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Capa por Julia N.

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Curiosidades

  1. A vontade para escrever Chaos surgiu quando, durante o início da pandemia, o BTS fez uma transmissão especial de 12 horas (Bang Bang Con) com todos os shows e clipes do grupo <3 (overdose de Bangtan porque sim);
  2. A ideia do enredo em si veio juntamente com a vontade, depois de assistir a todos os clipes existentes do BTS e tentar encontrar conexões e sentido em todos eles;
  3. Comecei a escrever depois de 26 horas acordada (vendo o evento e depois revendo os clipes para fazer anotações);
  4. Depois de tentar ligar os clipes, também fiz pesquisas sobre as teorias dos fãs sobre o universo do BTS;
  5. Algumas coisas são levemente baseadas no jogo Life is Strange e provavelmente vai rolar algumas referências diretas ao jogo;
  6. Tenho a intenção de escrever mais duas continuações para a história: Chaos – After ending, onde vou mostrar um pouco da vida de cada casal após os acontecimentos de Chaos e; Chaos – 7, que pretendo contar o início da história dos Senhores do Universo e como esse mundo foi criado.

Dreamcast

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Chaos

Introdução

Caos:

  1. Mitologia – Em diversas tradições mitológicas, vazio primordial de caráter informe, ilimitado e indefinido que precedeu e propiciou o nascimento de todos os seres e realidades do universo.

  2. Física – Comportamento de um sistema dinâmico que evolui no tempo, de acordo com uma lei determinista e é regido por equações cujas soluções são extremamente sensíveis às condições iniciais, de modo que pequenas diferenças acarretarão estados posteriores extremamente diferentes.

Teoria do Caos

  A ideia central da Teoria do Caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer consquências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro.

Capítulo 1

  13 de Setembro

  Taehyung abriu os olhos aos poucos, o sol batia em sua face de forma desconfortável o que o fez colocar os braços sobre o rosto. Ele não estava animado para o dia que se seguiria. Com relutância ele se virou de lado no colchão em que estava deitado e apalpou o bolso da camisa que vestia tirando de lá uma foto antiga.
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  — Bom dia, omma. — murmurou encarando a foto de uma mulher com um bebê no colo. Depois de observar a imagem por alguns instantes, se levantou e foi em direção à sua mochila. Pegou-a e começou a fazer a inspeção diária, verificando se estava tudo ali. A mochila estava sempre pronta. Um símbolo de sua vontade, mas também de sua covardia.
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  Com um suspiro, guardou a mochila num canto do quarto e rumou para algumas caixas que lhe serviam de guarda-roupas. Pegou um moletom qualquer e, depois de despir a camisa, jogou o blusão por cima da camiseta que já tinha no corpo. Deu mais uma olhada ao seu redor, pegou a foto que sempre carregava consigo e inspirando para tomar coragem, saiu do quarto.
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  A casa estava silenciosa e o cheiro de álcool predominava, assim como as dezenas de garrafas espalhadas em todo o canto possível do lugar. Taehyung resmungou enquanto pegava as garrafas que podia e levava para o lado de fora do pequeno apartamento em que morava. Antes de sair, voltou seu olhar para uma porta fechada e ficou preocupado. não costumava demorar para se levantar… A noite anterior devia ter sido uma daquelas noites. Tae suspirou e saiu de vez do apartamento, deixando as garrafas ao lado da porta para a coleta.
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  Yoongi estava sentado em frente ao piano enquanto tentava compor alguma coisa. Havia passado a madrugada toda ali, compor e tocar piano eram as coisas que costumavam ajudar quando queria se livrar daquela sensação de sentimentos não expressados. O que estava se tornando algo frequente.
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  O rapaz largou o lápis que usava para fazer anotações nas folhas de partitura e esticou as costas ao se espreguiçar. No mesmo instante ouviu-se o barulho da fechadura da porta de seu apartamento.
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  — Hyung, você já está acordado? — Jungkook perguntou ao entrar no apartamento que consistia em um cômodo dividido em dois ambientes – quarto e sala -, uma cozinha pequena e um banheiro.
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  Yoongi soltou uma risada sem a menor vontade, o que fez o mais novo deixar o que trazia consigo na mesinha de centro para encarar seu hyung.
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  — Você passou a noite acordado de novo? — JK perguntou fazendo expressão séria.
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  Yoongi se levantou do banco do piano e foi até onde Jungkook havia deixado o que seria o seu café da manhã.
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  — Não tava com sono. — Respondeu simplesmente, se jogando no sofá puído depois de pegar um dos copos de café que o amigo lhe trouxera.
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  Jungkook ficou encarando o mais velho com expressão desacreditada. Apesar de não ser o seu papel cuidar de Min Yoongi, o rapaz era seu melhor amigo, praticamente um irmão, e amigos ou irmãos não deixavam de cuidar uns dos outros. JK tinha acabado de completar 19 anos, e apesar da diferença de 5 anos com Yoongi, ele às vezes fazia papel de mais velho. 
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  — Hyung, isso não faz bem para você. — Disse finalmente, indo se sentar na poltrona ao lado do sofá, pegando o copo restante e abrindo um pacote de rosquinhas. — vai ficar uma fera se souber.
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  — Eu tô bem, Jeon. — Ele respondeu sério. — E não vamos falar sobre isso.
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  Já fazia algum tempo que Yoongi não dormia direito, algo o incomodava, mas ele não queria se abrir com ninguém, o que deixava Jungkook chateado. Um devia confiar no outro, afinal, certo?
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  — Você conseguiu compor mais alguma coisa?
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  Yoongi concordou se levantando e caminhando de volta ao piano com seu copo na mão. Após se acomodar e deixar o copo de café ao seu lado, começou a tocar. Era uma melodia profunda e ao mesmo tempo triste. Os dedos de Yoongi trabalhavam freneticamente no ritmo da composição e seus olhos permaneceram fechados durante todo o minuto em que havia tocado.
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  — Wow, hyung. Eu gostaria de poder tocar como você. — JK murmurou encarando o amigo com admiração.
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  — Se você tivesse continuado a estudar, poderia ser até melhor. — Suga – como alguns amigos o apelidaram por ser branco como açúcar – resmungou voltando seu olhar sério para Jungkook.
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  O garoto riu e deu de ombros. Jungkook havia começado a aprender a tocar piano quando era criança, mas logo que entrou na adolescência deixou o instrumento de lado e passou a procurar por outros hobbies, nunca parando em nada por tempo o bastante para se dedicar.
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  — Não era exatamente o que eu queria.
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  Yoongi revirou os olhos e voltou-se novamente para o piano, depois de tomar um gole do café que já começava a esfriar, pegou o lápis e voltou a fazer anotações.
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  — Você não disse por que veio aqui hoje. — Soltou de repente.
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  — Ah… — JK sorriu um pouco amarelo. — Eu não queria ficar em casa, então decidi vir visitar e trazer o café.
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  Suga revirou os olhos novamente. Jungkook tinha alguns problemas familiares e costumava fugir deles o quanto pudesse, depois que completou certa idade então, toda vez que as coisas começavam a ficar complicadas, ele escapava de sua casa para caminhar por aí, e quando Yoongi foi morar em seu próprio apartamento, a presença do rapaz era constante por lá.
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  — Ao invés de se preocupar comigo, devia tentar resolver as coisas na sua casa.
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  Jungkook baixou o olhar dando um pequeno sorriso triste para o amigo, não era a primeira vez que entravam naquele assunto, mas os dois sabiam que nada mudaria. Pelo menos não ainda.
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  Hoseok se encarava seriamente no espelho a sua frente. Respirou fundo algumas vezes e então deu play no aparelho de som. A música começava lenta e aos poucos ia mudando sua batida para algo mais forte e marcado. O rapaz se movia com fluidez e com movimentos limpos no ritmo da música que tocava alta na sala de ensaios, sua concentração era tanta que mal percebeu quando alguém entrou.
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  — Ah, Jimin. — Hoseok se virou assim que terminou de ensaiar. — Desculpe, eu não te vi. — Sorriu sem graça.
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  — Trouxe água. — O recém-chegado disse estendendo a garrafa que tinha em mãos.
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  — Obrigado.
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  — Eu posso gravar o ensaio se quiser. — Jimin disse indo se sentar no seu canto usual já sacando seu telefone celular.
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  — Obrigado, Jiminnie! — Hoseok sorriu largamente e começou a fazer a contagem para recomeçar o ensaio.
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  Namjoon estava sentado à mesa dentro do vagão vazio de trem de carga que ele chamava de casa. Tinha acabado de tomar seu café da manhã e agora encarava uma lista de tarefas que precisava fazer. Precisava comprar alguns materiais para a construção de sua futura casa, alguns ingredientes para um bom café e almoço dos próximos dias, e também precisava arrumar o encanamento do vagão. Ele não estava lá muito animado para começar aquelas tarefas, mas se forçou a levantar e arrumar a pequena mesa quadrada de cozinha.
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  Namjoon morava dentro daquele vagão no terreno de sua futura casa de certa forma por opção. Ele podia muito bem continuar morando com seus pais enquanto finalizava a construção, no entanto, desde que havia conseguido um pequeno gosto de liberdade, ele havia decidido que dependeria o menos possível de seus progenitores. Não era como se ele vivesse como um sem-teto ou em condições absurdas, na verdade, ele havia feito um ótimo trabalho com o vagão ao transformá-lo em lar temporário.
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  Ao sair para o terreno, ele encarou a base da casa que estava construindo. Tudo ainda estava no começo, mas ele conseguia enxergar o projeto tomando vida e ficando pronto para ele se mudar. O sorriso satisfeito foi quase automático.
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  Ele estava pronto para sair e fechar a entrada do vagão quando ouviu o telefone fixo tocar. Ele ergueu a sobrancelha e voltou a entrar para atender. Namjoon não precisava sequer perguntar quem era. Apenas uma pessoa costumava ligar naquele número.
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  Jin encarava a janela de seu quarto com certo interesse. Fazia um bom tempo que observar a interação humana era seu passatempo favorito. Adorava ver pessoas interagindo, se expressando, vivendo. Era um dia bonito, o sol brilhava intensamente e não eram sequer dez da manhã. Seria um bom dia, aquele.
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  Depois de mais alguns minutos à janela, Jin fechou a cortina e voltou sua atenção para o local que chamava de quarto. Era pouco mobiliado, havia uma cama de solteiro com lençóis brancos lisos, uma cômoda num canto e um espelho coberto por um lençol noutro canto. Ele não havia perdido muito tempo com decorações ou qualquer coisa que fosse pessoal demais. A única coisa realmente pessoal que ele possuía eram as fotos polaróides que estavam presas num tipo de mural acima da cômoda. 
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  Ele caminhou até lá e observou as fotos que ele mesmo havia tirado tempos antes, dos amigos, das paisagens, dos bons momentos. Jin não pôde deixar de sorrir. Ele havia feito uma boa escolha, afinal. Seokjin pegava a foto de uma praia em sua coleção quando o celular sobre a cama vibrou e soou indicando a chegada de uma nova mensagem.
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  Taehyung estava deitado sobre o colchão velho no chão da piscina vazia do antigo clube da cidade, lugar em que costumava se encontrar com seus amigos. Eles haviam achado aquele lugar abandonado por acaso, mas desde que o encontraram e ninguém havia aparecido para proibi-los de entrar, lá estavam.
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  Tae olhou para o céu vendo as nuvens se moverem lentamente com a leve brisa que soprava naquele dia. Um dia para momentos felizes. Ele estava observando novamente a foto que sempre carregava consigo quando ouviu o barulho de pés esmagando a alta vegetação que cercava os arredores da piscina. Logo o rosto de Namjoon surgiu tapando a visão do céu de Taehyung.
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  — Hei, o que você está fazendo? — o mais velho perguntou abrindo um sorriso para o melhor amigo e estendendo a mão para que ele levantasse.
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  Taehyung sorriu de volta e aceitou a ajuda, logo sendo abraçado por Joon e os outros quatro.
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  — Eu tava com saudades. — Tae deu de ombros depois de cumprimentar todo mundo. — Eu queria ver vocês.
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  — É, já fazia um tempo que não vínhamos aqui. — Jungkook murmurou olhando ao redor. — Ei, é o Jin hyung! — apontou o mais novo do grupo para a beirada da piscina, onde o mais velho do grupo estava parado com sua câmera portátil em mãos, filmando os amigos.
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  Jin pulou da beirada para dentro onde o grupo de amigos estava reunido e foi abraçar Taehyung.
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  — Ei, hyung, quanto tempo. — Tae murmurou sorrindo e então puxando a filmadora do mais velho e voltando-a para si. — Aqui é Kim Taehyung para o mundo!
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  — Eu também! Eu também! — Jimin entrou em foco junto do amigo.
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  — Ei! Eu também quero! — Jungkook exclamou e os três mais novos do grupo se amontoaram para caberem no enquadro da filmadora.
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  Seokjin encarou aquela cena e sorriu agradecendo internamente por aquele grupo de garotos que acabaram se tornando seus melhores amigos, sua família. Ele deixou que os meninos se divertissem um pouco com a câmera, mas logo ela já estava de volta às suas mãos e ele voltou a registrar aquele momento. Jin também havia levado a sua câmera de foto instantânea, pouca coisa lhe interessava mais do que a sua coleção de polaroids. 
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  Os sete passaram o dia e a tarde juntos, rindo e se divertindo como há tempos não faziam. Eles haviam se conhecido havia alguns anos. Na verdade, os seis — sem contar Jin — eram amigos de infância, suas famílias haviam emigrado da Coréia para a América antes mesmo do mais velho deles ter nascido, havia sido simplesmente inevitável o encontro de cada um anos depois durante a escola.
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  Taehyung brincava com seu spray, fazendo o contorno de Namjoon na parede da piscina. Desenhar com a tinta spray era uma das coisas que Tae aprendeu a gostar ainda na adolescência, era uma forma de se expressar. 
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  Jin olhava ao seu redor procurando bons ângulos para tirar fotos e aproveitou para gravar aquele momento de Tae e Joon. Estava dando voltas com a câmera em posição quando Yoongi passou cutucando-o de leve, chamando sua atenção a Hoseok que estava encostado na parede, aparentemente dormindo. Seokjin estava pronto para bater a foto de Suga ao lado de um Hobi desacordado quando Jungkook chegou correndo para entrar na brincadeira, esbarrando de leve em Yoongi, que acabou por esbarrar em Hoseok, que despertou um pouco confuso.
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  — Xiis! — JK exclamou fazendo pose, e os outros dois o acompanharam.
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  — Yah, Hobi, aconteceu alguma coisa? — Suga perguntou sentando-se mais confortavelmente ao lado do amigo que se espreguiçou ainda sonolento.
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  — Fiquei ensaiando até tarde ontem e hoje acordei cedo para poder ensaiar mais. — Ele deu de ombros. — A apresentação é importante, sabe. — Hoseok murmurou deixando transparecer um pouco de seu nervosismo.
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  — Você é o melhor dançarino que eu conheço, Jung Hoseok. — Yoongi deu um tapinha animador nas costas de Hobi que sorriu. — E a ? Você já falou com ela sobre a parceria?
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  — Ah, ainda não, não consegui encontrar com ela esses dias. — Hoseok murmurou coçando a nuca.
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  — Não dá para mandar uma mensagem? — Yoongi questionou erguendo a sobrancelha.
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  — Ah, hyung, ela quase nunca visualiza mensagens. É mais fácil encontrar com ela e perguntar.
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  — Ela parece uma garota legal. — Suga murmurou balançando a cabeça como que em aprovação. — Apesar de nunca termos trocado uma palavra, ela te faz sorrir, então está aprovada.
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  — Hyung! — Hobi exclamou gargalhando.
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  — O quê? 
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  — é só minha amiga. — Esclareceu. — Ela me faz sorrir sim, mas não é dessa forma que você está querendo dizer.
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  Yoongi ergueu uma sobrancelha com ar de dúvida, mas deixou passar quando o amigo se levantou para se espreguiçar.
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  — Mas e você e a
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  Ao ouvir o nome da moça, Yoongi fechou a expressão não parecendo nada feliz.
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  — Ela está viajando, foi para o Canadá visitar algum parente. — Jungkook entrou na conversa ao perceber que o melhor amigo parecia prestes a amaldiçoar o mundo todo com sua ira.
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  — Oh, entendi. — Hobi murmurou captando a mensagem. — Sabe, hyung, você poderia se inscrever nesse concurso com seu piano. É uma grande oportunidade mesmo se não vencermos. Ouvi dizer que haverão muitos olheiros.
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  Suga apenas abanou o ar dispensando a ideia completamente. O piano para ele era algo para relaxar, não queria começar a trabalhar com algo que amava e acabar por odiar aquilo por culpa de alguma pressão com a qual não conseguiria lidar. Ele ganhava a vida fazendo pequenas composições para propagandas, era o suficiente para sobreviver.
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  — Hobi tem razão, você poderia até mesmo vencer o concurso, hyung. — JK tentou.
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  — Não. — O mais velho respondeu a contragosto e se afastou.
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  Hoseok olhou confuso para Jungkook que suspirou pesadamente.
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  — O hyung não anda muito bem desde que a disse que talvez precisasse voltar para o Canadá. — O mais novo explicou. — Yoongi hyung anda meio estressado por causa disso.
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  — Mas ela vai voltar assim, sem mais nem menos?
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  — Parece que a avó dela está doente e a mãe precisa de ajuda em casa…
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  — Bem, isso é importante. — Hobi murmurou sério. — Família é importante.
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  — Eu sei, mas você conhece o hyung… — Jungkook murmurou fazendo careta.
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  Min Yoongi tinha alguns problemas com relações familiares. Os pais nunca aceitaram de fato a escolha do rapaz de trabalhar com música, tinham a aspiração de que o filho prodígio se formasse em direito ou medicina e se tornasse importante, mas Min Yoongi não estava nem um pouco interessado em agradar ninguém, mesmo sendo os pais. Quando o rapaz se rebelou completamente contra a ideia de seguir qualquer carreira sugerida, o senhor e a senhora Min decidiram deixá-lo à própria sorte e voltar para o país de origem, deixando o filho na América. Por conta disso, ele tinha certo ressentimento quando o assunto era família e tendia a pré-julgar as situações envolvendo isso.
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  — Ele devia conversar com a . — Hoseok disse por fim e Jungkook apenas concordou.
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  — YAH! JIMIN! — ouviram o berro de Jin ao longe, ele corria atrás de um Jimin que também corria às gargalhadas.
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  — Desculpa, hyung! Foi sem querer! — O mais novo exclamava enquanto continuava a correr.
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  — Volte aqui, Park Jimin! — Seokjin gritava segurando uma garrafa de água aberta, o cabelo estava ensopado.
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  — Yah, o que vocês estão fazendo? — Namjoon apareceu intervindo, segurando Jin antes que este conseguisse alcançar Jimin.
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  — Eu meio que sem querer derrubei água no Jin hyung… — Jimin murmurou com a expressão mais inocente do mundo.
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  — Ah esse…
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  — Oi, hyung! — Joon exclamou rindo da expressão do mais velho.
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  — Agora eu estou encharcado, Jimin-ah! — Seokjin finalmente deixou a garrafa de lado e desistiu de revidar a brincadeira.
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  — Desculpa, hyung. — Jimin sorriu e Jin se aproximou dando um leve soquinho no braço do mais novo e ambos riram.
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  Namjoon apenas balançou a cabeça rindo e pensando seriamente em quem era o mais novo e o mais velho naquele grupo. Às vezes dava para duvidar.
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  — Hyung, eu preciso ir embora. — Taehyung disse se aproximando do grupo.
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  — Mas ainda é cedo. — Jimin murmurou depois de se livrar de um cafuné dolorido de Jin.
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  — Preciso ver se precisa de alguma ajuda em casa. — Ele respondeu baixando o olhar.
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  Todos apenas acenaram com a cabeça compreendendo.
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  — Certo, a gente podia se encontrar de novo essa semana. — Jungkook sugeriu e todos exclamaram animados.
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  — Sim, vamos fazer isso! — Jimin sorriu e olhou para Taehyung que apenas balançou a cabeça.
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  — Eu tenho que ir. — Disse mais uma vez antes de acenar um tchau desanimado e começar a caminhar para longe.
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  Era pouco antes das cinco quando Tae chegou à entrada do conjunto de prédios no qual passara a morar com a irmã. Era um lugar feio e sem cor, antigo e desanimado. Simplesmente combinava com a vida dele, era o que pensava. Passou por algumas poucas pessoas antes de chegar ao seu bloco e subir as escadas para o seu apartamento. Nada parecia ter mudado enquanto ele estivera fora. As garrafas da manhã continuavam ali na porta, as janelas permaneciam cobertas pelas cortinas…
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  Taehyung respirou fundo antes de colocar a chave na fechadura, e quando girou a maçaneta, já pôde ouvir os gritos irritados do marido da irmã. Tae mordeu o lábio reprimindo a raiva antes de entrar e fechar a porta.
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  Quando a mãe de Taehyung morreu, ele e haviam ficado sozinhos no mundo. Eles não tinham contato com nenhum parente na Coréia e não havia nenhum outro familiar próximo na América, haviam sobrado apenas os dois. Alguns anos depois, quando Tae tinha dezessete anos, apareceu em casa com um rapaz dizendo que estava noiva e logo se casariam. Tae havia ficado feliz pela irmã, mas logo a pinta de bom moço do homem foi caindo. Quando se mudaram para o apartamento de Andy naquele conjunto, as coisas simplesmente foram de mal à pior. 
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  O homem era um bêbado possessivo, e com o tempo começou a abusar de seu “poder” de dono da casa. Andy vivia reclamando que era uma imprestável e que não servia para fazer sequer um prato de comida que prestasse, além da agressão verbal, também havia a agressão física. O marido da irmã batia nela quando estava muito bêbado, e muitas das vezes voltava sua raiva para Taehyung o espancando por ele tentar defender .
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  Geralmente as coisas estavam muito ruins quando a gritaria começava cedo. Como naquele dia.
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  — Você é uma vadia preguiçosa e imprestável, ! — Andy gritava com agressividade para a moça que apenas ouvia encolhida em um canto.
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  Taehyung observava da fresta da porta entreaberta do quarto do casal.
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  — Me desculpe, Andy, eu vou tentar melhorar… — A voz baixa e trêmula da irmã se fez ouvir.
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  — Eu saio para trabalhar e sustentar você e aquele seu irmão de merda e você fica de graça com o vizinho enquanto eu não tô? — Andy deu um passo feroz na direção de . — VADIA! — Gritou e com o punho cerrado desferiu um soco forte no rosto da mulher.
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  Naquele momento Taehyung irrompeu no quarto, furioso. Ele havia prometido à sua mãe que seria o homem da casa. Que ajudaria . Que cuidaria dela como um bom irmão. Não podia deixar que um canalha daqueles encostasse nela sequer mais uma única vez. Com a ira transbordando de si, Tae empurrou Andy contra a parede com o máximo de força que havia conseguido juntar, separando o máximo o homem da irmã.
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  — Não toca nela! — Berrou.
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  — Seu fedelho desgraçado! — O homem gritou com raiva afastando Tae e lhe dando um soco no queixo que fez o rapaz cambalear e cair no chão perto da irmã.
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  — Tae! — A voz de soou assustada, ela fez menção de ajudar o irmão, mas Andy a empurrou bruscamente para fora de seu caminho.
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  — Moleque desgraçado!
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  Taehyung foi chutado enquanto o homem descontava toda a sua raiva nele. Desgraçado. Imprestável. Covarde. As palavras soavam em sua mente sem parar, uma após a outra, ecoando e ecoando. Foi quando a ira tornou a se fazer sentir. Quando Andy voltara a sua atenção novamente à , Taehyung se arrastou para perto da cômoda, pegou uma das dezenas de garrafas espalhadas pelo chão e juntando toda a força que lhe restava, quebrou-a na quina da cômoda e correu até o agressor de sua irmã. Com um grito de agonia que estivera preso em seu interior por anos, ele desferiu os golpes fatais com a garrafa contra o abdômen do homem que havia feito a sua vida e a vida de sua irmã um inferno por anos. 
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  — Eu disse pra não tocar nela! — Gritou quando seu olhar encontrou com o de Andy uma última vez.
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  Apenas quando gritou em desespero é que Taehyung parou e voltou a si. O rapaz soltou a garrafa e empurrou o corpo mole do agressor para longe e, quase em choque, se afastou, encostando as costas na parede oposta do quarto e se deixando escorregar até o chão.
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  Era tanto sangue… E tantas lágrimas… O que ele havia feito?
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Capítulo 2

  14 de Setembro

  Namjoon encarava o material de construção que estava sendo descarregado em seu terreno e fazia contas mentalmente de quantos dias precisaria trabalhar no posto de gasolina nas próximas semanas para se manter.
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  — Hei, Joon. — Um dos entregadores, um velho conhecido, exclamou indo em sua direção. — O que você planeja fazer aqui?
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  — Você não consegue ver, Mark? — Namjoon disse sorrindo fazendo um ângulo com o indicador e o polegar, como se estivesse enquadrando uma imagem para tirar foto. — A perfeita casa dos sonhos. Bem aqui.
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  O rapaz, Mark, ficou encarando o mesmo lugar para onde Joon estava olhando.
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  — Ah…
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  — Cara, você precisa usar mais a imaginação! — Namjoon riu dando um tapinha no ombro do colega.
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  Mark ia continuar falando quando o som do telefone se fez ouvir dentro do vagão.
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  — Preciso atender.
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  — Ah, valeu, já vou indo, temos mais algumas entregas agora. — Mark e Joon trocaram apertos de mãos e se separaram.
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  Namjoon correu para dentro do vagão e atendeu ao telefone fixo.
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  — Taehyung, você não perde essa mania de ligar para esse número, não é? — Joon murmurou assim que tirou o telefone do gancho.
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  — Hyung… — A voz do outro lado da linha era pouco mais alta que um sussurro.
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  — Taehyung? O que houve? — Namjoon parou com o tom de brincadeira com o qual sempre atendia ao telefone e ficou preocupado.
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  — Hyung… A gente pode se encontrar?
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  Algo naquele tom de voz fez com que Namjoon sentisse que algo estava gravemente errado com o amigo, por isso não perdeu tempo e combinaram de se encontrar na piscina do clube novamente. Namjoon pegou sua bicicleta e correu o mais rápido que pôde até o clube. Quando chegou lá, encontrou um Taehyung largado no chão, a expressão vazia…
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  — Taehyung, o que houve? — Joon se aproximou correndo, dando tapinhas leves no rosto do amigo que parecia fora do ar.
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  — Hyung… — O mais novo conseguiu murmurar.
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  — Mas o que… — Namjoon parou para dar uma boa olhada em Tae. Suas roupas estavam um trapo e havia manchas vermelhas espalhadas pela camiseta branca que ele vestia. O rosto estava um tanto inchado, o lábio cortado.
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  — Hyung… Eu…
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  — O que foi que houve? Foi o Andy que fez isso? — Joon perguntou erguendo o rosto de Tae para olhar melhor.
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  — Eu fiz… Eu fiz uma coisa…
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  — Foi o Andy que bateu em você, Tae? — Namjoon parecia não ouvir os sussurros do amigo, estava preocupado demais com o seu estado físico, procurando por machucados evidentemente sérios pelo corpo de Tae.
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  Quando finalmente conseguiu se certificar de que não havia nenhum machucado que passou despercebido, Namjoon percebeu o olhar marejado de Taehyung.
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  — Hyung… Eu… Eu…
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  — Eu vou até lá falar com esse cara e…
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  — Eu matei o Andy.
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  Namjoon parou no meio do caminho de sua caminhada nervosa e seus murmúrios, voltando seu olhar confuso ao mais novo.
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  — O quê?
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  Taehyung finalmente desabou, as lágrimas começaram a escorrer sem controle de seus olhos e as palavras saíram entre soluços e desespero.
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  — Ele bateu na , hyung… — Tae se encolheu abraçando os joelhos, e então Namjoon voltou a se agachar ao seu lado, o abraçando. — De novo. Eu não podia deixar que isso continuasse acontecendo… Eu não… Eu… Quando eu vi… Ele já…
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  Namjoon abraçou o mais novo com mais força e Taehyung se permitiu chorar tudo o que tinha dentro de si.
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  Passaram horas ali, apenas um na companhia do outro e Joon tentando acalmar o amigo que aos poucos conseguia ir explicando o que havia acontecido.
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  — Eu sou horrível, hyung… Eu deixei sozinha…
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  — Taehyung, você estava tentando defender ela e se defender.
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  — Eu sou tão horrível quanto o Andy… — O mais novo não parecia mais escutar Joon. — Eu tenho que ir… — Tae murmurou se levantando, pegando uma mochila e a pendurando em um dos ombros.
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  — Pra onde? — Namjoon perguntou levantando para ir atrás do amigo.
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  — Me deixa, hyung. — Ele conseguiu dizer com a voz firme. — Eu não deveria ter ligado para você e te colocado nessa situação. Me perdoe. — E dizendo aquilo, saiu andando e se embrenhando no meio do matagal ao redor da piscina abandonada.
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  — Taehyung! — Namjoon gritou, mas decidiu não ir atrás do amigo logo em seguida. Talvez ele precisasse de um tempo só para si. Esperou alguns instantes e rumou pelo mesmo caminho de Tae. A tarde já estava terminando e o céu estava escurecendo. Conseguiu avistar as costas de Taehyung a uma quadra de distância ao sair dos terrenos do velho clube.
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  Seguiu o amigo durante alguns minutos, até perdê-lo de vista em meio a uma multidão de trabalhadores que atravessava uma rua larga.
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  — Droga! — Exclamou olhando ao redor. Onde o amigo tinha ido parar?
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  Caminhou pelas ruas por onde achou que Tae poderia ter ido, olhou pela vitrine de lojas, perguntou em estabelecimentos, mas não conseguiu encontrá-lo em lugar algum. Decidiu começar a fazer ligações.
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  Jin estava em sua sala de jantar encarando um prato vazio à sua frente, sem muito ânimo. Viver a vida naquela casa relativamente grande sozinho estava se mostrando mais solitário do que imaginava ser possível. Ainda mais considerando que no dia anterior ele estivera na companhia de seus melhores amigos. Ele sentia falta de sentar-se à mesa com mais pessoas, com amigos, família… Ter deixado o seu mundo tinha sido uma ótima escolha, mas ainda assim, solitário.
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  Seokjin deixou o guardanapo de tecido de lado e se levantou. Não estava realmente com fome, então começou a arrumar toda a mesa e a guardar a comida que havia preparado. Estava pronto para começar a lavar a louça que havia usado no preparo do jantar quando ouviu o celular tocar sobre o balcão logo às suas costas.
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  — Alô? — Atendeu logo voltando a atenção para as panelas sujas.
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  — Hyung?
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  — Ah, Namjoon. O que houve? — Jin perguntou enquanto deixava um pouco de água cair sobre a louça.
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  — Taehyung sumiu, ele passou por maus momentos em casa ontem e… — A voz de Joon foi sumindo.
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  — O quê? Você tem ideia de onde ele pode ter ido? Ligou para os outros? — Seokjin secou as mãos no pano e saiu da cozinha, já indo calçar os sapatos.
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  — Já liguei para os outros. Eles vão procurar pelo Taehyung nos arredores. — A voz de Namjoon era carregada de preocupação.
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  — Tá, onde você está? O que aconteceu na casa dele para ele desaparecer? — Jin já estava com a chave de seu carro em mãos, rumando para a porta.
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  — Parece que foi algo quando ele chegou de tarde, depois de nos encontrarmos. — Joon dizia de forma apressada, talvez estivesse caminhando. — O marido da , ele… — A voz do rapaz morreu por alguns instantes. — O Tae brigou com ele para defender , mas…
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  — Mas o que, Namjoon? — Seokjin perguntou ficando nervoso.
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  — Tae pode ter ido longe demais…
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  — Longe demais? — Jin parou no meio de seu caminho até o carro.
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  — Ele pegou uma garrafa e… Ah, hyung… Se você tivesse visto o estado do Taehyung hoje mais cedo… Todo aquele sangue…
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  A menção de sangue fez Jin montar um cenário nada bom em sua mente.
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  — Tá, ele não pode ter ido muito longe. — Aquela afirmação era mais uma esperança do que qualquer outra coisa. — Me diz por onde você já andou, vou dar uma volta para ver se o encontro. — Seokjin disse tentando manter a calma e partindo com o carro.
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  — Todos os arredores do antigo clube… — Namjoon murmurou parecendo aturdido. — Precisamos achar ele, hyung…
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  E com aquilo, finalizaram a ligação.
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  — Ah, Kim Taehyung, o que foi que aconteceu? — Jin murmurou para si mesmo enquanto acelerava pelas ruas.
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  O rapaz passou pelos locais que sabia que Tae costumava passar; deu algumas voltas pelos arredores do clube desativado e mais algumas voltas por onde Namjoon também havia ido, mas não encontrou sinal do rapaz. Já estava ficando nervoso com a situação, pelo que conseguiu captar de Namjoon, a situação não estava boa para Taehyung e… Seus pensamentos foram interrompidos com a visão de relance de alguém que lembrava Tae adentrando uma delegacia.
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  Seokjin parou bruscamente o carro e estacionou de qualquer jeito, tamanha a pressa.
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  — Não, não, não… — Murmurava consigo mesmo enquanto caminhava a passos largos em direção à delegacia em que pensou ter visto o amigo.
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  Quando estava prestes a entrar, viu Taehyung parado do lado de fora, encarando a entrada como se estivesse tomando coragem.
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  — Ah, Taehyung! — Jin exclamou se aproximando do amigo, tentando puxá-lo para longe do local. — Vamos embora.
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  — Me solta, hyung! — O rapaz exclamou se desvencilhando dos braços do mais velho. — Eu vou me entregar. — Sussurrou.
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  — Não! — Seokjin se viu quase gritar com o pânico lhe subindo a alma. — Vamos para casa, vamos conversar e resolver isso.
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  — O que há para se resolver, hyung? Eu matei uma pessoa!
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  — Taehyung, foi um acidente! Você estava se defendendo! — Jin exclamou tentando mais uma vez puxar Tae.
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  — Não! — Tae empurrou Jin com força, quase o desequilibrando. — Eu quis fazer isso. Eu queria que ele desaparecesse, eu queria que ele parasse, eu queria que ele morresse!
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  — Ei, que confusão é essa aqui fora? — Um dos policiais surgiu de dentro da delegacia com cara de poucos amigos.
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  — Não é nada, senhor, apenas um mal entendido… — Seokjin começou, puxando o mais novo pelo braço.
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  — Vai embora, hyung! — Tae gritou surpreendendo o mais velho com um punho cerrado no queixo.
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  — Ok, já chega! — Mais policiais saíram da delegacia para apartar a possível briga que estava para surgir. — Você vem comigo. — O primeiro policial disse apontando para Taehyung.
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  — Vai embora, hyung… — Jin conseguiu ouvir o amigo sussurrar mais uma vez antes de ser levado para dentro da delegacia.
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  — O senhor quer prestar queixa? — outro policial surgiu à frente de Jin erguendo a sobrancelha.
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  — O quê? Não… — Seokjin ainda encarava a entrada do local, tentando raciocinar.
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  — O garoto o agrediu, na frente de autoridades. — O policial insistiu.
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  — Já disse que não foi nada. — Jin retrucou irritado, a mente trabalhando numa tentativa de achar uma forma de ajudar Taehyung.
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  — Então sugiro que saia daqui, parece que a conversa ali dentro vai ser longa. — O oficial apontou para trás.
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  — O senhor tem ideia do que vai acontecer com ele?
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  — Bom, desde que ele não tenha antecedentes e levando em consideração que o senhor não vai abrir uma queixa… — O policial suspirou. — Talvez passe a noite aqui.
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  Jin acenou com a cabeça e o policial adentrou novamente a delegacia.
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  Seokjin sentia que a cabeça iria explodir de tanto pensar. Havia alguma forma de tirar Taehyung daquela situação sem que ele se incriminasse? Talvez os policiais pensassem que o rapaz estava bêbado ou alucinando… Mas as roupas manchadas de sangue eram uma prova. Por que Taehyung não havia trocado de roupa?
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  — Aaish! — Jin resmungou irritado, dando um chute na parede. Rumou para o carro mal estacionado e quando viu seu reflexo na janela, suspirou. — Droga. — Havia anos que ele não fazia aquilo. Mas era por Taehyung. Era por todos os seus amigos. Ele tinha que fazer aquilo, era a única chance de tentar reverter aquela situação.
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  13 de Setembro

  Após encarar por longos instantes o espelho que havia acabado de descobrir após muitos anos, Jin respirou fundo e encarou o visor do celular. 13 de Setembro, 8 horas da manhã. Que aquilo fosse o suficiente…
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  Jin olhou para as polaroides que havia pendurado junto ao resto de sua coleção depois do encontro com os amigos. Aquelas imagens não passavam de um borrão escuro agora.
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  — Certo, nós vamos conseguir… — Seokjin disse para si mesmo observando cuidadosamente cada polaroid. — Taehyung, por favor… — Suplicou, apesar de não saber se acreditava em algum deus para quem pudesse rezar.
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  Jin foi até a cozinha e começou a preparar uma xícara de chá enquanto mordiscava uma maçã. Não estava realmente com fome, mas precisava comer alguma coisa. Ao morder a maçã, sentiu um incômodo no maxilar e então se lembrou do soco que Taehyung havia lhe dado. Sentiu um calafrio percorrer a espinha. Aqueles acontecimentos estavam no passado agora… Ou melhor… Não tinham acontecido ainda. E não aconteceriam.
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  Ele foi até o banheiro e pegou um comprimido analgésico, o soco não tinha sido tão forte assim para deixar uma marca maior, mas mesmo assim doía.
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  Quando voltou, a água para o chá já estava fervendo, e após colocar um pouco em sua xícara, guardou o restante em uma garrafa térmica. Rumou para a janela que dava para a rua novamente. O dia estava bonito, o sol radiante. Mas naquele instante o rapaz não estava nem um pouco feliz ao encarar as pessoas na rua, sorrindo, conversando, brincando entre si. Ele estava preocupado demais com Taehyung para conseguir pensar em qualquer coisa que não fosse uma forma de ajudar o amigo.
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  Quando terminou seu chá, que já estava há muito tempo frio, Jin ouviu o barulho do celular avisando a chegada de uma nova mensagem.
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“Hyung, vamos nos encontrar no antigo clube!
– Namjoon”

  Jin pegou suas câmeras, bem como as chaves da casa e do carro e rumou para fora. O dia precisava ser bom.
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  — Eu me sinto como um aventureiro andando no meio desse mato todo. — Hoseok comentou com os outros amigos enquanto caminhavam pelos terrenos do velho clube para chegar até a piscina desativada.
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  — Eu costumava fingir ser um caçador de tesouros quando era mais novo. — Jimin confessou.
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  — Em guardar, hyung caçador! — Jungkook exclamou com um graveto comprido em mãos, cutucando Jimin, que prontamente saiu procurando por algo que pudesse usar como sua arma.
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  Os dois saíram correndo e gritando um para o outro fingindo estar em um filme de aventura. Os que ficaram para trás apenas riram.
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  — Era bom quando a gente era criança… — Hobi murmurou deixando um sorriso de nostalgia transparecer.
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  — É, não ter que se preocupar com coisas de adulto, só com quais as brincadeiras do dia. — Namjoon concordou.
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  — Gosto das coisas como estão. — Yoongi deu de ombros.
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  — Não é que eu não goste da minha vida… — Hoseok se adiantou. — É só que era bem mais fácil quando éramos crianças.
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  — Uhum. — Joon concordou e Suga apenas deu de ombros novamente.
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  Quando chegaram à piscina vazia, viram Taehyung deitado no velho colchão que haviam levado para lá anos atrás, ele parecia perdido em seu próprio mundo.
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  — Hei! — Namjoon correu para chegar até o amigo. — O que você está fazendo? — Perguntou abrindo um sorriso em cumprimento ao que estava deitado. — Oh, Jin hyung, você chegou também!
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  Jin acenou para o grupo de amigos e logo se juntou a eles.
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  — Hyung, tá tudo bem? Você parece sério. — Namjoon murmurou após alguns minutos.
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  Seokjin estava sério e quieto enquanto olhava para o grupo, geralmente não era daquela forma que ele se portava.
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  — Está tudo bem, eu só não dormi muito essa noite. — Respondeu o mais velho dando um sorriso sem graça.
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  — Ah, você também, Jin hyung? — JK foi se sentar ao lado de Seokjin no chão da piscina. — Yoongi hyung também anda tendo problemas para dormir. — Disse enquanto mexia nos cabelos tentando arrumá-los de uma forma que parassem de cair sobre seus olhos.
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  — Ele ainda está bravo com a ? — Namjoon perguntou vendo o mais novo do grupo assentir.
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  — O hyung gosta muito dela.
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  — É uma situação delicada… — Joon murmurou pensativo. — Mas é a família dela.
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  — Mas não é como se ela fosse embora para sempre. — Jungkook fez careta. — Acho que eu ia querer apoiar ela se estivesse no lugar do hyung. — Concluiu.
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  — Wow, nosso JK todo crescido! — Jin riu da cara de poucos amigos do mais novo.
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  — Ah, mas quando você gosta de alguém, quer o bem dela, não é? — Namjoon pontuou.
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  — É isso que eu quero dizer. — JK concordou.
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  — É, bem… Acho que sim…? — Seokjin ergueu a sobrancelha sem saber muito bem o que dizer.
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  — Ah, hyung, você nunca gostou de ninguém? — Jungkook perguntou duvidando.
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  — Bem…
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  — Whoa! Que tempo bonito! — A voz de Hoseok se fez ouvir antes que Jin pudesse dizer qualquer coisa. — Esse sol me deixa animado! — Hobi começou a fazer dancinhas divertidas no meio da piscina.
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  — Ah, isso me lembra… — Seokjin murmurou apalpando os bolsos da calça a procura de algo. — A gente podia ir aqui. — Ele disse mostrando a polaroid para os mais próximos.
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  — A praia! — Jungkook exclamou animado. — Faz tempo que não vamos lá.
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  — O que vocês acham?
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  — O quê? — Suga e Taehyung que estavam mais longe chegaram perguntando.
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  — Vamos até a praia? — Jin perguntou sorrindo.
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  — Quando?
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  — Se todos estiverem livres, hoje. Agora.
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  O grupo se entreolhou e por fim concordaram.
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  — Temos que comprar comida! — Jimin exclamou ficando em pé num salto.
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  — E pegar cobertores.
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  — Podemos passar a noite lá. Faz tempo que não fazemos isso.
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  — Isso! Podemos levar marshmallows para assar na fogueira. — Jungkook se animou também.
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  Todos se levantaram e começaram a fazer os próprios planos, exceto Taehyung, que havia ficado num canto, quieto e pensativo.
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  — Hei, está tudo bem? — Namjoon se aproximou do amigo.
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  — Ah, sim… — Tae respondeu dando um leve sorriso. — Eu só estava pensando…
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  — Kim Taehyung, você anda pensando demais. Acho que vai ser uma boa nós todos irmos para a praia. Vamos nos divertir e descansar um pouco dessa vida de adulto. — Namjoon sorriu de lado e deu um soquinho leve no braço do mais novo, que suspirou dando-se por vencido e sorriu mais verdadeiramente.
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  — Yah, vocês dois! — Seokjin gritou, já do lado de fora da piscina. — Vamos nos preparar!
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  Os dois restantes correram até a borda da piscina e acompanharam o mais velho até fora do matagal que era atualmente o clube abandonado da cidade.
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  Já era quase o meio da tarde quando os sete estavam finalmente preparados para a pequena viagem à praia.
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  — Pegaram as comidas e as cobertas? — Seokjin perguntou quando todos se acomodaram na caminhonete; Jin na direção, Namjoon no passageiro, no banco de trás estavam Suga e Hobi e na carroceria estavam Jimin, Jungkook e Taehyung, fazendo a festa.
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  — Sim, hyung, tudo pronto! — Hobi esfregou as mãos de forma alegre e então os sete partiram.
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  O caminho até a praia que eles gostavam de ir levava algumas horas, era um local com pouco movimento, praticamente deserto. Quando mais jovens, gostavam de passar alguns dias acampando por ali, apenas eles. Mas já fazia algum tempo que não faziam aquilo, a vida de adulto tomava muito o tempo de todos.
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  Chegaram ao ponto favorito deles quase ao pôr-do-sol e o tempo já começava a esfriar.
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  — Jungkook, vamos fazer a fogueira antes que escureça demais! — Yoongi chamou o mais novo que prontamente correu em direção ao amigo e começaram a juntar gravetos e madeira para a fogueira.
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  — Wow, esse lugar continua o mesmo. — Hobi murmurou olhando ao seu redor enquanto ajudava a descarregar algumas cadeiras dobráveis.
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  — Eu sempre gostei daqui, sempre calmo e bonito… — Jin disse também parando para admirar a paisagem.
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  — Hyung, hyung! — Ouviram a voz de Jimin gritar mais ao longe. — Tire uma foto de nós! — Ele exclamou apontando para si mesmo e Jungkook que carregavam um tronco enorme na direção do grupo.
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  Seokjin gargalhou vendo os dois, mas logo correu para poder tirar a foto como pedido.
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  — Ah, pronto! — JK exclamou dando um tapinha no tronco ao largá-lo sobre a areia perto de onde o grupo passaria a noite. — Podemos jogar umas cobertas e sentar. — Disse parecendo orgulhoso de seu próprio achado.
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  — Ok, hora de acender a fogueira. — Yoongi murmurou depois de arrumar uma pilha de gravetos rodeados por um grupo de pedras.
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  Jungkook logo foi até Suga e os dois trabalharam em acender o fogo.
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  Quando todos estavam finalmente sentados ao redor da fogueira, a noite já havia caído e o frio começava a se fazer mais presente.
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  — Acho que da próxima vez podíamos trazer coisas para um verdadeiro acampamento. — JK se pronunciou pegando um marshmallow e o colocando no espeto para assar na fogueira.
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  — Eu ainda tenho o fogão portátil guardado… — Namjoon murmurou pensativo.
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  — Aí poderíamos fazer uma sopa quente para o jantar! — Hobi exclamou animado. — Uma pena que vamos passar pouco tempo aqui… — Fez um leve bico de chateação.
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  — Vamos aproveitar então! — Seokjin disse estendendo garrafas para cada um.
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  — Não sabia que você gostava de refrigerante, hyung… — Jimin murmurou pegando sua garrafa e a examinando.
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  — Não gosto, mas sou um hyung responsável, então nada de bebidas alcóolicas. Refrigerante era o mais próximo de algo com sabor bom, mas nada saudável que a loja tinha.
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  — Wah, eu adoro esse de sabor cereja! — Namjoon exclamou quando bebeu o primeiro gole.
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  — Eu sei, me lembro de você fazendo uma coleção de garrafas desses refrigerantes quando era mais novo. — Jin disse e os dois sorriram um para o outro. — Acho que o meu favorito é o de melão.
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  — Coca-cola! — Jungkook exclamou animado. — Hyung, você trouxe os nossos sabores favoritos? — perguntou espantado.
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  — É claro! Eu consegui me lembrar de todos eles. — Seokjin disse parecendo orgulhoso de seu feito.
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  — Namjoon hyung, cuidado para não colocar fogo no…
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  Mas já era tarde, o marshmallow de Joon estava em chamas e o rapaz se desesperou por alguns segundos, tentando apagar o fogo. No final das contas, o marshmallow foi parar na areia, pisoteado e queimado.
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  — Yah, hyung… — Hoseok olhou o amigo de lado, fazendo uma expressão engraçada. — Quantos marshmallows terão que ser sacrificados para você começar a tomar mais cuidado? — Perguntou se fingindo de sério, mas logo riu.
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  — Eu não tenho culpa, essas coisas simplesmente… Acontecem! — Joon exclamou fazendo bico, mas logo rindo junto com os amigos.
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  — Ah, mas como eu senti falta disso… — Seokjin murmurou olhando ao seu redor.
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  Jungkook e Jimin brincavam de lutar um com o outro um pouco mais distantes do grupinho na fogueira; Namjoon conversava com Taehyung e Hoseok, e Yoongi bebia seu refrigerante enquanto encarava a fogueira de forma séria.
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  — Hyung, se anime! — JK chegou dando um leve empurrão no ombro de Suga que pareceu sair de seus pensamentos. — Hoje a noite está bonita, você devia aproveitar! — O mais novo sorriu.
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  — Yah, Seokjin-ah, tem certeza que não tinha álcool nessas bebidas? — Yoongi perguntou enquanto prendia a cabeça de Jungkook sob o braço.
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  O mais velho gargalhou vendo a cena de JK tentando se livrar de Suga, que naquele instante bagunçava seus cabelos num cafuné exagerado. Jin bateu mais uma foto e sorriu, vendo Yoongi finalmente se levantar e correr atrás do caçula do grupo.
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  O céu já estava clareando, mas ainda era consideravelmente cedo quando Jungkook abriu os olhos. Havia adormecido perto da fogueira na noite anterior, e agora, com toda a claridade, não conseguia mais puxar o sono de volta. Com certa preguiça ele se sentou e ficou ali parado por alguns instantes, esperando que a mente deixasse o mundo do pré-consciente e entrasse de vez no consciente. Olhou ao seu redor, Hoseok ainda dormia enrolado em cobertas do outro lado da fogueira, mas o lugar de Yoongi estava vago.
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  JK olhou em volta a procura do amigo, o encontrou sentado no pier que havia ali perto. O rapaz se levantou, e ainda cambaleando de sono, foi caminhando em direção a seu melhor amigo.
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  — Hyung, você não dormiu de novo? — Perguntou se sentando ao lado do mais velho soltando um bocejo e coçando os olhos.
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  — Não tava com sono.
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  — Você sempre diz isso. O que é humanamente impossível.
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  — Talvez eu não seja humano então. — Yoongi soltou um riso sem humor. — E você, por que está acordado tão cedo?
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  — A claridade me acordou.
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  Suga apenas assentiu e continuou a olhar o horizonte, o sol começando a se levantar de vez.
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  — Foi bom ter vindo. — Disse por fim. — Esse lugar me traz paz.
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  Jungkook sorriu de leve, e se acomodou melhor ao lado do amigo no pier para observar o sol no horizonte.
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  — Sabe, seus pais são legais. — Yoongi disse de repente. — Eu sei que ultimamente eles só andam discutindo… — Continuou quando percebeu que o mais novo não se pronunciaria. — Mas eles sempre estiveram lá por você.
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  JK queria muito cortar aquela conversa, mas era a primeira vez que Yoongi falava de família sem ser para atacar e criticar, então o mais jovem decidiu ser sensato e tentou continuar a conversa.
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  — É uma droga ter que ouvir eles gritarem um com o outro todos os dias.
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  Suga assentiu concordando.
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  — Deve ser mesmo. — O mais velho suspirou erguendo a cabeça um pouco. — Mas isso é um problema que eles vão ter que resolver. — Voltou seu olhar para o amigo de infância.
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  — Eu queria que eles pudessem parar de discutir. Que eles percebessem o quanto isso me machuca. — JK murmurou baixando o olhar. — Eu tentei ser o melhor filho para eles. — Ao erguer o rosto, o garoto tinha os olhos marejados. — Não dar problemas, tirar as melhores notas, eu até tentei gostar de piano! — Disse num resmungo tentando segurar as lágrimas.
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  Yoongi apenas deu um sorriso de compreensão e puxou o mais novo para um abraço desajeitado, dando leves tapinhas em suas costas enquanto JK se permitia chorar.
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  — Seja o que for que esteja acontecendo entre eles, Jungkook, a culpa não é sua. — Suga murmurou. — Você é o orgulho deles.
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  JK fungou e se afastou limpando o rosto com as mangas da blusa. O rosto estava vermelho, assim como os olhos. Então ele soltou um riso sem graça entre uma fungada e outra, Yoongi apenas acenou com a cabeça e voltou os olhos para o horizonte novamente. Ele sabia que Jungkook estava um pouco envergonhado por demonstrar uma fraqueza na frente de alguém, geralmente ele se mostrava forte e sem medos, mas ainda assim, era apenas um garoto com seus problemas.
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  Passado alguns minutos, o sol já brilhava forte no céu e os vestígios de lágrimas já tinham ido embora.
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  — Hei! Vocês dois! — Ouviram a voz de Hoseok berrar ao longe. — Venham tomar café!
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  — Desde quando marshmallow e refrigerantes são café da manhã? — Yoongi ergueu a sobrancelha encarando Jungkook que riu enquanto se levantava.
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  — Vamos sempre confiar que Jin hyung tem algo para nós. — JK murmurou dando um leve tapa no ombro do amigo.
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  Todos agora estavam fora da picape ao redor dos restos da fogueira da noite anterior. Jin estendeu uma sacola para os dois que se aproximavam.
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  — Sanduíches? — Yoongi ergueu as sobrancelhas um pouco surpreso.
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  — Viu? Sempre podemos confiar no Jin hyung. — Jungkook riu pegando um dos sanduíches.
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  — É da conveniência, mas dá para o gasto. — Seokjin murmurou dando uma mordida no seu lanche.
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  — Melhor do que marshmallows…
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  Os sete comeram juntos e conversaram e riram uns com os outros. O sol estava bastante quente quando arrumaram tudo de volta na picape.
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  — Eu adoro a vista das docas. — Hoseok disse correndo em direção a uma mureta, logo sendo acompanhado pelos demais.
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  Jin sorriu vendo os amigos sorrindo felizes e aquilo aqueceu seu coração. Ele sacou a filmadora e começou a gravar o momento.
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  — Olha as gaivotas. — JK exclamou abrindo um largo sorriso ao encarar as aves no céu. — Elas parecem tão livres. — Disse ficando em pé na mureta e abrindo os braços como se fossem asas.
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  — Eu adoro o cheiro do mar. — Jimin disse fechando os olhos e sentindo a brisa leve no rosto.
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  O grupo ficou ali sentado na mureta encarando o mar e conversando por alguns minutos de forma animada. Jin ainda gravava os arredores quando voltou sua filmadora para um andaime alto que estava montado a poucos metros de onde estavam. Quando subiu o olhar, Jin sentiu um frio percorrer sua espinha. Parou encarando o alto do andaime sem saber o que fazer.
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  — Hyung, o que… — Namjoon voltou o olhar para a mesma direção em que o mais velho olhava e levou um susto. — Taehyung?
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  Ao ouvirem o nome do amigo, todos viraram para saber o que estava acontecendo.
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  Taehyung estava parado ali no alto, encarando o mar à sua frente fixamente.
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  — Tae, desce daí! — Ele ouviu a voz dos amigos ao longe. Virou-se para encará-los lá embaixo. — Desce, é perigoso!
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  Tae olhou para cada um deles e sorriu. Eles eram como sua família. Eles só lhe trouxeram bons momentos… Ele queria que aquele momento durasse para sempre.
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  Voltou seu olhar novamente para o mar e respirou fundo. O tempo podia parar ali e ele morreria feliz. Com aquele pensamento na cabeça, ele pulou.
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Capítulo 3

  14 de Setembro

  Os seis estavam sentados juntos na recepção do hospital perto da praia. Apesar de terem conseguido tirar Taehyung do mar, ele ainda tinha engolido muita água e havia perdido a consciência. Todos estavam muito assustados com o acontecido.
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  — Por que ele faria algo assim? — Hoseok murmurou baixinho olhando para seus próprios pés, enquanto esperava por mais notícias do amigo.
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  — Talvez tenha sido um acidente… — Jimin respondeu, o olhar perdido. — Talvez ele só quisesse fazer suas gracinhas de sempre e…
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  — Não. — Namjoon disse em tom baixo, porém, sério. — Acho que as coisas estão ficando pesadas na casa dele.
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  Quatro cabeças se viraram para encarar Joon com surpresa; Jin apenas suspirou e assentiu concordando.
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  — Taehyung nunca mais comentou nada sobre … — Hobi disse um tanto perplexo. — As coisas estão realmente ruins…? — O rapaz pareceu triste ao saber daquilo.
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  Por mais que todos os sete fossem extremamente próximos, Taehyung era um dos que menos falava sobre sua vida “em casa” com a desculpa de que nada havia mudado desde a última vez que haviam falado sobre o assunto. Tae era do tipo que preferia ouvir e ajudar os outros, não de falar e ser ajudado.
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  — O que aquele Andy fez com o Taehyung? — Jungkook perguntou fechando a cara ao se lembrar das vezes que o amigo havia aparecido com um hematoma ou outro no corpo por culpa de Andy.
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  — Não é só o Andy, mas a situação toda com a . — Namjoon murmurou depois de suspirar pesadamente. — Vocês sabem como o Tae se importa e zela pela família, ainda mais depois que a mãe morreu…
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  — Ele está num emaranhado complicado… — Seokjin murmurou massageando a base do nariz.
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  — Por que a continua com esse imbecil? — Yoongi perguntou de repente, num tom irritado.
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  — Hyung… — Namjoon soltou, parecendo cansado.
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  — É sério, por que ela continua aceitando tudo isso? As agressões, as palavras cruéis… E até a agressão contra o próprio irmão! — O segundo mais velho do grupo parecia enfezado e mal-humorado.
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  — Hyung, não é tão fácil assim…
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  — E também não é tão difícil. — Yoongi respondeu exasperado. — Ela poderia pedir ajuda. Nós poderíamos ajudar se fosse necessário. Taehyung é nosso amigo, e se essa situação afeta a vida dele, também nos afeta. 
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  — Yoongi, nem sempre as pessoas que sofrem esse tipo de opressão conseguem tomar coragem para fazer algo… — Seokjin murmurou demonstrando chateação. — E Taehyung não é do tipo que gosta de compartilhar seus problemas… Não podemos simplesmente intervir… — Uma pontada de culpa se fez presente ao dizer aquilo.
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  — Eu me sinto horrível em pensar que nosso Tae tenha que passar por algo assim sozinho… — Jimin murmurou com a expressão triste.
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  — Mas é isso que eu estou dizendo, ele não precisa estar sozinho. — Suga retrucou sério. 
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  — Podemos conversar com Taehyung sobre isso depois. — Joon se pronunciou. — Agora precisamos ver se ele está bem.
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  Todos concordaram nisso.
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  Faziam alguns minutos que eles esperavam por notícias do amigo; enfermeiros haviam levado Taehyung para uma sala e lá haviam sumido. Por mais que tivessem feito todos os procedimentos iniciais para vítimas de afogamento, os seis estavam aflitos, queriam que um médico dissesse que o amigo estava fora de perigo.
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  Por fim, um homem saiu da sala de emergências e caminhou na direção do grupo.
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  — Doutor, como está Taehyung Kim? — Namjoon se levantou de onde estava num pulo e correu em direção ao médico.
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  — Vocês são…
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  — Amigos, trouxemos ele aqui.
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  — Certo. O quadro dele é estável, mas vai precisar ficar em observação por algum tempo para garantirmos que não houve sequelas e nem risco de um afogamento secundário.
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  Todos prestavam bastante atenção no que o homem dizia, já formando um pequeno círculo ao seu redor.
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  — Ele está fora de risco? — Seokjin perguntou e os outros prestaram ainda maior atenção no médico.
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  — Bem, sim. Ele está fisicamente bem, a observação é apenas procedimento, casos de afogamento são delicados, e os primeiros socorros são grandes divisores de vida e morte. Vocês fizeram bem os procedimentos. O rapaz parece apenas um pouco em choque. 
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  — Nós podemos vê-lo? — Jin voltou a perguntar.
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  — Sugiro que vão apenas alguns, apesar de bem, ele precisa descansar. — O médico disse e os outros concordaram. — Ele está na ala de emergência. — Apontou e depois saiu andando em direção ao balcão de recepção.
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  — Vai você, hyung. — Hobi disse encarando Namjoon.
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  — Sim, vocês são mais próximos. — Seokjin murmurou e os outros concordaram.
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  — Por favor, diga a ele que se recupere logo e fique bem. — Jimin quase sussurrou, os olhos querendo marejar.
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  — E que ele não está sozinho. — Jungkook completou e todos concordaram mais uma vez.
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  — Certo. Ninguém mais quer entrar? — Joon perguntou.
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  — Acho que é melhor você ir. Você o conhece melhor do que ninguém. — Yoongi se pronunciou voltando a se sentar na cadeira da sala de espera.
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  Namjoon apenas assentiu e foi em direção à ala de emergência. Caminhou por algumas camas separadas por cortinas até encontrar onde o amigo estava.
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  — Taehyung! — Joon exclamou indo abraçar o mais novo.
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  — Hyung… — Tae respondeu com a voz pouco mais alta que um sussurro.
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  — Como você se sente? 
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  Taehyung encarou Namjoon e então todas as emoções tiveram vazão. As lágrimas vieram tão de repente que o rapaz levou alguns segundos para compreender, e então ele desabou.
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  — Me desculpe… — Sussurrou de forma estrangulada, já que tentava segurar o choro, falar e respirar ao mesmo tempo.
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  — Tá tudo bem, Taehyung. — Namjoon abraçava o amigo, sentindo-se emocionar também.
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  — Eu sinto muito, eu sinto muito…
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  — Só por favor, não faça mais isso. — Joon murmurou se afastando para poder encarar o mais novo. — Todos nós ficamos preocupados com você, Tae. 
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  — Eu só trago preocupação e problemas para todos… — Taehyung murmurou se encolhendo na cama tentando controlar as emoções.
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  — Não fala besteira! — Namjoon ralhou. — Estamos todos aqui com você, por você. Todos queremos que saiba que você pode contar conosco para o que precisar. — Joon se abaixou para conseguir encarar o rosto de Tae. — Você não está sozinho, entendeu?
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  Taehyung levantou um pouco o olhar, as lágrimas se formando novamente. Ele tinha a sensação de vazio naquele momento. Quando havia pulado, a sensação era de que o peso do mundo estava em seu interior, agora… Nada. Não sabia dizer qual era pior, mas o fato é que nada estava melhor. Queria que a expressão “se desmanchar em lágrimas” pudesse ser literal. 
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  — Hei, você não está sozinho. — Namjoon repetiu, daquela vez fazendo o mais novo encará-lo nos olhos. — Não importa com o que você precisa de ajuda. Todos nós estamos aqui com você.
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  Tae baixou o olhar e respirou fundo.
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  — Eu só queria que tudo acabasse. — Declarou.
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  — Você nem sequer cogitou a ideia de falar com um de nós? Comigo? — Joon soou ressentido. — Eu sei que você não gosta de levar seus problemas para os outros, Tae, mas existem coisas que você simplesmente não pode lidar sozinho.
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  Ouvir aquilo fez algo se contorcer dentro de Taehyung. Ele sempre lidou com seus problemas sozinho, principalmente depois da morte da mãe. Por mais que fosse sua irmã mais velha, ele se sentia na obrigação de ser o homem da casa já que seu pai havia falecido muito antes e sua mãe era sozinha. Ele precisava ser forte para não levar mais problemas para sua mãe e sua irmã. E depois de sua mãe partir, ele não podia arranjar mais problemas para
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  — Você falou alguma coisa para…
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  — Não ligamos para a ainda. — Joon o interrompeu. — Mas vamos ter que ligar, você vai ter que ficar aqui pelo menos até amanhã, ela vai ficar preocupada.
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  — Por favor, não…
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  — Taehyung, ela é sua irmã, precisa saber o que acontece com você.
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  — Não posso fazê-la se preocupar mais…
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  — Podia ter pensado nisso antes de pular daquela plataforma. — Namjoon soltou, mas logo se arrependeu ao ver a expressão no rosto do amigo. — Desculpe.
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  — Eu sei que fiz a coisa errada, mas por favor, hyung, não conte para , ela já tem muito com o que lidar com Andy…
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  — Eu queria poder socar a cara do Andy. — Joon deixou escapar. — E dar um tapa em você, Taehyung.
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  Tae olhou espantado para o melhor amigo, não esperava aquela reação.
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  — Você tem a todos nós seis para pedir ajuda, mesmo que fosse para pedir abrigo e fugir desse imbecil, mas você continua querendo bancar o forte e esconder tudo para si mesmo. — Namjoon parecia segurar as lágrimas, Tae só não sabia se de raiva ou tristeza. 
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  — Como é que eu poderia fugir e deixar a ? — Soltou num sussurro fraco.
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  — Você poderia fugir com ela, eu não sei! — Joon quase gritou se frustrando. — Qualquer coisa, Taehyung! Nós estamos aqui para qualquer coisa! Então deixa a gente te ajudar! — O final da frase saindo como uma súplica.
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  — Eu sinto muito, hyung… — Tae murmurou cabisbaixo.
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  — Só cala a boca e promete que da próxima vez vai pedir ajuda. — Namjoon deixou algumas lágrimas escaparem e após Taehyung assentir, o abraçou com força.
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  Quando Namjoon voltou a se reunir com os outros cinco, Jimin, Hobi e Jungkook se levantaram correndo cheios de perguntas.
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  — Como ele está, hyung?
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  — Ele está bem?
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  — Vai se recuperar?
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  Joon soltou um riso leve e abriu caminho para se sentar numa das cadeiras da recepção.
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  — Ele vai ficar bem. — Disse. — Está um pouco abalado ainda.
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  — Você disse que estamos todos aqui? — Jimin perguntou parecendo preocupado.
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  Namjoon apenas assentiu.
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  — Parece que vocês tiveram uma conversa sentimental lá dentro… — Yoongi comentou encarando o rosto de Joon que ainda estava um pouco vermelho do choro.
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  — Acabei falando tudo o que comentamos aqui. — Namjoon respondeu encarando os próprios pés. — Sobre ele não pedir ajuda e tudo mais.
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  — E…? — Yoongi ergueu a sobrancelha esperando.
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  — Talvez ele tente pedir ajuda da próxima vez. 
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  Yoongi suspirou pesadamente. Talvez. Às vezes ele tinha vontade de poder enfiar algum senso na cabeça dos amigos, seria tão mais fácil… Mas tudo o que podia fazer era aceitar as escolhas de cada um, no máximo retrucar e dar sua opinião.
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  — Não tínhamos que avisar a noona? — Jimin perguntou parecendo de repente se lembrar de .
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  — Taehyung pediu para não dizermos nada a ela. — Joon murmurou.
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  — Mas não podemos deixá-la sem saber de nada. — Hobi ergueu a sobrancelha, sério.
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  — Podemos mandar uma mensagem dizendo que vamos passar mais um dia na praia? — Jungkook sugeriu, mas em tom de dúvida.
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  — Ótimo. — Yoongi disse cruzando as pernas e colocando as mãos sobre os joelhos. — Namjoon manda uma mensagem para e você liga para os seus pais. — Completou encarando o mais novo seriamente.
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  — O quê? Hyung! — JK exclamou de forma indignada. — Eu já tenho 19 anos!
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  — E ainda mora com seus pais. — Suga continuou impassível. — Deve pelo menos um aviso de onde está passando a noite a eles.
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  Jungkook ia reclamar, mas apenas soltou um suspiro de derrota.
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  — Só uma mensagem. — Retrucou, já pegando seu celular. Yoongi apenas balançou a cabeça satisfeito. Era melhor do que nada.
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  — Então… — Seokjin se pronunciou depois de muito tempo em silêncio. — Nós vamos para algum hotel ou algo assim? — Questionou, logo vendo várias cabeças se voltando para si. — Quer dizer, nós não podemos continuar dormindo na picape e não podemos ficar aqui…
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  — Podemos pesquisar algum lugar barato para ficarmos. — Namjoon murmurou pensativo. — É só por uma noite mesmo.
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  — Tem uma pousada aqui perto. — Jungkook informou enquanto olhava os resultados das pesquisas no celular.
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  — Ah, a diária parece em conta e inclui café da manhã! — Jimin que havia ido até o amigo exclamou animado. — Podemos ver se eles têm quartos que possamos dividir.
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  — A gente precisava comprar roupas. — Yoongi resmungou, pelo tempo estar relativamente quente, as roupas estavam mais secas, mas o cheiro era terrível. — Vamos pegar resfriados e ainda ficar fedendo se não fizermos isso.
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  Todos assentiram.
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  — Precisamos trazer uma muda de roupas para Taehyung também. — Hoseok lembrou.
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  — Ok, vamos resolver essas coisas e então voltamos para ver como o Tae está. — Seokjin disse e todos concordaram.
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  — Acho que tem algumas lojas perto da praia no calçadão que devem ter alguma roupa simples para nós. — Hobi murmurou pensativo tentando se lembrar das lojas pelas quais haviam passado.
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  — Ok, não temos malas, então podemos ir ver as roupas e depois a pousada. — Namjoon murmurou e todos começaram a fazer o caminho até a entrada do hospital.
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  Todos acabaram por optar por roupas de cores neutras que coubessem nas despesas de cada um, não podiam se dar a muitos luxos, ainda precisariam pagar uma diária da pousada, custear com as despesas do hospital e manter um dinheiro extra para qualquer eventualidade.
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  Haviam comprado uma camiseta branca lisa e um conjunto de moletom para que Taehyung pudesse usar quando fosse liberado no dia seguinte, levando em conta que ele estava vestido com as roupas de paciente de hospital. Naquele instante os seis estavam se acomodando nos dois quartos que haviam alugado na pousada de família perto da praia. Jungkook, Yoongi e Namjoon dividiam um e Jin, Jimin e Hoseok dividiam outro.
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  — Estou pensando em ver se deixam acompanhantes pernoitarem no hospital… — Namjoon murmurou pensativo com as mãos entrelaçadas sob o queixo.
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  — Namjoon, ele está numa ala compartilhada, dificilmente vão deixar alguém ficar ali. — Yoongi murmurou jogando o celular longe na cama enquanto se encostava na parede. — Se você estiver preocupado, podemos ir vê-lo mais tarde.
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  — E o médico disse que ele precisava descansar, certo? — JK murmurou descendo da cama de cima da beliche num pulo.
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  — Eu tenho medo das coisas que Taehyung pode começar a pensar enquanto estiver sozinho. — Joon expôs sua preocupação batendo os pés no chão inquietamente.
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  — Ele tá num hospital, não vai fazer nada estúpido. — Suga murmurou parecendo cansado. — Mas vamos ver ele mais tarde só para garantir.
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  — Hyung, o seu celular não para de vibrar… — Jungkook disse encarando o aparelho jogado na cama do mais velho.
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  — Eu sei.
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  — E não vai ver o que é?
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  — Se eu quisesse saber, já teria visto. — Yoongi respondeu de má vontade.
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  O mais novo encarou Namjoon e este apenas deu de ombros, sem a menor ideia do que poderia estar acontecendo.
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  — Hei, vocês! — Os três puderam ouvir a voz de Seokjin seguida por uma batida na porta. — Nós vamos comprar algumas coisas para levarmos para o Taehyung mais tarde, querem ir? — O mais velho anunciou assim que JK abriu a porta.
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  — Que tipo de coisas? — Namjoon perguntou se levantando de sua cama.
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  — Comida! — Jimin passou exclamando pelo corredor dos quartos parecendo bem mais alegre do que algumas horas antes.
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  — Vão levar comida para um hospital? — Namjoon ergueu a sobrancelha.
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  — Hyung, todo mundo sabe que comida de hospital é triste e sem graça. — Hoseok surgiu ao lado de Jin. — E precisamos animar Taehyung!
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  — Sim, e nada mais animador do que comida gostosa.
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  — E doces! — Hobi abriu um largo sorriso deixando sua empolgação em poder fazer alguma coisa pelo amigo internado transparecer.
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  Namjoon apenas deu de ombros e saiu do quarto indicando que acompanharia os outros.
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  — E vocês dois? — Jin perguntou para JK e Yoongi.
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  — Vocês podem ir, eu vou ficar aqui e descansar. — Suga murmurou em tom cansado.
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  — Quer que eu…
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  — Me traz uma barra de chocolate, Jeon.
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  Jungkook apenas assentiu e foi para fora com os outros, sabia que o amigo queria um espaço para si quando ele usava aquele tom, apesar de chateado, não havia nada que JK pudesse fazer.
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  — Tá tudo bem com ele? — Seokjin perguntou após a porta ser fechada.
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  — Deve ter algo a ver com as mensagens que ele está recebendo no celular e não quer ver do que se trata. 
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  Jin voltou o olhar para a porta do quarto em que Suga estava e ficou imaginando o que poderia estar atormentando tanto Min Yoongi, mas a resposta não parecia nem perto de chegar quando a voz de Jimin chamou ao longe.
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  Yoongi estava esparramado sobre a cama na qual dormiria naquela noite, encarava o teto fixamente, mas sua mente estava longe dali. Mais precisamente no Canadá com Graham.
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Eu vou ter que ficar mais alguns dias aqui. Minha mãe precisa de ajuda.
.

Suga, diz alguma coisa…

Hei, me responde!

  Mas ele havia ignorado todas as mensagens que havia enviado.
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  Bem lá no fundo ele sabia que sua garota estava fazendo o que devia fazer, ela era uma boa filha, exemplar. Mas a maior parte de Min Yoongi estava preenchida pelas mágoas familiares que haviam acontecido e deixado marcas fundas nele. havia sido a pessoa que tinha lhe mostrado um mundo novo depois de ser chutado pela família e ter tido que começar sua vida sozinho na América. Ele até tinha parado de fumar em consideração à ela!
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  Yoongi resmungou irritado e se colocou sentado, inquieto.
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   Graham tinha estado ali para ele durante quase três anos inteiros, iluminando seus dias e o guiando durante as noites mais sombrias. E agora ela estava partindo. Partindo como todos os que ele conhecia e amava pareciam estar fazendo. Partindo para deixá-lo de volta sozinho na escuridão eterna que era a vida antes dela.
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  Ele não estava pronto para aquilo. Não para ser abandonado de novo.
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  O celular sobre a cama tocou e Yoongi teve vontade de taca-lo longe. Demorou algum tempo até ele decidir ignorar a chamada e deixar que caísse na caixa-postal. Ele não estava nem um pouco a fim de falar com .
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Yoongi, precisamos conversar, por favor, me responde.

  Ele odiava as mensagens que começavam com “precisamos conversar”. Os filmes e novelas não retratavam essa como a pior frase em um relacionamento? Ela nunca vinha com um final feliz.
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  O celular começou a tocar novamente, e aquilo enervou o rapaz que catou o aparelho e com toda a raiva que estava dentro de si, o arremessou contra a parede fazendo-o se espatifar. 
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  — Hyung, eu trouxe o se… — A frase de Jungkook ficou por terminar quando ele abriu a porta e encontrou aquela cena. — Hyung?
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  Yoongi encarou o mais novo com o olhar enfurecido e a passos largos saiu do quarto, quase atropelando um Hoseok que ia entrando cantarolando alegre.
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  — Mas… O que foi que houve? — Hobi fez expressão de confusão.
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  Jungkook foi até o celular estilhaçado e o analisou. 
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  — Só pode ter sido alguma coisa com a … — O mais jovem suspirou.
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  — Não acha melhor ir ver como ele está? — Hobi foi dar uma olhada nos restos do aparelho também. 
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  — Acho que ele quer ficar sozinho…
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  Hoseok apenas fez que sim, mesmo com ar de dúvida, mas JK conhecia Suga melhor do que qualquer um ali. Se ele achava que Yoongi precisava de um tempo sozinho… Então ele acreditaria.
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  — Taehyung vai adorar esses doces! — Jimin exclamou feliz, mas logo parando à porta do quarto vizinho do seu. — O que houve? Yoongi hyung passou por mim com uma cara nada feliz.
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  — Parece que ele teve alguma coisas com . — Hobi murmurou apontando para o celular que agora Jungkook segurava.
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  Jimin deixou sua expressão de espanto transparecer. Sabia que às vezes Yoongi tinha seus momentos explosivos, mas nunca tinha presenciado um — ou a vítima de um, considerando o celular —, apenas ouvido relatos. Nunca realmente imaginara Suga agindo de forma violenta.
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  — Vou avisar o Jin hyung, ele queria saber se já íamos até o hospital.
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  — Vamos só dar um tempo para o Yoongi hyung se acalmar. — Hobi disse dando tapinhas no ombro de Jungkook que parecia chateado. — Vamos, maknae, vamos dar uma volta por aí enquanto esperamos. — Hoseok puxou JK em direção à porta e os três, Hobi, Jungkook e Jimin saíram para tentar passar o tempo.
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Capítulo 4

  15 de Setembro

  Era cedo quando os seis apareceram no hospital para pegar Taehyung. Na noite passada Hobi, Jimin, Jin e Namjoon tinham ido ver o rapaz que parecia bem melhor do que antes. Levaram todas as bobagens que haviam comprado para Tae comer quando sentisse vontade e também as novas roupas para que ele pudesse vestir quando recebesse alta.
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  Taehyung já estava esperando na recepção quando todos chegaram. Ele usava as roupas compradas para ele e também um par de chinelos, já que seu tênis havia ficado completamente sem condições de uso após tomar banho de mar.
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  — Taehyung! — Jimin saiu correndo em direção ao amigo dando-lhe um abraço apertado. — Sentimos a sua falta!
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  — Yah, eu só fiquei longe por um dia. — Tae retrucou sério, mas logo riu.
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  — Mas é muito estranho estarmos todos juntos sem você. 
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  — Jimin tem razão. — Hoseok chegou dando um abraço rápido no amigo.
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  — Sim, é por isso que é bom você não nos dar mais sustos assim. — Seokjin surgiu após falar com a recepção a respeito das despesas.
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  — Você ouviu seus hyungs, Kim Taehyung. Nada mais de sustos. — Yoongi murmurou com sua voz arrastada e séria de sempre, mas logo dando um abraço no rapaz também. — Não me faça te bater. — Disse dando-lhe um soquinho de brincadeira no braço.
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  — Eu sinto muito. Me desculpem. Todos. — Taehyung murmurou baixando o olhar um tanto envergonhado.
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  No tempo em que havia ficado sozinho no hospital tinha tido tempo para pensar em seus atos e suas decisões. Não havia sido nada inteligente aquele pulo no mar. Além de ter sido extremamente covarde, como ele pretendia ajudar a abandonando com Andy? E como, além de sua irmã, seus amigos iam ficar se algo ruim realmente tivesse acontecido? Se morresse, a única coisa que deixaria para trás seriam problemas. E não eram exatamente eles que Taehyung queria resolver para começo de tudo?
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  — Só nos prometa nunca mais fazer algo do tipo. — Seokjin murmurou dando um leve cutucão nas costelas do rapaz que se encolheu e riu.
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  — Prometo ser mais responsável. 
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  — Certo, vocês vão lá pra fora, aposto que Taehyung já está cansado de ver essas paredes sem graça do hospital. — Jin foi dizendo e fazendo sinal para os amigos saírem logo.
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  — Hyung, ainda temos que ver a situação das despesas… — Namjoon chegou cochichando para o mais velho que apenas sorriu e balançou a cabeça.
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  — Leve os meninos lá pra fora, eu cuido do resto.
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  — Mas hyung…
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  Jin apenas ergueu a sobrancelha e ficou sério encarando o amigo.
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  — Tá, mas vamos pagar de volta.
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  — Não se preocupe com isso, resolvemos depois. — Seokjin sorriu e saiu andando para longe no corredor.
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  Namjoon suspirou de forma pesada, mas fez o que o mais velho mandou. Nenhum deles tinha exatamente condições de arcar com as despesas do hospital que não eram nada baratas, tirando Seokjin e Jungkook — o primeiro parecia manter uma vida com um padrão médio para alto, e o segundo tinha pais que poderiam ser considerados ricos —, o restante do grupo não vivia tão bem assim em comparação. Obviamente não viviam em situação de pobreza, mas não tinham dinheiro sobrando tampouco.
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  Joon caminhou com os outros para o estacionamento e viu Suga o encarar questionando, mas apenas balançou a cabeça pedindo para o amigo deixar para lá. 
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  — Ok, vamos lá, antes que famílias venham atrás de mim por sequestro. — Jin surgiu já indo em direção à porta do carro.
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  Todos se acomodaram, Hoseok trocando de lugar com Taehyung para que este pudesse ficar mais confortável e longe do vento.
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  — Hyung, você nunca fala muito sobre sua família… — Tae murmurou olhando de canto de olho para Seokjin que o encarou pelo retrovisor.
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  — Não tem muito o que se falar. — Deu de ombros. — Eu não costumo falar muito com meus pais e irmãos faz algum tempo.
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  — Hum… Família é algo complicado. — Yoongi soltou, os braços cruzados e a expressão séria.
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  — Você tem irmãos? — Taehyung perguntou um pouco mais interessado.
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  Jin assentiu.
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  — Sou o caçula da família.
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  — E seus pais não se importaram em você viver sozinho? — Namjoon perguntou se virando para o mais velho. — Imagino que sendo o mais novo eles devem se preocupar…
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  — Meus pais… Sabem que eu sei me virar bem sozinho.
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  — Oh, hyung! — Os quatro na cabine ouviram a voz de Hoseok na carroceria. Ele enfiou a cabeça pela janela que dava para a cabine. — Mas você não fala com sua família? — Perguntou parecendo surpreso. — Vocês estão em maus termos?
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  Seokjin soltou um risinho e depois suspirou.
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  Não, eles não estavam em maus termos. A verdade era que Kim Seokjin era simplesmente uma farsa. Não havia um senhor e uma senhora Kim, seus pais. Nem irmãos ou irmãs de fato. Haviam aqueles que ele costumava chamar de irmãos, era o mais próximo de família que ele conhecia. De onde ele vinha, “família” era uma das coisas mais importantes, mas sendo importante também se tornava perigosa. Coisas importantes podiam se tornar uma fraqueza. E anos atrás ele tinha fugido de seu lar. Mas para viver uma vida própria entre humanos, ele precisava de um núcleo familiar como qualquer outra pessoa, por isso começou a montar o que lhe parecia ideal: pai, mãe, irmãos e irmã.
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  — Não, nós só… Decidimos seguir por caminhos diferentes. — Concluiu.
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  — Você deveria voltar a falar com eles, hyung. — Hobi manifestou seus pensamentos. — Quero dizer, a família é tudo o que nós temos de verdade no mundo. É uma coisa importante. — E começou a divagar. 
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  Para Jung Hoseok família era a coisa mais importante na vida de alguém, e como considerava seus amigos como parte da família, não precisava dizer que as verdadeiras amizades também tinham o mesmo peso. Hobi não tinha um núcleo familiar perfeito, mas quem é que tinha? Seus pais haviam se divorciado quando ele tinha cinco anos, e apesar da memória de sua mãe se despedindo ser dolorosa em sua mente, ele ainda a tinha em alta estima. Após o divórcio, a mãe de Hoseok voltou para a Coréia com a filha mais velha e ele havia ficado na América com o pai. Apesar da distância, ele nunca deixou de se comunicar com nenhum dos três e uma de suas maiores alegrias era ver o quanto sua mãe e irmã estavam bem.
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  — Eu só acho que se eles não se importam com como eu sobrevivo, eu tampouco devo me importar com eles. — Yoongi  grunhiu voltando o olhar para a estrada por sua janela.
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  Hobi apenas encarou-o e pareceu chateado, mas compreendia que nem para todos família tinha o mesmo significado que para ele, ou nem todos tinham a mesma visão dele.
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  — Hobi hyung, como anda a preparação para o concurso? — Jungkook perguntou chamando a atenção do amigo de volta para a carroceria da picape.
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  — Ah, Hobi está preparando uma dança muito boa! — Jimin exclamou empolgado.
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  — Eu só preciso falar com a . Dizem que danças com dupla costumam ter melhor recepção entre os jurados.
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  — O concurso não é daqui um mês? — JK questionou pensativo.
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  — Dois meses, mas ela é rápida em aprender. — Hoseok não parecia preocupado com aquilo. — Mas está sendo difícil conseguir encontrar com ela…
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  — Já tentou mensagem? — Jungkook ergueu a sobrancelha.
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  — é péssima em manter o celular por perto. Nunca se lembra de verificar as mensagens. Parece que ela está estudando para uma prova importante.
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  — Hyung, não acha que isso pode atrasar as coisas? — JK perguntou um pouco preocupado com o prazo.
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  — Na verdade eu estou ensaiando uma dança que é fácil de se incluir alguém ou dançar sozinho. Estou preparado. — Hoseok se aprumou, orgulhoso.
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  — Whoa, hyung!
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  — Aqui, Jungkook, dê uma olhada em um pedaço. — Jimin ofereceu o celular para mostrar alguns clipes que havia gravado dos ensaios do melhor amigo.
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  — Wow, hyung, você é incrível! — JK exclamou realmente impressionado. — Com certeza você vai vencer esse concurso.
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  Os três começaram a discutir animadamente sobre o concurso que Hoseok havia se inscrito e quais seriam as áreas que Jimin e JK tentariam se inscrever se fossem participar. A viagem da turma da carroceria estava sendo mais divertida daquela vez.
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  Já era começo da tarde quando os sete chegaram de volta à cidade. Jin acabou por deixar os amigos aos pares pela cidade. Jungkook passaria algum tempo no apartamento de Yoongi; Jimin ficaria com Hoseok acompanhando seus ensaios; Taehyung queria ficar esperando algum tempo antes de voltar para sua casa, por isso iria dar algumas voltas com Namjoon pela cidade.
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  Seokjin rumou para sua casa logo em seguida e não conseguiu evitar de rumar direto para seu quarto. Aqueles dias estavam sendo cansativos. Fazia anos que ele não mexia com as coisas daquele jeito, não se lembrava de ficar tão cansado como naquele instante, mas talvez ele só estivesse fora de forma. Deitou-se em sua cama e deixou que sua consciência deslizasse dando espaço para sonhos desconexos e confusos.
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  Hoseok andava de um lado para o outro em frente à entrada do lugar onde costumava ensaiar, havia combinado com de encontrá-la ali. Por algum motivo o rapaz se sentira um pouco inquieto e ansioso depois de conversar com os amigos a respeito dos ensaios em dupla, por isso ele tinha decidido ligar mais uma vez para a casa da garota para saber se ela estava livre para falar com ele. Milagrosamente, estava e atendeu ao chamado parecendo animada para ver o amigo e ver se poderia ajudá-lo nos ensaios.
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  — Hyung, por que você está nervoso? — Jimin perguntou encarando Hobi.
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  — Não faço ideia… — Ele respondeu enfim parando de andar e se encostando à parede junto de Jimin.
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  O mais novo soltou um risinho achando graça.
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  — My Hoooope! — Os dois puderam ouvir uma voz gritar um pouco distante. Quando se viraram em direção à voz, viram uma garota correndo animadamente para o lado deles.
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  — ! — Hobi exclamou abrindo os braços para abraçar a amiga que pulou sobre ele quase o derrubando. — Finalmente!
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  — Ai, desculpe, Hope, eu tive que parar a vida para estudar para uma prova. — A garota fez careta. — E então, no que você precisa de mim? — Ela largou o amigo e então finalmente notou Jimin que apenas observava a interação dos dois. — E quem é o seu amigo? — Ela perguntou sorrindo.
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  — Ah, vocês dois já fazem parte da minha vida há tanto tempo que me esqueço que apesar disso vocês não se conhecem. — Hobi revirou os olhos para sua própria lerdeza. — , este é Jimin. Jimin, esta é , minha melhor amiga. — Apresentou sorrindo largamente.
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  — Olá, Jimmy…?
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  — É Jimin… — Hoseok começou a corrigir.
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  — Jimmy tá bom. — Jimin disse sorrindo e apertando a mão da moça que riu.
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  — Gosto dele, Hope! — Ela anunciou enganchando o braço no do garoto, o puxando para mais perto de forma travessa. — Ele entende meus problemas com nomes coreanos. — Gargalhou e por fim soltou Jimin.
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  Hobi apenas rolou os olhos para a amiga e depois riu sozinho.
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   Shannon também era amiga de infância de Hoseok, os dois haviam se conhecido graças às irmãs mais velhas de ambos que quando pequenas eram melhores amigas. Um dia todas as crianças de ambas as famílias, Jung e Shannon, se encontraram para brincar e ali se iniciou uma linda amizade entre Hobi e .
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  A garota tinha sérios problemas para pronunciar o nome coreano do rapaz, então costumava chamá-lo pelo apelido que os outros o chamavam, Hobi, mas depois de crescerem e passarem por algumas situações, decidiu passar a chamá-lo de “Hope”, porque para ela, ele era sua esperança,  e para também entrar na brincadeira, Hoseok às vezes a chamava de “”.
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  — Vamos subir para a sala de ensaio. — Hobi disse tomando a frente, sendo seguido por e Jimin. — Então. — Ele disse enquanto subia as escadas. — Eu me inscrevi naquele concurso da WDC com minha dança. 
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  — Wow, isso é bem legal, Hobi! — sorriu entusiasmada.
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  — Pois é. Mas eu queria que você dançasse comigo. — Ele parou quando chegou ao topo da escada e se virou para encarar a reação da amiga.
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   parou um pouco surpresa com o pedido.
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  — Nossa, isso é uma grande responsabilidade… — Ela murmurou enquanto terminava de subir os degraus. — E você sabe que faz alguns anos que eu não danço pra valer…
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  — Eu sei, ! — Hoseok balançou a cabeça. — Mas eu não confiaria em mais ninguém para fazer essa coreografia comigo. Por favor. Por favorzinhooo…
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  A garota abriu a boca em uma pequena indignação, aquela forma de pedir por favor era um golpe baixo que eles só usavam em momento de desespero. Ela então riu.
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  — Eu não posso prometer nada sobre minha dança, mas vamos tentar, por que não?
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  — Isso! — Hoseok exclamou fazendo uma dancinha alegre e dando saltitos no meio do corredor de salas. — Venham, vamos começar! — E foi guiando os amigos para a sala de dança.
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  Jimin emprestou o celular para que pudesse dar uma olhada no que Hobi já havia preparado e eles ficaram alguns minutos discutindo sobre o que e como poderia ser adaptado para uma dança à dois.
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  — Eu acho que podemos fazer uma coisa mais divertida. — A garota murmurou pensando. — Eu sei que as danças mais sexies costumam chamar mais a atenção, mas acho que não faz muito o meu perfil.
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  — Uma versão divertida também pode dar certo… — Hobi pensou por alguns instantes. — Tudo bem, acho que combina com nós dois! — Hoseok deu um pulo e começou a improvisar uma parte da coreografia de forma mais leve.
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  — Isso! — exclamou se levantando também. — E aí eu posso entrar assim… — Ela disse demonstrando os movimentos.
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  — Whoa… — Jimin deixou escapar enquanto assistia aos dois amigos começarem uma improvisação completamente nova no meio do estúdio de dança. — Vocês com certeza sabem o que estão fazendo.
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  — A gente arrasa! — exclamou fazendo um high five com Hobi.
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  — Ok, então você acha que consegue participar? — Jimin perguntou animado.
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   ficou pensativa por alguns instantes fazendo caras e bocas.
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  — Ah, , só diga que sim porque eu sei que essa é sua resposta! — Hoseok exclamou puxando a garota para bagunçar-lhe os cabelos.
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  Ela deu língua para o melhor amigo.
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  — Tudo bem, eu sei que você não vive sem mim, então eu estou dentro.
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  Hobi deu um pulo de alegria e comemorou com Jimin fazendo dancinhas da vitória e cantarolando.
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  — E então, quando a gente começa os ensaios? — perguntou depois que os dois pararam de gritar.
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  — Agora!
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  Namjoon encarava Taehyung enquanto este caminhava, o capuz do moletom sobre a cabeça. Mesmo que muito tenha sido dito depois do “acidente”, Joon ainda tinha medo da fragilidade de seu amigo. Ele gostava de se mostrar forte, mas aquele episódio indicava que Taehyung estava aos poucos se esgotando.
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  — Taehyung… — Ele começou.
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  — Hyung, acha que um dia e eu nos livraremos de Andy?
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  Namjoon havia sido pego de surpresa. Por mais que esperasse que o melhor amigo começasse a pedir ajuda, não esperava que ele fosse se abrir e iniciar uma conversa sobre família logo no dia seguinte.
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  — Se ela estiver disposta, Tae…
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  — Acha que ela se separaria dele? — O rapaz parou de andar para encarar Joon.
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  Namjoon ergueu a sobrancelha. Ele não fazia ideia se se separaria do marido, afinal, já não tinha algum tempo que os abusos e agressões aconteciam?
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  — Se ela tiver o mínimo de consciência e apoio, talvez.
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  Taehyung balançou a cabeça e voltou a ficar pensativo.
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  Por que não tentava se separar? Por que ela continuava a aceitar todos os abusos de Andy de cabeça baixa? Ela não percebia que ele, seu irmão, estaria ali para defendê-la? Era só ela tomar uma decisão e tudo poderia mudar…
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  — Às vezes eu não consigo entender
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  — Bom, talvez seja como Jin hyung comentou. — Namjoon se colocou a pensar. — A situação dela com Andy não é nada fácil e sabe-se lá o tipo de coisas que ele faz com ela quando ninguém vê… — Joon se parou na frase vendo o amigo cerrar os punhos. — Acho que você deveria conversar com a noona sobre isso. E então tentar achar uma solução.
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  Taehyung assentiu.
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  Os dois continuaram caminhando pelas ruas e conversando um pouco sobre amenidades, ainda parecia um pouco cedo para começarem a falar sobre coisas profundas demais, mas daquela vez não deixariam de discutir os problemas. E de tentar achar soluções. Namjoon não queria mais ver seu melhor amigo triste por sua família. Eles achariam uma forma de parar Andy, não apenas para o bem de , mas muito para o de Taehyung.
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  — Eu acho que vou comer alguma coisa na conveniência antes de voltar para casa… — Tae murmurou parando em frente à loja de conveniência na qual trabalhava. — Eu não sei como as coisas vão estar por lá… E também é bom eu falar com o Max.
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  — Você devia ligar ou mandar uma mensagem para a noona. — Namjoon opinou. Por mais que Taehyung se importasse muito com a irmã, ele quase nunca conversava com ela sobre coisas mais pessoais, pelo menos não depois que a mãe faleceu.
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  — Tá tudo bem… — Tae deu de ombros. — Você quer comer comigo?
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  — Ah, não vai dar. — Joon fez careta, um pouco chateado. — Preciso voltar para casa, eu tinha que ter recebido algumas coisas mais da construção ontem e esqueci.
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  Taehyung riu de leve e assentiu.
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  — Ah, Tae… — Namjoon voltou seu olhar para o mais novo. — Não esquece… Você tem amigos em quem se apoiar.
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  Tae deu um sorriso triste e assentiu, Joon acenou um tchau e fez seu caminho para casa.
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  Taehyung entrou na conveniência e foi direto para a ala de lámen escolher um, estava encarando várias prateleiras com as opções quando de relance conseguiu ver um reflexo no espelho de segurança da loja. Tae enxergou uma garota usando roupas discretas, o capuz sobre a cabeça e uma mochila nos braços. O rapaz por algum motivo ficou interessado em saber o que viria depois, então continuou a olhar.
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  De forma discreta, a garota passou a pegar alguns objetos da loja e colocar dentro da mochila, levou alguns instantes até Taehyung acreditar no que estava vendo. Ele olhou para a entrada da loja em que um único atendente estava sentado encarando o celular com cara de tédio. Max, o dono do estabelecimento, ficaria bastante desapontado se visse um de seus empregados fazendo aquilo. Não que celular fosse proibido, mas o homem gostava que seus funcionários mostrassem uma boa hospitalidade aos clientes, e ficar encarando o celular definitivamente não passava essa hospitalidade.
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  O rapaz voltou a encarar o espelho e decidiu por intervir. Quando a garota estava para pegar mais um objeto da prateleira, Taehyung a impediu pegando a caixa de elásticos coloridos de cabelo da mão da garota e colocando de volta ao seu lugar. A pequena ladra não devia ter mais do que quatorze anos e pareceu congelar por um instante quando Taehyung se movimentou. Não disse nada quando entregou a mochila para o rapaz e quase saiu correndo para a frente da loja, mas ao chegar ali, não saiu do estabelecimento.
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  Tae suspirou e olhou para as coisas que haviam dentro da mochila — que também estava sendo furtada —, havia alguns salgadinhos, algumas latas de refrigerantes, chocolate e uma lata de tinta spray. Após pegar o seu lámen, o rapaz rumou até o caixa e pagou por todos aqueles itens.
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  — Ah, Kim! — O atendente exclamou quando finalmente prestou atenção o bastante para reconhecer o colega. — Pra que todas essas coisas? — Questionou olhando para as coisas que a garota tinha pegado.
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  — Só me deu vontade. — Taehyung sorriu levemente enquanto colocava tudo de volta na mochila. — Tenha um bom trabalho, Auggie! — Disse, logo depois saindo da loja e parando na calçada, esperando que a garota também saísse.
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  Demorou alguns instantes até a menina parar ao seu lado, as mãos nos bolsos da blusa.
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  — Aqui. — Ele murmurou estendendo a mochila para ela que a pegou sem olhar para Tae. — Você sabe que o que tentou fazer é errado.
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  A garota enfim se virou para encarar o rapaz que havia lhe abordado dentro da loja.
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  — Quem é você? — Resmungou.
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  — Quem é você. — Taehyung devolveu erguendo a sobrancelha. — Onde estão os seus pais? — Perguntou analisando a menina de cima a baixo, talvez ela fosse ainda mais nova do que imaginara.
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  — Ah! — Exclamou indignada. — Meus pais! Eu já tenho quinze anos! — Reclamou.
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  Taehyung quis rir da pose de maturidade que a menina queria passar, mas não achou que seria sensato. Ainda se lembrava de como costumava se sentir e agir durante a adolescência, e… É, não era uma fase fácil.
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  — Você tá sozinha?
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  — Eu… — A garota ia responder quando um berro pôde ser ouvido do outro lado da rua.
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  — NELLIE! — Uma moça gritou parecendo brava e ao mesmo tempo preocupada e marchava em direção à conveniência.
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  — Ai, merda… — A garota, Nellie, soltou escondendo o rosto com as mãos.
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  — Nellie, mas que droga! — A moça que gritou antes, chegou dizendo entre dentes.
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  — Ai, , pelo amor, olha o mico… — Nell murmurou se escondendo atrás da mochila.
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  — O mico? O mico? — A tal aparentemente estava se segurando para não gritar com a garota. — Nell, você fugiu da droga de uma delegacia e estava nela porque aqueles delinquentes que você chama de amigos estavam dirigindo bêbados e sem carteira. Em pleno dia!
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  — Ai , para de ser tão antiquada! — Nellie reclamou parecendo frustrada.
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  — Nell, você passou de todos os limites possíveis! — exclamou exasperada. — E que mochila é essa? Você não tava com ela na delegacia.
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  — Ah… — A mais nova desviou o olhar. — Foi ele que me deu. — Apontou para Taehyung que havia permanecido ali observando a discussão, mas na verdade seus pensamentos estavam em outro lugar.
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  — E quem é ele? Mais um dos seus amigos? — perguntou voltando seu olhar furioso para o rapaz. — O que agora? Vai ficar dando coisas roubadas para a minha irmã? — Perguntou apontando o dedo para Tae. — Hein? Seu delinquente? 
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  Taehyung abriu a boca para falar, mas a moça que o incriminava com dedo apontado e tudo não havia terminado.
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  — Acha que você e seu grupinho são os bons agindo desse jeito? Bêbados? Roubando? Pichando? Você e aqueles imbecis são um bando de inúteis!
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  Taehyung abriu a boca, daquela vez, de surpresa. Ele mal conhecia a tal Nellie e agora estava sendo acusado de estar levando a menina para o mau caminho?
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  — Yah! — Exclamou dando um passo para trás. — Será que dava para baixar o tom e parar com as acusações? — Perguntou da forma mais educada que conseguiu.
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  — Quem é você? sibilou.
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  — Se você conseguisse parar de me acusar de todas essas coisas que eu não fiz, eu poderia ter respondido essa pergunta tempos antes!
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   encarou o rapaz a sua frente, respirou fundo e baixou a mão que ainda apontava para ele. 
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  — Eu sou Taehyung, e que eu saiba, acabei de evitar que a sua…
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  — Irmã. — e Nellie falaram juntas.
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  — Acabei de evitar que a sua irmã te desse mais uma dor de cabeça. — Murmurou ficando sério.
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Capítulo 5

  15 de Setembro

   parou com qualquer pensamento que estivesse tendo para processar o que aquele rapaz a sua frente havia dito.
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  — Como é que é?
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  Taehyung assentiu mantendo a calma de forma surpreendente.
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  — Sua irmã estava roubando essas coisas da loja. — Ele apontou para a mochila que parecia cheia nas mãos de Nellie.
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  — Ah, e o que você fez, senhor sabe tudo?
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  — Paguei por essas coisas.
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   encarou Nellie como se quisesse fuzilá-la ali mesmo.
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  —
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  — Não. — A moça cortou a irmã mais nova. — E você acha que me fez um favor? — Ela voltou a olhar novamente para Taehyung. — Agora ela vai achar que vai ter essa sorte todas as vezes, obrigada!
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  Tae olhou desacreditado para a tal , ele havia tentado impedir que a irmã mais nova dela fosse presa — aparentemente de novo — por roubar e tudo o que estava recebendo eram acusações e mais acusações.
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  — A sua irmã não é mais um bebê, eu não sei se você notou. — Taehyung murmurou em um tom nada satisfeito.
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  E foi a vez de olhar desacreditada para ele.
  — Eu sei bem como cuidar da minha própria irmã!
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  — Então você devia saber que eu sei me cuidar sozinha! — Nellie exclamou batendo pé.
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  — Sabe tão bem que praticamente mora na delegacia!
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  — Olha, eu só quis evitar que uma garota menor de idade fosse presa, mas se te incomoda tanto, podemos voltar lá dentro e…
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  — NÃO! — Nellie gritou agarrando o braço estendido de Taehyung que apontava para a entrada da loja. — Eu sinto muito, por favor, não me entrega! — Ela praticamente implorou para Tae que ergueu a sobrancelha.
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  Ele não pretendia acusar ninguém, só ia sugerir que a mais velha conversasse com o dono da loja para entrarem em algum acordo para que Nellie pudesse pagar de volta o valor roubado — que ele havia pagado —, talvez com trabalho de meio período ou coisa do tipo…
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  — Eu não…
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  — Escuta aqui… — começou, mas Nell interrompeu.
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  — Cala a boca, ! — A mais nova quase gritou. — Ele tá sendo um cara legal comigo, não me dedurou e nem me entregou ainda! Mas se você continuar brigando com ele desse jeito aonde acha que vai parar toda essa bondade?! 
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  Taehyung ergueu a sobrancelha, não estava entendendo mais nada do que estava acontecendo. Ele estava no meio de uma discussão de irmãs e nem sabia como tinha ido parar nela. Talvez devesse ter ido embora logo depois de entregar a mochila para Nellie, mas alguma coisa naquela garota dizia que não era um simples roubo. E que talvez ela precisasse de ajuda.
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  — Eu não vou entregar ninguém, mas não vou ficar aqui ouvindo você me culpar por coisas que eu não fiz. — Tae murmurou massageando a base do nariz.
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  — Devolve a mochila. — Foi tudo o que disse depois disso.
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  — Mas…
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  — Devolve a droga da mochila, Nellie!
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  A mais nova foi até Taehyung e entregou-lhe a mochila de má vontade.
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  — Não precisa me devolver a…
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  — E você, só pega ela de volta. — mirou o rapaz que apenas assentiu, ele só queria sair daquela confusão.
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  — Eu sinto muito, moço… — Nellie murmurou cabisbaixa. — Me desculpe por te colocar nessa situação…
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  Taehyung assentiu e deu as costas para as irmãs dando meia volta para poder seguir seu caminho em paz quando Nell falou novamente.
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  — Espera! — Exclamou. — Espera. — Correu atrás de Taehyung e estendeu um pedaço de papel. — É o número do meu celular. — O rapaz ficou encarando o papel com a sobrancelha erguida, confuso e desconfiado. — Eu queria poder compensar você por tudo isso. Se precisar de qualquer coisa… Eu não sei como eu vou poder me desculpar direito, mas eu prometo que vou tentar! — Como Tae não fez menção de pegar o papel, ela o enfiou em sua mão e depois saiu correndo de volta à sua irmã que voltou a ralhar.
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  Taehyung ficou ali parado processando tudo o que tinha acontecido, depois de alguns segundos, olhou para o papel meio amassado em sua mão.
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“Nellie Callan – ***-****”

  Como é que o dia tinha ido de um hospital perto de uma praia tranquila para uma garota menor de idade lhe entregando seu número? Tae apenas deu de ombros e guardou o pedaço de papel dentro da mochila recém-adquirida. Só lhe restava voltar para casa…
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  Já era perto das sete quando Jungkook havia decidido ir embora, já que seus pais estavam ligando de minuto em minuto e ele já estava cansado de fingir que não ouvia.
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  — Hyung, vai arrumar um celular e conversa com a … — Foi o que o mais novo havia dito antes de sair do apartamento e fechar a porta.
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  Yoongi encarava os restos de seu celular que JK havia guardado do dia anterior. Ele não tinha intenção nenhuma de guardá-lo depois de quebrado, mas já que o aparelho estava ali… Com quase nenhuma esperança ele apertou o botão de ligar do telefone e esperou. Ergueu a sobrancelha com espanto quando a tela brilhou — toda trincada e distorcida — indicando que o aparelho estava ligando.
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  Tentou mexer no touch, mas o aparelho estava danificado demais para se poder fazer alguma coisa. Yoongi largou o celular no sofá e se levantou indo pegar um copo de água na cozinha quando ouviu o aparelho tocar, ele quase deixou o copo cair já que, provavelmente por causa do dano, a música que ele tocava estava mais alta do que se é esperado para alguém que mantém no máximo o celular no vibracall.
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  Yoongi caminhou de volta para o sofá e conseguiu ver quem ligava, mas não precisava ser um gênio para deduzir. É claro que era .
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  Com um suspiro pesado ele decidiu atender a ligação.
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  — Min Yoongi! — A voz da garota se fez ouvir, parecia um misto de alívio e irritação. — O que diabos aconteceu com você? Eu te mandei centenas de mensagens e te liguei! exclamou aflita. — Suga, por que você não me respondeu?
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  Yoongi suspirou novamente. Era um alívio poder ouvir aquela voz de novo, mas também uma dor por lembrar que a dona dela estava longe.
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  — Eu não estava bem para responder. 
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  — O quê? Como assim não estava bem? questionou ficando preocupada. — Aconteceu alguma coisa? 
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  “Você não estava aqui” era o que ele queria responder.
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  — Eu tô bem, . Só não queria falar com você.
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  Houve um silêncio na ligação e Yoongi sabia que tinha magoado a sua garota. Mas ele se sentia tão magoado a todo o tempo que fazer aquilo simplesmente foi automático.
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  — Yoongi… murmurou num tom baixo. — Eu sei que você está chateado por eu não estar aí… Mas é a minha família. É a minha mãe e a minha avó que precisam de mim! — A voz tornou a soar aflita.
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  — Eu também preciso de você! — O rapaz exclamou e sentiu que as feridas dentro dele começavam a se abrir de novo…
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  — Yoongi, eu só preciso de mais um tempo até minha avó se sentir melhor, e aí eu volto! 
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  Suga sentiu seu eu sair do controle. Tudo dentro dele parecia estar desmoronando, e aquela sensação… A sensação de que tudo estava para se repetir…
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  — Por que você se importa com pessoas que na sua primeira falha vão te abandonar como se você fosse nada? — Ele se ouviu dizer, enquanto encarava o próprio reflexo no espelho do banheiro. Ele mal tinha percebido quando havia caminhado até lá.
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   ficou em silêncio por um instante.
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  — Suga… Eu sei que foi difícil para você toda aquela situação, mas…
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  — Esquece, … — Yoongi murmurou encarando seu reflexo e se odiando cada vez mais. — Acabou.
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  — O quê? Yoongi!
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  — Adeus, . — Ele murmurou e então desligou.
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  Por alguns instantes o rapaz ficou encarando a si mesmo no espelho e a torrente de pensamentos era ininterrupta. Ele se odiou por ter feito aquilo com sua menina. Se odiou por ser uma pessoa tão horrível que sequer podia apoiar a namorada. Mas o que mais machucou foi perceber que ele não era o cara certo para . Que se os dois continuassem juntos, ele teria sua cota de felicidade, mas não poderia oferecer a mesma felicidade de volta a ela. E então ela ficaria infeliz… E ele ficaria infeliz e se odiaria ainda mais por deixá-la daquele jeito. O ódio tomou força, então Yoongi gritou e arremessou seu celular contra o espelho que se despedaçou, assim como ele próprio.
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  16 de Setembro

  Taehyung olhava para a irmã que preparava o jantar de costas para ele. Ele estava sentado à mesa, largado, pensativo. Quando havia chegado no dia anterior, pareceu ter se preocupado, o abraçou e fez várias perguntas que o fizeram lembrar de sua mãe. Andy havia saído para comprar mais cerveja, e Taehyung olhou bem para a irmã. Havia reparado em um novo hematoma no queixo dela, mas seus olhos quase imploravam para que ele não fizesse perguntas. E Taehyung não estava mesmo muito animado para ouvir as respostas que ele sabia de cor. Eram sempre as mesmas e sempre terminava com os dois irmãos chateados.
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  O rapaz suspirou pesadamente. Ele se levantou e foi para mais perto da irmã que era cerca de uma cabeça mais baixa que ele.
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  — Você quer ajuda, noona? — Perguntou indo para o seu lado para ver o que ela fazia.
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  — Não, tudo bem, Taetae. — Respondeu a moça dando-lhe um sorriso contido.
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  Taehyung assentiu, mas permaneceu ali, observando a expressão de . Os sorrisos que ela costumava dar agora pareciam completamente vazios, eles não atingiam seus olhos como costumavam atingir quando mais jovem e sem Andy em sua vida. Taehyung sentia falta dos sorrisos calorosos e realmente felizes da irmã. Sentia falta de sua mãe também…
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  — Tae, Max ligou perguntando sobre você. — murmurou sem se virar para o irmão.
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  O rapaz deu um leve tapinha na própria testa e fez careta. Havia se esquecido completamente sobre falar com o chefe depois de voltar para casa. Na verdade ele havia esperado encontrar Max na loja de conveniência quando entrou para comprar o seu lámen, mas com a situação de Nellie, acabou por se esquecer.
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  — Eu vou ligar para ele, obrigado, noona. — Taehyung disse em resposta e se afastou indo em direção ao seu quarto. 
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  Lá dentro ele se sentou sobre seu colchão no chão e sacou o celular para poder ligar para o chefe. A conversa havia sido rápida, Max apenas queria saber se algo havia acontecido com Taehyung, já que era para ele ter voltado de suas férias no dia anterior. O rapaz apenas comentou que quando voltasse no dia seguinte, ele explicaria melhor. Taehyung teria de contar ao chefe sobre o pequeno “acidente” que havia sofrido e explicar por que não havia dito nada sobre o assunto com a irmã. 
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  Max era um homem com seus 50 e tantos anos. Era um chefe legal e amigo e aparentava ter um carinho especial pelo rapaz. O tratava praticamente como um dos filhos e Taehyung o respeitava como um pai. 
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  Depois de falar com o chefe, Tae se deitou no colchão e ficou observando o céu escuro do lado de fora de sua janela, uma sensação ruim se apoderou de seu interior. Andy deveria estar para chegar e junto com ele o pesadelo infernal. Taehyung pegou a foto da mãe que carregava consigo sempre, agora ela estava um pouco mais amassada e desbotada por conta do pulo no mar, mas ainda estava ali.
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  — Omma, o que nós deveríamos fazer? — Questionou encarando a foto. — Você saberia me dizer se estivesse aqui, não é? — Pensar daquela forma foi doloroso, ele quase sentiu vontade de chorar. 
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  18 de Setembro

  Jimin esperava por Hoseok em frente ao prédio da sala de dança que eles alugavam. Eles costumavam se encontrar ali às sete da manhã praticamente todos os dias desde a inscrição no concurso, o rapaz se encontrava empolgado aquele dia, mais do que o normal. Alguns minutos se passaram até Hobi aparecer acompanhado de .
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  — Jimmy! — A garota exclamou dando um abraço rápido no rapaz que sorriu abobado.
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  — É Jimin, … — Hoseok balançou a cabeça negativamente.
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  A moça fez um bico ressentido para o amigo que apenas rolou os olhos. 
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  — Tudo bem, eu posso ser o seu Jimmy! — Jimin disse e quase no mesmo instante sentiu as bochechas esquentarem.
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  — Viu só, Hope? — deu língua e depois de sorrir largamente para Jimin, rumou em direção à entrada do prédio.
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  Hoseok encarou o amigo que tinha uma expressão boba no rosto e ergueu a sobrancelha.
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  — Ah… Acho que é melhor a gente entrar também. — O mais novo pigarreou desviando o olhar e correndo para a porta.
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  Hobi ainda ficou parado por mais alguns instantes tentando entender o que estava acontecendo, mas resolveu deixar para lá e também rumou para dentro do prédio.
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  — Ah, isso não tá legal… — murmurou enquanto se observava nas gravações que Jimin havia feito.
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  — Não, você está ótima! — O rapaz exclamou.
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  — Hum… Acho que precisamos melhorar mais essa parte… — Hoseok disse também avaliando a gravação, o semblante sério.
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  — Mas hyung, para mim parece muito bom…
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  — Não, Hope tem razão. Meus movimentos não estão limpos o bastante. — A garota murmurou se levantando. — Vou precisar ensaiar um pouco mais. Vocês podem descansar um pouco, vou ficar aqui mais uns minutinhos. — Disse olhando para o relógio que anunciava a hora de uma pausa.
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  — Vamos trazer algumas coisas para comermos aqui então. — Hoseok disse rumando para a porta.
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  — Tem certeza, ? — Jimin perguntou parecendo preocupado.
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  Ela apenas sorriu e fez um joinha.
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  — Vão logo!
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  Hobi e Jimin desceram e saíram para a rua, o sol estava brilhante e quente do lado de fora. Caminharam por alguns metros sem dizer nada um ao outro. Jimin apenas cantarolava alegre e Hoseok o encarava de forma analisadora e séria.
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  — O que foi, hyung? — Perguntou o mais novo ao se virar e perceber o olhar sobre si.
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  — Nada… É só que… Por que você está tão feliz? — Hobi perguntou erguendo a sobrancelha.
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  — Eu sempre sou feliz, hyung. 
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  — Eu quero dizer mais feliz do que o normal.
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  Jimin parou de andar e ficou pensativo. Ele estava mais feliz que o normal?
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  — E que história foi aquela de “eu posso ser o seu Jimmy”? — Hobi lançou o seu melhor olhar questionador para o amigo que instantaneamente ficou corado.
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  — Eu só queria fazer ela ficar mais à vontade… — Murmurou sem graça e se xingando mentalmente por ter dito aquela frase pela manhã. Talvez tivesse sido o sono.
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  Hoseok olhou desconfiado para o amigo.
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  — Hum… Ficar à vontade, né? — Fez careta e voltou a andar em direção à um pequeno mercado na esquina.
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  — Ah, hyung, não é nada disso que está pensando! — Jimin correu atrás do amigo quase desesperado.
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  — Não tô pensando nada… — Hobi deu de ombros tentando se fazer de sério.
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  Jimin baixou o olhar e ficou calado o resto do percurso de volta.
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  — Vocês voltaram! — exclamou alegremente quando os dois entraram na sala de ensaios carregando sacos de papel. — Eu acho que consegui melhorar um pouco a parte, my Hope! — Ela saltitou para o lado dos meninos e começou a espiar dentro dos sacos.
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  — Trouxemos frutas e algumas bobagens. — Hobi informou deixando o seu pacote no chão e se sentando.
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  — E água e sucos. — Jimin disse fazendo o mesmo.
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   sorriu animada e foi se juntar aos dois no chão.
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  Jimin ficou quieto em seu canto enquanto os dois melhores amigos brincavam entre si. Vez ou outra a garota puxou assunto, mas ele não queria dar o mesmo deslize da manhã, então decidiu ficar quieto e apenas observar.
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   era uma garota miúda de cabelos castanhos que batiam na altura do ombro. Tinha o sorriso fácil e encantador e parecia sempre estar alegre. Jimin sentia o coração aquecer quando ela ria, era um som tão gostoso que chegava a ser harmonioso aos ouvidos do rapaz. Ele quase se deixava levar pela sensação até se lembrar da expressão no rosto de Hoseok, séria… Quase séria demais para o amigo. Talvez Hobi tivesse sentimentos escondidos pela amiga? Poderia ser, os dois eram melhores amigos de infância, deviam conhecer os segredos mais profundos um do outro e… Se Hoseok gostava de de uma forma diferente, Jimin não se sentia no direito de fazer qualquer coisa com seus sentimentos a não ser senti-los sozinho, sem expressá-los ou falar sobre eles.
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  Depois da pausa de alguns minutos, Hobi e voltaram a ensaiar a dança em dupla, e se para Jimin a coreografia já estava maravilhosa antes, agora parecia melhor do que perfeita. Vez ou outra, enquanto ele gravava trechos do ensaio, Jimin se via focando somente na garota, vendo sua expressão mudar de acordo com o sentimento que o momento da música desejava passar. Quando ela sorria era inevitável para Jimin não sorrir junto. Como foi que aquela menina pequena e alegre em menos de cinco dias tinha conseguido encantá-lo tanto assim?
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  Taehyung arrumava as prateleiras de produtos na loja de conveniência que estava relativamente movimentada. A loja ficava num ponto em que muitos trabalhadores costumavam passar, por isso em certos horários do dia, como de manhã bem cedo, o estabelecimento ficava com um fluxo constante.
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  O rapaz terminava de desmontar algumas caixas de papelão nos fundos da loja quando Max surgiu todo sorrisos para cumprimentá-lo.
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  — Bom dia, meu garoto! — O homem exclamou dando-lhe um abraço caloroso. — Está tudo bem em casa, espero… 
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  Após ter contado por cima sobre seu acidente e sobre as circunstâncias em sua casa, Max se mostrou bastante preocupado com seu empregado de maior confiança. Todas as manhãs que ele o encontrava, lhe perguntava como as coisas iam em sua casa.
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  — Nada fora do comum… — Sorriu amarelo. Esperava que o chefe interpretasse da forma errada. O que seria pensar que tudo estava bem e não que Andy continuava a berrar com a irmã e ela continuava a não se defender.
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  — Bom, muito bom. — O senhor sorriu parecendo satisfeito, dando tapinhas nas costas de Tae. — Escute, rapaz. — Max ficou pensativo. — Você não conhece alguém que possa trabalhar aqui para cobrir os dias de férias do Kevin, conhece?
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  Taehyung estava pronto para responder que não tinha ninguém para indicar quando se lembrou de Nellie. Talvez, só talvez fosse uma boa ideia colocá-la para trabalhar para pagar pelos itens que ela havia tentado roubar. Mesmo que não tivesse roubado, era o que pretendia, e Tae acreditava que pessoas como ela deviam aprender o valor real de cada coisa.
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  — Talvez eu tenha alguém… — Murmurou pensativo. — Mas provavelmente teria que ser meio período, ela só tem quinze anos… — Disse mais para si mesmo do que para Max.
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  — Bem, se você conseguir se manter bem durante o período sem ela, não haverá problemas. — O chefe respondeu parecendo satisfeito. — Pode verificar até o fim de semana? Preciso de alguém aqui no meio da semana que vem.
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  Taehyung assentiu e o chefe sorriu, dando mais alguns tapinhas em seu ombro e se recolhendo para sua salinha que usava como escritório nos fundos da loja.
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  No horário do almoço Taehyung correu para casa como nunca havia feito desde que havia passado a morar com Andy, mas daquela vez ele precisava pegar o número de Nellie. 
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  — Tae, o que você faz aqui tão cedo? — questionou parecendo bastante surpresa.
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  — Não se incomode comigo, noona, eu só vim pegar uma coisa e já vou. — Respondeu indo direto para seu quarto e pegando a mochila que havia ficado do mesmo jeito desde o dia em que havia chegado ali.
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  Lá dentro estava o papel amassado que Nellie havia lhe entregado com seu número. Anotando-o na sua lista de contatos, Taehyung se levantou e saiu novamente do apartamento exclamando um “até mais tarde!” para a irmã que havia ficado sem entender muita coisa.
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“Hei, Nellie, eu tenho uma proposta para você.”

  Simplesmente escreveu com pressa e enviou a mensagem de texto para o número, logo depois guardando o celular no bolso e correndo de volta para a conveniência que ficava a alguns quarteirões de distância do conjunto de apartamentos. Tinha apenas mais alguns minutos restantes de intervalo para poder comer agora.
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  Quando estava finalizando seu almoço — uma bandeja de bentō fresco que era vendido na loja mesmo — o celular vibrou em seu bolso.
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]“Quem é você?!”

  Taehyung coçou a nuca e estava prestes a responder para explicar, quando o telefone tocou indicando uma chamada.
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  — Alô? — Atendeu erguendo a sobrancelha.
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  — Como assim você tem uma proposta para a minha irmã, seu depravado! — Ouviu uma voz que definitivamente não era a de Nellie.
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  — ?
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Capítulo 6

  — Quem é você e como conseguiu meu número?! — A voz de era aguda e irritada. — E que história é essa de proposta para a Nellie??
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  Taehyung coçou a nuca mais um vez completamente confuso.
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  — Esse não é o número da Nellie, é? — Conseguiu dizer antes da moça do outro lado voltar a falar.
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  — E quem é que quer saber?
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  — Taehyung… A pessoa que livrou ela da polícia…? 
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  Houve um momento de silêncio do outro lado, o que definitivamente surpreendeu o rapaz que já esperava mais uma saraivada de gritos e acusações.
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  — Nellie me passou esse número naquele dia e… — Ele suspirou. — Não é o telefone dela, né?
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  — Aquela garota… — O rapaz pôde ouvir a moça resmungar. — Não, esse é o meu número. — Disse de má vontade.
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  — Tá…
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  — O que você quer com ela?
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  — É só que… — Taehyung se pegou pensando se deveria continuar com aquilo, mas já que já estavam ali… — Ela disse que queria fazer algo para me agradecer por não tê-la dedurado no outro dia e…
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  — E você vai cobrar isso dela, né? perguntou mais de forma acusadora do que qualquer coisa.
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  — Eu só estava pensando que ela poderia me ajudar trabalhando meio período na loja de conveniência… — Explicou ao mesmo tempo em que ia para o seu lugar no caixa. — Boa tarde, senhora Lewton. 
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  — Meu nome é ! — Ouviu a moça retrucar.
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  — Desculpe, eu estou no meio do trabalho, estava falando com uma cliente. — O rapaz explicou. — Você saberia dizer se Nellie teria interesse no emprego?
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  Mais um instante de silêncio se seguiu, Tae até olhou para o celular para ter certeza de que a ligação não havia caído.
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  — Por que você está fazendo isso?
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  — O quê? — Taehyung ergueu a sobrancelha sem entender muito bem. 
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  — Por que está sendo legal com a Nellie?
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  — Eu só achei que seria uma boa oportunidade para ela… E estamos precisando de alguém aqui, então… — O rapaz deu de ombros. Mais alguns segundos se passaram em silêncio.
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  — Quando? finalmente perguntou.
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  — Ah… Ela poderia vir até a loja para conversar com o senhor Max amanhã…
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  — Max?
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  — É o dono daqui… — Taehyung estava começando a achar graça de toda a desconfiança da moça com tudo.
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  — Hum.
  — E então…?
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  — Vou levar ela até aí. murmurou. — Depois de falar com ela, claro. E pra ter certeza dessa história toda.
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  Tae soltou um riso. parecia ser o tipo de irmã quase mãe. Às vezes podia ser um pouco irritante, mas ao ver do rapaz, Nellie tinha sorte.
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  — Tudo bem. Vou avisar ao senhor Max. A que horas você acha que poderá vir?
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  — Depois do almoço, creio? Nellie vai depois do colégio.
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  — Certo. — Taehyung sorriu animado. — Espero que esteja tudo bem com ela…
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  Ele conseguiu ouvir a garota do outro lado da linha bufar.
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  — Não se preocupe, senhor bonzinho. resmungou. — Adeus.
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  — Tchau. — Ele respondeu dando um risinho.
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   e Nellie Callan pareciam ser duas irmãs bastante interessantes com suas desavenças, mas de alguma forma unidas… Seria bom ter algum outro exemplo de relação fraternal diferente da que ele estava acostumado…
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  Jungkook estava ouvindo toda a barulheira  que vinha de dentro do apartamento de Yoongi. Ele havia batido na porta para avisar que estava chegando, mas o barulho era tanto que ninguém seria capaz de ouvir. Quando abriu a porta, se surpreendeu com o estado do lugar. Estava tudo revirado e um Yoongi fora de si continuava o estrago.
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  — Hyung! — Jungkook exclamou vendo o amigo jogar na parede copos e pratos dos armários da cozinha, um a um. — Hyung, para! — O garoto correu para evitar que mais coisas fossem quebradas agarrando os braços do mais velho.
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  Yoongi se desvencilhou de JK e soltou um som quase animalesco de raiva, rumando para os restos do que um dia havia sido sua sala. A mesinha de centro já estava virada e o rapaz voltou sua ira para a poltrona com um chute.
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  — Yoongi hyung, pare! — JK voltou a segurar o rapaz. — Hyung!
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  Suga soltou um riso desdenhoso e empurrou Jungkook com força para longe de si.
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  — Vai embora, Jeon. — Sibilou com fúria.
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  — Fala comigo, hyung… 
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  Yoongi soltou uma gargalhada ainda mais desdenhosa e encarou o mais novo. Se aqueles com quem se importava estavam saindo de sua vida, que fossem todos de uma vez.
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  — O que vai fazer? Você é só um garoto assustado com o mundo, Jeon! 
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  Jungkook ficou observando Suga quebrar mais algumas coisas ao seu redor, revirar o guarda-roupas e quebrar um espelho. Seu melhor amigo estava completamente fora de si de uma forma que ele nunca tinha visto antes…
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  — Hyung! — JK tentou mais uma vez, levando um empurrão do amigo para que saísse da frente. Não tinha outra forma…
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  Jungkook reuniu toda a coragem que possuía e cerrando os punhos deu um soco em Yoongi que cambaleou, a mão massageando o maxilar. JK aproveitou a pausa do amigo para puxá-lo pelo colarinho.
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  — Hyung, você tem que parar! — Mas a pausa havia sido momentânea, Suga estava apenas atordoado com o soco surpresa, logo voltou a empurrar Jungkook com força contra a parede e rumou para o meio do cômodo, para o piano.
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  Yoongi encarou o instrumento por um instante passando a mão pelo assento como alguém relembrando os bons tempos, um sorriso mínimo brotou em sua face, mas logo deu lugar ao franzir irritado dos lábios. Yoongi pegou o assento de madeira e o jogou com toda a força e fúria contra o piano que fez um barulho sofrido quando suas teclas foram quebradas. A depredação continuou até o rapaz se sentir exaurido e um toque leve, quase gentil se fez sentir em seu braço.
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  — Tá tudo bem, hyung… — Jungkook murmurou e Suga finalmente soltou os destroços do assento do piano, caminhando até a parede e se deixando escorregar, a respiração ofegante.
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  JK se sentou encostado à parede paralela à qual Yoongi estava, os dois permaneceram em silêncio.
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  Yoongi sentia todas as sensações e sentimentos em seu interior se esvair até sobrar um enorme vazio que parecia muito pior do que qualquer outra coisa que já tivesse sentido. O “nada” era aquela sensação de estar apenas existindo, sem propósito, sem rumo… Após alguns instantes no entanto, a sensação de desespero retornou com força e ele teve que se segurar para não gritar ou deixar aquilo transparecer. Yoongi sabia que se deixasse aquilo vir à tona, acabaria fazendo estragos muito piores do que simplesmente arruinar a decoração de seu apartamento, a vontade era aquela, mas não podia se deixar levar.
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  — Você vai ter um grande trabalho para arrumar isso tudo, hyung… — JK finalmente murmurou depois de vários minutos em silêncio, empurrando um pedaço de madeira com o pé.
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  Yoongi soltou um riso sem muito humor e encarou o mais novo.
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  — É pra isso que eu tenho você como amigo. — Deixou um leve sorriso surgir. Jungkook sorriu junto e se levantou estendendo sua mão para ajudá-lo a levantar.
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  20 de Setembro

  Taehyung terminava de almoçar quando Nellie chegou na companhia de para o seu primeiro dia na loja. A mais nova parecia não muito contente com algo, e a julgar pela forma como dava olhares enviesados para a irmã, devia ser algo com .
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  — Eu já disse que não sou mais criança. — Resmungou Nell abrindo a porta da conveniência de mau-humor.
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  — Eu só quero ter certeza de que você não vai fugir como todas as outras vezes. — revirou os olhos para a atitude da irmã.
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  — Boa tarde…? — Tae se aproximou das duas com um pouco de dúvida, não queria interromper nenhum momento, mas já era perto da hora da garota começar a trabalhar. 
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  — Ah, oi, moço. — Nellie murmurou cruzando os braços.
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  — Meu nome é Taehyung… Ou Tae se achar mais fácil… — O rapaz murmurou sorrindo de leve.
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  Nell abanou o ar como se aquilo não fosse importante.
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  — Venho te buscar às cinco. — avisou já saindo da loja sem dar tempo para a mais nova retrucar.
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  Nellie ficou encarando sair de vista pela fachada de vidro do estabelecimento e depois de alguns segundos bufou se virando para Taehyung.
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  — E então, o que eu devo fazer? — Sorriu de leve tentando se desfazer da carranca anterior, o que fez Tae soltar um risinho e balançar a cabeça. — O quê?
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  — Você tava brava há dois segundos.
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  — Acho que você não tem nada a ver com eu estar brava. — A garota deu de ombros. — E não quero que tenham uma impressão ruim de mim logo no meu primeiro dia. — Concluiu.
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  Taehyung assentiu.
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  — Venha comigo, vai precisar usar o jaleco da loja. — Ele conduziu-a em direção aos fundos do local, até uma pequena saleta ao lado da sala de Max, acendeu a luz e pegou algo cuidadosamente embalado sobre uma mesa. — Aqui. 
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  Nellie abriu a embalagem do seu novo uniforme e logo vestiu o seu jaleco curto que possuía bordado na altura do peito o nome da loja de conveniência.
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  — Nah, até que não estragou o meu look. — Deu de ombros olhando seu reflexo no vidro escuro da sala do chefe. — Ok, e agora, o que eu faço? — A menina deixou transparecer a sua leve empolgação, ela parecia muito mais nova daquele jeito.
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  Taehyung rumou para trás de um balcão e colocou uma caixa sobre o mesmo.
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  — Precisamos repor os produtos. — Anunciou. — Primeiro precisamos colocar as etiquetas, você pode imprimi-las aqui. — Apontou para o computador no balcão. — É só pesquisar pelo nome do produto ou marca e mandar imprimir. — Explicou.
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  Nellie observava tudo com bastante atenção e uma expressão séria, tão séria que até parecia um pouco estranho para o rapaz vê-la daquela forma, mesmo que se conhecessem há pouco mais de um dia.
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  — Aí é só colocar nas prateleiras. — Finalizou. — Ah! — Exclamou erguendo o dedo indicador. — Não podemos esquecer de verificar todas as datas de vencimento. Geralmente o que precisa ser substituído são os betōs já que são frescos, mas quase nunca sobra. — O rapaz ficou pensativo.
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  — Ok, deixa eu ver se consigo. — Nell murmurou indo para a frente do computador e pegando um pacote de lámen instantâneo. — Eu venho aqui e pesquiso o nome do produto… — Foi murmurando o passo a passo baixinho para si mesma. — … Aí é só imprimir e… — A menina abriu um grande sorriso quando a etiqueta foi impressa com sucesso. — Deu certo!
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  Taehyung sorriu de volta e observou a garota por alguns instantes. Ela parecia muito mais empolgada agora, e com toda a certeza ele não esperava que Nellie fosse aceitar tão facilmente um emprego e nem que trabalharia com tanta animação. Por dentro ele estava aliviado, não queria ter que brigar com ela ou dar uma de chefe mandão.
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  Era o meio da tarde e o horário de maior movimento já tinha passado há horas, Taehyung estava no caixa arrumando alguns itens e Nell já havia reposto todos os produtos que precisavam ser repostos, ela agora mexia no celular encostada no balcão do caixa.
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  — Yah! — Exclamou o rapaz de repente.
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  — Ai, que foi? — A menina perguntou com um leve susto encarando-o de sobrancelha erguida.
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  — Por que você me passou o número errado? 
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  A garota mordeu os lábios e desviou o olhar, tinha achado que o rapaz havia esquecido daquele pequeno detalhe.
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  — Não foi o número errado… — Murmurou baixinho.
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  — Você disse que era o seu número e por conta disso eu levei uma bronca da sua irmã. — Taehyung murmurou parecendo um pouco chateado.
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  — Ai, desculpa, eu só achei que vocês dois iam se dar bem… — Nellie murmurou com um sorriso malicioso nos lábios.
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  Taehyung ergueu a sobrancelha e depois uma expressão incrédula surgiu em seu rosto.
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  — Ela parece que quer me dar um chute toda vez que me vê! — Retrucou.
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  Nellie gargalhou.
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  — Ela só está preocupada comigo, na verdade… — A menina murmurou baixando o olhar. — Nossa mãe nos abandonou quando a tinha uns dez anos e papai nos criou sozinho até três anos atrás, ele teve câncer…
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  Taehyung ficou encarando a garota com a boca entreaberta, sem saber o que dizer. Parecia que as duas irmãs tinham uma história complicada também.
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  — acha que ela tem o dever de agir como minha mãe. — Nell bufou soprando a franja que caía sobre seus olhos.
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  — Talvez se você agisse com um pouco mais de responsabilidade… — Tae alfinetou.
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  Nellie revirou os olhos e encarou o rapaz.
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  — Vocês dois são iguais, sabia? — Reclamou. — Mas você é legal. E virtuoso… Acho que foi essa a palavra que usou outro dia…
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  Taehyung ficou espantado, mas se recompôs logo. havia comentado sobre ele? E usado o termo “virtuoso”? Talvez ele devesse levar como um elogio dos bons, considerando que a Callan mais velha vivia lhe lançando olhares que poderiam assassinar. 
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  — Virtuoso… Hum… — A garota ficou pensativa. — Tá aí, eu vou te chamar de V. — Concluiu erguendo o olhar para o rapaz que ficou completamente confuso.
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  — Meu nome é Taehyung! — Retrucou.
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  — Eu sou uma adolescente americana, não espera que eu me lembre do seu nome, né? — Nell perguntou com ar de desdém. — Vai ser V.
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  — É Taehyung ou Tae. — Sim, ele esperava que a garota se lembrasse do seu nome, definitivamente.
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  — Boa tarde! — Uma senhora de cabelos quase todo branco cumprimentou ao entrar na loja.
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  — Boa tarde, senhora Lee. — Tae cumprimentou de volta sorrindo.
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  Nellie foi até a senhora e ofereceu ajuda prontamente, o que fez Taehyung se esquecer de toda a situação do nome e sorrir. Ele mal conhecia aquela menina, mas de alguma forma ele se sentia orgulhoso por vê-la se esforçando no trabalho.
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  — Aqui está, senhora Lee. — Taehyung murmurou terminando de colocar as compras da senhora em alguns sacos de papel. — Deixa eu ajudá-la a levar tudo para o carro. — Disse, já pegando a maior parte das sacolas e saindo de trás do caixa.
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  — Ora, mas você é muito valioso, meu menino. — A sra. Lee disse sorrindo abertamente e dando um leve tapinha no rosto de Tae que a acompanhou até o veículo que estava estacionado logo em frente à loja. 
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  — V, essa sacola ficou para trás! — Nellie correu para fora com uma sacola estendida.
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  — V? — A sra. Lee questionou.
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  — É o apelido que dei para ele. — Nell informou, parecendo orgulhosa. 
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  — É mesmo? — A senhora murmurou parecendo surpresa. — E por que V?
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  — Porque ele é virtuoso. — Ela explicou. — E a senhora acabou de validar o meu argumento o chamando de valioso! — A menina exclamou e sorriu largamente, fazendo a senhora gargalhar.
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  — Ora, V é um ótimo apelido. — A sra. Lee concordou. — Combina com você, meu rapaz. — Ela deu um tapinha amigável no braço de Taehyung que apenas sorriu sem graça. — Foi um prazer falar com vocês dois, meus jovens. — Disse adentrando o carro e se ajeitando no banco do motorista. — V… Acho que vou adotar… — Murmurou antes de dar a partida e sair andando.
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  Hoseok estava sentado em frente à casa de com a garota brincando com a cachorra da família na rua. O cão era um husky grande que quando levantava em suas patas traseiras quase ficava do mesmo tamanho da dona. corria de um lado para o outro brincando com o animal, quando por fim se cansou, sentou-se ao lado do amigo.
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  — O que foi, Hope? Você está calado… — Murmurou enquanto chamava a cachorra para o seu lado.
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  — Não é nada, acho que estou só um pouco cansado… — O rapaz deu de ombros.
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  — Hei, me diga, o Jimmy também dança?
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  — É Jimin, … — Hobi revirou os olhos como sempre fazia. — Ele gosta de dançar, mas é muito tímido para fazer isso na frente das pessoas. — Murmurou pensativo.
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   soltou uma pequena exclamação de entendimento e começou a fazer carinho na barriga de sua cachorra que estava esparramada aos seus pés completamente satisfeita com a atenção.
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  — Ele é fofo. — Disse por fim.
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  Hoseok arqueou a sobrancelha e encarou a amiga um tanto sério.
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  — O quê? É a verdade! — Riu dando um tapinha leve no braço de Hobi. — Eu sei que até você acha isso. — Disse envolvendo o braço do rapaz com os seus e depois encostando a cabeça no ombro dele.
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  — É… Ele é realmente bem fofinho… — Hoseok deu de ombros concordando. Jimin tinha um jeito de ser que era impossível qualquer um negar que ele era fofo.
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  — Viu só?
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  — Hum. 
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   desencostou a cabeça do ombro do amigo e o encarou com a sobrancelha erguida.
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  — Hum? — Questionou a garota.
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  — Hum. — Concordou Hobi.
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  — Viu só, Bailey? Hum. — A garota largou o braço do rapaz e passou a monologar com a cachorra. — É tudo o que ele tem a dizer. O que você acha que significa? — Perguntou olhando nos olhos bicolores da husky que havia se sentado de frente para a dona. — Hum… Tem razão. — murmurou. — Você é a melhor, Bailey! — E fez um carinho entre as orelhas da cachorra.
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  — Yah! Do que você está falando? — Hobi resmungou.
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  — Bailey acha que você está com ciúmes da minha nova amizade. — pontuou. — E ciúmes da nova amizade do Jimmy. — Sorriu confiante.
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  Hoseok abriu a boca em descrença. Encarou a melhor amiga e ficou sem saber o que dizer por alguns segundos.
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  — É claro que eu não tô com ciúmes! — Exclamou quase ofendido. — Por que estaria?
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  — Porque eu e o Jimmy somos seus dois melhores amigos. — piscou várias vezes de forma rápida. — E se de repente eu e ele nos tornarmos melhores amigos?
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  Hoseok ficou encarando de sobrancelha erguida e uma expressão séria. É claro que ele não estava com ciúmes dos dois… Né?
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  Eram 17 horas em ponto e Taehyung arrumava suas coisas para ir embora quando viu Nellie pegando sua bolsinha e rumando para a saída da loja.
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  — Yah, onde pensa que vai? — Tae perguntou cruzando os braços enquanto encarava a garota de forma séria.
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  — Ahn… Pra casa? — Murmurou como se fosse óbvio.
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  — Não vai mesmo. — O rapaz balançou a cabeça negativamente. — Sua irmã disse que viria te buscar. Ela deve estar chegando. — Concluiu, e Nellie apenas revirou os olhos nada contente.
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  — Argh! — Bufou. — Você é muito certinho!
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  Tae fez cara de nada ofendido e concordou. Ele gostava das coisas certas.
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  Não demorou nem dois minutos para aparecer na frente da conveniência, ao mesmo tempo em que Max também chegava.
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  — Oh, olá senhoritas Callan! — O homem cumprimentou as duas irmãs com um sorriso gentil. — E olá, Taehyung, meu garoto. — Deu um tapinha nas costas do rapaz. — Como foi o primeiro dia?
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  Houve um silêncio por alguns segundos.
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  — Ela se deu muito bem aqui, senhor Max. — Tae sorriu informando.
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  — Excelente! Fico muito feliz em ouvir isso! — Max exclamou parecendo radiante. — Agora se não se importarem, preciso ir lá para dentro, tenham uma boa noite!
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  Depois do dono da conveniência entrar, o silêncio entre os três do lado de fora reinou.
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  — Você ia embora sem me esperar, né? — retrucou encarando a irmã mais nova com seriedade e uma certeza pura.
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  — Hm… — Nellie resmungou a contragosto. — Mas o V me impediu… — Ela revirou os olhos e encarou o rapaz que não demonstrou nenhum sinal de arrependimento.
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  — É Taehyung! — Ele retrucou um pouco aborrecido.
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  — V? questionou erguendo a sobrancelha.
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  — É o apelido dele. 
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  — Ah. — A mais velha respondeu, ao mesmo tempo em que Taehyung resmungava um “não, não é!” ao fundo. — Bom, que seja, nós precisamos ir. — Ela continuou fazendo um gesto para Nell. — Ah — ela se virou novamente para Tae — amanhã ela vem sozinha, mas você sabe para que número ligar se ela não aparecer. — Disse, logo depois dando as costas novamente e começando a seguir caminho.
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  Nell e Taehyung se entreolharam e a garota deu um sorriso maroto.
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  — Ganhou pontos com ela. — Sussurrou e depois correu atrás de , sem esperar resposta.
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  Tae ficou encarando as duas se afastarem e em sua mente ficou a questão: Ganhou pontos?
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Capítulo 7

  03 de Outubro

  Jungkook estava sentado à frente de um computador em um cyber café enquanto jogava um MMORPG no qual estava ligeiramente viciado nos últimos meses. Ele estava no TOP 5 do ranking de melhores jogadores e seu objetivo era chegar em primeiro lugar… O que seria um pouco difícil conhecendo a pessoa que estava nessa posição atualmente.
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  Era uma garota. MissEVE. Ele acabou por fazer amizade com ela numa das partidas que jogou durante uma madrugada. JK costumava virar a noite jogando jogos online quando as coisas não estavam tão terríveis em sua casa com seus pais. E quando estavam, ele saía para continuar jogando games em cyber cafés. Essa costumava ser a sua rotina diária. E claro, vez ou outra ele ia até a casa de Yoongi, mas agora não parecia muito certo, já que o amigo estava passando por um momento bastante complicado com a namorada — ou seria ex? — e não queria compartilhar seus pensamentos e sentimentos com ninguém.
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  Da última vez que estivera no apartamento de Yoongi, Jungkook presenciou a depredação de um lugar inteiro. Nunca tinha imaginado que o melhor amigo seria capaz de destruir coisas daquela forma e nem que guardava tanta fúria dentro de si. Yoongi não quis dar maiores explicações a ele sobre o que o motivara àquilo, mas não era preciso ir muito longe para saber que se tratava de .
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  JK se espreguiçou e deu um gole em seu chocolate quente antes de voltar a se posicionar para jogar. Deu uma olhada no ranking do dia, Eve ainda estava em primeiro lugar, mas fazia quase uma semana que ele não a encontrava online. Com certa preocupação, ele foi até a sua listagem de amigos no jogo e clicou sobre o nome dela.
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  “Hei, tá tudo bem com você? Faz tempo que não te vejo online.”
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  Depois de digitar, clicou em enviar.
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  Ele não tinha ideia de quem MissEVE realmente era, sequer podia ter certeza de que era uma garota e para dizer a verdade, no início, antes de falar com ela da primeira vez, pensou se tratar de um homem com avatar feminino no jogo, não era raro esse tipo de coisa. Mas Eve havia dito que era realmente uma garota e se mostrou muito ofendida quando JK perguntou se ela não era um homem por sua pontuação ser tão alta e suas jogadas e recursos tão bons.
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  MissEVE

  Oras, ChronosAce! Você é mais um que acha que garotas não podem ser tão boas quanto garotos em games?
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  Jungkook se lembrava de ter parado para pensar naquele instante que recebeu a resposta de Eve e percebeu que ele havia sido uma daquelas pessoas que achavam que ser gamer era coisa de garoto. Ainda mais um gamer tão bom. Mas quando parou para realmente avaliar a ideia, percebeu que aquilo não fazia muito sentido.
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  Depois de uma pequena discussão sobre direitos iguais  e uma ameaça de batalha um contra o outro, finalmente os dois se entenderam e acabaram por aceitarem o pedido de amizade um do outro no game. JK logo contou um pouco mais sobre si mesmo para Eve, inclusive seu nome verdadeiro, mas ela, por outro lado, preferiu manter seu nome em segredo. Ele sabia que ela tinha acabado de completar 17 anos, ao menos foi o que disse em uma de suas conversas.
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  Depois daquela primeira vez conversando no chat, os dois quase sempre jogavam juntos algumas partidas por dia, porém, fazia algum tempo que ela não logava e em quatro meses aquilo nunca tinha acontecido. Jungkook fez careta para espantar os pensamentos ruins e após dar mais um gole no chocolate, voltou a jogar.
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  Jimin continuava gravando as sessões de ensaio de Hoseok e e cada vez ficava mais encantado com a coreografia. Chegou até a pensar que os dois tinham aquilo que os outros costumavam chamar de química. Pensar daquele jeito deixou-o um pouco… Chateado, talvez? Ele não sabia direito como se sentir em relação a . Nem a Hoseok. E nem a e Hoseok juntos.
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  O rapaz soltou um suspiro e baixou o celular quando a música terminou pela quinta vez naquela manhã.
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  — Hei, Jimmy Chimmy! — sentou-se ao seu lado um tanto ofegante, logo se deitando no chão para tentar esfriar o corpo.
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  — Oi, . — Jimin murmurou tentando segurar o largo sorriso que queria se fazer presente só pela garota ter ido ficar ao lado dele.
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  — Quando é o seu aniversário? — Ela perguntou enquanto fazia um tipo de alongamento nas pernas e ouvia as juntas estalarem.
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  Jimin ergueu a sobrancelha, surpreso. Não era o tipo de conversa que esperava ter com alguém.
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  — Hum… 13 de Outubro, e você?
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  — 16 de Fevereiro! — Hoseok exclamou indo se juntar aos amigos.
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  — Uau! Seu aniversário está chegando! — disse toda animada se sentando para poder encarar melhor Jimin.
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  — Vocês dois fazem aniversário bem perto um do outro. — Jimin pontuou pensativo.
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  — Podíamos ser irmãos gêmeos. — murmurou. — Sabe, tirando a parte que somos de culturas diferentes e de pais diferentes… — Ela parou. — Ah, bem, você entendeu o que eu queria dizer. — Fez um joinha para Jimin que riu.
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  — Sim, vocês são bem parecidos em alguns aspectos. — Ele concordou.
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  — Nós dois somos raios de sol para iluminar a vida de todo mundo! — exclamou se colocando em pé num pulo. — Apesar do Hope aqui estar meio nublado ultimamente. — Resmungou dando língua ao amigo que apenas revirou os olhos.
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  — Eu? Nublado? — Hoseok se levantou também, a expressão ofendida de forma fingida. — Mas é claro que não!
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  Os três riram, mas Jimin não conseguiu parar de pensar que tinha razão. Desde que a garota havia chegado ali, Hobi havia ficado um pouco menos radiante que o normal, e embora aquilo pudesse ser atribuído a concentração nos ensaios e na data da apresentação se aproximando, Jimin sentia que não era bem aquilo que estava deixando Hoseok sério.
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  — Certo, vamos ensaiar mais uma vez! — chamou o amigo e os dois começaram a dançar o refrão da música.
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  Já fazia quase duas semanas que Nellie estava trabalhando na loja de conveniência que havia tentado roubar e de forma impressionante, ela estava se mostrando uma funcionária muito prestativa e alegre. O senhor Max estava satisfeito com o resultado e Taehyung se sentia aliviado pela garota se mostrar fácil de lidar naquele ambiente.
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  Quando Nell chegou naquela tarde de outubro, sozinha, como passou a ser depois do primeiro dia, Tae jogou uma mochila em sua direção a qual a garota agarrou por reflexo e no susto.
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  — O que é isso? — Perguntou caminhando até os fundos da loja para guardar suas coisas na saleta destinada aos funcionários.
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  — Acho que você já trabalhou o suficiente para pagar por essas coisas. — Taehyung murmurou dando de ombros enquanto rumava para o caixa deixando Nellie sozinha.
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  A garota encarou a mochila preta e ficou sem entender muito bem. Abriu-a e então viu: todas as coisas que ela havia tentado furtar no outro dia estavam lá. Nell deixou a mochila na sala junto com o resto de suas coisas, colocou o uniforme sobre a roupa que usava e rumou para a frente da loja.
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  — O que foi aquilo? — Perguntou encarando o rapaz de forma séria.
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  — Acho que você devia estar querendo muito aquelas coisas naquele dia. — Taehyung murmurou enquanto arrumava alguns objetos no balcão. — E já que está sendo uma funcionária exemplar, então… — Voltou seu olhar à garota e deu de ombros.
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  Nellie baixou o olhar e foi se encostar no balcão do caixa de Taehyung.
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  — Eu queria ter feito uma surpresa pra . — Disse quase num sussurro. Quando ergueu os olhos, se deparou com Tae a encarando de forma confusa. — Ela adora aquelas coisas. — Informou.
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  — Ah… — O rapaz soltou em concordância.
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  — Eu sabia que ela tava muito chateada comigo quando foi me buscar na delegacia… — Nell voltou a baixar o olhar. — Eu queria que ela não ficasse assim tão chateada, então…
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  — Então você resolveu roubar as coisas favoritas da sua irmã em uma loja… — Taehyung suspirou massageando a base do nariz.
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  — Bom, em teoria ela não ia ficar sabendo desse detalhe… — Nellie murmurou desviando o olhar.
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  — Agora você vai ter dinheiro e vai poder comprar as coisas que quiser. — Tae pontuou sério. — Sua irmã vai ficar muito mais feliz desse jeito.
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  Nell revirou os olhos, mas ao mesmo tempo sorriu.
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  — Já conhece a tão bem assim? — Riu marota e foi a vez de Taehyung revirar os olhos.
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  — É só o sentido natural das coisas, Nellie. 
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  — Hum. — A menina deu de ombros.
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  — Ah, e o que exatamente sua irmã vai fazer com uma tinta spray? — Tae perguntou ao se lembrar de ter visto a latinha de spray na mochila.
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  Nellie coçou a testa um pouco encabulada.
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  — Aquilo era pra mim. — Soltou fazendo bico. — Eu gosto de grafite.
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  Taehyung ergueu a sobrancelha, mas não se achou no direito de falar muito, já que ele mesmo andava com uma latinha de tinta spray na mochila para brincar um pouco nos terrenos do clube abandonado.
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  — Só toma cuidado com onde você faz isso, ok? — Murmurou.
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  — Você é um cara legal, V!
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  — É Taehyung! — O rapaz retrucou, mas já estava praticamente se dando por vencido àquela altura.
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  Pouco passava das 17 horas quando Nellie e Taehyung saíram da loja para esperarem por . A menina não mais reclamava de ter que esperar pela irmã àquela altura, e por mais que relutasse em admitir, gostava de ter alguém a acompanhando na volta para casa. Naquele dia Tae decidiu dar uma caminhada por aí antes de voltar para casa, então acompanhou as irmãs por uma parte do percurso delas.
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  — E então, V… — murmurou puxando assunto um pouco tímida. — Você tem irmãos? — Perguntou um pouco sem jeito. 
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  Desde que as coisas haviam ficado claras sobre o rapaz que estava tentando ajudar a irmã, não sabia mais bem como deveria agir na presença dele. Havia julgado Taehyung da maneira mais errada possível e havia agido de forma hostil durante algum tempo com ele por não confiar na bondade toda que ele oferecia, mas agora que ele estava se provando realmente alguém de confiança, ela se sentia desarmada.
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  — Hum… Eu tenho uma irmã mais velha. — Respondeu ele se segurando para não retrucar sobre o apelido.
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  — Ah, então somos dois mais novos. — Nellie se intrometeu na conversa fazendo uma cara de compreensão. — Eu sei como é, V, meu caro amigo. 
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  Taehyung balançou a cabeça e riu de leve, logo depois Nell saiu correndo para encarar uma vitrine de uma patisserie deixando os dois mais velhos para trás.
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  — A Nell gosta bastante de você… — murmurou fazendo bico e sem olhar para o rapaz. — Acho que ela ia preferir te ter como irmão mais velho… — A moça retrucou baixinho, mais para si mesma do que para outras pessoas ouvirem.
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  Taehyung parou de caminhar quando entendeu o que havia dito.
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  — É claro que não. — Disse um tom mais alto que o normal, fazendo parar e encará-lo. — Nellie gosta muito de você.
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  — Ah bem… — A moça desviou o olhar um pouco desconcertada. — Não é pra mim que ela está falando essas coisas, é? — Disse parecendo chateada.
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  Tae caminhou para mais perto de .
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  — Me diz, senhor irmão mais novo… — murmurou baixo. — Por que vocês não compartilham com suas irmãs mais velhas o que se passa nessas suas cabecinhas? — É claro que ela estava se referindo à própria irmã, mas Taehyung se sentiu um pouco atingido por aquela pergunta. — Eu só queria que ela se abrisse mais comigo, sabe. — baixou o olhar triste. — Depois que papai morreu… As coisas desandaram entre nós… A gente nunca foi muito grudada nem nada, mas antes ela ainda conversava comigo e nós sabíamos exatamente o que estava acontecendo na vida uma da outra. — Ela voltou o olhar para onde Nellie continuava a olhar os doces na vitrine. — Agora parece que eu divido a casa com alguém muito parecido com a minha irmã mais nova, mas de quem eu não sei praticamente nada. — suspirou e voltou a andar para chegar até Nell.
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  Taehyung ficou um pouco para trás encarando as duas começarem a discutir qual era o melhor doce daquela vitrine. Apesar de tudo, elas pareciam estar se divertindo enquanto apontavam para a vitrine e comentavam algo. Ele nunca tinha visto as duas agirem daquela forma uma com a outra.
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  — V, vem aqui! — Nell gritou acenando para que o rapaz se aproximasse. — Olha aqui, qual desses você acha que é o melhor doce? — Perguntou a menina apontando para a vitrine que exibia opções vastas de bolos, pães doces, sobremesas e vários outros doces apetitosos. 
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  — Hum… — Taehyung encarou a vitrine pensativo. — Eu sempre gostei das tortas de morango desses lugares… — Murmurou admirando uma torta exposta. 
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  — Droga, achei que você ia ser como eu e dizer Choux Cream. — Nell resmungou cruzando os braços e fazendo bico.
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  — Pois eu digo que macarons são os melhores doces da Terra. — também cruzou os braços encarando a irmã.
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  Tae ficou entre as duas um pouco confuso.
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  — Eu acho que o importante é o doce trazer alegria. — Taehyung concluiu como que para evitar maiores discussões.
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  Nell lançou um olhar para e depois de alguns instantes as duas assentiram.
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  — Ok, acho que podemos concordar com isso. — murmurou descruzando os braços. — Vamos entrar pra comer algo? — Sugeriu.
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  — Eba! — Nell exclamou com os olhos brilhando como os de uma criança.
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  — Eu já vou indo. — Taehyung murmurou colocando as mãos nos bolsos.
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  — Ah, poxa! — A mais nova reclamou fazendo bico.
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  — Nellie! — ralhou. — Tenho certeza de que ele tem coisas a fazer.
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  Nell fez bico, mas aceitou o fato de forma relutante. 
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  — Nos vemos amanhã. — O rapaz disse se afastando e acenando um tchau.
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  Taehyung começou a fazer seu caminho de volta para casa, o sol já estava bem mais baixo àquela hora. Ele ficou pensativo durante boa parte do caminho até o conjunto de prédios. havia perguntado por que os irmãos mais novos não se abriam mais com os mais velhos… Será que aquilo se aplicava à também?
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  De alguma forma ele conseguia visualizar a ele e à irmã na mesma situação de e Nell. As coisas começaram a ficar um pouco diferentes depois da morte da mãe deles. Os dois também não eram nenhum tipo de irmãos super apegados um ao outro, mas com a mãe eles sempre tiravam o horário do jantar para sentarem-se todos juntos à mesa e conversar um pouco sobre como havia sido o dia de cada um. Depois que a mãe morreu, eles haviam ficado um pouco menos falantes no jantar, mas tudo ficou realmente pior depois de Andy.
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  Tae não se sentia mais à vontade para falar sobre qualquer coisa com , não vendo quase sempre o olhar de desamparo da irmã depois de algum tempo casada. Como ele poderia dizer qualquer coisa quando ela sofria calada daquele jeito?
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  O rapaz chutou uma pedra que estava no meio da rua a fazendo ir parar a metros de distância. Por que ele não podia simplesmente arrumar coragem para falar com ? Por que ele não podia acabar com aquele sofrimento dos dois? Eles podiam ir para algum lugar longe de Andy e recomeçar como uma família de verdade, não podiam? Pensar no que podia ser feito e na quantidade de coragem que era preciso para dar o primeiro passo simplesmente o assustou como nunca. Ele era um covarde. Era alguém na beira de um precipício que precisava atravessar uma ponte bamba de madeira. Atravessando, estaria a salvo, ao ficar, morreria. Mas ele simplesmente não conseguia dar o passo até a ponte que o livraria de tudo. Covarde era como se sentia.
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Capítulo 8

  09 de outubro

  Era fim de semana e Taehyung estava deitado em seu colchão encarando a janela aberta e o sol entrando e iluminando tudo. Passava da uma hora da tarde. O rapaz não queria se levantar. Havia recebido o dia de folga, mas a verdade era que preferia estar trabalhando. Ou fazendo qualquer outra coisa. Menos estar ali, preso com e Andy. Ele não queria ter que sair do quarto e encarar os dois agindo como se fossem o casal do ano, toda sorrisos fingindo que tudo era um mar de rosas e Andy fingindo que nunca havia tocado em um fio de cabelo dela. Ver a irmã agir daquela forma passou a lhe dar desgosto. 
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  Taehyung sentia uma raiva e indignação imensa crescer dentro de seu peito. Ele havia tido muito tempo para pensar em tudo o que estava acontecendo, nas surras que havia levado do marido da irmã, na irmã chorando por culpa do imbecil… E no fato de que não importava quantas vezes aquelas mesmas cenas se repetissem, nada nunca mudava. E ele estava cansado daquilo.
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  — Omma… — Murmurou com a mão sobre o peito onde a foto da mãe permanecia guardada no bolso da camisa. — Eu não quero sentir essas coisas. — Disse baixinho. — Essas coisas são horríveis, omma.
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  Taehyung se condenaria eternamente por se sentir daquela forma com a irmã. Ao mesmo tempo que odiava estar naquela situação, ele estava nela por causa de . Ela era sua única família, não podia abandoná-la. Mas por que as coisas não podiam ser mais fáceis? Ele ruminava aquelas coisas em sua cabeça quando seu celular vibrou no chão ao seu lado.
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  — Alô? — Atendeu um pouco distraído, sem olhar quem era.
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  — Hei… Hum… V? — Uma voz num tom um tanto acanhado murmurou do outro lado.
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  Taehyung afastou o celular e encarou o nome no visor: Nellie. Ele havia se esquecido de atualizar o nome na listagem de contatos.
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  — Ah… …? — O rapaz se espantou um pouco.
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  — Oi, será que você tá livre agora? 
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  Mais uma vez ele afastou o celular apenas para ter certeza de que tinha visto o nome de forma correta. Ele estava bem distraído, afinal. Mas era o número de . E a voz da moça.
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  — Hum… É, eu estou. — Respondeu ainda um tanto desconfiado. 
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  Claro que havia ficado muito mais aberta à amizade, menos na defensiva e mais simpática com ele, mas mesmo assim, ainda era um pouco estranho receber uma ligação dela, ainda mais quando a única ligação que haviam trocado fora aquela em que havia pensado que ele era algum tipo de tarado correndo atrás da sua irmã mais nova.
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  — Escuta… Será que você teria um tempinho para… Conversar? soou completamente insegura quando perguntou, o que fez Taehyung ficar imaginando que tipo de expressão ela estaria fazendo ou se estava fazendo algum gesto de nervoso.
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  — E o que exatamente você quer conversar? — Perguntou se colocando sentando no colchão, mas parecendo um pouco mais empolgado com o dia.
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  — Bem… De início podemos conversar sobre qualquer coisa? — Murmurou meio pensativa, mais parecendo falar consigo mesma. — Sabe, para nos conhecermos melhor… — A moça murmurou e depois bufou, resmungando alguma coisa para si mesma.
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  Tae parou para pensar por um instante. Por que de repente ela estava interessada em encontrá-lo para conversar e conhecê-lo melhor? Mas ele ouviu o barulho de garrafas na geladeira da cozinha e se lembrou do dia que o esperava se ficasse ali o resto da tarde. Logo se colocou de pé, procurando por alguma roupa mais apresentável.
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  — Certo, mas eu vou querer saber algo sobre você também. — Ele disse, mas aceitaria encontrar com mesmo se ela se recusasse a dizer qualquer coisa a ele.
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  Houve um silêncio do outro lado e um suspiro.
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  — Ok, vamos nos conhecer melhor. — Ela concordou e o rapaz sorriu. — Pode me encontrar naquela patisserie do outro dia daqui a pouco?
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  — Estarei lá. — E não precisava ser perguntado novamente. Ele estaria lá de bom grado.
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  — Obrigada. Até mais então. — Taehyung não podia enxergar o rosto de , mas pelo tom de sua voz, ele podia deduzir que sorria aliviada.
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  O rapaz pegou uma jaqueta e uma jeans escura e se trocou, tomando o cuidado de pegar a foto de sua mãe e transferi-la para a roupa nova. Saiu do quarto com o celular e a carteira no bolso, embora a vontade fosse levar sua mochila e nunca mais voltar.
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  — Eu vou sair um pouco, noona. — Passou avisando pela saleta onde e Andy assistiam à TV.
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  — Aonde vai, moleque? — O homem que já segurava uma garrafa de cerveja perguntou.
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  Taehyung se virou para a irmã, lançou um olhar sugestivo para a garrafa na mão do cunhado e deu as costas.
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  — Vou encontrar uma amiga. — Respondeu e fechou a porta com o máximo de cuidado que seu estado de espírito permitiu.
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  Taehyung chegou na patisserie antes de , ficou esperando do lado de fora do estabelecimento e observando o movimento na rua. Viu algumas crianças brincando e correndo com mães e pais logo atrás gritando como loucos para que elas parassem antes que se machucassem, alguns grupos de adolescentes iam em direção ao metrô conversando com animação… Estava olhando para um desses grupos quando viu chegando, ela acenou de forma um tanto tímida em sua direção e se aproximou.
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  — Desculpe a demora. — Murmurou um pouco sem graça.
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  — Tudo bem, não faz muito tempo que cheguei. — Taehyung tranquilizou a moça que sorriu assentindo. 
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  — Quer entrar para comer alguma coisa? Podemos conversar ali dentro. — sugeriu e Tae concordou.
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  Os dois entraram na patisserie e escolheram uma das mesas perto da janela de vidro, era um lugar mais iluminado e parecia a melhor opção para o aparente estado de ânimo dos dois. Observaram o menu que estava sobre a mesa e fizeram o pedido.
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  — Então… — murmurou parecendo voltar a ficar sem graça.
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  Taehyung voltou seu olhar para a moça que parecia pensar em como iniciar uma conversa com ele, o que o fez abafar um risinho para si mesmo. Ele não era o tipo de cara que intimidava ninguém, na verdade, na maioria das vezes ele era do tipo fácil de lidar. Era a primeira vez que alguém era tão cauteloso em puxar papo.
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  — Parecia meio urgente quando você ligou. — Comentou achando que deveria dizer alguma coisa, já que o silêncio parecia incomodar .
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  — Ah… Não, não é nada urgente, é só… — Ela começou a brincar com as mãos sobre a mesa. — Eu só queria deixar as coisas claras entre nós… Ou começar de novo, para ser sincera… — Murmurou ficando ligeiramente rosada ao dizer aquilo em voz alta.
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  Tae assentiu e de repente se levantou, fazendo encará-lo surpresa e confusa. Ele pigarreou e então estendeu a mão.
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  — Olá, meu nome é Taehyung, tem alguém sentado aqui? — Perguntou.
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   ergueu a sobrancelha pronta para retrucar, mas se recompôs e apertou a mão estendida do rapaz e sorriu.
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  — Oi Taehyung… Eu sou , e você pode se sentir à vontade para se juntar à mim aqui.
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  O rapaz sorriu mais abertamente e voltou a se sentar, os dois ignoraram completamente os olhares curiosos dos outros clientes do lugar e continuaram.
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  — Sabe , você parece ser uma garota legal. — Tae murmurou e percebeu a moça corar, o que fez o sorriso retornar aos seus lábios.
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  — Ah, eu tenho os meus momentos. — Ela baixou o olhar, de repente ficando séria. — Me desculpe, V. — murmurou baixo voltando a encarar o rapaz, que também ficou sério. — Eu te tratei mal por um bom tempo e…
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  — Tá tudo bem. — Taehyung sorriu novamente parecendo sincero. — Eu posso imaginar o que ficou parecendo quando você me encontrou da primeira vez.
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  — Mesmo assim… — O atendente da loja chegou com o pedido dos dois interrompendo por alguns segundos.
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  — Vamos deixar isso de lado, você começou a ser legal comigo, lembra? — Ele sorriu novamente e depois pegou sua xícara de cappuccino fazendo um leve brinde.
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   suspirou e sorriu de volta, pegando seu latte e brindando com o rapaz.
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  — Por que não me conta um pouco sobre você, V? — A moça finalmente tomou coragem de perguntar depois de algumas rodadas de conversas sem muita profundidade.
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  Taehyung ergueu a sobrancelha um pouco desconfiado e permaneceu em silêncio, brincando com sua fatia de torta de morango.
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  — Tá, eu posso começar falando de mim se você não se sente confortável em falar sobre você. — Ela se aprumou como se fosse começar uma palestra. — Hum… — Ficou pensativa por um instante. — Certo, ao contrário do que ficou parecendo no início, eu costumo ser uma pessoa bem simpática. Mas ultimamente, com a morte do meu pai e a Nellie na adolescência… — soltou um suspiro longo e profundo. — Eu sinto que tive que me tornar adulta muito mais rápido do que devia. E que todas as responsabilidades da família são minhas.
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  Taehyung assentiu e sentiu que podia entender com facilidade. Ele também teve de crescer muito mais rápido desde que eram apenas a mãe, a irmã e ele. Tivera de aprender a ter responsabilidade mais cedo, a dar muito valor à família que lhe restava… E tudo havia dobrado depois que sua mãe morreu.
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  — Nell não costumava ser rebelde assim. Na verdade, ela sempre foi a filha mais obediente… — deu um sorriso triste. — Foi depois que papai se foi que ela começou a… Andar com gente diferente. — Uma sombra passou pelo rosto da moça que logo se recompôs. — Mas depois daquele dia… Depois de você, na verdade… Ela tem andado muito mais como era antigamente. — ergueu o olhar e sorriu parecendo genuinamente feliz.
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  — Depois de mim? — Tae perguntou rindo.
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  — Bem, e principalmente depois da oferta de emprego, devo dizer. — A moça revirou os olhos pensando na irmã e pegou um de seus macarons. — Você simplesmente encantou a minha irmã, V. — balançou a cabeça negativamente e depois riu.
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  — Eu juro que não disse ou fiz nada com ela! — Exclamou fingindo estar na defensiva, mas logo gargalhou quando deu língua.
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  — Eu sei que não. — A garota pareceu fora do ar por um instante. — Mas é fácil perceber como você faz isso. — Murmurou baixinho, mais para si mesma do que para o rapaz.
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  Taehyung ouviu mesmo assim, então ergueu a sobrancelha de forma divertida e um tanto convencida.
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  — Como eu faço o que, exatamente?
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  Naquele momento foi que percebeu que havia declarado a frase em um tom mais alto do que o planejado, e com um pigarro e pegando sua xícara de latte tentou disfarçar que estava corando.
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  — Ah… Bem, encanta as pessoas… Quer dizer, a minha irmã. — parou de falar ao perceber que se continuasse tentando se corrigir, provavelmente só pioraria as coisas e ficaria ainda mais sem graça.
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  Taehyung gargalhou se divertindo com a cena, sentou-se de forma toda pomposa em sua cadeira e fez pose.
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  — Então você acha que eu encanto as pessoas, hum? — Perguntou usando um tom de voz imitando algum tipo de personagem de ficção.
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  — Para! — exclamou dando um tapinha leve no braço do rapaz que se fez de ofendido. — Mas é claro que você sabe que você encanta as pessoas. 
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  Taehyung ficou pensativo enquanto encarava a moça à sua frente. Ele nunca tinha reparado naquilo para dizer a verdade. Quer dizer, as pessoas normalmente gostavam dele à primeira vista, mas… Aquilo era normal para todos, certo?
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  — Meu Deus… — deixou escapar quando percebeu o silêncio do rapaz. — Ele não sabe mesmo… — Murmurou parecendo espantada.
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  — Desculpe, mas é a primeira vez que me dizem algo assim. — Tae sorriu um pouco sem graça sob o olhar quase incrédulo de .
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  — Fala sério. — A moça soltou num tom que a fez parecer a irmã. — Quero dizer… No colégio você devia ter várias garotas correndo atrás de você… E no mínimo era um dos queridinhos dos professores!
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  O rapaz ergueu a sobrancelha sem saber bem como reagir àquilo. 
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  Na escola ele não era popular, sempre foi mais quieto e do tipo que classificavam como “nerd”, ficava mais com um grupo seleto de amigos — entre eles havia Namjoon, que apesar de ser mais velho, sempre esteve por perto — e… Não era como se ele tivesse uma fila de garotas para escolher. 
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  — Eu sempre fui um aluno na média, para falar a verdade… — Comentou ele pensativo. — Eu gostava das aulas de literatura e sempre tinha um livro comigo, então as pessoas achavam que eu era nerd. — Deu de ombros enquanto pegava um pedaço de sua torta.
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  — Impossível. — disse pausadamente olhando séria para Taehyung que pareceu surpreso. — Não, com certeza você devia chamar a atenção de muita gente, só não percebeu. — Concluiu. — Quer dizer, se você sempre foi desse jeito que é hoje.
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  Tae se pegou pensando, não achava que tivesse mudado muito desde o colégio. 
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  — Um rapaz amável, com um bom senso de moral, simpático e todo… Fofo… — A última parte saiu um tanto estranha da boca de que tentava controlar o rubor. — As pessoas em geral deviam gostar de você só de olhar.
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  — Hum… Eu acho que ninguém nunca desgostou, pelo menos… 
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   riu.
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  Os dois passaram mais algumas rodadas com conversas simples, o latte e o cappuccino já haviam acabado assim como os doces quando finalmente perguntou:
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  — Você não fala muito sobre a sua família mesmo eu só falando sobre a minha… Tô pensando se minha história é muito entediante ou se você só não quer continuar no assunto… — Murmurou fazendo uma careta pensativa. 
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  — A sua família é bem interessante, na verdade. — Quase normal, ele queria dizer, e no melhor dos sentidos. — Eu só… Eu não gosto muito de falar sobre a minha… — Taehyung olhou para a moça que baixou o olhar parecendo um pouco chateada, mas não queria insistir. Tae suspirou. — Meu pai morreu quando eu era muito pequeno… — Disse por fim. — Crescemos eu, minha irmã e minha mãe, ela nos criou sozinha. Não temos parentes na América e não conhecemos os da Coréia. Uns anos atrás minha mãe… — Taehyung baixou a voz um tanto incomodado.
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  — Ela morreu? — perguntou baixando um pouco para tentar encarar o rapaz que apenas assentiu. — Eu sinto muito… — Sussurrou sabendo bem como era viver sem pais. — Você e sua irmã se dão bem?
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  Taehyung não sabia mais como responder àquela pergunta. Eles mal se falavam direito para sequer terem a chance de discutir…
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  — Ela é legal… — Respondeu por fim dando de ombros.
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   ficou encarando o rapaz fixamente com uma cara nada convencida.
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  — Legal, V? É tudo o que tem a dizer sobre a sua irmã? — perguntou erguendo a sobrancelha. — Eu acho que devo deduzir que vocês não se dão tão bem assim… — Murmurou baixinho desviando olhar.
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  — Não, ela é muito boa, é só que… É complicado. — Taehyung coçou a nuca. Nunca tinha falado sobre a situação na sua casa com pessoas que não o conhecessem há muito tempo.
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  — Olha, eu e a Nellie não temos o relacionamento mais exemplar do mundo, mas mesmo ela diz mais sobre mim além de legal e…
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  — Depois de um tempo da morte da minha mãe, minha irmã se casou. — Tae olhava fixamente para um ponto na mesa, as mãos cerradas apoiadas na mesma. — Acabou que o cara é um grande babaca. — Ele quase cuspiu as palavras tamanha a irritação de se lembrar daquilo. 
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   ficou encarando a forma como o rapaz estava. Taehyung apertava com força o punho fechado, a postura havia ido para uma postura de alerta, quase agressiva, os olhos estavam fixos em um ponto qualquer, mas era possível perceber a raiva neles. A moça estendeu as mãos e colocou-as sobre as dele, aquilo fez a atmosfera pesada se dissipar quando Taehyung ergueu os olhos espantado com o toque.
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  — Eu não faço ideia do que tá acontecendo na sua casa, V. — murmurou encarando-o olhos nos olhos. — Mas sei que é bem mais profundo do que você pode me contar.
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  Tae soltou uma risada breve e sem humor.
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  — Eu só queria sumir de lá…
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  — Então por que não sai? Dá pra perceber que o que acontece te incomoda muito…
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  — Eu não posso deixar a minha irmã com aquele… — Ele entortou a boca evitando soltar um palavrão.
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   assentiu e percebeu que as mãos de ambos ainda estavam juntas, mas decidiu não desfazer o toque.
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  — Eu prometi à minha mãe que seria o homem da casa…
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  A garota ergueu os olhos para fitar Taehyung quase espantada.
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  — Ela te pediu para fazer isso?
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  — Não, mas desde que eu era o único homem da família, eu…
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  — Esse não é o seu papel, V. — se afastou encarando-o de forma séria. — Não importa se você era o único homem ou se haviam mais cem. Não é o seu papel.
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  — é frágil, . — Taehyung disse. — Eu tenho que protegê-la…
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   viu que o rapaz acreditava muito no que dizia. Que ele precisava proteger a irmã mais velha e devia ser um exemplo de homem.
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  — Ela pediu isso para você?
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  — Não, mas…
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  — Ela tá fazendo alguma coisa para te ajudar a passar por esses momentos difíceis na sua casa? — perguntou ainda mais séria.
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  — Ela…
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  A moça fez sinal para que o rapaz parasse de falar, ela sabia que ele daria mais motivos para continuar tentando provar que não havia o que fazer a não ser o que já estava sendo feito, que só o que tinha era se aceitar.
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  — Sabe, V. Às vezes quando não tem ninguém para nos estender a mão, nós mesmos temos que nos ajudar. — disse no seu tom mais sério. E esperava que Taehyung entendesse o que ela queria dizer.
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Capítulo 9

  13 de Outubro

  Jimin estava sentado no estúdio de dança com Hoseok fazendo alongamentos no meio da sala enquanto esperavam por que havia avisado que iria se atrasar um pouco aquele dia. O garoto pensava no que poderia ter acontecido com a garota quando ela adentrou a sala de ensaios um tanto atrapalhada segurando um pequeno bolo de aniversário com uma vela acesa no meio.
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   — PARABÉNS PRA VOCÊ! — entrou cantando praticamente aos berros enquanto Hobi batia palmas com a expressão surpresa.
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  — Whoa! — Jimin se levantou surpreso indo em direção à garota.
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  — Feliz aniversário Jimmy Chimmy! — Ela exclamou, os olhos brilhando de alegria. — Vamos, faça um pedido e assopre!
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  Jimin fez como dito, fechou os olhos por um segundo e assoprou a vela fazendo seu pedido. saltitou com entusiasmo e eles pegaram uma cadeira para colocar o bolo em cima, a garota por fim pulou em Jimin para um abraço exclamando felicitações e desejando todas as melhores coisas do mundo para o rapaz que chegou até a ficar corado com tanta atenção. Hoseok o abraçou fortemente também, ficando ali com o braço por cima do ombro do amigo por algum tempo.
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  Depois de alguns minutos conversando e comendo o bolo de aniversário, olhou para o celular.
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  — E então, o que vamos fazer hoje? — Perguntou com sua melhor expressão pidona.
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  — Hum? — Hoseok questionou de boca cheia.
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  — É claro que podemos tirar o dia de hoje de folga para comemorar o aniversário do Jimmy. — Aquilo não era uma pergunta, portanto ela continuou falando. — Eu sugiro a gente ir ao parque de diversões itinerante! — Exclamou animada.
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  — Yah! — Hobi reclamou. — Por que você sempre quer me levar a parques de diversões?!
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  — Porque é di-ver-ti-do! — A garota respondeu dando língua. — E também porque eu adoro ver você desesperado nos brinquedos mais radicais. — Confessou soltando uma gargalhada e fazendo o amigo fazer bico. — Vamos? Minha mãe estará aqui embaixo em poucos minutos para nos levar. — Informou.
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  — Se você já tinha tudo planejado, por que disse isso como sugestão? — Hoseok perguntou em tom indignado.
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  — Porque é claro que eu sabia que vocês não iam ter uma ideia melhor que a minha, então é óbvio que iríamos para o parque. — disse quase num ar triunfante. — Tenho ingressos comprados e tudo. 
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  Jimin e Hobi se entreolharam e Hoseok apenas balançou a cabeça se dando por vencido e se levantando. Os três saíram da sala de ensaios com saltitando de animação à frente. Quando chegaram em frente ao prédio, a mãe da garota já estava à espera, buzinando de forma animada ao ver a filha.
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  — Olá, garotos! — Disse a senhora quando todos entraram no carro.
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  — Olá, senhora Shannon. — Hobi cumprimentou-a com um largo sorriso.
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  — E você deve ser o Jimmy…
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  — Na verdade, é Jimin, mas o chama de Jimmy. — Hoseok explicou rindo de leve.
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  — Ah, é um prazer conhecê-lo, Jimin! — A senhora Shannon deu partida no carro e começou a dirigir.
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  — Igualmente, senhora. — Jimin murmurou um tanto acanhado.
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  — Feliz aniversário, querido! — Ela exclamou abrindo um sorriso largo em cumprimento.
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  — Obrigado… — Jimin agradeceu tímido.
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  — Você tem razão, , ele é uma fofura. — A mulher ao volante exclamou e a filha gargalhou enquanto Jimin se encolhia um pouco de vergonha no banco de trás.
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  A viagem até o parque itinerante levou pouco mais de vinte minutos, a mãe de os deixou na entrada e a garota avisou à ela que voltariam de ônibus mais tarde. Ainda era relativamente cedo quando os três atravessaram a entrada do parque, mas o lugar já tinha uma quantidade razoável de pessoas.
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  — Vamos no barco viking! — exclamou saltitando com entusiasmo.
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  — Yah! Por que temos que ir logo em brinquedos que dão medo? — Hoseok reclamou fazendo bico e cruzando os braços.
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  — Uma hora ou outra você vai ter que ir em algum, então vamos acabar logo com isso, oras. — encarou o amigo com a postura de quem havia usado o melhor argumento do mundo.
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  — Vamos, hyung, vai ser legal! — Jimin sorriu da forma mais fofa que conseguiu para tentar convencer o mais velho, quase sempre funcionava.
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  Hobi apenas suspirou e começou a resmungar para si mesmo enquanto acompanhava os dois que seguiam para a pequena fila do brinquedo. Jimin e pareciam empolgados para entrarem logo no barco viking, mas Hoseok parou com a expressão séria enquanto encarava o brinquedo que ia e voltava no ar, fazendo algumas pessoas gritarem.
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  — Hope, vai ficar tudo bem! — exclamou agarrando seu braço para que ele acompanhasse a fila.
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  — Eu odeio esses brinquedos… — Choramingou se deixando ser arrastado pela amiga.
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  — Eu e o Jimmy vamos estar com você!
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  — Pode segurar a nossa mão. — Jimin murmurou rindo ao levar um tapão de Hobi.
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  Alguns minutos mais tarde, os três estavam sentados lado a lado na última fila de assentos do brinquedo, Hobi no canto, Jimin ao seu lado e praticamente no meio do barco. Hoseok tinha uma expressão nada feliz no rosto e se xingava mentalmente por ter se deixado convencer a ir na última fileira de bancos. Todo mundo sabia que a sensação era ainda pior naquele ponto, principalmente para alguém como ele que detestava aquele tipo de brinquedo.
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  Um apito soou quando o barco começou a se mover para frente e para trás. Hobi agarrou a barra de segurança à sua frente com força e berrou quando o brinquedo ganhou um pouco mais de velocidade e altura.
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  — Hyung, levanta os braços! — Jimin exclamou para o amigo que apenas gritou de desespero em resposta, o fazendo rir. Ele olhou para o lado e viu gritando com entusiasmo, os braços levantados e uma expressão alegre, como se aquela fosse a melhor sensação do mundo.
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  Jimin até se sentiu transportar para outro lugar ao ver aquela expressão de deleite da moça. Sentiu um frio na barriga, mas tinha quase certeza de que não tinha a ver com o fato de estar sendo lançado para lá e pra cá dentro do brinquedo…
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  Quase um minuto se passou com Hoseok aos berros de desespero e com toda a alegria do mundo, até que o brinquedo foi perdendo força e parando. Hobi saiu cambaleante do barco viking e ele parecia pálido quando se largou num banco perto da atração e soltou a respiração de forma aliviada.
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  — Eu nunca mais vou em um brinquedo assim… — Murmurou finalmente relaxando.
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  — Hyung, você quer água ou um refrigerante? Você tá branco… — Jimin murmurou sentando-se ao lado do amigo com expressão preocupada.
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  Hobi apenas abanou o ar para dizer que estava tudo bem e permaneceu esparramado no banco tentando se recompor.
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  — Eu vou comprar alguma coisa pra gente beber. — murmurou olhando ao redor à procura de barraquinhas de comida.
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  — Deixa que eu vou, ! — Jimin se levantou prontamente.
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  — Jimmy, é seu aniversário, só aceito você me dizer o que quer beber.
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  — Bem, é meu aniversário então eu escolho o que fazer. — Jimin disse tentando se fazer de sério. — E eu escolho ir comprar as coisas pra gente. — Concluiu sorrindo.
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   revirou os olhos, mas concordou dando língua e rindo. O rapaz se afastou indo em direção aos estandes de comida e a garota se sentou ao lado de Hoseok que tinha uma expressão séria enquanto seus olhos acompanhavam o melhor amigo se afastar.
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  — Pode parar já com essa cara, Hope. — disse cruzando os braços encarando Hobi que piscou algumas vezes e voltou seu olhar para ela.
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  — O quê? — Perguntou.
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  — Você tá com aquela cara de novo.
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  — Que cara, ?
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  — A de que não está gostando de alguma coisa. Eu a conheço muito bem. — A garota retrucou olhando seriamente para o amigo. — Hoje é um dia especial, então vamos manter a paz. 
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  — Eu não…
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  — Shiu, só vamos nos divertir hoje! — exclamou piscando para Hobi que ergueu a sobrancelha e concordou.
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  De fato ele estava confuso com aquela constatação da amiga. Ele estava olhando feio para Jimin, mas por quê? Ele não tinha ideia do que estava acontecendo, mas sabia que não estava gostando daquela interação toda alegre e feliz de e Jimin. Mas novamente, por quê? Hoseok estava pensativo quando o amigo voltou segurando três garrafas de refrigerante e estendeu uma das Sprite para ele.
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  — Aqui, hyung. — Disse sorrindo. — Vamos colocar um sorriso de volta nesse rosto! — O garoto exclamou sentando-se ao lado do mais velho dando tapinhas em seu joelho.
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  Hobi se permitiu sorrir de leve e se ajeitou no banco para beber o refrigerante. Aquilo realmente o ajudou a se recuperar de forma mais rápida, conseguia sentir a energia retornando enquanto bebia.
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  — Aaahh! Me sinto muito melhor! — Hoseok exclamou se levantando após terminar de beber sua Sprite e espreguiçando.
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  — Ótimo, vamos ao Revolution então! — exclamou ficando em pé num pulo.
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  — O quê? — Hobi soltou em tom indignado. — Vai acontecer uma revolução no meu estômago se eu tiver que ir em mais brinquedos assim!
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   gargalhou e se pendurou no braço do amigo fazendo cara de cão abandonado.
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  — Não. Definitivamente não. — Hoseok virou o rosto para ignorar a cara de súplica da melhor amiga. 
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  — Poxa… — A garota soltou o braço do rapaz e fez bico. — Tudo bem, vai. — Murmurou voltando a sorrir. — Que tal carrinho de bate-bate?
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  — Agora sim! — Hobi aprovou com entusiasmo. — Vamos! — E começou a marchar em uma direção qualquer enquanto pegava o pequeno mapa que lhe fora entregue na entrada do parque.
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  Jimin e ficaram um pouco para trás conversando.
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  — O hyung parece gostar muito de você. — O garoto murmurou um pouco acanhado. 
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  A garota já estava acostumada com algumas formas que os coreanos usavam para se referir uns aos outros já que havia convivido grande parte de sua vida com a família de Hobi, então não estranhava quando ouvia alguém o chamando de “hyung” ou quando o amigo mesmo usava o termo.
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  — Bom, ele tem que gostar mesmo, somos melhores amigos! — exclamou e riu.
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  Jimin não tinha dito “gostar” daquela forma, mas decidiu não tentar explicar, talvez ela não tivesse percebido? Ou talvez ele é que estivesse enxergando coisas demais… 
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  Conversavam sobre bobagens enquanto caminhavam de forma lenta pelo parque quando Hoseok surgiu à frente deles se enfiando no meio dos dois e colocando os braços pelos ombros de ambos para que se apressassem. 
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  O dia foi passando com o trio correndo de um lado para o outro do parque experimentando todos os brinquedos que adultos podiam entrar. Obviamente Hoseok decidiu por ficar de fora dos mais radicais, como a torre e uma montanha russo que para a surpresa de todos era bastante rápida.
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  Era meio da tarde quando o celular de Jimin começou a tocar, eles estavam tirando alguns minutos de descanso antes de recomeçarem nos brinquedos.
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  — Yah, Park Jimin! — A voz de Jin se fez ouvir na chamada de vídeo. — Onde você está? Estamos te procurando faz tempo! — O mais velho reclamou com a expressão indignada.
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  — Ah, Jin hyung! — Jimin exclamou acenando. — Eu e Hobi hyung estamos no parque itinerante da cidade com . — Explicou. — Aconteceu alguma coisa?
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  — Aconteceu. — Jin  ficou sério por um instante. — Aconteceu que nós viemos até o estúdio de dança para cantarmos parabéns para você, mas você não estava aqui! — Retrucou o mais velho enquanto virava a câmera do celular para mostrar Yoongi, Namjoon Jungkook e Taehyung sentados na calçada em frente ao prédio que abrigava a sala de dança em que os outros dois ensaiavam.
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  — Whoa! — Jimin exclamou fazendo expressão surpresa. — Vocês todos foram até aí me ver? — Perguntou.
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  — Mas é claro! — A voz de Taehyung pôde ser ouvida e logo o seu rosto apareceu junto de Seokjin na tela do celular. — Viemos dar parabéns, mas já que não está aqui… — O rapaz sumiu por alguns instantes e voltou a aparecer com um bolo em mãos. — Te desejamos parabéns por aqui e ficamos com o bolo. — Sorriu de forma marota.
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  — Heeei! — Jimin reclamou rindo ao ver Taehyung apontar o bolo e fazer tchau antes de sumir novamente.
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  — Ah, que pena, Jimin-ah… Mas acho que o bolo não vai sobreviver até a volta de vocês… — Jin murmurou balançando a cabeça negativamente. — Hei, que tal cantar parabéns? — O rapaz perguntou aos amigos, todos, exceto Yoongi assentiram, e começaram a cantar alta e escandalosamente enquanto o mais velho filmava em modo selfie.
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   e Hoseok entraram no coro e colaram as cabeças para enxergarem a imagem e serem enxergados. Taehyung e Jungkook batiam palmas entusiasmados e pulavam, Namjoon sorria e cantava junto e Yoongi parecia um pouco envergonhado ao fundo, mas também batia palmas e cantava com todo o resto.
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  Jimin corou um pouco envergonhado com tanta atenção e também porque algumas pessoas no parque haviam parado ao redor do trio para entender o que estava acontecendo e o garoto não gostava muito de ser o centro das atenções, era tímido demais.
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  — Hei, , certo? — Seokjin perguntou depois de a algazarra terminar.
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  — Eu! — A garota disse entrando no foco da câmera.
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  — Olá, eu sou Jin, o mais velho desse grupo. — O rapaz se apresentou em tom sério. — É um prazer conhecê-la. — Acenou com a cabeça em um tipo de cumprimento. 
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  — É um prazer também finalmente conhecer todo o grupo de amigos do Hope! — sorriu largamente.
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  — Eu tenho um pedido para te fazer. — O tom do mais velho continuava sério, por isso a garota apenas assentiu, não querendo interromper. — Cuida bem desses dois. — Disse. — Eu sei que às vezes pode ser difícil, acredite, eu sei… — E o tom de brincadeira retornou. — Mas nós os amamos mesmo assim, certo?
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   gargalhou alto e assentiu.
  — Pode deixar, Jin, vou dar o meu melhor para cuidar dos dois.
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  — Ah, muito obrigado. — O rapaz murmurou parecendo aliviado. — Eu me sinto muito melhor sabendo que essas duas crianças estão em boa companhia. 
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  — Hei, eu acabei de completar 22 anos! — Jimin reclamou voltando a câmera para si.
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  — Yah, eu estou tendo uma conversa séria com a ! 
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  — Hyung bobo. — O aniversariante riu com a cara de indignação do mais velho.
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  — Park Jimin, me deixe terminar de falar com a !
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  — Tchau, Jin hyung! Muito obrigado pelos parabéns! Nos vemos mais tarde! — Jimin exclamou e encerrou a ligação enquanto Seokjin ainda reclamava do outro lado.
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  — Ele não vai ficar bravo? — perguntou rindo.
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  — Não, o Jin hyung é muito tranquilo. — O mais novo garantiu rindo. 
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  — Os amigos de vocês parecem ser muito legais.
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  — Nós somos todos diferentes, mas muito amigos. — Jimin concordou com o sorriso se alargando no rosto pelas boas lembranças com o grupo.
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  Os três ainda ficaram até o final da tarde no parque aproveitando todas as atrações do lugar e repetindo as mais interessantes, saiu de lá com vários prêmios de barracas de jogos que ganhou, dividindo-os entre os amigos.
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  Ainda antes de rumarem para casa, decidiram parar numa sorveteria e já estava quase tudo escuro quando finalmente chegaram no prédio do estúdio. 
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   estava feliz e saltitante quando chegaram, mas logo seu semblante se fechou quando Hobi discretamente puxou Jimin para um pouco mais perto dele e consequentemente a afastando do garoto. Para qualquer outra pessoa aquilo seria um gesto normal e passaria despercebido, mas não para . Ela conhecia Hoseok bem demais para deixar uma coisa como aquela passar.
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  Quando os dois amigos voltaram os olhos para a garota, ela tinha uma expressão séria voltada para Hobi.
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  — O quê? — Perguntou ele confuso.
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  — Jung Hoseok. — disse séria, o que surpreendeu o rapaz que nunca a ouvira chamá-lo pelo nome verdadeiro. — Você tá agindo como um babaca neste exato momento.
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  — Quê?
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  — Não se faça de desentendido, nós dois sabemos disso. — Ela fechou a cara. — E você vem agindo estranho com nós dois desde que eu comecei a ensaiar com você. 
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  — É claro que não! — O rapaz retrucou um pouco indignado.
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  — Jimin. — A garota inquiriu.
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  — Ah… Eu… — O garoto desviou o olhar sem saber muito bem como agir.
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  — Hoseok. — chamou e o mesmo a encarou imediatamente, ainda muito surpreso com a reação da amiga. — Você tem coisas a resolver e sabe disso melhor do que eu. — Ela apontou. — Então eu vou embora agora e só vou voltar quando tudo estiver resolvido. — Disse arrumando a mochila nas costas.
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  — Como assim? — Hobi e Jimin exclamaram ao mesmo tempo e Hoseok lançou um olhar torto para o mais novo que estava ocupado demais  encarando a garota.
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  — Viu só? — Ela apontou para Hoseok de forma acusadora. — Você vai resolver isso da melhor forma possível para que a gente possa voltar a ser ótimos amigos. — Pontuou já virando as costas e caminhando.
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  — , espera! — Hobi exclamou um pouco atordoado.
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  — Eu vou esperar o seu telefonema me dizendo que está tudo resolvido. — Ela respondeu sem virar e partiu.
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  Hoseok e Jimin se entreolharam parecendo confusos, e ficaram ali parados por vários segundos. Hobi sabia muito bem do que sua melhor amiga estava falando, mas como começar a abordar aquele assunto que nem ele entendia direito?
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  — Hyung… — Jimin murmurou baixo.
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  — Jimin-ah… — Hoseok começou baixando a cabeça um pouco envergonhado. — Eu quero pedir desculpas… — Ele se sentia completamente bobo pelas coisas que estava prestes a admitir.
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  — Pedir desculpas? — Jimin fez cara de confusão.
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  Hoseok apenas ergueu a mão para que o amigo não dissesse nada, ele precisava continuar antes que perdesse a coragem e o bom-senso.
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  — Eu fiquei com ciúmes… 
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  Jimin abriu a boca em surpresa e milhares de pensamentos passaram por sua mente em segundos. Ele estava certo em sua avaliação do relacionamento de e Hoseok, afinal.
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  — Eu entendo, hyung. Eu não queria interferir em nada… — Murmurou o mais novo tentando esconder o tom triste com um sorriso.
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  — Não, eu fui muito… Espera, interferir? — Hoseok se parou no meio da frase após interpretar a frase do amigo. — Como assim interferir?
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  — Ah hyung, você claramente gosta muito da
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  Hobi estacou no lugar e ficou encarando Jimin tentando encaixar uma coisa com a outra, e quando percebeu que a chateação de ambos era por razões completamente diferentes, começou a gargalhar.
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  Jimin ficou sem entender quando o amigo passou um braço por seus ombros e continuou a rir, tentando parar.
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  — Hyung! — O mais novo reclamou ficando um pouco indignado.
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  — Desculpe, desculpe. — Hoseok tomou ar e limpou as lágrimas que escorriam de tanto rir. — É só que… Você entendeu errado. — Explicou ainda tomando fôlego.
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  — Eu entendi o que errado?
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  — Eu… — Respira. — E . — Respira.
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  Jimin encarou o amigo ainda mais sério e esperou.
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  — Eu disse que estava com ciúmes, mas não dela. — E então Hobi voltou a ficar sério. — Eu estava com ciúmes porque estava com medo de perder meus dois melhores amigos. — Explicou.
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  O mais novo continuou com a expressão confusa.
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  — e eu somos apenas amigos, nunca nos vimos além da imagem de irmãos. — Continuou com a explicação. — Eu fiquei com ciúmes porque… Eu não sei, acho que fiquei imaginando vocês sendo melhores amigos e esquecendo de mim… — Murmurou a última parte chateado.
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  Então Jimin finalmente entendeu e se sentiu um tanto aliviado ao saber daquilo. Estivera se condenando até o último instante por ter se encantado tanto pela garota do amigo, mas ela não era dele, afinal. Sua amiga, sim. Mas não sua.
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  — Foi por isso que eu fiquei agindo… Como um babaca como a disse. — Hoseok baixou o olhar completamente envergonhado. — Me desculpe, Jiminnie.
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  O mais novo abriu um grande sorriso e abraçou o melhor amigo com força.
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  — Não tem por que se desculpar, hyung!
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  Hobi sorriu um pouco tímido e assentiu.
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  Os dois subiram até a sala de ensaios e ficaram mais algum tempo por lá conversando, Jimin confessou que estava gostando de e havia achado que Hoseok estivesse apaixonado pela melhor amiga e por isso estava agindo de forma fora do normal. Ambos trocaram informações de cenas mal interpretadas e acabaram por gargalhar ao fim.
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  Quando estavam prestes a deixar a sala, decidiram ligar para pelo celular numa videochamada para darem as boas notícias.
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  O telefone tocou várias vezes antes de cair na caixa-postal.
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  — Ah, sempre esquece de manter o celular por perto. — Hobi resmungou fazendo careta. — Vou tentar ligar para a casa dela e…
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  Quando estava terminando de falar, seu celular vibrou, o identificador informando ser a senhora Shannon.
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  Hoseok ergueu a sobrancelha estranhando e logo atendeu.
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  — Boa noite, senhora Shannon, como… 
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  — Hope? — A mãe de quase sussurrou com uma voz embargada.
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  — Senhora Shannon? O que houve? — O tom do rapaz ficou sério instantaneamente.
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  — A … Ela… — A mulher do outro lado da linha parecia tentar segurar o choro. — Ah, meu querido… — Ela soluçou. — Ela está no hospital. — Informou.
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  Hoseok congelou, apesar da confusão em sua mente. Jimin fazia gestos querendo saber o que estava acontecendo, Hobi apenas fez sinal para que o outro esperasse.
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  — O que foi que houve? Ela está bem?
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  — Eu acho que ela estava voltando para casa… Um homem tentou assaltá-la… — A voz da mulher voltou a ficar trêmula. — Não sei o que foi que houve, mas ele deu uma facada nela… — Pelo tom de voz, Hobi sabia que a mulher estava segurando o choro. — Estamos indo para o hospital, mas não sabemos o que pode acontecer…
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  — Em qual hospital?
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  — No do centro… Ah, Hobi…! — Exclamou e desabou a chorar.
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  — Estou indo para lá! — Informou e desligou.
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  — O que foi que houve, hyung? — Jimin perguntou preocupado.
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  — A … Ela… — Hoseok parou para respirar e tentar processar tudo aquilo. — Parece que ela levou uma facada…
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  — O quê?
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  — Levaram ela para o hospital do centro, eu vou até lá.
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  — Vou com você! — O mais novo exclamou.
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  Os dois arrumaram as coisas na sala, apagaram as luzes e trancaram a porta antes de saírem correndo para a rua e chamarem por um táxi.
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  Hoseok já estava em desespero internamente. De alguma forma ele se sentia culpado pelo que tinha acontecido e o que quer que fosse acontecer com a melhor amiga. Se ele tivesse sido um pouco menos infantil, os três teriam ficado ali e conversado um pouco mais. Ou mesmo teriam ido embora juntos, o que poderia ter evitado que o assaltante abordasse a garota. Mas ele tinha que ter sentido medo de perder os melhores amigos… E agora ele podia de fato perder um deles.
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Capítulo 10

  13 de Outubro

  Era começo de noite e Taehyung já estava pronto para ir embora da loja de conveniência. Aquele dia Nellie havia ligado dizendo que não poderia ir trabalhar porque não estava se sentindo bem. O rapaz havia ficado algumas horas a mais na loja porque havia pedido a Max para sair durante a tarde para fazer uma surpresa a Jimin já que era o aniversário do amigo. Basicamente Tae havia dado sorte pelo chefe estar ali antes do horário para poder cobri-lo e ainda concordar com sua saída mesmo sem Nellie para ajudar.
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  Era pouco mais de sete da noite quando Taehyung deu tchau ao chefe, que sempre ficava no turno da noite, e caminhou se desviando do seu caminho usual. Ele queria ficar fora de casa para pensar um pouco sobre toda a sua vida e sobre o que havia lhe dito quando saíram para se encontrar no outro dia. Ele estava perto de um ponto de ônibus quando viu alguém pichando a parede de vidro do mesmo. O rapaz não ia ligar para aquilo em um dia normal, mas percebeu que conhecia bem aquela roupa e aquela mochila… Era Nellie.
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  Taehyung parou de andar assim que reconheceu a garota que de forma descarada pichava o vidro do ponto de ônibus. Havia um garoto ao seu lado que ria de alguma coisa. Tae sentiu-se ficar desapontado, e se ele que mal a conhecia estava se sentindo assim, só podia imaginar o que sentiria se descobrisse… Quando deu por si, ele já estava caminhando na direção da garota com uma expressão nada feliz.
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  No momento em que ele se aproximou, os olhos fixos em Nellie, o garoto que estava ao seu lado simplesmente deslizou para longe acenando um adeus.
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  — Então você tá doente. — Taehyung murmurou cruzando os braços, o olhar duro e cheio de desapontamento.
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  — V? — Nell deixou escapar com surpresa, quase se engasgando. — O que você tá fazendo aqui?
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  — Eu vou te fazer a mesma pergunta. O que você tá fazendo aqui?
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  Nellie desviou o olhar desconfortável, mas depois simplesmente deu de ombros e voltou a pichar. Taehyung encarou aquela cena completamente desacreditado. Estava pronto para dar o maior sermão de sua vida na garota quando lanternas apontaram na direção dos dois e ele sabia que estavam ferrados.
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  — Corre! — Exclamou já puxando Nell para correr.
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  Os policiais começaram a ir atrás dos dois e Nellie já estava reclamando com falta de ar quando Taehyung a empurrou para um beco, para trás de um contêiner de lixo. Ele ia se arrepender profundamente do que estava prestes a fazer, mas pensou em . E no quanto a moça ia ficar triste, aborrecida, desapontada se Nell fosse levada pela polícia… Novamente.
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  — V, o que…
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  — Shiu. — Ele disse lançando um olhar nada amigável para a garota que se encolheu e se calou.
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  Taehyung respirou fundo e então caminhou lentamente para fora do beco, os policiais que corriam atrás deles o avistando. Os dois se aproximaram com certa ferocidade o imobilizando.
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  — Cadê a garota? — Um dos fardados perguntou empurrando Tae contra a parede de tijolos da entrada do beco, mas o rapaz continuou calado. — Cadê ela? — Insistiu o homem pressionando o rosto do rapaz contra a parede.
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  — Não tem garota. — Tae conseguiu dizer.
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  — Você claramente estava acompanhado, rapaz.
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  — Fui eu que fiz aquilo. Sozinho. 
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  Não foi preciso dizer mais coisas, os policiais deram de ombros e após colocarem as algemas nos pulsos de Taehyung, caminharam de volta até uma viatura que os acompanhou pela rua. Os dois policiais estavam pouco se lixando se havia mais alguém com o vândalo ou não, só queriam levar um culpado para a delegacia, fazer o relatório da noite e finalizar o turno em paz.
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  Nellie ficou observando de seu esconderijo no beco e sentiu seu coração se apertar quando viu Taehyung sendo empurrando para a parte de trás da viatura da polícia. Que merda ela tinha feito? E por que tinha sido tão covarde e deixado o amigo levar a culpa? Ela pegou o celular já com lágrimas nos olhos, mas logo desistiu de ligar para alguém. Ela estava sozinha.
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  Era pouco mais de sete horas, Yoongi observava o teto sobre sua cama com os pensamentos vagando a mil por hora. Olhou para o lado encarando o espaço vazio e frio ali. O lugar que costumava aconchegar quando ela decidia passar a noite lá. Sentir a raiva surgir novamente foi inevitável. Ele tinha se livrado da única coisa boa que havia acontecido em sua vida depois dos amigos, e por mais que ele sentisse falta, estaria melhor sem ele. Yoongi só não sabia quanto tempo sobreviveria sem ela.
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  As emoções conflitavam dentro de si e sua parte racional tentava tomar o controle de tudo, mas parecia estar falhando miseravelmente. Ele se sentia desmoronando por dentro e qualquer resquício de vontade e ânimo de viver tinham evaporado. Ele havia saído naquela tarde para comemorar o aniversário de Jimin, havia sorrido, cantado parabéns e fingido que tudo estava normal… Mas a verdade era que era tudo fingimento. Mesmo. Não havia sequer uma parte daquele dia que não tivesse sido fingimento puro, a não ser o momento em que acordara sentindo vontade de não existir e aquele instante em que estava estirado sobre a cama deixando a dor da existência tomar conta de todo o seu ser.
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  Com aquela sensação de vazio começando a se fazer presente, Yoongi se levantou e foi até a cozinha abrir a parte do armário que tinha sido proibida de ser acessada por ele quando estava ali. Várias prateleiras cobertas de vinhos, whisky, conhaque, vodka… O rapaz pegou a primeira garrafa que viu pela frente de forma descuidada e algo caiu no chão quando o fez. Ao se abaixar para pegar o objeto, Suga riu sem humor. Era o seu velho isqueiro. Fazia mais de seis meses que ele não via aquilo, graças à .
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  Yoongi pegou o isqueiro e depois foi até o armário pegar um copo qualquer, se jogou no sofá e se serviu de uma boa dose do whisky envelhecido que havia guardado há alguns meses para fazê-lo parar de beber tanto. Ele bebeu uma boa golada do copo e deixou a garrafa ainda relativamente cheia no chão ao seu lado enquanto girava o isqueiro entre os dedos. havia deixado suas iniciais nele de um lado e as iniciais dele do outro. “Lembre-se da minha cara nada feliz quando pensar em fumar de novo.” ela havia dito depois de ter escrito aquilo. Ela havia confiscado o isqueiro por algumas semanas, o usando pendurado como um enfeite no braço de seu violão que ela fazia questão de carregar para tudo quanto é lado.
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  Yoongi não fazia ideia de quanto tempo havia se passado com ele bebendo. Minutos? Horas? Ele só sabia que a garrafa de whisky estava vazia e que a sensação de estar entorpecido só havia piorado. Beber não estava mais fazendo o efeito que costumava fazer e constatar aquilo só fez uma raiva vazia e sem objetivo surgir. A garrafa que estava ao seu alcance logo saiu voando para se encontrar com a parede logo a frente e se espatifar, Min Yoongi não aguentava mais aquilo. Estava entre o limite de sentir todas as emoções mais horríveis que se podia imaginar e o de sentir absolutamente nada, tudo aquilo no espaço de minutos. Se sentia desmanchando no processo de oscilar tanto, a mente virando um caos completo enquanto tentava ordenar as coisas e ao mesmo tempo se odiar pelo que havia feito e o faziam se sentir um imbecil.
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  Yoongi se levantou já um tanto cambaleante do sofá e foi até o armário de bebidas, pegou o máximo de garrafas nos braços e caminhou para o meio de seu apartamento. O piano destroçado ainda estava ali, uma triste lembrança. O rapaz pegou a garrafa mais próxima e a abriu dando um gole em seguida, mal sentindo o sabor adocicado do vinho, somente do álcool. Depois de encarar a garrafa por alguns instantes, Suga estendeu o braço e virou a bebida toda sobre o piano, vendo as gotas bordô do vinho se espalhando tanto no instrumento quanto pelo chão. Quando terminou, arremessou a garrafa vazia contra a parede mais próxima.
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  Todas as outras garrafas tiveram o mesmo fim, o líquido entornado pelo piano e a garrafa estilhaçada contra a parede. Quando terminou com tudo, Yoongi foi até o sofá e pegou o isqueiro que havia ficado ali, voltou até o piano e ficou brincando um pouco com as chamas do objeto, observando, apagando, acendendo novamente… E então ele colocou o fogo perto do piano, que com a ajuda de todo o álcool derramado se incendiou com facilidade. Yoongi se afastou vendo todas aquelas chamas e sorriu dando passos cambaleantes para trás, se encostando contra a parede e escorregando até o chão, onde permaneceu sentado brincando com seu isqueiro enquanto observava as chamas do piano irem cada vez mais alto. Ele ficaria ali, até todo o show acabar. Até a última chama se extinguir.
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  — Seu nome. — O policial na delegacia perguntou enquanto fazia anotações no computador. Taehyung tinha as mãos algemadas presas junto à mesa.
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  — Taehyung Kim… — Respondeu ele batendo os dedos sobre a mesa tentando refrear o nervosismo. Toda vez em que pensava no que havia se metido, tentava lembrar de , ela não precisava de mais aquilo em sua vida. Era por isso… Ao menos era o que ele tentava se convencer.
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  — Idade. 
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  — Vinte e um. — Ele não fazia ideia do que ia fazer… Teria que passar a noite ali? Seria julgado? A única coisa que sabia era que se decidissem que ele era culpado, poderia pegar uma pena de até um ano. A outra opção seria pagar uma fiança, o que definitivamente ele não podia.
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  — Pais.
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  Taehyung engoliu em seco quando ouviu a pergunta. O que sua mãe diria se o visse ali naquele instante? Sentiria vergonha? Se desapontaria? Mas ele havia feito aquilo para proteger uma menor de idade. E para poupar os sentimentos de uma moça que já tinha sofrido o bastante… Né?
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  — Eles… Eu não tenho, eles morreram. — Respondeu.
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  O policial digitou mais algumas coisas no computador e depois de terminar, pegou uma garrafa de água que estava ao seu lado e bebeu. Taehyung desviou o olhar incomodado. Aquela pose do policial lembrava a Andy, mesmo que aquela garrafa fosse de plástico e seu conteúdo fosse água… Ele odiava se lembrar de Andy bebendo. 
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  Um nó se formou em sua garganta e suas mãos tentaram instintivamente alcançar a foto de sua mãe no bolso, mas as algemas não permitiram. Taehyung sentiu que os olhos iam começar a marejar a qualquer momento, mas se conteve. Em um instante todo o filme de sua vida passou por sua cabeça e as imagens que ficavam ecoando eram sempre as piores. Andy gritando com . Andy batendo em . chorando encolhida em um canto. fingindo que nada tinha acontecido. Andy o espancando todas as vezes que tentava impedi-lo de descontar sua raiva na irmã… A irmã não fazendo nada…
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  Por que você age assim comigo? o pensamento ecoou em sua mente ao pensar em apenas observando o marido bater no irmão mais novo, congelada, sem fazer nada, nem sequer o menor movimento… O pensamento de Taehyung viajou até a última vez em que Andy o socou. E pensou em como queria que aquela cena tivesse sido diferente… De repente sua mente trouxe a imagem nítida e clara dele segurando uma garrafa quebrada e ensanguentada, o corpo de Andy inerte logo a sua frente caído em uma poça de sangue… Sangue… Sangue para todos os lados, sangue em suas mãos…
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  — Senhor… — Tae murmurou com a voz fraca. — Eu posso fazer uma ligação? 
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  Seokjin encarava a mesa de jantar com desânimo. Não estava com fome. Na verdade, já fazia algum tempo que seu apetite não era o mesmo, mas ele não fazia ideia do que estava acontecendo. Olhou para as polaroides que havia separado ali à sua frente, eram apenas paisagens de um mês atrás. Quando eles decidiram ir para a praia. 
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  Havia ali a foto de uma borboleta pousada numa flor, ele tinha parado no meio do caminho até a piscina do clube desativado para tirar algumas fotos. Fotos eram importantes na vida de Seokjin, eram como um tipo de checkpoints para ele.
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  Jin pegou a imagem da borboleta e a examinou. Era uma criatura bonita com um tom azulado. Ela havia chamado sua atenção porque borboletas eram raras de se ver em meio ao caos e poluição da cidade grande, e quando Jin encontrava uma, sentia que devia eternizar sua beleza e raridade em uma foto. Era o máximo que podia fazer, afinal. 
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  O rapaz encarava a imagem com cuidado, observando cada detalhe, as mãos repousadas sobre a mesa refletindo o seu desânimo. Estava prestes a deixar a foto de lado quando percebeu um ligeiro movimento nas asas do inseto. Seokjin franziu o cenho e prestou maior atenção. A imagem da borboleta tremulou de repente assustando o rapaz desprevenido, que com o susto acabou acertando a mão no copo de água ao seu lado. O copo tombou sobre a mesa espalhando água sobre as polaroides.
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  — Droga… — Retrucou se levantando de imediato tentando salvar alguma foto. Estava tentando secar a bagunça com um guardanapo quando ouviu seu celular tocar no quarto. Resmungando por conta da própria trapalhada, largou tudo como estava e rumou até o quarto à procura de seu telefone.
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  Encontrou-o largado sobre a cama guinchando escandalosamente avisando sobre a chamada.
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  — Alô? — Atendeu se jogando deitado na cama.
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  — Hyung? — A voz de Namjoon pôde ser ouvida do outro lado da linha.
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  — Hei, Joon! — Seokjin sentou-se e sorriu, já fazia alguns dias que não falava com nenhum dos amigos. — O que foi?
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  Houve um instante de silêncio e aquilo alertou Jin. Foi quase como um déjà vu. 
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  — Namjoon?
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  — Hyung, o Taehyung foi detido… — O rapaz do outro lado murmurou parecendo aflito.
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  — Quê? — Seokjin soltou incrédulo. — Detido por quê? O que houve?
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  — Parece que ele foi pego pichando um local público e… — Mesmo sem estar vendo o amigo, Jin sabia que Namjoon balançava a cabeça e franzia os lábios em desaprovação. — Hyung, será que você poderia vir até aqui… Só pra…
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  — Eu já tô indo, onde vocês estão? — Seokjin já procurava por uma troca de roupa em sua cômoda enquanto Namjoon dizia a localização da delegacia em que estava com Taehyung. — Eu chego aí em alguns minutos.
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  — Obrigado, hyung. E desculpe por isso…
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  — Não precisa se desculpar, nós vamos dar um jeito de resolver tudo. — O mais velho afirmou e depois de se despedir, finalizou a ligação.
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  As coisas pareciam estar se repetindo e aquilo não era nada bom…
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  Jungkook caminhava pelas ruas a esmo, mais um dia com seus pais brigando e discutindo como se quisessem matar um ao outro. Ouvir aquela gritaria e todas as ofensas e acusações entre os dois era uma das coisas mais dolorosas que JK podia presenciar. O rapaz ia encarando o chão enquanto andava, as mãos nos bolsos da jaqueta e os ombros encolhidos tanto pelo frio quanto pela sensação de desamparo. 
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  Não devia ser mais do que sete e meia da noite quando ele percebeu que estava bem em frente ao prédio de Yoongi. Aquilo era uma coisa que provavelmente era obra de seu inconsciente. Não havia realmente planejado ir até a casa do amigo, mas querendo ou não, era Yoongi que sempre lhe dizia as coisas que precisava ouvir e lhe dava suporte quando precisava. Era simplesmente normal seus pés o terem levado até aquele lugar.
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  Pegou sua cópia da chave e foi em direção às escadas. O apartamento de Yoongi ficava no quarto andar, não era preciso pegar o elevador, e também, ele estava um tanto ansioso demais para ficar esperando, Jungkook precisava se mexer. Foi pulando praticamente de dois em dois degraus, e planejava o que ia dizer ao amigo caso ele começasse a reclamar que o mais novo estava fugindo. Ele simplesmente não estava pronto para encarar aquela realidade. Fosse ela qual fosse. 
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  Já estava no último lance de escadas quando percebeu uma iluminação estranha no andar, apressou o passo e viu Yoongi estirado no chão. Jungkook correu ao encontro do corpo do amigo que estava desacordado, o rosto sujo de fuligem. O rapaz olhou para a entrada do apartamento e viu o interior completamente em chamas.
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  — Hyung! Hyung! — Exclamou dando leves tapinhas no rosto de Yoongi que não mostrou sinal de consciência. — Droga!
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  JK sacou o celular e discou para o número da emergência tentando explicar da melhor forma possível o que estava acontecendo e onde se encontrava para a atendente enquanto desesperadamente tentava acordar Yoongi.
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  — O que foi que você fez, hyung? — Perguntou sentindo o desespero transbordar dentro de si. Por instrução da atendente da emergência, Jungkook havia colocado o corpo de Yoongi deitado de lado depois de verificar seu pulso e respiração.
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  Foram poucos os minutos que se passaram até a chegada da ambulância e dos bombeiros, mas minutos nunca pareceram tão longos antes na vida de JK. Seu desespero era grande, mas agradecia mentalmente pelo amigo não ter ficado trancado do lado de dentro do apartamento. Ao pensar naquilo, o mais novo olhou ao redor se perguntando se algum vizinho havia notado que logo ao lado havia uma grande fogueira ardendo e soltando labaredas selvagens para alcançar o que pudesse. 
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  Alguém deveria ter percebido. Mas nenhum outro morador do prédio apareceu enquanto o rapaz esperava. 
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  Bombeiros e paramédicos chegaram quase no mesmo instante. Os médicos chegaram com a maca e após seguirem com os procedimentos iniciais, já carregavam Yoongi para a ambulância para a qual JK correu para se manter junto do melhor amigo.
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  Dentro do veículo, o paramédico que cuidava de Suga foi explicando algumas coisas para Jungkook tentando fazê-lo ficar calmo, depois de receber a máscara de oxigênio e ter vários fios ligados ao corpo, Yoongi abriu os olhos, ainda entre o limiar do inconsciente. Seu olhar vagou e por fim parou sobre Jungkook que se encontrava eufórico e aliviado pelo despertar.
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  — Hyung, graças a Deus! — Exclamou chegando o mais perto possível do amigo.
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  Yoongi tentou dizer alguma coisa, mas a voz ainda estava fraca e a garganta arranhada e a boca seca não facilitavam as coisas. 
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  — Hei, amigo. Você pode falar mais tarde, agora precisa descansar. — O paramédico disse tentando fazer seu paciente permanecer quieto.
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  Suga afastou de forma quase brusca a mão do homem e ainda um pouco fraco, tirou a máscara de oxigênio.
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  — Por que você me tirou de lá? — conseguiu perguntar com esforço e antes que o paramédico, contrariado, conseguisse enfiar a máscara de volta ao seu lugar.
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  Jungkook ficou encarando o melhor amigo com uma grande interrogação se formando no cérebro. Até aquele instante o mais novo pensara que Yoongi havia saído de seu apartamento por conta própria e por causa da inalação de fumaça havia desmaiado… Mas Suga estava o acusando de tê-lo salvado…?
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  — Hyung, eu não… 
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  — Vocês dois podem conversar depois. — O paramédico interrompeu. — Você, fique quieto até chegarmos ao hospital. — Apontou para o rapaz na maca e falou em tom autoritário.
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  Nenhum dos dois rapazes contestou. Suga estava se sentindo cansado demais para brigar e Jungkook estava confuso com a acusação que o amigo havia feito. Talvez a fumaça e os momentos antes de desmaiar o tivessem feito alucinar ou coisa do tipo. Ou talvez alguém realmente tivesse tirado Yoongi do apartamento e ele só estivesse tirando conclusões precipitadas.
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  Nellie estava largada na calçada da casa em que morava, não tinha tido coragem de entrar ainda. Já havia se desmanchado em lágrimas de culpa e desespero pelo que tinha acontecido a V, e agora tentava reunir coragem para entrar e encarar a irmã. V tinha sido levado pela polícia por culpa dela e por puro medo, ao invés de se entregar e arcar com as consequências do que fez, ela tinha apenas se encolhido atrás de uma lixeira enorme num beco sem saída e escuro.
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  — Você é uma covarde, Nellie Callan, uma covarde! — Exclamou para si mesma socando a calçada com força, sentindo a aspereza machucar sua mão.
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  As lágrimas não tardaram a voltar e ela se viu soluçando como uma criança. Ficaria ali pelo resto da noite provavelmente se não aparecesse caminhando na rua.
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  — Nell? — chamou quando reconheceu a silhueta encolhida na calçada como sua irmã mais nova. — O que houve? — Perguntou se agachando ao lado da garota e a levantando para checar se fisicamente ela estava bem.
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  — ? Você tá chegando agora? — Nell perguntou entre soluços e fungadas. 
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  — Eu tive que ficar até mais tarde no escritório e… Escuta, o que está acontecendo? Por que você está aqui fora encolhida na calçada? — A mais velha inquiriu séria.
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  Nellie encarou . A expressão séria, mas preocupada que parecia ser a marca registrada dela depois da morte do pai, estava ali como sempre. estava sempre preocupada com ela. E Nell só queria que a mais velha soubesse que ela podia tomar conta de si mesma, mesmo sendo levada pela polícia e entrando em encrencas, ela podia se cuidar, assim, não precisaria agir como mãe… Mas Nellie tinha estragado tudo, seu plano tinha saído de controle, os novos “amigos” não podiam ser piores, já tinha feito tantas visitas à delegacia que praticamente conhecia todos os policiais do lugar… Mas depois de alguns meses nessa vida “torta”, Nellie Callan não sabia mais como sair dela. Era como uma bola de neve rolando montanha abaixo. Agora parecia grande demais para ser parada.
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  — Nell?
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  Os olhos da garota marejaram novamente e de repente ela se viu agarrada à irmã como uma criança se agarra à mãe, chorando todo o restante de lágrimas que ainda possuía. Como ela ia explicar aquilo para ? A mais velha ia ficar decepcionada de novo. Mas V não podia ficar na cadeia por algo que não tinha feito. Você não pode mais continuar sendo uma covarde, Nellie Callan! Respirando fundo, ela começou a tentar contar a história toda da pichação enquanto tentava segurar o choro.
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   ouviu sem interromper, tentando acalmar a garota que naquele instante se parecia muito mais com a irmã mais nova que sempre conheceu do que nos últimos três anos.
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  Taehyung manteve o olhar baixo mesmo depois de Namjoon e Seokjin terem chegado, desde que vira o policial bebendo água, a sensação de que ele merecia estar algemado em uma delegacia não passava. Aquelas imagens que vieram à sua mente de Andy caído numa poça de seu próprio sangue e a certeza que ele havia sido responsável por aquilo… O que estava acontecendo? Taehyung estava se sentindo deprimido, como se realmente tivesse cometido um crime muito maior do que supostamente pichar um muro.
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  — Eu tenho certeza de que ele não fez isso. — Namjoon murmurou para Jin enquanto esperavam na recepção da delegacia após conversar com o delegado responsável.
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  — Mas ele confessou, Joon… — Seokjin também acreditava na inocência do amigo, sabia do hábito do mesmo de carregar uma latinha de spray na mochila e que ele costumava pichar as paredes do velho clube desativado, mas também sabia que Taehyung não faria uma coisa assim em um lugar público.
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  — Tem que ter acontecido alguma coisa, está claro que ele está mentindo! — Namjoon exclamou quase desesperado. 
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  Enquanto os dois discutiam sobre as motivações de Taehyung, um policial surgiu com um saco plástico fechado com alguns objetos.
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  — Vocês são familiares do garoto lá dentro, certo?
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  Jin estava prestes a explicar que eram apenas amigos, mas Joon mais do que depressa respondeu com um sim atônito.
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  — Ele vai passar a noite aqui então… — O policial foi interrompido pelo som do celular tocando dentro do saco plástico. — Mas será possível? Essa droga não para de tocar, faz mais de quinze minutos! — Resmungou com irritação.
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  — Será que eu posso atender, senhor? — Namjoon perguntou um tanto incerto.
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  O policial encarou o rapaz à sua frente e com um suspiro cansado, digno de um turno da noite, respondeu:
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  — Leva logo embora, eu só quero que essa droga pare de tocar. — Resmungou entregando o saco plástico para Joon. — Na verdade, me devolve assim que resolver essa ligação e desligar o aparelho. — Se corrigiu. — Eu ainda mato o policial que colocou esse celular aqui sem desligar. — Resmungou para si mesmo com mau-humor. 
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  Namjoon rapidamente abriu o saco e pegou o aparelho de dentro, atendendo a ligação de uma pessoa chamada “”.
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  — Alô?
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  — Quem tá falando? — Uma voz aflita pôde ser ouvida do outro lado. “Meu Deus, Nellie, ele tá numa delegacia, só pode ser um policial!”. Uma outra voz se fez ouvir. — Senhor? Por favor, a culpa é minha, deixe Taehyung ir!
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  Namjoon ergueu a sobrancelha completamente confuso com o que a voz na linha dizia.
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  “Ai, pelo amor de Deus!” O rapaz ouviu a outra voz se manifestar novamente.
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  — Alô? Com quem eu falo, por favor?
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  — Hum… Meu nome é Namjoon e não sou policial. — Foi o que conseguiu dizer. — O que é que a outra pessoa disse sobre ser a culpada?
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  — Se você não é policial, então o que está fazendo com esse celular?
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  — Taehyung é meu amigo, vim até a delegacia para tentar entender o que está acontecendo. — Retrucou um tanto de má vontade. O que a outra pessoa tinha querido dizer? — Agora será que podemos voltar ao assunto da culpa? O que isso quer dizer? —  Perguntou tentando manter o tom polido e educado.
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  — Ele tá muito encrencado? — A primeira voz perguntou vacilando.
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  — Ele confessou estar fazendo algo que é considerado crime. — Joon respondeu um tanto rispidamente, o que fez Jin encará-lo questionador. — O que você acha?
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  Houve um silêncio consideravelmente longo do outro lado e alguns murmúrios puderam ser ouvidos nessa pausa.
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  — Pode nos dizer em qual delegacia estão? — A segunda voz perguntou enfim. — Explicaremos o que houve quando chegarmos aí.
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  Ouvindo aquilo, Namjoon informou a localização da delegacia rapidamente e depois de devolver o saco plástico ao policial na recepção, passou a explicar a ligação para Jin, que não estava entendendo nada do que estava acontecendo.
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  Eram quase nove horas quando uma moça e uma garota adolescente adentraram a delegacia com pressa, já caminhavam direto em direção à recepção quando Namjoon as interceptou.
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  — Uma de vocês é ? — Ele perguntou em tom urgente.
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  — Sou eu. — A que parecia ser a mais velha respondeu. — Você é o amigo do Taehyung que atendeu o telefone. — Mais afirmou do que perguntou.
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  — Pode nos explicar o que foi que houve, por favor? — Seokjin apareceu ao lado do amigo parecendo tão preocupado e confuso quanto. — Sou Jin, à propósito. — Se apresentou um tanto atrapalhado, a preocupação com Taehyung era muito maior do que lembrar das boas maneiras.
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  A mais velha que disse ser voltou o olhar sério para a mais nova que se aproximou de forma acanhada e olhar baixo do trio.
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  — Era eu quem estava pichando um ponto de ônibus quando a polícia chegou… — A menina confessou envergonhada. — Eu sinto muito, não sabia como reagir, eu… — E começou a chorar.
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   abraçou a garota, mas suas feições permaneceram sérias.
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  — Estamos aqui para reparar o erro. — Disse finalmente.
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  — Quer dizer que o Taehyung levou a culpa por algo que não fez… — Seokjin murmurou pensativo. 
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  — E você deixou? — Namjoon perguntou parecendo indignado, mas logo refreou a raiva que queria surgir. A garota não parecia ser muito velha, na verdade, chorando daquele jeito, mais parecia uma criança indefesa.
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  — Eu fiquei desesperada e aí ele… Ele foi lá e se entregou no meu lugar… — A menina conseguiu dizer entre soluços.
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  — Nellie… Tá tudo bem agora, fica calma. — a puxou para mais um abraço de forma confortadora. 
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  Namjoon olhou para Jin que tinha a expressão confusa e ambos tinham o mesmo pensamento na cabeça.
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  — Por que ele se incriminaria no lugar de uma menor? — Jin foi o que deu voz ao que pensava. — Quer dizer, é bem a cara dele fazer um sacrifício por alguém, mas qual seria a pena dela? Alguns meses de trabalho voluntário?
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  — O que ele tava pensando quando fez isso? Ah, Taehyung, seu bocó. — A última parte foi dita mais para si mesmo do que para os outros, mas obviamente todos ouviram.
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  — Talvez a culpa seja um pouco nossa… — se pronunciou depois de alguns instantes pensando sobre o ocorrido.
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  Os dois rapazes que estavam cada um imersos em seus próprios pensamentos voltaram seus olhares para as duas garotas.
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  — Seu amigo sabe o quanto me preocupo com Nell, ela é minha irmã mais nova…
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  — E ele também sabe o quanto eu vivo me metendo em problemas… — Nellie completou.
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  Namjoon e Seokjin se entreolharam e os dois soltaram suspiros longos e pesados ao ligarem uma coisa com a outra. Jin apoiou a mão na testa e fez uma expressão desacreditada e Joon jogou a cabeça para trás.
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  — Inacreditável. — Soltou passando as mãos pelo rosto.
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  Joon conhecia muito bem seu melhor amigo, sabia que ele tinha um coração ingênuo para muitas questões, principalmente as familiares. Taehyung dava muito valor à família e além disso, gostava de ajudar as pessoas da maneira que pudesse, às vezes sem medir consequências… E era o que estava acontecendo naquele momento.
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  Provavelmente o melhor amigo havia pensado no histórico das duas irmãs e no quanto seria frustrante para a irmã mais velha ter de tratar de assuntos em uma delegacia sobre a mais nova, e talvez por isso Taehyung tivesse se entregado no lugar de Nellie.
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  — Nós vamos falar com o delegado para esclarecer as coisas, eu sinto muito pelo que aconteceu ao seu amigo… — murmurou puxando a irmã para irem até o policial da recepção.
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  Seokjin e Namjoon foram instruídos a permanecerem à espera enquanto e Nellie entravam para outra sala para falarem com o delegado. Mais de meia hora se passou sem que os dois recebessem alguma notícia, até que o delegado abriu a porta de seu escritório com ar de cansaço, e logo atrás dele saíram , Nellie e Taehyung.
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  — Taehyung! — Joon e Jin correram até o amigo e o abraçaram ao mesmo tempo.
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  — Hyungs, me desculpem por fazê-los se preocuparem… — Tae murmurou cabisbaixo.
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  — Só pare de nos assustar, ok? — Seokjin murmurou tentando se fazer de sério, mas estava tão aliviado de ter o amigo ali que mal conseguiu segurar a expressão além de alguns segundos.
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  — O rapaz está livre para ir. — O delegado anunciou e os três Kim suspiraram aliviados. — E você, garoto… É o imbecil com as mais boas intenções que já vi até hoje. Mas ainda assim, imbecil. — O homem balançou a cabeça cansado.
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  — Vai ficar tudo bem com a menina? — Jin perguntou baixo.
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  — Trabalho voluntário… — Nellie respondeu baixando os ombros ainda um tanto envergonhada e com o rosto ainda vermelho pelo choro. — Eu sinto muito por toda essa confusão, mesmo… V, me perdoa… — Ela choramingou.
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  — Você é muito cara de pau mesmo, Nell… — suspirou massageando as têmporas.
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  — Veremos isso com o tempo, Nellie. — Taehyung murmurou tentando ficar sério, mas um sorriso mínimo surgindo ao final.
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  — Eu vou melhorar. Vou de verdade. — A menina afirmou com convicção. — Me perdoa, … Eu sei que fui uma irmã mais nova terrível… — Nell baixou ainda mais o olhar ao dizer aquilo.
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  — Tá, mas eu vou cobrar essa mudança. — resmungou logo em seguida sendo abraçada pela irmã. 
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  Os cinco ficaram conversando durante alguns minutos na entrada da delegacia, agora que os ânimos estavam mais calmos, as explicações ficaram mais claras. Nellie contava aos dois Kim mais velhos como havia conhecido Taehyung de forma animada quando o celular de Jin vibrou e ele se afastou um pouco do grupo para atender.
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  — Jin hyung, é o Jungkook. — O garoto anunciou.
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  — Aconteceu alguma coisa, Kookie? — Seokjin perguntou estranhando a ligação. O mais novo dos amigos quase nunca ligava para conversar, na maioria das vezes mandava mensagens.
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  — Yoongi hyung está no hospital. — JK murmurou e Jin já estava pronto para se perguntar o que mais faltava acontecer em um único dia quando o mais jovem tornou a dizer: — Mas ele já está bem segundo os médicos. — Explicou correndo, como se pudesse adivinhar os pensamentos de Jin.
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  — Mas o que aconteceu para ele ir parar no hospital? 
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  — Houve um incêndio no apartamento dele… Acho que talvez ele mesmo o tenha provocado… — Jungkook murmurou em tom tristonho. — Jimin e Hobi hyung também estão aqui, pediram para avisar…
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  — Espera, eles estavam com Yoongi também? — Seokjin perguntou ficando confuso.
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  — Não, parece que a amiga de Hoseok, , teve um acidente ou algo assim e… Ah, espera, hyung, Jimin está vindo… — Houve uma pausa relativamente grande na ligação enquanto JK parecia falar alguma coisa, quase um minuto inteiro se passou sem que o outro lado voltasse a falar. — Jin hyung… — Quando Jungkook falou novamente, sua voz parecia um tanto trêmula.
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  — O que foi que aconteceu? — Seokjin perguntou já se sentindo aflito.
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  — , ela… Os médicos não conseguiram salvá-la…
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Capítulo 11 – Interlúdio

  Um mês havia se passado desde a noite em que várias coisas horríveis haviam acontecido com o grupo de sete amigos. Em teoria. Jin segurava sua filmadora do alto da plataforma à beira do píer no mesmo 13 de setembro ao qual havia voltado outras vezes. Viu seus amigos brincando entre si e logo voltando seus olhares para onde ele se encontrava. Todos acenaram e Seokjin acenou de volta com um leve sorriso nos lábios. Ele amava a companhia de cada um daqueles seis rapazes. 
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  Jin se aproximou da beirada da plataforma relativamente alta que dava direto ao mar. Quando fez isso, percebeu que Taehyung continuava o encarando com ar de confusão. Suspirou. Ele não queria ter que fazer aquilo, mas também não podia deixar que as coisas simplesmente ficassem da forma que estavam…
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  Com a morte de , Hoseok e Jimin haviam sido muito afetados. Jimin teve uma terrível depressão e precisou de remédios para conseguir dormir e continuar a viver, já Hobi… Bem, Hobi se culpava pela morte da melhor amiga a todo instante e chegou a tentar o suicídio levado pela culpa.
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  Não, Jin não podia deixar que a vida de seus amigos se perdesse daquela forma. Então ele voltara até aquela data, 13 de setembro, e estava disposto a fazer o que fosse para mudar o destino do grupo. 
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  Olhou mais uma vez para o horizonte adiante e respirou fundo. Ainda com sua filmadora em mãos, deu um passo à frente em direção à beirada da plataforma, fechou os olhos e deixou seu corpo pesar para a frente e cair. Foram poucos os segundos até seu corpo entrar em contato com a água gelada do mar, mas foi o suficiente para Seokjin ter um vislumbre de todas as suas intervenções retrocedendo. Se um dia seu corpo pudesse ser encontrado, eles veriam um sorriso em seu rosto.
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  Seokjin abriu os olhos e se viu num labirinto de grades de arame e chão de concreto. O sol brilhava no céu azul e livre de nuvens. Ele tinha conseguido.
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  Em todo um conjunto de universos há o Universo dos Universos, aquele que tem o domínio absoluto do tempo-espaço. No Universo dos Universos existem os Senhores do Universo, pessoas que cuidam para que o equilíbrio de todas as existências continue sem problemas. O papel de um Senhor do Universo é não intervir em curso histórico-temporal a não ser que seja estritamente necessário, o que significa a extinção e aniquilação de uma raça. Jin havia sido um Senhor do Universo há incontáveis anos, no entanto, enquanto cuidavam para que a vida em outros mundos não se extinguisse, não haviam prestado atenção o bastante nos próprios destinos. O Universo dos Universos começou a ruir e em questão de um piscar de olhos, Jin se viu sendo o último de sua espécie. Foi então que decidiu viver em um dos universos que costumava cuidar, como um ser humano normal, obviamente apenas pela aparência.
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  Cada ser que existe em um universo possui um igual em todos os outros universos e tempos, o que os humanos hoje em dia chamam de “multiversos”. No entanto, o Universo dos Universos ficava em uma área atemporal e seus habitantes, os Senhores do Universo não possuíam iguais em qualquer outro mundo, tempo ou espaço. 
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  Jin havia entrado no grupo de amigos por acaso quando entrou para um dos universos humanos e foi parar no meio do clube desativado no qual os seis se encontravam para se divertir. Como um Senhor do Universo, ele tinha a capacidade de mudar pequenos detalhes aqui e ali sobre sua existência na mente de quem fosse necessário, e após certo tempo observando aquele grupo de garotos adolescentes, ele se viu desejando poder fazer parte daquilo. Então se colocou na mente de cada um dos garotos como sendo um deles também, um amigo de infância. Não havia manipulado nenhuma opinião sobre si, apenas colocado a lembrança de um Kim Seokjin na primeira memória que o grupo tinha juntos e a partir dali, deixou que sua suposta existência e história fossem trabalhados de acordo com a mente de cada um. Acabou que Kim Seokjin havia sido o hyung que todos adoravam e podiam contar, sua real recepção entre os agora adolescentes havia sido calorosa e ele não se lembrava de se sentir tão feliz antes.
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  Jin havia construído uma vida que possibilitasse que ele aproveitasse o seu melhor, apesar de saber que implantar memórias fosse uma trapaça, achou que era algo necessário nos momentos iniciais de sua vida humana. Arrumou um emprego na área digital trabalhando com fotos e vídeos, o que encobriria o que poderia parecer uma estranha mania de carregar uma câmera ou uma filmadora para todos os cantos.
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  Para que as coisas fiquem um pouco mais claras, os Senhores do Universo viajavam no tempo-espaço através de espelhos que possibilitava o acesso à Lugarnenhum, onde todas as linhas do tempo e universos se encontram. Se uma pessoa normal pudesse encontrar Lugarnenhum, se depararia com uma confusão de imagens aleatórias num mundo completamente tomado pelo breu, nada acima, nada abaixo ou dos lados, apenas as imagens e o completo nada. Era assim que Lugarnenhum se pareceria aos olhos de um simples humano. 
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  Mas para um Senhor do Universo, Lugarnenhum era como um grande arquivo de momentos e universos. Quando havia algo para ser corrigido em algum tempo-espaço, o Senhor do Universo responsável pegaria um holograma com um momento específico que deu origem ao problema e adentraria Lugarnenhum diretamente para aquele momento, poupando trabalho de procurar por todo Lugarnenhum.
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  Era por aquele motivo que Jin sempre registrava seus momentos com uma câmera ou filmadora. Eram as formas mais aproximadas dos hologramas dos Senhores do Universo que os humanos possuíam, e por mais que ele tivesse prometido a si mesmo que nunca mais utilizaria seu poder de Senhor do Universo, ele gostaria de estar precavido para qualquer eventualidade que pudesse ocorrer. E era por isso que sempre estava tirando fotos dos amigos e dos momentos com eles. Eram seus checkpoints da vida real.
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  E Jin nunca mais havia usado seu espelho de Senhor do Universo desde que havia chegado e se estabelecido no mundo humano. Foram anos sendo apenas Kim Seokjin, o hyung dos seis amigos que ele havia escolhido para serem como sua família. Até aquele 13 de setembro em que Taehyung havia cometido um crime. Jin não conseguia pensar numa forma de ajeitar as coisas sendo apenas humano. Ele não podia deixar que um dos seus amigos acabasse com a vida indo parar na cadeia. Por isso ele tinha voltado no tempo e quebrado a promessa que havia feito a si mesmo de não usar seu poder de Senhor do Universo. Talvez ele pudesse ter feito mais por Taehyung, mas mexer muito com o tempo-espaço poderia ser perigoso e Jin não queria arriscar demais.
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  Depois da interferência as coisas haviam corrido um pouco melhor para Taehyung e Jin estava aliviado pelo amigo ter conseguido dar um jeito de mudar seu destino… Mas então a tragédia com aconteceu e tudo a partir dali havia degringolado. Aquele grupo de amigos eram sete, em um futuro poderiam ser mais, claro. Mas nunca menos.
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  Jin caminhou pelo labirinto em que se encontrava. Um Senhor do Universo não podia morrer. Uma bênção ou uma maldição, dependendo do ponto de vista. Todas as vezes que um Senhor do Universo deixava de existir por algum motivo, ele ia parar em Lugarnenhum e uma hora ou outra era obrigado a escolher um momento no Universo dos Universos para retornar. E era aquilo que estava acontecendo com Jin naquele instante. Seu eu humano havia morrido naquele 13 de setembro e seu eu Senhor do Universo estava agora ali em Lugarnenhum pronto para fazer uma escolha.
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  Os corredores pelos quais passava estavam cheios de fotos de momentos pelos quais Kim Seokjin havia vivido, desde os mais mundanos até os mais importantes, todos estavam retratados ali em forma de polaroides. 
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  Há uma teoria entre os humanos de que quando se morre um filme de sua vida inteira passa bem em frente aos seus olhos. Aquela era a forma de retratar esse momento da morte para um Senhor do Universo. Nem sempre Lugarnenhum se mostrava daquele jeito para todos, dependia da vida que o Senhor do Universo tivesse levado. E Seokjin já tinha visitado um telhado como aquele antes, talvez fosse o motivo para que seu Lugarnenhum tivesse se manifestado daquela forma.
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  Jin caminhou por vários instantes pelas centenas de corredores do labirinto observando cada pequena memória que estava ali, às vezes sorrindo com a lembrança que as fotos retratavam. Ficou naquele processo por um bom tempo até se deparar com um corredor sem saída onde estavam expostas as polaroides dos últimos meses. Jin olhou para cada uma das fotos e separou apenas uma. Enquanto segurava a imagem de um céu ensolarado e alegre que era a vista de sua janela no primeiro 13 de setembro que havia vivido naquele ano, ele passou os dedos sobre as outras polaroides que começaram a se incendiar ao seu toque. 
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  Nenhuma das alterações que ele havia feito poderia ser mantida. Jin tinha que deixar a vida dos amigos tomar o rumo que deveria sem intervir. Ele só poderia, como um simples humano, rezar para que eles fizessem as escolhas certas para terem uma vida longa e feliz.
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  13 de setembro

  Jin abriu os olhos dando de cara com a grande janela de seu quarto que dava para uma bela visão da rua arborizada e de várias pessoas caminhando e vivendo do lado de fora. O rapaz suspirou e voltou seu olhar para o mural de fotos que tinha na parede. Muitas imagens haviam sumido, o que significava que a primeira linha do tempo havia sido restaurada. Seokjin se sentia mentalmente exausto, poderia dormir por três dias seguidos e talvez ainda sentisse o cansaço. 
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  Ouviu o celular vibrar em cima da cama como sabia que aconteceria, mas daquela vez ele não se apressou em ir verificar do que se tratava, já sabia, mas não estava no ânimo de sair de casa naquele instante. Precisava ficar sozinho, descansar e pensar um pouco. Quando finalmente foi ler a mensagem de Namjoon, respondeu que ia ficar devendo aquele encontro, não estava se sentindo bem. 
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  Passou grande parte da manhã tentando pegar no sono, o corpo implorava por descanso, mas sua mente não parava de maquinar por um segundo sequer, o que o impediu de ter a paz que tanto precisava. Seokjin só conseguiu torcer do fundo de seu coração que os amigos fizessem as escolhas certas para suas vidas.
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  Taehyung abriu os olhos com o sol batendo em seu rosto. Estava se sentindo cansado e uma angústia tomava conta de seu ser. O rapaz pegou a foto que sempre carregava consigo de sua mãe e a encarou. Deu um pequeno sorriso tentando se animar e se sentou em seu colchão. Por alguns instantes ficou encarando o vazio, mas logo o silêncio da manhã havia sido quebrado com a voz alterada de Andy. Tae olhou para o relógio no celular, era pouco mais de oito da manhã…
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  Com um suspiro se levantou do colchão e foi pegar uma roupa qualquer para se trocar. Não queria ficar muito tempo ali ouvindo a discussão de e Andy. Não que fosse retrucar qualquer acusação do marido, ela nunca retrucava… Quando se pegou pensando daquela maneira o rapaz parou no meio da ação de vestir uma camiseta. Por um segundo ele sentiu uma mágoa extrema da irmã mais velha. Por que você age assim comigo? foram as palavras que ecoaram em sua mente por milésimos de segundos, mas o bastante para fazê-lo se sentir completamente confuso. O que estava havendo afinal?
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  Tentando não pensar mais na estranheza que estava tomando conta de si, terminou de se trocar e rumou para o corredor do apartamento em que vivia. Olhou rapidamente em direção à porta no final do corredor, o quarto de . Ela estava entreaberta, mas Taehyung decidiu ignorar os gritos irritados de Andy e saiu do apartamento.
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  Ele não queria ter nada a ver com as discussões dos dois naquele dia.
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  Hoseok estava parado no meio da sala de ensaios se encarando no espelho, a música com a qual ensaiava continuava a tocar, mas fazia um bom tempo que ele não prestava mais atenção. O rapaz estava se sentindo estranho naquela manhã, uma sensação ruim que não queria deixá-lo desde o momento em que havia aberto os olhos. Não tinha motivo algum para se sentir daquela forma, pelo menos não de forma consciente, mas a angústia não queria ir embora.
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  Não sentia vontade de manter o ensaio naquele dia.
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  Quando Jimin chegou pouco depois do horário que costumava, Hobi decidiu fazer uma pausa no ensaio, estava errando mais do que julgava normal, o que não era bom.
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  Jimin não estava muito diferente no ânimo. Algo em seu interior parecia estar despedaçado, apesar de nenhum evento realmente importante ter ocorrido no dia anterior ou mesmo nos dias ou semanas passadas. Nenhum dos dois sabia dizer o porquê daquele sentimento tão obscuro estar se fazendo presente.
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  Ambos conversavam sobre qualquer coisa boba que pudessem distraí-los da angústia que sentiam quando seus celulares apitaram informando a chegada de uma mensagem. Era Namjoon os chamando para um encontro no velho clube desativado.
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  Jungkook carregava uma sacola com algumas bobagens de café da manhã em uma das mãos e uma bandeja com dois cafés quentes na outra. Já estava em frente ao prédio em que Yoongi morava, por algum motivo o mais novo estava se sentindo ansioso para ver o melhor amigo. Desde que saíra do cyber café naquela manhã tinha a impressão de que precisava ver Yoongi logo.
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  Subiu as escadas com pressa e abriu a porta do apartamento no quarto andar de forma quase desesperada.
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  — Jungkook? — Suga perguntou se virando de seu lugar no piano para encarar o recém-chegado.
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  — Hyung, você tá bem? — JK perguntou entrando no apartamento e fechando a porta, deixando o que trazia na mesinha de centro na sala.
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  — Ah… — Yoongi murmurou erguendo a sobrancelha confuso com o melhor amigo. Era completamente normal tê-lo entrando e saindo a qualquer horário de sua casa, mas normalmente ele não parecia tão preocupado. — Aconteceu alguma coisa? — Perguntou finalmente se levantando do banco do piano para encarar melhor o mais novo.
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  — Ah… Não… Eu só… — Jungkook não sabia como explicar o que estava sentindo, só sabia que estava por algum motivo muito preocupado com Yoongi. — Acho que eu fiquei muito tempo acordado… — Deu de ombros se sentindo um pouco bobo pela preocupação toda. Suga parecia estar bem… Ao menos de acordo com o novo padrão de bem dele.
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  Yoongi fez uma careta de mais confusão ainda, mas decidiu ignorar a estranheza de Jungkook e foi até a bandeja de café que o mesmo havia trazido se servindo de um dos copos, deu uma boa golada e se sentou no sofá. 
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  JK ainda se encontrava inquieto por algum motivo, mas tentou deixar para lá a sensação de que havia algo errado, caminhou de volta até onde o mais velho estava e se serviu do outro copo de café depois abriu o pacote de donuts que havia comprado para acompanhar a bebida.
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  — Você ficou acordado a madrugada toda de novo, não ficou? — Perguntou por fim depois de um longo minuto de silêncio.
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  — Diz o garoto que virou a noite num cyber café. — Suga devolveu fazendo JK baixar o olhar em rendição. Naquele momento não tinha moral alguma para dizer qualquer coisa sobre dormir direito para seu hyung.
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  — vai ficar bem chateada quando souber que você voltou a ter esses hábitos.
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  Yoongi lançou um olhar não muito amigável ao mais novo à menção do nome da garota.
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  — Não tenho intenção nenhuma em deixar ela saber de qualquer coisa. — O mais velho resmungou se levantando e rumando em direção ao seu piano.
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  — Hyung…
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  — Não, Jeon. 
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  E ali se finalizou o assunto “”.
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  Era pouco mais de dez da manhã quando seis pessoas daquele grupo de amigos se encontraram na piscina do clube desativado. A alegria que costumava encher os encontros daquele grupo parecia estar em falta. Estavam todos largados em algum ponto da piscina sem muito ânimo a tirar Namjoon que parecia ligeiramente confuso com o estado de todos.
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  — O que está havendo, pessoal? — Perguntou encarando os amigos que o encararam por alguns segundos.
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  — Hyung… — Taehyung começou a dizer, mas voltou a se calar assim que disse a primeira palavra. — Não, nada. — Deu de ombros.
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  — Eu tô me sentindo horrível… — Hoseok soltou num tom completamente desanimado que não combinava com seu espírito alegre e sorridente de sempre.
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  — Eu também… — Jimin se pronunciou no mesmo tom do amigo, sem alegria e sem energia.
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  — Aconteceu alguma coisa? — Joon perguntou preocupado, mas recebeu uma negativa dos dois que haviam falado. — E então?
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  — Não sei… Sabe quando você simplesmente acorda um dia e… — Hobi começou, mas não soube como se expressar direito.
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  — E as coisas parecem simplesmente péssimas. — Jimin completou e o amigo concordou.
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  — Sim, eu sinto como se tivesse um vazio dentro de mim.
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  — Como se não houvesse motivos para ser feliz? — Jimin olhou o melhor amigo que concordou com veemência.
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  — O que está acontecendo com vocês dois? — Namjoon perguntou erguendo a sobrancelha. 
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  Jimin e Hobi ergueram os ombros sem saber como responder. Eles mesmos não faziam ideia do que se passava. Logo Taehyung se juntou à conversa um tanto timidamente.
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  — Eu também acordei me sentindo um pouco estranho hoje… — Murmurou baixando o olhar quando se lembrou dos pensamentos que tivera em relação à
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  — Como se tivesse alguma coisa errada mas você não soubesse o que? — Jungkook de repente surgiu para participar da conversa e Tae concordou. — Eu venho sentindo isso desde hoje cedo.
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  — Sim, eu também. 
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  Namjoon encarou os quatro amigos que pareciam mais estranhos que o normal e não soube o que dizer ou pensar. Olhou na direção de Yoongi que ao perceber o olhar, apenas deu de ombros, tampouco ele sabia o que se passava.
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  A verdade era que todos ali haviam acordado naquela manhã com um sentimento que normalmente não teriam, mas Suga sabia muito bem a que se devia essa sensação e todos os pensamentos que as acompanhavam, não precisava ser um gênio para fazer a ligação com . Já Namjoon de vez em quando sentia aquele grande vazio e despropósito na vida quando estava cansado demais, e cansado ele estava fazia um bom tempo, então não havia com o que se preocupar, logo passaria. Namjoon pensava em como Seokjin estaria. Será que estava tão estranho quanto aqueles quatro à sua frente? Ou acharia a situação tão inesperada quanto ele?
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  Naquele mesmo instante, do outro lado da cidade, Jin se encontrava inquieto deitado em sua cama, sua mente não havia conseguido desligar desde o momento em que havia voltada a aquele 13 de setembro e aquilo o estava deixando louco.
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  Com um suspiro de derrota ele se levantou da cama e sentiu seu corpo todo protestar. Geralmente quando um Senhor do Universo “refazia” sua existência passava até uma semana dormindo para conseguir recuperar completamente a energia, mas naquele instante parecia ser algo impossível de se fazer para Jin.
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  Ele se levantou da cama e encarou seu reflexo no espelho pelo qual fazia suas viagens e um tanto sem ânimo tornou a cobrir o objeto com o lençol. Rumou até a cômoda, pegou o primeiro conjunto de roupas que viu e se trocou. Só havia uma coisa que poderia ajudar a sua mente inquieta e seria dar uma volta por aí.
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  Jin caminhou pelas ruas da cidade sem rumo tentando prestar atenção às coisas ao seu redor e não nos pensamentos que não paravam de jorrar em sua mente. Ele estava preocupado com os caminhos da vida de cada um de seus amigos e o medo de não ter feito a escolha certa ao optar pela redefinição das linhas temporais originais de suas vidas o estava corroendo por dentro. Estava com a cabeça querendo explodir de tantos pensamentos que vinham de uma vez quando parou ao lado de uma linha de trem de carga para esperar o transporte passar e poder atravessar o lugar.
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  Mal conseguia prestar atenção nas coisas que aconteciam ao seu redor quando percebeu um caderno de capa roxa caído perto da ferrovia, Jin se abaixou e o recolheu, em seguida olhando ao redor para ver se encontrava alguém, mas ele estava só ali. Estava prestes a deixar aquele caderno para lá quando resolveu folheá-lo encontrando nas primeiras páginas um telefone para contato caso o objeto fosse perdido.
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  Com um suspiro o rapaz guardou o caderno no bolso interno de seu casaco e atravessou a linha férrea.
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Capítulo 12

  15 de setembro

  Hoseok estava jogado sobre sua cama encarando o teto. Já passava das nove da manhã, mas seu quarto permanecia na penumbra, as janelas fechadas assim como as cortinas. O desânimo e a falta de alegria estavam cada dia piores e ele não tinha vontade de sair da cama. Na noite passada havia finalmente retornado suas ligações, mas quando ela começou a falar, algo estranho aconteceu… Ele havia sentido uma tristeza imensa e repentina ao ouvir a voz da moça. Não fazia ideia do porquê daquilo, mas sentiu como se a tivesse perdido, mesmo ela estando ali, falando com ele de forma animada e depois preocupada quando o ouviu soluçar de repente.
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  — Hope? O que houve? — A garota perguntou ao ouvir Hoseok fungar e soluçar enquanto tentava segurar as lágrimas. — Hope? Você tá bem? O que está acontecendo?
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  Hoseok teve que esperar vários instantes até conseguir falar uma frase completa sem começar a chorar novamente.
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  — Eu… Eu não sei, só… … Promete que vai se cuidar? — Perguntou ele enquanto limpava o rosto com a manga da blusa.
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  — O que é isso, Jung Hoseok? O que está acontecendo com você? perguntou em um tom quase histérico de preocupação.
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  — Desculpe, , eu só não estou me sentindo bem hoje… A gente se fala depois, tá? — O rapaz murmurou tentando segurar mais uma onda de lágrimas que queriam escorrer de seus olhos. 
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  — Meu Deus, eu vou até olhar mais o meu celular pra ter certeza de que não vou perder nenhuma tentativa de contato sua! — A garota exclamou o que fez Hobi soltar um risinho enquanto mais lágrimas marcavam seu rosto.
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  — Até mais, . — Se despediu e então foi se deitar.
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  E lá estava ele, ainda deitado e sem ânimo para o dia que havia chegado.
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  Depois da breve conversa com , Hoseok havia tido grandes problemas para conseguir pegar no sono. A verdade é que só havia conseguido dormir de verdade depois que já tinha amanhecido, a cabeça trazendo à tona pensamentos um pior que o outro, o que deixava a sensação de tristeza, impotência e desespero ainda maiores. Havia enviado uma mensagem no começo da manhã para Jimin para cancelar o dia de ensaio. Pela resposta breve, Hobi sabia que o amigo também não estava lá tão bem.
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  Jimin encarava as imagens que passavam na televisão com desinteresse. Havia recebido uma mensagem lá pelas seis da manhã de Hobi dizendo que não estava se sentindo bem para ensaiar, o que Jimin meio que agradeceu mentalmente, também não estava se sentindo muito bem.
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  Sua avó até insistira em medir sua temperatura achando que poderia ser alguma virose o estado de ânimo dele. Mas a verdade era que Jimin estava se sentindo… Vazio? Ele não sabia bem o que estava sentindo. Em alguns momentos sentia como se uma tristeza imensa quisesse engoli-lo e em outros sentia como se estivesse completamente entorpecido, preenchido por um belo nada de sentimentos.
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  Suspirou pesadamente e foi passando os canais tentando achar alguma coisa que lhe interessasse acabando por parar num canal que falava sobre música e dança. Ele assistiu à vários takes de danças, mas sentiu o estômago apertar quando viu um casal ensaiando um dueto que misturava movimentos ousados e divertidos. Ele não sabia o que estava sentindo e nem por que, mas seus olhos arderam e rapidamente Jimin desligou a televisão, rumando para seu quarto e se enfiando embaixo das cobertas com um sentimento terrível e esmagador.
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  Jin finalmente despertou de seu sono após, com muito custo, conseguir dormir depois da volta que havia dado dois dias atrás. Não parecia nem de longe o suficiente para restaurar completamente suas energias após refazer sua existência, mas ainda assim era melhor do que nada. Dois dias teriam de servir.
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  O rapaz se levantou da cama se espreguiçando e percebendo que já era fim de tarde. Foi até sua cômoda para pegar uma roupa nova para vestir depois de tomar banho, quando estava tirando a blusa, que sequer se deu o trabalho de tirar quando voltou da rua dois dias antes, sentiu um peso desconhecido no bolso interno e foi verificar o que era… O caderno roxo que havia encontrado na linha ferroviária. 
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  Deixou-o sobre a cômoda e veria o que fazer assim que terminasse seu banho. Estava cansado e aquele tipo de cansaço só iria embora depois de um longo e relaxante banho. Mais de vinte minutos depois, Jin estava se sentindo um pouco melhor do que quando havia entrado no banheiro, bem menos cansado. Então voltou sua atenção ao caderninho roxo que era quase impossível passar despercebido por alguém.
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  Pegou-o e abriu na primeira página onde se lembrava de ter visto as informações para contato.
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“Olá, pessoa estranha. 
Caso esteja lendo essa nota e você não sou eu, por favor,
mande uma mensagem — repito, MENSAGEM —  para o seguinte número (***-****)
porque significa que de alguma maneira eu perdi este caderno.
Obrigada,

  Jin pegou o celular e colocou o número da dona do caderno em sua lista de contatos, em seguida abriu o perfil de contato para saber se poderia mandar uma mensagem por algum aplicativo. Por sorte, ela estava cadastrada em um deles, e foi por aquele app que ele mandou uma mensagem para a pessoa que havia perdido o caderno em sua posse.
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  “Olá, você é a ?” Enviou a mensagem e depois rumou para o perfil do usuário no app. Havia uma foto de uma moça fazendo uma careta divertida ali.
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  Não se passou muito tempo até ele receber a resposta.
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  “Olá. Sim, sou eu. E você seria…?”
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  “Sou Jin. Encontrei o seu caderno na rua.” Foi direto ao ponto.
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  Depois disso a página de mensagens daquela conversa foi inundada com uma enxurrada de figurinhas que pareciam querer expressar felicidade, empolgação e alívio.
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  “POR FAVOR, DIZ QUE ELE ESTÁ INTEIRO!”
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  Jin ergueu a sobrancelha achando graça na forma como a moça se expressava nas mensagens.
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  “Intacto, acho que posso dizer.” Respondeu pegando o mesmo para dar uma olhada melhor.
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  “Graças a Deus! A gente pode se encontrar em algum lugar para eu pegar ele com você?”
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  “Claro.”
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  “Existe um café perto da estação da sexta avenida, podemos nos encontrar lá?”
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  “Só dizer o dia e o horário.” 
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  “Pode ser amanhã? Às 15?”
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  Jin enviou uma figurinha de “joinha” e a tal devolveu com uma de um personagem com os olhos brilhando. O rapaz riu alto e daquela forma a conversa se finalizou. 
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  Seokjin pegou o caderno e estava prestes a deixá-lo em algum lugar para não esquecê-lo quando a curiosidade bateu mais forte e ele se viu dando uma folheada para saber o conteúdo de suas páginas.
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  Pareciam ideias soltas rabiscadas aqui e ali e em algumas folhas haviam textos um pouco maiores e mais detalhados do que pareciam ser enredos de histórias. Aparentemente haviam histórias de todos os tipos e gêneros, e uma em especial lhe chamou a atenção.
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  O enredo era intitulado de “As crônicas do Senhor do Tempo” e havia uma grande quantidade de anotações sobre aquela história em particular.
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  “Ele é um Senhor do Tempo e tem o poder de viajar no tempo-espaço assim como uma parcela das pessoas de seu planeta. No entanto, um dia, o Senhor do Tempo perde sua amada e acaba perdendo o prazer pela vida junto com ela. Ele sai à esmo pelo tempo-espaço tentando completar aquele vazio deixado por ela, por muito tempo sem sucesso, até trombar com um planeta (…)”
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  O que sabia sobre viagens no tempo? Era tudo o que Jin conseguia pensar. E depois de ler outros vários detalhes daquela história, ele se viu curioso para saber qual seria o destino do tal “Senhor do Tempo”.
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  Kim Seokjin mal podia esperar pelo dia seguinte para encontrar a única pessoa que poderia sanar suas dúvidas à respeito daquele enredo que lhe parecia tão familiar.
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  Já fazia quase dois dias que aquela sensação estranha permanecia com Taehyung. Às vezes ele sentia uma extrema tristeza dentro de si, mas uma tristeza que não parecia ter sentido. Não era pelo que estava vivendo, por aquilo ele sentia mágoa e uma certa raiva. Durante aqueles dois dias olhar para a irmã parecia um sacrifício. Uma parte escondida dentro dele gritava de frustração e mágoa para .
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  Por que você não pode fazer alguma coisa? Ela é frágil e você sabe disso!
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  Por que você não me ajuda? Talvez o medo a deixe imóvel…
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  Por que não é corajosa uma vez? Talvez ela esteja tentando…
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  Eles já pouco se comunicavam de fato desde que a mãe havia falecido, agora, com todos aqueles pensamentos que conflitavam em sua mente ele não conseguia mais dirigir a palavra à irmã sem ter vontade de gritar ou chorar, às vezes as duas coisas ao mesmo tempo. Aquele sentimento era tanto e tão ruim que fez com que Taehyung voltasse ao trabalho um tempo antes de suas férias terminarem. Tivera que praticamente implorar a Max para que o deixasse voltar, já que o senhor gostava que as coisas fossem cumpridas de forma estritamente corretas. Depois de explicar que as coisa em sua casa não estavam lá tão boas, finalmente Max havia deixado que ele voltasse a trabalhar trinta e seis horas antes do combinado.
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  Agora Taehyung estava sentado no balcão do caixa esperando algum cliente e a hora de pico chegar, que seria perto do almoço. Como a pessoa que havia sido designada para trabalhar durante suas férias ainda estava ali, não havia muito o que fazer, então na maior parte do tempo o rapaz ficava andando entre as fileiras de prateleiras para verificar se tudo estava ok e também ia verificar o estoque da loja para um balanço. 
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   Embora não houvesse muito o que fazer, Taehyung se sentia muito mais a vontade ali, quase entediado, do que em casa, junto de sua irmã com o mesmo olhar triste e sorriso vazio de sempre. Kim Taehyung só queria que aquelas sensações ruins e pensamentos horríveis sobre fossem embora.
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  Mesmo trabalhando na loja de conveniência do posto, ainda assim as roupas de Namjoon fediam à gasolina e diesel. Ele deu uma fungada na manga de sua blusa para saber se a situação era muito ruim e quase se arrependeu. O cheiro do posto estava impregnado no tecido. Suspirou caminhando desanimado de volta para casa. Às vezes ele se perguntava se todo aquele esforço valia a pena. Ele queria poder saber do futuro. Será que conseguiria alcançar seus sonhos, construir sua casa, se sentir independente e sentir que tinha algum valor para o mundo?
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  Suspirou bem fundo enquanto caminhava. Se ele soubesse as respostas de todas aquelas questões, mesmo assim, ele estaria vivendo da mesma maneira? Ou teria mudado de ideia, talvez voltado para a casa dos pais? 
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  Ele se lembrou da sensação que teve quando decidiu que teria sua própria casa. A animação de poder abrir as asas e começar a alçar seu próprio vôo, a liberdade que isso traria. Riu um pouco para si mesmo. Agora pareciam pensamentos de um garoto sonhador que não sabia de nada da vida. 
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  Namjoon estava se sentindo cansado. Cansado física e mentalmente. E ele sabia que aqueles pensamentos eram por culpa do cansaço, mas quando eles estavam por ali, era difícil se lembrar de que em um momento eles passariam e a alegria e o ânimo voltariam como se nada tivesse acontecido, mas claro, trazendo o alívio de poder não estar se sentindo tão mal. 
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  Às vezes Kim Namjoon tinha vontade de voltar a ser aquele garoto sonhador que fazia planos como se fosse a coisa mais fácil do mundo fazê-los se concretizar. O garoto inocente sobre o mundo das responsabilidades e que não tinha medo de querer enfrentar os problemas. Mas crescer fazia parte da vida, então ele só podia torcer para que estivesse fazendo todas as escolhas certas para deixar aquele garoto do passado orgulhoso de seu futuro.
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Julia N.
Julia N.
2 anos atrás

Miga, POR QUE EU NÃO TÔ ALI DO LADO DO MEU AÇÚCAR?

E por que ele não quer falar comigo? Tô bolada com ele. Atualiza logo.

E não quero sofrer não.

Comentário originalmente postado em 14 de Agosto de 2020

Julia N.
Julia N.
2 anos atrás

E o Andy é desprezível. Já odeio.
Ele pode sofrer.

Comentário originalmente postado em 14 de Agosto de 2020

Natashia Kitamura
Natashia Kitamura
2 anos atrás

Esse menino Taehyung só me dá trabalhoooo! O Jin faz todo um trabalho maluco e ele continua me causando? Se não é com a vida dos outros, é com a dele? Só tenho que dizer uma coisa: RANÇO NAYEON!

Comentário originalmente postado em 30 de Agosto de 2020

Natashia Kitamura
Natashia Kitamura
2 anos atrás

PS. O Yoongi ta concorrendo à posição de bias nessa história. Homão da p****

Comentário originalmente postado em 30 de Agosto de 2020

Natashia Kitamura
Natashia Kitamura
2 anos atrás

Você merecia mais do que um sermão dos hyungs, Kim Taehyung. Você merecia uns cascudos e também uns beijos meu, mas ok. Eu to com um ranço enorme da Nayeon. Quero que o Hobi chegue logo para dar uns cascudos. Eta irmãos problemas. Hobi, vamos dar as mãos e salvar eles de serem tão bobos!
Eu amo como a mina do Taehyung (EU) é toda apimentadinha. Ele precisa mesmo de uma apimentada correta na vida, HEHEHEHEHE (666) apesar de parecer que ele vai terminar as nossas discussões ganhando /hm
Quero mais, Lo. Att mais!

Comentário originalmente postado em 16 de Setembro de 2020

Liv
Liv
2 anos atrás

Lelen, eu tô sofrendo junto com os personagens, meu deus. É pedir muito para eles terem um pouco de felicidade sem terem que sofrer depois? Dá muita dó. Tô adorando as parceiras dos meninos e quero ver o desenrolar do Jin com a Julie e a história dela. Aguardando o próximo capítulo já com os meus lencinhos, hahahaha

Comentário originalmente postado em 22 de Maio de 2021

Gabi Pingituro
Gabi Pingituro
1 ano atrás

Mulher, essa galera não tem um minuto de paz? Que loucura, quero mais! Não vejo a hora de ter att dessa maravilha

Ray Dias
Ray Dias
1 ano atrás
  Taehyung abriu os olhos aos poucos, o sol batia em sua face de forma desconfortável o que o fez colocar…" Read more »

JÁ GOSTEI DA DATA, PORQUE 13 É MEU NÚMERO E JÁ COMEÇAMOS A FIC COM MEU MARIDO! ♥

Ray Dias
Ray Dias
1 ano atrás
  — Eu saio para trabalhar e sustentar você e aquele seu irmão de merda e você fica de graça com…" Read more »

OK, EU QUERO M4T4R ESSE BABACA! Espero que ele tenha o PIOR desfecho de todos!

Ray Dias
Ray Dias
1 ano atrás

PQP O TAE! MDS! EU TO TREMENDO! Porque eu não estava esperando por isso. Achei que ele iria realmente esmurrar o cara, e justíssimo, aliás, mas daí… Eu tô com medo do que vai acontecer com o meu Tetequinho!

Ray Dias
Ray Dias
1 ano atrás
  Jin foi até a cozinha e começou a preparar uma xícara de chá enquanto mordiscava uma maçã. Não estava realmente…" Read more »

Espera, o que? KKKKKKKKKKKKKEU FIQUEI CONFUSA! Uéeee… fiquei ali “13 de setembro foi um dia antes…” ‘–‘

Ray Dias
Ray Dias
1 ano atrás

TAEHYUNG? MEU FILHOOOOOOOOO? VC QUER ME MATAR??

Ray Dias
Ray Dias
1 ano atrás

AMEI O ENCONTRO ENTRE A PP E O TAE ♥

RAY DIAS
RAY DIAS
1 ano atrás
  — ?" Read more »

EU ESTOU AMANDO ESSE MAL ENTENDIDO MAIS BEM ENTENDIDO DE TODOS ♥

ray dias
ray dias
1 ano atrás
  — É pra isso que eu tenho você como amigo. — Deixou um leve sorriso surgir. Jungkook sorriu junto e…" Read more »

vá se ferrar, surtado kkkkkkk

Ray
Ray
1 ano atrás
  — , ela… Os médicos não conseguiram salvá-la…" Read more »

CARA, QUE TOMBO!!! EU NÃO CREIO NISSO!


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