3D – Alternate ver.

   sorriu para toda a sua equipe, agradecendo pelo trabalho que todos tiveram para que os seus últimos shows fossem um sucesso. Com os últimos lançamentos e a sua agenda completamente lotada, o homem estava fora de casa por mais de três meses, e consequentemente, longe da sua namorada. Sua vida mudou bastante desde que se aventurou no bar da sua antiga vizinhança, onde fazia apresentações apenas com o seu violão e a presença do público de sempre. Agora, era um cantor famoso, e por mais que amasse cada momento da sua carreira, a saudade que sentia de o fazia enlouquecer, ainda mais quando tinha aquele sonho. No início foi mais fácil de lidar e as ligações eram mais frequentes, mas se incomodava por não conseguir tocá-la pelo telefone, ou beijá-la pelo universo – afinal, seus beijos nunca chegariam até ela —, e o pior: o fuso horário. Conforme os dias passavam e os locais dos shows mudavam, a comunicação entre o casal ficava mais difícil, e esse era um fator que não conseguia mudar. Enquanto ele descansava, trabalhava e vivia a sua vida em Seul, e por mais que trocassem mensagens, não era a mesma coisa que estarem juntos pessoalmente. De vez em quando, sonhava com uma realidade em que a sua havia partido e o deixado, e nessa reta final, esse sonho vinha constantemente, o fazendo confundir as realidades ao acordar assustado de madrugada. A sensação sufocante era péssima, e mais do que nunca, queria voltar para casa e para a sua namorada.

  Mas nem tudo é como desejamos.

  Por conta do seu sucesso, os fãs pediram um show extra, e como faltava cinco dias para retornar a Seul, aceitou, dando o seu melhor nos palcos. Ele definitivamente adorava cada segundo de seu trabalho, e ao finalizar o show, decidiu que não comemoraria com o restante da equipe e se dirigiu para o seu quarto de hotel, um tanto preocupado. não atendeu às suas ligações anteriores, nem as de agora, e nem visualizou as mensagens, e independente de saber que eles tinham um fuso horário os atrapalhando, não conseguia se sentir tranquilo por causa dos pesadelos. E se eles se tornassem reais? não queria pensar muito nisso, mas essa pergunta martelava em sua cabeça incessantemente, provocando uma ansiedade em todo o seu corpo. Em mais uma tentativa, ele ligou novamente para sua namorada, e para a sua surpresa, parecia que havia um celular dentro do seu… quarto?

   abriu a porta com certa suspeita, já preparado para chamar os seguranças quando o seu campo de visão foi preenchido com a silhueta que mais desejava ver durante todos esses meses. O ambiente estava decorado com flores, balões, e agora, com confetes espalhados pelo chão e em cima de , que olhou maravilhado para o jantar a luz de velas que provavelmente teriam em algum momento. Por fim, levou o seu olhar para a sua namorada, que estava ajoelhada e com uma caixinha vermelha em sua mão, sorrindo alegremente:

  — Definitivamente, nós não servimos para ficarmos separados — começou com uma constatação óbvia para os dois, arrancando uma risada do namorado — Sabe quantas vezes eu te fiz no The Sims, tentando matar um pouco da saudade de estar junto de você? Mais de três meses longe me fizeram ter a certeza de que não há mais ninguém nesse mundo com quem eu quero passar o resto da minha vida a não ser você, . Você aceita casar comigo em mais uma realidade?

   sorriu apaixonado, os olhos marejados; sabia de seus pesadelos e acreditava fielmente que ela e o namorado se conheceram de outras vidas, e ambos tinham a certeza de que em todos os outros universos, eles eram destinados a ficar juntos, que nem nesse. Ele a pegou no colo, a surpreendendo um pouco, e a deitou na cama, selando os seus lábios de maneira calma e gentil. , por outro lado, entrelaçou as pernas em volta da cintura do namorado, fazendo com que seus corpos ficassem colados o máximo que pudesse e sorriu atrevida, recebendo um sorriso malicioso de , que sabia exatamente o que a namorada queria. O beijo, que antes era calmo, se tornou algo mais desejado e feroz, de modo que não demorou para perderem as roupas pelo quarto e se deliciarem debaixo dos lençóis, em meio de gemidos e prazer. amava a visão de seu namorado sedento por ela, e adorava se perder no corpo da mulher, se deliciando entre suas coxas, onde fazia questão de passar bastante tempo.

  — Você ainda não me deu a sua resposta.

  A mulher fez um biquinho enquanto enrolava o lençol em seu corpo, logo perdendo o tecido ao ser puxada de volta para a cama, tendo o seu pescoço preenchido com beijos e mordiscadas. Ela se virou para com um sorrisinho sapeca, se encaixando perfeitamente no colo do namorado, pronta para mais um round. Já se passava das seis da manhã, os dois não haviam dormido e, se dependesse da vontade deles, não iriam nem tão cedo. Eles queriam compensar o tempo que ficaram separados, e nada melhor do que aproveitar todos os segundos que conseguiam grudados um no outro.

  — Achei que eu já tivesse repetido mais de uma vez durante a madrugada, meu amor — levou suas mãos para o rosto da namorada, segurando com carinho — Ou você estava ocupada demais chamando pelo meu nome que não percebeu?

  — Não sei — ela sussurrou em seu ouvido, começando a se movimentar lentamente em cima dele — Por que não me ajuda a lembrar?

  — Se você permitir — distribuiu beijos pela sua face, descendo para a clavícula, a provocando ao brincar com os seus seios. O rapaz subiu o olhar, encontrando uma um tanto corada e sedenta por ele —, eu quero tê-la todos os dias. Em todos os universos, realidades e dimensões. Então, sim, eu me aceito casar com você, não só hoje, mas amanhã e depois de amanhã também.

   e eram loucos um pelo outro. Nada superava o fato de estarem juntos fisicamente, e ambos gostariam de continuar nessa dimensão pelo resto de sua vida.