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A Boy Who Loves a Girl

Música&Vídeo | Letra&Tradução

  Por mais de doze horas ele havia dirigido para se encontrar com ela. Não exatamente um encontro, ele teria certeza de que ela não o veria, mas ele a estaria observando, assim como sempre fazia antes de tudo começar, assim como no início do colégio quando tudo era normal…
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  Lembrava-se bem de quando a vira pela primeira vez, uma garota tímida adentrando a sala do professor de filosofia com um pequeno bilhete em mãos logo entregue ao citado professor.
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  Ela nunca olhou para ele, e ele tampouco se importava realmente, apenas a havia achado bonita – assim como tantos outros na classe – nada de mais. Ao menos era o que pensara à primeira vista.
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  Obviamente não foi apenas isso, apenas o bonita que havia lhe chamado a atenção, mas ele só poderia perceber isso dias mais tarde quando percebeu o quanto ela era simpática apesar de tímida, inteligente apesar de bonita, sociável apesar de inteligente… Ela era tão… . Dizer seu nome era a única forma de defini-la, nenhuma palavra mais poderia se encaixar tão perfeitamente…
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  Sorriu ao lembrar-se da primeira vez em que conversaram. Ele completamente perdido em números e letras pertencentes a uma equação de matemática que simplesmente não conseguia entender. Foi quando ela chegou com um sorriso simpático nos lábios oferecendo-lhe ajuda.
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  É claro que aceitou de imediato, não podia deixar a chance de se formar lhe escapar de tal forma, certo?
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  Foram momentos engraçados com tentando explicar-lhe como enxergar o problema, era tudo questão de ponto de vista.
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  De uma aula de matemática do terceiro ano numa sala abafada e sonolenta, passaram para aulas particulares de todas as matérias que envolviam contas com números e letras, definitivamente não sabia de muita coisa, todos os anos em que passara no ensino médio foram um raspão por ele ao menos se esforçar em tentar aprender, mas realmente não sabia como diabos foi parar no terceiro ano sem conseguir entender uma linha de equação.
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  Foram dias suados para os dois mais novos amigos daquele colégio e as coisas só pioravam quando os professores chegavam com matérias novas para explicar. Claro que a explicação de era bem mais explicativa do que a dos professores…
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   riu um tanto sem ânimo ao lembrar daquelas aulas particulares, ele se sentia tão burro por não saber aquelas coisas… Mas nunca o chamara de tal forma e tampouco achava que ele era lento para compreender as coisas, o fato era que ela dizia: “Você é que enxerga as coisas de modo diferente!”, pois tudo era uma questão de enxergar o real problema.
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  Por conta dessas aulas particulares, ambos se tornaram bastante amigos. Na verdade, era a única amiga que considerava verdadeira em sua vida. Ela era a melhor com ele e ele faria qualquer coisa por ela, sentia isso.
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  Depois do terceiro ano, decidira não cursar uma faculdade de imediato, ela tinha 17 anos, era jovem e poderia esperar mais um pouco, queria primeiramente começar a trabalhar para conseguir fundos que bancassem a universidade sem ter de depender dos pais para isso, queria ser independente.
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  Ela seguira um bom caminho, arranjou um emprego bom, era inteligente e bonita, teria tudo e mais um pouco para se dar bem na vida. Tudo e mais um pouco, menos .
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   perdera o pai pouco tempo depois da formatura, sua mãe caiu em depressão em resposta e tudo o que lhe sobrou foram amargura, tristeza, raiva… E as malditas pílulas brancas que iniciaram tudo.
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  Sim, ele havia se tornado um dependente químico. Saía de casa numa noite e não dava as caras por lá por um longo tempo. Não ia para casa, mas ia visitar uma certa pessoa em seu mais novo quarto numa casinha alugada.
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   o acolhia com carinho e ao mesmo tempo em que cuidava dele, tentava persuadi-lo a abandonar tais vícios tão perigosos, tudo em vão, é claro.
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   passava noites em claro porque temia que seu amigo acabasse por tomar uma dose exagerada das pílulas e tivesse uma overdose bem ali ao seu lado enquanto dormia. Perdera as contas de quantas vezes teve de impedi-lo de pegar mais uma de seu “estoque” na jaqueta surrada e suja que usava. Ela chorou inúmeras vezes por ele, vezes essas em que ela tinha certeza de que ele estava dormindo. Não queria demonstrar fraqueza…
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  Mas uma única vez em que deslizara e não obteve certeza de que dormia antes de chorar foi o bastante para tudo na cabeça do rapaz mudar. O pequenino pedaço que restara do antigo falou mais alto e, enquanto finalmente dormia em uma daquelas noites, ele resolveu ir embora sem dizer nada a ninguém.
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  Simplesmente desapareceu.
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  Havia um ano que tinha sumido da vista de todos que o conheciam. decidira pegar todas as suas economias para se internar em um centro de reabilitação.
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  Ele não queria mais ver sua chorar por estar estragando sua vida, não queria mais fazê-la sofrer. Nas primeiras semanas enquanto estava perdido entre as ruas de uma cidade bastante diferente da que vivia, recebeu mensagens de pelo celular…
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, onde você está?
xx

, sinto sua falta, não vai voltar?
xx

  Mas não, infelizmente ele não voltaria. Não podia, ao menos não naquele momento e naquele estado.
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  A medida que o tempo foi passando, as mensagens foram diminuindo e ao mesmo tempo em que ele agradecia por não ter de ficar sofrendo para não acabar respondendo às mensagens, também ficava angustiado por talvez a falta de contato significar que ela o estava esquecendo…
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  Chegou a um centro de reabilitação poucos dias depois que parou de receber as mensagens.
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  Eles queriam tirar o aparelho de , mas ele queria tanto ficar com aqueles pequenos atos que significavam que ela ainda lembrava… Conseguiu convencer os enfermeiros de permitir que ele lesse as mensagens que viessem a chegar pelo aparelho e isso já foi o suficiente por ora.
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   nunca mais recebeu um torpedo sequer de ou de qualquer outra pessoa, nunca mais até o dia anterior àquela viagem de mais de doze horas.
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  Ele fazia suas atividades como todos os dias no centro, quando um enfermeiro, já bastante conhecido, surgiu na sala pedindo permissão para tirar do local, pois precisava conversar com o rapaz em particular. Foi então que o enfermeiro mostrou o pequeno aparelho celular e logo entregou para o dono ler.
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“Feliz aniversário, … Sinto sua falta,
beijos, da sua .

  O rapaz sentiu-se extasiado. Ele mal lembrava que era seu aniversário, mas ela havia lembrado!
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  Seu coração deu saltos de alegria, ela ainda se lembrava dele, sua ainda se lembrava!
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  Foi então que, desobedecendo a todas as ordens e regras, decidiu roubar um carro de um dos funcionários do local para ir vê-la…
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  E então, lá estava ele, depois de doze horas de viagem ele finalmente estava de volta à sua pequena cidade.
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  Ele ficou rodando pela cidadezinha durante um longo tempo, parando apenas para se alimentar e atender às suas necessidades.
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  Por fim, quando a noite caiu, ele resolveu ir até a casa de e agradeceu profundamente por ela ainda morar lá. Não, ele não se mostraria, ficaria dentro do carro até poder vê-la de longe e então, quando ela dormisse, ele partiria de volta para a clínica na qual se internara.
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  Foi então que viu a luz do quarto acesa no segundo andar da casinha, uma sombra surgiu na janela fechada com cortinas… Ele reconheceria aquela sombra de longe, era ela
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  Seu coração disparou em felicidade, felicidade essa que se esvaiu rapidamente… Uma segunda sombra surgiu ao lado da primeira, esta, não pôde distinguir.
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  A sensação que se seguiu foi de vazio. Ele não via mais sentido no que estava fazendo. Por que estava ali se ela não se lembrava dele como ele queria?
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  Sentiu uma lágrima lhe escorrer dos olhos e piscou algumas vezes até que sua vista parasse de embaçar. Olhou para o banco do carona onde havia escrito uma pequena carta que estava envolta em uma pedra. Decidira no meio do caminho que deixaria um sinal de que ainda estava vivo para a amiga… Mas naquele momento… Bem, naquele momento ele sentiu raiva. Sentiu-se traído apesar de saber que não tinha o direito disso.
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   pegou a pedra envolvida pela carta e saiu do carro estacionado do outro lado da calçada de . Sem pensar no que estava fazendo, reuniu toda a sua força e atirou a pedra em direção à janela que, com o contato brusco, se trincou e logo se espatifou deixando que a pedra adentrasse o cômodo.
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  Ouviu a voz de gritar pelo susto e essa foi a deixa para ele sair correndo de volta ao carro. Nesse percurso foi que percebeu que garoava fracamente… Ele riu amargurado, uma garoa no meio de uma noite de outono fria e nada aconchegante… É, ele precisava ir embora, e rápido.
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  Foram mais treze horas de viagem de volta, dessa vez bem mais longas e cansativas do que ele imaginou.
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   sentiu-se um nada naquele momento. Sua vontade de melhorar para voltar à sua antiga vida desmoronou, ele não queria mais aquilo… Que sentido havia se desde o início só decidira se curar por ela?
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  Três dias depois de retornar da viagem e de levar uma bela bronca dos superiores do local, o mesmo enfermeiro que lhe trouxera a notícia da mensagem de adentrou seu quarto com um envelope branco em mãos.
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  — Acabou de chegar para você, rapaz — murmurou o enfermeiro sorrindo e entregando o envelope a quem estava endereçado.
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  — De quem é? — perguntou sem ânimo algum.
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  — Não sei, estava escrito apenas: De . — O homem deu de ombros, logo saindo do quarto.
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   ficou confuso, quem diabos poderia ser ? Apenas abrindo o envelope para tentar decifrar o mistério…
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  Abriu o envelope com cuidado e de lá de dentro retirou um papel amassado, quando prestou maior atenção, reconheceu a própria caligrafia ali. Era a mensagem que havia atirado contra a janela do quarto de
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  “Aqueles bilhetes que você me escreveu, guardei todos.
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  Eu pensei muito sobre como te escrever de volta esse outono, em cada simples letra e em cada simples palavra estará uma mensagem escondida sobre um garoto que ama uma garota.
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  Você se importa se eu não sei o que dizer? Você vai dormir essa noite, pensará em mim? Vou esquecer isso… Fingir que está tudo bem? Fingir que existe alguém por aí que se sente como eu?”
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  Ele suspirou… Ela havia devolvido sua “carta” com os dados que havia deixado para trás na tentativa de que ela sozinha descobrisse onde ele estava… E ela descobrira… Claro que ela descobrira! Era sua !
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  Mas por mais que estivesse satisfeito e talvez até orgulhoso de por ter descoberto seu paradeiro, estava frustrado. Ela devolveu sua carta…
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  Foi então que resolveu virar o pequeno papel, e lá estava, aquilo que ele queria ver.
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  “Aquele bilhete que você me escreveu, guardei comigo.
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  Pensei muito em como te escrever de volta esse outono, em cada simples letra e em cada simples palavra estará uma mensagem escondida sobre uma garota que ama um garoto…
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  Não, eu não me importo que você não saiba o que dizer, sempre conseguimos nos entender sem palavras, não seria diferente agora. Sim, eu dormirei esta noite, mas não pensarei em você, pensarei em nós. Não quero que esqueça ou que finja que está tudo bem porque não está, mas poderá ficar; você não precisa fingir que existe mais alguém no mundo que se sente como você, tenha certeza que existe.
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  Sinto sua falta, mais do que nunca
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  Vejo você em breve
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   sorriu.
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  Existe alguém no mundo que me compreende melhor que ninguém. Existe alguém no mundo que se importa. Simplesmente existe.
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Fim

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