Cupid’s Second Chance
— Meu cupido é bocó! — exclamou um tanto enfezada. Ela mal podia contar nos dedos das mãos a quantidade de vezes que havia se decepcionado amorosamente até aquele momento de sua vida.
encarava a melhor amiga que secava as lágrimas enquanto se colocava sentada sobre a cama. Talvez ele devesse se sentir um pouco ofendido com a frase da moça, afinal, era um julgamento
da sua classe de criatura.
e viviam no reino de Maxia, onde humanos comuns e seres místicos conviviam em harmonia e magia era uma coisa corriqueira para todos. vinha de uma linhagem de humanos curandeiros muito respeitados e – o apelido que o rapaz havia recebido – era um cupido. Ser um cupido não era uma tarefa fácil, a “magia da paixão e do amor” emanava dessas criaturinhas desde muito cedo, o que podia causar confusões tremendas, já que bebês e crianças não tinham controle sobre seus poderes.
Ao longo da vida, cada cupido ia encontrando as pessoas a quem deveriam “flechar”, na maioria das vezes era fácil enxergar e o trabalho deles era garantir que o final feliz de seus “flechados” chegasse. Obviamente ninguém saía contando para ninguém quem era o cupido de quem, era uma regra na classe daquelas criaturas, para evitar que o destino – ou fosse o que fosse – fosse alterado a bel prazer de qualquer um, mas não tinha ideia de quem poderia estar causando tamanha confusão para sua amiga.
— Sério, eu desisto do amor — disse cruzando os braços enquanto abraçava uma almofada e enfiava o rosto nela.
se aproximou e passou os braços pelos ombros da amiga, a puxando para um abraço reconfortante.
— Você é tão ruim na sua missão quanto o meu cupido, ? — a garota perguntou, tentando mudar um pouco o foco de seus pensamentos. O rapaz riu.
— Até agora eu fiz bem o meu trabalho, apesar de ter juntado apenas três casais oficialmente. —
Oficialmente pois, quando criança, havia causado algumas dezenas de
paixonites agudas que foram revertidas, já que não deveriam acontecer.
— Você poderia ser o meu cupido então — resmungou encarando o amigo —, assim, pelo menos eu não teria que sofrer tantas desilusões antes dos 21 anos.
coçou a nuca, sem saber muito bem como reagir. As pessoas em Maxia não costumavam julgar umas às outras, mas o rapaz precisava admitir que, fosse quem fosse, o cupido de
não estava fazendo um bom trabalho. Desde os 15 anos, quando a moça “se abriu” para o amor, ela não havia tido
uma relação que fosse além de um “lance casual” ou paixões unilaterais que levavam a desilusões amorosas e coração partido – e uma sessão de choro trancada no quarto.
— Eu queria ter algum elixir para curar corações partidos ou para nunca mais me apaixonar sem ter consequências — a jovem retrucou, se jogando deitada novamente em sua cama.
Doía em ver sua amiga daquela forma, principalmente porque
desde sempre ela havia se mostrado uma garota romântica e sonhadora, do tipo que acreditava no amor verdadeiro. havia compartilhado com seus sonhos com
o príncipe encantado, o que poderiam fazer quando finalmente se encontrassem e a vida maravilhosa que levariam juntos. O rapaz só podia torcer para que aqueles desejos se realizassem e ele não tivesse que ver chorando por alguém que não valia a pena novamente.
— Aqui — murmurou, soprando sobre a amiga algo azul e brilhante — isso vai te ajudar a acalmar o coração. — O rapaz sorriu, acariciando a cabeça da moça.
— Isso não é trapacear? — ela perguntou, fungando.
— Depois de todo esse tempo e todas as mancadas do seu cupido-amoroso, acho justo poder te ajudar como cupido-melhor-amigo.
sorriu, logo ficando sonolenta enquanto a “magia de cupido” fazia efeito em seu coração, que ficava mais calmo e menos pesado a cada batida. sorriu de volta e, antes de sair do quarto de sua melhor amiga, depositou um beijo carinhoso na testa da moça que resmungou alguma coisa enquanto caía no sono.
Com o passar dos dias, apesar de os sentimentos de terem se curado de certa forma, a moça estava determinada a não sofrer mais por amor. Naquele exato instante ela caminhava na direção da casa da maga das poções perto de sua casa para adquirir uma poção para trancar seu coração definitivamente, ao seu lado, estava que tentava a todo custo dissuadi-la.
— Eu cansei, ! — exclamou parando na frente da vitrine de uma loja para encarar o melhor amigo, que parou de andar, quase surpreso. — Em quase seis anos eu
nunca soube o que é ser retribuída e amada;
com certeza eu me apaixonei, mas a que custo? Quantas vezes eu vou ter que remendar o meu coração? Eu acho que meu cupido não consegue fazer um bom trabalho porque
não existe alguém pra mim. — A garota bufou e voltou a caminhar a passos decididos.
estava pronto para mais uma rodada de tentativas de fazer a melhor amiga mudar de ideia
quando percebeu. Refletido sutilmente na vitrine da loja, ele pôde ver, cada vez se fazendo mais clara e óbvia, a fina linha prateada e brilhante que saía de seu peito e se esticava em uma certa direção.
não sabia se ria ou se deveria xingar o destino.
Normalmente, as linhas do destino relacionadas ao amor ficavam muito claras para os cupidos quando era o momento certo de entrar em ação, mas
às vezes, aquelas linhas eram difíceis de se encontrar. Para que o trabalho de um cupido fosse bem executado,
duas pessoas precisavam ser flechadas. A “flecha” do cupido era como a retirada de um véu, quando as pessoas eram destinadas – e as duas fossem flechadas – o véu entre ambas cairia e elas finalmente se enxergariam no mundo do amor.
O problema com era que seu cupido não estava enxergando a outra pessoa a ser flechada e o outro problema era que aquele cupido em especial
não tinha um cupido, tendo que ser ele mesmo a enxergar a linha e
se flechar.
correu atrás de , que já estava quase à porta da maga das poções, ele não sabia bem como sua melhor amiga reagiria à notícia.
— Eu não vou mudar de ideia, — a garota resmungou se virando para encarar o melhor amigo.
— Eu sei o que houve de errado com o seu cupido — ele murmurou, um tanto encabulado.
— É? Bem, acho que é tarde para isso.
— , pode dar uma segunda chance ao seu cupido? — perguntou num tom quase aflito. —
Pode me dar uma segunda chance de acertar? A moça olhou para com a expressão ligeiramente confusa, e ficou ainda mais confusa quando viu o amigo erguer as mãos em forma de concha e um brilho dourado começou a preencher o espaço.
— Tudo bem, vou dar uma segunda chance para o meu cupido fazer o trabalho direito — a moça murmurou quando começou a entender o que estava acontecendo.
sorriu aliviado, depois de uma vida inteira de amizade, havia ficado boa em compreende-lo mesmo nas entrelinhas.
O rapaz se abaixou um pouco para ficar à altura do rosto da garota e, de forma suave, soprou um pouco do brilho dourado em sua direção.
— Pode ser o meu cupido por mim? — ele perguntou sorrindo de forma acanhada.
soltou um risinho e em seguida imitou o melhor amigo e soprou suavemente o conteúdo das mãos do rapaz na direção dele.
Embora nada
de fato tenha mudado,
finalmente o véu havia caído para e seu par no amor. Uma sensação de leveza tomou o coração da jovem e um calor gostoso foi sentido no peito por que, naqueles anos todos de existência, nunca havia se apaixonado.
— Finalmente meu cupido bocó acertou — murmurou se aproximando de e selando seus lábios nos dele sem esperar mais.
O cupido se sentiu derreter e ao mesmo tempo alçar voo com aquele gesto, era uma sensação completamente nova que ele tinha certeza que demoraria um bom tempo até passar,
se é que passaria.
— Desculpe ter demorado tanto — murmurou quando enfim se desgrudaram um do outro.
— Vai ter que compensar todos esses seis anos de coração partido, senhor cupido — resmungou dando um tapinha leve no braço do amigo que a puxou de volta para mais perto, a envolvendo num abraço.
— Vou compensar — o rapaz respondeu. — E eu sempre estive ali para ajudar a juntar os pedaços, não é? — Ele riu, levando mais um tapa, daquela vez mais forte, da melhor amiga. — Agora vou ajudar a curá-lo de vez. — sorriu, encarando de forma quase encantada a garota que havia sido sua melhor amiga por uma vida e agora passaria a ser também o seu grande amor.
— Que sorte a minha ter um melhor amigo como
meu cupido bocó e atrapalhado… — sorriu puxando
seu para mais um dos milhares de beijos que o mais novo casal de Maxia compartilharia.
Fim
Nota: Essa foi a fic mais ligeira que eu escrevi, acho HAHHAAH
Liv, sei que a história foi um clichezinho, mas espero que goste de qualquer forma. Como você tava pedindo mais fic com our lovely Dokyeom, uni o útil ao agradável e cá está HAHAHAH
Em breve – mentira, não sei quando – eu trarei uma long – acho – no universo de Maxia, não vai ter muito a ver com essa história, mas vai se passar no mesmo reino. Quem sabe eu não enfio esse casal por lá pra dar uma continuação pra eles, né? HEHEH
Enfim, espero que tenha gostado do nosso Seokmin cupido atrapalhado e sua segunda – 2434311534 – chance de fazer a coisa certa HAHAHAHAH <3
o meu cupido 🥹
tadinho 😂
que dó 🥲
mas quem eu quero é vc, dokyeom. se vc mexer dois pauzinhos, acaba com meu sofrimento HAHAHAHAHA
a que custo realmente
QUE BABADO
que lindeza 🥹
A confusão meu pai, o pobi do meu cupido sendo julgado injustamente JSNDNXJSNSNDNS
👀
pra você eu dou quantas chances forem necessárias, meu amor 🤓
hihihi
FINALMENTE!!!!!
aaaaaaaa 🥰🥰🥰🥰
😭😭😭😭😭
Leleeeeen!
Eu simplesmente amei a fic 😭 eu amo clichês e finais felizes, e amei cada pedacinho dessa história!
E por favor, traga essa long pra ontem!!!!!!! Eu amo romance e fantasia, e fiquei super curiosa com esse universo de Maxia, quero mais 😩 e traga esse casal sim, mesmo que seja uma aparição breve 🥹
Eu amo esse nosso cupido e mais uma vez, adorei a fic!
Teste