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Temporada #002
Ideia #001

Treat You Better
Shawn Mendes

Capa por Julia N.

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Sem informações no momento.

Getting Better

  O sereno surgia gradativamente, enquanto a brisa deixava um clima mais agradável para a noite de quinta-feira. O céu estava nublado e era apenas iluminado com os relâmpagos que anunciavam a forte chuva prevista para o horário. Do telhado do prédio, tinha a visão privilegiada das pessoas correndo para se protegerem debaixo de marquises e lojas, que provavelmente os donos os expulsariam se começassem a enxarcar o local e se não consumirem nada. As buzinas eram presionadas sem calma pelos motoristas irritados que queriam chegar em suas casas após um longo e cansativo dia de trabalho, mas mal percebiam que o trânsito não andaria só porquê aquele som incessante era acionado a todo vapor. O rapaz jogava seu isqueiro para o alto, sentindo as primeiras gotas caindo na sua pele, e não se moveu, deixou que a água lavasse sua alma. Nunca foi de acreditar em muitas superstições, na verdade, não tinha crenças em nada, porém uma das poucas coisas que levava para sua vida era a primeira chuva de cada mês. Ele gostava de pensar que todas as coisas ruins que tinha que passar iam embora conforme o cheiro de terra molhada surgisse, e isso ajudava um pouco com o peso dos dias. Resolveu pegar um cigarro de seu bolso e o acendeu, olhando para as montanhas distantes durante as tragadas. Ouviu o ruído da porta, que já se encontrava bem enferrujada, e mesmo sem dar uma conferida, sabia que alguém havia adentrado o local, e que provavelmente estaria fugindo de algo, afinal, quem é que sobe em um telhado às dez horas se não for para se esconder ou beber em paz?
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  Uma silhueta se aproximava, e com a sua visão periférica, percebeu que era uma garota. Sem muitos detalhes, decidiu virar um pouco sua cabeça para poder olha-la, recebendo um sorriso fraco como saudações. Ao retribuir, ele ofereceu um cigarro a ela, que aceitou de prontidão e lhe deu a fonte de fogo, pegando um para si também. Ambos encharcados enchendo seus pulmões com nicotina, sem pronunciarem nenhuma palavra, apenas curtiam o barulho da natureza como se não houvesse amanhã. Mesmo sem relógio, o garoto julgou que já devia passar das onze horas, e sem pretensão de voltar para casa, retornou sua atenção a sua mais nova companhia, detalhando-a em sua mente. Seus cabelos batiam na altura do ombro, com as pontas descoloridas e pintadas com um tom de vermelho desbotado. Olhos castanhos, lábios avermelhados levemente entreabertos por segurarem o cigarro, camiseta de banda e alguns cordões grudados em volta de seu pescoço. Com mais precisão, seu olhar se juntou ao dela, analisando as possíveis causas da garota ter subido ali. Nesses anos em que sua vida se transformou em um inferno, buscava refúgio em qualquer lugar que lhe parecesse vazio o bastante para não ter perturbações. Os únicos momentos que ficava em casa eram para dormir ou comer algo, de resto, passava suas horas conhecendo a cidade e no terraço.
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  Não ligava muito em estar sozinho, aprendeu da pior maneira a apreciar sua própria companhia e desde novo cuidava de si, então não via motivos para deixar que outros humanos entrassem em sua vida, adorava o fato de não ter estresses sociais com expectativas frustradas sob si.
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  Não é como se tivesse pessoas querendo ser seus amigos, na verdade.
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  Triste, mas é a realidade.
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  - Do que você está fugindo? – voltou a tragar, jogando a fumaça para o alto.
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  - Da vida, talvez. – Ela respondeu ainda de frente para o rapaz – E você?
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  - Da vida. – Os dois riram brevemente – Se me permite, ficar mais de uma hora com um estranho em um terraço tomando banho de chuva e fumando é uma das melhores opções, só porque sou eu, claro.
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  - Temos uma pessoa cheia de si, não é mesmo? – Ela revirou os olhos, porém não deixou de gargalhar com a fala do outro.
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  - A resposta certa seria “uma pessoa cheia de autoconfiança”, Sherlock. Aliás, sou o . – Ele sorriu, estendendo a mão.
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  - Lilach.
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  - Então, Sherlock, como achou isso aqui?
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  - Eu literalmente acabei de te falar o meu nome. – Lila cruzou os braços, com um tom incrédulo.
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  - E eu te dei um apelido. Passamos uma hora dividindo esse espaço, estamos íntimos para essas coisas.
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  - Que seja, Watson. Bom, fiquei entediada e fui desvendar os mistérios desse prédio. – sabia que ela estava mentindo, uma coisa que tinha aprimorado era a sua percepção sobre a forma em que as pessoas agiam.
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  - Você é uma péssima mentirosa, e eu sou nada mais que um estranho que não tem a sua confiança, milady. – Lilach quase se engasgou com a fumaça – Aguardo ansiosamente para que possamos mudar esse quadro.
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  - Hum… Não sei do que está falando. Além do mais, eu tenho namorado.
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  - Não estou te pedindo em namoro, Sherlock, a menos que você perceba o quão engraçado eu sou e comece a mudar sua ideia. – Ele mexeu no cabelo, pondo-o para trás e tirou outro cigarro de sua orelha.
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  Lilach encarou o chão, com um pouco de vergonha por ter tirado conclusões bem precipitadas sobre a fala dele. Prosseguiu sem fumo em silêncio, pensando em que poderia ter um amigo para conversar, já que suas amizades foram por água abaixo há seis meses. Por mais arriscado que pudesse ser, sua vida estava estagnada em uma situação complicada demais para trazer alguém de fora, e mesmo sendo um tanto egoísta, ela precisava distrair a mente de alguma forma. E parecia que tinha vindo a calhar.
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  - Me encontre aqui amanhã, Watson.
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  - Sabe que precisa me levar para jantar primeiro, né? – Ele falou mais alto, pois a garota já estava na porta – Até depois, Sherlock.
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  - Boa noite!
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  Lila descia os degraus com um sorriso genuíno em seus lábios, rindo da situação inusitada que acabara de acontecer. Havia algo em que despertou o seu interesse, ou talvez era o fato de não ter muito contato com outras pessoas ultimamente, e toda a expectativa de conhecer indivíduos novos tenha caído sob ele. De ambos os jeitos, Lilach teve uma trégua de uma hora e meia com aquela conversa, e por mais que não fosse muito, para ela significava bastante, e infelizmente a sua bolha seria furada ao adentrar seu quarto. Respirou fundo, segurando a maçaneta e a rodando devagar, sem causar ruídos irritantes por conta da porta um tanto enferrujada. Deu uma olhada rápida no recinto, e ao ouvir o chuveiro ligado, decidiu trocar suas roupas e esperar por Loris, que saiu do banho com a toalha enrolada em sua cintura e deu um beijo em Lila, que logo sentiu o gosto de álcool. Sua feição mudou, odiava quando seu namorado bebia, ainda mais pelo fato dele não saber moderar e sair fazendo merda do jeito que bem quisesse. Eram incansáveis as vezes que a morena precisava ir buscá-lo ao receber ligações dos bares que estavam prestes a prestar queixas a polícia pelo comportamento de Loris, que sempre dava a desculpa que estava com muitos problemas em casa e por isso tinha de esquecê-los de alguma forma. Tendo conhecimento da família dele, ela acabava cedendo as justificativas e o poupava de um belo sermão, e de qualquer modo ele conseguia virar as mesas ao seu favor, fazendo com que Lilach sentisse que a culpa daquilo tudo era dela, e de que precisava estar ali com seu namorado, pois o mesmo necessitava de amparo.
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  - O que foi? – Perguntou, ríspido e impaciente.
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  - Deveria estar orgulhosa de não ter que bancar a sua babá?
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  - Tem outras que fazem esse papel. – Ela o encarou com raiva.
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  - Pede para elas te bancarem, então. – Loris se aproximou da namorada.
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  - Onde você estava?
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  - Agora te interessa? – O homem agarrou seu maxilar, apertando sem se importar se iria machucar ou não.
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  - Claro, você é minha.
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  - Me larga.
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  - Nunca. – Sussurrou – Sorte sua que eu tenho coisas melhores para fazer, não me espere para dormir. – Dito isso, a jogou com muita força na cama e saiu, batendo a porta.
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  A garota abraçou suas pernas, deitando em posição fetal e respirou fundo, tentando pegar no sono o mais rápido possível. A tentativa era bem falha, visto que sua cabeça não queria lhe dar paz, martelando as cenas recentes como um filme. Se encaminhou ao banheiro, evitando o espelho e se despiu, recebendo as calorosas saudações das gotas quentes que relaxavam seus músculos lentamente. Algumas lágrimas rolaram por suas bochechas, mas naquela altura, nem sabia se chorar adiantaria muita coisa.
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  Seu corpo estava cansado.
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  Sua mente, exausta.
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  E seus hematomas, vívidos.
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  Definitivamente, sua noite não seria nem um pouco fácil, talvez o dia seguinte trouxesse coisas boas…
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  Ou episódios piores.
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*

  Sexta-feira.
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  Dia sagrado para todos aqueles que não trabalhavam aos sábados, e que finalmente teriam um descanso merecido durante seus finais de semana, podendo gastar seus salários em pubs, cinemas e parques. Duas semanas voaram desde que e Lilach se conheceram, e todas as noites os dois se encontravam com seus cigarros nos bolsos e bebidas em suas mãos. Eles iam expondo suas vidas sem receios, contando sobre as infâncias e em como tinham parentes fodidos. Era engraçado que além de terem inúmeras coisas em comum, seus parentes desfuncionais e viciados aparentavam ser amigos de tanto que eram escrotos com os próprios filhos. Aquilo tirava boas risadas deles, assim como os mantinham reflexivos do modo que os mais velhos afetaram em seus relacionamentos passados e presentes, e provavelmente, os futuros.
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  Lila escutava uma música aleatória de sua playlist, enquanto aguardava o seu turno acabar. Havia arranjado um emprego em uma loja de conveniência de um dos postos mais movimentados da cidade, o que aumentava sua comissão no final do mês, tendo renda o suficiente para se manter e guardar para qualquer emergência. A morena tamborilava os dedos pelo balcão, atendendo seus últimos clientes que retribuiam a empatia dela com sorrisos e gorjetas. O sino não parava de soar, e Lila lançou um olhar para a sua colega, Lindsey, que entendeu que a noite seria bem longa, porém seu bolso agradeceria depois. Antes que Lilach batesse o ponto, duas mulheres foram para o caixa, entregando três garrafas de bebidas alcoólicas e alguns salgadinhos, e a garota ouviu um pouco do que elas falavam, estranhando o assunto principal.
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  - Sério? Ele não pode ser tão bom assim, Hilary! – Uma delas dizia meio desacreditada.
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  - E quando achei que ia ter folga, ele veio com mais vontade. Ele comentou algo de que tinha tido uma discussão e que precisava extravassar, nem preciso citar o quão selvagem foi o sexo, né? – Ambas riram, e a loira tirou de sua carteira uma nota de U$50, recebendo o seu troco em seguida.
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  - Qual é o nome dele, amiga?
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  - Loris, difícil esquecer depois de ontem. Obrigada e um bom trabalho!
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  Lilach a observou saindo da loja, tagarelando sobre sua noite e a sua cabeça se encontrava a mil.
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  Seria muita coincidência a mulher estar falando de seu namorado?
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  Loris não faria isso com a própria namorada, ele a amava. Não seria capaz de traí-la, o mesmo dizia que não gostaria de viver com ninguém sem ser ela.
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  Ela era dele.
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  E ele era dela.
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  Certo?
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*

  - Então quer dizer que a senhorita não me ama mais? – apelava para o drama, enquanto Lila lhe dava um tapa no braço.
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  - Por que eu sou sua amiga?
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  - Melhor amiga, Sherlock. Você sabe que eu sou irresistível, todos querem um pedaço do , mas só quem pode me ter é a minha dupla. – Deu uma piscada – Se importa de me contar por onde andou na última semana? Meu cigarro sentiu sua falta.
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  - Não acredito que te aturo por quase três meses, mereço um prêmio!
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  - Ou um beijo!
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  - Eu tenho namorado, idiota. – Ela sentou na mesa.
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  - Você está feliz?
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  - Que tipo de pergunta é essa? – A morena sentiu sua ansiedade começar a dar indícios de que estava por vir.
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  - A que você evita por meses, Lilach. – A feição do rapaz ficou séria.
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  - É claro que estou.
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  - Certeza?
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  - Sim. – Sua voz mostrava a irritação que estava sentindo.
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  - Mentira.
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  - O quê?!
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  - Você não está feliz, simples. – a encarava fixamente.
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  - Você não sabe do que está falando, . Acha que só porque estamos nos vendo há esse tempo já pode sair falando o que bem entende? – Lila aumentou seu tom.
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  - É exatamente por te ver todos os dias que eu sei que tem algo de errado, Lilach! Ah, agora você vai sair andando e fugir do problema como sempre? Ótimo!
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  - Já olhou pro seu próprio umbigo, ? Quer falar merdas ao meu respeito, mas a única coisa que sabe fazer de bom é fugir de tudo e se isolar, é por isso que ninguém fica perto de você, nem mesmo sua família.
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  A tensão criada não podia ser cortada com uma faca, muito menos ser dissolvida por qualquer outra pessoa que não fosse os dois presentes. As palavras de Lila atravessaram o garoto como várias balas disparadas de uma só vez. Ele sabia que ela não queria dizer aquilo, a garota estava tão machucada que a forma de conseguir extravassar foi expressando suas mágoas em cima de outra pessoa. Não achava certo, odiava o fato de descontarem suas raivas em si, porém a única coisa que fez foi puxá-la contra seu corpo gentilmente e a abraçar fortemente, ouvindo as inúmeras desculpas em meio de soluços. Os dois se apertavam, não queriam sair daquele ato de carinho, sentimento que não recebiam há tanto tempo que acreditavam que não teriam mais. Lilach chorava como nunca antes, todo o acúmulo desses oito meses eram esvaziados de seu peito sem interrupções, ela necessitava desse momento, de ter alguém que se importasse consigo a ponto de entender a sua situação com apenas olhares.
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  - Shh, Sherlock, está tudo bem. Eu sinto muito. – Ele afagava seus cabelos calmamente.
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  - Você sabe, não é?
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  - Agora eu sei, candy. Dava para ver no seu rosto quando você falava dele. E independente das vezes que eu te alertava, você é a única que pode mudar essa merda. – depositou um beijo no topo de sua cabeça.
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  - Eu não queria te dar ouvidos porque você estava certo, não queria acreditar que o cara que eu me entreguei de corpo e alma era capaz de me machucar tanto. – Ela se agarrou no pescoço do amigo, enterrando seu rosto na curvatura. – Eu jurei que não seria que nem a minha mãe, mas falhei nisso também.
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  ”Meu pai batia na minha mãe desde que eu era pequena, e com uns cinco anos, eu liguei para a polícia, e eles o levaram para a delegacia e ao me encontrarem, fui encaminhada para lá, já que minha mãe foi levada ao hospital as pressas. Nessa noite ligaram para os meus quatro avós, e nenhum deles queria saber de mim, porque Joseph não deixava ninguém chegar perto de “suas meninas”. Seus pais pagaram a fiança, como sempre, e minha guarda ficou com ele, já que minha mãe não resistiu. O seu caixão estava fechado, , seu rosto estava tão inchado e ferido que acharam melhor não mostrar, ainda mais para uma criança. Meu pai continuou com o alcoolismo e não ligava para mim, e suas frustrações eram direcionadas ao meu corpo e psicológico, causando danos terríveis. Eu ainda me lembro de como ele me levantou e me jogou contra a parede, eu podia jurar que aquele seria o meu fim. E eu pedia tanto que me levassem, nem que eu mesma tirasse a minha vida. Tentei várias vezes suicídio, mas vi que não tinha sucesso em nenhuma tentativa, então desisti. Com muito esforço e algumas pesquisas, eu pegava dinheiro do meu pai quando ele estava bêbado e conseguia pagar uma psicóloga que cobrava um preço popular para pessoas com problemas financeiros. Ela me ajudou tanto, que aos poucos eu ia me reerguendo e quando eu ficava sem pagar, ela nem me pedia. Com a Carol a vida ia tomando um rumo melhor, eu a considerava como minha segunda mãe. Ao conseguir me comunicar melhor com as pessoas em geral, conheci Loris por meio de uma amiga em comum, e não demorou para começarmos o nosso relacionamento. Melissa achava uma boa investir em uma relação, e nesse ponto eu concordava, eu havia melhorado e estava pronta para receber novas oportunidades na minha vida. Eu e ele formamos O casal, aquele de filmes românticos que é o sonho de qualquer pessoa. Sua simpatia foi a primeira coisa que me conquistou, e o jeito que ele agia comigo me deixava cada vez mais apaixonada. Eu faria qualquer coisa por ele, fiquei tão cega pelo sentimento que não percebia o que estava por vir. Ele e meu pai se deram super bem, e foi aí que Joseph parou de me bater de vez, já que com as complicações de sua saúde o deixavam fraco, ele só arremessava objetos em mim, que eu desviava geralmente. Melissa me aconselhou a denunciá-lo, mas meus avós iam dar um jeito de não mante-lo na cadeia, todo o meu esforço ia ser em vão. Infelizmente minha psicóloga precisou se mudar, mas me deu alguns contatos de sua confiança. Loris me convenceu que ao me tirar de casa, eu não precisaria mais de tratamento, já que o causador das minhas dores não ia estar mais comigo. E eu acreditei. Acho que foi uma forma dele se proteger, pois desde o início ele tinha uns comportamentos estranhos, que mascarava com flores e elogios. As situações começaram a se agravar quando ele decidiu sair de casa, e como eu morava com Loris e seus pais, decidi que seria bom arranjar um emprego para podermos morar juntos. Ele pagou adiantado três meses de aluguel e eu arrumei um trabalho, que é o meu atual, assim podendo ajudar nas compras do mês e nas contas. Pensei que agora eu iria viver sem estresses, porém aí que me enganei. Loris usava a desculpa de sua família para sair e gastar muito dinheiro em bebidas, voltava para cá bêbado e nós brigavamos. De alguma forma, ele tinha a magia de fazer tudo se voltar contra mim, então a culpa fez com que eu perdoasse tudo, por medo de perdê-lo. E o final, como pode ver, é esse. O ciclo se repetindo, ele cada vez mais agressivo e eu não conseguindo me libertar. Eu deixei de lado minha tão sonhada faculdade, meus amigos e até mesmo minha saúde por alguém que achei que era certo para mim.”
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  - Você não é o seu passado, Sherlock, e ainda pode ter os seus sonhos realizados. Mas você, lá no fundo, sabe disso. Como você se sente pondo tudo para fora, Lila? – tinha seus olhos marejados e pôde sentir toda a dor da garota, assim como a sua própria.
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  - Livre. – Ela respondeu se soltando do abraço. – Tem alguma coisa que te prende aqui, nesse prédio?
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  - Não acho que minha mãe e meu padrasto sentiriam a minha falta, a menos que eu fosse cocaína. Por quê?
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  - Quer conhecer San Diego? É onde a Melissa está morando. – A morena abriu um sorriso – Só preciso resolver umas coisinhas e podemos ir daqui a uma hora.
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  - Pega a minha mão, Sherlock. Eu prometo a você que não irei te deixar, tudo bem? – Ele sorriu.
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  - Nós iremos ficar melhores, Watson, eu sei que vamos.
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Fim

  N/A: Olá, tudo bom?
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  Espero que gostem da fic, e se você estiver passando por algum relacionamento abusivo, procure ajuda, não tenha medo, mesmo que seja difícil.
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  Você merece muito amor e carinho, você não está sozinha (o)!
  VIOLÊNCIA DOMÉSTICA/VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: Disque 180

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mel
mel
1 ano atrás

eu amo uma mulher e uma históriaaaa aaaa <3

Comentário postado originalmente em 19 de Março de 2019


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