Natashia Kitamura
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Changing

Capítulo 1

  - Ele é tão lindo, ele é tão gostoso, ele é tão perfeito, tão maravilhoso, tão talentoso, tão—
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  - JÁ ENTENDI, ! – Caroline e Tiffanny berravam em seu ouvido.
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  - Caramba, tudo bem que você sofre de Síndrome do Amor Platônico com o , mas puta que pariu! – Cáa passava a mão pelos cabelos lisos respirando fundo.
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  - É. Ta foda mesmo, . Vê se controla aí essa sua emoção. – Tiffanny dizia enquanto mudava o canal. encolhe com a chamada de atenção das duas amigas.
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  - Vocês não entendem. O é tão…
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  - A gente já sabe, e estamos cansadas de saber se quer saber. – Caroline resolve ativar sua ignorância. – Olha, , ‘cê gosta do , é fã dele, beleza, a gente até te entende. Mas porra, isso ta virando obsessão!
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   encolhe ainda mais. Era melhor ficar calada. Olha para o lado sem graça. Não conseguia se controlar quando via seu na TV.
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   era uma garota normal. Com uma vida normal. Amigas normais. Família normal. Rotina normal. Trabalho normal. Cachorro normal. E se tivesse um namorado, ele seria normal também. Tudo o que ela mais queria na vida era encontrar com seu amor platônico, . Ela era mais que uma fã. Mais que uma groupie. Mais que uma poser. Mais que uma menina idiota que se diz ser a fã número um do seu ídolo favorito. dizia sempre que tinha sorte de tê-la como fã. E que se a conhecesse, teria orgulho dela.
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  Como toda estória tem sua pedra no caminho, nunca encontrara com a não ser nos shows que ia e nunca sequer falara com ele, porque não podia se considerar a garota mais sortuda do mundo, traduzindo: não conseguia nunca ganhar uma promoção para entrar no camarim ou encontrá-lo no meio da rua como todas as outras fãs dele.
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  Apesar de sua loucura paixão pelo garoto, ela sabia muito bem seu lugar. Como uma garota normal, vivendo de um amor platônico por um cara que sequer sabe da existência dela. O que poderia fazer? Já não estava mais na idade de correr atrás da banda como uma louca varrida. Ela trabalhava, perdia vários shows, tinha responsabilidades. O sonho de antes encontrar com o cara, o fazer apaixonar por si e viver feliz para sempre agora não passava do que era desde o início. Um sonho.
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  - Poxa, eu sei que sou obsessiva. Mas é da minha natureza. Eu vi , meu lado selvagem aflora. – ela ri tentando não demonstrar a mágoa que sempre sentia quando as amigas lhe jogavam na cara a verdade cruel.
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  - Selvagem? Menina isso passou da selvageria. – Tiffanny misturava uma sopa para as três.
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  Elas poderiam se considerar garotas de sorte. Eram amigas não fazia muito tempo. Não como a maioria das outras garotas que se conhecem desde que souberam o que era sutiã. Não, essas três eram amigas faziam apenas alguns dois anos. Se pararem para pensar, não é muito tempo, quando elas estão no auge de seus 19, 20 anos e tempo de vida o suficiente para fazer milhares de amizades.
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  Tudo começou há dois anos quando acontecia na cidade um festival e as três, coincidentemente, estavam concorrendo a um carro. Elas não se encontrariam se não fosse competitivas o suficiente para xingar a ganhadora por ter dormido com o juiz. Não fora uma maneira muito “saudável” de se começar uma amizade, porém as três poderiam se considerar sortudas o suficiente por encontrar alguém que as aguentassem da maneira que eram.
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  Desde o início explicara as duas sobre seu pequeno tombo pelo baixista da banda All Time Low. As duas levaram na esportiva, achando que era um tombo como outro qualquer, mas recuaram com o pensamento assim que viram a amiga brigando com outra fã pelo último CD da loja. Um CD que o qual ela já tinha.
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  Depois de meio ano de amizade, as três precisavam de um lugar para morar, já que nos Estados Unidos, morar com os pais depois dos 18 anos era uma humilhação. Resolveram dividir um loft para dividir as despesas. Um enorme loft. Enorme o suficiente para as três criarem três ambientes de quarto, mais a lavanderia, cozinha, sala e os dois banheiros. Não era uma mansão-loft. Mas digamos que não era um cubículo.
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  De natal no ano anterior ao que estavam, as duas pagaram algumas sessão com uma terapeuta, para ver se essa loucura de diminuía. Como dera certo, mesma continuara pagando as sessões. Não havia dúvida de que ela se sentia muito melhor com essa “nova vida” de garota normal. Obviamente ela tinha suas recaídas. Obviamente eram recaídas exageradas, mas ela merecia um desconto.
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  - Não sejam más, eu melhorei bastante desde quando nos conhecemos. – ela reclama fazendo as outras duas rirem.
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  - Certo. Vamos ver se sua obsessão diminuiu mesmo. – Caroline desligou a TV e pegou sua bolsa, Tiffanny desligava o fogo e corria até o lado da primeira, se sentando animada. – Eu tenho aqui, um ingresso VIP e um Meeting and Greeting para o show do All Time Low. Esse sábado. – a menina tira um papel e um crachá da bolsa, mostrando para , que arregala os olhos.
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  - C-como v-você…
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  - Bom, eu sou boa de lábia. – ela levanta os ombros.
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  - POR QUE VOCÊ NUNCA ME DISSE ISSO? – quase berra tirando ambos os papéis da mão de Caroline. – É de verdade…
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  As duas reviram os olhos.
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  - Dinheiro gasto à toa. – Tiffanny murmura.
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   olha para as duas. Volta a olhar para o ingresso e o passe. Respira fundo.
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  - Sei que vou me arrepender disso. – ela murmura mais para si do que para as outras duas e então estende a mão com os dois papéis de volta para Caroline. – Some com isso daqui antes que eu mude de ideia.
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  - Não. Vou deixar bem aqui. – Caroline pega os papéis da mão de e deixa em cima da mesa.
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   resmunga.
  - Vocês são mesmo muito más. Suas víboras.
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  - Estamos só te ajudando, . Agradeça. – Tiffanny se levanta sorrindo e voltando para a cozinha.
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   respira fundo e se levanta, indo para seu canto, se sentando na frente de seu computador e continuando a revisar o fechamento das mercadorias. Trabalhava com o pai na loja de conveniências que ele possuía. Não era grande coisa. E não era o que queria, mas o que podia fazer se seu irmão mais velho já deixara claro que seria um nerd da computação e criaria um programa melhor que o Google? Orfã de mãe, não tivera uma vida fácil. Vida de nenhuma garota que não tem uma mãe, o pai é um charlatão e o irmão um idiota era fácil.
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  Fora difícil para ela se desfazer do pai e do irmão para ir morar com as amigas, mas sentia de que se não saísse da vida dos dois, sua própria vida chegaria ao fim antes mesmo que pudesse dizer “Oi” a .
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Capítulo 2

  - ! Eu já disse para você não deixar sua camiseta jogada pelo meio do caminho! – o garoto ouvia enquanto escovava os dentes. Revira os olhos exausto. Quem gritava em seu quarto era sua namorada. Sua amada namorada, Natalie. Eles já estavam juntos fazia anos. Tantos anos que ele nem já mais sabia quantos eram.
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  Ele não podia dizer que não amava sua namorada. Amava. Mas não amava o suficiente. Pelo menos era isso o que ele achava e era isso o que seus amigos concordavam. Ele e Natalie se conheceram num show. Ela era groupie. Era. Não é mais. Desde que se apaixonara por , deixara claro de que ele era o único em sua vida. Claro, quem não se apaixonaria pelo baixista do All Time Low? Essa era uma pergunta que não calava. não se achava o cara mais romântico do mundo e por mais que tentasse, era mais do que claro que Natalie não despertava o seu lado amoroso da maneira que uma namorada deveria fazer com seu parceiro. Porém, ela fora a melhor pessoa que encontrara pelos últimos 21 anos de sua vida, sendo esse o maior motivo do relacionamento dos dois.
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  - Desculpa. – ele dizia pela quarta vez naquele dia. Natalie tinha a terrível mania de sempre discutir com ele. No começo era um inferno. Com o tempo aprendera que não adiantava ele discutir, ela sempre iria dizer a última palavra. Seus amigos costumavam tirar muito com a cara dele por esse motivo.
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  - Já sabemos quem é o homem da relação. – ria do amigo, que continuava sério.
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  - Au-au. – ria com .
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   cansava de dizer para Natalie não brigar com ele na frente dos outros. Além de ser humilhante para si, era extremamente desconfortável. E então outra discussão vinha à tona e ele não dizia mais nada. Já pensara diversas vezes em terminar com a garota, porém era só começar com a estória que ela dava um jeito de fazê-lo mudar de ideia.
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  - O que acha de irmos para Santa Mônica na sua próxima folga? – ela entrava no banheiro da casa de e se despia, ligando o chuveiro em seguida.
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  Natalie passava 300 dos 365 dias do ano na casa de . Todos já os consideravam como um casal sério, que dividia a moradia. Porém nunca a convidara para vir morar com ele e apenas fora no máximo 10 vezes na casa de Natalie durante todo o tempo em que namoravam. A própria se convidava para ir passar o tempo com ele e participar das turnês da banda. Ela era herdeira de alguns milhões, por isso não trabalhava e até conhecer o . Curtir a vida usufruindo de seu belo corpo era seu dilema. Não havia mulher mais segura e de amor-próprio do que ela. Não havia homem que não invejasse por tê-la. Não havia dia que ele se perguntava por que diabos não via nela o que todos os outros homens viam.
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  - Acho que nós estávamos combinando com , e de ir para o Havaí. – ele diz sequer arregalando um pouco os olhos ao ver o corpo esbelto da namorada.
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  - Já fomos para o Havaí uma vez. – ela reclama entrando no chuveiro.
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  - Eles gostaram de lá e querem voltar.
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  - Por que então nós não vamos para outro lugar? Só os dois?
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  - Porque quero me divertir com meus amigos. – ele pega o Listerine.
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  - . Você passa o dia inteiro com eles durante a turnê se divertindo.
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  - E eu passo o dia inteiro com você durante a turnê e fora da turnê.
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  - Devia se dar por satisfeito oras, sou sua namorada.
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  - E eles são meus amigos.
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  Um silêncio se instala no banheiro. termina de jogar o conteúdo do Listerine que estava na boca na pia e levanta para se olhar no espelho. Natalie lhe olhava séria por detrás da porta de vidro do Box.
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  - Não começa… – ele logo murmura.
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  - Por que você sempre coloca seus amigos na minha frente? Eu sempre te coloquei como prioridade! Por que tem de me deixar sempre em segundo plano, hein? Você não fazia isso antes, ! Não fazia!
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  Ele podia ver os olhos dela começarem a ficar vermelhos e incharem e suas lágrimas se misturarem com a água do chuveiro. Suspira. Odiava os ataques dela. Ela nunca não conseguia não chorar. Ele não sentia nenhum ressentimento ao vê-la derramar lágrimas por ele. Respira fundo e sai do banheiro a fazendo gritar por seu nome. Seguiu para o quarto de hóspedes e trancou a porta ao entrar. Era isso o que sempre fazia quando queria paz da namorada. Precisava se esconder em sua própria casa porque não tinha cara o suficiente para tirá-la de lá. Se deita na cama que não era nem um pouco parecida com a sua e adormece querendo esquecer do aborrecimento com Natalie.
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Capítulo 3

  Seis meses se passara desde que ganhara de graça um ingresso e um passe para encontrar com o All Time Low de Caroline. A propósito, ela não fora ao show e muito menos encontrara com . Seis meses e tudo mudara. Sua obsessão agora era apenas um sonho. Seus ataques já não existiam mais. Seu motivo de viver era acordar e ver seu cachorro, Jack, acordado consigo ao seu lado.
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  - Bom dia. – ela murmurava sonolenta para as outras duas, que mandam um aceno de cabeça enquanto bebiam o café e liam a revista matinal. – Acho que volto mais tarde hoje. Meu pai tem médico.
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  - Aconteceu alguma coisa?
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  - Nah, só a velhice. – ela pega uma torrada pré-feita por Tiffanny. – Vou indo.
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  - Bom trabalho. – ouve as duas falando juntas antes de fechar a porta atrás de si. Pega seu carro e segue pelo mesmo caminho que fazia de segunda à sexta e às vezes sábado. Starbucks para comprar um café e em seguida loja de conveniências.
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  - Oi, pai. – ela fala ao ver o homem no caixa, empacotando as coisas para um cliente que saia falando ao celular e sequer agradecendo ao tal pela ajuda.
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  - Bom dia. Recebemos a encomenda dos refrigerantes.
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  - Tudo bem, vou checar. – ela se dirige para o escritório e se senta na cadeira, ligando o computador e vendo uma tabela deixada em cima da mesa. Era do pai dela, mas como agora era ela quem cuidava de tudo e o homem passava mais tempo no caixa para poder se socializar com os clientes, a mesa era dela.
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  O dia passara tão lentamente quanto a espera numa fila de emprego onde seria 10 vagas para 500 mil candidatos. fizera o caminho contrário ao que fizera de manhã e voltava para sua casa. Não deveria ser antes das 22hrs. A música do All Time Low começara a tocar na rádio e ela resolvera colocar um CD, mas ao abrir o porta-luvas, todos eles caíram no chão do carro.
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  - Ótimo. – ela murmura olhando para todos os lados e vendo todas as ruas desertas. – Ok. Rápido, . – ela fala para si enquanto se esquivava para pegar qualquer CD no chão e perdendo a visão da rua. Consegue tocar em um e o pega facilmente. Ao se levantar para colocá-lo no rádio, ouve uma buzina enorme no ouvido e tudo o que viu foi dois faróis grudados em seu nariz.
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  - ! ! CORRE AQUI! – gritava do ônibus da banda. chegava do Burger King com alguns lanches, já que todo mundo estava cansado dos salgadinhos. Ao ver a cara de desesperado do amigo, corre do jeito que podia com todas aquelas sacolas nas mãos.
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  - Que foi, cara? – ele gritava da frente do ônibus, enquanto deixava as sacolas numa mesa e seguia para o fundo do automóvel, vendo todos chocados. – Que aconteceu? Quem morreu? – ele diz brincando e rindo da cara de todo mundo que estava presente.
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  - Sua namorada. – responde sério fazendo com que tirasse o sorriso do rosto.
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  - Como?
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  - A Natalie. – se levanta, indo até . – Bom, o hospital ligou e disse que ela está em coma na UTI. Parece que foi atropelada enquanto atravessava a rua no, hm, sinal verde. Estava no celular e não prestou atenção na movimentação da rua.
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   fecha os olhos cansado. Ótimo. A burrice da namorada o fez ficar sem uma namorada. Algum tempo em silêncio depois, chama a atenção do amigo, perguntando como ele estava.
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  - Não sei se fico nervoso com tanta estupidez dela ou se fico triste por estar a perdendo.
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  - , isso não foi nada sensível. – uma das garotas que estavam no ônibus fala e ele levanta os ombros.
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  - Não vou negar que estou pensando neste exato momento que só assim para ela largar do meu pé.
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  - ! – todos falam e ele encolhe os ombros largos.
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  - Bom… Vou pro hospital. – ele se vira.
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  - Vamos com você. – os amigos murmuram e ele nada diz.
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  “Mas que merda de dor é essa, meu Deus? Sei que esqueci de pagar a conta de luz mês retrasado, mas tinha que me castigar assim? Tanta gente matando, roubando… Só porque eu esqueci de pagar uma conta mereço sentir uma dor dessa? O Senhor é malvado.” pensava enquanto tentava abrir os olhos. Não conseguia. Parecia que as pálpebras estavam coladas uma na outra. Respira fundo e ativa a audição para ver se conseguia ouvir uma das amigas ou o pai ou até por milagre o irmão, mas tudo o que ouve são vozes irreconhecíveis.
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  - E quando ela acorda, doutor?
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  - Não se sabe ainda, ela está em coma no momento, estamos esperando algum sinal de melhora para ela poder ser transferida para o quarto. Porém até ela pelo menos abrir os olhos, terá de continuar aqui.
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  Nada se ouve.
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  - O senhor não gostaria de ficar um pouco com ela?
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  - Hm… Não. Vou esperar lá fora com todos.
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  - Não garanto que ela irá apresentar alguma melhora hoje.
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  - Bom, então me ligue quando ela tiver sido transferida para o quarto. Vou deixar meu número na recepção.
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  - Sim senhor, senhor…
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  - .
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  “MAS QUE DIABOS?!” logo pensa e seu coração acelera. Ela só pode ter ouvido errado.
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Capítulo 4

  - Senhorita, Villa? – ouvia assim que abrira os olhos. Não respondia. – Senhorita Villa, está me ouvindo?
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  - Está falando comigo? – a garota olha para o médico, que estava ao seu lado com uma plaqueta em mãos.
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  - Sim, estou. Como se sente?
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  - Confusa.
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  - Certamente se sentirá desta maneira. A senhorita tomou uma forte pancada na cabeça com a queda.
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  - Queda? Que queda? Eu bati o carro, quero dizer, o carro bateu em mim! – dizia enquanto via o médico arregalar os olhos surpreso.
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  Toc Toc
  O médico, e a enfermeira que os acompanhava olham em direção à porta e vêem o rosto de .
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  - Ai meu Deus. – a garota murmura.
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  - Entre, senhor , entre. – o médico se afasta um pouco da cama para que o garoto pudesse ver deitada na cama. – Estava mesmo tendo uma pequena conversa com a senhorita Villa.
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  - Olha, senhor médico, eu não me chamo Villa não, sou . . O senhor deve estar me confundindo com alguma paciente… ai meu Deus. – ela se corta automaticamente ao ver o resto do All Time Low e alguns outros agregados entrarem no quarto atrás de , que a olhava boquiaberto.
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  - O que ta acontecendo com ela? Por que ela diz que não é ela? Por que ela acha que é essa tal de ?
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  Todos olhavam de para o médico espantados e confusos. mais ainda.
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  - Mas eu sou ! – ela fala mais alto, fazendo com que todos desviassem suas atenções para ela. – ! 20 anos, americana, órfã de mãe, pai ex-militar, irmão louco que se acha o nerd e o próximo Bill Gates, escritora, trabalhando numa loja de conveniências…
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  - Natalie! – se aproximava da garota. – Você é Natalie! Filha dos donos da Apple! 20 anos, americana, filha única, não trabalha, passa todo o seu tempo no meu pé…
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  - Como é que é? ‘Cê ta louco? – ela tentava se afastar, mas estava presa a diversos fios. – Olha, eu sei que era obsessa por você há um tempo, mas olha, eu já caí fora dessa faz uns seis meses. Se a Caroline e a Tiffanny te pagaram pra vir até aqui ver se eu ainda to na sua, pode chamar elas aqui pra eu jogar na cara delas que eu não to mais nem aí pra você! – apontava para e então olha para seu braço. – Ai meu Deus! Desde quando eu sou bronzeada desse jeito? Olha essas unhas! Caramba, o que vocês fizeram comigo? Plástica re-estrutural? Sei que não era a garota mais linda do mundo, mas me mudar assim sem…
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  - Senhorita. – o médico corta , que se cala e vê que todos a olhavam chocados. – Pelo que vejo, a senhorita acha que não é a senhorita.
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  - Olha, não fala tudo isso de senhorita numa frase que eu me perco, por favor. – ela coloca a mão na cabeça, sentindo uma pequena fisgada. – O senhor ta dizendo que eu não sou eu?
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  - Exatamente.
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  - Hm… – concorda com a cabeça, vendo o rosto de todos amolecerem um pouco. Volta a olhar para o médico. – O SENHOR TA LOUCO DA CABEÇA? COMO EU NÃO POSSO SER EU? E O QUE DIABOS VOCÊ FEZ COMIGO?
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  - Meu Deus, ela perdeu a memória. – murmurar desesperado e ficar apenas boquiaberto a olhando sem saber o que fazer.
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  - Tudo bem, tudo bem. Vamos por partes. – o médico diz. – Silêncio, por favor, senão terei de pedir para que se retirem do quarto. – silêncio. – Obrigado. – e então olha para . – Muito bem. Vou fazer algumas perguntas e a senhorita vai me responder, certo?
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   concorda com a cabeça e vê atrás do médico a olhando ansioso.
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  - Que dia é hoje?
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  - 27 de outubro de 2009.
  - E em que ano você nasceu?
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  - 1989.
  - Sua nacionalidade?
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  - Americana.
  As pessoas atrás do médico começavam a relaxar e abrir pequenos sorrisos um para o outro, mas não. continuava a olhando pasmo.
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  - Certo. Agora, , olhe para a ponta da minha caneta, tudo bem? Não desvie o olhar dela até eu dizer que pode desviar. – ele levanta a caneta e a move de um lado para o outro. – Me diga seu nome.
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  - .
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  Movimentação.
  - Senhores. – o médico diz ao ver o vuco-vuco que dera atrás de si. Volta a olhar para a garota. – Me diga, como foi que se acidentou?
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   estremece ao pensar.
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  - Estava voltando para casa depois do trabalho. Deviam ser umas 10, 11 horas da noite. Começou a tocar uma música na rádio. – ela para ao se lembrar quem era a banda que tocava a música, resolve não entrar em detalhes. – Me trazia uma má lembrança e resolvi colocar um CD. Quando fui pegar, eles todos caíram do porta luvas e decidi pegar o primeiro que conseguir do chão. Claro que antes eu olhei para todos os lugares possíveis para ver se tinha alguém passando a pé ou de carro, como vi que estava tudo deserto, resolvi pegar o CD. Foi questão de cinco segundos. Eu peguei o CD e quando levantei para voltar a olhar a pista, uma buzina soa e eu olho para o lado, vendo só dois faróis enormes grudando na minha porta.
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  Todos a olhavam boquiabertos e mais chocados do que poderiam estar.
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  - Aqui diz que a senhorita estava falando no celular, quando o sinal da quinta avenida abriu. Como a senhorita estava ocupada demais conversando, sequer ouviu os gritos das pessoas te avisando que o sinal estava aberto e acabou sendo atropelada por um jipe.
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   o olhava como se ele fosse louco.
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  - Ta querendo dizer que eu sou uma débil mental estúpida do suficiente pra não prestar atenção no semáforo e perder meu tempo falando no celular enquanto ando ao mesmo tempo?
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   se senta no sofá atrás de si. Os amigos o olham preocupados.
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  - Ela não é Natalie.
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  O médico, e a enfermeira acompanham os amigos de ao olhá-lo.
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  - Claro que não sou.
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  - Senhor , está claro que a senhorita Villa bateu bem forte com a cabeça…
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  - Não é ela. Eu sei que não é. Se fosse ela já teria reclamado do desconforto da cama, ou de estar sem maquiagem, ou das compras que deveria ter feito.
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  Todos ficam calados. olhava boquiaberta para seu ex-amor platônico. Aquilo tudo estava bastante esquisito.
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  - Certo. Doutor, eu me sinto ótima. Pode me dar alta? Preciso voltar pra casa para…
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  - Hm, senhorita, ahn…
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  - . – ela completa e ele concorda com a cabeça.
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  - Acho que a senhorita deveria dar uma olhada no espelho antes de querer voltar para casa. – o médico olha para a enfermeira, que concorda com a cabeça, e vai até o banheiro do quarto, voltando com um espelho.
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  - Por quê? – ela desvia o olhar do doutor para a enfermeira e o espelho em sua mão. – Ai meu Deus…
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  Ficam todos em silêncio apenas olhando para , que se analisava no espelho.
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  - O que aconteceu comigo? – ela mexia em seu próprio rosto. – Desde quando sou tão bonita assim? – olha para baixo, arregala os olhos. – Eu tenho silicone? Eu tenho medo de…
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  - Vamos dizer que a senhorita não é a senhorita. – o médico diz sério. – Não é o primeiro caso em nosso hospital. Porém o último acontecera há anos.
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  Ela olha absorta para o espelho e sequer ouvia o que o médico dizia.
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  - Olha meu cabelo. Meu Deus, eu sou uma deusa.
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  Ouve risadas e vê que elas vinham dos amigos de , até este abria um pequeno sorriso, achando-a divertida.
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  - Senhorita ? – o doutor chama sua atenção de volta.
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  - Desculpe.
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  - Meu Senhor, ela falou desculpe. – levanta os braços espontâneo. – desculpe. É só que eu nunca pensei que um dia poderia ouvir essa palavra saindo da boca de Natalie, ou do corpo dela apenas, bom. Deixa pra lá.
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  - O que aconteceu comigo? – apertava as mãos. – Por que não sou eu? Cadê meu corpo? – e então ela faz uma careta. – Isso soou muito estranho, muito mesmo.
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  - Senhorita . – o médico se senta na beirada de sua cama. – O que aconteceu foi uma transição de almas. Por incrível que pareça, a senhorita e a senhorita Villa sofreram acidentes num mesmo tempo. A explicação que tivemos para o nosso último caso, fora que as almas das duas saíram e ao retornar, se cruzaram, indo para o corpo da outra.
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  Todos ficavam calados ouvindo.
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  - Ta tirando com a minha cara? – finalmente fala. – Acha mesmo que eu vou acreditar nessa besteira de almas trocadas e blábláblá?
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  - Bom. A senhorita não está no próprio corpo, está? Como acha que vai voltar pra ele?
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  - Não ligo de voltar pra ele, esse é melhor. – e volta a se olhar no espelho. – Só quero minha vida de volta.
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  - Imagino que isso não seja possível.
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   olha para o homem.
  - Como?
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  - Não é fácil você conviver com uma pessoa e em seguida ela aparecer com um outro corpo, dizendo que é ela. O caso da senhorita é um entre um trilhão.
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  Ela ficara boquiaberta.
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  - Quer dizer que eu não vou poder mais voltar à minha vida normal?
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  - Quer dizer que a senhorita terá de viver a vida da senhorita Villa.
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  - E se eu não quiser? Eu nem sei quem é essa Villa! E se ela for, sei lá, uma louca varrida com um corpão saradão? Não quero ver homem passando a mão em mim só porque ela deixava eles passarem a mão!
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  - Ela tem um namorado, sabia? – diz ofendido. o olha. – Quero dizer, tinha.
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  - Ah… – ela se acalma. namorava? Desde quando? – Desculpe.
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  - Não que eu não duvide que ela tenha feito uns deslizes… – ele diz acanhado. – Mas pelo menos eu não fiquei sabendo de nenhum.
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  Todos ficaram calados perante o silêncio pesado que fora criado logo em seguida.
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  - Bom. De acordo com os exames feitos pela senhorita Villa, ela está em perfeita condição, tirando este porém. É recomendável que ela vá para casa e viva da mesma maneira até as almas conseguirem re-trocar os corpos.
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  - Mas e se… – começa. – Mas e se a alma desse corpo morreu?
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  - Seria bom demais pra ser verdade. – murmura, recebendo olhares feios de e dos outros. – Foi mal, não era pra todo mundo ouvir. – ele encolhe os ombros.
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  - Se a alma do corpo morreu, bom. – o médico coça a nuca. – É bem capaz deste corpo ficar vazio, então ele terá de ser enterrado como um outro corpo defunto qualquer.
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  - Ai meu Deus. – murmura, fechando os olhos. – Não sei se quero passar por isso. Não posso ficar no hospital até tudo voltar ao normal?
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  - Sinto muito, senhorita Villa, mas o problema está aí. Não temos um tempo determinado para a troca das almas. Elas simplesmente acontecem, de repente.
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   ficara remoendo toda a informação em sua cabeça.
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  - Posso fazer uma última pergunta? – ela diz rapidamente ao ver todos se movimentarem para darem privacidade para ela se trocar, ao ouvir a garota, todos param e voltam suas atenções a ela.
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  - Claro. – o profissional sorri carinhoso. abre a boca, mas nada sai. Espera alguns momentos pensando em como fazer aquela pergunta adequadamente.
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  - E se… Hm… E se a alma deste corpo – e aponta para o mesmo. -, não foi para o meu? E se meu corpo estiver vazio? Eles irão me enterrar, certo? – o médico concorda com a cabeça. – Como irá ocorrer uma transição de almas se não há outra alma? E se houver, eu vou para um corpo que provavelmente estará a palmos abaixo da terra?
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  Todos abrem a boca agora preocupados e olham para o médico que não pensara na situação.
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  - Esta dúvida eu terei de pedir para a senhorita falar com um profissional. – o médico diz pesaroso. – Não tenho formação alguma neste assunto e não posso passar-lhe uma informação errada.
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   engole seco. Ela voltaria para seu corpo e morreria de qualquer maneira?
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  - Meu Deus… – ela coloca as mãos na boca. – E se cremarem meu corpo?
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  Os olhos já arregalados de todos aumentam mais ainda de tamanho. O médico então suspira e coloca as mãos na cintura:
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  - Então eu diria para acostumar com seu novo estilo de vida, pois será nele que irá viver para sempre.
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  Silêncio. Ninguém ousava dizer nada, apenas esperavam por algum sinal de aborrecimento da parte da garota. Nada. Ela concorda com a cabeça e silenciosamente pega as roupas que a enfermeira segurava para se trocar, que o faz no banheiro.
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  - Sinto muito, senhor . – o médico diz sério. – Qualquer problema, entre em contato comigo ou – ele anota em um papel em sua plaqueta. -, ligue para ele, é um especialista em casos raros como esses. Cuidou do outro caso.
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  - Obrigado. – diz colocando o papel dobrado dentro de seu bolso.
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  - É recomendável que ensine a senhorita… – ele checa o nome de na plaqueta agora modificada. -, e a faça tentar seguir a vida que a senhorita Villa levava. Até então tente deixá-la tranquila, com uma vida da maneira que ela queira e o mais importante: longe de acidentes.
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   concorda com a cabeça e vê o médico se retirar do quarto. Respira fundo e se senta no sofá.
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  - Cara, o que é tudo isso que está acontecendo? – olha para o amigo boquiaberto, este levanta os ombros.
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  - É muita loucura para uma pessoa só.
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  - Imagina como ela deve estar? – olha para a porta do banheiro, onde ainda estava se trocando. – Ficar longe da família e de tudo o que estava acostumada e ter de fingir ser outra pessoa?
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  - Você vai ter um baita trabalhão, . E vai ser uma droga você ensinar ela a ser como a Natalie. é muito mais legal. – cruza os braços na frente do amigo, vendo os outros dois concordarem. – Sei que ela era sua namorada e tudo mais, mas sinceramente estou bem mais feliz com apesar de não conhecê-la.
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   faz o número dois com os dedos e concordava com a cabeça. bufa.
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  - Até eu estou preferindo .
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  Ouvem então o barulho da porta se abrindo e vêem Natalie sair. Sabiam que não era ela e saberiam do mesmo jeito pois a expressão no rosto dela não havia nunca sido visto por nenhum dos quatro.
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  - Ela usa mesmo todos esses decotes e falta de pano? – ela tentava o máximo esconder os seios quase expostos e as pernas ao mesmo tempo. Os quatro concordam com a cabeça. se levanta e lhe coloca seu blusão a fazendo sorrir agradecida. Até o blusão era mais comprido que sua saia.
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  - A propósito, eu sou . – o mesmo sorri.
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  - Eu sei. Quero dizer, não tem como não saber. – ela dá uma risadinha sem graça os fazendo sorrir. Eles ficam os quatro parados calados. – Então, eu vou ter de agir como ela, não é?
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  Mais uma vez os quatro concordam com a cabeça.
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  - E como ela andava?
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  - Já assistiu as Patricinhas de Bervely Hills? – comenta a olhando e ela concorda. – Rebola mais e empina mais os peitos. Pronto.
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  - É para eu me expor mesmo? Não podem falar que eu, sei lá, vi como deveria ser mais humilde com todo esse acidente e decidi não me expor tanto?
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  Os quatro se entreolham. solta o ar.
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  - Ta bem… – ela desiste e faz a pose que havia a instruído. – Assim? – ela começa a andar.
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  - Tudo bem, é melhor você ser você mesma. – não estava conseguindo associar com Natalie. Natalie não era tão insegura assim e ele apostava que não era feita para ter o tipo de físico de Natalie.
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  - Obrigada. – ela relaxa o corpo, seus ombros já estavam começando a doer por ficarem tanto tempo jogados para trás.
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  Ela acompanhava para onde ele ia, afinal, pelo que soube, era ele o namorado dela. Ao passar por uma das salas onde podia conseguir se ver o próprio reflexo no vidro, para. Olha para si mesma. Não acreditava que aquilo tudo estava mesmo acontecendo com ela. Mal passaram algumas horas no novo corpo e já queria o velho de volta. Não que ela não adorasse ser linda e perfeita assim, ela amara de início, mas agora era diferente. Agora ela sentia falta das amigas, do pai e do irmão. O pai e o irmão.
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  - Meu Deus. – ela coloca as mãos na boca. Os quatro sequer perceberam que ela havia ficado para trás, ao verem, voltaram correndo parando ao vê-la olhar aterrorizada para o próprio reflexo. – Meu pai e meu irmão… – ela murmura praticamente sem voz. – Meu Deus, eles devem estar sofrendo tanto!
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  Os quatro se entreolham receosos. Não sabiam o que dizer. Sabiam que iria ser difícil para a garota.
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  Ela estava boquiaberta, não conseguia imaginar o que o pai e o irmão estavam sofrendo. Se com a perda da mãe o pai já não queria a deixar fazer o que gostava e o irmão começara a ficar maluco, imagina agora com a perda dela?
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  Seus olhos começam a brilhar com o excesso de lágrima e os quatro percebem. cutuca , que cutuca , que cutuca , que olha para , que olha para , que olha para , que faz sinal para fazer alguma coisa com a garota, que faz com que e olhassem ao mesmo tempo para . Este apenas suspira e dá quatro passos até .
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  - Hey… – ele murmura para a garota, que sai do transe e enxuga as lágrimas que estavam prestes a cair.
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  - D-desculpa, e-eu…
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  - Tudo bem. Sei que não é fácil. – ele sorri sereno. Ela abre um pequeno sorriso.
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  - Obrigada.
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  - Meu Deus, ela falou desculpa e obrigada em menos de cinco horas. – põe as mãos na cabeça. – Senhor, me diga que isso é uma miragem!
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   dá uma pequena risada, o que internamente faz relaxar.
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  - Vamos. – ele balança a cabeça, e ela concorda voltando a caminhar. Os quatro fazem questão de agora não a deixá-la para trás.
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Capítulo 5

  - Ah, Natalie! – não chega nem a ver o rosto da mulher que havia dito aquilo logo que chegou na casa do que os quatro diziam ser de . Olha desesperada para o loiro, que lhe manda um olhar calmante. – Deixe-me ver, ficou com alguma cicatriz? Esses motoristas não sabem que a preferência é sempre do pedestre? – ela analisava de corpo inteiro, literalmente.
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  - Hm, menos, Laura, menos. – aquela mulher sim, reconhecia, era a mãe de , sempre desejara vê-la se dirigir à ela mesma como nora, quando ainda era obssessa pelo baixista. – Ela atravessou no sinal verde.
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  - Não importa! – a mulher desconhecida responde rispidamente. – Eles deviam ver que uma pedestre se distraíra e que parasse e buzinasse! Não que passasse por cima, ora essa! Onde já se viu? E ainda mais minha filha! Não tem um que não perceba ela quando está na rua, não é meu amor?
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   fica calada olhando para a mulher boquiaberta.
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  - Natalie, falei com você.
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  - A-ah, claro, claro.
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  - O que aconteceu? – a mulher volta toda sua atenção para a garota novamente. vê a mãe de revirar os olhos e olhar para o filho logo atrás dela. , e já haviam ido se sentar no sofá da sala do garoto enquanto observavam a cena ridícula que Laura fazia com a filha. – Está com algum trauma, meu amor? Ah, mas não se preocupe, se quiser, mando fechar aquele SPA que você AMA em St. Louis apenas para que você se recupere de tudo isso.
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  - Ah! Não, não precisa, obrigada!
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  Silêncio.
  Todos arregalam os olhos assustados e apenas Laura olhava para a filha desconfiada. Esta mesma arregalara os olhos ao ver que falara besteira.
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  - Q-quero dizer… – ela tenta arrumar, até que a corta.
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  - Ela disse para mim enquanto vínhamos para cá de que queria que eu desse mais atenção para ela, então ficará comigo por um tempo, se não se importa, senhora Bagroll.
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  A mãe muda a expressão desconfiada para uma maliciosa e olha para a filha orgulhosa.
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  - Você é mesmo minha filha. – e aperta a bochecha de , que faz uma careta e sorri. Recebe um abraço da mãe. – Não sei por que ainda está com esse garoto sem graça, ele deve ser mesmo muito bom de cama.
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   arregala os olhos e cora, tentando o máximo permanecer abraçada com a mãe até sentir que a vermelhidão se dissipou de seu rosto.
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  - A senhora me conhece. – resolve falar e então a mãe se separa dela, sorrindo mais ainda.
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  - É assim que se fala, meu bem. Bom, Ian e eu vamos para Riviera Francesa esse final de semana, se quiser, me dê um toque e te levo junto, posso pedir para que Francine lhe reserve aquele tratamento maravilhoso que você amara da última vez que fomos.
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   se afasta.
  - Vou pensar. – ela demorara para encontrar uma resposta a cara da mãe. A mulher sorrira.
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  - Pense com carinho, vou indo porque tenho uma sessão de bronzeamento às seis. Venho te visitar assim que acabar com as terapias intensivas para meu cabelo. – ela mexe no tal. – O doutor Kyle estava absolutamente certo, meu cabelo está di-vi-no.
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   nada responde e apenas acompanha a mãe até sua Ferrari conversível vermelha estacionada na frente da casa.
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  - E vamos comprar um carro para você, meu amor, chega de andar. Se for para haver acidentes, que você seja a causadora, e não a vítima. – e dá dois beijos nas bochechas da filha sem tocar as mesmas.
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  - Mande lembranças ao Ian.
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  - Com certeza irei mandar, meu bem.
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  A vê partir e resolve ficar ali por fora mais um pouco. Olha ao redor e tudo era de luxo. Tudo, menos a alma dela. Suspira cansada. Não sabia se iria conseguir fazer aquilo dar certo. Era demais para ela.
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  - Não vai entrar? – ouve a voz de logo atrás de si. Dá um pulo assustada. – Desculpe, não queria te assustar.
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  - Não, tudo bem. – ela coloca o cabelo atrás da orelha. – Eu só acho… Nada.
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  - Fala. – ele a olha ansioso. Ela balança com a cabeça. – Certo, você se importa se eu… Hm… Bom, você sabe.
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  - Sei o quê?
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  - Natalie e eu… Somos namorados. Éramos. – ele rapidamente se concerta. Ela então arregala os olhos entendendo. – É só um beijo, nada demais.
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   mantinha seus olhos arregalados. Beijar ? Mesmo? Mesmo, mesmo, mesmo?
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  - A-ah… B-bom… Err… – ela passa a mão na nunca sem graça. – A-acho que se é o melhor…
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  Ele confirmar com a cabeça. Estava tão sem graça quanto ela, mas tinham que fingir serem um casal. Para o bem da sanidade de todos.
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  Ele estica um braço esperando que ela aceitasse e segurasse em sua mão. E fora o que ela fizera. Ele sorri e a puxa levemente para dentro de casa, onde todos os esperavam.
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  - Certo, vocês irão me contar o que está acontecendo ou não? – a mãe de cruzava os braços, exigindo uma explicação. olha para os três amigos, que levanta as mãos demonstrando que não haviam falado nada. – Sou sua mãe, , não Laura. Por mais que essa garota não seja minha filha, sei muito bem que ela nunca se atreveria a agradecer a própria mãe.
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   congelara ao lado de e soltara rapidamente sua mão. O garoto suspirara e passara a mão pelo cabelo, não tendo escolha.
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  - Ela não é Natalie.
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  - Isso é bem perceptível.
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  - Parece que a alma dela mudou de corpo com a alma que está no corpo de Natalie. Essa é .
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  A mulher ficara apenas observando calada.
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  - Não vai dizer nada? – fala perturbado. Todos estavam perturbados, na verdade.
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  - Eu nunca pensei que fosse ver um caso desses ao vivo.
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   bufa e cora.
  - Meu Deus, deve estar sendo horrível. – a mulher se aproxima de e a abraça. – Imagine como devem estar sua família? Se a alma daquela garota fora mesmo para seu corpo, oh meu Deus, você irá tomar um susto quando voltar para lá.
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  - Mãe! Caramba! Parece que só foi apresentar uma deixa que todo mundo começa a falar o quanto odeia Natalie? – exclama inconformado. – Por que não falam isso antes?
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  Ninguém diz nada.
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  - Ótimo. Fiquem mesmo bem calados. – ele reclama cruzando os braços.
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  - Venha, querida, se sente aqui, vamos conversar. Imagino que quatro marmanjos não sejam bons o suficiente para agradar a uma pobre garota. – a mulher olha feio para os quatro que fazem cara de ofendidos. – Não pensa em se passar por Natalie, pensa?
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  - É o que planejávamos.
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  - Mãe, Laura nunca irá aceitar se souber que ela não é a filha.
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  A garota vê a mãe de se calar séria. Então ela suspira e balança a cabeça.
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  - Bom, o que temos de fazer então é mantê-la longe de Laura e Logan. Se os dois desconfiarem de , irão mandá-la para não sei aonde num SPA psiquiátrico.
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   arregala os olhos. A única coisa que ela não era e tinha certeza disso era ser louca.
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  - Você vai ficar aqui. – dizia abrindo a porta para a garota, que observava boquiaberta tudo o que conseguia ver na rapidez que tentava ver. A casa dele, ao contrário do que sempre pensava, era extremamente limpa e organizada. Abre um pequeno sorriso e então entra, não dizendo ainda nada.
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  Olha cada canto do cômodo.
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  - Hm, Natalie tinha alguns pijamas aqui, vou pegar uma para você.
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   concorda com a cabeça ainda intimidada.
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  - Olha, se eu passar as roupas dela para cá e os pais dela virem…
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  - Eu sei. – a garota corta antes que ele terminasse e ele então sorriu aliviado. – Não se preocupe.
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  - Você pode entrar lá quando quiser. Não precisa de permissão nem nada.
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  - Obrigada. – ela sorri e então o vê sair e fechar a porta atrás de si. Respira fundo e fecha os olhos, jogando o corpo para trás e tirando o falso sorriso do rosto. Estava com saudades de suas amigas, seu irmão, seu pai. Até o canário idiota dele. Estava com saudades de ser humilde e ter sua própria vida. Não que possa falar algo dessa nova vida, sequer começara a vivê-la. Mas isso não era algo provisório. Era definitivo. O choro entalado na garganta sobe.
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  Sem ao menos perceber, adormece.
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  Ao abrir os olhos não sente a claridade e olha janela afora, onde o céu estava escuro e limpo. Olha para o corpo desejando que tudo tivesse sido apenas um sonho. Não fora. Suspira e olha para o lado, onde o pijama de Natalie estava depositado cuidadosamente na mesa ao lado da cama com um roupão de banho. Sorri. era mesmo muito atencioso. Sem hesitar, levanta e pega o roupão, se dirigindo até o enorme banheiro do quarto. Sorri mais ainda ao ver ali uma pequena banheira. Estava precisando relaxar. No dia seguinte sairia para comprar produtos de beleza. Supunhava que seu trabalho agora seria cuidar de si mesma, já que o dinheiro vinha de graça sempre.
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  Enchera a banheira com água e sabonete e prendera o cabelo num coque alto e relaxara dentro do lugar. Respira aliviada e fecha os olhos. A vida inteira quisera fazer isso e saber qual era a sensação. Não sabia por que não havia feito antes. Era divino.
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  Não sabia quantas horas ficara ali, só saíra quando olhara para os dedos das mãos e elas estavam enrugadas. Se enxuga e lava o cabelo, se enxugando e colocando o roupão por cima. Levanta o ante-braço até a altura do nariz, sentindo o perfume do sabonete impregnado em sua pele. Sorri e enrola a toalha no cabelo a fim de secá-lo melhor. Segue até o quarto e procura por uma lingerie, mas nada acha.
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  - Droga. – murmura baixo para si mesma. havia se esquecido da roupa íntima. – Certo. – ela então respira fundo e vai até a porta do quarto, onde abre lentamente uma fresta e olha para ambos os lados do corredor que estava vazio. Abre-a então por inteiro e segue para a porta que havia indicado ser seu quarto. Faz a mesma coisa que fizera com a porta de seu quarto na porta dele e ao ver que não havia ninguém entra correndo e segue até a primeira porta que supunha ser o closet de Natalie. Não era. Apenas vira uma imensidão de roupas masculinas. Corre até a porta do lado. Trancada. Não era também. Vai então até a última porta, um pouco mais larga e com dupla maçaneta, indicando duas portas, onde elas não eram de madeira e sim um tipo de vidro fosco. Bingo! Ao tentar abrir a porta, não consegue. Tenta mais uma vez e nada.
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  - É preciso apertar o botão do lado para que ela destrave. – ouve uma voz atrás e si e pula, se virando rapidamente e dando de cara com um sem camisa, apenas com uma toalha amarrada à cintura em frente a porta que estava trancada e agora estava aberta. Arregala os olhos ao ver a imagem e se vira na mesma velocidade que tornara para ele e aperta o tal botão, abrindo a porta dupla facilmente.
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  - Meu Deus. – ela murmura ao dar de cara com um corredor moderado todo branco, com seu carpete estofado creme e as portas de vidro liso transparente e as maçanetas de aço embutidas nelas. Ao fundo, uma enorme sapateira com milhares de tipos de sapatos. Aquilo era uma verdadeira Bendel’s. Começa a andar pelos armários à procura da gaveta de lingeries.
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  - Terceiro armário à direita. – mais uma vez ela ouve a voz dele. Olha-o confusa. – Está procurando pela calcinha, não é?
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  - Como sabe?
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  - Acabei de me lembrar de que não havia levado para você.
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   ruboriza e então o ignora, voltando para o armário indicado e abrindo a primeira gaveta de acrílico e metal. Aquilo cobrindo as calcinhas eram pétalas de rosas?
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  - Natalie acreditava que as deixando aí, o cheiro das flores passava para a lingerie. – diz ao ver a expressão de , que concorda com a cabeça. – As empregadas trocam todo dia.
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  - Todo dia? – ela pergunta abismada e o vê concordar com a cabeça. – Ah… Hm… Certo.
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  Os dois ficam calados. não queria pegar uma lingerie na frente dele e sair andando. Principalmente porque ele ocupava quase o espaço inteiro da porta, encostado naquele batente. Coça o nariz. Talvez não tivesse uma opção.
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  - Está com fome?
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  Ela nega com a cabeça.
  - Que horas são? – pergunta e o vê inclinar a cabeça para trás e então voltar:
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  - Onze e vinte.
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  Ela arregala os olhos. Havia dormido bastante mesmo.
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  - Hm… Eu vou… – ela então aponta para a gaveta e para fora do closet. sorri e desencosta do batente, saindo de vista. então não perde tempo e pega a calcinha, saindo correndo do closet e do quarto, indo para o dela e se trocando rapidamente. Como imaginara, o pijama de Natalie não era bem… Inocente. Era extremamente sexy. Olha-se no espelho. Queria sua aparência de volta. Por mais que Natalie fosse linda de morrer, estava com saudades de não se preocupar com a própria aparência. E olha que o trabalho nem havia começado.
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  - Trouxe um sorvete. – entra no quarto minutos depois com dois potes pequenos de Hagz’Datz. – Morango ou baunilha?
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  - Morango. – ela se senta na cama e ele dá o pequeno pote com uma colher para ela. – Certo, me conte o que ela faz.
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  Ele suspira e olha para cima.
  - Bom, ela não faz nada. Só vai em festas, compras e corre… Bom, corre atrás de mim.
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   concorda com a cabeça.
  - Ela também vai na academia todo dia de manhã e faz algumas aulas por lá. Não sei exatamente quais são, nunca prestei atenção no que ela dizia das aulas. – ele diz com uma risada deboche.
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  - E as amigas?
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  - Tem uma. Kourtney. É exatamente como ela, só que mais baixinha. As duas sempre inventam algo para fazer. Provavelmente ela virá amanhã te arrastar para algum lugar.
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  - Certo. Acho que posso lidar com isso. E o pai?
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  - Logan? Ele não é seu pai. Padrasto. Seu pai morreu há três anos e deixara toda a herança dele para você e só você. Sua mãe pouco se importou, já que Logan é milionário e lhe dá tudo o que quer bem antes de Herbert ter morrido.
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  - Os dois eram amantes?
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  - Por aí. Não que Natalie se importasse o suficiente para saber da história inteira e me contar…
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  - E… Ela tem algum irmão… ?
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  - Tem. Dois gêmeos pirralhos e uma irmã de 15 anos chata.
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  - Wow. – ri com o sorvete na boca. – Me fale sobre eles.
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  - Os gêmeos devem ter por volta dos 7, 8 anos. Não fora planejado, como dissera sua mãe. Ela sequer passa o dia com eles. Eles moram no colégio interno e raramente vêm para cá. Só os vi duas vezes em todos esses anos que namorei Natalie. – arregala os olhos surpresa. Como pode uma família ser tão distante? – A menina chama Sharon e não é a melhor garota do mundo. – ele faz uma careta.
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  - E por quê?
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  - É a típica menina mimada e chata. Ela sempre quis ser como Natalie, então a imita de uma maneira bem pior.
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   ri.
  - Certo. Acho que posso lidar com eles também. Você acha que… Bom.
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  - Algum deles irá desconfiar de você? – ela confirma. – Não. São estúpidos demais para sacarem algo.
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  - Ok. É melhor assim. – diz mais para si mesma do que para , que concorda com a cabeça e continua tomando seu sorvete. Ficam calados até ela perceber que ele a encarava sério. – O que foi?
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  - Nada. – ele sai de seu transe. – É só que… Bem, é estranho. Quer dizer, essas expressões no seu rosto. – ri desconcertado e balança a cabeça. – Eu só nunca pensei que pudesse um dia ver no rosto de Natalie.
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  - A-ah…b-bom….
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  - É uma coisa boa. – ele diz rapidamente. – Não ache que é uma crítica ruim.
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   concorda com a cabeça. Os dois não desviam os olhares do outro até ela se mexer desconcertada e ele então se levantar.
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  - Vou dormir. Ficarei o dia inteiro fora amanhã.
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  - Ok. – ela lhe entrega o pote de sorvete vazio. – Obrigada. Pelo sorvete.
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  - Não tem de quê. – ele sorri carinhoso. – Boa noite.
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  Ela sorri e o vê fechar a porta do quarto atrás de si. Mais uma vez retira seu sorriso forçado dos lábios. Estava começando a entender a essência do fingimento.
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Capítulo 6

  - HEY! – ouve e rapidamente abre os olhos e cai da cama. Olha para os lados à procura de algum ladrão e vê uma garota morena e bronzeada como ela estava agora, apenas com seus olhos azuis e os lábios carnudos. – Meu Deus, o que fez ontem à noite com o ? Nunca te vi demorar tanto para acordar.
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  - Eu ainda estou numa exaustão pós acidente.
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  - Claro, claro. O que quiser. – ela vê a garota se afastar. – Mas se troque porque temos que ir à massagista daqui a vinte minutos.
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  - Vinte minutos?
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  - Vamos lá, Natalie, você consegue! – a garota sorri, mostrando seus dentes perfeitamente retos e brancos.
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  - Não dá para re-agendar?
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  - Não, porque nós combinamos de irmos em todas as consultas hoje! Vamos logo, você tem o dia livre, já que aquele inútil do vai passar o dia fora. – a vê ir até o espelho e analisar sua sobrancelha. – Falando nele, por que não estão juntos na mesma cama?
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  - Ah… – se embaralha enquanto ia para a porta, em direção ao quarto de e ao closet de Natalie. – Porque ele ronca. E eu estava cansada e sem paciência para aturar os roncos dele.
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  - Eu sempre achei que ele fosse de roncar. – a garota diz. não se lembrava do nome dela. Começava com K…
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  - Já volto. – ela diz saindo de vista. Corre para o quarto de e pega o telefone sem fio enquanto ia para o closet.
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  - Alô?
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  - Eu esqueci o nome da amiga. – ela diz baixo e rápido.
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  - Como? Quem está falando?
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   bufa e procura por um botão do lado de dentro do closet, não demorando a achar, fechando as portas.
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  - É . – ela diz um pouco mais alto. – A amiga da sua namorada está aqui. Eu me esqueci do nome dela.
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  - É Kourtney. – ele diz compreensivo.
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  - Ah, é. Claro. Me desculpe te atrapalhar.
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  - Está tudo bem? Você pode dar a desculpa de que quer passar tempo… Bom. Passar tempo comigo e tudo mais.
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  - Não, não. Está tudo ótimo. Vamos à massagista apenas.
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  - Certo. Qualquer coisa me ligue, estou no estúdio.
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  - Ta bem. Até mais. – e desliga antes que a tal Kourtney aparecesse de repente, o que não demorou muito. Sorte de era que ela era rápida.
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  - O que você está vestindo? – a garota diz para , que olha para baixo. – Está quase 30 graus lá fora, você está louca? Toma, veste isso. Acho que essa batida na cabeça não te fez muito bem mesmo.
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  - Pare de me amolar. – murmura espontaneamente.
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  - Ah bom, achei que tinha algo de errado mesmo com você. Sendo toda cuidadosa e misteriosa. Mas vi que foi impressão. Anda, vou falar para Aidan mandar levarem nosso café descafeinado para o salão. Tem dez minutos. – e sai do closet, porém volta rapidamente. – Sandália amarela. Aquela de salto que você ama.
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   concorda com a cabeça enquanto brigava com o zíper da calça que usava e então olha para a sapateira.
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  - Ah… Ótimo. – ela diz irônica. Haviam milhares de sandálias amarelas ali. Como é que Natalie poderia ter uma favorita?
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  - Então… Já falou a novidade para o ? – ouvia de longe a voz de Koutney entrar em seu ouvido. Por que nunca fizera massagem na vida? Ó Deus, ela merecia. Se as amigas sentissem o que ela sentia agora… Como era bom ser rica.
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  - Que novidade?
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  - Como que novidade? O desastre da sua vida, né amiga? Todos esses anos mantendo esse corpo lindo e de repente se deixa ser estragada pelo idiota do .
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  - Olha só, eu não estou lembrada desse assunto tão… Idiota. Então quer fazer o favor de me lembrar?
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  - Você está grávida.
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  - O QUÊ? – se levanta, assustando o massagista, que dá um passo para trás. – O que você disse?
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  - Não acredito que se esqueceu disso, Natalie!
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  - Como quer que eu me lembre?!
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  - Tudo bem, não é algo que eu gostaria de me lembrar também, mas que esquecesse pelo menos depois que tivesse contado para o .
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  - E como é que eu vou contar uma coisa dessas para ele?
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  - Da mesma maneira que você conta sobre nossas idas à Las Vegas, oras, de que outra maneira poderia ser?
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  - O que fazemos em Las Vegas? – pergunta receosa. Koutney a olha séria e a analisa. – Olha só, eu bati minha cabeça, o imbecil do médico disse que eu posso ter me esquecido de algumas coisas, então tenha paciência. – “Não é que eu estou ficando boa em ser estúpida?” se orgulha de si.
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  - Tudo bem. – Koutney se conforma, voltando a deitar. – Nós vamos na Love, claro, os homens mais gatos estão lá. Então é óbvio que transamos com eles e ganhamos milhares de presentes, nada que não tenhamos feito antes. Você sempre foi mais reservada e provocante, porque queria se guardar para o , mas porra Natalie, eu nunca pensei que você fosse engravidar logo dele.
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  - Eu muito menos. – a garota murmura. – Merda.
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  - Muita merda. Você deveria ter falado isso à um mês, não é a toa que sua barriga já cresceu.
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   olha para baixo e vê que sua barriga estava menos saliente que a de Kourtney.
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  - não percebe essas coisas.
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  - Porque é um idiota. – a amiga responde. sente as mãos do massagista em seus ombros e então volta a se deitar, fechando os olhos para relaxar. – Mal imagino você gorda. Quanto mais sendo mãe de uma criança. Imagina o que a sua mãe irá falar?
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  - Minha mãe não irá falar nada porque não irei contar nada.
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  - Como não? Você conta tudo para sua mãe!
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  - Ficar grávida está fora deste “tudo”. Koutney, você conhece minha mãe… – pensa: “É capaz da mulher processar o por estupro”.
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  - Claro que conheço, por isso mesmo que acho que deve contar. Assim quem sabe ela não me ajuda a colocar na sua cabeça oca que o é pouco para você.
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  - Deixa que eu decido o que é bom ou não para mim.
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  - Hey, hey! – sente uma mão lhe segurar e então olha para , que estava com um sorriso no rosto. – Estava falando com você desde lá de baixo!
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  - A-ah… Desculpe. – ela coloca o cabelo atrás da orelha. – Estou um pouco avoada.
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  - Estou vendo. Aconteceu alguma coisa?
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  - Não, Koutney não desconfiou do nada.
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  - Disso eu sei. – ele responde e ela se cala. – Bom, ela nunca foi muito esperta. Por isso que não gosta de mim, um dia nós discutimos e eu meio que disse isso para ela. Se ofendeu mais do que deveria, mas quem sou eu para reclamar. Ela não é uma pessoa que eu tenha orgulho de conhecer… Hey, você está chorando? – ele pergunta rapidamente ao ver algumas lágrimas caírem dos olhos de /Natalie.
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  - N-não é nada… – ela diz enxugando as lágrimas e encaminhando para o quarto de , e indo até o closet de Natalie.
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  - Deve ser alguma coisa para fazer você chorar. Olha, eu sei que está sendo difícil, mas você tem que…
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  - Eu não estou reclamando. – ela diz finalizando a conversa. – Só tive vontade de chorar. – e sai do closet, passando por ele e saindo do quarto. fica sem entender por alguns minutos, até que adentra ao quarto. – Eu estou grávida.
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  Ninguém diz nada. pisca duas, três, quatro vezes e olha para , que apertava o pijama entre as mãos.
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  - Como?
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  - Koutney me contou hoje. Na verdade, veio me perguntar se eu já havia contado para você ou a mãe de Natalie. Como é que eu iria saber? Isso aqui para mim é ser magra, não estar no quarto mês de gravidez!
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  - Quarto mês? – ele pergunta abestalhado. – Por Deus… – passa a mão pelo cabelo. – Tudo bem, sem pânico.
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  - Como não posso estar em pânico? Eu estou grávida de um cara que eu nunca sequer toquei na vida e no corpo de uma mulher que no caso, está literalmente morta!
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  - Olha, você está exasperando. – ele segura seus braços. – Respira fundo.
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  - Agora é que eu não sei o que fazer mesmo. – ela murmura. – Como é que eu vou me cuidar, estando grávida? Ai meu Deus… – ela volta a chorar e nada mais faz do que abraçá-la.
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  - Eu não vou deixá-la, se é disso que você tem medo. Eu estou aqui para te ajudar, tudo bem? Mas não vai adiantar de nada você ficar se desesperando dessa maneira.
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  - Parece até que você já sabia que eu estava grávida.
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  - Eu já sabia. – ele diz e ela arregala os olhos. – O médico disse enquanto estava dormindo no hospital. Que fora uma sorte nossa de não ter acontecido um aborto.
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   arregala os olhos:
  - E quando você pretendia me contar isso? Quanto eu reclamasse que não estava conseguindo me manter em forma?
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  - Quando você estivesse ao menos um pouco acostumada com essa vida. – ele diz rapidamente, a fazendo fechar a boca. – Nada vai mudar, . Eu te prometo.
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  Se lembra quando o pai dizia que sua vida nunca iria mudar e que era uma promessa que ele a protegeria do mal. O mal estava acontecendo com e não estava nem um pouco perto de acabar. Sua vida mudou para melhor talvez, ela só não conseguia ver o lado positivo da coisa.
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  Ainda.
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Capítulo 7

  Acordara no dia seguinte exausta. Abrira os olhos e suspira ao ver que nada mudara. Continuava no corpo de Natalie e agora com o fato de que estava grávida.
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  Resmunga coisas inaudíveis até para si mesma e se vira, abraçando o cobertor e o travesseiro. Ouve batidas na porta e não responde. Não as ouve mais. Não queria encontrar com , com Kourtney, com sua mãe… Não queria mais ver ninguém na vida. Queria encontrar suas amigas antigas, seu pai, seu irmão, seu cachorro. Abre os olhos. Precisava de um cachorro.
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  Se levanta rapidamente e segue até o quarto de , abrindo a porta lentamente, achando que ele estaria dormindo. A cama estava arrumada e o quarto vazio. Adentra e segue direto para o closet de Natalie. Olha para tudo e o tempo afora. Pega um vestido de manga que ia até o meio da coxa e um sapato fechado. Volta para seu quarto e escova seus dentes e termina de se arrumar. Desce as escadas lentamente e vê com os amigos na parte externa da casa.
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  - Hey, , está descendo. – diz ao ver a garota tentar se safar de todos eles. – Ela parece estar fugindo.
[wpdiscuz-feedback id="oo3k3e0s8s" question="Comente!" opened="0"]  - Fugindo? – se assusta indo até a parte interna. – Aonde vai?
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  - A-ah… – ela se vira. – Sair.
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  - Para onde? Você não dirige.
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  - Claro que dirijo!
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  - Você não tem carro, .
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  A garota não responde.
  - Aonde você ia? – ele cruza os braços. Ela olha para o lado. Suspira.
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  - Eu só ia ver como estava o meu cachorrinho.
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   suspira.
  -
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  - Meu pai não está em casa agora. E nem meu irmão! – ela implorava. – Eu só sinto falta de ter um bichinho… – abaixa a cabeça.
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  - Então vamos comprar um para você, mas tem de esquecer eles.
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  - Mas…
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  - , se você não se esforçar, não vai conseguir esquecê-los. Isso não é temporário, sabe disso.
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   suspira e dá alguns passos, se sentando no pé da escada, abraça as pernas.
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  - Eu não quero viver assim. – ela murmura. – Viver uma vida falsa pra sempre.
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   a encara entristecido. Se senta em seu lado e a abraça.
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  - Vai melhorar, você vai se acostumar. E com a gente você pode ser você mesma. – ele aponta para os amigos que os encaravam fora e ao ver que os olhara acenam sorrindo. Ela abre um pequeno sorriso. – Quer ir comprar um cachorrinho? – ela concorda com a cabeça. – Tudo bem então. Vou avisar eles. – e corre até os três que o esperavam. – Vamos comprar um cachorro.
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  - Mas eita, já estão assim? – pergunta surpreso.
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  - , ela está grávida dele. – diz sério.
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  - Mas que merda isso. – murmura. – A menina sequer transou e está grávida.
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  - Isso não vem ao caso. – diz perturbado. – Já voltamos.
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  - Veja o que mais ela gostava de fazer antes, . Às vezes ela pode continuar fazendo agora. – diz compreensivo e o amigo concorda com a cabeça.
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  - Que cachorro quer?
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  - Um pequeno. – ela diz no pet shop. – Um Yorkshire, acho. Macho.
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  - Macho?
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  - Eu não me dou muito bem com fêmeas e machos são mais bonitos. – levanta os ombros.
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  - Tudo bem. – ele segue até o balcão, pedindo para a vendedora o tal cachorro que queria.
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  Demoraram cerca de uma hora para ela se decidir qual dos pequenininhos ela iria querer. Cabiam na palma de sua mão de tão pequeninos.
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  - Então. – puxa assunto enquanto encarava o lado externo do carro. Ela vira seu rosto para ele. – O que você gostava de fazer antes?
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  - Antes?
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  - É… Quando você ainda era você… Sabe.
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  - Ah, sim. Bom, eu trabalhava no mercado do meu…
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  - Não . Eu quis dizer, o que você gostava de fazer, não o que fazia.
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  - Ah… Bom. Eu… Hm, eu escrevia e… Montava quebra-cabeças. – diz baixo, mas em tom o suficiente para ouvir. Ele a encara boquiaberto. Ela escrevia e montava quebra-cabeças? Quem diabos fazia isso?
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  - E você quer fazer isso?
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  - Isso não é algo que Natalie faria, tenho certeza. – ela diz sem graça.
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  - Bom, ninguém precisa saber disso. – ele vira a esquina. – Vamos comprar um computador e um quebra cabeças para você.
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  - Mas…
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  - Você pode montar no meu escritório. Ninguém entra ali. Nem eu. – ele ri sozinho. Ela sorri.
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  - Pronto. – ele termina de empurrar o último móvel para a garota na imensa sala que até a pouco só havia coisas que não usava. – Vou pedir para levarem para o sótão o resto. Até o final da semana fica tudo limpo.
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   sorri para ele.
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  - Bom, vou ficar lá em baixo com os caras. Qualquer coisa me chame.
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  - Tudo bem.
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  - Te chamo para o jantar. – ele sorri. – Não está com vontade de comer nada? – olha para a barriga dela.
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  - Hum… Acho que esse negócio de vontade é mito. – ela comenta e ele ri.
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  - Ainda bem. Não sei o que faria se você dissesse que quer comida árabe.
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  Ela faz uma careta.
  - É bem isso mesmo. – ele aponta para o rosto dela rindo com a garota.
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  - Escuta… – ela diz ao vê-lo se virar, volta a encará-la. – Obrigada. Por… Isso. – e aponta para o computador e a caixa de quebra-cabeças ainda fechada.
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  - Tudo bem. – ele sorri. – É o mínimo que eu tinha de fazer para você.
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  - Não, de verdade. Eu só… Bom, eu sei que sou um pouco fraca e que esse negócio de gravidez deixou minhas emoções ainda piores e que você deve ter uma certa aversão ao choro de Natalie, mas… Bem. Eu só queria agradecer por estar sendo tão gentil comigo.
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   a encarava com um belo sorriso no rosto. Agora se lembrara do porquê de ser tão obcecada por ele antes. E se perguntava por que diabos isso não havia acontecido antes.
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  - Eu só estou retribuindo o que faz para mim. – ele diz e se vira, saindo da sala. suspira e sorri, entrando em seu novo computador. Havia internet. Ótimo, quem sabe se entrasse rapidinho em seu facebook…
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  - Não. – ela diz para si mesma. – Você não pode entrar nele, . Prometa a si mesma que irá sair dessa vida. Tem de viver como Natalie Villa agora. – respira fundo e desliga a internet, abrindo um programa de texto. Sorri aliviada por poder voltar a fazer o que fazia antes.
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  - ! – a chamava. – , vem jantar!
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  - Acho melhor você subir, dude. – dizia enquanto comia o churrasco que estavam fazendo. – Às vezes ela não está ouvindo.
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  - É. Peraí. – ele corre até o segundo andar da casa e bate na porta do escritório dele. E agora de também. – ?
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  Sem resposta.
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  Abre a porta lentamente e vê o lugar com a luz apagada. não saíra dali o dia inteiro, sabia disso. Tinha certeza. Entra e vê a tela do computador da garota ligado, com ela adormecida em cima de seus braços. Sorri e segue até a garota, prestes a pegar ela no colo para levá-la para o quarto. Porém sem querer olha para a tela, lendo uma parte do que estava escrito:
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  “… Ele é tão adorável quanto imaginava, e é tão bom ter certeza de que ele é o cara que eu sempre sonhei. Se vocês estivessem aqui veriam o quão certa eu estou. é a pessoa mais adorável que vocês conheceriam, mesmo sendo um tanto anti-, parariam com essa crica ao conhecê-lo…”
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  Olha para e volta a olhar para a tela. Era uma carta? Pega a garota no colo e a leva para seu quarto, a deitando em sua cama e a cobrindo. Encara seu rosto e sorri. Não conseguia enxergar a mesma pessoa que via quando este corpo ainda era Natalie. Era uma nova pessoa. Como se ela tivesse nascido novamente. Segue de volta para a sala, avisando os amigos que desceria em cinco minutos. Se senta no lugar onde a garota estava sentada à pouco e encara o imenso texto que ela escrevera para as amigas.
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  “Hey, sou eu. Sei que pode parecer um absurdo escrever um diário com a idade que tenho. Mas eu preciso de alguém ou algo para dizer tudo o que tenho para dizer já que não tenho absolutamente ninguém com quem compartilhar tudo o que estou passando. Vocês duas ririam de mim se me vissem fazendo isso. Eu mesma rio de mim.
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  Como queria que estivessem aqui agora. Vocês, meu pai, meu irmão, Jack… Espero que estejam cuidando bem do meu bebezinho. Ganhei um novo, mas ele nunca será como Jack é para mim. Eu queria tanto juntar essas duas vidas numa só. Viver com vocês e ao mesmo tempo. Apresentá-lo ao meu pai e ao meu irmão.
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  Provar que não sou tão atraente e tampouco sociável como Natalie é. Não chego nem aos dedos de seus pés. Vocês definitivamente diriam que ela é uma puta sortuda, mas vivendo a vida dela… Eu apenas acho que ela é infeliz. Vivendo esse dia com a amiga dela, parece que todos que ela conhece a querem longe de e se ela não vai embora… Bom, eu só acho que talvez ela o amasse de verdade.
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   é demais, sabem. Ele é tão adorável quanto imaginava, e é tão bom ter certeza de que ele é o cara que eu sempre sonhei. Se vocês estivessem aqui veriam o quão certa eu estou. é a pessoa mais carinhosa que vocês conheceriam, mesmo sendo um tanto anti-, parariam com essa crica ao conhecê-lo de certo. Ele se preocupa comigo e com o meu bem estar. Não imaginava que ele fosse dessa maneira. Antes era tudo uma questão de imagem. Agora é diferente. Agora sei que ele é o cara pra uma vida.
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  Pareço uma idiota escrevendo isso, parecendo uma boba apaixonada. Mas cá entre nós: Eu sempre fora apaixonada por ele. Eu só deixei isso guardado e agora parece que tudo está voltando. Não é como se eu quisesse. não me ama da mesma maneira e nem mesmo à Natalie. Ele apenas está numa enrascada comigo. E tem de lidar com isso, assim como eu. Só não quer que tudo seja um inferno para mim.
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  Para melhorar tudo, ainda tem a questão do bebê. Eu nunca sequer pensei em me casar, quanto mais ter filhos. Como eu vou olhar para a cara da criança que sequer terá a minha cara? Eu não sei se vou conseguir fingir ser Natalie durante a educação de um bebê. Imagine minha estupidez com um bebê? Impossível. Não que eu não queira a criança… É uma situação tão esquisita. É como se… Você adotasse um bebê, mas tivesse de parí-lo. Imagine só, estar grávida sem transar. É um tremendo azar! Não que eu queira transar com . Não pensei nisso até agora, talvez seja porque fosse uma coisa que vocês duas falariam para mim. É tão típico de vocês! Eu só queria tê-las comigo na hora que ele ou ela nascesse. Dizendo que o bebê tem cara de joelho e que o choro irrita. E então eu diria que não é verdade e elogiaria o bebê com palavras ternas. Palavras que uma mãe diria.
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  Mal consigo imaginar a dor que vocês estão sentindo. Cuidem de meu pai, ele estava tão doentinho… E meu irmão. Nós já havíamos perdido minha mãe… E agora me perderam. Meu pai… Eu nem gosto de pensar em seu estado. Nos perder assim. Se eu estou em pedaços… Só espero que estejam cuidando bem dele. Ele é sensível, sabem.”
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  Ela provavelmente havia parado de escrever devido o sono. estava sério. estava tão preocupada. E ele achando que ela estava levando tudo bem. Sabia que ela não estava 100%, mas não achava que estivesse tão triste. Passa a mão pelo rosto e desliga o computador, dizendo para os amigos que iria fazer companhia para e que eles podiam dormir lá se quisessem. Segue até o quarto onde dormia com uma expressão serena. Sorri ao ver seu peito subir e descer. Se deita em seu lado e a abraça, acariciando seu ventre e adormecendo junto dela.
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Capítulo 8

  Ao abrir os olhos no dia seguinte, vê que não estava mais na cama. Respira fundo e se levanta, a procurando pelo quarto e não a achando. Vai até seu quarto e vê tudo da maneira que estava no dia anterior. Entra no closet de Natalie e ela tampouco estava lá. Pensa se ela teria saído e desce as escadas correndo, até ouvir risos vindo da cozinha. Ao entrar no lugar, a vê sentada com , e e esperando pelo café-da-manhã da empregada.
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  - Olha só a Bela Adormecida! Teve pesadelo? – ri da cara assustada de , que balança a cabeça.
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  - Não foi nada. Bom dia. – se senta ao lado de , que sorri e morde sua fruta. – Quer leite? – a vê concordar com a cabeça e pega a bebida para a garota.
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  - Já é a terceira metade do mamão que ela come. – diz mordendo sua torrada.
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  - Já é o quarto pedaço de pão que você come. – ela retruca e e riem. – Eu tenho que comer por dois, você não!
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  - Mas eu sou homem.
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  - O bebê é menino. – ela levanta os ombros, tirando risadas agora de e das empregadas também. – Eu como pouco, na verdade.
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  - Come mesmo. – a mulher diz. – Faço uma panelada de comida e ela não come nem uma pratada. Sempre na dieta.
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  - Acho que deveria parar agora que tem outra pessoa dentro de você. – diz e revira os olhos.
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  - Eu mal me acostumei a ser saudável, não me atice.
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  - Você pode dar a desculpa de que tem de se alimentar por dois.
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  - Não vão me dar desconto, sabem? – ela diz com a boca cheia de fruta.
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  - Tudo bem, você pode inventar uma briga e dizer que não quer nunca mais ver nenhum deles. – sorri e todos riem. – Vocês riem, mas eu estava falando sério!
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  - Tá bem, . Chega. – diz tentando parar de rir. – Kourtney não vem hoje?
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  - Amém. – balança a cabeça. – Vai passar algumas semanas em Vegas. Dei a desculpa da gravidez.
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  - Você usa essa desculpa para esses motivos bestas… – resmunga e leva um tapa de que estava ao seu lado.
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  - Então, fiquei sabendo que você gosta de escrever. – o amigo puxa um assunto com a garota que começava a comer o quarto pedaço de mamão. A vê concordar com a cabeça. – O que escreve?
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  Ela diminui as mastigadas e olha para a bancada pensando se deveria ou não contar. nada diz, não contaria a que lera o que ela escrevera na noite anterior.
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  - Algumas dissertações apenas.
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  - Sobre o quê? – tenta interagir na conversa.
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  - Hm… Bom, não é nada.
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  - Ela não quer falar sobre isso, não estão vendo? – taca o miolo do pão nos amigos.
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  - Bom, eu estava escrevendo um livro antes de sofrer o acidente. Sobre amor platônico.
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  - Mesmo? Você quer lançar um livro então?
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  - Bom… É. – ela deposita a fruta na mesa. – Pode ser que demore agora que eu tenho de recomeçar tudo e pensar no que escrever, mas como eu não preciso mais trabalhar…
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  - Você trabalhava com o quê? – a corta.
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  - Hum, num mercado. Era do meu pai e… Bom, ele é velho e meu irmão acha que vai ser tão bom quanto Steven Jobs. Não é como se eu tivesse muita escolha.
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  - Seu pai não queria que você fizesse o que queria fazer?
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  - Querer ele queria, mas como ele estava constrangido devido a perda da minha mãe… Bom… Ele só queria me ver por perto. – ela abaixa a cabeça e ao seu lado faz sinais para mudarem de assunto.
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  - O que quer comer no almoço, senhorita Villa? – a cozinheira os ajudam, recebendo um sorriso do patrão. ainda olhava para baixo.
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  - … – coloca a mão em seu ombro a fazendo o encarar. – Ela fala com você.
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  - A-ah… Sim, sim. Desculpe. Eu só não me acostumei ainda com o sobrenome. – e solta uma risada sem graça. A mãe de dissera que seria uma boa ideia que seus empregados soubessem da situação para que tratasse melhor e que ela pudesse ser ela mesma dentro de casa. Ninguém gostava de Natalie ali. E o segredo deveria ser mantido apenas dos familiares e amigos de Natalie. – Bom, eu como de tudo…
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  - Mas a senhorita pode escolher. – a mulher diz sorrindo. – Não está com vontade de comer nada?
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  - Acho que todo mundo acha que esse negócio de vontade é verdade. – ri.
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  - Ah, mas é verdade. – a empregada retruca. Todos a olham. – Quando eu estava grávida de minha Maria, eu tinha vontade de comer o galão de barro que havia na casa de meus pais. E a taça de vidro.
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  - Uou. – diz boquiaberto.
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  - Bom… Eu não estou com vontade de comer nada. – levanta os ombros. Todos a olham. – Não me pressionem… Ah, estão vendo? Agora estou pensando em comida! – tira a risada de todos.
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  - Pode dizer, nós iremos nos esforçar.
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  - Quero algo gorduroso.
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  - Do tipo, batata frita com hamburguer e refrigerante?
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  - Isso! – ela aponta para , que ri.
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  - Tudo bem, vou pedir para trazerem o pão de hambúrguer. – a empregada sorri e olha para , que concorda com a cabeça, lhe dando permissão para encomendar as comidas. Olha para , e , que conversavam com .
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  - Até quando vão ficar?
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  - Êêê , pelo menos disfarça! – reclama.
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  - Não tem jeito melhor de nos mandar embora não? – faz uma careta e ri.
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  - Estou só perguntando para Dana saber o quanto encomendar, mas que bestas vocês.
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  - Bestas… – resmunga. – Ensina ele a ser sensível, .
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  A garota ri e balança a cabeça:
  - Não me coloquem no meio.
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  - Sabe, , acho que vou ficar aqui por um tempo sabe, agora que estamos de férias e temos de compor… – levanta os braços se espreguiçando. – Sua casa é pura mordomia, saca? Lá em casa eu tenho que preparar a comida e eu estou cansado de comer Cup Noodles.
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  - O problema maior é quando a empregada falta e é dia do lixeiro. – faz uma careta. – Nunca vi suas empregadas faltarem, aonde conseguiu elas?
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   ria com os amigos, óbvio que a casa dele era tão organizada quanto a de , mas gostava da companhia dos amigos. Então em um momento de silêncio, olham para que encarava o lado externo da casa.
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  - Aconteceu alguma coisa? – pergunta para a garota, que o olha saindo de seu transe.
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  - Não… É só que… Bom, eu fiquei com vontade–
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  - Não é que Dana tem razão? – a corta apontando para a garota.
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  - Deixa ela falar, . – lhe dá um tapa no ouvido. – Continua , está com fome?
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  - Não, não. Eu fiquei com vontade de tomar sol ali. – e aponta para uma das espreguiçadeiras do jardim de . – Eu nunca gostei de tomar sol.
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  - Talvez seja o seu corpo acostumado pedindo. – levanta os ombros. Ela concorda com a cabeça e se levanta:
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  - Vou lá então.
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  - Quer ajud…
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  - Está tudo bem. – ela sorri para , que nada mais diz, apenas a vendo sair da cozinha.
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  - Ela parece estar bem. – sorri para os amigos que concordam com a cabeça. abre um pequeno sorriso. Ele sabia que ela não estava nada bem.
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Capítulo 9

   passara a manhã inteira até às 11:30 quando dissera que o sol a essa hora fazia mal à pele. Subira para um banho então e ao sair resolve se deitar na cama. Havia acordado com lhe abraçando e por um momento se assustara. Não se lembrava o que havia feito no dia anterior e não se lembrava de ter sido acompanhada por até seu quarto. Resolvera não tocar no assunto com o garoto. Não saberia o que dizer. Fecha os olhos vendo as imagens de seu pai, irmão e amigas. Estava com saudades. Gostava da companhia dos meninos e das empregadas, mas era óbvio que todos faziam falta. Sente uma mão retirar seus cabelos de cima de si e serem jogados para a cama delicadamente e abre os olhos lentamente, vendo ajoelhado ao seu lado no chão. Nada dizem, apenas travam seus olhares e se mantêm daquela maneira. Ele abre um pequeno sorriso a fazendo ficar confusa.
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  Até que ele se levanta, e se senta na borda de sua cama, a fazendo se afastar um pouco para que ele se deitasse em seu lado. Depois disso ela não se movimenta mais, trocando os olhares com que encarava tudo em seu rosto. Levanta sua mão e toca no rosto da garota, que fecha os olhos:
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  - Sabe… – ele sussurra. – Agora quando olho para você… Eu não vejo Natalie. – ela abre os olhos surpresa e vê que seu sorriso continuava sereno. – Eu vejo você.
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  Ela abre a boca pasma com o comentário do garoto que ainda mantinha seu sorriso firme em seus lábios.
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  - Agora sou eu quem não quero me desgrudar de você. – ele diz encostando sua testa na dela. sorri timidamente e fecha os olhos, então se aproximando de e se aconchegando.
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  - NATALIE! – ouviam no andar de baixo. arregala os olhos e fica sério olhando para a porta. – NATALIE VILLA, DESÇA AQUI IMEDIATAMENTE! – a voz estridente da mãe da outra garota soava pela casa inteira.
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  - É melhor eu ir. – se levanta e a segura.
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  - Quer que eu vá?
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  - Não, está tudo bem. – ela diz caminhando na frente do garoto até o primeiro andar da casa e vendo a mãe com um tom de pele púrpura.
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  - Não precisa gritar, não sou surda! – ela diz se aproximando da mulher que estava furiosa. Se aproxima da falsa filha e pega em seu braço, tendo atento às suas ações. Levanta a blusa da garota.
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  - COMO É QUE VOCÊ PODE FAZER ISSO COM A SUA MÃE, NATALIE? – ela apontava para o ventre da garota, que arregalava os olhos. , e olhavam para cena num canto da imensa sala. – COMO É QUE PÔDE ENGRAVIDAR DELE? – e aponta para desprezível.
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  - Quer parar de berrar? – rapidamente se recompõe. – Kourtey é uma fofoqueira.
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  - ELA FEZ O QUE É CERTO! MAS VOCÊ VAI SAIR DAQUI AGORA…
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  - Hey, hey! – a intervém. – Não vai levá-la.
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  - E desde quando você se tornou tão apegado à Natalie, ? – a mãe dizia séria. – Eu sempre disse que você era um traste, mas ela nunca me ouviu, essa tola. – e aponta para a filha. – Agora olha só o que fizera com a minha menina. A ESTRAGARA! Seu lindo corpo! Como é que ela vai voltar a ter aquele corpo de antes? Hein?
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  - Deixe que ela decida por ela. – diz sério.
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  - Eu vou ficar. – diz decidida.
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  - Mas não vai mesmo! – a mulher diz pegando em seu pulso. – Vamos embora daqui, Ian está esperando no carro.
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  - Eu não vou! – diz mais alto. – Aqui é onde eu moro!
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  - Você mora na sua cobertura.
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  - Eu não moro lá! A senhora sabe muito bem disso! Eu moro aqui com ! – e se solta da mãe, indo até , que passa o braço pelos ombros da garota.
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  - Deixe de ser tola, menina! Tudo o que ele fez fora te esnobar, usar você como imagem ao seu lado e estragar o seu corpo! Você precisa de um homem que preste!
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  - Pare de se intrometer na minha vida! Eu sou dona dela e faço o que quiser!
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  - Já conversamos sobre suas rebeldias, Natalie. – a mulher dizia mais baixo. – Não quer ir no Dr. Kalugan novamente, não é?
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  - Não me amola. – diz sem paciência de encarar as futilidades da mulher e lhe dá as costas, subindo as escadas e ignorando os berros da mãe de Natalie. – Mas que inferno. – murmura assim que entra em seu quarto e volta a se deitar em sua cama. Alguns minutos depois entra e vai até ela.
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  - Está tudo bem? – ele pergunta baixo a analisando.
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  - Só um pouco estressada. – ela diz de bruços com a voz abafada pelo travesseiro.
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  - Não pode se enervar muito, sabe disso. O bebê…
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  - Eu sei, eu sei. – ela o corta. – Mas é que eu acho que se segurar, ele vai sentir mais entende? Eu não quero ter de encarar isso durante a gravidez.
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  - Não vai. – ele sorri. – Vamos tentar evitar isso, ok? – ela concorda com a cabeça, sentindo a mão de em sua cabeça, fazendo carinho. – Ela foi embora, vamos descer para comer algo, anda.
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  - Não estou com fome. – ela murmura e respira fundo.
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  - , você não pode ficar sem comer. E nem o bebê.
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  ”Mas que droga.” Ela pensa. Agora tinha que comer quando não estava com fome só por causa do bebê. Bufa e se levanta, tendo sempre as mãos de a postos para ajudá-la. Se dirigem para o primeiro andar onde os amigos já comiam seus hambúrgueres. se senta na bancada e sorri para a cozinheira que elogiava o próprio alimento. Ao colocar o prato em sua frente, não demora muito da garota não estar mais sentada e sim no banheiro, vomitando todo o conteúdo do café da manhã.
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  - Acho que foi o queijo. – diz para , que estava atrás da garota, segurando seus cabelos. A empregada logo chega com uma toalha e pasta de dente para que ela escovasse seus dentes assim que parasse de vomitar.
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  - Provavelmente foi o queijo. – a cozinheira diz e suspira. – Tenho de preparar coisas menos fortes para ela.
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  - Está tudo bem? Quer ir para o quarto? – pergunta para que concorda com a cabeça. – Vamos lá. – ele a pega no colo e sobe com a garota até seu quarto. – Vou ficar um pouco com ela. – diz para os amigos que fecham a porta de seu quarto.
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  - Eu nunca senti isso na vida. – ela murmura exausta. – Preciso escovar os dentes.
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  Ele a ajuda a caminhar até o banheiro. Vê a expressão agora pálida de .
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  - Acho que isso irá acontecer com frequência agora. – ele diz incerto e a vê concordar. – Dana irá fazer coisas mais leves para você. Não quer comer algo? – ele pergunta ao vê-la voltar para a cama.
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  - Não. – diz fraca. – Acho que vou dar um cochilo.
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  - Tudo bem, vou pedir para ela deixar algo pronto para você quando acordar. – ele sorri carinhoso e arruma o lençol que a cobria, então acariciando sua bochecha e se dirigindo para fora do quarto.
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  Assim que se retira, fecha seus olhos e suspira ao mesmo tempo pensando no que tinha de fazer. A mãe de Natalie provavelmente voltaria para levá-la para longe de e ela não podia em hipótese alguma se afastar nem dele e nem de nenhum dos amigos dele. Eram os únicos que sabiam da verdade. Murmura coisas sem nexo e se vira, abraçando o travesseiro e descansando.
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  - Sabe o que eu acho, ? Agora que estamos de férias, poderíamos mesmo viajar. Aproveitamos e deixamos longe da família dela. – diz sabiamente.
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   o olha iluminado. Ele tinha razão. Viajar seria ótimo para .
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  - Ela está grávida e sensível, não pode ir pra qualquer lugar e vomitar em tudo o que ver pela frente. – diz sério.
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  - É só a gente alugar uma casa em algum lugar… – levanta os ombros.
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  - Acho que vou fazer isso. – diz com a mão no queixo. – Vou falar com ela sobre isso.
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  Os quatro ficam calado, cada um com seus pensamentos, até finalmente dizer:
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  - Eu acho que você está apaixonado por ela.
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  A reação fora unânime. e começaram a falar ao mesmo tempo concordando com e arregalara os olhos abrindo a boca para retrucar, porém nada saíra.
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  - Fala sério, . Você gasta 25 horas do seu dia com . Eu quero saber o que vai acontecer quando entrarmos em turnê…
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  - Ela vai junto, oras. – o garoto corta o amigo. Os três o olham sérios. – O quê?
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  - Você já pensou até nisso?
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   abre a boca mais uma vez e fecha a cara.
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  - Olha, não estamos descriminando nem nada, é uma boa se apaixonar por ela já que você vai ter de ficar com ela tipo, pra sempre, por causa da gravidez e tudo mais. – diz sendo apoiado por e . – Mas você está meio que obcecado por ela agora. Discretamente, mas está.
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  - Eu não estou obcecado por ela. – suspira cansado. – Eu só acho que ela não irá se acostumar com essa vida se eu ficar longe dela e deixá-la descobrir tudo por si só.
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  - Ponto. – aponta para o amigo.
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  - A sorte de vocês é que ela está no corpo de Natalie que não trabalha e não faz nada mais do que ficar atrás de você. – coça a nuca. Isso ninguém retrucara. Era verdade.
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  - E cadê o cachorro dela? – coloca os braços atrás da cabeça na espreguiçadeira do jardim de .
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  - Chega só daqui a uma semana, tem de comprar tantos meses lá.
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  - Ela está de quantos meses?
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  - Quase cinco.
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  - Uau. – diz surpreso. – Depois que você comentou sobre isso que eu percebi como a barriga dela havia crescido.
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  - Você está animado? – pergunta e levanta os ombros.
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  - Com tudo o que está acontecendo, a gravidez dela é o menor problema.
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  - É, você verá isso quando ela estiver beirando os sete, oito meses. Já a levou ao médico?
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  - Liguei para minha mãe pedindo para ela ver tudo isso para mim. Não tenho a menor noção do que fazer.
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  - É verdade, sua mãe ficou como?
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  - Bom, ela só disse que o bebê teve sorte de isso ter acontecido, porque senão ele seria outra merda no mundo.
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  - Eu amo a falta de papas na língua da sua mãe. – ria do comentário. abre um sorriso.
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Capítulo 10

  Toc Toc

   ouve enquanto ainda estava no seu sono. Suspira e ouve novamente alguém bater na porta. Desta vez ela se abrira e ela tivera de abrir seus olhos e ver com uma bandeja na mão.
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  - Trouxe uma sopa para você. – ele se aproxima e deixa a bandeja em sua frente ao vê-la se sentar. – Melhor?
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  Ela concorda com a cabeça e respira fundo arrumando seu cabelo. Começa a tomar a sopa lentamente.
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  - Sabe, deu a ideia de nós irmos viajar agora que estamos de férias. Vai ser melhor para você se manter longe da família de Natalie.
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  Mais uma vez concorda com a cabeça.
  - Minha mãe marcou um médico para você. Ver se está tudo certo e tudo mais. – ele aponta para o ventre de .
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  - Obrigada. – ela escolhera responder dessa vez para não parecer desinteressada.
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  - Por nada. – ele responde a olhando. Ficam calados. – Você quer escolher o lugar para ir?
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  - Eu só prefiro um lugar quente, sabe. Estou começando a me sentir gorda e lugares frios exigem excesso de roupa…
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   solta uma gargalhada.
  - Tudo bem, vou falar com os caras.
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  Ficam um tempo em silêncio até que termina de tomar sua sopa. Ela sorri para que sorri de volta e pela primeira vez encarara os lábios de Natalie. Engole seco e ruboriza ao perceber. Limpa a garganta.
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  - Acho que vou tomar um banho. – ela aponta para o closet e concorda rapidamente.
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  - Pode usar esse banheiro se quiser. – diz retirando a bandeja da frente de .
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  - Obrigada. – ela sorri sem graça e se levanta rapidamente, entrando no closet de Natalie para pegar uma roupa. Fecha a porta e em seguida os olhos, suspirando. Balança a cabeça.
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  - Foco, . Foco. – murmura para si mesma.
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  Três dias haviam se passado. estava ótima agora que já havia ido ao médico e ele dissera que estava tudo perfeitamente bem. e os amigos haviam alugado uma casa em Los Angeles, gostavam da Califórnia. Ficariam por lá durante duas semanas, o tempo que a banda tinha de férias até voltarem para o estúdio. ajudava a fazer suas malas, quando ouvem a porta do closet se abrir:
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  - Eu. Não. A-cre-di-to! – ouvem uma voz e rapidamente os dois olham para o local, vendo uma garota magra e alta, seus cabelos longos e o corpo tão bronzeado quanto o de Natalie. Era impossível não reconhecer Sharon, a irmã mais nova da falecida. – Meu Deus, você está mesmo muito grávida.
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  - Não sei como você conseguiu dizer que estou muito grávida. – diz voltando a atenção para as malas. – Estar grávida significa estar grávida, não se fica mais ou menos grávida.
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  - Não seja ignorante, Natalie. – a garota adentra no closet e sorri para . – Oi, cunhadinho.
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  - Sharon. – ele diz em cumprimento.
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  - Mamãe está aí com Ian. – a garota diz passando os olhos pelo closet. – Você fez compras ultimamente? – e pega um vestido florido da Lelis Blanc. – Isso está tão estação passada!
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  - Sharon, eu estou grávida. Você acha que eu vou sair e comprar diversas roupas assim?
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  - Tem razão. Deus, que vergonha. – a irmã diz olhando para a mais velha.
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  - Eu não acho uma vergonha. Até que estou gostando. – diz séria. A garota era mesmo uma sem cérebro.
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  - Como pode estar gostando da ideia de ficar gorda e fazer um bebê sair pela sua vagina atolado em sangue e vindo com aquele choro irritante? – a menina pergunta horrorizada.
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   não sabia o que dizer. Olha para e então sorri para Sharon:
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  - Você me entende. – e faz carinho na perna do garoto que a olha confuso. Sharon solta uma risada.
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  - Você é a melhor sis.
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  - Eu sei. O que mamãe faz aí com Ian?
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  - O que acha? Levar você para nossas férias na França, claro. – ela diz séria. – Imagino que seja por isso que esteja fazendo suas malas.
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  - Na verdade, não. Vou viajar com .
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  - Não, você vai para Mônaco com a gente. Se bem que poderia ser uma boa. Aquela velha chata que só gosta de você irá ter finalmente um ataque do coração e morrer.
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  - Não diga besteiras. – diz.
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  - Você sempre fica assim quando falamos da vovó. Natalie, todo mundo sabe que ela só gosta de você.
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  - Claro que sim. – olha para , que levanta os ombros indicando que não estava a par de nada disso.
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  - A vovó é mãe de quem mesmo?
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  - Caramba, sua pancada fora feia, você nunca fora de esquecer as coisas.
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  - Eu não preciso de alguém me lembrando a cada cinco minutos do meu acidente, obrigada.
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  - Tá, tá. Mãe do papai, claro.
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  - Claro. Por que é que ela ia amar apenas a mim… – diz irônica para si mesma. – Enfim, desça e diga que eu não vou.
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  - E encarar a fúria de Laura Villa? Não, obrigada. Posso ficar com isso? Obrigada. – a garota coloca uma encharpe em sua enorme bolsa Gucci. – Além do mais, Oliver e Blake estão aí. Eles são capazes de destruir essa casa se você não for. Odeio a maneira que eles são apegados à você.
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   olha para perguntando quem diabos eram Oliver e Blake e o garoto apenas mexe a boca sinalizando um ‘irmãos’.
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  - Eles estão aí?
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  - Por que é que você demonstra interesse quando falam neles e não quando eu estou aqui?
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  - Oras, você eu posso ver sempre. – se levanta. balança a cabeça para que ela não fosse para baixo, mas era tarde demais, Sharon já havia grudado na irmã.
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  - E mesmo assim você ainda não me convidara para morar com você na sua cobertura.
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  - Sharon, não sei se você percebeu, mas eu estou morando com agora.
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  - É, mamãe comentou algo sobre isso durante os gritos dela semana passada. Na verdade ela só sabe gritar sobre como você é tola e tudo mais.
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  - Você tem que parar de prestar atenção no que ela diz.
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  - Acredite, é impossível ignorar uma louca berrando coisas em seu ouvido. – a garota puxava para o andar de baixo.
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  Era uma cena inédita. Na verdade, não tanto. Dois garotos idênticos corriam pela casa, fingindo estarem em uma batalha naval, a mãe de estava com seus óculos de sol e os braços cruzados, acompanhada de um homem um tanto pançudo, mas com um ar eu-sou-rico-e-foda.
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  - Natalie, preciosa! – o homem diz sorrindo e abre os braços. Sem saber o que fazer, segue até ele e o abraça, o que faz os gêmeos pararem de correr e sua família a olhar espantados, inclusive o próprio homem.
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  - O que foi?
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  - Por que você o abraçou? – Sharon pergunta enojada. – Você nunca tocou nele.
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   nada diz. Olha para que não sabia o que fazer, muito menos , ou . Suspira e fecha os olhos:
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  - Eu não posso mais nem receber um abraço do meu padrasto quando eu estou grávida, mas isso…
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  - Não, não, não, meu amorzinho, Sharon é uma insensível, é claro que você pode abraçar Ian quando quiser. – Laura interrompe a filha. – Desculpe ter gritado com você meu amor, mamãe não quis fazer isso.
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   não responde. Lidar com aquela família era mais fácil do que imaginava.
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  - Prometo me controlar, já que quer ter essa aberração deste traste… Mamãe vai se esforçar. – ela olha feio para , que se mantém sério.
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  - Vim avisar que vou para…
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  - Sua avó está tão animada! Não para de dizer que finalmente o verão chegara para você ir para lá visitá-la. A cada ano aquela velha anda mais solitária. Obviamente apenas você e seus irmãos ficarão lá. Ian e eu vamos fazer um cruzeiro até a Grécia.
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  - Natalie! Natalie! – os irmãos gritavam seu nome e os olham. Eram meninos lindos, deveriam ser a cara do pai, já que não pareciam nada com a mãe. Sorri. – Nós vamos naquele parque em Saint Monica, não é? Você prometeu ano passado!
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   abre a boca, não sabia o que responder. Olha para , que sabia que ela estava em dúvida. Suspira.
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  - B-bom… Eu…
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  - Tudo bem, . – diz. – Você pode ir, não há problema.
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  - Agora você manda nela? – Laura diz estupidamente.
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  - Mãe. – diz. – Eu havia feito planos com .
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  - Não sei por quê. Você sabe que férias de verão dos seus irmãos é época de ir para a França.
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  - Por que ele não vai junto? – Sharon o olha sorrindo maliciosamente. – Vovó sempre pergunta por ele mesmo. Não sei por que você nunca o levou.
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  Ninguém ousa dizer nada. olha para .
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  - Acho melhor não. – ela responde, o fazendo ficar ainda mais sério.
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  - Oras, vovó vai querer conhecer o pai do seu filho, não? Todo esse negócio protetor de insistir em dizer que ela se preocupa como uma mãe, já que nossa mãe não faz isso.
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  - Não diga absurdos, Sharon! – Laura diz enervada. – Se esse traste quer ir, que vá! Apenas ande logo, o vôo sai em duas horas e meia e precisamos estar no aeroporto. Rápido, rápido. Esperamos no carro, vamos Ian. – ela dá as costas sem se despedir de ninguém.
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   olha para , que olha para os amigos.
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  - Acho que vai ser bom se eu for. – ele diz baixo.
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  Ela nada faz além de lhe dar as costas e subir.
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  - Vamos pegar nossas malas. – ele diz para Sharon, que levanta os ombros e chama pelos irmãos, que correm até ela. Assim que os vê sair da casa, olha pesaroso para os amigos.
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  - Está tudo bem, , anda logo. – sorri para o amigo, que agradece. – Nós vemos tudo de vocês, cancelar e tudo mais.
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  - Valeu. – ele sorri e segue para o andar de cima e fecha a porta atrás de si. estava sentada séria.
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  - O quão ferrados estamos?
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  - Muito ferrados.
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  Ela olha para o chão e seus olhos lacrimejam.
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Capítulo 11

  - Você cuida dos seus irmãos, não é querida? – ouvia Laura dizer abanando seu rosto com o leque. – Este calor está insuportável, Deus do céu, nós saímos do deserto para ir ao inferno.
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  - Mamãe, porque a senhora não vai logo embora? – Sharon diz retirando os fones do iPods do ouvido. – A senhora sabia que o bebê escuta tudo o que falamos? É bem capaz dele nascer a odiando de tanto que resmunga perto dele.
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  - Deixe de ser estúpida, menina. Vá comprar alguma revista para ler no avião. – a mulher diz severa e então vira sorrindo para , que estava sentada calada com ouvindo toda a discussão. – Qualquer coisa, é só recorrer à governanta da casa. Sabe-se lá o quão gagá aquela mulher está, então não dê sorte para o azar, certo?
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  - Mãe, eu sei me cuidar.
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  - Claro que sabe, meu bem. – ela sorri e olha para . – Veja se tenta não estragar mais a vida dela.
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  Ele nada diz. Vê a sogra lhe dar as costas e acenar para os dois filhos, mandando beijos ao ar e saindo andando com Ian acenando para todos com seu sorriso de sempre.
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  - Natalie! Natalie! Podemos ir naquela loja de doces antes de entrar no avião? – ela ouvia os gêmeos lhe perguntarem animados.
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  - Vocês estão loucos? – Sharon diz nervosa. – Natalie está cansada, vocês deveriam ajudá-la, não tentar ativar suas hiperatividades. Ela anda meio lerda da cabeça, lembra?
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  - Desculpa. – os dois falam mais baixo agora.
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  - Você quer alguma coisa? – Oliver, que tinha mais sardas que Blake, pergunta.
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  - Não, está tudo bem.
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  - Ele chuta? – Blake se aproxima da barriga de .
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  - Ainda não. Ele ainda é um feto.
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  - O que é um feto? – Oliver pergunta se sentando no lado da irmã mais velha.
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  - Não faça perguntas difíceis. – ela responde mesmo sabendo a resposta. Era tão fácil ser burra!
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  - Como é que ele foi parar aí? – fora a vez de Blake.
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  - Eles transaram. – Sharon responde colocando um chiclete na boca.
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  - Como você e Ethan?
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  - É, por aí.
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   os olha horrorizada.
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  - Você transa na frente dos dois?
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  - Claro que não, mas que idiotice seria. – Sharon olha para . – Você já me disse que é errado, lembra? Desde George. Eles quem vem bisbilhotar. E eu não vou parar o sexo pra tirar esses dois do meu quarto.
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  - Deus, que absurdo. – diz mais baixo.
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  - Desde quando você é tão religiosa assim? – Sharon a encara desconfiada. a olha sem reação. Abre a boca, mas nada sai, até a salvar:
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  - É apenas uma forma de expressão. – ele diz calmo. – Por que vocês não vão comprar alguma coisa antes de entrar no avião? Ainda falta uma hora. – ele retira a carteira e os gêmeos o ignoram.
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  - Mamãe disse para não falarmos com você. – Blake diz sério.
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  - Por quê? – pergunta séria.
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  - Ela disse que podemos pegar a doença dele e virar um traste.
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   e olham para os gêmeos surpresos.
  - Mamãe não sabe o que fala. – murmura nervosa. – Traste é o que Ian é. Eu não ficaria com um traste, vocês sabem disso.
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  - Mas ela é a mamãe.
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  - E eu sou eu. Vai obedecer à quem? – ela olha para os dois, que encaram a barriga dela e pegam a nota da mão de e saem correndo. Sharon encarava . – O que foi? Você tem seu cartão, imagino.
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  Ela nada diz, apenas lhe dá as costas e se afasta dos dois. solta os ombros e fecha os olhos, sentindo o braço de ao redor de si.
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  - Fica calma.
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  - Missão impossível. – ela murmura e ele solta uma risada. – Sabe, acho que Sharon é mais inteligente do que pensam.
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  - Impossível. Eu mal a imagino com alguma linha de raciocínio.
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  Os dois riem.
  - É sério. – o olha. – Eu não sei, deve ser um sexto sentido, mas eu sinto que ela desconfia de mim.
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  - Relaxe e não pense mais nisso, tudo bem? Não faz bem a você. E nem ao bebê. – ele coloca a mão pela primeira vez no ventre de , afazendo corar e sorrir sem graça, abaixando a cabeça. Sente os lábios de em sua cabeça e encosta em seu peitoral.
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  - O que acha de nós irmos à praia assim que chegarmos? – Sharon dizia para todos que estavam dentro da enorme limusine que haviam ido os pegar no aeroporto.
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  - Não! Natalie vai nos levar no parque! – Blake diz pulando sentado no banco do carro e Oliver o imita. Sharon revira os olhos.
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  - O parque fica ao lado da praia, seus bestinhas.
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  - Não sou bestinha!
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  - Ééé, nem eu!
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  - Vocês sabiam que tudo isso faz mal para mim? – fala com os olhos fechados encostada em , que sorri.
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  - Desculpe. – os gêmeos dizem se calando.
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  - Faz mal à você ou ao bebê? – Sharon pergunta com um sorriso nos lábios.
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  - À mim, claro. – não hesitou em dizer.
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  - Ta, ta. – ela balança o braço. – Outro dia vocês levam esses pirralhinhos ao parque, hoje vamos à praia, certo?
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  - Vamos ver. – fazia massagem em suas têmporas. Estava cansada de Sharon, como é que iria fazer para aguentar a garota a todo tempo atrás de si ela não sabia, mas precisaria encarnar Natalie. E isso não andava nada difícil.
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  - Minha neta favorita!
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  - Ah, muito obrigada pela consideração, vovó! – Sharon diz revirando os olhos enquanto a mulher se dirigia direto para , que abre um sorriso e troca dois beijinhos com a mulher. – Me disseram que está grávida. Mas que divindade!
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  - O quê? A senhora não pode estar falando sério? Meu Deus do céu, é meu eu sair daqui antes que vomite com toda essa besteira. – Sharon diz mais alto, dando as costas a todos e voltando para o lado externo da casa.
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  - Não ligue para essa mal educada, é a cara da mãe, eu sempre disse desde que nascera. Mas você não, querida. Sempre fora filha do meu filho. Legítima. – ela dá dois tapinhas na bochecha de , que mantém seu sorriso. Vê a mulher então olhar para atrás dela. – Este, imagino, é o pai, certo?
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  - Certo.
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  - Se aproxime, meu bem. Não quer me fazer caminhar até aí, não é?
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  - Não senhora. – ele sorri e abraça a velhinha que mantinha seus braços abertos para ele. – Muito prazer, .
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  - Com prazer é mais caro, meu amor. – ela sorri e se vira. – Estão com fome?
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  - Eu estou! – Blake grita para a avó e corre até ela, pegando em sua mão.
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  - Sem gritar, Oliver. Mas que coisa! – a avó diz mais nervosa. – Pelo menos estes dois dá tempo de dar um jeito na educação. – ela resmunga indo para a cozinha. – Deixem suas malas aí. Morgan irá levar para seus quartos. – ela diz agora mais alto.
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   e se entreolham e ela espontâneamente pega em sua mão, o fazendo apertar, indicando que estaria do lado dela. Caminham então até uma enorme cozinha moderna, onde várias pessoas caminhavam de um lado para o outro. sorri para todas, que não sorriem de volta para ela.
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  “Devem me odiar também.” pensa logo.
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  - Vocês viram como está linda? A gravidez só está fazendo bem à ela. Provavelmente será como eu, que não engordou muito. Que bela, que bela. – a avó se gabava da neta para todas as empregadas que estavam presentes. – Você sabe como eu gosto de ver a casa movimentada, não é querida? Você sabe bem como é isso. Há muitas delas na sua?
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  - Claro, vovó. – responde pegando um sanduíche natural da travessa de uma das empregadas, que a olha ainda mais feio. – Obrigada. – sorri para ela e lhe dá as costas. A avó finge não ver, já estava acostumada com o comportamento da neta.
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  - Não ligue para todas elas, apenas não gostam de ver uma jovem linda como você ter toda essa mordomia que tem. – ela caminha para o jardim imenso, onde havia uma piscina gigante e um chafariz dentro dela. – Os mais simples sempre nos invejam, querida.
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  - A senhora sempre diz isso, vovó. – chuta uma frase e a mulher solta uma gostosa gargalhada.
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  - São coisas que não devemos nos esquecer, afinal. Mas sentem-se, sentem-se.
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  - Podemos entrar na piscina? – Oliver pula do lado da avó que coloca a mão na altura do coração, fechando os olhos e pedindo por paciência.
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  - Não façam isso com a vovó. – diz censurada. – Não vê que ela não pode tomar sustos?
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  - Desculpe vovó?
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  A mulher apenas balança a mão.
  - A piscina é dela, peçam permissão à ela.
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  - Vovó, podemos entrar na piscina?
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  - Vão logo, vão logo. E não entrem em casa molhados. Não sabe o quanto me custou este piso. – ela diz agora para os dois sentados à sua frente, ignorando os dois que correram para dentro da casa. – Me conte, querida. De quantos meses está?
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  - Hum, estou indo para o quarto mês.
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  - Quarto, mas já? Eu disse que não irá engordar muito. – ela sorri e dá dois tapinhas no rosto da neta. – Mas coma, coma, querida. Não queremos um bebê desnutrido. Assim que soube que estava grávida, mudei todo o cardápio de casa. Sei que gosta de valorizar o seu belo corpo, mas não devemos deixar de lado a saúde da criança, não é?
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  - Claro vovó, tem toda a razão.
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  - E você, querido? Trabalha com o quê?
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  - Música.
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  - Música? Oras, achei que tinha saído deste ramo. – ela olha surpresa para , que cora com .
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  - Ele ganha bem.
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  - Bom, pode ser. Espero que seja o suficiente para você e a criança. Já sabem de que sexo irão querer?
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  Os dois se entreolham. Nunca haviam pensado nisso.
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  - Bom…
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  - Vocês sabiam que quando um casal deseja muito um sexo para o bebê, Deus concebe seus desejos?
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   não queria falar. Sempre que brincava com as amigas que se casaria com , pensava em uma bela menina, parecida com ele. Seu sorriso, seu modo de andar, sua animação para fazer tudo.
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  - Eu sei que você sempre quis uma menina, Natalie. – a avó pisca para , que sorri sem graça. – Para poder mimá-la e vesti-la com roupas lindas.
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  - Claro. Seria ótimo passar meu tempo comprando roupas para ela.
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  - Claro que seria. Aqui na França há diversas lojas infantis maravilhosas, você sabe. Apenas não dava muita atenção porque não pensava em entrar numa dessas tão cedo. Mas eu sei, querida, porque quando era menor, eu amava comprar roupas para você, já que sua mãe tinha um péssimo gosto para se vestir.
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  - Não mudou muito. – pelo menos nisso fora sincera. A mãe era uma peruona. Vestindo sempre roupas estravagantes e achando que tinha vinte anos menos do que possuía.
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  - Pau que nasce torno, nunca se endireita. Nem com a medicina avançada que temos. Mas me conte sobre vocês, como se conheceram?
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   não sabia responder essa. Sorrira e olhara graciosa para , rezando para que ele se tocasse que era a vez dele falar. Não demorou nada para ele acariciar as costas dela e começar a contar sua história, para as duas:
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  - Natalie estava com o credencial de um show da banda que eu faço parte. Nós passamos a conversar. De início eu achava que ela era apenas mais uma garota querendo ter uma amizade com um cara de uma banda. Mas não foi assim, ela mostrou que não era qualquer uma e que era muito mais que isso.
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  - Oh, mas que lindo. – a mulher sorria. – Gosto de homens assim, querida, que percebem nosso valor assim – e estala os dedos. – num piscar de olhos. Seu avô não era assim, infelizmente, e mais infelizmente ainda, seu pai o puxara. Mas do que irei reclamar? Que os dois estejam com Deus agora. Já estão morando juntos?
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  - Claro, vovó. – diz enquanto terminava de bebericar um delicioso suco de manga gelado. – A senhora tem daquelas tortas de chocolate…
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  - Aquelas que tanto ama? Mas é claro, meu amor, encomendei diversas tortas doces e salgadas, sei que as ama. – ela toca um sininho que havia ao lado de seu copo e uma mulher de uniforme se aproxima. – Tragam as tortas que comprei pra Natalie.
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  - Sim, senhora.
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  - A senhora é a melhor, vovó. – sorri. Não é que a mulher era uma tiete dela?
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  - Amanhã poderemos sair para começar a comprar as coisas para o bebê. Espero que a casa de vocês seja grande para que a criança tenha espaço para brincar. – a mulher se abanava com um leque. – O que acham de comprar uma casa por aqui? É sempre bom ter para onde ir e mudar a criança de ares às vezes, sabe. Ficar num mesmo lugar cansa até quem não sabe o que é isso.
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  - Veremos, vovó.
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  - Sim, nós geralmente estamos fora por causa da turnê e Natalie não gosta de ficar sozinha, nem muito menos eu de deixá-la a só. – diz sorrindo e a avó concorda com a cabeça.
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  - Claro, eu imagino. Bom, acho que podemos ir numa imobiliária e ver as opções, certo? Você não se importaria, não é Mack–
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  - É , vovó.
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  - , . Sim, me desculpe querido, eu demoro um pouco para memorizar nomes.
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  - Não tem problema.
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  - Pois então, você não se importaria, não é? Podemos ver uma casa grande o suficiente para você trazer a sua família também, imagino que não tenha parentes aqui na França.
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  - Não, senhora.
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  - Pois então eles irão adorar. O verão daqui é estonteante, por isso minha querida Natalie vem para cá todo ano, não é meu amor?
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  - Claro. E também para ficar com a senhora. – ela sorri e beija a mão da avó que dá uma feliz risada.
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  - Ela não é tão mal. – diz.
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  - É melhor que a mãe de Natalie. – os dois riem. – E para você ela até pode não ser. Mas imagino como serão seus irmãos quando crescerem e serem resmungões. – dizia sentado na cama enquanto colocava as roupas dentro do armário. Ouve sua risada. – Erm… Você já pensou que… Bem. Sua avó acha que nós moramos juntos, o que não é mentira… Mas… Bom. Nós não dormimos no mesmo quarto.
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   que olhava suas roupas fica séria encarando a peça de pano em suas mãos. Olha lentamente para , que estava receoso com sua resposta.
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  - A-ah… Eu… Eu nem me toquei disso. A-acho que… Bom, acho que não há muito problema em… Você sabe…
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  - Claro, claro. Eu disse mais pensando em você, sabe. Não sei se estará confortável. Mas eu posso dormir aqui no chão se quiser…
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  - Não, claro que não, ! – ela o olha surpresa. – De jeito nenhum!
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  - Você quem sabe, eu só quero que fique…
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  - Estou ótima. – ela sorri e volta a arrumar a roupa, agora com seu estômago um pouco mais agitado.
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  - Escuta… – ela ouve a voz receosa de e luta contra tudo o que se remexia dentro de sua barriga. E que não era o feto. – Você já pensou sobre o sexo do bebê?
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  Ela fecha os olhos. Temia essa pergunta. O que diria para ele? Se dissesse que não, estaria fazendo pouco caso. Se dissesse que sim, ele poderia perguntar por que ela pensara nisso, se nunca sequer nem falara com ele antes de acontecer o trágico acidente. Demorara um tempo para ela poder pensar numa resposta que fosse plausível para a situação.
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  - Bom eu… Sim, um pouco. Quando eu me lembro que estou grávida, apenas isso.
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  - Ah, sim. – ele balança a cabeça.
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  - E você?
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  - Eu? – ele pergunta surpreso e ela concorda. – Bom… Acho que eu estava mais preocupado em te ver confortável, então não pensei muito nisso.
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  - Claro, claro. – ela sorri e volta a se virar.
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  - Você tem uma preferência? – ele pergunta e ela não responde. – Seja sincera.
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  Ela respira fundo e desiste de arrumar as roupas, se virando e se sentando ao seu lado na cama.
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  - Eu sempre me imaginei sendo mãe de menina. Acho que sei lidar melhor com elas, talvez. Não sei.
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  - Uma menina não é uma má opção.
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  - Não que tivéssemos muitas. – ela comenta rindo, o fazendo se juntar à ela.
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  - Pois é. Acho que uma menina é legal.
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  Ela concorda com a cabeça e sorri, mexendo as mãos e as encarando.
  - Acha que ela se parecerá comigo? – ele puxa conversa. Ela ri.
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  - Dizem que o primeiro filho sempre puxa o pai.
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  - Então era será linda.
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  - Muito linda. – diz sem querer e arregala os olhos, corando instantaneamente, principalmente ao ver a surpresa de ao ouvir seu comentário. Se levanta e volta para o armário, se xingando de diversos nomes. ficara parado por alguns minutos surpreso e então se levanta, indo até e a enlaçando, parando suas mãos em seu ventre. Ela para com a ação e receia pelo próximo movimento. Mas não fora nada tão brusco. depositou um demorado beijo na bochecha de , que fechara os olhos para sentir seu lábio em toque com sua pele. Era muito mais gostoso do que imaginara. Muito mais.
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Capítulo 12

   sentia a bochecha de , mas sabia que não era a mesma que beijava toda vez que beijava Natalie. Sentia seu próprio estômago revirar com o aroma que seus cabelos exalavam. Sem mantém parados por um longo tempo. O dia estava agora mais fresco com o entardecer. Sente o corpo de estremecer e gosta disso. Sobe uma de suas mãos para seu rosto, a virando para si, fazendo com que a garota o encarasse corada.
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  Ele definitivamente já não via mais Natalie ali. Ele via mais que isso. Olha atentado aos lábios de e se aproxima lentamente. Não sente recusa em momento algum, o fazendo então encostar seus lábios nos dela, pela primeira vez degustando de um beijo apaixonado. Ele estava apaixonado por ela. Sabia disso. E agora tinha certeza absoluta.
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  A vira para si, puxando-a para perto de seu corpo. fecha os olhos e passa seus braços pelo pescoço do mais velho. Podia sentia suas mãos percorrendo suas costas e parando sempre em sua cintura. É guiada até a cama, onde a deita lentamente, observando-a encará-lo serena. Ambos sorriem e retornam ao beijo agora deitados, onde um retirava a peça do outro lentamente, sem pressa. Queriam sentir o momento. Queriam sentir um ao outro. Queriam que o bebê fosse de , e não de Natalie.
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  - Natalie? Natalie! – podia ouvir deitado na cama. Abre os olhos e olha para o lado, onde dormia serena coberta por um lençol. Sorri e beija a pele nua da garota, que respirava calmamente. – Natalie! – Sharon batia mais forte na porta. se levanta e pega uma bermuda, a colocando e seguindo até a porta rapidamente, abrindo uma fresta. – Ah. Olá, cunhadinho. – a irmã mais nova olha para o corpo de , que levanta uma sobrancelha. – Pode chamar minha irmã?
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  - Ela está dormindo agora.
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  - Diga que é urgente.
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  - O que precisa, Sharon? Ela está mesmo muito cansada. – e olha o corpo da namorada na cama.
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  - , você não pode resolver isso, vá chamá-la! – ela joga o peso de seu corpo em uma de suas pernas.
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  - Mas que barulhada é essa? – a avó da garota subia as escadas. Sharon revira os olhos e bufa. – O que está acontecendo?
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  - Acontece que eu preciso de Natalie, já que ela perdeu a tarde toda com você!
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  - Ora, mas que falta de educação! – a mulher diz ofendida.
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  - Não trate sua avó assim, Sharon. – diz calmo.
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  - Não ouse me dar ordens, . – a garota responde em tom autoritário. – Chame logo minha irmã–
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  - Ela está dormindo, Sharon. – a corta começando a ficar nervoso. – Seja o que for, peça para ela amanhã.
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  - Criança mal educada, respeite sua irmã grávida! Vá fazer algo que preste, anda! – a mulher responde nervosa.
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  - Cala a boca, vovó! – Sharon diz nervosa. – Por que não vai logo para um asilo?
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  - Mas que difamação! Fica em minha casa e ainda me trata desta maneira! É mesmo a cópia autêntica daquela mulher.
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  - Que mania de me comparar com a minha mãe, todos vocês! Eu não sou nada igual àquela idiota!
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  - O que está acontecendo? – os três à porta ouvem uma voz emberganhada atrás de . Este se afasta mostrando uma sonolenta, vestida com uma camisola de seda branca e os cabelos belamente desarrumados.
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  - Oh, querida, mas que pecado te acordar. Sua irmã anda fazendo mal criações e birras–
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  - Eu já disse para calar a boca, vovó! Natalie, anda logo. Ponha uma roupa e venha comigo–
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  - Ela está cansada, Sharon! Não consegue ver? – diz nervoso.
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  - Estou com dor de cabeça. – a grávida diz e encara Sharon furioso. – Tem algum remédio?
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  - Steban! Steban! Traga uma aspirina para Natalie! – a avó gritava pelo seu empregado.
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  - Natalie, quer parar de manha e vir logo?
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  - Pode ser amanhã, Sharon? Estou mesmo muito acabada… – volta a encaminhar para a cama.
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  - O quão mal está? – Sharon entra atrás da irmã, passando por .
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  - Mal consigo combinar laranja e amarelo.
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  - Deus. – ela coloca as mãos à boca. – Bom, eu posso ver o que fazer. Mas não vou dormir aqui.
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  - Você não tem onde ficar.
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  - Ah, tenho. Tenho sim. – vê o sorriso malicioso da garota. Suspira. – Volto amanhã para te ver então, mana. Amanhã você passa o dia comigo. – olha dizendo para e a avó, que adentrava no quarto púrpura com o empregado logo atrás. – Tchauzinho. – e acena para todos.
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   suspira e abre os olhos.
  - Ela é mesmo difícil. – se esquece que a avó estava presente e arregala os olhos para .
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  - Não sei como a aguenta, querida. – a avó se senta na cama acariciando a mão da neta. – Toma o seu remedinho, toma.
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  - Na verdade, não estou com dor de cabeça, era só para não precisar sair hoje.
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  A avó dá uma pequena risada gostosa.
  - Claro, imagino para que lugar aquela criatura iria te levar.
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  - Não seja tão má com ela, vovó. Está numa fase chata mesmo.
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  - Criança, você passou por isso e não me lembro de ter sido tão delinquente. – a mulher dizia carinhosa. – Está com fome? Mandei preparar um jantar delicioso para você.
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  - Claro, só vou colocar uma roupa, que horas são? – ela procura por um relógio, olha em seu celular:
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  - Quase dez.
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  - Nossa. – ela passa a mão pelo cabelo. – Bom, já vou descer vovó. Acho que vou tomar uma ducha antes.
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  - Vou pedir para as cozinheiras arrumarem a mesa então. – a mulher beija a testa da garota que sorri e vê-a sair do quarto. Respira fundo e fecha os olhos, voltando a deitar na cama.
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  - Exausta? – murmura encostando seus lábios nos de , que sorri.
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  - Uhum. – murmura.
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  - Desculpe por isso. – ele sorri malicioso e ouve uma risada da garota.
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  - Vou pensar no seu caso. – e separa seus lábios, seguindo para o banheiro. Por um momento pensara em se levantar e seguir para até o banho com ela, até lembrar de que não era Natalie e sim que estava ali. E ela não deveria ser de muitas safadezas.
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  - Tem certeza de que não quer ir até o Louvre? – a avó diz no dia seguinte, quando estavam para sair.
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  - Vovó, prometi a Sharon que passaria o dia com ela. Se divirta com e não o deixe entediado. – ela sorri para a avó, que encara o garoto.
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  - Claro que não, querida. – ela sorri. – Volte antes das oito, tudo bem? Reservei uma mesa para nós naquele restaurante que você ama.
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  - Combinado. – sorri e beija a bochecha da avó, seguindo para .
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  - Vai ficar bem? – ele pergunta preocupado e ela sorri, concordando com a cabeça. – Certo, me ligue qualquer coisa.
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  - Tudo bem.
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  Os dois ficam parados até ele descer seu rosto próximo ao dela e lhe dar um breve beijo. sorri e cora, então se virando e indo até o carro, onde o motorista a aguardava. Acena para a avó e os dois irmãos, que balançavam suas mãos freneticamente para a irmã.
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  Sharon a esperaria no píer, onde as duas iriam se divertir a tarde inteira e então voltaria para casa. Encara o mar e fica feliz por não se sentir enjoada com o cheiro. Sente duas mãos em sua cintura e olha apavorada para trás, onde um belo homem moreno a encarava com uma sobrancelha levantada:
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  - Porrque a surrprrresa, Natalie? – ele diz em seu maravilhoso sotaque francês.
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  - C-como?
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  - Hum, sua irrrmã avisou da sua memorria. Clarre, clarre. Sou Jean, nos conhecêmes aqui e você me adorra. Assim como moi te adorra também. – ele se aproxima de , que se afasta. – O que foi, chérrie?
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  - De que maneira nós nos adoramos?
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  - Hum, de uma maneirra bem quente. – ele sorri malicioso. – Que tal irrmos parra meu flat?
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  - Onde está Sharon?
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  - Sharron está se diverrtin com meu prrimo Max. – ele continuava sorrindo. – Assim como nós, mon’ange.
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  - Não estou me divertindo. – ela diz brusca e Jean levanta agora as duas sobrancelhas. – Perdão. Meu humor anda meio característico com a gravidez.
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  - Si, si… não tem prrobrrema. Vamos, vamos… – ele coloca a mão em sua cintura.
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  - Desculpe, mas não posso mesmo ir com você. Meu namorado está aqui, sabe–
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  - ? Você trouxe seu namorrado parra cá?
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  - Claro que sim, minha avó quis conhecê-lo.
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  - Porr que perrguntei afinale? Bom, você consegue esquecê-lo por algumas horrinhas como semprre, non é mon’amour?
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  - Claro que não! – se afasta ao sentir os lábios do homem no dorso de seu pescoço. – Não se atreva! – e sai andando, porém é segurada pelos pulsos por Jean.
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  - Você irrá comigo, mocinhe. Ou ficarrá trriste em saberr que sua namorradinha o trraia todo verrão.
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  - Pois diga, não me importo.
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  - É mesmo? – ele cruza os braços. – E não se imporrta se ele souberr que o bebê não é dele?
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Capítulo 13

   o olhava boquiaberto. Balança a cabeça e lhe dá as costas:
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  - Você não sabe do que está falando.
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  - Clarro que sei, chérrie. – ele se coloca na frente dela, impedindo-a de passar. – Essa crriança aí em seu ventrre é meu. Meu esperrma. Non sei se se lembra, mas quem não trransa com camisinha sou eu.
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  - O qu–
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  - Concorrdamos que é mais gostoso. – ele sorria malicioso, saciado pelo corpo da garota, que recua. – Vamos fazerr un acorrde. Você faz o que eu pedirr e seu namorrado continua com a ilusão de que você é uma saint.
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   estava com os olhos arregalados. Aquilo não podia estar acontecendo com ela. Pensa no que fazer. Não podia simplesmente dar seu corpo para o homem. Tudo bem que tecnicamente ele já a havia traçado antes, mas agora era ela! Não conseguiria olhar para a cara de se fizesse isso. Sequer iria conseguir se olhar no espelho. Depois da noite anterior então…
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  - Não. – ela responde decidida. – Faça o que quiser, mas as coisas mudaram agora, Jean. Adeus. – se desvia dele e sai andando rapidamente até o primeiro táxi que conseguiu encontrar. Pede para retornar para casa, provavelmente , a avó e os irmãos estariam em casa. Com sorte, conseguiria pegá-los lá.
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  Entrou correndo em casa, vendo os quatro prontos para sair.
  - Por Deus, querida, aonde vai com toda essa pressa? – a avó fica surpresa, mas a ignora e vai até , que a olhava confuso.
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  - Precisamos conversar.
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  Todos ficaram calados. Passa-se alguns minutos e então a avó de Natalie diz:
  - Vamos nós apenas, então. – e empurra os dois irmãos para fora de casa. – Qualquer coisa telefonem.
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   concorda com a cabeça e a olha confuso.
  - Podemos ir para o quarto? – ela murmura e ele se mexe, saindo de sua frente, dando-lhe passagem. Nada disseram até chegarem ao aposento, onde começara a andar em círculos e ficara parado em pé em frente à cama.
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  - O que aconteceu?
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  - É o fim. – ela murmura nervosa. – Eu não sei mais como lidar com tudo isso.
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  - , calma. – ele se levanta e vai até ela. – Eu sei que é difícil, mas estamos indo be–
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  - Não estamos indo bem! – ela diz mais alto! – Você… quero dizer, sim, com você está tudo bem! Mas não comigo, com ela, arght! – e coloca as mãos na cabeça.
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  - . Calma. Respira, você está muito estressada–
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  - Para, ! Me ouve! – ela se solta dele e o olha desesperada. – Essa Natalie, ela é uma idiota! Está me fazendo passar por apuros que nunca imaginei que passaria! – seus olhos começam a lacrimejar.
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  - Não, não chore, . Calma.
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  - Pare de me pedir calma! – ela grita e olha para ele, parando de andar. – Você não sabe… não sabe o que está acontecendo.
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  - Então me explique.
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  - Não consigo! – e se joga na poltrona próxima à janela. – É tão horrível, que mal consigo lhe dizer.
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  - , seja o que for, eu estarei aqui–
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  - O bebê não é seu.
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  Silêncio. não ouvira direito. Ou ouvira. Parara de falar e podia apenas ouvir o choro de .
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  - Como?
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  - O bebê não é seu. – ela se levanta e vai para longe dele. – Não é seu!
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  - Aonde você estava? – ele agora estava mais sério.
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  Ela balançava a perna em sinal de nervosismo.
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  - No píer. Sharon disse que era para nos encontrarmos lá e de repente um cara todo pomposo aparece dizendo que ele… não quero lhe dizer isso!
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  - Diga. – pôde sentir o tom tenebroso de . – O que ele disse? Anda, !
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  - Disse que eles transavam sem camisinha por ser mais… – não conseguia dizer aquilo. Se senta na beira da cama de costas para o garoto e torna a voltar a chorar. – Por que ela me coloca nessas enrascadas? – se levanta e olha para , que encarava o chão sério. – Me desculpa, , me desc–
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  - Preciso dar uma volta. – ele se levanta e sem dizer mais nada, sai do quarto, deixando sozinha aos prantos. Ela fizera o certo, mas por que então achava que era tão errado?
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  - , meu amor… – ela ouvia a voz doce de sua avó e um chamego na cabeça. Abre os olhos lentamente e podia ver que estava deitada na cama. – Você esteve aí o dia inteiro, não quer descer para comer algo?
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  - Onde está ? – sente a falta do garoto no quarto. A avó aperta os lábios. levanta a cabeça e olha para os lados. Seu estômago embrulha. Engole o choro. – Entendo. – murmura e volta a deitar na cama. – Eu sou uma idiota, vovó. Como minha mãe.
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  - Não diga isso, querida. Erros acontecem…
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  - Vovó. Eu traí . Estou grávida de outra pessoa, como isso pode ser um simples erro?
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  - Querida, tem certas coisas na vida que acontecem porque devem acontecer.
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   não responde. Já estavam acontecendo coisas demais em sua vida. Ela só queria voltar para a sua vida controlada e pacata. Só isso. Encolhe-se na cama.
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  - Eu… posso ficar mais tempo aqui?
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  - Mas que pergunta, meu amor, é claro que você pode! Fique aqui o tempo que quiser, vovó vai adorar te ter aqui. – ela sentia o chamego da avó e por um momento desde que estivera no corpo de Natalie, sentiu-se em casa. Mesmo que um breve período de tempo.
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  Fechou seus olhos e respirou fundo. Talvez não seja tão difícil ser mãe solteira…
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  Toc Toc

  - Entra. – murmura se vendo a frente do espelho.
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  - Seu corpo está bem esquisito. – Sharon diz se sentando na cama. a encara do espelho e a ignora. – Jean veio me dizer que você está na lista negra dele.
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  - Que seja. – segue para o banheiro.
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  - Você é louca, sério. Deixar Jean de lado, ele é o maior gato–
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  - Sharon, eu não sei se você percebeu, mas eu não estou no humor agora.
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  - Você não anda com humor nenhum desde que o foi embora. Por que você é tão apegada a ele, heim? Ele não é ninguém!
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  - Acontece, maninha, que não escolhemos quem amamos.
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  - E desde quando você amava ele? – Sharon pergunta e e encara abestificada. Balança a cabeça e entra no banheiro. – Vovó disse que você vai ficar aqui por mais tempo. – ela segue a irmã e se senta na tampa do vaso sanitário. – Deus, seu corpo está mesmo muito zoado.
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  - É, eu vou ficar mais.
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  - E quando é que nós vamos sair?
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  - Para você trazer boas companhias novamente? Nunca. – fecha os olhos e deixa a água bater em seu rosto.
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  - Natalie, é meu último dia aqui.
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  - Aproveite bem.
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  - Eu não acredito que vai ficar aborrecida porque eu marquei um encontro com Jean!
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  Silêncio. Sharon solta um muxoxo impaciente e sai do banheiro nervosa. Como sempre, demorara horas no banho.
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  Já fazia um mês desde que fora embora sem ao menos se despedir. Ele não dera sinal de vida. Um dia há duas semanas, ela entrara na internet a procura de alguma notícia e parece que ele estava bastante feliz com as férias. Isso a fez se sentir ainda pior.
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  - Aonde vai? – a avó pergunta sentada lendo uma revista na varanda da casa.
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  - Vou levar os meninos ao parque. Eu havia me esquecido que havia prometido a eles que os levaria.
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  - Tudo bem, vá na sombra, Arthur leva vocês até lá.
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   beija a bochecha da avó e segue até o hall, onde os dois irmãos pulavam e discutiam em quais brinquedos iriam. Passou um dia como os anteriores.
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  Os irmãos a puxava para todos os lados e ela apenas os acompanhava sorrindo. Pessoas passavam olhando para a barriga da garota e tudo o que ela fazia era ignorá-los.
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  - Sharon disse que você está esquisita desde o acidente. – Oliver diz enquanto tomavam um lanche numa lanchonete que eles diziam que ela sempre os levava.
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  Obviamente não comia nada. O cheiro do queijo a estava enjoando um pouco.
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  - Sharon não se conforma que acidentes mudam pessoas. – ela responde bebendo um gole da água.
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  - Você mudou muito? – Blake pergunta de boca cheia.
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  - Acho que sim.
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  - Então você vai vir visitar mais a gente? – Oliver sorria. sorri de volta.
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  - É claro. Onde quer que estejam.
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  - Yes! – os dois sorriem olhando para o outro.
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  - Eu gosto de você assim. – Oliver diz tomando um gole de seu milkshake.
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  - É mesmo?
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  - Eu também. – Blake balançava as pernas. – Você fica mais com a gente do que com a Sharon agora.
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  - Vocês não gostam da Sharon?
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  - Não, ela só quer saber de homens e ser igual a você, mas ela não pode ser igual a você porque você é muito melhor.
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   sorri. Não entendia como Natalie ficava tão pouco tempo com pessoas que lhe davam valor e preferia ficar com as que não davam.
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  Mais um mês se passara e ela já estava se encaminhando para a metade do sexto mês. Sua barriga estava enorme. Ela e a avó passavam bons momentos juntas. A mãe lhe ligava perguntando quando ela voltaria para os Estados Unidos. Falou um mundo quando soube que a havia abandonado. teve que fingir não estar se importando com a situação para que ela parasse de tagarelar milhares de xingamentos ao garoto.
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  Já havia desistido de ter esperança que ele voltasse para ela. Graças a Deus ela era rica e podia muito bem ficar sem trabalhar e ter milhões de filhos e mesmo assim continuar rica. Decidira que voltaria para os Estados Unidos no fim da semana. Mandaria alguém ir até a casa de pegar pelo menos o conteúdo de dentro do computador e seu cachorrinho. O resto ela não fazia questão. Fecha os olhos e sente o bebê chutar sua barriga. Sorri. Ela não ficaria sozinha e era isso o que importava.
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Capítulo 14

  Ela caminhava de um lado para o outro porque não conseguia ficar parada. Olha para o relógio. Talvez se desse uma volta na cidade, aquela tensão pararia. Mas a barriga lhe incomodava e o bebê também. Descobrira a algum tempo que seria uma menina, gostara de saber. Pelo menos teria alguém a mimar e educar, já que não podia trabalhar. Não entendia como Natalie conseguia ficar sem fazer nada o dia inteiro.
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  “Antes ela tinha para correr atrás.” seu subconsciente pensa. Ela suspira. Ouve a campainha tocar e então grita dizendo que ela mesma atenderia. Era muito esquisito ter três secretárias em sua cobertura. Afinal, aquilo não era uma mansão. Era uma cobertura.
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  Caminha lentamente e no meio do caminho ouve a campainha novamente e grita que já estava indo. Afinal, quem seria a apressadinha? Geralmente as visitas à sua casa se resumiam à sua mãe e sua irmã. Suas amigas provavelmente não queriam a companhia de alguém gorda. Não que ela reclamasse, era bem melhor não ter pessoas inoportunas por perto. Não podia atrapalhar o bebê com seu nervosismo.
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  Abre a porta e arregala os olhos ao ver parado ali.
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  Estava sem reação. Simplesmente não sabia o que fazer. Começou a pensar sobre tudo o que imaginava dele, tudo o que descobrira dele e tudo o que ele fizera à ela. De bom e de ruim.
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   tampouco dizia algo. Olhava para sem jeito e provavelmente mexia suas mãos dentro do bolso de sua bermuda. Esperava que ela fizesse algo ao vê-lo ali, mas ela não era Natalie. Era .
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  Sem pensar, a garota fechara a porta na cara do ex. Um sentimento de repulsão tomara conta de seu corpo. O que diabos ele queria de mais? Jogar na cara dela que Natalie o traiu e por isso ela deve sofrer com as consequências? Bom, ela já estava sofrendo, e isso sem a ajuda dele. Portanto, ele poderia muito bem ir embora.
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  Ouve batidas na porta e se recusa a atender. A empregada aparece e ela levanta a mão dizendo que não era para ela atender. A mulher a encara confusa e olha para a porta quando ouve novamente as batidas. a dispensa com as mãos e segue para seu quarto, entrando em seu closet e ficando bem no fundo dela, se sentando na cadeira em frente à cômoda de óculos de sol e acessórios.
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  Não ouvia as batidas da porta do apartamento. Ele provavelmente tinha ido embora. Apoia os braços na cômoda e a cabeça nos braços. Suspira. Seu estômago estava mexendo muito, tanto a filha quanto suas entranhas estavam sentindo toda a sensação ruim. Fica daquela maneira por um bom tempo. Quando achou que estava melhor, respira fundo e se levanta. Era melhor fazer uma caminhada no parque ao lado. Pega seu celular e sai do quarto. Quando chegava na sala, vê o semblante de parado em pé olhando a cidade pela imensa janela. Ao ouvir passos, se vira e percebe o encarando séria.
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  - Podemos conversar?
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  - Não acho que temos algo a conversar. – ela diz séria e se vira, indo para a porta da cobertura.
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  - Então você pode apenas ouvir?
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  - Não.
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  Ele suspira.
  - Eu tinha que ir embora.
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  - É mesmo? Que coisa. – ela diz ironicamente. Não conseguia deixar de sentir a repulsão pulsando em suas veias. tinha suas razões por estar nervoso, mas nada justificava ele abandoná-la sem avisar. A culpa não era dela, afinal.
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  - Eu não sei se você se lembra, mas você está no corpo dela. – ele diz mais alto ao vê-la fechar a porta em suas costas. Seu corpo trava ao ouvir o que o outro disse.
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  - Não importa mais. – ela termina de fechar a porta e aperta o botão do elevador. Ouve a porta se abrir.
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  - Se eu estou aqui, é porque me importo.
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  - Olha , eu não quero discutir, de verdade. – ela diz cansada. – Eu não estou com um humor muito instável esses últimos dias, sabe. – ela aponta para a enorme barriga que carregava. – Então por que você não continua sumido da minha vida, agora que eu me acostumei a não ter você por perto?
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  Ele arregala os olhos.
  - Você…
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  - Não esperava que eu ficasse de luto por você, não é? Eu posso estar no corpo de Natalie, mas não sou ela. – ela diz rancorosa. – Eu não vou correr atrás de você porque você deu uma de garoto e mimado e sumiu da minha vida quando eu precisei de você. – pausa e respira fundo. – Vai embora, tá? Não tem nada que te segure aqui.
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  - Eu… – ele começa a dizer. – Bom, eu não voltei por causa do bebê mesmo.
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  Ela o olha espantada.
  - Eu queria vir antes, mas você não voltava da França–
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  - Lá eu tinha atenção e cuidado.
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  - E vai voltar para lá?
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  - Quem sabe. – ela desiste de sair. – Tchau, .
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  - Vamos conversar, por favor.
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  - Acho que já conversamos. – ela aponta para o elevador.
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  - Não dá para você pensar na minha situação?
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  - Não dá para você pensar na minha?
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  Ele se cala e respira.
  - Eu não quero me afastar.
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  - Bom, a culpa não foi minha, foi?
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  - Você não pode ficar sozinha–
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  - Tecnicamente, sim, eu posso. Olha, desde que você foi embora eu tive que me virar, certo? E eu dei meu jeito. Eu não podia dar o luxo de esperar que você voltasse, porque você não voltou.
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  - Eu voltei agora.
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  - Agora. – ela repete. – Não sei se agora–
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  - Você só me quer do seu lado quando você precisa de mim? – ele pergunta e ela se cala. – Olha, eu fui compreensível com você. O que custa você ser comigo? Eu sei que foi errado eu ir embora sem avisar assim, do nada. Mas você tem que me entender! Eu… tudo o que eu achava–
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  - Você não ficou aborrecido por ela estar grávida de outro. Você sabia que ela te traía! – diz nervosa. – O que te deixou nervoso era que eu estava grávida do outro cara e não você!
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  - Foi! Foi isso! Eu estava me acostumando com você, eu não via mais ela! – fala mais alto. – Eu não queria aceitar o fato de olhar pra sua barriga e ver você, . Mas com o filho de um outro cara! Foi um erro! Mas o que eu podia fazer? Eu não queria ser estúpido!
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  - Você me deixou sozinha! – ela grita esganiçada.
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  - E eu estou pedindo perdão!
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  Ambos se calam, respirando forte. encosta na parede e faz uma careta, chamando a atenção de .
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  - Está tudo bem?
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  - Foi só um chute mais forte.
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  - Certo, não vamos discutir, ta legal? – ele olha para a barriga da garota. – Eu não quero… bom. Você não fica bem assim.
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  Ela concorda com a cabeça. Voltam ao silêncio anterior, sem saberem o que fazer, esperando pela atitude do outro.
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  - Por que voltou só agora? – ela pergunta mais baixo. Ele a olha.
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  - Eu não podia simplesmente chegar na sua casa e pedir pra sua mãe me informar se você já havia voltado, ela me mataria, aposto. Sharon não gosta de mim e seus irmãos eu sequer sei onde estudam. Eu só podia vir aqui e perguntar para o porteiro se você estava em casa. Eu tenho passe livre para entrar, ordens da Natalie, apesar de ser a primeira vez que eu entrei aqui. – ele olha para o hall.
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   assentiu.
  - Eu fiquei pensando em você e no bebê e em toda a situação, . Eu só queria tirar Natalie da minha cabeça. Me acostumar que você tinha que arcar com as consequencias dela. E eu me arrependi, sabia que você ficaria aborrecida, mas eu tinha de parar de te ver por um tempo. Porque eu estava misturando as coisas. E não era justo para você.
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  - Não foi uma atitude certa. – ela murmurou.
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  - Eu sei, me desculpa. Me deixa te ajudar. – ele se aproxima dela. – Por favor.
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  - Olha,
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  - Eu prometo nunca mais te deixar. Eu só… preciso saber.
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   o olha confusa. Do que é que ele estava falando, afinal? O vê segurar em sua mão e a prensar contra a parede que estava encostada. Aproxima seus corpos o máximo que podia.
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  - Preciso saber se você gosta de mim. – ele diz tão baixo que se houvesse alguém ouvindo no outro lado da porta, não poderia ouvir.
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  A garota arregala os olhos.
  - Você–
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  - Eu gosto de você. – ele sentia seu aroma adentrar em suas narinas. – É sério. Nesse tempo que estivemos longe… por mais que não tenhamos ficado tanto tempo juntos… eu senti a sua falta. Como se estivesse faltando algo.
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   não conseguia encará-lo. Olhava para o chão processando toda a informação. Sente as mãos de em seu quadril e seus lábios roçando no dorso de seu pescoço. Murmura alguma coisa que sequer ela entendera, pois não fora seu cérebro que criara a mensagem. Sem tomar conta de suas ações, sobre seus braços até o pescoço de e o enlaça, o abraçando forte e finalmente sentindo seus corpos se unirem. O bebê se mexia graciosamente dentro de si, como se gostasse da posição de estar no meio dos dois. O mais velho se afasta alguns centímetros para encarar os olhos da mais nova e então fundirem seus lábios num jogo de línguas.
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  - Acho que Emma é um bom nome. – murmurava deitado na cama ao lado de . Ela se recusara a fazer sexo por estar nos meses finais de gestação e o movimento e força de faria mal à bebê.
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  - Eu gosto mais de Chloe… – ela responde encarando o teto assim como ele.
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  - Não é mau também, mas Emma tem mais cara de menininha.
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  - A menininha vai crescer, . – rie ele ri junto.
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  - Até lá a gente acostuma.
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  Ambos ficam calados até ele se movimentar e se virar para a garota, que vira o rosto para encará-lo.
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  - Você já… – ele olha para o ventre elevado da garota. Ela analisa a situação e não consegue pensar num assunto que o deixasse hesitante. Suas diferenças estavam acertadas, não estavam? – Bom, eu não sou o pai verdadeiro.
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  Não, não estavam.
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  Esta era a resposta que lhe vinha à cabeça. Suspira e olha para o teto.
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  - Se formos pensar bem, eu também não sou a mãe verdadeira. – ela diz e ele continua a encará-la. – Acho que temos de levar de acordo com que for aparecendo em nossas vidas.
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  - Você não vai contar que biologicamente falando, eu não sou o pai dela?
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  - Se um dia ela quiser saber… – se vira para ele. – Pai é aquele que cria e dá amor, .
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  - Eu sei, eu sei. Só achei que… não sei.
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  - Eu mal o conheço. E ele não faz muito meu tipo.
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  - Você tem um tipo? – ele levanta uma sobrancelha.
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  - Não tinha até você aparecer. – ela dá uma gargalhada ao lembrar de sua antiga vida. – Na verdade, eu só esperava que um cara metido a sabichão entrasse em minha vida e tomasse conta dela da maneira que ele quisesse e eu apenas aceitaria tudo calada.
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   dá uma pequena risada.
  - Até que você se deu bem.
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  - Até que eu me dei bem? – ela pergunta irônica. – Você está brincando comigo?
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   ri ainda mais e se aproxima da garota, a puxando para seus braços. Encosta seu nariz em seus cabelos, inspirando o cheiro cítrico de suas madeixas.
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  -
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  - Hum… – ele murmura com seus olhos fechados.
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  - Quero gelatina.
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Capítulo 15

  A gravidez ia bem. e seguiam juntos para os cursos pré-natais que haviam indicado aos dois. Nem um e nem outro disseram que o filho não era de . Parecia que nem Sharon sabia do acaso e que Jean não era tão perigoso quanto demonstrara ser.
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  - Eu prometi pra eles, .
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  - Isso não significa que você precisa cumprir… tudo bem. – ele desiste assim que vê o olhar assassino da garota, que colocava a rasteira para andar com a bata branca naquele dia de outono. Parecia que o verão ainda não havia ido embora devido ao calor que fazia nos Estados Unidos. Desde que voltara para a casa de , a mãe de Natalie a visitara com menos frequencia do que antes. Sharon aparecia de vez em quando, quando precisava de dinheiro e a mãe fora imbecil o suficiente, como ela dizia, para bloquear seu cartão.
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   e iriam até o aeroporto buscar os irmãos de Natalie que vinham de Seattle para passar o feriado e a semana da criação com os dois. era contra uma vez que o parto estava para ocorrer durante essas três semanas que os irmãos passariam na casa dos dois.
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  - Olha só, os dois não tem culpa dela nascer nessa época, tudo bem? E vai ser bonitinho vê-los todos juntos. – sorri encantada. Adorava os irmãos de Natalie, achava-os uma graça, os dois. Ao contrário do que Sharon dizia, deles serem insossos.
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  - Não é que eu não os queira aqui, mas é que com toda a correria…
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  - Parece que a grávida aqui é você. Quer parar de me deixar nervosa?
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  - Tudo bem, tudo bem. Sem exceder o limite da emoção, ok? Você sabe o que acontece quando você se estressa demais. – ele a abraça rapidamente e a empurra para fora de casa, a levando até o carro.
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   ultimamente andava com seu humor à flor da pele. Qualquer brincadeira sem más intenções era levada na má intenção pela garota. Qualquer comentário era maldoso, qualquer risada era de tiração de sarro, qualquer olhar mais longo era avaliação de seu corpo, como ela dizia, esférico. Ela costumava se trancar no quarto para chorar sozinha quando achava que estavam zombando de sua cara. Laura até fingira melhorar seu relacionamento com e vice-versa, para que a garota não tivesse outro ataque no meio do jantar.
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  Foram em uma velocidade média, já que dizia estar com seus sextos sentidos aguçados, mas na realidade, ela só achava que qualquer carro que passava numa velocidade maior que 120km/h iria colidir com o carro de . Pacientemente, ele não ultrapassava dos 60km/hr, o que demorara meia hora a mais para chegarem ao aeroporto. Caminharam até o setor de desembarque, onde colocara sentada numa lanchonete que havia por perto com uma xícara de chá e fora até o portão de desembarque receber os dois pentelhos.
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  Vinte minutos depois os três voltavam. com o carrinho de malas e os dois correndo à frente sorridentes, abraçando e colocando suas mãos na barriga enorme da garota.
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  - Ela chuta?
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  - Ela não é menino, seu tonto. – Blake diz dando um peteleco na cabeça de Oliver, que faz uma careta. – Ela deve ser toda meiga, igual a Natalie.
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  Só sabe o quanto se segurou para não deixar escapar sua ironia momentânea naquela hora.
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  - Então ela se mexe? – Oliver ainda esperava sentir algum movimento na barriga de . Esta sorri.
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  - Quando ela acostumar com a voz de vocês, irá se mexer feliz.
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  - Ela se mexe brava? – Blake arregala os olhos.
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  - Quando eu estou triste, ela fica triste.
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  - E você fica muito triste?
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   olha surpresa para o irmão e então para , que levanta os ombros indicando que não tinha uma resposta pronta para essa pergunta:
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  - Só quando eu assisto muitos filmes de drama, sabem. – ela se levanta lentamente, tendo a ajuda dos dois. Parecia uma criança aprendendo a andar e os dois serem seus pais protetores. Ela e riam do cuidado extra que os dois tinham com a “irmã mais velha”.
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  - Como ela vai se chamar? – Oliver pergunta entrando no banco de trás do carro.
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  - Cinto, garotos. – murmura, e os dois o obedecem prontamente.
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  - Emma. – sorri para , que sorri de volta para ela.
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  - Emma é legal. – Blake sorri.
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  - Emma não é um animal?
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  - Mas como você é burro, Blake! Você não vê que não pode falar isso da filha de Natalie? Mamãe falou!
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  - Desculpa, desculpa! – e se inclina para o banco da frente, que era onde estava. – Desculpa Natalie…
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  - Tudo bem, querido. Não foi por querer.
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  - Você vai levar a gente na praia?
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  - E na sorveteria?
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  - Amanhã, claro. – ela sorri para os dois. apenas ouvia calado a conversa dos três e olhava para a barriga enorme de . Sorri. Estava pronto para ser pai da criança, sabia disso. Tudo daria certo.
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  - É uma linda menina saudável. – a enfermeira dizia na sala de espera para a família de Natalie e e seus amigos. O garoto sorria aliviado e recebia abraços e parabenizações de seus amigos e da avó da garota que havia vindo da França apenas para ficar com a neta. Obviamente estava hospedada na casa dela e de . cismara de que não a deixaria ficar num hotel.
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  - E Natalie? – ele pergunta ansioso.
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  - Aparentemente o parto fora demasiado cansativo para ela. Adormeceu agora a pouco. Os médicos estão terminando tudo e a retornarão para o quarto dela. – a enfermeira diz sorrindo. – Vocês poderão vê-la daqui a pouco, enquanto isso se quiser ver sua filha, senhor
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  - Só ele pode? – Laura pergunta rapidamente. Ela sequer se lembrara de que odiava nas últimas horas. Se sentara ao lado do garoto e de lá não saíra.
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  - É a mãe de Natalie. – explica.
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  - Apenas os dois no momento, então. Assim que Natalie for transferida de volta para o quarto, levaremos o berço do bebê e então todos poderão vê-las.
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   olha para a avó de Natalie, que sorri e balança a mão para que ele acompanhasse Laura, que já estava no final do corredor com a enfermeira.
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  Não acreditara que aquele pedacico de gente era sua filha. Era tão adorável quanto imaginara. E ao contrário do que refletira e receara durante o tempo desde que soubera da verdade, a criança não parecia nada diferente de Natalie.
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  - É a cara de Adam. – Laura murmura emocionada. a encara surpreso. Adam? Quem diabos era Adam? – O pai biológico dela, sabe. Ele sempre disse que seu primeiro neto pareceria com ele, mas que tolo pensar dessa maneira, mas olhe só! É ele menininha. – ela chega mais perto da janela que separava a bebê da avó e do pai.
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   sorri e coloca a mão no ombro da sogra, apertando em forma de apoio e esta sorri e enxuga as lágrimas.
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  - Ah, minha maquiagem. – ela reclama. – Melhor eu ir retocar antes de ver Natalie, mal posso imaginar o que ela irá dizer se me ver desta maneira.
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  - Não acho que ela vá ligar. – ele responde e a mulher se cala, ficando sem resposta. Dá um pequeno sorriso e então se vira, desaparecendo do corredor.
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  Um ano depois…
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  - Natalie! Por Deus, garota, vá ajudar a vestir Emma, porque ele não consegue sequer colocar a fralda! – Laura dizia descendo as escadas da casa de e . Estavam todos arrumados para comemorar o aniversário de um ano de Emma. A garotinha já sorria e chamava pela mãe e pelo pai a todo mundo.
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  - Como se isso fosse novidade. – murmura. – O trouxa sequer consegue se trocar sozinho.
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  - Não fale assim dele! – reclama lhe dando um tapa. – Ele aprendeu a fazer o nó de gravata estes dias. – ela sobe as escadas orgulhosa e os convidados riem. – Já voltamos.
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  Parecia que a vinda de Emma lembrara à mãe de Natalie o que era ter um carinho e atenção materno, a fazendo agir como uma verdadeira mãe até com Sharon, que continuava da mesma maneira, estranhando mais ainda o comportamento carinhoso de Laura com ela. Decidira tirar os meninos do colégio interno e passar mais tempo com ele. A única coisa que não mudara fora sua relação com a ex-sogra, que se mantinha na água e fogo, sendo apenas neutralizado quando estava junto das dois com Emma.
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  Oliver e Blake agiam como verdadeiros ‘irmãos’ maiores de Emma. Sempre ao seu lado como se fossem seguranças e não deixando ninguém senão e – e a avó, que brigava com os dois – tocar na sobrinha. Sua maior especialidade era fazer a menininha rir e andar com os dois para todos os lados.
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  Mas nada comparava a apegação que Emma e tinham um com o outro. Quem soubesse da real verdade nunca acreditaria que os dois não eram do mesmo sangue. Como Laura havia dito há um ano, Emma era a cara do pai biológico de Natalie, o que não fez ninguém desconfiar dos dois. A menininha não parava de chamar pelo pai quando via que ele não estava por perto e caminhar desengonçadamente em sua direção. sorria cada vez que o via pegá-la no colo e ouvir suas risadas espontâneas.
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  - Vamos para os parabéns, senão esses dois acabam com o bolo antes dele ser cortado. – diz com uma espátula em mãos. – Onde estão e Emma?
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  - Adivinha? – diz apontando para o jardim, onde , Blake e Oliver brincavam com Emma em sua gangorra de três lugares. Blake e Oliver estavam sentados nas pontas, enquanto Emma era segurada por no centro, rindo com a companhia dos três em seu vestidinho azul marinho e branco.
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   sorri e balança a cabeça, caminhando para a porta.
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  - Hora dos parabéns, vamos lá?
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  - Mais! – Emma dizia balançando suas minúsculas perninhas, quando diz que era melhor todos obedecerem .
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  - Mais tarde. – ele diz.
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  - Mais papai! – a menina pulava em seu colo e ele ri esfregando seu nariz na pequena bochecha da garota, a fazendo encolher em risadas.
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  - Vamos cantar parabéns agora. – ele diz adentrando na casa e sorri para o garoto, que lhe devolve o sorriso. Os dois caminham juntos para detrás da mesa e coloca Emma numa cadeira posicionada atrás do imenso bolo branco com fios de ouro.
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  - … muitos anos de vida! – finalizam e , Emma e se abaixam para assoprar a vela que mostrava o número um de Emma. Esta com as palmas se anima e bate as pequeninas mãozinhas junto de todos, fechando os olhos e rindo.
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  - Gostaria muito de saber quem está fazendo aniversário num dia como hoje. – ouvem uma voz atrás de si. Todos se viram surpresos e uma linda garota com um cabelo curto e loiro estava parada com as mãos em sua cintura formada. e se entreolham perguntando se o outro a conhecia, mas nenhum dos dois pareciam saber quem era ela. Sharon estava encostava numa parede perto da garota com um pirulito da festa na boca. – Que eu me lembre, não há ninguém que faça aniversário hoje.
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  - Desculpe a ignorância, mas quem diabos é você? – pergunta e a loira se aproxima do garoto e então olha para todos presentes:
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  - Eu sou Natalie Villa, 22 anos, irmã mais velha de Sharon, Oliver e Blake, filha de Laura, tendo este traste como padrasto. – e aponta direto para Ian, que a olhava assustado. – Minha melhor amiga é Kourtney e sou simplesmente a namorada de , que aparentemente parece bem feliz na companhia de umafake.
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  Todos se mantém calados, até Laura dizer esganiçada:
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  - Eu não sei como você sabe de tudo isso, provavelmente fora uma brincadeira de mau gosto de Sharon novamente. Portanto, pode dando meia-volta e saindo–
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  - A senhora não tem umbigo. – a loira diz rapidamente, fazendo Laura arregalar os olhos e todos o fazerem juntos.
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  - C-como? – ela gagueja.
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  - Bom, imagino que ela não saiba disso, não é? – ela aponta para , que estava sem reação. – Talvez seja porquê ela não é sua filha. Sua filha sou eu. Sofremos um acidente no mesmo dia, mesma hora, minuto e blábláblá. É um caso raro. – ela balança a mão impaciente. – O que aconteceu é que nossas almas trocaram de corpo. – ela aponta para .
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  - ESTE É O CORPO DELA? – berra assustado e todos o encaram. , e nervosos.
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  - Então é verdade? – Laura diz não acreditando e olha para , que a olhava com medo. – Você sabia que não era minha filha todo esse tempo e ainda por cima teve a ousadia de fingir ser?
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  - E-eu…
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  - ISSO É UM ABSURDO! – ela berra para , fazendo Emma começar a chorar. – ESTE TEMPO TODO EU ESTIVE DOMANDO MEU COMPORTAMENTO PARA UMA ESTRANHA? QUEM É QUE SABIAM DISSO, AFINAL?
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  , e lentamente levantam suas mãos. A mulher olha para furiosa e este suspira levantando sua mão também. Ela passa o olhar pelo resto da casa e para em Sharon:
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  - Eu sabia que ela não era minha irmã. – ela murmura apontando com o pirulito para . – Você pode enganar qualquer um, usurpadora. – ela ofende . – Mas ninguém me engana. Jamais.
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  - Desde quando você sabia disso? – a avó de Natalie perguntava abestalhada.
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  - Desde há um ano. Natalie – e aponta para a loira. – viera até mim e me contara a história, não foi difícil de eu acreditar, já que eu estava desconfiada demais com ela. – e aponta para . – Fomos até os médicos que trataram as duas e os dois explicaram a mesma coisa. Depois disso tudo o que fizemos foi aguardar o momento certo para Natalie voltar.
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  Todos ficaram boquiabertos. Natalie se aproxima de , que abraçava Emma devido a seu choro.
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  - Jean perguntou por ela, sabe.
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   arregala os olhos.
  - Quem é Jean? – Laura pergunta se colocando entre as duas.
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  - Quem é Jean? Oras, você não falou a verdade? – Natalie pergunta sorridente para , que engole seco e pega Emma no colo. – Jean é o pai verdadeiro da criança. Desculpe, . – ela olha para o garoto, que a olhava sério. – A França não nos faz muito bem, sabe. Mas eu sempre te amei.
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  - Ela não é filha biológica de ? – pergunta não acreditando. – Mas a senhora disse que ela era a cara de–
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  - Ela é a cara do seu pai! – Laura diz esganiçada para Natalie que revira os olhos.
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  - Óbvio, ele é filho dele.
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  - Oh meu Deus. – a avó começa a se abanar e é rapidamente socorrida pelos três amigos de que estavam por perto e os netos.
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  - Mas o que diabos–
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  - Oras mamãe, a senhora acha mesmo que o papai era fiel à senhora sabendo que você o traia com Deus e o mundo? Pelo amor de Deus! – a garota diz impaciente. – Jean e eu nos conhecemos numa festa de debutante há alguns anos, sabe. A mãe dele era um tanto ousada e invadia as festas secretamente para colocá-lo no meio de nós. Bom, todos sabem como eu gosto do proibido… – ela sorria e termina o olhar para Emma. – Apenas imaginava que ela ficaria mais bonita. Talvez sua alma a tenha estragado. – ela olha para . – Você acabou com meu corpo… – diz pesarosa.
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  Ninguém ousava dizer nada. Estavam todos processando as informações recebidas, até que então Natalie sorri e diz:
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  - Você já pode ir embora, usurpadora. – e pisca. – Eu tomo conta de tudo agora. – ela diz sorridente. – E leve ela com você. – aponta para a menina.
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  Sem dizer nada, segue até a avó que se recuperava da emoção. Abre a boca para dizer algo, mas a mulher lhe vira o rosto. Olha para os irmãos menores e nenhum deles se atrevem a sair do lado da idosa.
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  - O senhor fica, . – Natalie segura o braço do garoto, quando ele faz menção de seguir . – Aonde pensa que vai?
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  - Vou ficar com ela.
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  - Nem pensar! – ela ri. – Seu lugar é comigo, meu amor. Não sei como viveu sem mim por dois anos.
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  - Não fora sacrifício. – murmura e Natalie o olha feio.
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  - Eu sempre fui a tola que correu atrás de você, sempre com dó de usar meus contatos para te chantagear, mas vejo que agora não tem mais jeito, não é?
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  - O quê? – ele pergunta pasmo. estava parada ao fundo com Emma no colo. Esta chamava pelo pai.
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  - Vamos fazer um pequeno acordo. – ela dá um passo para trás. – Ou você fica comigo e sejamos felizes da maneira que éramos antes. Ou eu ligo para todos os meus contatos e acabo com a reputação da sua bandinha de meia tigela. E acreditem, vocês não irão conseguir um emprego melhor do que um salário de 800 dólares mensais. – ela sorri para , e que assustados olham para .
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  - Você não pode fazer isso. – ele diz macabro.
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  - Duvida? – ela sorri. – Experimente fazer, então.
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  Ele olha para , que estava com sua boca aberta. A fecha ao ver todos a encarando.
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  - Eu… – ela murmura. – Não faça nada com eles. – diz baixo. aperta os lábios.
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  - Então some da nossa vida, anda! Xô! – ela balança as mãos para a garota, que rapidamente se vira e segue para o andar de cima, fazendo uma mala para Emma e outra para ela. Empregados sobem e pegam todas elas e a levam para fora.
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  Natalie conversava alegremente com a irmã e a mãe, que pareciam felizes com toda a situação. estava em pé como uma estátua ao seu lado, suas mãos no bolso e olhando para um ponto fixo qualquer, sério. , e já não estavam mais lá, assim como a avó e os irmãos mais novos. Sequer Ian estava lá com Laura.
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  Sem dizer nada, e apenas trocaram um olhar. Ela lhe manda um pequeno sorriso e então abaixa o olhar, virando suas costas e saindo de casa. Olha as malas no táxi e adentra no automóvel. Para onde iria? Para o único lugar que conhecia no mundo: New Jersey. Sua cidade natal.
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Capítulo 16

  Ela não sabia o que fazer. Estava parada à frente da casa de seu pai e seu irmão com suas malas ao lado e Emma em seu colo. Seu estômago embrulhava e dizia para ela ficar. Seu coração dizia para ela ficar. Algo dentro de si explicava que eles iriam entendê-la, afinal, seus pais sempre foram esquisitos e acreditara em coisas um tanto absurdas. Tocou sua campainha e esperou ser atendida por alguém. Ouviu os latidos de Jack. Sorri. Sentia falta do seu melhor amigo.
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  Ouve passos e então a fechadura ser destrancada. Vê o pai – num aspecto um tanto mais velho – aparecer à porta. Não conseguira não deixar as lágrimas caírem.
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  - Quem é? – o homem diz da porta a olhando curioso. – Em que posso ajudá-la?
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  - Eu… O senhor não irá acreditar se eu falar, mas… Sou eu, .
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  Ela pode ver o pai abrir mais a porta para encará-la melhor.
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  - Não, não é minha . Ela se foi.
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  - Eu sei, é só que… Não é assim. Se o senhor me permitir explicar… – ela dizia suplicante e o homem nada disse. Como ela pensara, ele iria ouvi-la. Começou a lhe explicar todo o problema das trocas de almas e o que ela passara. Ao terminar, o homem estava com seus olhos cheios de lágrimas e então descer lentamente os degraus frente de casa tentando caminhar o mais rápido possível em direção à garota, a abraçando forte e deixando suas emoções aflorarem e exairem.
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   chorava nos braços do pai e Emma não entendia nada, apenas se mantinha calada e dava tapinhas na mãe e no avô, que enfim a olha sorridente:
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  - Posso? – ele aponta para a neta. sorri e entrega para ele, que pega a garotinha no colo, que ao ver a mãe sorrir ao vê-la sendo pega pelo avô, olha curioso para o velho. – É uma beleza de menina.
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  - Sim.
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  - Uma pena não se parecer com ninguém da nossa família.
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  - Realmente.
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  - Entre, entre! – o homem pega uma das malas de mão de Emma e pega o resto, seguindo para dentro da casa. Parte de si estava aliviada e feliz de que finalmente estava de volta. Deveria ter voltado antes.
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  - Papai… – ela o chama e o vê a encarar. – O que o senhor fez… Bom… Meu corpo…
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  O homem diminui o sorriso.
  - Te cremamos. Você sabe, linhagem da família. Te deixamos ao lado da sua mãe… – ele parecia voltar com as lágrimas aos olhos, provavelmente estava se recordando os momentos difíceis que passara a algum tempo.
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   concorda. Talvez seja por isso que não voltara ao seu corpo. Estava presa no corpo de Natalie, por isso ela ficara no outro corpo.
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  - Seu quarto ainda está da maneira que deixou quando saiu. Seu irmão e eu não conseguimos desmontá-lo. Parece até que sentíamos que você não tinha ido. – ele dá uma risada alegre e o acompanha, o abraçando. – Temos que achar um berço para você.
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  - Podemos ver isso mais tarde. Onde está Liam?
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  - No mercado. Desde que você se foi, ele tem se dedicado mais ao negócio da família. – o pai diz satisfeito. – Você pode voltar para lá também, se quiser.
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  - Claro, papai. – ela sorri. – Assim que resolvermos tudo, volto a trabalhar lá.
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  - Imagino que esteja cansada. – ele diz. – Vou deixar você aqui e vou rapidinho até o mercado contar a novidade para o seu irmão e vermos o que faremos para o jantar.
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  - Não precisam se preocupar tanto. – ela sorri e ele sorri carinhoso.
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  - Você voltou para nós, . É uma segunda chance de nós sermos uma família feliz. – ele apenas responde sorridente, saindo do quarto.
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  A garota estava tão feliz com a felicidade do pai, que sequer se lembrara da tristeza que deveria estar sentindo agora. Sem ela, sem Emma. Olha para a filha, que mexia na bolsa da mãe e chamava pelo pai, como se ele estivesse preso lá dentro. Diminui o sorriso ao pensar que ela dificilmente iria vê-lo novamente. Suspira e deita com a filha em sua cama grudada à parede. A menina não se mexe ao ver o cansaço da mãe. Fecha seus olhinhos e adormece junto com a mesma.
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  - Ela não parece .
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  - É porque não é o corpo dela, quando acordar, irá perceber pelo modo que ela fala.
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  - Não consigo imaginá-la como .
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  - Ela é , Liam.
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  - Certo. Será que ela irá demorar para acordar? E essa neném?
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  - É a filha dela?
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  - E cadê o pai?
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  - Não, Liam. A menina já estava grávida quando ela entrou no corpo.
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  - Então ela não é a mãe verdadeira?
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  - Não faça perguntas difíceis de serem respondidas. Ela se considera a mãe da menina, então é a mãe dela.
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  - Tudo bem, tudo bem.
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   podia sentir o olhar dos dois sobre ela. Não sabia por quê, mas se sentia receosa em acordar agora que ouvira tantas indagações do irmão. Porém, Emma não pensava da mesma maneira, acordara assim que ouvira a voz dos homens e começara a balançar as mãos e pernas.
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  - Será que temos de pegá-la?
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  - Ela não está chorando. – o pai responde.
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  - Mas parece que ela quer vir para nós.
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  - Deixe-a aí.
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  - Ela está muito agitada.
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  - Filho, pare de olhar para ela então. – o pai diz impaciente e novamente se calam.
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  - Aonde iremos arranjar o berço?
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  - Podemos rodar a cidade a procura de um desses bazares de fim de ano, que vendem o berço por um preço pequeno.
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  - O senhor tem certeza de que é ?
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  - Mas que diabos, claro que tenho! Acha que eu não reconheceria a essência da minha menina?
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  - Pai, o senhor viu em 5 garotas desde que ela se foi.
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  - É ela mesmo. – ele finaliza a conversa.
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  A garota suspira e lentamente abre os olhos, ouvindo um dos dois se mexer ansioso, provavelmente o irmão Liam. Vira o rosto, fingindo surpresa em vê-los ali. O pai com um sorriso sereno no rosto e o irmão desconfiado:
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  - Nerd? – ela murmura em sua voz rouca e rapidamente vê a expressão de Liam amolecer.
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  - Jesus, é você mesma. – ele agacha ao lado da cama. – … – ele coloca a mão no rosto da irmã. – Te estragaram.
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  A garota finalmente abre os olhos por inteiro e rapidamente se senta:
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  - Bela maneira de me receber, Liam.
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  - Não foi pra ofender! – ele levanta os braços. – Mas olha só você! Toda arrumada e com tudo no lugar…
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  - Obrigada. – ela responde em desgosto.
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  - Tem certeza que você engravidou?
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  - Cale a boca, tá bem? – ela murmura paciente.
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  Emma engatinha até o tio, agora que finalmente a mãe havia acordado e levanta os bracinhos para que ele a pegasse. Liam olha a irmã assustado e ela sorri. Lentamente se aproxima da garotinha, a pegando no colo, fazendo-a rir e tirar seus óculos do lugar. e Marc assistiam tudo sorridentes, o pai feliz de ter sua menina de volta.
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   se sentia um tanto melhor agora que estava de volta, aquele peso no fundo de si, que a atrapalhava todo santo dia se fora. A saudade se esvaiu e a curiosidade já não existia mais. Voltaria à vida que planejara ter.
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  - Acho melhor ninguém saber sobre isso. Podem nos achar loucos. – o pai dizia. – Sabe como são as pessoas, nunca acreditam nos médicos, quando se mexe com essas coisas de almas…
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  - Por mim tudo bem, Liam já é considerado um louco mesmo. – molhava a fatia de pão italiano no molho a bolonhesa da lasanha que o pai havia feito.
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  - Sabe, – Liam a olha. – A cada coisa que você fala me faz ter ainda mais certeza de que é mesmo você.
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   e Marc riem e Liam se junta ao ver Emma dar risadas e batucar na mesa, balançando suas perninhas, animada com a alegria da nova família.
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  - Papai! – ela grita, fazendo todos diminuírem seus sorrisos. voltara seu olhar para o prato e come calada, enquanto o pai e o irmão trocavam olhares cúmplices.
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  - Filha… O pai da criança…
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  - Ele está bem, pai. Não é uma pessoa ruim, isso é o que deve saber. – ela diz levantando o rosto para os dois, que assentem. – Ele só tem alguns problemas com algumas pessoas…
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Capítulo 17

   estava deitado nu ao lado de Natalie. Encarava o teto sério, pensando em como estava. Sem dinheiro, sem nada e ainda com Emma, sabia que ela conseguiria se virar, só não via uma maneira dela sair dessa sozinha. Estava preocupado com a garota e com a filha.
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  Sente a mão de Natalie subir por seu peitoral e um beijo ser depositado em seu ombro.
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  - Senti sua falta. – ela diz carinhosa. Ele não responde. – Sentiu a minha?
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  - Não.
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  A ouve dar uma risada.
  - Como consegue ficar com alguém que não te ama? – ele a olha repugnante.
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  - Mas você me ama. – ela mistura sua ironia com uma falsa surpresa. – Sempre me amou e sempre vai me amar.
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  - Não, não te amo e nem penso em te amar.
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  - Sabe que eu gosto de você nervoso?
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  - Estou falando sério, Natalie.
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  Ela suspira.
  - Bom, o seu corpo faz bem para o meu.
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  - O meu corpo e de mais quantos?
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  Ela dá outra risada e volta a deitar na cama, encarando o teto claro.
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  - Foram só algumas vezes.
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  - Sabemos que não é verdade.
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  - E qual o problema disso? Aposto que antes do acidente acontecer, você pouco se importava.
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  - Sim, até que eu conheci alguém melhor que você.
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  Ela o olha sério.
  - Não me provoque.
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  - Natalie, eu vou te falar uma coisa. – ele se vira para ela. – Eu amo aquela mulher. Não você.
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  Ela suspira e se vira para ele, chegando mais perto.
  - Se você a amasse de verdade… – encosta seus lábios nos dele. – Não estaria aqui agora. – e finaliza com um selinho, voltando a se deitar.
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  - Acontece que você meteu os meus amigos no meio.
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  - Eles bem que merecem, sempre foram rudes comigo.
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  - Você nunca foi a melhor pessoa com eles.
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  - Como não? Quem foi que pagou aquela viagem de confraternização que eles tanto queriam? Eu dei muito mais do que eles mereciam, se você quer saber. Está na hora de eles me retribuírem, seja por bem, ou por mal, .
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  - Se a questão for dinheiro, Natalie, você sabe muito bem que nós todos podemos pagar.
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  - Não… – ela sorri. – Prefiro chantagear vocês e manter você perto de mim.
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  - Temos uma filha–
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  - Aquela aberração não é minha filha! – ela diz horrorizada. – Pode até ser estilosinha, mas eu NUNCA vou ter uma filha. Elas só dão trabalho, não vê a Sharon? Um fardo.
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  - Achei que gostava dela.
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  - A mantenho na linha, isso sim.
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  - Natalie, acho que você merece mais do que isso aqui. – a encara e ela sorri.
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  - Não adianta vir com esse papo pra cima de mim, meu amor. – ela o abraça novamente. – Você vai ser meu pra sempre. – e se aconchega nos seus braços, o fazendo revirar os olhos e a empurrar para longe, se levantando, colocando sua boxer, e saindo do quarto em direção ao quarto de hóspedes, aposento que não dormia sozinho desde o acidente da ex-agora-atual.
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  - Eu estava pensando… – diz na gravadora, onde os quatro davam uma pausa da gravação do novo CD da banda. – E se nós planejarmos uma contra a Natalie?
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  Os três o olham curiosos.
  - Vamos dizer que a gente simule alguma coisa contra ela e processe ela de volta. – ele começa a dizer, os três amigos boquiabertos.
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  - Meu Deus, você pensa… – diz maravilhado com a situação. Olha no relógio. – Quatro e dezessete da tarde do dia… – volta a olhar no relógio – Quatorze de Junho, pensou. É. 2012 está aí.
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  - Ah, me come. – taca o guardanapo no amigo, fazendo os outros rirem.
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  - É uma boa ideia, e o que iríamos armar? – olha para , que olha surpreso para os amigos.
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  - O quê? Minha linha de raciocínio foi até aí, vocês que dêem um jeito para pensar no plano.
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   revira os olhos e bufa.
  - Quando a gente acha que milagres acontecem, tem sempre um jegue pra provar que é furada. – resmunga.
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  - O quê? Já fiz demais, tão reclamando? Da próxima vez não falo nada também! – vira a cara, fingindo um drama.
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  - E se nós a fizermos assinar um contrato de contrabando, sem ela saber o propósito? – encara os amigos ansioso.
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  - Ela lê contratos. – murmura.
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  - Ela sabe ler? – brinca.
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  - Você não tem poder para zoar com a cara dela com isso, , você também não sabe ler. – o olha e o chuta.
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  - Mas que zica comigo hoje, hein ? Vê se me chupa!
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  - É sério, gente. – diz sério. – Temos que sair dessa, a está sozinha em algum lugar com a Emma.
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   e automaticamente se desculpam com os amigos e se calam, pensando em algo.
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  - Talvez se nós contratássemos um serial killer… – começa a dizer e os três o encaram sério. Ele encolhe os ombros e diz: – Não deixa de ser uma opção, oras.
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  - Podemos fazer algum gostosão a levar para o mau caminho. – murmura. – Tipo, drogas e tudo mais.
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  - Ela já faz isso. – murmura e estala os dedos.
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  - Então vamos mandar a polícia atrás dela.
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  - Seu burro, eu vou como cúmplice, esqueceu? – o amigo diz nervoso.
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  - Até a ideia do era melhor que essa. – murmura. Ouvem o celular de tocar e ao ver o visor, revira os olhos.
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  - Sabe o que eu acho? Que devíamos voltar para nossas casas e pensar no que fazer. – diz se levantando. – Quem conseguir ideia, liga. Já perdi as contas de quantas vezes ela ligou para ele hoje.
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  Os amigos se levantam e se despedem, cada um seguindo para sua casa. Natalie dizia que iria demorar para voltar para casa, uma vez que estava com Kourtney no cabeleireiro. Ele sabia que elas demorariam no mínimo quatro horas para saírem de lá, então resolvera checar algo que sempre tivera curiosidade desde que fora embora.
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  Retira um envelope do bolso e o analisa, dirigindo por entre a cidade e indo para uma parte de classe média. Estaciona o carro no centro e joga uma moeda para um garoto que dizia cuidar do carro dele. Caminha com as mãos no bolso e ao se aproximar do número que estava contido no envelope, diminui os passos receoso. Ao encontrar o número, vê um pequeno mercado, onde haviam três ou quatro pessoas dentro e uma no caixa, se despedindo do balconista. Encosta num poste que havia por perto e passa a observar.
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  De acordo com o envelope, estaria ali. Pelo menos era para onde estava endereçada a carta que redigira a seu pai e seu irmão, quando ainda estava no início da mudança de hábitos. Demorara cerca de vinte minutos para ele ver a garota chegando com algumas sacolas e um homem mais velho atrás com Emma no colo, a fazendo rir e bater palmas. Desencosta do poste e passa a observá-los. Devia ser o pai e o irmão, quando vira a garota sorrindo para o balconista com óculos fundo de garrafa.
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   era tão previsível. Sabia que ela iria direto de volta para a família, e de acordo com que lera nos arquivos que imprimiu que ela escrevera antes de Natalie jogar tudo no lixo – o computador, o cachorro, os quebra-cabeças – eles eram esquisitos o suficiente para entender o motivo e aceitá-la de volta. Sorri ao ver a garota sorrir feliz e olhar para Emma, que agora estava no chão, dançando à cantoria do avô. Olha para o relógio e resolve voltar para o carro. Era melhor que ele não desse razões para Natalie desconfiar, pelo menos agora que ele estava certo de armar uma contra ela para ter a vida que gostou em ter, de volta.
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  - Você foi a ver? – perguntava na linha em grupo.
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  - Falou com ela? – pergunta curioso.
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  - Como está Emma? – diz também.
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  - Fui verificar se eu tinha razão. Só isso, não falei com ela, só me certifiquei que ela estaria bem e segura. Emma parece ótima.
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  - Que bom. – responde.
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  - Você não pensa em falar com ela, não é? – pergunta receoso.
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  - Ele não pode falar com ela. – diz sério. – Ouviu, ? Você não pode. Não agora.
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  - Eu sei, eu sei. Não falei. – “por mais que a vontade ultrapassasse o limite de tudo“.
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  - Se Natalie souber que você sabe onde está e desconfiar de algo. Todos nós estamos fudidos, inclusive a família dela.
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  - Eu sei, ! – reclama. Não gostava de relembrar tais verdades.
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  - Pensaram em alguma coisa? – pergunta para aliviar a tensão. Nenhum dos três responder.
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  - Eu pensei em algo. – murmura.
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  - O quê? – ouve o coro.
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  - Vai ser meio arriscado, mas pode dar certo.
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  - Vai ser meio arriscado pra nossa carreira? – pergunta curioso.
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  - É. Mas se der certo, tudo ficará bem.
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  - O que é? – pergunta impaciente.
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  - Vamos dar um golpe nela.
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Capítulo 18

  - Quanto falta? – o pai pergunta a , que o encarava séria.
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  - Pai, o senhor vai sentir o cheiro, quando isso acontecer, quer dizer que está pronto.
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  - Mas eu já sinto o cheiro.
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  - Mais forte, pai.
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  - Filha, você sabe como sou impaciente com doces.
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  - Vai valer a pena, tenha certeza. Vai lá tomar um banho, assistir sua novela, sei lá. Quando estiver pronto, eu chamo. – ela empurra o pai para fora da cozinha. Olha pela janela e vê o irmão brincar com Emma numa pequena gangorra que compraram num bazar de quintal por 15 dólares.
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   se sentia aliviada por ter sido tão bem aceita de volta na família. Achava que o pai e o irmão eram loucos, mas agora, tinha certeza. Se fosse ela, estaria com uma pulga atrás da orelha até agora. Olha para a receita e se lembra de quando fazia os cupcakes para e este comia todos os vinte e três sozinho, depois sempre reclamando de indigestão. Sorri. Estava evitando saber sobre a banda, mas não conseguia se segurar com a curiosidade. Chegava a doer o coração, mas tinha que ser forte. Passara por coisas piores, tinha de dar certo.
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  Ainda mais que agora estava num novo projeto, onde ajudaria as crianças da periferia a ler e escrever. Se sentia melhor quando estava lá, ensinando. A periferia da Califórnia não era tão violenta quanto todos pensavam. Pelo menos aonde ela estava, havia policiamento constante e harmonia, tirando algumas brigas de rua, ou desentendimento, que todo lugar tem. As crianças eram sorridentes e gostavam de aprender. Eram momentos em que ela se esquecia de seu passado e ficava feliz por estar ajudando alguém.
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  Não recebia muito por isso, o governo era como outro qualquer, mas não fazia por necessidade, o mercado sustentava normalmente a família. Era apenas um dinheiro extra que guardava numa poupança que abriu para Emma, afinal, um dia ela teria de ir para a faculdade.
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   adentrava a casa três dias depois de ter confirmado na casa de sua família. Natalie fingia nada nunca ter acontecido e ela ter nascido com aquele corpo. Às vezes reclamava da falta de moldura na cintura, ou uma celulite invisível na coxa, nada que uma ida à estética não resolvesse.
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  - Tenho um acordo para fazer com você. – dizia durante o jantar, quando os empregados, por ordem dele, foram dispensados.
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  - Hum, eu sabia que tinha algum propósito. – ela revira os olhos. – O que foi?
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  - A produção da gravadora nos deu uma ideia para esse projeto social que inclui diversas instituições. Nós gravaríamos um CD independente para a venda e o lucro para tais instituições presentes no projeto.
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  Ela balança a mão para ele continuar assim que ele pausa. inspira paciente e volta a falar:
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  - Acontece que para a gravação, nós teríamos que gastar 70 mil dólares a mais. Nós temos 60 mil, já que a gravação desse CD de agora já está nos levando muito. O meu acordo é, se você concordar em assinar um contrato de patrocínio de 10 mil dólares…
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  - Ah, não, ! Já patrocinei demais, vocês–
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  - Eu a peço em casamento.
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  Natalie se cala. Olha para o garoto surpresa e boquiaberta.
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  - Está achando que eu sou tola? – ela o encara.
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  - Tenho cara de estar achando isso no momento? – ele diz sério. Natalie nada responde. – Acredite, nós já fizemos um empréstimo no banco. E eu não quero te pedir nada, para que você fique depois jogando na cara. Mas é um bom projeto.
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  - Você vai mesmo me pedir em casamento?
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   respira fundo e retira a caixa azul escura de veludo do bolso, depositando na frente de Natalie, que arregala os olhos e abre um pequeno sorriso. Levanta a mão para tocar, mas ele coloca a mão na frente:
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  - Eu só peço, se você concordar.
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  - Acha que sou um robô para–
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  - É você quem sabe, Natalie. Eu estou fazendo uma troca. Algo de importante para mim, com algo importante para você. Vai ou não vai?
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  Ela nada diz. Encara a caixinha azul e sorri:
  - Deixe-me ver esse contrato.
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   então pega a pasta que estava à pouco no chão e a abre, retirando uma pasta branca de dentro e entregando para ela, que abre e passa os olhos rapidamente por tudo.
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  - Aqui não está citando a sua parte do acordo. – ela murmura e ele resmunga.
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  - Você quer que eu ponha num documento que vai ser passado para praticamente os Estados Unidos inteiro, que eu troquei um pedido de casamento por esse projeto? Está louca? – finge indignação e Natalie o olha sem interesse.
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  - Por acaso eles têm a ver com a nossa vida? Acho que não, não é?
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  - E desde quando você se importa com isso?
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  - Desde agora.
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  - Natalie, eu não vou colocar um matrimônio como acordo. Sabe o que a minha família irá pensar de mim?
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  - E desde quando eu me importo com a sua família?
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  - A minha família sou eu, Natalie. – diz sério. – Olha, é melhor a gente não casar então e–
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  - Está bem, mas que coisa! – ela segura o papel com mais força, o impedindo de tirá-lo de suas mãos.
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  Ele a olha fingindo receio e ela estende a mão.
  - Caneta, anda!
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  Ele ainda hesita mais um pouco, até ela revirar os olhos e retirar a caneta de sua mão mais longe, assina o papel sem olhar direito e entrega para ele.
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  - Agora faça o seu pedido.
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   respira fundo e empurra o papel para o lado, se afastando de sua cadeira e ajoelhando-se a frente de Natalie, que sorri maravilhada.
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  - Quer casar comigo?
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   podia ver as notícias sobre o casamento da milionária sobrinha de Laura Villa com . A família explicava que a suposta morte de Natalie, causada há meses, fez com que os dois enxergassem o quanto se amavam. Seu estômago remexe. Então ele estava levando tudo aquilo a sério. Ou estava também sendo obrigado a fazer isso?
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  - ! – ouve Liam gritar em seu lado, pula no sofá e o encara. – Caramba, estou te chamando há tempos.
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  - Desculpa, o que foi?
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  - O diretor do colégio que você trabalha ligou e disse que quer uma reunião com os representantes do projeto agora lá na escola.
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  - Certo, obrigada, nerd.
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  - Nada barbie.
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   ri. Desde que voltara Liam tem trocado seu apelido de ‘perdedora’ para ‘barbie’, pois, de acordo com ele, ela parecia uma versão da coleção barbie malibu. E Emma era ‘kate’ a sobrinha da barbie.
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  - A banda irá promover um projeto cujas vendas deste CD será doado todo o dinheiro para estas instituições. E a nossa consta na lista. – o diretor dizia para os três presentes na sala.
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   e as outras duas mulheres sorriem animadas e felizes com o interesse de ajudar as crianças carentes.
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  - Quem é a banda? – a mulher ao seu lado pergunta.
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  - All Time Low. – o homem diz e fica séria. – Não conheço a música deles, mas só pelo que estão fazendo e o quão animados os cidadãos americanos jovens ficaram, deve ser uma boa banda. Falta ser aprovado pelo governo, mas estão andando rapidamente com o processo.
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  - Já ouviu, Siena? – se dirigem à , já que ela se apresentara a todos desta maneira para que ninguém desconfiasse de si e dos irmãos. Sorri para todos.
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  - Não, nunca ouvi.
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Capítulo 19

  Fora difícil modificar o contrato de Natalie e ainda mantê-lo intacto. Para facilitar suas vidas, fora até o cartório e autenticara, só para comprovar que era verdadeiro. Escondera o contrato na casa de , para que ela não pegasse escondido e copiasse. Natalie dava umas dessas quando estava desconfiada de algo. Apesar de não demonstrar, sabia que ela estava de olho aberto em tudo o que fazia.
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  - Acho melhor ficar carinhoso com ela. – dizia.
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  - Não, está louco? Aí que ela vai desconfiar dele mesmo! Continua assim, . – diz no volante.
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  - Mais alguns dias, apenas. – suspira e encara o papel em mãos. Olha o valor já modificado: 10 bilhões de dólares.
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  Ele sabia que depois da crise de 2008, a fortuna dela, que estava em 20 bi, passou para 8, quase 9. Como estavam no meio do ano, era impossível que ela conseguisse os 10 bilhões. Fora questão de zeros acrescentados. Tudo o que aconteceria, seria que eles entregariam esta carta com o contrato para um juiz e este ou iria negar o projeto e processá-la por gastos imorais, ou aceitaria e ela receberia o golpe.
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   achara melhor ir em um juiz fora da Califórnia, para que fosse mais certo de que Natalie não soubesse de nada antes do tempo certo. Entregara a carta e os advogados disseram que teriam de esperar alguns dias para a resposta do juiz. Toda noite, o dia inteiro, na verdade, rezava para que o plano desse certo. Havia uma gravação que eles editaram para provar que Natalie havia concordado, caso ela descobrisse tudo e quisesse ferrar com a vida deles.
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  A aprovação do projeto demorou para sair e quando saiu, pode sentir a fúria de Natalie bater em si. Seu advogado ligara pedindo a presença dele na delegacia, onde Natalie estava presa.
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   ligara para o seu advogado, que já sabia sobre toda a ocasião e se dirigira com ele para o lugar. Ao entrar, dera de cara com Laura, Sharon e Natalie sentadas furiosas.
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  - EU VOU TE MATAR, SEU DESGRAÇADO! – Natalie grita indo para cima de , que não se mexe e tampouco muda sua expressão para uma melhor. Policiais a segura e a põe sentada de volta na cadeira. – Você armou isso para mim, não foi?
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  - Claro que não. – ele disse. – Você quem aceitou.
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  - Acha que eu sou idiota? Você disse dez mil! DEZ MIL!
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  - Eu disse dez bilhões, Natalie, você até hesitou, se lembra? Até eu hesitei na hora de você assinar, pensando se era o certo a fazer.
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  - PARE DE MENTIR!
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  - Senhorita, eu vou pedir que se acalme ou terei de levá-la para uma cela.
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  - MAS NEM MORTA QUE ELA IRÁ ENTRAR NUMA CELA! – Laura se levanta indignada e olha para os dois advogados. – TRATEM DE DAR UM JEITO NISSO AGORA!
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  - O senhor tem provas de que ela assinou o contrato?
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  - Além da assinatura dela? – olha para o homem irônico.
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  - Uma assinatura não quer dizer muita coisa, senhor , o documento pode ter sido alterado.
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  - Mesmo quando o documento é registrado em cartório?
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  - Qualquer documento pode ser registrado em cartório. – o outro diz e revira os olhos.
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  - Meu cliente tem provas o suficiente para sua defesa que serão divulgadas no tribunal, juntamente com os advogados do projeto aprovado pelo governo e a gravadora. – o advogado de diz sério. – Até lá, ele estará indisposto a dar qualquer informação ou depoimento. A não ser que seja obrigado por uma declaração vinda do juiz.
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  O advogado de o chama para saírem do local e este olha para Natalie antes, balançando a cabeça em reprovação e saindo do local, podendo ouvir os berros. Ao entrar dentro do carro pelos olhares dos paparazzis, assim que estavam a metros de distância e no meio caminho para casa, ele pergunta:
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  - Vai dar tudo certo, não vai?
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  - Vai, não se preocupe. O vídeo será enviado ao juiz assim que ele pedir, o que provavelmente será hoje.
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  - Se Natalie ou alguém lá lhe oferecer mais dinheiro–
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  - , sou o advogado da sua família, não dela.
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  Ele sorri.
  - Valeu, cara. Não vamos ficar com a ficha suja, não é?
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  - Não, é por uma boa ação. A lei está a seu favor.
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   sorri, em parte aliviado, em parte ansioso. Sempre que conseguia, dirigia até o outro lado da cidade para verificar como e Emma estavam. Se preocupava quando a via com um semblante sério e sorria junto com ela, quando a via gargalhando. Não via a hora de poder fazer tudo junto com as duas. Se apresentar ao pai e ao irmão, trazê-las de volta para sua casa…
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  - Sentencio a réu Gabrielle Villa, culpada. – o juiz dizia duas semanas depois, no tribunal. – A senhorita terá de pagar os 10 bilhões combinados para o projeto social que fora aprovado pelo juiz Mackenzie, além de responder pelo processo sobre tráfico de drogas e adultério apresentados essa semana pelos senhores Jean-Paul Pertier e Jonathan Igor Polloves. Haverá uma multa de 250 mil dólares para que a senhorita seja liberada, caso assim o faça, terá de cumprir 250 horas sociais para o governo. De acordo com a lei 38.7.3 do código penal, a senhorita está condenada a dois anos de prisão obrigatórios e mais quatro por complemento.
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  Ao finalizar a sentença, não só Natalie, mas como e o resto da banda estavam boquiabertos. Não esperavam tudo aquilo da garota, por um breve momento, se sentiu na obrigação de pedir para o juiz diminuir a pena da ex-namorada, mas ao olhar para a cara dela e sua expressão para si, resolveu que o quanto mais ela ficasse na prisão, longe dele e de , melhor. Não corriam risco de vida.
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  O juiz anuncia o término da sessão e os policiais seguem até Natalie, onde prendem seus pulsos em uma algema, ouvindo as reclamações de Laura e Sharon. Para sua surpresa, ele não ouvia gritos nem protestos de Natalie, que se levanta calada, o olhando séria. Ao passar por ele, para e diz:
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  - Espere só eu sair daqui. – e é levada para fora do tribunal.
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   a observa sair e respira aliviado, pelo menos pelo momento. Feliz de que havia ele a havia afastado dele.
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Capítulo 20

   terminava de preparar os cookies que o irmão e o pai tanto aclamavam por. Não se lembrava dos dois serem tão viciados em doces como eram agora. Pelas suas contas, faziam quase três meses que não via . Ele provavelmente estava por aí casado com Natalie. Tudo o que ela queria.
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  Parara de assistir à TV, porque todos os canais falavam do bendito casamento da Villa. Sentia raiva e não gostava desse sentimento. Focava sua atenção em Emma, que a cada dia se parecia mais e mais com… Natalie. Ela. Bom, o que seja. Felizmente a menina puxara a família do pai. Ela agora passara a chamar pelo avô – muito coruja – ao invés do pai, o que deixava a mãe bem mais aliviada. Cada dia que se passava, se sentia melhor com a vida antiga. Durante a semana ia para a escola, nos finais de semana ia para o mercado e sempre ficava com Emma.
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  O mais feliz de todos era o pai, que não desgrudava da filha e da neta. Sempre corujando as duas. O irmão estava se acostumando com a aparência da irmã, achava esquisito demais terem mais clientes – homens, claro – vindo fazer compras nos finais de semana, apenas para paquerar a garota. Como qualquer irmão, tinha sua dose de ciúmes, não deixando nunca que nenhum deles chegasse muito perto dela. Os homens tinham mais receio de pegar as espinhas do garoto, do que das ameaças que ele mandava. Na verdade, as ameaças não eram absolutamente nada para eles. O fato do pai da garota estar sério de braços cruzados atrás do filho ajudava muito.
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  Encosta no batente e vê o irmão jogado no sofá com o controle em mãos mudando sem parar de canal e o pai no outro com a neta brincando com o cachorrinho de pelúcia. Ouve a campainha e olha para o forno. Ainda dava tempo de atender rapidamente a porta.
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  - Eu vou. – ela murmura ao ver o pai e o irmão trocarem olhares para saber qual dos dois iriam até a porta. Abre-a e arregala os olhos ao ver parado com as mãos dentro dos bolsos da bermuda. O vê abrir um sorriso e retirar os óculos de sol, pendurando-os na gola da camiseta.
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  - Oi, . – ele diz e ela mantém sua boca aberta, pasma. – Não vai me convidar para entrar?
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  Ainda sem dizer nada, ela dá alguns passos para trás, abrindo a porta por inteiro e o deixando olhar o local, entrando e esperando-a fechar a porta. Demorou alguns segundos para ela se tocar que ele já se encontrava dentro de sua residência e seu pai e seu irmão encaravam o garoto confusos, pelo menos até Emma chamar:
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  - Papai! Papai! – se levanta desengonçadamente – o avô a ajuda – e caminha cambaleando até , que sorri e se agaixa, abrindo os braços, onde ela se joga sorridente e tomba a cabecinha no peito do pai.
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  - Que linda que está. – ele diz para ela e beija o topo de sua cabeça. olha para o pai e o irmão, que encaravam a cena tão surpresos quanto ela. O pai aponta para e Emma e concorda com a cabeça.
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  Marc se levanta e limpa a garganta, chamando a atenção de . Se ele era então o pai de sua neta, teria que agir como um verdadeiro pai.
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  Ao perceber a seriedade do pai de , se levanta, ouvindo reclamações de Emma, que bate nas pernas dele para que abaixasse novamente.
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  - Erm, boa tarde, senhor . – ele demora para se lembrar do sobrenome de . Levanta a mão para cumprimentar o homem, que retribui o aperto de mão.
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  - Liam. – o irmão acena ao fundo e sorri, acenando de volta.
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  - Então é o pai dela? – aponta para Emma, que ainda tentava chamar a atenção do pai.
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  - Bom… É. Eu sou.
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  Marc olha para a filha, que ainda continuava surpresa, porém agora com a boca fechada.
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  - Posso saber a razão de sua visita?
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   olha para e então volta a olhar para o pai dela:
  - Hum, não sei se ela contou sobre o nosso relacionamento…
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  - Não esclareceu muita coisa.
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   nada diz.
  - Se importa se continuarmos aqui? Como pode ver, a casa não é muito grande…
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  - Não senhor, à vontade. – o garoto rapidamente diz.
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  - Obrigado. – ele se senta de volta no sofá com Liam, e voltam suas atenções para a TV. Na verdade, as atenções continuavam com o casal.
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   se volta para , que o olhava séria.
  - Se ela te ver aqui–
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  - Me livrei dela. – resolve ser curto e grosso. Volta a ver a boca de abrir e os olhos arregalarem. Ao perceber que ela não iria se pronunciar, volta a falar: – Longa história.
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  - Tenho o dia inteiro. Mas na cozinha, porque os cookies irão queimar. – e se vira, sendo acompanhando pelo garoto, que antes olha para a filha:
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  - Pode deixar comigo. – Marc diz se levantando e pegando a netinha no colo.
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  - Obrigado. – sorri agradecido e segue até a porta que havia entrado. Vê a garota com uma assadeira em mãos e depositar na mesa, passando-os para uma travessa com uma espátula. – Como está?
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  - Bem. E você?
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  - Melhor. – sorri e se senta na cadeira em frente a mesa.
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  - Então… – ela o incentiva a falar.
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  - teve a ideia de nós armarmos um plano contra ela.
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  - ?
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  - Acredite, você não é a primeira a pensar assim. Espere só ele saber que você também está neste time.
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   solta uma risada, o fazendo sorrir.
  - Então nós resolvemos dar um golpe… – e iniciou toda a história de tudo o que aconteceu desde que ela saíra da casa dele até o dia anterior, quando finalmente se livrara de Natalie. ouvia a tudo boquiaberta. Demorara cerca de quarenta minutos para ele dizer tudo. – … E então a primeira coisa que fiz foi vir até aqui.
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  - Você… – ela começa a falar e então para, pensando no que dizer.
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  - Eu quero você de volta para casa, . Você e Emma. – ele pega na mão da garota. – Senti falta de vocês duas esses meses. Passava por aqui para saber se estava tudo bem com você.
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  - Você vinha aqui?
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  - É. Só para me certificar de que estava tudo bem.
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  - E por que não veio falar comigo? – ele pode sentir um pingo de indignação. Encolhe seus ombros.
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  - Natalie é espertinha, apesar de não parecer. Se ela colocasse alguém atrás de mim, e essa pessoa me visse com você, o plano ia por água abaixo, então só pude me conter em ver vocês duas de longe.
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   consente calada e abaixa o olhar. Ao levantar encontra com os olhos de .
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  - Então… – ele começa novamente o diálogo. – Você vai voltar para casa, não é?
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  Ela olha para trás do , onde se localizava a sala, pensa em seu pai e seu irmão.
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  - Eles podem vir para casa sempre que quiserem, sabe disso.
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  - Mas eu estou num projeto numa periferia…
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  - Podemos contratar um motorista para te levar. – ele diz rapidamente. – Apenas preciso de você de volta.
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   aperta os lábios e respira fundo.
  - Eu preciso conversar com meu pai e meu irmão antes…
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   deixa seus ombros caírem e concorda com a cabeça.
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  - Você quer que eu…
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  - Não, não. Eu falo.
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  - Certo. – ele não sabia se levantava ou continuava sentado. Se levanta ao vê-la fazer antes.
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  - Eu te ligo. – ela murmura indo até a porta e ele concorda. Olha para Emma, que tentava ir até o pai e acena para a pequena.
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  - Até logo, senhor . – diz, vendo o pai acenar para o garoto. Olha para e essa olhava para o lado sem graça. Segura sua tentação em beijá-la e segue para fora da casa, se dirigindo até seu carro.
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  Ao fechar a porta de casa, respira aliviada.
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  - Isso é um bom sinal, ou um mal sinal? – ouve a voz do pai.
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  - Ele quer que eu volte para casa.
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  - Você está em casa.
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  - O senhor me entendeu.
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  - Achei que ele havia a abandonado.
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  - Não… – ela murmura avoada. Se aproxima do pai e se senta ao seu lado, tendo a atenção de Liam também. – Ele queria vir comigo quando aconteceu o auê, mas não deu.
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  - Filha, não pare sua vida por causa de mim. – Marc diz passando a mão pelas costas da garota, que o olha. – Fico feliz só de saber que está aqui e feliz.
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   sorri e o abraça.
  - Gosto de morar com o senhor.
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  - Gosto de tê-la morando comigo também. Preferia ver Liam saindo de casa primeiro–
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  - Valeu, pai. – o irmão diz mandando um positivo para os dois, tirando risadas de .
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  - Mas como isso não vai acontecer tão cedo… Bom. Espero apenas que você não se esqueça de nossos almoços de domingo.
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  - Não, não! – sorri. – Não perco seu spaghetti por nada nesse mundo!
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  - A não ser que você engravide novamente. – Liam diz e fecha a cara.
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  - Acho que não irá acontecer tão cedo.
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  - Não diga mais nada, Liam. – o pai diz sério.
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Epílogo

  Alguns meses depois…

  - Senhorita , carta para a senhorita. – a empregada dizia entregando um envelope vermelho para a garota, que a olha indagativa e esta levanta os ombros, indicando que não sabia de quem era.
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  - Obrigada, Nina. – diz se dirigindo até a externa da casa que morava com e Emma. Deita numa das cadeiras de piscina e abre o envelope, se surpreendendo com a letra manuscrita fina e o papel acetinado.
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  ,

  Parece um tanto tolo de minha parte contatar a si, uma vez que quando precisara de mim, não a ajudei.
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  Porém a consciência pesa, a saudade bate e a certeza vem à tona.
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  És uma boa garota e pude perceber assim que chegou em minha casa que não era Natalie, apenas me ceguei com a verdade.
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  Peço perdão pelos erros e uma chance de ter uma neta que valha a pena. Por mais que psicologicamente não seja de minha linha sanguínea, você possui a estrutura de meu filho, o que me faz ainda mais querer sua companhia, para que eu não me esqueça dele.
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  Espero que aceite minhas sinceras desculpas e meu convite para as próximas férias de verão. Terá sempre minhas portas abertas para você e sua família.
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  Com carinho,

  A. Villa.”

   sorria ao ver o conteúdo da carta mais uma vez. Se recorda da última férias de verão. Gostara da companhia da mulher e se sentira bem perto dela. Fora a avó que ela nunca teve. Rapidamente segue até sua sala, onde pega um cartão para imediatamente respondê-la. Não queria saber como andava o resto da família Villa, com excessão dos gêmeos.
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  - Vai escrever à quem? – a abraça por trás e encosta o queixo em seu ombro. Sem nada dizer, ela levanta a carta que a avó de Natalie havia mandado. Ficam em silêncio pelo tempo que lia a carta e armazenava a informação. – O que irá responder?
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  - Gosto dela, . – fora o suficiente para ele.
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  - Bom, seu pai vai gostar da França.
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  - Acho que sim. Ele nunca ligou muito em sair do país, mas é o nosso primeiro verão juntos desde o incidente, então ele vai de qualquer jeito. – ela sorri e se vira para o garoto que sorri de volta e agacha, encostando seus lábios.
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  - Sabe o que eu pensava esses dias? – ele murmura com as bocas unidas e ela resmunga alguma coisa. – Que está na hora de sermos uma família normal.
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  - Temos alguma coisa de diferente das outras? – ela se afasta dele séria e ele concorda com a cabeça.
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  - Não somos casados.
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   arregala os olhos e recebe o sorriso de , seguida de um movimento de seu braço esquerdo, que surgia do bolso de sua calça com uma caixa de veludo vermelho.
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  - Que tal nossa lua de mel na França? – ele sugere.
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Fim

  Nota: Finalizei. Woop, woop! Espero que tenham gostado (: Obrigada por toda a atenção que deram à Changing! Não deixem de comentar dizendo o que acharam e nos vemos em minhas outras fanfics! xx

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