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Dream of Paradise

Quando ela era apenas uma garota, ela tinha expectativas com o mundo…

  Há alguns anos o mundo era como todos conheciam, era cheio de esperanças, sonhos… Cheio de vida.
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  O mundo era assim quando tinha apenas seis anos de idade e se permitia sonhar. Sonhos coloridos e fantásticos, próprios de uma criança inocente como ela.
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Mas isso voou além de seu alcance…

  Os anos se passaram e então o pesadelo começou…
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  Os primeiros infectados surgiram causando grande pânico entre a população de todo o mundo… Quando deram por si, a situação já estava fora de controle, os ataques eram constantes e os humanos estavam sucumbindo, ou servindo de jantar para os mortos-vivos ou sendo tomados pela febre e tornando-se um deles.
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  A família da doce e sonhadora não fora exceção ao terror do mundo…
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  Jeff, o pai da família, homem respeitoso; pai e marido exemplar, acabou por ser infectado. A febre o tomou e então em uma noite quente no Sul da Califórnia, o homem atacou sua esposa e dois filhos, os irmãos de .
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  A garota viu seu próprio pai comendo as entranhas de seus queridos familiares. Ela encarou aquilo aterrorizada, aquela coisa não era mais seu pai tão carinhoso que ela amara tanto, ele morreu e perdeu completamente a humanidade.
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  Com lágrimas nos olhos e o corpo inteiro trêmulo, saiu sorrateiramente de sua casa para chegar a sua garagem onde encontrou o velho machado que o pai havia ganhado de seu avô. Jeff nunca o usara na vida, mas sempre o guardou já que pertencera a seu pai.
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   agarrou o machado com toda a força que tinha e então as lágrimas escorreram ainda mais de seus olhos. Ela precisava acabar com a agonia de sua família, com a agonia de seu pai.
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   voltou para dentro de sua casa. Caminhou em direção à sala com toda a cautela que suas pernas trêmulas lhe permitiram. O cômodo estava revirado e as paredes haviam ganhado um tom carmim por terem sido tingidas com o sangue fresco de seus familiares. Jeff estava curvado sobre o corpo da esposa, já havia terminado com os dois filhos mais velhos e agora estava terminando de comer as entranhas de sua querida mulher e companheira de anos.
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  A garota, agora uma adolescente, caminhou a passos falhos em direção ao que um dia fora seu pai, o machado segurado firmemente nas mãos. Ela ergueu o mesmo acima da cabeça e sem hesitar o acertou nas costas do morto-vivo que urrou de forma assustadora. continuou a golpear o corpo que fora de seu pai com toda a força que dispunha, e então, quando o infectado estava em pedaços, deixou-se tomar pela enxurrada de sentimentos que emanavam de seu ser. As lágrimas caíram pesadamente de seus olhos, ela se encolheu no canto da sua antiga sala de estar e encarou toda a sua família, morta e destroçada.
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Então ela fugiu em seu sono e sonhou com o paraíso

   adormeceu rodeada com os restos de sua família e sonhou.
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  Sonhou com sua infância, quando seu pai e sua mãe levavam ela e os irmãos mais velhos para brincarem no imenso parque fora da cidade. Podia ouvir os pássaros cantarem e alguns cães passeando por perto latirem querendo brincar com seus donos.
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  Ela se viu brincando com os irmãos, pulando e correndo enquanto seus pais gritavam para tomarem cuidado. Sua infância havia sido feliz. Lembrava-se de que quando criança ela costumava pensar como seria quando crescesse, se seria tão feliz quanto naquele momento…
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  — Menina, você está bem? Qual seu nome? — Ouviu alguém perguntar enquanto mãos a chacoalhavam.
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   não respondeu, não queria responder. Não queria ter acordado de seu sonho para voltar à sua realidade cruel. Não queria ter de encarar mais uma vez os corpos dilacerados de sua mãe e seus irmãos. Também não queria ter de ver o corpo destroçado de seu pai, o pai que ela havia matado…
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   apenas abriu os olhos uma vez e então voltou a fechá-los, logo voltando a desacordar.
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A vida continua, fica tão pesada

  Quando voltou a abrir os olhos ela já não estava mais na sala carmim de sua casa, estava rodeada por teto e paredes bege de uma cabana improvisada. sentou-se para tentar entender onde estava e o que havia acontecido.
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  — Encontraram você enquanto faziam buscas de alimento e o que mais estivesse em falta em nosso acampamento — um senhor explicou enquanto lhe oferecia uma tigela com algo fumegante em seu interior.
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  — Foi feito um verdadeiro banquete ali. Como sobreviveu? — ouviu um rapaz perguntar simplesmente e então levar um safanão de um colega ao seu lado.
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  — Matei meu pai — respondeu sentindo a pesada verdade voltar a atacá-la.
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   sentia-se vazia por dentro. Não tinha mais família, não tinha para onde ir… Estava sozinha naquele mundo feito de caos e infectados…
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  Por mais que estivesse sendo difícil continuar, ela continuou. Ficara com aqueles que a haviam encontrado e a salvado. Eles a acolheram e depois de meses, finalmente sentiu que havia encontrado uma nova família, aquela que a confortava a cada dia difícil de perda, aquela que lhe permitira voltar a sonhar com o mundo.
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Na noite da tempestade ela voou para longe

  Era uma noite escura e sem luar quando o desespero se espalhou pelo acampamento de Dale, o senhor que havia acolhido em seu lar. A chuva caía ferozmente ao mesmo tempo em que infectados invadiam o campo aberto em que o grupo se encontrava.
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  Mulheres e crianças corriam assustadas para um canto enquanto o som dos tiros soava abafados pela chuva.
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  Ninguém havia percebido, mas Hanna, filha de um dos homens que tentavam proteger o lugar, estava perdida e desamparada não sabendo para onde correr. correu em sua direção, seu corpo caindo sobre o da menina que chorava assustada. não havia sentido, mas uma bala perdida em meio ao fogo cruzado havia lhe atingido. Sentiu a dor aguda na altura do estômago quando se levantou e saiu de cima da menina; o sangue que lhe escorria manchava a roupa da criança.
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  Ouviu gritos vindo de todos os lados. Alguém se aproximava falando alto e em desespero, foi então que deixou-se cair no chão, tomada pela dor do ferimento.
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Ainda deitada debaixo do céu tempestuoso ela disse…

  Muitos do acampamento com os quais a garota sonhadora havia feito amizade estavam ao seu redor, alguns gritando por socorro, outros apenas prestes a chorar.
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   sentiu o corpo se aquecer sob as gotas de chuva que caíam agora mais fracas do céu. Estava chegando a hora, e então ela sorriu encarando a todos que conseguia. Agora ela estava envolvida pelas pessoas que ela aprendera a amar, e aquelas que ela simplesmente amava, envolvida por suas duas famílias.
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  — Sinto muito, ! — Ouviu o pai de Hanna aproximar-se e segurar sua mão, a voz embargada e os olhos provavelmente se enchendo de lágrimas.
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   fez um pequeno esforço para abrir os olhos e fazê-los focarem no rosto do homem, ela sorriu.
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  — Cuide bem dela — disse, e então voltou seu olhar para um ponto longínquo no céu, agora calmo. — Eu sei que o sol está pronto para nascer… — murmurou antes do último suspiro. Antes de fechar os olhos para mergulhar no seu sonho eterno, aquele que seria seu paraíso.
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Fim

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