Natashia Kitamura
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A Doce Dor

  O ardor de seus olhos não eram nada em comparado com a dor que sentia dentro de si.
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  Já era a terceira vez que se remetia à aquela situação em particular e a raiva de o resultado ter sido o mesmo das duas primeiras vezes era o que mais lhe aborrecia.
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  O que havia feito de errado?
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  Aonde, durante todo o caminho, ela fez a escolha errada?
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  - Você não tem culpa, . – ouviu a voz de ao seu lado.
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  Três mãos acariciavam-lhe as costas em uma tentativa de fazê-la se sentir melhor. Mas o que um carinho pode fazer contra todo o sentimento de repulsa que ela sentia?
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  - Você devia processá-las. – disse, seu tom de voz trazendo à tona sua raiva pela causa da dor que a amiga sentia.
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   suspirou, ou pelo menos tentou. Seu corpo parecia ter sido atropelado por dezenas de navios, mas não estava tão destroçado quanto seu orgulho.
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  - Eu não deveria ter vindo… – murmurou mais para si mesma do que para as amigas que tentavam inutilmente melhorar seu humor. Essa era uma maneira simples e útil de se castigar, afinal, não havia ninguém pior que si mesma para apontar seus erros.
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  Havia acordado naquele dia com uma sensação de que algo estava errado. Inicialmente, achou que era só um medo, pois havia planejado com afinco tudo o que faria no decorrer do dia com as amigas.
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  Sua banda favorita havia chegado ao país e ela queria realizar seu sonho de encontra-los em uma situação que não fosse um mero meet and greet pré-show ou no palco, onde nenhum integrante olharia especificamente para ela.
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  Nas duas vezes anteriores, quando ela tentou encontrar com a banda, acabou desistindo ou não tendo sucesso porque havia seguido as dicas erradas – ou as pessoas erradas. Dessa vez, com as amigas à tiracolo, não havia nada que pudesse dar errado, ou se desse, não seria tão ruim assim.
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  Pelo menos era o que ela achava.
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  O dia se resumiu, então, em uma série de desencontros. O voo que a banda deveria estar chegou mais cedo, por ter mudado a rota no meio do caminho devido à uma turbulência que colocou o capitão do voo em um estado de atenção. Em seguida, eles deveriam ter seguido ao hotel, mas não foi o que aconteceu, pois o check-in estava marcado para um outro horário que não podia ser alterado e os integrantes não poderiam ficar no hall de entrada à vista de todos.
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  Para finalizar, os ingressos que havia conseguido para o showcase foram recusados. Elas chegaram tarde demais e a empresa que havia organizado fez uma logística incorreta no número de pessoas, vendendo mais ingressos do que o lugar poderia capacitar. Assim, as quatro amigas ficaram do lado de fora com mais cinquenta ou sessenta pessoas reclamando que não queriam seu dinheiro de volta, mas sim ver o The Maine.
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  The Maine. Uma banda de rock alternativo que conquistou o coração de com um simples acorde. Ela costuma dizer que aconteceu somente com ela, a questão do amor à primeira ouvida, quando era óbvio que poderia ter acontecido com milhares de outras garotas no mundo. Desde a primeira vez que vieram ao Brasil e ela teve contato com os integrantes, soube que sua devoção por eles seria eterna.
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  Com novas amizades, sua devoção em tornar a encontra-los se transformou em uma necessidade, que se resultou em animação para correr atrás da banda assim que chegassem em São Paulo. Entretanto, acabou sendo uma verdadeira desilusão, principalmente quando, na saída dos meninos do showcase que não puderam entrar, para a van que os levaria de volta ao hotel, um deles, especificamente , o favorito de , a confundiu com uma garota que era odiada por várias.
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  - Como ela tem coragem de vir até aqui? – uma fã próxima do grupo disse, enviando um olhar que só poderia ser traduzido como escárnio.
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  - Ouvi dizer que ela pediu para encontrar com eles, mas foi prontamente descartada. – outra disse, entre risos.
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  - Que vergonha para ela. – as garotas riam.
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  - Não é assim que vadias deveriam ser tratadas?
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  Nenhum dos integrantes percebeu o ataque verbal – e um tanto físico, se fosse considerar os empurrões e beliscões que ela recebeu até suas amigas perceberem e se postarem ao seu redor –, enquanto cada um deles passavam para se unir a dentro da van, observava seu sonho se transformar em um verdadeiro pesadelo.
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  - Se ela não estivesse aqui, eles teriam parado. – uma das fãs próximas ao grupo de disse, rancorosa. – Por que é que você veio, afinal?
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  - Ela provavelmente achou que estando aqui iria conseguir chegar a eles como na última vez. – outra disse.
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  “A última vez” se refere a um rumor em que envolvia e uma garota chamada Carla. Ela era uma fã de The Maine que invadiu o hotel em que a banda estava hospedada na última vez que vieram ao Brasil, e encontrou na área da piscina, onde os dois tiveram um happy hour que foi gravado por uma amiga da danada; no final, a confusão tornou-se ainda pior. Enquanto a equipe da banda negociava as imagens da gravação para que o longo relacionamento de não fosse afetado, além de sua imagem para as fãs, a dupla de “megeras” acabou não cumprindo sua parte do combinado, liberando o vídeo e então dizendo que haviam sido hackeadas. mostrou-se aborrecido, as fãs brasileiras mostraram-se ainda mais aborrecidas e o relacionamento amoroso de com sua namorada chegou ao fim.
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  Em um momento entre uma discussão e outra, , sem paciência alguma para lidar com as grosserias que estavam sendo direcionadas à amiga, enfrentou o enorme grupo que, em resposta, agrediu . Foi necessário muita discussão e alguns seguranças e policiais para separarem os grupos e colocarem todas para seus caminhos.
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  Mas o grupo de não havia mais para onde ir.
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  - Isso não pode ficar assim, você não pode se deixar levar por isso! – protestava, olhando feio para algumas garotas que ainda as rondava. – Processa elas por agressão, difamação, tudo o que for possível. Tem câmeras aqui na rua, eles poderão pegar as imagens como prova…
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  - Não. – cortou a amiga. – Eu só quero voltar para casa…
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   observava a amiga, chorosa, tentando convencer as demais que o melhor para si era se retirar e tentar superar toda a humilhação pública, e principalmente esquecer o olhar que lhe enviou. Ela cruzou os braços e suspirou fundo, sua primeira reação sobre o caso, chamando a atenção das outras três.
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  - A tem razão, isso não pode ficar assim. – e sem dizer mais nada, pegou o celular e chamou por um Uber.
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  - Aonde nós vamos? – perguntou, tentando espiar o celular da amiga, como se fosse conseguir enxergar o destino.
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  - Para o hotel deles. – disse.
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  - Você está louca? – se exaltou. – Nós não podemos ir para lá! Vocês viram o que aconteceu aqui! Quantas pessoas você acha que terá lá, ? Pelo menos o triplo do que enfrentamos agora!
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  - Elas que tentem. – murmurou, calando e as outras duas.
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  Se havia uma coisa que as amigas sabiam sobre , era que uma vez decidido o plano, elas deveriam seguir o fluxo e rezar para que a amiga tivesse tudo sob controle. Dessa maneira, evitariam brigas com a mais teimosa do grupo.
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  Entraram no carro caladas, todas perdidas em seus próprios pensamentos.
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   engoliu seco e sentiu o estômago revirar só de pensar em enfrentar todas aquelas garotas novamente. Não haveria ninguém para protegê-las e ela não acreditava que as três amigas conseguiriam lidar com um grupo de mais de trinta ou cinquenta pessoas.
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  Tudo o que ela podia fazer, era rezar para qualquer santo que pudesse salvá-las dessa loucura.
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  O hotel possuía um imenso hall de entrada que estava ocupado por diversos seguranças colocados a postos devido ao grande tumulto causado pelos fãs da banda. As quatro amigas chegaram ao destino e pediram para descer um pouco antes.
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  - Vocês ficarão aqui. – disse, depois de ter feito as três entrarem em uma Starbucks ao lado do hotel. – Eu vou lá e voltarei assim que resolver essa bagunça. Se alguma fã vier discutir com a , coloquem-se na frente dela e finjam que não há ninguém falando. Elas não podem arranjar confusão dentro do local. Finjam que não são fãs e estão aproveitando um passeio; no pior das hipóteses, uma de vocês fala em qualquer língua estrangeira para as outras duas justificarem o passeio.
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  - O que você vai fazer? – perguntou, vendo a amiga arrumar o cabelo e a roupa antes de sair.
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  - O que mais? – encarou as três. – Falar com os meninos.
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  E sem dizer mais nada, ela saiu do estabelecimento, indo em direção ao hotel.
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  Três horas se passaram e nada de um sinal de . e tentavam contato com a amiga, que não respondia e apenas mandava algumas mensagens informando que ainda não havia encontrado os meninos.
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   pousava sua cabeça em seus braços, que estavam dobrados em cima da mesa. Ela encarava o fluxo de pessoas passando do lado de fora da Starbucks. Fãs, assalariados, crianças, turistas… por estarem em uma área turística, o número de pessoas era ainda maior e, por sorte, nenhuma delas parecia ligar para a garota desanimada dentro da Starbucks.
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  - Será que devemos ir lá? – perguntou, curiosa. – Quero saber o que ela está fazendo.
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  - Não podemos ir. – disse, olhando cautelosamente para , que mantinha-se fora da conversa. – Além disso, se ela não voltou até agora, é porque ainda acha que tem chance de encontrar com os garotos.
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  - Mas daqui a pouco vai fazer três horas e meia. – disse, impaciente. – Não quero tomar mais chá de cadeira.
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  - Eu também não, mas não podemos ir e deixar a aqui sozinha. Além do mais, se acontecer de alguém confundir ela novamente com a garota maluca, uma de nós não vai conseguir ajuda-la.
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  Com o argumento consistente de , voltou a se calar e encarar o visor do celular. As duas perderam-se em seus próprios aparelhos até entrar apressada, fazendo as três darem um sobressalto com o susto e a ansiedade em saber o resultado.
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  A garota caminhou até , pegando em seu pulso e a puxando:
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  - Vamos. – olhou para as demais, que apenas pegaram suas bolsas e seguiram a amiga.
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  - Aonde estamos indo? – perguntou, enquanto observava ser puxada por . – O hotel é para o outro lado. – apontou para trás, onde um grupo de garotas conversava sobre até quando o The Maine ficaria dentro do hotel.
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  - Não vamos entrar por lá. – disse.
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  Ela entrou em um beco que as três jamais teriam percebido, se não estivessem entrando ali.
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  - A cena a seguir vai se resumir na morte ou tortura de alguma de nós? – perguntou, não conseguindo evitar certa empolgação. Ela era uma amante de situações de perigo, hábito causado por uma grande quantidade de leitura de livros de suspense e terror.
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  As três amigas encararam a última a falar como se ela fosse louca.
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   bateu em uma porta de ferro, que foi aberta rapidamente. Um segurança colocou a cabeça para fora e, sem dizer nada, deixou que ela entrasse com a companhia das três.
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  - Ok. Isso está muito estranho. – disse baixo logo atrás de .
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  Percebendo que havia entrado no hotel onde a banda estava hospedada com facilidade, não pode deixar de pensar no que iria dizer caso encontrasse com . Como iria dizer para ele que havia se enganado sobre ela? Tinha certeza que iria travar; anos de aula de inglês seriam inúteis e ela passaria o resto da vida evitando qualquer coisa que lembrasse a banda.
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  - , vamos embora. – ela tentou se desvencilhar da mão da amiga, que não a soltou. – Eu quero ir embora.
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  - Você pode ir embora depois que resolvermos tudo isso.
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  - E se eu não quiser resolver? – protestou mais alto, fazendo com que as três amigas e o segurança que havia aberto a porta parassem surpresos. – Você nem perguntou o que eu queria para mim! Nem sempre podemos fazer o que você quer!
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  - … – começou a falar, mas ergueu a mão.
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  - Não, . Olha, eu sei que vocês sentiram muito por mim, mas sou eu quem estou sentindo toda a dor e eu sei que a melhor maneira de lidar com isso não é olhando na cara de quem causou, mas sim tentando esquecer ele!
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   ainda tentou argumentar junto com a ajuda das outras duas, mas estava exausta. Estava cansada de sempre correr atrás de e acabar entristecida, seja por não ter tido mais tempo para aproveitar com ele; seja compreendendo que não foi nada além de uma fã como outra qualquer para ele; seja sendo confundida por uma garota que arruinou um relacionamento que, para ele, era importante.
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  - Vamos embora. Eu pensei bastante enquanto estava na Starbucks e tenho certeza de que não preciso encontrar com ele. Consigo superar sozinha.
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  - Não, não consegue. – disse, nervosa. – Você está em fase de negação. Ele causou isso a você; acabou com o dia e provavelmente a imagem de uma pessoa que o admira. Não pode sair ileso. Além disso, você deve dar a ele, a chance de se redimir e se desculpar.
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  - Por que ele iria se desculpar, se nem sabe o que aconteceu?
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  - Ele sabe. – disse.
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  - O quê? – e disseram, chocadas. – Ele sabe?
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  - Ele, ele? – perguntou, estupefata.
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   não desviou seu olhar de , pelo contrário, sustentou por mais alguns segundos, até murmurar.
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  - Vamos logo acabar com isso. Se for para você desistir do nosso sonho, , que não seja sendo confundida com uma vadia. – e deu as costas às três, voltando a seguir o segurança.
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  - Vamos, . – puxou a amiga, que deixou ser arrastada pelas duas, atrás de .
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  A caminhada durou alguns minutos e consistia em um trajeto de área dos funcionários, escada de emergência e elevador de serviço. Quando chegaram ao destino final, percebeu que elas se encontravam em um bar localizado no alto do hotel.
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  A vista era fantástica. Nela, São Paulo caminhava para a noite, mostrando um pôr-do-sol que oferecia uma beleza ainda maior ao cenário. O local não possuía muitas pessoas, pelo contrário, logo pode perceber que apenas a banda e mais três ou quatro pessoas frequentavam o ambiente.
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  De acordo com que ia se aproximando do grupo, sua garganta secava mais, seus pés formigavam e o estômago se embrulhava a ponto de chegar a doer. Era como se estivesse os vendo pela primeira vez. Por uma fração de segundo, ela não estava triste, nervosa com ou à par da humilhação que passou mais cedo.
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  - Esta é . – disse, passando por todos os integrantes até chegar em , que arregalou os olhos para a pessoa tímida ao lado da determinada. – Não sei como você chegou à conclusão de que ela se parece com aquela mocréia, mas gostaria de saber, pois desejo retrucar todas as suas observações com pontos concretos até perceber que está errado.
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  - Como ela consegue falar sem gaguejar? – ouviu falar para atrás de si. Essa era uma pergunta bastante plausível, visto que ela mesma não conseguia pensar em nenhuma palavra em inglês que não fosse “I love you” para dizer ao sentado à sua frente.
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  - Você confundiu ela mesmo com a outra? – quem iniciou o diálogo após a longa pausa de avaliação sobre . – Tirando a cor do cabelo, nada é igual!
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   soltou uma risada.
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  - Quando você disse que precisava ir ao oftalmo, não esperava que o caso estivesse tão grave.
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   sentiu um alívio ao ouvir as brincadeiras dos demais integrantes com . Este, por outro lado, parecia enfrentar um bom demônio, pois apresentava-se sem graça até para cumprimenta-la.
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  - Bem… – ele começou a dizer, mas sua voz morreu. Ela não sabia dizer se isso significava que ele concordava com os amigos ou se procurava um argumento para contradizer os quatro e as amigas, dizendo que ela era sim a garota da vez anterior.
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   foi quem tomou a iniciativa, dando uma forte cutucada em , que se não tivesse visto seu olhar dizendo para que fizesse alguma coisa, diria algumas poucas e boas para a amiga.
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  - Que tal facilitarmos para ele e darmos uma certa privacidade? – ela olhou para os outros integrantes, que hesitaram um pouco, mas acabaram concordando, quando mexeu a cabeça para sinalizar que estava tudo bem.
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   não percebeu quanto tempo os dois ficaram ali, parados, esperando que o outro iniciasse o diálogo. Para ela, quem deveria tomar a iniciativa de falar, a começar pelo fato de que ele não enfrentava um bloqueio gramatical em uma língua que não estava acostumado a se comunicar.
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  - Eu sinto muito. – ele começou a falar. – Não quis ofendê-la ou causar um tumulto em sua vida.
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  Ela assentiu, mostrando que entendia seu ponto de vista, mas que não necessariamente o havia perdoado.
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  - Não me lembro bem como foi que cheguei à conclusão de que você era ela. – levou a mão na nuca, sem graça. – Acho que encarei suas costas, antes de você se virar para nos olhar.
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  - Mas você olhou para mim.
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  - É. Eu acho que sim. – limpou a garganta em uma tosse seca. – Acredito que o fato de ter visto você de costas e achado que era ela, me fez ficar cego pela imagem da garota.
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  - Você ainda não superou o que ela fez. – afirmou, vendo-o assentir. – Por que não tirou tudo a limpo com ela?
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  - Porque ela é imatura. – ele fez uma careta. – Não consigo encontrar outra razão para ela ter agido com tanto egoísmo. Eu tentei falar com ela pessoalmente depois que as imagens foram divulgadas e tudo o que a menina fez, foi se gabar em um livechat dizendo que eu estava correndo atrás dela para uma segunda vez.
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  - Segunda vez?
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  - Primeira e meia, talvez. – ele se consertou, suspirando logo em seguida. – Minhas desculpas são sinceras. Não esperava que você se tornaria vítima de tantas palavras rudes e grosseiras.
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   não respondeu. Encarou o chão sem saber como se expressar. Ela se importava com e conseguia compreender o seu lado na situação; mas isso não significava que ela conseguia deixar de lado toda a dor das palavras que haviam a atingido mais cedo.
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  - Foram muito ruins?
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  - Como? – ela perguntou, sendo retirada de seus devaneios por um receoso.
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  - O que elas falaram para você. – ele explicou. – Foi muito ofensivo?
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  - Foi. – ela murmurou quase silenciosamente.
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  Observou-o passar a mão pelo rosto, podendo sentir quão chateado ele estava por ter machucado uma pessoa inocente. Porque ele conseguia saber como ela se sentia.
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  - Eu falar para todos que cometi um engano seria um bom começo para livrar você desse peso, não é? – pegou seu celular. – Elas devem estar te detonando na internet.
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  - Acho que não. – pôs-se a pensar. – Elas me confundiram com a Carla. Provavelmente irão até o perfil dela xingá-la, até perceberem que não era ela.
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  O balançou a cabeça em uma concordância com a linha de raciocínio dela. Devolveu o celular ao bolso traseiro da calça e esfregou as mãos em um sinal de que estava sem graça.
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  - Sente-se, por favor. – puxou uma cadeira para ela, que agradeceu com um sorriso pequeno. – Você possui amigas bem dedicadas. – tentou puxar assunto, voltando seu olhar para o grupo que estava bastante afastado dos dois e já não tentavam mais bisbilhotá-los devido ao fato de terem encontrado no outro uma companhia bem mais interessante.
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  - Não sei como ela conseguiu chegar até vocês. – balançou a cabeça.
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  - Bem… ela poderia ter sido presa. – ele riu, tirando risadas da garota.
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  - Que bom que ela os encontrou então.
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  - Na verdade, fomos nós quem a encontrou. – curvou-se à frente, servindo um copo de cerveja para a acompanhante. – Não é todo dia que se ouve xingos em inglês em um país cuja língua local não seja o mesmo que o nosso. Além disso, fica mais difícil quando seu nome está no meio.
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  - Ela gritou seu nome?
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  - disse que ela tem cordas vocais bem potentes.
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   abriu um pequeno sorriso, sentindo-se agradecida e aliviada por ser teimosa como é e a arrastado até ali. Olhou de relance para a amiga, que conversava alegremente com os demais integrantes da banda e as duas outras amigas.
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   começou, então, a falar novamente, dando um novo rumo à conversa. Os dois foram apenas perceber que estavam a horas falando, quando o grupo voltou a se aproximar para informarem que a banda iria jantar.
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  - Vocês não querem nos acompanhar? – perguntou, olhando diretamente para , que ruborizou com a intensidade do olhar. – Quero dizer, para nos redimir.
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  - Achei que havíamos nos redimido quando decidimos não mandar a nossa amiga aqui para a cadeia. – passou o braço ao redor dos ombros de , que enviou-lhe um olhar feio.
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  - Prefiro ser alimentada do que evitada ser mandada para a prisão. – ela disse, orgulhosa. – Além do mais, está de carona comigo, então se eu vou embora, vocês terão de se certificar que as três cheguem em casa de forma segura.
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  - Isso não é tão difícil. – disse.
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  - Não seria, se elas morassem aqui e não estivessem hospedadas na minha casa.
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  - Aceite que perdeu, . – disse entre risos quando o abriu a boca para retrucar a garota. – Que tal pedirmos um lanche? Eles entregam em hotel?
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   manteve-se calada durante todo o tempo, tentando manter-se concentrada e não falar nada errado com . Mesmo tentando dialogar com os demais integrantes e até com as amigas, sua atenção estava toda desviada para o dono da dor em seu peito.
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  A conversa rolou sem fim enquanto faziam o pedido, durante a refeição e até a tentativa falha de pedirem uma sobremesa. Apenas foram perceber quão tarde era quando o empresário da turnê chegou para informar aos garotos qual seria a programação do dia seguinte.
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  - Vocês estarão lá? – perguntou.
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  - Não perderíamos por nada. – o respondeu com seu melhor sorriso.
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  - Ótimo, vocês podem falar com Leo aqui – apontou para um dos acompanhantes que havia chegado com o empresário. – e ele as colocará para dentro do camarim.
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  - É sério? – perguntou, boquiaberta.
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  - Temos algumas vagas livres, já que algumas pessoas não puderam vir. – disse, olhando para o celular enquanto gravava o telefone de . – Se puderem ajudar com algumas coisas, seria até bom.
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  - Sabe como é, uma boa ação é sempre bem-vinda. – disse, provocando a garota que conversava com . Em resposta, ouviu sua risada.
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  - Pode deixar, faremos a nossa boa ação ajudando-os.
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  Risadas ecoaram, mas não foram o suficiente para chamar a atenção dos dois assuntos do dia, que mantinham-se afastados conversando entre si.
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  - Vocês podem nos acompanhar nos próximos shows, se quiserem.
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  - Não sei se conseguiremos, as passagens dos voos estão caras… – deixou seus ombros caírem com o desânimo. estalou a língua e balançou a cabeça.
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  - Disseram que é sempre bom fazer um investimento aqui no Brasil, pois é um país que, apesar de toda a crise, sempre encontra uma recuperação rápida.
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   inclinou a cabeça para o lado, confusa com a afirmação do .
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  - Eu não achava que fosse superar a imagem que a outra garota havia deixado. Mas minhas fontes tinham razão, não demorou nada para eu me recuperar.
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  - Ah… – ela deu uma risada sem graça e colocou o cabelo atrás da orelha de forma delicada, um movimento conhecido universalmente como uma boa resposta para a paquera recebida.
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  - Vamos, ! – a chamou. – O Uber chega em 6 minutos!
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   respondeu que estava indo e olhou para , se despedindo lentamente, tentando marcar todos os segundos do momento, mesmo sabendo que encontraria com ele no dia seguinte e, se Deus quiser, depois do dia seguinte também.
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  - Sabe – chamou sua atenção, segurando em seu pulso, impedindo-a de ir embora atrás das amigas. –, vendo agora, você realmente não tem nada a ver com aquela garota.
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   tentou não arregalar os olhos com a surpresa do retorno do assunto, mas talvez não tenha dado muito certo, já que abriu um sorriso pacífico em sua direção, querendo tranquiliza-la.
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  - Você é muito mais bonita.
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  Ela não pode evitar colocar a mão na altura do estômago. A dor havia voltado.
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  Mas diferente de antes, não era uma dor de raiva reprimida. Agora, a maior característica do sintoma eram as famosas borboletas no estômago.
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Fim

Mariii! Feliz dia do amigo, amiga!
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Fiquei muito feliz de ter te tirado! Fazia um bom tempo que eu não lembrava como era escrever uma fanfic com amigas sendo as personagens, hahaha! Acho que perdi um pouco o jeito, mas gostei muito de como desenvolveu.
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Tive que me esforçar muito em não comentar sobre a fic enquanto estava na sua casa, mas que bom que coincidiu do show dos meninos ser antes da entrega, assim pude me inspirar melhor e lembrar de como imaginava a personalidade deles, para conseguir escrever para você. Espero que tenha gostado! Beijooss!
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Mari
Mari
2 anos atrás

NAAAAAAAAAAT! Primeiro quando vi que o fandom da sua história era The Maine juro que estava torcendo para você ter me tirado, mas não estava contando que teria a sorte, ai EU TIVE SIIIIIM!

Foi o melhor presente da vida ler uma história do dia do amigo escrita por uma amiga maravilhosa igual você.

Não sei se isso aqui me ajudou a superar a depressão pós show ou se fez ela ficar pior HAHAHAHA talvez um pouco dos dois e to amando o feeling, pra falar a verdade! Não sei se estou pronta para abandoná-lo ainda!

Amei a história e amei o jeito que as nossas personalidades estão bem fieis ao que é na vida real e super vi a gente nessa situação, que se acontecesse de verdade talvez tivéssemos ações bem parecidas! E por falar em situações como essa, bem que isso podia acontecer da próxima vez que eles vierem né? Sem a parte do hate, claro, mas a partir de você entrando toda espiã no hotel e colocando a gente pra dentro em diante! Não ia nem reclamar, te juro HAHAHAHAHA

Estou imensamente feliz com essa história, fez meu dia real!! Valeu a pena segurar a curiosidade, com certeza! Eu amei demaaais e não vejo a hora de compartilhar mais loucuras e The Maine com vocês! Você é a melhor! <3 <3 <3 <3 <3 

Comentário originalmente postado em 21 de Julho de 2017

Lelen
Lelen
2 anos atrás

NATAAAAAAAAAASHIAAA, EU SUPER TAVA COM SAUDADE MASTER DE LER FICS COM NOIS.
Achei super fofo e tô shippando Mari+Kennedy HAODHAOSIDHOISADJAIOSDNO
ESCREVE MAIS QUE EU DEIXO EHOIEHEOIHEOHEOIHOEIHEOIHEOIHOIEHIO
TIPO, A CONTINUAÇÃO DA SAGA EHIEHOIEHEOHEHEOH

Comentário originalmente postado em 24 de Julho de 2017

Bia J.
Bia J.
2 anos atrás

AMEIIII, VOCÊ É DEMAIS, ARRASA SEMPRE!!! E dessa vez não foi diferente! THE MAINE MELHOR BANDA SIM E VOCÊ MELHOR ESCRITORA BJS

Comentário originalmente postado em 25 de Julho de 2017

effystanfield
effystanfield
2 anos atrás

A história nem foi dedicada a mim, mas me senti na obrigação de vir aqui comentar o quanto ela é fofa! Quando vi o fandom The Maine fiquei com aquela esperançazinha de ter sido eu a AS, mas não foi dessa vez que realizei meu sonho hahahaha
Eu to naquela nostalgia pós-show e provavelmente vou reler todas as suas fics de the maine hahahaha

Comentário originalmente postado em 25 de Julho de 2017


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