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Temporada #033

Illusion
Dua Lipa

Esta história não possui capas prévias (:

Sem curiosidades para essa história no momento!

A Beautiful Illusion

UM.

  A garota encarou de longe o casal que havia acabado de se sentar à mesa próxima à janela, suspirando antes de seguir até eles com um sorriso educado em seu rosto:
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  — Boa noite, bem vindos ao Karina’s. Vocês gostariam de algo para beber? — O rapaz nem mesmo olhou para a garçonete, apenas negando com a mão antes de aproximar-se para elogiar a ruiva.
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  — Vou precisar de mais tempo para pedir, é muito difícil me concentrar em qualquer coisa que não sejam esses olhos azuis! — disse com uma voz rouca, fazendo a garota sorrir largamente, parecendo derreter.
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  — Quando estiverem prontos para pedir é só me avisar! — falou antes de se retirar, segurando a vontade de rolar os olhos na frente do casal.
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  Embora a nova garota achasse que era única, já havia visto aquela cena incontáveis vezes, até a frase “de efeito” já havia escutado. Fazia apenas três semanas que estava trabalhando no Karina’s, assim que o verão começou e ela não precisava se preocupar com as aulas, começou a trabalhar no restaurante, mas mesmo nesse curto espaço de tempo, essa era a quarta vez que o via com uma garota diferente.
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   era o capitão do time de futebol da escola e os dois até mesmo tinham algumas aulas juntos, mas não era como se ele fosse lembrar dela, afinal, não era uma cheerleader, nem capitã do time de Debate (por Deus, ela odiava falar em público!), não jogava no time de softball e muito menos estava na equipe de Teatro.  era uma boa estudante (mas não uma “nerd”) que, embora participasse de alguns eventos da escola, não estava realmente interessada em muitas atividades extracurriculares. O máximo que fazia aqui e ali era ajudar na rádio da escola junto com Kennedy, seu vizinho e amigo de infância, mas apenas porque o amigo era o responsável e volta e meia precisava de ajuda.
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  E por que ela deveria se esforçar tanto em qualquer uma das atividades? Para, talvez, ter atenção de ? Só porque o loiro era o garoto mais desejado da escola? Apenas porque todas as garotas (e até alguns rapazes) queriam sair com ele? Bem, ela não queria. Okay, talvez um pouco. Também não era cega, o cara era bonito e deveria beijar bem. Provavelmente ganharia o título de Príncipe da escola no baile de final de ano letivo.
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  Negou com um aceno antes de voltar a prestar atenção no trabalho, estava há anos luz de distância e, talvez, meses atrás sua autoestima fosse para o lixo ao pensar que nunca chegaria a receber um convite para ir ao Karina’s com ele, mas depois de tê-lo visto tantas vezes com diferentes garotas e sempre com o mesmo papo, esse príncipe estava mais para um grande sapo.
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DOIS.

  As férias de verão acabaram mais rápido do que (e qualquer outro adolescente) esperava, e já na terceira semana de aulas a garota se sentia exausta. Talvez fosse por voltar à rotina de acordar certo e precisar estudar ou talvez porque não aguentava a ideia de ver os colegas todos os dias, não gostava da maioria. Se fosse sincera, a única pessoa que aturava na escola (além da própria irmã) era Kennedy, seu melhor amigo desde que se entendia por gente e, coincidentemente, vizinho. Infelizmente não tinham todas as aulas juntos, então, por vezes, precisava fazer dupla com outras pessoas que não gostava.
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  Talvez fosse mais antissocial do que o devido, mas culpava as pessoas ao seu redor, poucos pareciam focar no futuro, a grande maioria parecia achar que aqueles anos de ensino médio eram os que importavam para suas vidas. E considerando que a maioria não deveria querer sair daquela cidade, possivelmente fosse mesmo, mas isso não era um problema dela.
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   iria para Califórnia, Nova York ou qualquer outro estado para ficar o mais longe possível daquele lugar. Até para o Canadá ela mudaria se fosse necessário!
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  Estava voltando para seu quarto para dormir o máximo possível antes de enfrentar mais um dia de escola, quando ouviu um barulho baixo vindo do quarto da irmã mais nova. Aproximou-se da porta, ouvindo por alguns instantes confirmando que Alice estava chorando antes de bater na porta, abrindo-a sem nem mesmo esperar um convite.
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  — O que aconteceu? — questionou aproximando-se da cama na qual a garota estava deitada, o rosto enterrado no travesseiro. Alice não respondeu nada, mantendo-se na mesma pose. — Algum problema na escola? — Pensou um pouco tentando recordar-se de qualquer situação que a caçula pudesse ter relatado anteriormente, não lembrando de nada que pudesse fazê-la chorar. — Não gostou da peça que escolheram para esse semestre? — arriscou, vendo-a suspirar longamente antes de negar. Sentou-se devagar na cama.
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  — Você precisa prometer não dizer nada para a mãe! — pediu, concordou com um aceno. — Lembra que eu fui dormir na Loren semana passada? Na verdade… — Mordeu o lábio inferior, olhando para baixo antes de continuar em um sussurro. — Eu tive um encontro…
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  — Você passou a noite com um garoto? — perguntou em voz baixa, assustada com a ideia. Alice tinha apenas quinze anos, em sua cabeça a garota nem mesmo havia beijado ainda, embora soubesse que já havia acontecido um ano antes.
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  — Não! — disse apressada, fazendo sinal para que a irmã falasse baixo. — Eu tive o encontro e depois fui para a casa da Loren!
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  — Ah… — Respirou aliviada. Talvez não fosse nada demais, mesmo se Alice tivesse passado a noite com o garoto, sabia que era bem comum com várias garotas, mas a irmã parecia tão nova, inocente… Indefesa! — Então o que aconteceu? — A garota a encarou com os grandes olhos azuis marejados, o lábio tremendo levemente.
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  — Quando fui falar com ele na escola hoje, ele me ignorou completamente! Parecia que nem me conhecia, ficou rindo junto dos amigos idiotas dele! — disse entre lágrimas, fungando de vez em quando.
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   aproximou-se da irmã, abraçando-a e dando palmadinhas em suas costas em forma de consolo, sem saber exatamente o que dizer, não era assim muito boa com esses momentos.
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  — Garotos são babacas assim mesmo, pelo menos você já descobriu de cara ao invés de sair com ele de novo e correr o risco de realmente gostar dele, não é? — Tentou amenizar, mas Alice chorou ainda mais.
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  — Eu sou apaixonada pelo , ! — disse com a voz desesperada, apertando-a mais forte. A irmã riu leve.
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  — Semana passada você era apaixonada pelo professor de biologia! Não é porque saiu com um cara que está apaixon… — Interrompeu-se quando juntou o nome à pessoa, afastando-se da irmã. — Você foi a um encontro com ?
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  — Eu sei que você não gosta dele — disse baixo, concordando com um aceno —, mas ele não é como você acha…
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  — Sim, ele é pior! — Rolou os olhos. — Eu não te disse que ele não prestava? Como foi que você decidiu sair com ele? Tem merda na cabeça, garota?
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  — Ele estava na sorveteria no outro dia, lembra que te chamei para ir e você não quis? Acabou que o Garrett também estava por lá e ele tem uma queda pela Loren… Acabamos os quatro conversando por um tempo e aí… Não sei! Ele é tão bonito!
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   suspirou, negando mais uma vez ao pensar no quanto a irmã havia sido boba, ela era mesmo muito inocente!
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  — Pois bem, sinto muito, mas espero que tenha aprendido sua lição! E, pelo amor de Deus, Alice, pare de defender esse cara e fique bem longe dele!
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  — Não posso — choramingou mais uma vez —, ele entrou para o grupo de teatro!
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  — O quê? — Quase gritou, completamente descrente com a informação.
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  — Ele não teve escolha, parece que ficou de castigo porque aprontou alguma coisa com outros garotos. Para não perder a vaga no time, vai precisar passar o semestre em outra atividade extra e acabou sendo para o teatro!
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  — Bem feito! — Deu de ombros, passando a mão pelos cabelos antes de tornar a olhar para a mais nova. — Pois fique longe dele do mesmo jeito ou se vingue deixando-o com um papel ridículo igual ele, talvez uma árvore ou nuvem. — Riu sozinha imaginando a cena.
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  Alice deu risadinhas, parecendo um pouco melhor, até que, instantes depois, juntou as mãos, olhando animadamente para a mais velha.
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  — Já sei como me vingar! E você vai me ajudar!
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  — Eu? Tá doida, garota?
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TRÊS.

  Se perguntassem o motivo, diria que era apenas pensando em ajudar a irmã mais nova que teve seu coração partido. No fundo, não era apenas por Alice, mas por todas as garotas que já haviam e ainda seriam iludidas por . Era uma pena que nem todos os caras do mundo pudessem sofrer o mesmo (considerando que o plano ridículo de sua irmã, de fato, funcionasse). Todos os garotos deveriam passar pelo mesmo para, quem sabe, se tornarem pessoas melhores no futuro, ao invés de apenas competirem quem beijou mais.
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  Talvez se fosse antes de ela mesma ter dito seu coração partido quase da mesma forma, jamais pensaria em nada daquilo; gostava de se considerar muito madura para esse tipo de picuinha. Mas ele merecia. Eles mereciam. Todos que já brincaram com o coração de alguém mereciam sofrer a mesma coisa. No caso de , a situação foi um pouco mais humilhante, pois era apenas uma aposta e todos ficaram sabendo. Se encontrasse com Ben Colen, ela era capaz de esmurrá-lo. Ou talvez apenas se trancasse no primeiro banheiro que encontrasse e chorasse por horas, como já havia acontecido três anos antes. Se sentiu tão humilhada que até seus pais concordaram em mudá-la de escola. Mas agora não era sobre Colen, aquilo era sobre e estava determinada a fazer aquele plano dar certo, e o primeiro passo já estava dado: havia se inscrito para o grupo de teatro.
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  Como já esperado pelas duas irmãs, afinal Alice já estava há mais de ano naquele grupo e sabia bem como a Srta. Smiths trabalhava nos primeiros dias de ensaio: precisava conhecer os alunos novos e fazer uma série de exercícios para ver se algum deles tinha algum talento. A peça do semestre já havia sido decidida, mas ela não diria nada até ter certeza de quem indicaria para os papéis principais.
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   obviamente não tinha ambições em ser a protagonista, estaria bem satisfeita em só ajudar com a iluminação ou servir água para o restante do pessoal, mas precisava participar das atividades iniciais e fingir interesse. , como esperado, chegou atrasado. Todos sabiam que ele não queria estar ali, mas não tinha opções e por isso recebeu um sermão de quase 10 minutos da professora, fazendo-o ficar vermelho na frente de todos. Enquanto a Srta. Smiths explicava sobre os exercícios, , discretamente, aproximou-se de , enquanto pegava sua garrafinha d’água. ainda parecia muito sem graça para notar qualquer coisa ao seu redor, parado de braços cruzados e encarando emburrado a professora.
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  — Muito bem, virem para o colega à sua esquerda para fazerem as duplas e vamos começar! Lembrem-se, o show não pode parar! Vamos, vamos! — Bateu palmas apressando o pessoal.
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   deu uma risada divertida com a mulher, agora entendia o motivo de Alice ser tão dramática. Então virou-se para , que já estava a olhando com a sobrancelha arqueada.
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  — Já nos conhecemos? — perguntou curioso. A garota segurou a vontade de responder o óbvio, afinal, tinham ao menos uma matéria juntos todo semestre nos últimos dois anos.
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  — Não que eu me lembre. — Deu de ombros da forma mais indiferente possível.
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  Aquilo pareceu chamar a atenção do rapaz, talvez ele não a conhecesse, mas era quase impossível ele não ser conhecido. Era o Capitão do time de futebol!
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  Os dois começaram a se alongar, assim como o restante do pessoal antes de iniciarem os exercícios. notou mais de uma vez o olhar do rapaz em sua direção, segurando o sorriso de canto ao perceber que, no mínimo, sua atenção ela já havia conseguido, mesmo que fosse pelo ego ferido.
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  — Você já assistiu algum jogo do time de futebol da escola? — Tornou instantes depois e, pelo tom de voz, notou que ele queria apenas fazê-la se lembrar dele, porque era claro que ela deveria reconhecê-lo do time!
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  — Na verdade não, não é como se valesse nota ficar horas na arquibancada fingindo empolgação com o time da escola — respondeu no mesmo tom indiferente, passando a língua pelos lábios antes de virar-se para ele notando a expressão quase ofendida de . — Imagino que você seja um grande fã de esportes ou algo parecido? — respirou fundo, como se não quisesse perder a calma.
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  — Pois é… Eu sou o quarterback do time! — disse, mostrando-se orgulhoso.
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  — Ah… Legal! — Sorriu pequeno antes de voltar a prestar atenção no que a professora dizia, deixando-o com uma expressão emburrada ao não receber o reconhecimento que deveria.
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  Com quase um mês de ensaios, e Alice começaram a se preocupar pela falta de retorno por parte de . Algumas vezes ele dava sinais de flertar, não apenas com a garota, mas com outras colegas do grupo, além de continuar tendo alguns encontros com outras meninas da escola. Talvez a ideia de ser muito indiferente não funcionasse, pois ele parecia preferir as garotas que favoreciam o seu ego já enorme. Ao mesmo tempo, já era meio tarde para voltar atrás naquela estratégia, precisavam de outra ideia e, ao pensar em como entrar na mente de rapazes, resolveram que era hora de Kennedy descobrir sobre toda a ideia.
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  — Essa é a ideia mais idiota que eu já ouvi. nunca que vai cair nessa, ele é um idiota, mas nem tanto assim.
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  — Mas é justamente por isso que precisamos da sua ajuda! — a garota rebateu para o melhor amigo. Kennedy considerou por alguns minutos, concordando pouco depois. Não era como se odiasse , mas… Bem, talvez fosse um sentimento bem próximo.
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   podia ser o cara mais popular da escola e um bom jogador, mas era uma péssima pessoa. Um tormento na vida de Kennedy e outros garotos na escola. Embora fosse o príncipe no cavalo branco para a maioria das meninas, para os rapazes que não eram do time de futebol, e seus amigos eram como Voldemort e seus Comensais da Morte, atormentavam os outros apenas pelo prazer. Obviamente nada muito trágico tinha acontecido na escola, mas o número de vezes que Kennedy ou algum de seus amigos havia sido ridicularizado pelo grupo, eram incontáveis. E mais de uma vez, ser um bom jogador havia livrado a cara de de qualquer punição.
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  — Tudo bem, mas preste bastante atenção e faça exatamente como eu estou falando!
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   estava deixando suas coisas ao canto quando começou a ouvir risadinhas vindas mais do canto. Aproximou-se devagar para ouvir a conversa.
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  — Estou dizendo a verdade, ele não vale o nosso tempo. Ele é muito… não sei…
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  — Egocêntrico? — outra voz disse debochada.
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  — Bom, isso é a primeira coisa que eu usaria para descrever qualquer um deles — concordou, notando de canto de olho grudado na parede tentando escutar. Passou a língua pelos lábios, sorrindo de canto. — Eu inclusive tenho uma teoria!
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  — Que seria? — As outras garotas perguntaram curiosas.
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  — Vocês já repararam que ele não sai com nenhuma garota mais de uma vez, certo? Eu tenho para mim que é justamente por eles todos não saberem exatamente o que fazer. Quer dizer, ele promete muito num primeiro encontro, se você quiser a lua ele vai buscar, mas não tem um segundo? Vocês acham mesmo que não existe pelo menos uma garota nessa escola que valeria um segundo encontro?
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  — Você acha mesmo?
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  — Eu não acho, tenho certeza. Ele tem medo de um segundo, terceiro e qualquer outro encontro, porque aquilo é tudo o que ele pode fazer. Só sabe dar uns beijos e pronto. E para não correr o risco de toda a escola descobrir, ele finge ser apenas um conquistador impossível de se apaixonar… Estou dizendo, não sabe nada!
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  Como esperado por Kennedy, nunca deixaria que pensassem que ele não seria um bom partido ou que não sabia como prosseguir após os beijos. A partir daquele dia, decidiu que faria de tudo para conquistar a garota até ela provar que estava errada e, de quebra, se apaixonar por ele. Os primeiros passos não foram nada muito exagerados, apenas puxando conversa aqui e ali, descobrindo um pouco sobre os gostos da garota.
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  , Alice e Kennedy passavam algumas horas por semana conversando sempre que o jogador fazia algo diferente, já que Kennedy estava ajudando a manter o interesse do rapaz na amiga.
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  Após alguns dias, recebeu uma rosa vermelha em seu armário e soube de imediato do que se tratava, mas seguiu o plano de fingir desinteresse, mesmo que no fundo tivesse gostado (não é como se alguém tivesse lhe dado flores anteriormente!). questionou se ela havia gostado da flor e acabou dizendo que era alérgica, por isso precisou jogar fora. O sorriso do rapaz se desmanchou no mesmo minuto.
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  No mês seguinte, o rapaz a convidou para ir ao primeiro jogo da temporada, o qual ela disse não ter certeza se poderia, mas talvez comparecesse. Era óbvio que iria, embora não admitisse, gostava sim de eventos escolares, mesmo que não se importasse muito com as pessoas. sorriu largamente ao ver a garota nas arquibancadas, acenando com a cabeça em sua direção, embora não tivesse tanta certeza se ela teria visto. Ao final do jogo, marcou um touchdown e apontou diretamente para , atraindo a atenção de um grande grupo de alunos ao vê-lo comemorar próximo do local em que a garota estava. Para não ser realmente ruim, o elogiou pelo jogo, mas disse que havia perdido o momento pois estava respondendo uma mensagem de sua mãe. Mais uma vez, pareceu chateado, mas aceitou o elogiou sobre o restante do jogo.
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QUATRO.

  Quatro meses atrás, dizia que qualquer relacionamento era furada. Garotas eram cheias de dramas e estavam sempre criando muita expectativa, mesmo nas menores coisas. Ele não queria um relacionamento, só queria aproveitar a vida e curtir com os amigos, ao tempo que também se dedicava ao futebol, na esperança de conseguir uma bolsa para alguma universidade. Não queria passar a vida naquela cidade, mas também não diria não para alguns encontros. Talvez ele realmente fosse um cretino por sempre dizer as mesmas coisas, mas não era sua culpa se todas as garotas acreditavam no que ele dizia. Não era sua culpa se elas se iludiam tão fácil.
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  Mas isso foi até quatro meses atrás, antes de entrar para o grupo de teatro. Claro que ele ainda não ligava para nada daquilo, só estava fazendo o suficiente para conseguir manter suas notas e continuar no time. No fundo, jamais admitiria, mas o que havia começado apenas como uma tentativa de fazer a garota se arrepender do que havia dito sobre ele, mudou drasticamente com o passar do tempo. Inicialmente era só um passo a passo de um plano para conquistá-la e seguir em frente, agora ele ainda estava tentando conquistá-la, mas não esperava seguir em frente. Queria o segundo e o terceiro encontro.
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   era bonita, divertida e inteligente. Ela ria de suas piadas e até o ajudou algumas vezes durante os exercícios do grupo. Eles tinham duas aulas juntos aquele semestre, mas já tinha um parceiro de laboratório (Kennedy, o qual lembrava-se de já ter atormentado algumas vezes! Não por sua culpa, mas também não impediu os amigos). havia considerado tentar se aproximar do rapaz e descobrir mais sobre , mas sabia que o garoto detestava todo o time de futebol então jamais o ajudaria a conquistar a amiga. Mas faria aquilo sozinho, só precisava ser paciente e continuar como estava, tinha certeza que daria certo.
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  O aviso sobre a festa do final de semestre parecia o momento ideal. Teriam música, as provas do semestre já teriam acabado e todos iriam apenas curtir um pouco antes do recesso de final de ano. Seria o momento certo para beijá-la. Talvez se declarasse, mas primeiro ele precisava saber sobre os sentimentos dela, às vezes achava que correspondia, mas outras ela apenas parecia muito indiferente a ele…
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  Aquele seria, com certeza, o momento ideal para os dois.
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CINCO.

   estava ficando interessada, como não ficaria?
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   estava realmente mostrando um lado que ela não conhecia, talvez ninguém na escola conhecesse. Ele era engraçado, mais inteligente do que parecia e fofo. sabia escutar, as vezes que conversaram sozinhos e ela acabou por contar algo que gostava, ele lembrou-se depois: sabia seu filme e livro favoritos, sabia de suas alergias e, coincidentemente, dividia o sonho de sair daquela cidade o mais breve possível para o mais longe que pudesse.
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   queria ser veterinário, ela jamais imaginou aquilo, mas depois de vê-lo falar sobre o sonho algumas vezes, imaginou que ele seria ótimo na profissão. era mais dedicado do que deixava as pessoas saberem e, obviamente, era lindíssimo. Então, quando Kennedy disse ter ouvido falar com Garrett sobre , sentiu o coração bater pesadamente, mas nada daquilo deveria importar porque ele ainda era um cretino. precisava aprender uma lição e ela não podia ser tão tapada de cair na história dele.
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   a tirou para dançar assim que o DJ começou a tocar uma música animada, elogiando-a pelo belo vestido, dizendo o quão bonita estava. sorriu pequeno, agradecendo e dizendo que ele mesmo não estava dos piores, o que o fez rir.
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   não queria se precipitar, por isso apenas deixou as coisas acontecerem num primeiro momento, aproveitando a festa junto da garota, mas algo no jeito que ela dançava ao seu lado, a forma que ria divertida…
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  — O que foi?
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  — Eu sou apaixonado por você. — Deixou escapar, ainda a olhando com um sorriso leve nos lábios.
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   piscou duas vezes, surpresa com a declaração repentina. O plano delas havia funcionado. realmente havia se apaixonado (jamais pensou que chegariam tão longe), e por um momento ela pensou em como deveria rir na cara dele, apontar o dedo e dizer o quão ridículo ele era por ter se deixado levar por uma ilusão. Mas aquilo realmente mudaria alguma coisa? Partir o coração dele era a solução? não era Benjamin, não havia sido ele quem a enganou no passado. E, em teoria, não havia enganado nenhuma das garotas com quem saiu, todas sabiam sobre sua reputação e mesmo assim queriam sair com ele, afinal, era , o capitão do time de futebol.
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   talvez tivesse aceito ajudar Alice a se vingar, mas aquilo havia sido há meses. não era um completo imbecil como achava, não era perfeito, estava longe disso, mas também não era a pior pessoa do mundo. Sabia que se fizesse aquilo, embora o fizesse sentir o mesmo que tantas outras meninas que tiveram o coração quebrado por ele, não se sentiria melhor. Não queria ser como ele e tantos outros.
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  — Eu conheço bem o seu tipo, , você diz isso para todas. Você sabe dizer o que queremos ouvir para nos fazer cair por você, para nos levar para um passeio, um jantar… Um tempo atrás isso talvez tivesse funcionado, mas eu já tive um “ ” na minha vida e eu aprendi a minha lição. Você não está apaixonado, um pouco encantado… Talvez apenas atraído porque nunca tivemos nada. Mas você não está apaixonado e o final seria o mesmo de sempre: no dia seguinte seríamos apenas dois conhecidos da escola.
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  — Não é…
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  — Isso não vai funcionar, . E antes que um de nós saia machucado disso, acho melhor encerrarmos por aqui. Espero que você melhore e encontre alguém para ter ao seu lado, alguém que te faça ser melhor, mas essa pessoa não sou eu.
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   beijou-lhe a bochecha antes de sorrir pequeno em sua direção e dar-lhe as costas, juntando-se a Kennedy pouco depois e aproveitando para dançar o resto da noite.
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  Talvez não fosse o final que eles esperavam, mas era o suficiente para ela. não era mais do que uma bonita ilusão.
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Fim

  Nota: Como a boa procrastinadora que sou, esqueci os prazos e deixei pra fazer em cima da hora, aí tudo o que eu tinha mais ou menos imaginado, não saiu como o esperado. A vida da fanfiqueira enrolada não é fácil!

  Curiosidade: Essa fic foi (levemente) baseada no filme Todas Contra John. Se você ainda não viu, assista, pois é um clichêzinho que vale à pena!

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Lelen
Admin
2 meses atrás

AI, EU AMAVA TANTO TODAS CONTRA JOOOOOOOHN! Deu até saudade do filme 😂😂
Agora colocando JohnO no meio, ficou ainda melhor.
Eu juro que não tava esperando esse final, achei que ia ter um “felizes para sempre”, mas ao mesmo tempo acho que condiz com a personalidade da principal, mas vou te dizer, se quiser escrever uma continuação aí com um John melhor e um final feliz, tô aceitando 🙈🙈


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