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Quiz #006
// O Tema
Qual cor representa seu próximo personagem?
// O Resultado
Verde


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Esta história não possui capas prévias (:

Bellorum

Primavera de 2012

   acordou assustada, elevando sua mão direita na altura de seu coração como se estivesse sentindo falta de ar. Teria tido um pesadelo? Retomando seu fôlego, se espreguiçou em um largo bocejo e se levantou da cama.
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  A jovem garota morava com sua mãe adotiva, Marie Fletcher e mais seus dois filhos biológicos, Yasmin e Junior. A casa era modesta e pouco distante do centro comercial, bem ao final da rua Saphira onde se encontrava as residências mais antigas da cidade.
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  Antes da porta de entrada havia uma pequena varanda com alguns vasos de plantas pendurados no teto de madeira. As paredes pintadas de verde água, enquanto as madeiras de marrom escuro para destacar um pouco mais. Em um dos lados, um banco vazado com um estofado florido e do outro uma cadeira de balanço que Marie adorava sentar para relaxar. Na entrada da sala ao lado da porta uma escrivaninha com o telefone, um jogo de sofá de tecido camurça marrom no canto da janela ao lado da porta para o corredor da cozinha, em uma outra parede um rack de madeira com uma televisão. As paredes internas da casa eram beges, os marcos e as portas no mesmo tom de marrom da área externa, a cozinha americana um pouco pequena, no centro havia uma ilha que continha o fogão e dos lados uma bancada com banquetas altas. A pia ficava embaixo da janela que dava acesso aos fundos da casa e o banheiro era no corredor para cozinha.
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  Voltando à porta de entrada havia uma escada em frente a porta para o segundo andar, nele havia outro banheiro e dois quartos, um de Marie e outro de Yasmin, sua filha mais velha que estava fazendo intercâmbio em Londres, fornecido pela Continuum após vencer um concurso de jovens estilistas amadores. O quarto de Junior era no sótão, sua decoração espacial deixava o lugar mais confortável e estimulante a imaginação da criança.
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  Mas e ? Havia outra porta no corredor ao lado da entrada da cozinha, que dava acesso a escada para o porão da casa, onde seu quarto estava instalado. Mesmo sendo debaixo da casa, era o lugar mais amplo e confortável, ela se sentia bem e tinha muita privacidade. Exceto quando seu melhor amigo entrava sem ser convidado pelo estreito basculante que havia na parede frente à porta.
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  Ainda em seu quarto trocou de roupa. Vestindo-se com seu básico jeans preto e regata branca, um singelo All Star xadrez e seu inseparável cachecol. Subiu para a cozinha já com sua bolsa transversal no ombro direito, cumprimentou sua tia e Junior com um sorriso fraco e sentou na cadeira colocando a bolsa no chão ao seu lado, ainda se sentindo estranha devido ao sonho.
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  — O que houve, querida? — perguntou Marie, servindo-se de uma xícara de chá.
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  — Hum… — suspirou pegando um dos copos vazios que estava na mesa e o encheu com um pouco de leite — Acho que tive um pesadelo.
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  — Com o quê? — indagou Marie.
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  — Não sei, só me lembro de alguém gritando. — ela bebeu o leite em algumas goladas — Não quero nem tentar lembrar, acordei com falta de ar, como se fosse comigo.
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  — Deve ter sido por causa do filme de ontem. — explicou Junior se deleitando na salada de fruta coberta de leite condensado.
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  — Não acho que seja Juny. — retrucou ela o chamando carinhosamente pelo apelido.
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  — Bem, tome seu café tranquilamente. — Marie se levantou em direção a porta — Leva o Junior para mim hoje?
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  — Claro, mãe. — disse sorrindo e piscando para o primo.
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  — Juízo os dois. — Marie sorriu e pegando sua bolsa, saiu em direção à garagem.
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  A mulher estava um pouco atrasada para a reunião na prefeitura, a respeito do tradicional Festival da Torta da cidade de Cliron.
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  — Coma tudo, Juny. — sorriu para o primo terminando de tomar seu café, pegou sua bolsa a ajeitando no ombro — Vou escovar meus dentes e já volto.
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  — Tudo bem. — Junior sorriu de leve e voltou sua atenção para sua tigela que ainda continha alguns pedaços.
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  Naquela sexta-feira, a High School Robert Cliron completava três semanas de reformas constantes, por isso, as aulas estavam começando um pouco tarde. Deixando os alunos com uma boa parte do período da manhã livre, um dos argumentos de Marie, para pedir a filha que cuidasse do irmão mais novo.
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  Ao chegar à escola, e Sunny já lhe aguardavam no corredor principal.
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  — Finalmente, está atrasada. — reclamou ajeitando sua mochila.
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  — O que importa é que cheguei. — disse já esticando o pescoço em direção ao celular de Sunny. — O que você está escutando aí? — pegando o fone da amiga e colocando em seu ouvido direito.
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  — Meus k-idols, por quê?
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  — Ei, . Não mude de assunto. — reclamou .
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  Ela riu do amigo brevemente, e ficou séria ao ver que em sua direção estava vindo Polly, a garota popular e ainda surpreendente, namorada de :
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  — Oi amor. — disse ela dando um selinho nele.
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   sorriu meio desconjuntado pelo selinho, mas segurou com carinho a mão dela.
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  — Oi Polly. — disse Sunny se desligando do seu celular.
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  — Oi. — e respirando fundo, Polly direcionou seu olhar para — Oi .
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  — Bom dia. — respondeu rapidamente já se direcionando para a biblioteca.
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  Afinal, já havia percebido que Polly não ia com a sua cara e não gostava de sua amizade com o namorado dela. Apesar de serem amigos desde a infância.
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  — Onde você vai? — perguntou .
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  — Biblioteca. — respondeu de forma apressada puxando Sunny consigo.
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  Neste instante Monsh e sua irmã gêmea Clair, que era a melhor amiga de Polly, já se aproximava deles. Dando um breve bom dia, se apressou para seu destino, porém sem companhia, pois Sunny havia sido cautelosamente puxada por Monsh para o canto de um dos armários. Ao chegar à biblioteca, encostou-se à porta ajeitando seu cachecol e permaneceu em silêncio observando um rapaz, que trajava uma blusa preta e estava totalmente encapuzado, recebendo alguns livros da Srta. Krystal Bellini:
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  — Bem, estes são os últimos. — disse ela já se virando em direção a uma das prateleiras atrás da bancada — Que bom que chegou , já reservei para você o livro que me pediu. — pegando o livro, Krystal olhou em direção a porta.
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  O rapaz seguiu a direção do olhar dela, até ver encostada na porta de braços cruzados. Seus olhos se cruzaram, como se eles se conhecessem há muito tempo. Ambos se mantiveram sérios e silenciosos.
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   ergueu seu corpo e caminhou até eles, pegando o livro das mãos de Krystal, sorriu em agradecimento e saiu, encostando-se na parede ao lado da porta.
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  — Tem certeza de que são somente esses? — disse o rapaz.
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  Sua voz era grave e baixa, passava firmeza. Krystal assentiu de imediato. Ele então colocou os livros em sua mochila e se dirigiu a porta, que ainda estava do lado de fora resolveu entrar novamente, foi neste momento que ambos esbarraram um no outro. Ele segurou nos braços dela tentando sustentá-la de pé, devido ao impacto de seus corpos. Seus olhos encontrados, engoliu seco sentindo suas pernas paralisadas. Ele com sua face séria afastou o corpo dela do seu e se desviando seguiu em frente indo em direção as escadas.
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   respirou fundo, e tentando voltar à realidade seguiu para sua sala, onde seus amigos já a aguardavam. Ao chegar os comentários já estavam rolando no ambiente.
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  — Me disseram que ele voltou ainda mais bonito. — comentou Clair — Acho que seu reinado está com os dias contados, .
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  — Jamais, querida. — retrucou tentando demonstrar nenhuma preocupação — Eu sempre serei o rei popular.
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  — Do que estão falando? — perguntou ao chegar perto.
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  — Da volta dos que não foram. — respondeu Monsh arrancando risadas de todos.
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  — Eu deveria entender? — retrucou de forma séria.
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  — Simplesmente seu rival voltou. — respondeu Sunny mantendo sua atenção em seu mangá.
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  — Rival?
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  — Ah , não se lembra dele? — perguntou Clair se levantando de sua mesa e sentando na cadeira — A pessoa que quase te fez ser expulsa da cidade.
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  — ? — disse ela surpresa, pois já havia quatro anos que não tinha notícias dele — , voltou?
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  — O próprio. — respondeu Polly com sua voz de superioridade — Corre boatos que ele estava na biblioteca.
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  Claro que Polly amava ser sarcástica em alguns momentos, principalmente se isso irritasse a amiga do seu namorado. No mesmo instante, a mente de voltou ao momento em que ela esbarrou no rapaz. Ela sabia que já tinha visto aqueles olhos antes, mas não se lembrava de onde. Então era ele, . O garoto que vinha mantendo rivalidades com ela desde o fundamental. Ele tinha mudado muito, principalmente em seu porte físico.
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  — Mas ele não estava em um colégio militar no Brasil? — perguntou .
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  — Brasil? Ele não estava na Alemanha? — indagou .
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  — Eu ouvi que ele tinha ido para a casa do tio no Texas. — respondeu Polly.
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  — Vai saber. — Clair riu e completou — Mas parece que o pai dele voltou pra cidade de novo, como xerife. — e ironizando — Família Bellorum junta novamente, com direito a irmão mais velho detetive.
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  — Vamos falar de algo melhor? — reclamou .
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  — Isso tudo é ciúmes? — brincou Monsh.
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  — Por que “meu” teria ciúmes? — perguntou Polly deixando seu olhar se desviar para .
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  — Nada, só brincadeira. — desconversando, Monsh sentou-se direito na cadeira virando-se para frente disfarçando seu riso.
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  Não demorou muito e o professor de álgebra, Will Anderson, entrou na sala já pedindo aos alunos para abrirem o livro, pois teria uma avaliação especial na próxima semana, e faria revisão da matéria ensinada. As horas se passaram e ao final da aula foi até a secretaria, ela precisava de uma permissão para ficar na escola a noite ajudando Krystal a catalogar os livros da biblioteca. Logo quando abriu a porta para entrar na sala de atendimento, ela esbarrou novamente em uma pessoa, ao levantar seu olhar para pedir desculpas, viu que era .
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  — Desculpa. — sussurrou ela.
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  Ele a olhou, mantendo-se em silêncio.
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  — Ah, aqui está você. está chamando para o ensaio. — disse Sunny chegando perto de ambos sem perceber o que estava rolando — Oh, . Não havia te visto aqui. Tudo bem?
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  — Claro. — ele se afastou, deixando escapar um sorriso disfarçado e saiu em direção a porta da frente do prédio.
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  — Está tudo bem, amiga?
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  — Sim, Sunny. — assentiu e entrou na sala.
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  Do final da tarde até o início da noite , Sunny, Monsh e passaram as horas na sala de música. Eles haviam montado um grupo de dança e estavam ensaiando a coreografia da nova música que tinha escolhido para apresentarem no Festival da Torta.
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  — Eu ainda acho desnecessário essa coreografia ser complexa. — disse Monsh com sua timidez após errar pela quinta vez a sequência de passos — Não podia ter inventado algo mais básico?
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  — Não é desnecessário, não podemos fazer algo básico. Você nunca viu as coreografias do EXO? São impecáveis. — explicou Sunny.
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  — As o que de quem? — Monsh a olhou confuso.
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  — Não adianta, Sunny, ele não sabe nada desses japoneses. — disse sentado no chão em risos — E nem entende de sincronia na dança.
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  — Não são japoneses, são coreanos. — corrigiu segurando o riso.
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  — Que seja, é tudo da Ásia.
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  — Olha lá o modo como fala dos meus bias, . — repreendeu Sunny fechando a cara.
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  — Calma, amiga, um dia eles aprendem. — aconselhou indo em direção sua mochila — Mas Monsh, comece fazendo uma maratona de Step Up, assim vai ver o que é dançar de verdade.
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  — Já vai embora?
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  — Preciso chegar cedo hoje. — explicou ela olhando o amigo — Desculpa, mas eu já peguei a coreografia, , você e o Monsh que fique treinando mais. — colocando a mochila em suas costas ela andou até a porta — Vejo vocês amanhã?
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  — Amanhã não dá. Vou para Seul. Aniversário da minha avó, só volto na terça.
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  — Que fofo amiga!
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  — Nós temos treino do time de basquete amanhã. — lembrou Monsh.
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  — Então, até segunda. — disse ela saindo.
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  Ao chegar em casa, foi direto para seu quarto. Estava cansada e a única coisa que queria era sua cama. As horas se passaram com ela dormindo. No relógio já marcava 2h30 da madrugada, no quarto de o sono reinava, até o momento em que começou a jogar pedrinhas na janela:
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  — Oh não! — disse ela ainda sonolenta, ao acordar.
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  — ! — chamou ele elevando um pouco a voz.
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  Logo o celular dela tocou, era uma mensagem de .
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  “Vem logo, estou te esperando! – C.”
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   respirou fundo já prendendo seu cabelo fazendo um coque, trocou seu pijama de bolinhas por um conjunto de calça e blusa moletom e seu cachecol. Subindo em sua cama, abriu o basculante e saiu, indo até seu amigo que já a esperava na moto.
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  — Tinha que ser hoje? — reclamou.
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  — Ai , deixa de desânimo. Monta aí! — respondeu ele animado.
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  Montando em sua moto, seguiram pela estrada principal. Chegando ao bosque da cidade, eles foram em direção à clareira norte, onde em meio às imensas rochas, se encontrava nascente do rio que abastecia o lago Lumus. deu um giro suave sentindo a luz que vinha da lua tocando sua pele, o frescor da noite era tão bom quanto que a deixava animada de alguma forma.
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  — A noite está mais bonita hoje, olha quantas estrelas no céu! — comentou , ao escorar a moto dele.
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  — É verdade, que tal uma corrida? — sugeriu ela.
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  — Mas já?! Vamos aproveitar a brisa da noite, também passei a tarde dançando, meu corpo está moído. — reclamou ele elevando sua mão direita em seu pescoço.
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  — Please, deixa de reclamar. Foi você quem insistiu para virmos aqui hoje.
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   a olhou por um momento e sorriu com malícia.
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  — Tudo bem, Um….
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  — Ei! Não vale, nem me preparei. — reclamou ela.
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  — O problema é seu. Dois…
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  — ! — gritou ela.
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  — Três! — ele começou a correr em direção ao fundo do bosque — Te vejo na linha de chegada! — gritou.
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   olhou contrariada, começando a correr. Corridas noturnas era o segredo de e para aguentar as pressões e cobranças de suas famílias. Mesmo Marie sendo uma mãe atenciosa e compreensiva, não era fácil criar seus filhos sozinha, sem o apoio da Família Fletcher. Já , por ser filho do diretor da escola e a melhor médica do hospital da cidade, a cobrança acadêmica era bem maior, pois seu destino teria que ser seguir os passos do sua irmã mais velha em Harvard.
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  — Você está trapaceando de novo. — disse ela, já se aproximando dele.
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  — Não mesmo. — ele riu — Hoje eu ganho de você!
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  A lua estava clareando todo lugar como se fosse dia, parecia que ambos eram os únicos ali. Será? acelerou mais, ultrapassando ele, se esquivando ela pegou um atalho e foi em direção a área de maior altitude. Enquanto isso se direcionou a área de maior planície, parando para retomar seu fôlego, viu dois homens se aproximando dele.
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  Um era o novo detetive, Dimitri Bellorum e o outro era o policial James Carter.
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  — Ei, jovem. Quem é você e o que faz aqui há esta hora? — perguntou Dimitri apontando uma arma para ele.
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  — Desculpe-me senhor. Eu estava correndo, tenho este costume. Não sabia que estavam fazendo buscas. — respondeu levantando suas mãos.
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  — Está sozinho? — continuou Dimitri.
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  — Sim.
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  — Qual o seu nome?
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  — Baker.
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  — Ele é o filho do diretor da escola secundária. — esclareceu o James.
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  — Pois bem, Sr. Carter acompanhe este jovem até o distrito. — e se voltando para — Vamos averiguar se seu pai sabe de suas corridas noturnas.
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  O policial pegou pelo braço e o guiou até a viatura que estava estacionada na estrada principal.
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  Enquanto isso, já chegando quase no alto do bosque ainda corria em plena aceleração. Neste momento ela se encontrava na parte mais escura do lugar, onde as altas árvores combinadas as grandes rochas tamparam a luz da lua. De repente, ela trombou em uma pessoa, o impacto dos seus corpos fez com que ambos se desequilibrassem e caísse.
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  Ela se agarrou tão forte na pessoa, que a mesma desceu rolando morro abaixo com ela até pararem na beira da estrada. Estava tudo totalmente escuro, contudo um feixe de luz iluminou a face da pessoa.
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Você vai se machucar! Fuja ou você vai se machucar!
Às vezes ser corajoso demais pode ser ruim.
– Face / Nu’Est

  Ali estava corpo de sobre o dele, respirando lentamente retomando seus sentidos, suas mãos ainda agarradas à sua jaqueta, seus olhos fixados nos dele.
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  — . — sussurrou ela — Me… desculpe.
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  — Não deveria estar aqui. — sua voz estava áspera e seca, num tom baixo, porém sério — Sozinha.
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  Ela se afastou um pouco dele e ambos se levantaram, se olharam por um tempo. Até que ouviram vozes ao longe.
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  — Quem é esta? — disse um homem de cabelo grisalho e a voz grossa.
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  — Não é ninguém. — respondeu se colocando na frente de .
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  — Saia da frente. — insistiu o homem grisalho elevando seu tom.
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  — Não, pai. — retrucou pegando na mão de e a segurando com força sem que seu pai visse.
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  — , eu sei me defender. — sussurrou ela, respirando fundo se soltou da mão dele dando alguns passos para frente — Boa noite senhor. Meu nome é Fletcher, eu estava correndo quando trombei no seu filho.
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  O xerife a olhou de forma séria, como se analisasse a garota.
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  — Tire o cachecol. — ordenou ele mantendo seu tom firme e autoritário.
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  — Por quê? — indagou ela.
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  — Pai, não precisa. — ele respirou fundo — Já sabe sobre a Família Fletcher.
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  — Você a conhece, ? — perguntou Dimitri, avaliando desconfiado a atitude do irmão.
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  — É uma estudante da minha escola. — respondeu ele rapidamente.
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  — Então não irá se importar se tirar o cachecol. — o xerife Bellorum pediu mais uma vez.
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  — Não vou tirar. — relutou ela dando um passo para trás.
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  — TIRE AGORA. — gritou ele com seu semblante já em fúria.
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   se assustou, olhou com medo para e direcionou seu olhar para o xerife. Lentamente ela desfez o nó do seu cachecol e o retirou. O xerife andou até ela e constatou que em seu pescoço não havia nenhuma gargantilha ou correntinha, com o brasão da Família Fletcher.
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  — Satisfeito? — perguntou .
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  — Leva-a para o distrito. — o xerife Bellorum saiu andando em direção à entrada do bosque.
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   colocou seu cachecol novamente e seguiu com até sua moto. O silêncio reinou por um tempo, demorou um pouco para chegar ao destino final deles. Ao estacionar em frente à delegacia, finalmente se pronunciou.
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  — Por que seu pai queria olhar meu pescoço? — e brincando — É algum tipo de fetiche?
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   riu por um tempo.
  — Não, ele… O que sabe sobre a Continuum?
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  — Não muito. — respondeu ela — Sei que é uma associação, algo assim, minha irmã conseguiu uma bolsa de estudos através deles.
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   suspirou fraco.
  — Prometo te contar algo depois. — assegurou ele — Vamos entrar.
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  Dimitri e o policial James já estavam na sala de espera juntamente com e o diretor Rosivel. Assim que o xerife Bellorum chegou acompanhado misteriosamente por Marie, eles fizeram a ocorrência. saiu uns 15 minutos depois da sala de interrogatório, ouvindo um imenso sermão de seu pai, e sendo jurado de um castigo assustador. Na sala do xerife, estava Marie e xerife Bellorum começaram a discutir sobre as regras infames de impedir os jovens da cidade de praticar corridas noturnas. Normas essas impostas depois da chegada dele na cidade. Os gritos dela podiam ser ouvidos da rua, uma simples civil colocando moral e calando o supremo e autoritário xerife Bellorum.
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  Após 1 hora, a curiosidade de todos estavam nos 20 minutos finais que foram de puro silêncio. Marie Fletcher saiu da sala como se nada tivesse acontecido. E pegando pela mão, saíram do distrito em silêncio. Ao chegarem em casa, se sentou no sofá da sala esperando receber uma imensa bronca. Porém ao contrário disso, ela foi abraçada pela mãe, que já foi perguntando se ela estava bem e se algo estranho havia ocorrido. Após alguns minutos de conversa, ela se retirou e foi para seu quarto tomar banho.
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  Tudo estava tranquilo, seu banho foi calmo e relaxante. Ao enrolar-se em sua toalha, parou frente ao espelho e se olhou por um momento. Começou a pensar sobre a pergunta de .
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  O que sabe sobre a Continuum?
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  Qual o motivo dele ter feito essa pergunta? O que seu pai tinha relacionado a Continuum? Que associação era essa que sua mãe nunca gostava de falar sobre? pegou um pedaço de algodão e embebedando no removedor de maquiagem, passou em sua nuca. Aos poucos sua cicatriz foi surgindo por debaixo daquela camada de base, passou a mão no pescoço sentindo a cicatriz. Ela possuía aquela marca desde criança e não se lembrava de como tinha ganhado, somente que foi antes de ser adotada por Marie.
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  Na manhã seguinte, após pedir a mãe, Juny foi para a praça brincar com seus amiguinhos de escola. Sentada no sofá da sala, enrolada em seu edredom, com uma xícara de chá de camomila em suas mãos estava , meio pensativa e cheia de perguntas sem respostas.
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  — Você está bem? — perguntou Marie.
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  — Tenho sentido algumas dores na região da minha cicatriz. — respondeu em um tom baixo — Mas sim, estou bem. Mãe… Sempre que te pergunto sobre a Continuum, você não me responde. O que exatamente são eles?
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  — Por que está me perguntando isso agora? — Marie a olhou intrigada — O que andou ouvindo sobre eles?
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  — A Yasmin conseguiu uma bolsa de estudos através deles. — continuou — E você foi relutante com isso, como se não quisesse dever a eles. E nossa família? Por que não podemos visitar eles no natal, ou ligar nas férias? Isso tudo está relacionado?
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  — Quase… Minha família me deserdou, fui expulsa de casa quando conheci o pai dos meus filhos, passamos alguns anos juntos e foi nesse tempo que te adotamos.
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  — Você já me contou isso.
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  — Sim… Contei, mas não te contei que minha família pertence a Continuum, por isso te deixo longe deles.
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  — Mas o que eu… Você sabe quem são meus pais biológicos?
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  — Tenho algumas suspeitas… Mas isso não importa agora querida. — Marie sorriu graciosamente para filha e acariciou seus cabelos — A Continuum não é uma associação que vale a pena se envolver, menos ainda minha família.
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  — Mas… A Yasmin.
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  — Eu só deixei porque ela insistiu muito, certamente até fugiria de casa se eu não aceitasse, e no mais, Yasmin já tem 20 anos, ela é adulta. — Marie tentou criar um argumento plausível para a filha — Me promete uma coisa?
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  — Sim.
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  — Fique longe de tudo relacionado a Continuum.
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   assentiu com a face ao pedido da mãe. Mas em sua mente um turbilhão de coisas se passava, ainda não era a resposta que ela queria ouvir. E sabia que somente , poderia responder suas perguntas. respirou fundo e se levantando do sofá, deixou a xícara na mesa de centro, foi ao banheiro e lavou sua face. Logo seu celular tocou, era uma mensagem:
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  Você está bem? Não foi a biblioteca ontem, me liga!
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  Ela sorriu e apagou a mensagem, guardando o aparelho dentro do bolso da calça de moletom.
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– x –

  Na rua Rubi, localizava a casa da sra. Dellany. No segundo andar da casa, em seu quarto que era simples e muito bem organizado, estava conversando com seu irmão Dimitri.
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  — O que houve com sua mão? — perguntou Dimitri.
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  — Me cortei. — respondeu olhando para a sua mão enfaixada. — Ainda está doendo.
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  — Nosso pai está preocupado com você. — alertou o irmão encostando-se à janela olhando a rua — Ainda não contou como foi seu treinamento com a Donna.
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  — Vocês são uns curiosos. — disse se deitando e olhando o teto — Como se eu não soubesse cuidar de mim mesmo.
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  — Sabemos muito bem os riscos que a Continuum nos trás… E você quer se tornar um associado. — cruzando os braços, Dimitri o olhou sério — , nossa família é muito importante para você fazer isso.
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  — Não é por nossa família, você sabe muito bem quem eu quero proteger. — o rapaz olhou para o irmão — Até mesmo do nosso pai.
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  — Você acha que ela é mesmo a herdeira desaparecida da Família Sollary? — perguntou.
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  — Tenho minhas dúvidas, e tem muitas pessoas na Continuum que não a quer viva. — estava mesmo preocupado, mas sabia que podia contar com seu irmão.
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  — Sabe que tem meu apoio, não me esconda nada. — advertiu Dimitri — Mesmo que nosso pai tenha seus negócios a parte com os Dominos.
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  — Claro Dimitri, jamais esconderia algo do meu melhor irmão favorito.
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  — Eu sou o único seu sem vergonha.
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  Ambos riram:
  — E como vai ficar você e a ? — perguntou Dimitri.
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  — Não sei.
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  Dimitri descruzou os braços e saiu do quarto. Deixando pensativo sobre como iria agir futuramente.
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– x –

  Pouco mais de uma semana depois. Manhã chuvosa de quarta-feira, se encontrava sentada na escada de acesso ao 3º andar da escola lendo.
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  — Não acredito, até você lendo isso? — disse ao encontrá-la depois de minutos a procurando.
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  — O que você tem contra mangá? — perguntou ela não dando importância ao amigo.
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  — Nada. — respondeu — Mas, você precisa terminar de contar sua conversa com a sua mãe sobre a Continuum.
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  — Ela não me contou muita coisa. — explicou ela fechando o mangá e o colocando em sua mochila — Ou melhor, me contou o que já tinha falado antes.
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  — Ou seja, voltamos à estaca zero? — concluiu avaliando a situação.
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  — Sim, mas pelo menos me mostrou que tem algo relacionado aos meus pais biológicos. — confessou seus pensamentos.
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  — Ok. Sem problemas, vamos descobrir juntos, temos tempo. — concordou — Vai fazer o que hoje à noite?
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  — Vou dormi na casa da Sunny. — ela se levantou da escada.
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  — Não me diga que vai ver doramas?! — supondo ele encostou-se à parede cruzando os braços.
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  — Não, Super Show 7. — respondeu ela dando um sorriso singelo.
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  — Não vou nem comentar. — balançando a cabeça negativamente.
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  — Isso mesmo fique calado. — concordou se dirigindo ao corredor.
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  Passaram as horas. Já na casa de Marie, outra mensagem chegou ao celular de :
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  Te espero na biblioteca, hoje à noite.
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  Ao ler como de costume logo apagou, para que muito curiosos não visse. Voltou a sua prática de dança diária que fez de rotina em seus dias. Logo à noite antes de ir para a casa de Sunny, passou na escola. Ao chegar à biblioteca, encostou-se à porta e cruzou os braços esperando. Minutos depois uma pessoa virou o corredor e começou a caminhar em direção a ela.
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  — Que bom que não demorou desta vez! — disse ela indo de encontro à pessoa. — Silencioso como sempre… — comentou dando um sorriso ao olhar o feixe de luz iluminar a face dele — !
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  O rapaz sorriu a olhando, pegando em sua mão continuou caminhando, puxando-a consigo.
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  — Pra onde está me levando Bellorum? — disse ela já ficando curiosa.
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  Ao parar frente a biblioteca, ele abriu a porta e ambos entraram fechando-a.
  — Como está? — perguntou ele num tom baixo e rouco.
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  — Bem, por quê? — respondeu ela não entendendo a preocupação dele.
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  — Ainda pergunta? — ele cruzou seus braços encostando-se à parede a olhando sério — Você passou os últimos dias sem ir à escola, sem sair de casa, o que houve com você? Nem mesmo respondeu direito minhas mensagens.
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  — … — ela respirou fundo — Me desculpa. Eu fiquei meio… Doente. Lembra que uma vez tive problemas de saúde?
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  — Custava falar, fiquei preocupado.
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   sorriu singelamente e se aninhou a ele, o fazendo descruzar seus braços.
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  — É a primeira vez que ficamos juntos desde que você voltou. — comentou ela — Vai mesmo gastar esse momento brigando comigo?
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  — Sim e não. — ele riu por um momento, aninhando mais ela em seus braços — É estranho voltar e ainda não poder contar a todos que eu te amo e você me ama.
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  — E seguimos deixando a cidade pensar que nos odiamos. — ela suspirou fraco — Não entendo porque não podemos contar, você fala que é por causa do seu pai, mas não explica direito.
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  — Prometo que um dia saberá. — sussurrou ele.
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   tinha mesmo muitos segredos que escondia de . Foi sua preocupação em protegê-la, que o levou a fazer quatro anos de treinamento intensivo com a destemida Donna, para se tornar um associado.
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  — Vai mesmo me contar?
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  — Claro que vou. — assegurou ele — Apenas tenha isso como precaução, e também, não quero meu pai te perseguindo como fez com a última noiva do Dimitri.
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  — Seu pai é muito estranho.
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  — Nisso eu não posso discordar. — ele riu de leve.
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   sabia que não era bem isso o motivo, mas queria assegurar que ficaria distante das desconfianças de seu pai.
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  — Não posso demorar. — advertiu ela.
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  — Super Show 4. — disse ele.
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  — Como sabe?
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  — Te ouvi na escada. — ele deu uma risada baixa — Depois vou querer ouvir essa história de como se tornou uma apreciadora de k-pop.
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  — Vou adorar te contar!
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  Ambos riram.
  — Tenho mesmo que ir. — deu um beijo na face dele.
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  Ele deu um sorriso fechado e saiu primeiro da biblioteca. pegou um livro que havia sido deixado para ela por Krystal, como desculpa e seguiu em direção a casa de Sunny. Noite de sexta-feira, todos os preparativos para o domingo já estavam prontos. Em seu quarto, e conversavam sobre suas teorias da conspiração.
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  — Acho que devemos começar pelo orfanato onde você foi adotada. — sugeriu encostado na porta a olhando — Você sabe onde?
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  — Não, mas posso descobrir, sei onde Marie guarda seus documentos e talvez esteja na minha certidão.
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  — Então é com você, quanto a Continuum, eu já ouvi algumas conversas dos meus pais sobre. — comentou ele — Acho que eles têm amizades com alguém de uma tal família Dominos.
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  — E o que isso nos ajuda?!
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  — É uma família da Continuum, acho que podemos começar por ela.
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  — Como assim começar?
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  — E se seus pais biológicos são de alguma família deles? Temos que saber quais famílias são e começar a busca.
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   olhou o amigo avaliando seu plano inicial.
  — A ideia é boa.
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  — Eu sempre tenho boas ideias. — ele piscou para ela sorrindo.
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  — Ok nerd, você faz as pesquisas e eu tento montar o quebra cabeça daqui de casa. — disse ela — Obrigada por me ajudar.
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  Ela o abraçou, com gratidão.
  — Amigos são para isso. — ele retribuiu o abraço.
  — Começamos pelos Dominos, e depois?
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  — Eu não queria, mas se é para saber que seja tudo.
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  — O que foi, ?
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  — Acho que a família do está envolvida com essa família.
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   respirou fundo, assimilando as palavras do amigo. Agora mais do que nunca ela teria que arrancar algumas respostas de .
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  Amanheceu o dia. acordou sentindo dores nas costas, pois havia acordado no chão, talvez por ter caído da cama no meio da noite. Após um banho e roupas limpas, ela subiu para a cozinha, vendo que Marie não estava em casa, ela mesma preparou seu café e voltou para seu quarto. Chegando viu que havia chegando outra mensagem em seu celular.
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  “Dormiu bem??? Como foi sua noite??? Não foi à escola ontem novamente.
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  Já foi ao médico??? [Te amo]”
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  Ela sorriu e apagou a mensagem, respirando fundo escreveu a resposta:
  “Acordei indisposta. Me desculpe, deveria ter te avisado!
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  Mas vou ao festival amanhã! [Te amo]”
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  Ao enviar a mensagem, ela bloqueou seu celular e pegou as cobertas do chão para dobrar.
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Na nostalgia da minha vida
Que é onde você sempre vai estar
Eu não irei a lugar nenhum
Ficarei sempre com você
– Destiny (Korean ver.) / Super Junior

  Finalmente chegara o dia do Festival, mesmo tendo começado ao pôr do sol, em seu quarto ainda estava terminando de prender seus cabelos, quando uma mensagem chegou ao seu celular.
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  “Te espero atrás da escola, na entrada do bosque!”
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  Ela sorriu e guardou o celular no bolso, após apagar a mensagem. Saindo rumo ao centro comercial, encontrou Sunny no meio do caminho e seguiu conversando com a amiga. Como sempre a cidade de Cliron estava transbordando turistas, com todas as lojas iluminadas. No centro da praça, no palco que havia uma banda local tocando.
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  — Oi gente! — disse ao chegar perto de seus amigos da escola.
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  — Oi . — cumprimentou Monsh — Vocês demoraram — completou segurando nas mãos de Sunny e a puxando em direção a loja de flores.
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  — Parece que meu irmão está mesmo a fim da Sunny. — comentou Clair.
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  — Só ela não percebeu ainda. — completou .
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  — Vai ajudar sua mãe? — perguntou .
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  — Hummm… Sim. — ela olhou discretamente em sua volta — Boa diversão a vocês. — sorriu saindo em direção a Marie que estava perto do palco.
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  Bem longe do tumulto de pessoas, estava encostado em um poste olhando todo o movimento, sempre checando as horas no relógio da igreja. Foi quando uma garota chegou perto dele, parecia uma turista de cabelos castanhos ondulados, olhar calmo sorriso meigo, de estatura média boa postura.
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  — Boa noite. — disse ela com sua voz doce num tom baixo.
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   a olhou assentindo com a face, dando um breve sorriso de educação e direcionou seus olhos ao relógio novamente.
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  — Me desculpe se estou incomodando. Mas é que sou nova na cidade e não sei exatamente o que está acontecendo aqui. É uma festa?
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  Logo olhou a com mais atenção e viu que em suas mãos havia uma mala e em seu ombro uma mochila que parecia estar pesada.
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  — Sem problemas, estava distraído. Quer ajuda? — ele ergueu a mão para segurar a mochila dela.
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  — Se não for pedir muito. — ela sorriu entregando a mochila a ele.
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   sorriu rapidamente, seus olhos atravessaram a menina logo chegando à face de , que estava de longe o olhando:
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  — De onde veio? — perguntou ele disfarçando.
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  — Chicago.
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  — Interessante, passei uma temporada lá. Vai ficar onde?
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  — Com minha irmã Lunna.
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  — Policial Hilte?
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  — Ela mesma, conhece minha irmã?
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  — Ela mora na garagem da minha mãe.
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  A garota riu, pois até o momento não acreditava que sua irmã realmente morava em uma garagem.
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  — Então você deve ser o Dimitri.
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  — Irmão errado, sou o .
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  — Ops.. — ela sorriu sem graça — Prazer, Charlot.
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   olhou em direção a entrada de sua rua e acompanhou a menina até sua casa, ao chegarem ele a deixou frente à garagem. Charlot entrou na garagem que havia sido transformada em uma pequena quitinete e colocou sua mochila e a mala ao lado da cama de sua irmã. Ajeitando seu lenço que estava no pescoço saiu novamente, trancando o lugar. Ao olhar em sua volta percebeu que já havia partido, respirando fundo ela caminhou até o centro comercial.
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  — Chat?! — gritou Lunna ao ver a irmã.
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  — Lu. — ela correu e a abraçou — Que saudade.
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  — Digo o mesmo. Quando chegou?
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  — Há algumas horas.
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  — Onde estão suas coisas?
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  — Na sua casa. — respondeu ela olhando todos tentando encontrar .
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  — Como chegou lá, como entrou?
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  — Eu conheci o , ele me levou lá e a chave você tinha me dado na última vez que nos vimos.
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  — Que bom então, que bom que conheceu o .
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  — Onde está Melissa?
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  — Com a senhora Mary, enquanto estou de serviço.
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  Na pista de dança todos estavam se divertindo, principalmente e Polly. Enquanto isso, Clair estava sendo paquerada por um turista chamado Leon Vidal na loja de doces. Sunny e Monsh ainda estavam conversando frente à floricultura. Já estava perto da quadra da escola, esperando por .
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  — Devo ficar com ciúmes? — disse ela ao vê-lo.
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  — O nome dela é Charlot. — respondeu ele rindo — Não deve, você me odeia esqueceu?
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  Ela o olhou séria, arrancando sorrisos dele.
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  — Não estou achando graça.
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  — Me desculpa. — ele segurou em sua mão, encostando seus lábios na testa dela — Não acredito que está sentindo frio. — comentou ao ver que ela estava usando seu cachecol de estimação.
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  — Não… — respirando fundo tentando encontrar uma desculpa — Bem, minha alergia atacou e meu pescoço ficou todo empolado. Vou ter que usar por algumas semanas.
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  — Nossa. — ele fez uma careta engraçada a fazendo rir.
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  — Mas e você? O que fez com a sua mão? — perguntou ela alisando a faixa que estava envolvendo a mão dele.
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  — Me cortei, estava tentando cozinhar, mas não deu muito certo.
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  — Da próxima vez me liga, te dou dicas. — ela riu baixo.
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  — Obrigado, professora. — brincou ele a abraçando.
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  Logo ele se afastou e dando um leve beijo em sua mão, o empurrou no susto vendo Charlot se aproximar deles:
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  — Você é louco, garoto, por sua causa eu quase fui expulsa da cidade, jamais vou te desculpar. — disse ela num tom alterado disfarçando, direcionando seu olhar para Charlot o fazendo entender.
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  — Eu estava tentando me desculpar, mas se não quer. — olhou para trás vendo a garota parada olhando ambos. — Charlot.
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  — Espero não estar atrapalhando. — disse ela quase gaguejando com receio.
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  — Não tenho mais nada a dizer. — deu alguns passos largos em direção à rua trombando em colocando um papel no bolso dele cautelosamente.
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  Charlot e a olharam, até desaparecer na esquina.
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  — Não atrapalhei mesmo? — perguntou ela ainda tímida.
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  — Não. — sorriu e começou a caminhar em direção a rua — Presumo que tenha se perdido.
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  — Mais ou menos. — admitiu ela — Estava mesmo te procurando.
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  — Acho melhor voltarmos para o festival.
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   chegou perto de Sunny e Monsh transbordando de raiva.
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  “Por que, justo naquela hora, garota…”
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  Pensou ela respirando fundo.
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  — O que foi, ? — perguntou Monsh.
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  — Nada, acabei trombando em quem não devia. — respondeu ela vendo virar a esquina com Charlot.
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  — ! — concluiu Sunny.
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   encostou-se à parede cruzando os braços mantendo sua respiração calma e seu emocional intacto. Estava tudo sob controle até Charlot puxar pra pista de dança. Uma música agitada até que é suportável, mas como sempre dá para piorar começou a tocar uma baladinha para os casais de plantão. Ao vê-los se aproximando, fechou seus punhos sem perceber olhando fixamente para os dois dançando. Logo começou a dar um curto-circuito nos fios, num instante o palco estava pegando fogo. As pessoas que estavam perto começaram a correr, assim como os DJs que estavam no palco. No desespero, uma senhora robusta trombou em Charlot a fazendo cair, mais pessoas corriam assustadas enquanto os policiais corriam para o local com pequenos extintores a fim de apagar o fogo.
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  No meio do tumulto, olhou de relance procurando por , porém ela avistou um homem misterioso se afastando do palco com algo suspeito em suas mãos. Ela começou a se mover em sua direção, mesmo não entendendo seus motivos, ela sentia que deveria segui-lo. não entendendo a reação de sua amiga, começou a segui-la, até se atentar ao homem estranho mais a frente.
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  — , o que foi?! — perguntou ao chegar na amiga e segurar em seu braço.
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  — Aquele homem, ele estava perto do palco.
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  — Acha que ele provocou aquilo?
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  — Sim. — sussurrou ela.
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  Eles tentaram continuar seguindo o homem, mas sem sucesso. Entretanto, como um bom observador, conseguiu notar que no pulso do homem tinha uma tatuagem de um ás de copas.
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  Manhã de segunda-feira, a cidade tentava voltar ao normal, assim como o xerife Bellorum tentava entender o que tinha acontecido e como alguém tinha se infiltrado no Festival. Na escola, já se acomodava na carteira, quando entrou na sala, acompanhado de Charlot. Ele se sentou no fundo como de costume, já ela sentou na carteira que ficava frente ao professor. colocou seu celular no silencioso, pois a sessão mensagens iria começar para sua alegria.
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  “Oi”

“Oi, Bellorum.”

  “Eu te procurei no tumulto. Está tudo bem?”

“Estou bem. Mas quero um pedido de desculpas.”

  “Que desculpas?”

“Dança + Charlot = Desculpas”

  “Oh, isso. Kkkkkkk……”

“Ainda espero minhas desculpas!”

  “Desculpe-me, estava tentando me disfarçar.”

“Hm…”

  “Odeio esse… Hm”

   deu uma risada alta, mas logo tampou sua boca. Pois era a aula do insuportável sr. Foster, professor de geografia.
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  — Desculpa. — disse ela meio envergonhada.
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  — Que não se repita, senhorita Fletcher.
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  — Sim, senhor.
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  Ela olhou para trás, vendo rir disfarçadamente. Mandou outra mensagem para ele.
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“Gostou disso né?”

  “Engraçado, não tenho culpa.”

“Vamos nos ver hoje?”

  “Vou passar a tarde com meu pai.”

“Entendo. Boa sorte.”

  “Vou precisar. Kkkkkkk…”

  Não demorou muito e o sinal tocou. Nos corredores o assunto era o incêndio no festival, procurava não ouvir muito sobre isso. E geralmente quando não ficava na biblioteca nestes intervalos, seu local de refúgio era a escadaria do terceiro andar. Local esse que e sabiam que ela estaria.
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  — A leitura está boa?
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   levantou sua face vendo seu amigo:
  — . — e respirando fundo — Ler me acalma também.
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  — Está nervosa?
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  — Agora não.
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  — Então me conte à piada que a fez rir na aula chata de geografia.
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  — Não teve piada.
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  — Sei.
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  Ela fechou seu mangá:
  — Milagre não implicar com meu mangá.
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  — Na verdade eu acho legal. Melhor que ler livros de romance. Eu preferia que você lesse algo como Tolken, mas tudo bem.
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  — Sei. — ela riu se levantando do chão. — O que você tem contra meus livros do Nicholas Sparks? São os únicos de romance que eu leio.
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  — Ainda pergunta? Você não consegue terminar um sem chorar.
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  — Verdade.
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  Eles desceram rindo e brincando para o pátio, ao se juntaram ao grupo deles, o assunto do momento era Charlot e como havia ficado íntima de , ou era o que parecia.
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  — Isso é que é não perder tempo, mal chegou e já está amiguinha do “Mistérios S.A.” — comentou Clair ironizando o apelido que acabara de inventar para .
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  — Anotei mais um apelido. — brincou Monsh — Sherlock Homes, CSI, Mistérios S.A., me pergunto qual será o próximo.
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  Todos riram.
  — Estão falando da Charlot? — perguntou .
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  — Quem mais. — respondeu Clair — A nova sortuda da escola. Acho chato, todos os garotos lindos e populares estão comprometidos, até o meu irmão está de paixonite.
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  — Está? — perguntou Sunny — Com quem?
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  — Vem, Sunny, você precisa me passar àqueles passos. — disse Monsh puxando-a para longe.
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  — Como sempre a Sunny ainda não se tocou que o Monsh é louco por ela. — comentou Polly se aninhando ao .
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  — Um dia quem sabe. — disse a abraçando.
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  — Pelo menos eu não sou a única solteira do grupo, não é, ?
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   permaneceu em silêncio.
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– x –

  Ao cair da noite, na badalada lanchonete do velho Quill, Big Moon, estava Monsh, Sunny, Clair e Polly conversando enquanto lanchavam.
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  — Estamos aqui falando da próxima apresentação, mas onde está o líder desse grupo? — perguntou Clair.
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  — Onde você acha? — disse Polly com ironia demonstrando chateação.
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  — Calma, todo mundo sabe que a está passando por problemas de saúde. — explicou Sunny — Ela e são como irmãos, então não entendo esse ciúmes todo, Polly.
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  — É porque você não namora.
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  — Ai Polly, vamos e venhamos, se fosse pra acontecer algo né. — defendeu Clair — Já teria acontecido.
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  — Eu acho melhor voltarmos ao assunto principal. — disse Monsh — Vamos apresentar a nova coreografia ao diretor na semana que vem e nem terminamos os ensaios.
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  — Terminamos sim. — afirmou Sunny com sua atenção voltada ao seu iphone — Você que não pegou os passos.
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  — Típico dele. — Clair começou a rir.
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  — Não achei graça. — brigou Monsh jogando uma bolinha de papel na irmã.
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  — Bem, espero que estejam prontos porque falei com meu amigo e ele descolou uma apresentação pra vocês em Malibu.
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  — Sério? — disse Clair — Agora até eu quero entrar pro grupo.
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  — Não mesmo. — disse Monsh — O sucesso é só nosso.
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  — Tendo a mim como contato, o sucesso é garantido né. — afirmou Polly jogando seu cabelo para trás fazendo pose de importante.
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  — E nosso talento nem conta né? — retrucou Monsh.
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  Ambos riram.
  — Não se preocupe, Polly, vou ensaiar com o Monsh esse final de semana, terça estaremos prontos.
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  — Assim espero, Sunny. Temos que convencer o diretor.
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  — Acho chato eu não contribuir com nada. — reclamou Clair.
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  — Pode ser nossa estilista. — sugeriu Sunny sorrindo.
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  — Ela? Minha irmã se veste tão mal.
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  — Vai se catar, Monsh.
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  — Só espero que a melhore até lá. — comentou Sunny desligando seu iphone.
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  Sábado pela manhã, com a permissão do diretor, e seu grupo aproveitaram a sala de música para terminar os ensaios.
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  — Ok, vamos repetir essa sequência mais quantas vezes mesmo? — perguntou Monsh coçando sua cabeça ainda confuso.
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  — Monsh, é tão fácil. — Sunny começou a se movimentar devagar — É assim…1, 2, 3, 4, 5… — mostrando os passos, enquanto ele tentava repetir.
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  Encostado na parede abraçado a Polly, ria do amigo:
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  — Eu ainda não sei como meu irmão entrou pra esse grupo.
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  — Que isso, Clair, o Monsh é uma máquina de hip-hop. — repreendeu — Ele só não sabe seguir a coreografia.
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  — Que bom que a Sunny tem paciência. — afirmou .
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  — Só espero que ele consiga pegar a sequência, seu pai é chato com relação a erros e meu pai vai ver a apresentação também.
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  — Prefeitura de Cliron a favor da dança? — brincou Clair.
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  Eles riram.
  — Está se sentindo melhor, ? — perguntou Clair.
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  — Estou sim, cem por cento para apresentação.
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  — Isso é bom. — comentou Monsh se jogando no chão novamente tentando retomar seu fôlego.
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  — Já está cansado, Monsh? — Sunny o olhou meio chateada.
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  — Desculpa, mas não aguento mais. Eu desisto. — disse Monsh pegando seu lenço que estava no bolso e sacudindo — Dez a zero pra essa coreografia, nunca mais falo mal dos seus japoneses sincronizados.
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  — São coreanos. — disse e Clair em coral.
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  Todos começaram a rir da cena, exceto Sunny com sua face séria e compreensiva estendeu sua mão a ele:
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  — Monsh, é sério, levanta. Vamos tentar de novo.
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  E se levantou, tentando se esquecer das dores no corpo e novamente começou a seguir a sequência de passos que ela o ensinava.
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  — Admiro a persistência da Sunny. — Clair cruzou os braços — Até meus pais já desistiram desse garoto.
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  — Isso se chama perfeição. — comentou .
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  — Sobrenome dos asiáticos. — completou .
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– x –

  Na delegacia, em gabinete, o xerife Bellorum, recebia a visita de Marie. A presença dela tinha um motivo, sua preocupação com .
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  — Você acha mesmo que o curto foi provocado? — indagou ele de pé frente a janela que dava vista para rua — Se foi um associado, irei descobrir.
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  — Você sabe que eu não pertenço mais a minha família, então não vieram por minha causa. — ponderou ela.
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  — Então vieram por quê? Ou por quem? — ele voltou seu olhar para Marie, analisando as expressões e movimentos da mulher.
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  — .
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  — Sua filha?
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  — Sim. Sabe que ela é adotiva.
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  — E o que tem ela?
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  — Sei que sua família tem relações com os Dominos…
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  — O que tem isso? — o xerife cruzou os braços, não entendendo — O que tem os Dominos?
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  — Soube que eles procurando a herdeira legítima dos Tenebrae. — explicou ela.
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  — É a ?!
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  — Não sei, mas preciso que me ajude a descobrir isso, que me ajude a proteger ela dos Tenebrae. — Marie pediu com voz de apelo, por dentro seu coração estava aflito pela filha.
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  — Primeiro, precisa continuar escondendo ela da Continuum, vou me encontrar com o Dominos que talvez tenha essa resposta.
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  — Obrigada.
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  Marie se mostrou grata pela ajuda dele. Dux Bellorum era um homem levemente rude, porém com Marie era totalmente diferente. Apesar de não terem engajado nenhum romance, ambos sentiam algo um pelo outro. E sabiam disso.
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– x –

  Tarde de domingo, todos estavam tensos, pois o Diretor Baker havia pedido para fazer sua apresentação na segunda. Reunidos agora na casa de Polly, ou como gostavam de dizer, o palácio do prefeito, entre brincadeiras, risos e conversas sérias no jardim.
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  — Vamos falar sério agora — Polly chamando a atenção de todos — Vocês não podem continuar sendo chamados de Grupo do .
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  — Concordo. — disse Monsh pegando o último biscoito que havia na bandeja.
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  — Eu acho isso super legal. — retrucou .
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  — Muito egocentrismo da sua parte né. — disse .
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  — Não se preocupem, eu e a Sunny resolvemos tudo. — disse Clair despreocupada.
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  Todos a olharam e depois olharam Sunny que estava com seus inseparáveis fones de ouvido.
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  — Vindo de você, maninha, estou com medo.
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  — Se enxerga, garoto.
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  — Fala logo o nome. — disse Polly meio impaciente.
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  — Smile Free. — respondeu Clair levantando uma plaquinha — Porque a dança nos faz sorrir.
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  — Uau, gostei, faz sentido.
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  — Frederick meu querido, achou mesmo que não seria algo legal? — retrucou Clair.
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  — Quem é Frederick? — perguntou Polly inocentemente.
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  Todos riram.
  — Não tiro sua razão de perguntar amiga, a gente chama esse pivete de Monsh há tanto tempo que nem lembramos o nome real dele. — respondeu Clair.
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  — Concordo. — disse entre risos.
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  — Ficou legal. — elogiou já olhando seu celular.
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  — Ah , não me diz que tem que ir embora? — perguntou Monsh.
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  — Sim, sim. — respondeu ela já pegando sua bolsa — Prometo chegar cedo amanhã.
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  Ela se levantou e foi em direção a saída, acompanhada por Polly. Ainda no jardim os outros continuavam a conversa. Clair e perceberam os olhares de Mosh para a garota do seu coração, porém Sunny continuava com seu fone lendo alguma coisa. Cortando esse clima, Polly entrou no jardim novamente:
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  — Então vamos continuar… Clair, você já organizou as roupas de amanhã?
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  — Tudo no meu armário, Polly.
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  — Espero que dê certo. — disse ainda em dúvida se lembrando dos problemas de saúde .
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  — Mais é claro que vai. — Polly sorriu se sentando no colo dele o abraçando.
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  Na rua chegando à casa da Sra. Dellany onde provavelmente Marie estaria, se deparou com Charlot saindo da garagem:
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  — Oi, boa tarde. — cumprimentou ela com um sorriso tímido.
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  — Boa tarde. — respondeu séria.
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   da janela de seu quarto viu ambas se olhando, sem deixar que mais algo acontecesse ele rapidamente saiu de seu quarto e foi até a rua.
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  — Quem diria, veio me pedir desculpas por sua grosseria? — disse ao abrir a porta.
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  — Não. — disse direcionando seu olhar para ele — Eu vim porque minha mãe está aqui.
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   sorriu de canto e desceu a pequena escadinha da varanda, pegando na mão de Charlot:
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  — Vem, vamos tomar um sorvete. — disse olhando fixamente nos olhos de .
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  Neste momento, a olhou atravessado.
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  — Melhor não irmos. — disse Charlot vendo o olhar de .
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   e continuaram se olhando como se só houvesse ambos na rua. Marie apareceu de repente na porta, notando os olhares de sua filha para o rapaz.
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  — Que bom que chegou, querida, já estava mesmo indo embora. — disse ela indo até .
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  — Vamos, mãe. — disse ao piscar discretamente para ele, virando sua face para a rua.
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  — diga a sua mãe que voltarei amanhã. — pediu Marie já caminhando para a rua levando consigo — Boa noite Charlot.
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  — Boa noite, senhora Fletcher. — entre sussurros Charlot olhou para não entendendo o que havia acontecido.
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  Ao chegar em casa, se dirigiu para seu quarto em silêncio. É claro que Marie havia percebido o que rolava, mas como ela já estava devendo tantas respostas a sua filha. Não iria se intrometer nos assuntos privados da garota.
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  As horas se passaram, logo pela manhã acordou ao som de seu despertador. Olhando seu celular viu que havia recebido uma mensagem:
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  “Te devo desculpas, peguei pesado ontem.
  Espero que não esteja com raiva de mim. Te vejo hoje?”

  Ela sorriu com a mensagem e respondeu:

“Sim! No bosque à noite.”

  Deixando o celular na cama, entrou para o banheiro e tomou seu banho relaxante.

Embora o tempo passe, tem palavras,
Que eu não consigo explicar, afundando no meu coração
“Me desculpe” “eu te amo”
Estou te pedindo para acreditar em mim desta vez.
– Promise / EXO

  Na sala de música estavam Clair e Polly cuidando os últimos detalhes, quando chegou.
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  — Já estão aqui?
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  — Nós é que perguntamos, você não é de madrugar. — disse Clair entre risos.
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  — Não fala assim. — Polly o abraçou lhe dando um selinho — Já preparamos tudo, só falta checar o som, mas aí é com o Monsh.
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  — Eu liguei pra ele. — Clair interrompendo o abraço de ambos puxando — Meu irmãozinho já está vindo e você indo se trocar. — ela o empurrou em direção a porta lhe dando uma sacola com a roupa dentro.
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  Não demorou muito e Sunny chegou acompanhada de Monsh, ambos já trajavam suas roupas.
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  — Que bom, enfim chegaram cedo. — comentou Polly — Só falta a agora.
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  — Não falta mais. — disse já entrando.
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  — Você ficou linda! — elogiou Clair vendo como seu modelo de roupa teve grande efeito no corpo de .
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  — Gracias. — respondeu brincando.
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  Eles esperaram um pouco até voltar trajando sua roupa. Ambas as vestes brancas e grafite, alternados em pequenos detalhes. Enfim, Clair havia pensado em todo tema abordado nas 4 músicas que eles tinham escolhido para apresentar ao diretor.
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  — Nossa que lindo… Que orgulho de mim mesma. — disse Clair deixando transparecer o brilho nos seus olhos.
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  — Depois o egocêntrico sou eu. — reclamou ajeitando sua gravata.
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  — Nem vou revidar. — disse Clair ajeitando o laço no cabelo de Sunny.
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  Todos riram.
  — Quando eles vão chegar? — perguntou .
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  — Em breve. — respondeu Polly organizando as mochilas no canto do armário — E teremos mais gente, vocês vão se apresentar no auditório.
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  — Como assim? — a olhou assustada.
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  — Bem, digamos que o grupo de vocês está chamando muita atenção dos moradores, e teremos mais patrocinadores para o festival. Vamos representar a cidade.
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  — Você devia ter nos contado antes. — disse Monsh — Nem me preparei emocionalmente.
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  Emocionalmente, esta palavra bateu na mente de como uma paulada.
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  — Bem, agora teremos que apresentar as 4 músicas. — concluiu já um pouco preocupado.
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  — Exatamente. — concordou Polly não podendo fazer nada a respeito.
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  — Ai gente, pra que tanto nervosismo, nós ensaiamos mais de quatro meses direto. — disse Sunny dando um sorriso de satisfação — Vamos fazer isso como se estivéssemos brincando.
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  — Fale por você. — em desânimo Monsh se sentou na cadeira dando um suspiro fraco.
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  Clair se aproximou do irmão.
  — Quem é você e o que você fez com meu irmão? — meio indignada com a falta de ânimo dele — Monsh, você nunca foi de pessimismo.
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  — Tudo tem sempre uma…
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  — Nem termine essa frase. — Sunny o olhou — Você sabe os passos. Fighting!
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  Todos riram com a inocência nas palavras dela. se aproximou de , ela estava nervosa e não conseguia disfarçar isso:
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  — Calma, . — disse ele olhando nos olhos dela — Estarei ao seu lado, respire fundo e tente controlar sua timidez.
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  Uma coisa era dançar com seus amigos em uma sala fechada, outra era dançar para muitas pessoas ver. tinha sim um lado tímido que não deixava relaxar. O auditório estava mais cheio que o previsto, parecia até que toda a cidade estava lá… E estava mesmo, todos curiosos para ver se o “Grupo do ” era tão bom assim como o diretor dizia. No palco um pôster com a foto dos 4 em posições alternadas com sorrisos e como se estivessem brincando enquanto tiravam a foto, logo acima da imagem o nome real do grupo Smile Free.
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  Polly logo apareceu para apresentá-los como uma boa marketing/empresária. Instantes depois Sunny foi a primeira a aparecer, já iniciando sua performance, sendo seguida por Monsh, e por último . O diretor Baker, o Prefeito Doug, Marie, xerife Bellorum e os empresários da cidade estavam na primeira fileira. Charlot e Lunna haviam sentado na fileira do meio ao lado da Sra. Dellany. Dimitri estava de pé perto do palco de guarda, já via tudo da porta de saída, encostado na parede de braços cruzados. Clair havia cuidado até mesmo do esquema de luzes do palco, sendo cuidadosa providenciando grandes cortinas para o auditório a fim de torná-lo um ambiente mais escuro para a apresentação. Foram perfeitos e sincronizados. Ao final, os aplausos de pé mostraram a eles que tinham mesmo um grande talento.
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  Já na entrada da escola, estavam todos cumprimentando eles pela bela apresentação. Todos os alunos felizes com o anúncio do diretor que as aulas haviam sido suspensas naquele dia. Na sala de música o Prefeito Doug e mais alguns empresários parabenizaram e seu grupo pela excelente apresentação. permaneceu encostado na porta ao lado de seu irmão, trocando olhares discretos com . Charlot estava ao lado de sua irmã Lunna, seu olhar estava fixado em .
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  — Agradeço o elogio, senhor. — disse ao prefeito.
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  — Eu é que fico feliz por minha filha namorar um rapaz tão talentoso. — em orgulho o Prefeito Doug apertou a mão direita do diretor — Diretor Coster você está de parabéns pela criação dele.
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  Todos da cidade sabiam o quão rígido era a criação do filho do Diretor, tanto que sua esposa o deixou quando seu filho era uma criança. E para ter tido a autorização de criar um grupo de dança, foi após muitos acordos e promessas com seu pai.
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  — Eu sinto muito orgulho do meu filho. — afirmou ele, entre sorrisos.
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  — Eles foram realmente brilhantes. — elogiou Sra. Dellany — Fico feliz pelos meninos.
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  — Eu também. — concordou Marie — Vejo eles se esforçando nesse projeto há muito tempo.
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  Sucesso merecido, eles haviam conseguido o patrocínio necessário para participar do Festival Colegial de Dança em Paris, onde os grupos mais talentosos de diversas escolas se apresentavam e duelavam entre si. O sonho de iria se realizar, junto com o de Sunny que sonhava em ser uma trainee das grandes gravadoras coreanas e ter o seu tão esperado debut.
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  — Gente, eu nunca imaginei que conseguiríamos. — disse Clair ainda impressionada. — Nunca imaginei que meu irmão tivesse talento.
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  — Eu disse, mas ninguém me dá credibilidade. — reclamou Monsh ao segurar a mão de Sunny.
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  — Estou muito feliz, você melhorou muito. — disse sem mostrar reação ao que Monsh fizera.
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  — Valeu, Sunny. — sorrindo.
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  — Temos que comemorar. — anunciou Polly abraçada a .
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  — Isso também é bom. — riu com satisfação pelo trabalho bem feito.
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  As férias de verão estavam próximas, faltava menos de duas semanas e a temporada de provas havia chegado ao fim. O casal secreto se encontraram uma ou duas vezes depois da apresentação do Smile Free, afinal o xerife Bellorum estava sob vigilância após saber sobre e seu possível parentesco com os Sollary. E por isso combinou com que ele iria se tornar amigo de Charlot para despistar as desconfianças de seu pai.
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  Porém a maior das preocupações era a apresentação em Malibu. O grupo que havia montado começou como uma simples brincadeira e logo se tornou algo mais sério. Apesar de tudo, uma novidade: Sunny e Monsh estavam saindo. Ou melhor, ela estava dando aulas particulares de ballet moderno para melhorar sua disciplina e sincronia. Uma ideia de gênio que Monsh teve para passar mais tempo com Sunny, já que ela insistia em não admitir que já soubesse do interesse dele por ela. Todos achavam que ela era inocente, mas Sunny sempre captava no ar as conversas mais intrigantes que rolava entre o grupo de amigos.
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  Charlot devido sua aproximação de começou a se interessar por ele. Mas, será que ela teria coragem de se declarar? Afinal, a amizade de ambos estava até saudável, apesar de que permanecia 80% do tempo em silêncio. Ele realmente merecia ser chamado de Mistérios S.A.
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  Último dia de aula, a felicidade entre os alunos da escola secundária de Cliron era visível a olho nu, até que…
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  — Muito bem alunos, como este foi o nosso último encontro antes das férias e tenho um presente pra vocês. — anunciou o professor Foster faltando dois minutos para o sinal bater.
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  — Vindo dele, nem quero. — sussurrou Monsh arrancando risos de .
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  — Espero que não seja nenhuma prova relâmpago. — reclamou Clair para Polly num tom baixo.
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  — Deixei para vocês na biblioteca um trabalho de férias, já que nos veremos no próximo semestre letivo. — ele deu uma risada maléfica — Decidi que será em dupla e sobre alguns países que já participaram da Copa do Mundo. — continuou o professor — Como gosto muito dos meus alunos, desta vez resolvi convidar a professora educação física Lauren para este projeto, então será um trabalho interdisciplinar. E a lista das duplas também irão encontrar na biblioteca.
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  Os alunos se olharam com cara de indignação e logo o sinal tocou. O professor que já estava perto da porta saiu mais que depressa, e as queixas começaram.
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  — Como assim trabalho, como esse professor pode fazer isso. — reclamou Clair.
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  — Fazendo, ele é o professor. — respondeu Sunny entre risos.
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  — Acho isso cruel. — comentou uma garota ruiva que sentava atrás de .
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  — Pelo menos é em conjunto com a aula de história. — comentou tentando achar um ponto positivo.
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  — Você acha isso bom, ? — perguntou Monsh chateado.
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  — Claro, 50% da nota está garantida. — explicou ela.
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  Todos concordaram entre risos, mas permaneceram reclamando entre as outras aulas.
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  Ao final da aula, infelizmente não poderiam sair comemorando e sim foram correndo para biblioteca:
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  — Se acalmem, alunos, não admito desordem na biblioteca. — disse Krystal tentando manter a ordem.
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  — Estamos calmos. — disse Nathaniel o representante do grêmio estudantil — Só um pouco revoltados com o nosso professor.
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  Os alunos concordaram com ele. Porém Krystal não poderia fazer nada a favor deles, e anunciou:
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  — Bem, a lista está pregada ao lado da porta e aqui está a folha do trabalho, cada folha contém o nome de um país, por favor, quero que as duplas sigam uma fila única, ou então não distribuo nada.
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  Nathaniel pegou a lista e foi falando o nome das duplas, que em ordem formaram a fila.
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  — Muito bem, companheiros. — iniciou ele — quem fará dupla comigo é a Clair Flows, por favor inicie a fila.
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  — Hum…. Legal isso — comentou Clair se dirigindo para o balcão da biblioteca.
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  — Continuando. — disse Nathaniel — Falarei o nome das outras duplas, por favor se dirigem para fila como a senhorita Krystal pediu.
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  E começou a anunciar as duplas conforme estava na lista:
  “…Roselyn Martin e Gisele Hill
  Lindsay Susan e Penne Orthis
  Monica Duval e Roberth Saints
  Charlot Hilte e Vincent Brandon
  Frederick Flows e Cho Sunny
   Baker e Polly Doug
  Colin Filth e Simon Duval
   Fletcher e Bellorum…”

  Quando ele pronunciou que a dupla de seria , os olhares de todos foram imediatamente para eles, que em silêncio foram para fila. Passados alguns minutos, todos já estavam com suas duplas e finalmente Krystal conseguiu distribuir em ordem as folhas do trabalho. Já no pátio, se aproximou de , para perguntar quando poderiam se reunir para fazer o trabalho. De longe os amigos de e a escola inteira os observavam.
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  — Todos os olharem estão em nós. — comentou .
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  — Estou gostando disso. — ele sorriu, fazendo todos se espantar — Bem que esse trabalho veio em boa hora.
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  — Leitura labial. — disse ela direcionando seu olhar para um grupo de alunos do segundo ano que estavam os olhando fixamente.
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  — Bem, então depois me diz quando estará livre, já que vai viajar.
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  — Ok. — ela assentiu sorrindo.
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  — Então. — ele esticou sua mão direita — Trégua?!
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  — Trégua. — ela apertou a mão dele e se afastou indo em direção aos seus amigos.
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– x –

  Passaram-se dois dias e já estava quase tudo acertado para a viagem. O que o Smile Free não sabia é ia junto com eles. Em frente ao ônibus fretado pelo prefeito, estavam todos os interessados reunidos.
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  — Bem, como vocês ainda são menores de idade. O diretor Baker irá com vocês. — anunciou o prefeito — E junto para a segurança o detetive Dimitri Bellorum e a Policial Lunna Hilte irão também.
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  — E qualquer coisa podem ligar para nós. — completou a senhora Jully Doug esposa do prefeito, abraçada a sua filha.
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  Todos se abraçaram, despedindo-se. O diretor Baker, , Polly, Monsh, Clair, Sunny, e Lunna entraram primeiro no ônibus. Faltando dois minutos para partida, Dimitri entrou acompanhado de seu irmão, . Todos ficaram espantados, o que estaria ele fazendo no ônibus. Então Dimitri tratou de explicar antes que surgissem comentários:
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  — Bem, como estão vendo meu irmão irá conosco. Ele está trabalhando meio período da delegacia e resolvi trazer ele para ajudar na segurança de todos.
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  Alguns acreditaram, alguns desconfiaram, mas era a única que sabia o motivo real dele ir junto. Foram dois dias na estrada com algumas paradas pelo caminho, e finalmente chegaram ao hotel onde ficariam em Malibu. Estavam reservados dois quartos, um para as meninas e um para os meninos. Descendo do ônibus eles carregaram suas malas e se acomodaram nos quartos, logo mais à noite, se encontraram no restaurante do hotel.
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  — Legal aqui né. — elogiou Clair olhando a recheada mesa do jantar.
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  — Nunca vi tanta comida na minha frente. — comentou Monsh — A não ser nos festivais de Cliron.
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  — Não é um 5 estrelas. — explicou Polly — Mas meu pai fez questão de reservar em um bom hotel.
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  — Um viva ao prefeito. — brincou Monsh.
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  — Gente aqui tem cardápio coreano. — disse Sunny com seus olhos brilhando.
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  — Olha a cara de felicidade da menina. — Clair apontou para Sunny, fazendo todos rirem.
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  — Ao invés de falar, vamos comer. — disse com seus olhos fixos no refratário de espaguete.
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  Eles se serviram e degustaram do suculento jantar, entre brincadeiras e sérias conversas sobre a apresentação que fariam. Logo o dia chegou, e Polly já estava acertando os últimos detalhes pelo celular com seu amigo. A apresentação seria naquela mesma noite em um lual realizado em Point Dume State Beach, para um público jovem e muito animado.
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  — Tudo pronto, será esta noite. — disse Polly ao finalizar sua ligação.
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  — Que pena, não poderemos ficar muito. — reclamou Clair olhando disfarçadamente para um turista que estava fazendo seu cadastro no hotel.
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  — Clair, foco, viemos a trabalho. — repreendeu Polly.
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  — Minha irmã só pensa nisso, e ainda quer fazer parte do grupo. — Monsh riu ajeitando sua mochila nas costas.
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  — Bom dia. — disse a policial Lunna ao descer as escadas junto com Dimitri.
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  — Quem mais falta? — perguntou Dimitri se dirigindo à porta.
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  — Seu irmão, e . — respondeu Polly.
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  — E a Sunny. — disse Clair.
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  — Eu estou aqui. — Sunny que estava sentada no chão lendo seu mangá se levantou.
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  — Desculpa, Sunny… — Clair sorriu de canto — Nem te vi aí.
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  — Você só vê o que te interessa. — Monsh disse num tom sério e segurando a mão de Sunny — Vamos esperar lá fora.
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  Após eles saírem, desceu as escadas tranquilamente:
  — Reunião e ninguém me disse nada?
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  — Não , só estávamos esperando os atrasados acordarem. — respondeu Clair ainda indignada com as palavras do irmão.
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  — Esquece ela, amor. — Polly o abraço se aninhando a ele.
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  — Vamos esperar lá fora. — sugeriu Dimitri já saindo.
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  No corredor dos quartos, estava um rapaz de cabelos avermelhados, jaqueta de couro preta e jeans surrado encostado na parede de acesso a escada. ao sair do seu quarto viu o rapaz e percebeu que ele estava de olhos fechados como se estivesse dormindo em pé. Ela achou estranho e segurou um pouco o riso colocando a mão direita na boca:
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  — Não estou dormindo, se é disso que está rindo. — disse o rapaz ainda com a face abaixada e os olhos fechados, sua voz era grossa e um pouco rouca.
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  — Me desculpe, não consegui evitar. — ela deu uma breve risada baixa.
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  — Gosto do seu sorriso. — disse num tom baixo o rapaz ao levantar sua face e olhar para a direção dela.
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  — O quê? — se encolheu dando um sorriso tímido — Obrigada, eu acho.
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  Ele fixou seu olhar nos olhos dela por um breve momento, como se estivesse tentando ler a sua mente.
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  — Nunca a vi em Malibu, jamais me esqueceria desse sorriso. — ele colocou as mãos no bolso da calça.
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  — Bem, estou de passagem. — continuou o observando e percebeu que no pescoço do rapaz havia uma pequena cicatriz sendo tampada pela jaqueta.
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  — Algum problema? — disse ao sair do quarto e ver o modo como o rapaz olhava para .
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  — Nenhum. — o homem sorriu de canto e seguiu em direção a eles indo para o fundo do corredor, ao passar por ele parou por um momento — Espero ver seu doce sorriso novamente. — disse num tom baixo porém firme e voltou a caminhar até parar no quarto 27 e entrar.
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   se posicionou ao lado dela e entre sussurros:
  — Você o conhece? — ele olhou fixamente para frente engolindo seco.
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  — Nunca o vi na minha vida. — ela sussurrou também — Acho melhor irmos.
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  Eles desceram as escadas em silêncio e ao chegarem à rua os outros já esperavam na van, entrou primeiro. antes de entrar olhou de relance para cima em direção a uma das janelas da pousada e viu que o rapaz misterioso estava atrás das cortinas a observando. Ela o olhou por um momento até ser interrompida pela voz de a chamando.
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  Ao chegarem no local onde fariam a apresentação, se depararam com algumas pessoas trabalhando na montagem da estrutura do palco e das barracas de comidas e bebidas. Polly saiu primeiro e foi diretamente falar com seu amigo. Dimitri e Lunna foram falar com os organizadores do evento, ambos queriam se certificar de como seria o esquema de segurança do local. Enquanto isso os outros permaneceram perto da van.
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  — Estou tão ansiosa. — disse Clair olhando ao seu redor.
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  — Você diz como se fizesse parte do grupo. — Monsh deu uma breve risada.
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  — Faço sim, só porque fico nos bastidores não quer dizer que não faço. — retrucou ela.
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  — Concordo, ela é uma Smile Free também. — disse Sunny de uma forma meiga.
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  — Viu, a Sunny reconhece meus esforços. — Clair sorriu lançando um olhar de interesse em um dos rapazes que estava montando a plataforma do palco.
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  — A Sunny sempre é assim. — riu vendo a cara triste que Monsh fez pela declaração de Sunny.
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  — Só disse a verdade. — Sunny se virou para Monsh — Vamos caminhar um pouco, acho que a Polly vai demorar.
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  — Claro. — Monsh sorriu e segurando na mão dela começou a caminhar na direção do jardim.
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  Eles olharam surpresos:
  — Geralmente não é o Monsh que a convida para “caminhar”? — perguntou .
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  — Bem, será que a Sunny percebeu o inevitável? — completou Clair.
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  — Gente, talvez ela só queira andar. — sibilou ao olhar discretamente a face de .
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  — Ainda acho que a Sunny é mais esperta que todos nós juntos. — disse Clair. — E acho que vou dar umas voltinhas por aí também. — ela riu de canto e saiu em direção ao palco.
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  — Como podem ser tão diferentes. — comentou — O Monsh é tão tímido e a Clair é tão…
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  — Atirada. — completou .
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  — Bem, eu ia dizer comunicativa. — corrigiu já em risos.
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  — Então, , como é estagiar no distrito? — disse puxando assunto.
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  — Agitado. — ele olhou disfarçadamente para .
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  — A Polly está demorando. — olhou de volta disfarçando um sorriso.
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  Nessa altura da troca de olhares, já havia percebido que ambos eram bem mais que meros rivais e que havia muita história e disfarce por trás de toda a briga que simulavam na frente das pessoas:
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  — Vou procurar por ela. — se afastou de propósito para observá-los de longe.
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   continuou a olhar , enquanto ele permanecia calado e olhando para a direção da estrada:
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  — Está calado. — disse quase sussurrando.
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  — Sempre fui assim. — seu tom de voz era sério porém brando.
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  — Já disse que não o conheço.
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  — Não é por ele.
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  — O que você tem? — insistiu ela.
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  — Preciso te contar algo, mas não agora.
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  — Depois do show, você me conta. — olhou na direção onde estava o vendo conversar com Polly e um outro rapaz loiro.
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  — Acho melhor esperarmos até chegar na cidade.
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  — Não. — o olhou sério — Quero saber hoje.
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  — É sobre a Continuum. — disse ele — Sobre você e sua família.
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  — O que você sabe?!
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  — Não sei, só tenho algumas desconfianças. — admitiu ele com cautela.
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  — E essas desconfianças pode mudar algo entre nós? — perguntou meio temerosa.
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  — Não. Isso jamais aconteceria. — ele deu um sorriso disfarçado.
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  — está me ajudando nisso, em saber a verdade, não posso deixá-lo de fora. — acima daquele segredo, ela mantinha sua confiança no amigo.
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  — Você vai contar a ele sobre nós?
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  — Vou, ele sabe guardar segredos. — garantiu a garota com confiança — E ele me disse que aqui em Malibu, tem uma pessoa que pode nos apresentar aos Dominos.
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  — Então vocês vieram aqui com um propósito?
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  — Sim, não foi à toa que pediu para Polly conseguir nos colocar nessa apresentação. — explicou a ele — Temos uma chance de descobrir a verdade aqui.
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  — Esta pessoa vai estar no luau?
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  — Sim.
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  — Quero estar com vocês, depois deixo você contar sobre nós ao .
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  — Tudo bem. — ela sorriu para ele discretamente — Eu te amo Bellorum.
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  — Eu também te amo, Fletcher.
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  Eles mantiveram seu olhar um no outro. Aquela noite reservava muitas descobertas que estava ansiosa para alcançar. Ela tinha e para ajudá-la nessa aventura, com o destino de descobrir mais sobre a Continuum.
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Aqueles dias de apenas coisas bonitas,
Vendo juntos apenas as coisas boas sobre nós
Comendo junto, se divertindo juntos
Chorando juntos e rindo juntos
Obrigado por acreditar em mim que eu não vou cair
E por estar ao meu lado, realmente muito obrigado.
– From U / Super Junior

Família: onde tudo começa. – by: Pâms.

Fim

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