A Única Para Mim
A agenda do dia era a mesma.
Acordar, ir ao cabeleireiro, repassar os compromissos do dia enquanto a maquiagem cobre nossos rostos, colocamos uma roupa de marca, a maioria de nós por conta de um acordo feito entre nossa empresa e a marca. Seguimos para a emissora, onde faremos a primeira apresentação do nosso comeback.
A novidade era: nosso grupo, pela primeira vez, estava incompleto, e não por conta de um escândalo, mas sim porque, eventualmente, todos nós, coreanos, nos alistaremos no exército. Xiumiun e Kyung-soo foram os primeiros. No próximo ano, mais de nós, e assim até o último ir e então voltar.
Não posso negar o fato de que, ter dois a menos faz diferença. Não é uma mentira quando respondemos as perguntas relacionadas à presença dos integrantes alistados, que cada um tem um papel importante no grupo. Sem os dois, é como se faltassem dois membros do corpo. Foi assim quando, há alguns anos, três membros optaram por sair do grupo. Foi assim quando Lay não participava dos nossos comebacks por estar com muitos compromissos na China, seu país de origem.
No lado de fora da emissora, uma quantidade significativa de fãs nos aguardavam, com cartazes, lightsticks, sacolas com presentes que, talvez, chegariam até nós, e muita força de vontade nas cordas vocais para se fazerem ouvidas. Um terço delas entraria no local e nos assistiria apresentar. Do lado de dentro do carro que transportava eu e mais um membro, pude enxergar a fila e a aglomeração em frente à porta principal do prédio. Obviamente entramos por trás.
Foi durante o curto percurso do carro até a porta dos fundos que tudo aconteceu. Em uma fração de segundos, meu coração estava quase na minha boca, e meus pés, de alguma maneira, desobedeceram as ordens de meu cérebro, travando ali mesmo.
Minha reação provavelmente foi o motivo do furor que as fãs fizeram, mas minha atenção não estava nelas, mas sim na garota que usava uma tiara iluminada do EXO, mas que, diferente das outras fãs que gritavam meu nome, manteve-se calada, timidamente, ao lado das outras garotas.
– Vamos, – senti uma mão tocar minha lombar, tirando-me do transe e quase me arrastando para dentro do local. Mantive meus olhos na garota até a parede tornar a visão bloqueada.
A caminho do nosso camarim, fiz um esforço maior do que o normal para guardar a imagem daquela garota. Seus cabelos eram longos, com leves ondas. A ventania do tempo que estava para piorar mostrava que os fios não eram lá muito finos, mas o esvoaçar parecia uma cena de filme de Hollywood. Eu poderia imaginar tudo em câmera lenta. O rosto era branco como a neve, e os lábios vermelhos, moldados nos cantos levemente para cima, como se ela naturalmente sorrisse sempre. Usava uma maquiagem clara. Sua aparência dava a intenção de que seu perfume seria algo floral, como as rosas. Não parecia muito alta, se comparado às garotas que estava ao lado, mas definitivamente não era baixa. Nunca fui de gostar de mulheres extremamente baixas. Por ser alto, me faz sentir um ogro e ter medo de tocá-las. Imaginação.
Me perguntei como eu poderia me aproximar dela. Definitivamente não podia sair e pedir seu número, já que haviam dezenas de fãs ao seu redor. Também não poderia pedir para alguém da nossa equipe pedir para ela, pois seria suspeito e ela poderia ser alvo de agressão das fãs mais acaloradas.
– Está brigando com a sombra, -ah? – a voz de Baekhyun surgiu atrás de mim. Pelo tom, eu sabia que ele estava sorrindo. Estava pronto para fazer de mim, sua próxima vítima.
– Baekhuyn, como se aproxima de uma garota?
– Ohhh, nosso finalmente se apaixonou?
– Bem… – concordei com a cabeça. – Acho que é possível.
Sua expressão brincalhona deu lugar a surpresa. Aproximou-se com cautela e passou o braço ao redor de meus ombros, mesmo tendo que levantar ligeiramente os pés para conseguir.
– Está falando sério?
– Estou.
– Quem é ela? Tem foto? É da onde? Onde a conheceu?
– Ela está lá fora, não sei de onde é, nem seu nome. Tecnicamente, não a conheço e, por isso, não tenho uma foto sua, principalmente porque acabei de vê-la.
Olhei para Baek, que me encarava com a boca aberta. Eu poderia jurar que estava assistindo à TV e o sinal caiu. Manteve-se em transe por alguns segundos, até se afastar e me dar um tapa na cabeça.
– Eei… achei que era de verdade.
– Baek! Estou falando a verdade!
– Como é que você sabe que está apaixonado? Nem conhece a garota!
– Amor à primeira vista.
– Eei… – ele murmurou, balançando a mão em frente ao rosto. – Isso não existe.
Levei minha mão direita na área do peito onde se encontrava o coração. Para mim, ele batia como um louco só de imaginar a visão dela. Suspirei.
– -ah, não brinque com seu irmão. – Baekhyun apontou para o próprio peito.
Bufei, impaciente para lidar com a descrença de Baek. Olhei para os lados, tentando pensar em uma maneira de voltar até lá e conseguir o número dela. Mas não poderia, sem antes fazer a apresentação. Já haviam nos avisado há pouco de que entraríamos em alguns minutos. Eu devia ser paciente. E geralmente era, mas não dessa vez, o que só era mais um motivo de eu afirmar de que estava apaixonado por ela.
Sempre há uma passagem de som antes de nos apresentarmos de verdade; nessa passagem, geralmente só a equipe da emissora e da nossa empresa ficam presentes, para não estragar o momento da apresentação, no entanto, o vendaval no lado de fora nos preocupou e, assim, pedimos para que as fãs fossem colocadas mais cedo para dentro, tendo a regra de se manterem calmas e controladas quando entrássemos. Era fundamental que entendêssemos o palco em que iríamos nos apresentar, para que pudéssemos entregar uma performance perfeita.
Ao botar meus pés para dentro da área onde seria gravado, pude vê-la. Era como se houvesse holofotes bem em cima de sua cabeça e ao seu redor, fazendo com que todo o resto se apagasse e houvesse somente ela ali.
Naquele momento, então, me veio à cabeça: e se eu não for o integrante favorito dela?
Engoli seco.
Nunca me senti perturbado por ser ou não o favorito, mas a ideia repentinamente se tornou atormentadora dentro de mim.
– ! – Chanyeol gritou para mim, tirando-me mais uma vez de um transe. Me apressei e subi ao palco, cumprimentando a equipe e as fãs, que gritavam nossos nomes.
Assim que o diretor pediu silêncio, nem nossas respirações eram ouvidas. Durante a passagem, todas as vezes que olhava para o público, meus olhos procuravam pela garota. Quando decorei sua posição, passei a dar mais atenção à direção em que seus olhos olhavam, quem sabe para ter uma ideia de quem fazia seu coração bater mais forte.
– Há mais fãs do que eu imaginava. – a voz de Chen surgiu no camarim. – Acho que ficaram com dó por conta do temporal.
A conversa se estendeu por assuntos diversos, mas não posso dizer com certeza sobre o que era, pois minha cabeça estava à mil por hora, pensando em alternativas para conseguir o que queria, além de saber que ela estava a alguns metros de mim.
Engoli seco. Não se apaixona assim pelas pessoas. Estou obcecado por ela em uma intensidade incompreensível. Eu apenas a vi. Só isso.
– Estou ficando louco.
– Você sempre foi, . – a mão de Suho apoiou-se em meu ombro, como se estivesse me consolando. O encarei sério, mas não disposto a discutir. Eu tinha coisas mais importantes no que me dedicar.
Isso, de alguma forma, pareceu surpreendê-lo. Suho sempre foi mais sensível com os membros, o que o fazia uma verdadeira figura fraterna para todos nós. Aproximou-se cautelosamente de mim e, em um sussurro, perguntou:
– Está tudo bem?
– Suho… – murmurei. – Preciso de um telefone.
Ele me encarou por alguns segundos, como se eu fosse retardado.
– Esqueceu seu celular?
Bufei, impaciente.
– Suho! Eu disse que preciso de um telefone! Um número de telefone, não um celular.
– Você deve explicar direito, se quer ser bem compreendido. – ele disse bravo. – De quem quer o número?
– De uma garota que está no público.
Mais uma vez, o silêncio pairou entre nós.
– Uma garota? – ele perguntou.
– Sim.
– Uma fã?
– Sim.
– Você?
– Suho!
– Ta, ta. É só que… inacreditável… – ele balança a cabeça, enquanto as mãos vão até a cintura. – Você passa uma vida sem se interessar por garotas, e agora, do nada…
– Sim, sim, sim, também não entendo, mas é como as coisas são. Que tal…
– EXO, entraremos em quinze minutos, dirijam-se para o estúdio, por favor!
De forma automática, respondemos um ‘sim’ em coro. Olho para Suho implorando por uma ajuda e ele balança a mão, insinuando que eu deveria ter calma.
– Quando entrarmos no estúdio, me mostre quem é.
Caminhei à frente dos outros, pois não queria perder tempo. Sabia que Suho estava curioso não somente porque era a primeira que eu queria conhecer alguém do sexo oposto, mas também porque ela poderia ser uma distração, me fazendo errar algo na apresentação.
Escondidos atrás de algumas caixas de som, apontei para a garota, que estava em pé conversando com duas outras fãs.
– Até que você tem bom gosto! – ele brinca e recebe um tapa meu. – Tudo bem, vou pedir para a Jiwon noona pedir o número dela. Ninguém precisa saber para quem é, mas você precisa disfarçar seus olhares, pois… !
– Hum?
Suho respirou fundo.
– Preste atenção em mim. – segurou em meu rosto e virou-o para que não tivesse outra opção, senão encará-lo. – Conseguirei o número para você, mas deve prometer que vai colocar toda sua atenção na apresentação. Nossas fãs merecem isso.
Ela, mais do que todas, pensei, mas preferi me abster de levar outro sermão.
Assenti, concordando com sua proposta, e, enquanto eu me unia aos outros integrantes que já estavam subindo no palco, Suho foi em direção à nossa maquiadora, murmurando algo em seu ouvido. Pelo canto do olho, observei ela confirmar com a cabeça e então disfarçar, preparando um pedaço de papel e caneta.
Suho se juntou a nós no palco em seguida, mas não veio falar comigo, para não dar indícios de que a pessoa que queria o número daquela garota era eu. Ele achava que, sabendo que eu conseguiria o que tanto queria, fosse focar somente na nossa apresentação, mas, pela primeira vez desde que debutamos, minha atenção estava em alguém, ao invés da performance.
Chego em 10 minutos.
Meus pés se mexiam em um tique, enquanto eu observava o motorista do táxi que havia pego dirigir tranquilamente, à par da situação em que eu me encontrava.
Eu estava atrasado. De novo. E ela odiava atrasos. Fazia se sentir como uma palhaça, sozinha. Na verdade, era só um exagero dela. Reclamava propositalmente, depois que eu lhe disse para ser mais brava. Ela precisava se impor mais, mesmo que, para isso, eu tenha que ouvir suas reclamações. Queria ter certeza de que ela não seria feita de boba pelas pessoas com mais malícia, principalmente nos momentos em que eu não estivesse ao seu lado.
– Desculpe perguntar, o senhor poderia ir um pouco mais rápido? É que estou atrasado…
– Os jovens de hoje estão sempre atrasados… – ele diz, e sinto que apenas esperava um motivo para iniciar uma conversa. Ouvi, pacientemente, o senhor falar sobre a própria vida, o motivo de ter virado taxista após aposentado e os tipos de passageiros que teve desde que iniciou o trabalho. Tudo, sem aumentar nem um pouco a velocidade do carro.
Olhei janela afora, como se algo lá fosse me ajudar a fazer com que o carro andasse mais rápido.
Eu deveria ter vindo com o meu, pensei. Se tivesse, já estaria lá. Mas, como sempre, pensei em minha carreira. Não poderia ser visto com uma garota ao meu lado pelos paparazzis. Não podia arriscar ser machucada pelas minhas fãs. Por mais que agradecesse todos os dias por ter pessoas me amando e admirando, não havia uma linha que separava a ilusão, da realidade, o que as fazia pensar que eu lhes pertencia e que não poderia namorar com ninguém.
– Pronto, rapaz. Entregue em segurança. – o senhor falou eu saltei do carro, entregando-lhe o dinheiro e agradecendo pela corrida. – Espere! O troco! – ele gritou.
– Pode ficar para o senhor! Compre flores para sua esposa! – gritei de volta, não ouvindo sua resposta, por já estar longe.
Corri como se minha vida dependesse disso, mas era apenas saudade. Nós não nos víamos havia quase um mês e, por incrível que pareça, chamadas de vídeo não era a mesma coisa. Não sentia o seu aroma frutado, e nem sentia a maciez de sua pele cálida.
Nosso encontro estava marcado para ser em uma parte da beira-rio do rio Han em que não havia muitas pessoas. Apesar do horário – quase 11 da noite –, muitos casais e pessoas preferiam o passeio noturno.
Foi então que a vi. Estava com as mãos apoiadas na barreira de metal, encarando o céu. Era como uma pintura em 3D. Parei de correr e, ofegante, aproveitei a visão com um sorriso nos lábios. Ela era tudo para mim.
Nunca soube exatamente o tipo de mulher que gostaria. Nas entrevistas, eu apenas mencionava querer alguém que tratasse meus pais bem e tivesse as qualidades que qualquer pessoa sã iria querer. Cuidado, respeito e fidelidade. No entanto, quando a conheci, vi que queria bem mais que isso. Vi que tinha, sim, um tipo ideal de mulher que eu queria ao meu lado.
Primeiro, alguém com os olhos brilhantes. Que, independente do que olhasse, teria um brilho que só a mulher teria.
Depois, uma personalidade doce, que eu sentisse vontade de proteger sempre. Apesar de não ser alguém de caráter fraco, não era uma mulher de personalidade forte, que brigasse sobre cada coisa que achasse errado ou impusesse que eu lhe obedecesse ou aceitasse tudo o que queria. Até porque eu sou um homem de personalidade forte. Não suportaria viver em conflito com a pessoa que amo.
Também gosto de uma mulher que, sem que eu perceba, cuide de mim. Como parte de uma sociedade machista, fui ensinado que a mulher é o sexo frágil e precisa ser tratada como se fosse de porcelana. Apesar de não concordar, aceito que sou um cara que quer proteger e cuidar da minha mulher como se fosse a coisa mais valiosa da minha vida. Ainda assim, me pego observando pequenas ações tomadas por ela, feitas para o meu bem-estar, como me alimentar sabendo que não comi nada o dia inteiro, ou me trazer multivitamínicos sem razão nenhuma.
Sendo alguém cuja mídia e as pessoas estão de olho constantemente, é um benefício ter uma pessoa discreta. Um dos integrantes do grupo certa vez namorou uma garota que queria gritar ao mundo que estava namorando um famoso. Apesar da garota não ser de todo ruim, a vontade de se exibir fez com que o relacionamento dos dois se tornasse insuportável. Não somos pessoas que querem, propositalmente, esconder o relacionamento, mas o trabalho exige. Ter uma pessoa discreta ao lado evita brigas e conversas que podem acabar dando em algum conflito.
Eu poderia citar mil qualidades mais que ela possui, mas a distância entre nós havia, finalmente, chego ao fim.
– – disse, vendo seu rosto se virar e os olhos, já brilhantes, adquirirem um tom diferente de brilho, combinado ao seu sorriso, que logo acalentou meu coração. Sem esperar por uma resposta, puxei-a para meus braços, envolvendo-a e sentindo meu corpo relaxar com o contato. –, senti sua falta.
– E eu a sua. – sua voz aveludada saiu abafada. – Como foi a viagem? – ela se afastou, para olhar meu rosto. – Parece que você emagreceu.
– Boa, mas cansativa. – antes que ela se afastasse mais, segurei em sua mão e cruzei nossos dedos, passando a caminhar lado a lado. – Comprei algumas lembranças, mas na correria, esqueci de trazer.
– Está tudo bem, não esperava nada.
– Mentirosa. – brinquei, ouvindo sua risada. – Nem a peça que me pediu para comprar, porque só tinha lá no Japão?
– Bem… o inverno está chegando… – ela respondeu sem graça, me fazendo querer soltar uma alta gargalhada. – Você jantou?
– Comi alguma coisa.
– Hum…
Ficamos calados. Na verdade, eu fiquei a admirando, enquanto ela fazia um pequeno bico com os lábios. Era sua reação quando estava pensativa. Como eu achava fofo, preferia ficar a observando.
– Que tal irmos a uma barraca? Eu jantei, mas hoje foi cedo. Nana unnie disse que estava faminta, então acabei lhe fazendo companhia, mas era 7 da noite. Estou com fome.
– Vamos lá.
Era mentira. dificilmente tinha fome, pois comia nas horas certas. Como enfermeira, parecia ter uma alimentação desregulada, mas disse que, desde pequena, aprendeu quão importante era manter-se bem com a comida. Nunca reclamou de gripe ou dores no corpo desde o início de nosso relacionamento, há oito meses.
Por se importar tanto com isso, tinha um cuidado especial comigo, pois sabia que minha carreira criava uma tendência a não ter uma alimentação saudável, algo inadmissível para ela. Minha mãe ficou feliz com a notícia, quando Suho abriu a boca ao dizer que eu estava namorando uma garota que cuidava de mim.
desatou a falar sobre o trabalho e o que fez durante esse mês que não nos encontramos. Havia feito a mudança para um pequeno apartamento com sua amiga de trabalho, Nana, e estava se divertindo por não ter que chamar de lar, um quarto onde só cabia uma cama, uma mesa de estudos e uma pequena geladeira. Como presente, dei-lhe uma cama melhor para seu novo quarto, e um umidificador de ar, importante para o verão. Queria lhe dar mais, mas ela não permitiu. Disse que mal ficava no apartamento, já que pegava o maior número de plantões no hospital, para poder juntar mais dinheiro. Eu era contra esse método, pois, além de não ser saudável, também fazia com que eu tivesse menos oportunidade para vê-la.
Mas ela amava a profissão e, com isso, eu não poderia competir. Eu também amava o que fazia e não queria ao meu lado alguém que ficasse competindo com meu trabalho ou me pedisse para escolher entre os dois. Apesar de querer estar vinculado amorosamente a alguém, minha profissão era a verdadeira prioridade, o que fez com que fosse, mais uma vez, perfeita para mim.
Todo dia era uma novidade. Todo dia eu encontrava um novo motivo que confirmava o quanto era ela a pessoa certa para mim. Mesmo nos dias que não nos falávamos – não por falta de tentativa minha –, ainda assim encontrava uma nova razão para saber que era ela.
– Por que está sorrindo? Divida comigo, quero sorrir com você.
Olhei para ela, sentada ao meu lado em uma tenda, comendo algumas comidas típicas coreana. Seu sorriso me fazia querer beijá-la, mas não poderia, na frente de todas essas pessoas ao nosso redor. Chamaria a atenção e, no pior das hipóteses, eu seria reconhecido, causando um grande rebuliço. E a segurança de era mais importante do que minhas vontades.
Tirei meu celular do bolso com um sorriso e abri a câmera, colocando em seguida no modo selfie. Entreguei o aparelho para ela, que olhou para si mesma no visor e então me encarou confusa.
– O motivo do meu sorriso – apontei para o celular com a cabeça, vendo seu olhar novamente encontrar com seu reflexo na câmera.
– Yah… – murmurou timidamente, segurando meu braço e escondendo o rosto nele. Dei uma risada e a abracei da maneira que pude, depositando um beijo no topo de sua cabeça. – Me disseram que você não era romântico.
– Eu não era. – disse, olhando para cima e tentando me lembrar de alguma vez que fui romântico em minha vida. – Mas é você.
– Eu? Eu o quê?
Ergui os ombros, como quem dizia “não é nada demais”, apesar de, sim, ser tudo.
– É só isso. Você.
Abri um pequeno sorriso quando a vi trocar o olhar confuso por um apaixonado. . Apaixonada por mim. Dei uma risada inaudível e, após olhar rapidamente ao nosso redor e me certificar de que ninguém estava nos olhando, roubei-lhe um beijo rápido, pegando-a de surpresa.
Ao invés de me dar um tapa de leve e reclamar, como faria qualquer outra mulher, ela deu uma risadinha, encostando a cabeça em meu braço com um sorriso nos lábios.
Tem um ótimo senso de humor, tendo a reação ideal para uma brincadeira. Não é agressiva e nem faz escândalo. Sei que, se pudesse, revidaria na mesma moeda, mas não, na frente de todas essas pessoas. Ela não quer chamar a atenção, porque não quer atrapalhar a minha carreira, apesar de que, o que mais me machucaria na situação, é vê-la ser o alvo de ódio de pessoas que mal a conhecem.
Aí, outro motivo que confirma que era ela.
Era , e, tenho plena certeza, seria sempre ela.
Fim
Observação final: Sei que, na cultura coreana, as pessoas têm o hábito de colocar hyung para se dirigir aos amigos mais velhos, no entanto, para poder tornar essa fanfic interativa para qualquer membro (menos Xiumin e D.O, sorry), optei por não utilizar o termo.
Adorei. A única coisa que me incomodou foi o fato da autora ter escrito uma nota avisando a falta de dois membros (perfeitamente ok) e excluido o Lay, que ainda é membro do grupo. Lay ainda é exo.
Comentário originalmente postado em 07 de Dezembro de 2020
Oi Loey! Entendo o seu incômodo e nunca quis dizer que o Lay não é EXO, até porque também sou da opinião de que ele é sim. Mas como informei que a fic se passa na era Obsession, supus que o fandom entendesse meu ponto de vista. Mas pode deixar que vou corrigir isso! Bjs!
Comentário originalmente postado em 07 de Dezembro de 2020
Eu amo suas fics com fandom específico porque eu sempre consigo imaginar as coisas na fic acontecendo na vida real, fica perfeito HAHAHAHHA
AI, SDD DO LAY, COME BACK BB, EU SEI QUE TU TÁ SE DANDO SUPER BEM NA ÁREA SOLO, MAS SDD DA SUA INTERAÇÃO COM EXO ;-;
Apesar de todo o bafafá com Chanyeol, essa história me deixou de coração quentinho *—*
Podia acontecer na vida real, né? HAHAHAHAHAH
Comentário originalmente postado em 08 de Dezembro de 2020
CHEGUEI SENTIR A REVOADA DAS BORBOLETAS
AI AI, como meus bias se sentirão no dia que eu aparecer na frente deles heehehe
a parte que mais dói!
Tô aqui, check! vem!
own, tô ponderando ainda se isso berra a favor ou contra meu sentimento antipatriarcado, mas já quero te morder ♥
AAAAAAAAAAAAFFFFFFFFFFFFFFFFFFF ME ILUDE MAIS NATASHIAAAAAA SOCOOOORRROOOOOOOOOOOO
Fui arrebatada por esse casal, Nat! O jeito que ele fica perdidinho no começo por um amor a primeira vista! Owwwn, tão fofoooooo ! Te mordo, garoto! *–* Eu amei tantoooooo e a mensagem crítica bem colocada no enredo?! Ain eu queria ver mais desse casal! Amei essa fanfic fofinha, parabéns!
Doooooor! Lay, você sempre será meu primeiro amor do EXO, tá?
Engraçado que eu tô lendo com o Sehun que é um POSTE, aí ele vem e me fala essa frase que faz ele parecer desse tamanhinho de tão pitico!
AMAMOS! O famoso casal de “olhantes”, quem nunca?
O GRITO QUE EU DEI AQUI! Ele preocupado em ser o bias, que sensacional! KKKKKKK
Que coisa mais lindinha ele todo amolecido!
Reizinho consciente, mas que merece sim um mimo!
E eu tô aqui igualzinha ao pp assimilando esse plot!
E a gente fica como? Que história mais docinha e gostosa, Nat! Tô encantada!