hatakesaturn
Visite o Perfil

Status

Loading

Avalie

Este texto foi revisado
Encontrou algum erro? Clique aqui

Esta história não possui capas prévias (:

Sem curiosidades para essa história no momento!

Vincere

Capítulo 11

Perroni

  Aquilo no rosto de era desconforto, eu estava achando graça dela ter ficado tão incomodada por Carolyn estar apenas sentada ao meu lado. Apesar de Beatrice ter sido a que mais ficou irritada, eu sabia que a Alonso sempre guardava tudo em um lugar estratégico da sua mente, nesse quesito éramos parecidos. Por mais que nos mantivéssemos distantes um do outro, era fácil ler se prestasse atenção, e se eu estivesse certo, ela estava comigo na cabeça, assim como eu não conseguia tirá-la da minha. Queria falar sobre o que houve naquele dia na boate, mas ela mal parava em casa e Carolyn ficava grudada em mim, o único momento que achei propício foi no nosso passeio ao centro, e mesmo assim, meu pau resolveu falar mais alto.
0
Comente!x

  Quando vi que tinha entrado em uma loja, minha cabeça começou a maquinar ideias, esperei nos distanciarmos da loja em questão e disse às garotas que iria procurar um banheiro. Luna fez o trabalho de distrair a mulher no meu pé sem nem mesmo precisar pedir. Entrei na loja e tentei me livrar da atendente, entrei no corredor de provadores e só havia dois com a cortina fechada. Entretanto, as botas que a dona dos meus sonhos eróticos das últimas noites usava eram vermelhas. Sorri ao abrir a cortina e vê-la curvada ajeitando o vestido que estava, era lindo e deixava todas aquelas curvas em evidência.
0
Comente!x

  Lambi os lábios e me deu uma vontade absurda de conhecer todo o corpo dela com meus dedos e minha língua. Percebi que tinha deixado extasiada, afinal, eu já tinha comido mais bocetas do que eu conseguia enumerar. Eu sabia o que fazer. Sei tudo aquilo sobre cada mulher sentir prazer de forma diferente, mas porra, os homens não se dão ao trabalho de perceber as respostas do corpo delas? Toda ação causa uma reação, basta você notar se ela é positiva. Quando saí fugindo do provador, fui até o banheiro lavar meus dedos, estava com cheiro de boceta, não só isso, com cheiro da boceta dela, e ah, como eu queria continuar me inebriando naquele perfume doce, mas infelizmente eu não podia.
0
Comente!x

  Quando encontrou a gente novamente, ela evitava ao máximo olhar para mim ou ficar perto de mim, porém, eu sou teimoso e adorava ver ela irritada. Continuava a provocando e eu acreditava que em algum momento ela iria gritar comigo. As garotas decidiram sentar em um café antes de continuar suas buscas por roupas, e o que todos nós ganhamos foi uma cena de saindo dali completamente irritada.
0
Comente!x

  — A culpa disso foi minha?
  — Você acha? — Giu perguntou irônica e eu dei de ombros dando um gole em meu whisky.
0
Comente!x

[…]

  Acordei cedo e me reuni com meu pai antes do café da manhã, Mattia tinha dado notícias sobre o roubo de carga. Tinham achado o caminhão vazio próximo da fronteira da França, nossos motoristas mortos e nenhum sinal de pistas. Meu pai estava puto, como não estar? Perdemos o carregamento inteiro de um mês! Isso iria nos custar milhões. Otelo disse que resolveria, então acreditei. Fomos para a mesa tomar café, as garotas já estavam sentadas comendo, menos . Demos bom dia e nos sentamos. Olhei para a cadeira vazia à minha frente e queria muito perguntar onde ela estava, mas por algum motivo, achei que soaria suspeito.
0
Comente!x

  — Onde está minha outra princesa? — Respirei devagar, disfarçando meu alívio pelo meu pai ter perguntado.
0
Comente!x

  — saiu cedo, papai. — Franzi o cenho quando Giulia respondeu.
  — Onde ela foi, Giu? — Foi a vez de Beatrice perguntar.
  — Não sei, vi pela câmera de segurança. Não eram nem 6:30 quando ela saiu.
0
Comente!x

  — Ela foi sozinha? — perguntei em um rompante, meu pai me olhou franzindo o cenho e rapidamente me corrigi: — É perigoso ela sair sem os seguranças…
0
Comente!x

  Meu pai demorou a falar algo, olhava para mim interrogativo, mas acabou se voltando para as garotas e dizendo:
0
Comente!x

  — Seu irmão está certo.
  — Acho que Ettore e Austin estão com ela. — Giulia deu de ombros.
  — Ligue para eles e confirme se sua irmã está em segurança, . — Assenti com a cabeça e levantei da mesa.
0
Comente!x

  Fui até a cozinha e liguei para Ettore e ele me informou que estava na casa de Giovanna, respirei aliviado com a notícia. Agora, por que ela tinha saído tão cedo? Voltei para a mesa e avisei meu pai sobre o paradeiro de . Quando terminei a refeição, Carolyn me chamou para ficarmos na piscina, apesar de estar sem nenhuma vontade da companhia dela, eu prometi ao meu pai que ao menos tentaria, então subi para trocar de roupa e me instalei em uma das espreguiçadeiras, pedi para Marta levar um suco de laranja e alguns aperitivos.
0
Comente!x

  Vi Carolyn cruzar o jardim com um biquíni minúsculo azul e um kimono floral por cima do corpo, a mulher era gostosa, isso era indiscutível, em outro cenário definitivamente eu foderia ela. Na verdade, eu poderia foder ela, por que isso não pode ser uma possibilidade? Deveria ser pelo mesmo motivo que eu bati uma punheta no banho ontem quando cheguei das compras, claro. Eu não consegui controlar meu tesão quando fui tomar banho, o cheiro de continuava impregnado em mim de uma forma que fez meu pau subir instantaneamente.
0
Comente!x

  — Ouviu, ?
  — Oi? — Olhei para Carolyn, que já estava sentada na espreguiçadeira ao meu lado.
  — Eu disse que pedi para a Elena preparar mimosas. — Elena era a ajudante de cozinha da nossa governanta Marta.
0
Comente!x

  — Ah, sim, claro… ótima ideia. — Sorri sem graça de não ter ouvido uma só palavra do que ela disse ao chegar. Eu precisava tirar a porra da indomável da cabeça, o que diabos estava acontecendo comigo? — Então, está gostando de Madri?
0
Comente!x

  — Sim, o tempo aqui se parece com Paris, mas lá é mais… quente no verão. — Ela me mirou com segundas intenções, um olhar cheio de malícia que eu reconhecia de longe e que me faria ficar interessado, então por que nem sinal de tesão?
0
Comente!x

  — Você disse que se formou em negócios. — Elena colocou as duas taças de mimosa em cima da mesa e saiu.
0
Comente!x

  — Sim, meu pai queria que eu assumisse a administração do hotel que ele tem em Cannes. — Ela pegou uma das taças e deu um gole.
0
Comente!x

  — Então não fez porque queria?
  — Não, não queria ficar na França. — Ela levantou e tirou o kimono, o jogando em cima da cadeira de maneira sensual, ela estava claramente tentando algo comigo e, porra, eu transaria agora, faz tanto tempo… — Adoro meu país, mas estava cansada de ficar ancorada ao meu pai.
0
Comente!x

  — Entendo… — Pena que não era com ela que eu queria.
  — Vou me refrescar, não quer se juntar a mim? — Ela deu um sorriso sedutor e mesmo assim, nada.
0
Comente!x

   tinha estragado meu pau.
  — Eu… preciso responder alguns e-mails e vou… — Peguei o celular e ela sorriu, mas no fundo eu via que ela tinha ficado chateada. Porra.
0
Comente!x

Onde foi tão cedo?

   Indomável: não devo satisfação para você desde… sempre, .

Você insiste em me tirar do sério…

  Indomável: se preocupe com sua noiva ao invés de mim.

Primeiro, não tenho noiva. Segundo, por que está fugindo?

  Ela digitou, apagou, digitou, apagou de novo…
  Ela ia me enlouquecer com aquela merda!

Indomável: nunca fugi de você, só gosto de ter meu espaço pessoal.

Na casa da Giovanna?

Indomável: Como você…

Admita, está fugindo de mim, da minha boca e do que eu consigo fazer com seu corpo…

  Passei dos limites? Passei, porém eu sentia que aos poucos estava perdendo a cabeça por um desejo eloquente e incontrolável.
  — ! — Olhei para frente vendo Carolyn sorrindo e me chamando. — Venha, a água está ótima.

Indomável: tive duas bocas maravilhosas por aqui.

  — Filha da…

Alonso Perroni

  — Por que está vermelha? — Giovanna me perguntou ao voltar da cozinha com duas xícaras de café.
0
Comente!x

  — Nada — respondi a mensagem desavergonhada de com uma pequena mentira e bloqueei a tela. — Vamos voltar ao que interessa…
0
Comente!x

  — Então, a médica me disse que talvez seja…
  — Não, Giovanna, não pode ser. — Neguei com a cabeça veementemente.
  — Eu tô arrasada, , eu amo aquele desmiolado. — As lágrimas escorreram pelo rosto dela.
0
Comente!x

  — Você o quê?! — Arregalei os olhos.
  Giovanna tinha me ligado aos prantos às 5:40 da manhã, Vincenzo tinha passado mal de madrugada e ela o levou até o hospital. Sorte que ele estava dormindo na casa dela, mas a médica disse que ela não podia ficar lá fora do horário de visitas. E foi aí que ela me ligou pedindo que eu fosse encontrá-la.
0
Comente!x

  — Passei anos acreditando que era só sexo, , mas eu amo o Vincenzo.
0
Comente!x

  — E você continuou deixando eu dar para ele, cazzo?!
  — Não me importo, , pode dar para ele sempre que quiser. — Ri da afirmação sem noção da minha amiga, e vi ela enxugar algumas lágrimas. — Eu só quero ele vivo, comigo… — Ela voltou a chorar, então me levantei e sentei ao lado dela a abraçando.
0
Comente!x

  — Vai ficar tudo bem…
  Com tudo o que estava acontecendo, depois de almoçar com a loira, fui direto para a boate, mais cedo do que o previsto, e disse para Giovanna ficar em casa e descansar. Liguei para o novato e chamei o nosso outro comandante dos barmans, que revezava a chefia do bar, Cristian Garcia. Expliquei a situação e disse que Coppola e Pelegrini não estariam com a gente naquele dia. Se tudo desse certo, a casa não lotaria, era uma quarta-feira, não era dia de show e não tinha nenhum DJ famoso.
0
Comente!x

  Eu teria tudo sob controle, assim eu esperava.
  Pedi para Cristian ensinar os drinks mais simples e as bebidas prontas, assim como mostrar a forma de servir a cerveja e as doses, para Juan. Vincenzo era ágil e conseguia atender todo mundo, mas a Giovanna também fazia os drinks no bar de vez em quando, além dos outros barmans auxiliares, e nenhum dos dois estaria ali hoje. Assim que o pessoal da cozinha e os garçons chegaram, expliquei a situação e todos se prontificaram a fazer o melhor que podiam. Eu tinha o melhor staff que eu poderia pedir. Subi ao meu escritório apenas para organizar alguns papeis, liguei para o meu pai e expliquei o que tinha acontecido.
0
Comente!x

  — Papà, per favore, ajude o Vince.
  — Farei o possível, principessa, não consegui salvar dona Martina, mas lhe garanto que chamarei os melhores médicos.
0
Comente!x

  — Obrigada, pai, você sabe o quanto ele e a Giovanna são importantes para mim.
0
Comente!x

  — Eu sei, não se preocupe, eles são famiglia. Vou resolver isso agora mesmo.
  Eu precisava de funcionários extras para o fim de semana, era o evento de Halloween, se o Vince tivesse mesmo despertado a doença da sua mãe, ele ficaria internado por algum tempo. Não queria nem pensar nessa possibilidade. Busquei no meu banco de dados quem eu poderia chamar para trabalhar no sábado, era uma merda ter que ser racional em uma hora como aquela. Eu estava aflita, preocupada com o Pelegrini, mas eu tinha uma boate para administrar. Vinte minutos antes de abrirmos as portas eu desci, conferi tudo no bar, na cozinha e no salão.
0
Comente!x

  Sentei atrás do balcão e larguei meu celular na prateleira baixa, onde preparávamos os drinks e onde ficavam os copos. Suspirei de olhos fechados e ao abri-los, vi a taça de martini na minha frente. Virei para trás e Juan fez uma continência, eu sorri agradecida pelo gesto atencioso.
0
Comente!x

  — Sinto muito pelo Vincenzo.
  — Ele vai ficar bem.
  — Claro que vai, ele é forte e a gente precisa dele aqui. — Ele sorriu de forma serena, tentando passar tranquilidade.
0
Comente!x

  — Obrigada. — Ele meneou a cabeça em positivo antes de se virar e ir aos seus afazeres.
  Sorri olhando meu drink e o peguei, dando um gole, tinha ficado feliz de não ter errado no meu julgamento. Juan era apenas um homem comum que precisava de um emprego e eu podia ajudar ele a ter um, ele era dedicado e sempre mostrou ter um carinho por todos.
0
Comente!x

  O expediente acabou sendo mais movimentado do que eu achei que seria, mesmo assim conseguimos fechar antes das 2 horas da manhã. Assim que a cozinha estava limpa e o bar também, mandei todos para casa, já que caía uma chuva torrencial lá fora.
0
Comente!x

  Peguei a garrafa do Dalmore e um copo baixo, servi uma dose e essa eu iria degustar aos poucos. Desbloqueei meu celular e vi a última mensagem que tinha trocado com , respirei fundo e passei a mão pelo rosto, sem acreditar que tinha chegado até ali. Pensei: quando foi que eu me perdi, quando foi que me rendi a esse descontrole? Bufei e bati o celular no balcão, esqueci de degustar e apenas virei o líquido âmbar, tentando afogar a parte de mim que desejava mais que tudo tê-lo em meu corpo novamente.
0
Comente!x

  Servi mais whisky e fiquei ali, apreciando minha própria companhia, em silêncio, sozinha na minha boate; era bom estar sozinha. Não tanto quanto era bom estar sozinha antes do beijo de , antes de ele me fazer ter um orgasmo como nenhum outro homem fez, antes das memórias virem me atormentar a todo custo.
0
Comente!x

  Ouvi um barulho na porta e virei o rosto, assustada. Sua roupa pingava água e seu cabelo estava encharcado.
0
Comente!x

  — Vamos para casa. — Franzi o cenho e ri, desacreditada. — Por quê? Por que faz isso?
0
Comente!x

  — Eu deveria fazer a mesma pergunta. — Coloquei a mão na cintura e logo apontei para ele. — Você que tá parado na porta da minha boate às 3:40 da manhã, .
0
Comente!x

  — Estou — ele caminhou lentamente pelo salão — porque Ettore me ligou dizendo que todos haviam saído, menos você.
0
Comente!x

  — Credo, Ettore segue sendo o fofoqueiro. — Dei um gole em meu copo e Perroni deu passos até mim.
0
Comente!x

  — Ele está preocupado com a sua segurança, porra, pare de achar que você é imortal, ! — Eu olhava com a cabeça direcionada para cima para conseguir encará-lo nos olhos, já que ele era bem mais alto e eu estava sentada na banqueta do bar.
0
Comente!x

  — Não acho que sou imortal, , só acho que tenho o direito de ir aonde porra eu quiser sem você pedir para um dos seus capachos ficar me vigiando! — berrei, irritada, encarando ele nos olhos. — Ou ter o direito de querer ficar bebendo a porra do meu whisky caro, na porra da minha boate!
0
Comente!x

  — Você não tem jeito… — disse antes de avançar como se eu fosse sua presa.
  Senti seus lábios nos meus de maneira nervosa, a água gelada que caía de seu cabelo e da sua roupa me molhava, refrescando o meu corpo, que ao mesmo tempo ficava cada segundo mais quente. Sua mão em minha cintura me puxava para ele de forma possessiva, gemi em meio ao beijo, abracei sua cintura com as pernas e puxei o sobretudo que ele usava, enfiei a mão pela sua camisa e arranhei suas costas. Nossas línguas disputavam o espaço, enquanto nossos corpos pareciam brigar por mais contato, ele agarrou meu cabelo e puxou minha cabeça para trás, lambendo meu pescoço até chegar em meu queixo e mordê-lo. Soltei um gemido arrastado e molhei meu lábio inferior aproveitando a pressão de seus dentes na minha pele.
0
Comente!x

  — Se vai me foder, prefiro que seja numa cama — falei, eu estava embriagada demais para economizar as putarias que passavam pela minha cabeça.
0
Comente!x

  Ele se afastou de mim e me olhou bem antes de perguntar:
  — Está bêbada?
  — O que você acha? — Direcionei meus olhos até os dele.
0
Comente!x

  — Vamos para casa, cariño.
  — Desistiu de vir aqui me ensinar uma lição?
0
Comente!x

  Ele se aproximou de novo e sussurrou no meu ouvido:
  — Quando eu te foder quero você bem sóbria para lembrar do quanto foi bom gozar com meu pau enterrado em você.
0
Comente!x

  Podia até ser a bebida, mas minha boceta tinha piscado só pela baixaria que saiu dos seus lábios, e naquele momento, constatei que eu não só queria, como eu necessitava que me fodesse.
0
Comente!x

[…]

  Eu corria de um lado para o outro tentando organizar todas as decorações junto aos meus funcionários, o sábado tinha chegado e tudo precisava estar pronto. Vincenzo ainda estava em observação já que nenhum exame mostrou nada conclusivo, Giovanna tinha voltado ao trabalho na sexta, então eu teria minha fiel escudeira comigo. Não sabia se conseguiria fazer tudo aquilo sem ela. Corri na cozinha e pedi para Santiago preparar o almoço de todos, estávamos juntos naquele dia e, pelas minhas contas, iríamos até às 4 da manhã. Pelo menos eu tinha dado folga a todos no domingo e na segunda, era o mínimo que eu poderia fazer pelo trabalho árduo e pelo apoio de sempre.
0
Comente!x

  Parei em frente ao balcão do bar olhando o salão, que estava pronto, olhei para o lado e Juan me deu um martini, sorri para ele maneando a cabeça e agradeci. Estava realizada, mais um ano em que a minha festa favorita tinha ficado do jeitinho que eu queria.
0
Comente!x

  A Fascino era a minha vida e eu sabia que não teria metade da minha independência e felicidade sem ela. A boate me mostrou muitos caminhos, e um deles foi ter me achado em algo que nunca imaginei; era grata ao meu pai por ter me apoiado nessa ideia maluca.
0
Comente!x

  — Contemplando o seu trabalho? — Virei para olhar para Giovanna e ri. — Ficou bom mesmo…
0
Comente!x

  — Nosso trabalho… — Pisquei para ela, que sorriu me abraçando de lado. — Ei, Cris, uma rodada de dose para todo mundo!
0
Comente!x

  — É para já, chefe! — Ele bateu continência e eu ri, Vincenzo tinha mesmo feito aquilo pegar, ele sempre estava presente, mesmo quando não estava.
0
Comente!x

  Após o almoço, separamos os sintéticos e testamos as luzes pela terceira vez, eu estava cismada com as luzes roxas nas teias de aranha que enfeitavam os cantos do teto. Quando eu estava segura e tudo organizado, subi para o meu escritório para tomar um banho e Giovanna subiu comigo para nos arrumarmos juntas. Coloquei aquele vestido que me fazia lembrar do que eu não queria, ou talvez só não devesse. Respirei fundo fechando os olhos e me olhei no espelho me dizendo para manter o controle, pelo menos naquela noite. Minhas irmãs estariam ali, eu não podia me deixar levar, não nessa noite.
0
Comente!x

  Giovanna já estava pronta e me falou que desceria para colocar ordem na casa, a loira era um furacão, ela era mais mandona que eu, talvez eu devesse chamar ela para ser oficialmente minha sócia. Cheguei na janela e olhei lá para baixo, algumas pessoas já estavam no salão, todo mundo fantasiado dos seus filmes de terror favoritos, de muertos vivientes ou só alguma fantasia sexy. Não podíamos esquecer que Halloween era também uma festa onde as mulheres usavam como desculpa para sair bem vagabunda e não ser julgada por isso, mais um dos motivos do porquê eu amava essa festa.
0
Comente!x

  Ouvi batidas na porta e liberei a entrada.
  — Achei que precisaria de um desses… — Juan entrou com um martini na bandeja e eu sorri.
0
Comente!x

  — Está saindo melhor do que a encomenda, novato. — Ele se aproximou e eu peguei a taça, dando um gole e fechando os olhos, aproveitando o líquido abraçar minhas papilas gustativas.
0
Comente!x

  — Vincenzo ligou para mim. — Abri minhas pálpebras novamente e o olhei inquisitiva.
  — Aquele… — Ri da preocupação que nem valia a pena do meu amigo que estava internado.
0
Comente!x

  — Só me chamar caso precise de algo… — Juan sorriu sedutor e eu arqueei a sobrancelha.
0
Comente!x

  — O que mais o Vince falou? — Vincenzo sempre trazia um martini para mim antes da festa de Halloween e obviamente, a gente fodia no processo. Era um ritual nosso, que essa noite iríamos quebrar mesmo que ele estivesse aqui, depois da confissão da minha melhor amiga, Pelegrini nunca mais tocaria na minha boceta.
0
Comente!x

  — Apenas do seu ritual antes da festa, — explicou, e por algum motivo esperei mais alguma coisa, mas ele concluiu: — Seu martini antes de descer. — Não sei por que, mas eu estava desconfiada daquilo, virei o restante do drink e coloquei na bandeja novamente.
0
Comente!x

  — Vamos. — Peguei meu celular em cima da mesa e Alvarez abriu a porta para mim. — Obrigada.
0
Comente!x

  Desci a escada e percorri o corredor, cheguei no salão, cumprimentei meus seguranças que ficavam na entrada para o corredor e vi que minhas irmãs já estavam em uma das mesas vips. Sorri animada por tê-las ali, era um dos únicos momentos em que a gente curtia uma festa juntas. Pedi para Juan levar uma garrafa do Dalmore para nós e caminhei em direção à mesa, conseguindo ver o restante das pessoas nela, Carolyn estava grudada em e pausei meus passos por alguns segundos. Respirei fundo fechando os olhos e então senti minha palma doer, levantei minhas mãos e vi a marca das minhas unhas na pele; eu não poderia deixar aquilo continuar me afetando dessa maneira.
0
Comente!x

Capítulo 12

Perroni

  Puta que pariu, tava gostosa demais dentro daquele vestido, aquele mesmo que me deixou babando por ela e ela por mim; sorri com meus pensamentos impuros. Ela chegou, cumprimentou todo mundo e sentou no sofá acolchoado do canto da parede, do outro lado da mesa. Eu gostava do fato que sempre ficávamos um defronte ao outro, onde eu podia olhar ela sem ter que virar meu pescoço e ser pego por estar desejando a mulher que eu deveria apenas sentir um amor fraternal. Nunca senti e não iria começar agora; acreditava que o diabo tinha seus preferidos e definitivamente eu era um deles. Tamanha tentação bem embaixo do meu nariz.
0
Comente!x

  Minhas irmãs conversavam e eu tentava prestar atenção no que elas estavam falando, mas era inútil, a música alta, pessoas conversando ao redor e, claro, Carolyn a todo momento tentando roubar a minha atenção com algum assunto que eu não me importava o suficiente. Eu juro que estava tentando, pelo meu pai, porém eu estava chegando ao meu limite, aquela festa significava muito pra , para as minhas irmãs e para mim.
0
Comente!x

  O cara que estava trabalhando no bar chegou na nossa mesa com uma garrafa do whisky favorito de , 6 copos e um balde com gelo.
0
Comente!x

  — , não sabia se deveria trazer gelo ou não, já que bebe whisky puro. — Ela virou o rosto dando atenção ao seu funcionário, o que me fez fechar a cara, eu ainda queria aquele homem fora da Fascino.
0
Comente!x

  Por mais que eu tivesse pesquisado toda a vida dele e não tivesse achado nada suspeito, ele me irritava pelo simples motivo de ter sido tão solícita com ele, uma pessoa que ela nunca viu na vida. Comigo sempre foi diferente, sempre me tratou como alguém que ela não suportava nem estar perto, confesso que tinha grande culpa nisso, mas não importava. Ela não podia ser assim com qualquer um.
0
Comente!x

  — Obrigada, Juan sim, Beatrice só bebe com gelo. — Ela ajudou ele a tirar as coisas da bandeja enquanto esbanjava um sorriso divertido nos lábios, trinquei os dentes com aquela cena muito íntima para o meu gosto.
0
Comente!x

  — Qualquer coisa é só chamar. — Ela acenou e assim que ele virou, deu de cara com Giovanna, que pediu algo para ele e sentou à nossa mesa.
0
Comente!x

  — Olá, meninas! — Coppola disse animada, cumprimentando minhas irmãs. — Não conheço você… — Ela olhou para a loira ao meu lado.
0
Comente!x

  — Meu nome é Carolyn.
  — Prazer, Carolyn, me chamo Giovanna. … — Ela sorriu me cumprimentando e logo se entreteve com as meninas novamente, falou algo no ouvido de e as duas riram, Beatrice entrou na conversa e eu não conseguia ouvir nada de onde eu estava.
0
Comente!x

  — Você quer ir dançar, ? — perguntou a minha suposta prometida, e eu apenas fiz uma careta, inclinei-me para servir uma dose de whisky e fez o mesmo, fazendo a gente esbarrar nossas mãos. Senti um choque correr da ponta do meu dedo e subir pelo meu braço, fazendo com que meus pelos se arrepiarem.
0
Comente!x

  Nossos olhos se encontraram por segundos; tão intensos.
  — Eu sirvo — falei, pegando a garrafa e colocando uma dose para mim e outra para ela, bati meu copo no dela e pisquei um olho, recebendo uma carranca em resposta, dei um gole generoso dando de ombros, virei para a mulher ao meu lado e disse: — Eu não danço, Carolyn.
0
Comente!x

  — Vamos, eu vou com você, Lyn. — Olhei para cima desacreditado que Lu já tinha dado um apelido para a mulher. Fiz a gentileza de me levantar para as duas passarem e irem para a pista de dança.
0
Comente!x

  O tal do Juan voltou e deixou um drink colorido para Giovanna em cima da mesa, ela agradeceu e voltou-se para as minhas irmãs:
0
Comente!x

  — Já viram que o novato é um gostoso? A tem um ótimo gosto, não acham?
  — Definitivamente. — Giulia ainda olhava o homem se distanciar entre a multidão.
  Soltei o ar, irritado, aquela noite seria longa e torturante e normalmente essas duas palavras juntas me apetecia, mas não naquela situação, aquilo não me agradava nem um pouco. Meu celular vibrou no meu bolso e eu o peguei, vendo uma mensagem de Beatrice, franzi o cenho e olhei para ela, que mexeu os olhos de modo apelativo para eu ler o que ela tinha me enviado. Revirei os olhos e desbloqueei meu telefone, selecionei a notificação e nossa conversa apareceu no visor:
0
Comente!x

  Maninha ruiva: preciso encontrar aquela pessoa.

eu não acredito que ainda não contou pra elas.

  Maninha ruiva: no meu tempo, .

3 anos não foram o suficiente?

  Maninha ruiva: só me dá cobertura.

vai se arrepender disso, Bee.

  Ela me encarou com raiva antes de levantar e avisar que iria ao banheiro, balancei a cabeça em negativo, bebi o restante da minha dose e servi outra. Nossa família era o próprio inferno se quer saber, não duvidava que meu pai era Lúcifer e nós os seus demônios para atormentar o mundo da pior forma que pudéssemos.
0
Comente!x

  Suspirei e bebi mais para tirar os pensamentos obscuros da minha mente.
0
Comente!x

  A conversa das garotas ia de falar dos barmans a quanto tinha se superado na decoração da festa, confesso gostar mais do segundo tópico. Luna voltou com Carolyn e as duas sentaram, entraram na conversa e eu só queria uma companhia que conversasse sobre algo além de homem. Tentei me distrair olhando o movimento e as garotas dançando no palco.
0
Comente!x

  — Você tem um ótimo gosto para homens, . — Ouvi Carolyn comentando e voltei a minha atenção à conversa pensando quando foi que tinha chegado nisso de novo.
0
Comente!x

  — Nós duas temos, eu e temos uma longa lista de ficantes em comum. — Giovanna riu e bebeu do seu drink.
0
Comente!x

  — Vocês duas eram o terror do ensino médio, isso sim — Giulia comentou rindo.
  — Todos os garotos queriam ficar com elas — Luna disse animada, olhando para a francesa, como se contasse a melhor notícia de todas.
0
Comente!x

  — Às vezes eles queriam nós duas… juntas. — Coppola gargalhou e balançou a cabeça em negativo, servindo o que eu acreditava ser sua quarta dose. Ela ficaria bêbada mais rápido do que a festa iria durar desse jeito.
0
Comente!x

  — Principalmente depois que vocês se beijaram na festa de comemoração da final do jogo do intercolegial… — Lu começou.
0
Comente!x

  — Na frente de todo mundo! — Giulia finalizou a frase da irmã. — Foi ali que vocês se tornaram as rainhas da escola.
0
Comente!x

  — Não gostava desse título… — comentou, com os olhos vidrados na mão da loira ao meu lado, que não cansava de passar a mão em mim.
0
Comente!x

  — Por que não, ? — Carolyn perguntou de forma interessada e até um pouco ácida, atraindo os olhos verdes para a loira e eu apenas peguei meu copo e dei um longo gole, prevendo que não poderia sair nada de bom dessa conversa. — O sonho de toda garota era ser popular na escola. Não tive essa sorte, infelizmente.
0
Comente!x

  — Não o meu — ela respondeu seca, com o olhar cerrado. — Não costumo gostar de ser o centro das atenções só para inflar o meu ego.
0
Comente!x

  — … — Giovanna olhou para a amiga com uma clara confusão do motivo de ela estar sendo tão ríspida com Carolyn.
0
Comente!x

  Talvez eu tivesse uma ideia do porquê, nem deveria cogitar essa hipótese, porém mais ninguém daquela mesa sabia ou poderia sequer sonhar em saber se fosse o que eu percebia: ciúmes.
0
Comente!x

  — Não liga, Lyn, a é assim — Luna soltou e eu apenas fechei os olhos balançando a cabeça em negativo.
0
Comente!x

  Quando eu os abri, vi terminando de virar sua dose e batendo o copo na mesa, eu nunca tinha visto tão puta na minha vida. Talvez no dia que eu a tranquei no alçapão do porão quando eu tinha 17 anos, nesse dia ela ficou bem irritada comigo. Foi a primeira vez que meu pai me bateu com um pano molhado, fiquei roxo por semanas. Ela levantou e saiu da mesa, olhei para Luna, que murchou no mesmo momento. Seguiu-se aquele silêncio constrangedor e todo mundo sem coragem de falar alguma coisa.
0
Comente!x

  — Pelo menos dessa vez não fui eu. — Dei de ombros.
  — O que aconteceu? — Beatrice chegou na mesa perguntando. — passou por mim irritadíssima. — Ela olhou para mim. — O que você fez dessa vez?
0
Comente!x

  — Por incrível que pareça, maninha, não fui eu. — Sorri erguendo o copo em um falso brinde e bebi do líquido âmbar.
0
Comente!x

  Eu olhei em direção ao bar e vi falando com Christian, o novato também prestava atenção no que ela dizia e assentiu para algo. Eu queria muito ir falar com ela, queria dizer para se acalmar e deixar a Luna ser ela, não adiantava nadar contra a maré, ela era assim, sempre queria agradar as pessoas de um jeito ou de outro. Era a única que sentia falta das irmãs já que não conseguia ter muitos amigos, era só ela e o Leo na confeitaria. Por mais que ele fosse um grande amigo da Lu, não era o suficiente para suprir a carência dela.
0
Comente!x

  Giulia explicou o que tinha acontecido e Beatrice apenas revirou os olhos e disse:
  — Isso é estresse, deixa ela…
  — Não quero estragar a noite da — Luna disse, mordendo o lábio em nervosismo.
0
Comente!x

  — Quer ir falar com ela? — Beatrice perguntou.
  — Vamos precisar de testemunhas caso aconteça um massacre — Giulia comentou.
0
Comente!x

  — Não piora a situação, maninha — alertei Giu, que me olhou fazendo uma careta.
  — Bom, eu vou ajudar os rapazes no bar. — Giovanna levantou e deixou a mesa.
  — Vamos logo, Lu, senão você vai ficar com essa cara de cu a noite toda. — Beatrice foi a próxima a levantar, seguida das gêmeas.
0
Comente!x

  Suspirei. Nossa família era drama atrás de drama. Revirei os olhos e peguei meu copo a fim de dar um gole. Carolyn cruzou as pernas, colocando uma delas entre as minhas, virei o rosto para ela, que me olhava bem de perto, com os lábios próximos, o olhar sedutor e toda a linguagem corporal de que queria ser fodida no banheiro.
0
Comente!x

  — Queria esquentar as coisas também, mas de um jeito diferente, . O que me diz?
  Eu estava em uma sinuca de bico, se eu negasse ia sair como impotente, se aceitasse, pela primeira vez na vida, estava com medo do meu pau não subir por culpa da indomável, fiquei nesse dilema interno até chegar no banheiro. Carolyn me empurrou para dentro de uma das cabines do banheiro masculino, já me beijando. Não estava ruim, mas não era a , e só de pensar nela a minha ereção começou a se formar. Por que não? Ela sorriu safada antes de começar a descer e abrir a minha calça. Apoiei minhas mãos na cabine e fechei os olhos, pensando no dia que tive o prazer de foder com meus dedos, meu pau chegou a pulsar quando foi libertado da cueca, tamanho desejo.
0
Comente!x

  — Você é imenso, … — a voz luxuriosa soou e, puta merda, parecia a porra de um filme pornô de baixa qualidade.
0
Comente!x

  Agarrei a cabeça dela e me coloquei para dentro, impedindo que ouvisse a voz dela e estragasse a minha imaginação, que era a única coisa que estava me mantendo com tesão. Pendi a cabeça para trás aproveitando o boquete, imaginando que eram os lábios rosados de Alonso que me molhavam por toda extensão. Infiltrei meus dedos pelo cabelo de Carolyn e fodi aquela boquinha pensando em ; eu era um puta de um cretino.
0
Comente!x

Alonso Perroni

  Luna estava me irritando e não era de hoje, desde que aquela mulherzinha entrou na nossa casa, Lu a tratava como se ela já fosse da família. Eu estava nervosa por causa do estado do Vince, preocupada se a gente ia dar conta da festa sem ele, pensando se a Giovanna estava mesmo tão bem quanto tentava demonstrar. Além de tudo isso, tinha que lidar com a futura primeira dama da Vincere na minha noite de diversão.
0
Comente!x

  Mulherzinha prepotente.
0
Comente!x

  Pedi para Cristian preparar um martini duplo para mim, Juan acabou ouvindo e disse que iria prepará-lo. Enquanto esperava, cumprimentei alguns clientes que iam com frequência na boate e que estavam no balcão, perguntei se estavam se divertindo e se tudo estava nos conformes.
0
Comente!x

  Giovanna chegou ao meu lado de repente e cochichou:
  — Lá vem intervenção…
  Olhei para a frente e vi minhas irmãs caminhando em direção ao bar. Ah, que merda! Luna tinha a cara mais culpada de todas, Giulia continuava impassível, como sempre, e Beatrice apenas olhou para mim e apontou o banheiro com o queixo. Olhei para cima pedindo para Deus maneirar no meu purgatório, pois tava um pecado atrás do outro pra pagar, desse jeito teria que colocar no crédito. Juan me deu a taça e eu agradeci, dei um gole generoso e larguei na mão de Giovanna o restante.
0
Comente!x

  — Preciso resolver esse assunto.
  — Sim, senhora. — Ela ia fazer uma continência, mas eu segurei seu pulso.
0
Comente!x

  — Não pegue a mania deles, não sou general de guerra. — Caminhei a passos firmes até o banheiro feminino e entrei, vendo as gêmeas num canto e a ruiva encostada na bancada da pia. — Reunião no banheiro agora?
0
Comente!x

  — O que tá acontecendo, hein, ? — Beatrice indagou.
  — Sobre o que estamos falando exatamente? — Franzi o cenho.
  — Desde que a candidata à esposa perfeita chegou você está… diferente — Giulia começou.
0
Comente!x

  — Além de ter sido uma vaca com a Luna.
  — Não fui nada com a Lu, ela só precisa parar com essa síndrome de boazinha. — Tirei meu batom da bolsa e me aproximei do espelho. — A mulher tá aqui não faz nem 1 mês e a Lu só falta estender o tapete vermelho. — Retoquei o batom e olhei para a Luna, que já tinha lágrimas nos olhos. — Cazzo…
0
Comente!x

  — Não precisava disso, . — Giulia estalou a língua enquanto abraçava a irmã.
0
Comente!x

  — Vocês duas pensam a mesma coisa! — Apontei para Bea e Giu.
  — Você tá sendo uma figlia di puttana, sabe disso, não é? — Beatrice aumentou a voz.
0
Comente!x

  — Ótimo, estou sendo o que eu sempre soube que era. — Sorri amarga.
  — Vocês já pararam para pensar do porquê eu ser assim?! — Luna deu alguns passos para frente. — Não, né? Estão ocupadas demais com a vida medíocre de vocês. Tudo é trabalho… — Ela passou o dorso da mão em seu rosto para limpar as lágrimas. — Giu perdeu o coração há tempos, quando assumiu a segurança digital, Beatrice virou uma cadela sem alma, só vive enfurnada no laboratório escondendo sua vida pessoal da gente.
0
Comente!x

  — Ei! — Beatrice cruzou os braços, chateada e Luna andou até mim e eu respirei fundo, esperando para engolir seja lá o que ela diria de mim.
0
Comente!x

  — E você, irmã, dona da grande boate de Madri, vive na noite se achando especial por isso e transa com seus barmans nas horas vagas para não se sentir tão vazia! — Engoli em seco e eu nem vi aquela confissão de Luna vindo, não esperava isso dela. — Obrigada pela noite, estou de saída.
0
Comente!x

  Ela saiu do banheiro pisando duro, Beatrice e Giu saíram correndo atrás dela e eu fiquei lá, que nem uma estátua tentando processar as palavras ácidas da minha irmã. Virei para olhar meu reflexo, notei a lágrima solitária que descia e percebi que ela não estava tão errada assim. Peguei uma toalha de papel e sequei meu rosto, respirei fundo e tomei fôlego para encarar o resto da noite, que eu nem sabia se teria minhas irmãs ainda ali. Empurrei a porta e fui abraçada pela música alta, suspirei tentando ser racional e me manter estável para aguentar o evento até o fim, mas ao olhar para o lado, fiquei sem acreditar. saía do banheiro masculino e Carolyn saiu logo atrás, ele ficou surpreso ao me ver ali freando os pés e ela passou por ele e logo por mim com um sorrisinho nos lábios, e eu ri desacreditada olhando para cima.
0
Comente!x

  — Claro… — Virei as costas, mas não dei nem dois passos e senti meu braço ser agarrado.
  — , espere. — Virei para trás, encarando no fundo dos olhos de e esperei ele dizer algo. — Não é o que está pensando…
0
Comente!x

  — E por que eu estaria pensando algo? — Uni as sobrancelhas e tombei a cabeça para o lado. — Não tem por que me explicar o que faz no seu tempo de diversão, irmão. — Franzi o cenho e pela primeira vez o chamei pelo que ele infelizmente era.
0
Comente!x

  Ele me puxou para mais perto quando passou um homem em direção ao banheiro e sussurrou em meu ouvido:
0
Comente!x

  — Sabe do que estou falando…
  — Não, não sei, . Não sei mesmo… — Tirei meu braço do seu aperto e sorri. — Boa sorte no casamento. — Caminhei até a parte interna do bar, coloquei dois copos de doses no balcão e servi tequila nas duas, passou olhando para mim e eu ergui os dois em direção a ele antes de virar. Contudo, nem o álcool foi o suficiente para me fazer sentir melhor. — Que noite de merda… — sussurrei.
0
Comente!x

  — Posso ajudar em alguma coisa, ? — Ouvi a voz rouca atrás de mim e curvei o canto dos lábios, olhei para trás e vi o par de olhos negros me encarando.
0
Comente!x

  — Talvez você possa, Juan.
  Aproveitei que seria a pausa do DJ e peguei o microfone, Cristian me deu a mão e então subi no balcão, fazendo todos olharem para mim.
0
Comente!x

  — Buenas noches! Eu sou Alonso, dona da Fascino e quero agradecer a presença de todos. — Todos me aplaudiram, gritaram e me chamaram de gostosa. — Muito obrigada. — Pisquei o olho direito e sorri. — Tenho um desafio para lançar para vocês, terão um shot de tequila de graça quem arrumar um parceiro e lamber o sal na barriga dele ou dela e chupar o limão da boca do escolhido. — A galera gritou animada, então olhei para onde estava sentado com a inconveniente a tiracolo e sorri travessa por ter os olhos dele atentos a mim. — Vou exemplificar para vocês. Juan, pode me ajudar aqui… — Cristian me pegou pela cintura e me colocou no chão enquanto Alvarez tirava a blusa e deitava no balcão do bar.
0
Comente!x

  — Tem certeza que isso é uma boa ideia? — Cristian cochichou em meu ouvido e eu sorri para ele.
0
Comente!x

  — Tem uma fila de gente lá fora querendo entrar aqui, Cris, acredite, não faria se não pudesse.  — Entreguei o microfone para ele e servi a dose de tequila.
0
Comente!x

  Peguei um banco e me ajoelhei nele para poder ficar em uma boa altura. Derramei o sal no tanquinho gostoso de Juan, que me olhava sorrindo de maneira libidinosa e peguei uma fatia de limão e coloquei entre seus lábios. Apoiei-me no balcão, lambi devagar o sal do abdômen sarado, virei a dose de tequila e então peguei o limão da boca dele, dando uma passada de língua em seus lábios no processo. Meus clientes foram à loucura, gritavam sem parar, então pedi o microfone para o ruivo de novo.
0
Comente!x

  — Quem é o próximo? — Sorri triunfante enquanto podia ver o ódio que tomava a face do idiota.
0
Comente!x

Capítulo 13

Alonso Perroni

  Definitivamente a ressaca moral era pior do que a dor de cabeça que eu estava sentindo. O que merda eu fiz ontem? Subi em cima do balcão do bar, lambi o abdômen do meu funcionário na frente de toda a boate, briguei com a Luna a troco de nada e não lembrava como tinha chegado em casa. Olhei para o lado e gritei, caindo da cama, levantei do chão e espiei pela beirada do colchão.
0
Comente!x

  — Tá louca, ?
0
Comente!x

  — Giovanna… — Coloquei a mão no peito agradecendo mentalmente por ser ela, já estava pensando que tinha cometido alguma loucura.
0
Comente!x

  — Que horas são? — ela perguntou e eu peguei o celular na mesa de cabeceira e olhei no visor.
  — São 14:53.
  — Maravilhoso dormir até as 15 da tarde. — Ela se espreguiçou na cama. — E seu colchão é muito melhor que o meu…
0
Comente!x

  — Como chegamos? — Levantei do chão e sentei na cama novamente. — Depois do show que eu dei, não lembro de nada.
0
Comente!x

  — Seu show nos rendeu muita gente bêbada, muita droga vendida e muito mais dinheiro para o nosso caixa. — Ela sorriu e se ajeitou, sentando na cama e pegando seu celular. — Ettore e Austin me ajudaram a colocar você no carro e nos trouxeram.
0
Comente!x

  — E você me trocou? — Olhei para baixo percebendo o pijama.
  — Eu dei banho em você, . — Ela riu. — Nunca vi você bêbada daquele jeito, você estava irredutível dizendo que precisava se arrumar pra guerra, eu não entendi nada. 
0
Comente!x

  Automaticamente lembrei dos olhos de em mim na noite anterior, era tudo que vinha à minha mente, aqueles olhos soturnos, me encarando com um ódio diferente do usual de quando irrito ele por algo que ele acha ser inconsequência minha.
0
Comente!x

  — Poderia me explicar? Agora que está sóbria… — Ela me tirou dos meus pensamentos.
  — Não faço a mínima ideia. — Levantei e fui para o banheiro, quando voltei a loira seguia mexendo no celular. — Ei, quer que eu peça pra Marta trazer o almoço?
0
Comente!x

  — Podemos? — Ela me olhou como uma criança que vai ganhar um presente e eu ri, pegando meu robe de cetim e o vestindo.
0
Comente!x

  — Eu já volto, vou trazer água e uma aspirina antes que eu prefira pular da varanda do que enfrentar essa dor de cabeça. — Abri a porta do quarto e a fechei antes de sair.
0
Comente!x

  Caminhei pelo corredor e, através das grandes janelas de vidro, vi as minhas irmãs na piscina, parei por alguns segundos e suspirei. Precisava me acertar com Luna, não foi justo o jeito que falei com ela e acredito que ela esteja certa, nós três sempre estamos ocupadas demais. Desci os degraus e fui até a cozinha, pedi para Marta levar algo pra eu e Giovanna almoçarmos enquanto pegava uma jarra de água gelada e um pote de aspirina. Pedi também um suco de melancia, sabia que iria ajudar na ressaca.
0
Comente!x

  — Bom dia. — Olhei de canto de olho, já sabendo a quem aquela voz pertencia. — Está com raiva de mim?
0
Comente!x

  Ele se fez de bom moço na frente dos empregados, claro, típico. Virei para ele e dei um sorriso falso.
0
Comente!x

  — Bom dia, — falei antes de sair da cozinha e ir em direção à boa paz do meu quarto.
  — … — Ouvi sua voz quando já estava no meio da escada, fechei os olhos soltando o ar pelo nariz e virei. — Precisamos conversar.
0
Comente!x

  — Não lembro de ter nenhuma pendência com você. — Olhei pra cima fingindo pensar em algo.
  — Estava interessada em ter alguns dias atrás… — me comeu com os olhos e senti meu corpo esquentar de uma hora pra outra.
0
Comente!x

  — … — Ouvi a voz abusada, que piorou o estado da minha dor de cabeça, e sorri debochada para ele. — Nosso lanche está pronto na piscina. — Carolyn chegou próximo dele se agarrando em seu braço. Patética. — Boa tarde, . — Meneei a cabeça e subi o restante dos degraus, entrei no quarto e Giovanna virou, me encarando enquanto colocava uma camiseta minha.
0
Comente!x

  — Tá tudo bem? — Ela franziu o cenho e eu nem sabia que expressão eu estava fazendo, mas sabia que seja lá o calor que me acometeu antes se tornou automaticamente de raiva, tentei disfarçar curvando os lábios.
0
Comente!x

  — Está. — Caminhei até o aparador no canto do quarto e larguei a jarra, peguei dois copos, que já ficavam ali, servi a água e tomei uma aspirina. — Marta disse que em 15 minutos a comida estará aqui. — Dei outro copo a Coppola e um comprimido.
0
Comente!x

  — Obrigada, . — Ela pegou o copo e tomou o remédio, dei a volta na cama e deitei novamente em meu lugar, pegando meu telefone em seguida. — Eu vou precisar ir embora depois de almoçar…
0
Comente!x

  — Aconteceu alguma coisa?
  — O Vince mandou mensagem… — Ela abaixou os olhos e isso já me deixou ansiosa esperando o que ela iria dizer. — Ele pediu para eu ir até o hospital.
0
Comente!x

  — Giovanna — mordi o lábio em nervosismo e a abracei —, não vai ser nada. Ele deve receber alta do hospital e quer sua ajuda.
0
Comente!x

  — Espero que esteja certa.
0
Comente!x

[…]

  E o que a gente mais temia aconteceu, Vincenzo tinha despertado a doença de Gaucher e Giovanna tinha ido ficar com ele no hospital, eu dei licença para os dois, o tratamento era difícil e seria bom ele ter Coppola do lado. Depois de saber do diagnóstico, me tranquei no escritório da boate, mal parava em casa, trabalhava até a exaustão, estava bebendo mais do que o normal – que já era muito –, e tentando não surtar com meu melhor amigo no hospital, minha melhor amiga triste e um casamento arranjado na família de brinde. Apoiei meus cotovelos na mesa e respirei fundo passando a mão pelo rosto, eu estava exausta, estressada e preocupada, o melhor combo para a ansiedade.
0
Comente!x

  Eu estava um caco.
0
Comente!x

  Decidi sair daquele escritório, ele começou a me parecer sufocante, sentei no banco alto pedindo para Cristian preparar um martini para mim. Sentia falta dos meus melhores amigos, sentia falta de me sentir bem e feliz com a minha vida.
0
Comente!x

  — Certo, eu sei que parece loucura, mas sinto que precisa de ajuda por aqui…
  Escutei aquela voz conhecida quando dava um gole em meu drink e virei a cabeça devagar, com minha taça ainda no ar, vendo Beatrice parada na entrada da boate. Franzi as sobrancelhas e ela caminhou até mim, sentando no banco ao meu lado.
0
Comente!x

  — Outro desse aqui, ruivinho.
  — Pode deixar, ruiva. — Garcia piscou para ela e se virou para preparar a bebida.
  — O que está fazendo aqui? — perguntei, confusa com a presença dela, e coloquei minha taça no balcão.
0
Comente!x

  — Eu te ajudei no começo, posso te ajudar agora. — Ela sorriu empinando o nariz. — Ainda lembro dos velhos tempos que a gente comandava isso aqui… até, claro, a Giovanna roubar meu lugar. — Beatrice torceu os lábios me recriminando.
0
Comente!x

  — Beatrice, não fode, a Giovanna é formada em gestão e você em química. — Estalei a língua e dei mais um gole em meu drink. — Não fazia o menor sentido você continuar aqui…
0
Comente!x

  — Eu estou brincando, , credo! — Ela revirou os olhos e eu virei o resto do líquido, pedindo mudo para Cristian fazer mais um. — Eu sabia que você não estava bem… — Olhei para ela de canto de olho. — Estou preocupada, , todas nós estamos.
0
Comente!x

  — Achei que eu fosse só uma filha da puta tentando preencher o vazio trepando com meus barmans… — falei com amargor, e Cristian me olhou piscando os olhos várias vezes, surpreso, enquanto colocava as duas taças no balcão. Apenas balancei a cabeça em negativo, para ele relevar aquilo e o ruivo virou para continuar seu trabalho.
0
Comente!x

  — … — Beatrice suspirou e continuou: — A gente te ama, você sabe disso. Está evitando ficar em casa por causa das gêmeas?
0
Comente!x

  — Não, Beatrice, só não estou com cabeça para lidar com o drama matrimonial na nossa família enquanto meu melhor amigo está internado.
0
Comente!x

  — A gente sabe sobre o Vincenzo. Por favor, venha para casa hoje. — Minha irmã me encarou com aqueles olhos brilhando, cheios de honestidade, e eu respirei fundo.
0
Comente!x

  Beatrice sempre foi a mais explosiva de nós, mas também era a que mais nos unia, a que mais nos protegia na escola. Por mais que eu fosse a mais velha, sempre fui muito na minha, sempre fui a que evitava discussões, até chegar na mansão. Ele me tirava do sério de um jeito que ninguém mais conseguia, as minhas irmãs ficaram chocadas quando eu discuti a primeira vez com ele. Claro, eu era centrada, sempre fui, porém, ele conseguiu despertar o monstro que vivia no fundo de mim, algo que eu guardava e nem sabia. Acreditava que a raiva que eu sentia de ter sido abandonada pela minha mãe sempre tivesse ficado contida, no entanto, o idiota fez questão de trazer isso à tona.
0
Comente!x

   me chamou de órfã, que meu pai tinha me comprado, e aquilo doeu, doeu como o inferno. Eu parti para cima dele, rolamos no chão trocando socos e chutes, e quando papai viu aquilo, foi definitivo. Ouvi os gritos de à noite, não sabia o que Otelo tinha feito com ele, mas no dia seguinte eu vi as marcas em seus pulsos, algo que só um cinto ou algo pior poderia ser capaz de fazer. Me lembro da sensação que tive naquele momento, senti pena dele, mas foi a única vez, éramos apenas adolescentes e ele tinha sido tirado da mãe dele, que foi quem o criou, não imagino o tamanho do sofrimento que ele sentiu com tudo aquilo, mas isso não era desculpa para ser babaca.
0
Comente!x

  — A gente precisa conversar e se entender, somos família, . — Levei os olhos, que estavam fixos na azeitona fincada pelo palito que eu mexia entre meus dedos, até ela e assenti concordando. — Vou voltar para a Fascino para ajudar você.
0
Comente!x

  — De verdade, Bea, não precisa… eu dou conta.
  — Eu sei que dá, mas eu quero. Cansei de ficar trancafiada no laboratório. — Ela virou o drink e levantou. — Te espero em casa às 19.
0
Comente!x

  — Pela sua cara será uma longa noite… — Juan se aproximou quando minha irmã foi embora, trocando a minha taça vazia por uma cheia.
0
Comente!x

  — Você não imagina o quanto. — Murchei os ombros. — Eu amo minhas irmãs, mas o drama que ronda nossa família me deixa exausta.
0
Comente!x

  — Toda família tem questões difíceis, .
  — A minha parece um buraco negro deles… — Suspirei dando um gole na bebida. — E por mais que você tente se manter longe, eles te sugam para o centro do problema.
0
Comente!x

  — Caso precise se distrair, conheço algumas formas…
  — E que formas seriam essas? — Sorri libidinosa e ele me encarou sugestivo, abaixou lentamente, se debruçando no balcão, mas antes que ele pudesse responder, Cristian surgiu novamente, fazendo com que eu levantasse e ergue-se a taça em agradecimento, indo para o escritório.
0
Comente!x

  Saí da boate por volta das 19:45, eu sabia, eu estava atrasada, já tinha recebido 4 ligações de Beatrice e ignorado todas. Porra, eu tava indo pra casa, custava esperar? Desci do carro e inclinei meu corpo para pegar minha bolsa que estava no banco do passageiro, quando meu braço foi puxado. Arregalei os olhos virando com rapidez para ver quem era e relaxei.
0
Comente!x

  — Caralho, Beatrice, quer me matar do coração? — falei mais alto, soltando o ar com força pela boca.
0
Comente!x

  — Está atrasada…
  — Eu sei, precisei deixar tudo funcionando na boate, deixei o Cristian para supervisionar e não sei se isso foi uma boa ideia. — Peguei a bolsa, fechei a porta do carro e acionei o alarme.
0
Comente!x

  — Não confia nele? — Caminhamos para dentro de casa, larguei minha bolsa e olhei para ela suspirando.
0
Comente!x

  — Confio, claro que confio. — Segui até o bar da sala de jantar e preparei um martini. — Estou receosa e nervosa, deve ser a falta da Giovanna.
0
Comente!x

  — Amanhã eu estarei lá. — Ela sorriu, animada e me guiou até a área da piscina..
  — Não achei que estaria tão… — Olhei as gêmeas sentadas na grande mesa de madeira, tinha várias comidas em cima dela, velas e pisca-pisca por todo lado. Sorri com as lembranças que me invadiram, quando fazíamos aquilo na adolescência e ficávamos horas conversando e nosso pai gritava do segundo andar para irmos dormir. — Não acredito que fizeram isso.
0
Comente!x

  — Desculpa, . — Luna foi a primeira a me abraçar.
  — Eu que devo desculpas, sorella, agi com uma stronzo. — Beijei o topo da cabeça dela e afastei-me para olhá-la nos olhos. — Deveríamos nos reunir mais vezes. Você está certa, estamos tão focadas no trabalho que esquecemos o que realmente importa no fim do dia. — Olhei para Giu e Beatrice, que sorriam. — Venham cá! — Abri os braços e nós quatro nos abraçamos. — Vamos ter ao menos um dia da semana em que vamos fazer isso… Como nos velhos tempos. — Elas sorriram concordando.
0
Comente!x

  A gente precisava mesmo daquela noite. Com tudo resolvido eu me sentia um pouco mais eu novamente, um pouco mais parte dessa família e feliz por ter minhas irmãs mais unidas de novo. Luna, Giu e Beatrice são meu mundo, são as melhores pessoas nele e eu jamais queria perdê-las ou ficar brigada por uma coisa tão estúpida. Eu estava fora de mim no dia da festa, o estresse em arrumar tudo, a pressão toda nas minhas costas e aquela mulher candidata a esposa perfeita me irritava.
0
Comente!x

  Realmente as responsabilidades e preocupações podem fazer a gente se comportar de formas esquisitas e eu sentia que aquela noite com elas tinha melhorado não só o meu dia, mas meu mês. Elas eram o melhor de mim, eu tinha certeza disso. Sorri enquanto colocava o roupão atoalhado após sair do meu banho, caminhei pelo quarto, iluminado apenas pela luz do closet, até a mesa de cabeceira, abri a gaveta e tirei uma carteira de cigarro que ficava ali para emergências. Peguei o isqueiro e abri as portas duplas da minha varanda, acendi o cigarro e me debrucei no guarda corpo aproveitando a brisa fresca que arrepiava meu corpo.
0
Comente!x

  Respirei fundo aproveitando o momento e olhei para o céu, pedia ao hipotético Deus que tirasse Vincenzo dessa, que ele conseguisse viver com essa maldita doença até os 100 anos, eu e Giovanna não podíamos perdê-lo. Éramos um trio desde a escola, não aceitaria que a morte o tirasse de mim.
0
Comente!x

  Ouvi risadas e franzi o cenho, olhei para a esquerda, onde tínhamos uma piscina menor com hidromassagem, vi três silhuetas, já que a piscina era iluminada apenas pelas luzes internas dela. Arregalei os olhos quando vi os três se pegando de um jeito bem sensual, não podia deixar a minha curiosidade ganhar a discussão que estava em minha mente naquele momento: ir lá embaixo ver quem eram as pessoas. Terminei o cigarro e entrei no quarto fechando as portas atrás de mim, mordi o lábio e olhei para cima, se eu fosse pegar água na cozinha e por acaso eu passasse pela piscina dos fundos?
0
Comente!x

  — Quando foi que me tornei uma pessoa a ter 0 autocontrole, porra.
  Caminhei a passos lentos pelo corredor, sentindo que eu estava fazendo uma coisa muita errada, desci a escada e fui direto até a cozinha, servi água em um copo e fiquei andando de um lado para o outro dando pequenos goles na água e pensando no quanto eu estava sendo enxerida. Era melhor eu só voltar ao meu quarto. Dei alguns passos em direção à escada principal, mas ouvi vozes que eu conhecia bem: aquela indevida que se instalou na minha propriedade e o idiota. Acabei fazendo a volta e saindo pelos fundos, soltei o ar aliviada por não ter que esbarrar com aqueles dois de madrugada, seria péssimo. Naquele momento me vi muito perto da piscina.
0
Comente!x

  — , se controla, você consegue… — Fechei os olhos e fui em direção à escada dos fundos sem espiar pelas janelas, mas o que eu não esperava era escutar um nome.
0
Comente!x

  — Ah, Luna… — Abri os olhos em espanto ao ouvir o gemido, voltei alguns passos e me aproximei do vidro, tirando a cortina da frente e minha boca se abriu em absoluto choque.
0
Comente!x

[…]

  Eu sentia o olhar de em mim mesmo não olhando para ele, a porra da mulher que ele vai casar tá sentada do lado dele, mas Carolyn está muito iludida ou caída de quatro pelo idiota pra notar qualquer coisa. No entanto, isso não vinha ao caso, estava ansiosa e bem mais preocupada em contar pra Beatrice o que eu tinha visto, fazia 2 dias que guardava em minha mente aquilo, não podia mais, tinha chegado no meu limite.
0
Comente!x

  Luna era a mais inocente de nós, pelo menos era isso que eu pensava, ela estava mesmo transando não com um, mas com dois dos nossos soldados. Eu não queria ter que participar dessa confusão caso o nosso pai descobrisse, céus, ele mata os dois e pendura na fonte da frente de casa para servir de exemplo para os outros soldados. Era um segredo muito sombrio pra guardar só pra mim.
0
Comente!x

  — Beatrice, vamos? — Sorri simpática tentando disfarçar minha urgência em ficar a sós com minha irmã, agradeci quando ela apenas assentiu. — Tenha um ótimo dia, papai. — Otelo beijou minha testa e logo depois a de Beatrice.
0
Comente!x

  — Tenham um ótimo dia, princesas.
  Como já estávamos de costas, Beatrice fez careta, ela odiava que ele nos chamasse assim, comecei a rir e a puxei pela mão. Sussurrei que precisava contar uma coisa, mas não sem um drink antes, seria necessário. Entramos no carro e dirigi para a Fascino com certa pressa. Entrei já pedindo para Juan fazer dois martinis, ele tinha aprendido rápido, Cristian estava ensinando os drinks que mais saíam da casa para ele poder ajudá-lo enquanto Vincenzo não estava de volta.  Nós duas sentamos nas banquetas e a ruiva me analisava interrogativa. Assim que os drinks estavam à nossa frente, dei um gole e olhei para ela.
0
Comente!x

  — Não vai beber? — perguntei.
  — Desembucha, !
  — Credo… — Aproximei-me dela e cochichei. — Vi a Luna aos beijos com Ettore e Austin.
0
Comente!x

  — O QUÊ?! — ela gritou e mantinha os olhos arregalados.
  — E antes fossem só beijos. — Dei mais um gole generoso do líquido e vi ela virar o drink dela inteiro.
0
Comente!x

  Agora sim, a reação que eu esperava, ainda bem que eu sabia que o álcool seria necessário, antes ou depois da informação.
0
Comente!x

  Ela ficou em silêncio por alguns segundos e então finalmente falou:
  — Quem corrompeu a Luna?
  — Acho que ninguém precisou, Beatrice. — Levantei a taça vazia olhando para Juan e ele assentiu. — Ela é adulta. — Olhei para a ruiva, que continuava em absoluto choque, estava pior do que eu que vi ao vivo.
0
Comente!x

  — Mas se o papai…
  — Eu sei. Foi a primeira coisa que pensei, eu gosto deles e gostaria de manter os meus seguranças. — Massageei a têmpora buscando uma solução para resolver aquele impasse. Juan trouxe mais duas taças cheias e pegou as vazias. — Obrigada, Alvarez.
0
Comente!x

  — Disponha, chefe. — Ele sorriu e piscou para mim, então me distraí olhando as costas largas, lembrando daquele lobo imenso tatuado, os músculos deixavam o desenho ainda mais bonito.
0
Comente!x

  — Eu quero conversar com a Lu a respeito. — Sacudi levemente a cabeça e voltei à conversa antes que me perdesse em pensamentos depravados com meu novo barman. — Se for só diversão, ela precisa parar imediatamente se não quiser que os dois tenham as suas cabeças expostas na fonte de casa…
0
Comente!x

  — E elas não vão estar juntas do corpo — Bea complementou.
  — Definitivamente, não. — Suspirei, estava aliviada de ter falado para alguém ou ia explodir em ansiedade, assim que vi Cristian surgir pelo arco da porta dos fundos me calei.
0
Comente!x

  — Boa tarde. — A voz grossa soou.
  — Oi, Cris, boa tarde! — Sorri para ele.
  — Que bom que está aqui embaixo , preciso falar com você.
0
Comente!x

  — Claro. Diga…
  — Minha irmã… Ela quer voltar a dançar aqui. — Beatrice se engasgou e eu olhei pra ela franzindo a testa sem entender, ela sorriu sem graça se limpando com um guardanapo.
0
Comente!x

  — Ela que resolveu me abandonar, Cristian, e agora quer voltar? — Voltei a olhar para ele e cruzei os braços bufando.
0
Comente!x

  Anita era uma das minhas melhores dançarinas e do nada ela pediu para sair da boate, eu não entendi o porquê e nem muito menos ela me explicou. Aquilo tinha sido completamente inusitado, ela ganhava tanta gorjeta que tirava mais que o seu salário em si, a loira mandava bem e faturava uma grana, pois sabia rebolar aquela bunda gostosa muito bem. Nunca me envolvi com nenhuma das dançarinas, mas eu abriria exceção pela Anita, porém, já tinha deitado e rolado com o irmão dela algumas vezes, acho que seria no mínimo estranho.
0
Comente!x

  — Só peço que converse com ela, por favor? — O ruivo, me olhando com aqueles olhos verdes, conseguia me deixar mole, que merda.
0
Comente!x

  — Tudo bem, mande ela vir. — Levantei do banco e peguei minha bolsa. — Hoje, Cristian.
  — Sim, chefe. — Ele fez continência e eu revirei os olhos, voltei-me para Beatrice, que tinha uma expressão esquisita no rosto.
0
Comente!x

  — O que houve? Viu um fantasma?
  — Quê? — Ela pareceu ter voltado a si naquele momento e eu estranhei toda a reação dela.
0
Comente!x

  — Está pálida, Bea.
  — Ah, não sei, acho que o álcool não me desceu bem depois do almoço.
0
Comente!x

  Cerrei os olhos e abri levemente a boca. Desde quando Beatrice tem problema para beber em qualquer momento do dia? Aquilo estava estranho. Olhei para Cristian, que apenas deu de ombros, tão no escuro quanto eu. Esse era mais um mistério da minha irmã do meio para desvendar e eu com certeza iria. Estava cansada de ter a minha vida tão escancarada para todos e a Bea conseguir manter tudo em sigilo absoluto.
0
Comente!x

  — Vamos subir, temos muito o que resolver.
0
Comente!x

Capítulo 14

Perroni

  O destino realmente gosta de dificultar as coisas, ter me pegado saindo com a Carolyn do banheiro foi uma merda, uma ironia filha da puta se quer saber. Depois daquela cena toda com o novo barman me deixou a ponto de jogar tudo para cima e beijar ela ali, na frente de todo mundo, só para mostrar que ela me pertencia e que quem a tocasse eu arrancaria os dedos. Entretanto, controlei minha raiva o máximo que deu, mesmo depois de chegar em casa e arrumar uma desculpa para dispensar Carolyn e conseguir ir para o meu quarto sozinho, não conseguia deixar de me questionar se já tinha dormido com o tal do Juan.
0
Comente!x

  Até tentei conversar com ela no dia seguinte, mas fui ignorado com sucesso e atrapalhado por Carolyn, que me arrastou até a área da piscina para comer. Já fazia alguns dias que eu sentia falta de estar sozinho, em silêncio, de só ter seguranças ao meu redor que só falavam quando eu permitia.
0
Comente!x

  Eu estava tentando pelo meu pai, eu entendia sua preocupação, mas eu poderia achar outra mulher capaz de se casar comigo apenas pelo luxo, poderia até fazer um contrato. Balancei a cabeça em negativo, o que eu estava pensando? Fazer igual ao meu pai? Talvez minha mãe estivesse certa e eu tivesse me tornando igualzinho a ele. E no momento eu parecia ainda mais com Otelo, sentado em um restaurante caro, com uma mulher que nem consegue me despertar tesão porque a estragou a porra do meu pau. Ela quase implorou durante 1 semana por um jantar, vivia falando do restaurante como se fosse a melhor coisa a se fazer em Madri, então decidi ceder, talvez fosse algo bom. Eu precisava tentar mais um pouco, se meu pai quisesse que eu fizesse um filho nela para me deixar em paz, que fosse.
0
Comente!x

  — Gostou do restaurante? — Carolyn me perguntou.
  — Sim, agradável. — Dei um gole no whisky, que bebia enquanto esperávamos o jantar. — Pretende visitar seu pai no fim do ano?
0
Comente!x

  — Não sei, . Talvez ele nem esteja em Paris… meu pai viaja muito.
  — Passava as festas sozinha?
  — Não, tenho uma tia que me adora e sempre fazia questão de me dar uma infância e adolescência normais, mesmo que meu pai não estivesse lá para ver. — Vi ela abaixar os olhos, sentida enquanto falava aquelas palavras amargas, suspirei pensando que talvez eu estivesse sendo duro demais com ela e precisava ser mais gentil.
0
Comente!x

  Me forçar a fazer o básico com uma mulher estava difícil ultimamente.
  — Sinto muito por isso.
  — Eu fui feliz, sentia falta do meu pai, mas a tia Camille sempre esteve lá por mim.
0
Comente!x

  O jantar chegou e comemos conversando, mais ela falava do que eu, porém era até interessante o modo como ela via a vida, querendo ser livre e conhecer o mundo. Seu pai parecia ter treinado ela para assumir o legado que ele construiu na França, história bem parecida com a minha, talvez meu pai tivesse razão e ela era a mulher ideal pra mim.
0
Comente!x

  Quando chegamos na mansão já era madrugada, depois do restaurante acabamos indo até uma boate, bebemos mais e eu estava um pouco alterado, sorte a minha que pedi para Filippo ser o motorista naquela noite. Carolyn disse estar com fome, então fomos até a cozinha, eu abri a geladeira e tirei algumas coisas.
0
Comente!x

  — Você cozinha? — ela perguntou, erguendo-se para sentar na ilha.
0
Comente!x

  — Sim, minha mãe fez questão de me ensinar a me virar sozinho. — Cortei um pedaço de pão, passei azeite e coloquei na frigideira de ferro para dourar.  — Acabei por tomar gosto pela gastronomia.
0
Comente!x

  — Acho sexy um homem que cozinha… — A voz dela saiu aveludada, sedutora.
  Eu estava de costas para ela e automaticamente veio o rosto de em minha mente.
0
Comente!x

  Caralho.
  Continuei cozinhando, cortei alguns tomates cereja pela metade e fatiei a cebola roxa a julienne, cortei algumas fatias finas de abacate, coloquei por cima da torrada quente, a vinagrete foi em seguida e finalizei com uma folhinha de salsinha. Peguei o prato e coloquei no tampo de mármore da ilha, bem ao lado do quadril dela.
0
Comente!x

  — Prontinho, aqui está.
  — Obrigada, chefe.
  Ela sorriu e colocou a mão em minha nuca, seus dedos deslizaram para cima e para baixo na minha pele, fechei os olhos e acho que a bebida ajudou nas sensações e meu pau finalmente deu sinal de vida. Subi a mão pela coxa dela, infiltrando-os por baixo do vestido apertado, ela me puxou para mais perto e acabou com a distância dos nossos lábios. Desci beijos pelo seu pescoço e cheguei em seu ombro, mordendo-o, fazendo com que ela soltasse um gemido sôfrego. Quando abri os olhos eu vi uma silhueta na porta da cozinha, franzi o cenho e me afastei erguendo a cabeça, porém não tinha ninguém.
0
Comente!x

  Porra, eu só podia estar muito bêbado.
0
Comente!x

[…]

  Entrei no escritório do meu pai e os capitães já estavam lá. Nero e Filippo me olharam apreensivos, eu entendia, até eu estava. Quando na noite anterior, ao voltar de uma reunião com os nossos associados, meu pai disse que me queria bem cedo no escritório dele para uma reunião importante, algo tinha acontecido ou iria acontecer, e com Otelo, nada era previsível.
0
Comente!x

  — Bom dia, Don Otelo. Filippo, Nero. — Balancei a cabeça para os dois, que fizeram o mesmo.
0
Comente!x

  — Bom dia, sente-se, . — Otelo tirou os olhos do computador para olhar para mim com um olhar que eu conhecia bem: vingança. — Eu quero caçar cada um dos filhos da puta que estão no meu território.
0
Comente!x

  — Como vamos fazer isso? — Franzi o cenho. — Não sabemos quem são e… — Um tablet foi colocado na minha frente por Giulia, que eu nem vi entrar. Olhei para ela ao meu lado e disse baixo: — Giu…
0
Comente!x

  — Bom dia, maninho. — Ela sorriu, animada. — Estão aí os Delantera que estão em nosso território. — Peguei o tablet e comecei a passar as imagens com as fichas detalhadas que minha irmã tinha feito, aquilo era realmente impressionante, por isso ela estava trabalhando tanto.
0
Comente!x

  — Quantos são? — Olhei para o meu pai e ele apoiou os cotovelos na mesa, juntando suas mãos.
  — No momento, temos 302 soldados dentro da porra do meu território, . — Vi meu pai ranger os dentes. Essa briga era antiga, foram eles que mataram minha tia, Vittoria, o nosso consigliere, pai de Vincenzo e nosso sottocapo, pai de Filippo, meu tio. Otelo tinha uma raiva profunda deles. Depois de quase os dizimar, baniu o restante da Espanha, e agora estavam voltando a invadir o nosso espaço, como se estivessem provocando, atiçando para que o Don tomasse uma atitude e se enforcasse com ela. — E você vai interrogar todos eles.
0
Comente!x

  — Otelo… — disse de forma preocupada.
  — Você é o melhor, . — Ele nem deixou eu começar, apenas ditou, como sempre fazia.
0
Comente!x

  — Pai, acho exagerado… vai ficar exausto… — Giulia tentou argumentar, mas recebeu apenas Otelo a encarando com reprovação por ela ter contestado sua vontade e a vi se encolher ao lado do nosso primo.
0
Comente!x

  — Temos tempo. — Ele pegou um charuto de dentro da sua caixa e o acendeu, jogando-se no encosto da cadeira, soltando a fumaça que tinha puxado e olhou para mim novamente. — Quero todos eles passando por suas mãos.
0
Comente!x

  Engoli em seco e acenei positivamente, com Otelo não havia argumentos, Giu correu um risco ao fazê-lo, porém eu sabia que ele era mais benevolente com minhas irmãs.
0
Comente!x

  Depois de todas as instruções dadas, eu, como subchefe da Vincere, iria repassá-las para os demais capitães, começaria uma época difícil, seria exaustivo e violento, eu não sabia se estava preparado para aquilo.
0
Comente!x

  Assim que ele deu por encerrada a reunião, ele dispensou todos, mas pediu para que eu ficasse.
  — Como estão as coisas com a senhorita Pinder?
0
Comente!x

  — Bem…
  — Não me parece muito entusiasmado com isso.
  — Estou me esforçando, Otelo. — Suspirei já prevendo onde ele chegaria.
0
Comente!x

  — Espero que esteja mesmo… — Ele levantou e deu alguns passos pela sala. — Nosso futuro depende disso.
0
Comente!x

  — Eu posso casar com outra, sabia?
  — Claro que pode. — Ele virou para mim, concordando e virou para a janela. — Tem alguém em mente?
0
Comente!x

  . O pensamento atingiu a minha mente como um relâmpago, eu não estava esperando por isso e até arregalei os olhos com meu próprio impulso mental. Agradeci por meu pai estar de costas.
0
Comente!x

  — Como pensei. — Ele virou para mim concluindo, como se meu silêncio fosse a resposta, e na verdade era, já que não poderia dizer que me passou pela cabeça. Talvez meu pai me matasse só pela ousadia de pensar. — Siga com o plano, sim? — Acenei positivamente e levantei. — … — Olhei para ele novamente, aguardando o que falaria. — O que está acontecendo entre você e sua irmã?
0
Comente!x

  O quê?!
  — Qual delas? — Sorri tentando disfarçar meu nervosismo.
0
Comente!x

  — .
  — Nada, só estávamos treinando… juntos.
  — Essa é novidade. — Ele riu desacreditado e voltou seus olhos a mim, vendo que continuei impassível. — Oh, é sério? — Acenei que sim. — Gosto de ver vocês se dando bem…
0
Comente!x

  Bem… até demais, eu diria.
0
Comente!x

  Sorri sem graça e então finalizei:
  — Vou indo passar as novas ordens. — Ele apenas balançou a mão no ar e voltou a se sentar para dar atenção aos papéis.
0
Comente!x

  Assim que passei pela biblioteca e me vi fora do alcance da vista do meu pai, apertei os olhos com o polegar e indicador e desci minha palma até a minha boca, esfregando meu rosto em um desespero palpável. Giu surgiu ao meu lado e eu sobressaltei com um susto.
0
Comente!x

  — Credo, Giulia!
  — Tá assustado por quê? — Ela me olhou desconfiada.
  — Não estou assustado, você que aparece do nada! — Soltei o ar com força. — O que houve?
0
Comente!x

  — Quero te falar sobre aquele homem que estava vendendo drogas nas nossas boates. — Fomos andando pelo corredor e ela me deu o tablet pra eu ver o vídeo. — Ele não está mais só nas redondezas da universidade, finalmente consegui uma imagem nítida dele e ele não é ninguém em especial, .
0
Comente!x

  — Como assim, Giu? — Parei de andar e olhei para ela, confuso.
  — Ele simplesmente não tem nenhuma passagem pela polícia e isso é muito estranho.
0
Comente!x

  — Me mande todas as informações que vou cuidar disso, obrigado, maninha. — Beijei a testa dela, entreguei o tablet e saí para fazer uma reunião com todos os capitães, essa missão tinha que começar o quanto antes, segundo Otelo.
0
Comente!x

  Fui até o meu quarto para colocar um blazer, coloquei minha arma no coldre e peguei meu celular na mesa de cabeceira, olhei algumas mensagens dos meus soldados passando o relatório sobre as rondas noturnas da madrugada. Mandei mensagem no grupo onde estavam todos os capitães de Madri para nos encontrarmos no restaurante, que também pertencia a nossa família, para uma reunião.
0
Comente!x

  Desci a escada com pressa e quando cheguei no hall de entrada, Carolyn apareceu me dando um sorriso, veio caminhando devagar e depositou um selinho nos meus lábios. Fiquei um pouco incomodado com aquilo, mas eu tinha beijado e fodido ela há alguns dias, talvez pensasse que tinha avançado algum passo comigo, até eu achava isso, porém, essa proximidade e intimidade não me deixavam confortável.
0
Comente!x

  — Pensei em fazer um jantar amanhã para nós e… suas irmãs.
  — Minhas irmãs? — Franzi o cenho.
  — Sim, queria me aproximar mais delas… — disse, receosa.
0
Comente!x

  — Tudo bem, falo com elas. — Olhei meu celular rapidamente checando as mensagens, todos os capitães já estavam a caminho do restaurante, então guardei o aparelho no bolso e olhei para ela.
0
Comente!x

  — Obrigada, .
  — Preciso ir agora. — Fiquei um pouco perdido do que fazer, ela parecia esperar algo de mim, mas talvez o que ela quisesse eu não poderia dar. Balancei a cabeça e caminhei para fora de casa, Nero já me esperava segurando a porta de trás do carro, apenas entrei e olhei para o retrovisor, vendo os olhos do meu primo, Filippo, me analisando. — Para o Monteros, Filippo.
0
Comente!x

[…]

  Cheguei em casa depois de mais uma batida em um dos bares da cidade que um soldado tinha visto três dos Delanteras, porém voltamos sem pistas ou um prisioneiro pra eu interrogar. Por um lado, eu fiquei aliviado. Não estava nem um pouco a fim de torturar alguém em busca de algo que eu sabia que não iria encontrar, meu pai quer algo quase impossível. Os soldados obedecem, eles não questionam as ordens e nem muito menos sabem o que tem por trás delas. Eu queria encontrar um dos dois capitães que estavam se escondendo em algum buraco da Espanha, eles sim me serviriam de algo.
0
Comente!x

  Meu pai tinha ido para Barcelona, queria resolver o problema da carga, parecia que tinham encontrado um dos homens que roubou o nosso caminhão e se Otelo estava indo ao encontro dele… Eu tinha até um pouco de pena do cara. Servi uma dose de whisky e caminhei até a área da piscina, acendi um cigarro e então percebi Carolyn e Luna conversando enquanto arrumavam a mesa do outro lado da piscina para o jantar. Ela querer oferecer isso às minhas irmãs era um pouco estranho, eu entendo que nenhuma delas além da Lu tenha tentado fazer amizade, no entanto, era compreensível. Carolyn era uma estranha entre uma família que já era conturbada o suficiente.
0
Comente!x

  — Quando você está quieto demais tem algo errado… — Meu cigarro foi roubado dos meus dedos e olhei de canto de olho para ao meu lado.
0
Comente!x

  — Temos isso em comum.
  — Não, — ela tragou o cigarro e soltou a fumaça —, eu penso pra não dar merda… — Ela deu alguns passos para frente e me encarou de frente. — Seu problema é ser impulsivo e quando estou perto de você… — respirou, molhou os lábios e me entregou o cigarro antes de concluir: — Acabo me tornando assim também.
0
Comente!x

  — Não gosta de ser impulsiva comigo? — Sorri de canto e vi suas bochechas enrubescerem, os olhos verdes desviaram dos meus. — Não sou impulsivo em meu trabalho.
0
Comente!x

  — Bom saber, pelo menos não vamos ser mortos pela sua impulsividade. — Ela sorriu, debochada.
0
Comente!x

  — Discordo um pouco desse argumento, . — Dei dois passos em sua direção, ficando perto o suficiente para sentir seu hálito em meu pescoço, já que ela estava de salto. — Garanto que Otelo mata nós dois se descobre que eu já beijei seus lábios… ou te fiz gozar como nenhum homem fez. — Afastei-me apenas para ver a expressão desconcertada dela, seus olhos arregalados e a boca entreaberta, chocada com minhas palavras. 
0
Comente!x

  Caminhei pela grama em direção à mesa de jantar, cumprimentei Luna e Carolyn, olhei para o lado vendo ainda parada onde eu tinha acabado de deixa-lá, fazia dias que não a via, estava com saudade de ver as expressões dela, de provocá-la, de beijá-la… merda.
0
Comente!x

  — Cadê a Bea? — Virei quando ouvi a voz de Giu se fazer presente.
  — Pergunta pra , ela tá vindo ali… — Luna apontou para a irmã, que chegou forçando um sorriso, tentava entender como minhas irmãs não percebiam tão claramente quanto eu as emoções de .
0
Comente!x

  Por isso ainda era divertido ser um idiota com ela.
  — Beatrice subiu para trocar de roupa assim que me viu de vestido.
  — O que ela estava usando? — Giulia franziu o cenho ao sentar-se à mesa.
0
Comente!x

  — Short e camiseta — respondeu ao também tomar seu lugar ao lado de Luna, pela primeira vez não estava sentada à minha frente e sim próximo da ponta da mesa. As garotas riram e Luna serviu vinho para todos, Carolyn sentou ao meu lado esquerdo e assim que Beatrice chegou, tomou o lado direito.
0
Comente!x

  — Era um jantar, irmã, você não ia tomar banho de piscina…
  — Vai à merda, Giu. — Beatrice mostrou o dedo do meio e deu um gole em sua taça.
0
Comente!x

  — Perfeito, a família reunida — Carolyn comentou, sorrindo. — Pena que seu pai não pôde se juntar a nós, ). — Franzi o cenho com ela me chamando pelo apelido que apenas minhas irmãs me chamavam, era estranho.
0
Comente!x

  — Pois é, ele precisou viajar… — respondi e vi revirar os olhos enquanto bebia seu vinho, balancei levemente a cabeça, sorrindo, ela costumava disfarçar melhor. — Então, o que temos para o jantar?
0
Comente!x

  — Eu fiz questão de cozinhar, não quis ajuda dos empregados. — Ela sorriu orgulhosa. — Vou buscar lá dentro. Lu, você me ajuda?
0
Comente!x

  — Claro, Lyn. — As duas se levantaram e foram para a cozinha.
  — Quer dizer que ela resolveu nos comprar com comida? — Giulia começou.
0
Comente!x

  — Foi uma jogada esperta, Giu, pena que comigo não tem a mínima chance — falou e deu um gole do seu vinho. — Se fosse com álcool, talvez…
0
Comente!x

  — Não seja má, . — Beatrice resolveu dar uma de sensata e olhei para ela esperando alguma piadinha que não veio. — Carolyn não é tão ruim…
0
Comente!x

  — Não? — perguntei, achando graça da ruiva ser tão gentil.
  — Tá vendo, nem o acredita nisso, Bea. — Giulia empinou o nariz e pegou sua taça.
0
Comente!x

  — Não foi isso que eu-
  — Espero que gostem… — Carolyn me interrompeu e eu joguei minhas costas na cadeira, aquilo seria mais difícil do que achei. — Quis me aventurar em um prato da Espanha.
0
Comente!x

  — Adoro Paella — Luna disse animada. — É um dos seus pratos favoritos, não é, ? — Ela olhou para , que apenas curvou os lábios de forma forçada e balançou a cabeça em positivo.
0
Comente!x

  — Fico feliz que acertei! Vamos comer então. — Carolyn serviu as garotas enquanto elas conversavam, eu ainda bebia, então falei que me serviria quando terminasse.
0
Comente!x

   ficou um pouco relutante, mas percebi ela suspirando e se dando por vencida, eu ri da cara dela enquanto dava um gole em meu whisky. Virei para prestar atenção nas conversas entre as gêmeas, Giulia e Luna, e  Beatrice e Carolyn, a ruiva às vezes soltava umas alfinetadas, mas logo começava a rir, o que deixava as coisas mais leves, apesar da francesa ficar sem graça. Talvez aquilo tudo pudesse até funcionar, a trancos e barrancos, mas se eu me esforçasse como meu pai pedia, conseguiria dar um herdeiro para a Vincere, talvez eu pudesse aprender a amar Carolyn com o tempo. Olhei para e ela estava com uma expressão esquisita em seu rosto, franzi o cenho e a vi colocando a mão no pescoço.
0
Comente!x

  — ? — Ela olhou para mim e tossiu, vi seu peito levantar e descer com mais rapidez, me endireitei na cadeira e olhei para a louça onde estava a comida, não vi nada que me alertasse, porém, começou a tossir mais e a coçar seu colo, que já estava ficando muito vermelho. Levantei-me de supetão fazendo a cadeira cair e todas me olharam sobressaltadas.
0
Comente!x

  — ? — Luna virou para ela e colocou a mão em seu ombro.
  — O que houve?! — Beatrice olhou assustada ao notar buscando ar.
0
Comente!x

  — Eu… — Ela já não conseguia mais falar; merda!
  Peguei ela no colo e a coloquei deitada na espreguiçadeira perto da piscina.
  — Puta que pariu, o que tem na Paella, Carolyn!? — Giulia gritou em total desespero e levantou, chegando mais perto de mim e de .
0
Comente!x

  — Luna, pegue a injeção! — gritei ao ver ficando mole e seu rosto cada vez mais inchado.
  Luna saiu correndo para dentro de casa e trouxe a injeção de adrenalina, ela me entregou, levantei o vestido de Alonso e o injetei na lateral de sua coxa. Ela já estava fechando os olhos quando apertei para o líquido entrar em seu corpo, levei a minha mão até sua testa e acariciei, tirando as mechas de seu cabelo da frente.
0
Comente!x

  — , fala comigo, está bem?
  — Consigo… respirar agora — ela disse baixo, em um sopro de voz, ainda de olhos fechados e eu soltei o ar, aliviado. — Só preciso de um segundo para me recuperar e um martini seria ótimo... — Eu ri desacreditado daquilo, olhei ao redor e minhas irmãs estavam alarmadas em pé e Carolyn seguia sem entender nada, fazendo uma cara de vítima que me irritou.
0
Comente!x

  — O que porra tinha nessa paella, Carolyn? — Minha voz saiu mais grave do que o normal e Giu me olhou com os olhos arregalados.
0
Comente!x

  — Eu… eu… — ela gaguejou, acariciando as mãos em total nervosismo. — Fiz uma Paella comum, com frutos do mar.
0
Comente!x

  — O quê?! — Beatrice virou para Pinder, sobressaltada.
  Olhei para Carolyn com os olhos arregalados e disse:
  — Paella se faz com carne de frango e coelho, Carolyn!
  — Calma, , você sabe que tem várias versões... — Luna tentou tocar meu braço e me virei para ela a encarando com raiva.
0
Comente!x

  — Calma? Todos sabem que frutos do mar não entram nessa casa! — gritei, completamente fora de controle, minhas irmãs me olhavam assustadas e Carolyn se encolhia a cada coisa que eu dizia. — poderia ter morrido, Luna.
0
Comente!x

  — Morrido? — Carolyn falou assustada colocando a mão cobrindo sua boca.
  — Ela é altamente alérgica a frutos do mar — Giu explicou.
  Respirei fundo e massageei minhas têmporas.
  — E nenhuma de vocês sentiu que tinha frutos do mar? — Olhei para as minhas irmãs, questionando.
0
Comente!x

  — Não, , acho que estávamos distraídas conversando e bebendo… Desculpa. — Beatrice abaixou a cabeça e seus olhos encheram de água.
0
Comente!x

  — Fazia muito tempo que não comíamos frutos do mar em casa… Não esperávamos por isso — Luna complementou.
0
Comente!x

  Céus, eu precisava recuperar o controle de mim mesmo. Nunca tinha ficado tão irritado assim e eu podia notar a confusão no semblante das minhas irmãs. Desde que aconteceu o ataque na boate eu estava prestes a surtar e essa foi a gota d'água que faltava. Não posso perdê-la e hoje eu entendi que esse sentimento está muito além do meu controle.
0
Comente!x

  — Tá tudo bem, ela está bem. — Olhei para onde estava deitada e concluí: — Vou levar ela… 
0
Comente!x

  — Desculpe, , eu não sabia.
  — Não é culpa sua, Carolyn. Você não foi alertada sobre isso já que não teve ajuda dos empregados — Luna tentou apaziguar a situação e o que ela falou era verdade, não era culpa dela, mesmo assim, o aperto no meu peito e a irritação pela falta de atenção das minhas irmãs ainda me dominava.
0
Comente!x

  — Da próxima vez pergunte — falei, ríspido.
  Caminhei até a espreguiçadeira e peguei no colo, ela se aninhou em meu peito e tentei ao máximo não demonstrar nenhuma emoção em relação àquilo. Eu já tinha perdido a compostura e Giulia me olhava com aquele olhar analítico. Se minha irmã caçula suspeitasse de algo, ela iria descobrir, nem que fosse a última coisa que fizesse.
0
Comente!x

  — Podem comer sem mim, vou dormir.
0
Comente!x

Capítulo 15

Alonso Perroni

  Não foi minha intenção e acredite, não queria ter visto aquilo, eu fiquei em choque que estava tão bem com a invasora de lares, ele realmente estava se esforçando como papai queria. Lanche no meio da noite e beijos na cozinha, o suprassumo do casal apaixonado, talvez ela finalmente tivesse conseguido seduzir ele.
0
Comente!x

  Era hora de voltar ao que éramos, distantes e inimigos declarados.
0
Comente!x

  Quando ele me avisou do jantar que Carolyn iria preparar para nós, tive a certeza que ele queria finalmente dar o próximo passo e o casamento talvez saísse até o fim do ano. Então resolvi que ali eu deixaria bem claro que o nosso convívio voltaria ao normal e que esqueceríamos tudo que aconteceu nos últimos meses; era como deveria ser.
0
Comente!x

  Pelo menos eu pensava que sim. Depois de ter uma anafilaxia e surtar com todo mundo por causa disso, eu fiquei sem saber o que pensar e tudo que me veio à cabeça foi o dia em que ele me falou que quase tinha me perdido. Aquela frase tinha me atingido de uma forma inesperada e foi dali em diante que como me sentia em relação a ele começou a mudar gradualmente. Emocionalmente eu não entendi muito bem o que estava mudando e acontecendo para mudar a forma como eu o via. Racionalmente, eu entendia que a melhor decisão era me afastar.
0
Comente!x

  Depois da reação alérgica e a injeção, eu estava me sentindo sem forças, então me pegou no colo e me levou até o quarto. Assim que ele entrou, fechou a porta com seu pé e me colocou na cama devagar. Não conseguia deixar de olhar em seus olhos conforme ele ia se afastando, minha mão deixando seus ombros, passando pela sua nuca e finalmente o largando por completo.
0
Comente!x

  Era hora de dizer que aquilo, seja lá o que fosse, precisava de um basta.
  — Tem certeza que está bem? — ele perguntou.
  — Sim, estou. — Ele acendeu o abajur e ainda seguia olhando para mim de maneira preocupada. — Fazia tempo que não tinha uma reação, só fiquei cansada.
0
Comente!x

  — , eu queria…
  — Que bom que está se dando bem com a Carolyn, — interrompi ele, antes que pudesse dizer qualquer coisa sobre nós, fazia dias que estava o evitando e não deixaria que ele falasse algo que me fizesse voltar atrás. — Acho que deveria dar uma chance de verdade a ela. — Vi seu semblante mudar completamente, olhei para o lado, desviando de seus olhos e mordi o interior do meu lábio.
0
Comente!x

  — Acha mesmo, cariño?
  — Talvez assim você tenha uma família completa. — Forcei um curvar de lábios quando me voltei a ele novamente, mas no fundo eu sabia que estava mentindo mais para mim do que para ele. Eu sentia aquele incômodo chato no meu estômago, porém, iria apenas ignorá-lo.
0
Comente!x

  — Entendi.
  — Obrigada por hoje. — Levantei meus olhos até os dele, que me encarava com uma certa decepção e aquilo fazia com que me sentisse ainda pior. — Parece que me salvou mais uma vez. — Dei uma risada fraca, já me aninhando entre meus travesseiros para dormir.
0
Comente!x

  — Te salvarei quantas vezes forem necessárias…
0
Comente!x

  — Boa noite, … — falei bocejando.
  — Boa noite, .

[...]

  A boate era tudo o que eu tinha de concreto na minha vida, era algo que eu tinha o controle, era um lugar onde eu tinha o poder de ser eu e ninguém poder me olhar diferente por isso, até porque, sempre deixei muito claro que dentro da Fascino todos podiam ser o que quisessem.
0
Comente!x

  Entrei pela porta da frente com confiança, pisando firme com meus saltos e em meu vestido tubinho verde musgo que eu vestia, estava atrasada, eu tinha dormido um pouco mais depois da reação alérgica que eu tive e cheguei quase na hora de abrir. Coloquei minha bolsa no balcão e pedi um martini para Juan, sentei na banqueta alta e fiquei vendo as mensagens em meu celular.  
0
Comente!x

  — Beatrice já chegou, Juan? — perguntei assim que ele se aproximou, colocando a taça em minha frente.
0
Comente!x

  — Sim, está no escritório. — Ele debruçou no balcão e me encarou com uma expressão tão atraente. — Você está bem?
0
Comente!x

  — Sim, dormi demais porque tive uma reação alérgica ontem.
  — Hm… Caso eu possa ajudar em algo, basta avisar. — Ele caminhou de volta até a pia nos fundos do bar para lavar os copos.
0
Comente!x

  Fiquei olhando aquelas costas enormes, lembrando mais uma vez que tinha uma tatuagem e músculos, céus, muitos músculos, mas a pergunta que não queria calar… Ele estava dando em cima de mim? E eu estava gostando? E pensando se ele fodia bem? Eu precisava transar, isso estava claro como o martini a minha frente.
0
Comente!x

  — Cadê o Cristian? — Dei um gole no meu drink para ver se apagava um pouco meu fogo.
  — Está ajudando a irmã no camarim.
  Claro, a estreia de Anita era naquele dia, quer dizer, a volta dela. Agradeci pelo drink e levantei indo em direção ao camarim. Seria uma volta e tanto, fiz questão de anunciar por toda a cidade que a grande garota do leque voltaria, e ela fazia tanto sucesso que quando entrei na boate já tínhamos fila do lado de fora. Entrei no camarim e Cristian estava ajudando a loira com o espartilho, encostei-me no batente da porta, enquanto admirava os dois ali, distraídos, dei um gole em minha taça e sorri.
0
Comente!x

  — Bom te ter de volta, Anita.
  — Oh, céus, … — Ela colocou a mão no peito assustada e eu soltei uma risada.
  — Cristian, vá ajudar Juan que eu ajudo a Anita. — Ele apenas acenou em positivo e saiu. — Está nervosa? — Larguei minha taça em cima da bancada e continuei fechando os fechos do espartilho. — Pronto.
0
Comente!x

  — Um pouco… Faz tempo que não subo no palco. — Ela virou de frente para mim e eu sorri. — Sempre foi difícil para mim, mas quando ouço a música…
0
Comente!x

  — Eu sei. — Sorri segurando os braços dela, desci uma das mãos até a dela e acariciei. — Te conheço bem demais para não lembrar, Ane.
0
Comente!x

  — Obrigada. — Ela olhou para mim com um brilho nos olhos e eu acenei, largando sua mão.
  — Que isso, foram só alguns botões… — Peguei minha taça e sorri, dando alguns passos em direção à porta para sair.
0
Comente!x

  — Digo… por me aceitar de volta. — Virei para ela novamente, notando ela sem graça e agradecida.
  — Você só pode se tornar grande se não deixar seu orgulho no meio do caminho, Anita. — Sorri para ela, que me olhou nos olhos. — Você é mais do que uma dançarina aqui, é uma amiga, assim como seu irmão. Estão comigo desde o início… Se você quis sair, teve seus motivos, não vou deixar meu ego atrapalhar o sucesso da boate ou a nossa amizade. — Pisquei o olho direito para ela, passei pelo bar apenas para pegar minha bolsa e subi para o escritório.
0
Comente!x

  Assim que entrei no escritório vi Beatrice fazendo lista das compras para a próxima semana, ela me perguntou se eu estava me sentindo melhor e respondi que sim, tomei meu lugar e nos concentramos em resolver tudo que era preciso da boate. Talvez no fim do ano eu precisaria contratar mais pessoas para o bar e cozinha, nosso movimento tinha aumentado muito nos últimos dois meses e eu estava sem o Vince.
0
Comente!x

  Eu precisava ir visitá-lo, não poderia mais protelar isso, a verdade era que eu estava com medo de vê-lo, de ele estar muito doente ou receber alguma notícia ruim demais para aguentar. No entanto, sempre falava com ele e com Giovanna por mensagem, a recuperação dele parecia estar caminhando bem e estávamos esperançosos que logo ele receberia alta.
0
Comente!x

  A boate estava lotada, então Beatrice desceu para ajudar no bar no que podia, eu estava atenta na hora, queria ver o show de Anita, não perderia por nada.
0
Comente!x

  Ouvi batidas na porta e liberei a entrada, Juan entrou com um martini na bandeja e essa cena me fez pensar em Vincenzo. Fazia tempo que eu não transava e minha libido estava mais alta que um foguete saindo da atmosfera, eu tinha certeza que nesse momento Pelegrini se ajoelharia e me chuparia… porra, .
0
Comente!x

  Ele conseguiu foder até meus pensamentos.
0
Comente!x

  Eu precisava tirar o idiota da minha mente, arrancar os pensamentos impuros que tinha com ele, até em meus sonhos o desgraçado veio me perturbar. Era demais ter que lidar com isso, com um casamento com aquela mulher que não me desce, com a boate ficando cada dia mais famosa e as preocupações de não dar conta, além de tudo, Vincenzo internado e eu sem a Giovanna para me ajudar.
0
Comente!x

  Era muita coisa para um ano só.
  — Está tudo bem, ? — Ele me encarava com o cenho franzido.
  — Sim, obrigada, Juan. — Peguei a taça e dei um gole, fechei meus olhos e aproveitei a bebida escorregando pela minha língua, molhei os lábios e sorri. — Está uma delícia…
0
Comente!x

  — Que bom…
  Aquele olhar obsceno de novo e eu estava tão na merda, tão estressada, tensa, com uma vontade de dar incomensurável, que só o olhar de Alvarez me deixou em combustão. Ele virou as costas e caminhou até a porta para poder sair.
0
Comente!x

  — Juan… — O barman virou para mim e eu engoli em seco, pensei no que Luna tinha falado, mas naquele momento a minha boceta estava pensando por mim e não meu cérebro. Levantei e dei alguns passos até ele, coloquei minha mão em seu ombro, deslizei pelo seu braço forte e sorri de modo sedutor. — Preciso de ajuda com uma coisa…
0
Comente!x

  — Com o que quiser, chefe. — Ele sorriu tão cafajeste que minha vontade de foder triplicou, olhei para seus lábios e mordi o meu inferior em um claro sinal.
0
Comente!x

  Ele me empurrou até a parede com uma agilidade surpreendente e tomou meus lábios tão rápido e de maneira sedenta que não fui capaz de entender o movimento, apenas quando sua língua tocou a minha que eu reagi para tocar aquele homem. Coloquei meus braços em volta de seu pescoço e infiltrei meus dedos em seus cabelos loiros, ouvi o barulho da bandeja encontrando o chão e logo sua mão em minha bunda, a outra agarrou minha coxa e ele me colocou em seu colo. Minhas costas ainda firmes na parede atrás de mim e eu já conseguia sentir sua ereção roçando em minha entrada mesmo por cima do tecido.
0
Comente!x

  — Vamos rápido com isso, Alvarez, você precisa atender muitos clientes… — disse enquanto seus lábios beijavam meu pescoço e meu colo.
0
Comente!x

  — Decidi que a prioridade é deixar a minha chefe feliz. — Gemi baixo quando seus dentes cravaram em meu pescoço e sua mão apertou com força o meu quadril.
0
Comente!x

  — Terá um trabalho difícil pela frente. — Sorri mordendo o lábio e seus olhos nublaram com a luxúria.
0
Comente!x

  Ele me largou no chão e me virou de costas para ele de forma bruta, fazendo com que eu sentisse seu pau duro em minha bunda. Minha boceta só faltou bater palmas com tamanha desenvoltura.
0
Comente!x

  — Onde tem camisinha, senhorita Alonso? — perguntou baixo e rouco em meu ouvido, uma voz sexy e potente pra minha imaginação sexual, pude sentir o hálito quente em minha orelha e logo sua língua em meu lóbulo.
0
Comente!x

  — Primeira gaveta…
  Vi de canto de olho ele se esticando sem deixar de segurar meu pulso em minhas costas, mantendo-me firme com o rosto apoiado na parede. Ouvi seu zíper se abrir e vi por cima do ombro ele rasgando o pacote metálico no dente, ele era um gostoso, por que eu não tinha dado para ele ainda? Ah é, ética e bla bla bla…
0
Comente!x

  Sua mão puxou meu vestido para cima, seus dedos ásperos de homem rasparam em minha coxa e ele só afastou a minha calcinha para o lado, passou os dedos entre meus lábios me fazendo gemer em satisfação, eu estava completamente molhada.
0
Comente!x

  — Vai aguentar até o final, ? — perguntou grave, fazendo um arrepio gostoso atravessar meu corpo, aquele calafrio gelado se apossando do meu estômago e a vontade dele estar dentro de mim aumentando a cada minuto.
0
Comente!x

  — Me fode logo, Juan…
  A sensação era que seu pau estava me rasgando por dentro, soltei um grito involuntário quando ele chegou até o fundo, senti uma ardência gostosa no meu canal vaginal, um arrepio correu pela minha coluna e ele começou a se movimentar devagar, meus olhos reviraram tamanho o prazer que ondulou pelo meu baixo ventre. Sua mão deslizou pela parte posterior da minha coxa e subiu até minha nádega e tudo que eu pedia mentalmente era um tapa, forte o suficiente para disputar com a dor que eu sentia por ter o maior homem que já me comeu dentro de mim.
0
Comente!x

  Aquilo deveria ser contra as leis da natureza, mas com o tempo eu entendi que se Deus fez, é porque cabe, pois eu já estava acostumando com seu tamanho.
0
Comente!x

  — Hm… mais rápido…
  Ele aumentou a velocidade, seu quadril se chocava com o meu e meus gritos eram uma mistura de prazer e dor, estava ensandecida com aquela sensação e como se não bastasse isso, quando ele afastou o quadril, sua mão foi certeira na minha bunda. Cheguei a babar e fechar os olhos sentindo a ardência em minha pele tomar conta e um arrepio cruzar meu corpo inteiro, a respiração falha e minhas pernas bambeando indicavam o quanto eu estava na beira. Eu não iria aguentar por muito mais tempo. Senti seus dedos subirem pela parte interna da minha coxa e ele afastar o restante da minha calcinha para brincar com meu clitóris inchado, um grito escapou da minha garganta sem nem mesmo eu esperar.
0
Comente!x

  — Ah, meu Deus!
  — Deus não vai te salvar de mim…
  E eu não queria mesmo que ele me salvasse, muito menos teria motivos para tal.
0
Comente!x

  — Vou gozar, Juan! — berrei completamente descontrolada.
  Ele lambeu meu pescoço até chegar em minha orelha e falou:
  — Vai, goza no meu pau para eu ter certeza que fui um bom empregado.
0
Comente!x

  Seus dedos faziam movimentos circulares em meu clitóris enquanto seu pau entrava e saía de dentro de mim com rapidez, podia senti-lo quase em meu útero e porra, aquilo tava gostoso demais. Estiquei meu braço livre para cima na parede gemendo alto, eu rebolava em seus dedos e empinava cada vez mais a minha bunda buscando mais dele, sentindo meu corpo inteiro tremer em expectativa por aquele orgasmo. Então ele puxou meu cabelo e virou a minha cabeça para me beijar, senti todos os músculos do meu corpo retesarem e meu canal se contrair de tal forma que quase engoliu o pau de Juan, fazendo ele gemer rouco e completamente ébrio de prazer.
0
Comente!x

  O orgasmo chegou como uma tsunami, devastando meu corpo inteiro, fazendo minhas pernas amolecerem e me levando finalmente a um lugar que eu não ia há algum tempo: ao paraíso.
0
Comente!x

[...]

  — Porra, Juan! Que demora… — Beatrice ralhou com ele, mas logo ela olhou para mim quando sentei na banqueta, disfarçando a minha clara culpa pelo seu atraso, o que não passou despercebido pela minha irmã. — … — disse em tom de reprovação.
0
Comente!x

  — O quê? — pigarreei e olhei para Cristian. — Um martini bem gelado, ruivo.
0
Comente!x

  — É para já. — Ele saiu para preparar meu drink e a ruiva seguiu me encarando irritada.
  — Eu precisava foder, ok? — expliquei de uma vez.
  — Ótimo, agora já experimentou todos os funcionários da sua boate? — Assim que ela perguntou de maneira irônica, Anita entrou no palco e a música sensual começou, atraindo meus olhos para ela.
0
Comente!x

  — Sabe que não… — Sorri com o canto dos lábios e virei para Beatrice novamente, que me encarava com mais raiva do que já estava, podia ver seu maxilar travado e então franzi o cenho. — O que foi?
0
Comente!x

  — Nada. — Ela virou e foi atender clientes do outro lado do balcão.
  Fiquei completamente perdida pela reação dela, olhei para Anita e algo me passou pela cabeça, mas não, não podia ser. Beatrice disse que estava com um cara casado, eu tô vendo coisa onde não tem.
0
Comente!x

  Agradeci o drink que Cristian deixou para mim e fiquei por ali, aproveitando o show da Garcia e me refrescando com minha bebida depois de um sexo gostoso. Sentia meu corpo completamente relaxado e isso era tudo o que estava me faltando nas últimas semanas, transar fazia parte da minha vida saudável. Senti meu celular vibrando entre meus seios e o peguei vendo a mensagem de Giulia no nosso grupo.
0
Comente!x

  sorellas:
  Giu: Preciso que vocês venham até a sala de vigilância às 21h. Sem desculpas.

  Franzi o cenho sem entender nada e olhei para Beatrice, meneei a cabeça para que ela viesse até mim.
0
Comente!x

  — O que é agora? — falou, displicente.
0
Comente!x

  — Olha isso aqui. — Virei a tela do meu celular e ela fez uma cara de interrogação. — Sabe do que se trata?
0
Comente!x

  — Não faço a menor ideia. — Ela deu de ombros. — Talvez ela tenha visto você dando para o seu novo barman… — Ela sorriu debochada.
0
Comente!x

  — Não seja assim, Bea, e no meu escritório não tem câmera.
  — Ele é um completo estranho e você transou com ele — advertiu em sussurros.
  — Ele já trabalha aqui há alguns meses, ok? — Dei um gole em minha bebida, desprezando aquele papo que parecia bem igualzinho ao de .
0
Comente!x

  — Qual é, . — A ruiva cruzou os braços. — Você transar com o Vincenzo que é seu melhor amigo e o Cristian que você conhece há anos é uma coisa, eles fazem parte disso aqui, eles sabem quem somos nós. — Revirei os olhos ouvindo o sermão. — Não sabemos quem é Juan Alvarez.
0
Comente!x

  — E você ter um caso com um homem casado é ok? — Levantei ambas as sobrancelhas mostrando a hipocrisia dela.
0
Comente!x

  — Não estamos falando de mim. — Ela mudou a postura dela, desviando os olhos de mim e endireitando a coluna, afastando-se.
0
Comente!x

  — Claro, porque é fácil apontar o dedo para as suas irmãs, mas quando se trata de você, ninguém pode falar nada. — Arqueei uma sobrancelha e ri sem humor. — Não seja hipócrita, Bea.
0
Comente!x

  — Não vamos lavar roupa suja com o bar cheio. — Ela virou as costas e saiu.
  — Claro… clássico. — Soltei o ar com força e continuei bebendo, ficaria ali até a hora de ir embora e descobrir qual é o grande mistério de Giulia, já que aparentemente todo mundo esconde algo.
0
Comente!x

  Inclusive eu.
0
Comente!x

[...]

  Eu e Beatrice chegamos em casa eram quase 21 horas, fui até a cozinha e dei de cara com Carolyn jantando sozinha, parei na porta da cozinha e suspirei, dei boa noite e continuei a andar até a geladeira. Peguei geleia e fui até onde ficavam os croissants que Marta fazia, coloquei tudo em cima da ilha e fiz meu lanche, voltei até a geladeira, guardei a geleia e peguei um pouco de chá gelado. Olhei para a francesa, que estava mexendo no celular enquanto comia e fiquei pensando onde estava. Claro que ele tinha seus afazeres, mas essa mulher ficar sozinha na nossa casa não me agradava depois de quase ter me matado. Era impossível que nenhum empregado tivesse visto ela preparando ou entrando na cozinha com frutos do mar, aquilo tudo tinha me deixado com uma pulga atrás da orelha.
0
Comente!x

  — … — Virei para o lado e vi Luna parada na porta da cozinha. — Giu tá esperando, vem.
0
Comente!x

  — Estou indo, vou terminar de comer. — Ela saiu, e assim que coloquei o último pedaço na boca, coloquei o prato na pia e fui pelo corredor extenso até os fundos da mansão onde ficavam as salas de controle, inclusive a sala de vigilância de Giulia. Abri a porta e já entrei dizendo: — Quem morreu?
0
Comente!x

  — Espero que estejam preparadas para isso, porque eu confirmei minhas suspeitas. — Franzi o cenho e caminhei mais perto das garotas, próximo das tvs.
0
Comente!x

  — Eu já tô ficando preocupada… — Beatrice comentou.
  — Deveria — Giulia alertou.
  — Credo, Giu, o que aconteceu? — Arregalei os olhos quando me vi surgindo na imagem, assim que também apareceu do outro lado da tela, engoli em seco, foi isso que ela descobriu.
0
Comente!x

  Porra!
  — Por que estamos vendo a e o discutindo, não é como se nós não víssemos isso todos os… — A voz de Luna foi morrendo ao ver a gente se beijando, os dois descontrolados.
0
Comente!x

  Ver aquilo só me fez sentir aquilo tudo de novo. Naquele dia eu estava completamente bêbada e ali, despida de qualquer pudor, eu tinha decidido me entregar a aquela coisa maluca que estava me possuindo.
0
Comente!x

  — … — Beatrice olhou para mim e eu abaixei a cabeça mordendo o lábio inferior, senti meus olhos ardendo e uma súbita vontade de chorar, sentia vergonha e medo. Medo de ser julgada, medo das minhas irmãs me odiarem, contarem para o papai e ele no mínimo me expulsar de casa.
0
Comente!x

  — Eu não… — Minha voz embargou.
  — Eu suspeitava há muito tempo, desde que vocês começaram a treinar juntos, mas ontem… Ver surtar daquele jeito pela sua anafilaxia me fez ter a certeza — Giulia explicou e eu cobri meu rosto com as duas mãos. — Vocês estão juntos, ?
0
Comente!x

  — Não! — gritei, olhando para as minhas irmãs, que me julgavam com os olhos.
  — Então o que porra é essa?! — Beatrice berrou apontando para a TV.
  — Foi um lapso, ok? — Sequei minhas lágrimas. — Não vai acontecer de novo… Nunca mais vai acontecer — repeti como se tentasse convencer mais a mim mesma do que elas.
0
Comente!x

  — Eu sei que a nossa família é estragada, mas incesto, ? — A ruiva passou a mão no rosto respirando forte. — Isso é… não sei nem o que dizer.
0
Comente!x

  — O papai mata vocês dois se ele descobre — Luna finalmente falou baixo, assustada com a hipótese.
0
Comente!x

  — Não vamos muito longe, maninha. — Beatrice cruzou os braços olhando para Lu. — Você estava transando na piscina de casa com dois soldados, Luna!
0
Comente!x

  — Como você… — A morena ficou incrédula.
  — Você estava com dois soldados? — Giulia arregalou os olhos para sua gêmea. — Perdeu o juízo, Luna?! — Ela bufou e massageou as têmporas. — Claramente estamos todas vivendo coisas escondidas umas das outras, seria bom colocar as cartas na mesa.
0
Comente!x

  — Eu não consigo falar sobre isso — comentei.
  — Bom, não tem muito o que falar sobre você transando com o seu irmão! — Beatrice ralhou comigo.
0
Comente!x

  — Meio irmão e nós não… — Ou quase isso… Soltei o ar sem terminar a frase em voz alta e olhei para o lado, cruzando os braços.
0
Comente!x

  — Menos mal — Giu comentou. — Vamos parar de esconder coisas umas das outras, por favor?
0
Comente!x

  Todas nós nos entreolhamos, aquilo seria impossível, mas fico me perguntando quando foi que começamos a mentir umas para as outras, a esconder coisas, a brigar do jeito que brigamos no dia da festa de halloween. Sempre fomos melhores amigas e nos entendíamos muito bem, quando foi que isso mudou?
0
Comente!x

  Vi Luna abaixar a cabeça, assim como Giulia, que apoiou sua cabeça nas mãos, enquanto descansava seu cotovelo na mesa, abaixei minha cabeça também, pensando no quanto estávamos distantes, mesmo morando na mesma casa.
0
Comente!x

  — Anita é minha namorada.
  Eu virei a cabeça devagar, encarando Beatrice completamente em choque, o que porra ela falou?
0
Comente!x

  — Quê? — nós três falamos em uníssono.
0
Comente!x

Capítulo 16

Perroni

  O que eu estava esperando? Que se atirasse em meus braços e agradecesse por eu ter salvado sua vida pela segunda vez, beijasse a minha boca e tudo ficaria bem depois de semanas me ignorando? Que ficaríamos juntos e que nosso pai aceitaria de bom grado dois de seus filhos namorando, ou pior, casando? Quando foi que me tornei tão delirante desse jeito?
0
Comente!x

  Ali eu percebi o que ela queria: deixar tudo que aconteceu para trás e que voltássemos a ser duas pessoas estranhas sob o mesmo teto. Eu estava decepcionado, mas racionalmente eu sabia tanto quanto ela que era o melhor a se fazer, era isso ou acordar no plano superior, na verdade, mais provável no inferior.
0
Comente!x

  Desferi outro soco no saco de areia e enxuguei o suor que já escorria pela minha testa. Estava tenso pelas buscas que me trouxeram alguns soldados para interrogar e, consequentemente, matar. Irritado por ter vindo nessa vida como meio-irmão da mulher que eu estava desejando em minha cama. Confuso por ter que tomar uma decisão tão importante quanto me casar com uma mulher que talvez nunca conseguisse amar de verdade.
0
Comente!x

   podia até ter razão que eu talvez conseguisse ter uma família completa, mas eu teria amor?
0
Comente!x

  Vi minha irmã cruzar a porta da academia e sentar na cadeira perto das janelas de vidro, bem em frente a mim. Beatrice sempre me buscava para conversar, talvez por eu ter descoberto seu namoro com a dançarina da Fascino por acidente, eu era o único com quem ela poderia falar sobre isso. Respirei fundo e caminhei até o frigobar pegando uma garrafa de água em seguida e olhei para ela, que seguia me encarando como se quisesse dizer algo.
0
Comente!x

  — Está com aquele olhar de novo… — Dei um gole na água e voltei a encarar a ruiva.
0
Comente!x

  — Eu contei pra elas.
  — Estou feliz que tenha finalmente se desprendido disso. — Dei alguns passos e peguei uma toalha em cima da mesa para secar meu rosto. — Elas não iriam julgar você…
0
Comente!x

  — É difícil saber.
  — São suas irmãs, Beatrice. — Sentei no chão bem à sua frente e apoiei meus cotovelos em meus joelhos.
0
Comente!x

  — É, eu sei, mas ser lésbica continua sendo tabu, ainda mais na máfia.
  — Um passo de cada vez, ok? — Ela sacudiu a cabeça em positivo. — Como elas reagiram?
0
Comente!x

  — Ficaram em choque, mas eu espero que a não fique irritada se souber que foi minha culpa Anita ter saído da Fascino.
0
Comente!x

  — Vocês não têm a melhor relação do mundo…
  — Eu quero pedi-la em casamento. — Arregalei os olhos e ela cruzou os braços me encarando chateada. — Está me julgando…
0
Comente!x

  — Não tô te julgando, estou surpreso. — Dei mais um gole em minha garrafinha de água. — Como fomos de relacionamento às escuras para casamento?
0
Comente!x

  — Já faz 3 anos, , e eu a amo. — Suspirei, esse era um bom motivo para um casamento, fico pensando se o meu motivo era bom o suficiente para isso. — Isso também me motivou a contar pra elas, eu só preciso enfrentar o nosso pai agora.
0
Comente!x

  — Bom, você é adulta. — Dei de ombros.
  — Eu sei, mas tudo com o papai é um grande mistério, não sei como ele vai reagir.
0
Comente!x

  — Estarei ao seu lado, caso queira, e tenho certeza que as suas irmãs também. — Curvei os lábios demonstrando compreensão.
0
Comente!x

  — Por que você não fala nossas?
  — Como? — Franzi o cenho.
  — Nossas irmãs, . — Engoli em seco, nunca parei para pensar nisso, mas talvez seja o fato de não considerar a indomável como minha irmã. — Deixa pra lá… Obrigada por me ouvir. — Ela se apoiou nas coxas e se levantou indo em direção à porta, deixando-me com uma pedra pesando toneladas em minha cabeça.
0
Comente!x

  Nunca me referi a como irmã.
0
Comente!x

[...]

  O último botão da minha camisa social foi colocado em sua casa, olhei meu reflexo e respirei fundo. Homens demais para interrogar, problemas demais para lidar, uma família conturbada o suficiente para tirar qualquer um do sério e claro, não vamos esquecer do meu pai me pressionando todos os dias, nem que fosse com o olhar, para ter um casamento infeliz que nem foi o dele. Coloquei minha pistola no coldre e coloquei o blazer preto, meu celular no bolso e o meu relógio. Caminhei para fora do meu quarto e desci, indo direto para o carro que já me esperava com Nero no volante e Filippo ao lado da porta aberta, esperando para que eu entrasse.
0
Comente!x

  Nós dois entramos no carro e dei ordens para que Filippo seguisse o homem que estava vendendo drogas nas boates, se fosse um caso isolado eu teria misericórdia, caso fosse mais um peão dos Delanteras eu acabaria com isso da forma que eu sabia. Deixamos meu primo no Monteros para que seguisse minhas ordens,e seguimos caminho para uma das nossas casas de campo, afastadas o suficiente para alguns interrogatórios.
0
Comente!x

  Desci do carro e meu sapato amassou a grama, olhei uma de nossas muitas casas espalhadas pela Espanha e puxei um cigarro da minha carteira, acendi o mesmo e traguei a fumaça. Olhei para Nero e indiquei a casa com o queixo, ele apenas assentiu e seguiu o caminho para trás do lugar, ele arrumaria o primeiro Delantera de muitos do dia. Eu tinha uma fila deles para arrancar alguma informação e, dia após dia, a frustração me invadia pois não conseguia nem sequer uma pista do que aquele filho da puta estava planejando.
0
Comente!x

  Eu achei que apenas expulsar o restante deles da Espanha seria o suficiente, mas meu pai errou nessa decisão, deveríamos tê-los exterminado, acabado com os Delantera quando tivemos a chance, no entanto, pela primeira vez na vida meu pai resolveu agir mais como Alenso. Não era à toa que ele era o consegliere, o único a colocar juízo na cabeça de Otelo; eles eram tão unidos que meu pai nunca quis escolher outro consigliere, apesar de ele levar o que Filippo dizia em consideração, talvez pelo sobrinho ser a cópia de Alenso. Soltei a fumaça que prendia em meus pulmões e joguei o cigarro no chão, pisando em cima para apagá-lo, e dei a volta por fora da casa.
0
Comente!x

  Caminhei alguns metros pelo pequeno pasto com ovelhas que viviam soltas e que eram cuidadas pelo caseiro da nossa propriedade, passei pelo celeiro e atrás dele as portas do alçapão já estavam abertas. Desci com cuidado, apoiando-me no teto baixo e na parede, abri a porta e o cheiro de sangue envelhecido pelo chão me invadiu as narinas, fazia dias que estávamos naquela rotina, sequer havia tempo para limpar entre um prisioneiro e outro. Às vezes eu achava conveniente, servia como mais um elemento na tortura deles, não era agradável para mim ou para Nero, porém, achava que ele não se importava.
0
Comente!x

  Olhei o homem apenas de cueca, pendurado pelos pulsos no gancho onde penduravam porcos para abate há longos anos, tirei meu blazer, arregacei as mangas da minha camisa e respirei fundo, seria um longo dia. Dei alguns passos até a pequena mesa que tinha ali, tirei meus aneis e relógio e encaixei a soqueira em minha mão, caminhei até o homem e inclinei a cabeça para o lado, para conseguir ver o rosto do desgraçado.
0
Comente!x

  — Seu nome?
  Ele me olhou com um ar de soberba e aquilo me fez dar um sorriso lateral, eu gostava dos que me enfrentavam, que queriam ser durões, pois era sempre mais divertido. Eles se debatiam mais, com esperança de se soltarem ou até mesmo de me alcançar para me agredir e isso era instigante. Um dos motivos por gostar daquilo que eu tentava não gostar, uma parte de mim que eu tentava esconder até de mim mesmo.
0
Comente!x

  — Seu — soquei a costela dele com força, fazendo-o tossir e grunhir de dor — nome?
  — Não foi tão bom em me achar, seu pedaço de bosta? Descubra meu nome.
0
Comente!x

  Caminhei até um canto da sala e peguei um cano de ferro, voltei até o homem pendurado e bati com força em seu joelho, causando o primeiro grito de dor, esperei para ter a minha resposta e como ela não veio, desferi o ferro mais uma vez, contra suas costelas dessa vez, e o grito foi mais alto. Vi ele sem ar e sorri satisfeito, parei em frente a ele novamente e o encarei nos olhos.
0
Comente!x

  — Pronto pra falar?
  — Está — engasgou-se com o que acreditava ser seu próprio sangue — perdendo seu tempo… — Tentou cuspir em mim, mas desviei.
0
Comente!x

  — Balde — disse, enquanto caminhava até a pia para lavar as mãos.
  Nero sorriu, animado com aquilo, realmente ele gostava mais do que eu daquela parte do serviço, eu ainda tinha um coração, o de Nero foi delacerado por uma mulher da equipe de tortura do meu pai, aquilo tinha acabado com ele e qualquer resquício de humanidade que existia naquela mente que já era perturbada por ser o único de sua família a ter ficado vivo. Viu sua mãe e sua irmã serem estupradas na sua frente quando ainda era só uma criança, meu pai o acolheu quando soube do massacre contra sua família, tudo por dinheiro; o pai de Nero era viciado em jogatina, acabou devendo a quem não tinha o mínimo de escrúpulos. 
0
Comente!x

  Assim que me virei, o homem já estava sentado em uma cadeira, ainda preso ao gancho, agora rebaixado. Nero olhou para mim em uma pergunta muda se podia dar inicio e eu assenti. Meu soldado sorriu de maneira perversa antes de pegar o pano grosso, encharcar no balde cheio de água e colocar sobre o rosto do homem, que demorou o tempo de eu acender um cigarro e dar meu primeiro trago para começar a debater os pés. Dei alguns passos, parando em frente a ele, longe o suficiente para ele não me alcançar e dei o sinal que meu soldado poderia retirar o pano.
0
Comente!x

  — O dia aqui dentro tende a passar devagar, sabia?
  Ele tossiu várias vezes, tentava puxar o ar e eu assenti para Nero colocar novamente, ele puxou o homem pelo cabelo e largou o pano em seu rosto de novo. Dei, pacientemente, mais alguns tragos em meu cigarro e meu soldado retirou o pano, colocando-o no balde, esperei o preso recuperar seu fôlego.
0
Comente!x

  — Rafael…
  — Ótimo, agora podemos conversar, Rafael. — Nero colocou uma cadeira atrás de mim e então sentei. — Então, quais são os planos do Guillermo?
0
Comente!x

  — Não conheço… — Gargalhei alto, sem acreditar naquilo, sorri de maneira maligna.
  — Está querendo brincar comigo, Rafael? — Olhei de soslaio para trás do homem e Nero já fazia a busca no tablet pelo nome do homem e onde ele se encaixava no banco de dados que Giulia fez. — Tenho diversos brinquedos aqui… — Ele arregalou os olhos.
0
Comente!x

  — Solo soy un soldado, hombre…  (Sou só um soldado, homem.)
  Nero veio em minha direção e me entregou o tablet, passei o olho rapidamente nas informações que constavam ali e me recostei na cadeira, arqueei uma sobrancelha e olhei bem para o homem acorrentado, sem qualquer possibilidade de fugir, ele realmente estava querendo me enganar? Meu soldado foi até o homem e o socou no estômago, o fazendo cuspir sangue e gemer de dor.
0
Comente!x

  — Eu posso pensar em ser um bom homem, Rafael, caso não minta de novo pra mim.
0
Comente!x

  — Não estou mentindo! — gritou, assim que se recuperou do golpe.
  — Então por que aqui diz que é o braço direito de Alejandro? — Ele arregalou os olhos; bingo. Sorri vitorioso, eu estava com a porra de um capitão, finalmente. Levantei e dei alguns passos até ele. — Vou dar mais uma chance pra você: qual o plano do seu Don na porra do meu território?! — gritei impaciente, então vi ele ficando amedrontado e isso era bom, esse era o caminho a se seguir, mas ainda assim, tudo que recebi foi silêncio. — Está testando a minha paciência, Rafael, e posso afirmar que isso não é bom pra você. — Caminhei até a mesa no canto da parede e peguei um alicate, voltei até ele e abaixei, ficando na altura de seus olhos. — Pronto para brincar? — Curvei os lábios levemente arqueando uma das sobrancelhas e o medo em seus olhos era o combustível que eu precisava para continuar.
0
Comente!x

  Empurrei seu rosto para o lado, segurando-o e quanto mais aproximava o alicate de seu rosto, mais ele gritava em desespero, cortei seu lóbulo devagar, mastigando a carne mole, o desespero dele aumentou, seu grito saiu alto e arrastado. Apertei seu maxilar e fiz ele olhar para mim, para ver o quanto eu estava me divertindo com o sofrimento dele e que eu não iria parar até conseguir o que queria. Levei o alicate mais uma vez até sua orelha e cortei mais em cima, devagar, quebrando a cartilagem aos poucos até cortar completamente e o sangue já escorria pelo seu pescoço dos cortes feitos.
0
Comente!x

  — Pronto pra falar, Rafael? — Ele apenas gemia de dor e apertava os olhos com muita força para tentar, talvez, diminuir a dor. — Eu tenho o dia todo…
0
Comente!x

  — Eu não sei de nada!
  — Vamos trabalhar do jeito difícil. — Olhei para Nero e dei a ordem: — Busque saber quem é a família dele.
0
Comente!x

  — Não! Deixe minha família fora disso…
  — Só depende de você. — Sentei na cadeira novamente e acendi outro cigarro, com toda paciência do mundo, encarava o homem todo ensanguentado e com alguns hematomas pelo corpo. Ele estava respirando pesado, estava cansado, se eu forçasse mais um pouco… só estava decidindo se seria fisicamente ou psicologicamente. Não sabia se ele aguentaria mais algumas porradas.
0
Comente!x

  — Já achei, chefe.
  — Não, eu imploro… faço qualquer coisa.
0
Comente!x

  — Me fale o que sabe.
  — Mas eu não sei de nada… 
  Caminhei lentamente para trás de Rafael onde ele não conseguia me ver, a arte da tortura é você surpreender o torturado, levá-lo ao limite com as armas que você tem e sabe usar. Peguei uma faca de lâmina curta e vim por trás dele, enfiei a faca em sua coxa, bem acima do joelho. Seu grito foi gutural, cheguei a ter um resquício de humanidade e senti até uma certa pena dele, porém, passou rápido.
0
Comente!x

  — Quem são? — Olhei para Nero e ele sorriu, adorando tudo aquilo.
  — Esposa, Sara, e dois filhos, Miguel, de 8 anos, e Joaquin, de 13.
  — Interessante, dois homens, Rafael. — Parei bem em frente a ele, analisando o preso que sentia uma agonia tremenda. — Um homem de sorte eu diria, caso não tivesse dado de cara comigo. — Sorri para ele, que nitidamente ainda sentia a dor da faca cravada em sua perna.
0
Comente!x

  — Por favor, não faça nada com meus filhos… — Vi lágrimas em seus olhos e eu sabia que tinha conseguido, ele falaria.
0
Comente!x

  Nero baixou o gancho onde ele estava pendurado para o sangue voltar a circular em seus braços. Necessário dar conforto para o preso quando você acha que está chegando perto de alguma informação. Mostra que se ele começar a cooperar as coisas podem melhorar para o lado dele. É quase como um adestramento, a recompensa é algo fundamental.
0
Comente!x

  — Já falei, só depende de você. — Traguei meu cigarro, calmamente, antes de falar: — Se for bonzinho deixo até você encontrar seus filhos novamente.
0
Comente!x

  — Ele… quer reconquistar a Espanha.
  — Isso é um insulto à minha inteligência, Rafael — falei de maneira calma e apoiei meu ombro na pilastra que havia ali, enquanto puxava a fumaça para os meus pulmões. — Me conte algo que eu já não saiba.
0
Comente!x

  — Tem um infiltrado na Vincere.
  O quê?! Fechei o cenho na mesma hora e endireitei meu corpo, isso era impossível. Uma pessoa não entra na Vincere sem antes Giulia passar um pente fino desde os primeiros dias de vida dela. Ele estava querendo me enrolar, só podia ser isso.
0
Comente!x

  — Está tentando mentir pra mim de novo, ragazzo! — Fui até ele e soquei seu rosto. — Terei que matar um filho seu em sua frente para entender que não estou brincando?!
0
Comente!x

  — Estou falando a verdade, eu juro!
  — Quem é ele? — Ele ficou em silêncio e eu senti aquele tremor em meu estômago e logo o calor da raiva me possuindo, puxei ele com força pelo pescoço, levantando-o daquela cadeira e o olhando nos olhos. — Eu perguntei… Quem?! — falei entre dentes, bem próximo do rosto dele.
0
Comente!x

  — Lu… ca… — Saiu num sopro de voz e então joguei ele na cadeira, fazendo com que ele e a cadeira caíssem no chão, Rafael tossiu recuperando o ar.
0
Comente!x

  — Quem seria esse?
  — Primogênito… do consigliere.
  Virei para Nero e o encarei sério, franzindo o cenho, como não tínhamos essa informação? Eu precisava falar com Giulia, uma varredura nos últimos soldados que foram recrutados para a Vincere, os empregados da casa, os seguranças novatos dos restaurantes, eu precisava rever tudo. Minha mente não parava, em segundos eu pensei em vários cenários diferentes, pressionei minha testa com o polegar e o indicador e fechei os olhos; precisava de ar puro.
0
Comente!x

  Saí porta afora, irritado.
  Passei a mão pelo meu rosto, pelos cabelos e andei de um lado para o outro sem parar, aquilo era impossível, um infiltrado, quem? O consigliere dos Delantera foi morto por Filippo, sabe como é, olho por olho e dente por dente. Quem seria o novo conselheiro deles e quem era seu filho? Precisávamos descobrir o rosto desse homem para conseguir localizá-lo na Vincere. Peguei o celular para ligar para Giu, mas estava sem sinal.
0
Comente!x

  — Merda!
  — . — Virei para trás e vi Nero me olhando, esperando a próxima ordem.
0
Comente!x

  — Vamos voltar para a cidade, preciso achar esse maledetto!
0
Comente!x

Capítulo 17

Alonso Perroni

  Estacionei meu carro e respirei fundo olhando para o prédio do hospital, virei o rosto e vi as flores que comprei para levar para Vincenzo, era tão difícil ter que passar por aquilo de novo e, dessa vez, era ele, meu melhor amigo. Peguei o vaso, a minha bolsa e saí do carro indo em direção à entrada, cheguei na recepção e me identifiquei, sendo permitida a minha entrada logo em seguida para o quarto 204, onde ele estava internado. Caminhei a passos lentos, estava sem pressa alguma, com medo de como iria encontrá-lo, se estaria tão frágil quanto  sua mãe há longos anos.
0
Comente!x

  Eu precisava ser forte por ele e por Gio.
0
Comente!x

  Vi que a porta do quarto estava aberta, puxei o ar mais uma vez e dei alguns passos, parando em frente a porta, vi Giovanna sentada na beira do colchão e Vince deitado naquela cama de hospital, porém, ele estava bem, mesma expressão de cafajeste e um sorriso no rosto por algo que Coppola falou. Sorri com alívio de ver aquela cena, fechei os olhos agradecendo a quem estivesse me ouvindo e então ouvi meu nome.
0
Comente!x

  — !
  Sorri e entrei, deixando minha bolsa e o vaso de flores em cima da primeira mesa que vi, Giovanna levantou para eu ter espaço para abraçar Vince, então o envolvi em meus braços e apertei o nosso abraço. Estava feliz em vê-lo bem, agradecida por não estar debilitado ou triste por já estar ali há tanto tempo.
0
Comente!x

  — Eu estou bem, . — Afastei apenas para poder olhá-lo nos olhos. — Graças a você e seu pai.
0
Comente!x

  — Não… — Neguei com a cabeça e me endireitei ficando ao lado da minha melhor amiga, que me abraçou.
0
Comente!x

  — Modéstia não combina com você, — falou Gio  e eu a olhei, irritada. — Aí está a nossa . — Balancei a cabeça, rindo.
0
Comente!x

  — Obrigado, — agradeceu Vincenzo  e eu apenas assenti pegando em sua mão.
  — Meu agradecimento é você ficar bem e voltar pro bar, Cristian e você trabalharão juntos a partir de agora.
0
Comente!x

  — Ótimo, mais tempo para os meus serviços particulares.
  — Com a Giovanna até pode ser… — Ela arregalou os olhos e apertou meu braço, fazendo com que eu parasse minha frase no meio e olhasse para ela sem entender nada. Vince franziu o cenho, confuso, e pelo pânico da loira, pude deduzir que ela não tinha se declarado pra ele... ainda. Revirei os olhos antes de dizer: — Foque no bar de agora em diante, ok?
0
Comente!x

  — Você que manda… — Ele fez continência e eu apontei o dedo para ele fazendo careta. — Que foi?
  — Pare com isso! — ralhei de forma brincalhona. — Virou obrigação pros meus empregados desde que você inventou…
0
Comente!x

  — Bom saber que pelo menos iria deixar um legado.
  — Vai se foder, Vince — falei soltando o ar com força.
  Nós três gargalhamos e era tão bom estar com eles novamente, pena que a minha paz não durou muito e meu telefone começou a tocar. Olhei para o visor e era Giulia; esperava não ser mais nenhuma surpresa desagradável como um vídeo meu aos beijos com , essa história estava acabada.
0
Comente!x

  — Oi, Giu.
  — Vem pra casa… agora.
  — De novo essa…
  — Agora, ! — berrou ela, interrompendo a minha frase e desligou, me deixando completamente confusa, mas ela não faria algo do tipo se não fosse importante.
0
Comente!x

  — Desculpa, mas eu preciso ir, algo aconteceu em casa. — Guardei o celular no bolso da minha calça.
0
Comente!x

  — Tudo bem, e fiquei feliz de ver você, . — Vincenzo sorriu.
  — Vince vai ter alta semana que vem… — falou Gio, animada.
  — Isso é maravilhoso! — Abracei ele novamente. — Se cuida, tá bom?
  — Giovanna está cuidando muito bem de mim. — Ele piscou para ela e eu fiz uma careta.
0
Comente!x

  — Jantar lá em casa, nós três, tudo bem? — Assenti que sim.
  — Eu amo vocês.
  — Que bicho te mordeu, ? — perguntou Giovana e eu apenas revirei os olhos antes de deixar o quarto e logo o hospital.
0
Comente!x

  Cruzei o estacionamento mexendo no celular e vi as últimas mensagens no grupo com as minhas irmãs, elas tinham me marcado diversas vezes e eu fiquei ainda mais preocupada, comecei a caminhar mais rápido. Olhei para o lado enquanto guardava o telefone na minha bolsa e vi Ettore e Austin sobressaltados, eles estavam em outro carro estacionado a poucos metros do meu. Eu apenas fiz sinal que estava tudo bem. Assim que estava atrás da direção, coloquei o cinto e fui na maior velocidade que a rodovia permitia até em casa. Entrei a passos largos à procura da Giulia, fui até a sala de segurança e ela não estava lá, franzi o cenho e mandei mensagem no grupo perguntando onde elas estavam e tudo que recebi foi: quarto da Bea.
0
Comente!x

  Abri a porta de supetão e Beatrice surgiu de trás de mim fechando e trancando a porta, olhei assustada com a cena de filme de terror. Giulia andava de um lado para o outro sem parar e Luna estava na varanda, fumando, o que era uma novidade. Fechei os olhos, unindo minhas sobrancelhas e os abri novamente antes de perguntar:
0
Comente!x

  — O que caralhos está acontecendo?
  — Acho melhor te mostrar… — Beatrice respirou fundo e foi até as portas duplas do closet dela. Caminhei até ela, ficando ao seu lado. — Tá pronta?
0
Comente!x

  — Vai logo, Beatrice.
  Assim que ela abriu as portas, eu cobri minha boca para um grito não sair. Eu esperava qualquer coisa das minhas irmãs, sinceramente, mas aquilo era loucura.
0
Comente!x

  — O que vocês fizeram? — Olhei para elas com os olhos arregalados.
  — Agora a gente explica. — Luna fechou a porta da varanda, assim como minha irmã ruiva fechou as do closet ao som dos gritos abafados deixando a boca da mulher que estava lá dentro.
0
Comente!x

  — Beatrice ouviu a Carolyn no telefone… — Cruzei os braços esperando algo que explicasse a futura noiva de amarrada e amordaçada dentro do closet da Beatrice. — Ela falava com alguém sobre um plano pra controlar a Vincere, .
0
Comente!x

  Franzi o cenho, ficando completamente chocada com aquilo, eu não gostava da mulher pelo simples motivo de ela parecer fútil, superficial e arrogante, mas ela ser uma infiltrada para derrubar a famiglia mudava todo o cenário. Minha expressão mudou completamente, assim como meu temperamento e minha postura diante daquilo tudo. Elas fizeram bem em prender essa vagabunda, quem ela acha que é pra invadir a nossa casa e tentar tomar o que é nosso por direito?
0
Comente!x

  — Já fizeram ela falar?
  — Essa parte é com o . — Beatrice levantou as mãos em rendição e sentou na cama. Respirei bem fundo e eu não falaria com o idiota até o momento que fosse extritamente necessário.
0
Comente!x

  — Ele está há dias torturando diversos homens pra conseguir informação, vamos dar um tempo pra ele, ok? — explicou Giulia e eu olhei pra ela, confusa.
0
Comente!x

  — Quando foi que isso- — Deixei a frase morrer, sem acreditar que de novo os segredos estavam por todo lugar. — Giu, o que tá acontecendo?
0
Comente!x

  — Sigilo.
  — De nós?! — reclamou Bea, indignada.
  — Papai pediu.
  — Era só o que me faltava… — Revirei os olhos. — Qual a missão, Giulia? — Ela ficou em silêncio, tentando olhar para outros lugares que não fossem meus olhos, mas fui até ela e parei em sua frente. — Parlare, Giulia Perroni!
0
Comente!x

  — Os Delantera voltaram!
  — Mannaggia! — xingou Beatrice gesticulando as mãos. — Ela é um deles?
0
Comente!x

  — Vai saber, agora temos que arrancar algo dela! — falou Luna, nervosa.
  Massageei minha testa em busca de alguma razão ou uma luz em minha mente, aquilo não podia estar acontecendo, era uma merda atrás da outra. Logo quando achei que estava tudo resolvido e que eu seguiria tomando conta da minha boate, se casaria e seria feliz bem longe de mim e tudo ficaria bem. No entanto, eu esqueço que ser dessa família quer dizer que a única coisa que não vamos ter na vida é paz. Soltei o ar me preparando e abri as portas do closet, olhei para minhas irmãs perguntando se elas iriam e as três me seguiram. Giulia fechou as portas e então me aproximei da loira e tirei o pano da boca de Carolyn.
0
Comente!x

  — Vai, desembucha.
  — Não sei o que quer de mim…
  Revirei os olhos e dei um tapa na cara dela, assustando minhas irmãs, menos Giulia, óbvio, e Carolyn mantinha o rosto virado para o lado, surpresa por eu ter feito aquilo.
0
Comente!x

  — Você vem a minha casa, seduz , enrola a minha irmã — apontei para Luna — e agora quer me fazer de otária? Non sono un idiota.
0
Comente!x

  — Não sei o que sua irmã escutou, mas ela está louca — falou com tamanha arrogância que me fez ficar com mais raiva do que já estava.
0
Comente!x

  — Vai xingar minha irmã também?! — Estalei minha palma de novo no rosto dela, dessa vez com mais força, o que fez sua pele ficar vermelha. — Se pazza, puttana?  
0
Comente!x

  — Eu sou apenas a prometida de . — Ela começou a chorar e fazer cena, eu apenas revirei os olhos fortemente e andei de um lado para o outro pensando no que eu poderia fazer para fazer ela falar. — Só quero dar uma família a ele…
0
Comente!x

  — Não ouse… — Parei em frente a ela, apontando o dedo em sua cara
  — Ele me contou o quão trágica é a história de vocês…
  — Não ouse usar isso pra se safar, sua vadia. — Ela levantou a cabeça e me olhou de forma investigativa, franzi o cenho, confusa. — sofreu tanto quanto qualquer uma de nós e não merece ser traído dessa forma.
0
Comente!x

  — Você gosta dele… — falou ela, baixo, como se tivesse se dado conta daquilo naquele momento.
0
Comente!x

  — O quê? — Dei um passo para trás.
  — É sobre isso, não é? — Ela riu, soltando o ar pelo nariz, desacreditada. — Vocês dois têm um caso por baixo dos panos… — Carolyn fez uma careta.
0
Comente!x

  — Não fale do que não sabe… — Neguei com a cabeça, veementemente.
  Senti um vazio me tomando, aquela sensação de estar sendo ameaçada e acuada em um canto da parede me tomou. Um calafrio percorreu meu corpo se instalando em meu estômago. Olhei rapidamente para as minhas irmãs que seguiam ao meu lado, mas eu sentia que elas me julgavam em suas mentes.
0
Comente!x

  A raiva surgiu em mim, não só pela situação ou por ela falar em voz alta algo que todas nós sabíamos, porém, decidimos em conjunto enterrar aquilo naquela sala de segurança, assim como Giulia achou melhor deletar aquele vídeo, transformando de uma vez só aquilo em um segredo nosso. Também me deixava irritada o fato de a mulher invadir minha casa e me afrontar daquela forma, nos desrespeitando embaixo do nosso próprio teto e ainda achar que pode falar um absurdo desses como se soubesse de algo.
0
Comente!x

  — Tá escrito na sua cara! — Ela abriu a boca como se estivesse chocada. — Você está apaixonada por ele!
0
Comente!x

  — Cala a boca! — Parti pra cima dela desferindo tapas, mas Beatrice me segurou e começou a me puxar para trás.
0
Comente!x

  — Que nojo, vocês são doentes!
  — Sua escrota, eu vou matar você! — berrei, completamente sem controle algum da minha raiva, aquilo tinha me atingido de forma mais profunda do que eu achei que seria.
0
Comente!x

  — Vamos sair daqui… — Bea lutava para me tirar de perto da mulher enquanto eu me debatia querendo agredir Carolyn.
0
Comente!x

  Giulia se juntou à ruiva e me levaram pra fora, Luna colocou a mordaça novamente na francesa e fechou as portas.
0
Comente!x

  — Calmati, . — Giulia balançou meus ombros.
  Senti meu coração pulsando em minha garganta, por que eu me descontrolei tanto?
  Não podia ser verdade, não era, eu sabia que não era. Eu nunca gostei do , o que aconteceu foi um lapso, um desvio de caráter momentâneo, apenas um desejo incontrolável, delirante eu diria, de duas pessoas que se odiavam, foi só isso. Porque eu sinto que se não fosse pelas minhas irmãs eu teria matado aquela vagabunda com as minhas próprias mãos? E por que a sensação que eu tenho dentro de mim é que eu teria gostado disso?
0
Comente!x

  — Ela está me assustando... — comentou Luna, amedrontada, fazendo-me acordar dos pensamentos obscuros em minha mente e voltar a mim.
0
Comente!x

  — Descubram tudo o que puderem sobre ela, enquanto isso, ninguém sabe onde ela está, entenderam? — ditei, olhando para elas, que assentiram. Saí dali pisando duro, eu precisava de um ar e, principalmente, de uma bebida.
0
Comente!x

  Saí dali batendo a porta com força, caminhei sem rumo pelo corredor, eu estava completamente desorientada, passei a mão pelo rosto e agachei no meio do corredor. Apoiei a cabeça em meus joelhos, minha vontade era de gritar e colocar tudo aquilo para fora, sentia meu coração acelerado e pulsando em meus ouvidos.
0
Comente!x

  Me sentia sufocada e perdida.
  — O que aconteceu?
  Abri os olhos de vez, encarando o chão, ao ouvir aquela voz. parecia ter o timing perfeito para me pegar desprevenida. Levantei a cabeça devagar e vi ele me olhando de maneira curiosa, fiquei de pé e puxei meu blazer, ajeitando-o.
0
Comente!x

  — Nada aconteceu.
  — Sério? — perguntou, debochado. — Por isso estava no meio do corredor agachada… Bem comum uma pessoa em seu juízo perfeito fazer isso.
0
Comente!x

  — Estou sem tempo pra você, . — Comecei a andar para passar por ele, mas fui segurada pelo braço, fazendo com que eu olhasse em seus olhos.
0
Comente!x

  — Não quero que saia de casa — ordenou ele, como se eu fosse uma maldita criada.
0
Comente!x

  — Como? — Franzi o cenho.
  — Não vou repetir, .
  — Me solte — falei, séria.
  — Se me prometer manter essa bunda em casa…
  — Você realmente acredita que tem algum poder sobre mim, não é?
0
Comente!x

  — Sabemos que sim… — falou, vangloriando-se.
  Aquele sorriso libertino tomou seu rosto e tudo que escutei foi a voz da Carolyn em minha mente. Puxei meu braço de maneira brusca e tomei distância dele, assustada, e aquilo fez ele me olhar de forma confusa. Os olhos negros foram direto para os meus, me analisando, e eu nunca conseguia não me sentir presa a eles, nem que fosse apenas por alguns segundos.
0
Comente!x

  — O que você-
  — Tenho mais o que fazer, … — Virei as costas e saí andando sem deixar ele terminar o que falaria.
0
Comente!x

  — Perroni, não ouse sair dessa casa! — gritou , mas eu já estava descendo a escada com pressa.
0
Comente!x

  Peguei minha bolsa em cima da mesa no hall e entrei em meu carro. Fiquei olhando para a mansão e diversas coisas me passaram pela cabeça, desde o maldito dia em que caí na tentação pela primeira vez até o momento em que aquela cadela falou aquele absurdo. Fechei os olhos e soquei o volante diversas vezes enquanto gritava o máximo que meus pulmões permitiam.
0
Comente!x

  Abri os olhos e olhei para frente, assim que vi na porta de entrada dei partida no carro e saí cantando pneu. Olhei pelo retrovisor e o carro dos meus seguranças vinha logo atrás de mim, suspirei aliviada por ele não ter colocado todo o exército atrás de mim.
0
Comente!x

  — Cazzo!! — berrei dando outro soco no volante.
  Eu precisava ir para a boate, Beatrice estava em casa e isso significava que a Fascino estava sem alguém para administrar a noite. Mesmo sabendo que não me encontrava em meu juízo perfeito, eu precisava de algo que distraísse a minha mente. Entrei pela porta sem nem mesmo dar boa noite aos meus seguranças ou barmans. Apenas subi a escada com um único objetivo: secar aquela garrafa de vodca.
0
Comente!x

  Entrei em meu escritório e joguei minha bolsa no sofá, abri a gaveta e ao tirar a tampa da garrafa, nem mesmo pensei em um copo, virei o líquido transparente e o senti queimar em minha garganta. Mordi o lábio com força enquanto me apoiava na mesa e encarava o carpete vermelho, nem mesmo me dei conta de quando comecei a chorar.
0
Comente!x

  O que porra tava acontecendo comigo?
  Quando desci, bêbada demais para dirigir meu próprio carro, pedi para que Austin e Ettore me levassem para um hotel. Eu não queria estar em casa, não queria ver minhas irmãs, não queria vê-lo… Queria, por uma noite, esquecer que eu fazia parte da famiglia. Eu só precisava de um tempo sozinha com minhas frustrações e pensamentos obscuros demais para serem falados em voz alta.
0
Comente!x

  Um deles foi dito em alto e bom som e eu não gostei da sensação de ouvi-lo.
0
Comente!x

  E não só foi dito na minha frente como minhas irmãs também estavam lá para ver o meu descontrole emocional diante daquilo. Não podia ser a verdade, eu não aceitaria se fosse, eu lutaria todos os dias contra seja lá o que fosse aquilo. Eu pedi mais bebida pelo serviço de quarto e bebi até achar que fosse o suficiente para calar as malditas vozes dentro da minha cabeça.
0
Comente!x

Alonso Perroni

  Acordei com batidas fortes na porta e com muito esforço consegui abrir os olhos, ergui meu corpo e olhei para os lados vendo uma garrafa de whisky quase na metade. Ouvi as batidas novamente e levei a mão até a cabeça, a dor estava presente, latejante. Desci da cama e peguei um robe. Fui até a porta e abri ela devagar, vi transtornado, me olhando daquele jeito possesso, mas sem perder a pose que só ele conseguia, e então respirei fundo já sabendo o que viria, dei as costas e caminhei em direção ao banheiro.
0
Comente!x

  — Por que faz tão pouco da minha autoridade, ?! — Ele entrou no quarto e bateu a porta atrás de si. Entrei no banheiro, ignorando sua pergunta, e comecei a escovar os dentes com a escova que o hotel dava de brinde, logo vi ele no reflexo do espelho. — Falei para não deixar a mansão.
0
Comente!x

  — Não sei se já se deu conta em que século estamos — virei e apontei a escova de dente para ele enquanto falava —, mas eu sou uma mulher livre, . — Voltei para a pia cuspindo a pasta e lavei a boca, me enxugando na toalha e virando novamente para encará-lo. — Não obedeço homem nenhum.
0
Comente!x

  — … — alertou, passando a mão no rosto, claramente indignado. — Você sumiu!
  — Eu estava com meus seguranças, que tenho certeza que você ligou para saber onde eu estava, já que está aqui.
0
Comente!x

  — É óbvio que liguei! — gritou, e eu apenas ignorei minha cabeça latejando por causa da ressaca e caminhei até o quarto com ele em meu encalço. — Você some por uma noite inteira logo depois… — ele não continuou, apenas suspirou e mexeu no cabelo, nervoso. — Me escute dessa vez, sim?
0
Comente!x

  — Conseguiu alguma informação? — falei sentando na cama e cruzando as pernas, vi seus olhos serem indiscretos em minhas coxas, que escapavam do pano do robe, e revirei os olhos. — Aqui, — indiquei meus olhos com o indicador e ele logo subiu o olhar, pigarreando. — Com os Delantera, talvez?
0
Comente!x

  — Como você-
  — Não importa — cortei o que ele iria dizer. — Você deveria ter me comunicado… — Levantei e virei de costas, peguei minha calça e a coloquei passando por baixo do robe, abotoei e fechei o zíper me virando para ele novamente. — Isso é importante, nós também precisamos estar em alerta caso eles estejam pensando em nos atacar.
0
Comente!x

  — Tem um infiltrado na Vincere, cazzo, por isso mandei ficar em casa.
  — E esse foi o problema, você não quis me informar pois acha que manda em mim. — Tirei o robe e joguei em cima da cama.
0
Comente!x

  — ! — Peguei minha blusa que estava nas costas de uma poltrona e vesti. — Não fode, porra, você sabe o que passamos. — Ele se aproximou de mim.
0
Comente!x

  — Por isso mesmo! — Encarei-o com raiva e bati o indicador no peito dele, irritada por achar que eu sou uma donzela em perigo que precisava ser protegida a todo custo. — Não sou idiota, você sabe melhor do que eu que devemos seguir com a rotina… — Peguei meu blazer, bolsa e saí andando para fora do quarto. — Bom dia, Austin, Ettore. — Sorri para eles, que apenas balançaram a cabeça me cumprimentando. — Não podemos deixar eles desconfiarem que sabemos… — vinha logo atrás de mim e meus seguranças na sequência, tomando uma certa distância respeitosa, continuamos a caminhar pelo corredor em direção ao elevador. — Acaso não sabe como o inimigo pressente essas coisas? Sem falar que pode ser alguém em qualquer lugar na Vincere, até na Itália.
0
Comente!x

  — Você sempre minimizando o fato de que pode ser alguém próximo e que você pode estar em risco…
0
Comente!x

  Parei em meio ao corredor e virei para ele, pendendo a cabeça para o lado antes de falar:
  — Acha mesmo que só eu corro riscos, ?
  — Não ache que um sobrenome falso te mantém em segurança, — sussurrou ele entre dentes, aproximando-se de mim, aqueles olhos sempre parecendo me desafiar, aquilo sempre me deixava possessa.
0
Comente!x

  — Sei bem que não…
  — Então não me conteste, vá direto para casa e fique lá…
  — Infelizmente… — Olhei para o meu relógio de pulso e busquei seus olhos — a Fascino abre em algumas horas. — Dei de ombros olhando para ele.
0
Comente!x

  Vi sua expressão mudar e ele me empurrou na parede com força, arregalei os olhos e senti meu coração acelerar, assim como meus seguranças levaram um susto pela movimentação repentina e travaram onde estavam. Ninguém nunca tinha visto eu e brigarmos daquela forma, nem mesmo eu tinha visto ele perder a cabeça em um lugar público.
0
Comente!x

  — Não me tire do sério — travou o maxilar —, sei que odeia quando eu ajo por impulso, . Então, caso não queira que eu mate cada filho da puta que ousar olhar errado pra você, fique em segurança.
0
Comente!x

  Minha respiração estava descompassada, sentia meu corpo trêmulo, mas não era de medo, eu o conhecia, mais do que gostaria até. Aquela sensação era receio, receio do que eu estava sentido com tão perto de mim, falando de maneira tão protetiva, segurando meu ombro e minha cintura com possessividade. Aquilo era impróprio de tantas maneiras, e eu soube ali que nem toda a bebida do mundo poderia manter aqueles pensamentos sujos longe da minha cabeça.
0
Comente!x

  — Ok — foi tudo que eu disse.
0
Comente!x

[...]

  Soquei com mais força o Fred, nome que eu tinha dado para o boneco de borracha que era mais um saco de pancadas na nossa academia, estava descarregando a minha raiva de ter que ficar presa naquela casa. só podia ter surtado, ficou tanto tempo torturando homens que perdeu a habilidade de interpretar a realidade. Não era possível que ele estava pensando racionalmente prendendo todas nós em casa como se algum idiota fosse capaz de se aproximar de nós depois da segurança ter sido reforçada.
0
Comente!x

  Eu tinha pedido para Cristian tomar conta da boate depois daquele ataque de , fazia 8 dias que eu estava trancada naquela casa e eu já não sabia mais o que fazer. Chutei mais uma vez o boneco, senti meu coração pulsar na minha garganta, fechei os olhos e respirei fundo. Eu já estava enlouquecendo antes mesmo de não ter que ficar sem distrações, eu precisava do meu trabalho para me manter longe dos pensamentos obscuros que rondavam a minha cabeça.
0
Comente!x

  Eu estava entrando em pânico dentro daquela casa, eu precisava ir pra minha boate e naquele dia eu iria, não tinha um ser humano nessa terra que me fizesse mudar de ideia. Tomei um banho depois do almoço, me arrumei e sem ninguém me impedir, fui até a Fascino. Com Ettore e Austin na minha cola, é claro. Entrei na boate, feliz apenas por estar ali, dei boa tarde aos meus barmans e pedi para que Christian fizesse um martini.
0
Comente!x

  — Ontem veio uma mulher aqui querendo falar com você.
  — Uma mulher… Não disse o nome ou o que queria comigo? — Franzi o cenho olhando para o ruivo que colocou a taça com minha bebida no balcão balançando a cabeça negativamente.
0
Comente!x

  — Ela só disse que voltaria. — Assenti, dando de ombros. — O detetive veio de novo também… — Soltei o ar, revirando os olhos. — A sorte foi que os homens vieram recolher o que sobrou mais cedo.
0
Comente!x

  — Eu queria que Estevan cuidasse de algo mais importante do que ficar enchendo a porra do meu saco.
0
Comente!x

  — Acho que o cartel de drogas da Espanha é bem importante, . — Ele riu e eu mostrei o dedo do meio para ele.
0
Comente!x

  — Idiota.
  — Boa tarde. — Olhei para o lado, vendo Beatrice.
  — Fugiu de casa também? — falei rindo.
  — está insuportável. — Ela revirou os olhos e sentou ao meu lado. — Me dá um desse também, Cris.
0
Comente!x

  — É pra já. — O barman virou e foi para o fundo do bar preparar o drink.
  — Estava com saudade da namorada? — Peguei minha taça e dei um gole, rindo divertida.
0
Comente!x

  — Vai me tirar pra brincadeira, ?
  — Só fiz uma pergunta… credo. — Levantei as mãos em rendição e ela revirou os olhos.
0
Comente!x

  — Eu quero falar uma coisa com você… sobre aquele assunto. — Ela me encarou insinuando que eu soubesse qual era o assunto, e eu realmente sabia; Carolyn.
0
Comente!x

  — Vamos pro escritório.
  Ela me explicou como estava fazendo com a vadia francesa. Dava comida a ela, levava ela no banheiro para fazer as necessidades, amarrada é claro, e a diaba não abria o bico. Beatrice até tentava arrancar alguma coisa dela, porém, Carolyn parecia treinada para suportar aquilo e muito mais. No entanto, eu ainda achava que a gente estava pegando leve, então eu disse que depois do fim de semana de Natal a gente interrogaria ela de uma forma mais… eficaz.
0
Comente!x

  Pensei até em um jeito de o papai e de não desconfiarem do sumiço dela, apesar dos dois estarem ocupados o suficiente para não ter dado falta da inconveniente. Falei para Beatrice pegar o celular de Carolyn e enviar uma mensagem para dizendo que passaria as festas com o pai dela em Paris. Seria a desculpa perfeita e isso nos daria tempo para arrancar dela tudo que precisávamos.
0
Comente!x

  — E dá um jeito de calar a boca do Estevan, paga alguém na polícia pra tirar esse merda da nossa cola.
0
Comente!x

  — Vou pedir para o Filippo resolver isso. — Beatrice levantou e olhou para mim. — Não esqueça que papai chega hoje e ele quer todos em casa para jantar.
0
Comente!x

  — Alguma ocasião especial?
  — Semana que vem é Natal, vai saber o que ele planeja. — Ela deu de ombros e saiu do escritório.
  Soltei meu peso na cadeira e olhei para cima, encarei aquele teto como se fosse a salvação dos meus problemas, tudo estava tão confuso em minha cabeça, nunca fiquei tão perdida na minha vida. Era coisa demais para absorver, resolver e entender. Respirei fundo e peguei um cigarro, acendendo-o, puxei a fumaça para os meus pulmões fechando os olhos e agradecendo por aquilo estar me acalmando.
0
Comente!x

  Eu precisava pensar com clareza.
0
Comente!x

Perroni

  Quando cheguei em casa depois de descobrir que tínhamos um infiltrado, estava estranha, agachada no corredor como se estivesse sendo atormentada por algo ou alguém, tentei ler seus olhos, eles sempre me diziam o que eu queria saber. Entretanto, não gostei do que vi direcionado a mim, não entendi o que estava se passando, mas eu iria descobrir. Se ela quisesse sair de casa mesmo quando dei uma ordem direta, ela teria companhia e estaria sendo vigiada de perto.
0
Comente!x

  Eu tinha uma informação que ninguém tinha, aquele soldado falando o nome dela antes de morrer ainda me assombrava, mas era exaustivo sentir essa necessidade de protegê-la, ela era a única que se revoltava comigo por querer cuidar dela. era como um cavalo selvagem, só queria liberdade e se alguém ousasse ir contra seus desejos, pagaria um preço. Eu não estava gostando do quanto eu estava tendo que pagar desde que o que eu sentia por ela tinha tomado todas as horas do meu maldito dia. Aquilo era preocupante e inadequado, mas eu não conseguia lutar contra, quanto mais eu tentava me distanciar, parecia que cada vez mais algo me possuía.
0
Comente!x

   tinha se tornado um vício pior do que qualquer droga.
0
Comente!x

  Desci a escada devagar, sentindo bem o mármore sob meus pés, meu corpo parecia levemente retesado, a tensão tomava conta de mim a cada passo que eu dava. Fazia algum tempo que todos nós não fazíamos as refeições juntos. Meu pai estava na Itália, a verdade era que ele passava mais tempo lá do que na Espanha. Como ele mesmo dizia: quem deveria cuidar da Espanha eram os herdeiros da Vincere, liderados por mim e por . Seria uma tarefa árdua já que não nos entendemos nem nas decisões banais.
0
Comente!x

  — Como foi essa temporada sem o pai de vocês em casa? — perguntou Otelo enquanto levava um pedaço de carne de cordeiro à boca.
0
Comente!x

  — Muito trabalho, papai — respondeu Luna, sorrindo.
  — Quero propor umas férias pra vocês.
  — Férias? — Giulia franziu o cenho olhando para o nosso pai.
  — Sim, estão trabalhando muito… — Ele deu um gole em seu vinho e continuou: — O que não é algo ruim, estou orgulhoso dos meus filhos. Quero passar o Natal na Itália, com a família reunida na nossa antiga casa.
0
Comente!x

  Vi arregalar os olhos e trocar olhares com minhas irmãs, o que achei estranho, o que elas estavam aprontando?
0
Comente!x

  — Não vejo necessidade de deixarmos tudo aqui e irmos para a Itália, pai — argumentou Beatrice. — Podemos organizar uma festa maravilhosa de Natal aqui na mansão.
0
Comente!x

  — Está na hora de voltarmos para a Itália para uma comemoração em família, Beatrice — insistiu Otelo.
0
Comente!x

  — Papai, Vincenzo ainda está se recuperando, sabe que gosto que ele e a Giovanna passem o Natal com a gente.
0
Comente!x

  Vi que meu pai ponderou, estava pensando, pisquei os olhos devagar, esperando o que ele resolveria, tudo com meu pai era assim. Se tivesse sido eu a falar, definitivamente já estaríamos brigando ou coisa pior. No entanto, minhas irmãs tinham um poder sobre Otelo que eu nunca entenderia. Olhei para , que conectou seu olhar ao meu por alguns instantes, gostaria de saber por que estava tão difícil ler seus olhos.
0
Comente!x

  — Tudo bem, tem razão. Podemos fazer essa viagem ano que vem, com Vincenzo e Giovanna presentes.
0
Comente!x

  — Obrigada, papai — agradeceu com um sorriso e uma expressão de felicidade genuína, ela… suspirei tentando manter meus pensamentos em silêncio.
0
Comente!x

  Eu ia perder a sanidade.
0
Comente!x

[...]

  Filippo tinha seguido o homem que vendia drogas nas boates da Espanha por alguns dias e descobriu tudo que podia. Parecia realmente ser apenas um moleque tentando ganhar a vida de uma forma não convencional, o problema é que quem vende as drogas no país somos nós, e ele não sairia impune. Um susto deveria ser o suficiente para amedrontar um jovem imprudente, meu primo cuidaria disso, pois naquele momento eu só conseguia enxergar na minha frente, com aquele vestido vermelho, minúsculo, rindo, bebendo e conversando com minhas irmãs e Giovanna.
0
Comente!x

  Eu estava sem o menor espírito natalino, mas eu precisava estar ali presente ou Otelo me mataria pessoalmente. Meu pai levava as datas comemorativas a sério, diferente do pai de Carolyn, e o estranho foi ela me mandar mensagem na semana passada dizendo que tinha ido para Paris. Eu achei estranho, mas vai que o espírito natalino que me faltou tivesse surgido de forma inesperada no velho? Apesar das circunstâncias em que nós nos encontrávamos fossem complicadas, eu esperava de verdade que ela se divertisse com o pai e a tia. Otelo conversava animado com uns amigos próximos que ele convidou para passar o Natal com a gente.
0
Comente!x

  Eu, desde que desci aquela escada, seguia sentado na mesma poltrona, e já estava com a minha terceira ou quarta dose de whisky. Minha cabeça não parava de pensar sobre o intruso, olhava para todos os soldados, desconfiado e procurando uma falha para interrogá-los. Vi Giulia se aproximando e troquei a perna que estava apoiada no joelho, dando um gole no whisky e esperando com o que o pingo de gente ia vir me perturbar agora. Ela sentou ao meu lado e ficou em silêncio, apenas bebericando o suco de uva em sua taça, sabia que era suco pois ela detestava bebida.
0
Comente!x

  — O que houve, Giu?
  — Nada, só quis sentar um pouco… Elas já estão alteradas — apontou para as irmãs, revirando os olhos —, não sabem ficar dentro do limite.
0
Comente!x

  — Talvez elas queiram cruzar o limite, Giulia. — Levei o copo à boca dando de ombros e a vi olhar para mim de um jeito inquisidor.
0
Comente!x

  — Como cruzou com a , ? — Me engasguei com o whisky e quase cuspi tudo no tapete. — Guardanapo? — Vi o papel branco e quadrado em minha frente sendo balançado pelos dedos de Giu e o puxei de sua mão para secar minha boca. — É tão impulsivo assim que não soube controlar seu pinto dentro das calças?
0
Comente!x

  — Você não sabe do que tá falando, Giulia.
  — Ah, verdade — ela colocou o dedo no queixo, como se ponderasse algo —, vocês não transaram… — Seus olhos azuis me miraram e ela concluiu: — Ainda…
0
Comente!x

  Giulia levantou e saiu em direção à cozinha, eu estava perplexo, o que ela quis dizer com “ainda”? Ela sabia de algo que eu não sabia? Olhei diretamente para que me olhava com a testa franzida, porém, logo tirou a atenção de mim e voltou a olhar para Beatrice. Fiquei completamente perdido com tudo aquilo, quando foi que a Giulia soube tanto? contou tudo que aconteceu para ela? Não era possível, mesmo que eu soubesse da confiabilidade que elas têm umas nas outras, ela não contaria.
0
Comente!x

  Enquanto pensava na probabilidade de todas as minhas irmãs saberem de tudo e o quanto isso seria problemático em níveis que nem queria pensar, vi Filippo entrar na sala cumprimentando todos e vindo diretamente em minha direção com uma expressão que eu não estava gostando.
0
Comente!x

  — Podemos falar?
  Acenei e levantei, deixando meu copo na mesa ao lado da poltrona em que estava, fomos até a biblioteca e então me sentei na cadeira de meu pai, esperando ele me contar a má notícia em plena véspera de Natal.
0
Comente!x

  — Aquela transação deu errado, .
  Fechei os olhos e suspirei. As mulheres trazidas para trabalhar em nossas boates pelo mediterrâneo sempre deram certo. Se os Delantera estivessem por trás disso também eu faria questão de matar o responsável com minhas próprias mãos.
0
Comente!x

  — Mande Nero ir até lá e fazer dar certo.
  — Elas estão presas na polícia federal, . Provavelmente aquele detetive que não sai do nosso pé está lá se achando o melhor dos policiais por ter impedido a entrada de imigrantes ilegais.
0
Comente!x

  — Mudaram o produtor de passaportes? — Ele balançou a cabeça em negativo. — Então por que pegaram elas, Filippo?! — falei mais alto, me levantando. — Espero saber detalhes do porquê isso deu errado depois de tantos anos.
0
Comente!x

  — Sim, .
  Respirei fundo tentando controlar a minha raiva, meu humor estava péssimo, dias e mais dias torturando homens; me tirando do sério; minhas irmãs aprontando alguma coisa que eu ainda iria descobrir o que era e agora mais essa. Eu poderia ter paz pelo menos no Natal, mas não, como um feriado religioso seria bom com o preferido do príncipe do inferno?
0
Comente!x

  Saí da biblioteca e olhei para a porta lateral que dava acesso à área da piscina, vendo uma silhueta e apenas o brilho da brasa de um cigarro. Andei lentamente já tirando minha carteira do bolso e colocando um cigarro nos lábios. Assim que estava do lado de fora vi o corpo encostado na parede, as pernas cruzadas, o vestido vermelho colado e os olhos verdes me encarando como se eu atrapalhasse seu silêncio. Apenas andei mais um pouco e acendi meu cigarro, ficando em silêncio, que era o que parecia que ela tinha ido buscar ali fora, longe de todos.
0
Comente!x

  — Papai parece feliz. — Ela estava olhando para frente, encarando um ponto qualquer do jardim e eu olhei de soslaio em sua direção. — É realmente estranho vê-lo assim…
0
Comente!x

  — Ele tem motivo pra isso…
  — Sabe qual é? — sempre era pega pela curiosidade.
  — A nossa empresa vai abrir uma filial de nossas lojas aqui na Espanha — falei, sem mais.
0
Comente!x

  A empresa têxtil da Vincere, que meu pai construiu em homenagem a minha tia, ia muito bem. O único negócio legal que a nossa família tinha e que não dava tanta dor de cabeça.
0
Comente!x

  — Acreditava que a Vittoria inc ficaria apenas na Itália para sempre.
  — Talvez seja um jeito de Otelo mostrar que nossa tia conseguiu acabar com eles mesmo sendo assassinada. — Sorri sem humor.
0
Comente!x

  — Ótima forma de enxergar as coisas. — Ela desencostou da parede e virou o corpo em minha direção, fazendo com que eu fizesse o mesmo.
0
Comente!x

  — Não acho um jeito tão ruim de expandir os negócios, afinal, estamos aqui — expliquei.
  — Não estou reclamando, gosto de pensar que vou ter uma loja nossa bem aqui para pegar as minhas roupas.
0
Comente!x

  — Já sei que vou gostar da próxima coleção… — Dei um trago em meu cigarro dando um sorrisinho travesso e vi seus olhos cintilarem com o reflexo da luz verde do jardim ao me olhar. — Você está bem?
0
Comente!x

  — Que tipo de pergunta é essa? — A vi dar alguns passos para frente enquanto tragava o seu cigarro.
  — Está diferente, .
  — Diferente? — Ela jogou o cigarro e pisou na bituca para apagá-la. Logo olhou pra mim e continuou: — Estou a mesma de sempre, , talvez você tenha se acostumado com uma versão minha que não existia até você trazer ela pra fora, mas fiz questão de afogá-la com muito álcool antes que fosse tarde. — Fiquei um pouco confuso com o que ela falou e meu impulso foi pegá-la pelo braço. — Não vamos mais fazer isso — disse ríspida, ainda de costas.
0
Comente!x

  Ela já tinha deixado claro que nada do que aconteceu nos últimos meses voltaria a acontecer, além de ter dito com todas as letras que era para eu tentar de verdade com Carolyn. Tudo o que eu não esperava, fiquei frustrado, chateado e até um pouco surpreso com o que ela sugeriu. Contudo, eu sabia que uma das qualidades de era ser racional em qualquer momento, seja ele ruim ou não.
0
Comente!x

  Fazia tanto tempo que eu não conseguia lê-la tão facilmente e isso me deixou em dúvida se ela realmente estava me afastando porque queria ou porque era preciso.
0
Comente!x

  — , me diz o que passou pela sua cabeça naquele dia… Que estava agachada no corredor. — Vi seus ombros penderem, como se ela fosse se arrepender de falar o que viria pela frente.
0
Comente!x

  — Medo, … Medo.
0
Comente!x

  Senti um arrepio cruzar minha coluna e larguei seu braço, dando um passo para trás e vendo ela ir, distanciando-se cada vez mais de mim e, olhando sua nuca, um sentimento de amargura me atingiu e por mais que ela estivesse certa sobre tudo isso, a parte de mim que sentia algo por ela já não era mais possível afogar como ela fez.
0
Comente!x

Capítulo 19

Alonso Perroni

  Mal consegui passar pelo jantar intacta, olhar para depois do que falei para ele era quase como se sentisse uma faca girando em meu estômago. Eu não sabia exatamente o que ele queria que eu dissesse, mas disse o que senti naquele dia, lembro de como eu entrei em pânico quando lembrei das palavras de Carolyn, fiquei tão apavorada que bebi para esquecer, para apagar meus pensamentos e talvez até matar aquela parte de mim que pensava tanto que meu meio-irmão seria algo além do que ele é.
0
Comente!x

  Eu estava confusa e meio perdida.
0
Comente!x

  Cheguei em meu quarto após o jantar de Natal e ainda segurava um copo com whisky, fui até a varanda para fumar e senti um alívio por estar sozinha. Longe dos olhares que me queimavam, dos que me julgavam e dos que me matavam por dentro um pouco mais a cada minuto. Depois de me sentir tonta e cansada o suficiente, deitei em minha cama e chorei, as lágrimas saíam sem dificuldade alguma e eu nem sabia o motivo de ter chorado copiosamente naquela noite.
0
Comente!x

  Quando acordei pela manhã senti uma imensa vontade de vomitar e foi o que fiz, corri para o banheiro.
0
Comente!x

  Tomei banho, me arrumei para o café e quando abri a porta, vi uma sacola de papel vermelha e linda no chão com meu nome, franzi o cenho e a peguei, voltando para dentro do quarto novamente. Abri o pacote com cuidado, vi uma caixa de veludo quadrada e abri. Um colar com uma peônia e três cobras em volta, conhecia esse símbolo, algo que pra nós, principalmente da Vincere, era tido como o símbolo de poder dentro da famiglia. Todos nós usamos o anel com a peônia e as cobras em nosso anelar, mas Otelo e sempre usam um broche do lado esquerdo do peito, papai deveria estar tentando me mostrar que, de uma forma ou de outra, eu também sou a prossima.
0
Comente!x

  Sorri feliz pelo gesto.
  Deixei a caixinha em cima da cômoda e assim que abri a porta novamente dei de cara com Beatrice. Franzi o cenho pela expressão dela não ser nada boa, olhei para baixo e ela tinha um celular em mãos. Deixei que entrasse no quarto e então virei para encará-la, fechando a porta atrás de mim.
0
Comente!x

  — O que houve?
  — Leia isso aqui. — Ela me entregou o celular no aplicativo de mensagens, comecei a ler e não entendi absolutamente nada. Olhei para ela novamente e balancei a cabeça em negativo. — Exatamente. São códigos, , alguém está trabalhando junto com a Carolyn.
0
Comente!x

  — Esse celular é dela?
  — Não era óbvio? — Ela sentou na minha cama e mordeu o lábio olhando para cima, como se pensasse em algo. — Pelo histórico, esse número liga sempre a mesma hora duas vezes por semana — explicou ela e eu comecei a rolar a conversa para cima.
0
Comente!x

  — Cadê as mensagens antigas?
  — Não tem nada, apenas as mensagens que a pessoa mandou depois que ela foi presa pela gente.
0
Comente!x

  — Sem um padrão vai ser impossível decifrar isso… — Bufei em reclamação. Precisávamos de respostas e tudo que a gente recebia eram mais perguntas.
0
Comente!x

  — Talvez a Giu consiga.
  — Eu também tenho fé na nossa irmã, Bea, mas calma aí… são mensagens aleatórias demais…
0
Comente!x

  — Temos que tentar…
  Nos entreolhamos e a gente sabia que tínhamos que fazer isso, descobrir quem era que ajudava Carolyn, principalmente se fosse o intruso que estava na Vincere. Era a nossa chance de descobrir tudo, mas antes eu queria tentar arrancar algo daquela vagabunda. Chamei Beatrice para vir comigo, caminhamos pelo corredor em direção ao quarto dela, quando viramos, vi de costas e Luna bem à sua frente. Coloquei o celular em meu bolso de trás e continuamos nos aproximando deles.
0
Comente!x

  — Tem certeza que ela não mandou nenhuma mensagem pra você?
  — Sim, a última coisa que ela me disse foi que iria para Paris para as festas — falou Lu, disfarçando seu nervosismo, se ela ficasse ali mais alguns minutos perceberia.
0
Comente!x

  — Luna! — chamei e ele virou para trás. — Estava procurando você, vamos… — Passei por ele e puxei minha irmã pela mão.
0
Comente!x

  — Bom dia para vocês também.
  — Ciao, . — Acenei com a mão para cima enquanto me afastava com minhas irmãs.
  Quando chegamos ao quarto de Beatrice eu tranquei a porta e virei para Luna para perguntar:
0
Comente!x

  — Ele caiu?
  — Sim, mas quase não consegui esconder.
  — Mais um pouco e Luna confessava tudo… Você é uma péssima mafiosa. — Beatrice revirou os olhos se jogando na cama.
0
Comente!x

  — Vamos logo ao que interessa que eu tenho coisas a fazer.
  Caminhei até o closet e o abri, vendo a megera amarrada na cadeira, fazia mais de uma semana desde o dia que ela me desafiou dentro da minha própria casa. Desde o dia em que ela me fez repensar tudo que se passava em minha cabeça sobre . Respirei fundo e puxei o celular do bolso, assim como tirei a mordaça de sua boca, ela me olhou com aquele ar arrogante que dava vontade de socar a cara dela, porém, iria me controlar.
0
Comente!x

  — Pode explicar? — Mostrei a tela do aparelho para ela, no entanto, nenhuma mudança em sua expressão. — Estou esperando…
0
Comente!x

  — Não faço a mínima ideia.
  Minhas irmãs entraram no closet, ficando um pouco atrás de mim, aguardando alguma resposta, e acreditava que também pela minha aura maligna toda vez que eu estava olhando para aquela loira parisiense, elas estavam ali para evitar o pior.
0
Comente!x

  — O celular é seu e não sabe? — Arqueei uma das sobrancelhas e ela deu de ombros. — Vamos ter que rastrear de onde vem, então…
0
Comente!x

  — Que diferença faz pra vocês? — Ela alterou a voz, bingo, tinha algo ali. — Se tivessem provas que sou uma traidora já teriam me matado ou, no mínimo, contado para — falou como se fosse algo para se vangloriar, como se ela fosse mais importante para ele do que eu. — Ele iria acabar com essa loucura. — Empinou aquele nariz plastificado.
0
Comente!x

  Eu ri em deboche, coloquei o celular em meu bolso e dei alguns passos ficando mais próxima dela, abaixei, deixando meu rosto quase colado ao dela enquanto ainda exibia meu sorriso mais perverso.
0
Comente!x

  — Acredite… você não iria querer sabendo que suspeitamos de você. — Olhei bem nos olhos dela e continuei: — Na mão dele você já estaria sangrando em todas as partes do corpo, jogada em um chão sujo e exausta da tortura sem nenhuma piedade. E caso não falasse nada, no mínimo, já estaria com uma bala entre seus olhos. — Toquei o centro de sua testa com o indicador e a vi engolir em seco com os olhos arregalados. Aquilo fez eu me sentir bem e eu tinha um certo receio de quando esse tipo de coisa fazia eu me sentir assim. — Agradeça por sermos tão boazinhas com você.
0
Comente!x

  Coloquei a mordaça nela novamente e saí do closet com minhas irmãs em meu encalço. Fechamos as portas e falei para elas darem o celular para Giulia descobrir de quem era aquele número. Precisávamos ter algum avanço nas nossas suspeitas, estava começando a desconfiar que algo estava acontecendo e se não tivéssemos provas a tempo, tudo isso iria acabar de um jeito que eu não queria.
0
Comente!x

[...]

  — Vamos almoçar, ? — Olhei para trás enquanto colocava meu brinco e vi Giulia na porta do banheiro. — Nossa, está se arrumando tanto para um almoço comum por quê?
0
Comente!x

  — Eu vou sair depois. — Peguei um casaco de tricô terracota e vesti. — Nenhum avanço, Giu? — Continuei me arrumando enquanto ela me seguia pelo closet.
0
Comente!x

  — Ainda não, mas podemos localizar o número se conseguirmos manter a pessoa no telefone por tempo suficiente.
0
Comente!x

  — Da próxima vez eu ou a Beatrice atendemos e você faz o seu trabalho. — Peguei minha bolsa e coloquei a bota de salto grosso.
0
Comente!x

  — Pode deixar. — Ela sentou na cama. — Pra onde vai?
  — Deu pra monitorar minhas saídas, Giulia? Já basta o .
  — Não perguntei por mal, credo. — Ela revirou os olhos e levantou, indo em direção à porta.
0
Comente!x

  — Vou pra casa da Giovanna, Vince recebeu alta.
  — Ótimo! Fico feliz que ele esteja bem…
  — Vamos. — Passei por ela e abri a porta, caminhamos pelo corredor extenso e descemos a escada. Larguei minha bolsa na mesa do hall, como de costume, e fomos nos sentar à mesa, onde todos já se encontravam. — Desculpe a demora, papai.
0
Comente!x

  — Tudo bem, princesa. Onde vai toda arrumada?
  — Vou comemorar a saída do Vincenzo do hospital.
  — Que bom, filha. — Ele acariciou meu ombro e pediu para os empregados servirem o almoço.
0
Comente!x

  — Obrigada por ter ajudado no tratamento dele, pai.
  — Tudo por você.
  Sorri e virei para frente, vi me encarando, ele parecia receoso com alguma coisa, talvez até um pouco preocupado. Decidi ignorar quando meu pai pegou os talheres e todos nós fizemos o mesmo, dando início a nossa refeição. Eu estava sentindo uma aura vinda de que não estava dando para ignorar. Olhei para ele novamente, suas ações pareciam calculadas e ele mexia os olhos e balançava a cabeça como se estivesse discutindo com ele mesmo em sua cabeça.
0
Comente!x

  O que porra estava acontecendo?
  Terminei minha salada e peguei alguns legumes, batata gratinada e um pedaço de coelho. Cortei a carne e continuei comendo, devagar, apreciando o tempero de Marta, ela era uma cozinheira maravilhosa, agradecia meu pai todos os dias por ter trazido ela da Itália. Ouvi pigarrear e Otelo virar o rosto para olhá-lo.
0
Comente!x

  — Preciso dizer que… — vi seus olhos irem até os meus e logo voltar ao meu pai — decidi me casar com Carolyn.
0
Comente!x

  Senti um calafrio percorrer meu corpo inteiro e parecia que eu tinha esquecido como respirava. Aquilo não podia estar acontecendo. Por isso ele estava perguntando dela para Luna, por isso o receio de falar algo em minha frente, ver minha reação era algum divertimento para o sadismo dele? Meu pai ainda falava qualquer coisa animado, enquanto batia amigavelmente no ombro do meu meio-irmão, quando me levantei de supetão.
0
Comente!x

  — ? — Beatrice, ao meu lado, olhou para mim surpresa.
  — Preciso ir.
  Caminhei com pressa para não dar chance de ninguém perguntar nada, peguei minha bolsa e a chave, entrei em meu carro e saí dali. Eu estava correndo tanto que Ettore e Austin quase me perderam de vista na saída do bairro. Meu estômago estava embrulhado, meu coração batia forte e minhas mãos formigavam. Parei o carro no acostamento, meus seguranças frearam atrás de mim logo em seguida. Vomitei todo o almoço e assim que passei o dorso da mão pelo meu nariz senti as lágrimas.
0
Comente!x

  — Ma che diavolo! (Mas que diabos!)
  — Va tutto bene, signorina ? (Está tudo bem, senhorita ?) — perguntou Ettore ao se aproximar do meu carro.
0
Comente!x

  — È tutto perfetto, non vedi? (Está tudo perfeito, não vê?) — Respirei fundo e dei a volta no carro.
0
Comente!x

  — Perdono. (Perdão.) — Meu segurança me acompanhou e deu sua mão para me ajudar a subir no carro novamente. — Hai bisogno di acqua? (Você precisa de água?)
0
Comente!x

  — No, ho bisogno di giudizio! (Não, eu preciso de juízo). — Peguei um lenço do meu porta-luvas e me limpei. — E una bottiglia di whisky. (E uma garrafa de whisky.)
0
Comente!x

  — Posso organizzare. (Posso providenciar.)
  — No, andiamo. (Não, vamos.)
  Fechei a porta do carro e segui caminho para a casa de Giovanna. Eu não sabia o que tinha acontecido, mas eu senti algo que nunca havia sentido, eu precisava ser racional e entender o que tinha sido tudo isso. Contudo, aquele não era o momento, precisava estar focada em Vincenzo, comemorar a recuperação dele e fingir estar completamente bem por uma noite inteira.
0
Comente!x

  Eu olhava para eles e sorria, mesmo estando com uma tempestade acontecendo dentro de mim. Era impossível não ficar feliz por eles finalmente assumirem e entenderem que deveriam estar juntos desde o colegial. Giovanna e sua teimosia foram um grande problema, Vince até tentou por algum tempo convencê-la de que deveriam ficar juntos, porém, tudo que ela queria era sem compromisso. Precisou nosso melhor amigo ficar doente para ela perceber a besteira que estava fazendo ao não se entregar de corpo e alma ao nosso barman preferido.
0
Comente!x

  Foi muito agradável o nosso dia, cozinhamos juntos, como nos velhos tempos, enquanto a gente tomava várias garrafas de vinho. Nosso jantar foi delicioso e a conversa melhor ainda, fazia tanto tempo que não ficávamos juntos sendo apenas os bons amigos que éramos. Sem responsabilidades e preocupações, era bom aquela sensação de pertencimento, de estar em casa e de querer construir mais memórias com os meus melhores amigos. Eu amava eles, e amava ainda mais o fato de eles finalmente estarem juntos como um casal.
0
Comente!x

  Acordei no sofá de Copolla sem saber o porquê, a claridade me incomodava, mas não tanto quanto o tilintar de louça que eu estava ouvindo. Olhei em direção a cozinha e vi os dois de costas, conversando baixinho enquanto faziam algo no fogão. Sentei no sofá e respirei fundo, me espreguiçando, peguei meu celular e tinha algumas chamadas e mensagens das minhas irmãs. Apenas bloqueei o aparelho novamente e decidi que não iria lidar com aquilo no momento.
0
Comente!x

  — Bom dia, dorminhoca. — Vince me deu uma xícara com café.
  — Achei que você já estaria na Fascino a essa hora — falou Giovana se aproximando.
0
Comente!x

  — É, eu também. — Passei a mão pela minha testa e suspirei.
  — Água e aspirina, Vince.
  — Ele não tá na boate, Gio, pare de dar ordens, credo — reclamei.
  — Se for por ela eu gosto de ser mandado, , não me importo. — Vi ele dar um beijo na loira e sorrir.
0
Comente!x

  — Ai, que nojo. — Peguei meu celular e levantei, indo em direção ao corredor. — Romance logo cedo…
0
Comente!x

  Tranquei a porta do banheiro e fui olhar as mensagens das minhas irmãs, a maioria era perguntando por que eu tinha reagido daquela forma com o anúncio de , ou por que eu não contei onde Carolyn realmente estava para acabar com aquilo tudo. Era difícil explicar algo que nem eu mesma sabia, eram muitas perguntas e eu não tinha a resposta para nenhuma delas. Estava tarde, eram quase 14 horas e eu estava de ressaca, na casa da Giovanna, com a mesma roupa de ontem e sem querer ir para casa.
0
Comente!x

  Tomei banho, pedi uma roupa emprestada da minha melhor amiga, comemos juntos e eu fui direto para a Fascino. Dei boa tarde aos meus funcionários, caminhei até o balcão do bar e sentei na banqueta. Cristian me olhou e sorriu, aproximando-se.
0
Comente!x

  — Martini? — perguntou.
  — Será que ele vai curar a ressaca que estou sentindo? — Pressionei os dedos em minha fonte.
0
Comente!x

  — Eu gosto sempre de pensar que sim. — Eu sorri e confirmei com a cabeça, pedindo para ele preparar um.
0
Comente!x

  Peguei meu celular na bolsa e respondi para as minhas irmãs: estou bem, só precisava sair dali antes que contasse tudo sobre a Carolyn. Precisamos investigar mais a fundo. Bloqueei a tela do celular e esperava que elas não notassem o quanto estava desorientada com toda essa situação. Seria difícil notar por mensagem, mas se tratando de Giulia, eu espero qualquer coisa, a garota é inteligente e observadora. Cristian colocou a taça em minha frente e beberiquei meu drink.
0
Comente!x

  — Gostoso como sempre. — Ele deu um sorrisinho safado e eu ri. — Você também, Cris… Continua gostoso como sempre.
0
Comente!x

  — Quem, eu? — Torci o lábio e cerrei os olhos com a cara de pau do ruivo. — Me sinto lisonjeado, . — Empinou o nariz perfeitamente esculpido e continuou secando os copos.
0
Comente!x

  — Não seja cínico. — Sorri, brincando com Cris, até que escutei vozes alteradas na porta da boate e olhei com o cenho franzido. — O que está acontecendo? — Cristian saiu de trás do balcão e se colocou em minha frente. — Muito obrigada, Cris, mas acho que não precisa de tanto… — Parei de falar assim que vi alguns policiais e logo o detetive que me tirava do sério.
0
Comente!x

  — Alonso. — Levantei da banqueta, achando tudo aquilo muito estranho. — Está presa.
  — O quê? — Eu ri com a possibilidade, enquanto os dois policiais se aproximavam de mim, porém Cristian não deixou eles chegarem perto, fazendo-os frear os pés. — Está me prendendo pelo que exatamente, Estevan?
0
Comente!x

  — Por contratar imigrantes ilegais e consequentemente, provarei que isso tudo não passa de tráfico humano feito por essa sua boatezinha…
0
Comente!x

  — Você só pode estar brincando… Está me acusando sem provas?
  — Esses três contratos fazem parecer que eu vim sem provas, senhorita Alonso? — Ele mostrou três papeis em sua mão e não era possível que isso tivesse dado errado.
0
Comente!x

  Como? Como fomos pegos em algo que fazemos há anos!? Usar o contrato de trabalho com as nossas boates era algo que fazíamos para trazer mulheres de outros países para prostituição. Não na minha boate, obviamente, já que não concordava muito com isso, mas eu não me metia nessa parte dos negócios do meu pai. Contudo, não participar não queria dizer que eu não soubesse ou não estivesse sendo conivente.
0
Comente!x

  A prostituição era coisa antiga, nenhuma das mulheres era obrigada a vir e nem eram tratadas como produto. A Vincere dava casa, comida e roupas, além de elas virem sabendo com o que iriam trabalhar, porém, todos sabemos que pagamento por sexo é proibido por lei.
0
Comente!x

  — Tá tudo bem, Cris. — Coloquei a mão em seu ombro e sorri para ele, que deu um passo para o lado. Virei de costas para os policiais me algemarem, ficando de frente para o meu barman e amigo. — Ligue para Beatrice. — Ele apenas acenou com a cabeça e eu sussurrei a última frase: — Diga para Ettore e Austin não me seguirem.
0
Comente!x

  — Vamos logo, senhorita Alonso, não tenho todo o tempo do mundo — falou Estevan mais alto, fazendo os guardas me levarem.
0
Comente!x

  Eu apenas tentava manter a calma, sabíamos o que não fazer nesses casos, fui todo o caminho calada e, quando me colocaram naquela sala horrorosa de interrogatório, não respondi nada. Eu iria esperar o advogado chegar e quando vi Lorenzo entrar pela porta respirei aliviada, agora, com o advogado da famiglia, eu estaria salva, inocentada de qualquer acusação e em breve sairia dali. Fiquei calada, apenas escutando meu advogado conversar com aquele imbecil do Estevan. A gente deveria ter dado cabo dele enquanto era tempo, agora ficaria muito suspeito se ele sumisse de repente. A não ser que acontecesse um acidente; sacudi a cabeça espantando pensamentos que eu tentava manter abafados.
0
Comente!x

  — Eu preciso ouvir a senhorita Alonso. Ela tem que dar explicações, afinal, o nome da boate dela está no papel. — Olhei para o detetive, olhei para o papel em cima da mesa e inclinei meu corpo para ler.
0
Comente!x

  — Eu não assinei isso.
  — É o nome da sua boate.
  — E daí? — Cruzei os braços. — Não tem a minha assinatura e nem a assinatura de nenhum dos responsáveis pela Fascino.
0
Comente!x

  — Você quer me enrolar, senhorita Alonso? — Ele apontou no papel e disse: — Aqui tem o carimbo da sua boate.
0
Comente!x

  — Bom, isso pode ser muito bem falsificado, assim como os passaportes das moças… — disse, dando de ombros e vi Estevan ficando possesso, aquilo estava até sendo divertido.
0
Comente!x

  — Agora que você não tem mais argumentos ou provas para manter a minha cliente sob custódia, estamos indo.
0
Comente!x

  — Você não pode-
  — E caso impeça… — Lorenzo o interrompeu — será bem pior pra você, senhor Martinez.
0
Comente!x

  Estevan esticou a mão nos dando passagem e eu queria sorrir, mas me contive, caminhei tranquilamente ao lado do meu advogado e ele e o detetive seguiram conversando qualquer coisa que eu já não dava mais atenção. Só conseguia pensar que eu queria ir para casa, apesar de saber todos os protocolos da Vincere a seguir, aquilo tinha me tirado do eixo.
0
Comente!x

  — Está liberada, senhorita Alonso, mas acredito que nos veremos em breve. — Estevan esticou a mão para apertar a minha, mas fui surpreendida com entrando em minha frente.
0
Comente!x

  — Duvido muito disso… — Meu meio-irmão me empurrou para fora da delegacia sem nem mesmo deixar eu falar nada.
0
Comente!x

  Esse idiota achava que era dono da cidade, não era possível.

Perroni

  Eu estava mesmo receoso, era uma decisão que eu não queria tomar, mas depois de ter falado que sentiu medo de mim, tudo ruiu. Eu sempre fiz questão de fazer de tudo para ela ter raiva de mim, não queria que ela sentisse medo, medo é algo muito profundo, latente, um sentimento que te deixa em alerta para lutar ou se defender. Não queria que ela precisasse se defender de mim, não queria que ela olhasse para mim e sentisse perigo. Escutar aquilo tinha sido cruel até para mim, a sensação que me tomou naquela noite, o desapontamento comigo mesmo de ter deixado chegar naquele ponto, foi devastador.
0
Comente!x

  Eu precisava me afastar dela.
0
Comente!x

  Eu precisava deixá-la em paz.
  Eu precisava pensar como um maldito Perroni.
0
Comente!x

  Então, mesmo sem conseguir entrar em contato com Carolyn, eu sabia que ela queria casar comigo, afinal, ela tentava demais, parecia sempre mais disposta do que eu a fazer dar certo, seja lá que relação estranha fosse essa. Quando informei que iria casar, eu não esperava que fosse simplesmente levantar e sair da mesa de almoço sem dar a mínima explicação e me deixar com o olhar inquisidor do meu pai em cima de mim.
0
Comente!x

  Eu estava fodido.
  E eu sabia disso no momento que meu pai me chamou no escritório. Seu rosto estava impassível, mas eu sabia que algo o incomodava, aprendi a ler meu pai ainda muito jovem para evitar as penitências do treinamento. Eu não podia desapontá-lo ou teria o que merecia. No geral sempre fui muito observador nas expressões humanas, era um atributo necessário na tortura, por isso eu era tão bom no que fazia.
0
Comente!x

  — Tem algo que queira me contar, ?
0
Comente!x

  Aquela pergunta soou como se ele soubesse de alguma coisa, mas eu conhecia meu pai o suficiente para saber que ele estava querendo me encurralar para descobrir o que eu sabia que escondia.
0
Comente!x

  — Não, deveria ter? — devolvi de maneira desleixada e sentei na cadeira em frente à sua mesa. Ele apenas me olhou com a sobrancelha grossa arqueada, parecia não acreditar em sequer uma palavra do que eu falava e errado ele não estava, afinal, eu estava mentindo na cara dura. Contudo, enquanto ele não fizesse uma pergunta direta, eu poderia contornar a situação.
0
Comente!x

  — Por que sua irmã saiu daquela forma?
  — Como eu vou saber, pai? — Dei de ombros e ele levantou, foi até o canto da sala, onde tinha uma mesinha com bebidas, serviu dois copos com whisky e me alcançou um.
0
Comente!x

  — Quero que descubra, nunca vi fora de si, é a mais centrada das irmãs, não podemos perder a racionalidade dela.
0
Comente!x

  — Farei isso. — Virei a dose e levantei, virando de costas para sair da biblioteca.
  — E … — Virei, olhando para ele novamente. — Espero que você não tenha nada a ver com isso. — Apenas acenei com a cabeça e saí dali.
0
Comente!x

  Caminhar parecia algo que eu tinha esquecido, como eu conseguia fingir algo que me deixou tão desnorteado? foi imprudente ao sair daquele jeito, a reação dela foi pior do que eu esperava. Tinha chegado num ponto que eu não fazia a menor ideia do que passava pela cabeça dela. Não seria fácil apenas seguir em frente, ignorar o que aconteceu como se não fosse nada, porque às vezes eu achava que tinha sido tudo.
0
Comente!x

   tinha me deixado quebrado.
0
Comente!x

  Não só meu pau.
  Não só minha mente.
  Minha vida parecia quebrada.
0
Comente!x

[...]

  — ! — Ouvi o grito e virei, vendo Beatrice no fim do corredor. — foi presa.
0
Comente!x

  — Como?
0
Comente!x

  Meu pai tinha ido para a Itália de manhã cedo. Com a nova filial da Victoria vindo para a Espanha, Otelo precisava quase que estar em dois lugares ao mesmo tempo. Almocei tranquilamente com minhas irmãs, a indomável nem estava em casa e confesso que aquilo tinha me incomodado um pouco. Achei que o dia iria ser calmo depois de tanto fritar meu cérebro a noite inteira pensando, tentando entender o que tinha dado nela pra reagir daquele jeito, inclusive, a algo que ela mesma sugeriu. E agora essa, presa…
0
Comente!x

  — Cristian me ligou, Estevan levou a por tráfico ilegal de imigrantes.
  — Como esse filho da puta… — Massageei minha testa e suspirei. — Chame Filippo e peça para ele pegar o carro. — Virei e fui em direção ao meu quarto pegar meu celular e minha arma. Eu iria fazer com que ele se arrependesse de ter se metido com ela.
0
Comente!x

  Expliquei para Beatrice que ela deveria ficar em casa, logo eu estaria lá com , ela não iria passar nem uma noite naquele lugar; eu não deixaria. Entrei no carro e Filippo entrou do outro lado, Nero estava dirigindo e eu virei para o meu primo.
0
Comente!x

  — Eu disse pra você resolver esse problema.
  — Eu paguei quem precisava, parece que o susto tem que ser maior a esse detetive teimoso.
0
Comente!x

  — Já que chegou a essa conclusão sozinho, faça com que esse desgraçado ande na linha, antes que eu mesmo coloque uma bala na cabeça dele!
0
Comente!x

  — Si, .
  Nero estacionou em frente à delegacia e eu desci, ajeitei meu terno e subi degrau por degrau, sentindo meu sangue ferver a cada minuto que eu enxergava o lugar que estava sendo mantida presa. Aquela espelunca, cheia de marginais e nada elegante, aquilo não chegava aos pés do chão que ela merecia pisar e ela não deveria nunca ter tido o desprazer de conhecer aquele lugar. Cheguei no balcão e olhei bem o guardinha que estava ali sentado.
0
Comente!x

  — Alonso.
  — Está em interrogatório.
  — Infelizmente — olhei para a pequena placa de metal, grudada naquela farda horrorosa —, senhor Miguel, eu estou com pressa.
0
Comente!x

  — Senhor Perroni. — Olhei para o lado ao ouvir meu nome. — Deve ser meu dia de sorte, dois de vocês na minha delegacia. — Estevan mantinha um sorriso presunçoso no rosto e minha mão chegou a coçar para apertar o gatilho na cara desse otário.
0
Comente!x

  — Estou só de passagem, Estevan. — Fui em direção a ele. — Onde está ?
0
Comente!x

  — Tá sendo difícil interrogá-la, acho que vai demorar…
  — Escuta aqui seu-
  — . — Respirei fundo e trinquei os dentes, enquanto o advogado da família mantinha sua mão em meu ombro. — Tudo bem, senhor Martinez? Eu sou o advogado da , Lorenzo Rossi, e o senhor não poderia mantê-la em interrogatório sem um advogado.
0
Comente!x

  — Claro. — Ele sorriu cínico, intensificando ainda mais o meu ódio por ele. — Por favor, me acompanhe, senhor Rossi.
0
Comente!x

  Estevan se distanciou e Lorenzo virou para mim, pedindo para eu me acalmar que ele resolveria. Precisei sentar naquela sala de espera e me controlar para não invadir aquela sala e tirá-la de lá. Eu estava com ódio líquido correndo pelas minhas veias, minha vontade era arrebentar a cara daquele cretino daquele detetive. Enviei mensagem para Filippo, pedi para que resolvesse com os de cima o quanto antes. Se meu pai descobrisse que ela estava ali, eu não queria ser Estevan e nem ninguém naquela delegacia, não queria nem mesmo ser eu, pois algo sobraria para mim, definitivamente.
0
Comente!x

  Depois de quase 40 minutos, vi saindo com Lorenzo, ela não tinha me visto, estava totalmente aérea a qualquer coisa que não fosse nosso advogado e o detetive. Levantei e me aproximei para ouvir a conversa.
0
Comente!x

  — Está liberada, senhorita Alonso, mas acredito que nos veremos em breve. — Ele tentou apertar a mão dela, mas entrei em sua frente, encarando fundo nos olhos daquele detetive medíocre.
0
Comente!x

  — Duvido muito disso… — se assustou ao me ver, no entanto, nem deixei que reclamasse, não ali, coloquei a mão em suas costas e a guiei para fora da delegacia. Ela podia gritar comigo o quanto quisesse dentro do carro, a caminho de casa, seja lá onde fosse, mas não ali.
0
Comente!x

  Chegamos na rua e Filippo segurava a porta do carro para que nós entrássemos. entrou e eu vi Lorenzo se aproximando, fazendo com que eu esperasse ainda do lado de fora.
0
Comente!x

  — Trate tudo a respeito disso comigo, tudo bem?
  — Sim, senhor Perroni. — O advogado acenou e saiu andando pela calçada.
  — Você realmente precisa estar em todos os lugares ao mesmo tempo? — falou assim que entrei no carro.
0
Comente!x

  — Nero, saia do carro — ordenei e ele obedeceu. — Foi presa, , o que queria que eu fizesse?
0
Comente!x

  — Beatrice é uma bocuda!
  — Ela ligou para o nosso advogado, não era isso que queria?
0
Comente!x

  — E avisou você de brinde. — Ela cruzou os braços e bufou.
  — Acha que quero ter que vir tirar você da cadeia? — Ela seguiu impassível olhando para a frente. — Acha mesmo que foi fácil me controlar para não estourar a cabeça daquele imbecil?
0
Comente!x

  — Não seja tão exagerado, Lorenzo resolveu rapidinho. — Vi as orbes verdes revirarem.
0
Comente!x

  Puxei seu queixo lentamente com o indicador e polegar e a fiz olhar para mim, seus olhos arregalaram. Eu estava sem um pingo de paciência, não tinha como, não diante daquela pose arredia que sempre mantinha.
0
Comente!x

  — Você nunca deveria ter que pisar em uma delegacia e, se depender de mim, nunca mais vai.
0
Comente!x

  Ela riu debochada e disse:
  — Nós somos da Vincere, , você acha mesmo que pode impedir que isso aconteça?
0
Comente!x

  — Eu não acho, , eu faço. — Soltei ela para baixar o vidro, acenei para Nero e Filippo entrarem e partimos para casa.
0
Comente!x

  Não imaginei que a discussão se estenderia o caminho inteiro, cada vez mais eu sentia tudo engasgado em minha garganta, eu queria falar tudo, mas não podia, não em frente ao nosso primo e Nero. Aquele assunto era pessoal, pessoal demais. Assim que Nero estacionou, nós descemos e entramos em casa, seguia irritada, brigando sozinha, já que vim calado apenas ouvindo.
0
Comente!x

  Assim que subimos a escada, eu a puxei pelo braço e sussurrei em seu ouvido:
  — Já que está tão falante, vamos conversar.
0
Comente!x

  — Me solta, !
  Empurrei ela para dentro do meu quarto e tranquei a porta. Virei para ela e perguntei de maneira séria:
0
Comente!x

  — Por que fez aquilo ontem?
  — Aquilo o quê?! — Ela cruzou os braços.
  — Você sabe do que eu estou falando, ! — Caminhei até ela, ficando frente a frente. — Você disse para eu casar com Carolyn e fez aquela cena em frente ao nosso pai?
0
Comente!x

  — Eu… Eu não… — Vi ela engolir em seco e me virei de costas com a mão na cintura e pressionando a ponte do nariz. — Não fiz cena alguma, só precisava sair.
0
Comente!x

  — Vai continuar a negar algo que até nosso pai percebeu?
  — O quê? — Ela se sobressaltou. — O que o papai falou?
  — Pediu para saber por que você estava agindo desse jeito! — gritei.
0
Comente!x

  — Estou do mesmo jeito de sempre! — Ela caminhou em direção à porta. — E me deixa em paz, temos outras pessoas na famiglia para resolver assuntos banais.
0
Comente!x

  — Você ser presa é um assunto banal? — perguntei, irritado.
  — Você já viu quem somos? — Ela virou para mim e abriu os braços, como se mostrasse onde estamos. — Quem é a nossa famiglia, ?
0
Comente!x

  — Isso não quer…
  — Isso quer dizer que nós somos o crime — ela me interrompeu. — Ser presa não é nada! Para de ser neurótico.
0
Comente!x

  — Você sempre minimizando tudo…
  — , me esquece! — Ela girou a chave e saiu do quarto batendo a porta.
0
Comente!x

  Dei alguns passos e me joguei na cama, soltando o ar pelo nariz, sentindo meu corpo quente de raiva e ao mesmo tempo as palavras dela ecoavam em minha mente.
0
Comente!x

  — Estou sendo neurótico?
0
Comente!x

[...]

  Eu estava cansado, depois de tantos Delanteras interrogados eu não iria interrogar um bostinha vendedor de drogas qualquer, já bastava o idiota que tentou matar ser um mero mandado pela concorrência. Mandei Nero fazer o serviço e esperei do lado de fora, sentado em uma cadeira na varanda da nossa casa de campo. Fumava meu cigarro, esperando pacientemente, ouvindo os gritos do homem de onde estava. Nero era sanguinário, sempre foi, era bom ter alguém assim para te dizer o que é demais, pois se ele, que beirava a psicopatia, achasse algo extremo, eu sabia que deveria controlar melhor a situação.
0
Comente!x

  Filippo surgiu pela porta, trazendo um copo de whisky para mim, entregou-me o copo baixo e eu beberiquei o líquido âmbar. Aproveitava a brisa e o ar puro do campo, fazia tempo demais que não ficava apenas contemplando a natureza.
0
Comente!x

  — Nero conseguiu arrancar dele. — Apenas olhei de canto de olho, aguardando o restante da informação. — Ele era apenas uma distração para o verdadeiro Delantera se infiltrar na Vincere.
0
Comente!x

  — Então o infiltrado está aqui na Espanha! — Soquei a mesa fazendo o copo bambear. — Enterre esse filho da puta. Vivo.
0
Comente!x

  — Sim, . — Vi ele sumir das minhas vistas.
  — Quando eu te achar, Luca, você vai desejar não ter nascido… — Peguei o copo e tomei o restante da bebida.
0
Comente!x

  Assim que saímos da casa, tentei mais uma vez ligar para Carolyn, o celular dela chamava até cair. Era impossível que nada tivesse acontecido, a garota tinha sumido já fazia três semanas, nem uma mísera mensagem depois do Natal. Achei que ela voltaria para o ano novo, mas nem isso. Eu estava preocupado pelo simples fato de que minhas irmãs odiaram a mulher, tirando Luna, e elas estavam esquisitas. Era tão errado eu desconfiar delas, mas estava difícil não o fazer, principalmente depois daquele rompante de na mesa do almoço.
0
Comente!x

Capítulo 20

Alonso Perroni

   estava sendo irracional, impulsivo e idiota, onde já se viu invadir a delegacia daquela forma e dar na cara que estava no limite por eu ter sido presa, a impulsividade dele ainda nos arrumaria uma merda grande. Depois de um caminho longo demais até em casa e uma discussão com de brinde, tomei um longo banho e deitei na minha cama com um pijama confortável, coloquei os fones e aproveitei o momento para pensar. Digerir tudo que tinha acontecido, principalmente ontem, aquilo não parecia nada com algo que eu já tivesse sentido antes. Minha cabeça girou quando disse aquilo, o tempo pareceu passar devagar em frente aos meus olhos.
0
Comente!x

  Foi estranho.
0
Comente!x

  Uma sensação de… abandono.
  Meu coração palpitou, parecia sentir o sangue correndo em cada veia do meu corpo, cada pulsar da pressão. Mordi o lábio e abracei um travesseiro com força. Eu me sentia sozinha, aquele vazio começou a me alcançar de novo, eu precisava de uma bebida. Levantei e desci a escada com meu headfone tocando alto. Preparei uma dose dupla de whisky e subi para o meu quarto novamente. Agradecia por não ter cruzado com ninguém no caminho.
0
Comente!x

  Eu precisava me sentir anestesiada.
  E foi assim que dormi.
  Acordei com Giulia me sacudindo e eu fiquei completamente desorientada com ela berrando, dizendo para eu acordar que ela tinha que fazer uma reunião com todas nós. Quando consegui finalmente focar no que estava acontecendo, entendi que precisávamos ir até a sala de Giu com urgência. Isso já me fez acordar disposta e sobressaltada, o que tinha acontecido agora?
0
Comente!x

  Os Perroni não tinham um minuto de paz.
0
Comente!x

  Nem vesti uma roupa, coloquei um robe e segui Giulia até sua sala, onde Luna e Beatrice já estavam, da mesma forma que eu, pijama, robe e uma cara de sono, para não falar do ódio em suas expressões por terem sido acordadas. Giu sentou na cadeira e começou a abrir arquivos e então o rosto de um homem, que aparentava ter a mesma idade do nosso pai, apareceu na tela.
0
Comente!x

  — Esse é o pai da Carolyn — começou Giulia e nós ficamos tentando entender por que estávamos olhando para uma foto do cara. — O nome verdadeiro dele é Carlos Diaz…
0
Comente!x

  — O quê?! — todas nós berramos.
  — Como você descobriu isso? — perguntou Luna.
  — Quando ele foi pesquisado, anos atrás, por quem fazia a segurança da Vincere, ninguém checou a árvore genealógica. — Ela digitou mais algumas coisas e apareceu uma mulher. — Essa é a Camille, tia da Carolyn, ou, mais conhecida na Espanha como: Izabel Delantera, esposa do Consigliere dos Delantera, aquele que Filippo matou.
0
Comente!x

  Nossas bocas ficaram entreabertas, eu não podia acreditar, como ele havia conseguido se infiltrar desse jeito nos nossos associados e, pior ainda, colocou o projeto de esposa dentro da nossa casa. Respirei fundo e tentei acalmar meus nervos, eu precisava pensar racionalmente como sempre, não era à toa que eu achava que deveria ser uma das escolhidas para comandar a Vincere, meu psicológico inabalável, minha vontade de fazer a Vincere prosperar e, claro, minha forma de pensar. Não podíamos simplesmente jogar essas informações na cara de Carolyn, ela iria negar tudo.
0
Comente!x

  Pensa, .
  — Eu preciso… — andei de um lado para o outro tentando me acalmar — respirar.
  — Espera, … — pediu Beatrice e eu olhei para ela. — Precisamos decidir o que vamos fazer…
0
Comente!x

  — Ela deve ser a infiltrada que está na Vincere — falei, preocupada.
  — Mais um motivo para falarmos com ou até mesmo… com o papai — comentou Luna.
0
Comente!x

  — Me deem algumas horas, preciso pensar.
  Saí dali sem acreditar, estava tudo debaixo do nosso nariz esse tempo inteiro? Como meu pai foi tão descuidado dessa forma? Confesso que eles foram astutos, mas não melhor que os Perroni, ninguém nos engana e sai vivo para contar a história. Fui para o meu quarto e fiquei lá até a hora de ir para a Fascino. Eu já estava com muita coisa na cabeça para conseguir raciocinar e engolir aquela informação tão de repente, precisava de tempo, e acreditava que isso nós tínhamos.
0
Comente!x

  Entrei na Fascino precisando de três martinis, e acreditava que ainda seria pouco, encostei no balcão onde coloquei minha bolsa e chaves, e pedi para Cristian o meu drink favorito.
0
Comente!x

  — Aquela mulher está esperando você já tem algum tempo… — Ele apontou com o queixo e eu me virei, franzi o cenho e voltei a olhar meu barman.
0
Comente!x

  — Quem é?
  — Não disse o nome. — Ele colocou meu drink em minha frente, respirei fundo e peguei a taça antes de andar até a mesa que a mulher estava.
0
Comente!x

  — Boa tarde, posso ajudá-la? — Ela olhou para mim e fiquei um pouco surpresa ao ver seu rosto, ela parecia…
  — … — Ela olhou para mim surpresa, como se visse alguém que não vê há muito tempo, seus olhos brilhavam e eu comecei a achar estranho. — Podemos conversar?
0
Comente!x

  — Podemos, mas gostaria de saber quem é você. — Sentei na cadeira em frente a ela e cruzei as pernas.
  — Meu nome é Alessia… — Beberiquei meu martini enquanto esperava ela dizer o que fazia ali e o que queria comigo. — Eu sou… sua mãe.
0
Comente!x

  Senti como se o mundo tivesse parado, um zumbido tomou conta da minha audição e tudo desapareceu ao meu redor, só restávamos nós duas, em um lugar completamente escuro e silencioso. Eu estava sonhando? Não era possível que tudo pudesse acontecer em um dia só. Acordei do meu choque com o barulho da minha taça se quebrando no chão. Movi meus olhos devagar para baixo, vendo os cacos de vidro espalhados. Finalmente consegui ouvir meus batimentos soando em meus tímpanos, minha respiração era lenta e eu seguia encarando os cacos de vidro, perdida em pensamentos.
0
Comente!x

  Ainda lembro quando tinha apenas 6 anos, lembro, pois, Marta me contou essa história. Eu a chamei de mãe pois via quase todos os meus colegas da escola com as mães e como era ela que cuidava da gente na maior parte do tempo, fazia sentido na minha cabeça infantil. Com toda a delicadeza, Marta disse que ela não era minha mãe, que eu e as garotas tínhamos apenas o nosso pai, Otelo, ele era a nossa família. Então foi aos 10 que pensei pela primeira vez sobre a possibilidade de ter sido abandonada, lembro de ter pesadelos terríveis e acordar gritando, daí surgiu o meu problema de insônia.
0
Comente!x

  Otelo não tinha muito tempo para cuidar de nós, mas fazia o que podia, mas ser buscada na escola por seguranças ao invés do nosso pai era frustrante. Quando cheguei aos 13, Otelo finalmente nos contou sobre as nossas mães, então foi a primeira vez que entendi que éramos órfãs, mesmo tendo um pai e uma casa sob nossas cabeças, nossas mães tinham escolhido que, por dinheiro, dariam suas filhas ao Don da máfia. Era estranho pensar dessa forma, mas era a realidade.
0
Comente!x

  — Desculpe, eu não queria assustar você.
  Levei meus olhos até a mulher ruiva de olhos azuis, foi como quebrar um espelho em mil pedaços e tentar juntar os cacos, furando os dedos, porém querendo saber o que apareceria no reflexo quando ele estivesse inteiro novamente.
0
Comente!x

  — Você… — minha voz saiu um sopro, então puxei o fôlego e continuei: — está mentindo.
0
Comente!x

  — Não estou, , me escute, eu sou sua mãe e da Beatrice.
  Engoli o bolo de saliva que se formava em minha garganta, essa história estava muito errada. Ela não era bem por aí e sobre esse assunto eu sabia os detalhes, afinal, ficava remoendo em minha cabeça há longos anos.
0
Comente!x

  Eu ri, desacreditada e falei:
  — Quer dinheiro, é isso?
  — Não! — exaltou-se e suspirou, controlando seu comportamento, continuou: — Eu quero apenas… recuperar o tempo perdido, filha, eu me arrependo todos os dias de ter deixado você.
0
Comente!x

  — Não me chame assim! Eu não sou nada sua…
  — Precisa acreditar em mim, . — Alessia estava quase implorando para ter um voto de confiança.
0
Comente!x

  Eu não ia deixar aquele pesadelo voltar a minha mente, não agora, não quando tudo já estava bagunçado demais para sequer pensar que essa poderia ser uma possibilidade.
0
Comente!x

  — Podia ao menos ter pegado uma fonte mais confiável. — Levantei e me inclinei para mais perto da mulher e falei: — Nosso pai comprou cada uma de nós de uma puta sem coração diferente. — Comecei a caminhar em direção ao bar.
0
Comente!x

  — Aquele homem não é seu pai!
  Ouvi a confissão ao mesmo tempo que a cadeira arranhou o chão de madeira e travei onde estava, minha respiração parecia ter parado, engoli em seco e meu peito parecia pesado. Mordi o lábio e lágrimas saíram dos meus olhos sem nenhum aviso. Minha vida inteira seria uma mentira se aquilo tudo fosse verdade, não podia ser. Otelo era o meu pai, a única família que eu tinha era ele e minhas irmãs, se isso fosse verdade, o que restaria?
1
Comente!x

  Não era, não podia ser.
  Aquela mulher estava ali no intuito de me desestabilizar, talvez fosse mais um dos Delantera que descobriu um ponto fraco meu e estava usando isso para nos separar. Só podia ser isso. Olhei para a frente e vi Cristian me encarando preocupado, respirei fundo e comecei a andar novamente.
0
Comente!x

  — O que eu posso fazer pra que acredite em mim?
  Parei onde estava mais uma vez, limpei as lágrimas rapidamente e virei, encarando a mulher que já estava chorando, o desespero era nítido, mas eu não iria comprar aquele teatro. Fiz uma expressão altiva e encarei ela com raiva.
0
Comente!x

  — Nada — falei, ríspida. — Você não pode fazer nada porque tudo que diz é mentira e veio até aqui para me atormentar por dinheiro!
0
Comente!x

  — Eu não quero o dinheiro sujo de Otelo!
  Arregalei os olhos em surpresa e um certo pânico. Como ela sabia? Ela realmente estava falando a verdade? Não, não podia ser.
0
Comente!x

  — Se o que diz é verdade, você já quis o dinheiro de Otelo uma vez, o que estaria te impedindo agora?
0
Comente!x

  — Quero o amor da minha filha, algo muito mais importante que dinheiro.
  Olhei para ela com um certo receio, aquela dúvida que eu sempre tive lá no fundo da minha mente, pedindo para que eu descobrisse a verdade. Anos remoendo aquilo, anos sentindo que me faltava algo, que talvez ali não fosse o meu lugar. Depois de adulta, escolhi negar a mim mesma a vontade de acessar tal sentimento, eu estava no lugar certo, aquela era a minha família, minha vida e eu sempre escolhi acreditar no meu pai.
0
Comente!x

  — Enrico, tire essa mulher daqui. — Virei as costas e peguei minha bolsa e chaves no balcão.
  — , por favor, me escute! — Ela gritava e se debatia enquanto meu segurança a levava para fora. — Eu vou provar! Eu vou provar!
0
Comente!x

  Vi a tal da Alessia ser colocada para fora e eu ainda tentava respirar fundo para me controlar, fechei os olhos e soltei o ar devagar pelos lábios, sentindo uma dor absurda no meu peito. Minha garganta parecia fechada e respirar se tornava difícil cada vez que minha mente tentava encaixar as peças.
0
Comente!x

  — Está bem, ? — Olhei para Cristian, totalmente apática, e acenei com a cabeça.
  Virei as costas e subi para o escritório, assim que estava em meu território seguro, gritei a dor que sentia em meu peito com todo o ar dos meus pulmões. Joguei tudo que estava em cima da mesa no chão e quebrei o cinzeiro de vidro na parede, parecia que a dor iria me rasgar o peito, e destruir algo iria me ajudar de alguma forma. Eu gritei mais forte, sentindo meu peito arder, encostei na mesa e meu choro foi silencioso a partir dali. Quando vi, estava no chão, abraçada aos meus joelhos e olhando a bagunça que eu tinha acabado de fazer. Abri a gaveta ao meu lado e puxei a garrafa de vodca, tirei a tampa e virei direto do gargalo.
0
Comente!x

  Que dia infernal, já tinha começado ruim e foi piorando com o passar das horas, era uma merda atrás da outra. Dei outro gole na garrafa. Apesar de escolher a história que acreditei a vida inteira, agora essa mulher tinha trazido uma dúvida que não me aterrorizava há anos. O rosto da tal Alessia vinha em minha mente e tudo que eu via era Beatrice, ela era muito parecida com a Bea.
0
Comente!x

  Céus, e se ela estivesse falando a verdade?
  Não!
  Outro gole.
  Será que essa era a pessoa que estava trabalhando junto com Carolyn? Como não obteve respostas, essa Alessia veio com esse plano para me desestabilizar? Filha da puta!
0
Comente!x

  Outro gole.
  Olhei para o lado e vi minha arma encaixada embaixo da mesa. Virei a garrafa mais uma vez e senti o amargo da vodka descer em minha garganta, fechei os olhos e senti um pouco da tontura do álcool. Tinha bebido muito rápido, mas não importava, iria arrancar tudo daquela vagabunda francesa. Enfiei a arma em minha cintura, peguei minha bolsa e saí do escritório com pressa.
0
Comente!x

  — , a Beatrice está lá na cozinha e disse…
  — Depois, Cristian. — Passei por ele rapidamente e saí da boate, entrei no meu carro e dei a partida.
0
Comente!x

  De tudo que passava em minha cabeça, a pior delas era pensar que meu pai teria mentido para mim. Não ficaria chateada se ele tivesse me criado como filha dele, mas esconder isso de mim seria demais. Aquela mulher só poderia ter ido até ali a mando de Carolyn, ou até mesmo do pai dela que nem sequer mandou mensagem para o celular dela desde que a prendemos.
0
Comente!x

  Que bela bosta de pai.
  Estacionei o carro de qualquer jeito na frente de casa devido ao alto teor alcoólico no meu sangue e entrei, eu só queria uma coisa, saber todos os planos daquela mulher, e eu iria, ah, como eu iria. Peguei a chave reserva do quarto de Beatrice que estava guardada em meu quarto, na gaveta da cômoda, abri a porta e entrei, caminhei até o closet e abri as portas duplas. Eu só notei que estava ofegante quando parei e olhei para o rosto de Carolyn, senti meu coração martelar em meu peito e a raiva esquentar meu corpo. Dei alguns passos e arranquei a mordaça dela, mantive uma distância segura, não queria fazer nenhuma besteira.
0
Comente!x

  — Já descobrimos quem é seu pai, Carolyn, agora você pode parar com o fingimento.
  — Do que está falando? — Ela tentou se fazer de desentendida.
  — Corta o papel da mocinha que nesse filme você é a vilã, Carolyn. — Apontei para ela enquanto a olhava com uma raiva descomunal.
0
Comente!x

  Vi sua expressão se transformar diante dos meus olhos, ela começou a rir ainda de cabeça abaixada, aos poucos, levantou os olhos para me encarar como se ela estivesse solta e eu presa naquela cadeira. Por um momento foi como me senti, presa em um lugar que talvez eu não pertencesse mais, que talvez nem fosse para eu estar ali. Se Otelo não fosse meu pai, o que sobraria para mim naquela família?
0
Comente!x

  — Acredita mesmo que eu seja a vilã? — Ela riu, debochada. — Vocês mataram meu tio! — gritou, seus olhos escureceram de raiva e sua expressão era mortal, de quem arrancaria minha cabeça caso ela não estivesse presa.
0
Comente!x

  — Ele matou o meu primeiro, então acredito que estejamos quites.
  — Estamos longe de estar quites! — gritou ela, enraivecida, era nítido que ela queria se soltar dali e me matar, aquela era a verdadeira Carolyn. — Vocês expulsaram a gente da nossa casa, da nossa cidade, do nosso país!
0
Comente!x

  — Vocês provocaram isso, mataram a minha tia, quem deveria estar buscando vingança era meu pai. — A palavra chegou a pinicar na minha língua, agora eu nem mesmo sabia se ele era meu pai ou não. Do que eu estou falando? Entrando no jogo dessa vadia por causa de uma atriz. — Por que mandou uma mulher fingir ser minha mãe?
0
Comente!x

  — Quê? — Ela franziu o cenho.
  — Ainda não cansou de fazer cena? — Avancei para cima dela e gritei: — Óbvio que foi você que mandou uma atriz se passar por minha mãe e dizer que Otelo não é meu pai!
0
Comente!x

  — Você realmente está alucinando…
  Tirei a arma de trás da minha cintura e coloquei na cabeça dela:
  — Estou alucinando essa arma também, Carolyn? — Vi seus olhos arregalarem. — Pare de me enrolar, diga logo o que quer! Veio desgraçar a minha família…
0
Comente!x

  Que eu nem sabia se realmente era a minha família agora.
  Dei batidas na minha cabeça e espremi os olhos, lágrimas começaram a deixar meus olhos e eu sentia uma dor que me possuía cada vez mais, aquilo era insuportável, eu só queria respostas.
0
Comente!x

  — Abaixa essa arma, … — Sua expressão mudou de raiva para preocupação. — Eu juro, eu não mandei…
0
Comente!x

  — Não minta pra mim! — gritei, interrompendo-a, balançando a arma na direção dela. — Desde que chegou aqui tudo começou a desandar… O problema é você e se — destravei a arma e mirei bem em sua cabeça — eu acabar com você, os problemas acabam.
0
Comente!x

  — … — Ela começou a chorar, desesperada. — Eu juro, por favor, abaixa essa arma…
  — Cadê a mulher que estava rindo e me confrontando ainda agora? — Eu comecei a rir e olhei para ela com piedade. — Conte tudo sobre Alessia… toda a verdade!
0
Comente!x

  — Mas eu não conheço essa mulher! — gritou ela, angustiada em provar sua inocência.
  — ! — Ouvi a voz grossa gritar o meu nome e, com o susto, meu dedo apertou o gatilho, o estouro alto e seco ecoou pelo closet, virei a tempo de ver a cabeça de Carolyn pender para a frente e logo o sangue começar a pingar.
0
Comente!x

  Eu travei onde estava, meu coração parecia que tinha parado de bater junto com o dela, tamanho foi meu choque, mas foi uma angústia silenciosa, latente dentro de mim. Meu corpo adormeceu como se eu tivesse perdido o controle dos meus músculos, meus olhos estavam vidrados nela, meu coração acelerou de repente e me ajoelhei perto dela.
0
Comente!x

  Ela não estava se mexendo!
  Levantei seu rosto e vi aqueles olhos sem nenhum brilho, olhando diretamente dentro dos meus.
  — Não. Não, eu não fiz isso.
  Senti a mão dela agarrar meu pulso e tive um sobressalto fazendo meu corpo gelar com um calafrio, pisquei os olhos e ela continuava parada, estática; morta. Senti meu corpo pesar toneladas e caí sentada no chão, minha mente estava me pregando peças.
0
Comente!x

  — ! — Ouvi ao longe e virei para trás, percebendo , que parecia confuso com aquilo tudo.
0
Comente!x

  — Eu matei… — falei baixo, olhando novamente para Carolyn, as lágrimas escorriam em meu rosto e eu não conseguia me mexer. — O que eu faço agora? Eu… Por quê?
0
Comente!x

  — ... — Senti a mão de em meu ombro. — Pode soltar agora… — Não entendia o que ele queria dizer, mas meus olhos arderam e fui voltando a mim, pisquei lentamente tentando controlar minha respiração e senti meu rosto molhado, só então consegui notar que ele estava agachado ao meu lado, sua mão acariciava meu braço indo em direção à arma que eu ainda segurava firmemente e nem tinha percebido. — Solta, . — Ouvi a voz baixa de próximo do meu ouvido e sua mão acariciou a minha, fazendo eu abrir meus dedos devagar e deixando que ele pegasse a arma. — … Fala comigo…
0
Comente!x

  Ele segurava meu rosto tentando olhar em meus olhos e, em um rompante, eu o abracei, eu não conseguia mais parar de chorar. Por um momento me senti bem por ter feito aquilo, como se aquilo tivesse chegado ao fim, mas eu era uma assassina agora.
0
Comente!x

  — Eu sou… uma assassina, … — falei abafado, com o rosto enfiado em seu peito, em prantos.
  — Foi um acidente, . — Ele seguiu me abraçando, acariciando minha cabeça. — Vai ficar tudo bem.
0
Comente!x

  — Fui eu que matei, ela está morta, ! — gritei ao me afastar dele. — Eu atirei aquela bala… Alguém está morto por minha causa!
0
Comente!x

  — , calma… — Ele foi me abraçar novamente, mas comecei a me sentir claustrofóbica, levantei e comecei a andar para fora daquele closet, eu precisava de ar. — , pra onde você vai?! — Ele me seguiu pelo corredor. — Espera! — Ele me puxou pelo braço.
0
Comente!x

  — Me solta, — falei séria, amassando a gola de sua camisa. — Me solta!
  — Você precisa se acalmar antes que a Giulia escute algo, assim como escutei os gritos de vocês.
  — Como vou me acalmar?! — Olhei para baixo, sentindo as lágrimas se formando ainda mais e vi minhas mãos com sangue. — Minhas mãos… Minhas mãos…
0
Comente!x

  — Vem comigo. — Ele me pegou no colo e eu não conseguia parar de encarar o sangue na minha pele.
   entrou no meu quarto e fechou a porta com o pé, só entendi o que ele estava planejando quando senti a água quente escorrer pelo meu corpo, molhando todas as minhas roupas, assim como as de . Ele me colocou no chão devagar e então olhei para ele, vendo que seguia me encarando como se esperasse uma resposta, no entanto, naquele momento eu não sentia que conseguiria falar. Vi o líquido vermelho escorrer e ir embora pelo ralo, como se não fosse nada. Uma morte em minhas mãos, eu tinha tirado a vida de alguém.
0
Comente!x

  — … — Seus dedos levantaram meu rosto pelo maxilar e eu olhei em seus olhos. — Vai ficar tudo bem.
  — Como vai ficar tudo bem?
  — Confia em mim? — Acenei que sim com a cabeça. — Então termine de tomar banho e venha comigo. — foi sair do box, mas eu segurei ele.
0
Comente!x

  — Fica. — Vi seus olhos negros me medirem, o cabelo pingando água e sua camiseta regata branca, quase transparente, mostrando várias das tatuagens que ele tinha escondidas pela pele. — Eu não quero ficar sozinha… — Ele balançou a cabeça em positivo e voltou, fechando o vidro e então eu abracei ele me permitindo chorar em silêncio.
0
Comente!x

  Era bom.
  Seus braços me seguravam com carinho, seu queixo apoiado em minha cabeça e sua mão fazendo carinho em minha nuca era tranquilizador. A diferença entre meu coração em sofrimento, batendo rápido enquanto o dele batia calmamente me deixava mais confiante de que tudo poderia mesmo ficar bem.
0
Comente!x

  Depois de colocar um pijama, ouvi dando ordens para que levasse o corpo para o porão. Saí do meu closet e ele já estava com outra roupa, assim que me viu, falou no celular que precisava desligar. Caminhei até a cama e sentei, ainda olhava minhas mãos e a imagem da cabeça de Carolyn pendendo para a frente ainda vinha em minha mente. Senti uma mão em meu ombro, olhei para o lado, espantada, sentindo o coração acelerar, mas era que tinha sentado ao meu lado, então eu relaxei, soltando o ar.
0
Comente!x

  — Prefere conversar amanhã? — Acenei que sim. — Tudo bem, você quer que eu traga algo? — Balancei a cabeça em negativo. — Eu preciso resolver algumas coisas…
0
Comente!x

  — Não me deixe sozinha, por favor…
  — Eu prometo que eu volto em alguns minutos. — Ele acariciou meu rosto, por mais que sempre que tínhamos contato físico alguma faísca de desejo aparecesse, naquele momento eu sentia que ele só queria me acalmar e me fazer ficar bem. — Vamos, deite.
0
Comente!x

  Eu me recostei na cabeceira da cama e ele cobriu minhas pernas com o cobertor, minha respiração continuava difícil, como se algo pressionasse meu peito. Meu corpo estava tenso, retesado, e minha mente não conseguia apagar o que eu tinha acabado de fazer e o que eu tinha visto.
0
Comente!x

  Agora eu era uma assassina.
  — Eu já volto, .
  Vi levantar e sair do meu quarto, eu sabia o que ele ia fazer, ouvi ele no telefone, ele iria resolver a questão do corpo e provavelmente a limpeza do closet da minha irmã. Eu matei Carolyn, ainda não conseguia acreditar, eu sempre mandei soldados matarem, mas dar uma ordem te deixa longe da real perspectiva de matar alguém. Fechei os olhos devagar e tentei me acalmar, pensar em outra coisa que não fosse a morte que eu causei. Por uma desconfiança, um erro, talvez ela não tivesse mandado aquela mulher lá, talvez ela…
0
Comente!x

  — Fique orgulhosa de ter matado uma Delantera.
0
Comente!x

  Abri os olhos, assustada, mas eu continuava sozinha, meu coração começou a bater mais rápido de novo enquanto eu olhava para todos os cantos do meu quarto, buscando de onde tinha vindo aquela voz tão familiar. Recolhi minhas pernas para junto do meu corpo, assim como meus ombros, meu estômago revirou e senti minha boca secar.
0
Comente!x

  — Você deve ser a vergonha do legado da Cosa Nostra.
  Dessa vez a voz feminina se fez mais próxima, me forçando a olhar para o lado vazio da cama depressa, e foi assim que vi Carolyn sorrindo de um jeito vil, com aquele buraco em sua testa e o sangue escorrendo pela pele e nos cabelos loiros.
0
Comente!x

  — Ah! — gritei caindo da cama, me arrastei para longe até encostar minhas costas na parede e quando abri os olhos, não tinha ninguém no colchão ou no quarto. Mordi o lábio com força e me encolhi, sentada no chão, abraçando meus joelhos. — Não, isso não é real, não é real… — Eu me abraçava e me balançava procurando refúgio daquilo, eu só podia ter entrado em um pesadelo. Senti meu rosto formigar, o ar parecia não entrar em meus pulmões devido a minha garganta parecer cada vez mais fechada. As lágrimas molhavam meu rosto e eu apertava cada vez mais meus olhos fechados, tentando ignorar o que tinha acabado de acontecer. — Não é real, ela está morta…
0
Comente!x

  — !
  — Ela tá morta… — eu repetia sem parar, tentando me convencer de que tudo aquilo não passou de um delírio. — Eu a matei.
0
Comente!x

  — … — Apenas senti me abraçando. — O que houve?
  — Ela… estava aqui… ela estava aqui — falei aos prantos, entre soluços e lágrimas. — Ela não vai me deixar em paz…
0
Comente!x

  — Eu não vou sair do seu lado, eu prometo.
  — Ela estava morta… Eu vi. — Ele me segurou e me puxou para mais perto dele, ouvi seu coração batendo ritmado com o meu, em alerta, preocupado comigo, e era uma merda admitir, mas não existia mais ninguém que eu quisesse ali comigo naquele momento.
0
Comente!x

  — Vai ficar tudo bem — ele acariciou minha cabeça —, vai ficar tudo bem.
0
Comente!x

0 0 votes
Article Rating
Subscribe
Notify of
guest
27 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Lelen
Admin
5 meses atrás

As always, eu olhando pro Juan somente aparecendo em cena, falando “oi” e saindo, é tipo:

🫵🫵🫵

Sorry not sorry, Juan IANSDPOASNDP
E esses dois se provocando. Isso na vida real ia me irritar facinho HAHAHAHAAHAH
Mas vamos falar sobre Vincenzo – e a Giovanna. Eu espero que ele fique bem e tenha uma vida longa e boa. E eu ri demais com a Gio falando sobre não se importar da Pietra continuar dando pra ele, MORRI ASPONDASPODMSAOPDMASPDO

hatakesaturn
hatakesaturn
5 meses atrás
Reply to  Lelen

Hahahahaha amg, vc tá nuito encucada com o pobre do Juan, vamos só aproveitar mais um barman gostoso nos dando o ar da graça 🤤

Lelen
Admin
4 meses atrás

Matteo já todo errado desde o começo por se apaixonar pela “irmã” (já colocando as aspas porque TENHO ESPERANÇAS) e ainda vai e se deixa levar pela Carolyn e ainda se deixa ser visto pela Pietra. PQP, Matteo, tu não se ajuda também, hein?
E a Pietra devolvendo o favor com o Juan… Juan nem liga de ser usado, né, moço? O importante é o que importa e é o que tá valendo IOHASDOIHADO
Vamos ver como as coisas vão “se resolver” ou “se complicar” nessa história nos próximos capítulos.
Matteo, vê se toma tento u.u

Lelen
Admin
4 meses atrás

Bea nesse final, tô só o gif de “tô de olho” com ela HAHAHAH ALGO DE ERRADO NÃO ESTÁ CERTO COM ESSA REAÇÃO DELA
E a Luna mostrando que pode até parecer inocente, mas santa não é (e nem boba HEHEHEH)
Cada hora aparece mais coisas nessa família, gzus amado, só espero que termine tudo “felizes para sempre” 🙏

hatakesaturn
hatakesaturn
4 meses atrás
Reply to  Lelen

Sabemos que a característica de ser uma péssima mentirosa é de família kkkkkk e a Luna toda inocente só que não rs

Lelen
Admin
4 meses atrás

E continuamos a saga de Matteo tentando disfarçar mas falhando miseravelmente. Mas, por enquanto, vamos fingir que a gente acredita que tudo isso é preocupação de irmão para com a irmã querida, né HHEHEHE
Eu também curto paella com frutos do mar (mesmo o camarão em dando dor no estômago, <3 frutos do mar), nunca nem vi carne de coelho na vida HASOIDNASOPDNAPSOD
Eu imagino se Carolyn vai ser uma bitch bem bitch ou só uma pedra no sapato mesmo. Mas de qualquer forma, esperamos poder chutar ela pra longe em breve (porque já chega o drama do incesto, ainda tem que aparecer gente pra atrapalhar mais, né? Não u.u)

hatakesaturn
hatakesaturn
4 meses atrás
Reply to  Lelen

Matteo é outro que não sabe esconder nada que passa pela cabeça, as reações são impulsivas, como todo ele kkkk ai, Paella é hma delícia, e sim, prefiro com frutos do mar, .as na Espanha a tradicional é com carne de coelho mesmo, n sei dizer se gostaria, nunca comi coelho kkkkk
Carolyn chegou pra infernizar, disso temos certeza

Lily
Lily
4 meses atrás

Preciso de mais capítulos, estou em abstinência 😪

hatakesaturn
hatakesaturn
4 meses atrás
Reply to  Lily

Tem tantoos capítulos pra vir, more! Fica tranquila que vem aí 🥰 Se atrasar briga com a beta 👀 kkkkkkk

Ray Dias
4 meses atrás

TÔ DOIDAAAAA PRA GIU EDSCOBRIR HAHAHAHAH Eu quero que a Carolyn morra. PFVR amiga, não faça ela engravidar ok? Eu vou ter mto desgosto com isso. Otelo podia desconfiar logo tb, que raio de mafioso cego é esse? Otelo desconfiando, percebe que tem que contar a verdade que um dos dois não é filho dele. E ai o casal começa o drama de viver um amor revoltado.

Lelen
Admin
4 meses atrás

E a merda foi jogada no ventilador, minha gente HAHAHAH
Uma descobrindo o segredo amoroso da outra, AMO. Mas a Bea acho que deixou algumas pistas do que estava acontecendo, não deixou?
E Juan mostrando sua versatilidade no trabalho, hum? Mas ainda não saiu da minha lista de suspeitos. Suspeitos de quê? Não sei, mas eu suspeito dele HAIONASODINASODNO

hatakesaturn
hatakesaturn
4 meses atrás
Reply to  Lelen

Essa hora sempre chega hahahaha
Amiga, vc pegou Juan pra cristo kkkkk coitado

Ray Dias
4 meses atrás

Não acredito que você terminou o capítulo desse jeito! Aaahhhhhhh preciso de mais, muito mais! Não me diga que a Giu não vai falar com o irmão sobre isso e ouvir ele confessando o que sente, e depois ela investigando a família descobre que eles nem são irmãos de verdade! Não me diga que Juan e Pietra irão se envolver mais serem namoradinhos, e atiçar o modo vingativo do meio irmão que vai investigar ele enquanto morre de ciúme! Não me diga que elas não vão descobrir que Carolyn e Juan são parceiros infiltrados!? Aí nossa, não me diga!!!

hatakesaturn
hatakesaturn
4 meses atrás
Reply to  Ray Dias

Amigaaaa hahahahaha você está empenhada em gerar teorias conspiracionistas hahahaha não tô me aguentando 😂😂

Lelen
Admin
4 meses atrás

EU NÃO VOU TIRAR JUAN DA MINHA LISTA DE SUSPEITOS E TENHO DITO.
Tudo bem que eu já suspeitei até do primo Filippo na história em um certo momento (e às vezes torno a suspeitar HAHAHAH), MAS JUAN É MUITO SUSPEITO. E a entrada dele na história foi muito conveniente, SUSPEITO, MUITO SUSPEITO.
Agora vaamos ver onde tudo isso vai dar e quantos mais vão cair HEHEHEEH

hatakesaturn
hatakesaturn
3 meses atrás
Reply to  Lelen

Tadinho no Filippo, ele sempre foi um bom menino 🥹❤️
hahahaha a grande pergunta é essa, quantos vão cair?

Lelen
Admin
3 meses atrás

E o moço ainda acha que pode falar em tom de ordem com a menina? Tu já foi melhor que isso, Matteo u.u
E essa Carolyn… Vou dizer nada não, só que Juan continua na minha lista (ele nem surgiu na conversa, mas essa sou eu HAHHAHAAH)
Adorei que as meninas se juntaram no clubinho próprio das mafiosas pra tentar resolver as coisas sozinhas, vamos ver se vai ser efetivo 💪

Lelen
Admin
3 meses atrás

Eu já falei que ela não falou medo de quê ela ficou, senhor. Acalma o culo aí.
E essas coisas que costumavam dar certo agora dando errado, SUSPEITO o timing, hein? Ficar de olho no mundo todo porque nessa vida nada é 100% confiável, a gente confia com um lado e com o outro desconfia HAHAHA
A Giulia é maravilhosa demais, aff as tiradas dela com todo mundo HAHAHH AMO ELA DEMAIS <3

Lelen
Admin
3 meses atrás

Gzus, o timing todo errado pra Pietra falar e pro Matteo decidir sobre casamento, aí surge a polícia toda errada também (mentira, ela tá certa, mas pqp)…
E eu acho que se essa coisa da Carolyn é séria, ela tinha o plano perfeito em mãos se não fosse tão descuidada. Ela se infiltraria na surdina na família e, se quisesse, arruinaria ela por dentro sem ninguém nem saber. O Matteo já tava ali e o Otelo também não sabia nem o que atingiu ele (nem que tinha sido atingido –‘), tava na mão, mas a arrogância do ser humano, né 🙄🙄
Vamos ver o que nos aguarda agora, né…

Ray Dias
3 meses atrás

Preciso de mais pelo amor de Deus

Lelen
Admin
2 meses atrás

🫢🫢🫢🫢 😱😱😱
Essa é a reação do capítulo.
Eu não tava esperando por isso e muito menos assim.
Mas o Juan ainda tá na minha lista HASHAHAHAHAHH

Ray Dias
2 meses atrás
  Ouvi a confissão ao mesmo tempo que a cadeira arranhou o chão de madeira e travei onde estava, minha respiração…" Read more »

Finalmente a chave que eu precisava pra ela se deleitar no fakebrother uhuuuuu… Sabia que alguém não era filho de Otelo!

Ray Dias
2 meses atrás

Eu amei demais o que aconteceu nesse capítulo 🤩


You cannot copy content of this page

27
0
Would love your thoughts, please comment.x