Status

Loading

Avalie

Este texto foi revisado
Encontrou algum erro? Clique aqui

Esta história não possui capas prévias (:

Sem informações no momento.

Ginger

  Lá estava eu, sentada numa sala vazia na enorme casa de meu… Prometido. Isso era coisa tão primitiva e absurda que mal acreditei quando meus pais disseram “Ora, filha. Você já tem vinte anos, logo atingirá a maioridade plena e sendo representante do orgulho ruivo, é de nossa responsabilidade termos a certeza de que você irá se casar com um ruivo.” Até aquele momento achei que tudo estava como sempre. Meu pai e minha mãe sempre diziam coisas estranhas como aquela sobre o “orgulho ruivo” e como eu tinha que me casar com alguém ruivo para manter a “linhagem de fogo”; mas aquele dia foi diferente. Porque eles já tinham arranjado um encontro ruivo para mim! Fiquei indignada, esperneei, e quase chorei; até mesmo disse que eu já estava apaixonada por outro.
0
Comente!x

  – E ele por um acaso é ruivo? – mamãe perguntou erguendo a sobrancelha.
0
Comente!x

  – Não importa a cor dos cabelos, o que importa é que nos amamos! – retruquei. Não que aquilo fosse exatamente verdade. Eu estava longe de ter encontrado alguém a quem amasse, mas havia uma pessoa especial.
0
Comente!x

  – Querida, sabe que os nossos estão desaparecendo na sociedade, cada dia é mais difícil encontrar um ruivo natural. Não podemos deixar que nossa linhagem desapareça para sempre! – minha mãe disse com aquele olhar, o tipo que ela só usava quando estava discursando sobre o futuro dos ruivos; ou quando estava tendo seus momentos sonhadores.
0
Comente!x

  – Mãe, eu vou fazer 21 anos, acho que tenho o direito de escolher com quem quero me casar e se esse alguém vai ser ruivo ou não! – retruquei fazendo careta.
0
Comente!x

  Não que eu realmente me importasse se o futuro pai dos meus filhos ia ter o mesmo tom de cabelo que os meus, ou se ia ser moreno, loiro, castanho. O que realmente me incomodava era que eu não havia decidido nada naquela loucura. Eu não fazia ideia de quem meus pais tinham arranjado para mim. Eu não queria fazer parte do orgulho ruivo!
0
Comente!x

  É claro que eu amava meus cabelos e me orgulhava em ser ruiva. Mas não queria dizer desistir da felicidade ao lado do homem da minha vida para procriar e dar à luz a mais bebês com cabelos cor de fogo. Eu não me importaria se o futuro dos ruivos dependesse de mim. Sou uma garota e quero ser feliz!
0
Comente!x

  – Dê ao menos uma chance ao rapaz, filha. – Meu pai murmurou todo pomposo dando tapinhas leves em meu ombro.
0
Comente!x

  – Mas papai! – retruquei. – Estou apaixonada! – Tentei mais uma vez. Meu pai apenas deu de ombros e fiquei ainda mais irritada.
0
Comente!x

  E agora, lá estava eu, sentada num sofá gigante e fofo, esperando pela boa vontade de meu “encontro às escuras”. Nem ao menos para ser pontual! Meus pais conversavam com os pais do rapaz em algum outro cômodo da casa e me deixaram ali…
0
Comente!x

  – Ele logo vai chegar… – Murmurei comigo mesma fazendo careta. – Blábláblá. – Fiz caras e bocas enquanto revirava os olhos.
0
Comente!x

  – Desculpe o atraso… – Levei um susto quando ouvi uma voz murmurar às minhas costas, na entrada da sala. – Tive alguns problemas com umas papeladas… – Um rapaz ruivo adentrou o lugar um tanto embaraçado, eu apenas me virei para encara-lo, pronta para dizer as melhores ofensas que me viessem à mente, mas ao ver a expressão de “criança que acabou de aprontar” estampada no rosto dele, preferi me manter calada. – Sou Ed. – Ele sorriu finalmente, sentando-se no sofá em frente a mim.
0
Comente!x

  – . – Limitei-me a responder. Não queria parecer que estava dando o braço a torcer, mas não responder poderia ser grosseria demais.
0
Comente!x

  Caímos num incômodo silêncio, aparentemente mais incômodo para mim do que para ele, já que o tal ruivo “Ed” continuava com o sorrisinho nos lábios. Ele abrira a boca para dizer algo, mas o interrompi antes que fosse tarde demais.
0
Comente!x

  – Escute – disse, fazendo-o se calar e me encarar atento. – Eu realmente não acho que isso vá dar certo entre nós. – Continuei, vendo-o apenas me observar, agora sério. – Além do mais, eu já tenho uma pessoa. – Conclui.
0
Comente!x

  Eu esperava uma reação histérica – como as da minha mãe – e absurda, mas Ed apenas balançou a cabeça concordando e voltando a sorrir.
0
Comente!x

  – Acho que você não é a representante da gravadora… – Ele disse por fim, dando um leve risinho.
0
Comente!x

  – … E você…
0
Comente!x

  – Não sou seu encontro ruivo. – Completou ainda rindo, as bochechas já vermelhas.
0
Comente!x

  Eu não sabia se o acompanhava nas risadas ou se enfiava a minha cara numa das almofadas do sofá, então optei por ficar olhando Ed rir, sem reagir exatamente.
0
Comente!x

  – Você deve estar à espera de meu irmão, Matt. – Ele enxugou uma lágrima que escorreu de seus olhos pelo esforço ao rir. Apenas balancei a cabeça, só poderia ser o tal Matt o meu encontro, certo? – Teremos um pequeno problema aqui… – Ed se recompôs e me olhou sério. – Meu irmão tem os mesmos pensamentos que você sobre o Orgulho Ruivo; soube que você estaria vindo hoje e fugiu com a namorada. – Deu de ombros como se aquilo fosse uma coisa simples.
0
Comente!x

  Eu havia sido deixada sem nem ao menos ter conhecido o cara. Que ótimo!
0
Comente!x

  Não que eu realmente me importasse, é só que foi um tanto chocante para o meu ego.
0
Comente!x

  Consegui soltar um suspiro aliviado, e então Ed voltou a gargalhar.
0
Comente!x

  – Acho que vocês se dariam bem. – Informou. – Você e Matt.
0
Comente!x

  – Claro. – Resmunguei, revirando os olhos.
0
Comente!x

  Ed ficou me encarando por alguns instantes.
0
Comente!x

  – Você não tem uma pessoa de verdade, tem? – perguntou por fim, me pegando desprevenida. Eu apenas emudeci e o encarei de sobrancelha erguida. Que garoto atrevido! – Quero dizer, se tivesse mesmo, estaria com ele agora e não aqui, tendo esse papo estranho comigo… – Ed deu de ombros.
0
Comente!x

  – É, você tem razão. – Eu disse me levantando. Uma ideia idiota passava por minha cabeça.
0
Comente!x

  – Boa sorte! – ele exclamou assim que comecei a andar para fora da sala. Eu preferi ignorar.
0
Comente!x

  A coisa é que naquele dia eu fui embora sozinha para casa, já que minha mãe se recusava a aceitar o fato de que, nem eu e nem muito menos o tal Matt Sheeran, estávamos a fim de ter o nosso encontro ruivo. Estava decidida a encontrar alguém para mim que não fosse Matt Sheeran. Augustus Landshare era minha primeira – certo, a única – opção. Eu e Gust nos conhecíamos desde o colégio e já havíamos “nos pegado” algumas vezes desde então.
0
Comente!x

  Claro que não foi uma grande surpresa quando recebi o audível “não” da parte dele. Quem em sã consciência iria aceitar um noivado relâmpago com a garota dos pegas de adolescência? Nem eu mesma me diria sim. Mesmo que fosse apenas um trato temporário, quem diria sim?
0
Comente!x

  O fato é que eu estava desesperada, não só pelo fato de minha mãe querer insistir em Matt Sheeran, mas porque aparentemente, os pais dele também pareciam querer insistir em mim. Matthew me ligou para contar a loucura dos pais. E que estava naquele exato momento em Nova York, então eu não tinha que me preocupar, já que ele não pretendia voltar tão cedo para a Inglaterra. Por algumas noites eu pude dormir em paz, até uma tarde de Sábado, quando meus pais me chamaram até a sala.
0
Comente!x

  Mamãe usando aquele tom cantado de alegria incontida.
0
Comente!x

  – Querida, venha aqui! – ela chamou e eu, muito desatenta ao tom, fui inocentemente até a sala, dando de cara com Ed Sheeran, parado timidamente entre meus pais e os pais dele. – Querida, já que Matt não esteve aqui para o encontro, nós e os Sheeran decidimos que seria ótimo você e Ed se conhecerem! – ela exclamou empolgada e eu fechei a cara.
0
Comente!x

  – Já o conheço, obrigada. – Resmunguei.
0
Comente!x

  – ! – Minha mãe chamou-me a atenção. – Vamos deixa-los sozinhos para conversarem. – Ela anunciou.
0
Comente!x

  Eu estava prestes a retrucar mais uma vez, quando vi a expressão engraçada de Ed, num misto de desespero e vontade de rir, então decidi me segurar.
0
Comente!x

  Quando nossos pais saíram para o quintal dos fundos para nos deixar conversando na sala, me joguei no sofá e fiquei encarando o ruivo a minha frente soltar o ar em alívio.
0
Comente!x

  – Você não tem ideia do quanto minha mãe ficou tagarelando sobre esse encontro durante dias! Dias! – ele disse quase num choramingo, sentando-se ao meu lado e se esparramando em seu lugar. – Ela ficaria louca se não conversássemos nem um pouquinho. – Explicou passando as mãos em seus cabelos, bagunçando-os.
0
Comente!x

  – Não acredito que mesmo sabendo da minha objeção aos encontros ruivos, você veio. – Retruquei. Eu não estava exatamente brava com ele. Só desacreditada.
0
Comente!x

  – Era isso ou ouvir minha mãe reclamar o resto da vida por não ter “tentado”. – Ed revirou os olhos tentando parecer irônico, mas aquela expressão não combinava com ele.
0
Comente!x

  Ficamos em silêncio por alguns instantes, apenas encarando o nada e esperando o tempo passar.
0
Comente!x

  – E o que vamos fazer agora? – perguntei, a dúvida surgindo em minha mente.
0
Comente!x

  – Aposto como nossos pais vão insistir em nos fazer sair. – Ed comentou brincando com os enfeites de uma das almofadas do sofá. – E minha mãe com certeza vai ficar me perguntando quando vou pedir você em namoro… – Soltou o ar fazendo careta.
0
Comente!x

  – Podemos dizer que nos odiamos. – Dei de ombros.
0
Comente!x

  – Se nos odiarmos, nem amigos poderemos ser. – Ed soltou num muxoxo e então caímos no silêncio novamente.
0
Comente!x

  Não que eu quisesse algo com Ed Sheeran. Mas perder a oportunidade de uma nova amizade não seria lá muito legal ou vantajoso…
0
Comente!x

  – Podemos fingir o que eles querem que aconteça! – exclamei. O ruivo Sheeran me encarou como se eu fosse a pessoa mais absurdamente louca que ele já conhecera na vida. E aposto como eu devia estar soando como tal naquele momento.
0
Comente!x

  – Fingir que estamos nos dando bem e que daqui algumas semanas poderemos ser apresentados como namorados para nossas famílias? – ele perguntou me encarando com uma das sobrancelhas erguidas.
0
Comente!x

  – É! – exclamei me endireitando no sofá para poder encara-lo melhor. – Nós fingimos na frente deles, mas sem compromisso de verdade entre nós. – Expliquei, vendo-o se endireitar também. – Estaríamos livres de amolação durante algum tempo e ainda teríamos chance de encontrar outras pessoas.
0
Comente!x

  Ed permaneceu me encarando pensativo. Talvez estivesse pensando no quão idiota era o meu plano.
0
Comente!x

  – Tudo bem. – Ele deu de ombros. Se pensava que eu era maluca e sem noção, ele não expressou em momento algum.
0
Comente!x


  As semanas se passaram comigo e Edward fingindo nos dar bem. Claro que não era apenas fingimento, eu e ele nos demos realmente bem. Ele era um rapaz legal e maduro, o que aquela carinha de bebê encobria muito bem. Ele compartilhou comigo alguns de seus planos, e falou sobre o quanto amava tocar e compor e quem sabe ele não viraria algum artista famoso por isso? Mesmo que volta e meia ele me falasse sobre suas composições, eu nunca o vira cantando ou tocando. Enquanto ele compartilhava seus planos futuros, eu compartilhava alguns de meus sonhos adolescentes, como encontrar o príncipe encantado. Ou casar com um homem inteligente, brincalhão, maduro, amável, protetor, criativo, com voz bonita… Ele riu de mim quando disse todas as qualidades que o meu futuro marido deveria ter, mas pelo menos não disse que eu queria o impossível.
0
Comente!x

  Nós estávamos discutindo sobre meu futuro marido e a futura esposa dele durante um luau que a família dele estava dando.
0
Comente!x

  – Para mim, ela só precisa ser amável. – Deu de ombros, bebendo de sua cerveja.
0
Comente!x

  – Nem saber cozinhar ela precisa? – perguntei quase incrédula, dando uma golada na minha batida de vinho.
0
Comente!x

  – Bem, seria ótimo se ela soubesse, mas se não souber, eu sei me virar bem na cozinha. – Nós dois rimos, já estávamos bem alegrinhos no momento.
0
Comente!x

  Depois de rirmos às gargalhadas, finalmente houve silêncio entre nós. Eu encarava o céu negro e filosofava da maneira como bêbados filosofam sobre a vida.
0
Comente!x

  – Sabe… – Ele começou a dizer.
0
Comente!x

  – Hum? – soltei, com preguiça de dizer algo mais.
0
Comente!x

  – Eu nunca quis dar o braço a torcer para essa história de “Orgulho Ruivo”. – Ele murmurou.
0
Comente!x

  – Nem eu. – Concordei, sem tirar os olhos da enorme lua no céu.
0
Comente!x

  – Mas estou me rendendo aos encantos de uma ruiva, agora… – Ele soltou quase num sussurro. Quando o encarei, ele coçava a nuca sem jeito, me olhando timidamente.
0
Comente!x

  – Eu também… – Me ouvi dizer, mas eu mal raciocinava direito naquele momento, quando percebi, já o havia puxado para mais perto de mim, colado nossos lábios e… Eu estava beijando Ed Sheeran!
0
Comente!x

  Ele estava completamente confuso de início, as mãos paradas no ar, ao lado do rosto, sem saber o que fazer, até que finalmente ele segurou meu rosto de um jeito carinhoso, acanhado e fofo. Suas mãos então escorregaram, uma delas para minha nuca, a outra para minha cintura. A sensação era boa e eu quase pude sentir as borboletas no estômago, mas quando elas estavam prestes a esvoaçar, eu me afastei. O que diabos eu estava fazendo? Eu não podia beijar Ed Sheeran! Não podia me apaixonar por ele, ele era meu amigo e eu tinha contado todas as coisas mais idiotas e incontáveis a ele!
0
Comente!x

  Eu me levantei bruscamente e me afastei dele indo até a rua para chamar um táxi.
0
Comente!x

  – ! – ouvi-o exclamar às minhas costas, mas preferi não me virar e continuar andando até que um táxi aparecesse. E se não aparecesse eu continuaria andando até chegar em casa. Seja lá para que lado ela estivesse. – , o que houve? – Droga, ele havia me alcançado!
0
Comente!x

  – Eu estou indo para casa. – Anunciei sem querer encara-lo. Era um tanto embaraçoso tudo aquilo.
0
Comente!x

  – Eu te levo. – Ele disse sacando as chaves de seu carro do bolso da bermuda.
0
Comente!x

  – Não, vou sozinha. – Disse e continuei a caminhar.
0
Comente!x

  – ? – Ed chamou mais uma vez e eu finalmente me virei para encara-lo. – Sua casa fica para aquele lado. – Ele apontou a direção contrária da que eu ia.
0
Comente!x

  Fiz bico por um instante, fazendo-o sorrir.
0
Comente!x

  – Venha, vou te levar. – Ele estendeu o braço me chamando e eu me dei por vencida.
0
Comente!x

  – Eu nunca fui muito boa com direções… – Disse quase num choramingo.
0
Comente!x

  O caminho para casa foi um tanto silencioso, Ed mal fazia seus comentários bobos que em sua maioria me faziam gargalhar, aquilo de alguma forma me incomodava profundamente.
0
Comente!x

  Ele parou o carro em frente à minha casa e, como sempre fazia, desceu de seu lado para abrir a porta para mim.
0
Comente!x

  – Escuta, … – Ele começou, mas eu o interrompi.
0
Comente!x

  – Olha, foi um erro o que aconteceu hoje, eu sinto muito. – Disse por fim. Ele apenas balançou a cabeça em concordância e aquele gesto me deu um aperto no coração. Por que ele estava concordando comigo?!
0
Comente!x

  Me voltei para minha casa e estava prestes a caminhar para ela quando ele me parou.
0
Comente!x

  – Olha, eu queria que você escutasse a minha nova composição. – Ele disse.
0
Comente!x

  – Você nunca me mostrou nenhuma das suas músicas. – Ergui a sobrancelha e me voltei para ele novamente.
0
Comente!x

  – Eu sei, mas essa é especial. – Ele sorriu timidamente.
0
Comente!x

  Suspirei.
  – Certo, então. – Falei, vendo um sorriso largo estampar os lábios de Ed.
0
Comente!x

  Ele foi até o porta-malas do carro, pegou seu violão e sentou-se na guia da calçada, eu o acompanhei.
0
Comente!x

I’m gonna pick up the pieces
And build a lego house
If things go wrong we can knock it down

And three words have
Two meanings
There’s one thing on my mind
It’s all for you

And it’s dark in the cold December
But I’ve got you to keep me warm
If you’re broke then I will mend ya
And keep you sheltered from the storm
That’s raging on now

I’m out of touch
I’m out of love
I’ll pick you up
When you’re getting down
And out of all these things I’ve done
I think I love you better now

  Quando ele parou de tocar, eu não conseguia parar de sorrir.
0
Comente!x

  – O que achou? – perguntou-me e eu não consegui refrear o impulso de beija-lo rapidamente nos lábios.
0
Comente!x

  – Acho que o que houve esta noite foi o melhor erro da minha vida. – Sorri um pouco tímida.
0
Comente!x

  – Das nossas. – Ele corrigiu e me puxou para um beijo, agora muito mais intenso, e eu sorri finalmente sentindo as borboletas alçarem voo em meu estômago.
0
Comente!x

Fim

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments

You cannot copy content of this page

0
Would love your thoughts, please comment.x