acostumada. nunca foi de investir, nunca precisou. E agora, aqui estava eu, tentando entender por que alguém parecia tão interessado em mim de uma forma tão direta.
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  — Bem, eu vou deixar você com suas amigas — disse, levantando-se, mas não sem antes me lançar um último olhar que parecia carregar uma promessa. — Aproveite a noite, .
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  Ele desapareceu na multidão, e, por mais que eu tentasse me concentrar nas conversas ao redor, não conseguia ignorar o fato de que, por alguns minutos, ele me fez sentir algo que eu não sentia há muito tempo: que eu ainda podia ser o centro da atenção de alguém sem me perder no processo.
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🪷🪷🪷

  A noite começou a esquentar quando minhas colegas decidiram me arrastar para a pista de dança. Eu hesitei no começo, mas a combinação de música alta, luzes pulsantes e o efeito das bebidas me fez relaxar. Com cada batida, deixei que a energia do lugar me carregasse.
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  Dançamos juntas, rindo e cantando algumas partes das músicas, enquanto nossos corpos se moviam ao ritmo frenético. Eu podia sentir olhares ao meu redor, mas, em algum momento, um em especial chamou minha atenção. De relance, percebi encostado em uma das mesas próximas à pista, um copo na mão e os olhos cravados em mim novamente. Ele não parecia interessado em disfarçar; o olhar dele era firme, quase hipnotizante.
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  “Foco, ,” pensei, tentando ignorá-lo. Voltei minha atenção para minhas amigas e para a música, mas não pude evitar me perguntar quanto tempo ele ficaria ali observando.
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  Depois de algumas músicas, as meninas decidiram fazer uma pausa. Eu ainda estava animada e um pouco tonta por causa das bebidas. Quando me virei para onde estava, ele já não estava mais lá.
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  — Onde ele foi? — pensei, surpresa com a rapidez com que o lugar parecia engolir as pessoas.
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  Uma de minhas amigas, Clara, percebeu minha inquietação e riu.
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  — Relaxa, . Tá olhando o quê? — brincou, me oferecendo a bolsa para segurar enquanto ela prendia o cabelo.
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  — Nada — menti, balançando a cabeça.
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  Foi então que Paula tirou um maço de cigarros da bolsa.
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  — Alguém quer? — perguntou, acendendo um para si.
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  Hesitei por um segundo antes de levantar a mão. Fazia tempo que eu não fumava, mas naquela noite, parecia adequado.
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  — Eu quero.
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  Ela me entregou um cigarro, e eu a acompanhei até o fumódromo do pub. A área externa era iluminada por luzes amarelas fracas e preenchida por uma leve névoa de fumaça. Paula logo se enturmou com o pessoal do comercial, para fumar junto a eles. Eu procurei um canto vazio, mas, antes que pudesse escolher um lugar, meus olhos caíram sobre uma figura familiar.
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   estava lá, encostado na grade, com um cigarro entre os dedos e uma expressão calma, mas concentrada. Ele parecia perdido em pensamentos, mas a presença dele parecia encher o espaço.
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  Como se sentisse meu olhar, ele levantou a cabeça, e nossos olhos se encontraram mais uma vez. A intensidade daquele olhar me fez hesitar por um momento, mas, ainda assim, continuei caminhando na direção dele, como se algo me puxasse para perto.
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  — Ora, ora… com essa cara de princesa? Cigarro não combina com você assim à primeira vista, sabia, ? — falou, um sorriso leve nos lábios enquanto dava mais uma tragada.
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  Arqueei uma sobrancelha, mantendo o cigarro entre os dedos.
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  — E desde quando você sabe o que combina ou não comigo?
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  Ele deu uma risada baixa, sacudindo a cabeça.
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  — Talvez eu esteja errado, mas não parece o seu tipo de vício.
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  — Talvez você não me conheça tão bem quanto acha — retruquei, acendendo o cigarro com o isqueiro que Paula havia me emprestado. Traguei profundamente, deixando a fumaça sair devagar, enquanto ele me observava, claramente intrigado.
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  — Justo — ele admitiu, inclinando-se levemente para frente, apoiando o cotovelo na grade. — Mas acredite, eu sei observar.
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  — É mesmo? — Cruzei os braços, mantendo o cigarro entre os dedos, a fumaça subindo entre nós. — E o que você já conseguiu observar?
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  Ele deu de ombros, o sorriso permanecendo no rosto.
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  — Que você é bem mais interessante do que deixa transparecer.
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  Ri, incrédula.
  — Essa é a sua abordagem? Jogar charme genérico pra ver se cola?
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  — Você acha que eu tô tentando te impressionar? — Ele me olhou com algo entre curiosidade e desafio. — Não preciso.
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  As palavras dele, ditas com tanta confiança, me atingiram de um jeito que eu não esperava. Eu deveria estar irritada, mas, em vez disso, sentia algo diferente — um tipo de alerta interno que misturava curiosidade e desconforto.
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  — Você realmente é muito seguro de si, não é? — perguntei, tragando mais uma vez e tentando manter minha expressão impassível.
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  — Digamos que eu só sei reconhecer quando algo vale a pena. — Ele deu mais uma tragada, soltando a fumaça devagar antes de continuar: — E você, , parece valer muito a pena.
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  Engoli em seco, o peso das palavras dele me atingindo com força. Por mais que eu quisesse rebater, algo em mim hesitou. Eu estava há tanto tempo presa a uma dinâmica disfuncional com que ouvir algo assim de outra pessoa parecia ao mesmo tempo estranho e tentador.
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  — Talvez você devesse parar de observar e seguir com a sua noite — respondi, tentando parecer firme enquanto apagava o cigarro no cinzeiro próximo.
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   inclinou a cabeça, ainda com aquele sorriso enigmático.
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  — Talvez. Mas talvez eu prefira arriscar.
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  Ele se afastou da grade, lançando um último olhar antes de desaparecer pela porta de volta ao pub. Fiquei ali por mais alguns instantes, o coração batendo mais rápido do que deveria, enquanto tentava entender o que, exatamente, ele estava arriscando — e por que parte de mim queria descobrir.
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  Continuei no fumódromo, tragando o máximo do cigarro dado a mim por Paula, tentando organizar os pensamentos, mas antes que eu pudesse decidir entre retornar para a pista de dança ou pegar um táxi para casa, meu celular começou a vibrar no bolso. Olhei para a tela e, claro, era . Suspirei profundamente antes de atender.
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  “O que é agora, ?” — perguntei, tentando manter minha voz neutra, mas o cansaço era evidente.
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  , eu…” — Ele estava claramente bêbado, a voz arrastada e cheia de emoções que ele só mostrava quando estava nesse estado. — “Por que você faz isso comigo?”
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  Revirei os olhos, sentindo uma mistura de raiva e tristeza.
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  “O que exatamente eu fiz agora, ? Saí da sua vida, como você pediu. Isso não é o que você queria?”
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  “Não… não é isso” — ele murmurou, a voz ficando mais embargada. — “É que… você sabe como eu sou. Eu… eu só…”
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  , me escuta…” — Minha voz saiu mais firme do que eu esperava. — “Você não pode continuar me puxando de volta toda vez que eu tento seguir em frente. Não é justo.”
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  Ele riu, mas era uma risada amarga.
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  “E você acha que é justo? Você acha que pode simplesmente sumir e…” — Ele fez uma pausa, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas. — “E acabar com tudo?”
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  Engoli em seco, sentindo aquela velha mistura de culpa e frustração me consumir novamente.
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  “Acabar com o quê, ? Nós já estávamos acabados há muito tempo.”
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  “Você não entende…” — Ele parecia prestes a continuar, mas eu já não queria ouvir.
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  “Não, . Você não entende.” — Eu interrompi, minha voz firme, mas controlada. — “Você não entende que eu mereço algo melhor do que isso. Algo melhor do que nós.”
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  E, sem esperar pela resposta dele, desliguei. Minhas mãos tremiam ligeiramente enquanto guardava o celular no bolso. Respirei fundo, olhando para o céu escuro acima de mim, como se pudesse encontrar alguma resposta entre as estrelas.
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  Foi ali, naquele momento, que algo dentro de mim pareceu mudar. Eu já sabia que precisava seguir em frente, mas, pela primeira vez, senti uma verdadeira vontade de fazer isso. Deixar no passado, com todas as nossas idas e vindas, com todas as feridas que nunca se fechavam completamente.
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  Quando voltei para dentro do pub, minhas amigas estavam rindo e brindando, mas minha atenção foi atraída para o outro lado do salão. estava novamente encostado em uma das mesas, conversando com um grupo de colegas. Ele riu de algo que alguém disse, mas, de repente, seus olhos encontraram os meus, como se ele pudesse sentir minha presença.
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  Sem pensar muito, decidi que não ia mais evitar o jogo que ele claramente estava disposto a jogar. Peguei outro drink no bar, desta vez com um sorriso mais leve nos lábios. Ele percebeu e ergueu a sobrancelha, como se perguntasse se eu estava pronta para entrar na dança.
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  Talvez fosse o efeito das bebidas, ou talvez fosse apenas o peso da ligação com finalmente saindo dos meus ombros, mas, pela primeira vez em muito tempo, deixei que alguém me notasse — e, mais importante, deixei que eu mesma quisesse ser notada.
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  Deixei o copo vazio no balcão e voltei para a pista de dança, onde minhas amigas já estavam completamente imersas na música e nas luzes que piscavam em tons de azul e vermelho. O ritmo era pulsante, vibrante, e eu senti o peso do mundo ficando um pouco mais leve a cada batida.
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  Dessa vez, não me escondi. Não evitei os olhares que sabia que estavam cravados em mim. Cada movimento meu parecia mais intencional, como se eu estivesse finalmente assumindo o controle. Quando meus olhos encontraram os de novamente, não desviei. Não era preciso. Ele estava ali, parado na borda da pista, me observando como se o mundo ao redor tivesse desaparecido.
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  Senti meu coração acelerar, mas não por nervosismo — era algo mais. Uma mistura de empoderamento e desafio. Continuei dançando, o ritmo da música guiando cada passo. E ele? Ele continuava ali, até que finalmente decidiu agir.
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   se moveu com a mesma confiança que exalava em todos os momentos. Ele se aproximou devagar, sem pressa, mas com determinação. Quando chegou até mim, o espaço ao meu redor pareceu diminuir, e por um momento, o barulho da música e das pessoas ao redor ficou em segundo plano.
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  — Eu achei que você ia continuar fugindo — ele disse, a voz baixa o suficiente para que só eu ouvisse, mas alta o suficiente para ser ouvida sobre a música.
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  — Quem disse que eu estava fugindo? — retruquei, um sorriso de canto nos lábios, sem parar de dançar.
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   ergueu as sobrancelhas, como se aceitasse o desafio, e então começou a se mover ao meu lado. Seus passos eram tão sincronizados com os meus que parecia que tínhamos ensaiado aquilo, mesmo que fosse completamente espontâneo.
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  A proximidade dele era intoxicante. O calor do corpo dele contra o meu, o jeito como seus olhos pareciam não desviar dos meus nem por um segundo… Era diferente, avassalador, e ao mesmo tempo surpreendentemente natural.
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  Deixei que a música nos guiasse, e, pela primeira vez em muito tempo, eu me permiti apenas sentir. Sem expectativas, sem lembranças do passado pesando nos meus ombros. Apenas o presente — e a forma como fazia o presente parecer tão convidativo.
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  A música parecia pulsar diretamente em mim, guiando cada movimento, cada batida. estava ali, ao meu lado, acompanhando meu ritmo com uma precisão desconcertante. Ele não apenas dançava comigo — ele estava me envolvendo, me cercando, como se fosse impossível escapar daquela energia que ele exalava.
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  Então, antes que eu pudesse sequer antecipar, senti suas mãos tocarem minha cintura. Foi um gesto ousado, porém seguro, como se ele soubesse exatamente o que estava fazendo. Ele me puxou para mais perto, eliminando qualquer espaço que ainda restava entre nós. Meu coração disparou, não pelo toque em si, mas pelo jeito como ele parecia não pedir permissão, como se soubesse que eu não o impediria.
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  — Você dança bem demais para quem estava tentando passar despercebida — ele murmurou, a voz grave o suficiente para enviar um arrepio pela minha espinha.
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  Pisquei, tentando me recompor, mas meus olhos encontraram os dele, e parecia impossível manter qualquer fachada de indiferença. Ele estava tão próximo que eu conseguia sentir o cheiro amadeirado do perfume dele misturado ao leve amargor do álcool.
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  — Talvez eu tenha desistido de me esconder — respondi, surpreendendo até a mim mesma com o tom desafiador na minha voz.
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   sorriu, aquele tipo de sorriso que parecia saber mais do que deveria, e inclinou levemente a cabeça, os olhos ainda cravados nos meus.
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  — Bom, eu gosto disso.
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  A música mudou, mas nossos movimentos continuaram em sincronia, como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido. As mãos dele permaneciam firmes em minha cintura, guiando-me de forma sutil, mas controlada, e eu me deixei levar.
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  O calor da pista de dança, o brilho das luzes ao nosso redor e a proximidade dele estavam me deixando tonta, mas, ao mesmo tempo, havia algo libertador naquilo. Pela primeira vez em muito tempo, eu não estava pensando no passado, em ou em qualquer coisa além do presente.
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  Era apenas eu, , e o momento que compartilhávamos, envoltos em música, ousadia e aquele tipo de conexão que não precisava de palavras.
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  Enquanto dançávamos, uma nova batida começou a preencher o ambiente. Não era o ritmo frenético e pulsante de antes, mas algo mais suave, mais íntimo. Um som carregado de melodia e sensualidade, como se o DJ tivesse decidido criar uma atmosfera perfeita para momentos como aquele.
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   percebeu a mudança tão rápido quanto eu. Ele olhou para mim com uma expressão que misturava surpresa e satisfação, como se soubesse que a música estava conspirando a favor dele. Suas mãos, que já estavam na minha cintura, apertaram levemente, trazendo-me ainda mais para perto.
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  — Parece que até o DJ está do meu lado — ele disse, um sorriso provocador brincando nos lábios.
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  Eu não respondi de imediato, porque naquele momento minhas palavras pareciam desnecessárias. Deixei que a música falasse por mim, e continuei me movendo, ajustando meus passos ao ritmo mais lento. O corpo dele estava tão próximo do meu que nossas respirações quase se misturavam, e eu podia sentir a tensão crescente no ar entre nós.
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  — Talvez ele só esteja tentando melhorar a noite de todo mundo — retruquei finalmente, em um tom que soava mais desafiador do que eu pretendia.
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   riu baixinho, aquele tipo de riso que deixa claro que ele não se deixava intimidar.
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  — Ou talvez ele tenha percebido o que estava acontecendo aqui e decidiu dar um empurrãozinho.
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  Antes que eu pudesse retrucar, ele se inclinou um pouco mais, os lábios próximos do meu ouvido:
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  — Vamos ver até onde isso vai, .
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  Aquela frase pairou no ar como um convite, e de repente a música parecia ainda mais envolvente. Eu sabia que podia me afastar, que podia sair dali e quebrar aquele momento, mas ao invés disso, continuei ali, permitindo que guiasse nossos movimentos em um ritmo que agora parecia feito apenas para nós dois.
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   percebeu algo que eu ainda tentava esconder de mim mesma: eu estava tensa. Mesmo ali, no meio de uma música romântica, no abraço de alguém que parecia tão confortável com a proximidade, eu lutava contra meus próprios instintos. Talvez fosse o hábito de me proteger, ou talvez fosse o fantasma das noites perdidas em discussões com , que ainda parecia pairar sobre mim.
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  — Relaxa, — ele disse de repente, a voz baixa e próxima do meu ouvido, como se fosse um segredo só nosso. — Você não precisa carregar o mundo nos ombros agora. Só aproveita o momento.
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  Suas palavras eram simples, mas carregavam uma verdade que eu não podia ignorar. Ele não estava pedindo nada além do que eu já estava ali para fazer: me permitir viver, sem amarras.
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  Deixei escapar um suspiro longo, sentindo meus ombros relaxarem aos poucos. Meu corpo, antes tenso, cedeu. E então fiz algo que há pouco tempo pareceria impensável: encostei meu queixo em seu ombro, permitindo que ele me envolvesse ainda mais.
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   não disse nada, mas senti suas mãos deslizarem suavemente para a parte inferior das minhas costas, mantendo-me firme contra ele. Era um toque seguro, sem pressa, como se ele quisesse me dizer que eu podia confiar.
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  A música continuava, lenta e melódica, preenchendo o espaço entre nós. Meus olhos se fecharam por um momento, e, pela primeira vez em tanto tempo, eu me senti… leve. Sem memórias me puxando para trás, sem preocupações sobre o que viria depois. Apenas o calor de , o som da música, e a liberdade que eu estava me permitindo sentir.
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  — Assim é melhor — ele murmurou, quase como se estivesse falando consigo mesmo.
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  E, naquele momento, eu concordei. Era melhor. Muito melhor.
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🪷🪷🪷

“Eu não quero mais perguntar (Quão doce é o gosto), não precisa me dizer (Quão doce é o gosto). Uau, você não sabe quão doce é o gosto agora que estou sem você.”

  Continuamos dançando, nossos movimentos sincronizados, o ritmo ditado pela melodia que preenchia o ar. As luzes do bar cintilavam ao nosso redor, mas eu só conseguia me concentrar em , na segurança que seus braços transmitiam, no jeito que ele parecia absorver cada mínima reação minha. Era quase assustador como ele parecia me entender sem que eu precisasse dizer uma palavra.
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  Mas então a música chegou ao fim, e o silêncio momentâneo antes da próxima faixa caiu sobre nós como um lembrete abrupto de onde estávamos. Meus olhos encontraram os dele, e por um instante, parecia que o mundo havia parado. O olhar de era profundo, curioso, como se tentasse decifrar algo em mim que eu mesma não conseguia entender.
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  Foi aí que aconteceu. Um turbilhão de pensamentos e sentimentos que eu vinha evitando veio à tona de uma vez só. A sensação de culpa, de vazio, de incerteza. , minha mudança, as cobranças que eu impunha a mim mesma. Tudo explodiu dentro de mim, e antes que eu percebesse, meu corpo já estava se movendo, afastando-me de e saindo da pista de dança.
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  Caminhei rápido até a mesa, peguei minha bolsa sem nem olhar para ninguém, e fui em direção à saída. O ar dentro do bar parecia pesado demais, apertado demais. Assim que cheguei lá fora, o ar fresco da noite bateu no meu rosto, mas não trouxe o alívio que eu esperava.
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  Antes que eu pudesse processar tudo, ouvi passos atrás de mim.
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  — ! — Era , e sua voz carregava preocupação. Ele parou ao meu lado, observando-me com atenção. — O que aconteceu? Você tá bem?
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  — Eu preciso ir embora — falei rapidamente, minha voz tremendo mais do que eu gostaria. — Isso foi um erro. Tudo isso… Eu não devia…
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  — Ei, calma — ele interrompeu, segurando meu braço com delicadeza. — Você não precisa ir sozinha. Me deixa te levar pra casa.
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  Eu abri a boca para protestar, mas então o aperto no meu peito se intensificou, e minha respiração começou a ficar irregular. Meu coração batia tão rápido que parecia que ia explodir, e tudo ao meu redor começou a ficar distante, como se eu estivesse me afundando em um túnel escuro.
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   percebeu imediatamente.
  — , olha pra mim — ele pediu, a voz firme, mas ao mesmo tempo suave. Ele se aproximou, colocando as mãos em meus ombros. — Respira. Comigo, tá bom? Inspira devagar… agora solta. Isso, mais uma vez.
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  Tentei acompanhar seu ritmo, mas minha mente estava uma bagunça. Era como se tudo que eu tinha segurado nos últimos meses estivesse desabando de uma vez só.
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  — Não consigo… — sussurrei, sentindo lágrimas começarem a escorrer pelo meu rosto.
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  Foi então que ele me puxou para um abraço, firme e protetor. Sua mão subiu até a parte de trás da minha cabeça, enquanto a outra acariciava minhas costas em um movimento lento e reconfortante.
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  — Você consegue, . Eu tô aqui. Não tem pressa. Vai ficar tudo bem.
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  Aos poucos, o calor do abraço dele foi me trazendo de volta. Concentrei-me em sua respiração constante e no modo como seu peito subia e descia contra o meu. Não havia julgamento, apenas presença. O que era algo totalmente diferente de quando isso acontecia e eu estava com .
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  Depois de alguns minutos, minha respiração começou a se estabilizar, e o aperto no meu peito foi diminuindo gradativamente. Eu me afastei um pouco, apenas o suficiente para olhar para ele, e sua expressão era de puro cuidado.
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  — Obrigada… — murmurei, ainda ofegante.
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  — Você não precisa agradecer — ele respondeu, sério. — Agora, vamos fazer o seguinte: me deixa te levar pra casa, tá? Você precisa descansar.
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  Sem forças para argumentar, apenas assenti. De alguma forma, naquele momento, confiar nele parecia ser a escolha mais fácil.
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   segurou minha mão com firmeza, seus dedos entrelaçando-se aos meus em um gesto natural, como se quisesse me passar segurança. Ele não disse nada, apenas começou a me guiar pela calçada, desviando cuidadosamente das pessoas que passavam apressadas ao nosso redor.
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  A multidão parecia uma massa confusa de barulhos e movimentos, mas a presença de ao meu lado criava uma bolha de calma em meio ao caos. Ele me conduziu de forma protetora, posicionando-se entre mim e qualquer distração, como se fosse um escudo contra o mundo.
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  De vez em quando, ele olhava para trás, certificando-se de que eu ainda estava bem. Seus olhos encontravam os meus por um instante, e em cada olhar havia uma pergunta silenciosa: Está tudo bem? Quer parar?
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  Caminhamos por alguns quarteirões até que ele virou em uma rua mais tranquila, onde havia menos movimento. O barulho da cidade foi ficando para trás, substituído pelo som suave de folhas balançando com o vento e os passos ritmados no asfalto.
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  — Aqui está — ele disse finalmente, parando ao lado de um carro estacionado. Ele soltou minha mão, mas só por um momento, para pegar as chaves no bolso e destravar as portas.
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  Observei enquanto ele abria a porta do passageiro para mim, segurando-a com um gesto que parecia saído de outra época, como um cavalheiro de um romance antigo.
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  — Entre — disse, sua voz baixa, quase um sussurro.
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  — Obrigada… de novo — murmurei, entrando no carro.
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  Ele deu a volta e ocupou o lugar do motorista, ligando o carro em silêncio. Durante todo o trajeto até ali, havia sido tão cuidadoso, tão atento, que era impossível ignorar o quão diferente ele era de tudo que eu conhecia.
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  Enquanto ajustava o cinto de segurança, um pensamento fugaz cruzou minha mente: talvez, só talvez, deixar-me ser cuidada por alguém por uma noite não fosse tão ruim assim.
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  Dei as direções para , descrevendo o caminho até minha casa enquanto ele assentia em silêncio, ajustando o GPS no painel. O carro estava tranquilo, o motor ronronando suavemente enquanto seguíamos pelas ruas agora mais calmas da cidade.
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  Eu olhava pela janela, a paisagem iluminada por postes e vitrines passando em um borrão de luzes, tentando organizar os pensamentos que teimavam em correr para direções opostas. O silêncio entre nós era confortável, mas não menos pesado.
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  Foi então que meu celular vibrou novamente na bolsa. Um suspiro irritado escapou dos meus lábios antes mesmo de olhar para a tela. Eu sabia quem era. . Claro que era ele.
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  Ignorei a ligação e voltei a guardar o aparelho, tentando me concentrar no momento presente, mas percebeu.
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  — Está tudo bem? — ele perguntou, os olhos alternando entre mim e a estrada.
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  — Sim, só… uma pessoa inconveniente que não entende limites.
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  Ele arqueou uma sobrancelha, claramente não satisfeito com minha resposta vaga.
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  — Parece que isso está te aborrecendo de verdade. Por que não bloqueia o número?
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  A pergunta era direta, simples até, mas ecoou como um desafio. Suspirei, cruzando os braços enquanto olhava pela janela, evitando encará-lo.
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  — Porque… não é tão fácil assim.
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  — Como assim, não é fácil? — Ele parecia realmente curioso agora, o tom de sua voz ligeiramente mais firme. — Se essa pessoa está te incomodando, você tem todo o direito de colocar um ponto final nisso.
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  Fechei os olhos por um instante, respirando fundo para conter a onda de emoções que subiu com aquela observação. Ele não entendia. Como poderia? Não conhecia a bagunça que era minha relação com , nem o nó emocional que eu ainda carregava, mesmo tentando seguir em frente.
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  — Não é tão simples quanto parece — murmurei, minha voz quase um sussurro.
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   não insistiu de imediato, mas senti seu olhar sobre mim por um breve momento antes de ele voltar a focar na estrada.
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  — Bom… às vezes, o simples é exatamente o que a gente precisa. Só uma ideia. — Ele deu de ombros, o tom casual, mas havia algo na sua voz que soava como um lembrete gentil, quase um conselho disfarçado.
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  Aquelas palavras ficaram ecoando na minha mente enquanto o silêncio voltava a nos envolver. Eu sabia que ele tinha razão, mesmo que eu não estivesse pronta para admitir isso ainda.
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  Meu celular vibrou de novo, iluminando o carro com o brilho insistente da tela. , claro. Como sempre, incapaz de entender limites. Bufei, pegando o aparelho com força demais, os dedos tremendo enquanto aceitava a chamada.
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  “O que você quer, ?” — perguntei, minha voz cortante, carregada de exaustão.
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  , você não pode simplesmente me ignorar assim. Nós precisamos conversar!” — Ele parecia alterado, provavelmente bêbado, o tom da sua voz oscilando entre urgência e teimosia.
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  “Precisa conversar sobre o quê? Sobre como você nunca soube o que queria? Sobre como sempre me deixou nesse vai e vem interminável?” — respondi, meu tom aumentando enquanto minha paciência diminuía. — , sério, se você não parar de me ligar, eu vou bloquear o seu número.”
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  Do outro lado, ele riu, mas era um som vazio, carregado de incredulidade.
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  “Bloquear meu número? É isso agora? Você vai fingir que eu nunca existi, ?”
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  Abri a boca para responder, mas fui surpreendida pela voz tranquila e, ao mesmo tempo, provocadora de , que se projetou no espaço entre nós.
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  — Isso mesmo, diga a ele que está ocupada e muito bem acompanhada — disse ele, com um sorriso discreto enquanto mantinha os olhos na estrada, mas claramente consciente do impacto de suas palavras.
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   ficou em silêncio por alguns segundos, como se tentasse processar o que acabara de ouvir.
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  “Quem é esse? , quem está com você?”
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  Rolei os olhos, exasperada, enquanto apertava o celular contra a orelha.
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  “Não é da sua conta, . E sabe o que mais? Vou seguir o conselho dele. Não me ligue mais.”
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  E, com um toque rápido, encerrei a chamada antes que ele pudesse responder, deixando o silêncio se instalar novamente no carro.
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  — Bem jogado — murmurei, tentando esconder um sorriso enquanto colocava o celular no bolso.
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  — Só estou aqui para ajudar — respondeu , a diversão evidente no tom da sua voz. — E, francamente, parecia que ele precisava ouvir isso.
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  Olhei para ele de canto de olho, uma mistura de irritação e alívio me atravessando. Talvez ele tivesse razão. Talvez fosse exatamente isso que precisava ouvir — e que eu precisava dizer.
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🪷🪷🪷

  O silêncio se instalou no carro por alguns instantes após a ligação. mantinha os olhos na estrada, mas eu podia sentir sua curiosidade pairando no ar, como se ele estivesse escolhendo as palavras certas para quebrar o gelo.
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  Finalmente, ele falou, a voz calma e firme.
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  — Ele é um desses homens que não aceita o fim?
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  Ri, mas foi um riso amargo, carregado de ironia e cansaço. Cruzei os braços, encostando-me no banco enquanto buscava uma forma de resumir algo que parecia impossível de ser explicado.
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  — Ele é… complicado. Ou melhor, nós somos complicados. — Suspirei, olhando pela janela enquanto organizava meus pensamentos.
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   manteve o silêncio, esperando pacientemente enquanto eu tentava encontrar as palavras.
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  — e eu nunca tivemos rótulos, sabe? — comecei, minha voz mais baixa. — Sempre fomos aquele tipo de casal que nunca era exatamente um casal. Um “quase alguma coisa”, sempre cheio de idas e vindas. No início, parecia emocionante, intenso. Mas com o tempo… só ficou cansativo.
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  Passei a mão pelos cabelos, como se pudesse aliviar o peso das lembranças.
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  — Ele sempre aparecia quando achava que estava me perdendo, dizia as coisas certas, fazia as promessas certas. Mas nunca cumpria. E, no fundo, eu acho que sabia que ele não ia cumprir. Ainda assim, eu ficava. — Ri novamente, mas sem humor. — Acho que no fundo, nenhum de nós sabia como deixar o outro ir.
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   assentiu devagar, processando o que eu dizia.
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  — E agora?
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  — Agora? — Repeti, mais para mim mesma do que para ele. — Agora, eu estou tentando fazer diferente. Estou tentando… me escolher.
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  Ele olhou de relance para mim, um pequeno sorriso no canto dos lábios.
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  — Parece uma boa escolha.
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  Havia algo no tom dele que fez meu peito relaxar um pouco, como se o peso que eu carregava tivesse se tornado um pouco mais leve.
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  O restante do trajeto foi silencioso. O único som era o ronco baixo do motor do carro e o burburinho da cidade do lado de fora. Eu aproveitei o silêncio para tentar organizar meus pensamentos, mas não conseguia. Ainda sentia o peso da última ligação de , o conforto inesperado de e a confusão de todas as emoções que vinham à tona.
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  Quando finalmente chegamos à frente do meu prédio, soltei um longo suspiro antes de me virar para ele. Meus olhos encontraram os dele, e por um momento eu apenas fiquei ali, em silêncio, encarando-o.
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  — Obrigada por me trazer até aqui. E por… tudo hoje. — Minha voz saiu mais suave do que eu esperava, carregada de gratidão.
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   manteve o olhar fixo em mim, e então, direto como sempre, ele perguntou:
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  — Bom, então eu não tenho nenhuma chance com você, ?
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  O impacto da pergunta me pegou de surpresa. Ele percebeu minha reação, mas continuou:
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  — Eu só estou perguntando porque não quero ser mais um peso na sua vida, agora que sei o que sei.
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  Houve uma pausa, como se ele me desse espaço para absorver suas palavras antes de concluir:
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  — E pode ficar tranquila. Se a sua resposta for um “não”, está tudo bem. Podemos ser só amigos. Você realmente vale a pena, de qualquer jeito.
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  As palavras dele, tão sinceras e descomplicadas, mexeram comigo de uma forma que eu não sabia explicar. Por um momento, fiquei em silêncio, o coração acelerado, enquanto tentava encontrar uma resposta que fosse honesta, mas que também fizesse jus ao que eu estava sentindo.
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  As palavras de ecoavam na minha mente como uma pergunta que exigia muito mais do que uma resposta simples. Ele parecia tão sincero, tão direto. Não havia joguinhos, promessas vazias ou segundas intenções. Apenas uma honestidade crua, quase desconcertante.
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  Eu o encarei, deixando meus olhos vagarem por seu rosto. Seus olhos, tão pidões e intensos, pareciam me convidar a acreditar que, talvez, eu realmente merecesse mais. Mais do que o “quase alguma coisa” com . Mais do que a confusão e as promessas quebradas. Eu estava ali para recomeçar, para me redescobrir, e a verdade é que eu não precisava continuar presa ao pouco que tinha para oferecer.
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  De repente, algo se acendeu em mim. Um rompante. Um impulso que me fez ignorar qualquer dúvida ou hesitação. Antes que eu pudesse pensar demais, me inclinei em direção a , segurando seu rosto com as mãos e o beijando.
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  O choque inicial dele durou apenas um segundo. Logo, ele correspondeu, uma de suas mãos pousando delicadamente na minha cintura, como se tivesse medo de quebrar o momento. O beijo foi lento, profundo, como se fosse a primeira vez em muito tempo que eu realmente me permitia sentir alguma coisa.
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  Quando nos afastamos, minha respiração estava entrecortada, e os olhos dele procuraram os meus, brilhando com uma mistura de surpresa e algo mais que eu não conseguia nomear.
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  — Acho que isso responde sua pergunta, não é? — murmurei, com um leve sorriso no rosto, sentindo meu coração bater mais forte.
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   riu baixo, sua voz carregada de alívio e satisfação.
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  — Eu diria que sim.
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  Pela primeira vez em muito tempo, senti como se estivesse no controle da minha vida. E, por mais assustador que isso fosse, também era libertador.
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   não esperou mais nenhum segundo. Assim que eu sorri, ele se inclinou sobre mim novamente, puxando-me pela cintura com firmeza dessa vez, encontrando os meus com uma intensidade que me pegou de surpresa. O segundo beijo foi mais profundo, mais quente, como se todo o desejo contido estivesse finalmente escapando.
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  Sua mão subiu lentamente pelas minhas costas, traçando um caminho que fez minha pele se arrepiar, enquanto a outra ainda estava firmemente posicionada em minha cintura, me mantendo perto dele, como se temesse que eu pudesse escapar. Era como se ele estivesse marcando aquele momento, me mostrando tudo o que queria dizer, sem palavras.
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  Meu coração disparou, uma mistura de adrenalina e algo que eu não sentia fazia tanto tempo que quase havia esquecido que era possível: aquele frio na barriga, a sensação de estar sendo desejada de verdade. Não por alguém que via como garantida, mas por alguém que me enxergava completamente, no aqui e agora.
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  Sorrindo entre o beijo, não consegui evitar pensar o quão orgulhosa eu estava de mim mesma. Por tanto tempo achei que nunca mais sentiria isso com outro homem. Achei que tinha roubado essa parte de mim, mas ali estava eu, inteira, viva, com um sabor doce de recomeço.
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  Quando nos afastamos, ambos respirávamos com dificuldade. Ele olhou para mim, os olhos ainda intensos, mas suaves.
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  — Devagar, , devagar… — sussurrei, a voz mais baixa do que eu esperava.
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  Ele sorriu, aquele sorriso que parecia sempre carregado de certeza e segurança, mas dessa vez também havia um toque de ternura.
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  — Devagar , devagar…
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  O silêncio que se seguiu não foi desconfortável. Era como se tivéssemos feito uma promessa mútua, uma que não precisava ser dita em palavras.
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  Enquanto ele me observava, algo em mim finalmente se soltou. Percebi que o gosto doce que eu sentia agora, sem , era muito melhor do que qualquer coisa que eu já tinha experimentado antes. Não era agridoce, não vinha com ressalvas ou dúvidas. Era leve, verdadeiro e, acima de tudo, meu.
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Fim

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