Natashia Kitamura
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Capa por Fe Camilo

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Chanel

Capítulo 1

   poderia ser considerada uma das garotas mais fashionistas do século XXI. Nascida em Paris, desde pequena, quando aprendeu a discernir cores, a garota tinha a mania de escolher suas próprias roupas e montar seus próprios modelitos. Sem a ajuda da mãe ou de alguma funcionária da imensa mansão em que vivia, Amélia não era uma das mães que podia se gabar de ter enfeitado sua cria. Aos 16 anos, assim que terminara o Ensino Médio com méritos, fora uma das poucas alunas do colégio interno de Beaux que conseguira uma bolsa de estudos em uma faculdade de fashion design nos Estados Unidos. Devido ao grande feito e por consequências pessoais, acabou se mudando para o país americano e morando em um dormitório minúsculo no campus local.
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  Era indiscutível como a garota era fascinada pelas marcas da moda; roupas, sapatos, acessórios… Gucci, Donna Karan, Louis Vutton, Dolce and Gabbana, Versace, Givenchy. Admirava todas as marcas igualmente. Fazia pesquisas sobre seus cortes, os tecidos usados, as mãos que mediam cada manequim, os dedos que bordavam cada vestido. Através deles, pôde expandir seu conhecimento sobre a modernidade misturada ao clássico. Seus estilistas, sempre visionários, faziam-na se apaixonar mais por sua profissão, futuramente oficiada por um diploma americano.
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  Todas as pesquisas, todas as noites em claro tentando decifrar misturas de cores e tecidos… Nada poderia ser comparado à marca que mais lhe atraía e que não tinha medo de demonstrar: Chanel. Chanel, sua obsessão. Seu maior ídolo, a pessoa que mais se inspirava em sua vida era Gabrielle “Coco” Chanel. Quantos livros comprou sobre a revolucionária ‘Coco’? Quantas vezes deixou de comer para conseguir pagar ingressos de museus e filmes baseados na vida da mulher que transformou o feminino em algo grande; tão grande que até hoje, dezenas de anos depois de sua ascensão, ainda encantava a todos aqueles que se deparavam com cores finos, peças simples, mas rotulada como ‘Chanel’, levando a marca a uma das mais caras do mundo no mundo vestuário. Para , se pudesse, teria nascido no meio do século passado apenas para vivenciar a ascensão da estilista que revolucionou o mundo da moda.
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  Mesmo tendo sido criada parte de sua vida em uma alta sociedade, era uma garota simples com dotes artísticos para a moda. Tímida e pouco social, era possível vê-la em todas as festas, mas nunca em grupinhos chamados “panelinhas” ou acompanhada de alguma pessoa do sexo oposto. Este último, não era por falta de tentativa. Constantemente, era cobiçada por homens que passavam por ela na faculdade. Por mais que tentassem se aproximar, a garota acabava apenas atiçando-os e então os deixando com uma curiosidade incessante de saber como seria tê-la. Diversas eram as garotas a invejavam pelo fato de sempre chamar toda a atenção da festa, sendo especificamente este o motivo pelo qual a garota não recebe mais convites para determinadas festas. Não que ela se importasse. Assim como Chanel, o objetivo de era revolucionar o mundo da moda da maneira que ela gostaria que fosse.
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  Fora exatamente essa sua fama misteriosa e seu charme fashionista que conquistou a atenção do homem mais cobiçado de Santa Mônica: .
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   era o cara que todas as garotas queriam apenas para si mesmas; todas as mães queriam como genro e todo pai temia pelas filhas. Filho do prefeito de Santa Mônica, desde que o pai se elegera há um ano e meio atrás, quem recebera toda atenção fora o filho único do político. Com seu charme pessoal, o rosto bonito, corpo bem moldado, seu sorriso atraente e a conversa que conduzia, impossível de aborrecer até a pessoa mais mal humorada do mundo, conseguia ter tudo o que queria. Não houvera um dia que algo que ele pedira não fosse realizado na hora.
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  Até ele se interessar por .
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  Não era o garoto mais humilde do mundo, porém não era tão ignorante como o pai. Nascera e crescera em Santa Mônica e amava o local. Nunca namorara. era o tipo de cara que nunca estava compromissado, tampouco sozinho. Assim que os pais conseguiram o mandato da cidade, logo dera seu jeito de manter a casa em que viviam, quando os superiores comentaram em se mudar para uma residência maior. Como se a moradia atual fosse pequena. Era à beira-mar e apesar de não ficar todo o tempo do mundo na praia, valia a pena pela vista que recebia da imensidão azul.
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  Ele cursava administração de empresas para tomar conta da empresa do avô, já que o pai resolvera não seguir a carreira do próprio pai e nenhum dos outros irmãos dele tampouco. tinha três tios por parte de pai. Dois mais novos que o pai e um mais velho. Era impressionante o fato da família ser abarrotada de homens. Quase todos atraentes; obviamente havia alguns que não tiveram tanta sorte na vida, então optavam por serem extraordinariamente inteligentes, não deixando de chamar menos atenção que os belos. era o neto favorito dos avós. Mesmo não chegando nem perto de ser o mais velhos deles, nem o mais novo.
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   vira pela primeira vez durante a segunda semana de aula na faculdade. Ele sabia que ela era uma caloura, mas não parecia com uma. Ele conhecia absolutamente todo mundo que estava lá. Todos os nomes, o que faziam, filhos de quem eram. Uma coisa que era bom, além de paquerar, era com relação à memória. Ele não fingia se lembrar da pessoa que falava consigo, simplesmente porque se lembrava dela. Por mais que quisesse esquecê-la, se lembrava. Mulheres, homens, crianças, adolescentes, velhos. Ele se lembrava de todos. Era ótimo para os eventos políticos do pai, nunca envergonhava o superior com uma memória fraca inexistente.
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  - Quem é a do vestido amarelo? – ele olhava descarado para as pernas da garota que desfilava no corredor, enquanto ele estava sentado num dos diversos bancos no campo da faculdade com os amigos. As amigas rapidamente olham para a garota, querendo saber quem seria a intrusa que chamava a atenção de seu homem.
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  - Ah. – Kylie diz sarcástica. – A francesinha.
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  - Francesa? – levanta a sobrancelha com os amigos. Volta a olhar para a garota, que agora sumia de vista. Procurou-a por alguns segundos e então se virou para o grupo de garotas que o rodeava: – Falem-me sobre ela.
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  As garotas se entreolham perturbadas, o que não passa despercebido por nenhum presente. Ao vê-lo esperando uma resposta, a do meio se pronuncia:
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  - O nome dela é . – Katarine suspira. – Ela está cursando Fashion Design. Caloura. Veio da França e mora no dormitório aqui da faculdade.
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  - Solteira? – ele pergunta. Mais uma vez a resposta demora a vir. Encarou as garotas, aguardando, e então elas apenas concordam com a cabeça. – Interessante.
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  - Interessado, ? – Drake, uma das pessoas que surgiu em seu grupo de amigos sem avisar. o vê sorrir para si e, de acordo com sua política da simpatia, retribui.
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  - Bom, eu nunca havia conhecido uma francesa antes. De que lugar da França ela é?
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  - Paris. – Roxelle responde rapidamente antes que começasse a reclamar da demora das respostas das garotas. – Está sozinha aqui.
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  - Sozinha? – ele levanta a sobrancelha e sorri, fazendo com que as garotas olhassem feio para Roxelle e esta encolhesse os ombros.
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  Os amigos de nada dizem, apenas riam imaginando o que se passava na cabeça do cara.
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   passava pelo buffet do restaurante observando as opções de alimento. Nada. Gordura, carboidrato, calorias, calorias, calorias. A salada? Horrível e com um molho de queijo. Eca. Sanduíche natural? Apenas de atum. Atum? Não mesmo. Suspira e então pega apenas uma lata de chá verde e segue para o campus da faculdade, sentindo a brisa salgada do mar que deveria estar em algum lugar por perto. Havia ouvido falar de que a faculdade tinha conexão com a praia e que você poderia ficar sentado num banco olhando a imensidão azul. Não demorou muito para ela achar o tal banco magnífico que estava vazio. Ao contrário do que imaginava, o lugar não era isolado da faculdade e muito menos vazio. As pessoas pareciam preferir estender o casaco no chão e sentar por cima dele a se sentar no banco. passara em volta do local duas vezes para se certificar de que o banco não era bichado ou algo assim para as pessoas não o quererem tanto. Mas estava tudo certo, o banco estava em perfeita condição. A cabeça das pessoas que não deveriam estar tão bem assim.
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  Sentou-se e retirou seu bloco de desenhos da bolsa. Mais uma vez a brisa passa por entre seus cabelos e os tenta levar consigo. Em vão. Eles estavam bem presos ao couro de . Ela encara o mar, agora calmo e então volta a abaixar a cabeça, deslizando o lápis 2B pelo papel manteiga. Quem a visse desenhando poderia jurar que ela desenhava desde pequena e fizera um curso profissionalizante para isso. A primeira afirmação estava correta. Já a segunda nem tanto assim. Os pais de nunca deixaram-na praticar o desenho e assim que a mãe morreu, o pai sumira de sua vida. Assim como aconteceu com Gabrielle Chanel.
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   sabia que era besteira imaginar ser Gabrielle Chanel. Porém, as coincidências da vida de ambas faziam com que ela seguisse o modelo da estilista. Que mal havia? Coco se dera bem, não dera? Era como querer imitar Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo. Cada um escolhe sua base de inspiração. A diferença é que escolhera alguém exoticamente exorbitante.
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  Sem perceber muito o que desenhava, olha para o material e gosta do que vê. Fica encarando por alguns minutos o conjunto da saia e a blusa balonê aparentemente básica. Um broche seria convidativo para o look, quem sabe? Ou um lenço de pescoço. Uma gravata, talvez.
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  - Não é que você é boa mesmo? – ela ouve ao lado e olha para o homem inclinado, observando o desenho.
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  - Achava que eu não era? – ela volta a olhar para o desenho e com o lápis, desenha o tal broche.
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  - Muitas pessoas que usam a moda não sabem cria-la. – ela observa os olhos brilhantes do jovem ao seu lado e levanta os ombros, demonstrando que não dava a mínima para o que ele falava. – Sou .
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  - Eu sei. – ela murmura desinteressada, o que o faz ficar sério. Até agora, nunca conheceu alguém que o conhecia e que o comportamento foi, no mínimo, sem graça.
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  - Você sabe? – ele tenta demonstrar surpresa. Ela concorda com a cabeça. – Como ficou sabendo?
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  - Umas garotas vieram em mim agora a pouco falar que se eu chegasse perto de , eu podia me considerar deportada de volta para França. – ela mantinha sua atenção no desenho. Até que decide o encarar. – E então apontaram para você.
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  - Umas garotas? – ele apoia o pé no banco em que ela estava sentada. – Que garotas?
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  - Não sei. Assim como não sei por que elas vieram falar isso para mim. Não o conheço o suficiente para trazer algum tipo de ameaça para elas. – ouve uma risada de .
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  - Você é uma grande ameaça. – ele afirma, vendo-a encará-lo, séria. – Não acha?
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  - Quem sabe?
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  O filho do prefeito sorri. Ele gostava desse tipo de mulher que se fazia um desafio. Se ela estava blefando, estava fazendo bem.
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  - Há quanto tempo está aqui? – olhou ao redor, vendo algumas pessoas ao redor, muitas delas tentando, de alguma maneira, saber sobre o que os dois conversavam.
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  - Há algum. – ela responde concentrada.
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  - Há um tempo específico?
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  Ela dá uma pequena risada indicando que ele não iria saber sobre isso.
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  - Certo. Você poderia se apresentar então.
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  - Você já ouvira falar de mim, deve saber meu nome.
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  - E se o que falaram de você não fora verdade?
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  - Não me importo.
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   desce o pé apoiado até o chão. Admite para si mesmo que aquilo estava o deixando ligeiramente aborrecido. Brincadeiras têm limite e ele não costuma ter muito humor com pessoas que não dão o valor à sua presença. Observa a garota continuar focada na flor que desenhava em cima da blusa. Então quer dizer que ela não estava nem aí para ele?
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  Ao perceber que o homem não a deixaria em paz, olhou para o lado, vendo-o encará-la interessado.
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  - O que te importa?
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  - Saber sobre você.
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  - Vamos sair então.
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   fica calado. A garota o havia chamado para sair?
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  - Não deveria ser eu a pessoa a chamar para sair?
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  - Você me chamou, por acaso?
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  - Não é a hora.
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  Ela sorri e então fecha o bloco, o guardando de volta na mochila.
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  - Talvez não haja uma hora. – ela diz antes de se distanciar do garoto, que se manteve estático, olhando-a se afastar boquiaberto.
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  - Parece que alguém levou o seu primeiro fora… – Drake cantarolou acompanhado de Jon e Arc, seus dois amigos de infância. soltou uma risada.
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  - Ela está apenas me atiçando. – o filho do prefeito encarou os três amigos e colocou as mãos nos bolsos de sua calça cáqui. – Nenhuma mulher é diferente. – viu ao longe com seu vestido esvoaçando de acordo com seus passos. – Muito menos ela.
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Capítulo 2

  Feriado. Faltava apenas um dia para ele. Então a faculdade emendaria a quinta e a sexta e na semana seguinte seria a do saco-cheio, ou seja, duas semanas sem aula. O curso de Fashion Design estava organizando uma viagem de confraternização dos alunos do primeiro ano para o Havaí. Um deles era dono de uma imensa casa em uma das ilhas paradisíacas próxima à ilha principal e daria uma festa de duas semanas de duração para quem quer que estivesse a fim de ir. Obviamente, a notícia se espalhara até o pessoal do curso de administração, de modo que a cada cinco minutos, uma pessoa diferente perguntava a sobre sua presença no lugar.
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  - Você vai na festa do Ian, ? – Roxelle pergunta enquanto saíamos do último tempo de aula na véspera do feriado. – Ouvi dizer que quem quiser ir, ele já estará na casa a partir de hoje. Há um voo de noite, mas Jude disse que quem chegar até às seis no aeroporto, ele estará com alguns jatos à disposição.
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   ia em direção ao seu carro com a companhia dos amigos. Sabia da festa e não sabia se ir era o melhor a fazer no feriado prolongado. Porém, todos da faculdade estavam planejando ir e ele, como filho do prefeito, não podia ficar de fora.
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  - Eu ligo se for. – murmura enquanto as garotas entravam em seu carro conversível, apenas o esperando para irem com ele onde quer que ele fosse. Quando estavam quase no portão do estacionamento da faculdade, freia bruscamente, quase atropelando uma aluna. Revira os olhos e ouve as garotas reclamarem, arrumando seus cabelos e checando a maquiagem através de seus espelhos portáteis. Abre a capota do carro e olha para a pessoa agachada ao chão, recolhendo seus pertences. – Você deveria olhar por onde anda. Ou não sabe diferenciar uma rua de uma calçada?
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  As garotas que estavam junto riem do comentário do filho do político. Logo, reconhece o semblante de , ao vê-la se levantar atrapalhada e com diversas folhas que fugiram de seu caderno, bagunçadas entre seus braços e o peito. Toma um susto com a falta de tato com a garota novata que passara a manhã inteira observando e solta o cinto, saindo do carro e fazendo as que estavam dentro ficarem sérias. A atitude, obviamente, chamou a atenção daqueles que passavam por perto do acidente. Não era incomum alguém quase ser atropelado por um dos carros importados da universidade. Raro era ver  se deslocando de sua zona de conforto para ajudar a quem ele normalmente diria que é uma besta ambulante.
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  - Desculpe. – ela diz, não se importando sobre quem ele era, afastando-se rapidamente e guardando as folhas que haviam se espalhado pelo chão dentro de sua pasta de desenhos. fica parado a olhando sério, desapontado pelo “fora” que havia recebido. Aperta os lábios e volta para o carro, acelerando e diminuindo a velocidade de modo que pode acompanhar os passos da designer.
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  - ! – Amy, a garota ao lado no assento carona diz indignada, mas ele apenas a ignora.
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   , ao vê-lo acelerar com o carro ao seu lado, o olha, interrogativa.
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  - Você vai para o Havaí? – ele pergunta e ela para confusa. – Ian. Da sua sala. Ele está fazendo uma festa na casa dele no Havaí.
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  - Ah, sim. – sua expressão se torna mais clara, completando: – Não vou. – e volta a andar. solta uma risada abafada e acelera novamente.
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  - Vamos. – a chama.
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  - Não quero. – ela diz séria caminhando.
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  - Eu te levo. – ele oferece.
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  - Não, obrigada.
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   se mantém calado apenas observando a garota caminhar.
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  - Qual o seu problema? – finalmente seu tom de voz se torna mais rude, não percebendo os ombros das garotas em seu carro relaxarem.
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  A novata que caminhava então para e o encara, descrente:
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  - Como?
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  - Eu estou te chamando para ser minha acompanhante nessas duas próximas semanas.
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  - E eu agradeço, mas não, obrigada.
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  - Ela é louca. – as garotas do carro comentam entre si. sorri e aponta para trás, de onde a voz da garota surgiu.
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  - Elas dariam de tudo para estar no seu lugar.
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  - Convide elas, então. – e volta a caminhar, sem nenhuma dificuldade, em cima do salto. a vê caminhar dois a três passos, bufa e segue até a garota novamente. – Pode parar de me seguir? – ela pergunta, séria. – Você não sabe receber um não?
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  - Honestamente? Não. – ele sorri. murmura algo inaudível, levanta então os ombros e entra numa loja onde ela tinha de comprar mais folhas e lápis, além de um novo estojo de lápis coloridos. , ao ser rejeitado mais uma vez, estaciona a frente da loja com uma cara irreconhecível.
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  - Vamos, . Deixa essa mal comida pra lá. Ela está se achando a Carolina Herrera. – a garota ao lado dele diz encostando sua mão em cima da dele. O homem fica calado olhando a garota dentro da loja e então acelera o carro se afastando do lugar.
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   fingia estar olhando a cartela de lápis coloridos para que o garoto finalmente se tocasse de que ela não estava interessada em ir à festa alguma com ele. Sabia da fama de e não gostava nada disso. Ao ver que ele havia saído da porta pudera então respirar aliviada e prestar a atenção no que deveria. era o tipo de cara que não dava valor para uma garota, e não dar valor para era o cúmulo. Na França as coisas não eram assim.
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  Apesar de não ser a garota mais sociável e gentil do mundo, sabia quando uma pessoa deveria ter ou não sua atenção. Compra o material que necessitava e então volta caminhando para os dormitórios da faculdade, passando em frente à livraria do colégio e dando de cara com um livro da autobiografia de Gabrielle Chanel. Ficara encarando a capa, relembrando de toda história. Se lembrara de Gabrielle e Cartel e Boy. Ela não deveria ser tão restrita. Coco não fora. Fica pensando por mais alguns minutos e finalmente segue para seu quarto, que dividia com uma garota da mesma sala que ela, mas que nunca trocava mais do que palavras necessárias.
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  - Você vai na festa do Ian? – a garota a aborda logo que chega no quarto.
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  - Não sei.
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  As duas então ficam caladas, a outra apenas esperando que perguntasse o mesmo para ela. Sem escolhas, ela então o faz:
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  - E você?
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  - Vou, claro. – a garota responde rapidamente. – Ouvi dizer que vai, então acho melhor que eu não perca essa chance.
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   concorda com a cabeça e volta sua atenção para seu novo material.
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  - Escuta, fiquei sabendo que ele foi falar com você hoje. – a menina se aproxima de , que folheava seu bloco de desenhos e se preparando para deixar pronto o trabalho da professora Freur. Sem deixar a colega de quarto perceber, ela revira os olhos.
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  - Uhum. – murmura desinteressada.
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  - O que ele disse?
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  - Não me lembro direito. – ela diz e a garota bufa. – Ele queria saber quem eu era, porque sou nova por aqui.
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  - Hm… – a garota balança a cabeça. – Você não está interessada nele, não é?
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  - Não. – ela se afasta do bloco de desenhos para enxergar melhor o resultado.
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  Nada mais falam. Passam o dia inteiro caladas, cada uma em seu canto. A colega de quarto de sai sem se despedir e esta só percebe que estava sem companhia quando batem na porta constantemente e ninguém atende. Levanta-se, indo atender e dá de cara com com as mãos no bolso.
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  - O que faz aqui? – pergunta, confusa. Não acreditava na ousadia do garoto em vir até seu quarto, quebrando as regras da universidade sobre ver alguém do sexo masculino na ala feminina. Não que isso não acontecesse a cada segundo. Parecia até que os americanos não soubessem a diferença entre as alas.
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  - Vim te buscar.
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   o encarou, confusa. Ela já não havia dito que não queria a companhia dele? Talvez devesse ser mais direta?
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  - Para quê?
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  - Para nos divertirmos durante essas próximas duas semanas. – ele abre um sorriso malicioso. Ela conhecia esse tipo de sorriso. Não gostava dele. Significava que ele estava apenas encarando seu exterior, não dando a mínima para seu interior.
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  - Já disse que não quero ir a lugar algum com você, me deixe em paz. – ela diz, tentando fechar a porta, mas ele a impede.
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  - Você deveria ouvir as propostas que as pessoas fazem a você. Principalmente quando é do seu interesse.
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  A garota arregala os olhos surpresa. O quê?
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Capítulo 3

  Observar a expressão confiante de era a coisa mais irritante que havia experienciado desde que chegou à Califórnia. Não surpreendentemente, o modo como enxergava a pessoa que não lhe deixava em paz piorava a cada piscada que seus olhos davam e o sorriso não lhe deixava os lábios. Olhou para os lados a fim de verificar se uma de suas bonecas não o acompanhavam para poder lhe ajudar a afastar este mal que lhe persegue. Enfim, depois de muito pensar em como reagir à provocação dele, acabou decidindo dizer:
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  - Eu acho que já deixei bem claro que não estou a fim de sair nessas próximas duas semanas. – se virou, deixando a porta aberta para que o homem se sentisse livre para entrar e se acomodar em sua cama; para sua infelicidade, foi exatamente o que ele fez.
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  - Não é possível que queira ficar trancafiada aqui sozinha. Não dá para entender este tipo de atitude. Você vem direto da França para ficar trancafiada em um cubículo dentro da faculdade? Anda, minha programação não inclui mais ninguém senão você.
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   não pode evitar deixar de encará-lo, surpresa. Eles não possuíam nenhuma intimidade. Absolutamente zero. Conversaram somente duas vezes, quando ele observava-a criar modelos que lhes vinham à mente, e outra, quando ele quase a atropelou na saída da faculdade. Como poderia estar seguro de que ela não era uma louca? Como ela poderia acreditar que ele separou duas semanas de sua turbulenta vida, de acordo com as garotas que vieram lhe ameaçar, para ficar somente com ela? Por que ele teria tanto interesse em tê-la ao seu lado, quando poderia muito bem ter qualquer garota que quisesse ao seu lado? Não faz nenhum sentido. Olhou para o rosto do jovem, em busca de uma resposta, mas não gostou do que viu ali. E menos ainda quando ouviu a proposta dele:
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  - Vamos para minha casa de praia em Newport Beach. – certo. Agora ele estava a convidando para ir a um lugar completamente longe da civilização da universidade. Um lugar para ficarem apenas os dois. Eles não eram namorados, amigos ou conhecidos para que ele pudesse leva-la aos lugares que bem quisesse e achar que estava tudo certo. Porque não é normal homens convidarem mulheres desconhecidas para suas casas de veraneio.
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  Na verdade, talvez não fosse tão anormal assim, mas isso não vem ao caso.
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  - Isso é do outro lado da Califórnia. – ela diz séria, sua cabeça ainda mecanizando o convite surpresa.
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  - Até que para uma francesa, você anda bem americanizada. – ele sorri. Cruzou os braços e se mexeu um pouco. – Sim, é na Califórnia. Um ótimo lugar, na verdade. Com boas praias e um céu bem mais azul que aqui.
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  - Não precisa de praia se quer uma. Esqueceu que vive numa cidade praiana? – mais uma vez lhe deu as costas. Por estar trajando uma frente única por causa do verão muito quente, analisou as costas lisas da estudante de moda, que não percebeu o pudor crescendo dentro daquele pequeno quarto da universidade.
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  - Às vezes precisamos mudar um pouco o cenário. – ele diz, não fazendo questão de desviar os olhos da pele nua da garota. Mesmo que ela percebesse, talvez dessa maneira fosse até melhor para ele. – As praias de lá não são tão paradisíacas, mas são bem menos movimentadas.
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  - Eu não gosto de praia.
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  Ele sorri, finalmente tendo sua atenção captada para outro assunto. Ela estava caminhando exatamente pelo caminho que ele achava que seria. Não estava sendo tão misteriosa quanto imaginava que ela fosse, mas definitivamente era mais sexy do que quando a viu no vestido amarelo há alguns dias.
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  - Sei que gosta. – respondeu, convencido.
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   cruzou as pernas assim que voltou a se sentar em sua cadeira. Uma gafe, se percebesse o quão analisada estava sendo pelos olhos do filho do prefeito. sabia muito bem que não havia nenhuma intenção dela em parecer sexy em sua frente e isso era exatamente o que o atiçava, além do fato dela ser a primeira mulher que não se importa com ele e não joga o cabelo para trás em uma cena cinegráfica para que ele pudesse aproveitar a vista. Ele estava achando uma boa diversão ter de procurar as cenas e encontra-las em movimentos que nunca imaginou que poderia encontrar alguma sensualidade.
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  - Como pode ter tanta certeza? – ouviu a designer perguntar. abriu um sorriso ainda mais convencido nos lábios e disse:
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  - Oras, hoje você estava sentada de frente para ela, a observando com um sorriso nos lábios e um brilho no olhar. Qualquer um que passasse por ali diria que você estava apaixonada pelo mar.
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  - Você anda me observando? – a incredulidade apareceu em vista.
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  - Já faz um tempo. – ele diz, como se isso não fosse nada. Olhou para o mural de foto da colega de quarto de . Ela era o estereotipo dos homens americanos. Uma gostosa. Uma gata. Uma boazuda. Uma garota de uma noite. Aquela que todos querem dizer que comeu, porque é um bom filé. Estava cansado de se relacionar com mulheres como aquela. A propósito, terminara com uma havia algumas semanas e outras dezenas apareceram para tentar pegar seu lugar.
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  - Ela foi para a casa de Ian por sua causa. – , ao reparar a atenção do jovem no mural, disse, de modo a tentar fazê-lo considerar esquecê-la e ir até à festa no Havaí. Isso mostrou que ela não sabia de nada sobre .
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  - A maioria estão indo para lá por minha causa. – ele vira o rosto para a estudante, que soltou o ar, descrente de tamanha segurança no tom de voz dele.
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  - Como pode ser tão modesto? – ao perguntar, levantou os ombros, insinuando não saber.
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  - Eles me fizeram ser assim. E isso não é modéstia. É realidade. Eu sou assim desde sempre.
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  “Talvez seja a educação americana. Eles sempre acham que são melhores.” pensou, não querendo mais questioná-lo para não fazê-lo achar que ela está tendo algum tipo de interesse nele. Virou a cadeira de volta para sua mesa e abriu o caderno de desenhos. Toda vez que o abria, era a mesma coisa, passava longos minutos analisando os desenhos que fizera nas primeiras páginas, até chegar na folha branca. Por sorte, das últimas quinze folhas para frente, não teve vontade alguma de mudar qualquer peça, tecido ou cor, o que quer dizer que seu aperfeiçoamento estava dando certo. Isso era ótimo.
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  - Você não sente nada? – repentinamente perguntou atrás dela, enquanto a olhava trabalhar.
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  - Com relação a quê? – sem desviar seu olhar, a garota responde.
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  - A mim. – dessa vez, ele não precisou esperar sequer um segundo para obter a resposta, que achava errada:
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  - Não.
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  - Como consegue? Digo, resistir a mim?
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  - Você não faz meu tipo. Não gosto de egocêntricos. – tira um de seus lápis de cor do copo e passou a consertar o bolero que havia criado para a manequim. Ele já estava desbotando.
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  - Não sabia que você tinha um tipo.
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  - Todos temos tipos.
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  - É mesmo?
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  - É mesmo. – ela finaliza voltando ao silêncio. Trabalhava melhor quando não haviam ruídos para distraí-la.
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  - Eu sacrifiquei o meu feriado para você.
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  - E eu não entendo o porquê, uma vez que nós não nos conhecemos.
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  Ela era impressionante. não pode deixar de rir.
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  - Não é necessário uma prostituta e seu cliente se conhecerem para transarem, certo?
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  - Vou fingir que você não me comparou a uma prostituta, quando é bastante claro a diferença entre nós duas. – virou a cadeira para ele, vendo o quão perto ele estava de si.
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  - Veja só quem finalmente decidiu me dar atenção… – ele brincou com um sorriso e ela abre um pequeno. Apoiou os braços na mesa atrás dela, vendo que mesmo com a pouca ou quase nada de maquiagem que possuía em seu rosto, a pele natural da garota era muito mais macia que bunda de neném. – Vamos dizer que você possui um charme que chama minha atenção. Me atrai para você.
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  - Você não é o único, acredite. – não podia aguentar. Sentia seu membro pulsar a cada vez que a garota puxava o inglês em seu sotaque francês. Aquilo era simplesmente sexy. O sotaque dela era sexy. Francesas são sexys.
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  - Exatamente por isso que devo estar à frente de todos eles. Você sabe que eu sou muito melhor que os outros, não sabe?
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  - Não há outros. Assim como não há você também. – ela tentou, em vão, se virar, mas não conseguiu por estar prensada entre a mesa e .
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  - Quer dizer que não se deixará enganar pelos outros e ficar apenas com o primeiro que investir em você?
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  - Se acha que é o primeiro, não se engane. – o empurrou, finalmente podendo lhe dar as costas novamente. Odiava ter de conversar durante seu processo de criação. As palavras atrapalham o raciocínio criativo.
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   sorri para as costas da garota. Ela era extremamente interessante e ao contrário das outras garotas com quem se atracava, quanto mais o tentava repelir, mais ele se interessava.
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  - Você é mesmo bem diferente.
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  - Espero que isso seja um elogio.
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  - Você tem amigos aqui?
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  - Não é da sua conta.
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  - Hm, não está a fim de ter um amigo? Do tipo, para todas as utilidades?
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  - Se você acha que sendo meu amigo, conseguirá possuir meu corpo, não tente se enganar , eu não transo com amigos.
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  - E você transa com quem? – ele agacha perto do ouvido dela, fazendo-a parar de trabalhar novamente e virar sua cadeira para ele.
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  - Já passou pela sua cabeça eu ter feito um acordo com Deus e que isso fosse um anel de castidade? – ela levanta o dedo da mão esquerda para ele, que sorri e se afasta.
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  - Bem, se isso fosse realmente verdade, eu teria de fazer você pecar, ou desistir dessa besteira. Porém, não é, já que o anel da castidade é usado na mão direita, e não esquerda.
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   não podia negar surpresa com a resposta do homem.
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  - Você já fez alguma garota que tinha essa promessa, quebrá-la? – ouviu sua risada:
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  - Diversas.
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  - Você é mesmo um presente do Diabo.
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  Ele estava se divertindo com o modo como ela estava conduzindo a conversa. Estava gostando de vê-la tirar conclusões que ninguém jamais poderia tirar em apenas 3 encontros não planejados.
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  - Não sabia que era tão religiosa assim.
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  - Não sou.
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  - Então o seu plano de me fazer sentir culpado por quebrar tantas correntes da virgindade…
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  - Não cabe a mim culpar ou não. – ela o corta, voltando a olhar o desenho, agora com uma cara séria por ter estragado seu modelo de vestido que planejava usar na festa da melhor amiga na França. Guinévre disse que ela teria de usar laranja, pois estariam no verão e ela não gostaria de ver pessoas com cores escuras em sua festa na Riviera Francesa. Pagaria caro para colocar todas as pessoas de sua listas de convidado dentro daquele iate clube.
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  - Não deu certo? – ele encara o mesmo desenho atrás da garota em pé. Ela nega com a cabeça. – Talvez consiga uma nova inspiração em Newport.
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  Enfim disse algo que fazia sentido. Subitamente, a garota parou de tentar arrumar o desenho. Talvez ele tivesse razão, um novo lugar para olhar, novos rostos, novos ares era algo. Logo que encarou, pode vê-lo abrir um pequeno sorriso, como se já soubesse que ela estava começando a considerar o seu convite.
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  - Terei que pagar algo para ir?
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  - Terá que ser bem boazinha. – ele sorri malicioso.
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  ”Você sabia que Gabrielle na verdade era uma prostituta, não é? Daquelas de elite.” se lembra da amiga mais velha que trabalhava para uma revista de moda francesa e era contra a vida de Chanel. “As pessoas podem esquecer esse fato por Coco Chanel ser o que é agora, mas naquela época, ela não era nada mais que uma amante quebradora de relacionamentos que se aproveitava da fama de seus homens para divulgar suas próprias roupas em seu próprio corpo.” nunca achou que isso fosse verdade, afinal, Coco amou os dois. Quando se há amor, não há arrependimento. Mas a interpretação da amiga poderia funcionar agora.
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  Ela levantou o olhar para observar ; era atraente até. Abriu um pequeno sorriso, retribuindo o dele.
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  - Então, o que acha? – ela ouve a voz do homem atrás de si ao ver a paisagem que ele dispusera a lhe emprestar por durante as próximas duas semanas.
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  Ao contrário das pessoas normais, não precisou esperar fila de embarque ou passar uma dor de cabeça para despachar suas malas. possuía um jato particular que estava pronto para leva-lo aonde ele bem quisesse. Assim, logo que ela concordou em acompanha-lo, ele fez um telefonema e tudo o que ela precisou fazer foi as malas e acompanha-lo até seu carro esportivo, que os levaram até o aeroporto. O voo não demorou mais que uma hora e ao desembarcar, um carro já aguardava para leva-los até a mansão no lado nobre de Newport Beach.
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  - Inspirador. – ela se limitou a dizer, não querendo demonstrar o quão apaixonada estava por aquela paisagem. Dentro de sua cabeça ideias borbulhavam querendo ser expostas em seu caderno de desenhos, mas não pode pensar muito nisso.
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  - Sabe… – ouve-o sussurrar em seu ouvido. – O melhor de morar de pé com uma praia particular, é que podemos ir nela a qualquer hora do dia e não corremos o risco de sermos pegos por pessoas indesejáveis. – e então sente suas mãos se apoiarem em sua cintura.
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  - É mesmo. – ela concordou. A praia realmente estava deserta. A casa mais próxima daquela mansão estava a metros e mais metros de distância. Qualquer pessoa que aparecesse na janela daquela distante mansão, não poderia ver nada senão um ponto na sacada do quarto de . Havia muita privacidade.
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  Ao ver a garota hipnotizada pela vista e respondendo as suas perguntas sem se importar com sua segunda e terceira intenção, nem ignorar seu toque, sabia que poderia se aproveitar do momento.
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  - É virgem?
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  - Aparento ser?
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  - Definitivamente não.
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  - Ótimo. – ela se afasta dele, voltando a entrar no quarto. Tão rápido chegou sua hipnose, se foi, deixando-o no vácuo.
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  - Você irá desenhar agora? – ele levanta uma sobrancelha e ela então o olha:
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  - Achei que quisesse ir à praia.
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  Ele muda sua expressão para uma surpresa e enfim, sorri malicioso. Olhou seu relógio de pulso:
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  - São duas e meia da manhã.
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  - Bom, eu disse que seria boazinha. – pela primeira vez sorriu maliciosamente e ele não pode evitar gostar da sensação de finalmente estar sendo retribuído. Gostava do jogo de quem se importava menos, mas curtia ainda mais vê-la tentar atraí-lo para si. Não que precisasse se esforçar demais. não era nada orgulhoso quando se tratava de sensualidade e sexo.
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  Aproximou-se e pegou em sua mão, a puxando para o primeiro andar e pegando em um armário de madeira próximo à porta que dava para o jardim, uma enorme toalha bege para os dois terem onde deitar na areia.
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  - O quão particular ela é? – olha para os lados ao sair com o homem e ver as luzes das casas distantes acesas; apesar de terem uma distância bem considerável entre uma e outra, não podia evitar sentir certa insegurança. Talvez houvesse patrulhas noturnas que pudessem pegá-los ali.
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  - Particular o suficiente para saber que só eu venho aqui a essa hora. E não se preocupe, nada irá nos atrapalhar. – o tom de voz foi convincente o suficiente para fazê-la se acalmar.
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   não o questionou mais, tampouco demonstrou desconforto na pouca privacidade que pareciam ter, mesmo estando no lugar mais privado depois da casa. Assim que chegaram em um ponto próximo da casa de , na areia, ela o viu retirar a própria camiseta, mostrando um corpo muito mais formado e trabalhado do que imaginava. Corpos assim dificilmente existiam na França. Com roupa, os franceses eram charmosos e bonitos, sem elas, grande parte das vezes a mulher se desiludia, vendo um corpo não tão cuidado quanto os americanos ou modelos da Abercombrie & Finch. Não pode evitar encará-lo séria, perguntando se ali era o lugar apropriado para fazerem isso.
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  - Vamos lá, você sabia que íamos fazer isso aqui, não é? – ele disse, vendo-a encarar seus bíceps e tríceps.
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  - Claro. – respondeu, retirando a própria roupa e a jogando em cima da toalha esticada pelo homem.
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   já desconfiava que a garota não usava sutiã, devido à falta da marca por debaixo da blusinha que trajava enquanto vinham para Newport. Aquilo o deixara cobiçado dentro do avião, mas não poderia se dar ao luxo de mostrar aos pais que comprara um jato para poder transar com mulheres lá dentro. Além disso, os pilotos e comissárias de bordo também atendiam aos pais e eles poderiam muito bem jogar algo que pudesse fazê-los retirar o jato de si. Apesar de estar em seu nome, haviam coisas que o pai ainda poderia tirar de suas mãos, e o automóvel era muito útil para ele.
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  Ao ver o tronco nu da garota, sentiu seu membro pulsar em baixo da jeans que trajava, mas decidiu que por ser a primeira vez e considerando as estatísticas dela querer lhe dar um fora caso fosse ruim demais, se conteve em apenas puxá-la para lhe beijar os lábios. E que beijo! Mesmo que os lábios da francesa não fossem carnudos como de algumas californianas, ela fazia um trabalho com a língua que o fazia querer senti-lo dentro de si. As mãos formigavam por seu corpo, deixando um rastro de tesão por onde passava; diferente de outras mulheres, as mãos de não pararam no pescoço ou nos braços de . Ela não poderia estar perdendo sua virgindade, a não ser que tivesse praticado bastante com mulheres, o que não é o caso. Os dedos brincavam com a pele de e a cada vez que descia, ela podia senti-lo respirar mais pesado, como se achasse que naquele momento, ela libertaria seu membro de dentro da calça que usava.
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  Durante um longo tempo, ela manteve-se focada em seus lábios. Brincou, mordiscou e o observou, com seus olhos bastante abertos, retribuir suas ações, agarrando sua bunda, cobrindo seus seios com as duas gigantes mãos. Ele então deixou-se em pé enquanto ela descia os beijos por seu queixo, pescoço e tronco. Agachou-se para desabotoar a jeans e não pode deixar de perceber o volume que formava dentro da calça. Aquilo, de uma forma óbvia, a deixou bastante excitada, podendo ser percebido através de seus mamilos. Enquanto descia lentamente o zíper, , com seus longos braços, descia a mão até os seios da garota, brincando com eles e a fazendo se mexer, aprovando o toque.
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  Assim que ela desceu a calça e o retirou, chutou a roupa e olhou para a garota, que estava ajoelhada a sua frente, observando a cueca branca que já não conseguia mais suportar o tamanho do membro do homem dentro de si, esticando absurdamente.
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  - Anda. – ele disse. Viu-a olhar para cima e ao abrir o sorriso, viu a mão de subir até o membro, tocando-o por cima da cueca. soltou um grunhido inclinou a cabeça para trás sentindo o início da massagem. Durante alguns segundos, a garota massageou lentamente o membro, fazendo-o dizer palavras desconexas que não pode entender por ser próximo de um murmúrio. Até que então decidiu esquentar ainda mais as coisas. Lentamente, desceu o pano que a separava de seu membro. A cueca foi parar longe e não pode explicar o que era aquela sensação que ela o fazia ter enquanto tocava delicadamente a cabeça do membro. Fechou os olhos e sorriu logo que a outra mão se dirigiu às suas bolas. Aquilo sim era uma massagem, não o que chamaram de massagem sexual na semana retrasada, enquanto estavam em Malibu numa festa micareta da faculdade. Durante o processo da massagem, provocava passando a língua em pequenas partes do membro, fazendo-o grunhir em reclamação. – Ande logo. – ele murmurou depois de um tempo. Não demorou quase nada até sentir a língua de percorrer toda sua extensão. – Assim…
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  Quando a boca cobriu o membro e ele pode sentir as paredes da boca quente acariciar seu membro, ele estremeceu de prazer. A língua, tão bem quanto fazia o trabalho no beijo, ali em baixo era excepcional. Ela poderia ser milionária apenas fazendo um boquete em homens que procuram prazer. Aquela sensação era inacreditável. Os choques que recebia quando ela pegava em seu ponto ‘Z’ era esmagador. A velocidade era outro fator que o incomodava. Ela estava sensual demais. Por alguns segundos, desejou um sexo rápido e ardente, mas não pode negar estar aproveitando a lentidão com que a língua passeava pelo membro, ou em suas bolas.
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  Ela não sabia há quanto tempo estava fazendo aquilo, mas sua boca começava a doer por não fechar. era enorme e ela chegava a senti-lo em sua garganta. Quando achava que teria de dar um jeito para fazê-lo querer parar, ele começou a aumentar a velocidade com que o membro entrasse e saísse de sua boca, como se estivesse apressado por querer gozar. Assim que sentiu o líquido grosso em sua boca, ouviu-o mandar engolir, e assim o fez. Com uma mão apenas, a puxou de volta a ficar em pé e a beijou, sentindo seu próprio gosto nela.
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  Lentamente, a fez se deitar na toalha branca estirada em cima da areia e retirou a parte inferior da lingerie da garota, tocando em sua virgindade já molhada. Ao vê-la inspirar fortemente o ar, abriu um pequeno sorriso, deitando-se inclinado em cima dela e beijando seus lábios pouco antes de penetrar dois dedos de uma vez no sexo da garota. O ato a fez arquear e revirar os olhos, mas não gemer. Ele variava a velocidade e a via fechar os olhos e ficar com a boca entreaberta, aproveitando a sessão e sentindo os lábios do homem chuparem seus seios enquanto os dedos trabalhavam lá em baixo. Ele sabia que ela estava gostando; podia saber pelas mãos que lhe puxavam os cabelos e as unhas que lhes arranhavam o braço, mas ela não gemia e isso, de alguma forma, o perturbava.
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  - Gema. – ordena. Assim que mandou, a viu abrir os olhos. se deparou com uma expressão séria no rosto de . – Vamos lá. Mostre-me que está gostando.
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  - Eu não gosto de gemer. O som é repugnante – ela diz e o sente penetrar os dedos, ainda mais forte, fazendo-a suspirar.
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  - Não importa. – ele diz. – Eu quero ouvir. Gema.
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  Sem outra escolha, voltou a fechar os olhos e começou a gemer da maneira que conseguia. Era insuportável ter de ouvir a própria voz enquanto sentia prazer. Gostava do som do movimento sexual, gostava do som da respiração acelerada, gostava de poder ouvir o som das ondas se quebrarem enquanto tinha espasmos. E agora havia acabado com todo o prazer que sentia apenas porque ele queria ouvi-la gemer.
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  Depois de um tempo trabalhando com os dedos dentro de , já estava em pé novamente com seu membro pronto para a ação. A camisinha, preparada para cobrir o pênis do homem, foi posicionada corretamente e então, antes de penetrá-la, ele voltou com os dedos para dentro da virgindade da garota. Aumentou a velocidade e apenas parou quando sentiu que ela estava para ter um espasmo. Ouviu um gemido de reclamação quando não retornou os dedos para dentro dela, mas tão logo quanto saiu, seu membro pegou o lugar dos dedos, a fazendo soltar um gemido alto de prazer.
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  - Isso. – ele diz sorrindo, aprovando o som. O som o estimulava. A cada investida que fazia para dentro de , o som vinha e ele tinha mais vontade de fazê-la gritar. Alternava o movimento em cima dela de modo a fazê-la gemer cada vez mais. De vez em quando, sentia que ela se esquecia de soltar o som e sempre lhe dizia: – Anda, mais, .
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  Ela apenas lhe fazia o que era pedido. Seu corpo se movimentava para cima e para baixo, a boca soltava o gemido da maneira que conseguia, porém, ao contrário de antes, agora já não sentia mais prazer nenhum. Sentia os toques dos lábios dele nos seus e suas mãos brincando com seus mamilos. Mesmo assim, não sentia o prazer do sexo. Ficaram horas transando. Horas, até o dia amanhecer e ambos seguirem para dentro de casa, onde insistiu em continuar dentro do banho.
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  Assim que saíram, se jogara na cama e sem perceber, adormecera até o meio dia do dia seguinte.
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Capítulo 4

  Abriu seus olhos e logo os fechou devido à intensa claridade instantânea que bateu em cima neles. Cobriu-se até a cabeça e respiro fundo, juntando coragem para, aos poucos, abrir os olhos. Demorou cerca de dez minutos para que estivesse acostumada com a luminosidade. Retirou a coberta de cima de sua cabeça e olhou para os dois lados; parou o olhar no dia limpo que pairava no lado externo da casa: céu azul, típico do verão californiano, o som das ondas quebrando, alguns gritos de crianças longe. Levantou-se e seguiu para o banheiro, onde retirou a roupa do dia anterior e tomou um rápido banho. Não demorou muito a sair e colocar um leve vestido de algodão rosa claro e uma rasteirinha. Ousou dar mais uma espiada pela janela e mordeu o lábio, controlando sua ansiedade de por os pés na areia. Pegou seu caderno e seus lápis de desenho e seguiu para o primeiro andar, onde não encontrou em nenhum lugar. Provavelmente estava dormindo ainda e isso era ótimo. Não queria tê-lo ao seu lado enquanto tentava pensar em um novo modelito.
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  Assim que colocou os pés no lado de fora da casa, pode ver uma mediana mesa com um enorme pano branco o cobrindo, recheado de frutas e pratos prontos de café da manhã. Comeu as frutas e tomou o suco, observando melhor a paisagem agora que o sol brilhava no alto; a praia, que tinha conexão com a casa, por ser privada, possuía uma areia branca e fina. As crianças, provavelmente filhas dos donos das casas vizinhas, brincavam animadas, enquanto era possível visualizar babás e seguranças ao longe com cachorros e suas focinheiras, sentados obedientes na grama por não poderem pisar na praia. Por entre uma mansão e outra, havia um imenso jardim com grama verde e coqueiros. Se não fosse um condomínio, estranharia as casas não possuírem muros para escondê-las dos bandidos. Duvidava que algum dia ali entrou algum fora da lei. Para um prefeito de uma grande cidade possuir casa ali e a praia não haver nada mais senão moradores com suas babás e/ou seguranças, era bastante claro que o nível econômico do lugar não era pequeno.
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  Assim que finalizou o café da manhã, fez o mesmo caminho que fizera na madrugada anterior com o dono da casa. Havia pessoas aquela hora se divertindo e aproveitando que o sol não estava forte para se esparramarem na areia e pegar um bronzeado. Madames com os corpos muito morenos e os biquínis com detalhes em dourado, trajando chapéus enormes e óculos de sol maiores que seus rostos. O corpo brilhava com o protetor solar; não pode evitar sentir inveja da cor do bronzeado. Em Paris, ou as mulheres eram brancas ou negras. Nunca tonificadas, principalmente porque o sol francês não era nada mais que um enfeite, já que sequer esquentava direito. Desceu as dezenas de degraus que levava da área da piscina até a praia, passando por uma pequena guarita eletrônica que era controlada pela equipe de segurança da casa. Para passar ali, era necessário ser conhecido de e, principalmente, possuir permissão de andar pela propriedade. Era claro que depois da noite anterior, os seguranças não ousariam deixa-la sair ou entrar a hora que quisessem; se havia alguém que poderia ter visualizado a cena de sexo na praia, eram o turno noturno da segurança. Procurou não se importar com a ideia, afinal, ela concordara em dar seu corpo em troca do lugar. Olhando para a praia a poucos passos de seus pés, não sentiu nenhum arrependimento.
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  Uma leve brisa passou por seu corpo, levando seus cabelos. Assim que viu a areia branca, completamente diferente das areias pedrosas que visitou na França, não pode evitar retirar seu calçado e continuar a caminhada na areia descalça. Seguiu para um canto da praia onde estava mais vazio e se sentou em um tronco de árvore que tinha propositalmente por ali. Mais uma vez sentiu a brisa, agora trazendo com ela o cheiro de maresia, bem salgada. Encarou a vista e viu no mar, jovens de sua idade se divertirem em seus jet-skis ou praticando algum esporte aquático. Ao longe, podia ver o farol ativo que protegia a praia onde estava e pequenos barcos policiais fazendo a ronda.
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  Na beira do mar, bem no raso, visualizou duas crianças cavando com suas pás de plástico um buraco que já os fazia desaparecer pela metade. sorriu ao vê-los brincarem juntos, desejando ter tido uma infância assim quando era pequena. Observando os dois, logo teve um breve insight de conjunto de saia de seda acetinada amarela com uma blusinha discreta branca colada ao corpo e seu colete de renda verde musgo claro. O conjunto, podendo ser utilizado tanto com salto baixo, alto ou até tênis; sabia que não poderia deixar de agradar diversas mulheres no mundo. A saia não era comprida demais, mas não passava dos joelhos. O corte triangular era inovador e a renda fazia com que o romancismo chegasse ao look, tornando-o absurdamente feminino. Com um sorriso nos lábios, fez o primeiro risco em seu caderno. Como adorava a praia, sempre a inspirava.
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  Não sabia quanto tempo ficara ali. Sentia o sol esquentar e então finalmente esfriar. A brisa de refrescância agora começava a lhe fazer estremecer ao frio e o dia já não estava tão claro quanto antes. Ouve a barriga roncar, mas não lhe dá muita atenção. Apenas para quando se afasta do caderno e vê o modelito pronto. Sorri. Precisava de uma cor. Mas isso ela poderia fazer dentro de casa. Olha ao redor e já não havia muita gente no local. Algumas crianças jogando bola num canto, um casal se divertindo com um cachorro e uma família se aproximando com seu iate. Se levanta e caminha de volta para casa, onde vê as luzes acesas.
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  - Onde estava? – ouve a voz de assim que adentra à sala.
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  - Na praia. – se limita a dizer e sobe para seu quarto. Olha para a porta do banheiro e pensa em tomar um banho para tirar a areia do corpo. Desiste ao ver seu estojo de cores. Queria terminar aquele desenho enquanto o modelo estava fresco em sua cabeça. Senta-se na cadeira do quarto e liga a luz para enxergar melhor. Pega a cor aquarela e o branco cintilante para a saia. Passa-se alguns minutos e ela sente duas mãos em sua barriga e os lábios de no dorso de seu pescoço. Fecha os olhos: Não poderia ser mais tarde? – Estou finalizando as cores. – ela murmura enquanto o sentia colocar a mão por debaixo de seu vestido.
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  - Pois então pare. – ele diz com os lábios ainda tocando sua pele.
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  - Não posso, irá fugir de minha mente e irei perder o trabalho que tive o dia inteiro.
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   para de beijá-la e olha para o desenho, entediado.
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  - Eu não gostei. – volta a beijá-la.
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  - Não faz mal, ele não foi feito para você. – ela o afasta. – Se importa?
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  - Claro que me importo. Deixei-lhe em paz o dia inteiro, agora é a vez de me dar atenção.
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  - Te dei atenção demais noite passada. – a voz de sai mais irritada.
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  - Não fez mais o que deveria. Ande, pare com isso. – ele retira os lápis de suas mãos e vira sua cadeira para ele, encostando seus lábios nos dela e a afogando em sua saliva.
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  - Eu não quero agora, . – ela o afasta e ele a puxa para si, afundando sua mão em baixo da roupa da garota.
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  - Não me importo se você quer ou não, eu quero.
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  - Ótimo, arranje alguém que também queira.
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  - Por quê? Tenho você bem aqui. – ousa abrir um sorriso malicioso enquanto a via tentar se desvencilhar, em vão, de seus braços.
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  - Olha, se for para você me atrapalhar toda hora que eu quiser trabalhar, é melhor eu voltar para a faculdade! – o empurra bruscamente e se levanta nervosa. a olha surpreso.
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  - Nós fizemos um acordo…
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  - Sim. – ela o corta. – Eu viria aqui satisfazer a sua necessidade e você me deixaria em paz para fazer o meu trabalho. Eu estou cumprindo minha parte, você não.
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  - Você nunca quis transar comigo, não é?
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  - Claro que não, por que eu iria querer transar com um cara que transa com todo mundo?
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   dá uma risada.
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  - Você é mesmo única. – ele se levanta e caminha até ela. – Peça rara, gosto disso.
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  - É mesmo? Então cuide com carinho, senão irá perder. – ela abre a porta de seu quarto.
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Capítulo 5

  Era o sexto dia que os dois estavam em Newport Beach, na Califórnia. não parava de receber ligações de amigos, perguntando onde diabos ele estava que não chegara ao Havaí ainda. A festa estava rolando, mas todos sabiam que nada funcionava muito bem sem o sempre ancião, . Além do mais, grande parte – ou quase todas – as garotas que estavam lá foram na esperança de encontrar com o filho de prefeito. observava-o se divertir vendo o desespero dos amigos e garotas em saber notícias sobre seu paradeiro; não entendia por que ele gostava tanto de receber torpedos ou ligações, quando nunca retornava nenhum. Quando finalmente atendia, tudo o que ele respondia era que estava em outro compromisso um pouco mais interessante que a tal festa sem fim do calouro de moda. Tal informação despertou o interesse de todos os presentes e não presentes da festa. Todos os que estavam no Havaí e em Santa Mônica. Quando a notícia se espalhou, a festa acabou se tornando um jogo sobre quem seria a acompanhante a fazer o cara sumir por duas semanas inteiras – sem dar nenhum sinal de vida, o que era algo.
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  Enquanto todos utilizavam seus próprios meios para conseguir – em vão – descobrir o mais novo babado de Santa Mônica, tentava ao máximo se manter longe de todos, por não gostar de se relacionar com pessoas. Um dos fatores que sempre gostou na profissão de designer de moda, é que ela não precisa conversar tanto com as pessoas. Há sempre algum representante para falar pelo estilista. Quando ficasse famosa, definitivamente teria alguém para ficar em seu lugar em todas as situações. Tudo o que ela queria, era criar uma moda que todos usassem e falassem entre si. Não foi de lá péssima ideia vir para Newport Beach com . Apesar dele estar sendo extremamente inoportuno, fazendo-a ter de sair de casa durante o dia inteiro para conseguir fazer um desenho inteiro que a agradasse, a paisagem definitivamente valia a pena. Santa Mônica era uma ótima cidade, com ruas largas e palmeiras gigantes… mas tudo era muito clichê, muito fácil de ser copiado. Ela queria um lugar que pudesse olhar e desvendar; que as pessoas vissem e dissessem “sabe aonde você poderia usar essa roupa? Newport Beach.” Em Santa Mônica, as mulheres querem sempre estar na moda, enquanto em Newport, os ricos não são tão estilosos, mas carregam os estilos nas barras de suas roupas. Como se eles mostrassem que não fazem questão de serem estilosos. Eles apenas são.
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  No entanto, neste dia, sua imaginação não conseguia fluir. Tudo o que pensava era no olhar de na noite passada. Desde quando acordara, seus pensamentos marcavam que ela apenas estava ali por luxúria dele. Porque, de alguma maneira, ele viu nela algo que procurava em outras mulheres. Ou talvez uma beleza que ainda não estivesse em sua lista do que já “comeu”. Entretanto, no fundo, algo lhe dizia que não era isso; ela estava interpretando errado.
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  FLASHBACK

  Ele simplesmente não a deixava em paz. Durante o dia inteiro desde quando voltara da praia, aparecia de surpresa em sua frente, como se quisesse provocá-la – não sabia que seus charmes não funcionavam com a garota, ou fizera questão de não perceber. O jantar fora repleto de flertes através de olhares e toques debaixo da mesa. Ele não parecia dar a mínima para os empregados e empregadas que passavam para servi-los, estes tampouco demonstravam qualquer expressão de desprezo ou interesse no chefe e sua convidada; porém, se importava e desejava arduamente que ele parasse por alguns minutos. Sabia que mesmo que o ameaçasse, era infantil demais para obedecê-la, principalmente quando não toca em sua comida e tem sua mão depositada em sua coxa.
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  Foi questão de poucos minutos para ele subir a tal mão até o cós de sua calcinha. Maldita hora que decidiu optar pelo leve vestido. Tudo bem que decidiu não usar a lingerie de cima propositalmente, pois também gostava de ter sua diversão provocando o engomadinho; no entanto, para ela, havia o momento certo para fazer aquilo. parecia não saber a diferença de momento e lugar. Dentro de sua casa, ele poderia fazer o que ele quisesse; como acontecia naquele momento. Dedilhou o sexo da garota por cima da calcinha de modo que finalmente chamou-lhe a atenção. Abriu um pequeno sorriso e soltou uma risada quando a sentiu cruzas as pernas. Desligou a mão espalmada pela coxa da garota, passando por sua bunda e subindo. O vestido subia cada vez que a mão fazia o caminho superior. Quando sentiu a ponta de seus dedos chegar perto de seus seios, sentiu que teria de desistir de sua janta para conseguir fazê-lo ficar satisfeito. Admitia que também queria transar, mas não queria ser violada na frente dos empregados; além do mais, a maresia fazia com que sua fome aumentasse e ficar o dia inteiro de cara no desenho a fazia se esquecer de comer. Vendo o olhar fumegante de , teria que acordar cedo e abusar do café-da-manhã como fizera todos os dias.
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  Juntou seus talheres e limpou a boca com o guardanapo de tecido negro. Depositou-o na mesa e se levantou, tendo o dono da casa preparado e com um grande volume entre as pernas atrás de si. Revirou os olhos, mas abriu um pequeno sorriso. Fazia um tempo que não via alguém com o pau deste tamanho por causa dela. Ela até que se divertia, pois sabia que eram nessas situações que eles mais atitudes tinham.
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  Ao chegar a seu quarto, rapidamente teve seu vestido retirado de si. Achou que ouviu um rasgo, mas não se importou, quando havia duas mãos percorrendo seu corpo como se ele estivesse coberto de óleo e escorregando. Diferente das noites anteriores, se dirigiu até a poltrona que se localizava no canto do quarto, bem ao lado do banheiro. Havia um apoio para os pés que foi de bastante utilidade para os seus, enquanto se encaixava no meio delas para se agachar e fazer o trabalho oralmente. A garota fechou os olhos e seu corpo enrijeceu com a língua que balançava de um lado para o outro e que fazia movimentos circulares em torno do clitóris. Ela amava quando brincavam com seu clitóris. As mãos enormes de apertavam-lhe as nádegas, enquanto as batatas da perna de se depositavam nos ombros do homem.
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  - … – ouviu o tom de . Ele estava a advertindo. Abriu os olhos e o viu com o olhar bem forte em seu rosto. Ela sabia o que ele estava dizendo. Ele tinha mesmo que acabar com todo o tesão? Justo quando ele finalmente resolveu fazer o trabalho oral, ao invés de exigir dela? Não poderia ser dessa vez da vontade dela? Não, essa era a resposta certa. Suspirou e, sem dizer nada, soltou pequenos gemidos, fazendo-o aumentar a velocidade de sua língua e mordiscar de leve o clitóris, ação que a fazia estremecer.
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  De repente, com apenas uma mão, ele a puxou para perto de si, fazendo-a enlaçar suas pernas ao redor de seu abdômen. Com os seios na altura da boca de abocanhou e mordiscou toda a extensão do peito da garota, que jogava a cabeça e os cabelos para trás, a fim de não atrapalhar o bom trabalho que ele fazia. se levantou e mudou os dois de posição, sentando no lugar em que a garota estava há pouco. Assim que sentiu que estava sentada firme no colo de , desabotou o primeiro botão da jeans que ele usava. Viu o olhar de pudor na ação e resolveu brincar com a situação. Subiu as mãos pelo peitoral de e deu uma pequena, mas forte rebolada em cima de seu membro. As mãos se tornaram rígidas nos braços da poltrona. podia ver através da luz do luar que iluminava o quarto que os dedos de chegavam a ficar brancos com a tortura. Por tê-la feito perder seu tesão com o irritante barulho de seus próprios gemidos, atiçou-o por mais alguns longos minutos até tê-lo nervoso o suficiente para empurra-la para a poltrona de pé e tirar ele mesmo sua calça e boxer, liberando seu membro pronto para a ação.
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  Ao vê-lo acomodado, voltou a se sentar de frente para o corpo de , roçando suas virgindades sensualmente, o que o fazia grunhir de impaciência. Beijou-lhe os lábios para que calasse a boca e ficou daquela maneira por alguns segundos. Quando sentiu-o se mexer, desconfortável por estar prestes a explodir de vontade, suas mãos tocaram o membro, fazendo-o enrijecer seu corpo inteiro e apertar-lhe a cintura, de modo que por ser magra, sentiu os ossos da bacia da garota. Ele já estava lubrificado, por isso, tudo o que precisou fazer foi aumentar a pulsação, aumentando a velocidade das mãos no pau do filho do prefeito. Parou de mexer quando o beijo foi interrompido por ele:
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  - Chega. – foi tudo o que conseguiu dizer. olhou para abaixo e o viu bastante ereto. Era tão grande que a fazia querer sentir a dor de tê-lo rasgando-a; no entanto, sabia que ele se recompunha rápido e ter sua vagina doendo o dia seguinte inteiro não era uma opção. Antes que ele tomasse alguma atitude, ela inclinou seu corpo para mais perto dele, subindo seu corpo e se posicionando bem em cima de seu membro. Ele a ajudou com sua mão a colocar o pênis na entrada de seu sexo; lentamente, ela fora abaixando, suspirando alto e sentindo-o dentro de si. Quando chegou finalmente ao fim, era como se ele estivesse em quase seu estômago. Tudo o que sentia era o corpo a mais dentro de si. Saiu com mais facilidade por estarem altamente lubrificados e então voltou ao movimento interior, aumentando gradativamente a velocidade e também os gemidos. , ansioso por sentir o prazer, ajudava-a movimentando seu quadril contra o dela enquanto via seus seios pularem bem em sua frente, querendo abocanhá-los.
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  - Olhe para mim. – ele diz ofegante. Ela o encara e apoia seu braço em seus ombros, os cabelos grudados no rosto e a boca entreaberta devido a respiração. Por estar com as pernas cansadas, diminuiu a velocidade, pois sabia que não deixaria assim. E foi exatamente o que aconteceu. Ao sentir os movimentos da garota se tornarem mais lentos, mais uma vez enlaçou um de seus braços em torno do corpo dela e com um único impulso, se levantou da poltrona, não desfazendo a união de suas sexualidades. soltou um gemido de surpresa por não ter previsto a ação do homem, mas gostou do caminho até a cama, sendo deitada com facilidade e tendo seus lábios unidos. Aquilo a fez relaxar um pouco a vagina que estava apertada por causa do tesão. Dar um tempo de alguns segundos foi o suficiente para ela aproveitar melhor quando ele resolveu voltar à ação ativa e escancarar as pernas dela, cada uma para um lado, abrindo o sexo brutamente e voltando aos movimentos da transa.
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  Devido ao tesão acumulado, não demorou para ele gozar, aumentando as estocadas assim que sentiu o líquido se aproximar para sair. apenas soltou o ar que prendia e sentiu os lábios de junto aos seus. Alguns segundos depois de parado, saiu de dentro dela e deitou ao seu lado, respirando forte e encarando o teto. fechou as pernas e se manteve na mesma posição que . Não viu quando ele virou o rosto para lhe encarar; apenas percebeu quando ele finalmente disse, depois de estabilizado sua respiração:
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  - Eu tenho vontade de não voltar para Santa Mônica. Ficaria aqui transando com você o dia inteiro. – sua voz, apesar de falha, era alta e clara. virou o rosto e viu o corpo suado de brilhar com a luz da lua. O peito subia e descia, a franja grudava na testa e a boca não fechava para não dificultar ainda mais a respiração. Cada dia que passava percebia um novo detalhe nele; mas nesse dia, o olhar estava diferente. Estava sentimental e interessante; não para ela.
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  - Você pode fazer isso com outras garotas. – virou o rosto antes que achasse um novo detalhe que pudesse encantá-la. Ouviu a risada do homem.
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  - As outras não são como você. – antes que ela pudesse retrucar, sentiu a cama se mexer, um dos braços de pousar em sua barriga e então seu corpo grudar ao dele, ouvindo bem perto de seu ouvido, o sussurro: Parabéns , é meu mais novo hobby e vício.
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  Ela não sabia se isso era uma boa notícia.
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  FIM FLASHBACK

  Ela acordou no dia seguinte e o viu deitado na cama, adormecido. A luminosidade mostrava o quarto branco maior do que na noite passada. O som das crianças gritando na praia privada, as ondas quebrando e as gaivotas sobrevoando o céu com poucas nuvens. A luz mostrava que possuía um corpo que era o seu tipo. Desde quando se tornara maior de idade e passara por alguns apuros; as companhias de suas amizades fizeram-na ter um tipo fixo de corpos de homens que ela gostava de transar. Não que ela gostasse de ser o objeto de luxúria de , mas sabia muito bem que não era fácil encontrar com um membro daquele tamanho ou um abdômen tão definido assim.
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  Tomou uma ducha, já que resolvera antes comer por não ter jantado bem na noite passada; a barriga roncou logo quando abriu os olhos. Geralmente depois dele ela costumava ser tomada por uma onda de sono e cansaço, então era só comer antes de se banhar. Enxaguava o rosto com o sabonete líquido e em seguida com água abundante, até sentir uma mão deslizar até sua virgindade e a outra até seu seio. Lábios em seu dorso e o volume de em sua traseira. Fechou os olhos, impaciente. Devia ter ido tomar banho no banheiro da casa da piscina.
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  - Demorou muito. – ele murmurou, a voz sendo afetada pela água que não parava de cair.
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  - Será que você não consegue ficar um dia sem transar? – ela pergunta, exausta.
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  - Você consegue ficar um dia sem desenhar? – ele a retruca e pela primeira vez desde quando chegaram ali, ela não soube o que lhe retrucar. Ao perceber a falta de resposta da garota, sorriu. – Eu até conseguiria ficar meses sem transar. Acontece que é com você que estamos lidando e eu não vou dar o luxo de esperar meses para transar com você novamente. Anda, pelo menos sairemos limpos.
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  - Eu já terminei meu banho. – ela tenta sair do box, mas ele a prensa na parede, encostando seus lábios nos dela. Os olhos estavam cheios de pudor, de modo que ela não conseguiu se mover por serem atiçantes demais. Ela gostava daquele olhar, apesar de ter sido a primeira vez que ele a encarara assim. gostava de olhares que a fazia travar.
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  - Que pena, mas não se preocupe, não me importo de banhá-la novamente. – ouviu a voz baixa de . Vendo a falta de ação da garota, ele pode usar o tempo para prensá-la melhor contra a parede, de modo que ela não podia se mexer sem aumentar o tesão enquanto seu dedo deslizava em direção ao seu clitóris. Ao sentir o indicador e o médio brincarem com ela, fechou os olhos e inclinou a cabeça para o lado, deixando o dorso de seu pescoço exposto para os lábios de capturarem.
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  Mais uma vez eles transaram e mais uma vez ela teve de tomar banho. Ao saírem do banheiro, caminharam até a cama, onde, sem perguntar, se deitara ao lado da estilista, que fechava os olhos, exausta.
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  - A fim de ir no Fashion Week Paris daqui a duas semanas? – ele finalmente pergunta, vendo-a abrir seus olhos e encará-lo, séria.
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  - Como?
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  - Primeira fila. – ele continua, com um sorriso nos lábios. Virou seu corpo em direção à garota. – Sabe que eu consigo. – deu uma piscadela.
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   pensou por alguns segundos, até desistir e perguntar, desconfiada:
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  - O que você quer? – ele a puxa para si e abre um sorriso convencido.
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  - Quero você. Só para mim. – sussurra em seu ouvido.
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  - E você? Será apenas meu? – ao terminar a pergunta, ela ouviu uma risada saindo dos lábios de .
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  - Você sabe que eu não tenho dona.
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  - Bom, eu também não e mesmo assim você me quer só para você. – levantou os ombros, sem se importar em vê-lo revirar os olhos, impaciente.
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  - Mas eu tenho coisas para te oferecer. Coisas do seu interesse. – ele diz com um sorriso e então vê um sorriso malicioso de , que com um impulso forte, se levantou e passou as pernas, deixando-as uma de cada lado de sua cintura. Por estarem nus, sentiu o corpo do homem receber um choque da cabeça aos pés.
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  - E eu não? – ela apoia suas mãos no peitoral do homem, que sente sua virgindade roçar em sua cabeça inferior. Observou-o morder o lábio. – A diferença é que eu consigo viver sem você… – ela abaixa e morde o lábio do milionário. – Mas você não pode viver sem mim.
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  Sem responder mais nada, ele captura seus lábios e mudam de posição.
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  Sem perceber, ele brincava com a língua em seu pescoço e dorso, enquanto massageava seu seio.
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  - Custa você retribuir meus carinhos ao menos uma vez? – ele diz entre os beijos. suspira. – Por favor?
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  Ela abre os olhos para encará-lo, estupefata. Era a primeira vez que ele literalmente implorava algo para ela. Pode ver em seus olhos algo que não viu durante aquela semana. Não era um olhar de alguém que queria o prazer, a satisfação, o ápice. Ele queria que ela o retribuísse, queria ver em seus olhos o que ela via nos dele naquele momento. Queria a sentir curtir, não parecer um robô ou uma boneca sem sentimentos e emoções.
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  Em um resumo, não gostara nada de ver sentimentos expostos a ela.
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Capítulo 6

  Desde então estava mais do que grudento. Parecia que ele havia sido picado por um inseto do sentimento e de repente começou a se sentir interessado pelos desenhos da garota. não estava acostumada com toda essa atenção, e para dizer a verdade, também não gostava muito da situação. Ele estava invadindo demais a privacidade dela. Se é que ela tinha algum tipo de privacidade com ele. Aparentemente, ele achava que por estar oferecendo uma vida de mordomia a ela, poderia fazer o que quiser consigo. Odiava a maneira como ele se aproximava sem se preocupar em saber se estava a atrapalhando ou não. Mesmo que seus olhos mostrassem que algo dentro dele estava diferente com relação a ela, suas mãos davam a entender que ele continuava o mesmo homem canalha de sempre. Dessa maneira, o sexo não diminuiu de frequência; agora, era possível vê-lo caminhar pela praia, algo que ele não fazia quando haviam acabado de chegar em Newport.
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  Estava sentada na varanda da mansão de bebericando um suco e observando a paisagem da praia, até que sentiu duas mãos em seu ombro descerem até a parte de dentro de sua blusa e pararem em seus seios. fechou os olhos, exausta. Na verdade, poderia estar 100% disposta e sua atitude seria exatamente a mesma; o fato de sempre querer surpreendê-la com toques ousados lhe enojava. Não gostava da maneira que ele a tocava, era como se ela fosse uma garota de programa ralé, e ele pagasse muito pouco, pois ela não valia uma fortuna. Ao contrário das garotas com quem ele estava acostumado a viajar, não mudou de posição nem quando os lábios dele tocaram-lhe o dorso. Sentia os espasmos, mas tentava escondê-los com toda a força que tinha, pois não podia dar razão a ele para tentar transar àquela hora do dia.
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  - Você não enjoa de transar com uma mesma pessoa sempre? – ela pergunta curiosa, finalmente desviando o rosto para o lado a fim de ver em seus olhos sua resposta. Ele sorriu com a pergunta, e, o fato de retirar as mãos de dentro de sua blusa a fez entender que fora uma boa pergunta. Viu-o puxar uma cadeira para se sentar o mais próximo que conseguia de e apoiou uma de suas mãos em cima da coxa despida por trajar um vestido. Percebeu que a pele da garota estava bronzeada, como dizem os amigos, da cor do pecado. Gostava daquele tom de pele nela, tornava-a uma francesa ainda mais exótica, já que não haviam muitas morenas de pele, mas sim brancas demais ou negras.
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  - Quem disse que eu estou transando somente com você? – sussurrou em seu ouvido, tentando ser provocante. No entanto, se queria ver algum tipo de reação na designer, não obteve sucesso. Tudo o que ela fez, foi balançar a cabeça em concordância e não abrir a boca para dizer nada. Fazia todo o sentido para ela agora; achava estranho as empregadas da casa serem jovens e com corpos violões, como modelos de verdade. E os uniformes pareciam terem sido pegos em uma loja de sex shop, de tão curtos que eram. Além disso, era comum vê-las passeando pela casa cantarolando algo e mandarem olhares fugazes ao dono da mansão. Nunca pegara encarando-as, o que a fez achar que ele era ainda mais profissional neste negócio de traição ou diversão conjunta do que ela imaginava. Perdida em seus pensamentos, não ouviu o início da frase do homem, mas pode entender exatamente a pergunta: – Que tal ficarmos mais uma semana aqui?
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  - Não, obrigada. Tenho aula na segunda. – respondeu imediatamente, voltando a encarar a praia com as crianças tentando pegar ondas jacarés com suas pranchas de material caro.
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  - E…?
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  - E não posso faltar.
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  - Nem que eu peça com educação? – tornou a se aproximar da garota e roçou seus lábios novamente no dorso da garota e fechou os lábios para sentir o aroma floral do sabonete que ela havia trazido. De fato, francesas sabiam como estagnar um aroma em sua pele. Não havia como conter a excitação em suas partes íntimas. Para o azar da garota, ele ouviu quando fungou em seu cangote e a ouviu suspirar, algo que fazia quando estava entrando em prazer. Com uma das mãos, começou a passear pela coxa lisa e brilhante pelo hidratante passado ali mais cedo; decidiu então subir a mão até o tecido de sua calcinha, abrindo um pequeno sorriso ao sentir o sexo da garota. – Sei que você quer… – sussurrou em um gemido.
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  - Você sabe que não. – ela olhou séria para ele. Ao que se vira para encará-lo, vê atrás o semblante de algumas empregadas encarando o casal, sérias. Outra coisa que ela odiava naquela mansão e a razão de querer sempre passar o dia inteiro fora na praia, é que aquelas garotas de programa vestidas de empregadas eram curiosas demais sobre sua presença no lugar. Houve dia que, ao voltar da praia, sabia que haviam mexido em suas coisas porque é perfeccionista demais e nunca deixaria uma calcinha entre as roupas, ao invés de estar junto com as outras lingeries dentro da nécessaire que trouxera. Suspirou ao sentir que ele não iria parar e empurrou-o com calma, vendo-o se afastar de si ainda com um sorriso. Provavelmente achava que ela estava fazendo algum tipo de charme; conhecendo-a, deveria saber que aquilo não chegava nem perto de ser um charme. – Você pode ficar, se quiser, não me importo. – descruzou as pernas e se preparou para se levantar. – Há bastante opção querendo ter o que você quer me dar. – apontou indiscretamente para um ponto atrás dele, e, ao ver a que ela se referia, não conseguiu evitar soltar uma breve risada nauseada. Tão rápido quanto olhou para as “empregadas”, voltou a tocar em , prensando-a em sua cadeira para que não pudesse levantar.
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  - Elas são opções, . – indiscretamente, levou seus dedos até a parte íntima da garota por debaixo do vestido de renda que ela trajava e começou a massagear o lugar favorito do corpo inteiro da garota. Sem desviar os olhos de seu rosto, disse confiante: – Você é minha escolha.
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  - Sinto muito. – se mexeu na cadeira, desconfortável por começar a se sentir confortável ao toque do filho do político; o tesão começava a aparecer em seu corpo e tomava conta dele de acordo com que pressionava o dedo sobre o sexo. Assim que decidiu desistir de resistir à tentação, levantou-se e sentou em seu colo, fazendo-o abrir um largo sorriso de vitória e jogar os braços para os lados da cadeira em que se sentava, deixando-os pendurados por não querer tomar nenhuma atitude sobre as ações da garota. Ao vê-la abrir o zíper de sua bermuda, não conseguiu evitar olhar cheia de pudor ao enxergar o tamanho do membro que a esperava. Tentou ao máximo não olhar nos olhos de , mas no fim, teria que beijar-lhe os lábios e não gostava da sensação de ter de fechar os olhos para beijá-lo. Provavelmente o faria pensar que estava gostando das sensações, quando não estava.
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  Antes de ela tocar no mesmo, desceu as finas alças do vestido, escorregando-as pelos ombros e trazendo para baixo toda a roupa até que chegasse em sua cintura; não trajava o sutiã, por isso, logo que mexia no tecido da roupa, pode ver encarar seus seios com sede nos olhos. Sem esperar, tocou-as com ambas as mãos, enquanto ela levou as suas à cabeça de baixo do homem, que gemia resmungos de prazer enquanto beijava o pescoço da garota, o aroma de seu hidratante, agora mais forte, auxiliava no prazer que sentia enquanto as mãos da garota escorregavam para cima e para baixo. Ainda sentado, retirou suas mãos dos seios e as fez levar a bermuda ao chão, começando a descer o tecido do vestido que estava estacionado na cintura de . Agora com ambos nus, o vento parecia mais gelado e as peles mais quentes.
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  - Podemos ir para o quarto? – ela perguntou, ainda trabalhando no membro do homem. levantou uma sobrancelha e perguntou:
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  - Por que não aqui?
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  - Seu jardineiro se juntou às suas empregadas. – ela inventa qualquer coisa. Apesar de saber que ela seria o assunto do dia entre as empregadas, não gostava que as pessoas assistissem a transa dos dois, algo que acontecia praticamente sempre naquela casa. olhou para trás e viu alguns de seus empregados junto à parede de vidro da cozinha. Soltou uma risada; achava interessante vê-la perturbada em ser o centro das atenções, quando era tão chamativa; além disso, todas as mulheres que levara ali não se importavam nem um pouco em ter um público de até 100 pessoas assistindo ao prazer que recebiam de . Não que houvesse público, mas se fosse possível mostrar ao mundo que elas estavam transando com ele, não se importariam de serem as protagonistas. Em um único impulso, ele a segurou em seu colo e a levou para dentro de casa, caminhando até o segundo andar e batendo a porta atrás de si com um dos pés. mantinha seus lábios percorrendo o dorso do pescoço de , enquanto o mesmo apenas sentia seu membro formigar abaixo.
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  Todas as roupas que estavam em cima da poltrona estofada do quarto de foram para o chão. Ela agora se ajeitava, enquanto se ajoelhava em sua frente e a fazia apoiar cada uma de suas pernas em cada um dos braços da poltrona, deixando a intimidade de à sua mercê. Fora quando ele, pela primeira vez, a encarou sério:
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  - O que foi? – ela pergunta. – Quer trocar?
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  - Sou eu quem geralmente recebo o prazer da transa. – ele comenta, fazendo-a levantar uma sobrancelha. Que momento era esse que ele escolheu para fazer uma observação dessas? Além do mais, fora ele quem preparara a posição dos dois. – Todas sempre querem transar comigo.
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  - Você não vai entrar em uma sessão de desabafo, vai? – a expressão de era de desinteresse. Ela estava lá para satisfazê-lo sexualmente, não se tornar sua psicóloga. Mal conseguia entender os próprios sentimentos, quanto mais os dos outros. Quanto mais os dele.
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  - Você sabe que todo meu interesse em você vem a partir do momento em que você tenta me rejeitar, não é? – ele a ignora, fazendo-a se calar. – Quero saber se você sabe gozar de verdade.
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  - O que seria gozar de verdade para você?
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  - Do tipo, orgasmos múltiplos e tal.
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   solta uma risada nasalada.
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  - Tive uma vez com meu ex-namorado.
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  - Ex-namorado? – ele levanta uma sobrancelha.
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  - Bom, era de se esperar que eu tivesse diversos espasmos com ele, não é? Senão obviamente eu não o namoraria. – disse, como se fosse a coisa mais idiota que ele a fez dizer.
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   se manteve calado a encarando pensativo. Quer dizer que um francesinho qualquer a fez ter orgasmos múltiplos e ele, o cara que teve mais experiências sexuais das mais diversas formas, não consegue?
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  - Se eu conseguir fazer você…
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  - Esqueça. – ela o cortou, fazendo-o levantar as sobrancelhas, surpreso. – Não é nada pessoal, mas eu realmente só faço isso quando eu estou envolvida. E nós dois sabemos que não estamos nada envolvidos um com o outro.
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  - Podemos estar. – tentou dizer, mas tudo o que recebeu como resposta foi uma risada.
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  Ela então desistiu de esperá-lo lhe dar prazer e fechou as pernas, se levantando. , pela primeira vez, não pareceu se importar com a atitude da garota. Estava curioso em saber o comentário que viria em seguida:
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  - Ambos sabemos que não daria certo.
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  - E por que não?
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  - Por causa da sua infidelidade. – imediatamente ela respondeu, encarando-o antes de entrar no banheiro. levantou uma sobrancelha, não parecendo tão surpreso com a resposta que recebera. – Você não tem dona, , e eu não quero um relacionamento aberto. Aceite isso. – e fechou a porta, trancando-a logo em seguida, deixando um nu e pensativo para trás.
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Capítulo 7

  Logo depois de ter dito aquelas palavras, ficara pensativo. Pensava em como ela estava certa e errada ao mesmo tempo. Ele, de fato, era um galinha. Dos grandes. Gostava de sair todos os dias, transar com diversas garotas diferentes ou iguais (gêmeas – as univitelinas eram as melhores) e depois descartá-las. Gostava da maneira como sua vida não era presa à absolutamente ninguém. Para ajudar, ele tinha fama do sexo bom, claro, um homem bonito, rico e famoso não pode simplesmente deixar a desejar na cama; além disso, com o número de mulheres que já deitaram com ele, não poderiam esperar menos do filho do prefeito. Rolava até o rumor de que constantemente recebia propostas de gays para transa; para o azar deles, carregava um preconceito interior contra os homossexuais que impedia-o de leva-lo a domar, ou pior, ser domado por outro homem.
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  Entretanto, desde que a conhecera, se prendera nela. A via de longe e logo queria seu corpo, a via de perto e era como se necessitasse com urgência de seu toque; assistia-a observar o horizonte sem fim do mar enquanto o vento tentava levar os seus cabelos e sentia como se pudesse ficar ali o tempo que ela quisesse, apenas a observando. Pensava no dia em que voltariam para Santa Mônica e seu estômago logo protestava, embrulhando. Ele não estava apaixonado, sabia que não; ele não se apaixonava. O fato de não querer voltar à sua cidade com a garota, era que ele não queria que todos soubessem que ele se apegou à ela, evitando ter de dividi-la com outras pessoas. Sabia que era absolutamente impossível evitar, quando se tem os olhos da cidade inteira grudados em você. Todas as garotas que passam por , os homens tendem a querer traçá-las também. É como um bônus para elas; quantas vezes ele não pegara mulheres que não tinham o menor interesse nele apenas porque sabiam que se fossem domadas por ele, teriam a atenção de qualquer outro homem da cidade? Conhecendo da maneira que ele a conhece, sabia que se algum cara oferecesse algo melhor que ele em questão de seus próprios interesses – deixando claro que não era o sexo -, ela não pensaria duas vezes antes de deixá-lo. Fechou os olhos em um pesar quando chegou à egoísta conclusão de que a queria apenas para ele. Seu corpo só para ele. Exclusivamente para ele.
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  Sem perceber, se manteve o dia inteiro longe da garota, que não pareceu se importar nem um pouco com a ausência do dono da mansão de Newport Beach. Durante todo o tempo que a ficara observando, se manteve concentrada em seu bloco de notas, desenhando e se inspirando. Em momento algum olhara para o lado a procura de seu companheiro e isto o incomodava mais que profundamente. Enquanto ele não conseguia tirar os olhos dela, tudo o que ela queria era criar suas roupas. Tudo estava errado naquela situação; não era certo ele estar correndo tanto atrás de alguém a ponto de se sentir, no mínimo, magoado com suas atitudes. Sentiu vergonha ao perceber em que situação se encontrava. Sempre brincou com a cara de todos os seus amigos apaixonados, que desistiam de seus próprios interesses por outras mulheres. Mal percebeu que estava fazendo o mesmo com a futura estilista. Não viu que ao contrário da festa-orgia com milhares de mulheres domadas pelo pudor, ele preferiu a garota que não tinha o menor interesse nele, senão a sua casa de veraneio.
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  Com o tempo longe dela, descobriu que tudo aquilo era necessidade. Quando o esnobou, sentiu a necessidade de tê-la só para si. No fundo, sabia que tinha medo dela não o querer e querer um outro alguém, não importava que fosse melhor ou pior. Ele sempre tinha de ser o favorito; seja dela ou de qualquer outra mulher. A primeira opção, e se fosse a única, ainda melhor. Gostava de ver as garotas sofrerem e lutarem por ele. De que se produzissem apenas porque ele estaria no mesmo local que ele sem nem saberem se teriam uma chance de tocá-lo. Que mostrassem seus peitos e bundas propositalmente para tentar excitá-lo. Mas então conheceu esta garota que não queria saber nem do dinheiro ou posição de poder que ele tinha. Com o que ele a conquistaria? O que a faria ficar aos seus pés como todas as outras? O que ela queria da vida?
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  Pensando durante o tempo que ficou afastado, finalmente decidira qual seria o seu próximo passo: Para ter só para si, devia fazê-la se apaixonar por ele. Para conseguir, nada melhor do que investir na única coisa que importa para ela… A moda.
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  Com o sucesso de imaginação que tivera durante todo o dia, se sentira bastante satisfeita ao ver que seu caderno de desenhos possuía mais dois lindos modelos combinados. O vestido inspirado na brisa mais forte de fim de tarde poderia até ser comparado ao esvoaçante de Marilyn Monroe; no entanto, a estampa floral de seda fazia com que o modelito se tornasse um modelo perfeito para garotas comportadas durante suas férias de verão em mansões de veraneios ricos. Pensou no broche que colocaria na alça do ombro esquerdo caso a roupa se tornasse de uso noturno; gostava de pensar que suas roupas pudessem ser utilizadas mais de uma vez em mais de uma ocasião.
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  O tempo passara extremamente rápido e o fato de que não viera atormentá-la foi uma mera desatenção que tivera depois do almoço, quando nenhuma das empregadas estavam presentes. Elas deviam estar fazendo favores extras para o patrão, do tipo, hora extra em seu quarto. Desde que descobrira a razão das empregadas daquela casa serem tão jovens e cheias de curva, tem evitado comer o que elas lhe trazem e mais ainda ficar dentro de casa durante a limpeza. Também passou a trancar sua mala com o cadeado e levar a chave consigo; sabia como mulheres, quando possessas, se tornavam atrás de alguém que consideravam suas rivais. Ao ver que as cozinheiras mais velhas não se encontravam trabalhando na cozinha, resolvera sair e comer algo na praia mesmo, uma vez que, por ser particular, provinha de serviços especiais, como garçons servindo seus chefes e convidados na areia. Dentre todos os dias que estivera ali desde que chegara, este, de longe, foi o melhor de todos; só ela sabia o quanto queria que todos os seus dias fossem assim.
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  Logo que retornara para casa, pode ver a luz da sala acesa. Suspirou e arrumou a alça da bolsa que estava pendurada em seu ombro antes de voltar a subir as escadas, até ter em vista no telefone. Ela sabia o que se seguiria. Como imaginara, assim que entrou no imenso cômodo, pode vê-lo desviar seu olhar de alguns papéis que estava em seu colo e levantar um dedo, dizendo que gostaria de dar uma palavra com ela. Da maneira que ela parou, ficou. Voltou a olhar para a paisagem da praia que agora estava escura. Não conseguia enjoar da vista linda e iluminada pelos imensos holofotes colocados propositalmente pelos donos das residências que se localizavam grudada a ela. Havia um grupo de amigos que jogavam futebol, estes que azararam mais cedo e não receberam sequer um mísero sorriso em retorno. Voltou a olhar para , que sorria ao falar com alguém no telefone. não gostava de ouvir conversas, por isso tinha a especialidade de tapar seus ouvidos mentalmente, mesmo estando no mesmo local que a pessoa. Trocou o peso de perna e arrumou novamente a alça da bolsa em seu ombro.
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  - Sente-se. – ele apontou para a poltrona, anunciando que ela deveria lhe dar atenção. levantou o rosto e viu que ele havia desligado o celular.
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  - Tenho pressa. – ela responde, arriscando em saber se ele a deixaria em paz pelo resto da noite também. Soube que isso não aconteceria quando o viu levantar uma de suas sobrancelhas. – Quero tomar um banho. – explicou.
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  - Daqui a pouco. – ele tornou a apontar para o lugar, próximo ao dele. Não pode deixar de estranhar não sentir o tom de malícia ou até mesmo o olhar de pudor do homem. Sem escolha, se sentou obedientemente e depositou a bolsa no chão. – Como eu havia te dito, consegui os ingressos para o Fashion Week.
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  - Eu não preciso–
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  - Não terminei. – ele a cortou, fazendo-a se calar. – Gostaria de saber os estilistas que deseja conhecer.
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   nada responde. Analisou da cabeça aos pés imaginando o que ele teria em mente ao fazer aquilo por ela. Perguntou-se mentalmente se era algum tipo de jogo que ele gostaria de jogar para tê-la mais vezes em sua cama, o que era impossível, levando em conta que desde o momento que tocaram seus pés naquela casa, não houve um dia que eles não deixaram de transar. Pensou no que deveria responder e, depois de um tempo, se sentiu idiota por considerar algum tipo de resposta diferente da que decidiu dar; para sua surpresa, antes de questioná-lo, pode logo ouvir ele se pronunciar:
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  - Não quero nada em troca. – parecia até que ele podia ouvir o que ela pensava. O que acabou dizendo tornou tudo ainda mais confuso para a estilista. Podia não conhecer em sua melhor maneira, mas sabia muito bem que ele não era o tipo de homem que gastaria seus contatos e esforços para agradar uma mulher que só lhe dá patadas. – Só quero te conhecer melhor, sem essa coisa de apenas transar. – mexe a mão em descaso.
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  Mesmo que ela estivesse com algum resquício de esperança sobre a atitude dele, não sentiu a menor confiança no que ele disse. Não podia evitar pensar que ele tinha alguma coisa planejada por trás disso tudo. Devido a seus pensamentos, tentando entender o que acontecia ali e por que ele ficara o dia inteiro longe dela, voltando com um absurdo desses, fez achar que ela estava hesitando, acabando por sorrir:
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  - Vamos fazer assim. Tome um banho e se arrume, vamos sair para jantar em algum lugar fresco e conversamos sobre as possibilidades. – se levantou, alisando a bermuda de linho natural.
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  - Por que está fazendo isso? – ela finalmente diz, desconfiada, acompanhando-o com o olhar.
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  Ao vê-la confusa, da maneira que ele gostaria de vê-la, manteve o sorriso no rosto e respirou fundo, voltando a se sentar e cruzando uma perna:
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  - Você já deve ter percebido que é um pouco mais especial que meus outros casos. – ele mexe as mãos como em descaso. – Sendo assim, quero te conhecer e descobrir por que me sinto tão atraído por você.
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  - O que você sente por mim não é atração. – ela diz séria. solta uma risada nasalada.
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  - Acredite. – levantou-se com um sorriso galanteador nos lábios. – Você não me conhece como eu sou. – assim que deu uma piscadela em direção à garota, deu-lhe as costas e subiu as escadas, deixando, dessa vez, a garota sentada pensativa sobre suas atitudes.
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  O jantar não fora tão desagradável quando ela imaginara. não estava igual há dias atrás, quando correu atrás dela para apenas obter prazer sexual. Agora ele parecia a respeitar e conversava apenas sobre coisas que ela se sentia confortável em falar. Nada pessoal, nada que invadisse a vida dela. Conversaram sobre moda, o que sabia de melhor. Falaram sobre as belezas dos Estados Unidos, coisa que conhecia melhor que ninguém. Praticamente não comeram. Ficaram apenas beliscando algo enquanto banhavam-se em diversos tipos de bebidas pedidas por para os dois. não sentira que ele a embebedava de propósito, já que o pedido era sempre para ele e, durante a escolha da bebida, a encarava, como se perguntasse à ela se gostaria de acompanhá-lo, recebendo um aceno positivo de cabeça.
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  Durante o caminho de casa, fora olhando para o lado de fora do carro que dirigia. Newport Beach era um lugar bom apenas para os ricos que não tinham o que fazer e queriam socializar. Mas admitia possuir algumas belezas naturais maravilhosas, a praia sendo seu cenário favorito. não tentou puxar assunto, ao contrário, deixou-a abrir a janela do carro, coisa que ele não fizera em nenhuma das vezes que saíram de casa; sentiu a brisa, fechando os olhos e adormecendo. Alguns longos minutos depois, sentiu os braços fortes do homem a pegar e carrega-la para fora do automóvel.
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  - Posso andar. – sua voz sai rouca e o vê sorrir.
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  - Não vai doer ser carregada.
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  Sem pensar em qualquer consequência, tornou a fechar os olhos, sonolenta. Sentiu ser depositada delicadamente à cama e ter seus sapatos retirados com cuidado. Abraçou um dos travesseiros de plumas que havia por perto, enquanto subia suas mãos por suas pernas. Já estava tão acostumada com os toques inoportunos do homem, que passou a não se importar mais com eles, descansando mesmo com ele praticamente transando com ela. No entanto, esta noite estava sendo diferente. não estava a abusando como sempre fazia, nem a obrigando manter-se acordada até que ele chegasse ao ápice.
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  Sentiu as mãos do homem massagearem as costas de suas pernas uma vez que estava deitada de bruços. Alguns minutos depois, sentiu seus lábios estalarem na região de sua bunda, com suas mãos subindo um pouco mais. O tecido de seda de seu vestido subia de acordo com suas mãos e ela não trajava nenhum sutiã. Por mais obsceno que algumas mulheres achassem não usá-los com vestidos, achava extremamente sexy e apostava que muitas pessoas eram como ela.
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  Quando sentiu as mãos de ao lado de seus seios, não os tocando por estarem achatados com o peso de , ela se vira para cima a fim de receber o carinho. Com um único braço, ele a levantou um pouco, e com a outra, puxo o vestido pela cabeça, retirando-o facilmente e habilidosamente, jogando-o, por fim, no chão. Voltou a deitá-la entre os diversos travesseiros de plumas, deixando-a confortável. mantinha seus olhos fechados e os lábios entreabertos para suspirar mais forte quando ele pegava em seus pontos fracos. explorava cada pedaço de carne da garota, as mãos deslizavam levemente e lentamente. Então, de repente, sente seus lábios grudados nos dela, enquanto os braços enormes do homem eram postas em torno de seu corpo de modo que ele a abraçava. Levantou-a consigo, fazendo-a se sentar em seu colo.
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   depositou suas mãos nos braços de e suspirou mais uma vez quando ele desceu seus lábios até seu dorso, e então em direção a seus seios. Durante o processo, ela passava as mãos pelos braços do homem para manter-se acordada. Seus olhos já estavam pesados demais para serem abertos.
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  Ele voltou a deitá-la na cama e retirou a última peça que faltava para deixá-la completamente nua. Desceu até sua virgindade e a sentiu levemente úmida. Olhou para , que ainda se mantinha com os olhos fechados e a boca entreaberta, passando levemente a língua por eles para umedecê-los. Mexeu na intimidade da garota, que curvou sua coluna levemente ao sentir o toque. sorriu e agachou à sua frente, passando a língua desta vez. Ouviu o suspiro de e fechou seus olhos, se deliciando com o sabor que a garota lhe proporcionava de acordo com o tanto de prazer que ele lhe dava.
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  Passou os braços ao redor de suas pernas, puxando-a mais para si. Ela depositou os pés nos ombros ou nas costas do homem enquanto a língua explorava toda sua intimidade. Sentiu as mãos de apertarem-lhe as coxas, fazendo-a soltar um pequeno gemido. Uma coisa que aprendera durante a uma semana e meia que passara com até agora, era gemer. Geralmente, ela se esquecia, mas sempre a lembrava de alguma maneira.
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  Ele já havia feito isso em diversas mulheres, portanto, estar com os olhos fechados não era um problema. Mas nunca, em vez alguma, se perdera durante o trabalho. gostava de sentir a intimidade de , era quente e macia, aconchegante e ela não se mexia bruscamente, coisa que várias garotas faziam. E ela não gozava rápido. Ficaram por cerca de dez minutos naquela posição, lhe dando prazer sem parar e apenas tivera um único espasmo. Ele gostava quando elas demoravam a gozar.
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  Assim que finalizou, se levantou e retirou a camisa, jogando-a junto com o vestido. Desabotoou os botões da calça e a deixou cair onde estava, livrando-se dela com os próprios pés. Caminhou ajoelhado até a mulher, que agora abria os olhos lentamente, vendo o perfil de no escuro. Os lábios se fundiram, dividindo o gosto de entre eles. Ela, pela primeira vez, passou as mãos pelos cabelos do homem, que tinha as suas passeando pelas laterais do corpo da garota. Nunca haviam se beijado por um tempo tão longo como agora. Eles brincavam com suas línguas, suspiravam e sentiam o tesão ser saciado com apenas toques.
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  Então ele se separou dela, retirando sua peça íntima. Voltou a beijá-la ao mesmo tempo que a penetrava lentamente. Ela apertou-lhe os braços com um suspiro e desgrudou os lábios dos dele, soltando um pequeno gemido de prazer. As pernas se levantam, quase o enlaçando. Ele se movimentava devagar, deixando-a se acostumar com o imenso pedaço de si dentro dela. Cada vez que voltava, colocava um pouco mais, fazendo-a suspirar ainda mais forte. Com o tempo, acabara se acostumando com o silêncio do sexo dos dois. soltava gemidos em seu ouvido, que era muito mais sexy do que as mulheres que gritavam loucas de prazer. Da maneira de , ele se sentia mais envolvido na transa.
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  - Mais forte. – ela sussurra em seu ouvido, o fazendo sorrir. Estava conseguindo. Era a primeira vez que lhe pedir por força, geralmente ela nada dizia, não fazia questão de se envolver no sexo, apenas o deixava fazer o que queria. Mas ele dera liberdade o suficiente para ela saber que podia pedir o que quisesse a ele. – Mais rápido. – ela diz novamente. Assim, ele a obedeceu, dando um espaço moderado do corpo dos dois, estando unidos apenas por suas partes íntimas. Ele observava a expressão no rosto da garota, que se lembrava ser de desagrado ou sem nenhuma emoção. Agora, ela tinha seus olhos apertados e as mãos agarradas ao lençol. Seu sucesso lhe dava prazer, o fazendo aumentar as estocadas. Ela curva a coluna um pouco e solta um leve gemido. Pedia por mais de uma maneira que o enlouquecia.
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  Demorou um pouco para ele chegar ao ápice. O que mais gostava quando transava com , era que ela conseguia acompanhar seu ritmo. Não tinha pressa, gozando no momento errado. O prazer com era muito melhor, mesmo ela não chegando ao ápice como ele achava que era. Sabia que a garota fingia apenas para que ele parasse, descobriu logo nos primeiros dias, mas resolveu não questioná-la. Até a pouco, o que importava para ele era o seu próprio prazer.
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  Diferente de agora.
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  Assim que terminaram, ao contrário dos outros dias, ele deitou ao lado de e não trocaram nenhuma palavra, adormecendo os dois juntos na cama.
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Capítulo 8

  Durante os dois dias seguintes, fora completamente diferente do que na semana e meia anterior. Desligara seu celular, ligando-o apenas para fazer coisas para , que não gostava daquilo. Da maneira que as coisas estavam indo, sabia que acabaria mal acostumada, como sempre acontecia quando lhe tratavam muito bem; por experiências anteriores, o resultado nunca foi satisfatório, por isso, ao invés de obter, aos poucos, mais confiança no filho do político, acabava por desconfiar dele ainda mais. Entretanto, pela primeira vez, não se importou com a companhia do homem ao seu lado. Quando seu dia começou e ela anunciou que estaria indo à praia para desenhar, o viu pronto para acompanhá-la, ato que não conseguiu negar como fazia nas vezes anteriores até então. Ao perceber que a grande mão do homem não se depositara em sua cintura, tentou se convencer de que estava tudo bem em se sentir mais confiante. Silenciosamente o deixara acompanhá-la até a praia para se bronzearem e então ficar ao seu lado observando-a desenhar. Em momento algum a atrapalhara com comentários inoportunos como da primeira vez que a encontrou; apenas sentiu sua respiração perto de seu ombro nu. Por fim, depois de um determinado tempo e concentração, acabou se acostumando com sua presença.
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  Quando voltaram para a mansão, o jantar já estava servido e se sentiu surpresa ao não desejar loucamente subir para seu quarto a fim de fugir dos braços de . Aceitou o convite para jantarem na varanda e também o vinho tinto que ele mesmo havia escolhido em sua adega particular. Mesmo que não se importasse mais de compartilhar um mesmo aposento, os dois não trocavam muitas palavras, comprovando a ela que ainda não estava completamente confortável ao seu lado e o fazendo entender que ela ainda não estava cem por cento confiante com sua presença. passou a respeitá-la, fazendo sexo apenas à noite; mesmo assim, era sempre ele quem tomava a iniciativa. Se não fosse até o quarto da garota, ele sabia que ficaria sem sexo, assim passou a dormir todos os dias ao lado de , não sendo bruscamente empurrado da cama para deixá-la a sós.
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  Era o último dia dos dois em Newport Beach; decidira não desenhar mais já que criara milhares de modelos que seriam inúteis quando voltassem para Santa Mônica. Ela gostava de confeccionar todas as suas roupas, mas não havia dinheiro o suficiente para comprar todos os tecidos e materiais de costura; apenas para seus favoritos. Como era magra e alta, tinha as medidas perfeitas às de uma modelo, dessa maneira, se divertia confeccionando suas próprias roupas, fingindo estar criando uma peça para uma modelo famosa, como Gisele Bundchen ou Candice Swanepoel. Decidiu que assim que voltasse para a cidade, iria procurar algum trabalho como costureira para pedir em troca as máquinas para a confecção de suas roupas. Passou a manhã inteira até o início da tarde arrumando sua mala organizadamente. Ouviu baterem na porta e sem precisar responder, aparece com a cabeça dentro do quarto.
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  - Vamos sair? – anunciou.
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  - Estou terminando de arrumar a mala. – ela responde colocando o último vestido dentro da bagagem, fechando a tampa da mesma.
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  Ele então abre a porta por inteiro, se colocando dentro do quarto e indo se deitar na cama, sem se chatear com a expressão exausta de sobre não poder fechar sua mala porque ele balançava o colchão onde a mesma estava apoiada.
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  - Só iremos partir amanhã de manhã. – diz olhando para o teto.
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  - Não gosto de fazer as coisas apressada.
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   seguiu então para o banheiro, tendo os olhos de em si a todo momento. Vai e volta algumas três vezes e então suspira, indicando que havia terminado. Tudo o que precisava fazer agora era tomar um banho e trocar a roupa suada pelo esforço de andar pelo quarto inteiro juntando suas coisas no calor.
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  - O que vai fazer quando voltar à Santa Mônica? – puxou assunto. Viu os olhos de se voltarem para ele tão rápido quanto voltou a dar atenção às suas coisas.
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  - O de sempre. Estudar. – respondeu não o encarando. sorri com a falta de interesse em conversar com ele. Pensa se ela correria algum dia atrás dele para pedir-lhe algo e se ele faria. Olha para o corpo da garota e ri internamente. Era óbvio que faria, com uma troca justa, claro. Por outro lado, a garota se questionava se ele continuaria atrás dela, mesmo com todas aquelas pessoas que ele conhecia atrás dele. Era claro que não, haviam outras mulheres para ele se divertir; como todas as anteriores, ela deveria ser apenas mais uma diversão que ele se apegou durante a folga da faculdade ou as férias do mesmo.
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  Passaram a tarde inteira no centro de Newport caminhando juntos e olhando as boutiques que chamavam tanto a atenção das mulheres de classe alta. explicava sobre os cortes e se a roupa era bem confeccionada ou não, até sentir que estava sendo irritante demais, tendo uma risada pela parte de e ele dizer que não tinha problema. Encontram com alguns dos amigos de , que ao encará-la, analisarem-na da cabeça aos pés, lhes enviando um sorriso malicioso. O ato não perturbou somente a estudante; ao perceber, rapidamente tratou de iniciar sua despedida a todos e caminhou com a mão pousada na cintura da garota, tentando deixar o mais claro possível que ele não a cederia como aconteceu com outras mulheres; a garota tampouco reclamou, já que não aguentaria nem mais um dia com alguém que se interessasse somente pelo seu corpo. Em momento algum demonstrou dar atenção em nenhum dos homens presentes; tentava, ao máximo, encarar o modo como as mulheres locais se vestiam e quais cores usavam.
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  À noite, ele a levou para jantar em um restaurante à beira-mar e ao voltarem para casa, não transaram. Ao contrário de tudo o que imaginara, assim que entrou em seu quarto, ela já se preparava para sentir suas mãos a tocá-la. No entanto, ele apenas se deitou ao seu lado e a encarou com seus olhos brilhando pela luz do luar que vinha da janela atrás da garota. o viu sorrir, pousando um braço em sua barriga e fechando os olhos, indicando que iria dormir. Não houve como não se questionar sobre o que havia acontecido para ele ter aquele tipo de comportamento; honestamente, ela não estava nem um pouco chateada por não ter de se mostrar submissa a ele por mais essa noite. Ficou tão perdidas em seus pensamentos, que mal percebeu quando adormeceu, confortável ao lado de .
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  Assim que voltaram à Santa Mônica, nenhum dos dois comentaram sobre a noite que tiveram. a deixou na universidade e ainda a ajudou com as malas até seu dormitório, fazendo com que diversas das garotas, aquelas que foram à festa na ilha do calouro por causa dele, encarassem os dois boquiabertas. A maioria dos alunos havia voltado para casa da mega festa que teve de duas semanas no sábado; todos procuravam por e a garota misteriosa. Agora que sabiam quem era, tinha certeza de que todos cairiam em cima de , principalmente os homens. Já a garota tentava não se importar com todos os olhares feios para cima dela. Nunca fora querida em lugar nenhum, portanto, não fora um grande esforço ignorá-las. Assim que entraram em seu dormitório e ele depositou as malas dela em um dos cantos, perguntou antes de sair:
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  - Vamos sair de noite?
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  - Acho que tenho coisas para fazer. – ela o olha significativamente e ele sorri. As garotas se punham no corredor e estava um silêncio enorme para que todas pudessem ouvir o diálogo dos dois. – E a mala para desfazer.
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  - Está me dando um fora?
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   sorri com o sorriso que ele conhecia muito bem vindo dela; era a única mulher que conseguia brincar com seu suposto interesse. Como se não bastasse a expressão, ela disse:
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  - Acho que já ficamos juntos por tempo demais. Está na hora de uma folga.
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  - Você já não teve folga nesses últimos dias? – ele se senta em sua cama e ao ver a colega de quarto de entrar, acena. – Como vai?
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  - Ah, oi . – a garota sorri maliciosamente. – Melhor agora e você?
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  - Mal. – ele balança a cabeça, vendo a garota levantar as sobrancelhas surpresa. – Estou sendo rejeitado. – e mexe a cabeça em direção a , que lhe ignora, abrindo a mala que ele havia colocado em cima da cama.
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  - A-ah… – olhava para séria, provavelmente se perguntando o que estava acontecendo entre os dois. Porém, por estar à frente de todas as outras garotas do campus por dividir o quarto de e ter a atenção de dirigida a si, não poderia perder tal oportunidade. – Há outras pessoas querendo sair com você aqui. – disse, insinuosa e o viu sorrir para ela.
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  - É verdade. Você se importa, .
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  - Nem um pouco. – ela diz imediatamente. “É um favor.” Pensa, feliz em saber o quão bom seria agora que ele a deixaria um pouco em paz para poder voltar à sua rotina. – Escuta – ela se lembra e olha para a garota, a tal Emily, que a encara séria. -, você sabe se o comércio aqui abre aos domingos?
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  - É claro que não. – a garota diz grosseiramente.
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   levanta uma sobrancelha, assente e agradece. Separa todas as roupas sujas em um lado e as limpas vai guardando no armário. , Emily e as garotas dos outros quartos ficam parados a observando, até que ela se irrita e olha para a colega de quarto e :
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  - Vocês não iam sair?
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   ri e olha para Emily, lhe oferecendo o braço. Ela sorri e aceita, ignorando qualquer garota que a encarava invejando-a. os acompanha para fechar a porta, mas assim que terminava de batê-la, coloca a mão, impedindo-a, e diz:
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  - Te pego às nove. – e sai andando, recebendo um olhar indignado de Emily. revira os olhos e fecha a porta por completo.
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  Se ela estivesse lá às nove.
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  Sem perceber, ela havia gasto toda a tarde desarrumando sua mala e se certificando que seu caderno de desenhos ficaria em um lugar bem seguro, longe de qualquer sujeira ou mão engordurada. Emily tinha uma péssima ideia de achar que toda a extensão do quarto pertencia a ela e que suas coisas parariam no armário ou gavetas de , Assim que terminou, tomou seu banho e colocou uma roupa leve; mesmo anoitecendo, o calor do dia ainda pairava e fazia com que seu corpo suasse mais depois de ter se movimentado tanto. Olhou no relógio, que marcava oito horas. Lembra-se de dizer que estaria às nove ali. Imediatamente pega sua bolsa para sair e voltar em três horas, talvez. Verificou se estava tudo certo e se olhou no espelho, achando que faltava alguma coisa. Prendeu parte de sua franja com um prendedor em formato de laço e se dá por satisfeita. Virou seu corpo e foi em direção à porta. Entretanto, ao abri-la, lá estava conversando com milhares de garotas ao seu redor. Ao ver parada à porta, séria, sorri e se vira:
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  - Olá.
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  O desvio de atenção de das garotas ao seu redor fez com que todas encarassem , sérias e aborrecidas.
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  - O que faz aqui? – ela fecha a porta atrás de si e abre seu sorriso malicioso, soltando alguns suspiros de algumas garotas presentes:
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  - Passei duas semanas com você, sei como é, .
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  Ela o ignora e inicia sua caminhada para longe do grupo, antes dizendo:
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  - Saia com uma delas, estão loucas para receber o convite. – e tenta dar as costas ao homem, fazendo várias garotas cochicharem entre si. ri e se desvencilha das garotas que o rodeavam, correndo até a estilista e a abraçando por trás:
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  - Infelizmente, sua semana comigo ainda não chegou ao fim. – e beija-lhe a bochecha.
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  - O combinado acabou quando passamos o portal da cidade. – ela se solta dele e se vira. – Me deixe em paz. – disse séria.
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   , então, diminui o sorriso para um mais malicioso. Pegou na mão da garota e entrelaçou seus dedos.
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  - Achei que estávamos nos dando bem.
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  - Pois achou errado. – ela respondeu, desvencilhando seus dedos dos dele e voltando a lhe dar as costas. bufou, entediado e bateu as mãos nas pernas, caminhando em passos largos até ela.
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  - Vamos lá, foi um feriado legal, não foi? Por que não estender?
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  - Estamos de volta à realidade, .
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  - Pode me chamar de .
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  - Não sou sua amiga. – ela caminhava para fora da área dos dormitórios.
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  - E se eu pagar suas confecções? Você se torna minha amiga? – ele para num dos postes de luz quando já estavam no jardim e para. – Olhe só, consegui sua atenção. – faz uma falsa comemoração, soltando uma longa risada. – Eu sei que você quer transformar em realidade todos aqueles desenhos, .
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  - Você não sabe de nada. – ela se vira para ele. levanta os ombros:
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  - Bem, eu pesquisei, você sabe. Sou um cara esforçado com coisas do meu interesse. – olhou o corpo da garota dos pés à cabeça, vendo-a revirar os olhos. – Tenho contatos.
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  Ela não pode dizer nada. Sabia que ele tinha contatos, apenas não entendia como ele poderia estar se esforçando tanto em tê-la e oferecendo tanto a ela, quando poderia ter mulheres melhores que estivessem interessadas nele por muito menos. O viu sorrir:
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  - Sei exatamente de tudo o que você precisa para criar sua coleção primavera/verão, . – se aproximou lentamente, percebendo que ela não iria mais se afastar. Aproveitou o momento para colocar as mãos em sua cintura. – Que tal uma troca?
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  - Estou cansada de transar. – ela finalmente diz e ele suspira.
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  - É uma pena, porque é a única coisa que eu quero de você. – acariciou seus braços, olhando para a pele bronzeada e macia. Levantou o olhar para encontrar com os olhos de , e assim que o fez, comemorou internamente. Ela estava em suas mãos. Ambos sabiam disso. se manteve sorridente enquanto o encarava séria e pensativa. Valeria a pena vender seu corpo para ele? Talvez não fizesse tanta diferença, uma vez que ficou duas semanas à mercê do cara.
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  - É só isso o que você quer? Meu corpo? – perguntou, desconfiada.
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  - Óbvio que não… – e solta uma risada. – Eu quero você inteira só para mim. – puxou seu corpo perto do dele. – Só para mim.
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  - Isso quer dizer que eu não posso sair com ninguém?
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  - Você é esperta. – ele sorriu.
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  - Posso fazer isso. – ela disse. Ele levantou um dedo, indicando que havia mais:
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  - E terá de se mudar para minha casa. – a ideia surge na cabeça de repentinamente. Se ela estava concordando tão facilmente, poderia extrapolar.
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  Se se mudasse para sua residência, ele poderia controlá-la da maneira que quisesse e se certificaria que ela dormiria com ele ou no mesmo teto que ele todos os dias, sem nenhuma possibilidade de um cara azará-la de surpresa. A única coisa que tinha de fazer era parar de dar festas em sua cobertura.
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  Mas então a viu hesitar. Durante essas duas semanas, descobriu que quando hesita, é porque ela analisa todos os lados da moeda, sendo assim, rapidamente tratou de dizer:
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  - É de frente para o mar e posso fazer um quarto que sobra lá como seu muquifo de costura.
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   o encarou. Ele estava dando tudo para ela? De graça? Para apenas ter a sensação de tê-la em suas mãos? Cruzou os braços, pensando o que Coco faria em uma situação como essa. Ela deixaria sua dignidade de lado para conseguir o que queria?
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  Ela sabia bem o que Coco faria. Ela faria as coisas se virarem a seu favor, mesmo que no início tivesse que ceder algumas noites a alguém que achava que estava a comprando.
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  - Eu escolho a máquina de costura. – respondeu, tirando um sorriso de . Ao se virar para voltar ao seu dormitório, o único sorriso que valeria a pena, seria o que ela abriu por último.
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Capítulo 9

  A semana seguinte para ela fora um inferno. Todas as garotas se mantinham muito perto de si, como se já fossem melhores amigas de anos. Outras lhe enviavam cartas maldosas e até bonequinhas de vodoo com agulhas espetadas nelas e o nome de na mesma. O fato era que não havia uma pessoa que não estivesse por perto por causa de . Até mesmo os homens da faculdade agora sabiam seu nome e jogavam charme barato para tentar conquistá-la. Alguns conseguiam chamar sua atenção devido ao estilo; poderiam ser bons modelos para suas roupas masculinas; entretanto, toda vez que se dopava com a situação de estar sendo paquerada, se lembrava de dizendo que a queria apenas para ele. Fazia parte do trato e ela iria cumpri-lo. Apesar de tudo, o pouco de dignidade que lhe sobrara, valorizava.
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  Era sexta-feira quando todas as garotas que deveriam estar fora arrumando uma programação para a noite ou o final de semana inteiro, estavam no corredor do dormitório feminino da universidade. se aproximava de seu quarto se esquivando de todas, algumas a reconhecendo e lhes mandando olhares desagradáveis, outras cochichando entre si falando mal da garota que todos diziam ser “a francesa que conquistou “. Durante a semana que se passara, todos sabiam que e eram mais do que um casal benefício. Era assim que as pessoas adotavam os casais que estavam juntos para transar. A novidade de tê-la chamado para ir viver em sua casa logo fora assunto não só na universidade, como na cidade toda. Quarta-feira, a mãe dele visitara durante uma aula de confecção e criação para que as duas pudessem se conhecer; aquilo fez com que o fogo da notícia se espalhasse ainda mais, já que a surpresa de verem que estava levando tudo aquilo muito sério não era uma brincadeira ou apenas fogo. Obviamente, não gostara nada da situação, pois vira diversas garotas chorando e outras a acusando de acabar com suas vidas, o próprio exagero.
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  Assim que chegou à porta de seu quarto, verificou novamente o número, pois se encontrava escancarada e com colega de quarto de sentada à porta, chorando nos braços das amigas. Ao olhar para dentro do quarto, pode ver todas suas coisas reviradas, suas roupas e desenhos rasgados em minúsculos pedaços e uma pichação em vermelho escrito: “Não se meta com “.
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  - ISSO FOI TUDO CULPA SUA! – a colega de quarto disse aos berros para a garota que estava parada assustada olhando para seus desenhos que passou fazendo durante todo o mês, jogados ao chão em pedacinhos, como se fosse lixo em época eleitoral. Ouvia a garota berrar em seu ouvido e apontar para ela, mas não lhe deu atenção. Todas as suas roupas e sapatos destruídos. Todas as suas coisas. Sentou-se na cadeira, única coisa inteira no quarto e olhou para os papéis em pedaços espalhados por todos os lados. Seus desenhos. Sua vida.
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  Responsáveis da universidade chegavam e tentavam acalmar a garota, dizendo que reembolsariam as duas, mas ao contrário da colega de quarto, não prestava atenção em nada. Ninguém traria de volta suas ideias maravilhosas que tivera para uma coleção perfeita de inverno. O número de pessoas aumentou ainda mais quando chegou com uma expressão preocupada e adentrou ao quarto, vendo a situação e a pichação. Ele provavelmente havia sido chamado por algum responsável, já que toda aquela bagunça fora por causa dele. De quebra, a mãe e um dos irmãos mais velhos do caso adentraram junto, causando ainda mais tumulto, também por parte dos funcionários.
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   ficou fora de órbita até sentir a mão de depositar em seu joelho. Ao levantar o olhar para ele, pôde ver a surpresa no rosto do homem, que se inclinou para trás ao ver a expressão triste de . Aquilo não era esperado. Nunca pensaria em ver aquela expressão estampada em seu rosto.
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  - O que foi? – ela diz, não rancorosa, mas exausta.
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  - Vim te ajudar. – respondeu, calmo.
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  - Isso é uma surpresa. – ela pega uma das folhas picadas, tentando descobrir qual desenho era aquele e se um dia conseguiria fazer algo assim novamente. – Destruiram tudo.
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  - Eu sei. – ele a responde. – Vão te reembolsar. – ela assente. – Posso te dar tudo de volta.
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  - Desculpe, mas acho que você não conseguiria imaginar metade dos meus desenhos. – sua voz sai abafada pela mão que tampava a boca, pelo fato dela ter apoiado o queixo na mão e o cotovelo no joelho. Viu o filho do prefeito considerar sua resposta; sabia que vinha outra pela frente, já que ele sempre insistia em dar a última palavra em um diálogo com ela.
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  - Posso te dar inspiração. – ele vê os olhos de se virar para si, séria. Sabia exatamente o que ela estava pensando: – Eu não penso apenas em sexo, sabia? – sussurra de modo que apenas ela ouviria. Achou que ela soltaria uma risada por ele estar brincando; não se surpreendeu quando a viu se mexer, exausta, demonstrando não ter achado nada engraçado a brincadeira em um momento tão tenso.
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  - Eu acho melhor você me deixar em paz. – ela finalmente se endireita e então se levanta. então se levantou junto para acompanhá-la.
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  - Isso não foi minha culpa. – apontou para a pichação na parede.
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  - Indiretamente, sim, foi sua culpa. Olha, você pode ter qualquer garota que você quer. Eu só não estou mais afim, ok? – e lhe dá as costas, mas ele a segura em seu braço e a vira para ele:
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  - Você está me dando um fora?
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  - Eu te dou foras desde o início, se você não percebeu. – sua voz era fria. solta uma risada em deboche e faz um sinal para a mãe, que pediu por privacidade, fechando a porta do quarto e deixando os dois sozinhos lá dentro.
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  - Não sei se você sabe, mas da mesma maneira que eu posso te ajudar, eu posso acabar com esse seu sonho ridículo.
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  - Pouco me importo. – ela o encara sério, o fazendo ficar sério. – Estou cansada de lidar com pessoas como você que acham que podem você, , eu não me importaria de ceder. Mas você é visado demais, e não sei se percebeu, mas eu não gosto de estar ‘na boca do povo’. Isso é o que acontece quando estou na boca do povo. – aponta para o seu redor. – Você, garoto mimado, está sempre seguro pelos seus seguranças, seus advogados. Devo lhe lembrar, , que eu sou uma estrangeira, e caso você não saiba, é difícil um estrangeiro ficar muito tempo nos Estados Unidos, quanto mais pagar por um advogado.
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   se manteve calado. Não estava acreditando que ela estava dando um fora apenas porque ele era o que todas as garotas queriam de seus namorados. O pior de tudo não era o fora que ele estava recebendo… Era o fato de que ele não queria parar de vê-la. Talvez estivesse acostumado com a ideia de tê-la só para ele. Ou talvez ele quisesse finalmente alguém fixa com ele. Não sabia o que estava acontecendo e não sabia se era bom ou ruim.
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  Colocou as mãos nos bolsos, pensativo. Não sabia o que era melhor fazer. Olhou para , que ainda o encarava, séria. A viu suspirar e se virar, na esperança de achar alguma coisa intacta.
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  - Você está exausta, não está raciocinando direito. – ele insiste.
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  Ela volta a se virar para ele:
  - Sim, eu estou exausta, mas isso não é uma desculpa para me distanciar de você. Eu não quero…
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  - Eu sei o que você quer, mas deixe eu dizer uma coisa: Você não vai conseguir. – ele diz rudemente. – Aqui no mundo real as coisas são assim, . Você não pode simplesmente achar que está fazendo o melhor para você. Você precisa de contatos. Muito esforço nunca é o suficiente se você não é influente na sociedade. As pessoas apenas fazem pelas outras quando sabem que irão receber algo em troca. Eu estou te oferecendo isso por praticamente nada.
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  - Desculpe se eu tenho dignidade, . – ela responde friamente. Ele estava certo, ela sabia disso, mas estava cansada dele a tratando como se ela fosse seu brinquedo. Estava cansada dela achar que ele realmente poderia fazer algo por si, mas demorar séculos e ela ter de sofrer duras consequências como a desta noite. As coisas poderiam ser da maneira que ele quisesse, desde que ele a respeitasse, o que não acontecia exatamente.
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  Voltaram a se calar. pegou sua bolsa de couro gasta e colocou-a no ombro. Aproximou-se de , que levantou a cabeça para encará-la ao vê-la chegar mais perto e a ouviu dizer:
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  - Eu sei o que eu quero, . E eu vou conseguir. Com ou sem você e sua influência estupenda.
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  E sem dizer nem uma palavra a mais, se retirou do quarto sem menção em olhar para trás.
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Capítulo 10

  Ele não tinha reação. Seus olhos estavam estáticos em , que terminava de abrir a porta e passava por todas as garotas que a encaravam curiosas para saber o que haviam discutido, algo que não iriam saber tão cedo, talvez nunca. Viram a estilista se afastar o mais rápido que podia, pois sabia que assim que ele saísse do transe…
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  - Eu não terminei de falar com você. – sentiu seu braço ser segurado por uma forte e grande mão. Encarou o filho do político, que a encarava sério; atrás dele, um grande grupo observava com atenção, como se estivessem ouvindo uma proposta de emprego em uma multinacional. Tentou se soltar, mas não conseguiu; era forte demais para deixá-la ir. – Você pensa que pode simplesmente me dispensar dessa maneira?
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  - Há sempre uma primeira vez para tudo, agora, me deixe em paz. – ela tenta novamente se desvencilhar da mão de , mas foi mais uma vez inútil. – Eu vou gritar.
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  - E quem te ajudaria? Todas as pessoas nessa cidade e nesse país me adoram. E os que me odeiam não tem cara o suficiente para aparecerem. – ele se aproxima absurdamente dela, fazendo-a olhar para os lados; era óbvio que ele estava certo, prova disso estava nas pessoas atrás dele, que não moviam um dedo mesmo vendo o homem praticamente agredi-la em sua frente. – Pode ser de uma maneira rude, mas eu estou tentando te ajudar. E acredite, a probabilidade de eu ser o único é bem maior do que você pensa.
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  De pouco em pouco, deixou seus ombros caírem, mostrando estar relaxando. Ao ver que a garota havia acalmado, afrouxou o aperto, fazendo-a rapidamente se soltar do mesmo e dar alguns passos para trás:
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  - Por que você simplesmente não me deixa de lado? Por que não me esquece? – ela pergunta aborrecida. – Eu não vou me relacionar com outro cara, não tenho interesse nisso, apenas me deixe em paz! – sua voz sai alta, então lhe dando as costas e novamente sendo impedida de continuar por .
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  - Desculpe se estou envolvido demais com você. – sua voz sai baixa e rouca, fazendo-a parar para respirar e o encarar boquiaberta. Ele não poderia dizer aquelas palavras ou fazer qualquer coisa relacionada a se declarar. Não na frente de todas aquelas pessoas que o conheciam como o garanhão de Santa Mônica.
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  Mantiveram-se calados por um longo tempo, ela tentando entender o que ele havia dito. Tentou ler em seus olhos, mas não conseguiu. Ele só poderia estar brincando com a cara dela. As pessoas não deveriam ser cruéis assim. Tentou mais uma vez apostar em seus olhos, mas ao perceber, começou a desviá-los dela. Dessa maneira, não conseguia saber se era verdade ou não.
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  - Me solte. – ordenou e imediatamente ele o fez.
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  O silêncio retornou quando o viu colocar as mãos nos bolsos de sua calça. Assim, vendo-o mais calmo, pode se acalmar, tentando ignorar todos os pares de olhos começou a pensar no que ele disse. Talvez ele estivesse certo. Talvez ela não conseguisse alcançar seus objetivos rapidamente se não utilizar os contatos dele; odiava lembrar a si mesma que, mesmo sendo uma pessoa eficiente e focada, força de vontade não era nada comparado aos contatos; , por outro lado, sabia que estava na vantagem. Assim que viu a garota de corpo bonito e personalidade forte parar para pensar em sua posição, sabia que ele estava acima dela e que não demoraria muito para ter sua proposta aceita. Mesmo que estivesse um pouco dependente de sua presença em sua vida, não podia evitar querer mostrar sempre que possível, quem era o macho daquela relação confusa. Sabia que havia poucas cartas em mãos para utilizar contra elas e que a mais eficiente seria seus contatos e seu dinheiro; não sabia a que ponto estava se sentindo atraído por ela para gastar tanto tempo pensando em maneiras de mantê-la dele, mas para ter chego a este ponto, sabia que já não era mais no nível de prostituição que ele sempre tratou as garotas anteriores. Sabia que não queria mais vender seu corpo para ele da maneira que fizera nas duas últimas semanas; ele abusou demais de sua paciência, um erro que admite a si mesmo e que está lhe causando problemas agora.
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  - Preciso pensar. – assim que se pronunciou, levantou uma sobrancelha, surpreso com a resposta que recebeu. Ao ver a reação do político, ousou dizer: – E agradeça por isso.
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  Ao ouvir o tom superior usado com ele, não pode evitar senão dar uma risada em tom de deboche:
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  - Está vendo? – e aponta para ela. – É exatamente isso o que eu gosto em você. – olhou para o lado, se certificando de que haveria um bom público para atuar. Colocou as mãos na cintura, voltando a encará-la e balançou a cabeça, enfim dizendo: – Não tenho escolha, não é? – tentou colocar no rosto, o sorriso mais sacana que conseguiu; mesmo que quisesse desesperadamente por uma resposta, as pessoas estavam ali assistindo e ele nunca se perdoaria se no dia seguinte sua imagem de homem poderoso fosse para dependente amoroso. – Amanhã. – levantou um dedo. – Amanhã te procuro para saber sobre sua resposta. É tempo o suficiente. – apontou para os olhos dele e em seguida para ela, vendo-a revisar os olhos. Antes de ouvi-la reclamar sobre o prazo, voltou a andar; ao passar por ela, parou em seu lado e sussurrou em seu ouvido:
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  - Não tente fugir… – tentou virar seu rosto com uma expressão superior relativa ao tom de voz que usou mais cedo, entretanto, ao se deparar com a expressão séria de , não pode evitar se sentir tão insegura quanto antes. Viu no fundo de seus olhos, a fome de leão sobre sua caça. – Você sabe que eu sempre irei te encontrar, onde quer que você esteja.
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  Durante todo o tempo que ficou sem na universidade, se sentia muito mais aliviada do que quando tinha a presença do homem ao seu lado. Na verdade, nunca foi muito chegada na presença de homens em sua vida; mesmo não sendo homossexual, odiava o olhar com que olhavam para ela e seu corpo. Tentou, por um tempo, fazer uma dieta de engordar, mas não conseguiu, por causa de seu rápido metabolismo e sua repulsa por alimentos gordurosos. Todos eram iguais, sempre querendo a persuadir, sempre querendo que ela fosse sua bonequinha de luxo.
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  Sem nem ao menos perceber, havia se colocado em uma posição que não poderia sair com a mesma facilidade. Quando aceitara ir até Newport Beach, achava que as coisas seriam como foi com Coco… Que ela conseguiria o que queria e então se veria logo livre desse fardo. Imprevisivelmente, não foi o que aconteceu. Ao contrário do que ela imaginava, criou um sentimento de apego a ela de uma maneira que sequer ele conseguia explicar. Ela não entendia da onde surgira toda aquela obsessão por ela. Talvez ele fosse masoquista. O fato dela demonstrar abertamente o quão cansada ela é dele o faz querer brincar com ela ou simplesmente lhe ensinar uma lição. Pensa sobre suas posições e no que as amigas lhe diziam antes de deixar a França para vir aos Estados Unidos; ela ainda era muito inocente para tomar decisões sensatas. O uso ou não do corpo não era um fator importante; ela deveria o fazer ou ignorar as ameaças sempre para seu benefício. O fato é que, na posição em que se encontrava, querendo ou não, tanto ela, quanto sabiam que ela não tinha escolha. Ela era dele e precisava de seus contatos para poder conseguir o que queria. Por mais que se esforçasse em dizer que não precisava dele, os dois tinham consciência de que não era exatamente assim. Com o tempo que passaram juntos, percebeu o quão influente ele era na vida de todas as pessoas que o rodeavam, do quanto elas dependiam dele para alguma coisa e a razão para o qual as mulheres queriam todas dormirem com ele; todas com o sonho medíocre de ganhar um espaço na alta sociedade; o caminho mais fácil, aquele que ele está lhe dando de bandeja.
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  Ao mesmo tempo, quando estavam no dormitório com todas aquelas pessoas, viu que mesmo que todos a odiassem, ninguém se atreveria a mexer com ela; todos sabiam sobre a nova obsessão de . Sabiam que se algo acontecesse com ela, correriam o risco de mexer com o filho do político. O fato de que ninguém jamais vira o garoto se interessar por alguém desta maneira, a ponto de chamá-la para dividir sua moradia, na qual nunca levou ninguém para dormir, era algo novo. Era algo que fazia com que as mulheres de Santa Mônica passassem a temer. Observavam , seguiam-na, stalkeavam-na. Ela sentia fotógrafos escondidos por todos os lados, todos querendo saber de onde surgiu essa garota tão misteriosa que escolheu manter-se “fiel” e o que ela faz para manter ele ao seu lado.
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  Acontece que era naturalmente misteriosa. Sem precedentes no país ou contatos, ninguém conseguia imaginar o que fora o passado dela, tampouco como será o futuro. Tudo o que eles sabem é do presente. Sem consciência de suas ambições, as pessoas passaram a querer saber mais sobre a garota, se aproximando e interagindo com a mesma, coisa que a aborrecia mais do que qualquer coisa no mundo. Não gostava de ter sua privacidade invadida. Não gostava de pessoas que mal conhecia perguntasse se ela tivera um bom dia ou se ela iria a tal lugar. Eles que se danassem, ela não suportava a sociabilidade; principalmente com pessoas que não a levariam até onde ela queria chegar. Tudo o que queria era criar suas roupas, transformá-las em realidade e mudar, mais uma vez, a visão da moda.
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  Assim que acordara no dia seguinte, tudo o que havia acontecido voltara à sua cabeça. Ao abrir os olhos, pode ver o semblante de e se não fosse por ele murmurar um ‘bom dia’, podia com certeza fingir que não acordara para que não precisasse lhe dar atenção. Porém, ele fora paciente. Esperara tomar seu banho e arrumar o material que restara, além de colocar uma roupa que ele havia trazido para ela e que, de acordo com o mesmo, havia sido escolhido por um gestor de moda muito bem conceituado no país. Ela era educada demais para lhe dizer que aquilo não era conceito, era necessidade; jamais usaria aquele conjunto de roupas ridículo que lhe fazia querer desesperadamente ir até a loja de costura do outro lado da cidade apenas para poder retirar aqueles pedaços de panos horríveis de seu corpo. O homem que alguém louco o chamou de designer conceituado faria de tudo para agradar a , não a ela, por isso, não se importou em dar um curto vestido com um casaco leve de algodão por cima. Ela odiava vestidos de nylon. Eram falsos e… Sem corte. Pareciam sempre modelos feitos para mulheres sem vida, que vivem em uma rotina; além disso, as pernas pareciam pálidas com a cor das flores e sua cintura fora completamente apagada pela falta de curvas na costura. Todas as roupas de nylon, grosseiramente costuradas com linhas grossas e sempre seguindo um padrão grotesco.
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  Pegou a bolsa de couro que utilizava para a faculdade e ao sair do quarto que já não mais dividia com a colega anterior, viu dois seguranças parados, um de cada lado. Olhou para o político, que sorriu, dizendo ser uma segurança que a universidade permitiu entrar nos arredores da escola para melhor segurança de seus alunos… Ou das coisas de . Não teve como reclamar do favor que estava lhe fazendo; ao invés de agradecer, lhe deu as costas e caminhou em direção ao lado externo do campus, onde lhe obrigou a ir até o carro para darem algumas voltas no quarteirão antes das aulas do dia se iniciarem. Descobriu o horário das aulas de e sabia que a primeira apenas se iniciaria em uma hora.
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  Foi apenas quando estavam dentro do carro que tocou no assunto:
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  - Você se decidiu?
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  - Sim. – respondeu, olhando para fora da janela.
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  - E qual é a sua resposta?
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  Ela hesitou. Sentiu o olhar de em suas costas. Sabia que sua resposta positiva havia lhe chamado toda a atenção. Por ter demorado a responder, acabou pedindo para Jarvis, o motorista, diminuir um pouco a velocidade.
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  - Achei que fosse uma coisa fácil de ser decidida. – comentou, nervoso internamente com a demora da resposta.
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  - É fácil. – ela diz seca.
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  - Então? Qual a dificuldade em responder?
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  - Nenhuma. – ela responde, olhando-o, séria. – Nenhuma. – repete para si mesmo em um murmúrio. Respirou fundo e olhou para , que a encarava com um breve sorriso nos lábios. Ele já sabia muito bem a resposta. – Acho que você sabe a resposta.
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  - Sei. – ele concorda e então se inclina para mais perto dela. – Mas quero ouvir isso de você. Anda. – balançou a cabeça em sua direção, obrigando-a a falar aquilo que ele estava louco para ouvir.
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  Ela podia sentir o hálito de hortelã vindo de sua boca. Apertou seus próprios lábios e encarou os olhos do homem, que mantinha seu sorriso malicioso para ela. Os cabelos hoje estavam mais arrumados com o gel. A camisa pólo com a jeans escura marcavam seu corpo bem cuidado. Cruzou as pernas e os braços, voltando a olhar para fora do carro:
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  - Eu vou para sua casa… – começou a dizer.
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  - Ótimo. – ele a interrompeu. Antes mesmo de dizer a Jarvis para voltar para a faculdade, ouviu ela aumentar o tom de voz para que pudesse ouvi-la.
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  - Mas com uma condição. – ela levantou o dedo e o fez levantar uma sobrancelha, voltando a encará-la.
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  - Fora a do seu escritório particular e dos contatos que eu tenho. – ele disse, em tom de riso, desacreditando que ela ainda estava para lhe dar mais uma condição.
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  - Sim, é algo particular. – ela permaneceu observando o movimento fora do lado de fora do carro. Ouviu soltar um riso deboche e manda-la falar: – Quero a porta do meu quarto com chave.
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  Tão rápido quanto a segurança que ele sentia, foi instantâneo a desfeita do sorriso no rosto de . Ele piscou duas, três vezes até falar:
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  - Você está brincando.
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  - Se eu for ficar na sua casa, não quero que seja como em Santa Mônica com você invadindo o meu quarto a hora que bem entendesse. Se lá será meu lar, devo ter um determinado controle, pelo menos, sobre o local onde eu vou dormir.
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  - Acho que isso não será possível… – ele solta outro riso e a vê lhe encarar sério:
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  - Então não temos um trato.
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  Ele não estava entendendo. Ela era louca? Já havia mostrado para ela o quão importante era no país, o quão importante era para as pessoas. Ela sabia sobre a influência dele sobre todos e mesmo assim ousava lhe dar mais condições. Havia alguma coisa errada, ela não era normal. Olhou para o corpo da mulher sentada do outro lado do carro, tentando vê-la rir e dizer que era uma brincadeira, mas nem com todo o esforço que quisesse utilizar para ver tal cena, não conseguiria. Assim, passou a mão pelo rosto, impaciente, e apoiou o calcanhar no joelho:
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  - Há diversas outras coisas que você pode exigir de mim… Menos isso. – apontou para ela, nervoso.
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  - Eu tenho certeza de que você não é burro e nem surdo, . – passou a encará-lo. – E eu não sou de brincadeiras, como já deve ter percebido. Se você me quer sua, não vou negar meu corpo a você. Mas exijo o meu tempo. Ele é meu e eu devo fazer com ele o que eu bem entendo.
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  - Jarvis, vá para a cidade e dê mais algumas voltas, precisa conhecer alguns points. – disse para o motorista do interfone que tinha ao seu lado. Ouviu um ‘sim senhor’ antes de desligar brutamente. – Vamos fazer um trato sobre este trato.
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  - Não há trato sobre o meu trato. Ou é isso, ou não é. Você escolhe. – ela sabia o que vinha por aí, mas estava preparada. Passou a madrugada se preparando. O que quer que ele oferecesse, ela estava pronta para recusar.
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  - O ponto principal de você se mudar para casa, além de eu obter o controle sobre você – ele diz em tom de riso, o fazendo ficar perturbado quando viu que aquilo não a afetava. -, é eu poder usufruir do seu corpo quando eu bem quisesse. Então se você quer toda essa privacidade, digamos que eu estou disposto a aceitar, se arrumarmos um horário para isso.
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  - Horário? – fora a vez dela de ser irônica. – Eu não sou uma prostituta, , eu não tenho tempo para essas coisas.
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  - Você não é uma prostituta? – ele ri. – É mesmo?
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   imediatamente ficou séria. Destrancou a porta do carro e ameaçou pular, mas ele fora mais ágil em segurá-la pelo braço e dar um jeito de trancar novamente a porta:
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  - Você é maluca!? – diz nervoso.
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  Sim, ela era maluca. Ela ficava maluca quando pessoas insensíveis a chamavam de prostituta sem razão nenhuma. Por mais que soubesse que o que estava fazendo era sinônimo ao que uma prostituta fazia, não admitia ser chamada por tal; tinha respeito pela profissão, era uma profissão, mas não exercia; era uma estudante séria, com um foco em sua vida. Seu pai, antes de abandoná-la, levava diversas desses tipos de mulheres para casa, onde crescera na orgia, ouvindo das mais absurdas coisas; sofrera nas mãos das mulheres que embebedavam o pai e o levavam à falência. Ela podia ser xingada de qualquer nome, qualquer coisa… Menos isso.
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  Levantou o olhar para , que ao encará-la, quase admitiu sentir um pouco de receio, mas ele era , o filho do prefeito de Santa Mônica. E ele conseguia tudo o que queria. Talvez tivesse feito alguma coisa de errado para deixa-la neste estado, apenas ainda não sabia o que era. Talvez ela não gostasse da ironia dele. Achava que não, ele sempre fora assim com ela. Talvez ela se aborrecesse por ter sido chamada de prostituta, mas ele tinha certeza de que ela já sabia que era assim que ele a via. E que seria assim que as pessoas a veriam se um dia soubessem sobre a verdadeira razão do relacionamento dos dois.
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  - Tudo bem, vamos conversar como pessoas adultas e civilizadas. – diz voltando a se sentar, quando viu que a garota havia se acalmado. – Você pode ter a privacidade que quiser no seu quarto. Eu não vou atormentá-la e nem ninguém irá enquanto você estiver lá dentro. Mas os seus finais de semana serão meus. E sexta-feira conta como finais de semana.
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  - São nos finais de semana quando eu tenho mais tempo…
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  - Eu estou te dando essa proposta. Não transaremos e eu não tocarei em você durante os quatro dias da semana. Mas a partir de sexta-feira à noite, eu poderei fazer o que bem quiser e você terá que deixar sua porta destrancada para mim. É isso, ou você simplesmente vai ter de lidar comigo tendo a chave do seu quarto também. E eu estou falando sobre o seu quarto na universidade.
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  Ele era mais esperto do que ela pensava. Perguntava se era só quando havia sexo no meio da conversa. Voltou a olhar para fora do carro e se perguntou o que seria o certo a fazer. Pensa em Coco, como sempre. Ela era uma mulher de atitude. Ela fazia as coisas da maneira que ela queria. Custasse o que custasse. Olha para e este a encarava agora menos malicioso do que antes, talvez receoso sobre sua resposta. Talvez ela devesse fazê-lo sofrer um pouco em sua mão.
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  Afinal, um relacionamento como o deles tem dois lados. O que usa e o que deve ser usado. Ela iria mostrar para ele quem era o usado ali.
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  Era sexta-feira. não era nada burro. Ele escolhera aquele dia propositalmente, ela sabia disso.
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  - Bem-vinda ao lar. – ele sussurra em seu ouvido enquanto ela observava o mar à frente de seu quarto da sacada. Ele não mentira quando dissera que poderia trazer a inspiração de volta. Sente as mãos de percorrerem sua barriga e seus lábios encostarem em seu ombro.
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  - Não é noite ainda. – ela diz friamente. O ouviu soltar uma risada nasalada e se afastou dela.
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  - Um bônus talvez? Por eu ter concordado com sua proposta absurda? – caminha para dentro do quarto, vendo-a se virar e adentrar atrás de si. – Vamos estrear a sua cama? – olhou para a mesma, enorme.
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   abriu um sorriso malicioso, atitude que ao mesmo tempo que o excitava, o fazia desconfiar:
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  - Me dará um bônus amanhã? – se aproximou do homem, que colocou as mãos em sua cintura.
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  - Ponto. – sorriu, acariciando o local com o dedo polegar. então coloca ambas as mãos nos ombros do homem, pronta para enlaçá-lo pelo pescoço. Ao contrário do que se era esperado, a ação foi utilizada para empurrá-lo para fora do quarto, fazendo-o encará-la surpreso:
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  - Então até de noite. – e fechou a porta em sua cara antes que ele pudesse ter qualquer reação.
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   se mantém com a boca aberta e ao ouvir a tranca da porta do quarto sendo lacrada, soltou uma alta risada e balançou a cabeça, desfazendo o sorriso e passando a mão pela nuca:
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  - Você me deixa louco… – murmurou antes de seguir para dentro de seu quarto.
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  Ao ouvir se afastar, pode finalmente respirar aliviada. Olhou para toda a extensão do gigantesco quarto. O chão encarpetado em um tom gelo; a enorme cama king size com diversos travesseiros e almofadas em cima; as janelas balcões, localizadas cada uma de um lado da imensa cama, cobertas por uma cortina blackout seguida de um fino tecido branco que se tornava transparente para quem visse de fora e de dentro. Uma TV imensa presa a um cano que saía do teto, bem à frente da cama, sendo o melhor local para se assistir – se ela ao menos tivesse o hábito de assistir à TV – criados-mudos em ambos os lados da cama, antes das janelas, e dois abajures embutidos no encosto da cama. A sacada não era pequena e podia facilmente acomodar uma cadeira, como ela fazia naquele momento para iniciar seu desenho.
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  O quarto obviamente era uma suíte; para chegar até o banheiro, havia um corredor de três armários de porta dupla de cada lado para todas as roupas que um dia seriam acomodadas ali, já que não possuía mais nada devido ao trágico acontecimento de dias trás. Uma enorme banheira italiana se encontrava em um lado do banheiro e a bancada da pia era longa do lado oposto. provavelmente havia pensado bem no tipo de banheira que deveria colocar lá, já que o local podia facilmente acomodar duas pessoas.
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  Passara a manhã e tarde inteira em seu desenho, analisando e recriando, páginas e páginas gastas para que, no fim, apenas uma única peça estivesse inteiramente criada. Mesmo assim, dava-se por satisfeita. Ela era assim, quando se focava em algo, ela o fazia até conseguir. E como sempre, conseguia. Vê as horas e percebe que estava na hora de aguentar o inoportuno do dono da casa. Ao entrar no quarto e deixar a cadeira em seu lugar, olhou para o banheiro que a chamava para um delicioso banho, mas desiste ao lembrar que ainda tinha de fazer sexo com . Destrancou a porta silenciosamente para que ele não pudesse ouvir, sabia que era um absurdo, mas não esperava nada daquele homem.
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  Jogou-se na imensa cama, que era grande demais para seu corpo miúdo. Se acomodou entre os travesseiros e almofadas, tirando os sapatos e meias, jogando-as para qualquer lado. Suspirou e fechou os olhos, pensando no que deveria fazer a seguir. Teria de recomeçar, era óbvio. Mas precisava de dinheiro. Depois desse desfalque, ela provavelmente teria que usar suas economias, o dinheiro que juntara na França seria completamente gasto, não podia ficar no negativo e ter de recorrer à . Era capaz dele pedir em troca os dias da semana que ele dera à ela de sossego.
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   . O que ele queria, afinal? Não era apenas seu corpo. Um homem não precisa trancafiar uma mulher em sua casa para ter seu corpo. Principalmente quando a mulher era ela e ele já sabia que não havia necessidade de fazer tanto alarde para que ela transasse com ele. Apenas oferecesse o que ela precisava. Ela não entendia. Talvez fosse o que ele dissera. Talvez ela o intrigasse. Mas que culpa ela tinha se sua concepção sobre homens nunca fora boa desde que o pai a decidiu abandoná-la nos bordéis parisienses? Ela não gostava de homens, odiava como eles querem que as mulheres sejam sempre vulneráveis e dependentes deles. Mulheres podem sim ter o poder de ser independentes e femininas.
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  Ela gostava de jogos, sempre gostou. Desde a França, quando Aurelien, seu primeiro e único amor, lhe confundia dizendo coisas belas e então a esnobando. Usando-a não como fazia, sexualmente. Aurelien gostava de ter uma mulher bela ao lado. era a garota mais linda do orfanato inteiro, assim como também do bordel; mesmo não sendo uma das prostitutas da casa, foram incontáveis as vezes que Madame Vigne pedira para ela se tornar uma de suas ‘queridas’ e que ela receberia muito dinheiro. Sempre que saia pelas ruas de Paris, olheiros a chamava para se tornar modelo. Fora acompanhando esses homens para ganhar dinheiro que ela descobriu a moda e descobriu ‘Coco’. Infelizmente, diferente da mentora, não tinha uma boa voz e não era simpática. Mas ela tinha um belo corpo e um conjunto de olhos misteriosos e lábios carnudos que nenhum homem nunca se atreveu a recusar. Aurelien tampouco.
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  Ele foi diferente, lhe mandava flores e a incentivava. Como presente, diferente de outros homens que gastavam fortunas com pulseiras e jantares à luz de velas, Aurelien lhe dava tecidos. De boa qualidade para que pudesse criar suas próprias roupas. Ele sabia sempre tudo o que ela queria sem ela ter de pedir. Sabia como tê-la para si somente conversando com ela.
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  Diferente de . Entretanto, no final das contas, o político tinha o mesmo comportamento do francês, dando-lhe presentes e prometendo coisas para conseguir sua companhia.
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  O rosto de se contorceu com a semelhança que seu primeiro amor tinha com a pessoa que mais repugnava no mundo. Não entendia por que ela não gostava de , sendo que ele era exatamente como Aurelien. Ambos não pareciam se importar com seus sentimentos e tudo o que ela tinha de fazer era afastá-los de si.
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  Imagens de Aurelien com seus olhos castanhos lhe encarando, tomando conta de todos seus pensamentos… Ele era a única pessoa a quem ela não se esqueceu de Paris. Que ainda estava vivaz em sua mente. Obrigou-se a abrir os olhos antes que pudesse entrar em mais detalhes sobre Aurelien e o quarto já estava escuro. Olhou para os lados e aguçou sua audição. Nenhum ruído senão a das ondas se quebrando na areia. Sentia-se cansada por não fazer nada. Se levantou e olhou o relógio. Oito e quarenta. Se ele não chegara até agora, talvez ele não viesse tão cedo.
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  Tomou o seu tão desejado banho e abriu os armários vazios na esperança de encontrar alguma coisa para vestir. E encontrara. colocara somente vestidos. Como se ela vivesse apenas disso. Contudo, era melhor do que repetir a roupa por três dias seguidos. Escolheu um vestido creme de renda e colocou seu sapato único de salto. Talvez houvesse algumas lojas ainda abertas no centro. Ela estava em Santa Mônica, afinal. Pegou seu casaco de couro e o colocou por cima do vestido, para quebrar o ar romântico que toda aquela renda dava. Prendeu o cabelo de lado, deixando a franja cair para o lado depois que secou com o secador. Investiu na maquiagem, os olhos contornados por um preto, o rímel bem espesso e o batom vermelho. Não apostou nos acessórios, devido ao excesso de estampa que havia na roupa principal.
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  Desceu as inúmeras escadas até o primeiro andar e não encontrou ninguém. De acordo com , a chave de estaria na porta, e lá estava. Pegou-a e colocou dentro de sua carteira, único acessório que ela levava. Grande o suficiente para caber o batom, o celular e o dinheiro. O funcionário da casa tratou de chamar o motorista para levá-la aonde quisesse ir e tudo o que ela fez foi agradecer e recusar, indo até o ponto de ônibus mais perto. Iria se esforçar ao máximo para não depender das mordomias de .
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  Assim que se sentou em um dos bancos do ônibus, chamando a atenção de todos os passageiros, os ignorou e olhou para o celular mais uma vez, esperando ver alguma mensagem de , mas nada. Fechou a cara ao pensar o que ela estava pensando ao esperar uma satisfação dele assim. Aquilo era um absurdo. Demorou meia hora para chegar até o centro de comércio, já que a casa de se localizava no bairro de classe alta. O Boulevard.
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  Como era de se esperar, a rua principal estava lotada e iluminada pelos carros, diversos postes e vitrines chamativas. Caminhou lentamente loja por loja, decidindo comprar apenas o essencial. O problema era que seu essencial era abusivo. Como sua máquina demoraria duas semanas para chegar, tinha de comprar roupas para sobreviver até lá. Apenas parara as compras quando vira que já não tinha mais loja nenhuma aberta e seus braços reclamavam por segurarem tanto peso. Parou em um banco e olhou para o celular. Nada. Bufou e resolveu jantar por ali, caminhando para o lado dos restaurantes. Passou pela maioria deles, os pés começando a reclamar com o aperto do sapato e a altura do salto, decidiu pelo simpático restaurante italiano, sentando-se na mesa que estava na calçada. se sentia mais em Paris quando comia em lugares como aquele. Adorava sentar na calçada para não pegar um resfriado com o frio do ar condicionado que a maioria dos restaurantes deixavam, ou arriscar ter sua maquiagem derretida com o calor. E ela fumava, portanto, o ar natural era perfeito para ela.
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  Três cadeiras foram ocupadas com todas as sacolas e ela sentiu que estava sendo muito bem tratada pelos funcionários do restaurante. Olhou para o cardápio e viu os preços que teria de encarar. Respirou fundo. Ela precisava arranjar logo algum emprego. Pediu uma salada com um suco natural e acendeu seu cigarro, pegando novamente o celular e vendo finalmente uma mensagem de :
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  “Onde você está? Está fugindo de mim? Esse não é um bom começo. Volte para cá, estou te esperando. .”
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  Levantou as duas sobrancelhas. Desde quando ela tentava fugir assim dele? Responde qualquer coisa, informando que demoraria ao menos uma hora para voltar, já que dependia do transporte público e que não queria que ele fosse buscá-la, pois sabia que ele iria descobrir. Assim que fechou o flip de seu celular e olhou para frente, esqueceu-se de tragar o cigarro e endireitou sua coluna, deixando as cinzas quase cair em cima de si.
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  Ele tinha o sorriso malicioso de sempre e como ela, o cigarro em mãos. Soltou a fumaça e se levantou, pegando o celular e a carteira que estavam depositados na mesa. Ao parar em frente onde estava sentada, era claro o quão alto ele era comparando aos americanos que passavam ao seu lado. Vê duas das garçonetes quebrarem o pescoço para encará-lo. Se aproximou de e sem perguntar, se sentou na cadeira ao lado da sua.
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  Aquilo só podia ser um carma. nunca acreditou na história de quando se pensar muito em algo, ele finalmente acontece.
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  E ela nem pensara tanto assim em Aurelien.
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Capítulo 11

  Devido às longas pernas, não demorou nem meio segundo para Aurelien parar em sua frente com o sorriso que não conseguia se esquecer. Quando pensou em se levantar e fugir daquele que ela mais queria estar nos braços, percebera que era tarde demais:
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  - Bonne nuit, Mademoiselle, ne vous dérange si je m’assois ici? (Boa noite, senhorita, se importa se eu me sentar aqui?) – seu corpo alto e forte se inclinava levemente para frente, para que tivesse certeza de que ela ouviria seu cumprimento e responderia à sua pergunta. não conseguia lhe responder. Sua boca não abria e o cigarro estava quase terminado. Percebeu o quão tola estava parecendo em sua frente; como sempre, ele não perdia a maneira de surpreendê-la. Limpou a garganta e, se esforçando, disse:
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  - Oui. – e tirou sua atenção do protótipo de modelo europeu, descarregando as cinzas queimadas do cigarro no cinzeiro que havia na mesa. Olhou para o lado e seu plano de voltar para casa e ser usada como o objeto sexual de desapareceu. Achava que, afinal, essa era sua função do dia. Ser usada.
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  Aparentemente, alguém mostrara à ela que estava errada. A função de seu dia era esquecer . Ou talvez compará-lo, como estava fazendo há pouco.
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  - Está a passeio? – finalmente pergunta em inglês, mostrando que não gostaria de chamar mais ainda a atenção das outras pessoas ao redor com a língua estrangeira. Descobrira que ser francesa, ser ligada à moda e possuir uma boa aparência é um imã de problemas. Se pudesse evitar ao menos uma das opções citadas talvez pudesse melhorar suas condições futuras. Viu Aurelien mudar seu sorriso e dar outra tragada em seu cigarro:
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  - Seu sotaque está muito bom. – desconversa a pergunta de com seu inglês afrancesado. A modelo não soube porquê assentiu; a cabeça simplesmente se mexeu automaticamente, tão rápido quanto, o arrependimento apareceu assim que ouviu o riso de Aurelien. – Onde está morando?
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  - Como está Marguerite? – mudou de assunto rapidamente. Marguerite era a irmã menor de Aurelien que adorava. A menina tinha seis anos e era completamente o oposto do irmão mais velho. Nem um pouco misteriosa, um livro aberto, os cabelos loiros e encaracolados sempre em contraste aos cabelos escuros e fáceis de serem jogado para qualquer lado do mais velho. A única coisa que os identificavam como irmãos eram os olhos muito azuis que ambos carregavam de herança da mãe. também apostava que quando a menina crescesse, ficaria alta como o irmão e levaria consigo o sorriso malicioso e olhar misterioso que Aurelien tinha.
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  O ex ficara a encarando por um tempo, calado, provavelmente analisando o estado de , algo que fazia sempre que a via depois de muito tempo sem se comunicarem. Era impossível decifrar suas expressões. pagaria com sua vida para saber tudo o que ele pensava quando estava com ela. Por causa do jogo, estava se sentindo tão imbecil quanto se sentia quando provava que ela era uma pessoa vulnerável a ele. Estava agindo como uma menina assustada e medrosa. Infelizmente, era assim que ela era com Aurelien. Sempre que vinha até ela sem ela perceber, tornando a ficar muito próximo. Não era nem preciso dizer algo, sua própria presença a deixava despreparada para o que quer que ele fizesse.
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  - Está bem, o curso de artes indicou que ela viesse para cá durante uma semana aprender algumas táticas americanas. – outra tragada no cigarro que reconheceu pelo cheiro ser francesa. Infelizmente, esses cigarros eram difíceis de serem encontrados em Santa Mônica e o único lugar que ela achara cobravam os olhos da cara. Amava os cigarros franceses. Eram bem mais fortes, mas ao mesmo tempo, suaves, ao contrário dos exageros americanos. – Acabou hoje.
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  - Está aqui desde semana passada? – ela pergunta surpresa. Ele estava nos Estados Unidos e não fora procurá-la… Ela não deveria ficar aborrecida, tampouco decepcionada. Aurelien havia deixado bem claro suas intenções ao pagar a passagem de ida de para os Estados Unidos. Apertou os lábios, nervosa. Só havia uma única razão de estar nos Estados Unidos.
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  Essa razão tinha nome e estava sentado em sua frente neste exato momento.
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  Tudo começou há cinco meses, quando Aurelien repentinamente chegou no quarto onde vivia com mais duas garotas – que a propósito, ela descobrira que Aurelien havia ficado junto no último dia em Paris -, e lhe disse que queria que ela fosse para a Califórnia para cursar a universidade de moda de Santa Mônica. Não era a melhor do mundo, mas era a melhor dos Estados Unidos e ele conseguira um com preço para ela.
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  Obviamente recusara. Estava fora de cogitação ela se afastar de Aurelien, justo naquele momento em que ela começava a achar que ele estava se importando com ela e parando de sair com outras mulheres ao mesmo tempo em que dizia que ela era a mulher da vida dele. Franceses… Sempre romanticamente exagerados.
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  Fora quando ele dissera que estava fazendo isso porque acreditava no potencial dela. Estava tudo pronto, ele fizera tudo às escondidas de , como sempre. As passagens estavam compradas e a matrícula, feita. Ele enviou o histórico escolar de , além de depoimento dos professores do colégio; a entrevista fora feita por outra garota, uma paga por Aurelien. Tudo estava arranjado, exceto o relacionamento deles. estava decidida a ficar com Aurelien em Paris, sua atitude o fez parar de atormentá-la. O que ela não esperava, era que a falta de cobrança em si foi ao fato dele parar de encontrar com ela. não estranhou pelas primeiras duas semanas, mas quando as duas semanas se tornaram um mês e meio, ela não conseguiu não ir até o homem. Ele dramatizou dizendo que ela o expulsou de sua vida depois de tudo o que ele fizera. Ela lhe explicara que não era verdade.
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  Pela primeira vez na vida, amolecera seu coração e falou sobre seus sentimentos por Aurelien. Por um momento, acreditou que ele a correspondia. Seus toques, seus beijos, seus olhares, o ar que soltava durante as carícias, as ações de preocupação que demonstrava… Por três meses e meio, achava que as coisas estavam perfeitas. Ela e Aurelien passeavam por Paris com as mãos dadas e ele passara a levá-la às festas como sua companheira. Todas as festas. Os rumores do relacionamento dos dois aumentavam com o passar dos dias, assim como o amor dela por ele e a satisfação de finalmente tê-lo por completo ao seu lado. Então, na véspera do dia que deveria embarcar para os Estados Unidos, ela estava feliz em jogar a passagem no lixo. Um grupo de colegas haviam-na chamado para beberem algo em um bar local de Paris; era o único grupo de garotas que saía, por terem gostos em comum. Assim que chegaram ao local combinado, a primeira coisa que vira fora Aurelien com Katherine, a vadia rival que dizia ser apaixonada por Aurelien. Em seguida, encontrara as duas garotas com quem costumava a morar, e essas, rindo de sua cara, disseram verdades que não gostaria de ter ouvido nunca. Verdades sobre o relacionamento fantasma dela com Aurelien.
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  Antes mesmo que ele a visse, foi embora. Voltou para casa se sentindo a pessoa mais idiota do mundo. Sentiu-se aos prantos quando chegara em casa, desesperada, humilhada. Olhou ao redor sem saber o que fazer em seguida. Deixou-se levar pelas emoções. Sem pensar, havia se entregado ao amor que sentia por ele. Uma grande besteira.
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  Foi a última vez que vira Aurelien.
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  Até agora.
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  Recordando-se de seu passado, finalmente descobrira o porquê de tanto odiar . Como fora tão cega?
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   era exatamente como Aurelien. Um ordinário, aproveitador, galanteador barato. Deu uma última tragada em seu cigarro antes do garçom servir sua salada e seu suco. Bebeu um gole da bebida e não se dá ao trabalho de oferecer a ele; na verdade, queria que ele fosse embora. Vê-lo ali fazia-a lembrar de todas as besteiras que submeteu a fazer por ele. Todas as conversas felizes que tinha com as colegas francesas, que acabavam espalhando pelo social; no final, todos riram de sua cara. Olhando os olhos azuis de Aurelien, podia ouvir os risos e os dedos apontados, as palavras cruéis e o sentimento de humilhação.
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  Enquanto isso, mulheres passavam pelos dois sentados e olhavam descaradamente para Aurelien, que não percebia, ou fingia não perceber suas presenças. Seus olhos estavam fixos em , em seu rosto e seus movimentos.
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  - Foi difícil te encontrar. – ele finalmente disse, depois que recebeu o copo de cerveja que havia pedido ao garçom. Ela levantou uma sobrancelha, tentando ao máximo não demonstrar a felicidade em saber que ele se esforçara para procurar. Ao perceber o coração palpitar, alegre, quis esfaqueá-lo por traí-la depois de tanta dor que sentiu. – Fui até sua universidade, mas me disseram que você havia se mudado.
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  Ela se manteve calada, centrada em comer. Aproveitava que a salada estava à sua frente e lotava a boca de folhas para que não fosse obrigada a falar. Aurelien se encostou na cadeira e deu outra tragada, olhando ao redor e então voltando a prestar atenção na garota.
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  - Eu me perguntei durante esses dois dias que fiquei à sua procura… Onde você poderia estar morando, uma o dormitório fora algo que eu consegui para você de graça.
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  Sentiu seus olhos em si, enquanto dava atenção ao guardanapo de papel depositado ao lado do prato. Era bastante claro ali, entre os dois, a intenção de Aurelien e retirar informações sobre seu atual status de relacionamento. Por algum motivo, se viu achando divertido a situação em que se encontrava. Afim de se regojizar em sua satisfação, pegou o tal guardanapo e limpou a boca:
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  - Não faz sentido você saber onde eu moro.
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  - E por que não?
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  - Porque não quero mais te ver. – olhou séria para o homem. Ficou brava ao perceber que não mudou sua expressão para mais triste, aborrecido, tampouco feliz. Estava indiferente. Outra tragada é dada por ele, e dessa vez a fumaça parecia ter saído mais grossa. – Por que veio?
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  - Vim ver como está.
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  - Por quê?
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  Ele não respondeu. Depois de um tempo calado, desistiu de esperar e continuou comendo sua salada, ficando absorta em seus pensamentos. Por um momento, pensou o quão grande aquele prato era, pois parecia que a comida dentro dele não diminuía nem um centímetro. Se espantou ao ouvi-lo responder:
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  - Você foi sem se despedir. Sem nem avisar que viria. – ele a encarava, agora sério. balançou a cabeça e soltou um riso descrente:
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  - Você não merecia, merecia?
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  - Não… Eu não merecia. – concordou, fazendo-a, por incrível que pareça, se aborrecer ainda mais. Levantou o braço e pediu para o garçom lhe trazer a conta, mesmo seu copo de suco estando cheio e o prato estar apenas na metade. Apesar da ação, continuou comendo normalmente. – Quem é ele? – perguntou, vendo-a encará-lo, surpresa. – Está morando com ele?
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  Enquanto tomava um gole de seu suco, olhou bem no fundo dos seus olhos. Podia sentir seus dentes rangerem e a curiosidade correr dentro de si. O garçom trouxe a conta e ela lhe dá a quantia em dinheiro exata, como sempre fazia. Odiava receber troco, pois sempre se achava na obrigação de contá-lo para que não pudesse se sentir enganada. Assim, andava sempre com muitos trocados na bolsa.
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  - Me responda, s’il vous plaît. (por favor)
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  - Isso não é da sua conta. – resolveu dizer, levantando-se e deixando a conta em cima da mesa, pegando suas milhares sacolas. A fome havia passado antes mesmo da comida ter chego. Tinha um bom caminho a percorrer na volta.
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  Aurelien se levantou juntamente com ela e a acompanhou até a porta, jogando uma nota de dez na mesa acima da conta de e caminhando com o cigarro aceso em mãos atrás dela. A parou na saída e lhe fez encarar os olhos; aproximou-se perigosamente até poder sussurrar em seu ouvido:
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  - Vous ne m’avez pas oublié moi… Non? (Você não se esqueceu de mim… Não é?) – ao ouvir a voz que tanto amava soar em seus ouvidos com provocação, os nervos de explodiram em raiva e ela se soltou. O encarou com rancor e disse:
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  - Je vous souhaite, ma vous ne voulez plus. Il ya d’autres hommes dans le monde… Son temps a passé. Al revoir Aurellian (Posso te desejar, mas não quero mais você. Há outros homens no mundo… Sua vez passou. Adeus Aurelien.) – se distanciou do homem, que se manteve parado na calçada com seus olhos seriamente depositados nela. Não queria olhar para trás e ver sua expressão séria.
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  Fora a vez dele deixar o cigarro queimar e as cinzas caírem na calçada.
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Capítulo 12

  Durante o percurso de volta, quase perdera o segundo ônibus que deveria pegar para chegar até a rua de casa de . Ficara o tempo inteiro pensando em Aurelien e se havia feito certo dispensá-lo assim. Sua cabeça estava confusa e tudo o que queria era esquecer. Esquecer Aurelien e seu passado com ele. Queria poder ter bom gosto para homens. Gostar de homens que realmente valessem a pena. Se relacionar com homens que fossem de boa índole.
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  Chegara à mansão não exausta, mas estressada. Ouviu o barulho da TV sendo desligada enquanto subia os últimos degraus e se apressou a entrar no quarto. Por um segundo, pensara em trancá-la, mas não poderia. Era parte do acordo. Colocara as sacolas no chão do corredor ao ouvir o barulho de sua porta se fechando e em seguida as cortinas também. O vento que passou por ter aberto a porta de vidro que dava para a sacada, sentiu que queria desestressar. Precisava desestressar.
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  - Onde você estava? – olhou para assim que sua voz ecoou pelo quarto; ele estava sentado na poltrona, ao lado da janela; ambos os braços apoiados nos braços da cadeira. A calça do terno cinza e a camisa com os botões próximos à gola desabotoados; apostava que deixou a gravada desfeita em torno de seu pescoço de propósito. Homens assim, propositalmente desleixados em seus ternos eram extremamente sexys e sabia muito bem. Afim de tentar ignorá-lo, levantou os ombros enquanto tirava os sapatos:
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  - Te esperei até nove horas, você não chegou, decidi comprar algumas roupas decentes. – ainda fingindo que não se importava de tê-lo ali em sua poltrona, caminhou até a bolsa maior que havia deixado em casa e pegou seu demaquilante; em seguida, foi até ao banheiro afim de encarar seu rosto no espelho. Não gostou do que viu. O encontro com Aurelien a deixou sem defesa e se estava se mostrando assim para , era óbvio que ele não estava acreditando em um mínimo possível, seu comportamento indiferente. Ouviu-o dizer:
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  - E para ir até lá você precisa de toda essa produção?
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  - Até parece que você nunca saiu comigo à noite. – respondeu com um pequeno sorriso nos lábios. Das duas à uma, ou era um ótimo ator, escondendo sua percepção no rosto dela, ou um completo tolo por não ter percebido. A voz saiu arrastada por estar tirando o batom ainda muito vermelho, mas fraco por ela não ter retocado em momento algum desde que saiu. – Além do mais, você saiu e não me avisou.
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  - E desde quando você tem tanto dinheiro? – ele olha para as sacolas no corredor encarpetado e repleto de armários que formavam o caminho do quarto até o banheiro. – Não são lojas baratas. – comentou, olhando para a garota de costas. Pelo reflexo do espelho, a viu abrir um pequeno sorriso.
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  - Uma mulher prevenida vale por duas. – diz e enxágua o rosto, iniciando o processo de limpeza de pele que sempre fazia quando retirava sua maquiagem. Entre uma etapa e outra, podia ver ainda sentado na poltrona, a observando atentamente. Foi apenas quando finalizou a limpeza que pôde perceber seu olhar desconfiado; a encarava como se houvesse alguma coisa de errado com a situação. – O que foi? – perguntou, bagunçando um pouco o cabelo afim de verificar se conseguia dar mais volume ao mesmo.
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  - Você estava com algum homem?
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   parou de mexer em seu cabelo para dirigir sua atenção ao político. Ele não parecia estar brincando ou jogando algum charme para comê-la em seguida. Ao contrário, parecia bastante sério.
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  Antes mesmo de perguntar a razão da pergunta, ele se deu ao trabalho de explicar a ela a razão de sua observação:
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  - Você está fedendo a perfume masculino.
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  - Fedendo? – levanta o vestido para identificar o perfume que havia dado a Aurelien alguns anos atrás. Não sabia, até então, que ele passou a usar somente àquela marca.
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  - Então você esteve com alguém? – se antes não pera possível encontrar no tom de voz de , a intenção de descobrir algo, agora era o oposto. Ele parecia extremamente aborrecido, mas não se moveu de posição na poltrona.
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  Para amenizar a situação, retirou seu casaco e jogou-o na cadeira do banheiro, em seguida, retirou seu vestido, deixando-o cair no chão e deixá-lo pelo caminho. Sabia como tirar a atenção e o aborrecimento dele sobre si; o momento não poderia ser melhor para si. Precisava esquecer de Aurelien e precisava relaxar seu corpo. Ao mesmo tempo, não poderia deixar nervoso a ponto de tentar chantageá-la com algo mais. Seguiu com o corpo coberto somente com a lingerie nude e, durante o caminho, pôde ver os olhos de percorrerem seu corpo com pudor.
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  Assim que chegou à sua frente, sentou-se de frente para ele, em seu colo; as pernas nuas se apoiando na poltrona e o tronco bem próximo ao seu corpo. Passou ambos os braços por seu pescoço no momento em que sentiu suas mãos fortes deslizarem em torno de sua cintura e sobre suas coxas.
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  - Sim, eu estava com um homem. – ela diz sensualmente, querendo provocá-lo. Sabia que ele não brigaria com ela enquanto pensasse em transar. – Que, a propósito, era um imbecil e não largou do meu pé. – se mexeu em cima do colo de , que olhava para seus seios e mordiscava os lábios, ansioso por tocá-los. – Estou muito estressada… – ela beijou-lhe a bochecha e então desceu para o pescoço, trabalhando com sua língua por um curto período de tempo. Assim, voltou a encarar e encontrou seus olhos desejando o corpo dela. – Preciso me desestressar… – suspirou, afastando seu tronco do dele. – Você pode me ajudar?
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  - Depende da maneira que você pedir. – ouviu a voz de sair extremamente rouca e sexy. Ela podia odiá-lo, mas devia admitir que naquele momento, estava louca para provoca-lo.
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  Imediatamente, retirou-se de cima do político, ficando de pé em frente à poltrona que estava sentado. Baixou sua lingerie de baixo, chutando-a para um lado qualquer e então iniciou a ação de despir . Afim de tornar os toques ainda mais provocativos e sofridos para o homem, cada movimento que fazia, demorava minutos para finalizar. Assim que os dois finalmente se encontravam nus em pêlo, tocou-lhe o membro, fazendo-o grunhir um gemido por estar muito ereto. Ajoelhou-se à sua frente e aproximou a boca do sexo, passando a língua em sua ponta, de modo que sentiu o corpo de endurecer.
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  - Por favor, sim? – ela diz com a boca grudada no membro, fazendo-o fechar os olhos e se acomodar na poltrona, relaxando o corpo e sentindo a boca de iniciar o trabalho.
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  Gemia em prazer enquanto sentia a língua dela trabalhar junto em ritmo com os movimentos da boca. As mãos trabalhavam na base e os olhos eram mantidos fechados para que não pudesse cometer qualquer erro em abri-los e mencionar o nome de Aurelien. Quando mais pensava no ex, mais rápido trabalhava no membro de , que agora reclamava por ela estar rápida demais, de modo que ele gozaria mais rápido. Ela não se importava, queria que ele pedisse para ela parar da mesma maneira que gostaria que Aurelien pedisse perdão à ela e aclamasse para voltar a seus braços.
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  Foi quando sentiu seus braços serem erguidos, trazendo ela junto. a fez deitar em seu peitoral e disse:
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  - Você não me ouviu mandar parar? – sua voz demonstrava aborrecimento, um falso aborrecimento, quando, em seguida foi rapidamente suavizada. – Mas foi espetacular… Você é realmente boa nisso. Por esta razão, hoje eu irei trabalhar em você. – com um rápido impulso, pegou-a em seu colo e trocou de lugar com ela. – Desestressar, é? Vamos te desestressar… – ele murmura, beijando-a por um longo tempo, enquanto suas mãos passeavam pelos seios e a virgindade muito molhada da garota.
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  Ao contrário dela, não pôs a boca em ; trabalhara rapidamente com os dedos, fazendo-a até gemer sem perceber. Estava concentrada demais em sentir os toques de , algo não usual para o homem; fato que não lhe passou despercebido e que o fazia perceber que havia algo de errado com ela. Mesmo assim, não ousaria reclamar, já isso era exatamente o que ele queria dela. Queria que ela demonstrasse o prazer de transar com ele, que arranhasse seu corpo demonstrando sentir seus toques em seu corpo nu. E, finalmente, queria que ela gozasse ao fim da transa.
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  Assim que sentiu a virgindade da garota se contrair com o tesão, resolveu fazê-la sofrer um pouco mais, penetrando-a logo em seguida. A surpresa foi tremenda, que não pode evitar gritar, agarrando os braços da poltrona e jogando a cabeça para trás, vendo o céu escuro e sem estrelas. A poltrona, se não estivesse já contra a parede, seria facilmente empurrada, devido à força que colocava em cada estocada. Ela gemia alto, pedia por mais. Havia esquecido o quão irritante era ouvir aquele tipo de som; se para ela era perturbador, quem dirá os que estavam ouvindo de fora. Contudo, não havia ninguém lá e a casa dos empregados era afastada da mansão. Ela poderia gemer e berrar o quanto quiser que apenas iria ouvir.
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  Por mais que ela dissesse que chegaria ao ápice, queria forçá-la ao máximo, queria fazê-la gozar. Mas ele não conseguia. Estava quase no máximo e ela não chegava nem perto do ápice. Segurara o máximo que conseguia, mas não fora dessa vez. Aumentou as estocadas para algo mais rápido, fazendo-a se contorcer em tesão e então deixou-se cair em cima dela. Ficara naquela posição por um tempo, até senti-la se mexer desconfortável, desencaxando-se dela e deixando-se cair deitado no chão, antes puxando-a consigo. Com um braço, puxou toda a colcha que cobria a cama e cobriu seus corpos suados. , com seu braço apoiada no peitoral de , o encarou séria e recebeu em troca um pequeno sorriso e um leve beijo nos lábios.
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  - Por que não vai para o seu quarto? – questionou, ao ver se acomodar no chão encarpetado do quarto.
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  - Aqui era o meu quarto. – havia algo em sua voz que ela não conseguiu identificar de primeira. Ternura. Já nunca saberia se os olhos arregalados e a boca aberta de era devido à tonalidade ou ao que havia acabado de dizer.
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  Ela o assistia dormir tranquilo. Gostaria de pegar toda aquela tranquilidade e jogá-la pela janela para que ele pudesse explicar apropriadamente o que quis dizer com o que havia dito há algum tempo.
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  O braço forte de agora estava depositado em sua barriga, como se, mesmo dormindo, soubesse que uma hora ela iria fugir dele. Para sua sorte, ela não tinha a intenção naquele momento.
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  Olhou ao redor e começou a prestar atenção em cada detalhe daquele quarto. Se ele foi de , por que então ele se deu o trabalho de sair para agregar uma pessoa que gostaria de usufruir sexualmente? Milhares de possibilidades passavam por sua cabeça e nenhuma se encaixava ou no perfil dela, ou no dele. Agora que estava olhando para todos os cantos com atenção, podia perceber que aquela decoração não foi criada para uma garota que gosta de moda. Na verdade, ele era imune a uma decisão de sexo e idade. Qualquer pessoa poderia morar ali. Voltou seu olhar para , que respirava calmamente, a boca levemente aberta. Lentamente, virou-se, de modo a poder observá-lo melhor. Seus olhos não conseguiam se fechar; observava o imenso braço de se mexer de acordo com a respiração. Os cílios eram grandes e os lábios carnudos. Ela gostava dos lábios de . Eles pareciam sempre massagear todos os lugares que tocavam. Pouco a pouco, durante a análise do político, seus olhos foram pesando até finalmente adormecer.
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  - Se você quiser, posso levá-la para fazer compras. – ouviu dizer assim que saíam do banho.
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  Como era de se esperar, só parecia atraente de verdade enquanto dormia, já que, uma vez acordado, não lhe dava um pingo de sossego.
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  Havia acordado mais cedo do que o costume. sempre odiou adormecer no chão. Mesmo tendo o braço de como travesseiro, ele era duro por causa dos músculos formados. Além disso, o fato dele abraça-la a noite inteira fizera com que ela sentisse calor o tempo todo. Apressou-se para o banho, que devia tê-lo despertado, pois segundos depois, duas fortes mãos lhe cobriram a cintura e os lábios que se lembrou ter admitido gostar na noite passada passear pelo dorso de seu pescoço. Nunca iria admitir que aquilo era exatamente o que ela estava precisando naquela manhã. Um homem para lhe mimar. Mesmo que não fosse Aurelien, não era mal. Talvez fosse até melhor.
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  - Você pode me levar para almoçar e eu vou fazer as compras sozinha. – respondeu, enxugando o cabelo ainda nua. Depois das milhares de vezes que ele a vira pelada, sentir vergonha seria uma besteira, além disso, odiava secar o cabelo vestida, pois o jato quente do secador fazia seu corpo suar com o calor.
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  - Não quer que eu lhe acompanhe nas suas preciosas compras retrôs?
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  - Na verdade, não. – ela responde, colocando sua lingerie, seguida de um short jeans de cintura alta e uma camisa de nylon larga que ela prendeu dentro dele. Pegou uma camisa xadrez que havia comprado no dia anterior e um chapéu de palha pequeno. Ela parecia uma típica francesa quando colocou o sapato de couro marrom sem salto e cano alto e os óculos de sol. Retocou o batom cor de boca da maquiagem e pegou sua bolsa de couro que tanto amava.
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  - Eu gosto quando você se veste como uma europeia fashionista. – ele a enlaçou pela cintura e se aproximou para beijá-la, mas rapidamente a garota recuou de seus beijos.
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  - Não estrague meu batom, acabei de retocá-lo.
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   ri e a soltou; estava de bom humor. Desde quando acordaram, ela não lhe deu nenhuma patada. Caminham até o carro e seguiram até um restaurante perto do local onde havia ido no dia anterior para fazer as compras.
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  - Fumante ou não-fumante? – a mulher perguntava sensualmente para , que sorriu e respondeu que não-fumante.
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  - Eu fumo. – diz assim que a mulher se ofereceu para levá-los até a mesa.
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  - Eu sei. – viu o sorriso vitorioso de Merrick quando ele se pôs atrás dela e colocou a mão na parte de trás de sua cintura. Ao passar pelas pessoas, elas paravam para cumprimentá-lo e , depois da quinta vez, desistiu e seguiu sozinha para a mesa. Devido à ação repentina, o político teve de se esquivar com mais agilidade das pessoas para que pudesse juntar sua presença à da estilista. Sem demonstrar nem um pouco de aborrecimento, começou a dizer:
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  - Você poderia ser um pouco…
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  - Eu estou aqui para te agradar. Não a eles. – a garota o cortou abruptamente, pegando o guardanapo de pano e pousando-o em seu colo. Retirou os óculos de sol afim de encontrar com o olhar de e lhe mostrar que estava falando sério e que não tinha medo nenhum dele.
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  Um ato que o fez se sentir divertido. Viu-o cruzar os braços e, com um sorriso malicioso nos lábios, encostou-se na cadeira.
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  - O que é isso? Mau humor matinal prolongado? – se inclinou mais para frente. – Falta de sexo que não é…
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  - Isso se chama falta de nicotina. – e aponta para o lado externo do restaurante.
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  - Você sabe que eu odeio o cheiro de fumaça enquanto como.
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  - Pensando assim, você então não deveria jamais comer comigo. – ela desviou o olhar, ainda aborrecida, e apertou os dedos. Ao ver casais fumando na área externa do restaurante, rapidamente lhe veio à cabeça a lembrança do cheiro do cigarro de Aurelien no dia anterior. Gauloises, como os amava, como sentia sua falta. Como os queria agora.
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  - Não seja tão mal humorada, sim? Estou tentando te agradar.
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  Ela não respondeu. Não disse mais nada durante todo o tempo em que ele fizera pedido para os dois, acompanhado de uma tônica. o olhou seria, fazendo-o rir:
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  - O que foi? Vai dizer que também não bebe tônica?
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  - Eu não gosto de tônica.
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  - E os franceses bebem o quê, afinal? – ela pôde muito bem sentir a entonação de ironia em sua voz, que a deixou ainda mais aborrecida. Mais uma vez ficou sem responder e levantou o cardápio à altura do rosto, afim de evitar que a aborrecesse ainda mais. Uma atitude impossível e ela sabia muito bem.
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  Assim que os primeiros pratos surgiram, ela se obrigou a deixar o garçom levar o cardápio, porém, diferente do que imaginara, não a atormentou mais, ficando um bom tempo no celular, fazendo-a esperar por ele para começar a comer. Olha para o alimento esfriando e revirou os olhos. Era esse tipo de castigo que ele lhe daria? Tão infantil. Assim que ele desligou e pegou o talher, demorou ainda mais um tempo apenas para mostrar que aquilo não a afetara em nenhum momento, por mais que estivesse faminta.
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  Ele tentara colocá-la em uma conversa, mas não obteve sucesso em nenhuma das tentativas. Pularam a sobremesa e ela teve de esperar ele tomar um café e ser paparicado pelo dono do lugar, além de se forçar a sorrir quando ele mencionou que ela era uma linda garota. Castigos, castigos. Era uma guerra interna; não iria nunca admitir que finalmente estava se divertindo com o político.
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  No lado de fora do restaurante, lhe deu as costas e começou a andar em direção à rua que conhecia. Fora impedida pela mão de , que a segurara e a puxara para si.
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  - Se você vai ficar sem mim hoje o dia inteiro, eu acho que seria bom se você se despedisse apropriadamente de mim. – ele sussurrou perigosamente perto dela.
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  Por detrás dos óculos de sol, olha para os lados onde diversas pessoas encaravam os dois. Claro. Quem é que não conhecia Merrick ali? Ou no mundo? Suspirou ao ver-se sem escolha e se inclinou para lhe dar um beijo na bochecha. rapidamente virou o rosto, capturando seus lábios e a obrigando beijá-lo por um longo tempo. O beijo terminara quando quis que terminasse. Ao acontecer, a garota olhou para o lado e viu diversas mulheres a olharem feio ou ofendidas pela ação em público. Sem dizer nada, deu as costas para o homem, que riu:
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  - O motorista estará por aqui às oito. Não se atrase.
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  Não sentiu as pernas doerem, tamanha tensão e vontade de se afastar daquela rua. Já havia tido demais dele aquele dia. Ao ver-se longe de , começou a pensar quais lojas não tinha ido no dia anterior. Talvez, se ela procurasse melhor, pudesse achar uma tabacaria que vendesse cigarros internacionais por um bom preço. Demorou meia hora para encontrar uma e parou em sua vitrine tentando achar a marca que tanto amava. Cubanas, argentinas, espanholas… Onde estavam as francesas?
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  - Eles não vendem Gauloises aqui. – ouviu a voz grossa de Aurelien atrás de si e o viu parado atrás de si pelo reflexo da vitrine. Estava com as mãos nos bolsos e os óculos de sol do dia anterior. Sem mesmo precisar se virar para ele, ouviu-o perguntar: – Quem era aquele cara que você beijou?
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   não conseguiu responde-lo na hora. Virou o rosto para encarar o francês. Sua expressão era séria, tão séria que ela conseguia ver sua mandíbula travada. E isso só significava uma coisa:
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  Aurelien estava com ciúmes.
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Capítulo 13

  - Eu acho que te fiz uma pergunta. – Aurelien se pôs ao lado da garota assim que a viu voltar a andar, olhando as vitrines e fingindo interesse para desviar sua atenção. Colocou as mãos na cintura enquanto a via se afastar. Soltou um riso nasalado e com poucos passos, mas largos, segurou no braço da ex-namorada: – , eu não paguei sua passagem para você vir se atracar com um americanozinho…
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  - Não ouse achar que ainda tem algum poder sobre mim, Aurelien. – o braço foi bruscamente soltado das mãos do francês, que arregalou os olhos, surpreso com a reação da garota. Já a vira dessa maneira diversas vezes enquanto estavam na França, mas nunca, jamais, o tom de voz fora dirigido a ele como estava sendo agora. Por outro lado, , ao se virar e resolver encarar Aurelien por estar ultrapassando os limites de sua paciência, se arrependeu assim que viu quão bonito ele estava naquele dia, vestido com a calça tarja azul marinho, o pedaço de seu tornozelo aparecendo e os pés calçando o mocassim branco; a camisa sem botões que marcava o tronco largo, mas não tão forte quanto o de . se lembrava do colete de tactel que vestia por cima da camisa; como poderia esquecer? Foi ela mesma quem criara o design. Não esperava que ele fosse pedir a alguém que criasse o que um dia esteve somente no papel. Limpou a garganta ao perceber que estava demorando demais para responder. Olhou nos olhos do ex e disse: – Foi você quem ficou com Katherine aquele dia, foi você quem acabou com tudo, quem me dispensou. Você sempre achou que poderia brincar comigo e me ter atrás de si como uma cachorrinha. Sabe a humilhação que me fez passar? Todo mundo… – fechou os olhos, sentindo os pelos do braço eriçar com a lembrança das garotas rindo na noite em que pegou Aurelien com Katherine. – As risadas… – visualizou os dedos apontados e as bocas cobertas pelos batons escuros e em tons avermelhados se abrirem com os risos exagerados que todas davam em sua frente. nunca seria capaz de perdoá-lo. Aurelien pode sentir a raiva assim que a viu voltar os olhos para si, repletos de ódio: – Você e eu faz parte do passado; e como todos no meu passado que quero apagar, todas as lembranças que quero deletar de minha vida…
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  Você é o primeiro da lista. – assim que terminou de dizer, pretendia lhe dar as costas e ir embora para sempre da vida de Aurelien, mas, aparentemente, não era o que ele queria, já que sentiu a enorme mão segurar fortemente seu braço, puxando-a de volta para ele:
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  - Você é minha, . Você sabe que é. Você me ama, posso ver em seus olhos, mon’ange. – acariciou o rosto da garota, que fechou os olhos por detrás dos óculos de sol. Na distância que estava do rosto dela, as lentes já não eram tão escuras quanto pareciam de longe. – Eu vim até aqui para ver como você estava e te encontro agarrando um homem no meio da rua. Imagina como está o meu ‘eu’ interior agora?
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  A garota não respondeu de imediato. Pensava em como se sentia sempre que encontrava Aurelien com uma garota diferente nos braços. Quando achava que tudo estava certo entre os dois e ele aparecia com alguma vadia para passar a maldita noite. Abriu seus olhos e perguntou, baixo:
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  - Dói muito? – sua voz saíra bem mais insegura do que planejava, mas não foi tão ruim, já que sentiu a mão de Aurelien afrouxar o aperto em seu braço. Com a cabeça, concordou com a garota:
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  - Demais.
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  - Que bom. – respondeu, raivosa, de modo a fazê-lo levantar uma sobrancelha. – Queria que doesse mais, muito mais. Porque isso não foi nem um terço da dor que eu senti. Não me procure mais.
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  - Eu não gosto de despedidas. – Aurelien manteve-se segurando o braço de , que mesmo tentando se desvencilhar, ainda não era forte o suficiente para se livrar dele.
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  - E eu não gosto que me segurem quando quero ir embora. – respondeu, olhando para a enorme mão do ex apertando seu antebraço. Ao ver que não ganharia nada a segurando, afrouxou o aperto mais uma vez. – Foi você quem estragou tudo, você sabe disso.
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  - Sou eu quem está correndo atrás de você agora, não sou? – a resposta veio imediata, fazendo-a se esquecer da vontade em se afastar dele.
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   o encarou séria. Retirou seus óculos de sol para que o contato fosse direto. Aurelien não demonstrou receio ou ansiedade. Parecia saber a reação que viria pela parte de , mas, devido às últimas reações, não conseguia evitar sentir-se receoso por não ter a certeza que sempre sentiu quando lidou com a amada. Próxima, ousada e sussurrando, a ex iniciou o diálogo na língua natural dos dois:
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  - Me convaincre qu’il est venu pour moi. (Me convença de que veio por mim) – deu dois passos para trás e observou o francês mudar o peso de perna, provavelmente exausto por todo esse jogo. Mas ela não parou. Ela era a dona do jogo; ele somente pararia quando ela quisesse. E quanto mais o visse sofrer, mais ela iria continuar com a brincadeira. – Si vous voulez vraiment me… Prouvez-le. (Se você me quer mesmo… Prove.)
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  Dizendo tais palavras, lhe deu as costas e se afastou com o coração a mil. Não sabia o que estava fazendo. Só esperava que tivesse aguçado a vontade de Aurelien de tê-la de volta.
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  O dia passou mais rápido do que ela imaginava. As compras lhe fazia sair do mundo real; passava horas em uma única loja, certificando-se de que aquela compra valeria a pena; que conseguiria fazer a combinação que quisesse com as estampas. Com o cartão que lhe dera pela manhã, sabia que não podia se preocupar com o nome da loja, como acontecia na França. Olhar para a marca significava saber a situação financeira que ela devia ter para comprar algo. Em momento algum pensara em ou Blanc ou em como os dois faziam questão de querê-la exclusivamente para eles. Não conseguia compreender qual o charme que fazia com que eles quisessem-nas somente para posse pessoal. Ela era mesmo um brinquedo? Estava fazendo algo errado? Desde pequena, nunca foi como as outras garotas, que sonhavam com seus príncipes encantados durante a infância ou suspiravam pelos garotos do orfanato, desejando namorá-los e viver um grande amor. Mesmo assim, nunca quis ser um brinquedo sexual de ninguém.
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  Passou os olhos pelos manequins vestidos com as roupas que sempre quis usar. A resposta veio assim que passou os dedos pelos tecidos caros; era claro que ela não estava fazendo nada de errado. Contanto que conseguisse o que sempre desejou, nada era errado. Concluído seus pensamentos, dedicou a tarde apenas para si, o cartão de crédito e suas roupas.
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  Às oito, como combinado com o motorista de , ela mal conseguia caminhar com o número de sacolas que tinha em mãos. Mulheres passavam sempre quebrando seus pescoços, pois cenas assim eram apenas vistas em filmes como ‘Pretty Woman’. Se aquilo era a realidade de alguém, talvez houvesse mesmo alguém no mundo como o Richard Gere. No caminho para o ponto de encontro, sorriu com a coincidência de sua história à da personagem de Julia Roberts. Como sua antiga amiga Amálie, da França, disse: ela tecnicamente era uma prostituta. De elite, como especificava a amiga que não suportava Chanel e descrevia a mentora de . Uma mulher severa que se dera bem ao encontrar um homem que tivesse um interesse maior. Apesar de não chegar nem perto de ser tão cavalheiro como Richard Gere, pelo menos ele fizera exatamente o que o personagem do ator fizera no filme. E disso não tinha o que reclamar.
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  Assim que a viu, o motorista rapidamente se retirou do carro, correndo para ajuda-la com as milhares de sacolas, lotando o porta-malas do carro, o banco passageiro da frente e o banco traseiro onde não estava sentada. Além disso, pedira para ele passar em diversas lojas antes de pegar o caminho de casa, para pegar as sacolas que ela não conseguiu carregar e combinara com as vendedoras que buscaria antes das nove. Enquanto o motorista saía para pegar mais e mais sacolas, ela olhava as vitrines que passou o dia analisando; não conseguia se cansar de olhá-las. Durante o caminho para casa, a imagem de Aurelien voltara à sua mente. Massageou as têmporas e jogou a cabeça para trás respirando fundo. Resmungou algumas palavras em francês e então voltou a encarar a paisagem que estava agora completamente escura devido ao horário. Cada vez que se aproximava da mansão de , via a praia mais vazia e carros mais luxuosos passando. Alguns com homens em seus ternos, jovens relaxados ou garotas com seus motoristas, como . Os portões de ferro da mansão se abriram assim que o motorista se identificou e não precisou carregar sequer uma das sacolas para dentro da casa, tendo três empregadas fazendo isso por ela. Seus pés se moveram dolorosamente até à área interna da casa, onde luzes estavam acesas e um imenso barulho no lado externo da mansão tomava conta do ambiente.
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  Ela já sabia exatamente o que era. Antes de decidir se mudar para a casa de , algumas garotas que conheciam muito bem o jeito antisocial de discutiram em voz alta perto da francesa sobre as festas que sempre dava em sua mansão. Obviamente era a melhor festa de Santa Mônica e qualquer um poderia entrar. Qualquer um que tivesse mais de nove dígitos em suas contas bancárias.
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  Antes que pudesse ser pega pelo dono da casa ou alguém extremamente indesejável, que ela podia considerar todos – sem nenhuma exceção – os amigos de , decidiu subir as escadas e se trancar em seu quarto. O acordo era não trancar durante os finais de semana, mas quando havia festa, ela não podia suportar a ideia de estar no banho ou dormindo e ser atacada por qualquer pessoa bêbada. Olhou para os lados antes de subir as escadas e achou esquisito o interior da casa se encontrar vazio e o barulho no jardim estar absurdamente alto.
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  Subiu as escadas rapidamente para evitar qualquer contato e, como combinado consigo mesma, trancou-se em seu quarto. As sacolas já estavam depositadas próximas a seu closet, portanto, poderia se divertir retirando-as dos papéis de seda e manteiga, passando a ferro as que suportavam o calor do objeto e colocá-las ordenadamente e da maneira que queria nos diversos armários que completavam o corredor até o banheiro. Não se preocupou em olhar o horário ou trocar de roupa, mal via a hora de tocar em todas as roupas, analisar as costuras e descobrir o nome dos tecidos utilizados.
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  No fim, milhares de sacolas estavam espalhadas pelo quarto e grande parte das roupas já se encontravam depositadas dentro dos armários. Riu sozinha ao ver-se no meio de todas aquelas sacolas com as marcas que sempre pode ver atrás do vidro da vitrine ou estampadas nas revistas de moda que comprava a cada dois meses por serem caras demais. Amálie sempre disse que não era uma garota normal, pois se divertia sem a presença de ninguém senão as roupas. Encarou todas as peças guardadas e pensou quando começaria a criar suas próprias. Olhou para um armário especial de porta dupla e metal corrido que decidiu colocar somente roupas confeccionadas por ela. Com exceção do colete de renda que foi o que sobrou daquele terrorismo no dormitório da universidade, o armário estava vazio. Suspirou e voltou a pendurar a blusa de seda amarela, acariciando o tecido e sentindo a suavidade de seu toque… Até sentir um par de mãos em seus seios, fazendo-a suspirar, derrotada.
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  - Parece que alguém se divertiu muito com meu cartão de crédito hoje. – a voz abafada de soou atrás de , enquanto ele distribuía beijos pelo pescoço e dorso da garota. – Hora de agradecer.
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  - Você não pode esperar eu terminar? – a garota se virou para ele e apontou para as três sacolas restantes. Deixou as melhores para o final, não poderia simplesmente parar agora. Entretanto, o político não pensava da mesma maneira, pois soltou uma longa risada antes de dizer:
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  - Eu te dei uma tarde inteira sozinha com meu cartão de crédito. – lembrou-a sobre sua boa ação e a puxou delicadamente de volta para o quarto, onde viu o terno do conjunto social de depositado na poltrona perto à sacada. – Eu acho que você não deveria fazer mais pedidos, mas sim obedecer às ordens… – quando chegou ao meio do quarto, os passos se cessaram e grudou seu corpo no dela.
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  - Achei que estivesse se divertindo em sua festa. – desviou o olhar para a sacada, onde ainda era possível ouvir pessoas falando e rindo alto, como se quisessem competir com a música que estava ainda mais barulhenta.
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  - Sim, sim… Mas acho que está na hora da diversão se transformar em prazer. – e abaixa seu olhar cheio de malícia para o corpo da garota. – Não comprou nada para mim? – não se deu ao trabalho de olhar para as sacolas ou conteúdo que suas empregadas trouxeram para o quarto que antes era seu.
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  - Comprei, mas só irei mostrar se me deixar terminar o que fazia. – e olhou para as três sacolas restantes. levantou as sobrancelhas, desconfiado, mas divertindo-se com o tom provocativo da estilista. – Vai valer a pena. – ela acrescentou com um sorriso.
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  - Mesmo?
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   sorri. O mesmo sorriso criado apenas para . Aquele que ela escondia tudo o que sentia e mostrava apenas o que ele queria ver.
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  - Não confia em mim?
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  Foi o suficiente para soltar uma alta e longa gargalhada.
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  - Vou então me despedir dos meus convidados. – se afastou de seu corpo e voltou a pegar o terno depositado na cama. – Você tem meia hora. – anunciou antes de destrancar a porta do quarto e sair com um sorriso malicioso. Assim que a porta foi fechada, revirou os olhos e voltou correndo até as três sacolas restantes, levando-as até o fundo do corredor, onde estavam os últimos armários vazios. Começou a tirar as peças de seda e lã, além dos casacos de pele que costumava usar nos dias mais frios. A cada peça que pegava, analisava seu tecido e seu corte. O modo que fora costurado e o trabalho final. Estava tão concentrada em suas novas peças que sequer o percebeu entrar no quarto:
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  - Você está se prostituindo então?
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  Virou-se rapidamente, encontrando seu rosto a centímetros de Aurelien. Não tardou a identificar o aroma da nicotina misturada com seu perfume masculino e prendeu o ar para que não caísse à tentação. Olhou assustada no fundo dos olhos do francês e pôde ver tudo. Seu ciúme, a vontade de voltar ao que eram antes, quando ele brincava com ela, a agressividade, a inveja… O amor. Ao sentir o último sentimento, seus olhos se arregalam ainda mais. Uma única palavra piscava em neon em sua cabeça: Perigo.
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Capítulo 14

  - O que está fazendo aqui? – pergunto séria, se esforçando para não encarar os lábios do ex. – Como conseguiu entrar?
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  - Pare de fazer as exatas perguntas que deve me responder. – a voz grave e rouca a estava provocando. Ela sabia disso. O aroma do cigarro penetrava em suas narinas e limpava seu pulmão de qualquer tipo de nicotina americana que possuía. Precisava de um Gauloise naquele momento; queria exalar o mesmo cheiro que Aurelien; amava aquele cigarro. – Você primeiro. – ele sorriu, satisfeito em vê-la assustada o suficiente para não conseguir se mexer. Sentou-se, mostrando-se à vontade na casa que invadiu.
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  - Isso não é da sua conta. – respondeu o que lhe veio à cabeça e não se sentiu feliz com o que disse. Com a vontade de se esconder, tornou a dar as costas para o ex, pegando a longa saia que estava para pendurar em um dos cabides; diferente de antes, não tinha mais a preocupação de verificar cada ponto de costura dada no tecido semi transparente. Foi abruptamente virada e prensada contra o armário, tendo os braços presos por Aurelien e seu corpo grudado no dele.
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  - Eu já disse que você é minha. – urrou com a voz contida. sabia quando Aurelien ficava nervoso. O quando era agora.
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  - Desculpe, mas eu não sabia que agora eu tinha um dono. – se mexeu tentando se soltar, mas sequer conseguiu mover o ombro direito, que dirá o resto do corpo inteiro.
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  - Você tem, sim. E sou eu. – os olhos profundos de Aurelien encaravam os de . A tonalidade de Aurelien já não estava mais paciente como mostrou durante a tarde. – Saia da casa dele agora.
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  - E se eu não quiser?
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  Aurelien se calou. Ficou encarando , pensando se ela havia mesmo dito aquilo para ele. Tentou encontrar em seus olhos a resposta para todas as suas dúvidas. A garota nunca foi misteriosa; sempre soube desvendá-la com um simples olhar. Na França, ele sabia exatamente seus gostos, o que amava, o que odiava, como tê-la em suas mãos. Agora, ela parecia outra pessoa. A convivência com os sujos americanos a fez criar ousadia e coragem para retruca-lo. Lentamente a soltou e se levantou.
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  - O que ele é seu?
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  - Estamos juntos. – a resposta veio rápida. Quanto mais o visse sofrer, melhor. Por mais que ainda amasse Aurelien; por mais que ainda quisesse ficar com ele e permanecer ao seu lado para sempre, sentia que não podia perder a oportunidade em fazê-lo sofrer pelo que fez a ela no passado. Apesar dos apesares, não podia negar que estava gostando da confiança e da independência.
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  - Juntos como?
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  - Você já deve ter percebido, não é? – abriu os braços, mostrando o quarto. – Nós dormimos juntos…
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  - Dormir junto não significa que você ama a pessoa.
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  - E você sabe muito bem disso, não é?
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  Mais uma vez ela o deixou sem uma resposta; para Aurelien, isso estava se tornando cansativo. gostava quando ele a retrucava. Não retrucar significava que ele estava se envolvendo emocionalmente demais, ou optando em desistir dela. Olhando em seu coração, ela não queria nem uma coisa, nem outra.
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  - Eu sempre soube que você era uma pessoa que considera mais a emoção à razão… Eu só não sabia que isso te faria parecer tão ingênua. – de alguma maneira, sentiu que ele não queria ofendê-la com aquela afirmação. Durante toda a vida achou que a segurança estaria ao seu lado se ficasse ao lado de Aurelien; quando resolveu vir para a América afim de esquecer dele, foi como se tivessem a jogado em uma floresta sem uma bússola. Queria rapidamente voltar para o ex e aguentar a humilhação apenas para ter o conforto da segurança. Não retrucou o francês, pelo contrário, permaneceu encarando-o, disposta a não desviar o olhar. Foi então que ele deu o passo que ela não queria, se afastou dela.
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  - Aonde você vai? – sem tomar conta de seus atos, levantou, assustada por vê-lo ir embora. Aurelien a encarou sério e disse:
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  - E você realmente se preocupa? – e saiu do quarto sem mais nem menos.
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   manteve-se em pé encarando a porta agora fechada, perguntando a si mesma se ele havia ou não desistido dela.
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  Ele não seria capaz… Seria?
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  - O que foi? – a voz rouca do cansaço da transa sussurrou em seu ouvido naquela noite.
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  As janelas estavam abertas de modo que as cortinas esvoaçavam com o vento salgado do mar que entrava sem vergonha de ver os dois corpos nus e já não mais ofegantes deitados na cama. estava abraçada a um travesseiro enquanto a cabeça jazia em outro; deitada de bruços, ela olhava para o chão encarpetado do quarto. Sentia o dedo de percorrer por suas curvas, como se num tipo de brincadeira estivesse desenhando algo na pele da garota.
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  - O que foi o quê? – perguntou um tempo depois, sentindo o cansaço dos movimentos que fora obrigada a fazer durante o sexo começar a tomar conta de seu pequeno corpo.
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  - Está diferente hoje. Distante.
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  - Eu sou distante.
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  - Não, não é. Não como antes. – o tom de voz usado foi um fator que perturbou . parecia um tanto… Emotivo. mexeu-se, desconfortável, fingindo estar arrumando a cabeça no travesseiro, mas manteve-se na mesma posição em que estava. Sentiu os lábios de tocar seu ombro e descer pela lateral de seu corpo, deslizando a mão antes delicadamente pela pele de pêssego da garota. – Tem alguma coisa te perturbando.
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  - Não é nada.
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  - Então tem algo. – disse, sábio. Inclinou o corpo para cima da garota afim de beijar-lhe os lábios e desceu os beijos até o dorso do pescoço, não se importando em não haver nenhuma movimentação em resposta. – Me conte.
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  - Eu já disse que não é nada. – fechou os olhos; não para sentir os toques de , mas sim para tentar esquecer do motivo que a estava deixando tão tensa. – Eu só quero dormir. – finalmente tomou uma iniciativa, empurra o rosto de para longe de seus seios, onde estava agora trabalhando.
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  O político manteve o corpo ainda afastado dela por alguns segundos, a expressão de incredulidade estampada em seu rosto até desistir de tentar chamar a atenção da companheira. Exausto de tentar conseguir mais uma rapidinha, aceitou que ela não iria ceder aquela noite e se jogou em seu lado da cama, passando o braço por detrás da cabeça e encarando o teto.
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  - Você se preocupa demais. – disse conseguindo a atenção de , que virou o rosto para ele. Olhou para ela e então voltou a encarar o teto. – Pare de pensar, isso só atrapalha suas decisões.
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  Não que ela gostasse de concordar com , Deus sabe o quanto ela odeia isso. Mas a dica dele viera em boa hora. Ela precisava mesmo parar de pensar. Parar de pensar no futuro, em e em Aurelien. Três coisas que entrou em sua vida para acabar com ela como a droga faz com o viciado. Trás prazer momentâneo, mas, na verdade, está aos poucos acabando com sua vida.
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  No dia seguinte, assim que abriu os olhos, pode ver que uma mesa enorme de café da manhã esperando ser devorado por ela. Olhou para o lado para ver se ainda estava no quarto, mas não. Como sempre, ele acordava mais cedo que ela. Estranhara desta vez não ter sido acordado por ele, mas não reclamou. Olhou para o conteúdo da mesa e ela estava deliciosamente apetitosa. Pratos com frutas descascadas e picadas, torradas frescas, geleias e frios naturais. Sucos e leite. sabia muito bem que não gostava de café. Preferia os descafeinados. Perguntou a si mesma como conseguiram colocar uma mesa dentro de seu quarto sem a acordar. Ela deveria estar muito cansada.
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  Levantou-se enrolada no lençol branco e se sentou na confortável poltrona estofada. Olhou para o prato e viu seus óculos de leitura depositados em cima de seu livro, para que lesse enquanto comia. Em cima dos dois, um elástico e um papel dobrado que dizia:
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  É falta de educação deixar o cabelo caindo em cima da comida. Prenda-o. .
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  Sem perceber, tinha um pequeno sorriso nos lábios. Colocou seus óculos de leitura e tiro o livro de cima do prato. Serviu-se de suco e pegou uma das torradas, passando de leve a geleia de damasco por cima. Mordeu com vontade e abriu o livro, vendo um envelope pardo dentro dele. Parou de mastigar por um instante e deixou a torrada de volta no prato. Limpou a mão no guardanapo de pano que havia se esquecido de colocar no colo e analisou, curiosa, o conteúdo externo do envelope. Não havia remetente ou destinatário; não havia nada escrito. Levantou as sobrancelhas e voltou a mastigar mais lentamente. Assim que abriu o envelope, viu um papel cartão em tom creme perfeitamente dobrado.
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  Leu o conteúdo enquanto bebia seu suco, mas repentinamente parou ao perceber seu conteúdo:
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  Cara senhorita ,

  Agradeço o interesse no trabalho de nossa renomada marca.
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  Analisei suas criações, enviadas no início do mês e posso dizer que estou muito surpreso que haja no mundo uma jovem com um senso de moda próximo ao de minha querida e melhor amiga Coco.
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  A partir de minha surpresa e satisfação, demonstro através desta carta meu interesse em seu trabalho e a convido para um chá neste final de semana que estarei passando em Santa Mônica.
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  O local está localizado abaixo, espero encontrá-la para podermos discutir mais sobre sua influência em Coco e saber sobre detalhes de futuros trabalhos.
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  Atenciosamente,

Karl Lagerfeld.

  Ela mal se lembrou de respirar. Era uma carta de Karl Lagerfeld. O próprio Karl Lagerfeld. A letra caligrafada do responsável pela marca de Chanel.
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  Leu e releu o conteúdo da carta escrita à mão sem acreditar no que estava vendo.
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  Seu sonho. Seu maior sonho. Karl Lagerfeld, o estilista da Chanel. Ele viu seu trabalho. Ele gostou de seu trabalho. Ele estava impressionado com seu trabalho! Queria conhecê-la. Isso não podia ser verdade. Na verdade, isso TINHA que ser verdade.
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   não conseguia conter o seu sorriso. Depois de anos de sofrimento e dor, ela finalmente conseguiu um resultado. Era muito mais do que jamais imaginou que conseguiria.
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  - Então você gostou. – levantou o olhar para , que estava apoiado na cadeira à frente com os cabelos molhados, trajado somente com a calça social. – Imaginei que fosse gostar.
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  - Como… – sua voz era fraca. O viu levantar os ombros e se sentar na poltrona ao seu lado.
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  - Eu disse que tenho contatos.
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  - Mas foi escrita por Karl Lagerfeld. – ela balançou a carta cuidadosamente. Com certeza estaria guardando o pequeno pedaço de papel para o resto de sua vida.
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  - Sim, foi. Ele estará vindo para cá durante uma aparição que fará para um novo projeto fotográfico que está produzindo. Algumas horas desse tempo contado que ele tem aqui, deseja te ver.
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  Ela estava sem palavras. A boca não fechava. Tudo o que queria era correr e gritar e beijar e fazer o que ele quiser. Poderia passar os dias até o final de semana transando sem parar se fosse o desejo dele. Queria gritar para o mundo que ela finalmente conseguira. Iria encontrar com Karl Lagerfeld. Olhou para o político com um sincero sorriso, disse:
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  - Obrigada. – e voltou a atenção à carta.
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  O que não conseguiu ver por ter desviado a atenção ao papel, foi o sorriso do frio falhar assim que viu seu sorriso. Talvez, apenas talvez, seu coração tivesse falhado junto com o sorriso.
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Capítulo 15

  O dia seguinte fora crucial. passou a manhã inteira pensando em uma roupa para vestir no final de semana. Ainda faltava uma semana até o grande evento, mas ela não tinha tempo a perder. Ela precisava saber o que falar para Karl e como se portar à sua frente. Ela estaria frente a frente com aquele que poderia considerar sua inspiração criativa contemporânea. Olhava desenhos e mais desenhos expostos online de Karl, via seus traços, tentava desenhar alguns, criava outros… O domingo se resumiu nela trancada em seu quarto e, sem nem ao menos perceber, se esqueceu de e sua obsessão sexual. Para sua surpresa, quando estava se banhando no fim do dia, se lembrou que era domingo, ultimo dia que teria para tê-la sexualmente, de acordo com o acordo. Contudo, até então ele não havia a atrapalhado por sequer um segundo. Ao contrário, lhe enviou o almoço e uma carta avisando que ela jantaria com ele em um restaurante no píer. O motorista a levaria.
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  Ao chegar no local indicado por , olhou ao redor e pode perceber que era um lugar lotado de pessoas, um ambiente que definitivamente não era de seu agrado. O motorista lhe indicou o lugar com o dedo e pode ver uma grande fila de espera na porta. Ela sabia que não teria que esperar tudo aquilo, afinal, ela estava com . Enquanto caminhava ao lado da fila, podia ouvir algumas garotas ao telefone falando sobre estar no local. Agradecia por não ser reconhecida. Era difícil quando isso acontecia.
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  - Mon’ange! – ouve uma fina voz infantil atrás de si, fazendo-a parar instantaneamente.
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  Virou-se e viu uma pequena garota com os cabelos loiros e enrolados em grandes cachos até metade das costas, vindo em sua direção. Arregalou os olhos e olhou para um ponto atrás da menina. Aurelien vinha com uma mão no bolso e a outra carregava um cigarro aceso, seu cigarro, sua Gauloise. Sentiu um peso agarrar suas pernas e ao olhar para baixo, a irmã mais nova a encarava com seus enormes olhos azuis e brilhantes.
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  - Vamos falar em inglês! – ouviu o pedido animado da menina em um sotaque ainda pior que a do irmão. – Estou falando muito bem!
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  - Estou vendo. – se abaixou e deixou-se ser abraçada pela garotinha que tanto adorava. – Está linda, Marguerite. E olhe só este vestido… – ela finge animação ao vê-la usando um dos modelitos que havia criado para ela na época em que dividia moradia com Aurelien.
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  - É meu favorito! – a garota dá um giro trezentos e sessenta graus e para em uma pose que achava ser o mesmo das modelos nas passarelas. Durante a época quando dividia a moradia com Aurelien e Marguerite aparecia para passar alguns dias, a garotinha tinha a mania de querer ser a boneca da mais velha, assistindo a desfiles com ela a noite inteira, adormecendo as duas em frente à TV. sorriu e tocou na ponta de seu nariz. Levantou e viu Aurelien encarando as duas com um sorriso, como se fosse o pai observando mãe e filha conversando sobre algum segredo de mulheres.
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  - O que quer? – perguntou baixo para que a menina não pudesse ouvir seu tom de desagrado em vê-la ali. Ele levantou os ombros e deu um trago em seu cigarro antes de dizer:
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  - Achei que quisesse vê-la. Brigou comigo quando disse que havia a encontrado. Está tão ansiosa quanto eu em tê-la de volta conosco no voo para Paris na próxima semana.
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   olha para Marguerite que sorria com seus olhos azuis brilhando com a luz do luar. Mulheres passavam olhando para a garotinha e quebrando seus pescoços por verem uma criança tão linda e adorável vestida em uma roupa que não estava na moda, mas não era ultrapassada.
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  - Achei que fosse voltar para Paris essa semana. – ela mexe no cachemir que carregava como agasalho e olha para trás para ver se não estaria a procurando.
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  - Não volto sem você. – a voz de Aurelien foi séria, chamando a atenção da estilista.
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   o encarou surpresa e não pode deixar de sentir suas pernas falharem ao se deparar com seus olhos muito focados nos dela. Apertou os lábios e olhou para Marguerite quando ela diz:
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  - Aurelien disse que você voltará com a gente para casa!
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   então entendera tudo. Estava bastante claro. Soltou uma risada abafada e olhou para o ex:
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  - Isso é uma brincadeira, não é? – ela diz, o vendo tragar o cigarro que tanto desejava. – Você fez isso de propósito, não fez? – diz baixo o suficiente para que Marguerite não ouvisse. – Disse isso para ela…
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  - Só estou mostrando para você o seu lugar. – ele diz com um breve sorriso maroto. – Você pertence à França…
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  - Pois saiba que a França está vindo até mim, Aurelien. – ela diz vitoriosa, o fazendo levantar uma sobrancelha. – Isso mesmo, eu consegui. Sem você.
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  - O que conseguiu?
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  - Tenho um encontro com Karl Lagerfeld. Essa semana. – viu os olhos de Aurelien, entrefecharem em raiva. Raiva por ela ter conseguido sem ele. Pela primeira vez, viu a expressão de derrota no rosto dele; finalmente sentiu aquilo que sempre quis sentir ao vê-lo perde-la. Saber que ela estava ganhando pela primeira vez desde quando se conheceram era sua dádiva. Aurelien abaixou o cigarro. – Eu disse que conseguiria sem você. Volte para Paris.
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  Ameaçou se virar, mas fora segurada pelo ex, que a virou para ela:
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  - O que ele fez para você? – sem perceber, o cigarro estava ao chão e Marguerite estava a dois passos afastada deles. Uma criança normal estaria apavorada, mas ela parecia bem ciente da situação dos dois. – Você está apaixonada?
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  - Isso não é…
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  - Eu não vim até esse país de merda para voltar de mãos vazias, . – se aproximou perigosamente dela, fazendo com que seu hálito chegasse aos pulmões da garota. – E você deve me conhecer o suficiente para saber que eu não paro enquanto não conseguir o que eu quero. – roça seus lábios com a garota, que não conseguia se mover com o estado de sua proximidade. Fora pega desprevenida. – A sede dessa marca é em casa. Você irá voltar. Mais cedo ou mais tarde, terá de voltar – sua voz parecia um pouco mais aliviada e assim que o empurra para longe colocou o sorriso maroto que ela amava odiava. – E aposto meus cigarros que ele não irá te acompanhar. – balançou a cabeça para um ponto atrás dela, como se soubesse que estava ali dentro em alguma mesa a aguardando.
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  - Se eu voltar, Aurelien, não será por sua causa. – olhou para Marguerite, que arregalou os olhos, provavelmente surpresa em ver a garota que era praticamente sua irmã mais velha falar aquelas palavras frias para seu irmão mais velho. Durante todo o período que conviveu com os dois, era sempre submissa ao irmão; vê-la assim tão decidida e afastada a tornava uma pessoa irreconhecível para a criança. Ao perceber o susto estampado no rosto da garotinha, apertou os lábios, em partes, arrependida de ter se dirigido da maneira que agiu em frente à Marguerite, mas não poderia deixar de por Aurelien em seu lugar por causa de sua adoração com a garota. – Me deixe em paz, Aurelien. Você perdeu o seu direito…
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  - Você me deve, . – ele aponta para a garota. – Se lembra? Sua vida é minha. Você é minha. E eu vou cobrar isso logo, logo.
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  - Eu não te devo mais nada. – deu um passo para trás, vendo-o soltar um riso. – Você sabe disso, Aurelien, eu paguei minhas dívidas há muito tempo, antes mesmo de decidir morar com você.
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  Viu o francês soltar mais uma risada e retirar um maço de cigarros do bolso, jogando para ela, que pegou com as duas mãos, surpresa.
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  - Você sabe muito bem que deve. Não esqueça nunca de seu passado, . Nele, você ofereceu o seu futuro a mim. – e somente colocando as mãos de volta ao bolso do casaco e chamando pela irmã mais nova, Aurelien se afastou com um último olhar maroto.
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  Assim que os dois sumiram de vista, a francesa olhou para o maço de Gauloises que Aurelien lhe jogara. Intacto, faltando apenas um cigarro, aquele que ele deixara cair sem perceber. Colocou o maço cuidadosamente dentro em sua bolsa de mão e dá meia volta, voltando seu caminho para o restaurante. Demorou cinco minutos para conseguir ser atendida e levada até a mesa de às desculpas dos funcionários pela demora do atendimento. Ela nada respondera. Seus pensamentos ainda estavam em Aurelien e suas palavras.
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  Viu com algumas pessoas ao seu redor, mas nenhuma delas sentadas à mesa de lugar para duas pessoas. O balde de vinho ao lado, assim que ele a viu, se desculpou aos que conversava e levantou, depositando uma mão na parte de trás de sua cintura e depositando um beijo em seus lábios.
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  - Por que a demora?
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  - Perdi a hora. – ela responde, colocando a bolsa de mão na mesa e se sentando enquanto o garçom empurrava a cadeira e depois pegara seu cachemir para colocá-la em outra cadeira.
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  - Perdeu a hora? Isso é novidade. – ele sorri fazendo sinal para lhes servirem o vinho, algo rapidamente feito. – Um dia inteiro de preparação não fora o suficiente para programar seu encontro com Karl?
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  - Você é tão íntimo assim dele? – ela encosta o vinho em seus lábios e retorna a taça à mesa. sorri:
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  - Vamos dizer que ser rico te faz ser mais próximo de pessoas influentes.
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  - Você não irá me contar mesmo, não é?
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  - Você terá que se esforçar para tirar a informação de mim. – ele diz divertido com o rumo que a conversa tomava. levanta as sobrancelhas e se encosta na cadeira, vendo o primeiro prato chegar.
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  - Não vou escolher? – aponta com a cabeça para a comida.
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  - Eu a convidei, eu decido o menu. – ele diz colocando o guardanapo no colo.
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   não o contrariou. Estava atordoada demais com o que havia acontecido há pouco. Ouve falar, mas não o escuta completamente. Comia lentamente e os olhos demoravam mais que o normal para piscar. Quando dera por si, tinha seu colo sendo tomado pelos lábios de dentro do carro do herdeiro.
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  Ao chegar no quarto, retirou sua gravata e a jogou em uma cadeira. O paletó fora deixado no mesmo lugar, assim como a camisa. seguiu até seu closet, onde escolhera um pijama e não se dera ao trabalho de se banhar. Não estava com paciência para isso. Estranhou o homem se deitar na cama sem insinuar o sexo e o vê apagar as luzes, deitando apenas com uma boxer.
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  - Por que me deu seu quarto? – ela diz depois de um tempo no escuro, seus olhos já acostumados com a escuridão. Não houve resposta. Se vira para encará-lo. Ele tinha seus olhos bem abertos e olhando na direção do teto. – Por que está me respeitando?
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  Ele vira o rosto para ela. Olha para seus lábios e então de volta para seus olhos. Abre um sorriso:
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  - Eu não estou te respeitando. Estou te fazendo se apaixonar por mim. São coisas bem distintas.
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  Se fosse cega, ela poderia acreditar pela tonalidade com que o homem lhe dirigia a palavra. Mas ela não era, e seus olhos podiam muito bem ver além da íris de . Ela sabia que ele a estava fazendo-a se apaixonar por ele, mas era para um propósito completamente diferente daquele que ele procurava demonstrar. Sorriu:
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  - Não vai ser me dando seu quarto que irá conseguir isso. – volta a encarar o teto.
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  - Você é uma garota difícil. – deposita seu enorme braço em sua barriga, encostando os lábios em seu ombro e aproveitando para deixar lá um beijo.
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   o encarou. Ao sentir seus olhos em si, levantou o rosto para devolver o olhar.
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  - Me beije. – ela pede séria, o fazendo levantar uma de suas sobrancelhas, desconfiado. – Ande, me beije.
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  - E por que eu deveria?
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   sorri. Respirou fundo e lhe deu as costas, fingindo ir dormir. Ao sentir se virar para o lado oposto, abriu os olhos com um sorriso confiante nos lábios e a certeza de sua hipótese: Quem é que estava apaixonado por quem ali, afinal?
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Fe Camilo
Fe Camilo
1 ano atrás

Faz muitos anos que li essa história e amava demais a PP. Estou relendo agora e ela continua icônica. ❤

Fe Camilo
Fe Camilo
1 ano atrás

KKKKKKK o PP é um cafajeste, mas muito irresistível aff

Fe Camilo
Fe Camilo
1 ano atrás

Meu Deus, essa história é perfeitaaa ❤ fiquei tão obcecada que terminei em menos de um dia hehehee


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