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Sem curiosidades para essa história no momento!

Black & Diggory II

Prólogo

  Flashback

  Virou-se assustado, olhando em todas as direções.
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   — Fleur? — Será que tinha encontrado com alguma das criaturas de Hagrid? — FLEUR? — gritou o mais alto que pôde, dando meia volta e correndo para a direção que ele achava que o som tinha vindo.
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  Correu por mais ou menos dois minutos, mas não conseguiu escutar mais nada. Escutou um novo barulho quando entrou em uma nova trilha, ao virar-se, com a varinha em punho, viu Vitor Krum parado, entrando no mesmo caminho que ele.
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  — Ah, é você… — Suspirou aliviado, tornando a olhar para o outro lado. — Escuta… — Virou-se para o búlgaro, vendo-o erguer o braço com a varinha apontando em sua direção. Diggory franziu o cenho, confuso. Que droga de brincadeira era aquela? — Que é que você está fazendo? — gritou indignado, era assim que Krum queria vencer? — Que diabos você pensa que está fazendo? — perguntou novamente, vendo-o caminhar em sua direção, o olhar fixo no loiro.
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  Cedrico deu um passo para trás erguendo a varinha, mal acreditava que Krum estava mesmo pronto para atacá-lo. No instante seguinte Cedrico estava jogado ao chão, a varinha longe de suas mãos.
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  Se contorcia no gramado, sentindo o ar faltar em seus pulmões.
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  Ouvia os próprios gritos desesperados saindo por sua garganta. Os pensamentos agitados em sua cabeça não o deixavam pensar com clareza, mas a falta de ar em seus pulmões começou a deixá-lo tonto, enjoado.
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  — Cedrico! Ouviu uma voz ao fundo de sua mente gritar e então a dor sumiu.
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  Se manteve parado, arfando, o corpo trêmulo.
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  Não conseguia colocar-se em pé naquele instante. Seus pensamentos ainda agitados dificultavam o entendimento da situação. Alguém abaixou-se ao seu lado, chacoalhando-o pelos ombros.
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  — Cedrico! Está tudo bem? Consegue se levantar? — Aos poucos conseguiu focar o rosto de Harry Potter, o garoto o encarava preocupado. — Diggory?
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  — Está… Eu… — Olhou para os lados, confuso, ainda sentindo certa dificuldade para respirar. — Krum… Ele se aproximou pelas minhas costas…
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  Potter olhou para um ponto logo a frente, voltando a virar-se para Diggory pouco depois, o qual tentava levantar-se com certa dificuldade, estendeu a mão para ajudar o colega.
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  — Você ouviu a Fleur gritar?
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  — Acha que ele a pegou também?
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  — Talvez… Vamos terminar a prova e sair desse lugar!
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  Cedrico concordou, aceitando a mão estendida como apoio, firmando os pés no chão com certa dificuldade. Potter virou-se, dando alguns passos para frente, após disparar faíscas vermelhas no local em que Vitor estava caído.
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  —  O que você ach… Diggory?
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  Cedrico sentiu-se estranho por um instante, parecendo incapaz de mover-se ou dizer qualquer coisa, logo sentindo a escuridão dominá-lo.
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  Flashback off.

  Diggory abriu os olhos com certa dificuldade, a claridade o incomodando momentaneamente.
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  Passou a língua pelos lábios secos, olhando para o próprio corpo; estava sem camisa e parte de seu braço enfaixado e com uma pasta laranja que ele reconhecia por ter usado depois da primeira prova, quando tinha queimado parte de seu corpo.
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  Ao virar a cabeça para os lados, reconheceu a Ala Hospitalar, e, mais lentamente ainda, seu cérebro pareceu lembrar-lhe o que tinha acontecido:
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O Torneio Tribruxo tinha acabado. Ele havia perdido.

  Sentiu a frustração e irritação dominarem seu corpo, mas distraiu-se ao ouvir cochichos vindos de algum ponto ao lado. Virou-se para a maca próxima à porta de saída, vendo várias pessoas no local, ao olhar com mais atenção, reconheceu os Weasley e Hermione, não conseguindo ver direito quem era o outro homem por ali, mas percebeu que era Potter quem estava deitado na maca, talvez também tivesse se machucado. Não viu , o que o fez arquear a sobrancelha por um instante, questionando internamente onde a namorada poderia estar, seus pais também não estavam por ali, o que o incomodou levemente. Talvez não estivesse tão machucado, não fosse nada sério, mas nenhum dos três estavam minimamente preocupados com ele?
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  Pouco mais de dois minutos depois, enquanto olhava entediado para o teto, ouviu passos e virou a cabeça, vendo a loira entrar no local segurando um copo de bebida, enquanto vários outros flutuavam próximos a ela.
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   olhou em sua direção, abrindo um sorriso grande ao notar que ele já estava acordado. Esqueceu-se do feitiço e do próprio copo, correndo em sua direção para abraçá-lo, ouvindo um barulho alto quando todas as bebidas caíram ao chão.  O pessoal olhou ao redor, assustado com o que acontecia até verem-na sobre o lufano.
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  — Eu disse que era melhor se eu e Fred fossemos, mas ninguém quis me escutar! — George falou em voz alta. — Não derrubaríamos nada só porque o bonitão da escola está acordado!
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  — É, agora teremos que ir buscar do mesmo jeito! — Fred concordou. — Obrigado, Black!
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  O casal ignorou os comentários dos gêmeos, continuando abraçados por alguns instantes até a loira se afastar, beijando-lhe os lábios demoradamente. Diggory esqueceu-se de qualquer frustração ou pensamento derrotado que tinha até um minuto atrás, tê-la próximo era mais do que o suficiente, principalmente quando ela juntou suas bocas: sentiu como se já pudesse enfrentar mais três dragões.
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  — Isso foi por eu estar preocupada! — sussurrou ao afastar-se, vendo-o abrir os olhos um pouco desnorteado. — E isso é por me fazer ficar preocupada! — Estapeou-o no ombro que não estava machucado.
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  — Ouch! — exclamou a encarando, sorrindo de canto.
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  — É sério, Diggory. Se você não tivesse colocado seu nome no Cálice, você não estaria aqui. Consegue imaginar o que poderia ter te acontecido se você pegasse aquela Taça? — replicou nervosa, deixando as brincadeiras de lado.
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  Cedrico franziu o cenho, confuso.
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  — Se eu tivesse chegado até a Taça eu… Ganharia mil galeões? — negou, apontando com a cabeça para a maca de Potter.
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  — A Taça era uma Chave de Portal — suspirou, não sabendo como contar tudo o que tinha acontecido de forma resumida, por isso achou melhor falar apenas o principal —, Você-Sabe-Quem retornou.
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  Diggory abriu a boca, chocado, demorando alguns segundos para processar a informação.
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  — O que…? Como…?
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  — Veja só quem acordou! — Ouviram uma voz aproximando-se.
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  — Te conto mais tarde — avisou, logo vendo o pai parar ao seu lado.
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  — Espero que esteja bem disposto, ainda não tivemos nossa conversa! — Sirius sorriu, piscando para Cedrico quando este o olhou, surpreso com sua presença. — Fiquei pensando se um duelo ainda é apropriado ou vocês são modernos demais para essas coisas? Eu tive que duelar algumas vezes quando estava estudando… — comentou pensativo, o braço cruzado e a mão esquerda coçando a barba. – Nunca com o pai de alguma namoradinha, mas dá no mesmo, não é verdade? — Sorriu para os dois.
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   sentiu o rosto esquentar e olhou para o lado contrário de Cedrico. O rapaz, por sua vez, manteve o contato visual com Sirius, embora não parecesse capaz de pensar em uma resposta, era informação demais e minutos de menos para processar tudo aquilo. Sorriu nervoso para o homem, sem saber exatamente como reagir ao vê-lo pessoalmente, principalmente ao lembrar-se do que havia acontecido no ano anterior, quando Sirius se passou por um cachorro e ele acabou por revelar coisas demais.
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  — Como se sente? — Black questionou quando notou que os dois adolescentes pareciam constrangidos, o que até seria divertido se não fosse a situação em que se encontravam. — Soube que foi muito bem no Torneio!
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  — Nem tanto assim, não é? — Deu um sorriso amarelo, apontando para a parte do corpo machucada. — E também não ganhei… — Sirius abanou a mão no ar, sentando-se ao seu lado na cama.
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  — Mas foi o Campeão de Hogwarts, huh? E eu soube que você foi atacado pelo Krum durante a prova e, ao que indica, por Olho Tonto também. — Encarou-o por alguns instantes, Diggory pareceu surpreso com a segunda informação, mas entendeu que o que sentiu antes de desmaiar deveria, sim, ter sido um feitiço. — O que, se pensarmos bem, até que foi uma coisa boa, não? Quem sabe o que poderia ter acontecido…
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  Diggory concordou, ainda um tanto confuso com tudo, olhando de canto para , esperando que depois ela o inteiraria nas informações.
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  — Quem sabe… — respondeu em voz baixa, com um sorriso triste nos lábios finos.
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  Black sorriu para o rapaz antes de levantar-se, bagunçando rapidamente os cabelos de Cedrico, apertando-lhe o ombro em seguida.
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  — Descanse bem, Diggory, não gostaria de tornar a ver minha filha chorando pelos cantos, preocupada com você…
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  — Pai!
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  — O que? Não era pra ele saber? — Cedrico sorriu ao olhar para a garota que encarava séria o pai. — De qualquer forma, preciso resolver algumas coisas para Dumbledore. Nos vemos em breve, Cedrico! 
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  — Foi um prazer, senhor. — Apertou-lhe a mão, firmemente. Sirius sorriu de canto.
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  — Aperto de mão forte, muito bem. Não tem mais com o que se preocupar, , seu namorado já está bem. Essa noite não vai precisar ficar acordada do lado dele!  — abriu a boca, chocada, o rosto mais vermelho do que nunca.
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  — Eu te odeio! — sussurrou para o pai, vendo-o gargalhar, jogando os cabelos para trás.
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  — Não seja tão exagerada! — Sirius aproximou-se, abraçando-a apertado, sendo retribuído da mesma forma. — Eu também te amo. Nos vemos logo, ok?
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  — Mas…
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  — Eu prometo! — Segurou-lhe nos ombros, encarando-a por alguns instantes, assumindo uma pose séria. – Preciso fazer o que Dumbledore me pediu. Mantemos contato! — Beijou-lhe a bochecha. — Até logo, Cedrico, conversamos mais tarde!
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  Viram Sirius passar novamente pela maca na qual Harry estava, despedindo-se rapidamente do afilhado, antes de tornar a se transformar no grande cachorro negro.  Cedrico coçou a sobrancelha, sem jeito, antes de olhar para a namorada, que permanecia com o olhar na porta.
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  — Então… Você ficou aqui a noite toda? — perguntou em tom baixo, tentando esconder o sorriso que crescia em seus lábios. o olhou com a sobrancelha arqueada.
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  — Patético, Diggory. Patético!
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  Cedrico novamente deu de ombros, sorrindo sem jeito para a garota.
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  — Eu te amo, sabia? — balançou a cabeça e olhou para o lado oposto, tentando esconder, sem muito sucesso, um sorriso tímido. Notou quando a mão do lufano envolveu a sua, apertando-a gentilmente.
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  — Não consegui parar de imaginar o que poderia ter te acontecido se chegasse naquela Taça… — confessou em voz baixa. — Harry quase morreu, Cedrico. — Encarou-o por um instante, em meio a um suspiro. — Entende o que eu digo?
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  Cedrico deixou o olhar cair sobre o grupo do outro lado, respirando fundo antes de voltar a atenção para a namorada.
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  — Não tem mais com o que se preocupar, . Eu estou aqui e não pretendo mais ficar longe de você. E eu prometo que no próximo Torneio eu não coloco meu nome! — A loira negou com um aceno, sorrindo pequeno antes de beija-lo mais uma vez e, em seguida, começar a detalhar o que sabia sobre os últimos acontecimentos.
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Um.

  Diggory estava sentado no parapeito do corredor, olhando distraidamente para os jardins, nos quais os estudantes continuavam a conversar e se despedir dos visitantes antes que estes fossem embora. A confusão na final do Torneio e o anúncio de Dumbledore de que Voldemort havia retornado não parecia importante naquele momento. Poucos alunos falavam a respeito, a maioria não parecia ter assimilado a importância daquela informação e outros tantos, a grande maioria dos estudantes, não estava realmente convencido. Afinal, apenas Harry Potter tinha o visto, e Dumbledore só dizia que o Lorde das Trevas havia retornado, por causa do garoto. Mas, e as provas?
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  Cedrico era um dos poucos que tinha acreditado na história, internamente sabia que só havia feito por saber de todos os detalhes, talvez se só tivesse uma versão mal contada como os outros, também não acreditasse.
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  Se fosse sincero, parte do motivo de Cedrico acreditar de prontidão em tudo aquilo, mesmo antes de ter todos os detalhes, era porque acreditava. E era porque Dumbledore acreditava: o diretor já estava tomando as devidas precauções, embora Cedrico não soubesse exatamente quais, tinha dito que o bruxo havia dado ordens para alguns professores e para Sirius, a missão deles era de reunir alguns amigos antigos e conversarem com outras tantas pessoas. Dumbledore preparava-se para uma Guerra que o Ministério e o próprio Ministro nem mesmo cogitavam.
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  Fudge achou ridícula a simples ideia de Voldemort ter retornado.
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  Era um absurdo e por isso o Ministério decidiu abafar os comentários.
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  Com tudo isso acontecendo, mesmo embora seu orgulho parecesse ter sofrido um grande golpe por ter perdido para Potter no Torneio, Cedrico conversou com Harry, oferecendo algum apoio caso viesse a precisar de alguma coisa.
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  Assustou-se quando sentiu alguém apertar-lhe os ombros, virando-se e vendo sorrir para ele, antes de pegar impulso para sentar-se ao seu lado, cruzando as pernas. Permaneceram em silêncio por alguns instantes, olhando para o pessoal rindo nos gramados.
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  — O que foi? — perguntou ao perceber o sorriso contido que ela mantinha nos lábios. deu de ombros, o sorriso crescendo aos poucos.
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  — Dora me mandou uma carta pela manhã… Talvez… Talvez meu pai passe alguns dias em casa com a gente… — Encarou-o sorridente.
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  Cedrico piscou surpreso, sorrindo em seguida, vendo a animação da loira.
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  — Fantástico!
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  — Eu sei! — Concordou com a cabeça, tornando a olhar para os colegas, o sorriso ainda presente em seu rosto. Diggory permaneceu olhando-a por tempo indeterminado, sorrindo consigo mesmo, até ela olhar em sua direção, curiosa com seu sorriso fácil sem motivos aparentes.
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  — O que foi?
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  — Gosto de te ver sorrindo. — Deu de ombros, vendo-a ficar levemente constrangida. — Você fica realmente fofa quando fica vermelha, mas não é mais tão fácil te fazer ficar com vergonha desde que começamos a sair…
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  — E esse é seu objetivo para hoje, Diggory? — questionou rindo fracamente, sentindo o rosto esquentar cada vez mais.
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  — Talvez, mas também tenho outra coisa em mente, sabe?
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  — Hm, e o que seria? — Riu ao vê-lo ficar em pé, apoiando o braço na perna da garota, inclinando-se em sua direção.
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  — Vou deixar você descobrir sozinha dessa vez… — Piscou antes de beijá-la.
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  Black riu baixinho contra os lábios do namorado antes de passar os braços por seu pescoço, acariciando os seus cabelos curtos.
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  Cedrico chegou em casa mais sorridente do que o normal por duas razões simples: Primeiro, tinha se despedido muito bem da namorada em uma das salas de aula vazias para compensar os dias que não se veriam. E, a segunda, tinha sido a primeira vez que realmente aparatara!
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  A sensação era horrível, mas ao mesmo tempo era ótimo poder finalmente fazer aquilo sem precisar da ajuda dos pais por ser menor de idade. Não precisava mais de vassouras, lareiras ou do nightbus. Poderia estar em qualquer lugar que quisesse em poucos segundos. E, obviamente, uma das vantagens de agora ser considerado maior de idade, era que poderia, por exemplo, aparatar na casa de a hora que quisesse. Óh, aquilo era fantástico! Já se imaginava fazendo algumas visitas para a namorada, depois, é claro, de descobrir os dias que Sirius Black estaria por perto. A última coisa que queria era o pai da garota o encontrando escondido em algum canto.
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  Conversava com os pais enquanto comia, contando-lhes sobre o ano turbulento e tudo o mais que se lembrava. O casal o deixava a par das novidades, que não eram tantas assim, dos meses que ele esteve na Escola.
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  — Ah, Ced, vamos viajar nessas férias! Seu pai conseguiu alguns dias de folga! — Rachel contou empolgada, olhando do marido para o filho.
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  Cedrico parou de mastigar, franzindo o cenho.
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  — Viajar?
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  — Vamos visitar seus avós, estivemos com eles no Natal, mas como você estava em Hogwarts, prometemos que assim que retornasse das aulas íamos para lá!
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  — Estão morrendo de saudades, não paravam de perguntar sobre você, querido.
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  O rapaz tomou um gole de suco, pensando sobre o assunto. Até não era má ideia visitar os avós em Liverpool, mas aquilo significava que não poderia ver , e seu recente plano de visitá-la à noite não seria colocado em prática.
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  — Quanto tempo?
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  — Umas três ou quatro semanas, talvez um pouco mais…
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  — Eu provavelmente voltarei para o trabalho antes, mas vocês ficarão mais dias, seus tios e primos também estão indo!
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  — Será ótimo poder rever todo mundo, eles não estavam no Natal — Rachel comentou, sorrindo para o filho.
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  — Você pode contar sobre o Torneio, filho! — Cedrico suspirou um tanto frustrado.
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  — O que foi, querido?
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  — Eu… Tinha planejado passar alguns dias com a … — Amos abanou a mão, rindo levemente.
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  — Vocês poderão se ver quando voltarmos, garanto que ninguém vai morrer de saudades! Além do mais, já passaram o ano todo juntos!
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  — Mas… Um mês? Não pode ser sei lá… Umas duas semanas?
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  — Um mês passa tão rápido quanto duas semanas, vocês nem vão perceber!
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  — Talvez para você… — reclamou apoiando o rosto na mão.
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  — Jovens, sempre tão dramáticos…
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  — Por que você não a convida, Ced? — Rachel sugeriu animada. — Tenho certeza que todos vão gostar de conhecê-la!
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  Cedrico sorriu com a ideia, ajeitando-se na cadeira, seria ainda melhor passar alguns dias com ela longe de Londres, sem tanta supervisão da família, mas logo desfez o sorriso.
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  — Ela não vai.
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  — Como sabe? Nem perguntou… Tenho certeza que Andrômeda confiaria em deixá-la passar alguns dias conosco…
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  — É claro que separaríamos os quartos… — Amos comentou, vendo o filho engasgar-se com o suco que tomava. Após poucos segundos, no qual ainda sentia o rosto queimar e via o sorriso divertido do pai, finalizou seu raciocínio:
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  — Sirius vai ficar na casa dos Tonks por alguns dias, não vejo a menor possibilidade de ela querer ficar longe de casa…
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  — Ah, mas isso vai ser muito bom para eles! — Rachel novamente sorriu, Cedrico a encarou. — Ela não passa muito tempo com o pai, Ced, vai ser bom para eles. Os dois precisam disso!
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  — E essa viagem vai ser boa para vocês dois também, filho. É sempre bom sentir um pouco de saudades de quem se ama, melhora a relação! — Cedrico encarou seu pai por alguns instantes, rolando os olhos e negando com a cabeça, rindo baixo.
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   o abraçou por vários minutos na entrada da casa, despedindo-se antes da viagem dos Diggory para Liverpool. Prometeram mandar cartas durante as semanas que estivessem separados, e, aproveitando o momento que estavam sozinhos, após certificar-se que não tinha ninguém na rua, Cedrico virou-se para beijá-la com intensidade, querendo memorizar com detalhes para as semanas que passariam distantes.
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   apertou-lhe os ombros, arfando leve quando o rapaz mordeu o seu lábio inferior, antes de ouvirem um latido alto, próximo demais; Cedrico soltou-a no mesmo instante, virando-se assustado para os lados, sua mente fértil já imaginava Sirius apontando-lhe a varinha e azarando-o ali mesmo. Contudo, para sua sorte, não era um cachorro negro que estava latindo, era apenas o cachorrinho do vizinho, latindo para um pássaro que tinha pousado na cerca que separava os dois terrenos.
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  — Você parece nervoso… — cantarolou, segurando a risada.
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  — Você não pode me culpar por ter medo do seu pai — resmungou, antes de respirar fundo, tornando a abraçá-la por alguns instantes. — Te vejo na volta!
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  — Sentirei saudades!
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Dois.

  Diggory aproveitava o último final de semana que passaria com os primos no The Cavern Club, um pub inglês bastante popular na cidade, tanto para trouxas quanto para bruxos. Se você soubesse fazer o pedido certo. Os bruxos tinham uma senha para acesso a outra parte do pub, longe dos olhos curiosos dos trouxas.
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  Cedrico vinha se sentindo muito bem, agora que era maior de idade, conseguia fazer várias coisas que queria há anos e não era permitido pela lei. Com todas as novidades e o tempo em que passou com os primos, aquele mês realmente passou mais rápido do que o esperado, mas também não era verdade a parte que seu pai insistia em repetir dele praticamente não sentir saudades da namorada. Na verdade, parecia uma eternidade desde que tinham se visto pela última vez.
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  Tinham trocado algumas cartas durante aquelas semanas, mas Cedrico sempre tinha a impressão que a garota estava deixando de lhe contar alguma coisa, e ele esperava descobrir assim que a encontrasse. também não tinha dado muitos detalhes sobre Sirius, embora tivesse dito que estava vendo-o com certa frequência.
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  — Ora, se não é o concorrente número um de Cedrico novamente aparecendo no jornal! — Brandon apareceu rindo, mostrando-lhes a edição do Profeta Diário. Cedrico arqueou a sobrancelha, primeiro para o riso fácil do primo – visivelmente bêbado –, segundo pela brincadeira. Se arrependeu até o último fio de cabelo por ter comentado sobre a namorada ser tão próxima a Harry. Cedrico então pegou o jornal dando uma olhada na primeira página; Potter tinha usado o feitiço do Patrono na frente de um trouxa.
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  Franziu o cenho, confuso.
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  No fundo sabia que deveria ter algum motivo para o garoto ter feito aquilo, embora o jornal parecesse negar veementemente e exigisse que o Ministério tomasse uma atitude severa, já que Harry Potter, embora famoso, ainda era menor de idade. Era até irônico ver uma matéria no folhetim falando mal do garoto, visto que até pouco mais de um mês antes pareciam colocar Harry como um herói; o grande Campeão de Hogwarts.
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  Deixou o jornal de lado, tornando a prestar atenção na conversa dos primos enquanto tomava sua bebida. Sentia falta de passar tempo com eles, costumavam ser todos muito próximos quando mais novos e achava que acabariam juntos em Hogwarts, mas os gêmeos acabaram na Escola de Bruxaria dos Estados Unidos, Ilvermorny, já que o marido de sua tia, irmã de sua mãe, era de lá. Os três sempre acabavam em pequenas discussões para decidir qual era a melhor e, mesmo negando infinitamente, os gêmeos sabiam que Hogwarts era superior e até tinham uma pequena inveja de Cedrico.
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  — Então, quando vamos conhecer sua garota? — Brandon tornou a questionar, esticando-se em sua cadeira e olhando ao redor. Diggory deu de ombros, um sorriso leve no rosto.
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  — Quando forem a Londres posso apresentar, vão gostar dela!
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  — Isso se vocês ainda estiverem juntos, não é? — O rapaz tornou a rir, cutucando o primo. — Depois de tantos dias, talvez ela já tenha te trocado pelo Potter!
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  Cedrico revirou os olhos, tornando a tomar sua bebida e preferindo não responder o comentário do primo. No fundo, embora não tivesse nenhuma prova de que Harry estivesse interessado em , confiava em sua intuição que dizia que sim, ele estava. Porque já havia reparado nos olhares do moreno para a garota. talvez não soubesse e o rapaz talvez não tivesse confessado nada, mas para Cedrico era óbvio que Harry Potter queria mais do que uma simples amizade. Então, sim, no fundo Diggory se revirava com a mínima possibilidade de o moreno tentar algo com sua namorada, mas tentava não pensar tanto naquilo pelo bem de sua própria sanidade.
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  Só mais dois dias e estaria em casa e, com isso, poderia visitar a namorada!
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  A garota terminava de escovar os dentes quando escutou a campainha tocando no andar de baixo. Sorriu sozinha antes de sair do banheiro e descer as escadas, vendo Cedrico conversar com Andrômeda. O rapaz virou-se para a escada, vendo-a descer os últimos degraus, o sorriso tomou seu rosto quando andou em sua direção, abraçando-o apertado.
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  — Bom, acho melhor deixar vocês dois conversarem, não? Imagino que tenham muito para colocar em dia — Andy disse antes de virar-se em direção à cozinha. — Prometo que não conto para o Sirius que os deixei sozinhos! — Piscou para o casal, rindo consigo mesma.
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  Cedrico passou a língua pelos lábios finos, olhando ao redor.
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  — Seu pai está aqui? — Ela riu negando com a cabeça, antes de puxá-lo pela mão em direção ao seu quarto.
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  Assim que passaram pela porta do cômodo, Diggory a puxou para um novo abraço, muito mais apertado e demorado que o anterior, tentando, de alguma forma, suprir o tempo que tinham ficado afastados.
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  — Caramba, eu realmente senti sua falta! — sussurrou contra seu ouvido, vendo-a rir baixinho.
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  — Eu também, mais do que achei que sentiria! Quer dizer, um mês não é assim tanto tempo, não é? — Afastou-se momentaneamente dele, olhando os olhos cinzentos do namorado. Cedrico fez careta.
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  — Eu descobri que um mês é muito tempo!
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  — Mas aposto que você se divertiu com seus primos! — comentou sorrindo.
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  Diggory reparou que a garota parecia mais relaxada e animada do que se lembrava, e tinha um brilho diferente nos olhos. também parecia incrivelmente mais linda para ele, talvez fosse o sorriso fácil ou o tempo que não a tinha visto, imaginá-la nunca era tão bom quanto tê-la ao seu lado. Cedrico concordou com a cabeça, antes de colocar as mãos no rosto da namorada, olhando-a nos olhos por alguns instantes, movimentando os lábios para sussurrar um “senti sua falta”, em seguida, curvou-se para beijá-la com toda a vontade que tinha guardado durante as últimas semanas.
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  Passaram incontáveis minutos aos beijos e abraços, até a garota o afastar lentamente, com os lábios vermelhos e o batimento alto, enquanto tentava normalizar a respiração. Abriu os olhos, sorridente, vendo-o sorrir de volta, mordendo levemente o lábio inferior. Diggory suspirou, passando a mão pelos cabelos, antes de virar-se, sentando-se na cama ao lado.
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  — Você não corta mais o cabelo? — a loira questionou rindo, parando em frente ao namorado e passando os dedos pelos cabelos castanhos dele, compridos o suficiente para jogá-los para trás. — Está querendo ficar igual meu pai, é? — Cedrico riu antes de passar os braços pela cintura da garota.
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  — Não, só não tive tempo de cortá-los ainda, resolvi ver minha garota antes, sabe? — Piscou. — Você, por outro lado, andou cortando esse cabelo! Está bem mais curto do que da última vez que te vi! — comentou puxando uma das mechas loiras. concordou balançando a cabeça, para que ele visse melhor o corte.
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  — Digamos que eu não sou muito a favor de passar calor e está absurdamente quente esse verão! Estava pensando em mudar a cor também, mas não gostei muito do resultado… — Deu de ombros.
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  — Espera, você pintou? Como eu não tenho nenhuma foto desse acontecimento? — questionou surpreso, vendo-a negar.
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  — Dora se passou por mim, foi extremamente legal e assustador ao mesmo tempo!
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  Cedrico gargalhou, concordando.
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  — Não me importaria se você mudasse, mas gosto deles assim…
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  — Eu sei, também gosto… É só que… — Suspirou, parecendo acanhada. — Pareço muito com a minha mãe, sabe? Vi uma foto dela quando tinha a minha idade… — O lufano concordou com um aceno, sorrindo pequeno.
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  — Mesmo que você seja idêntica a ela, não quer dizer que seja a mesma pessoa, . — A garota suspirou, concordando, embora ainda parecesse um tanto incerta.
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  — Você poderia me ajudar a escolher uma nova cor, posso pedir quando Dora chegar!
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  — E se eu confundir vocês duas e beijar a errada? — A loira abriu a boca inconformada.
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  — Passa umas semanas fora e nem lembra mais quem é sua namorada, Diggory? — O rapaz riu, negando, antes de puxá-la para mais perto, aproveitando para beijá-la mais uma vez.
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  Com seus braços ao redor da cintura de Black, Cedrico teve extrema facilidade para fazê-la sentar-se em seu colo, passando as pernas de cada lado de seu corpo. colocou os braços ao redor do pescoço do rapaz, acariciando a nuca dele e puxando seus cabelos vez ou outra, enquanto se beijavam, até ambos se empolgarem e Cedrico acabar caindo de costas sobre o colchão com a garota por cima, rindo da situação que se encontravam, embora o rapaz não parecesse se importar, descendo a mão pelas costas dela, apertando-lhe a cintura.
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  — Chega, chega! Me conta sobre suas férias!
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  Cedrico fez careta ao ser afastado, demorando alguns segundos para normalizar a respiração, mas começou a contar-lhe sobre tudo o que tinha acontecido naquelas semanas, dando alguns detalhes que ele não tinha contado nas cartas que trocaram. Contou algumas situações que passou com os primos, os passeios que fez – ouvindo-a reclamar que gostaria de conhecer Liverpool, mal havia saído de Londres durante todos aqueles anos – e o quanto os dois queriam conhecê-la e, entre uma história e outra, aproveitou para beijá-la sempre que tinha vontade.
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  — Mas e você? Não recebi muita coisa nas suas cartas, não é? O que você estava escondendo, Black?
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   abriu a boca, uma falsa surpresa em seu rosto, e então voltou a sorrir animada. Encostou-se na parede ao lado da cama, cruzando as pernas, enquanto começava a contar sobre as últimas semanas, vendo Cedrico deitado, apoiando o cotovelo na cama e a cabeça na mão.
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  — Bem, como eu não viajei, não teve muitas novidades… Fiquei em casa a maior parte do tempo… — Deu de ombros, mas Diggory notou que o sorriso permaneceu em seus lábios.
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  — E seu pai?
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  — Ele ficou aqui na primeira semana, mas começou a achar muito arriscado, porque aconteceu duas vezes de Aurores aparecerem aqui, sem avisar, por sorte não deu em nada porque ninguém sabe que ele é um Animago…
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  — E…?
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  — O quê?
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  — Você está sorrindo demais para ter passado só uma semana com Sirius, e tenho certeza que não é por minha causa que você está assim tão feliz…
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  — Ei! É claro que eu fico feliz em te ver, seu bobo! — Cedrico sorriu, aproximando-se novamente para beijá-la na bochecha, mas logo se afastou, aguardando a resposta da garota. — Bem… Digamos que… — Tornou a passar a mão pelos cabelos do rapaz.
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  — Que…?
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  — Digamos que… Eu esteja morando com meu pai nas últimas três semanas!
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  — O QUÊ? — questionou surpreso. — Como? Você acabou de dizer que…
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  — Eu seeeei! — Cortou animada. — Mas ele voltou para a casa da família, não é o melhor lugar do mundo, na verdade às vezes me lembra a sala do Snape… — contou com uma careta. — Mas, bem, tenho meu próprio quarto e posso passar o tempo com ele!
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  — Isso é maravilhoso! — Cedrico sorriu para a namorada. — Como está sendo? — franziu o nariz, suspirando em seguida.
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  — Um pouco… Movimentado. Tem muita gente naquela casa, na maior parte do tempo a Sra. Weasley quer nos fazer de Elfos… Eu não nasci para tirar pó. Nem para cozinhar! Você tem noção do quão ruim fica minha comida? Papai deixou para o Bicuço e nem ele comeu. Bicuço come de tudo, Ced!
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  — Quer dizer que um dia, se casarmos e dependermos de você na cozinha, vamos morrer de fome? — Diggory perguntou com a sobrancelha arqueada, gargalhou quando a viu concordar. — Ainda bem que eu me viro bem! — Piscou divertido, encostando-se na parede e passando um braço pelos ombros da namorada, puxando-a para seu lado. encostou a cabeça no peito do rapaz, entrelaçando sua mão com a livre dele, brincando com seus dedos. — Mas me explica uma coisa, não entendi bem… Por que você diz que tem tanta gente na casa? E por que a mãe do Rony está lá?
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  — Godric Gryffindor! Eu não te contei! — Virou-se agitada, batendo com a mão na testa. — Merlin! Desculpa, se bem que… Não podia ter contado por cartas… — comentou pensativa. — Enfim… Papai ofereceu a casa para ser a sede da Ordem da Fênix!
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  — A Ordem do quê?
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  Diggory esperava, nem tão pacientemente, sentado no sofá, batucando os dedos no joelho. Olhava o relógio de cinco em cinco segundos, esperando que o tempo passasse muito mais rápido do que, de fato, estava passando.
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  Já era ruim o suficiente não ver a namorada sempre que queria, já que ela estava com o pai na sede da Ordem, e o lugar era secreto, então Cedrico não podia visitá-la. Não ainda. Mas ele conseguia entender essa parte e até lidou muito bem com tudo, pelo menos até duas semanas atrás, quando descobriu por uma carta dela que Harry Potter estava na sede. No mesmo instante começou a questionar se não poderia passar no lugar ou se ela não poderia ir até sua casa, o que seria ainda melhor já que não teriam Sirius por perto; por mais que detestasse admitir, Diggory tinha sim certo medo do homem.
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  O pior era que ele não a culpava por querer ficar em casa com o pai, sabia o quanto a garota sentia falta dele e nem por um momento reclamou por ela não querer deixar o lugar. O problema era saber que Potter agora estava ao seu lado, vinte e quatro horas por dia. Já não bastava isso em Hogwarts?
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  Cedrico confiava na namorada, mas não tinha tanta certeza se confiava em Harry Potter e sabia o quanto os dois eram próximos. Tentou por diversas vezes se distrair com qualquer coisa que não envolvesse os dois juntos na mesma casa, mas parecia que toda vez que começava a pensar em outra coisa, sua mente o fazia lembrar de Black e Potter.
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  Tinha uma mistura de sentimentos dentro de si: frustração, ciúmes, raiva e culpa. Sentia-se culpado por imaginar algo que provavelmente estava acontecendo apenas em sua cabeça. Sentia-se culpado por imaginar que poderia corresponder aos sentimentos de Potter, os quais Diggory nem sabia com certeza se existiam e, mesmo se fosse real, ela já havia lhe dito anteriormente que via Potter como um amigo, quase como irmão. E aquilo deveria ser o suficiente, mas não era.
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  Cedrico sabia que gostava dele tanto quanto ele gostava dela, mas tinha medo de descobrir como ela reagiria se um dia Potter se declarasse. Seria possível que ela o deixaria para ficar com Harry?
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  Era um ciúme quase irracional, mas simplesmente não conseguia evitar, por mais que tentasse, e era isso que o fazia se sentir tão culpado. Odiava sentir-se daquele jeito.
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  A campainha finalmente tocou às 14h35, e o rapaz levantou com um pulo, andando até a porta, abrindo-a sorridente.
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  — Olá, Dora!
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  A mulher estava com os cabelos azulados presos em um rabo-de-cavalo alto e vestia seu casaco habitual do trabalho por cima das roupas normais.
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  — E aí, priminho? Ou eu deveria dizer cunhadinho? Não sei bem… Enfim… — Cedrico riu constrangido, antes de perguntar se a mulher não queria entrar, o que foi negado rapidamente. — Na verdade estamos com um pouco de pressa, digamos que estou atrasada para uma reunião… — Rolou os olhos.
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  Diggory concordou, apenas avisando sua mãe que estava saindo.
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  Os dois seguiram lado-a-lado até o meio da calçada de entrada, quando Tonks segurou no braço de Cedrico, prontos para aparatarem, já que ele nem mesmo sabia para qual local estavam indo.
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  O lufano ainda detestava aquela sensação, mas era algo tão rápido, que não dava muito tempo para pensar a respeito. Quando abriu os olhos, notou estar parado em frente a um pequeno parque em uma área residencial cheia de trouxas. Atravessaram a rua e pararam na calçada, casas iguais estavam à frente, Diggory notou que a casa à direita tinha o número onze, e a esquerda o número treze. Ninfadora colocou a mão no bolso do casaco, tirando um pequeno pedaço de pergaminho amassado, entregando-o para Cedrico.
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  — Leia rapidamente, é nossa senha! — Piscou para o rapaz.
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A sede da Ordem da Fênix encontra-se no Largo Grimmauld, número doze, Londres.”

  Quase no mesmo instante, no qual Dora pegou de volta o bilhete para queimá-lo, Cedrico viu uma nova construção começar a se materializar entre as casas onze e treze. Abriu a boca um tanto surpreso com aquilo. não havia dito que a Casa dos Black estava sob feitiços como aquele.
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  Os dois subiram os degraus de entrada e Tonks abriu a porta deixando-o entrar primeiro, seguiram por um corredor escuro e um tanto empoeirado.
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  — Molly ainda não fez o pessoal limpar essa parte — cochichou sorridente —, eles não param de reclamar que estão trabalhando mais que Elfo Doméstico!
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  Cedrico riu lembrando-se da última carta que tinha recebido da namorada, falando sobre isso.
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  — Finalmente, Ninfadora!
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  Diggory novamente foi surpreendido ao ver Olho-Tonto-Moody parado no canto da sala, próximo de Remo Lupin. Quando Severo Snape apareceu, vindo de um corredor lateral, Cedrico achou que tinha voltado para Hogwarts mais cedo: parte dos professores estavam ali, incluindo, Minerva McGonagall que conversava com um bruxo negro e careca que parecia estranhamente familiar, mas Diggory não o reconhecia.
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  — Boa tarde, Sr. Diggory!
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  O lufano reparou que talvez fosse muito óbvia sua cara de surpresa, por isso logo tratou de arrumar a postura, virando-se para a professora que foi quem o cumprimentou, atraindo também a atenção dos demais presentes na sala.
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  — Boa tarde, professora.
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  — Cedrico!? — Lupin parecia um tanto surpreso ao vê-lo.
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  — Ele veio ver a — Dora avisou, Diggory sentiu o rosto esquentar quando Remo arqueou a sobrancelha olhando-o sorridente, assim como Minerva.
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  — Diggory, é? — Moody o olhou de cima a baixo. — Você já é maior de idade, não? Ouvi boas coisas a seu respeito.
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  — Hm… Obrigado… — agradeceu constrangido, ainda sendo analisado pelo ex-Auror.
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  — Quim Schacklebolt — o homem negro adiantou-se, esticando a mão —, prazer.
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  — Igualmente — Cedrico respondeu apertando-lhe a mão —, o senhor é um Auror também, não? — Quim concordou com um aceno.
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  — Soube que esteve muito bem no Torneio — elogiou educadamente.
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  — Bom, eu não ganhei… — Deu de ombros, sem graça.
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  — Mas foi o verdadeiro Campeão de Hogwarts! Se não tivesse acontecido tudo o que aconteceu, tenho certeza que estaria com a Taça! — Minerva argumentou, fazendo-o ficar um tanto constrangido com o elogio. — Cedrico é um aluno modelo na escola, Monitor-Chefe, se não estou errada? — O rapaz concordou animado, lembrando-se do novo cargo.
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  — Recebi a notícia ontem!
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  — Como é? Você virou Monitor-Chefe? — Diggory virou-se em tempo de ver e Hermione entrando na sala, vindas de outro cômodo.
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  — Alguém vai ter problemas… — Mione cantarolou rindo, olhando de soslaio para a amiga, antes de cumprimentar o rapaz.
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  — Eu não estou gostando dessas ameaças, Granger. — arqueou a sobrancelha, virando-se para Minerva, ao tempo que chegava ao lado do namorado. — Estou começando a pensar que estão querendo me cercar na esperança que eu pare de perder pontos pra Grifinória!
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  — O que não seria uma má ideia, não é mesmo? — McGonagall a olhou significativamente.
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  — A gente recupera no Quadribol, professora! — respondeu rindo, antes de abraçar o namorado.
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  Ouviram um pigarro e, ao olhar, Cedrico viu Sirius Black parado de braços cruzados e o olhar preso no casal.
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  — Não é porque eu autorizei o relacionamento que eu aceito tanta demonstração de afeto, ainda mais embaixo do meu teto! — Diggory afastou-se da garota rapidamente, parecendo ligeiramente nervoso quando se adiantou para cumprimentar o homem, ouvindo uma risada ao fundo.
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  — Até parece, você fala mais dele do que a ! — Remo contou divertido, fazendo o resto do pessoal olhar para Sirius, surpreso. Black abriu e fechou a boca, sem reação.
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  — Eu… Só disse que ele parece um bom aluno… ou não é verdade? — Virou-se para Minerva, que concordou segurando um sorriso. — E que era bom com cachorros!
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  Snape rolou os olhos, entediado.
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  — Muito bonito o momento, mas acredito que agora que a Ninfadora chegou, podemos começar a reunião ou tem mais alguém atrasado?
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   notou o olhar irritado que a prima direcionou ao mestre de poções por chamá-la pelo nome de batismo.
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  — Falta o Arthur… — a mulher falou, ao notar que o Weasley mais velho não estava entre eles.
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  — Ele não virá, está no Ministério — Quim avisou.
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  — Muito bem, muito bem, então vocês três podem ir subindo. — Moody apontou para as duas garotas e Cedrico, demorando o olhar no rapaz. — Apesar de…
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  — Nem pensar! — Minerva negou com a cabeça, sabendo o que Alastor queria. — Diggory é maior de idade, mas ainda está estudando.
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  — O quê…? — O lufano questionou confuso, sem entender o que aquilo significava. virou-se de um professor para outro.
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  — Vocês querem que Cedrico entre para a Ordem? — questionou surpresa. — Estou aqui faz quase dois meses e ninguém me aceita, ele chegou faz cinco minutos e já tem convite? Acho injusto!
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  — Ninguém vai entrar na Ordem, Black, principalmente alguém menor de idade e irresponsável como você! — Snape respondeu friamente.
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  No mesmo instante Sirius deu um passo à frente, pronto para começar uma discussão.
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  — Vamos começar, temos muito o que resolver. Além do mais, nenhum estudante vai entrar para Ordem! — Minerva interferiu, dando um passo em direção a Sirius, olhando séria dele para Snape. E então olhou para os três adolescentes. — Vocês já podem subir.
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  Hermione abriu a porta do segundo quarto no corredor, entrando e sendo seguida pelo casal. Cedrico logo viu Harry, Rony, Gina, Fred e George sentados em duas camas de solteiro que tinham ali, conversando. Os cinco pararam virando-se para a entrada, logo percebendo que as duas garotas não estavam mais sozinhas.
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  — Olá, Cedrico! — Gina foi a primeira a dizer, seguida pelos quatro garotos.
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  — Oi, tudo bem? — perguntou simpático, acenando para todos.
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  Sentou-se ao lado de na cama à esquerda, enquanto olhava ao redor. O quarto era um tanto escuro com sinais de infiltração e parte do papel de parede estava gasto, mas ao prestar mais atenção nos móveis, Diggory teve certeza que o quarto costumava ser bastante luxuoso. Foi então que Cedrico lembrou-se do quão importante era o nome Black antes de toda a confusão com Sirius, e quão rica era a família.
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  Os Diggory tinham dinheiro e o sobrenome já tinha sido importante; Eldritch Diggory, tataravô de Cedrico, chegou a ser Ministro da Magia e o primeiro a recrutar uma Comissão de Aurores na Inglaterra, também começou a questionar o uso de Azkaban como prisão, mas morreu ao pegar Varíola de Dragão antes de chegar a alguma decisão sobre o local. Os Diggory tinham certo respeito na comunidade bruxa, mas Cedrico sabia que não era nem perto de ser tão grande quanto o sobrenome Black, e nem próximo de serem tão ricos. Seus pais tinham uma boa quantia de ouro em Gringotes, o que lhes garantia viverem bem, mas sem nenhum luxo.
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  A Família Black era extremamente conhecida, respeitada e temida por muitos. Se voltassem quase duas décadas, antes de Sirius ser preso em Azkaban e antes da Primeira Guerra, os Black eram uma das principais famílias bruxas junto aos Lestrange e, mais recentemente, os Malfoy, principalmente porque as três famílias mantiveram uma aliança por muitos anos, casando-se entre si para manter a linhagem e o Sangue-Puro. Contudo, após Voldemort ser derrotado, parte desse prestígio foi perdido. Os Black não chegaram a declarar que eram a favor do Lorde das Trevas, mas a maioria sabia que eles concordavam com muitas das ideias de Riddle: os Black não aceitavam Sangues-Ruins e desprezavam os trouxas. E, como Sirius e eram agora os últimos a carregarem o sobrenome Black, podia-se dizer que a família já não era importante como antes. Embora ainda fosse um sobrenome imponente, Black agora só era ligado ao Comensal foragido, principalmente porque a maioria não sabia que era a filha de Sirius, a grande maioria nem sequer sabia que o bruxo tinha uma filha.
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  — Moody praticamente chamou Cedrico para a Ordem! — a loira contou para o pessoal no quarto, Diggory notou que todos os olhares viraram-se em sua direção.
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  — Como é? Por quê? — os gêmeos questionaram ao mesmo tempo.
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  — Porque ele é maior de idade e um exemplo de estudante! — Piscou ao olhar para o namorado, que negou com um aceno, sorrindo pequeno.
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  — Mas nós já temos 17! — George reclamou indignado.
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  — Não é só por isso — Mione negou, atraindo a atenção de todos. — Cedrico é maior de idade, bom aluno e ótimo em feitiços, não? E foi muito bem avaliado no Torneio, principalmente se considerarmos que ele foi o Campeão pela Escola. Harry não teria participado em situações normais!
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   o cutucou na cintura, vendo-o sorrir de lado ao tempo que tentava segurar a risada ao ouvir os elogios de Granger.
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  — Cedrico pode entrar na Ordem e nós não? — Harry perguntou levemente irritado. — Desculpe, Diggory, mas… — O rapaz levantou-se, andando de um lado para o outro. — Quer dizer, eles nem mesmo saberiam que Voldemort retornou se eu não tivesse dito, não é?
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  — Harry… — Hermione chamou, mas o amigo ignorou.
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  — Me deixaram no escuro o verão todo e agora Cedrico entra na Ordem por ser maior de idade?
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  O lufano arqueou a sobrancelha, não gostando de como soou o que Potter tinha dito.
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  — Eu não vou entrar, Minerva disse que nenhum estudante vai — avisou segurando-se para não ser rude.
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  — É, mas Moody ficou interessado, tenho certeza que vão te chamar quando terminar Hogwarts… — comentou pensativa, Cedrico a olhou curioso.
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  Sabia o que a Ordem da Fênix significava, sabia o que tinham feito durante a Primeira Guerra. Sentiu-se extremamente feliz e orgulhoso de si mesmo por Alastor Moody, um dos maiores Aurores que já existiu, considerá-lo para o grupo. Porém agora, olhando para todos naquele quarto, achava que ninguém o considerava capaz de participar de algo como aquilo. E saber que a namorada parecia hesitante com aquela possibilidade o fez sentir-se mal por saber que ela não o considerava bom o suficiente. Principalmente por saber que achava Harry Potter uma ótima adição para a Ordem.
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  Parecia que tinha voltado meses no tempo e estavam naquela mesma conversa sobre ele colocar ou não seu nome no Cálice de Fogo. Naquele instante Cedrico começava a achar que não tinha sido uma boa ideia ir até o local, talvez devesse ter ficado em sua casa.
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  Continuaram conversando sobre o assunto, passando para o possível motivo da reunião que acontecia no andar de baixo. notou que Cedrico estava extremamente quieto, não fazendo comentários sobre a conversa, e foi ainda mais evidente que tinha algo o incomodando quando ele suspirou ao seu lado, parecendo impaciente.
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  — De qualquer forma, nem Dora nem meu pai estão dizendo muita coisa… — Rolou os olhos, levantando-se. — Se alguém tiver alguma ideia… — Deixou subentendido que ela estava disponível para qualquer coisa que os ajudasse a descobrir o que acontecia. — Quer conhecer o resto da casa? — perguntou para Diggory, que a olhou após alguns segundos concordando com um aceno e a seguindo para fora do quarto.
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  — Acho melhor você não conhecer o quarto dela, lembre-se de que Sirius está no andar de baixo, Cedrico! — Fred gritou antes de fecharem a porta.
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  — Ele é um assassino louco e perigoso! — George completou, rindo junto dos demais.
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  Ignorando a brincadeira dos gêmeos, o primeiro (e único) lugar que levou Cedrico foi para seu quarto, o último cômodo do lado esquerdo do corredor do segundo andar. Esperou o rapaz entrar para fechar a porta, andando até sua cama grande e sentando-se na mesma enquanto via o namorado olhando ao redor. O quarto estava muito mais organizado do que o outro, tinha dito que passou algumas tardes junto de Sirius arrumando-o para deixá-lo um pouco mais seu. Boa parte da decoração do quarto na casa dos Tonks foi transferida para lá; uma grande bandeira da Grifinória ocupava parte da parede lateral e ao lado da porta tinha uma escrivaninha e um grande espelho com várias fotos ao redor. Cedrico reparou nas duas únicas com porta-retratos ali, ambas recentes.
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  , Sirius e Dora estavam sentados no sofá da casa dos Tonks, com Andy e Ted em pé logo atrás, riam para a foto, levantando copos de alguma bebida em um brinde silencioso. Na outra foto, Diggory lembrava-se bem dela, sua mãe tinha tirado no dia da terceira tarefa do Torneio, quando estavam juntos andando pelos terrenos de Hogwarts, Cedrico abraçava a namorada pela cintura e ambos riam para a câmera. Sorriu levemente ao lembrar do dia, e então suspirou puxando a cadeira da escrivaninha, sentando-se na mesma e encarando os pés. suspirou audivelmente antes de cruzar as pernas.
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  — Não entendo, de verdade, Cedrico. Você disse que queria vir aqui, que estava com saudades e tudo o mais, e agora mal me olha na cara? — questionou com a voz baixa. Diggory travou a mandíbula, olhando para o chão escuro. — Eu posso pelo menos saber o motivo dessa vez?
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  — Não é como se eu quisesse ficar brigando com você…
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  — Mas é exatamente isso que você está fazendo agora, e eu nem sei o motivo.
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  Cedrico levantou-se frustrado, cruzando os braços e andando de um lado para o outro no quarto.
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  — Pelo mesmo motivo do ano passado, você não confia em mim.
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  — O QUÊ? — perguntou incrédula. — Quando foi que eu não confiei em você? Olha, se foi pelas suas admiradoras, eu tinha motivos, ok? — Diggory sorriu triste, colocando as mãos nos bolsos da calça.
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  — Não quero dizer no sentido de traição, — explicou chateado, vendo-a franzir o cenho, confusa. — Quero dizer que você nunca me acha capaz de fazer algo, quando sugeri colocar meu nome no Cálice ano passado, o tempo todo você ficava dizendo o quanto era perigoso e que eu poderia me machucar…
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  — Se eu não me engano, você acabou queimado em duas tarefas e teve Krum te azarando com uma Maldição Imperdoável, não? — Arqueou a sobrancelha. Cedrico concordou com um aceno, fechando os olhos por poucos segundos. teve a impressão que o namorado parecia cansado, mas não soube dizer do quê.
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  — Eu, na verdade, não sei o que te dizer. — Deu de ombros, olhando para baixo, estava sendo sincero, nem ele mesmo sabia o que o incomodava tanto, não sabia definir o misto de sentimentos e pensamentos que o ocupavam.
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  — Se você não me disser, não tenho como saber o que está acontecendo, Ced. — Levantou-se, se aproximando dele.
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  — Eu sei… É só…  — O rapaz suspirou, passando a mão pelos cabelos. — Você sabe o quanto eu gosto de você, , mas a sensação que eu tenho é que você não confia em mim, que você realmente não me acha capaz de fazer as coisas…
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  — Que coisas?
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  — A Ordem, por exemplo. Eu entendo seus amigos não me acharem capaz, mas você? — Ele a encarou por alguns instantes.
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  Aos poucos a garota parecia entender ao que ele se referia, ao tempo que parecia tirar um peso de seus ombros e a angústia do peito. Nem mesmo notou o quão aflita estava com aquela conversa, até sentir um alívio passar por seu corpo.
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  — É esse o problema? — Ela negou com a cabeça, não podendo deixar de sorrir.
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  — Você acha pouco? — Cruzou os braços impaciente.
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  — Não acho que você não seja capaz de fazer as coisas, Diggory. Tanto que foi o Campeão de Hogwarts, huh? — Sorriu, passando os braços pela cintura do rapaz. — Só me preocupo com você, é diferente. Não quer dizer que não te ache corajoso ou que não sei que você se sairia bem. Mas, por alguma razão, você só quer participar de coisas perigosas, primeiro o Tribruxo, agora esse súbito interesse na Ordem…
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  — Você pareceu bem chateada por Olho-Tonto ter sugerido isso.
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  — Mas é óbvio! — reclamou impaciente, batendo o pé no chão de forma mimada. — Sabe o tempo que eu estou tentando descobrir alguma coisa? Sabe o número de vezes que eu já perguntei ao meu pai o que está acontecendo e não tive resposta? E você chegou e no mesmo instante Moody já quer te recrutar? Não é por ser você, Cedrico, eu teria a mesma reação se fosse outra pessoa.
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  Diggory passou a língua pelos lábios finos, pensando sobre o assunto, finalmente passando os braços pela cintura da garota.
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  — Você parece aceitar muito bem se chamarem Harry para a Ordem.
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  — Porque se o Raio puder participar, quer dizer que eu também posso! Sou mais velha e estamos na mesma sala. Não tem muita coisa que ele faça que eu não saiba, sem contar que, noventa por cento das vezes que ele fez alguma besteira, eu estava junto. — Deu de ombros, explicando seu ponto de vista. — Papai é o responsável legal por Harry, então se ele deixar Potter entrar na Ordem, não existe razão para eu não entrar.
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  — Então por que eu tenho a sensação que você sempre está de acordo com Harry participar de qualquer coisa mais arriscada, mas quando eu digo que quero fazer algo diferente você reclama?
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   tornou a negar com a cabeça, um sorriso leve nos lábios.
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  — Você não sabe o número de vezes que eu e Harry brigamos por essas coisas, não quer dizer que não aconteça, Cedrico. Potter é meu melhor amigo, me preocupo muito com ele, e me preocupo ainda mais com você porque não consigo imaginar o que eu faria se alguma coisa te acontecesse. Harry não é meu namorado, então não adianta eu ameaçá-lo… Ele simplesmente faz o que quer, não é? Assim como você, no final das contas.
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  Diggory encarou-a por alguns instantes.
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  — Meio que me ofende você continuar achando que eu gosto mais do Potter e que vou trocá-lo por ele a qualquer momento ou que eu não confio em você e na sua capacidade. Achei que já tínhamos passado desse ponto depois de todo esse tempo…
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  — Eu sei… — concordou, frustrado consigo mesmo e sua confusão de sentimentos e ciúme. — É só… — Cedrico virou-se para a namorada, apertando-a contra ele. — Não é como se eu conseguisse evitar, sabe? Eu tento, de verdade, mas não consigo não pensar em vocês dois… Você sabeE eu sei o quanto isso é irritante, eu confio em você, , mas…
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  — Diggory, se eu quisesse namorar Harry Potter eu já teria te dito isso faz tempo — falou séria, encarando os olhos cinzas do rapaz. — Não me importa o que as pessoas dizem dele ou de você. Harry é meu melhor amigo e você meu namorado, eu vejo uma grande diferença nisso. E o fato de estar mais próxima dele porque somos da mesma Casa ou porque ele está aqui, não muda o que eu sinto por você. Consegue entender isso? — O lufano suspirou, concordando com a cabeça.
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  — Desculpa…
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  — Não precisa me pedir desculpas, Diggory, só lembra disso na próxima vez, ok? Porque não tem condições de a gente ter essa mesma conversa toda semana! — Cedrico sorriu triste, acenando com a cabeça.
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  — Prometo que vou me esforçar — avisou, tornando a puxá-la pela cintura —, mas eu estava reparando… Estamos sozinhos, e eu ainda nem te beijei…
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  — Você é meio lento mesmo, não é? — a garota comentou envolvendo o pescoço dele com os braços, Cedrico gargalhou antes de encostar os lábios nos dela, beijando-a enquanto pressionava seu corpo contra o da namorada.
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  Assim que a reunião terminou e os membros da Ordem se dispersaram, a maioria deixando a casa, Black saiu da cozinha, espreguiçando-se no caminho até a sala, estranhando ao notar o silêncio que prevalecia no lugar. Ao prestar um pouco mais de atenção, percebeu que não era apenas na sala, mas a casa inteira estava naquele silêncio, suspeito demais para o número de adolescentes que estavam ali.
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  Subiu as escadas para o segundo andar, podendo ouvir alguns cochichos vindos do quarto no qual Harry dividia com Rony, bateu na porta antes de entrar logo vendo os Weasley, Mione e o afilhado o olharem no mesmo instante.
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  — Já acabou a reunião?
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  — Como foi?
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  — O que decidiram?
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  — O que está acontecendo?
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  Black negou com a cabeça, divertido com a reação das crianças.
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  — Molly provavelmente me mataria se eu contasse e… — Sirius contou rapidamente o número de pessoas dentro daquele quarto, dando por falta de duas. — Cadê…?
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  — Eu disse que não era uma boa ideia o Cedrico conhecer o quarto da ! — Fred comentou em voz alta, negando com a cabeça, viu Sirius olhá-lo assustado antes de deixar o quarto.
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  Black saiu dando passos largos pelo corredor até chegar ao quarto da filha, abrindo a porta de supetão.
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  — BLACK!? O que é isso??
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  A garota arqueou a sobrancelha, inclinando levemente a cabeça para o lado, passando a língua pelos lábios, enquanto tentava entender o drama do pai, que continuava parado na entrada de seu quarto com o rosto vermelho e a respiração falha, olhando dela para Cedrico, aguardando uma explicação. Diggory olhou surpreso para o homem, e então olhou para o lado, vendo a namorada parecendo tão confusa quanto ele próprio. Tornou a olhar para Sirius, notando quando o mesmo respirou fundo, acalmando-se.
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  — Do que você está falando, pai? — perguntou finalmente.
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  Sirius pigarreou baixo, sentindo o desespero aos poucos esvair-se ao notar que, na verdade, não tinha razão para preocupações. Olhou atentamente para os dois por alguns instantes, apenas para certificar-se de que não estavam tentando enganá-lo de alguma forma. Contudo, Diggory estava bem longe de sua filha, sentado na ponta da cama com as pernas compridas esticadas e com o que parecia ser uma foto em mãos, enquanto , uma criança inocente que talvez nem mesmo devesse ter um namorado, estava com as pernas cruzadas no meio da cama com um livro aberto à sua frente. Não tinham rostos vermelhos, respirações falhas ou roupas amarrotadas, definitivamente, um bom sinal.
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  — Hm… Bem… — Sirius sentiu-se ligeiramente constrangido, sendo analisado pela filha que manteve os olhos nele o tempo todo, encarando-o desconfiada. — Fred disse que… E vocês estavam com a porta fechada… — explicou-se, colocando uma mão no bolso da calça, enquanto passava a outra pelos cabelos compridos.
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  Demorou alguns segundos para o casal entender ao que o moreno se referia, mas no instante seguinte Diggory ficou vermelho, gaguejando algo difícil de compreender, mas Black poderia afirmar que ele queria dizer um ‘eu nunca faria nada disso, senhor. O que, é claro, não era totalmente verdade, mas Diggory torcia para que Sirius não pudesse ler seus pensamentos, principalmente os que envolviam a filha do homem.
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   também ficou vermelha, mas por outro motivo. Levantou-se andando até o mais velho, puxando-o pela mão e fechando a porta para que Cedrico não os ouvisse.
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  — Eu não acredito no que você estava insinuando. Você… Por Merlin. Como é que… — falava nervosa, sem conseguir concluir as frases. A respiração acelerada enquanto passava a mão pelos cabelos loiros. — Pai… Como… Por que…
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  — Não foi bem minha culpa… — avisou, embora não a olhasse. — Quer dizer, o que eu deveria esperar? Vocês dois sozinhos, a porta fechada… Fred disse… Bem, não importa.
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  — Eu esperava mais de você, pai — a garota falou séria, parando de andar em círculos e o encarando finalmente. — E achei que você esperasse mais de mim. Confiasse mais em mim.
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  Sirius suspirou, concordando com um aceno.
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  — Essa coisa de ser pai de adolescente é muito complicada, sabe? — admitiu com um sorriso pequeno. — Não sei muito bem como reagir a certas coisas… Era mais fácil cuidar de você quando era um bebezinho que mal sabia engatinhar, e mesmo assim não me dava um segundo de sossego, mexendo em tudo o que alcançava… — relembrou com pesar. — Agora você já é uma garota crescida com um namorado. — Fez careta. — Um namorado maior de idade, vale lembrar. Não é que eu não confie em você, mas tem certas coisas que acontecem que ninguém me ensinou como devo reagir… Ainda mais depois de ter passado tantos anos longe, não te conheço tão bem quanto antes… É difícil aprender sozinho, sabe? — baixou a cabeça, suspirando antes de voltar a encarar o homem.
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  — É estranho ter toda essa preocupação. Principalmente quando você demonstra o tempo todo. Andy não era assim, ela simplesmente confiava que eu agiria bem e caso não acontecesse ela me deixava de castigo mais tarde, mas nunca ficou falando muita coisa como você tem feito… — Encolheu os ombros, sorrindo de lado. — Não sei se já me acostumei com essa ideia de pai ciumento
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  Sirius riu baixinho, puxando-a para um abraço apertado.
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  — Também não estou acostumado com minha filha namorando, mas vamos tentar resolver isso, ok? Vou tentar me controlar melhor quando ver vocês dois juntos, mas agradeceria se não ficassem sozinhos com a porta fechada. Eu já tive dezessete anos e sei exatamente como é. Confio em você, mas no momento não sei se confio tanto no Cedrico, é difícil de acreditar, mas eu já fui adolescente com uma namorada mais nova, sabe?
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  — Sirius Black, eu realmentenão preciso ter esse tipo de imagem na minha cabeça — reclamou ainda abraçada com o homem, afastando-se momentaneamente apenas para encará-lo. — Prefiro manter sua imagem de pai conservada!
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  O restante das semanas passou com mais rapidez do que esperavam, principalmente com a Sra. Weasley os forçando a continuarem a limpar a casa, de forma a torná-la mais habitável.
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  — Não sei para que, a gente vai voltar para Hogwarts, Sirius não vai se incomodar de ter alguns cômodos bagunçados… — os gêmeos reclamavam vez ou outra, assim como o restante.
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  As reuniões da Ordem continuavam sendo secretas, embora um detalhe ou outro tivesse escapado depois que Sirius tinha contado que Voldemort buscava uma arma secreta. As teorias eram várias, mas ninguém estava perto de descobrir qual seria essa arma. Não tiveram nada realmente importante acontecendo desde a audiência de Potter no Ministério, o que era um tanto entediante para os Weasley e Hermione.
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  Harry e , por outro lado, não reclamavam, na verdade estavam adorando poder passar todos aqueles dias com Sirius, que sempre contava alguma história sobre os tempos dos Marotos em Hogwarts, Lupin normalmente precisava interromper as narrativas visto que eram sempre muito mais exageradas do que ele se lembrava.
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  Faltando poucos dias para voltarem à Escola e a casa novamente se tornar um tanto solitária, Sirius foi, aos poucos, isolando-se do restante, passando bastante tempo com Bicuço, fato que não passou despercebido pela filha, que sempre que conseguia escapar da limpeza, subia para o quarto e sentava-se no chão sujo de penas ao lado do pai, enquanto viam o hipogrifo limpar as próprias asas. Nessas horas eles não conversavam muito, apenas ficavam sentados lado-a-lado, sorrindo sempre que Bicuço fazia algum barulho inusitado, e aquilo era o suficiente para os dois.
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  O pior momento, na opinião de Black e Potter, foi no dia do embarque na plataforma. Sirius deveria ficar em casa enquanto os outros iriam com Olho-Tonto, Dora e mais alguns bruxos, e, após uma despedida com muitos abraços e algumas lágrimas, quando já estavam saindo do Largo Grimmauld, um grande cachorro preto começou a segui-los querendo passar mais alguns instantes com os dois.
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  Ao atravessarem o portal da plataforma 9 ¾, Almofadinhas ficou sobre as patas traseiras abraçando-os antes que os dois embarcassem, atraindo a atenção de alguns estudantes, dentre eles Draco Malfoy, que olhou desconfiado para o cachorro antes de embarcar junto com o pessoal da Sonserina.
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  Cedrico apareceu após despedir-se dos pais, andando até o grupo e dando dois tapinhas na cabeça do cachorro, que latiu contente para o lufano, abanando o rabo agitado. Assim que todos embarcaram e o trem partiu, o cachorro e o pequeno grupo de escolta, desaparataram.
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Três.

  Diggory passou um bom tempo na cabine de e seus amigos, conversando amigavelmente com Potter, inclusive jogando uma partida de snap explosivo com ele e xadrez bruxo com Rony, perdendo de lavada, o que não foi surpresa para ninguém já que todos perdiam para o ruivo no jogo.
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  Horas depois, despediu-se deles e foi para a cabine dos amigos antes de juntar-se com o restante dos monitores (incluindo Granger, Weasley e, para surpresa dos três, Malfoy), tirando algumas dúvidas e ensinando-lhes como agir com os outros alunos.
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  Entre a confusão de ajudar Hagrid a separar os alunos do primeiro ano e confirmar que todos os outros pegaram as carruagens, Diggory não tornou a ver a namorada, só a encontrando com o olhar rapidamente na mesa da Grifinória durante o jantar de boas-vindas. A menina conversava empolgada com alguns colegas da Casa, enquanto esperavam o discurso de Dumbledore.
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  Cedrico parecia que não comia há dias, embora fizesse apenas algumas horas desde que tinha comido alguns pedaços de bolo que comprou no trem, mas sentia um buraco em seu estômago e começou a tamborilar os dedos da mesa, esperando a comida que não vinha. Seu desespero só aumentou quando percebeu que o discurso de Dumbledore não seria curto, muito pelo contrário. E, para surpresa de todos, a nova professora, Dolores Umbridge, interrompeu o falatório do diretor, começando um monólogo chato que começou a dar-lhe sono, embora, no final, ele tivesse entendido ao que a mulher se referia e não gostou nem um pouco do que ela havia dito. Não sabia dizer o quanto de poder ela teria na Escola, mas se fosse maior do que de McGonagall, a qual era Vice-Diretora, o ano seria, no mínimo, complicado.
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  Cedrico havia terminado sua ronda antes de seguir com sua mochila para a biblioteca, pronto para colocar algumas matérias em dia e estudar para seu NIEM’s. Tinha apenas uma semana que as aulas haviam retornado, mas já era incrivelmente exaustivo o número de matérias acumuladas, principalmente em Poções e Transfigurações. Suspirou frustrado ao não encontrar Black em nenhuma das mesas de estudo, e logo juntou-se aos amigos mais ao fundo, retirando os livros grossos e pesados, enquanto puxava alguns rolos de pergaminhos, tinteiro e pena.
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  Sempre que ouvia um barulho na porta, olhava na direção, esperando ver a namorada entrar a qualquer momento. Apenas confirmou no relógio em seu pulso que as aulas da garota já tinham terminado há uns bons quarenta minutos, mas nem sinal dela. Eles não haviam realmente combinado de se encontrar para estudarem, mas Cedrico tinha esperanças que acontecesse, embora parte de si achasse bom ela não estar ali; era difícil para ele se concentrar nos estudos quando a loira estava ao seu lado, mas notou que também era complicado prestar atenção em todas as suas anotações quando não a via.
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  Tinha dois dias que não conseguiam conversar direito, Diggory estava mais atarefado do que o normal com suas tarefas de Monitor agora que havia sido promovido, e a quantidade de estudos não facilitava nenhum dos lados; tinha começado a se preparar mais cedo do que gostaria para seus NOM’s no final do ano. E nenhum dos dois teve tempo de sequer pensar no Quadribol, embora o lufano já devesse estar se preocupando com a nova temporada.
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  — Cedrico, se você não fizer a lição eu não consigo copiar, sabia? — Emmett sussurrou para o amigo, vendo-o rolar os olhos no instante seguinte, rindo baixo.
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  — Talvez você devesse fazer hoje, e eu copiar, apenas para variar.
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  — Não queremos diminuir suas boas notas, não é? — Monty sorriu enquanto Diggory negou com a cabeça, suspirando antes de voltar sua concentração para o pergaminho à sua frente.
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   esticou-se na cadeira, estalando os dedos após deixar a pena ao lado do pergaminho.
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  — Por Merlin, eu não aguento mais escrever, meus dedos doem! — reclamou antes de prender os cabelos que soltaram-se de seu coque preso com lápis.
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  — Poderíamos estar lá fora, aproveitando que ainda não é inverno! — Rony concordou frustrado, olhando pela janela da torre para os gramados verdes.
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  — Podem ir, mas quando vocês reprovarem em seus exames, não digam que eu não avisei! — Hermione murmurou, antes de voltar a prestar atenção em suas anotações.
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  — Alguém aqui sabe mesmo como motivar os amigos! — sorriu irônica, levantando-se pouco depois.
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  — Não é como se funcionasse com você, é? — a amiga respondeu no mesmo tom, olhando-a rapidamente.
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  — Relaxa, Mione, só vou esticar as pernas um pouco. E eu já terminei o resumo de Adivinhação e a lição de Feitiços. Aproveito para ver se Harry ainda está com a Cara de Sapo, faz mais de duas horas que ele saiu, e eu ainda não jantei! — falou antes de retirar-se, podendo escutar o ruivo reclamar por também estar com fome, embora tivesse jantado mais cedo.
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  Black desceu as escadas até o Salão Principal encontrando poucas pessoas jantando, não localizou nem Cedrico na mesa da Lufa-Lufa, nem Harry junto com os amigos da Grifinória, mas aproveitou para pegar um pedaço de torta de rins, ovos e bacon para comer.
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  — Acho que você tem estudado muito, porque isso é café-da-manhã, não jantar, Tonks! — Dino Thomas riu apontando com a cabeça para o prato da colega.
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  — Tão engraçado esse rapaz! — Negou com a cabeça, mastigando um pouco de bacon. — Vocês viram o Potter? — perguntou entre uma garfada e outra. Simas rolou os olhos, Neville e Dino negaram. — Você sabe que é bem ridículo acreditar no Profeta ao invés de acreditar em Harry e Dumbledore, não é? — comentou em voz baixa com o colega ao seu lado, tomando um gole de suco antes de virar-se para o mesmo. — Quantas vezes Potter estava errado sobre alguma coisa, e quantas ele já enfrentou Voldemort? Pense um pouco nisso antes de ficar contra ele, Simas. — Terminou antes de levantar-se, não finalizando sua refeição e deixando o Salão em seguida.
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  Olhava para baixo enquanto andava, distraída com o cadarço desamarrado, esbarrando em alguém ao passar pela porta.
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  — Harry?!
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  — Hm, oi — o rapaz respondeu, rapidamente colocando as mãos dentro dos bolsos, ato que não passou despercebido pela loira, que arqueou a sobrancelha por alguns instantes antes de tornar a conversar.
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  — Estava indo te procurar. Como foi?
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  — Nada demais… — Deu de ombros, entrando no Salão Principal junto com ela. — Umbridge me fez repetir uma frase várias vezes…
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  — Qual frase? — perguntou no tempo em que os dois sentaram lado a lado na mesa da Grifinória, um tanto afastados de Simas.
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  — Não devo contar mentiras. — Sorriu de lado, esticando a mão direita para pegar um pouco de suco de abóbora.
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   o olhou por alguns instantes enquanto o colega se servia do jantar e, ao notar que ele não diria muito mais a respeito, suspirou mexendo nos cabelos, agora soltos, e sentando mais despojadamente no banco, preferindo puxar outro assunto ao invés de ficarem em silêncio.
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  — Você sabe que a Angelina é a nova Capitã, certo? — perguntou retoricamente, vendo-o concordar com a cabeça. — Ela vai começar as inscrições para goleiro… — explicou olhando em volta, suspirando enquanto encarava alguns colegas que ainda jantavam. — Vamos ser massacrados, não vamos?
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  — Por que diz isso? — Harry perguntou ao levar um pedaço de bacon na boca, mastigando devagar.
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  — Porque é a verdade. Ninguém é tão bom quanto Olivio e soube por fontes confiáveis, sendo a fonte eu mesma — contou rindo —, que McLaggen vai tentar ocupar a posição.
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  — E isso é ruim? Ele sempre fala que é maravilhoso no Quadribol…
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  — Se ele fosse tão bom já estaria no time, não concorda? Ele não entrou nem como reserva. Olivio deveria saber que ele não é tudo aquilo, espero que Angelina não cometa o erro de aceitá-lo.
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  Potter riu com gosto. Não admitiria aquilo para ninguém, mas gostava quando falava de alguém com ele, mesmo se fosse sobre algum aluno que ele não conhecia direito, principalmente porque lhe permitia pensar em outros assuntos e esquecer momentaneamente os problemas, parecia que ela sempre sabia o momento exato de puxar assuntos aleatórios ao invés de pressioná-lo em algum que ele não tinha interesse em conversar, diferente de Mione e Rony, por exemplo.
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   passou a língua pelos lábios e virou-se na direção de Harry ao ouvi-lo gargalhar.
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  — Gosto de ouvir sua risada, sabia? — comentou de repente, tornando a olhar para frente, pegando uma maçã do cesto, Harry sentiu as bochechas esquentarem rapidamente, mas não pareceu notar. — Fazia tempo que não te via rindo. Eu sei que tem motivos, mas… Tente relaxar mais, está mais estressado que a Mione com os NOM’s! — Virou-se para olhá-lo rapidamente, sorrindo de lado. — Aliás, falando em NOM’s, como eu sou muito legal, deixo você copiar minha lição. Só não deixe a Granger ver. — Piscou antes de levantar-se, mordendo a maçã vermelha. — Nos vemos no Salão Comunal, Raio — avisou passando a mão pelos cabelos curtos e arrepiados do rapaz, antes de sair do Salão.
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  Potter acompanhou com o olhar a amiga se afastar, sentindo o coração bater acelerado e o rosto ainda quente pelo comentário da garota. Suspirou antes de voltar sua atenção para o jantar, de repente Umbridge não parecia mais ser o pior dos seus problemas naquele ano!
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  Cedrico voltava junto com os colegas do sétimo ano para o Castelo quando viu a namorada subindo as escadas.
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  — Ei — chamou mais alto, subindo alguns degraus para poder alcançá-la.
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  Black virou-se pouco antes do lufano a encontrar no meio do segundo lance.
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  — Olha só quem apareceu! — Sorriu para o rapaz que parou dois degraus abaixo. — Fui te procurar na biblioteca, mas já estava fechada… Achei que estivesse no seu Salão Comunal…
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  — Tive aula de Astronomia — ergueu o braço direito, mostrando o livro que carregava —, e você? Não te vi o dia inteiro…
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  — Pois é, senhor Monitor Chefe, agora que você está com mais este cargo, fica difícil mesmo. — Arqueou a sobrancelha, encostando-se de braços cruzados no corrimão. — Mas na verdade eu passei as horas vagas estudando. Acredita nisso?
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  Cedrico riu baixo, concordando com a cabeça, apontando para a maçã que a garota segurava.
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  — Você vai terminar isso? Estou com fome… — Fez cara de sofrido, vendo-a estender a fruta pouco depois. — Já vai dormir? — perguntou enquanto mastigava.
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  — Não, ainda não terminei meu trabalho de DCAT. — Olhou para o lado por um instante para ter certeza que ninguém se aproximava. — O que achou da Cara de Sapo?
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  Diggory arqueou a sobrancelha antes de sentar-se no degrau do lado oposto, encostando-se na parede e esticando as pernas, deixando seu livro de astronomia no degrau de cima.
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  — Achei ok. Não tivemos muitas novidades, ela chegou na sala, fez um discurso sobre os outros professores, falou sobre o Ministério e passou alguns textos para lermos. — Deu de ombros. — Você pelo visto já está de implicância, não? — Black abriu a boca indignada.
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  — Não estou de implicância. A mulher é louca! Não vai nos deixar treinar os feitiços, disse que é desnecessário sabermos nos defender! Para que serve uma aula de Defesa se a gente não vai saber se defender? — questionou abrindo os braços, frustrada. — E nos tirou cinquenta pontos!
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  — O que você fez? — questionou ao terminar de comer, conhecia a namorada bem o suficiente para saber que ela era bem capaz de perder até duzentos pontos para a Grifinória.
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  — Nada. — Rolou os olhos, logo fazendo menção de sentar-se, de forma que Diggory puxou as pernas, dando-lhe espaço. — Dessa vez não fui eu. Harry começou a falar sobre a última tarefa do Torneio, sobre Voldemort, e bem, você pode imaginar, não é? — Cedrico suspirou, concordando com a cabeça.
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  — Potter também não perde uma chance de arrumar problemas. Poderia simplesmente ter ignorado tudo… — o encarou por longos segundos.
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  — Você está mesmo defendendo a mulher? Não foi você quem me disse que esse ano seria mais difícil com ela aqui?
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  — Eu não estou defendendo ninguém! — Negou com a cabeça. — Estou dizendo que ele poderia ter evitado. Só isso.
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  — Você evitaria se estivessem te chamando de mentiroso? Eu sei que eu não evitaria. Poderia perder quinhentos pontos.
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  — Tenho certeza que sim. — Riu baixo, notando que a namorada ainda parecia incomodada. — Potter não está errado em tentar se defender, mas ele pode evitar alguns dos problemas, não é? Por exemplo, se ele tivesse se mantido em silêncio não teria ficado de castigo. — franziu o cenho por alguns instantes.
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  — Como sabe que ele estava de castigo?
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  — Precisei entregar alguns trabalhos na sala da Umbridge, ele estava lá quando entrei. — Passou a mão pelos cabelos. — Será que podemos mudar o assunto agora? Realmente não queria ficar falando sobre essas coisas no único momento que estamos juntos.
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  — Tudo bem… — concordou suspirando, sabia que se mantivessem a conversa, acabariam brigando e era a última coisa que ela queria naquele momento. — Quer falar sobre o quê? — Diggory sorriu de lado.
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  — Na verdade, não estou realmente interessado em conversar nesse instante.
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  Viu a loira o olhar chocada, embora um sorriso tomasse os cantos de seus lábios, o que só aumentou quando o lufano aproximou-se o suficiente para encostarem os lábios.
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  — Eu só quero ver se te encontram se agarrando no meio das escadas, vai perder seu título de Monitor-Chefe! — Soprou contra os lábios finos do rapaz, ouvindo-o rir baixo.
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  — Eu vou me arriscar dessa vez.
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  Com um mês que as aulas retornaram, a única novidade era o número de decretos criados por Dolores que havia sido nomeada Alta Inquisidorapelo Ministro, o que significava que a mulher tinha liberdade para fazer o que quisesse em Hogwarts, principalmente aterrorizar os alunos.
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  As aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas continuavam tão ruins quanto na primeira semana e tão entediantes quanto as de História da Magia, e agora Umbridge também estava encarregada de avaliar os outros professores, podendo demitir quem quisesse, se achasse necessário. O mais impressionante em tudo aquilo era o número de pais que concordavam com aquelas atitudes do Ministério interferindo na educação em Hogwarts.
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  — Edwiges?! — Potter sorriu ao ver a ave branca aproximando-se na hora do Correio Coruja. Estava há mais de uma semana esperando uma resposta de Sirius.
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   terminava de ler a carta enviada pelos Tonks quando notou sua coruja parada na mesa, com um pedaço de pergaminho amarrado em sua pata. Acariciou suas penas por alguns instantes após desamarrar a carta e logo os dois pássaros tornaram a voar para fora do Salão em direção ao Corujal.
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  — E então? — Mione perguntou em voz baixa para os dois, notando que já tinham terminado de ler suas correspondências. — Alguma novidade sobre a Ordem?
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  — Aparentemente as coisas não vão bem, o que não é uma novidade. — A loirsa suspirou, guardando o bilhete no bolso da capa. — Mas é melhor conversarmos sobre isso depois. — Olhou por sobre o ombro, vendo a professora próxima à mesa.
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  No sábado, enquanto voltavam mais animados para o Salão Comunal depois de terem passado o dia embaixo de uma árvore próxima ao Lago Negro, ainda estudando, mas pelo menos ao ar livre, o trio encontrou com Potter já sentado em uma das poltronas próximas à lareira, enquanto lia o livro recomendado para o trabalho de História da Magia.
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  — Faz tempo que você voltou? Podia ter ido encontrar conosco — Rony falou ao jogar-se no sofá, deixando os livros espalhados de qualquer jeito no chão.
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  — Não muito — respondeu dando de ombros, enquanto Mione sentava-se ao lado do ruivo e ao chão, próxima à lareira, aquecendo-se um pouco.
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  O inverno ainda não tinha chegado, mas já começava a esfriar e, após passar as duas últimas horas no vento gelado, era bom estar em um lugar quente.
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  — Como foi com a Umbridge? — Hermione questionou, retirando o casaco que usava.
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  — Ok, nada fora do normal — tornou a responder o moreno, ainda olhando para o livro em mãos.
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  — O que aconteceu com a sua mão? — perguntou de repente, encarando a mão esquerda do amigo, que parecia ter uma cicatriz grande.
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  — Nada! — apressou-se a dizer, mostrando a mão direita. Black arqueou a sobrancelha com um sorriso irônico nos lábios antes de aproximar-se, puxando a outra mão de Potter.
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  Demorou alguns segundos para a garota entender o que era, a expressão concentrada em seu rosto fez Harry respirar fundo, tornando a negar com a cabeça quando ela o encarou finalmente.
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  — Não foi nada, sério.
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  — Nada? — Foi Mione que começou, também olhando para a mão do colega e entendendo rapidamente o que acontecia. — Você tem que dar queixa, contar para Dumbledore.
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  — Não, Hermione. Você não entende.
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  — A mulher está te torturando, Harry! — Rony concordou, mas Harry os ignorou, deixando o livro de lado e levantando-se. — Se seus pais soubessem disso…
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  — Mas eu não tenho pais, tenho Rony? — falou sobre o ombro, fechando as mãos em punho.
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  — Não, não tem — concordou, levantando-se devagar —, mas não quer dizer que a mulher possa fazer o que quiser e você aceitar.
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  — Não estou aceitando nada.
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  — Desculpe, mas se você não quer falar sobre isso nem para os seus amigos, imagino que Umbridge alcançou o objetivo dela de te deixar isolado. Ou você acha que todas as provocações nas aulas para te fazer parecer um louco, são sem querer? — Cruzou os braços, encarando-o significativamente por alguns instantes. — Se você é ingênuo a esse ponto, sinto muito, mas eu não sou.
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  — está certa, Harry. Precisamos fazer alguma coisa. É muito simples e…
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  — Não tem nada de simples nisso, Mione, mas vocês não entendem! — respondeu frustrado, passando a mão pelos cabelos curtos, virando-se para a janela, notando a chuva que começava a cair do lado de fora.
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  — Então nos explique.
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  — Não é preciso — continuou, soando debochada a cada palavra, apenas por saber o quanto aquilo irritava o moreno, porém era um bom jeito de notar o quão estupido estava sendo. — Harry está querendo provar que não é um garotinho assustado que precisa de Dumbledore ou de qualquer pessoa para resolver seus problemas. Ou talvez ele só não esteja acostumado a ser ignorado pelo diretor ou por ninguém, quer dizer, é o Menino que Sobreviveu, não? Como é que ninguém está prestando atenção nele?
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  Potter virou-se com raiva, os punhos fechados e a mandíbula travada.
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  — O que foi? Estou errada? Ou estou cem por cento certa? — Sorriu de lado, irritando-o ainda mais.
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  — Você não sabe o que está dizendo.
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  — Talvez, mas me parece muito simples; você quer resolver tudo sozinho, porque se Dumbledore não quer falar com você, então ninguém pode te ajudar, não é? — rebateu. — Não sei se você se lembra, Potter, mas boa parte das vezes que você teve algum problema, pelo menos um de nós estávamos com você!
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  — Não é nada disso… — Negou com um aceno rápido.
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  — Vocês ouviram isso? — Rony perguntou de repente, atraindo a atenção dos três amigos. — O que…? — Virou-se para a lareira.
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  — Pai? — exclamou surpresa, aproximando-se apressada.
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  — Eu… Esqueci de avisar — Harry suspirou —, recebi um bilhete hoje… — Deu um sorriso sem graça.
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  — Olá! — A voz rouca de Sirius preencheu a sala vazia, os quatro aproximaram-se ainda mais após certificar-se que ninguém estava à vista. — O que está acontecendo?
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  — Umbridge — Potter falou rapidamente, não dando chance de ninguém contar sobre a pequena discussão de poucos minutos. — Não nos deixa usar as varinhas em aula e já está mandando tanto quanto Dumbledore.
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  — Era de se imaginar… — Black suspirou. — Achamos que Fudge não os quer treinados em combate…
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  — Em combate? — Rony repetiu confuso.
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  — O que eles acham que está acontecendo nessa escola? Que estamos juntando um exército, ou…
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  — Exatamente! — Sirius concordou com a filha. — Ele está cada dia mais paranoico, está achando que Dumbledore está criando um exército para invadirem o Ministério.
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  — Quando a gente acha que vai ter um pouco de paz… — Weasley suspirou, jogando-se novamente contra o sofá.
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  — E quanto a Ordem? — Harry questionou ansioso. Sirius demorou alguns instantes para responder.
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  — Os outros não querem que eu diga isso a vocês, mas… As coisas não vão nada bem… — Respirou fundo, concluindo sua frase em seguida. — Voldemort está ficando cada vez mais poderoso e juntando seguidores mais rápido do que conseguimos…
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  — Pai, você acha que Fudge ou Umbridge podem estar trabalhando com ele? Ou talvez sob algum feitiço?
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  — Pouco provável… Cornélio está com medo de perder seu cargo como Ministro e Dolores… Bem, ela não é muito agradável…
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  — O que faremos? — Rony foi o primeiro a se manifestar após algum tempo de silêncio.
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  — Bem… Voc- — o homem parou de falar abruptamente. — Vem vindo alguém. Sinto muito, mas, por ora pelo menos, parece que vocês estão sozinhos nessa.
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  Assim que Sirius sumiu, os quatro espalharam-se pela sala com os pensamentos a mil enquanto tentavam, de alguma forma, arrumar alguma solução para tudo aquilo.
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  — Umbridge quase nos faz esquecer de todos os problemas, não é? — comentou esfregando as têmporas. — Quer dizer, quem se lembra do mundo lá fora quando temos a Cara de Sapo bem aqui?
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  — De qualquer forma — Hermione começou —, temos que ser práticos. Não temos como ajudar nas coisas da Ordem, mas podemos fazer algo para resolver o problema mais próximo. Umbridge não está nos deixando usar magia e não está nos ajudando a passar nos NOM’s, e se ela não quer nos ensinar, precisamos de outro professor.
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  — O que quer dizer? — os três perguntaram confusos.
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  — Precisamos de alguém que nos ajude a aprender a nos defendermos por conta própria, se o Ministério não quer admitir o retorno de Você-Sabe-Quem, bem, não podemos sair ameaçando todos para que acreditem em Harry, mas podemos tomar conta de nós mesmos.
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  — Eu ainda não entendi… — O ruivo começou, levantando-se do sofá e aproximando-se dos outros três que estavam em pé próximos à janela.
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  Granger respirou fundo, fechando os olhos por alguns instantes, antes de virar-se para Potter.
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  — Precisamos de alguém que já tenha experiência em batalhas, precisamos estar prontos.
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  — Você está dizendo o que eu acho que você está dizendo? — tornou, quando Mione concordou com a cabeça, a garota sorriu. — Eu adorei a ideia!
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  — Que ideia? — os dois rapazes perguntaram.
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  — Precisamos que você nos ensine, Harry.
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  — Vocês… Precisam… Que eu… O quê?
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  Cedrico bateu na porta de carvalho e pouco depois pôde escutar os saltos batendo contra o chão, até que a porta se abriu e Dolores Umbridge sorriu para ele, parecendo quase fofa.
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  — Diggory, obrigada por vir, entre, por favor. — Deu espaço para o lufano, que ajeitou a alça da mochila em seu ombro antes de sentar-se na cadeira que a mulher indicava.
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  — Algum problema, professora? — questionou quando a mesma sentou-se, oferecendo-lhe uma xícara de chá.
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  — Não, exatamente… — Sorriu para o aluno, colocando cinco colheres de açúcar em sua própria bebida. — Como Alta Inquisidora é meu dever me preocupar com a educação e o bem-estar de todos os alunos de Hogwarts. Como você sabe — sorriu novamente, antes de tomar um gole do líquido claro em sua xícara de porcelana —, estou ainda em um período de avaliação dos seus outros professores — Diggory concordou, mantendo a expressão neutra —, mas também me preocupo com alguns alunos, os que eu vejo que têm potencial, como você, Cedrico.
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  — Potencial?
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  — Oras, não se faça de rogado, querido. Você é Monitor Chefe, um aluno modelo, o melhor em seu ano, Capitão do time de Quadribol, um dos Campeões da Escola no Torneio do ano passado… — Encarou-o, esperando alguma reação, que não veio.
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  Diggory era cauteloso, não faria qualquer comentário sem ter certeza do que se tratava aquele chamado.
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  — É óbvio que você tem potencial para ser um grande bruxo, Diggory. Seu pai é um ótimo funcionário do Ministério e, eu estava conversando com o Ministro há poucos dias sobre isso, você tem chances de ser ainda melhor do que seu pai. Talvez chegar até mesmo ao cargo de Ministro em alguns anos, como seu tataravô. Imagino que você esteja almejando um cargo no Ministério, não é?
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  — Hm… Bem… Quando eu terminar os estudos, talvez…
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  — O que você pretende, querido? — Sorriu, encorajando-o.
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  — Talvez… O setor de Cooperação Internacional… — respondeu um tanto sem graça, sentindo seu rosto esquentar.
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  — Ora, ora, já consigo te ver como chefe do setor! — Juntou as mãos, olhando para algum ponto da parede com uma expressão exageradamente feliz. — Por isso acho importante termos esta conversa, Cedrico. Eu quero te ajudar a conseguir o que você deseja no futuro.
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  — Hm… Obrigado, eu acho… — Deu um pequeno sorriso, embora soubesse que a mulher não falava isso apenas por querer ser legal. Era tão óbvio que Dolores queria algo em troca que Cedrico sentia-se até ofendido por ela achar que poderia enganá-lo daquela forma.
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  — Mas, para isso, você precisa ter um currículo impecável, o que você certamente já tem, e, alguém que te indique. Você sabe, indicação hoje em dia é tudo.
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  — É claro…
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  — Por isso, estive pensando… — Novamente o sorriso exagerado, Cedrico manteve uma expressão educadamente curiosa. — Eu preciso de alunos como você ao meu lado, Diggory, para mantermos a ordem e voltarmos aos bons costumes que tanto prestigiam o nome de Hogwarts.
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  — Entendo…
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  — Eu acho que você seria uma ótima escolha, é popular e influente. As pessoas escutam as suas ordens, você se sairia muito bem e, é claro, eu deixaria o Ministro muito bem informado da sua colaboração. — Cedrico concordou com um aceno, olhando para as próprias mãos, enquanto escutava a mulher pigarrear antes de terminar sua frase: — Só tem um pequeno problema, é claro. — Diggory a olhou, agora genuinamente curioso. — Sua namorada.
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  — ? O que tem de errado com ela? — questionou nervoso.
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  Dolores sorriu, levantando-se de sua cadeira estofada e dando a volta em sua mesa, puxando a cadeira ao lado de Cedrico e sentando, encarando-o.
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  — Você sabe tão bem ou até mesmo melhor do que eu, Cedrico. Sua namorada é bem… Problemática, para dizermos o mínimo.
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  Diggory permaneceu em silêncio, mais por não acreditar no que estava ouvindo do que por não ter uma reação apropriada para o momento.
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  — Ela está sempre perdendo pontos para a Grifinória, as notas não são as melhores… está sempre no local errado com as pessoas erradas.
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  — A senhora quer dizer Harry Potter? — perguntou descrente. — O problema com ela é por ser amiga de Potter?
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  Umbridge respirou fundo, permanecendo com o sorriso, que no momento Cedrico queria poder arrancar de seu rosto, antes de negar com a cabeça.
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  — Não é apenas o Potter. Você deve saber… Imagino… Sobre a família dela…? O motivo de morar com os Tonks? — Cedrico concordou com um aceno, mantendo os dentes cerrados e a mandíbula travada. — Pois bem, você não vai querer sujar seu futuro por causa de uma namoradinha da escola, não é?
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Quatro.

  Diggory saiu da sala de Umbridge e seguiu direto para seu dormitório, ignorando por completo a ronda que deveria fazer para terminar suas obrigações como Monitor Chefe naquela noite. Tomou um banho rápido e colocou sua calça de pijama, deitando-se pouco depois. Não quis conversar com os colegas de quarto e nem se importou em fingir prestar atenção no que diziam, simplesmente não ligava.
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  Sua cabeça parecia pesada com o tanto de coisas que a enchiam. Nunca imaginou que algum de seus professores pudesse se incomodar com seu relacionamento com . Era óbvio que ele tentava passar o maior tempo possível com a garota, mas isso não atrapalhava suas obrigações como Monitor, nem como capitão do time de Quadribol, e claramente não atrapalhava suas notas, nem as dela. As notas da garota aumentaram consideravelmente nos últimos dois anos, e era justamente por estudarem juntos que isso acontecia; McGonagall tinha comentado sobre isso não tinha nem uma semana! A professora de Transfiguração o elogiou por ter conseguido fazer a aluna realmente prestar atenção nas aulas e se dedicar aos estudos, os trabalhos dela só não eram melhores que os de Hermione. E Diggory nunca deixou suas notas baixarem, sempre manteve a mesma média alta, continuava sendo o melhor aluno de seu ano e nada tinha mudado.
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  Mas aquilo não parecia suficiente para Dolores Umbridge.
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  O que a mulher tinha sugerido era absurdo! Cedrico não poderia terminar com a namorada, não poderia e, principalmente, não queria. Não fazia o menor sentido em sua cabeça.
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  Obviamente ele desejava ter um bom emprego quando saísse de Hogwarts, ainda não tinha se esquecido do que tinha dito para pouco antes da terceira prova do Torneio Tribruxo, quando estavam sozinhos no corredor depois de passarem algum tempo aos beijos.
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  Ele falava sério, realmente tinha intenção de trabalhar e ter dinheiro suficiente para quando se casassem, não que realmente estivessem pensando no assunto no momento, mas era algo para o futuro. Diggory não imaginava como seria ter outra garota em sua vida, porque tinha a melhor de todas e era extremamente apaixonado por ela. Não era possível que não conseguisse um emprego, um bom emprego no Ministério, por namorar a filha de Sirius Black. Ele era o melhor aluno de Hogwarts desde seu primeiro dia na Escola! Umbridge não deveria estar falando sério, provavelmente só quis assustá-lo, mas aquilo levantava outro ponto: por que toda essa raiva de ?
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  Não era possível que fosse apenas por ela ser filha de Sirius, ninguém do Ministério sabia que os dois conversavam ou que ela tinha passado o verão na companhia do pai. Para todos os efeitos, ela tinha passado as férias com os Tonks e continuava sem qualquer contato com Sirius, imaginando que ele era um assassino foragido de Azkaban. Seria possível que tudo aquilo era pela garota ser amiga de Potter?
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  Diggory sabia que Harry continuava sendo impertinente durante as aulas e continuava a ficar em detenção, mas aquilo era Potter, não . Até onde sabia, a namorada ainda não tinha aprontado nada contra a professora, embora não gostasse dela, assim como boa parte dos alunos. Então qual era a razão para tudo aquilo? E quais eram as chances reais de a mulher estar falando sério sobre sua relação com Black afetar um possível emprego?
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  Cedrico esperava encostado em uma pilastra, enquanto os alunos começavam a sair da sala de Snape, não demorando a visualizar a loira com os cabelos presos em um rabo-de-cavalo sair acompanhada dos três amigos. Andou apressadamente até a namorada escutando parte da conversa, na qual Granger reclamava com a amiga:
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  — Cinquenta pontos, você perdeu cinquenta pontos em uma única aula!
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  — E como isso foi minha culpa? — Arqueou a sobrancelha. — Se Malfoy não tivesse começado…
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  — Não importa, você sabia que Snape iria tirar pontos e continuou a briga!
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  — Tudo bem, recupero no Quadribol, relaxa!
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  — Esse é o problema, vocês poderiam conseguir mais pontos, não recuperar os que perderam! E nem sabem se vão ganhar! Nem goleiro a Grifinória tem!
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  — Mas ainda temos Harry e eu mesma, o que já significa vitória! — Deu de ombros, convencida. Cedrico riu baixo, atraindo a atenção do quarteto. — Ei!
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  — Olá. — Acenou com a cabeça para os outros três. — Será que podemos conversar antes da sua próxima aula?
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  — É claro! — Sorriu, esperando enquanto os amigos se afastaram, Hermione virou-se falando mais alto:
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  — Não se atrase ou Umbridge vai acabar tirando mais pontos!
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  — Tá, tá! — Ergueu a mão, fazendo pouco caso.
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  — O que aconteceu com Snape? — Diggory questionou após dar um rápido beijo na namorada e ambos seguiram pelo corredor.
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  — Briguei com Draco e só eu perdi pontos. Como sempre.
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  — E por que vocês brigaram? — questionou entrelaçando suas mãos.
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  — Porque ele é um babaca — respirou fundo, baixando o tom de voz, parecendo um tanto alterada ao relatar — e porque ele estava insinuando coisas sobre meu pai. — Cedrico arqueou a sobrancelha, olhando assustado para a garota.
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  — Que coisas?
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  — Eu acho que Draco o reconheceu na estação quando fomos embarcar.
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  — Mas para isso ele teria que saber que Sirius é um Animago, quais as chances?
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  — Não sei, mas não gostei do tom que ele usou. — Negou com a cabeça, apertando levemente a mão que segurava a de Cedrico.
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  O lufano negou com a cabeça, parando de andar e puxando a outra para olhá-lo.
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  — Não se preocupe, não tem chances de o Draco saber de nada, ele provavelmente só estava querendo te irritar e conseguiu, não? Até pontos você perdeu… Cinquenta! — Afinou a voz, tentando soar igual Hermione, fazendo-a rir levemente.
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  — Enfim — deu de ombros, querendo mudar de assunto —, o que aconteceu? Você não deveria estar na biblioteca ou algo assim?
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  — Quadribol, na verdade — corrigiu, precisava mesmo começar a preparar seu time se quisesse ter chances de vencer o jogo contra Corvinal —, mas precisava conversar com você antes… Quer dizer — se enrolou, passando a mão livre pelos cabelos —, eu precisava tirar uma dúvida.
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  — Pode falar — disse curiosa, parando no final das escadas e olhando-o.
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  — Você… — Olhou para os lados, certificando-se que estavam sozinhos. — Como está sua situação com a Umbridge? — Black franziu o cenho estranhando a pergunta, dando de ombros em seguida.
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  — Eu a detesto, mas até o momento nada de novo. Não perdi pontos se é o que você quer dizer, até agora só Snape teve essa honra! — Sorriu, quase orgulhosa de seu bom desempenho. Cedrico riu de leve, negando com a cabeça. — Por quê?
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  — Eu só… Queria ter certeza. — Passou a língua pelos lábios, tornando a sorrir de lado. — Umbridge me parece mais severa que Snape, é melhor você tomar cuidado nas aulas dela.
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   apenas confirmou com a cabeça, não parecendo se importar muito com o aviso. E então voltaram a andar um pouco mais apressados, pois ela já estava quase atrasada para sua próxima aula.
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  — Te vejo na hora do almoço? — perguntou antes de subir o último lance de escadas, separando-se do lufano.
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  — Com certeza! — Sorriu para ela, beijando-lhe os lábios um pouco mais demoradamente antes de ela se afastar e subir correndo, esperando chegar na sala antes da professora.
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  Diggory sorriu de lado, antes de respirar fundo e olhar o relógio andando para o Salão Principal, que estava parcialmente vazio, e puxar um pergaminho em branco de sua mochila começando a elaborar táticas para sua equipe.
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  O restante da semana correu sem fortes emoções, embora Diggory tivesse notado que sempre que Umbridge passava por ele, fosse nas aulas ou pelos corredores, a mulher sorrisse sugestiva, quase como se quisesse lembrar-lhe da conversa que tiveram.
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  Cedrico tinha pesquisado os horários da professora e evitava andar com quando sabia que ela estaria por perto, na verdade, com o passar dos dias, a garota foi notando que cada vez menos andavam juntos pelos corredores e só se encontravam na biblioteca para estudar ou em alguma sala vazia depois do horário das aulas. Até o momento não tinha visto nada demais naquilo por não achar que era algo intencional, mas mudou completamente de atitude em uma tarde, quando estavam juntos e, ao ver Umbridge se aproximando, Cedrico se afastou apressado, soltando sua mão e dando bons passos para trás. A professora passou pelo casal, sorrindo para o lufano e olhou de cima a baixo para a garota, que arqueou a sobrancelha e continuou a encarar-lhe, não parecendo minimamente abalada.
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  — Menos cinco pontos para a Grifinória — a mulher disse sorrindo, anotando algo em sua prancheta e começando a se afastar. Diggory respirou fundo e fechou os olhos, sabendo o que viria a seguir.
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  — Desculpe, o que foi que a senhora disse?
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  — Menos cinco pontos para a Grifinória, querida — repetiu pausadamente, sorrindo. Black sorriu de lado, concordando com um aceno.
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  — Eu poderia saber o motivo? Pelo que me consta, não estou fazendo nada contra as regras.
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  — Seu uniforme está desalinhado! — avisou, apontando para a gravata solta da aluna. a olhou incrédula, mas Dolores apenas virou-se e continuou seguindo seu caminho, ralhando com alguns alunos mais à frente.
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  — Isso não pode ser sério — reclamou enquanto a mulher se afastava, Cedrico a encarou por alguns instantes, negando com a cabeça. — Eu vou matar aquela mulher.
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  — Eu avisei que você deveria ter cuidado… — Começou, mas ficou em silêncio ao notar o olhar que a namorada lhe lançou.
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  — Você está dizendo que a culpa foi minha?
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  — Não, eu só…
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  — É por isso que você não quer mais andar comigo? — Cruzou os braços, desabafando irritada.
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  — O que…? Eu não…
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  — Eu já percebi, Cedrico. Você não quer ser visto em público comigo, é isso?
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  — É claro que não, , não diga bobagens. — Negou com a cabeça.
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  — Então me explica, por que você se afastou quando a Cara de Sapo chegou? E por que você só pode encontrar comigo à noite, quando não tem ninguém por perto?
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  — Não sei do que você está falando… — desconversou, olhando para o lado.
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  Black esperou alguns segundos, mas ao notar que ele não iria dizer mais nada, descruzou os braços, dando-lhe as costas e seguindo na direção contrária.
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  — … Espera! Eu não… — Parou de falar quando ela virou o corredor, sumindo de sua vista. — Droga!
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  Black não falou com Cedrico no resto da tarde e não apareceu para jantar à noite, de forma que o lufano não conseguiu se explicar com ela. Pensando bem, talvez até tivesse sido bom, nem mesmo sabia como explicar. O que ele poderia dizer?
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  Era óbvio que ele a estava evitando, não porque não gostava de andar com ela, por Merlin, era a melhor hora do seu dia quando estava com a namorada! Mas achou que se Umbridge não os visse juntos o tempo todo, talvez a professora não tivesse motivos para implicar com a garota. Cedrico só não queria que ela perdesse pontos ou acabasse em detenção por sua causa, embora continuasse sem entender o motivo do interesse da professora em seu relacionamento.
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  No sábado, Cedrico tentou falar com a garota durante o café, mas ela não estava no Salão quando ele chegou e precisou se apressar, pois tinha reservado o Campo de Quadribol para treinar durante a manhã e seu time já o esperava.
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  Passou quase duas horas conversando com o grupo, explicando as novas táticas que tinha bolado e motivando os jogadores como podia, aceitando sugestões sempre que alguém tinha uma nova ideia.
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  Quando finalmente subiram em suas vassouras, Cedrico passou um bom tempo sobrevoando o Campo, vendo a forma que estavam jogando e como estavam aderindo às novas estratégias, sorrindo animado com o que estava vendo durante aquelas horas. Se treinassem com empenho, teriam grandes chances de vencer o jogo contra a Corvinal, embora o outro time fosse forte.
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   estava sentada entre Harry e Rony enquanto escutavam Hermione falar para o grupo de alunos que tinha aparecido no Cabeça de Javali. No meio do discurso, Potter levantou-se dando sua versão sobre alguns casos e negando quando a amiga disse que ele estava sendo modesto.
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  — É verdade que você sabe conjurar um Patrono Corpóreo? — uma das garotas perguntou, o que gerou uma rodada de perguntas sobre as habilidades de Harry.
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  — E no terceiro ano ele afastou mais de cem Dementadores, eu vi! — contou, vendo as caras surpresas dos colegas, Harry a olhou, sorrindo agradecido. — E salvou meu pai — sussurrou para apenas ele ouvir, fazendo-o rir baixo.
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  — É por isso que estamos aqui, precisamos que alguém nos ajude a nos defender, a nos proteger de… Voldemort! — Hermione finalmente disse, respirando fundo. — Precisamos que você nos ensine, Harry.
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  Assim que a reunião terminou e o grupo assinou seus nomes no pergaminho encantado por Granger, o quarteto foi voltando para Hogwarts, sem muito ânimo de continuarem em Hogsmeade, especialmente porque começava a esfriar.
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  — Eu ainda não entendi uma coisa — Mione começou, chamando a atenção dos amigos, mas virou-se diretamente para —, por que Cedrico não veio?
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  Harry rolou os olhos, dando uns passos à frente e acompanhando Rony, conversando sobre qualquer outro assunto que não fosse Diggory. Não que não gostasse do lufano, apenas… Bem, honestamente ele não gostava de Cedrico. E sabia que era algo recíproco. Provavelmente nem o olharia na cara se não fosse por … Olhou de canto para a loira por um instante, negando com um aceno, tinha outras coisas para se preocupar do que pensar em beijando Cedrico Diggory. Sentiu o estômago revirar ao pensar naquilo, mas ignorou a sensação, voltando a prestar atenção no que Weasley dizia.
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  — Porque eu não contei. — Deu de ombros, olhando para frente e escondendo as mãos nos bolsos do casaco. Respirou fundo quando notou que a amiga continuava esperando uma resposta mais completa. — Brigamos ontem antes que eu pudesse falar e, bem, se depender de mim não vou dizer tão cedo.
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  — E qual foi o motivo? — questionou diminuindo o passo, assim como a outra.
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  — Lembra o que eu falei sobre Umbridge me descontar pontos por causa da minha gravata? — A outra concordou com um aceno. — Cedrico, meio que insinuou que era minha culpa. E não foi a primeira vez, ele vive falando para eu não arranjar problemas com ela…
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  — Bem, isso não é exatamente um mau conselho! — Hermione começou incerta.
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  — É, mas ele tem evitado andar comigo, porque não quer que ela veja.
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  — Como é? Por quê?
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  — Não sei e, sinceramente, não sei se quero saber. Se ele está com medo dela, o problema é dele — reclamou, dando passos mais rápidos.
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  — Você deveria conversar com ele!
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  — Eu já sei o que ele vai me dizer, Hermione. Que não é nada disso, que eu estou louca ou sei lá. — Exasperou-se. — Eu sei do que estou falando. Quando eu perguntei, ele desconversou! Se não quis me explicar quando eu pedi, agora não quero saber.
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  Granger rolou os olhos, rindo leve, era sempre assim quando o casal brigava (o que vinha realmente acontecendo com um pouco mais de frequência pelo que dizia).
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  — Eu não dou até amanhã à noite para vocês estarem bem!
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  Contrariando a expectativa de Granger, a loira não fez as pazes com Cedrico no final de semana, na verdade nem mesmo o viu por mais de um minuto. Se esbarraram no domingo de manhã e Diggory até parou para dar oi, mas logo foi carregado por Monty e o restante dos jogadores para o Campo de Quadribol para treinarem antes do jogo na próxima semana.
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  O time passou boa parte do domingo treinando antes de darem lugar para o grupo da Corvinal que também precisava usar o campo. Quando Cedrico finalmente estava livre para procurar a namorada, ela estava na Torre da Grifinória fazendo trabalhos e estudando e não podia falar com ele. A dúvida que ficou em sua cabeça por alguns minutos era se ela não podia ou não queria, mas confirmou ser a primeira quando conseguiu conversar com Hermione na hora do jantar. Embora tivesse aquela pequena porcentagem de orgulho, motivo pelo qual não estava exatamente se esforçando para conversar com ele.
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  Com a demora para resolverem tudo, Cedrico resolveu que precisava explanar suas dúvidas com alguém, precisava de um conselho sobre o que deveria fazer, e só conseguiu pensar em uma pessoa para isso. Talvez não fosse a ideal, mas naquele momento pareceu sua primeira e única saída. A parte ruim, é claro, era precisar de alguns dias para ter uma resposta de sua carta.
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  Na segunda o lufano chegou no Salão Principal no horário do correio, logo vendo que estava entretida lendo uma carta que, pelo sorriso em seu rosto, ele tinha certeza que vinha de Sirius. Diggory leu a carta dos pais e a guardou no bolso, querendo lembrar-se de passar no Corujal ainda naquela tarde para responder, contudo, o que esperava ainda não tinha chegado, o que não era exatamente uma surpresa, já que tinha enviado na noite anterior.
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  Quando estava indo para as estufas, para sua última aula do dia, encontrou os alunos do quinto ano voltando para o Castelo e sorriu ao encontrar conversando com Neville. Cedrico desviou seu caminho, parando na frente da namorada, sorrindo para ela.
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  — Oi, Neville. — Acenou para o outro, que respondeu um pouco sem graça. Não tinha problemas com Cedrico, mas sempre ficava um pouco intimidado quando alunos de outras Casas falavam com ele. — Podemos conversar mais tarde? — perguntou para a garota. o olhou por alguns instantes, dando de ombros pouco depois.
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  — Às oito no lugar de sempre? — sussurrou em seu ouvido quando curvou-se para beijar-lhe a bochecha. Notou que ela o olhou torto por alguns instantes, provavelmente incomodada por ele ainda querer se encontrar escondido, mas acabou por concordar.
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  Diggory desceu as escadas e seguiu pelo corredor à esquerda, andando tranquilo e, vez ou outra, olhando para os lados, certificando-se que não tinha ninguém por perto. Encontrou com Filch pouco depois, desejando-lhe um “boa noite” educado, antes de virar o corredor e entrar na terceira sala vazia. Sorriu ao perceber que já estava lá, sentada em uma cadeira mais ao canto, olhando pela janela. Bateu com a varinha na porta, tornando a trancá-la, andando na direção da namorada.
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  — Boa noite! — Sorriu, colocando as mãos nos bolsos e parando ao seu lado.
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  — Boa… — respondeu sem se alterar, olhando-o brevemente.
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  Cedrico suspirou, passando a mão pelos cabelos e em seguida puxou uma cadeira, sentando-se ao seu lado.
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  — Sei que está chateada comigo, e eu sei que realmente parece que estou te evitando, mas…
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  — Se você disser que eu estou imaginando coisas, eu vou embora. — Cortou, encarando-o levemente irritada. Diggory concordou com a cabeça, suspirando.
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  — Eu estou — confirmou —, mas não é porque eu gosto ou porque não quero que nos vejam juntos. Sabe que eu gosto de mostrar para todo mundo que você é minha garota! — comentou a encarando, vendo-a rolar os olhos, mas com um sorriso leve em seus lábios, um bom sinal. — É só que a Umbridge está mesmo de olho em você, não sei o motivo, mas parece que ela procura alguma razão para te tirar pontos ou dar detenções, assim como faz com Potter — explicou, vendo-a encará-lo com a sobrancelha arqueada. — Não quero que ela use nosso namoro como desculpa para uma detenção. — Suspirou ao olhar em seus olhos, achando melhor ser totalmente honesto. — E, bem… Ela me chamou para conversar há alguns dias…
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  — Sobre? — questionou curiosa.
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  — Hm… Bem, falou sobre meu histórico como estudante e disse que eu poderia conseguir um bom emprego do Ministério se tivesse a pessoa certa me indicando… Entende? — A garota concordou com um aceno, esperando a conclusão. — Ela… — Suspirou antes de finalizar. — Disse que eu não deveria sair com você, que deveríamos terminar. — Black o olhou incrédula, sem saber o que dizer por um instante.
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  — É por isso que está me evitando? Quer terminar? — Foi a vez de Diggory a olhar surpreso, negando no mesmo instante, parecendo chocado por ela considerar aquilo, nem mesmo tinha passado por sua cabeça terminar.
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  — Pelo amor de Deus, , é claro que não. Só não sei por que ela está na sua cola, achei melhor que ela não nos visse juntos o tempo todo para não correr o risco de ter problemas para você…
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  — Para mim ou para você? — replicou debochada.
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  — O que quer dizer?
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  — Ela está te oferecendo um bom emprego, não?
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  Cedrico piscou duas vezes ao entender ao que a loira se referia, sentindo-se frustrado com aquilo.
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  — Acha mesmo que eu terminaria com você por causa da droga de um trabalho no Ministério? — perguntou descrente, a garota deu de ombros, um pouco desconfortável. — Prefiro trabalhar com Trouxas a terminar com você. — permaneceu alguns instantes em silêncio, pensando a respeito.
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  — Eu não sabia exatamente o que pensar, você estava me evitando sem motivos…
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  — Eu sei… Sinto muito — passou a mão nos cabelos, irritado com a situação toda —, mas não quero, nem por um minuto, que você pense que eu quero terminar ou que te colocaria em segundo lugar em qualquer coisa. Eu só não sei o que fazer com tudo o que está acontecendo!
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   aproximou-se, entrelaçando seus dedos com os do rapaz.
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  — Podemos nos ver fora dos horários, se você acha mais fácil assim.
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  Cedrico olhou para suas mãos juntas, apertando-a gentilmente.
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  — Gosto de andar com você pelo terreno, . — Encarou-a. — E não quero precisar ter um relacionamento escondido, mas não faço ideia do que fazer nesse momento. Você achou mesmo que eu estava querendo me afastar de propósito? — Ela deu de ombros, não respondendo de imediato.
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  — Não sei, você e a Hermione nunca querem quebrar as regras, a princípio imaginei que depois daquele decreto sobre manter uns trinta centímetros de distância, você estivesse com medo de se aproximar…
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  — Pelas barbas de Merlin! — resmungou, escutando a risada baixa da garota à sua frente. — Eu largava o trabalho de Monitor sem pensar duas vezes! — Piscou sorrindo de lado para a garota. — Eu prometo que vamos resolver isso, ok?
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  — Eu sei, confio em você.
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  — Será que podemos esquecer isso por um momento e nos concentrar em algo ainda mais importante?
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  — Que seria…?
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  Diggory mordeu o lábio inferior, parecendo levemente pensativo.
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  — Não sei, talvez aproveitar o que não aproveitamos no final de semana? Me parece uma boa ideia!
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   sorriu quando notou o lufano aproximando-se de seu rosto, encarando-a por alguns instantes antes dele juntar seus lábios. Passou as mãos por seu pescoço quando Cedrico a puxou para mais perto, logo levantando-se e a puxando com ele, juntando seus corpos e não demorando para aprofundar o beijo.
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  Cedrico sempre aproveitava os momentos que tinha sozinho com a loira, embora não a pudesse beijar sempre que podia nos corredores, contentava-se em andarem juntos, apenas porque sabia que poderiam se encontrar depois e ele a beijaria o quanto quisesse. Não demorou para dar alguns passos cambaleantes até a parede mais próxima, prensando-a contra a mesma e descendo os beijos para seu pescoço, sentindo-a ofegar enquanto puxava seus cabelos com certa força.
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  Cedrico ainda tentava recuperar a respiração descompassada enquanto ajeitava os cabelos após a namorada sair em direção ao Salão Comunal da Grifinória. Sentia o corpo quente e certas partes mais visíveis que o normal, e foi por isso que ainda esperava para poder sair da sala e voltar para seu dormitório. Estava ficando cada vez mais complicado para ele passar aqueles momentos com Black, eram sempre bons e rápidos demais. Queria ter mais tempo com ela, mas também ficava nervoso por sempre esperar um algo a mais.
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  Desde a terceira prova do Torneio Tribruxo, era sempre assim que se sentia quando ficavam sozinhos em um lugar mais reservado. Vários beijos, muitos apertos, alguns suspiros mais longos, mas sempre paravam nisso. sempre parecia saber quando o namorado estava prestes a perder o controle e o interrompia na hora certa (ou errada, na opinião de Cedrico). Entretanto, ele sabia o motivo de ela se afastar; entendia muito bem o que todo aquele excesso de reações significava e ela não estava pronta para dar aquele passo. Diggory nem mesmo reclamava, pois entendia perfeitamente, ainda era nova, por mais que não parecesse em alguns momentos, e eles namoravam há menos de um ano.
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  Não era porque Cedrico já tinha saído com outras garotas (muito mais rápido do que com ela) que faria o mesmo. Embora quisesse, muito.
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  Por ora, contentava-se com os beijos mais longos.
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  Respirou fundo uma última vez, antes de abrir a porta e sair em direção ao seu Salão Comunal, andando rapidamente até lá com um sorriso em seus lábios.
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  No outro dia pela manhã, no caminho para o Salão Principal, um aglomerado de alunos estava parado em frente ao portal, enquanto Filch pendurava mais um decreto:
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82
Todos os estudantes serão submetidos a interrogatórios sobre suspeitas de atividades ilícitas.
  

  Cedrico leu e releu o artigo, o cenho franzido enquanto tentava entender o motivo. Não fazia sentido em sua cabeça, o que ela considerava “atividades ilícitas”? A menos que Fred e George estivessem vendendo seus logros escondidos, já que tinham sido proibidos, não tinha muito mais o que a professora pudesse considerar irregular.
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  Cedrico sentiu quando alguém pegou em sua mão, virando-se em tempo de ver a namorada parar ao seu lado, olhando para o decreto novo, franzindo o cenho por alguns instantes antes de arquear a sobrancelha.
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  — Uau, alguém está realmente preocupada com as teorias de conspiração contra o Ministério.
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  — Shiu! — Apertou-lhe a mão, olhando para os lados. A última coisa que precisavam era da garota sendo levada para interrogatório.
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  — O que? Ah, por favor, não me diga que está preocupado com essa bobagem? — Abanou a mão no ar, rolando os olhos e rindo baixo. — Vamos, eu tenho aula com a Minerva, isso sim é preocupante! Sabe o tamanho do trabalho que ela pediu…? — Puxou-o pela mão, entrando no saguão acompanhada de Cedrico, que riu baixo negando com a cabeça. Beijou-lhe a testa antes de se separarem para suas mesas, voltando a se encontrar rapidamente antes das aulas do dia iniciarem.
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  — Ela suspeita, não é? — Hermione comentou em voz baixa, enquanto andavam para a próxima aula.
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  — Ela não teria como saber… — Rony negou com um aceno, parecendo preocupado. — Será que alguém contou?
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  — Não, se ela tivesse alguma prova já teria nos expulsado, são apenas suspeitas — argumentou, ajeitando a mochila em seu ombro. — Mas talvez devêssemos esperar um pouco antes de fazer uma reunião…
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  — Não faz diferença — Harry deu de ombros, atraindo a atenção dos amigos —, ainda não encontramos um lugar bom o bastante, só teremos uma reunião depois disso.
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  Quando estavam cruzando a sala, Granger sentou-se rapidamente ao lado de , o que fez Potter arquear a sobrancelha já que era sempre ele quem sentava ao lado da garota nas aulas de Transfiguração. Deu de ombros dando a volta e sentando-se com Rony, na mesa à frente.
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  — O que foi?
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  — Você já contou para o Cedrico?
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  — Ainda não — negou com a cabeça —, esqueci de dizer ontem…
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  — Talvez seja melhor esperar um pouco, soube que Umbridge está de olho nele — Hermione começou a dizer, vendo a expressão confusa da amiga. — Ela quer que Cedrico a ajude a monitorar a Escola e os alunos, parece que prometeu algumas indicações para quando ele sair de Hogwarts… Para trabalhar no Ministério…
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  — Como você está sabendo disso? — perguntou surpresa.
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  — Eu escutei Draco comentando com a Pansy ontem durante a ronda, logo antes de voltar para a Torre!
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  A garota concordou com um aceno sem dizer nada, aproveitando quando McGonagall entrou na sala poucos segundos depois para prestar atenção em seu livro ao invés de imaginar se Diggory chegaria ao ponto de terminar com ela por causa do Ministério.
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  Não demorou nem um dia para mais alguns decretos serem criados, nenhum realmente importante ou preocupante apenas as mesmas besteiras de sempre, na opinião de grande parte dos alunos, até que um chamou a atenção de todos:
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98
Aqueles que desejarem se juntar à Brigada Inquisitorial para créditos extras, poderão se inscrever no escritório da Alta Inquisitora.

  — Só o pessoal da Sonserina vai se inscrever… — Weasley comentou, dando a volta no aglomerado e andando até a mesa, não demorando para pegar uma grande quantia de bacon.
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  — Não sei — Harry começou em voz baixa —, soube que ela tem pegado pesado com alguns alunos… Talvez o pessoal que se sinta ameaçado não queira se arriscar…
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  — Talvez eu me inscreva — comentou antes de tomar seu suco, os três a olharam surpresos. — Seria bom, sabe? Estar infiltrada!
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  — Até parece que ela vai deixar — Potter riu —, você provavelmente é a segunda pessoa que ela mais quer expulsar, logo atrás de mim!
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  A garota respirou fundo, deixando seu copo na mesa e virou-se com a sobrancelha arqueada.
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  — Então eu tenho que fazer alguma coisa — respondeu, alterando a postura —, não nasci para ficar em segundo na vida, Potter. Vou passar você na lista dela!
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  — Ah, pelas calças de Merlin! — Granger ralhou, rolando os olhos enquanto os dois riam.
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  — Potter? Tonks? — Angelina apareceu poucos segundos depois. Desde que assumiu como Capitã do time de Quadribol, Angelina parecia muito mais estressada que o habitual, embora ainda não estivesse no mesmo nível de Olivio Wood. — Estamos com problemas!
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  — O que aconteceu? — Harry perguntou, virando-se no banco para ficar de frente com a colega.
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  — Umbridge ainda não assinou a permissão do nosso time, ainda não podemos jogar.
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  — O quê? Ela não pode não liberar! O que ela disse? — perguntou exasperada.
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  Angelina respirou fundo, passando a mão pelos cabelos longos.
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  — Que ainda está estudando a possibilidade. — Começou ansiosa. — Eu só queria pedir para vocês dois se comportarem. Eu sei que você tem tido problemas nas aulas dela Harry, mas — suspirou — ela pode usar isso para não nos deixar jogar!
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  — Não pode ser… — negou com a cabeça.
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  — Eu não estou pedindo, na verdade estou mandando: ou vocês dois se comportam ou estão fora do time, entendidos? — Colocou as mãos na cintura, querendo soar imponente, mas no final da frase fez uma cara de quem poderia chorar a qualquer momento, quase desculpando-se pelo tom de voz usado.
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  — Sem problemas — responderam em uníssono.
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  — Vocês acham que…?
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  — Não! — Harry cortou o amigo. — Não pode! Não pode.
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  — Eu uso o poder a mim investido como filha de um Comensal foragido, se ela não liberar a gente de jogar!
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  — Ah, pronto. Daqui a pouco vão criar a nova versão dos Marotos! — Granger rolou os olhos, rindo em seguida junto com os amigos.
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  No final da aula de Herbologia seguiram direto para o Salão Principal, querendo comer o máximo que podiam depois de duas horas num trabalho pesado e chato, no qual reenvasaram algumas plantas venenosas. Estavam conversando e comendo tranquilos quando Umbridge entrou seguida de um grupo de alunos, Draco foi o primeiro que Black viu, logo atrás da professora. Rolou os olhos, voltando a virar-se para seu prato de comida quando escutaram o pigarro da mulher.
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  — Eu quero apresentar a vocês — começou sorridente, olhando demoradamente para a mesa da Corvinal, Lufa-Lufa e, então Grifinória —, os primeiros integrantes da Brigada Inquisitorial! Lembrando que quem quiser participar, é só falar comigo! — Apontou para o grupo que fazia fila ao seu lado.
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  Meia dúzia de alunos da Sonserina, dois da Corvinal (o que já era uma surpresa), Filch (o que a fez rolar os olhos), e…
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  — Cedrico? — A voz de Rony chegou aos seus ouvidos.
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   encarou o namorado por alguns instantes, notando sua cabeça baixa e a expressão séria em seu rosto. O pequeno distintivo brilhando em sua capa, logo ao lado do M de Monitor. Pareceu levar uma eternidade até Diggory erguer o rosto, olhando para os colegas e, por fim, virando para a mesa da Grifinória. A expressão confusa da namorada logo mudou ao encará-lo nos olhos, a loira negou com a cabeça, tornando a virar-se em direção aos amigos, mas Diggory notou o olhar decepcionado. Respirou fundo, fechando os olhos por alguns segundos antes de ouvir a voz da professora, dizendo que já podiam ir almoçar com seus colegas.
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  Cedrico andou diretamente para sua mesa, não querendo olhar para mais ninguém ao sentar-se ao lado de Monty, o lufano encarou-o por alguns instantes, a expressão tão confusa quanto a de .
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  — O que foi que aconteceu? Ontem mesmo estávamos rindo dessa ideia de Brigada?
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  O rapaz demorou um minuto completo para respondê-lo, servindo-se antes de dar de ombros, soprando um simples “Crédito extra”.
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  Emmett continuou a olhar o amigo, não parecendo muito convencido com a justificativa, mas sem saber se deveria mesmo insistir no assunto. Sabia que Diggory não faria algo que não concorda por causa de notas extras, nem mesmo precisava daquilo! E o loiro esteve no dia anterior junto dele, Davies e Parker falando sobre como Umbridge estava tentando controlar todos os alunos com toda essa história de Brigada Inquisitorial. Cedrico não mudaria de ideia tão rápido sem motivos.
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  Virou-se para continuar a almoçar, mas logo Rogério sentou-se ao seu lado, despojado como sempre e sem importar-se em estar na mesa da Lufa-Lufa ao invés da Corvinal, mesmo com o Salão lotado.
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  — Ser Monitor e Capitão do time não era suficiente para sua agenda? — Começou brincalhão, logo notando o suspiro cansado do loiro. — O que aconteceu?
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  — Ced acha que precisa de crédito extra! — Monty respondeu pelo amigo, tornando a encará-lo. — Se até eu que provavelmente serei reprovado em Poções não estou preocupado com notas extras, você acha mesmo que essa desculpa é suficiente?
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  — Não que eu não ache que você pudesse mesmo estar atrás de notas extras — Davies considerou —, mas ao lado dela? Se fosse da Minerva ou do Flitwick talvez…
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  — Está tentando se tornar menos popular? — Monty continuou. — E solteiro? Porque a Grifinória não está parecendo muito animada com a ideia. — Apontou com a cabeça ao ver andando para fora do Salão, notando quando Cedrico ergueu o olhar para ver a loira se afastar.
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  — Talvez seja exatamente isso, ele quer terminar e não sabe como… — Cedrico rolou os olhos, negando com um aceno.
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  — Qual é, Ced, o que rolou? Que tipo de amizade é essa que deixa seu melhor amigo sem respostas?
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  — Melhores — Daves corrigiu —, não passei sete anos aguentando vocês dois para nem ser considerado um melhor amigo!
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  — Você não tem andado muito conosco depois que começou a sair com a outra loirinha — Monty pontuou. Daves ficou vermelho.
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  — Não é bem assim… E não vem ao caso agora, o foco é no Diggory!
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  Montgomery e Davies continuaram encarando o loiro quando ele terminou de explicar o que acontecia, tendo revelado que era filha de Sirius porque sabia que nenhum dos dois repetiria aquela informação para nenhuma outra pessoa e nem julgariam a garota por aquilo (embora, apenas por garantia, tivesse evitado dizer que tinha sim contato com o pai).
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  — E ela quer que vocês terminem porque o pai da garota foi para Azkaban?
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  — Mas ele não foi apenas para Azkaban! — Rogério começou, deixando as brincadeiras de lado. — O cara matou treze Trouxas, não foi?
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  Diggory se segurou para não rebater a informação, dizendo que o bruxo na verdade era inocente. Era melhor não se aprofundar naquele assunto agora, afinal, não havia provas além da palavra de e Harry.
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  — Sim, mas foi Sirius Black e não . Você acha que se meu pai dá uma poção errada no St Mungus e alguém morre a culpa é minha?
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  — Cara, você tá comparando duas coisas sem sentido! — Daves tornou a negar. — Seu pai não daria uma poção sabendo que está errada para matar um paciente. O pai dela deliberadamente matou treze pessoas!
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  — Que seja… — Monty deu de ombros, embora concordasse que não era realmente uma boa comparação. — Não foi ela quem matou os Trouxas, foi? E se mais nenhum professor liga para essa história, por que a Umbridge tá usando isso contra você? Ela sequer pode revelar que a Grifinória é filha dele? Você não disse que tem um acordo dos Tonks com o Ministério? — Cedrico concordou com um aceno, já tendo pensado sobre o assunto.
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  — Também pensei nisso, se existe um acordo direto com o Ministro, ela não poderia revelar isso para ninguém, mas foi praticamente isso que ela quis dizer quando me chamou para conversar hoje pela manhã! — contou, passando a mão pelos cabelos curtos. — Simplesmente insinuou que era apenas uma questão de enviar uma Coruja para o Profeta Diário e amanhã mesmo estaria na primeira página a história toda sobre ser filha de Sirius Black e Victoria Lestrange.
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  — Pô, mas que família, hein? — Rogério comentou de repente. — Com tantas garotas em Hogwarts, Diggory, não tinha uma melhor não?
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  Os dois lufanos riram do comentário, embora ainda se mantivessem mais sérios do que o que costumavam quando estavam juntos.
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  — Talvez ela esteja blefando! — Montgomery argumentou, passando a língua pelos lábios. — Apenas querendo que você entre na Brigada, mas mesmo que não participasse ela não diria nada, porque não pode!
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  — É, mas olha o que ela tem feito em Hogwarts — Cedrico replicou —, já está mandando mais do que a McGonagall, quem garante que se ela falar algo o Ministro vai fazer algo a respeito?
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  — Quem garante que ela vai sequer confirmar que foi ela quem deixou “escapar” a informação? Poderia só mandar uma Coruja dizendo ser uma fonte anônima — Daves pontuou —, mesmo que você saiba que foi ela, vai ser a sua palavra contra a dela. A gente vai saber que você está dizendo a verdade, mas você acha que alguém do Ministério vai acreditar em você só por ter boas notas?
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  — E se você falasse para o Dumbledore ou para a McGonagall? Eles com certeza acreditariam, ainda mais a Minerva que também parece odiar a Umbridge!
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  — E ela gosta da Tonks também — Davies concordou com Monty —, deve tentar ajudar a não divulgarem essa informação!
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  — Talvez, mas também nada impediria a Umbridge de despedir a própria Minerva, você não ouviu o que ela falou durante a aula de Transfigurações? Ela pode mandar qualquer funcionário embora!
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  — Você acha mesmo que ela ousaria enfrentar a Minerva? A Minerva? — Emmett questionou, incrédulo.
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  — Se ela realmente tem tanto apoio do Fudge como ela diz que tem…
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  — E é provável que tenha — Daves concordou —, eles não a colocariam em Hogwarts se não tivesse!
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  — Achei que era só para abafar as histórias sobre Você-Sabe-Quem que o Potter conta desde a última prova… — Monty considerou, o corvino deu de ombros.
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  — Talvez inicialmente, mas parece mesmo que ela quer desmoralizar todos os professores e o próprio Dumbledore!
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  — Rogério tem razão — Diggory concordou suspirando ao passar a mão pelos cabelos — ou seja, não tenho opções, não é? — Os três permaneceram em silêncio por alguns instantes.
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  — Deveria falar para a o motivo de ter entrado na Brigada — Emmett aconselhou —, é claro que ela e os amigos odeiam a Umbridge, assim como quase toda Hogwarts — pontuou —, pelo menos ela vai entender que é pra tentar ajudá-la!
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  — Monty está certo — Davies colocou a mão sobre o ombro do loiro —, se você não falar o motivo, ela vai achar que é pelo futuro possível emprego no Ministério!
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  Diggory negou com um aceno:
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  — Sei que sim, mas se eu falar que é pra Umbridge não espalhar no Profeta sobre a família dela, vai ser pior. não vai querer que eu faça isso e é capaz de realmente arranjar problemas com a Umbridge, aí sim todo mundo vai saber sobre os pais dela!
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  — Você está sendo nobre e burro também! — Monty falou por fim. — Se não disser que está tentando ajudar, vão acabar terminando, sabe disso, não sabe?
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  Cedrico concordou, soube no mesmo minuto que Dolores Umbridge ameaçou contar para todos sobre a família da garota que ele não teria escolhas. Talvez não se importasse por Sirius ser inocente, mas quase ninguém sabia disso. Se descobrissem que ela é filha de dois dos maiores Comensais de Voldemort, a loira não teria mais um minuto de paz em Hogwarts, era capaz de o Ministério tentar até mesmo expulsá-la quando começassem a ser cobrados pelos pais de outros alunos.
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  Diggory não tinha opções, só esperava que fosse como fosse, ainda confiasse o suficiente nele para apenas aceitar suas escolhas.
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Cinco.

   sabia que tinha algo muito errado acontecendo com Cedrico, principalmente quando ele não a procurou por uma semana inteira, além de ter desviado da garota sempre que se encontravam nos corredores ou no Salão Principal. Ele apenas dava um sorriso amarelo e dizia estar ocupado, sumindo rapidamente de sua vista. Por mais que a incomodasse, não o procurou. Se Diggory queria ter segredos e, de alguma forma, concordava com o que o Ministério estava fazendo em Hogwarts, não era ela quem iria dizer alguma coisa. Se fosse sincera, ela só não tinha reclamado ainda, porque não tinha conseguido conversar com o namorado. O que a deixava três vezes mais frustrada que o normal.
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  Resolveu dedicar-se aos estudos, voltando a pedir ajuda para Hermione sempre que precisava e, agora que o time de Quadribol estava liberado por Umbridge, voltou a treinar com o máximo de empenho possível. Também estava ansiosa para a primeira reunião do grupo contra o Ministério, que aconteceria naquela noite, e ao notar que Harry parecia muito mais preocupado e nervoso com a reunião, tirou o dia de estudos para ajudá-lo a se acalmar e concentrar-se em outra coisa que não fosse a aula. Os dois passaram a parte da tarde que não tinham aulas sentados no gramado do terreno, tentando ignorar o vento frio que se aproximava e conversando sobre coisas banais que não os lembrasse de Hogwarts e nenhum dos problemas relacionados ao retorno de Voldemort.
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  Harry estava em uma luta interna sempre que ficava sozinho com a amiga. Preferia quando tinham Hermione e Rony ou quando estavam junto do restante do time, assim conseguia também focar sua atenção em outras pessoas. Ao mesmo tempo que gostava de passar um tempo com a loira, afinal ela era sua melhor amiga e sempre se divertiam juntos, achava cada vez mais complicado qualquer proximidade com . Ainda tentava ignorar os sentimentos que já havia reparado há alguns meses estarem mudando, preferia acreditar em qualquer outra coisa que não fosse a possibilidade, mesmo que mínima, de estar apaixonado por ela. Sentia o estômago embrulhar sempre que sequer considerava aquilo. era sua melhor amiga, ele não podia gostar dela daquela forma. E, a pior parte, ele sabia que não tinha possibilidade alguma de ela sentir o mesmo, pois gostava de Cedrico.
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  No início realmente achou que era apenas um pouco de ciúmes por saber que a loira estava passando mais tempo com Diggory e aproximaram-se o suficiente para ela o considerar um bom amigo. Imaginou que estava apenas com ciúmes ao imaginar que pudesse ter outro melhor amigo que não fosse ele (ou Rony), principalmente porque com toda a confusão de Sirius, a garota estava estranha e afastada de todos, mas próxima de Cedrico. Em sua cabeça imaginou que ela não queria mais ser amiga deles depois de ter conhecido o loiro que, além de mais velho, era bastante popular em toda a escola.
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  Após tudo resolvido, quando voltaram a se aproximar como os bons amigos que eram e sabia que embora agora também conversasse com Diggory, não iria excluí-lo, pensou que todo o ciúme havia ficado para trás e era até mesmo uma bobeira que realmente tivesse se sentido daquela forma. Ainda não gostava muito de Cedrico e sabia que o lufano também não era lá um grande fã do moreno, mas não se importava em ter uma “convivência pacífica”. Isso, é claro, até descobrir que os dois estavam saindo, o que já parecia estranho o suficiente.
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  Sabia que gostava do loiro, mas até então não parecia grande coisa, havia escutado diversas vezes de diferentes garotas o quanto ele era bonito (Harry não sabia o que viam nele, mas tanto faz), então podia sim ser só uma atração, Potter mesmo havia começado a achar bonitas várias meninas desde seu terceiro ano, não deveria ser nada demais. Mas não demorou muito para começarem a namorar e, a partir disso, Harry achou que poderia morrer sempre que via o casal juntos. Quis convencer-se que era o mesmo ciúme de antes, apenas o medo de ela se afastar dos amigos agora que tinha um namorado, mas não se afastou deles, inclusive, seguiu ao seu lado durante todo o Torneio Tribruxo, o defendendo sempre que achava necessário, independente de quem fosse.
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  Não queria se sentir daquela forma, menos ainda esperar que os dois terminassem para que, talvez, ele pudesse ter uma chance. gostava de Diggory e o loiro gostava dela também. Os dois estavam felizes. , sua melhor amiga, estava feliz. Aquilo deveria ser sempre o suficiente para ele, e mesmo assim, lá no fundo, uma parte de si torcia para que eles terminassem e, quem sabe, o olhasse diferente. Achava que poderia vomitar sempre que pensava naquilo. Sentia-se péssimo, o pior amigo que alguém poderia ter. Draco Malfoy talvez fosse melhor do que ele.
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  — Harry? — Virou-se ao ouvir a voz da loira, que o encarava com o cenho franzido. — Tudo bem?
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  — Tá sim, só estou pensando no que fazer mais tarde… — disse a primeira coisa que veio à cabeça, olhando para outro canto.
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  — E não era justamente para não pensar nisso que estamos passando frio?
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  — Ahn… Bem… — Deu de ombros, sem saber o que dizer.
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  — Relaxa, Raio, vai dar tudo certo!
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  Diggory havia acabado de enviar uma coruja aos pais e voltava do Corujal quando viu e Harry sentados juntos ao canto. Aproximou-se lentamente, ainda mantendo uma distância grande dos dois, apenas observando o que faziam por um tempo, queria saber o que tanto conversavam e por que estavam tão próximos. E, o pior, em sua opinião, é que não era a primeira vez que aquilo acontecia na semana, todas as vezes que encontrava com Black, ela parecia muito próxima de Potter. Por mais que tivesse prometido a si mesmo que não teria mais ciúmes de Harry, era algo quase impossível de se cumprir. Sabia que os dois eram amigos e respeitava, mas não via necessidade em estarem sempre tão próximos. Ele nunca ficava tão próximo das colegas quando estavam conversando.
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  No fundo não achava que ela pudesse traí-lo daquela forma, mas também não era como se Diggory estivesse sendo o namorado mais presente do ano no momento, o que só aumentava seu medo de a garota acabar por terminar o relacionamento já um tanto conturbado dos dois.
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  E se Potter realmente gostasse dela e se declarasse?
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  Cedrico sabia que Potter tinha muito mais em comum com ela do que ele, e os dois eram amigos desde a primeira semana em Hogwarts, eram melhores amigos. Também sabia que os dois tinham segredos demais, e, ele tinha certeza, nem Rony ou Hermione sabiam de todos.
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  Contudo, Diggory também sabia que Potter estava interessado em Cho Chang (pelo menos ele ainda esperava que estivesse!), tinha reparado, já no final do ano anterior, o quanto ele parecia nervoso quando a corvina se aproximava, e suas suspeitas foram confirmadas quando soube que o moreno a havia convidado para o Baile de Inverno. Diggory tinha até mesmo pensado em tentar ajudá-lo a conquistar Cho, mas não sabia qual era a melhor forma de abordar o assunto, os dois não eram amigos, não existiam razões para Cedrico chamá-lo para conversar e falarem da garota. Talvez ficasse muito óbvio que ele queria tirar Potter de perto de Black se o fizesse.
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  Na verdade, já tinha tentado puxar aquele assunto com a namorada, para saber como ela reagia à situação, e sorriu sozinho ao lembrar-se de como ela não pareceu se importar.
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   Isso é sério? Ah, não acredito que o Raio não me contou! Rolou os olhos. Coincidentemente, Cho passou pelo casal, apenas a alguns metros de distância. Com tanto que ele não a deixe pegar o Pomo-de-Ouro só porque ela é a namorada dele…
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  — Quer dizer que também seria errado eu falar para meu time deixar você fazer alguns gols? perguntou rindo. A garota o olhou com a sobrancelha arqueada, piscando em seguida.
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  — Ced, meu amor, eu não preciso da ajuda deles para marcar! E eu te conheço, você nunca deixaria isso acontecer; Quadribol é Quadribol, relacionamentos à parte.”
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  Porém, até onde Diggory sabia, Potter não tinha conseguido nada com Chang e continuava muito próximo de , mais ainda na última semana. E Cedrico sabia que tinha culpa, se não estivesse se esquivando da garota, talvez as coisas estivessem diferentes.
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  — Espiando sua namorada, Diggory? — Cedrico virou-se assustado, vendo Draco Malfoy parado ao seu lado com um sorriso enviesado em seus lábios. O lufano rolou os olhos, tornando a olhar para a frente.
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  — Como se eu precisasse…
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  — Eu acho que precisa ou não teria ciúmes sempre que a visse com Potter.
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  O apanhador tornou a virar-se para Draco.
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  — Como é?
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  Malfoy deu uma risada baixa, dando de ombros.
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  — Eu já vi sua expressão sempre que Potter se aproxima, Diggory. Você detesta vê-lo com minha priminha.
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  — Você não sabe do que está falando.
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  — Não sei? — ironizou, virando-se para a saída. — Você quem sabe, mas se fosse a minha namorada, eu faria algo a respeito.
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  Diggory sorriu de lado, irônico.
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  — Talvez eu devesse xingá-la na frente de todos, não? Parece um bom jeito de conseguir chamar a atenção de uma garota.
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  Malfoy o encarou por alguns instantes, chegando a abrir a boca antes de dar-lhe as costas, a raiva transparecendo em seu olhar.
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  — Babaca… — Diggory disse baixo, antes de tornar a olhar para o gramado, não encontrando ou Harry no lugar de antes e, ao olhar o relógio, se deu conta que estava atrasado para a próxima aula.
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  Assim que a Armada de Dumbledore terminou a primeira reunião do grupo na Sala Precisa, todos voltaram para seus Salões Comunais em grupos pequenos, tentando não chamar a atenção.
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  — Foi uma boa aula, Harry, já pode candidatar-se para professor de DCAT no futuro! — piscou para o amigo que riu, negando com a cabeça.
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  — Eu espero ter uma carreira maior do que um ano, obrigado! — comentou enquanto andavam de volta para a Torre da Grifinória.
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  — Eu nunca entendi, sabem? — Rony puxou o assunto, o cenho levemente franzido. — Por que todos os professores de DCAT só permanecem um ano?
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  — Ninguém sabe. — Mione deu de ombros, parecendo animada depois da reunião. — Mas não era assim antes, teve um professor que ensinou por quase trinta anos antes de sair, eu li em Hogwarts Uma…
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  — Ok, ok, mas pensem pelo lado positivo — cortou o pequeno discurso que os três sabiam que viria de Granger —, significa que só temos que aguentar Umbridge esse ano e no próximo ela já terá ido embora. Não pode ser tão ruim, não é?
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  — Poder pode, mas é um pensamento bom — Harry concordou.
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  — A luz no fim do túnel! — Weasley encerrou rindo junto com os amigos.
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  — Mas temos que tomar cuidado com ela e o pessoal da Brigada… — Hermione lembrou-os. — Além do mais… Eu… Eu… — Parou de falar assim que alguém entrou no corredor no qual estavam.
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  Os quatro ficaram em silêncio e Harry escondeu o Mapa do Maroto dentro do bolso, torcendo para que não fosse Umbridge. Poucos segundos depois, os quatro respiraram um pouco mais tranquilos ao notar que era Cedrico quem tinha virado no corredor, parecendo um tanto confuso ao notar os quatro por ali.
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  — Hm, já passou do horário… — Começou encarando-os desconfiado.
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  — Estávamos levando os dois de volta para a Torre — Hermione respondeu rapidamente, apontando para Harry e . — Eu disse que já estava tarde, mas… Bem…
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  — Entendo. — Cedrico pareceu um pouco mais mal-humorado ao entender que Black estava, novamente, sozinha com Potter, independente do horário que fosse. — É melhor vocês dois se apressarem, se mais alguém os vir aqui fora nesse horário, vão perder pontos.
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  — Tudo bem, obrigado. — Harry acenou com a cabeça, puxando pelo braço para que seguissem o corredor, Hermione e Rony ficaram um pouco atrás para ajudar Cedrico com a ronda.
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  — Podem ir, vocês dois — comentou em voz baixa —, também já estou indo para meu Salão Comunal.
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  — Bem, boa noite, Cedrico! — Rony sorriu antes de andar apressado atrás dos outros dois.
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  Hermione ficou parada por alguns instantes, olhando-o de canto ao notar que o mais velho parecia chateado.
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  — Vocês deveriam conversar — começou em voz baixa, atraindo sua atenção —, nós dois a conhecemos bem, se você não for o primeiro a puxar o assunto, não vai falar nada e vocês vão continuar brigados.
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  — Não estamos brigados…
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  — Muito bem, vão continuar sem se falar e se ignorando — corrigiu, os braços cruzados.
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  Cedrico suspirou, dando de ombros.
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  — Não tenho nada para dizer, eu sei qual é o problema e não posso mudá-lo. — Desabafou. — E vai continuar não aceitando, fim de papo.
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  — Eu sei que não é da minha conta, mas… — Esperou até Cedrico voltar a encará-la, concordando com a cabeça e a incentivando a continuar. — O que aconteceu?
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  Diggory bufou um tanto impaciente, passando a mão pelos cabelos e encostando-se na pilastra próxima, os braços cruzados e o olhar baixo.
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  — Sinceramente? Não faço ideia. Quando vi já estava com metade da escola me detestando por estar na Brigada, entre eles, minha namorada. Eu só queria que esse ano acabasse logo. — Terminou parecendo cansado.
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  Granger sorriu sem jeito, concordando com um aceno. Identificava-se muito com Diggory em alguns pontos, em outros nem tanto, mas gostava do lufano, ele era uma boa pessoa e um bom aluno.
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  — É seu último ano na Escola, você precisa ir bem nos NIEM’S e créditos extras são sempre bem-vindos, não?
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  Cedrico concordou após alguns instantes, Hermione colocou a mão em seu ombro, parecendo solidária aos seus dilemas.
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  — No final vai dar tudo certo, você vai ver. — Começou — Mas, Diggory, de verdade, se vocês dois não conversarem logo, as coisas vão piorar e vocês vão acabar terminando. Imagino que não seja isso que você queira, estou certa?
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  O lufano fechou os olhos, concordando com um aceno de cabeça, enquanto suspirava.
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  — Obrigado, Hermione. — Sorriu pequeno em sua direção. — Das bruxas da sua idade você é a mais inteligente! — Piscou, já tendo visto aquela brincadeira algumas vezes. Granger sentiu o rosto esquentar, negando sem graça.
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  No sábado pela manhã quando o Correio Coruja chegou, Diggory recebeu a resposta de sua carta enviada há quase duas semanas.
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“Demorei para responder, porque não sabia se queria dar conselhos para você. Talvez eu prefira que continue afastado da minha filha. Por outro lado, já recebi umas três cartas de falando sobre isso, e estou começando a me incomodar. Não tenho muito o que te dizer, imagino que você já saiba o que deve fazer, não? Fale com ela, Cedrico. Explique o motivo de ter aceitado entrar no grupo da Umbridge. Se você permanecer em silêncio, não demora muito eu serei obrigado a te azarar por fazê-la chorar. Gosto de você, Diggory, mas tenho minhas obrigações de pai.
  Apenas converse com ela, tenho certeza que vai entender.
  
  Sirius.”

  O lufano sorriu pequeno, achando engraçado a forma do homem tentar ajudá-lo.
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  Gostava de saber que tinha a confiança de Sirius e que o homem até gostava dele, mesmo que um pouco. Provavelmente as coisas mudariam se algum dia Black imaginasse o tipo de pensamentos que Cedrico tinha, mas até esse dia, o qual Diggory esperava que nunca chegasse, era bom saber que poderia conversar com o homem.
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  O conselho não tinha sido muito diferente do de Hermione na noite anterior, o que apenas confirmava o que ele já sabia: ou conversavam ou acabariam terminando, e aquilo era a última coisa que o rapaz queria. O problema era que ele não tinha o que dizer. Quando mandou a carta para Sirius, só contou que estava se sentindo pressionado por Umbridge a entrar na Brigada, mas a ameaça de revelar sobre a família deles só veio dias depois. E não tinha certeza se deveria contar ao homem sobre aquilo, não sabia exatamente qual poderia ser sua reação, e Sirius já tinha outras coisas para se preocupar. Aquilo era algo que Cedrico deveria resolver sozinho, de um jeito ou de outro.
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  Havia passado parte da noite pensando no que Granger tinha dito, sobre como as coisas só piorariam se eles continuassem fingindo que nada tinha acontecido, até chegar ao ponto que a melhor saída seria o término. Se já detestava ficar alguns dias longe dela, nem mesmo gostava de imaginar como seria se eles, de fato, terminassem. Gostava demais da namorada para sequer considerar não a ter ao seu lado e foi por tudo isso que, depois do café-da-manhã, saiu a procura da garota.
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  Diggory esperou no fim das escadas por vários minutos até passar por ali, já usando seu uniforme de Quadribol. Levantou-se apressado, chamando-a no instante seguinte.
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  — Oi…
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  — Oi.
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  Os dois se encaram por vários segundos até o lufano soltar o ar de uma única vez, parecendo frustrado consigo mesmo.
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  — Eu só queria te desejar boa sorte. — Sorriu de lado, vendo-a concordar com um aceno.
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  — Obrigada!
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  Continuaram sem conversar, apenas se encarando até o lufano fechar os olhos, baixando a cabeça e negando algumas vezes. Era estranho para ele não saber o que dizer ou como agir. Cedrico sempre sabia o que fazer em situações normais, mas nunca era tão fácil quando ela estava ao seu lado.
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  Já tinha imaginado aquela conversa algumas vezes, e em nenhuma pareceu tão difícil quanto estava sendo naquele momento.
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  No fundo nenhum dos dois sabia o que dizer, nem o que queriam ouvir. Apenas não queriam continuar naquela situação estranha e um tanto constrangedora. Estavam sem conversar há vários dias e quando acabavam no mesmo lugar, não sabiam como agir, inventando desculpas e afastando-se apressados. Não era assim que deveria ser, Cedrico estava em seu último ano em Hogwarts, queria aproveitar o tempo que tinha com a namorada antes de se formar, mas nada tinha saído como planejado por ele, muito pelo contrário. Nunca pareceram tão distantes como estavam naquele ano e, o próximo passo em sua cabeça, era o término. Algo que ele nem mesmo gostava de pensar.
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  — Eu realmente não sei o que dizer… — Colocou as mãos nos bolsos, ainda olhando para os próprios pés. o olhou por alguns instantes, notando que também não sabia como agir ou o que deveria dizer, por fim, resolveu fazer a única coisa impulsiva que lhe ocorreu naquele instante:
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  — Cedrico… — Começou com a voz baixa, não sabendo se teria coragem para terminar aquela frase, não tinha pensado sobre aquilo antes, mas agora que passou por seus pensamentos, parecia quase bizarro e ela já se arrependia por ter começado.
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  Encarou os olhos cinzentos do lufano por alguns instantes, tentando definir o que tinha ali, mas ele só parecia extremamente chateado e ela não fazia ideia do motivo, se era por estarem brigados ou se era por toda a situação. E se tivesse chegado ao ponto que ele não gostava mais dela? E se ela tivesse sido implicante o suficiente para ele deixar de querer ficar com ela? Sentiu o peito apertar com a ideia de Cedrico já não sentir o mesmo que antes. E se ele gostasse de outra pessoa? Talvez ele só não tivesse coragem de encerrar tudo com ela em consideração ao tempo que tiveram juntos.
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  Talvez não terminasse por medo do que Sirius poderia fazer. Diggory poderia ter se arrependido de tê-la pedido em namoro. Se fosse aquilo, o que ela faria?
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  — Vocêquerterminar? — perguntou rápida, incerta. Respirou fundo no instante seguinte, mas parecia que todo o ar do mundo não era o suficiente naquele momento.
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  Cedrico a olhou confuso por longos segundos, parecendo demorar para entender o que ela havia dito. Na verdade, ela notou que tinha dito rápido demais e que talvez ele realmente não tivesse entendido. Mas, antes que ela pudesse fazer a pergunta novamente, Diggory abriu a boca algumas vezes, mas não disse nada. Olhou para o lado, passando a língua pelos lábios secos, tornando a virar-se para , encarando-a nos olhos.
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  — Você quer terminar?
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  Se olharam por algum tempo, ambos pensando no assunto.
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  O que faria se Diggory dissesse que sim? Como passaria o resto do ano encontrando com ele pelos corredores, fingindo que nada aconteceu? E se ele começasse a namorar outra garota?
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  Diggory tinha a mesma coisa em mente, e se ela tivesse tocado no assunto porque queria terminar com ele? E se ela começasse a namorar Harry Potter ou qualquer outro cara na escola? E se ela terminasse com ele porque simplesmente não gostava mais dele? O que ele faria? Nem mesmo imaginava como seria passar dias, semanas e meses olhando para ela, sabendo que não era mais sua namorada e que não estavam mais juntos, que ela não gostava mais dele.
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  A falta de resposta dos dois lados os deixou ainda mais nervosos, sem saber o que se passava com o outro.
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  — Tonks! — Angelina chamou de repente, assustando-os. — O que está fazendo? Precisamos ir, o jogo já vai começar!
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  — Certo… — disse com a voz baixa, notando sua boca seca e a respiração acelerada. — Conversamos depois do jogo, ok? — pediu sem olhá-lo, não tendo coragem de encará-lo naquele instante. Desceu os degraus que faltavam andando apressadamente até Angelina, logo a seguindo para fora do Castelo em direção ao campo.
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  Diggory soltou o ar assim que notou estar sozinho, fechando os olhos e os punhos. Seu coração batendo acelerado contra seu peito. O que estava acontecendo ali? Como chegaram naquele ponto de um término estar sendo cogitado?
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  A partida tinha começado há vários minutos, o jogo seguia com a Grifinória ganhando por 40 a 0 e por mais que Cedrico tentasse se concentrar em assistir junto com os colegas, no fundo, parecia que nada estava acontecendo, embora tivesse escutado várias vezes os gritos de “Weasley é nosso Rei”. Sentia-se como se ainda estivesse na escadaria, aguardando a garota com o uniforme vermelho e o número 5 brilhando nas costas responder se queria ou não terminar o namoro. Seu coração parecia bater pesado contra seu peito, sua vontade era gritar da arquibancada, chamar seu nome e implorar para que ela não o deixasse. Queria gritar que a amava e que não se importava com o Ministério, nem Umbridge nem nada, porque se ela não estivesse ao seu lado as coisas não faziam sentido.
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  Será que ela realmente pensava que ele estava preferindo um trabalho no Ministério a estar com ela?
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  Diggory lembrava-se com perfeição da primeira vez que a escutou dizendo que o amava, logo antes da terceira prova do Torneio Tribruxo, e de como se sentiu quando escutou aquilo. Lembrava-se tão bem quanto todas as outras vezes que haviam tido ao longo do tempo que estavam juntos. Cedrico ainda se sentia do mesmo jeito quando a beijava, mas e se não fosse recíproco? E se ela não se sentisse mais do mesmo jeito quando estava com ele? Por mais que ele quisesse gritar que a amava, não tinha nada que ele pudesse fazer se ela não sentisse o mesmo.
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  — WOW! — Monty gritou ao seu lado e, automaticamente, Cedrico olhou para o céu, não demorando para ver que tinha acontecido algo grave na partida: Um dos batedores da Sonserina tinha arremessado um balaço contra uma das artilheiras da Grifinória, acertando-a em cheio.
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  — Ela está bem? — o moreno tornou a dizer ao seu lado, parecendo preocupado. Foi só aí que Diggory notou quem tinha caído.
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  A partida foi interrompida assim que atingiu o chão, com mais impacto do que gostaria por não estar controlando sua vassoura. A artilheira arrastou-se pelo gramado com a mão na cabeça, gemendo baixo enquanto os companheiros de time aterrissavam ao seu lado.
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  — Eu não acredito que ele fez isso! — Angelina gritava histérica, enquanto se aproximava. — Você está bem?
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  — ? — A voz desesperada de Harry aproximou-se de seus ouvidos e logo sentiu suas mãos tocarem-lhe as costas e o braço, enquanto ele tentava saber se ela estava bem.
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  Escutava Madame Hooch gritar com quem quer que fosse, mas não se importava, sua cabeça doía demais para prestar atenção em qualquer outra coisa. No fundo, perguntava-se como aquilo tinha acontecido, seu orgulho estava ferido. Como podia não ter visto um balaço vindo em sua direção?
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  Sabia que estava distraída naqueles minutos iniciais, por mais que tentasse prestar atenção no jogo, sua mente não parava de mostrar-lhe imagens de Cedrico Diggory, mas não achou que fosse o suficiente para cair da vassoura. Aquilo chegava a ser humilhante!
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  — Deixe-me ver, Potter, saia da frente! — Sentiu quando uma mão gelada lhe tocou o rosto, logo virando-a de lado e não demorando a reconhecer Madame Pomfrey olhando-a séria enquanto tentava ver se estava muito machucada.
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  — Tem muito sangue! — Rony falou mais ao fundo.
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  Black tentou levar a mão até a cabeça, mas foi impedida pela enfermeira.
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  — Sou eu quem tem que ver isso, Tonks — ralhou a mulher.
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  — Como ela está? — McGonagall perguntou apreensiva, chegando afoita até o gramado.
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  — Preciso de alguns minutos para saber…
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  — Ela pode continuar a jogar? — Angelina questionou após vários minutos, nos quais Pomfrey passou fazendo um curativo no corte grande na testa de , enquanto examinava os sinais vitais da jogadora.
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  — Eu diria que não. — A mulher começou, terminando o curativo. — Tonks precisa de…
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  — Eu posso jogar! — falou com a voz fraca, tentando sentar-se no gramado.
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  — Claramente não pode — a mulher ralhou, empurrando-lhe o peito com força para que voltasse a deitar. Escutava a torcida da Sonserina gritar, parecendo rir da situação inteira, enquanto os demais colegas xingavam. Harry estava ajoelhado ao seu lado, esperando para saber como ela estava.
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  — Eu já estou bem… — repetiu, respirando fundo e afastando as mãos habilidosas da enfermeira. — Eu posso continuar o jogo.
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  — Se o corte abrir…
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  — Eu faço outro curativo. — Virou-se para Potter assim que se sentou no gramado, sentindo a cabeça tornar a doer. — Pegue a droga do Pomo de uma vez, Raio.
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  Harry riu parecendo aliviado, concordou com a cabeça e esticou a mão ao se levantar, para servir de apoio para a amiga.
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  Cedrico pareceu impaciente por vários minutos em seu lugar nas arquibancadas, queria descer até o gramado e ver se a garota estava bem, mas não podia fazer isso. Não era seu time que estava jogando e, mesmo sendo monitor, não tinha autoridade para tanto. Acalmou-se um pouco ao ver que estava se mexendo, tentando levantar-se, mas foi apenas quando ela ficou em pé que ele respirou aliviado, notando que ela continuaria na partida mesmo com um curativo grande na testa e parte da cabeça enfaixada. Angelina aproximou-se para conversar com ela antes de a garota comentar algo com Rony e Harry e, então, tornar a pegar sua vassoura.
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  Madame Hooch voltou a apitar depois que o campo já estava liberado e os jogadores em suas vassouras, não demorando a jogar a Goles.
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  Diggory aplaudiu, comemorando entusiasmado quando a namorada marcou um gol, e comemorou da mesma forma as outras cinco vezes que ela repetiu o feito, embora tenha notado que em alguns momentos ela ficasse parada no ar, levando a mão na cabeça, parecendo cansada.
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  Desejou que Potter pegasse logo o Pomo para encerrar a partida de uma vez e, felizmente, seu pedido não demorou a acontecer. Pouco mais de três minutos depois, Harry alcançou o Pomo-de-Ouro, agarrando-o e dando uma volta pelo campo com a mão erguida.
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  Assim que o jogo terminou, Cedrico desceu o mais rápido que pôde, não demorando a chegar no gramado que tinha sido invadido pelo pessoal da Grifinória. Precisou de alguns minutos para encontrar , aproximando-se dela assim que a viu. Os dois se encararam por alguns instantes e Diggory pôde ver que o curativo que ela tinha já estava manchado de sangue novamente, olhando-a preocupado.
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  — Você está bem?
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  — Vou sobreviver. — Sorriu de lado, dando de ombros.
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  Cedrico concordou com um aceno, demorando alguns instantes para se pronunciar.
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  — Parabéns pelo jogo, foi muito bem…
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  — Obrigada!
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  — Tonks! — McGonagall apareceu no meio da multidão. — Ótimo jogo, agora você precisa ir à Ala Hospitalar e… Ah, Diggory — a professora sorriu quando o viu —, faça o favor de acompanhá-la, sim?
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  — Claro, professora.
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  O casal seguiu em silêncio, e Cedrico segurou na mão da garota quando foram passar no meio dos torcedores, para garantir que não se separariam. Sentiu seu coração bater apertado quando a mão dela envolveu a sua, sem saber se aquela seria a última vez que aquilo aconteceria ou não.
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   seguiu carregando sua vassoura, a qual Cedrico ofereceu-se para levar pouco depois, antes de irem guardá-la para, só então, seguirem para dentro do Castelo.
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  Madame Pomfrey terminou os curativos e pediu para a garota permanecer ali aquela noite em observação devido à pancada na cabeça, principalmente depois de ela ter dito que se sentia um tanto enjoada. Assim que a enfermeira deixou-os sozinho, Cedrico levantou-se da cadeira em que estava sentado, puxando a cortina ao redor da maca em que estava, dando-lhes um pouco mais de privacidade, tornando a sentar-se ao lado da garota pouco depois.
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  — Sente-se melhor?
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  — Com sono, na verdade, mas não posso dormir por algumas horas, então… — Deu de ombros, vendo-o concordar com um aceno.
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  — Você deveria contar a Sirius, ele vai gostar de saber que vocês ganharam o primeiro jogo… Mas provavelmente vai ficar preocupado com você… — Lembrou-se, franzido o cenho. riu baixo ao seu lado, concordando.
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  — Provavelmente vai querer saber quem foi… — ponderou por alguns instantes, após tornarem a ficar em silêncio. — Ele gosta de você, sabe? — comentou em tom baixo. — Meu pai…
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  Cedrico a encarou com a sobrancelha arqueada, um sorriso no canto dos lábios.
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  — Achei que ele estava esperando a melhor oportunidade para me azarar…
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  — Talvez. — Riu, olhando-o de lado.
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   baixou o olhar para o lençol que a cobria, passando os dedos pelo mesmo, sentindo o tecido distraída, enquanto tentava arranjar um novo assunto.
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  Diggory respirou fundo, esticando a mão e pegando na mão direita da garota, apertando-a gentilmente junto à sua. Os dois passaram alguns segundos olhando para seus dedos entrelaçados, sem nada dizer, até Diggory erguer o olhar para o rosto dela, começando em tom baixo:
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  — Eu não quero terminar. Eu sei que não estamos muito bem e que eu não tenho sido o melhor namorado do mundo nas últimas semanas, mas eu não quero terminar — desabafou, encarando os olhos . — As últimas semanas só não foram piores que as duas últimas horas que eu passei sem saber se você quer terminar comigo. Se você me disser que não gosta mais de mim, infelizmente não tem nada que eu possa fazer para mudar isso, mas se você me disser que quer terminar por causa dos últimos dias… … Eu sei que esse ano tem sido uma confusão, e pensamos diferente em alguns pontos, mas…
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  — Eu não quero terminar com você, Cedrico. Isso nunca me passou pela cabeça. – Apertou-lhe a mão, sorrindo de lado. — Não sei o que te fez entrar no grupo da Umbridge, realmente não acho que seja algo bom, e você está certo, estamos em lados opostos esse ano, por assim dizer, mas eu não terminaria com você por causa do Ministério, Diggory. Você é uma boa pessoa, independente do que esteja acontecendo esse ano.
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  Cedrico mordeu o lábio inferior, concordando com um aceno.
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  — Eu prometo que vou te explicar os meus motivos, eu só não posso fazer isso agora…
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  — Eu acredito em você, Cedrico.
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  O lufano suspirou aliviado, sorrindo antes de inclinar-se na cadeira, em direção à cama em que a namorada estava, encostando os lábios nos dela.
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Seis.

  Cedrico quase parecia uma nova pessoa, sentia-se mais animado do que tinha estado desde que o semestre havia começado, embora continuasse sem poder estar com a namorada o tempo todo, o fato de saber que ela entendia sua situação ajudava bastante e os encontros depois das aulas também eram bastante satisfatórios.
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  O jogo contra a Corvinal tinha sido complicado, mas conseguiram ganhar por uma diferença pequena de 80 pontos e agora estavam logo atrás da Grifinória na busca pela Taça. Era difícil, mas não impossível. Os estudos seguiram como sempre, deixando-lhe mais tempo do que gostaria na biblioteca, fazendo todos os trabalhos necessários e estudando para as provas que estava tendo antes da pausa para o fim de ano.
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  Seus trabalhos extracurriculares no momento não exigiam muito, com a Brigada Inquisitorial em um número cada vez mais alto, na maior parte do tempo ele só evitava que algum aluno da Sonserina exagerasse nos castigos e pontos descontados dos colegas das outras Casas.
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  Quase não ouvia mais reclamações sobre Potter e Black da professora já que os dois pareciam sempre muito comportados em aula e pelos corredores, Umbridge, é claro, suspeitava de algo e queria que Cedrico descobrisse o que eles faziam, mas o lufano não estava assim tão empenhado em passar essa informação. Era óbvio para ele que os dois estavam aprontando, mas ainda não tinha lhe contado nada e ele suspeitava que ela nem diria, principalmente depois de Diggory ter dito que escutou uma conversa de Umbridge com Snape, na qual ela pedia pelo Veritasserum.
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  Cedrico não ficava de todo feliz com a aproximação da namorada com Harry, mas tentava demonstrar menos o ciúme e até estava se saindo muito bem. Claro que ficava curioso para saber o que eles faziam e até acreditava que a professora estava certa ao achar que eles se reuniam com outros estudantes, mas não tinham perguntado para , e nem pretendia tão cedo, apenas para o caso de Umbridge usar o soro da verdade com o lufano. Além do mais, se ela confia nele e aceitou que Cedrico faria parte da Brigada mesmo sem saber o motivo, o loiro também estava determinado a demonstrar a mesma confiança, mesmo que não fosse assim tão fácil!
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   tinha acabado de sair do Salão Comunal, carregando sua bagagem já pronta para voltar para sua casa durante o feriado. Cedrico estava sentado no último degrau, esperando-a para irem juntos até o trem que os levaria de volta a Londres. , ele notou, parecia mais nervosa que o normal, embora não tivesse dito nada. Diggory queria perguntar por que Harry e os Weasley haviam saído de Hogwarts no meio da noite anterior, mas ela não parecia querer comentar sobre aquilo, mantendo a expressão nervosa em seu rosto. Estavam quase embarcando quando Dolores Umbridge a puxou pelo braço, parecendo mais histérica do que o costume.
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  — Você, senhorita, me diga, onde está Harry Potter?
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  Cedrico permaneceu ao seu lado, mantendo uma mão no ombro da namorada. A loira sorriu de lado para a professora, aproveitando aquele pequeno momento no qual a mulher não tinha qualquer vantagem sobre a mesma; McGonagall estava a poucos metros de distância.
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  — No meu malão ele não está, professora. Não posso ajudar, desculpe.
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  A voz insolente da mais nova fez a expressão da mulher alterar-se, parecia que uma veia explodiria em seu rosto. Umbridge sorriu da mesma forma, curvando-se levemente em sua direção.
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  — Se eu fosse você, tomaria cuidado com o que diz, nunca se sabe quando um segredinho pode se espalhar pela escola, não é mesmo, Black?
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  A garota respirou fundo, não deixando-se abalar, mantendo o sorriso em seus lábios.
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  — Ainda bem que eu sou eu e a senhora é a senhora, não concorda? — Baixou o tom de voz, dando um passo em direção à professora. — Eu também teria cuidado se fosse a senhora, até parece que está ameaçando uma aluna, filha de um assassino foragido de Azkaban… Eu me pergunto o que ele faria se soubesse… — Afastou-se, voltando ao tom alto e animado de antes. — Boas festas, professora.
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  Black virou-se uma última vez para olhar a expressão horrorizada de Umbridge antes de embarcar. Diggory estava sem saber como reagir, parte de si queria rir da cara de Dolores, mas outra parte preocupou-se com o que aquilo poderia gerar. E se Umbridge resolvesse se vingar dizendo que era filha de Sirius? Suspirou cansado, passando a mão pelos cabelos antes de seguir com a garota para um dos vagões do trem.
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  Cedrico aproveitou que Hermione tinha saído da cabine quando faltavam poucos minutos para chegarem à Estação de Kings Cross para despedir-se da namorada, já que não a veria pelas próximas duas semanas, queria que pudessem passar o Natal juntos, mas viajaria com sua família e estaria com Sirius e os Tonks.
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  Assim que chegaram à Estação, não demorou para avistar seus pais e Ninfadora, conversando em um canto um pouco afastados da multidão. Abraçou os pais antes de cumprimentar Dora e esperou enquanto sua mãe conversava com , que sempre parecia muito tímida perto de Rachel, o que o fazia rir levemente. Despediu-se beijando-lhe a bochecha, apertando levemente sua cintura, ouvindo-a rir contra seu pescoço antes de aparatar com os pais depois de passarem pelo portal, enquanto a loira agarrou-se no braço da prima para voltarem ao Largo Grimmauld.
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   sentiu os braços de Sirius ao seu redor assim que passou pelo corredor, não demorando nem dois segundos para corresponder ao abraço apertado do pai, contente por finalmente vê-lo depois de tantos meses afastados.
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  — Como está? — A voz rouca do homem perguntou baixo, antes de soltá-la.
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  — Melhor agora, pai! — Piscou animada, sabendo o quanto ele gostava de quando ela o chamava daquela forma.
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  Sirius passou a mão pela cabeça da filha, dando uns tapinhas parecidos com os que ela dava quando ele estava em forma de cachorro, algo como se dissesse “boa garota!, o que a fez rir antes de virar-se para cumprimentar o restante do pessoal.
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  Embora quisesse visitar o Sr. Weasley depois do ataque de Nagini, optou por ficar em casa e passar o tempo que tinha com o pai. Conversaram bastante e ele a ajudou com alguns deveres de casa, adorando poder relembrar as épocas de Hogwarts.
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  — E como estão as coisas com a Umbridge? — perguntou assim que a filha espreguiçou-se, deixando a pena sobre o pergaminho aberto. Ela deu de ombros.
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  — Talvez eu a tenha lembrado que você é um foragido perigoso de Azkaban… — comentou segurando um sorriso. O homem arqueou a sobrancelha, aguardando a conclusão da história. — Ela estava de marcação comigo e quis me ameaçar quando eu estava para embarcar, era óbvio que eu não deixaria por menos, não é verdade?
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  — O que foi que você fez?
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  — Ela quis dizer que se eu não falasse sobre Harry e os ruivos, ela poderia deixar escapar meu segredinho — deu de ombros novamente, tomando um gole de seu suco —, eu só a lembrei que você continua foragido e que seria interessante saber qual seria sua reação se descobrisse que alguém do Ministério está me ameaçando…
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  Sirius baixou a cabeça, mordendo o lábio inferior e fechando os olhos por alguns instantes, no fundo queria rir, mas manteve uma pose séria, suspirando antes de começar seu discurso de pai preocupado.
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  — Por mais que eu adore saber que você herdou essa parte de mim, você fez errado. Dolores pode mesmo espalhar na Escola que você é minha filha, e isso causaria muitos problemas…
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   cruzou os braços, encarando o mais velho.
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  — O Ministério sempre soube disso e mesmo depois que você escapou, nunca me perguntaram nada…
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  — Mas a maioria dos seus colegas não sabem, e é melhor manter dessa forma.
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  — Pai, o máximo que iria acontecer é terem medo de mim, o que eu acho ótimo para as partidas de Quadribol…
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  — Eu estou falando sério, .
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  — Eu também! — protestou, batendo com a mão na mesa. — Se o Ministério é burro de achar que você é um Comensal, o problema não é meu.
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  — Vai ser se toda a Escola souber que você é minha filha.
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  — Sirius Black III começou levantando-se com as mãos na cintura —, a filha sou eu e o sobrenome é meu. Se eu quem estou em Hogwarts não vejo problemas que todos descubram que meu pai é o primeiro bruxo que fugiu de Azkaban, por que você se importa? Além do mais, todo mundo que realmente me importa já sabe que sou sua filha! — Deu de ombros voltando a sentar-se, jogando os cabelos para trás. — Vão me prender por ser sua filha? Eu vou é ameaçar o Ministério todinho!
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  Sirius manteve-se sério por alguns instantes, abrindo um sorriso orgulhoso logo depois. Pensou em várias coisas que poderia dizer naquele momento, mas não conseguiu achar nada muito significativo, ao invés, levantou-se dando a volta da mesa da cozinha e beijando-lhe a cabeça antes de retirar-se por alguns instantes; não precisava vê-lo chorando.
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  O Sr. Weasley teve alta do St. Mungus na manhã de Natal e todos aproveitaram a ocasião para fazer um brinde em sua homenagem, entre tantos brindes que faziam aquele dia. Por Harry que tinha avisado a todos e assim salvo Arthur; por Sirius que emprestava a casa e Remo por ter sido o melhor professor que já tiveram; Rony, que era Monitor; pelos gêmeos que ainda não tinham recebido um berrador naquele ano; por que tinha perdido 70 pontos pela Grifinória; Gina que havia ido muito bem em sua estreia no Quadribol e pela Sra. Weasley que tinha feito uma comida muito boa; e, finalmente, pelo bruxo responsável por inventar o hidromel (embora Rony, Harry, e Gina não tivessem experimentado).
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  Ao terminarem a grande rodada de brindes, começaram a almoçar antes de trocar os presentes. Os Weasley deram seus famosos agasalhos tricotados à mão por Molly e esse ano, ganhou um preto com um grande “B” dourado no meio, o qual ela achou muito apropriado e vestiu de imediato já imaginando usá-lo quando fossem à Hogsmeade. Rony lhe deu uma barra de chocolates da Dedos de Mel, Hermione (que passava o Natal na França com os pais) lhe mandou uma nova coleção de penas, incluindo uma colorida que só era possível ver o que se escrevia após dizer um feitiço. Harry deu-lhe uma camiseta de seu time favorito de Quadribol (Holyhead Harpies) e Cedrico mandou-lhe uma enorme caixa de seus chocolates preferidos, a qual provavelmente demoraria meses para terminar (ou talvez apenas algumas poucas semanas!). Remo lhe deu um livro sobre Runas Antigas que era uma de suas matérias favoritas e, finalmente, Sirius saiu por alguns minutos da sala voltando com um pacote comprido e fino, que a filha não precisou de muitos segundos para adivinhar o que era.
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  — Achei injusto só ter dado uma vassoura nova para Harry, Feliz Natal!
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  — Vitor eu te amo, Vitor eu te amo sim! Quando estamos distantes, meu coração bate só por vocêeee!
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  Sirius e Lupin pararam na entrada da sala, olhando aquela cena e segurando a risada; dançando uma espécie de falsa com Fred, enquanto George e Harry cantavam fingindo reger uma orquestra. Gina gargalhava ao lado, sentada na ponta do sofá e vez ou outra juntando-se ao coro, já Rony estava emburrado no canto, os braços cruzados e o rosto tão vermelho quanto seus cabelos.
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  — O que está acontecendo aqui? — Black perguntou disfarçando a risada.
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  — Estamos reencenando a história de amor de Rony Weasley e Vitor Krum! — George começou a explicar, sendo atrapalhado por um grito de Fred.
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  — Krum bobão, Krum bobão!
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  — Ele é um artista! — completou juntando as mãos e suspirando, forçando uma expressão apaixonada. O grupo começou a gargalhar, principalmente quando Rony mandou-os calar a boca, dizendo que nunca tinha dito aquilo.
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  — Por que essa implicância? — Remo questionou sentando-se na poltrona próxima.
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  — Krum quase foi nosso cunhado — Gina comentou rindo —, mas Hermione Granger foi mais rápida!
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  Mais risadas vieram quando a ruiva terminou o comentário, fazendo o irmão ficar tão envergonhado que acabou levantando-se e subindo as escadas em direção ao seu quarto.
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  — Não deviam fazer isso… — Sirius comentou coçando a barba, olhando sério para os estudantes.
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  — Ele ficou assim agora, mas minutos atrás estava rindo quando estávamos imitando a ! — Harry explicou sentando-se no lugar que o amigo desocupou.
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  — Rony não sabe brincar! — concordou jogando-se no sofá oposto, no qual seu pai estava.
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  — Eu perdi essa imitação? Quero ver! — pediu sorridente, vendo a filha rolar os olhos e negar com a cabeça.
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  Os gêmeos levantaram-se no mesmo instante.
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  — Você sabe com quem está falando? — Fred afinou a voz, colocando uma mão na cintura e arqueando a sobrancelha, sorriu de lado antes de completar. — Black, herdeira do sobrenome mais nobre e importante do mundo bruxo.
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  — Eu nunca disse isso! — protestou em meio às risadas.
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  — Por enquanto, , por enquanto.
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  — Não vou negar que me pareceu uma ótima ideia, só preciso da oportunidade correta! — Sorriu esperta, fazendo-os rir por mais tempo.
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  — Remo, eu tenho uma dúvida — Harry chamou o homem, virando-se sério para o mesmo e atraindo a atenção dos amigos. — Sirius era arrogante em Hogwarts ou adquiriu essa característica sozinha?
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  — Ei! — Pai e filha falaram ao mesmo tempo.
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  Lupin riu baixo, concordando com a cabeça.
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  — Sirius até hoje é uma das pessoas mais arrogantes que eu conheço, acho que esse detalhe está impregnado no DNA dos Black, Régulo era igual!
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  — Ei! — reclamaram novamente, quase parecendo ofendidos.
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  — Não gostei do que você está insinuando, Aluado — o mais velho reclamou, cruzando os braços.
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  — Por Merlin, parece que estou vendo a ! — George comentou fingindo-se chocado.
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  — Ah, cala a boca! — a loira reclamou dando língua.
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  — Brincadeiras à parte, , George está certo. Você se parece muito com Sirius!
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  Os dois se entreolharam rapidamente, arqueando as sobrancelhas antes de darem o mesmo sorriso de lado, tão típico de ambos.
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  — Olha só, quem diria que mesmo com tantos anos distante você acabaria tendo as mesmas manias, não é? — Black sorriu para a filha, parecendo orgulhoso por notar tantas similaridades.
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  — Como eu disse — Remo interrompeu sorridente —, deve ser algo do DNA de vocês!
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  Sirius e Remo olharam surpresos quando viram Harry, e os gêmeos descendo as escadas, usando seus uniformes da Grifinória, enquanto Gina vinha mais atrás usando uma capa preta e os cabelos presos em um coque apertado, um livro embaixo do braço e a varinha na mão. Parou no último degrau, gritando com o quarteto:
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  — Por que eu não estou surpresa em ver vocês dois em detenção, de novo? — questionou ríspida, na sua melhor imitação de Minerva McGonagall.
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  Harry, que tinha os cabelos mais armados que o normal, passou a mão pelos mesmos tentando parecer ainda mais desleixado, exatamente como diziam que seu pai fazia.
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  — Não foi nossa culpa, professora, Almofadinhas…
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  — Ei, não venha colocar a culpa em mim, Pontas! — protestou, tornando a erguer o rosto para a professora, arrumando sua capa e mantendo a pose elegante, os cabelos curtos e pretos levemente ondulados nas pontas, o que surpreendeu Sirius que não fazia ideia que a filha já tinha tamanho domínio em Transfiguração.
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  — Professora — Fred e George começaram, passando na frente do casal, os cabelos claros da cor de Lupin, as roupas um pouco sujas e um arranhão falso em suas bochechas esquerdas —, eu tentei pará-los, sinto muito. Fracassei no meu dever de Monitor! — Baixaram a cabeça ao mesmo tempo.
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  Sirius e Remo não conseguiram controlar a gargalhada depois daquela frase, Black curvando-se ligeiramente, a mão na barriga.
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  — Quase uma viagem ao tempo! — Lupin comentou em meio a risadas.
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  — Eu nunca mais conto nada sobre essa época, vocês usam contra nós!
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  — Ainda bem que vocês pararam, já estava imaginando que teria que fingir beijar alguém! — comentou rindo, apontando a varinha para o próprio cabelo que voltou a ser loiro e comprido, enquanto sentava-se no sofá, seguida pelos outros quatro; Gina soltou o coque e Harry tentava baixar os cabelos curtos. Os gêmeos não pareciam se importar com os cabelos claros, deixando-os daquela forma e apenas limpando o corte em seus rostos.
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  — O que quer dizer com isso? — Sirius questionou com a sobrancelha arqueada.
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  — Remo me contou que você beijava todo mundo, pai. — Deu de ombros, sem se incomodar.
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  — Quem diria que Cedrico seria tão parecido com Sirius, hein? — Fred comentou pensativo.
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  — Como é? — o homem tornou a perguntar, parecendo confuso.
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  — Cedrico namorou Hogwarts inteira antes de começar a sair com a loirinha aqui! — o Weasley explicou-se, olhando de canto para a garota.
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  — Pois é, esse é o tipo de coisa que ninguém precisa relembrar, obrigada. — Rolou os olhos, entediada.
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  — Cedrico Diggory? — Black pareceu extremamente surpreso. — Aquela cara de bom moço é apenas para me enganar?
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  — Talvez seja esse o charme dele… — Gina comentou em voz baixa, vendo concordar com um aceno.
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  — Cedrico até saiu com a namorada do Harry! — George relembrou, fazendo tanto Potter quanto mexerem-se desconfortáveis. Harry já se xingava mentalmente por ter aberto a boca e contado a Rony que havia beijado Cho. Talvez se não tivesse feito aquilo, os gêmeos não teriam escutado e ficassem comentando pouco a pouco!
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  — Ela não é minha namorada…
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  — Mas você estava a beijando pelos corredores, logo ela é algum casinho… — Fred replicou rindo, vendo-o ficar vermelho. Depois de Rony (o qual continuava emburrado no quarto), Harry era sua segunda pessoa favorita para envergonhar.
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  — Como é que é? — Sirius encarou o afilhado, que deu de ombros. — Quem é?
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  — A japonesinha Chang, que deu o fora no Harry ano passado! — George explicou.
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  — Ela não me deu o fora, só tinha outro par…
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  — E foi aí que o Harry chamou a para o Baile e ela não quis ir!
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  — O QUÊ?
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  — Não foi nada demais, pai…
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  — Você chamou minha filha para um baile, Harry Potter? — Sirius virou-se sério, encarando-o descrente. Harry olhou assustado para o padrinho, então o homem passou a encarar a filha, sentada ao lado de Potter. — E por que foi que você não aceitou?
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  — Porque eu já tinha combinado de ir com Cedrico. — Deu de ombros novamente, passando a língua pelos lábios. — Harry me deixou como segunda opção, papai. Minha autoestima foi atingida!
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  — Ah, cala a boca! — Potter comentou baixo, um tanto envergonhado.
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  — Eu não acredito no que estou vendo, você deixou minha filha como segunda opção?
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  — Por um instante achei que Sirius estava com ciúmes, agora tenho a sensação que ele está triste por não ter ido… — Remo comentou coçando a barba rala.
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  — Sirius, me diz uma coisa — Fred começou, sentando mais na ponta do sofá e encarando o homem —, você e James tinham algum tipo de plano de juntar o casalzinho aqui — apontou para os dois amigos — quando eles crescessem, para juntar as famílias?
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  — O quê? — Black falou com a voz uma oitava mais fina, pigarreando antes de continuar e levantando-se do sofá, afastando-se em direção às escadas. — É claro que não, é cada ideia…
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  Remo começou a gargalhar, enquanto os adolescentes o encaravam um tanto confusos.
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  — Isso foi um sim?
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  Na manhã antecedente ao retorno para a escola, deram de cara com a manchete do Profeta Diário confirmando que Umbridge finalmente havia cumprido com sua ameaça, mesmo que não tivessem como provar que ela era a culpada.
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EXCLUSIVO: SIRIUS BLACK E VICTORIA LESTRANGE TIVERAM UMA FILHA E ELA ESTÁ EM HOGWARTS!

  O notório assassino Sirius Black, fiel seguidor D’Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, ganhou as primeiras páginas do nosso jornal há dois anos, sendo o primeiro bruxo a escapar de Azkaban.
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  Black segue desaparecido, embora o Ministério garanta que continua com uma Força Tarefa para localizá-lo, segundo informações, a última vez que Black foi avistado foi em um vilarejo ao norte da Irlanda.
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  Quem ainda está em Azkaban é, a também seguidora de Você-Sabe-Quem, Victoria Lestrange.
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  O casamento de Black e Lestrange passou despercebido por todos, não seja mesmo uma surpresa já que todos sabemos que famílias Puro-Sangue gostavam de manter os laços, mas o que chamou nossa atenção foi descobrir que o Ministério Bruxo e o Ministro, que deveriam sempre zelar pelo bem-estar geral da nossa comunidade, preferiram manter em segredo o fato de eles terem tido uma filha.
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  Isso mesmo, um dos casais mais fiéis a Você-Sabe-Quem teve uma filha e a Ministra da época, Millicent Bagnold, aceitou não divulgar essa informação após a ida do casal para Azkaban! Dois Comensais da Morte tiveram uma filha e o Ministério deixou toda a comunidade bruxa sem saber e, pior, a deixaram ir para Hogwarts!
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  Sabemos que muitos dos nossos leitores têm filhos na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts nesse momento, prontos para voltarem depois de passarem as festas de final de ano em casa, por isso resolvemos fazer o que o Ministério não fez e divulgar essa informação, afinal, é o mínimo que todos merecemos! Os pais precisam saber que seus filhos estão em segurança!
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   Lestrange Black está no seu quinto ano em Hogwarts e pertence à Grifinória, Dumbledore e outros professores sabem sobre a linhagem da garota e também a deixou ir para Hogwarts. Segundo informações de nossa fonte, está sempre envolvida em atividades suspeitas, sendo muito próxima de Harry Potter (imaginamos que ele não deva saber sobre o histórico familiar da garota!). O que também nos leva a questionar essa amizade entre os dois. Será que ela tem algum interesse nessa aproximação do Menino-Que-Sobreviveu? Há dois anos Sirius Black invadiu a Torre da Grifinória (outra informação que todos falharam em divulgar!), todos sabemos que é necessária senha para entrar nos Salões Comunais das Casas… Como ele conseguiu esse acesso?
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  Deixamos aqui nossa solidariedade aos pais e alunos que deveriam ter sido informados sobre a presença da filha de Sirius Black, sabendo que os mesmos podem correr um risco maior com ela em Hogwarts enquanto o pai continua foragido.
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  Esperamos que tanto o Ministro Cornélio Fudge quanto o diretor Alvo Dumbledore tomem a decisão correta e protejam nossas crianças!
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Lelen
Admin
2 meses atrás

Ai, respirei aliviada, grazadeus. Agradeço, Reh 😂😂
Agora bora ver o que poderia ter sido do Cedrico SE J. K. NÃO TIVESSE DECIDIDO MATAR O POBRE.
Eu preciso ler o começo da primeira parte porque eu tô bem “oshi, mas e esse Sirius aparecendo em público?” 😂
Mas guenta aí que uma hora eu consigo me atualizar nessa questão kkkkk
Esperando o resto 🥺🥺🥺

PS: Eu também me preocupei com o cachorro latindo kkkkk E agora vamos ver a Ordem se reunindo e a Armada de Dumbledore surgindo <3

Lelen
Admin
1 mês atrás

Gente, eu não enxerguei as coisas da mesma forma que o Cedrico, falei HAHAHA
Na minha cabeça é “a bichinha tá preocupada com ele”, mas às vezes eu que sou muito inocente com as pessoas 😂😂😂
E eu NÃO TÔ PODENDO COM ESSE SÍRIUS PAI 🥺🥺🥺🥺 Tô morrendo de amores, MEU GZUS.
Eu tenho a impressão que o Fred falando mais alto ali foi o grito de alerta de pai chegando pra Sam, mas só meus achismos LOL
Morri com o senhor Almofadinhas dando abracinho de cachorro nos bebês dele e abanando o rabo pro Cedrico 🥺 agora estou com o pé atrás com o Draco, senhor fuinha vai meter o nariz onde não deve, né?
Vou lá ler o resto da história <3

PS: Tu podia salvar o Fred da morte também, né? HAHAHAHAH

Lelen
Admin
1 mês atrás

Gente, eu tava tão preocupada com as mortes e tal que tinha até esquecido que eu tenho ranço de A Ordem da Fênix por causa da Umbridge (e porque no livro o Harry tá muito aborrecente e o Sirius morre), MEU SANTO DEUS, SOCORRE QUE O MEU ÓDIO POR ESSA CARA DE SAPO NÃO É POUCO NÃO.
Eu só “espero que você não me desaponte, Cedrico” com esse final de capítulo. (mas eu confio que Ced não nos deixará na mão nunca :B).
Mal posso esperar pra chegar logo nas aulas da AD HEHEEHEHEH

Lelen
Admin
1 mês atrás

Mas gente, OLHA AÍ A FALTA DE COMUNICAÇÃO, PQP. Por mais que você pense que sabe sobre como uma pessoa vai reagir ao que você vai falar, finge que não sabe e FALE.
A hora que for falar a real razão sobre Cedrico e Brigada, uniremos o útil ao agradável (nem tanto) e teremos o “espião” infiltrado tão importante, veja aí.
Mas não, vocês mocinhos querendo “proteger” as mocinhas amadas, né? u.u
O duro é que esses dois tinham acabado de fazer as pazes E JÁ VÃO FICAR NESSA DE MAL ENTENDIDO DE NOVO NOVAMENTE.
Eu tô ofendida. kkkk
Vou esperar por mais desenrolares da história, é isso. HASDOIASHDO

Lelen
Admin
1 mês atrás

Tá vendo, se Cedrico ouvisse o que eu tô falando, já tinha resolvido a treta faz muito tempo. Mas não, precisou ainda da Hermione e do Sirius pra convencer o serzinho a ir conversar com a Sam.
Tudo bem que a Sam também podia muito bem ter ido lá pra tentar entender o que estava rolando, mas enfim 😂😂
Agora eu tô só no aguardo pra ver Ced agindo como agente duplo nesse meio todo aí (me recuso a aceitar que ele não vai fazer parte da A.D. de alguma forma 🧐).
E eu MORRO toda vez que o Sirius surge agindo como paizão, esse homem 🤧🤧 merece todo o amor do mundo, obrigada. <3
E alguém por favor dá um socão na carinha bonita do Draco? Ele é um dos meus favoritos desde A Pedra Filosofal, mas eu também tenho limites, sabe? 😂

Lelen
Admin
4 dias atrás

Gente, eu amei essa cena do povo imitando os Marotos, deu até um cisco no olho 🥹
E eu tô com medo de quanto tempo essa calmaria vai durar pro nosso casal principal, apesar de eu torcer para tudo ficar em paz até o final e o foco seja outro drama kkkkk
E eu amo o Sirius sendo pai, por favor, ele merecia esse final feliz 🥹🥹


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