Ray Dias
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Sem curiosidades para essa história no momento!

Casa da Árvore

“If time were still, the sun would never never find us… We could light up the sky tonight.”

  — !
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  Mamãe gritou meu nome e imediatamente abri meus olhos, assustada. Ele ainda estava ali, com os olhos fechados, os lábios pousados aos meus.
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  — … — chamei entredentes, já que ao mesmo tempo que precisava, eu não queria separar nossas bocas.
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  — ! O que vocês estão fazendo aí em cima?
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  A voz de mamãe, ainda mais alta me fez despertar e então empurrei . Ele caiu deitado no chão da casa da árvore, e eu me levantei indo diretamente a portinha, sem ao menos pensar o quanto deveria estar rubra por meu recém-dado-recebido primeiro beijo.
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  — Oi mãe! A gente se distraiu com o telescópio!
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  — Ah… sei! — Mamãe falou em tom desconfiado abaixo da árvore — Desçam para jantar, seu pai vai levar o para casa logo em seguida!
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  — Estamos descendo!
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  Entrei novamente, e ainda estava estatelado ao chão, olhando para o telhado da casinha. Nós estávamos observando estrelas, como fazíamos nas noites de quinta-feira, quando disse ter visto um meteorito passando. Eu queria ver também, mas ele não deixava, em uma habitual e pequena implicância nossa, empurrei-o. caiu deitado ao chão e eu tomei o espaço do óculo do telescópio, mas, como sempre paciente e cortês, meu melhor amigo voltou a sentar-se ao meu lado e permitiu que eu vislumbrasse as estrelas.
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   era daquele jeito comigo: gentil, mesmo que quisesse a maior e última bola de sorvete do nosso sabor preferido. Sorri por notar que ele me deixou, mais uma vez, ganhar uma disputa entre nós, mas me sentindo culpada o propus que dividíssemos, e então, quando ele se aproximou da lente e sorriu largo por ver algo fantástico, tal como eu vendo o seu sorriso lindo, beijei sua bochecha. me encarou sobressaltado por meu impulso de carinho, e em seguida, beijei seus lábios. Eu nunca havia beijado um garoto, nem garota, na boca. Mas era o que eu queria beijar desde que parei de pensar em bonecas e passei a pensar em como perderia o meu BV.
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  — É a segunda vez que você me empurra hoje! — Ele murmurou se levantando, sentado à minha frente falou: — Eu gostei muito disso.
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  Ruborizei e senti um constrangimento que jamais pensei ser possível entre nós.
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  — Mas, sua mãe não gosta de chamar três vezes, então é melhor a gente descer, .
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  — Espera! — Toquei seu punho quando ele fez menção de se levantar e me olhou — A gente… A gente…. Pode fazer isso de novo, depois?
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   sorriu tímido como era, e coçou a nuca dizendo:
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  — Acho que sim. Você… você gostou?
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  — Gostei. Teve gosto de sorvete de menta.
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  Na mesma hora fez careta arregalando os olhos.
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  — O que significa que você mentiu e tomou o sorvete sem mim, hoje!
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  — Desculpe, , mas não dava para esperar até a outra quinta-feira e se eu não tomasse, mais uma vez, você ficaria com a última bola e você não divide comigo só para me irritar!
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  — Tudo bem… — falei rumando para as escadas da casa da arvore com logo atrás de mim: — Mas você me deve um sorvete, e… Outro beijo.
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  O sorrisinho cúmplice que demos um ao outro, ficou para sempre cravado em nossas memórias.
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“If it’s you and me forever. If it’s you and me right now, that’d be alright… Be alright…”

  Desde que e eu tivemos o nosso primeiro beijo, nós nunca mais paramos de nos beijar. Ela era… Como ela dizia mesmo? Ah, claro! BFK: Best Friend Kisses, ou seja, melhor amiga de beijos. era dada a inventar cargos e relações que não faziam muito sentido, mas eu gostava. Gostava de tudo nela.
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  Era o primeiro dia dos namorados em que eu estava decidido a não ser mais BFK dela. Logo iríamos para o terceiro ano colegial e me atormentava a ideia de nos separarmos na faculdade, apesar de ter sido contundente quando disse que “nós iremos para a mesma universidade”.
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  — , tem certeza que a vai aparecer no jogo? — Joe perguntou olhando para todos os lados.
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  Era a final do campeonato estudantil de basquete, eu não jogava e nem Joe, mas o Peter Johnson sim, e eu havia dado uma grana para ele fazer a última cesta do jogo e dedicar para em meu nome. Apesar de não gostar muito de praticar esportes, ela gostava muito de assistir ao Basquete com o pai dela. E já estávamos quase no final do jogo e ela ainda não tinha aparecido.
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  — Tem algo estranho mesmo, já era para ela estar aqui!
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  — Olha lá! Mais um casal formado no telão da escola! O diretor não deveria proibir essas coisas? — Joe ria apontando para Elizabeth e Ashley se beijando em pleno pedido de namoro no dia dos namorados.
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  — Droga! Acho que não fui muito original tendo a ideia de pedir ela em namoro hoje!
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  — Claro que não! – Joe disse óbvio — É dia dos namorados. Ela já respondeu a sua mensagem?
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  — Disse que estava a caminho, mas já faz dez minutos!
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  — Por que ela não veio assistir ao jogo antes?
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  — Tem uma prova essa noite do cursinho, disse que se não estudasse estaria frita e me mandou assistir e gravar o jogo, mas que chegaria na final, já que eu dei um jeito de dizer para ela que a Thompson ia fazer uma revelação.
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  — E a nunca perderia uma fofoca, ainda mais com o nome de sua arquirrival, Ângela Thompson! — Joe murmurou em tom de narrador de filme infantil.
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  — Vamos! Eu preciso encontrá-la!
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  Não era estranho imaginar que estaria na biblioteca ou no gramado do pátio estudando, já que a escola estaria toda concentrada ao jogo. Joe e eu nos direcionamos primeiro à biblioteca. E ainda não sei dizer se foi melhor ir direto para lá, ou para o pátio.
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  — Er… Tem certeza de que ela vai estar… — A voz de Joe parou exatamente no momento em que ele encarou o mesmo ponto que eu.
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   guardava seus livros, apressada, quando Richard apareceu ao seu lado e tocando seu ombro sorriu. Ela o sorriu de volta, e de repente, lá estavam as mãos dele na cintura dela, com um cartão na outra, e seus lábios grudados.
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  — ?
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  — Vem, vamos embora antes que o PJ faça a maldita cesta de 100 dólares!
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  — Pagou 100 pratas para ele fazer o que sempre faz e apontar para uma menina? — Joe perguntou abismado.
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  — Cala a boca, Joe!
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  Saí em disparada para fora da escola. Tudo o que eu queria naquele momento, era chorar.
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  Um pouco mais tarde, apareceu na minha casa, soltando fumacinha pelas ventas por eu tê-la deixado esperando no pátio.
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  — Como terminou o jogo? — Perguntei, um pouco curioso embora estivesse com raiva.
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  — Perdemos! Peter Johnson tropeçou na última cesta.
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  — Quê!? — Fiquei revoltado! Pelo menos, eu poderia pedir meus cem dólares de volta.
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  — Se não está com essa cara de quem deixou a última bola de sorvete cair porque perdemos, o que houve, então?
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  — Não enche o saco, .
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  — ? — Murmurou surpresa e chateada: — Você nunca falou assim comigo…
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  — Eu só não estou legal, tá. Você veio falar comigo?
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  — É, não entendi que você saiu antes de mim. O Joe disse que a gente precisa conversar quando passei por ele lá embaixo, o que foi? Descobriu que a Ângela ia te pedir em namoro?
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  Então minha cabeça girou.
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  — Quê?
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  — A revelação. Há uma semana que eu soube o que era, mas eu não podia te contar… vai que estragava uma surpresa que você quisesse. — Ela deu de ombros fingindo indiferença — Sempre notei o jeito que você olha para a Thompson.
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  — Está maluca?! Eu nunca olhei desse jeito para a Ângela Thompson!
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  — Hm… Em todo caso, ela estava te procurando no final do jogo. Certamente iria mesmo te pedir em namoro!
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  — Ah que droga! Tudo que eu não precisava agora… — reclamei e observei sacudindo as pernas sentada à minha cama, e encarando o chão: — E você? Nenhum pedido de namoro hoje?
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  — Richard! Acredita nisso? Ele apareceu na biblioteca quando eu estava saindo, com um cartão chinfrim e me tascou uma beijoca sem aviso ou pedido!
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  — Ah é? Ele te beijou? E você…
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  — Dei-lhe uma bofetada, claro! — me interrompeu: — Nenhum homem me arranca uma beijoca sem que eu conceda! Nem mulher!
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   e seus rompantes que me surpreendiam. Naquele momento, eu fiquei aliviado. Tudo não havia passado de um mal-entendido. No entanto, eu perdi a coragem. E sem coragem seguimos por muito tempo. Até que no último ano colegial, nossos caminhos se perderam. Não pedi em namoro, e ela me cobrou aquilo quando Peter Johnson a chamou para sair e eu quis cobrar algo dela. No fim, estava certa, se eu não a queria namorando com outro, por que nunca fiz o pedido?
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  Nunca soube responder algo que não fosse: covardia. E bom, o último ano colegial foi um ano cheio para nós dois. Permanecemos amigos, lógico, ela namorando com o PJ e eu…. Eu me tornei o cara tímido que as mulheres queriam, mas que não queria compromisso com elas, então foquei em estudar. Uma pena que a não me escutou e estudou menos do que namorou, e no fim não conseguiu entrar na mesma universidade que nós sempre planejamos. E foi ali que nossos caminhos divergiram.
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“Now the past, is coming alive and give it meaning, and a reason… To give all I can To believe once again…”

  Nós nunca deixamos de ter contato, o e eu. Apesar de certa distância imposta por nossos cursos, que eram em cidades diferentes, uma vez por mês nos encontrávamos. Meu namoro com o PJ não durou mais que um ano depois da escola. E o … eu nunca sabia porquê ele não namorava, ou não me contava sobre aquilo.
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  — Que bom que você e voltaram à cidade um pouco! Desde que foram para suas faculdades nós não só vemos pouco aos dois, como também não os vemos juntos! — Mamãe falou risonha colocando a mesa do jantar.
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   e eu decidimos que naquele mês iríamos nos encontrar em nossa cidade natal e observar as estrelas como não fazíamos há alguns anos. Então, os pais e irmãos dele iriam jantar em nossa casa. Ajudava mamãe a pôr a mesa, e conversávamos sobre a nostalgia que aquele momento representava.
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  — Realmente, mamãe. e eu não nos reunimos como antigamente há muito tempo! Mesmo quando a gente se vê uma vez por mês, é sempre rápido.
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  — Seu pai e eu sempre achamos que vocês seriam namorados.
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  — É, no fundo, eu também…
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  — O que houve que isso nunca aconteceu? — Mamãe perguntou.
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  Escorei na janela da sala de jantar e olhei para a casa da árvore, do lado de fora no quintal.
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  — Eu não sei, mãe. Sei lá, acho que nós perdemos o timing.
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  — Bem, então, pode ser que ainda o encontrem.
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  — Ele foi meu primeiro beijo, mãe. — Confessei nostálgica olhando para a casa na árvore e minha mãe jogou o pano de prato em mim, revoltada por eu não ter dito na época: — Ali na casa da árvore.
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  — Vocês passavam mesmo muito tempo lá.
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  — Mas juro que foi só isso! — Falei logo desfazendo a expressão de preocupação dela, e mamãe riu.
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  , Joe, Nicholas e Frankie — agora maior — entraram em casa, junto de seus pais Denise e Paul. Nós nos abraçamos quando nos vimos e meu melhor amigo e eu, fomos direto para a casa da árvore observar no velho telescópio as estrelas, como era a promessa daquele reencontro.
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  — Contei hoje para mamãe que aqui foi o meu primeiro beijo com você.
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  — ! — exclamou sem jeito: — Por isso ela estava me olhando daquele jeito de quem sabia um segredo!
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  — Oras, ! — Gargalhei — Você contou para alguém também?
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  — Todos lá em casa sabem desde aquele dia. Cheguei nervoso em casa gritando: “Mãe, pai, eu beijei uma garota!”, antes de entrar no meu quarto correndo e aí… Foi fácil sacarem quem era a garota.
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  Comecei a rir, mas fui logo bronqueada pelo meu amigo:
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  — Não ria! Isso foi piada interna na minha casa por anos!
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  — Mamãe me disse que ela e o papai esperavam que a gente fosse namorar.
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  — Todo mundo esperava isso!
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  — Até você, ? — Perguntei e ele soltou o telescópio me encarando, quase repetindo a cena de muitos anos atrás.
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  — Até eu.
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  — E por que a gente não namorou antes, ? — O tom de frustração era nítido e eu não queria esconder. Aquela era uma mágoa que eu carregava.
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  — Eu ia te pedir em namoro naquele jogo em que o Richard te beijou. Eu paguei cem dólares para o PJ fazer a cesta da vitória e dedicar a você. Mas então, fui te procurar na biblioteca e vi o Richard te beijando.
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  — O quê?! — Empurrei que caiu ao chão, sentado e me olhando surpreso — Não acredito que não me contou! Não acredito que não me pediu, ! Eu esclareci tudo para você naquele dia!
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  — Perdi a coragem. E depois, toda vez que eu pensava em tocar no assunto, eu não sabia se você diria “sim”. Não depois de ver que você achava que eu ficaria com a Ângela Thompson! Logo eu, que nunca tive olhos para nenhuma garota senão você…
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   dizia aquilo tudo rindo, como se a cena passasse em frente aos seus olhos. E no mesmo impulso de anos atrás, eu o beijei de novo. Dessa vez, era um beijo mais maduro.
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  — ! — Mamãe gritou e então nos separamos aos risos.
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  — Já vamos! — Gritei de volta e e eu nos levantamos.
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  Ele guardava o telescópio e de repente perguntou:
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  — Que dia é hoje?
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  — 12 de Fevereiro, Valentine Day’s.
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  — Então, quer namorar comigo ou estou muito atrasado? — Perguntou simplesmente.
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  — Olha só quem teve coragem!
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  Minha resposta foi outro beijo. E como era bom beijar . Meu melhor amigo. Meu BFK. Meu primeiro amor. Eu sentia falta daquilo, e como sentia! Mamãe me gritou mais uma vez, e e eu rimos do quanto aquela noite parecia uma volta ao tempo. Começamos a descer as escadas, quando uma dúvida me surgiu:
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  — Espera! — Toquei seu punho, e riu pela nostalgia que estava até mesmo nos nossos trejeitos — Os cem dólares, você pegou de volta? O PJ perdeu aquele jogo!
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  — Não. Ele não devolveu e ainda te pediu em namoro. Ou seja, pelos meus cálculos, você me deve cem dólares e… Três anos em beijos.
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  — Te pago no dia que me pagar o sorvete de menta.
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  — Hey, eu paguei o beijo que você queria.
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  — Fico te devendo só os cem dólares. Aliás, não fico não, você conseguiu a garota no fim das contas.
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  Descemos rindo e encontramos mamãe parada ao pé da casa da árvore.
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  — Afinal, o que vocês faziam lá em cima, hein? — Olhou desconfiada.
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  — Reavendo aquele timing perdido. — Falei e ela arregalou os olhos demonstrando felicidade.
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  — Estou muito atrasado para pedir permissão para namorar a sua filha?
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  — Finalmente, ! — Mamãe o abraçou e em seguida saiu nos puxando para dentro de casa: — Agora, vamos! Sabem que eu não chamo mais de duas vezes para jantar!
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  E o encerramento daquele momento, foi com , meu agora namorado, entrando na minha casa gritando:
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  — Mãe, pai! Eu beijei de novo uma garota!
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Fim

  Nota de Autora: Estava sentindo saudades dos Jonas Brothers, então peguei a minha lista de músicas para escrever songfic, e resgatei “Fly With Me”, que é o tema dessa história e então, nasceu “Casa da Árvore”. Espero que vocês gostem ♥

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Natashia Kitamura
Natashia Kitamura
1 ano atrás

Carambaa! Que fic mais fofaaaa! 
Nossa, eu amei! 
A história toda encaixadinha, com os ups and downs. Adorei que não houve muita enrolação para a coisa acontecer, mesmo passando anos, hahaha. 
Também gostei muito da história dos dois; friends to lovers é o que há <3 
E esse final? Hhaahhaha super apropriado!  
 
Comentário originalmente postado em 25 de Setembro de 2023

Ray Dias
Ray Dias
1 ano atrás

Aiin Nat ♥ Muito obrigda por este comentário! Eu fico muito feliz que você gostou da história e achou ela fofinha! Queria muito dar essa vibe leve para os pps. Nem era o intuito dessa fic ter enrolação não, era para ser uma coisa divertida, natural e clichê, como um friends to lovers bem resolvido. hehehe Eu amo mesmo o friends to lovers (e um enemies to lovers tb)! O final tinha que ter essa frase icônica dele hahahaha Achei muito legal, na pegada “tudo em família”! ♥ 

Comentário originalmente postado em 25 de Setembro de 2023

Fe Camilo
Fe Camilo
1 ano atrás

Meu, muito fofurinha essa história *-* eu amo um PP que parece um cachorrinho sem dono ♡ 
Amei a história, Ray *-* 

Comentário originalmente postado em 27 de Setembro de 2023

Ray Dias
Ray Dias
1 ano atrás
Reply to  Fe Camilo

Obrigada amora ♥ Muito feliz que tu curtiu! Missão reavivar as fanfics de Jonas Brothers, ativar! hahaha O Kevin sempre foi meio injustiçado né. 

Comentário originalmente postado em 27 de Setembro de 2023

Nara
Nara
3 meses atrás
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Ô minha tia, atrapalha o beijo não

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Toda serelepe essa pp. Já quer beijar de novo

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Nara
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Tava muito feliz pra ser uma fanfic da Rayane

nara
nara
3 meses atrás

Muito fofa, a fanfic, Ray


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