Natashia Kitamura
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Beauty Enough

Capítulo 1

   não havia tido um dia normal. Teria sido, se não tivesse encontrado com .
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  Ela havia acabado de se mudar para Phoenix por causa de Jess, sua amiga. Esta estava grávida e o namorado a havia abandonado para fugir das responsabilidades. Assim, e suas outras duas amigas, em uma maneira de ajudar Jess e o futuro bebê que estava chegando, resolveram se revezar e cada uma, a cada mês, viver em Phoenix com a moça e seu novo filho.
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   podia se considerar uma garota de sorte. Já nascida em berço de ouro, trabalhar não era um verbo que constava em seu dicionário. Seu pai tinha dinheiro o suficiente para fazer com que até sua quinta geração não trabalhasse nunca na vida, se soubessem administrar bem as economias. Porém, a garota nunca ficara esperando sentada o pai quitar suas contas do cartão de crédito, como sua irmã mais nova fazia. Ela tinha uma loja com três amigas. Era uma loja de roupas e os negócios até andavam bem. Apesar de as demais amigas não terem tido a oportunidade de nascer em uma família com posses, todas eram como , independentes, o que tornava a amizade sólida e sem diferenças para servir de obstáculo no relacionamento.
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  – Como está se sentindo? – perguntou a Jess algumas horas depois que chegou no apartamento da amiga, que não era lá tão luxuoso, já que seus pais a desertaram quando souberam da gravidez, para eles, indesejada. A sorte da moça foi que ela possuía três amigas incríveis e uma empresa bem sucedida que conseguia facilmente sustentar a si e seu bebê.
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  – Gorda. – Jess responde a amiga, emburrada. era uma garota extremamente agradável de se conviver. Além de bonita, era difícil vê-la desarrumada e não havia quem não gostasse de sua personalidade logo que a conhecesse. Apesar de às vezes se deixar levar pelos sentimentos, dificilmente se abatia ou nutria sentimentos ruins pelas pessoas. Com relação ao seu gosto musical, não era de desagradar tampouco. Todos sabiam sua admiração pela banda The Maine, e ela fazia questão de dizer que não era pela aparência dos integrantes, mas sim pelas suas músicas. amava as letras das músicas da banda, não porque eram fofinhas, mas porque a fazia se sentir única. Quem quer que fosse aquele que escrevia aquelas letras maravilhosas, sabia do valor de uma mulher e não tinha medo de expressá-las através das letras.
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  Como não podia ignorar seu lado feminino, era claro que ela tinha uma certa “queda” pelo da banda, . Suas amigas brincavam com seu gosto: o bom gosto para roupas, amigas, maquiagens, música… mas quando chega no homem ideal, ela gosta justamente daquele que era apenas o ” do The Maine”. Poderia ser alguém “melhor”; alguém como Brad Pitt ou Shawn Mendes, até como algum Jimmy Kimmel ou, quem sabe, Tom Holland; sabia que, mesmo que estivessem brincando, havia um fundo de verdade no que as amigas falavam, mas pouco se importava com isso. Não morria de amores por – nem por ninguém –, apenas o achava mais interessante que os outros. Muito mais.
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   alugou um pequeno loft para si, para ficar durante os três últimos meses de gestação da amiga. Jess não gostava de companhia no próprio apartamento desde que o namorado a deixou e respeitava isso. Tratou logo de achar um lugar o mais perto possível da casa da amiga, algo que não foi difícil. O loft ficava a apenas meio quarteirão de distância.
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  Com a resposta mau-humorada da amiga, resolveu levá-la para dar uma volta; comeram num restaurante vegetariano, uma vez que Jess entrou numa dieta sólida feita de pouco carboidrato e quase nada de calorias, e se alimentando do mínimo de proteínas possível.
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  – O bebê precisa disso. – disse, olhando, incomodada, o prato saudável da amiga. – Ele precisa de carboidratos e nutrientes, Jess.
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  – Ele também precisa que a mamãe dele seja saudável e feliz, por isso, irá aguentar ficar sem carboidrato até nascer. Eu já estou gorda por causa dele, terei que entrar em depressão também?
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  – Jess, ele não pediu para vir a este mundo.
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  – Muito menos eu.
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   revirou os olhos e desistiu de tentar fazer algo com Jess. A falta de tato da amiga andava alto e o mau-humor pior ainda. A moça não costumava ser uma pessoa difícil, apesar de ser, sim, um pouco egoísta; no entanto, era extremamente vaidosa, o que acendia a chama da raiva quando se olhava no espelho e não se via satisfeita com seu visual.
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  – Certo, não olhe agora, mas feioso está aqui.
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  – O quê? – devolve sua taça de vinho à mesa e se remexe na cadeira.
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  – Aquele cara daquela banda que você ama, sabe? – Jess mexe as mãos impaciente. concorda com a cabeça. – Então, ele está logo ali com um amigo.
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  – Está falando sério? – a amiga planeja virar para confirmar o que a outra disse, mas logo desiste com medo de parecer espontânea demais. Jess revira os olhos e encosta na cadeira:
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  – Agora tenho cara de ficar fazendo brincadeiras? Até parece que não me conhece, !
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  – Tudo bem, tudo bem, foi só modo de falar, desculpa. – ela diz levando o dedo indicador à boca e recebendo um tapa da amiga. – Sem roer, certo. Desculpe. Não dá, eu tenho que olhar. – ela se vira, fingindo procurar alguém e vê o garoto sentado a algumas mesas de distância da delas com um amigo. – Ai meu Deus, é o mesmo!
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  – Mas quanta discrição, , que horror! Até parece que nunca viu alguém famoso na vida. – Jess bebe mais um gole de sua água. a ignora e morde o lábio inferior.
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  – Vou lá pedir uma foto com ele. – ela diz sem pensar e Jess arregala os olhos.
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  – Está louca? Vai simplesmente agir como uma fã qualquer?
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  – Quer que eu faça o quê? O cara é famoso e todos sabem disso! Não há maneira de eu me aproximar sem parecer uma fã!
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  – Você é filha de um diretor de cinema famoso, , pode muito bem dar um jeito nisso.
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  - Acontece que eu não quero pedir ajuda ao meu pai para me apresentar um ídolo, Jess, que ideia mais boba! Além disso, o The Maine não tem muito a ver com Hollywood. – “Graças a Deus”, pensou.
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  Jess ficou calada. Se pensar bem, era mesmo uma ideia bem boba, ainda mais para , que odiava pedir favores aos pais.
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  – Tudo bem, então vai. Só não diga que eu não avisei depois.
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   sorri e se levanta, pegando seu celular que estava sobre a mesa e seguindo até a mesa do com força e coragem.
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   conversava com Allan. Eles não se viam há meses e se encontraram no supermercado no dia anterior, então combinaram de jantar juntos para colocarem as novidades em dia, afinal, já não era fácil encontrar com em Phoenix, quanto mais coincidir em um supermercado. Ele ouvia Allan falar sobre seu trabalho no cruzeiro, até que o vê parar de falar abruptamente e olhar para um ponto atrás de com um sorriso gracioso no rosto. O olha para trás, confuso, e abre a boca ao ver a beldade que estava parada atrás de si, com um sorriso no rosto e a atenção toda virada para ele.
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  – Oi. – ela diz sem graça e ele arrasta a cadeira, demonstrando estar confortável com a presença dela ali. – Desculpe atrapalhar o jantar de vocês. – ela tentava quase inutilmente não gaguejar. – É que… Bom… Será que você poderia tirar uma foto comigo? – ela mostra o celular e ele sorri.
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  – Claro.
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  Ela sorri agora menos nervosa e entrega o celular para ele, que se levanta e pede para que Allan tirasse a foto dos dois. Alguns segundos e o amigo devolvia o celular para , que por fim entregou o objeto à dona.
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  – Obrigada. – ela diz olhando para o aparelho. – Desculpe mesmo ter atrapalhado. Sou sua fã.
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  – Não foi nada. – responde com um sorriso e a vê concordar com a cabeça e olhar para Allan, agradecendo a foto e acenando para ele, em seguida olhando para mais uma vez e se despedindo com um beijo na bochecha.
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  Ele então volta a se sentar na cadeira e olha para o amigo que o olhava boquiaberto.
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  – Eu não sabia que sua profissão lhe trazia prêmios assim. – Allan balança a cabeça em direção à garota que voltava para sua mesa. ri.
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  – Nem eu.
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  Os dois ficam calados até o amigo levantar as mãos, esperando provavelmente uma ação da parte de .
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  – O quê?
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  – Você vai ficar aí parado? – ele pergunta incrédulo. não entende.
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  – Como?
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  – Man! Você prestou atenção na garota que veio te pedir uma foto?
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  – Como pude não prestar? – lança mais um olhar em direção à garota que agora estava sentada à mesa de costas para eles.
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  – E você vai ficar aí parado? Não vai até lá?
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   abriu um sorriso, achando divertido o exagero do amigo com toda a situação.
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  – Allan, é só uma fã.
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  – Uma fã solteira!
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   ri.
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  – Como sabe que ela é solteira?
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  Allan revira os olhos.
  – Cara, não é à toa que você está solteiro até agora. – fecha a cara. – Você não reparou na mão direita dela? – Allan levanta a mão, apontando para o anelar. – Sem aliança.
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  – Não é necessário uma aliança para se namorar.
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  – , cara. Você continua sendo o mesmo garoto ingênuo do ginásio. Dane-se se ela namora ou não! Olha, amanhã tem a tal festa do Rudy, lembra? Você vai até ela agora que estamos indo embora e a chamará para ir com você.
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   olhava boquiaberto para o amigo, como se não acreditasse que ele estivesse mesmo lhe mandando fazer aquela proposta para uma completa estranha. Olhou de relance para a mesa da fã e volta a olhar para ele.
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  – Anda, cara. O não você já tem! Ela é uma gata e tá na sua! Olha bem pra ela, ! Quando é que você vai ter uma outra oportunidade como essa? – Allan arregalou os olhos. – A não ser que isso aconteça com frequência e até agora você nunca fez absolutamente nada.
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   entorta o lábio receoso e um pouco ofendido, pois pode até ser que ele não tenha tomado a iniciativa para se aproximar de forma mais romântica de uma fã, mas não havia se sentido um energúmeno até então. Por fim, suspirou e concordou em um maneio de cabeça.
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  – Ótimo! Pega o guardanapo. – Allan diz retirando uma caneta da jaqueta.
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  – Oookay, não se vira agora, mas está vindo em nossa direção, quero dizer, em sua direção! – Jess diz se encostando na cadeira com um sorriso, achando divertido não só a ideia do ídolo da amiga estar no mesmo restaurante, como indo até ela com a intenção, provavelmente, de chamá-la para sair. Porém, mais divertido ainda foi ver a reação da amiga, que quase engasgou com o suco e viu suas mãos começarem a tremer com a notícia; Jess permaneceu calada, enquanto arregalava os olhos e surtava da maneira mais silenciosa possível.
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  – Tá falando sério? – ela se endireita em sua cadeira. – Não brinca com uma coisa dessas, Jess.
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  – Haja naturalmente. – Jess diz rapidamente mais baixo e antes que pudesse falar algo, estava parado ao seu lado na mesa com um sorriso sem graça.
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  – Oi. – ele diz. responde nervosa. – Hum… Bom… Isso é meio embaraçoso. – os dois soltaram uma risada sem graça. – É só que… Ahn… Bom, amanhã tem uma festa na casa de um amigo meu e… Bom, eu estava me perguntando se você… Vocês. – ele se conserta rapidamente, olhando para Jess também, que abre um pequeno sorriso simpático e encorajador para o moço. – Se vocês não gostariam de ir.
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   fica sem fala e recebe um chute de Jess por debaixo da mesa.
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  – A-ah… Seria legal! – ela tenta não parecer espontânea demais, o que parecia bem difícil naquele momento. – Hum… Quero dizer, claro! – ela dá uma risada sem graça com , que se sentia mais aliviado agora que recebeu a resposta positiva da garota. – A propósito, .
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  Ele ri e bate a mão na testa.
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  – Claro, como pude me esquecer de perguntar seu nome?
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  Os dois riem mais sem graça ainda, e entrega o pedaço de guardanapo com seu número. pega e o anota no celular, dando um toque no número.
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  – Pronto. Agora você tem meu número também. – ela sorri e ele sorri maravilhado com a esperteza da garota.
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  – Certo. Eu te dou um toque amanhã, posso? – ele diz, vendo que Allan já estava o esperando no carro.
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  – Claro! Vou aguardar. – ela sorri e ele se abaixa, lhe depositando um beijo na bochecha e então acena para Jess, que sorri e acena de volta.
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  As duas ficam o observando se afastar e entrar no carro com Allan, até que então se vira boquiaberta para Jess, que a olhava da mesma maneira.
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  – me chamou para sair?
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  – te chamou para sair!
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  – Ai meu Deus!
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  – Vamos às compras! – Jess sorri e as duas pulam na cadeira animadas, pedindo a conta logo em seguida.
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Capítulo 2

  – Bom, ele te chamou também! – falava no telefone com Jess.
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  – Aham, e você acha mesmo que eu vou? , eu estou grávida, não cega! Ele já te ligou?
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  – Já! – Para Jess ela não disfarçava a animação. – Ele disse que o amigo dele cancelou a festa e que o amigo dele que estava lá ontem também não dava para sair, mas se eu não me importasse, nós dois poderíamos sairmos mesmo assim.
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  – E VOCÊ AINDA QUERIA QUE EU FOSSE COM VOCÊ? – afastou o celular do ouvido, mas riu mesmo assim.
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  – Na verdade, eu contava com a sua boa noção, mas, caso você desse uma de tapada e topasse ir mesmo assim, ia só falar que eu queria ficar sozinha com ele. – dá uma risadinha e Jess bufou, revirando os olhos.
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  – Obrigada pela consideração.
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  – Ah, para de drama. – a mulher sorri, não deixando a amiga atrapalhar o seu momento. – Me ajuda, o que eu visto?
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  – Algo sexy.
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  – Jess… – a repreende.
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  – O quê? Você não está mesmo pensando em ir como uma menininha comportadinha? Pelo amor de Deus, , você tem 26 anos, sabe muito bem que poderá se vestir assim depois que já tiver fisgado ele!
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  A mulher revirou os olhos para a amiga, que continuava a falar sobre a importância de causar uma boa primeira impressão. Mas não se importava com a primeira impressão daquele dia, pois sabia que, se não tivesse causado algo em , ele jamais a teria convidado para sair.
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  – Por que ainda peço sugestões a você se nós nunca concordamos em nada?
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  – Porque você é uma cabeça dura que não me ouve! Se me ouvisse, estaria namorando.
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   decide usar a única arma eficiente com Jess: o silêncio.
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  Tão logo colocou em prática, e pôde ouvir a amiga bufar, impaciente, do outro lado da linha.
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  – Vá do jeito que achar confortável. – murmurou, fazendo abrir um sorriso.
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  – É disso que estamos falando. Obrigada pela dica!
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  – Claro, claro. Me liga amanhã me contando como foi.
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  – Ok. Tchau! – ela desliga rapidamente antes que a outra começasse a dar dicas não usuais para ela.
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  Corre até o banheiro e toma um longo e demorado banho, tentando ao máximo impregnar o aroma do sabonete no corpo para que não precisasse usar perfume algum. Gostava da ideia de “a pele possuir um aroma floral”, como alguns autores gostam de escrever nos livros; torna tudo mais romântico.
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  Veste um vestido básico azul marinho e um salto. Seca o cabelo e fica na dúvida se o prende ou não. Talvez fosse melhor não. Passa uma leve maquiagem e suspira sorrindo. Olha para o relógio, completamente pronta, e se senta em seu sofá alisando o vestido enquanto pensa o que poderá acontecer até o final da noite.
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  – Aonde ‘cê vai? – pergunta ao ver terminando de arrumar o cabelo no espelho da entrada da casa em que o The Maine dividia.
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  – Sair.
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  – Isso é perceptível. – o amigo diz revirando os olhos, mal percebendo que não estava nem um pouco disposto a lhe dar o mínimo de atenção. – Gostaria de saber detalhes e motivos da arrumação.
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  – Depois eu falo, tô atrasado, tchau! – ele pega a chave do carro que dividiam e sai, voltando e colocando a cabeça para dentro da casa, vendo e jogados no sofá assistindo TV e na cozinha preparando algo pra comer. – Estou levando o carro! – e fecha a porta, não dando tempo de nenhum dos quatro protestar.
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  Os integrantes da banda, de onde estavam, se entreolham.
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  – A última vez que eu vi o assim, foi quando ele ia pegar o novo HD dele na Apple. – inicia a conversa no momento em que diminuiu o volume da TV. – A dois anos e meio atrás.
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  – A última vez que eu vi o assim, foi quando nós estávamos na casa dele e a mãe dele procurava o culpado de quem havia quebrado a janela da cozinha dela e havia sido ele. – vai até a cozinha e pega o sanduíche que fazia para ele e o come. – A seis anos atrás.
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  – A última vez que eu vi o assim foi quando nosso clipe apareceu na TV pela primeira vez. – olha feio para e pega o sanduíche de volta, não se importando dele estar mordido e babado, o comendo mesmo assim. – Eu nem lembro quando foi.
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  Os três se calam e olham para , que até aquele momento só prestava atenção nas lembranças dos amigos. Ao ver que esperavam que ele continuasse com a conversa, o levanta os ombros e diz:
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  – Eu nunca vi o assim. – e volta a aumentar o volume da TV, recebendo bufos e suspiros indignados dos outros três.
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  – Senhorita Kitamura, o senhor pediu para avisar de que a está esperando. – podia ouvir o porteiro dizer ao interfone. Mordeu o lábio, animada.
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  – Ah sim, desço em dois minutos. – ela agradece e desliga o aparelho, se olhando no espelho mais uma vez. – Sorte, sorte, sorte. – faz figuinha com os dedos e os beija em seguida, pegando sua carteira e saindo da casa, trancando-a logo em seguida.
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  Até chegar no carro, suas mãos apertavam uma à outra e seus dentes mordiam os lábios já vermelhos pelo leve batom que ela havia passado. Anda calmamente até a frente do prédio e sorri ao vê-lo distraído para o outro lado, com o cotovelo apoiado na borda da janela. Sem querer, olha para a porta do prédio e vê parada lá. Abre a boca maravilhado com a beleza da mulher e desliga o carro, tirando o cinto e indo até ela.
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  – Oi. – ela diz com um sorriso sem graça.
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  – Olá. – ele coloca uma mão em sua cintura e a beija na bochecha. – Nossa! Você… Uau!
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  Ela ri mais sem graça ainda e coloca o cabelo atrás da orelha.
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  – Obrigada.
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   a fica olhando, ainda boquiaberto, e ela fica apenas esperando ele fazer algo, o fazendo sair de seu transe e dar um pulo surpreso; abre a porta do banco passageiro para ela, que sorri agradecida e entra, colocando o cinto logo em seguida, enquanto ele fechava a porta e dava a volta no carro.
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  – Você gosta de frutos do mar? – ele pergunta. – Quero dizer, peixe e tal?
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  – Gosto. – ela não gostava de frutos do mar, mas não iria deixar pensar logo de cara que era uma fresquinha. E ela até gostava de alguns peixes.
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  – Então tenho um lugar muito bom. – ele sorri e dá partida no carro.
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  Tomara que ela possa escolher o que comer.
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  – E então nós geralmente vamos para a van e colocamos o som no alto. O tem mania de ficar agitando os fãs que estão por lá junto com o Tim. É bem legal. – falava sem parar durante a sobremesa. apenas o ouvia, maravilhada. Adorava ver os vídeos da banda quando tirava o dia para fazer isso. Não acontecia sempre, mas sabe que sempre que quiser se divertir, é só ir no Youtube. Surpreendentemente, saber pela boca de era bem mais divertido do que ver nos vídeos.
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  – Estar em turnê deve ser legal. – ela diz sorrindo e ele ri baixo concordando com a cabeça e mexendo no sorvete de morango em sua taça.
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  – Estar em turnê é muito legal.
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  Eles ficam sorrindo, ele para o sorvete e ela para ele. Até ele levantar o rosto para olhá-la e deparar com os olhos delas nos dele. imediatamente sentiu as bochechas corarem e dá uma risada sem graça, enquanto pega a taça rapidamente com a bebida e dá um pequeno gole para disfarçar.
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  Era gostoso sentir a presença do outro. De alguma forma, eles encontraram, dentro de si, um sentimento agradável e impressionante. Ele, por estar tão bem acompanhado de uma mulher tão linda que ele jamais pensou em sequer trocar uma palavra, e ela por estar trocando intimidades e olhares com um dos caras – se não o mais – que ela admirava na vida.
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  Depois do primeiro encontro, era impossível os dois passarem sequer um dia sem se falar. Telefonemas de mais de duas horas de duração, conversas de madrugada, SMS quando não estavam nos dois anteriores. Jess dizia ver mais animada agora que estava saindo com .
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  “Finalmente desencalhou.” A amiga sempre dizia. E os amigos de estranharam o homem que sorria toda vez que o celular apitava ou sumia de noite, do nada.
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  – ! – berra, um mês depois do primeiro encontro de e . O chega correndo à sala, onde e estavam sentados sérios. Seu primeiro pensamento foi: Fugir. Mas tinha longas pernas e sempre o alcançava nas brincadeiras, então o pensamento seguinte foi: Estou ferrado. , com o susto, veio à sala também e assistia tudo da cozinha.
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  – Não fui eu, juro. – diz suplicante para os dois, que se entreolham.
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  – Não foi você quem ligou para esse telefone e esse celular aqui? – joga a conta de telefone para , que pega e dá uma olhada, vendo vários números repetidos um embaixo do outro. Congela. Se esqueceu da conta de telefone no começo do mês. “Sou um homem morto” seu terceiro pensamento vem à tona.
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  – Hum… É, fui eu. – ele fala baixo, receoso. tira o papel das mãos de e murmura um “caralho” logo atrás do amigo.
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  – Olha , eu não sei o que está rolando. Mas tá tudo muito esquisito. Você anda muito esquisito. – diz com uma expressão preocupada. – Não é que nós queremos nos intrometer na sua vida, mas você sabe que nós sempre nos intrometemos e… bom, é porque amamos você.
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   os encara com uma expressão confusa, não estava entendendo aonde eles queriam chegar com aquela conversa; , enfim, suspira e o olha sério:
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  – Você está se drogando?
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  Silêncio.
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  Mais silêncio.
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   tentava raciocinar a pergunta absurda de .
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  – O quê? – ele não acreditava que os amigos estavam mesmo perguntando aquilo. – Estão falando sério?
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  – Olha , não precisa esconder da gente. Não é certo e a gente vai te ajudar a sair dessa…
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  – Eu não estou me drogando! – o acusado se defende, nervoso. – Não acredito que estão achando que eu estou usando drogas! Eu!
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  Os quatro ficam calados.
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  – Parece que está usando, . – diz, mais calado atrás de todos. o olha boquiaberto e então revira os olhos e bate as mãos nas laterais do corpo.
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  – Olha, eu não estou usando drogas, não estou ficando bêbado, nem nada. Eu estou ótimo! Se tudo isso é por causa da conta de telefone, eu pago ela sozinho esse mês, não me importo.
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  – Não é questão da conta de telefone, ! – diz impaciente. – Acontece que de uns tempos pra cá, você anda alegrinho demais, risonho demais, away demais, sabe? A gente fala com você, e se você está no celular, telefone ou computador, você responde qualquer coisa.
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  Ninguém mais diz nada depois que explode. estava surpreso com o desabafo do amigo e sabia que os outros três pensavam da mesma maneira. Estava escrito nos olhos deles. Suspira e coça a nuca.
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  – Não é nada demais, eu prometo. É só que… Hum… Não posso falar agora. Mas vou falar! Apenas saibam que não é nada relacionado a drogas. Ou qualquer coisa absurda como essa! – ele bagunça os cabelos. – Quero contar pra vocês, mas eu meio que prometi… Bom, o que importa é que não precisam se preocupar! Eu estou ótimo e não estou usando drogas. Só é uma animação a mais na minha vida, nada demais.
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  – Tem certeza? – pergunta desconfiado e vira rapidamente para ele, concordando com a cabeça. Os quatro se entreolham.
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  – Tá bem, cara. Mas vê se fica mais na Terra, a gente precisa de você. Pelo menos quando a turnê começar. – diz voltando a encostar no sofá e olhando para os outros envelopes.
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  – Tá bem, foi mal. – pega a conta da mão de . – Eu pago isso. – e volta para o quarto.
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  – Eles acharam que você estava usando drogas? – ria com que andava com ela de volta para casa (dela) e o braço apoiado em seus ombros. Era surpreendente o fato de que, até aquele dia, eles não haviam trocado sequer um resquício de saliva. Nenhum beijo. Nenhum amasso. Nenhum nada. Apenas reconhecimento do território alheio.
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  – Absurdo, né?
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   ria sem parar.
  – Desculpe, mas é muito cômico.
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  – Posso imaginar. – sorria junto com ela ao ouvir suas gargalhadas. Eles enfim chegam em frente ao prédio de lofts que estava morando e param na porta. – Bom, amanhã eu vou ter algumas coisas…
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  – É, tudo bem. Eu combinei com a Jess de passar o final de semana com ela. As meninas vão vir pra cá e vamos preparar um pequeno chá de bebê. – ela diz normalmente e ele concorda com a cabeça.
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  – Legal, então semana que vem a gente se encontra.
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  – Isso.
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  Os dois permanecem sorrindo e chegam a dar uma risada, se despedindo então com um beijo na bochecha como sempre faziam. espera entrar no hall do prédio para então se virar e seguir caminho para o carro.
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  A mulher fazia caretas para si mesma a cada passo que dava para longe dele. Algo estava errado ali e ela já sabia exatamente o que era. Sabia desde o terceiro encontro dos dois. Permaneceu em uma briga interna consigo mesma, até decidir que não tinha paciência para esperar até a próxima semana. Em um ato inesperado, bufa e se vira, voltando para fora do prédio e chamando pelo nome de , vendo-o se virar, tendo tempo apenas de vê-la se aproximar rapidamente e enlaçar os braços ao redor de seu pescoço, dando-lhe um beijo. Ao se acostumar à atitude da de , o homem coloca as mãos em sua cintura e a puxa para perto, aprofundando o beijo.
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  Eles então se separam e sorri sem graça para o outro.
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  – Desculpe. – ela diz, o fazendo rir.
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  – Me desculpe também. Eu fui um pouco lerdo.
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  – Um pouco. – ela concorda. – Ou talvez eu estivesse ansiosa demais.
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  Os dois riem mais uma vez e trocam outro beijo antes de se soltar e cada um voltar ao seu caminho oposto. Ambos com um enorme sorriso no rosto.
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Capítulo 3

  – Que tal um sorvete nesse calor? – pergunta para os amigos assim que saem de uma comitiva de imprensa para o novo CD que o The Maine estava para lançar. Os outros murmuram em concordância, achando a ideia do baixista ótima.
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  – Não posso. – diz pegando o celular. Os quatro ficam sérios.
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  – Qual é, ! Um sorvete, o que custa? – diz.
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  – Tenho que ir até a casa de um amigo rapidão, qualquer coisa eu ligo pra vocês. – ele sorri. – Posso pegar o carro?
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  – O carro está em casa. – diz sério quando chegavam perto da van. fica o encarando com um grande sorriso no rosto. – Nem vem, , daqui eu vou direto para a sorveteria.
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  – Ah , qual é! Por favor!
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  Os quatro se entreolham.
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  – , seja sincero. – se aproxima cauteloso. murmura um “lá vem” e balança a cabeça indicando para o amigo continuar. – Você é gay?
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   fica com a boca aberta. Então, começa a rir.
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  – Como é que é? Eu? Gay?
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  – Cá entre nós, cara, toda vez que você deixa de sair com a gente nesses últimos meses, você fala que tem de ir na casa de um “amigo”. Mas nós conhecemos todos os seus amigos.
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   continua com sua boca aberta. Não havia pensado que, ao usar essa desculpa,  os amigos imaginariam que ele era gay.
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  – Eu não sou gay! Sou bem hétero! – diz rindo.
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  Os quatro ficam olhando desconfiados. bufa.
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  – Tá bem. Vamos pra sorveteria, eu vou explicar tudo pra vocês.
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  – Aleluia, Senhor! – ergue as mãos para o céu e olha para as nuvens com uma expressão de vitória.
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  – Mas depois vão ter que me deixar em casa para eu pegar o carro.
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  – Tá, tá, deixaremos você lá depois. – diz ansioso pelo suspense do amigo.
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  “Vou ter que contar para eles, não dá pra esconder mais, tem problema? xx”
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   foi pega de surpresa. Contar para os outros integrantes da banda sobre o suposto “namoro” dos dois… bom, eles estavam namorando. Isso era claro. havia a chamado de namorada quando falou com o garçom do restaurante na semana anterior, então, para ela, eles estavam namorando. E não havia mulher no mundo mais feliz que ela.
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  “Não tem problema. Bjs”
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  Assim que o celular de apitou, quando entravam na sorveteria, ele sentiu os ombros relaxarem devido à tranquilidade, e abriu um enorme sorriso. Cada um pegou seu sorvete, deram autógrafos para algumas garotas que estavam no local, tiraram fotos com elas e então sentaram relaxados em um canto mais isolado da sorveteria, a pedido de .
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  – Conta. – diz sério.
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   se remexe, ansioso.
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  – Estou namorando. – ele resolve ir direto ao assunto. Os quatro ficaram parados, olhando-o boquiabertos, com o sorvete derretendo logo abaixo de seus queixos.
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  – Como? – achava que não havia ouvido direito. Ouviu que estava namorando e isso não era possível que fosse verdade.
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   respira fundo enquanto revira os olhos e se aproxima para que eles possam ouvir melhor.
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  – Eu. Estou. Namorando. – diz pausadamente.
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  – Namorando quem? – logo se aproxima mais da mesa, como se não quisesse perder nenhuma palavra do que iria dizer. O amigo levanta os ombros.
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  – O “amigo” que eu ia na casa, na verdade era ela. A conheci num restaurante a uns meses atrás; ela veio me pedir uma foto e então eu a chamei para sair. Agora estamos namorando.
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  – Isso não é uma pegadinha, é? – coloca uma colher de sorvete na boca.
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  – Claro que não. Por que eu brincaria que tenho uma namorada? Não sou o .
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  O ruivo abre a boca indignado e aponta para ofendido, como se dissesse que haveria volta.
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  – E como ela é? – sorria, feliz pelo amigo. Era fácil vê-lo rodeado de garotas devido a banda, porém incrivelmente difícil vê-lo preso a uma delas.
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  – Linda. – sorri. – Linda de verdade. – sua imagem surge em sua cabeça. – Acho que é a mulher mais linda que já conheci na vida. E não é porque é minha namorada, nem nada, Allan concorda comigo.
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  – Allan? – levanta uma sobrancelha. – Allan conhece sua namorada e nós não?
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  – Bom, ele não sabe que estamos namorando, já que ele voltou para a vida de mochileiro dele. Mas ele estava comigo no restaurante quando ela veio até mim.
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  Os quatro ficaram calados.
  – E quando vai apresentá-la a nós?
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  – Quando a gente voltar da turnê. – sorri. – Prometo.
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  – Que horas vocês vão tocar? – perguntava no celular, enquanto estava parada em frente a uma barraca da Warped Tour.
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  O The Maine estava em turnê havia dois meses. Quando chegava o verão, a banda não parava em casa. já havia voltado para Santa Mônica, sua própria residência, já que Jess já havia tido o bebê. Decidiram então se verem quando o Warped chegou em Nova Jersey. Era completamente fora de mão do caminho de Santa Mônica e Phoenix, mas como ela estava em Nova Iorque para checar o andamento da loja da cidade, já que Lou, a responsável pela filial de Nova Jersey, estava em Dubai com o namorado; , para variar, ficou responsável por acompanhar as coisas pela amiga. Aproveitou e foi até o festival assistir o namorado e sua banda favorita.
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  – Daqui a dez minutos. Vai para o lugar onde eu te avisei depois que acabarmos.
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  – Tudo bem. – ela diz apontando para uma bolsa muito colorida que havia gostado para a moça que a estava atendendo.
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  – Ok. Até daqui a pouco. Te amo.
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  – Também te amo. – ela sorri sozinha.
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  – Ela está aí? – pergunta, nervoso. Ele estava tão animado para conhecer a namorada de que sequer lembrava do nervosismo pré-show.
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  – Está.
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  – . Parece que você é o namorado da garota. Fica calmo. – ri do amigo, que, por sua vez, revira os olhos. Os quatro haviam conversado sobre a suposta namorada de e concluíram que apesar do amigo ser o cara mais legal do mundo e estar em uma banda famosa, das duas a uma: ou a mulher era realmente uma beldade como descreveu e estava com ele só por interesse, ou ela não era tão linda assim. Os quatro adoravam , mas uma coisa que ele não tinha, era bom gosto com mulheres.
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  – Vamos! Vamos! – Tim os chamava com gritos da escada que dava para o palco. Eram ouvidos diversos gritos chamando-os. Eles então fizeram o ritual de sempre e subiram no imenso palco para arrasarem mais uma vez.
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  – … E então seria mais fácil se a gente comprasse aquele pote de 50 litros de sorvete, sabe? – terminava de dizer.
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  – Mas esse pote vem com um sabor só. – faz uma careta. – E se a gente enjoar?
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  – Como a gente pode enjoar de sorvete, ? – deposita um belo tapa na cabeça do amigo. A banda estava com os amigos sentados, relaxando, meia hora depois de terem acabado o show. Precisavam respirar e acalmar os nervos que ainda pulavam com a música que haviam acabado de tocar.
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  No meio da conversa, o celular de toca, fazendo todos se calarem e ouvirem o que o falava, o fazendo rir com a curiosidade de todos.
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  – … Uhum, agora vira a esquerda. Isso. – ele olha à frente, fazendo todos olharem também na direção indicada. – Está vendo a nossa tenda aqui no final? Isso. Vem cá. Ok. – e desliga.
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  Naquele grupo, não havia um que não tentava olhar nitidamente para a garota que se aproximava.
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   faz uma careta. Era exatamente como imaginara. Não tão bonita quanto a descreveu. O se levanta e sai da tenda, deixando com os que estavam lá se entreolhassem com uma expressão de quem não estava surpreso, afinal, todos pensavam da mesma maneira que .
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  – Era de se esperar, não é? – Tim comenta e os outros concordam com a cabeça. Voltaram a olhar para , que estava parado à frente da tenda, sorrindo e acenando para as fãs que passavam e acenavam para ele. Então ele começa a se movimentar para mais perto da garota que se aproximava com um sorriso. Os amigos ficam o observando, pelo menos felizes de que ele finalmente encontrou uma namorada.
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  Até que algo aconteceu, fazendo com que a tenda inteira se endireitasse para ver direito.
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Capítulo 4

   passou reto pela garota que todos pensavam ser a namorada dele. E a moça tampouco se opôs ao ver que o sequer reparou nela, pois também não estava interessada em ter contato com o homem.
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  – Mas que diabos… – começa a falar, mas é interrompido pela surpresa. Ao seu redor, todos arregalam os olhos, tão incrédulos quanto ele.
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  O grupo vê abraçar e dar um beijo numa mulher que estava atrás da moça que haviam confundido como namorada dele. Esta era exatamente o oposto da anterior. Morena, não tão alta, tampouco baixa, mas com as pernas longas e o corpo curvilíneo. Como brinde, a mulher tinha estilo e chamava a atenção de todos ao redor; , inclusive, era alvo de olhar de inveja de algumas pessoas, por ser o centro da atenção de .
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  – Ele tá falando sério? – tira os óculos de sol para enxergar a cena direito e se inclina para frente. – Ela é a namorada dele? – aponta para o casal na cara dura, recebendo um tapa de , na mão que usou para apontar. – O que está acontecendo?! – ele coloca as mãos na cabeça.
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  – Cala a boca, . Tudo bem que nós não esperávamos que fosse arranjar uma mulher tão incrível, mas não vamos agir também como um bando de invejosos. – diz sério, tendo o apoio de .
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  – Certo. Foi mal. – volta a se encostar na cadeira. – Mas, cara, olha como ela é gata!
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  – Cala a boca, eles estão vindo. – diz rapidamente, fazendo com que todos que estavam na tenda boquiabertos, rapidamente arranjasse um assunto para fingir que não estavam surpresos, pasmos, boquiabertos, abobados, desacreditando que estava namorando praticamente a garota mais bonita que todos já viram.
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  – Hey! – chama todos, os fazendo desviar a atenção para ele. – Essa é .
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  Ela abre um pequeno sorriso tímido e acena para o grupo, que murmuram palavras gentis de cumprimento. Todos ficam em silêncio, esperando que alguém dissesse alguma coisa.
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  – Então, … É , né? – se pronuncia, fazendo desviar sua atenção para ele. – Achei que era de Santa Mônica.
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  – Eu sou. – ela sorri simpática. – Mas vim pra cá, para cuidar da loja que é filial minha aqui. A responsável, que é minha amiga, está numa viagem com o namorado e pediu para que eu viesse checar tudo para ela.
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  – E você tem loja onde?
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  – Hm… Nova Jersey, Los Angeles, Nova Iorque, Miami e, mais recentemente, Phoenix.
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  – Uau! – sorri. – São lojas do quê?
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  – Roupas.
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  – Vocês são estilistas?
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  – Duas de nós sim, eu administro. – ela ergue a mão. – É uma sociedade, na verdade, com minhas quatro amigas. Cada uma fica responsável por uma loja.
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  – Ah, entendi. Que legal!
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  – É. – ela sorri e olha para os integrantes da banda. – Ah, foi muito legal o show de vocês, como sempre. Parabéns.
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  Os quatro abrem um sorriso e dizem palavras gentis novamente, agradecendo o comentário. E então, novamente, o assunto acaba e todos ficam calados.
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  – Bom, eu vou dar uma volta com ela. – diz com a mão na cintura da mulher. – Qualquer coisa, me deem um toque. E eu não gosto de sorvete de baunilha. – ele aponta pra , que levanta os braços, como se não fosse culpa dele sempre ser o fato decisivo das escolhas e acabar pendendo para o lado oposto de . – Até mais.
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  – Tchau, foi um prazer conhecê-los. – sorri para todos.
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  – Espero nos encontrarmos mais vezes. – sorri simpático e concorda, colocando os óculos de sol e saindo com de mãos dadas, arrancando olhares invejosos para o .
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  Todos ficaram calados olhando por um tempo para o casal que se afastava. Eles viam rindo e segurando no braço de e falando várias coisas divertidas que o fazia rir.
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  – Ela não parece estar por interesse. – comenta, se abanando devido ao calor do alto verão.
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  – Ela parece gostar dele de verdade. – concorda com o amigo. Todos se entreolham.
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  – E quem acabou se dando melhor fora , aquele que nunca iria namorar na vida. – suspira. – Achei que fossemos ter que organizar um casamento arranjado.
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  – Estamos sendo injustos com ele, pessoal. – murmura sério e todos se calam.
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  – Vamos apoiá-lo. é nosso irmão e merece ser feliz, com quem quer que seja. – finaliza a conversa e todos concordam.
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—-

  Ding Dong.

  – Eu atendo! – diz, correndo até a porta com sua incrível fantasia de pirata. Era dia de Halloween e o The Maine combinou de sair pelo bairro à procura de doces ou travessuras. Todos os amigos estavam convidados. também foi convidada e ficaria o final de semana inteiro pousando na casa dos meninos, dormindo no quarto de com ele. Todos já estavam acostumados com a presença dela junto do amigo. Os dois estavam levando muito bem o relacionamento à distância. Estavam há seis meses juntos e, desde o quarto, pousava na casa da banda, a pedido deles. Ela se dava muito bem com todos e já era vista como parte integrante do grupo. – Olha só! Temos uma capitã aqui! – ele faz continência.
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  – Você é um pirata, , piratas são traiçoeiros e não obedecem a capitães. – ria da pose do amigo e entra com sua mala assim que ele lhe dá espaço. – Falando nisso, pirata. Adivinhe o que eu trouxe?
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  – Seus cupcakes! – ele a olha com os olhos brilhando e ela ri.
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  – Trouxe a receita para você fazer! – responde na mesma intensidade que ele, o fazendo diminuir o sorriso. – Estou brincando.
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  – Capitães não são engraçadinhos.
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  – Capitães apavoram, então eu cumpri com o meu papel. – ela pisca, fazendo com que os que estavam prestando atenção na gritaria dos dois, rissem.
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  – Capitães usam calças! – berra do sofá ao ver a saia de . Todos murmuram um “iihhhh” e a garota ri.
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  – Não quando ela quer seduzir um… cowboy?
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  – Respeito com os agregados solteiros! – berrou da cozinha. ri novamente e a ajuda com a mala.
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  – Os cupcakes não estão na mala, . – ela diz o olhando e então ele solta o objeto e coloca as mãos na cintura.
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  – Numa mão você está com sua bolsa. Na outra, você está carregando a sua mala, acha que eu sou burro?
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  – Eu tenho carro, sabia?
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  Os dois ficam calados até estender a mão, fazendo depositar a chave do automóvel nela, o fazendo abrir a porta apressado e sair por ela, indo até o carro que estava estacionado em frente à casa.
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  – Vamos trancá-lo do lado de fora. – se levanta e deposita um beijo na bochecha de , fechando a porta e passando a chave.
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  – Que maldade. – ela diz colocando a mala de carrinho num canto e indo até .
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  – Hoje é Halloween, podemos aprontar o quanto quisermos, que tudo será aceito! – diz rindo e indo até a janela ver , que já estava com um cupcake na mão e o saboreava na volta para casa.
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  – Oi cowboy. – abaixa para tocar nos lábios de com o seu. Ele ri e a puxa para seu colo.
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  – Capitã. – ele bate continência e ela ri. – Desse jeito não dá. Você sempre mostra as pernas quando a gente sai com eles.
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  – Eu ia vir de coelhinha da Playboy. – ela coloca as mãos na cintura.
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  – Ah claro, muito melhor. – ele ri irônico e ela ri mais, enlaçando seu pescoço e lhe dando um estalado beijo na bochecha.
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  – É tudo pra você. – sussurra em seu ouvido e o vê abrir um sorriso convencido.
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  – Eu já disse que respeito com os agregados solteiros! – berra mais uma vez.
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  – ABRAM ESSA PORTA, SEUS BAIACUS PINTADOS! – gritava do lado de fora enquanto se sentava ao lado de e ria com os amigos. – AH É? AH É? TUDO BEM! OS CUPCAKES SÃO SÓ MEUS!
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  – Cacete. – levanta ao mesmo tempo que abre a porta e pega o enorme guarda-chuva que havia no lado da mesma para saírem correndo atrás de , que corria e comia todos os cupcakes feito pela .
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   olha sério para a porta aberta e então para . Ela dá uma risadinha e pega a bolsa, tirando um tupperware da bolsa e entregando ao garoto, que ri com a esperteza da namorada.
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  – Eu sabia que eles iam se matar por aquela forma. Trouxe separado pra você. – ela dá uma risadinha e recebe um beijo de , que abre o objeto e pega um dos bolinhos coloridos.
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  – Os seus são os melhores. Que tal waffles amanhã?
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  – Que tal sua macarronada amanhã?
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  – Eu almoço, você sobremesa? – ele sorri e ela concorda com a cabeça. – Feito. – e depositou outro beijo nos lábios da namorada, que não o deixa se afastar, aprofundando-o ao invés disso.
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  – Êêêêêê! – os meninos gritam ao voltarem para casa e darem de cara com a cena.
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  – ISSO AÍ É UM POTE DE CUPCAKE? – berrou apontando para as mãos de , que se separa de rapidamente e enfia o cupcake que estava nas mãos, inteiro na boca, e coloca a almofada em cima do pote para escondê-lo.
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  – Que pofte? – ele fala de boca cheia.
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  – , traíra. – aponta para a garota que ri.
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  – Tenho que mimar o , né? – ela acaricia o rosto do namorado que concorda com a cabeça.
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  – Quer namorar comigo? – se aproxima sedutor. taca o travesseiro na cabeça do amigo, que ri e se afasta.
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  – Doce só para a bonitinha. – o homem dizia enquanto se dirigia até . – Quer comandar minha casa, bonequinha? – ele diz com um sorriso tarado.
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  Ela ri.
  – Já tenho uma casa para comandar. – ela pega na mão de , fazendo com que o cara olhasse para o mais jovem.
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  – Moleque esperto. – ele ri. – Doce para você também. Façam um favor. – ele diz. – Vão até aquela casa e digam que se Rachel não vier até minha casa hoje, vocês irão fazer uma puta travessura com ela. – ele volta para casa e sai novamente com um saco enorme de doces e joga para todos. – Pagamento adiantado.
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  – Já é! – é o primeiro a ir até a casa da frente do cara.
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  – Valeu, cara! – diz indo atrás do baixista.
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   e apenas ficavam para trás, andando com as mãos dadas e recebendo os doces que sobravam das casas por onde visitavam. A mulher achava que eles eram velhos demais para ficar indo de casa em casa, como se fossem crianças, para pegar doces; mas o bairro parecia conhecer todo o grupo e não se importar, além disso, os novos moradores que estranharam, sempre recebiam travessuras de verdade, o que fazia, no final, com que todos colaborassem com a diversão da banda.
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  – Amanhã vai fazer calor. – afirma, fazendo a olhá-la.
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  – De capitã, passou a ser mulher do tempo?
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  A garota ri e o olha.
  – Não está ouvindo as cigarras? Quando elas cantam alto, é porque fará calor no dia seguinte.
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  – É mesmo. – ele sorri e ela sorri de volta. Ele adorava seu sorriso. Desde a primeira vez que o vira, amara. Todos os sorrisos dela. O tímido, o sem graça, o animado, o malicioso… Todos.
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  – Pois vão lá e digam a ele que se ele quiser algo, que venha aqui em casa e eu mesma apronto a travessura com ele, aquele covarde. – a moça diz.
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  – Tá bem. – diz e fica esperando o pagamento. A garota levanta uma sobrancelha.
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  – Que foi?
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  – Estamos esperando o pagamento para irmos até lá falar isso. – ele diz apontando para as sacolas de doces que eles levavam consigo. A garota revira os olhos e volta com um pote de doces e o joga no saco. – Bom halloween! – ele faz uma reverência com o chapéu de pirata e sai andando com os outros de volta à casa anterior.
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  – Quer ficar andando de um lado para o outro? – pergunta para , que nega com a cabeça e os dois sentam no meio fio, abrindo as sacolas com os doces e os comendo juntos. – Já tem programação para o natal e ano novo?
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  – Bom, o natal eu vou passar com meus irmãos. Meus pais vão com os amigos para a Riviera Francesa. E ano novo… eu não sei ainda. Todo mundo vai viajar. – ela levanta os ombros pensando na resposta para . – E você?
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  – Natal com eles. Ano novo com eles. – ele aponta para os amigos que corriam de um lado para o outro e de vez em quando trocavam de saco com os dois que estavam sentados, já que os dele estavam transbordando em doces. – Por que não passamos o ano novo juntos?
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   o olha, surpresa com o convite. Sorri.
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  – Claro. Que tal lá em casa? Moro sozinha mesmo.
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  Ele sorri e concorda com a cabeça, aproximando seu rosto do dela e tocando-lhe os lábios.
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Capítulo 5

   caminhava por entre os corredores da casa de show que haviam acabado de se apresentar com os amigos. Tinham de esperar a ambulância chegar para eles poderem sair de dentro dela sem ter de passar pelo sufoco dos fãs. Por um milagre, havia alguns fãs parados num canto do local e não tinham percebido os cinco ali. Por curiosidade, os cinco pararam e passaram a ouvir a conversa para brincar com elas depois.
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  – … Eu amo o , ele é demais, só que acho que essa namorada dele é bonita demais pra ele. – uma delas dizia, fazendo com que o baterista que ouvia ficasse sério; o olhar dos outros quatro se dirigiram a ele, desconcertados.
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  – Também acho. Sabem, acho que ela só está com ele para ter status.
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  – Ela ganhou mais de 10.000 seguidores no Instagram e tenho certeza que é por causa do .
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  – Rá. É porque vocês não viram o tanto de contas falsas que existem dela.
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  – Daqui a pouco a conta dela vai receber o selo de verificado, de tanto que as pessoas seguem ela e falam dela. O engajamento conta muito para uma conta, e ela pode muito bem aproveitar para virar uma influencer.
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  – Não acho que vá durar muito. O vai cair na real.
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  – Eu gosto dela. E acho que ela está com o porque gosta dele. Tudo bem que ela é linda e ninguém nunca pensou nele com uma garota como ela, mas e se ela ama ele de verdade? Porque eles estão há meses juntos!
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  – Isso não justifica. sempre foi meio sensível com as garotas, eu acho. E ele também não é bobo.
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  – É. Deve ser uma troca de favores. Ela fica com ele por ser bonita e ele fica com ela por ser famoso.
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  Os quatro amigos se entreolharam e então olharam para , que encarava a parede oposta logo atrás deles. Estava sério e pensativo, apenas ouvindo a opinião das garotas. Talvez elas tivessem razão.
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  – . Não liga pro que elas falam. – diz enquanto chamava seguranças para tirá-las dali. Nenhum dos cinco seriam muito agradáveis com elas depois de ouvirem o que haviam acabado de falar.
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  – Você sabe que não é verdade, não é? – fica do lado dele. – Você sabe que a te ama e que isso é verdadeiro.
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   concorda com a cabeça.
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  – Vamos logo embora. – ele desconversa e sai na frente, indo em direção à van que os esperava.
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  Os quatro se entreolham e o seguem cabisbaixos.
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  – Feliz Natal! – sorria voltando do quarto de e lhe dando um embrulho consideravelmente grande. O homem fica parado, a olhando boquiaberto.
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  – Nós combinamos que não compraríamos nada um para o outro.
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  – Eu não comprei isso. Eu fiz! – ela sorri animada. – Quero dizer, eu fiz para você e minhas amigas, então achei que não teria problema. Tem problema? – ela morde o lábio, receosa com o comentário que o namorado fez e o quão sério ele estava.
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  – Não, claro que não. Eu só fiquei meio que surpreso. – ele sorri e pega o embrulho da mão da namorada e deposita no colo.
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   havia feito um jantar para os dois. O Natal aconteceria em dois dias e eles resolveram ter uma pequena comemoração juntos, apenas para não dizerem que passaram a data separados. foi para Phoenix então.
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  Ele rasgou o embrulho rapidamente e abriu a caixa, vendo um álbum no meio dos papéis de celofane vermelho. Olhou surpreso para e viu seu sorriso, enquanto ela se remexia ao seu lado. Cuidadosamente, ele pega o álbum todo decorado manualmente com uma foto dos dois na frente.
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  – Sei que é careta. – ela faz uma careta. – E sei que pode ser precipitado demais, só que com essas aulas de scrapbook, eu fiquei mesmo animada.
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  – Não. – ele a corta. – Eu adorei, obrigado. – ele sorri para a namorada, olhando maravilhado para o álbum cheio de detalhes. Cada página do álbum era composta de apenas uma foto e diversos enfeites temáticos. – Ficou mesmo muito bom!
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  – Obrigada. – ela sorri olhando o álbum com ele. – Gostou mesmo?
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  – Gostei! – ele se vira para ela. – Gostei muito. – e lhe beija os lábios. sorri e enlaça seu pescoço, o fazendo esquecer do presente e se concentrando na ação.
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  Os dois olhavam para o teto do quarto de . Embrulhados em um lençol azul marinho e arfando. olha para o lado e vê concentrada em sua respiração e suada. Ele não deveria estar muito melhor. Sorri pensando em como era sortudo, a vida não poderia estar melhor. Olha para cada detalhe da namorada. , ao sentir estar sendo observada, vira o rosto e dá de cara com o par de olhos de lhe encarando. Sorri.
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  – Você é a garota mais linda que já conheci. – ele murmura e ela cora.
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  – Você também. – responde. Sem tomar conta de seus atos, diminui o sorriso. Ele não era o cara mais lindo que ela havia conhecido e ambos sabiam disso. – O que foi?
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  – Hum? – ele a olha distraído.
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  – Você ficou sério de repente. – ela se vira para ele.
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  – Não é nada. – continua sério. – Só pensamentos ruins.
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  – Hm… Vamos tirá-los daí. – ela sorri se aproximando dele e apoiando em seu peito, encostando seus lábios. enfim volta a sorrir, com a atenção toda para . Não tinha com o que se preocupar. Eram só coisas da sua cabeça.
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  Ele só precisava se convencer disso.
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  Era perceptível os olhares das pessoas ao redor, quando e estavam juntos. Os que não conheciam então, eram bem piores. A diferença entre os dois era imensa. não parecia se importar nunca; era a mulher mais feliz do mundo com . Já não podia se dizer o mesmo do homem. Este olhava constantemente para a namorada, à procura de algum sinal de aborrecimento da parte dela, como se estivesse perturbada de andar com ele ao lado e chamar tanta atenção.
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  Nada. sempre estava sorrindo como se estivesse orgulhosa de tê-lo ao seu lado. Por mais que isso devesse o fazer se sentir bem e esquecer dos problemas que sua mente criava, era impossível esquecer os comentários que os fãs faziam do relacionamento dele. Aquela primeira vez não foi a única. Foi a primeira de diversas vezes que os dois e a diferença entre a tão falada “beleza” foram motivos de discussão entre as garotas.
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   estava perturbado. Tudo o que lhe vinha à cabeça era que não estava feliz com ele. Mesmo ela demonstrando estar. Em todas as vezes que isso lhe vinha à cabeça, ele a balançava, tentando espantar os pensamentos para longe. Em vão. Elas sempre voltavam. estava confuso. E era justamente porque sentia muito amor por ela que estava dessa maneira.
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  – Alô? – falava sonolento.
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  – Te acordei? – pergunta receosa.
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  – Acordou.
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  – Merda. – ela murmura. – Desculpa é só que… Bom, é meio urgente.
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   acende a luz do abajur e se senta esfregando o olho esquerdo com a mão esquerda.
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  – Espera. ?
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  – É.
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  – Você sabe que está ligando no meu celular, né? O do
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  – Eu sei. É com você mesmo que eu quero falar. – ela diz séria. fica calado, surpreso com a ligação repentina. Olhou no relógio o horário, que apontavam 2:56 da madrugada. O que teria para falar a essa hora?
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Capítulo 6

  – ? – ela pergunta, achando que ele havia voltado a dormir.
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  – Estou ouvindo.
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  Ela suspira.
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  – está esquisito.
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   fecha os olhos. Ótimo. De todos os quatro, escolheu justo ele para falar sobre seu relacionamento. Ele sabia que era um pilar para o grupo, mas nunca imaginou que isso fosse se estender para suas parceiras. Ainda assim, permaneceu calado, pacientemente, enquanto se questionava o que poderia ter acontecido. , nos últimos meses, se tornou parte integrante do grupo; quando ela não estava, não havia um que não perguntava para seu paradeiro.
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  – Por que acha isso? – decidiu perguntar, com cautela.
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  – Ele não atende meus telefonemas.
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   não responde de imediato. não atendendo os telefonemas de ? O , que gastou centenas de dólares com a conta de telefone nos primeiros meses de seu relacionamento, até descobrir que ele poderia ter evitado gastar esse dinheiro, se simplesmente fizesse ligação usando a internet?
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  – Isso aconteceu quando?
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  – Ontem e hoje. Eu tentei falar com ele para ver sobre a viagem que a gente ia fazer, a do Havaí, sabe? Mas ele não me responde. E o voo era, hum, amanhã, mas como ele não responde, acho que é porque não quer mais ir.
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  – Vocês iam para o Havaí?
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  – É. Ele não contou?
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  – Deve ter comentado, eu não lembro… É só que… Bom. – olhou em direção à porta de seu quarto. Suspirou e decidiu ser honesto com a mulher. – Ele não estava arrumando as malas.
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   não responde de imediato. Apesar do silêncio, sabia exatamente o que ela estava pensando.
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  – Eu devo me preocupar com isso, não devo? – a voz dela sai baixo, quase em um sussurro. sabia que ela estava tentando segurar o choro entalado na garganta.
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  Ele não responde. A resposta era sim. Quando o assunto era , sempre foi o mais animado para tudo. Não ter um retorno era, sim, uma coisa negativa.
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  – Estou me sentindo uma estúpida. – ela finalmente diz depois de um tempo.
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  – Você não é uma estúpida. – diz sério. – Deve estar acontecendo alguma coisa com .
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  Ambos sabiam que aquilo não era verdade.
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  – Vou conversar com ele, tá bem? Fica despreocupada. – diz carinhoso para a amiga.
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  – Tá… Obrigada, . Desculpa te atrapalhar com essas coisas, mas é que… Bom. Obrigada.
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  – Tudo bem. Vai dormir agora e pare de se preocupar com isso.
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  – Certo. Boa noite. – ela diz desligando logo em seguida. Assim que ele desliga o celular, suspira e passa a mão no rosto, antes de murmurar:
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  – Mas que merda você está fazendo,
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  Uma semana se passou desde que ligou para , e toda vez que o amigo tentava entrar no assunto com sobre o relacionamento dele com a namorada, o baterista desconversava dizendo que estava tudo bem e que não havia com o que se preocupar. comentou com os outros três amigos sobre a ligação e eles combinaram de ficar de olho em . Gostavam muito de e era o melhor amigo deles.
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  Porém, depois de algumas semanas, o dia dos namorados estava aí. , , e brincavam com a cara de , inventando diversas coisas para presentear . O baterista, porém, só respondia com um sorriso e nada mais.
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  – Tá bem. , o que tá acontecendo? – perguntou assim que voltou para casa depois de um final de semana fora. Ele havia ido passar alguns dias somente com a família e voltou naquela tarde pior do que quando foi.
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  O baterista nada respondeu, apenas seguiu calado e cabisbaixo para seu quarto.
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  – ! – diz, seguindo-o com os amigos ao alcance, entrando no espaço do residente que havia acabado de chegar. – Caramba, cara! Você tá sério assim há dias! O que aconteceu?
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   suspira e desaba na cama, fechando os olhos:
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  – Terminei com .
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  Silêncio.
  – COMO É QUE É? – berra.
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  – MAS O QUE DIABOS VOCÊ TÁ FALANDO? – berra junto.
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  – POR QUE VOCÊ FARIA ISSO? – arregala os olhos.
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  – QUANDO? COMO? ONDE? – se aproxima.
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   faz uma careta.
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  – Não quero falar sobre isso.
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  – Não, não, não! Você vai falar, sim! – se aproxima da cama do amigo. – Por que você terminou com ela? Quando foi que tudo isso aconteceu?
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  O baterista sabia que se não falasse nada, as coisas iriam ficar feias pro lado dele, pois os amigos não lhe dariam um pingo de sossego, então era melhor que os enfrentasse de uma vez.
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  – Ela é bonita demais pra mim.
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  – Cacete. – passa a mão pelo rosto e se vira de costas para o amigo para não encará-lo e lhe dar um belo soco.
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  – , isso não é motivo! É claro que ela é bonita, mas e daí? – diz,  exasperado. – Cara, ela te ama! Como é que você pode largar alguém que te ama assim porque você acha que é feio demais pra ela?
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  – Ela não estava feliz, tá bem? – abre os olhos e se senta. – Eu sei que ela não estava!
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  – Então você não sabe de nada. – diz sério, atrás de todos, que se calam e o olham.
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  – O quê?
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   suspira e cruza os braços.
  – Faz três semanas que tem me ligado pedindo por ajuda porque você estava estranho demais e ela não sabia o porquê.
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  – Por que ela faria isso? – pergunta cego. bate na própria testa diversas vezes.
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  – Porque ela te ama. – responde. nada diz.
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  – Olha, ela estava morrendo de medo de te perder, sabe, ? Semana passada ela me ligou chorando. – diz. – Porque você havia esquecido do evento de lançamento da nova coleção que ela organizou pela primeira vez, e ela ficou até as 11 horas da noite plantada na loja te esperando.
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   não sabia disso. estava a todo esse tempo correndo atrás de uma maneira de descobrir o que estava acontecendo com ele?
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  Fechou os olhos e colocou uma expressão de culpa no rosto.
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  – Você acha que ela não te ama porque você colocou isso na sua cabeça. – diz sério. – Porque nossos fãs foram rudes demais em dizer merdas que você acreditou.
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   nada responde.
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  – POR QUE VOCÊ NÃO VEIO FALAR COM A GENTE ANTES DE FAZER ESSA MERDA?! – chega nele e o segura pela gola de sua camiseta. e rapidamente o afastam do amigo. – VOCÊ É IDIOTA, ! A mulher mais linda e legal do mundo te ama, e você fica com esse joguinho de “eu sou feio demais”… se toca! Alguém sempre tem que ser o feio e bonito na relação!
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  – , chega! – interveio ao perceber que o amigo saiu do óbvio e passou para o absurdo. , como acontecia nas entrevistas, percebeu que havia ultrapassado uma linha, decidindo ouvir e se calar.
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  – Fãs sempre vão falar mal da relação, . É isso o que o quis dizer. – tenta reverter a situação.
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  – NÃO FOI…
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  – FOI! – tampa a boca do amigo antes que ele falasse mais merda.
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  Todos ficam calados esperando que dissesse algo. Ele apenas joga o peso para trás, deitando na cama e colocando um travesseiro em cima do rosto.
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  – Preciso de privacidade. – murmurou. Os amigos reviram os olhos e saem do quarto, com puxando pela camiseta.
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  Os dias seguintes foram normais, com um sério e os amigos sem comentar nada sobre o namoro. Três meses se passaram até o dia em que eles foram fazer um show em Santa Mônica. Nenhum deles ligou para , apesar de ter mandado algumas mensagens, preocupado. Em retorno, recebeu emojis e algumas frases frias de que estava tudo bem com , porém, ela também não ligou para eles desde o término com .
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  – Odeio tarde de autógrafos. – reclama antes de abrirem a porta da loja de CDs que estavam para receber os fãs. – Nós passamos horas sentados. Ainda se fosse como nos festivais… Pelo menos dava para ver o que acontecia fora daqui.
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  – Deixa de ser desagradável. – dizia sério encostado em sua cadeira.
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  Como havia dito, os cinco permaneceram HORAS sentados naquelas cadeiras sorrindo, tirando fotos, fazendo parte de gravações, dando autógrafos, recebendo elogios, beijos e abraços. Até que , ao estar sorrindo para uma das garotas, tira o sorriso ao olhar para um ponto na loja.
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   estava lá. E não parecia nem um pouco interessada em ver que ele estava ali.
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Capítulo 7

  – Ei, aquela não é…
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  – Shiu, . – diz para o amigo ao avistarem ao longe com um enorme fone de ouvido. Enorme para ela. Os cinco a olhavam. Quatro deles olhavam da direção dela, para a de .
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  – Mas ele não vai…
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  – Deixe que ele se decida, ok? – corta , que se cala emburrado e indignado em como os amigos podiam complicar tanto algo que poderia ser resolvido com uma simples conversa; por fim, decidiu não dizer nada, ou acabaria brigando com os amigos, algo que odiava mais que tudo, e continuou dando os autógrafos.
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  – Senhorita, você não pode entrar dessa maneira. – o segurança dizia assim que tentava entrar na loja. A garota o olhou, surpresa com a repentina barreira.
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  – E posso saber o motivo?
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  – Para receber os autógrafos, tem de entrar na fila. – ele aponta para uma enorme fila que se estendia e parecia não ter fim.
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  – E de quem eu gostaria de ter os autógrafos? – ela o olha confusa e o homem lhe olha mais confuso ainda.
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  – Do The Maine?
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   fica séria e tenta olhar para dentro da loja. Vê na ponta de uma mesa.
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  – Acredite, não tenho o menor interesse de ter autógrafos deles. – fecha a cara. – Quero só comprar meu CD.
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  O segurança a olha desconfiada.
  – Você não é a ex-namorada do ? – uma das primeiras fãs perguntam e revira os olhos.
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  – Vai me deixar entrar ou não? – pergunta impaciente pro segurança que abre a porta para ela. – Obrigada.
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  Olhou rapidamente para a mesa onde os cinco estavam, alheios à sua presença na loja. estava no canto oposto ao de . Bonito como sempre. Seu estômago se embrulhou de raiva. Raiva de como ele terminou tudo. De como ele a deixou. De como ele disse que não se importava mais com ela.
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  Flashback

  A campainha não parava de tocar, estava terminando de checar sua lasanha, antes de correr até a porta atender à pessoa impaciente que havia aparecido às oito da noite. Ao abrir a porta, abre um enorme sorriso ao ver parado. Ele não era de surpreendê-la com visitas, pois houve uma vez que ela havia saído para ir até Los Angeles na casa de uma amiga, e teve de voltar correndo para recebê-lo.
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  Seu sorriso se desfez ao ver que o namorado não sorria com o carinho e a saudade que sempre dizia sentir; tampouco olhava em seus olhos. Tinha as mãos no bolso e uma expressão séria. sentiu um calafrio na espinha. Boa coisa não era. E o que quer que fosse acontecer em seguida, ela sabia que não estava preparada.
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  – Não sabia que você vinha. Eu estive ocupada demais esses últimos dias, com a nova coleção e o lançamento do novo site… – limpou a garganta. – Você me falou sobre… – sua voz some com a pouca reação de . Sorri sem graça, abrindo mais um pouco a porta para que ele pudesse entrar. O homem nada fez mais do que se dirigir até a sala calado. fechou os olhos. A situação não estava mesmo nada boa. – Aconteceu algo?
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  – É. – ele fala seco, ainda em pé. – Aconteceu.
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  – O quê?
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  Ele hesita um pouco.
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  – Acho que não está rolando.
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   fica parada calada. Ao ver que ela não iria falar nada, continua:
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  – Esse negócio de namoro à distância e tudo mais. Não dá, . A gente só se vê às vezes e eu quero alguém para todo dia, sabe?
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  A mulher permaneceu muda. Sabia que havia algo de errado, mas não imaginava que fosse a distância. nunca comentou nada, já que estava quase sempre em turnê; além disso, ele gostava de ter para onde viajar nos dias mais livres.
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  – Eu não estou mais tão animado com a relação também.
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  Os lábios dela apertaram. Então era isso? A distância esfriou o amor no coração dele. Podia acontecer. Ela, como fã, sempre o amou longe, sem necessariamente conviver com ele; o que aconteceu foi tudo ser mais intenso, sabendo que ele era dela de verdade; mas para não era assim. Por isso, em um pequeno maneio com a cabeça, ela deu a entender que entendia o lado dele.
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  – Olha, desculpa. – ele fala rapidamente. – Mas não dá pra continuar mesmo.
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  – Você não me ama mais? – ela finalmente perguntou. fecha os olhos e respira fundo; não queria chegar a esse ponto. Achava que, se fosse conciso em seus motivos, ela não surgiria com esse assunto; mas era óbvio que isso aconteceria.
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  – Não. Eu não te amo mais.
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  O silêncio se pôs entre os dois. sentiu um bolor lhe subir pelo esôfago e querer sair pela boca. Respirou fundo, tentando reunir força para não desabar com ele ainda ali.
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  – Então eu acho… que é melhor terminar mesmo. – ela se virou e foi até a porta, a abrindo para o homem, que a encarou surpreso com o fato dela ter aceitado tão rápido. Sem dizer mais nada, ele então caminhou em direção à saída e a olhou uma última vez, só que, dessa vez, foi ela quem não quis olhar em seus olhos. – Tchau, . Obrigada por tudo. – e fecha a porta em sua cara.
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  Fim do Flashback

  Se virou, ignorando a presença de todos, e seguiu até a sessão dos CDs que ela costumava ouvir. Passou um bom tempo ouvindo as músicas para ter certeza de que seria aquele CD. Desde que terminou com ela, tem gastado mais dinheiro do que costumava, com tudo o que podia. Economizar não era mais seu lema. Nunca foi, e nunca precisou, mas sempre a usou. Agora, não mais.
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  Olhou para o lado ao ver acenando para si. Parou a música e afastou os fones do ouvido com um sorriso.
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  – Achei que não ia me ouvir. – ele sorria.
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  – Eu não ouvi, na verdade. Não sabia que estavam na cidade.
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  – É. Temos show hoje à noite. Seria indelicado perguntar se você vai?
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  – Não. – ela sorri. – Mas não vou. Tenho trabalho na loja até tarde hoje. Dia de fechamento e pagamento dos funcionários, sabe como é.
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  – É vendo você que eu percebo como os jovens de hoje em dia são prodígios. – ele comenta, tirando risadas dela.
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  – Não sou pródiga, apenas independente. – ela o encarou com uma sobrancelha erguida. – Além do mais… temos a mesma idade.
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  – Uh, sou a , senhorita independente. – ele brincou, fazendo caretas e mímicas, de forma que a fez rir ainda mais. – Escuta, nós vamos almoçar em um restaurante legal amanhã. Afim de ir?
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   a pegou de surpresa. A mulher arregalou os olhos e então olhou para o lado, sem graça..
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  – Ah… Sabe o que é…
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  – , já faz três meses e meio que vocês não estão mais juntos. – ele diz agora sério. – Vamos lá, não dá pra esquecer?
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  – Não. – ela suspirou, entristecida. – Olha, ainda é um pouco difícil… – e coça a nuca sem graça. – Bom. Tenho que ir. – ela sorri sem graça e deposita um beijo na bochecha de . – A gente se vê. Bom show hoje à noite.
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  – … – ele a chama e ela pára, se virando para ele. – Não quer nem… Sei lá, ir lá? – ele aponta com a cabeça para onde os amigos estavam sentados. , ao ver a garota olhar na direção deles, acena animado, recebendo um aceno sem graça de volta.
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  – Hoje não. – ela sorri. – Outro dia, quem sabe?
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  – É ele quem deveria estar fugindo de você.
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  – Não é ele quem está com a cabeça no relacionamento ainda. – ela diz magoada. Devolve o CD que iria levar de volta ao lugar. – Esquece, , a gente combina de se ver outro dia. Meu número continua o mesmo. – ela passa por ele, se dirigindo até a porta. – Manda um beijo pra eles. – ela sorri e se vira, saindo pela porta principal.
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   suspirou e balançou a cabeça, voltando à mesa e recebendo olhares ansiosos em sua direção.
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  – , eu não sei o que você fez com ela, mas ela está com medo de te encarar.
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  – Medo? – ele perguntou, surpreso. concordou. – Medo do quê?
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  – Bom. Vamos dizer que ela ainda está sofrendo com o término. – o amigo coça a cabeça, fazendo com que todos entendessem a situação da garota. – , tô falando sério. Vai até ela. Se ela ainda te ama como disse, vai voltar.
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   nada responde.
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  – Eu falei com a Jess, lembra? A amiga dela que mora em Phoenix. – fala sério, enquanto se levantavam e iam em direção à van que os aguardava para levar até a casa de show. concorda com a cabeça. – Ela disse que desde que você terminou com ela, a só tem saído para fazer compras sozinha e não tem mais interesse de se encontrar com outras pessoas. Está difícil, ela disse. não quer mais sair de casa. Só para o trabalho e para as compras.
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  – , acho que ela sente sua falta. – diz sentado ao lado do amigo.
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  O nada disse. Apenas ficou calado, perdido em seus pensamentos. Não era possível que ela estivesse daquela maneira por ele. Ela podia ter quem quisesse!
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  Não. Não poderia mais deixar as coisas assim. Por ele, mas principalmente, por ela. No dia seguinte, ele tinha algo a fazer.
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  – ! Presta atenção, caramba! – brigava com o amigo durante o show.
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  – Foi mal! – ele diz, mais nervoso consigo, do que com a chamada de atenção do amigo. – Foi mal mesmo.
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  Ao saírem do show, era possível dos cinco ouvirem as fãs cantando a música que era sempre a mais pedida em todos os shows:
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  “There was a new girl in town. Well I’ll state something rash. She had the most amazing… Smile.
  I bet you didn’t expect that. She made me change my ways
  With eyes like a sunset, baby. And legs that went on everyday.”

   parou de se mexer ao ouvir as vozes das garotas cantando, em coro, a música que mais descrevia tudo o que ele estava sentindo.
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  “I’m falling in love. But it’s falling apart. I need to find my way back to the start. When we were in love the things were better than they are. Let me back into… Into your arms.”

  – ? – o chama, mas ele levanta uma mão, os fazendo se calar e prestarem atenção no que o amigo estava concentrado.
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  “She made her way to the bar. I tried to talk to her, but she seemed so far. Out of my league. I had to find a way to get her next to me.”

  Ele riu sozinho ao se lembrar de sua cena na primeira vez que a viu. Como era uma pessoa previsível.
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  “I’m falling in love. But it’s falling apart. I need to find my way back to the start. When we were in love, the things were better than they are. Let me back into… Into your arms.”

  Como ele queria. Ele sabia que ainda se sentia da mesma maneira de quando conheceu pela primeira vez. Como ele queria que aqueles tempos voltassem. Como ele queria ser menos orgulhoso.
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  “Oh she’s slipping away. I always reach when I’m thinking of words to say. All the things she does make it seem like love, and it’s just a game. And I like the way that we play.”

Capítulo 8

   seguia sua rotina desde que terminou o relacionamento dos dois. Acordava mais tarde, ia para a loja, ficava lá o dia inteiro tentando se animar com as clientes simpáticas e as compras milionárias delas, e então saía para jantar em algum lugar sozinha. Recusava sempre os drinks de homens que tentavam se aproximar dela, ou então não dava bola para os que sentavam próximos dela e puxavam conversa.
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  Com os acontecimentos recentes, passou o resto do dia inteiro pensando em e em como ele estava lindo no dia anterior; em como ela ainda o amava e sentia sua falta. Por que ele fez aquilo com ela? Como a deixou de amar tão rápido? Ele poderia, ao menos, ter dado uma dica, para que ela também pudesse ter seguido em frente.
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  Terminou de comer e seguiu para um bar que gostava de ir. Aconchegante, com poltronas confortáveis e garçons simpáticos, ela começou a ir lá uma vez por semana ou a cada duas semanas. Pedia algumas duas ou três bebidas e então voltava de táxi para casa. Mas não naquele dia.
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  Ele se sentou ao seu lado. Ela, por outro lado, sabia que era ele, sentiu seu perfume assim que adentrou ao local. Pediu a mesma bebida que ela e, enquanto esperava, olhou para ela.
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  – Achei que você fosse ao show ontem.
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  – Por que eu iria?
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  Ele concordou com a cabeça.
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  – Por que iria? – ele repete para si mesmo.
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   terminou a bebida e se preparou para levantar. Ele, no entanto, segurou em sua mão.
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  – Não vai.
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  Ela o olhou séria.
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  – Não tenho porque ficar.
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  – Tem. – ele a olhou. – Fica. – pediu com os olhos. Ela lentamente, então, volta à cadeira que estava sentada. Ele suspirou e bebeu todo o conteúdo da taça em um só gole. – Você ainda me ama?
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   arregalou os olhos, pega de surpresa e também chocada com a maneira direta de ele falar, algo tão… não .
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  – Do que adiantaria dizer que sim?
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  – Adiantaria muito. – ele diz sério e ela percebeu sua seriedade. Se manteve calada até o vê-lo suspirar. – Porque eu ainda te amo.
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  – O quê? – sua voz falha. – Você sabe que não pode brincar com os sentimentos das pessoas assim, não é, ?
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  – Claro que sei. – ele parecia pior do que ela. – Eu terminei porque… Bom… Eu me deixei levar pelas opiniões dos outros.
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   sabia. Sabia que aquele era o motivo. Só que, depois de três meses e meio, não sabia que ainda a amava.
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  – Me desculpa. – ele diz cabisbaixo. – Eu sei que não a mereço de volta, assim como não a merecia antes de começarmos a namorar. Mas eu só quero que saiba que, durante esses meses que ficamos separados… Eu… Eu descobri que é você.
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  Ela ficou boquiaberta quando ele se levantou, dando um passo e segurando em sua cintura.
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  – Se você quiser, eu estou aqui. – ele sussurra a centímetros de seus lábios. – Se você me quer, é só falar.
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   não conseguiu pensar mais do que algumas míseras palavras, que em seguida desistiu de pronunciar, subindo uma mão rapidamente à nuca do baterista e encostando seus lábios, que sentiam saudades do toque do outro.
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  Passaram um longo tempo trocando carícias. Até que então se separaram e continuaram com suas testas juntas.
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  – Adivinha só? – ele diz sorrindo enquanto ela o abraçava, tentando acabar com a saudade que estava de seu cheiro.
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  – Hm?
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  – Estou pensando em me mudar para uma cidade chamada Santa Mônica.
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   se separou rapidamente dele, os olhos arregalados. Ele abriu um pequeno sorriso, antes de lhe perguntar:
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  – A fim de um colega de quarto?
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Fim

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