Mari Guizelini
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Dear

  Fazia seis anos que null não pisava na casa de seus pais, no Arizona. Desde que foi para Chicago para estudar, só voltava para a cidade no Natal e olhe lá, mas agora estava de volta e dessa vez para ficar, sua mãe estava precisando de ajuda para tomar conta da padaria da família e null voltou para ajudar.
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  A garota não tinha problema nenhum em voltar a morar na casa dos pais, o real problema era seu vizinho da frente, seu ex-namorado, null null. Ela e null foram namorados durante quatro anos, mas, assim como null imaginou que aconteceria, tudo acabou quando o garoto veio com a ideia fixa de realizar seu grande sonho, de ter uma banda, tocar as pessoas com sua música. No começo estava tudo bem, ela tinha um namorado rockstar e era o máximo, mas com o tempo as tours começaram a ficar mais longas, em mais países, com gente diferente, com meninas diferentes as quais ele estava acostumado a ver. As brigas ficaram mais frequentes.
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  Até que um dia, null percebeu que null não era mais o garoto pelo qual ela era apaixonada desde os 15 anos, ele virara um estranho para ela. Antes os dois conversavam a madrugada toda, desde assuntos inúteis até seus sonhos para o futuro, foi assim que null disse pela primeira vez que sonhava formar uma família, uma família com null e, segundo ele, era seu sonho também, mas depois que ele começou a aparecer em capas de revista e ter menininhas escandalosas atrás dele, virou outra pessoa, uma pessoa que null não gostava. Era um null egocêntrico, que se importava só com si mesmo. Foi nesse momento que null decidiu ir embora, cuidar da vida dela, porque apesar de amar muito null, ela amava a si mesma em primeiro lugar.
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  Desde então as únicas vezes que via null era na capa de alguma revista com sua banda. Às vezes ela se perguntava como ele estava, se tinha alguma garota nova em sua vida, se ainda lembrava dela.
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  Enquanto isso, null viajava por todo o mundo e sempre tinha alguma coisa que o lembrava de null em todo lugar que ele passava, era como se a garota o perseguisse e não o deixasse seguir em frente. Nunca soube onde ela estava ou o que estava fazendo a vida, mas sempre que estava sozinho se pegava pensando nela e se perguntava como estava seu primeiro, e, quem sabe, único amor. Se perguntava se ela ainda se lembrava dele, daquele menino bobo e deslocado que ela costumava amar quando ambos tinham 15 anos. Por várias e várias vezes null chegou a procurar por null no Google, mas a única coisa que achava era algum tipo de juiz em Ohio.
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  null sabia que tinha errado muito com null, afinal, a garota sempre o apoiara em cada decisão tomada, sempre ficava feliz por ele quando aparecia, finalmente, alguma tour grande, mesmo que isso fosse significar meses longe e raras ligações por parte do garoto, porque ela sempre ligava, ele que nunca atendia por ter vergonha de falar com a namorada no meio de vários homens solteiros, que com certeza zombariam dele. Até o dia que ela se cansou e, apesar de nos primeiro anos julgar a atitude de null extremamente egoísta, null percebeu que o egoísta ali fora ele durante todo esse tempo, não percebia que o amor de sua vida estava sofrendo com sua ausência e falta de consideração, chegando até mesmo a implorar por um pouco de atenção, coisa que null fez o favor de ignorar, até que um dia chegou em casa e null estava com as malas prontas, sentada no sofá esperando por ele para, finalmente, poder cuidar de si mesma.
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  null não podia dizer que mesmo depois de tantos anos não estava com o pé atrás de voltar para casa na frente da casa do seu ex-namorado. Ela sabia que quando o visse, todo aquele sentimento reprimido durante anos ia voltar, ela nem tentava negar isso a si mesma, para ela, ele sempre seria seu null, aquele garoto gentil, que (quase) sempre a tratou como uma princesa. Sua mãe dizia que ele quase nunca vinha para a casa dos pais, mas com a sorte que null tinha, ia esbarrar no rapaz na primeira oportunidade que o destino tivesse, não que ela pudesse ficar evitando ele para sempre, teria que enfrentar tudo aquilo se quisesse seguir sua vida de vez.
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  Durante dias as coisas estavam bem tranquilas, sem null a vista, até que numa tarde muito quente, enquanto null estava sentada em um banco perto de casa tomando um sorvete, ela vê uma figura conhecida passando por ali. Não, não podia ser null, justo ali onde ela não tinha para onde correr e se esconder.
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  null se pegou torcendo para ele não a ver ali, mas claro que ele a viu, e ainda, para desespero da garota, começou a encará-la. null, incomodada, se preparou para levantar e foi quando null a impediu de ir embora.
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  — Me desculpe encarar desse jeito, mas você se parece muito com uma menina que eu costumava conhecer.
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  — É mesmo? — Era isso? Ele não a reconhecia mais? null não pôde sufocar a ligeira tristeza, mas mesmo assim continuou sorrindo.
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  — Sim, me desculpe novamente, devia saber que era improvável ser ela.
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  Com isso,null saiu andando e null, ainda não acreditando no que acontecera, voltou para casa andando lentamente.
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  No dia seguinte era sua folga na padaria dos pais, folga merecida na opinião de null, a mesma nunca imaginou que era tão trabalhoso ter uma padaria. Ela queria aproveitar que ia passar o dia em casa para pôr todo sono atrasado em dia, coisa que ela estava fazendo, até que ouviu a campainha ser apertada várias vezes seguidas e sem pausa, foi até a porta pronta para matar a tapas o indivíduo tocando a campainha daquele jeito. Quando abriu a porta quem estava atrás da mesma era seu vizinho da frente, ou ex-namorado, como preferir. null começou a falar assim que null abriu a porta, nem dando tempo direito para ela entender o que estava acontecendo.
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  — Imagine que legal eu chegar ontem em casa e minha mãe me fala que você voltou, aí eu percebo que aquela pessoa que eu encontrei, na verdade, era você mesma e não alguém estranhamente muito parecida com você. Por que você fez isso, null? Eu não merecia saber que você estava de volta?
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  null ficou uns segundos olhando para null, completamente sem reação, até entender o que ele estava lhe dizendo e quando o fez, sentiu mais vontade ainda de matar aquele ser parado à sua frente a tapas.
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  — É muito fácil me acusar, não é mesmo, null? Afinal, no fim do nosso relacionamento era tudo culpa minha, eu que não entendia você, eu que era carente demais, eu que não te deixava viver a vida…
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  Eles ficaram se encarando por um tempo indefinido, null pensando que logo desmaiaria se não controlasse a frequência cardíaca e null pensava em por que ele deixou aquela garota escapar. Até que null resolveu tentar, pelo menos, consertar as coisas.
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  — Olha, eu sei que eu fiz muita coisa errada, mas eu era imaturo, você sabe que sempre foi muito mais madura que eu, null. Era um mundo novo para mim…
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  — Não acha um pouco tarde para tentar se justificar? Você teve uns seis anos para isso e eu nunca, NUNCA ouvi uma notícia sua, uma ligação, um e-mail que seja, nada!
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  Ela estava certa, ele nunca a procurou para explicar qualquer coisa, estava perdendo tempo demais bravo com a garota por ela ter ido embora e quando, finalmente, se deu conta da burrada que estava fazendo, já imaginava ser tarde demais, imaginava que sua null já tinha a família que ela tanto queria.
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  — A gente pode sair hoje à noite para conversar? Qualquer lugar que você queira.
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  — Não acho que seria uma boa ide-
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  — Só para conversar, null, por favor.
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  — Passe aqui às 20h. — null suspirou. — Só conversar, entendeu?
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  — Entendi, obrigado, null, muito obrigado!
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  null deu as costas para ir para sua casa, mas antes disso deu um beijo na bochecha da moça, o que a deixou, mesmo que não quisesse admitir, querendo mais.
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  Quando deu 19h30min, null já estava pronta, já tinha dado umas duas voltas pela casa, bebido cinco copos de água e ido duas vezes ao banheiro, ainda brigou com a mãe quando a mesma disse para ela se acalmar. Depois de mais algumas voltas e gritos com o cachorro sem ele ter feito nada, pontualmente às 20h null chegou para buscá-la. Ele a levou em seu restaurante preferido, null não fazia ideia que ele sabia que aquele era o restaurante preferido dela. “Um ponto para você, null”, pensou a mulher.
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  Ela estava odiando aquele silêncio, eles nunca ficavam em silêncio por mais de cinco minutos, mas null não sabia como começar uma conversa e pelo jeito, null também não, porque ele só olhava para ela e quando ela retribuía o olhar, ele virava o rosto. Por Deus, pareciam dois adolescentes.
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  — Então, null, o que você andou fazendo nesses anos? — Com uma coragem vinda do além, null começou o diálogo.
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  — Nada de mais, só gravação de álbuns, tours…
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  — … Festas, aposto — a moça disse com um tom ácido.
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  — Por favor, null, não quero brigar com você, quero resolver tudo entre a gente, de verdade.
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  A mulher torceu o nariz, mas concordou, apesar de não se animar muito com esse “resolver tudo”, não era possível ele estar solteiro ainda. Por favor, né, null era lindo, um rockstar e estava cercado de mulheres o tempo todo!
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  — Desculpa, mas enfim…
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  — Me fale o que você andou fazendo também, sempre me perguntei isso.
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  — Eu fiz faculdade de Produção Multimídia e estava procurando algum emprego na área quando minha mãe me pediu para vir ajudar aqui enquanto ela não consegue contratar alguém.
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  E quando eles notaram, já tinham ido cinco taças de vinho para ela e cinco doses de whisky para ele. null sempre fora fraca para bebidas, então já estava fora de si e ria de tudo, null não estava bêbado a esse ponto, mas também estava longe de estar sóbrio.
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  null pagou a conta do jantar e quando null se deu conta, estava sendo arrastada por ele para um parquinho ali perto.
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  — Aí a gente estava voltando a pé da balada, seis da manhã, quando Marie foi atacada por um pássaro. — Enquanto null morria de rir da história da amiga sendo atacada por um pássaro, null, que não estava prestando a mínima atenção na história da garota, mas sim em como seus lábios pareciam extremamente convidativos e se seria muito errado a beijar enquanto ela não estava muito consciente do que estava acontecendo à sua volta.
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  — null…
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  — … Aí ela ficou correndo do pássaro com aquele salto enorme…
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  — null!
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  — Você não está prestando atenção, null? — A moça fez um biquinho. Será que ela tinha ideia do que aquilo fez com o homem ao seu lado?
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  — Você ficaria muito brava comigo amanhã se eu te beijasse?
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  — O quê? Mas eu-
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  null decidiu que não importava se ela o mataria no dia seguinte por isso, desde que matasse a saudade de anos que estava do beijo da sua querida null.
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  A mulher não fazia ideia de como chegou em casa ou como chegou ao seu quarto ao ponto de estar deitada confortavelmente em sua cama. A última coisa que se lembrava era de null a beijando. Quando se deu conta disso não ficou nada feliz com o homem que, possivelmente, estava deitado em sua cama morrendo de dor de cabeça. Ia se encaminhando para o banheiro quando viu um papel pregado no seu guarda roupa.
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  “Querida null,

  Imagino que você esteja brava comigo, faz tempo que eu não te vejo, mas ainda te conheço como a palma da minha mão!
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  Durante esses anos, senti sua falta em cada dia, mas fui muito otário e covarde por não ir atrás de você quando tive a chance. Querida null, preciso de você para me trazer de volta ao que eu costumava ser.
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  Sempre me perguntei se você ainda se lembrava de mim, o garoto que você amava quando tinha quinze anos. E não tenho vergonha nenhuma de admitir que de tempos em tempos eu procurava por seu nome na internet para ver se achava qualquer coisa, uma foto, uma informação, o que for. Nunca encontrei.
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  Querida null, você tinha uma confiança quase cega em mim, querida null, me diga, você ainda acredita em mim? Acredita que eu ainda te amo, até um pouco mais do que antes e que daria o mundo para te ter novamente?
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  No fim de tudo, eu tenho meu sonho, mas acho que você deveria esperar por mim e, quem sabe, se eu tiver muita sorte, voltar a ser minha querida null, só minha.
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  Me procure para me dar uma resposta, qualquer que seja, só para eu saber se vou poder voltar a ser o homem mais feliz do mundo.
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  null”

  null acabou de ler aquela carta com os olhos marejados e um sorriso enorme no rosto. Guardou a carta em um lugar seguro e foi trocar de roupa.
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  É, parece que null null teria sua querida null de volta.
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Fim

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Lelen
Admin
3 anos atrás

NOSSA, EU NEM LEMBRAVA MAIS DESSA HISTÓRIA, MAS FOI MARAVILHOSO PODER RELER AODNAPDNAPOSDNP

Meu JohnO agora é casado e com filha, mas quem disse que isso me impede de voltar a 2010 e continuar sonhando com nossa família paralela? HAHAHAH


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