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Finding You – These Four Words

  Era o quarto Dia dos Namorados que os dois passavam juntos… Em casa, deitados no sofá, assistindo um filme qualquer. estava cansado daquilo, estava com 20 e tantos anos e deveria ao menos poder dar um dia especial à sua namorada, mas ele estava quebrado, principalmente naquele momento em que todos os seus amigos estavam investindo suas economias na gravação de um disco do The Maine.
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  Mas estava cansado de não poder levar para jantar em algum lugar especial que não fosse uma lanchonete na qual ela tinha de pagar metade da conta porque ele não podia cobrir tudo; cansado de não poder dar os presentes que sua garota merecia… Não que alguma vez tenha reclamado. Ela entendia perfeitamente a situação e dava total apoio à banda. Era a fã mais empolgada que tinham. Mas não era o bastante. Para ele, ela merecia ter uma coisa muito melhor do que aquele relacionamento que tinham.
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  - Certo, te encontro lá! – exclamou, logo depois desligando o celular. Naquela noite haveria um churrasco na casa dos e havia ficado de comprar todos os itens faltantes e ajudar os pais com os preparativos, por isso ele ligara para avisar que não poderia ir busca-la de noite.
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   suspirou. Havia pouco mais de um mês que estava agindo de forma um tanto estranha com ela. Desde o dia dos namorados ele estava distante, às vezes até aparentava estar tentando fugir dela. O que está acontecendo?, ela perguntara uma vez, mas ele não quisera dizer, então ela não insistiu. Sabia que quando fosse a hora, ele lhe contaria, mas mesmo assim, aquela situação a afligia.
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  O The Maine preparava músicas para a gravação de um novo EP e tentar a sorte mais uma vez. Eles já tinham algumas fãs pela cidade, mas é claro que o sonho rock star não parava por aí. Uma banda era feita para ser conhecida. E o The Maine seria conhecido. Por todo o mundo. sabia e defendia aquele sonho de seu namorado que não era mais apenas dele. Era dela também.
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  Mas até aquele dia chegar, as coisas não seriam nada fáceis aos cinco integrantes da banda. A situação financeira não era das melhores e todos estavam dando tudo o que podiam para manter o The Maine vivo. sabia que aquela era uma das coisas que incomodava . A situação financeira.
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  Ela já havia lhe dito que tudo daria certo, o aperto passaria, mas ela sabia que o namorado se sentia chateado por não poder lhe dar presentes toda vez que tinha vontade de fazê-lo, ou leva-la para sair e passear, talvez jantar à luz de velas num restaurante romântico. Não que ela realmente se importasse com aquelas coisas. Não importava. Só queria estar ao lado de e poder abraça-lo, passar os melhores momentos de sua vida ao lado dele e poder confortá-lo quando fosse necessário. Aquilo já lhe bastava.
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   arrumou-se e pegou suas coisas para ir até a casa dos , já havia anoitecido e provavelmente estava atrasada para o churrasco. Ela sempre se atrasava, por mais que planejasse cada segundo antes de sair, parecia uma conspiração.
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  Pegara o carro de seus pais emprestado, já que não sabia que horas voltaria e não queria privar de beber algumas cervejas só para leva-la de volta para casa. A rua estava um tanto cheia de carros, aparentemente grande parte dos amigos da família haviam sido convidados. O som de violão e vozes alegres conversando podiam ser ouvidos já do quintal frontal da casa dos .
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   estacionou numa vaga em frente à casa, aparentemente guardada especialmente para ela, pegou suas coisas e tocou a campainha.
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  - Hei, ! – abrira a porta com um sorriso largo nos lábios, os braços abertos e uma caneca de cerveja na mão.
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  - Hello, ! – A garota exclamou de volta dando um abraço no amigo, que logo depois do cumprimento fechou a porta, ao mesmo tempo em que dava uma golada na cerveja. – Onde está ? – Perguntou.
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  - Queimando nosso churrasco. – deu de ombros e logo depois soltou uma gargalhada, sendo acompanhado por .
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  No caminho para o quintal dos fundos, encontrou com a senhora que praticamente fizera uma festa sozinha por vê-la ali. Ficaram conversando durante alguns minutos.
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  - Mãe, não monopolize a minha namorada. – O rapaz retrucou abraçando e lhe dando um beijo de boas-vindas.
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  - Ah, filho, temos que colocar a conversa em dia!
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  - Mas vocês se viram não faz nem uma semana! – exclamou indignado, erguendo a sobrancelha.
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  - Querido, você definitivamente não sabe o tanto de coisas que podem acontecer durante uma semana. – A senhora murmurou séria ao filho, mas logo riu. – Mas tudo bem, mais tarde continuamos conversando, querida. – Sorriu para .
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  - Do que estavam falando? – perguntou, ainda abraçado à namorada.
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  - Sobre o quanto você é ruim na cozinha. – A garota disse e gargalhou da careta de indignação do namorado.
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  - Eu dou o meu melhor, ok? – Murmurou. – Não tenho culpa se as coisas costumam queimar quando estou por perto. – Fez bico.
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  - Certo, então talvez devêssemos ir para a sala ou algo assim. – disse olhando de esguelha em direção às portas de vidro que davam para o quintal dos fundos da casa e onde o churrasco estava sendo feito.
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  - Ei! – reclamou e ela riu, logo depois arrastando-o para a sala.
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  As horas se passaram rapidamente naquela reunião divertida de amigos. Eram nove horas quando e os amigos decidiram formar uma roda para tocar e cantar músicas da banda e covers de artistas que admiravam. Tocavam Wonderwall quando a senhora roubara da rodinha de amigos para poder conversar um pouco mais com a garota.
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  Elas riam uma com a outra das histórias que contavam quando ouviu o piano na sala sendo tocado. Uma melodia um tanto melancólica invadia seus ouvidos. Logo pôde ouvir a voz de John começar a cantar.
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I really should just go home
And play with myself
Better that than stay
And do something else
Cause we can’t be friends that much I know
I wish it wasn’t so
And I can’t take my heart someplace it won’t go
Show me to the door

  Era estranho ouvir algo tão melancólico sendo cantado, as músicas do The Maine costumavam ser mais animadas. Mas então ela prestou maior atenção à letra.
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As if a plane crash were timely
There’s no good time for bad news
These four words don’t come easy
“I don’t love you”

  Ouvira o refrão apenas uma vez, e então soubera. Soubera o que aquela canção significava. Conhecia muito bem a forma como aqueles versos foram escritos, sabia quem havia escrito, mas não podia acreditar que ele estivesse fazendo aquilo. Não com ela. Não na frente de todo mundo. Não naquele momento.
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   estava terminando com ela através de uma música.
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[…]I don’t want to hurt you anymore
Don’t waste your tears on me now pretty girl
When I hate myself for letting you go
You can be the one to say “I told you so”

   segurou as lágrimas que queriam cair, levantou-se de seu lugar sorrateiramente e saiu da casa dando uma desculpa qualquer. Qualquer coisa para sair daquele lugar e não ter de ouvir o restante daquela canção idiota.
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  Por que ele estava fazendo aquilo? Por que terminar daquela forma? Ela não saberia, já que não pretendia perguntar a ele e sabia que depois daquilo, ele não a procuraria mais, muito menos para se explicar.
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  - Você viu a por aí, mãe? – perguntou depois que a última canção havia sido tocada.
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  - Disse que a irmã mais nova ligou pedindo que fosse busca-la na casa de uma amiga e saiu apressada. – A senhora murmurou dando de ombros.
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  Estava feito.
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   se sentia um grande idiota, mas ao menos não seria mais um grande idiota na vida de .
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Fim

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