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Amor em Quatro Sets

Capítulo 1

  Tac.
  Tac.
  Tac.

  O som ritmado da bola quicando na quadra vazia cortava o silêncio da madrugada como um relógio insistente.
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  Tac.
  O impacto da raquete era firme, limpo, quase hipnótico.
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  Tac.
  A respiração dela era controlada, mas intensa — marcada pelo esforço contido de quem precisava daquilo mais do que qualquer outra coisa.
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  Ele parou ao lado da grade, os dedos ainda fechados ao redor da alça da mochila. Os olhos fixos nela.
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  .
  A última pessoa que ele imaginaria encontrar ali. Naquela quadra, àquela hora.
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  A única outra pessoa, talvez, que entendia por que treinar de madrugada era a única forma de continuar respirando.
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  Ele não disse nada. Apenas observou.
  A forma como ela se movia de um lado ao outro da quadra, com a mesma precisão de sempre — mas carregando algo diferente nos ombros. Algo mais pesado.
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  E por um instante… ele se perguntou se ela também estava fugindo.
  Ele soltou a mochila no chão, o zíper fazendo um som seco que contrastou com o eco da bola. parou o movimento por um segundo. O olhar dela voou em direção ao barulho, e por um instante, os dois ficaram apenas se encarando.
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  Ela franziu levemente a testa, como se hesitasse em reconhecê-lo. Como se ele fosse uma miragem.
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  — Você? — a voz dela soou baixa, rouca de esforço e surpresa.
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  Ele deu de ombros, um leve sorriso puxando o canto da boca.
  — E eu achando que era o único insone por aqui.
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  Ela girou a raquete na mão, relaxando os ombros, mas sem baixar totalmente a guarda. Os olhos ainda o analisavam, atentos.
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  — A quadra estava livre — disse apenas, como se precisasse justificar sua presença ali.
  — A minha desculpa também — respondeu ele, caminhando devagar até a linha de fundo oposta, tirando a jaqueta pelo caminho.
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   não o impediu. Nem o convidou. Mas ficou. E ele soube, ali mesmo, que aquela noite não seria como as outras.
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🎾🎾🎾

  Por alguns segundos, tudo voltou a se resumir ao som da bola quicando no chão, agora sob os dedos dele, que testava o peso com a palma da mão. Ela ainda estava parada no mesmo lugar, observando.
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  O silêncio entre eles não era incômodo. Era denso. Quase íntimo. Como se dissessem mais naquele silêncio do que poderiam com palavras.
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   respirou fundo, tentando focar os olhos em qualquer ponto da quadra que não fosse ele. Mas era impossível ignorá-lo ali. A figura dele naquele espaço que, até então, era só dela. O lugar onde ela deixava a fama do lado de fora e respirava sem ser julgada. E agora, ele também estava ali, com aquele olhar calmo demais, atento demais.
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  Ele se abaixou, amarrou os tênis com calma, depois se levantou e a encarou de novo, com um leve inclinar de cabeça.
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  — Ainda lembra como se joga sem plateia? — perguntou, mas sem ironia. A voz era quase suave.
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  Ela arqueou uma sobrancelha, firme.
  — Você vai descobrir se conseguir me acompanhar.
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  O canto da boca dele se curvou, mas os olhos não sorriram.
  — Toque interessante de arrogância. Combina com você.
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  Ela girou a raquete mais uma vez nas mãos, o queixo erguido, como se aquele fosse o único escudo que ainda tivesse.
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  — Não é arrogância — respondeu, firme. — É sobrevivência.
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  A resposta caiu entre eles como um aviso. Ele a entendeu.
  Por fim, sem mais palavras, se posicionou.
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  Ele fez o mesmo.
  Mas o jogo ainda não tinha começado.
  Era o silêncio que estava jogando com eles agora.
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🎾🎾🎾

  Ela lançou a bola para o alto e sacou com precisão. A devolução dele veio rápida, certeira, como se aquele fosse o aquecimento mais sério da vida dos dois.
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  A bola cruzava a quadra como se carregasse algo além de técnica — como se a raiva, o orgulho e a solidão dos dois estivessem sendo arremessadas com cada golpe.
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  Depois de alguns minutos trocando bolas sem dizer uma palavra, ele parou o jogo com um gesto da mão.
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  — Vamos fazer uma aposta — disse, recuperando o fôlego, os olhos fixos nela.
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   ergueu uma sobrancelha, cautelosa.
  — Do tipo que você costuma perder?
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  Ele riu baixo, e o som foi curto, seco:
  — Do tipo que exige coragem. Quem perder o game, revela um segredo. Um de verdade. Nada superficial.
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  Ela o observou por um segundo longo demais.
  — E se eu não quiser saber seus segredos?
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  — Vai querer — ele respondeu. A confiança no tom não era presunçosa. Era triste.
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   respirou fundo. Olhou ao redor da quadra vazia. Sentiu o suor na pele, o coração acelerado — e não apenas pela corrida. E então assentiu, sem palavras.
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  O jogo começou de verdade.
  Os golpes eram mais rápidos. A tensão, mais visível. Até que ela errou uma bola simples. Não por falta de habilidade, mas porque ele a olhou de um jeito que a desconcentrou por um milésimo de segundo.
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  Ela perdeu.
  Ele segurou a bola com a raquete, caminhando devagar até a rede.
  — Sua vez — disse, como se estivesse entregando uma sentença e um convite ao mesmo tempo.
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   manteve os olhos fixos nos dele.
  Silêncio.
  Depois, ela disse:
  — Eu odeio ser famosa. Todo mundo acha que é um sonho. Mas às vezes… eu só queria desaparecer.
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  Foi a vez dele se calar.
  A partida recomeçou.
  E os dois sabiam: ainda haveria muitos segredos a serem sacados.
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Capítulo 2

  A segunda rodada começou com menos hesitação e mais intenção. Não era só sobre ganhar agora. Era sobre provocar. Sobre escavar.
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  Ela venceu, e respirou fundo, colocando a mão na cintura enquanto caminhava devagar até a rede, os olhos fixos no chão por alguns segundos antes de levantá-los para ela.
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  — Minha vez, né?
   não sorriu, mas os olhos dela brilharam por um instante.
  Ele suspirou, passou a mão pelo cabelo suado e confessou:
  — Eu penso em largar tudo pelo menos uma vez por semana. — Fez uma pausa curta. — Às vezes, penso nisso todos os dias.
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  Ela engoliu em seco. Ele não parecia um cara que desistia. E ainda assim, ali estava ele, desarmado.
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  — Por quê? — ela perguntou, antes de se conter.
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  Ele deu um meio sorriso, cansado.
  — Porque ninguém quer saber quem eu sou de verdade. Só o que eu represento.
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  Silêncio.
  Ela voltou para a linha de saque sem responder. Mas havia algo diferente no jeito como ela segurava a raquete agora. Menos defesa. Mais conexão.
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  O jogo seguiu. E ela perdeu o próximo ponto.
  Respirou fundo, os dedos apertando a raquete com força antes de soltar:
  — Eu nunca amei ninguém de verdade. — A voz saiu baixa, mas firme. — Só me deixei amar. Fingir que era recíproco era mais fácil do que encarar o fato de que talvez… eu esteja quebrada por dentro.
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  Dessa vez, ele não teve resposta.
  Apenas caminhou até a lateral da quadra e pegou duas garrafinhas de água. Jogou uma para ela.
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  — Bem-vinda ao clube dos quebrados — murmurou.
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  Tomaram a água em silêncio.
  Depois, voltaram ao jogo.
  Mais suor. Mais raiva contida. Mais olhares demorados entre um ponto e outro.
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  Ele errou. E sabia que ela cobraria o segredo.
   se encostou na rede, suada, mas com aquele ar de controle que ele começava a perceber que era só fachada.
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  — Fala.
  Ele passou a língua pelos lábios, pensativo, depois disse:
  — Tenho pesadelos com entrevistas. Acordo suando, ouvindo as mesmas perguntas idiotas ecoando na cabeça. Às vezes, acho que nem sei mais como é conversar sem um microfone apontado pra mim.
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  Ela não riu. Não debochou. Apenas olhou pra ele como se, pela primeira vez, o visse de verdade.
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  O jogo continuou. Mas algo entre eles já tinha mudado.
  Cada ponto agora era uma confissão não dita. Cada saque, um passo mais perto do que nenhum dos dois queria admitir — e muito menos evitar.
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  O novo saque veio rápido. Preciso. Ela devolveu. Ele contra-atacou, e pela primeira vez, nenhum dos dois errou.
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  A bola cruzava a quadra como um desafio entre corações que não sabiam se batiam por raiva, por desejo, ou por alívio por finalmente encontrar alguém que entendia. Que sentia…
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  Minuto após minuto, o som dos tênis contra o piso ecoava no silêncio da madrugada. Só eles. Só a quadra. Só os olhos, que agora pareciam não conseguir desviar mais.
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   jogava com o cenho levemente franzido, mas não era esforço — era concentração. Cada vez que a bola voltava, ela olhava diretamente para , e ele já havia parado de fingir que não notava.
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  Havia algo novo ali. Um outro tipo de jogo sendo disputado entre os pontos.
  Ele começou a reparar nos detalhes dela que antes pareciam invisíveis: o cabelo preso de qualquer jeito com um elástico desbotado, a forma como a ponta da língua aparecia levemente entre os lábios quando ela se concentrava em um saque, o jeito impaciente como girava a raquete nas mãos entre uma jogada e outra.
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  Ela também o notava agora.
  O formato dos ombros largos sob a camisa úmida, o brilho de suor no pescoço, a forma como ele a olhava sem pressa nenhuma — como se estivesse decifrando aos poucos um enigma que esperou a vida inteira para ser desvendado.
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  O ponto seguia.
  Um, dois, cinco minutos.
  Os golpes se tornavam mais agressivos, mas não pela vontade de vencer — era o contrário. Nenhum dos dois parecia querer que o ponto acabasse. Aquela era a desculpa perfeita para não romper o fio invisível que os conectava naquele instante.
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   parou.
  A bola veio na direção dele, mas ele apenas segurou a raquete contra a coxa, respirando fundo.
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   ficou parada na posição, a testa suada, os olhos colados nos dele.
  — Por que parou? — perguntou, a voz baixa, ofegante.
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  Ele sorriu de lado. Não era um sorriso provocador. Era um sorriso… vulnerável.
  — Porque se eu acertasse mais um ponto, ia parecer que eu estava tentando fugir desse momento.
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  Ela não respondeu.
  A raquete escorregou devagar da mão dela, até tocar o chão.
  Agora o silêncio não era mais tenso. Era denso. Quase palpável.
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  E nenhum dos dois se moveu.
  Ainda.

Capítulo 3

   recuperou a raquete com um movimento rápido, quase defensivo. Como se aquilo fosse o que a impedia de se desfazer inteira.
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   caminhou de volta para a base. Não disse nada. Mas seus olhos diziam o suficiente. Estavam mais escuros agora. Mais intensos.
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  — Vamos continuar? — ela perguntou, mesmo já sabendo a resposta.
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  Ele apenas assentiu com a cabeça. E o jogo recomeçou.
  Dessa vez, não estavam tentando vencer.
  Estavam tentando resistir.
  Ela perdeu.
  Encostou na rede, as mãos nos quadris, o peito arfando — não só pela corrida. Havia uma urgência acumulada no corpo. Uma inquietação que até o momento só ele havia conseguido provocar…
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  — Mais um segredo — ele disse, sem arrogância.
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   fechou os olhos por um segundo. Quando abriu, encarou-o sem desviar.
  — Às vezes eu finjo que estou bem só pra não preocupar minha irmã. Ela é mais nova. Não merece carregar meu peso também.
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   não esboçou nenhuma reação imediata. Apenas baixou os olhos por um momento, como se o peso daquilo tivesse pousado sobre ele também.
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  — Você é do tipo que esconde bem. Eu nunca saberia.
  — Ninguém nunca sabe — ela respondeu. — Esse é o truque.
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  Silêncio. A quadra parecia conter a respiração.
  Então ele sacou. Ela devolveu.O jogo seguiu. E perdeu o ponto dessa vez.
   o observou caminhar até a rede devagar, limpando o suor da testa com a manga da camisa.
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  — Sua vez — ela disse, com um tom que parecia mais suave que antes. Quase cúmplice.
  Ele passou a mão pela nuca e soltou, sem olhar pra ela:
  — Meu pai acha que eu sou um desperdício de talento. Que eu deveria ser mais frio, mais técnico. Menos… emocional.
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  Ela franziu a testa.
  — E o que você acha?
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   finalmente ergueu os olhos.
  — Eu acho que talvez ele esteja certo. E é isso que mais me assusta.
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  Ela não respondeu. Não com palavras.
  Apenas deu um passo em direção à rede. Só um. Mas suficiente para que ele sentisse.
  O jogo continuou. Mais pontos. Mais verdades.
  Ela contou que tem medo de parar um dia e perceber que não construiu nada que dure fora das quadras.
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  Ele confessou que já pensou em sumir sem avisar ninguém, só pra ver quem realmente sentiria sua falta.
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  Ela admitiu que tem pesadelos com o barulho de flashes e gritos de fãs.
  Ele contou que nunca foi beijado sem que alguém soubesse seu nome primeiro.
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  Eles já não estavam mais jogando por vitória.
  Estavam jogando para permanecer ali. Naquele espaço onde, finalmente, podiam ser reais.
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  E talvez… visíveis.

🎾🎾🎾

  O jogo cessou.
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  Não porque alguém venceu, mas porque o silêncio se tornou mais interessante que os pontos.
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   sentou-se primeiro no banco de madeira ao lado da quadra, deixando a raquete escorregar até o chão. a seguiu logo depois, jogando a própria mochila de qualquer jeito no chão antes de se sentar ao lado dela — perto o bastante para que os ombros quase se encostassem.
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  Ela tomou um gole da água, passou o antebraço pela testa suada e suspirou fundo.
  — Nunca imaginei que ia acabar dividindo segredos com você — murmurou, sem olhá-lo.
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  — Nem eu — ele respondeu, encarando o chão. — Mas é mais fácil assim… com alguém que entende.
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  Ela virou o rosto devagar.
  — Você me entende, ?
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  Ele ergueu os olhos devagar, encontrando os dela.
  — Acho que… sim. Mais do que deveria. Nós dois temos os mesmos medos… os mesmos sentimentos. Mesmo que em circunstâncias de vida diferentes. Sua irmã, meu pai… mas temos a mesma aversão á toda essa fama, esse mundo que todo mundo acha ser perfeito.
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  Os segundos seguintes foram silenciosos.
  Mas tudo gritava.
  O som da respiração deles. O jeito como os olhares hesitavam, depois se encontravam de novo. A tensão entre os joelhos que quase se tocavam…
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  O calor nos ombros, onde a pele parecia querer encostar.
  — Isso aqui… — ela começou, mas a frase morreu no meio do caminho.
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  — Eu sei — ele respondeu, como se entendesse o que ela não conseguiu dizer.
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  Ela virou um pouco o corpo em direção a ele. E ele fez o mesmo.
  Os olhos dela desceram para a boca dele — um movimento involuntário. E quando os olhares voltaram a se encontrar… foi impossível disfarçar.
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  Ele inclinou um pouco o rosto. Ela não se afastou. As respirações se misturaram.
  Os lábios estavam a um suspiro de distância…
  Mas então ela desviou. Baixou os olhos. Soltou um meio sorriso, nervoso.
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  — Se a gente cruzar essa linha,
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  — Eu sei — ele repetiu, mais baixo dessa vez. Quase como um segredo.
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  Ela pegou a garrafa de água novamente, tentando se recompor, enquanto ele soltava o ar com força e recostava a cabeça no banco.
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  O beijo não aconteceu.
  Mas a vontade permaneceu no ar, latejando entre os dois.
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  Como mais um ponto que ninguém quis vencer.

Capítulo 4

  O céu ainda estava escuro quando voltaram para dentro do complexo esportivo. As luzes do corredor estavam apagadas, mas as do vestiário masculino permaneciam acesas. Era o único lugar que oferecia sombra, silêncio e um pouco de descanso. E talvez, sem que nenhum dos dois admitisse, privacidade.
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   entrou primeiro, mas não fechou a porta. Apenas olhou por cima do ombro e esperou que ela o seguisse.
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   hesitou, mas foi.
  Dentro do vestiário, o eco das respirações parecia maior do que antes.
  Ela se sentou em um dos bancos. Ele pegou uma toalha pequena da mochila e jogou sobre a nuca, ainda suado.
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  O silêncio, de novo, veio como uma onda.
  — Quando você joga — ele começou, sem olhar pra ela — parece que está tentando vencer um fantasma.
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  Ela riu sem humor.
  — Quem? — ele perguntou, virando-se de frente para ela, encostando-se nos armários de metal atrás de si.
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   demorou para responder. Depois sussurrou:
  — Eu mesma.
  Ele a observou por um tempo longo. Tinha algo no olhar dela que o desarmava completamente. A forma como ela segurava as emoções como quem segura uma raquete prestes a quebrar. Com força demais.
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  — Eu costumava jogar pra provar que era bom o suficiente — disse ele. — Agora eu jogo pra esquecer quem eu sou quando não tô com uma raquete na mão.
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  — E consegue?
  — Às vezes. Mas você… você me distrai.
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  Ela o encarou, surpresa pela sinceridade.
  — Achei que fosse eu quem te desafiava.
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  — Também. Mas nem todo desafio é sobre vencer — ele respondeu, dando um passo na direção dela.
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   mordeu o canto do lábio inferior, como se quisesse esconder um sorriso.
  — Você flerta com frequência em vestiários?
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  — Só quando a garota acabou de me vencer num jogo psicológico sem que eu percebesse.
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  Ela soltou uma risada curta, nervosa. Os olhos dele a acompanhavam como se memorizassem cada detalhe.
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   se levantou devagar. Parou na frente dele.
   não se mexeu. Só a olhava, esperando.
  Ela ergueu a mão, ajeitou de leve a gola da camisa dele — um gesto sem motivo algum além de encurtar a distância. Ele abaixou um pouco o rosto. As testas quase se encostaram.
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  Dessa vez, nenhum dos dois desviou.
  Foi rápido, foi intenso e foi inevitável…
  Os lábios se encontraram como se já tivessem feito isso mil vezes — como se cada ponto jogado, cada segredo confessado, tivesse sido apenas uma desculpa para chegar ali.
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  O beijo não foi tímido. Foi um roubo. Um mergulho. Um alívio.
  As mãos dela foram parar na nuca dele. As dele, na cintura dela. Sem pressa. Sem urgência. Mas com uma fome silenciosa.
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  Não houve hesitação. Nem choque.
  A boca dele encaixou-se à dela com uma naturalidade quase absurda, como se os dois fossem feitos sob medida para aquele instante.
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  Começou devagar, como se ambos quisessem prolongar o momento o máximo.
  Mas logo ganhou mais intensidade, mais urgência silenciosa — não porque possível, saboreando o toque, sentindo a textura, testando o ritmo.quisessem apressar, mas porque estavam presos demais naquele momento para manter qualquer controle.
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  As mãos dela subiram pela nuca dele, os dedos se enroscando no cabelo úmido, puxando-o para mais perto como se tivessem medo que ele desaparecesse.
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  As mãos dele repousaram na cintura dela primeiro, depois escorregaram com cuidado pelas costas, desenhando o contorno do corpo com os polegares, como se quisesse memorizar a sensação.
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  Ele a beijava com os olhos fechados e o coração exposto.
  E ela se entregava com o corpo tenso e a alma trêmula.
  O gosto da madrugada estava nos lábios deles — suor, ar frio, desejo guardado demais.
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  Quando os lábios finalmente se separaram, devagar, os olhos ainda permaneceram fechados por um segundo a mais, como se o mundo lá fora fosse menos real do que o que tinham acabado de viver.
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  As testas encostadas. As respirações descompassadas.
  Era mais que um beijo.
  Era o ponto final de tudo o que não teve nome entre eles.
  E, ao mesmo tempo, o primeiro saque de tudo o que ainda estava por vir.
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🎾🎾🎾

  As testas ainda encostadas. As respirações desencontradas.
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   abriu os olhos primeiro, mas não recuou. Apenas sussurrou, com a voz falhando levemente:
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  — A gente não devia estar fazendo isso.
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   sorriu, ainda ofegante.
  — Eu sei.
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  Ela mordeu o lábio inferior, como se quisesse impedir a si mesma de dizer o que vinha a seguir. Mas disse, mesmo assim:
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  — E por que não consigo parar?
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  Ele ergueu a mão, tocando com o polegar a pele do rosto dela, abaixo do olho.
  — Porque você também tá cansada de fingir que não sente nada.
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  Ela fechou os olhos por um segundo com aquele toque, como se aquilo doesse e curasse ao mesmo tempo.
  — E você? — ela perguntou, quase num fio de voz. — O que você sente?
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  Ele demorou para responder. Não por indecisão. Mas porque era difícil colocar em palavras.
  — Que se eu te beijar de novo, não vai ser só mais um erro.
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  E então ele fez exatamente isso.
  A beijou.
  Mas não como antes.
  Dessa vez, foi com mais intensidade.
  Mais urgência.
  Como se ele estivesse disposto a perder o juízo inteiro só para ter mais um minuto daquilo.
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  As mãos dele passaram pelas laterais do corpo dela, subindo pelas costelas, puxando-a pela cintura com firmeza. cedeu o corpo contra o dele com um suspiro abafado entre o beijo, os dedos agarrando a gola da camisa dele, apertando com força.
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  O calor entre os dois era tão forte que o vestiário, mesmo frio, parecia em combustão.
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  Os beijos desceram para o queixo dela. Depois para a linha do pescoço.
  Ela arqueou o corpo involuntariamente, sentindo a boca dele explorar a pele com uma lentidão quase torturante.
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  — … — ela murmurou o nome dele, sem conseguir esconder o arrepio na voz.
  — Me diz pra parar — ele sussurrou de volta, com os lábios roçando a clavícula dela. — Que eu paro agora.
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  Ela não disse nada. Só puxou o rosto dele de volta para o dela e o beijou de novo, com mais fome. Mais entrega.
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  Como quem finalmente aceitava cair.
  Os corpos se encostaram sem nenhuma hesitação agora. As mãos dela exploravam as costas dele por baixo da camisa. As dele deslizavam pelos quadris dela, puxando-a mais perto, como se a distância entre os dois já fosse insuportável.
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  Ali, entre armários de metal e luzes frias, dois corpos deixavam de fugir.
  Não havia mais raquetes. Nem segredos. Nem madrugada.
  Só os dois. E um desejo que já não sabia mais esperar…
  Com passos lentos, mas calculados, os dois caminharam juntos para dentro de um dos boxes.
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  Nenhum dos dois dizia nada.
  Não precisava.
  As mãos de continuavam na cintura dela, como se não quisessem deixá-la escapar. E mantinha os olhos fixos nos dele, como se quisesse ter certeza de que ele realmente estava ali — de que aquilo estava mesmo acontecendo.
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  O som do tênis contra o chão úmido, o eco abafado da respiração deles, a tensão pairando no ar como eletricidade antes da chuva. Tudo ali parecia carregado demais para ser casual.
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  Quando entraram no box, ele encostou a porta com o cotovelo, sem trancar. Não havia ninguém por perto — só eles, no fim da madrugada que agora parecia eterna.
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  Ela parou de frente para ele. A poucos centímetros. O peito ainda subindo e descendo com a respiração acelerada, o olhar fixo nos lábios dele. E quando falou, sua voz saiu em um sussurro rouco:
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  — Eu não sei o que isso significa.
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   tocou o rosto dela com as costas dos dedos, desceu até o pescoço, depois até a clavícula…
  — A gente não precisa saber, não agora.
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  Ele a beijou outra vez, mais firme, mais profundo.
   respondeu com a mesma intensidade. As mãos subiram pelo peito dele, sentindo os músculos contraídos sob o tecido. Os dedos deslizaram pela barra da camisa, puxando-a devagar, como quem testava os próprios limites.
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  Os corpos se encostavam com mais liberdade agora. As mãos exploravam. O calor aumentava.
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  Mas nada era apressado.
  Era como se os dois tivessem esperado demais pra agora ter pressa.
  Ela passou os dedos pela pele do abdômen dele quando a camisa finalmente subiu. Ele deslizou a ponta dos dedos pela base da blusa dela, os olhos pedindo permissão mesmo quando o corpo implorava por mais.
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  — Me mostra — ela murmurou, a voz baixa, firme. — Que não sou só eu sentindo isso tudo.
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   puxou a blusa dela com cuidado, expondo a pele quente, os olhos escurecendo com o desejo contido que agora já não cabia mais dentro dele.
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  E ali, naquele espaço apertado, onde tudo parecia proibido demais pra ser real… eles se perderam, lentamente, um no outro.
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  A blusa deslizou pelos braços dela com suavidade, como se aquele tecido fosse um limite simbólico sendo ultrapassado.
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   a olhou por inteiro — sem pressa, sem pressões — como se ver assim, tão próxima, tão real, fosse algo que ele precisasse guardar na memória.
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  Ela, por sua vez, sentiu o corpo arrepiar sob o olhar dele. Mas não era vergonha. Era uma entrega silenciosa, que vinha do fundo, da parte dela que não sabia ceder… até agora.
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  Os dedos de traçaram uma linha tênue da cintura dela até o centro das costas, e ele a puxou devagar, colando os corpos com uma delicadeza que contrastava com o desejo que tremia em suas mãos.
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  O segundo beijo foi mais profundo, mais necessitado. As bocas se encontravam entre suspiros e murmúrios abafados, as línguas se tocando como se soubessem exatamente onde doer e onde curar.
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   desceu as mãos pelas costas dele, arrastando as unhas com leveza, sentindo cada músculo reagir sob seu toque. apoiou uma das mãos na parede fria do box e a outra na coxa dela, puxando-a levemente para si. O toque foi firme, mas cuidadoso — como quem pede permissão, mesmo sem palavras.
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  Ela o guiou com as mãos até que ele a encostasse com o corpo inteiro contra a parede. O contraste da superfície fria nas costas e o calor dele à frente a fez arfar, os olhos fechados, os lábios entreabertos em um suspiro.
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   pressionou os lábios contra o pescoço dela, deixando beijos molhados e demorados que a faziam tremer por dentro. Desceu lentamente, explorando cada centímetro de pele como se tivesse todo o tempo do mundo.
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  As roupas foram caindo, peça por peça, num silêncio cúmplice.
  E quando já não havia mais nada entre eles, a pele contra a pele trouxe uma nova dimensão ao momento: o real. O palpável. O inevitável.
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  Ele a segurou com as duas mãos firmes na cintura, os olhos mergulhados nos dela.
  — Ainda não quer quer que eu pare? — sussurrou, com os lábios quase tocando os dela.
  — Se você parar agora… — ela respondeu, a respiração entrecortada — eu juro que nunca vou te perdoar.
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  O que veio depois foi pura verdade.
  Os corpos se encaixaram com uma naturalidade crua e íntima, como se tudo que haviam escondido atrás de raquetes, sarcasmo e silêncios estivesse finalmente sendo dito através do toque.
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  Ela se agarrou aos ombros dele quando sentiu o corpo ser preenchido, um gemido baixo escapando de seus lábios, abafado pelo pescoço dele. Ele a envolveu com força, os movimentos lentos no início, como se cada investida fosse uma pergunta respondida com a respiração dela acelerando.
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  A sincronia era absurda.
  Não havia hesitação.
  Não havia máscaras.
  A cada estocada, a tensão se dissolvia. A cada suspiro, os segredos viravam pó.
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  Os nomes foram sussurrados como se fossem promessas. As mãos exploraram, apertaram, acariciaram — não com pressa, mas com fome.
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  E quando o ápice veio, foi ao mesmo tempo. Ela com a testa encostada ao ombro dele, os dedos fincados nas costas.  Ele enterrando o rosto na curva do pescoço dela, o corpo inteiro tremendo de prazer e alívio.
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  Ficaram ali por alguns segundos, ofegantes, sem se afastar. Como se o mundo tivesse finalmente desacelerado.
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   foi o primeiro a se mover. Beijou a têmpora dela com ternura, os dedos ainda acariciando suas costas nuas.
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  — Isso… — ele começou, sem conseguir terminar a frase.
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   abriu os olhos, o peito ainda subindo e descendo.
  — Eu sei.
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  E, por agora, saber era suficiente.

🎾🎾🎾

  Ainda dentro do box, o silêncio entre eles não era desconfortável. Era cheio.
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  Cheio de tudo o que tinham sentido. Do que tinham feito, do que ainda não sabiam como nomear…
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   se afastou devagar, os dedos ainda deslizando pela pele dela como se não quisessem perder o último contato. encostou a testa no ombro dele, os olhos fechados, sentindo o coração ainda batendo forte — não pelo esforço, mas pela presença dele. Pelo agora.
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  — Vem — ele disse, baixo, quase um convite.
  Ela assentiu, e ele a guiou até os chuveiros. Um dos boxes ao lado tinha o registro exposto, sem porta. Ela não se importou. Pela primeira vez em muito tempo, não se importava com mais nada que não fosse ele ali.
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   abriu o chuveiro e testou a temperatura com a mão. Quando a água quente começou a cair, os dois entraram juntos, sem pressa.
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  Ele a puxou delicadamente para perto, as mãos apoiadas nas laterais do rosto dela, enquanto a água escorria entre os corpos ainda colados. Ela fechou os olhos, sentindo o calor da água e o toque suave dele como um casulo seguro.
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  — Você não é quebrada, — ele disse, de repente, a voz rouca, firme. — Você só tá cansada de ser forte o tempo todo.
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  Ela abriu os olhos:
  — Eu não sei como ser de outro jeito.
  — Eu também não sabia — ele confessou. — Até essa noite.
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  Ela sorriu de leve, mas havia algo úmido nos olhos — e não era só da água.
  Encostou o rosto no peito dele, os braços escorregando pelas costas molhadas…
  — Não sei o que isso vai ser, .
  — Nem eu. — Ele passou os dedos pelos fios molhados dela. — Mas, pela primeira vez, eu quero descobrir.
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  Ficaram assim, sob o chuveiro, apenas sentindo a pele um do outro. Sem máscaras,  sem fama, sem plateia.
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  Apenas dois corpos cansados e duas almas encontrando algum tipo de alívio, mesmo que momentâneo.
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  Quando saíram do banho, ele envolveu ela em uma toalha com cuidado, beijando a ponta do ombro antes de puxá-la mais uma vez para perto.
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  — A gente vai fingir que isso não aconteceu quando o dia amanhecer? — ela perguntou, encostando a testa na dele.
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  — Não quero fingir mais nada — ele respondeu, simples. — Mas se você quiser, a gente pode fingir juntos.
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  Ela riu, baixa, tocando o rosto dele.
  — Idiota.
  — Mas posso ser seu idiota favorito?
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  Ela não respondeu com palavras.
  Apenas se inclinou um pouco mais, encostando a ponta dos lábios no nariz dele, num beijo leve, silencioso, quase infantil — e por isso mesmo, tão íntimo.
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  Ficaram assim, abraçados sob a água quente, os corpos colados, as respirações se misturando.
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  O mundo podia esperar. A quadra, os holofotes, os jogos, os disfarces… tudo lá fora podia esperar.
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  Porque ali, naquele instante, entre os braços dele, ela não era , a tenista. E ele não era , o prodígio.
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  Eram só dois corações exaustos, finalmente em paz.
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  Ainda com o rosto encostado no peito dele, fechou os olhos por um instante.
  A água escorria pelas costas, o calor do corpo dele contrastava com o frio que sentia por dentro há tanto tempo — e que, agora, parecia estar derretendo aos poucos.
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  Ela não sabia se aquilo era o começo de algo ou apenas um ponto fora da curva.
  Mas pela primeira vez em muito tempo, não se sentia sozinha.
  Ali, nos braços dele, entre respirações úmidas e corações ainda acelerados, ela pensou:
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  “Se for só isso, já valeu a pena.”
  E então, como quem se permite descansar de uma guerra, ela simplesmente ficou ali. Com ele. Debaixo da água, sem pressa de voltar.
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Epílogo

  O quarto estava escuro, as cortinas ainda fechadas, mas o dia já começava a pressionar as frestas com luz.
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   rolou na cama, sentindo o corpo ainda dolorido — não de cansaço, mas da intensidade daquela noite.
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  Do toque dele.
  Do peso das palavras.
  Do silêncio cheio de significados.
  Ela havia tomado banho de novo ao chegar em casa, como quem tenta reorganizar os sentidos. Mas nada lavava o que ele tinha deixado na pele.
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  O celular vibrava no criado-mudo.
  Ela hesitou antes de pegar, mas um pequeno sorriso surgiu quando viu o nome dele na tela: .
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  “Não dormi.(não tô esperando que você responda agora, mas…) ainda pensando no que você disse. Ainda lembrando do que a gente não teve coragem de dizer. Posso te ver de novo? Sem quadra, sem jogo… só eu e você.”
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   leu a mensagem três vezes antes de digitar.
  Apagou. Reescreveu. Até decidir não pensar demais…
  “Só se não tiver plateia. E se for você mesmo. Não o garoto das entrevistas.”
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  A resposta não demorou:
  “Então prometo aparecer só como eu sou. Cansado, esquisito… e completamente fascinado por você.”
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  Ela riu, baixo, escondendo o rosto no travesseiro.
  : “Você tá flertando comigo às 7 da manhã?”
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  E a troca seguiu:
  : “Eu passaria a madrugada inteira flertando se isso significasse mais cinco minutos com você. Mas agora quero mais que isso.”
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  :“E o que exatamente você quer?”
  : “Você. Sem raquete. Sem máscara. Do jeito que for, .”
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   ficou olhando a última mensagem por um tempo.
  E então respondeu: “Então vem. Do jeito que for. Mas vem.
  Ela colocou o celular de lado, o peito mais leve do que em meses.
  Porque, pela primeira vez, alguém não queria sua força. Queria sua verdade.
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  E isso… isso era novo. E assustador. E lindo.
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Fim

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Lelen
Admin
4 dias atrás

Eu não vou com a cara do Haechan, coitado, mas me compadeci dessa versão.
Coisa pesada um pai falar pro filho que ele é um desperdício, o trauma que isso cria, gzus.
Gostei dessa dinâmica de sair contando algo íntimo deles, e olha só, assim descobriram que combinam HAHAHA


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