Natashia Kitamura
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Daughter

Prólogo.

  - Existirá sequer um dia em que você irá finalmente fazer algo dentro das regras e não me trazer problemas?
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  - Hm… Provavelmente não. Mas fico feliz em saber que sua taxa de positividade anda assim tão alta. – House caminhava ao lado de Cuddy com sua equipe atrás de si. – A questão agora é, meu horário termina às–
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  - Seu horário termina a hora que a dona deste hospital quiser, e até onde eu sei, essa pessoa sou eu. Você me deve estes horários, House, não me venha com ladainhas–
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  - Hum, com licença. – uma garota aparece à frente dos profissionais. – Onde posso encontrar o senhor… Gregory House? – ela parecia checar uma folha de papel para dizer o nome do médico.
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  - Da parte de quem? – o próprio diz com uma sobrancelha levantada.
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  - Da filha dele.
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Capítulo 1

  - Certo. Então tecnicamente, House tem uma filha. – Foreman dizia aos seus companheiros de equipe, Chase e Cameron. – O mundo está para acabar.
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  - Não é como se fosse a coisa mais absurda do mundo. – Cameron dizia compreensiva. – A menina aparentava ter o quê, por volta de seus dezenove, vinte anos? Não conhecemos ele a tanto tempo assim para saber como ele foi antigamente.
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  - Para mim ele sempre foi desprezível. – Foreman dizia ainda sentado em sua cadeira.
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  - Será uma surpresa se ele não tiver dado um jeito de conseguir o teste de DNA até agora. – Chase ironiza e vê junto com os outros dois, o chefe entrar em seu escritório com a garota logo atrás.
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  - Brooklins. – ele dizia se sentando em sua cadeira e aponta para a cadeira a frente dele, fazendo a garota se sentar. – Filha de Christie Rians. Grande Rians. Ela continua loira?
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  Ela nada dizia. O homem, em qualquer momento, mostrara algum tipo de sentimento emotivo ou repulsivo sobre ela, o que a fazia estranhar um pouco, mas era claro que seus olhos eram tão claros quanto as do pai, o contrário do que se espera da mãe e o atual marido.
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  - Me diga, como está sua mãe? – ele apoia sua bengala na mesa e então os pés na mesa.
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  - Ocupada. – a garota deposita ambas as mãos no colo. – Com suas duas filhas, seu filho caçula e seu marido.
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  - Estou sentindo um pingo de ciúmes e carência na frase. – Ela nada diz. – Então vamos ver: Você tecnicamente passa dezenove anos–
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  - Vinte.
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  Ele assente com a cabeça.
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  - Vinte anos. Você passa vinte anos de sua vida sozinha e sem saber quem é seu verdadeiro pai, convive com sua mãe, o pai não biológico, vê as irmãs e irmão serem felizes com a família completa. Ao perceber que a sua vida não é como a deles, resolve finalmente procurar seu pai biológico, não se importando de desregularizar a vida dele com a notícia.
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  A garota abre a boca e perde a fala. Não havia pensado por este lado. Claro que a suposição de o pai ser um homem que não aceitava ter uma filha era válida, mas até agora ele não a dispensou de sua vida e muito menos a aceitou nela.
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  - Me diga, e seja honesta, ou pelo menos tente. Qual o motivo de você vir até aqui?
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  Ela levanta os ombros.
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  - Eu só queria saber como era o meu pai biológico. Se ele sabia que tinha uma filha e se ficaria feliz de saber que tem uma.
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  - Hum. – House encosta na cadeira e levanta as sobrancelhas, sua equipe entra na sala a tempo de ouvir sua pergunta para a garota e a resposta que recebera da mesma. Suspira e olha para a menina.
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  - Bom, acho que você esperava algo melhor do que encontrou. Eu não sabia que tenho uma filha e preferia não saber, o que responde a sua terceira dúvida.
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  Ela parecia estar um pouco mais decepcionada, porém, conformada. Concorda com a cabeça e aperta as mãos e os lábios, enfim se levantando e pegando sua mochila.
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  - Posso fazer mais uma pergunta? – o olha antes de sair.
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  - Além dessa?
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  Ela assente.
  - Você… Hm… Bom, você é casado ou tem–
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  - Não, eu moro sozinho. Na verdade, eu passo mais tempo aqui ultimamente do que em casa, e tudo culpa daquela mulher que você viu a pouco comigo. Ela é meu pesadelo real.
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  - Você não sente vontade de ter uma família? – pergunta e ele apenas diz:
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  - Você disse uma pergunta.
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  - Bom, eu passei para duas.
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  - Nunca faça isso, não fica bem para sua imagem. E não queremos uma garotinha com problemas de fama.
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  - Não que isso importe para mais alguém. – ela murmura para si.
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  - Uh-oh! Parece que alguém está inconformada por aqui.
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  Ficam calados. Cameron tenta dizer algo, mas é impedida por Foreman.
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  - Problemas familiares, não se deve interferir. – sussurra para ela, que recua alguns passos.
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  - Teloroise não tem mesmo cura? – a garota pergunta antes de sair.
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  Os quatro médicos foram pegos de surpresa. House a olha mais sério agora.
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  - Por quê? Você tem Teloroise, por acaso?
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  - Tem cura ou não? – ela teima e ele suspira pausando.
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  - Depende de seu estágio. A maioria dos casos é fatal.
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   assente com a cabeça e dá um pequeno sorriso.
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  - Obrigada, doutor House. – e se retira da sala. Os três integrantes de sua equipe olham para o chefe que ainda via a filha se afastar de sua sala.
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  - Contacte Christie Rians e diga que Gregory House quer fazer uma pequena relembrança do passado com ela. – ele diz sério.
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Capítulo 2

  - Se você quer falar sobre , aconselho a desistir. Ela ter vindo te procurar fora um erro e sequer sei quando ela descobriu sobre você e onde está. – uma mulher dizia entrando na sala de House, que sorri e volta à seriedade.
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  - Sempre direta, Rians.
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  - Existem certas personalidades que não mudam, como sua ignorância, House.
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  - É. – ele encosta os pés na mesa. – Minha ignorância é algo que não me deixa, para minha sorte.
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  - Fale logo o que quer. – a mulher diz cansada. – O que falou para ?
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  - Eu quero saber por que escondera de mim uma informação tão importante? Não que eu queira saber que tenho uma filha, porém, o fato de ela vir me procurar não é algo que agrada a mim, se você quer saber. Eu sabendo de sua existência me faria ser um homem ainda mais sensato e saído do país.
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  - Irresponsável como sempre, não sei como pode ser tão prestigiado num hospital. Você salva mesmo vidas ou apenas chuta e acerta como sempre fizera na época do colégio?
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  - Eu chuto, claro. Esses três não estão aqui apenas para terem uma imagem de bom médico. – ele aponta para Cameron, Chase e Foreman, que estavam em pé no escritório do homem ouvindo a conversa. – Está vendo? Eles usam jalecos, eu não.
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  A mulher balança a cabeça em negação e suspira:
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  - Foi na festa de 22 anos de Marie, lembra? Bom, surgiu dali e você sumiu. Tive de me virar e sempre deixei claro que ela não era filha de Kyle. Não posso me orgulhar de chamá-la de filha, exceto pelo fato dela ser independente.
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  - Ela parecia bem dependente de atenção.
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  - Acredite, ela não precisa. sempre fora a garota isolada que não fala muito, mas pergunta demais. Tira boas notas, nunca fora chamada a atenção no colégio, entrara em uma boa faculdade, trabalha numa loja de conveniências–
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  - Eu não me lembro de ter perguntado sobre a vida dela. Por que mulheres cismam em responder uma bíblia algo que pode ser respondido em algumas poucas palavras? – se dirige aos três outros presentes, que nada respondem.
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  - House. Estou te deixando a par do que terá de lidar. Não pense que ela deixará de te visitar apenas porque fora grosseiro com ela.
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  - Bom, já faz uma semana que ela veio aqui.
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  - Qual o motivo de ter me chamado então?
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  - Por que não me procurou? Uma questão simples e fácil de responder, não?
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  - Eu não queria mais você na minha vida.
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  - Uma ótima razão. – ele responde e respira fundo. – Já lhe passou pela cabeça que a garota gostaria de saber sobre o pai biológico?
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  - nunca expressara uma opinião sobre ser filha de Kyle ou não. O que me levaria a pensar que ela gostaria de saber sobre você?
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  - Se a garota puxara os dois, eu só tenho a lamentar por ela. – Foreman sussurra com os dois colegas, que mudam de posição indicando a concordância com a afirmação.
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  - Você a ignorou e ela deu um jeito de vir até mim.
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  - Afinal, o que isso tem a ver?
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  - Seu marido, este Kyle, o que ele faz da vida?
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  - Ele é cirurgião geral.
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  - Bingo! Então descobrimos quem dissera à ela que tinha Teroloise.
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  - tem Teroloise.
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  - Se tivesse Teroloise ela já estaria morta.
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  Silêncio. Christie aperta as mãos e suspira.
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  - Qual o motivo de vocês fazerem a cabeça dela dizendo que ela irá morrer?
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  A mulher olha para o lado.
  - Hum… Acho que estamos num momento de insegurança aqui. – House ironiza a situação.
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  - está em estado terminal. Tecnicamente, ela está ótima. Mas seu coração está fraquejando aos poucos. Ela está lidando bem com isso.
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  - E qual o nome da doença?
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  - Não descobriram, e nós estamos bem conscientes disso.
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  - E você então a mandara para um médico?
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  - Kyle é médico, não há motivo para duvidar dele.
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  - O homem que não liga para a primogênita da mulher porque ela é filha de um outro homem que nunca vira na vida está cuidando da garota. Sensato.
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  - O que quer que eu faça? Pague por um médico particular? Eu não vou gastar dinheiro com ela, é por isso que a menina trabalha. House, não me venha com sermões de como educar um filho. Você nunca teve um, e dou graças a Deus para isso. Nem a si próprio você conseguiu se educar. – e se levanta. – Se quer ficar com ela, ótimo. Tire-a logo de casa. – e se dirige para fora do escritório.
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Capítulo 3

  - E o que você faz?
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  - Eu salvo vidas. – House andava pelos corredores do hospital com atrás de si encarando todos os lados.
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  - Todas as vidas?
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  - As que merecem viver.
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  - Você escolhe quem merece viver?
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  - Acha que sou um Deus?
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  Ela levanta os ombros.
  - Você estuda o quê?
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  - Medicina. – ela responde prontamente, entrando atrás de House em seu escritório. – Oi. – ela acena para os três outros médicos que lá estavam e os três sorriem para a garota.
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  - Medicina? E por quê?
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  - Quero descobrir o que eu tenho. – ela levanta os ombros e encara o armário com alguns livros que o homem tinha. – Posso?
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  - Delicie-se. Em quantos médicos foi?
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  - Nenhum, tirando Kyle. Minha mãe disse que é bobagem pagar alguém para fazer o trabalho dele. Ela disse que ele é ótimo no que faz.
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  - E você acha isso?
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  - Não.
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  - E por que não?
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  - Você virou um psicólogo ou algo assim?
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  - Bom, eu estava tentando demonstrar algum tipo de interesse na sua vida mesmo não dando a mínima para ela.
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  - Não precisa se esforçar.
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  - Devia ter me avisado antes. – e olha para a equipe. – Vocês estão de prova que eu tentei.
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  - Você tem algum namorado, ? – Cameron olha para House mostrando-lhe como se deve fazer e o homem faz um sinal e se senta numa cadeira, disposto a prestar atenção na conversa da mulher com a garota, que lia um dos livros.
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  - Não mais.
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  - Vocês terminaram?
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  - Eu terminei.
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  - E por quê?
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   levanta o olhar para Cameron séria.
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  - Eu vou morrer.
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  A mulher nada mais diz. Coloca as mãos nos bolsos do jaleco e encolhe os ombros, os soltando em seguida.
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  - E amigas?
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  - Olha, vocês podem fingir que eu não estou aqui.
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  - Ótimo, porque temos muito trabalho a fazer. – House se levanta e caminha até a porta. – Eu vou almoçar.
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   volta a olhar para o livro e se senta numa cadeira num canto do escritório.
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  Cameron olha para Chase e Foreman, que levantam os ombros e saem do escritório como House. A mulher volta a olhar para .
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  - Se precisar de alguma coisa… – ela diz para a garota, que levanta os olhos. – Sei que House é uma pessoa um pouco difícil de se lidar e você não teve bons momentos com sua mãe. Mas não ache que todas as mulheres são assim. Pode vir falar comigo.
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  A garota concorda com a cabeça e volta a olhar o livro. Cameron ainda hesita por mais alguns minutos até se retirar da sala. Ao fazer volta a levantar a cabeça. Olha para a janela afora. Por que não conseguia se relacionar com as pessoas?
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Chapter Four

   estava morando numa pensão. House não a convidara para morar consigo, ela tampouco pediu a ele. Apenas ia ao hospital quando era convidada – nunca pelo pai – e tentava o máximo se manter longe dele. Sabia que o homem não se sentia confortável com sua presença e o que menos queria era que ele também não gostasse da companhia dela.
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  - Nem o exame de sangue, nem de urina, nem–
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  - Resumindo. – House corta Chase. – A mulher tem uma doença que está evoluindo perigosamente e não há testes que indique alguma solução.
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  - Ela tem piercing interno na coxa? – olhava para um raio-x. Os quatro a olham.
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  - O lugar é um tanto quanto inadequado, mas…
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  - Não, não tem. – Cameron corta House, que a olha como se ela fosse a maior estraga prazeres.
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  - Então isso é algum problema bem grande para que tenha aparecido no raio-x.
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  House se aproxima da filha e olha o exame. Sorri.
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  - Não é a toa que tem minha genética. – e se dirige para a lousa do escritório enquanto os outros três se dirigiam para perto da luminária onde se analisava o exame e seguia de volta para seu canto de sempre. – Ela tem o verme…
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  - Carne suína. – Cameron novamente o corta. – Faz todo sentido.
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  - Comecem o tratamento. – House ordena e os três logo saem do escritório, deixando pai e filha sozinhos. – Você não espera que eu…
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  - Não. – ela pega seu livro de volta e se senta na cadeira ao canto. Tosse fortemente e respira fundo.
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  - Desde quando? – ele apoia em sua bengala e ela levanta a cabeça. – Essa sua tosse.
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  - Dois dias. Já estou me medicando.
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  - É mesmo? E com o quê?
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  - Anatrex.
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  - Remédio para dor de cabeça para curar uma tosse. É. Você se preocupa mesmo com sua saúde.
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  Ela sorri e balança a cabeça.
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  - Vá até o lobby principal e pegue a ficha do quarto 3940. – ele caminha até sua sala. A menina suspira e se levanta. – E pegue um Coretran para essa garganta.
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  Ela o fica olhando por mais alguns minutos até se mover para fora da sala, chamando a atenção do homem, que pega seu telefone e digita um número:
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  - Aqui é o doutor House, gostaria de marcar um horário para o MIR. Não, paciente mulher, 20 anos, problemas no coração. Olá, eu sou o médico aqui, apenas marque o horário.
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  - House, ela não vai concordar…
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  - Provavelmente, mas tenho certeza de que se eu parecer bem preocupado e paterno, a probabilidade dela ceder aumenta. – o médico caminhava com sua equipe logo atrás de si. Haviam acabado de sair de um caso e ele estava interessado até demais na situação da própria filha. – Eu gostaria de uma desculpa muito bem feita para a demora de uma hora para trazer uma simples ficha até meu escritório. – ele diz ao ver a garota apoiada no balcão do lobby esperando.
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  Ela se vira para ele e os quatro arregalam os olhos.
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  - Minha boca está seca, perdi o tempo na farmácia procurando por um…
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  - MIR. Agora. – ele corta a garota que tinha seu aspecto pálido e a boca quase branca e desidratada.
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  - O que–
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  - Vamos lá, . Você não está bem. – Chase diz se pondo a frente e segurando a garota, para encaminhá-la ao laboratório.
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  - Mas eu–
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  - ? – ouvem atrás de si. Os cinco se viram e a garota arregala os olhos, dando dois passos para trás. – ! O que aconteceu com você? – o garoto se aproxima e ela se afasta ainda mais.
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  - O que faz aqui? – ela pergunta, se afastando.
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  - Você faltou essa semana nas aulas, vim ver o que–
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  - Você não tem que se preocupar comigo, Jake.
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  - Claro, você está muito bem, eu vejo. – o garoto ironiza a fazendo abrir a boca para responder, mas ao invés disso, começa a tossir.
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  - Por que ninguém obedece ao médico quando ele manda alguma coisa com calma? – House diz caminhando em direção ao laboratório. – Você – aponta para Jake. -, se quer ajudar, fique aqui. Ou volte depois. não estará disponível pelas próximas quinze horas.
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  - E quem é você? – Jake pergunta vendo os outros três médicos saírem em direção ao elevador com junto de si. House o olha e suspira, revirando os olhos.
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  - Adolescentes, nunca sabem o momento certo de parar. – e olha para o garoto. – Sou o médico de
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  - Eu faço medicina, sei o que…
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  - E pai dela.
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  Jake se cala.
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  - O pai dela é Kyle–
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  - Sou o pai biológico dela. – House diz se afastando. – Eu mandarei lembranças.
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  - Negativo. Sem problema em nenhuma parte do corpo. – Cameron dizia na sala. – Cérebro em ordem, nervos em ordem, músculos em ordem, se isso o que ela tem é uma doença, é uma rara.
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  - Nenhuma doença pode se esconder assim. Christie disse que o coração está fraquejando.
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  - Vem diminuindo os batimentos a cada hora. É invariável. – Foreman diz.
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  - Artérias, veias…
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  - Abertas e funcionando. De certo, é apenas o coração que está fraquejando e mandando mensagens para o cérebro, que interpreta como problema de respiração, mandando mensagens então para o pulmão, que bombeia mais rápido, descompassando com o próprio coração. – Foreman dizia sério. House então balança a cabeça.
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  - Então o próprio coração está matando o corpo inteiro.
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  - Não faz sentido. – Chase diz. – Um coração começar a mandar mensagens assim sem nenhum histórico de doença anterior ou ingestão de tóxico?
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  - Problemas neurais? – Cameron olha para todos.
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  - Impossível, o cérebro funciona melhor do que qualquer coisa ali. – Foreman responde.
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  - Histórico familiar? – ela tenta novamente. Os três olham para House, que olha para sua perna.
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  Compreensão.
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  - Ataque cardíaco inotável. – falam juntos.
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  - Sem cura. – Wilson diz com os braços cruzados. – Pensem da seguinte maneira, o que House teve nos músculos em sua coxa – e aponta para o tal. -, tem no coração.
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  - Não é impossível? – Cameron pergunta.
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  - Aparentemente, parece que não. Só o que podemos fazer é assistir seu coração acabar com seu corpo inteiro.
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  ”Emergência no quarto 3423, doutor House dirija-se imediatamente para o local.
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  Todos se entreolham e correm para o quarto no mesmo andar.
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  - Convulsão, Ciretrix 3mm. – Chase diz se dirigindo a , que tremia na cama. Os quatro faziam um trabalho árduo enquanto House observava a filha com sua séria expressão pensativa. Toda doença tinha uma cura, seja ela descoberta ou não.
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  - 70% de melhora, porém não se sabe até quando isso vai durar. – Chase diz olhando para a garota que caminhava do lado de fora da sala com o soro pendurado num cabideiro que se arrastava ao seu lado.
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  - Ela melhora e piora. – Cameron diz também olhando a menina e então o garoto que viera dias antes a visitar.
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  House se levanta e dirige até sua sala, fazendo os três se entreolharem.
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  - E Gregory House tem coração. – Foreman ironiza se levantando para se servir de café.
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  - Não seja tão maldoso, Eric, ela é a filha que ele não sabia que existia. – Cameron diz tristonha. – Conhecê-la justamente porque ela vai morrer?
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  - Chame-a aqui. – ouvem a voz de House. Chase olha para os dois e se levanta, seguindo para fora da sala e indo até , a chamando para entrar, o que é acompanhada do garoto Jake. – Não minta para mim – House diz saindo de seu escritório e olhando para a filha, que nada diz. -, qual o real motivo de você ter vindo até aqui? Não foi para ver um homem que cooperou na sua fertilização.
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  Cameron estava surpresa com o que ouvira. Sabia que House era um tanto quanto insensível, porém extremo assim era impossível de imaginar. A garota assente.
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  - Vamos lá, não é uma pergunta difícil. Que eu saiba, é seu coração que está com problemas, não suas cordas vocais ou seu cérebro.
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  - Eu queria saber como você era.
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  - E… ?
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  - E saber se você conseguiria descobrir a cura.
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  - Voilá! – ele sorri e a garota se mexe desconfortável. – Há sempre um interesse maior que o emocional envolvido.
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  - Eles me falaram que você é o melhor médico daqui. Não que eu quisesse tratamento gratuito, eu posso pagar–
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  - Não, você não pode. Porque você não tem seguro de vida e o salário que você recebe no seu trabalho em uma loja de conveniências só dá para pagar sua pensão e sua alimentação. E tirar notas boas na faculdade e ajudar o professor faz com que alguém tenha uma bolsa de estudos. Mas quem se importa com isso? Eu quero saber que tipo de medicação você foi induzida pelos seus professores, sábios professores que se acham bom o suficiente para ensinar medicina mas não tão bons assim em praticá-la.
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  - O quê? – Jake perguntava fraco com todas as acusações. – Ela só queria sua atenção, qual o problema em da–
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  - Jake. – o corta, olhando para o pai. Todos estavam um tanto quanto confusos e desconfortáveis com toda a situação. A garota respira fundo. – Cobaia. Vírus de Strauss.
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  House assente e os outros três médicos fecham os olhos pesarosos.
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Capítulo 5

  - O vírus não funcionou nos braços, como era o esperado. Ele foi direto para o coração, que tem um círculo sanguíneo maior. – House dizia para os companheiros. – Fora deixado lá, por três anos.
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  - Está no último estágio. – Foreman diz sério. – Sem cura.
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  - Sem cura. – House o repete. – Bom, fim de caso. – e fecha a ficha, jogando-a na mesa e se dirigindo para seu escritório.
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  House e a equipe caminhava pelos corredores do hospital, onde encontraram Jake sentado numa das poltronas de espera com os cotovelos apoiados nos joelhos e a cabeça nas mãos.
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  - Sabe, correr atrás não é sempre a melhor maneira de se voltar a um relacionamento.
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  - Ela não terminou comigo porque não me amava. – ele diz ainda olhando para o chão. – Ela terminou comigo porque–
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  - Porque não queria que você se apegasse à ela. – Cameron responde pelo garoto. – Ela fizera isso com as amizades?
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  - Não… – Jake dá uma risada. – Ela não é de ter amizades.
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  - Engraçado, isso deve ser genético. – Wilson se aproxima e olha para House, que revira os olhos.
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  - E se fizer transplante de coração? – o garoto olha para o próprio, que apoia o peso na bengala.
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  - Bom, nós podemos esperar quatro anos na fila de espera e arriscar matar um coração que pode ir para uma pessoa que não tenha certeza absoluta de que irá morrer.
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  Jake o olha boquiaberto, balança a cabeça.
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  - Como consegue ser tão frívolo?
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  - Frívolo? Esse é um novo adjetivo, eu gostei. Me chamem de frívolo a partir de agora. – e olha para os companheiros.
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  - Ela é sua filha–
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  - Você tem certeza de que quer medicina? – House o olha e o garoto nada responde. – Você não deve se apegar às emoções.
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  - Mas–
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  - Não acho que ela se importe muito com o que eu faço ou não faço para ela.
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  - Ela disse que você fez demais. – Jake murmura e House fora pego de surpresa. Foreman ri.
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  - Espera, a filha dele disse que ele fizera demais dando a certeza de que a doença dela não tem cura?
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  Jake levanta os ombros.
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  - sempre foi assim, positiva. – ele levanta a cabeça. – Sempre teve em mente todas as coisas boas que faria para as outras pessoas e por mais que ele não tenha feito nada – Jake olha para House. -, ela está feliz que encontrou com o pai biológico dela antes de morrer.
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  - E é por isso que vocês namoraram. – Cameron sorria. – Você a compreende.
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  - Assim como ela me compreendia. – ele concorda com a cabeça.
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  House não desviara sua atenção do garoto que voltava a olhar para o chão entristecido. Volta a caminhar, agora sozinho.
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  Três da manhã. A porta do quarto se abre e um homem com uma bengala adentra ao lugar, fechando a porta silenciosamente e puxando uma poltrona para perto da cama onde uma garota descansava com os olhos fechados. Ao se sentar, apoia a bengala no lugar onde sentou e passa a apenas observar a menina que respirava com dificuldade e tinha seu corpo inteiro pálido.
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  Não demora muito para seus olhos lentamente se abrirem, dando uma expressão no rosto sem cor. Sorri.
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  - É difícil ver pessoas terminais sorrirem.
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  - Não há nada mais para se fazer além disso. – ela responde a afirmação do pai, que concorda com a cabeça.
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  - Como está se sentindo?
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  - Tirando o cansaço, feliz. – sua voz era fraca e falhava de tempo em tempo. – Você?
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  - Bem.
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  - Que bom. – e volta a fechar os olhos. – Minha mãe… Ela…
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  - Não.
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  - Eu desconfiava.
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  - Você é boa com percepção.
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  - Eu geralmente sou.
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  House balança a cabeça confirmando e respira fundo, ainda observando a filha.
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  - O que ele está fazendo? – Foreman pergunta para Cameron, Chase e Wilson, que observavam House e do lado de fora do quarto.
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  - Conhecendo a filha. – Wilson responde com um sorriso.
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  - Obrigada. – ela diz e ele inclina a cabeça. – Nem todo mundo nasce para ser pai, sabe… Mas até que para alguém que nunca pensara nisso, você se saiu muito bem.
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  - Não é algo que eu gostaria de saber.
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  - É algo que eu gostaria que soubesse.
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  - Muito bem, então… Obrigado?
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  - Disponha. – ela sorri e encara o pai mais uma vez. – Você pode… – e com uma grande dificuldade levanta a mão para o homem, que olha e levanta a própria, a segurando. Ela sorri mais uma vez e fecha os olhos. – Boa noite, pai.
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  Sua cabeça tomba para o lado e o monitor apita em sinal de parada no coração. House sorri e aperta a mão da filha.
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  - Boa noite, filha. – e arruma sua coberta, antes de se levantar e sair do quarto, encontrando com os quatro o encarando. – Hora de morte – olha em seu próprio relógio -, quatro e quarenta e cinco da manhã. – e se afasta dos quatro, que desviam o olhar para a menina que agora não mais abriria os olhos.
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Extra

  - Hey. – Cameron entra na sala onde todos não faziam absolutamente nada. Se dirige até House, que levanta a cabeça. – Para você. – e entrega um álbum ao homem, que levanta as sobrancelhas.
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  - Não que eu queira parecer grosseiro, mas isso sempre acontece. Quando eu tenho interesse em saber sobre a vida de alguém, eu mesmo dou meu jeito.
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  Ela sorri.
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  - Não é sobre a minha vida. – e aponta com a cabeça para o cartão em cima do álbum. – É sobre a vida de . Feliz dia dos pais.
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  House a olha surpreso, assim como os outros da sala. Encara o envelope e o álbum fechados. Abre o cartão.
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  Para um pai que fez tanto quanto qualquer outro pai jamais fizera na vida de uma filha. Feliz dia dos pais, House. Com amor, .
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  Abre um pequeno sorriso.
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  - Pequena bastarda. – murmura para si.
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Fim

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