Good In Bed
Rebecca sentia o ar fresco da manhã invadindo o quarto, acompanhado de raios solares que a obrigavam a levantar. Seus olhos reconheciam aos poucos a silhueta que estava com uma xícara de café em sua mão e na outra, um pedaço de bolo. Becca encarava a sua nova realidade com uma leve irritação, mas, a cada dia que passava na fazenda, ia se acostumando com a ideia de viver em uma comunidade rodeada de animais, plantações e riachos.
Pela janela podia observar as várias árvores com alguns passarinhos que cantavam suas melodias diárias, além de que de fundo, havia o som da água caindo da cachoeira, algo que a fazia ficar um tanto relaxada.
Sua alegria durou pouco quando sua visão foi tomada por um rosto tão familiar, lhe assustando brevemente. Ouviu o riso abafado de sua prima e a lançou um olhar de reprovação, recebendo outra gargalhada tão conhecida.
- Vocês combinaram, não é?
- Claro que não, esqueceu que o bonitão aí está trabalhando com a tia Marnie?
- Pensei que já estava acostumada com a minha presença… Assim me sinto ofendido! – Ele começou a se afastar – Porém, quando eu desço um pouco você aparenta estar bem familiarizada, não é? – Lhe deu um sorriso malicioso, voltando a sua rota.
- Aiden e seu jeitinho especial de te irritar, é tão nítida a tensão sexual que paira no ar. E ainda são seis e meia, ótimo jeito de começar o dia! – Brenda ironizou, se jogando ao lado de Becca – Vai comigo para a festa do Sebby?
- Sim, como já tínhamos combinado. Agora, vou tomar um banho antes que nossa tia comece com os seus discursos sobre atrasos e coisas aleatórias.
Com seus pertences organizados na bancada próxima ao chuveiro, Aveline encarou a sua imagem no espelho que tinha uma iluminação própria a sua volta, ótimo para se arrumar durante o período da noite, horário qual desde sua chegada era preenchido por fogueiras, luau e sexo.
As lembranças que envolviam Aiden a arrepiava, fazendo com que seus dedos deslizassem pelo seu corpo a fim de saciar o tesão que a consumia gradativamente. A água quente caía em sua pele e seus olhos reviravam de prazer, entretanto, o seu interior ansiava por mais, e queria que tivesse a participação da pessoa que a mais irritava nesse mundo.
Sendo um dos moradores mais falados da vila, Aiden McBell atraía a atenção de todos tanto pela beleza quanto por ser solícito. Seu pai, o vendedor local, era um homem muito conhecido e sempre o ensinou todos os segredos de ter uma fazenda, incentivando o filho a ir em busca de sua independência desde novo. Por isso, era comum ver Aiden fazendo todo tipo de trabalho, mas o que o rapaz mais gostava era a parte de carpintaria.
Quando Becca, perdida e sem entender o mapa que sua prima lhe deu, finalmente adentrou a oficina, o silêncio fora preenchido por uma voz tão gostosa, que naquele momento ela sabia que estaria fodida. E o mesmo vale para McBell, que no meio da conversa, a chamou para ir na fogueira que seus amigos estavam programando.
O interesse mútuo resultou no famoso “sexo sem compromisso”, o que para ambos era ótimo, mesmo que os comentários dissessem o contrário. A relação clichê de amor e ódio lhes servia, visto que quando não estavam transando, trocavam provocações que nem sempre tinham cunho sexual.
Aiden e Becca não sabiam como conversar sobre algo mais sério, mas, sabiam foder tão maravilhosamente bem, que acabava por suprir as palavras e frases desconexas.
*
A fazenda de Sebastian ficava perto das montanhas, vinte minutos após o centro da vila. Era uma das mais antigas e possuía um porão do mesmo tamanho da moradia, que fora transformado no ambiente de festas. Com seus parentes em uma viagem, já era o terceiro final de semana que a fogueira era acessa e o local ficava regado de bebidas e bastante comida. Sendo afastada das demais residências, a música alta não causava nenhum problema, e ao se aproximar, já era possível escutar as batidas e observar a fogueira acessa.
Brenda e Rebecca estavam a menos de cinco minutos da casa, entretanto, sentiam o clima que tanto gostavam de longe.
Sendo recebidas por Sebby, logo menos os três estavam com bebidas e conforme conversavam, atraíam olhares tão conhecidos por Aveline.
Decidindo ignorar por um momento, a garota se pôs a reparar no lugar, achando rostos conhecidos e os cumprimentando brevemente. Todos os presentes eram resistentes da vila, então não tinha como lotar a casa de Sebastian, porém era unânime de que era melhor assim: festejar com os residentes e ninguém de fora. Qualquer reunião que faziam, era um modo de conseguirem descansar dos afazeres diários e socializarem com seus amigos que mal viam durante a semana, por isso não permitiam mais gente, a última experiência que tiveram não terminou nada bem.
Após dançar, Becca se apoiou na bancada da cozinha, mexendo nas embalagens de salgadinhos e comendo alguns. Deu uma piscada para sua prima do outro lado da sala, que a mostrou a língua e a chamou. Voltando para a pista de dança improvisada, ela se juntou aos demais e começou a acompanhar a batida, se deixando ser guiada pelo som.
Aiden a observava com um sorriso no rosto, pensando em como Rebecca o deixava louco.
Sabia que era recíproco, talvez seja o motivo pelo qual ambos se viciaram um no outro.
E eles adoravam.
McBell largou o copo na pia e foi de encontro com Aveline, se juntando na dança. Ela o conduzia, rebolando levemente e o rapaz a seguia, em um encaixe de causar inveja.
- Quer sair daqui? – Ele sussurrou em seu ouvido, depositando seus lábios no pescoço desnudo de Rebecca.
Sem resposta prévia, a garota o pegou pela mão e fez o caminho que poderia fazer de olhos fechados.
Mal a porta fora fechada e Becca o empurrou na cama, subindo em cima dele com rapidez. Suas línguas se encontravam totalmente sedentas, e os beijos não eram suficientes para suprir suas necessidades.
- Às vezes fico pensando que seria melhor se não nos conhecêssemos… – Aiden sorriu ao ouvi-la soltando um gemido.
- Certeza? – Pegou em sua cintura, a puxando para si.
Ele a pôs sentada em seu rosto, podendo se deliciar ao lamber o seu clitóris devagar, como se não houvesse hora alguma. Conforme aumentava os movimentos, seu corpo enchia de prazer, era tão gostoso saber que Becca estava a caminho de um ótimo orgasmo, e isso o fazia cada vez mais dar o seu melhor para que ela tivesse uma experiência maravilhosa.
Mas, como o bom filha da puta que era, lentamente ele diminui os movimentos, recebendo grunhidos de reprovação. O olhar de Aveline era repleto de luxúria e desejo, provocando em McBell uma sede de chupa-la ainda mais.
Antes que a deitasse na cama, a garota sentou em seu colo, rebolando calmamente em cima do seu pau, jogando seu corpo para trás. Ele a trouxe para si, lambendo e mordiscando o seu mamilo, enquanto a estimulava com seu dedo.
Os dois sabiam seus pontos fracos, Aiden percorria o corpo dela como ninguém havia feito antes.
O sexo durava por horas, mas nunca parecia o suficiente para que eles largassem o que tinham.
Eles acabavam voltando um para o outro, e mesmo que fosse meio triste, em um todo, e eles se irritassem, bom, era isso que os fazem bons na cama.
Fim
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