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Sem curiosidades para essa história no momento!

Um Bebê Para Lian & Key

Capítulo 15

  Por Keira

  Era dia de ultrassom e eu corri para chamar Lian em seu apartamento. Toquei a campainha esperando impaciente que ele atendesse. Demorou mais do que o normal para abrir a porta e eu estava com certa pressa, havia acordado um pouco atrasada naquele dia e se Lian demorasse mais dois segundos, eu iria sair sem ele. Foi então que Julian entreabriu a porta e saiu andando para dentro do apartamento novamente.
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  — Espera só um pouco, já estou quase pronto — disse num tom um pouco estranho e eu apenas assenti.
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  Menos de dois minutos depois ele estava de volta e então pude ver o motivo do seu tom de voz anterior estar estranho. Os olhos de Lian estavam avermelhados e por mais que ele tenha tentado lavar o rosto para dar uma enganada na vermelhidão, eu sabia que ele estivera chorando.
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  — Lian…
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  — Vamos? — ele perguntou ignorando completamente minha preocupação.
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  Eu apenas concordei e nós descemos até a garagem para pegar o carro dele. Decidi não fazer perguntas sobre o motivo de seu choro, se ele não havia me dito espontaneamente significava que queria evitar o assunto, então decidi respeitar isso.
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  Chegamos um pouco em cima da hora no consultório da doutora Pearson que já nos esperava. Ela nos abraçou em forma de cumprimento e nos empurrou para a sala de ultrassom.
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  — Vamos ver se está tudo bem com esse pequenino! — Ela sorriu enquanto eu me preparava colocando o avental de exames e me deitava na maca.
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  Minha barriga estava um pouco mais aparente agora e ela não precisava forçar tanto para conseguir enxergar alguma coisa.
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  — Olhem aqui, papais! — Ela virou o monitor para que Lian e eu pudéssemos ver o que ele exibia.
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  O contorno de um bebê estava muito mais nítido agora, apesar de eu ainda não entender direito aquelas imagens. De repente a imagem na tela se mexeu um pouco – bem pouquinho mesmo – e eu ofeguei surpresa.
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  — Logo esse pequeno vai começar a se mexer como um louco nessa barriga, Keira, é melhor ir se acostumando. — A doutora Pearson avisou sorrindo. — E mês que vem talvez consigamos ver o sexo dele!
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  Julian deu um pequeno pulo ao meu lado com certa alegria e eu sorri para a imagem na tela que voltou a se mexer.
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  — Oi, meu pequenino… — murmurei sorrindo para a imagem que deu uma leve mexida novamente.
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  — Os bebês podem ouvir o que as pessoas dizem, principalmente a mãe e o pai — Sophia disse dando uma piscadela para mim e Lian.
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  A doutora desligou os aparelhos e me deu o papel toalha para eu limpar o excesso de gel em minha barriga e depois me liberou para me vestir. Quando saímos do consultório, Lian estava um pouco menos abestalhado do que da primeira vez em que viemos, graças a Deus. Ele me levou para casa e disse que iria trabalhar o restante do período e que de noite ele estaria de volta e que traria nosso jantar.
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  — Não, Lian, sério, não precisa “trazer o nosso jantar” posso cozinhar para nós — eu murmurei indo ligar meu computador, estava com algumas pendências em atraso.
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  — Você vai ficar o dia inteiro trabalhando nesse computador, vai estar cansada demais para fazer o jantar. Prometo que trago algo saudável e nutritivo — ele disse já saindo de meu apartamento.
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  Suspirei fazendo careta. “Saudável e nutritivo” com certeza significava salada. Odeio salada. A não ser é claro que tenha um molho muito bom e um ótimo acompanhamento, como um filé de frango ou de salmão. Eu esperava do fundo do coração que meu jantar não fosse só folhas e vegetais.
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  Comecei a trabalhar na atualização de sistema da Saunders. Sim, eu havia saído da empresa e havia virado freelance, mas como eu já conhecia todos os esquemas da Saunders Tech e sempre havia sido eu a mexer com o sistema deles, eles decidiram contratar meus serviços “por fora”. Mas além daquele trabalho eu ainda precisava revisar alguns outros que eu pegara para cobrir algumas despesas a mais.
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  Enquanto mexia nas codificações da Saunders, acabei me lembrando de Finn, e de como ele e Julian haviam se dado bem. Talvez, só talvez, eles pudessem ter alguma coisa. Eu queria poder falar sobre isso com Julian como nos velhos tempos em que nós fazíamos nossa festa do pijama e ficávamos acordados a noite toda discutindo quem seria o par ideal para nós no colégio. Claro que naquela época eu achava que poderia ter uma chance de ser uma garota “normal” com um pretendente e, como diria minha mãe, “fogo no rabo”. Mas agora era um momento delicado para falar sobre novos companheiros com Lian, ele mal havia se recuperado do babaca puto do Mathias. Mas futuramente poderia ser uma possibilidade. Eu sorri sozinha pensando nisso.
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  Às sete horas Julian chegou com algumas sacolas penduradas nos braços, sua maleta e seu blazer. Ele deveria parecer desengonçado e desequilibrado segurando aquele tanto de coisas, mas o infeliz parecia um lord com seu porte de homem elegante. Mesmo segurando um monte de coisas ao mesmo tempo em que empurrava a porta com o pé. Pois é, as coisas precisavam ser equilibradas num relacionamento, certo? Mesmo num relacionamento entre melhores amigos. Fui ao seu encontro e peguei a maleta e o blazer que estavam mais fáceis de pegar sem derrubar nada e Julian seguiu para a mesa de jantar colocando as sacolas ali em cima.
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  — E então, como foi o dia, meu amor? — Lian perguntou num tom brincalhão, já que estávamos parecendo pessoas casadas.
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  — Cansativo, querido. E o seu? — perguntei entrando na brincadeira.
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  — Cuidei de uma criança com feijão no ouvido, foi uma maravilha! — ele exclamou tirando o que pareciam ser marmitas.
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  — Eca, Lian! — exclamei fazendo cara de nojo.
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  — Que foi? Você foi quem perguntou como havia sido o meu dia.
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  — Então isso do feijão foi sério?
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  — Foi… — ele respondeu como se fosse a coisa mais normal do mundo uma criança com um feijão no ouvido surgir em seu consultório.
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  Fiz uma careta e decidi não comentar mais nada. Abri as outras sacolas e fui tirando o restante das marmitas. Tive a alegre – por favor, sinta a ironia – honra de tirar as bandejas de salada. Fiz uma careta involuntária.
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  — Salada faz bem tanto para você quanto para o bebê — Lian murmurou percebendo minha cara.
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  — Não vou discutir isso, não se preocupe. Só não vou comer muito isso aí. — Apontei para as folhas de tons variados de verde.
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  — Para sua alegria, comprei algumas coisas diferentes, mas gostosas e saudáveis para você.
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  Ele havia comprado risoto com arroz integral, salada com molho de sei lá o que – mas que parecia bem apetitoso –, macarrão integral com molho branco e filé grelhado de frango. Minha barriga roncou e Lian olhou para mim e nós dois demos gargalhadas.
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  — Vamos comer logo — ele disse indo buscar os pratos e copos.
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  Começamos a comer e até que a comida não era tão ruim por ser saudável. Quando estávamos recolhendo os pratos, o interfone tocou e fui atender. Era Tris.
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  Ela bateu na porta e Lian foi atender enquanto eu ia lavar a louça.
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  — Oi, Julian, que bom te ver aqui! — ela exclamou daquele jeito típico de Tricia.
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  — Tris, o que faz aqui? É segunda-feira e são quase nove da noite.
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  — Eu só estava a fim de conversar um pouco com minha melhor amiga e saber do meu futuro sobrinho ou sobrinha. Como foi o ultrassom? — ela disse pegando um copo do armário e se servindo do restante do suco de uva que havíamos deixado em cima da mesa.
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  — O bebê está ótimo e ele se mexeu pela primeira vez no exame! — Julian começou a tagarelar completamente empolgado, deixei essa parte para ele.
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  — E como foi? Para vocês, quer dizer?
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  — Eu me senti tão… especial vendo aquelas imagens e o bebê se mexendo foi a coisa mais extraordinária do mundo! — Me vi exclamando como uma adolescente empolgada e então formamos uma rodinha na sala e começamos a falar e falar.
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  Era quase onze horas quando eu bocejei e comentei o quanto estava me sentindo cansada. Lian se levantou quase que imediatamente dizendo que ele ia embora para me deixar descansar e que Tricia deveria fazer o mesmo, mas então Tris o fez ficar quieto e se acalmar com um barulho parecido com o que alguns treinadores de cães usam para chamar a atenção dos animais.
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  — Por que você não dorme aqui? — ela perguntou simplesmente.
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  Julian encarou minha melhor amiga como se ela fosse louca.
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  — Porque eu tenho uma casa?
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  — É, uma casa que te lembra constantemente do cara mais filho da puta com quem você já dividiu várias coisas. — Tricia pontuou séria. — É uma boa você trocar de ares um pouco, pelo menos nesse período mais complicado.
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  — Eu não vou dividir a cama com você. — Apontei para Lian de forma acusadora.
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  — E não precisa, sua besta! — Tricia exclamou para mim rolando os olhos. — Ele pode ficar no quarto de visitas que, aliás, eu nem sei por que você o tem. Nunca recebe visitas que passam a noite aqui — Tris retrucou e eu tive vontade de rebater com uma resposta maravilhosa, mas a resposta não veio em minha mente, então decidi ficar calada. — E além do Lian estar precisando mudar de ares, você precisa de constante supervisão agora que está completamente grávida.
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  — Olha, estar grávida não é estar inválida ou doente, ok? — eu disse me sentindo um pouco rebaixada.
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  — Mas você sabe que todo cuidado é pouco — ela respondeu apontando para mim. — Eu sei que Lian é terrível cozinhando, mas pelo menos vai poder te ajudar em outras coisas, como manter a casa limpa, por exemplo… — Tris lançou um olhar sugestivo para os meus pares de sapato todos espalhados por aí.
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  Lian e eu nos entreolhamos e numa conversa muda, começamos a discutir o que seria melhor para nós. Lian realmente precisava sair daquele apartamento que estava infestado com a presença de Mathias, mas dividir o apartamento com outra pessoa poderia ser um incômodo para ele… Mas nós éramos melhores amigos desde sempre, então qual era o problema?
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  Depois dessa troca de olhares, Tricia nos encarou esperando uma resposta.
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  — Tudo bem, Lian. Acho que vai ser melhor para nós dois ficarmos juntos, ainda mais nessa fase da gravidez em que a criança começa a chutar e eu vou começar a ficar louca e mal-humorada — respondi sorrindo.
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  Tricia fez uma pose de peito estufado se sentindo a grande salvadora do mundo e Lian me encarou com um olhar que quase agradecia.
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  Fui arrumar o quarto de hóspedes enquanto Tris ia para casa e Lian ia buscar algumas coisas para passar a noite em meu apartamento.
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  Nota: Eu sei pra onde essa história parece que tá indo kkkkk
  Na minha época – 2010, oi – o enredo de “Um Bebê” levaria ao final em que os dois bffs se veem apaixonados um pelo outro, não importando a sexualidade, e vivem felizes para sempre juntos e se amando. Não vou dizer que não é isso que vai acontecer, Lian e Key vão ser felizes para sempre e vão se amar, mas do jeitinho deles <3

Capítulo 16

  Por Keira

  Julian estava retomando o pique da vida agora que estava morando comigo. Um dia ou outro ele saía para algum barzinho para encontrar alguém que ele não queria me contar, o que me deixava bastante furiosa, já que ele era meu melhor amigo. Melhores amigos contam tudo um ao outro! Ele insistia que era um caso de trabalho que era estritamente profissional, mas quem diabos trata de assuntos profissionais num bar até uma hora da manhã? Ok, esse negócio de dividir o apartamento com o pai do meu filho estava me deixando um pouco neurótica, fora os hormônios que estavam loucos e me deixando emotiva.
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  Minha barriga já começava a parecer um pouco mais com uma barriga de grávida, eu passava o dia todo conversando com meu bebê e, apesar de soar estranho, eu não me sentia boba em fazer aquilo. Falava sobre o trabalho, os problemas que estava tendo com alguma codificação, sobre o tempo, sobre como seria quando ele finalmente nascesse…
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  Eu estava um pouco preocupada com a questão do depois. Quero dizer, por enquanto Lian estava solteiro e não teríamos problema em dividir a guarda, até porque, já estávamos dividindo o mesmo apartamento, então… Aos olhos da sociedade nós éramos um casal com um filho. O problema seria se Julian arranjasse um novo parceiro, e esse parceiro quisesse levar Lian para longe de mim e da criança. Aí teríamos de fazer algum tipo de guarda compartilhada e eu achava esse tipo de coisa tão confusa para a criança… Mas eu tinha esperança de que Julian arrumaria um novo parceiro que entenderia completamente nossa situação – por mais estranha que fosse – e nos permitiria viver ao menos perto o bastante um do outro para que nosso bebê tivesse a presença constante tanto do pai quanto da mãe.
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  Eu havia ficado um tanto estressada durante o dia por conta do nosso futuro – meu, do bebê e de Lian – que quando percebi, Julian já estava de volta e aparentemente havia passado no mercado para comprar coisas saudáveis para minha geladeira.
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  — Como foi o dia? — perguntei como sempre, indo ajudá-lo a arrumar as compras.
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  — Ah, nada muito grave. Apenas gripes e alergias — ele comentou. — E o bebê?
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  — Acho que ele está bem. Começando a me deixar bastante cansada, mas bem — comentei enquanto dava um bocejo.
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  Nós dois arrumamos a geladeira e a despensa em alguns minutos e Lian foi procurar uma receita nutritiva para grávidas na internet.
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  — Sério, Lian? — perguntei enquanto ele pesquisava. — A maioria das grávidas come coisas normais, por que essa preocupação toda?
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  — A maioria das grávidas não está gerando um filho meu na barriga — ele respondeu concentrado em sua pesquisa.
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  Aquela frase meio que me pegou de surpresa. Não de um modo que em outros tipos de história a mocinha descobriria o quanto está apaixonada pelo mocinho, me pegou de surpresa de um jeito que me levou a sentir algumas lágrimas se formarem, mas que eu segurei bravamente em meus olhos. Foi então que eu senti. O primeiro movimento que vinha de meu ventre. Dei um pulinho de susto, achei que tinha sido discreto, mas Lian percebeu.
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  — O que houve? — perguntou deixando o celular um pouco de lado para me dar atenção.
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  — O bebê… — murmurei colocando a mão sobre minha barriga.
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  — O que tem o bebê? Você está se sentindo mal? O que houve? — Julian começou a ficar um pouco desesperado.
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  — O bebê chutou! — exclamei finalmente, dando um largo sorriso, puxando a mão de Lian e a colocando no lugar onde estava sentindo o bebê se mexer.
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  Lian olhou para mim com expressão fascinada e eu quase deixei minhas lágrimas escorrerem de vez. Meu bebê e de Lian estava ali, se desenvolvendo, se mexendo dentro de mim. Era uma sensação estranha, mas ao mesmo tempo gostosa.
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  — Isso… Isso é demais! — ele exclamou se levantando e me dando um abraço. — Nosso bebê está aí. — Ele tinha os olhos marejados, mas parecia bastante alegre.
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  — Pois é, acho que ele quer mesmo que saibamos que ele está aqui — eu disse. — Ele deu uma mexidinha de novo — comentei e Lian quase deu um pulo de alegria.
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  — Você acha que é menino ou menina? — perguntou voltando a se sentar, encarando minha barriga.
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  — Como é que eu vou saber? — perguntei erguendo a sobrancelha.
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  — Sei lá, dizem que as mães têm instinto para saber essas coisas. O que você sente que é? — Lian perguntou com os olhos brilhando de expectativa.
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  — Sinceramente? — murmurei pensativa. — Acho que talvez seja um menininho…
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  Julian sorriu alegremente.
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  — Estou louco para saber se teremos uma menina ou um menino para podermos começar a escolher nomes e o enxoval! — Lian ficou tão alegre que quase me deixou desconcertada.
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  — Que bom que você está animado com essas coisas porque eu não faço ideia de que nome colocar se for uma menina… — comentei.
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  — E se for menino?
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  — Estava pensando em Marco. Eu sempre gostei desse nome. — Sorri.
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  — Isso não tem nada a ver com sua paixonite aguda do pré-primário que se chamava Marcos, tem? — Julian perguntou e eu logo fechei a cara.
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  — Claro que não! — exclamei indignada. — Eu nem me lembrava dele. Eu só acho que Marco é um nome bonito.
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  — Se for uma menina…
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  — Eva, eu sei. — O interrompi e ele assentiu sorrindo por eu já saber a resposta.
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  — Você acha que colocamos um nome do meio? — ele questionou com a expressão pensativa.
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  — Não — respondi de imediato. — Acho que um nome e os nossos sobrenomes estão ótimos — disse. Eu sempre achava um exagero colocar trezentos nomes numa criança que só usaria um a vida toda.
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  — E qual seria a ordem dos sobrenomes? — Lian perguntou ainda pensativo.
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  — Podemos colocar o seu sobrenome como o principal, é assim que funciona, certo? O sobrenome do pai é o principal.
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  — Mas é você que está tendo o trabalho todo de gerar essa criança dentro de você. — Ele argumentou e eu me senti a pessoa mais especial do mundo por alguém admitir que gerar um filho dentro do próprio corpo não era nada fácil.
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  — Ele vai ter o meu sobrenome também e é isso que importa. Ele será tanto meu quanto seu — murmurei me sentando ao seu lado e encostando a cabeça em seu ombro.
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  Ficamos em silêncio por um bom tempo, apenas pensando e aproveitando a companhia um do outro. Até que minha barriga roncou e Julian gargalhou.
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  — Eu vou preparar uma coisa bem gostosa e nutritiva para vocês. — Ele se levantou, mas então logo se virou de volta e se agachou a minha frente. — Papai não vai deixar você passar fome, prometo. — E beijou minha barriga antes de sair andando com o celular na mão em direção à cozinha.
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  Eu nunca pensei que ficar grávida seria uma experiência tão… gostosa.
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  Nota: Não tenho muito o que dizer, só que amo essa amizade 🤧

Capítulo 17

  Por Keira

  As semanas se passaram rápidas. Julian finalmente estava mais animado e menos depressivo em relação ao ocorrido com Mathias e nós dois estávamos cada vez mais próximos. Era estranho estar carregando um filho do seu melhor amigo, sendo ele gay e você virgem. Era muito estranho se eu fosse pensar como alguém de fora, mas era quase normal para nós dois, afinal, sempre fomos próximos e unidos e muito provavelmente ele era feito para mim de uma forma muito além do que qualquer um poderia entender.
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  Era mais um dia de ultrassom e talvez finalmente nós pudéssemos descobrir se estávamos esperando uma menina ou um menino. Eu particularmente gostaria que fosse um menininho, mas obviamente amaria uma menininha da mesma maneira. Lian estava pulando – quase que literalmente – de ansiedade e expectativa enquanto eu me arrumava para podermos ir à clínica fazer o exame.
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  — Vamos logo, Keira! — ele exclamou me apressando.
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  — Calma, Lian, a gente já vai, só preciso arrumar o cabelo.
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  — Você tá linda assim, agora vamos! — disse me puxando pelo braço para sair da frente do espelho do banheiro.
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  Bufei. Nem parecia que era eu que estava grávida naquele lugar.
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  Fomos para a garagem e enquanto o elevador descia, Julian não parava de bater o pé no chão, impaciente.
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  — Lian, calma! — exclamei segurando em seus braços fazendo-o parar e me encarar.
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  — Desculpe, estou ansioso para saber se é menino ou menina! — ele disse parecendo um pouco embaraçado. — Não sei como você consegue ficar calma desse jeito!
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  — Julian, eu estou tão ansiosa quanto você, só não estou demonstrando tão… espalhafatosamente. — Concluí indo em direção ao seu carro. — E eu não deveria te deixar dirigir nesse estado — falei.
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  — Como se eu fosse deixar você dirigir estando com uma barriga desse tamanho… — Julian revirou os olhos.
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  Olhei para baixo e fiz careta para Lian. Minha barriga não estava tão grande assim, mas admito que atrapalharia um pouquinho na hora de dirigir.
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  Por mais ansioso que Julian estivesse, ele dirigiu com calma e muito cuidado até a clínica da doutora Pearson, mas logo que botou os pés ali, recomeçou com a ansiedade e a andar de um lado para o outro sem parar. Eu estava começando a ficar incomodada com aquilo quando finalmente Sophia nos chamou para o exame de ultrassom.
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  — E então papais, prontos para saberem qual o sexo do bebê? — ela perguntou toda sorrisos, como sempre.
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  — Lian está louco de ansiedade… — eu murmurei lançando um pequeno olhar insinuador em direção a ele.
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  — Ah, saber o sexo do bebê é praticamente o início de tudo! — a doutora Pearson exclamou enquanto me apontava o avental de exames para que eu me trocasse. — É aí que vocês podem começar a planejar o quarto, as roupinhas, os possíveis nomes… — Ela ia enumerando enquanto eu tirava minha blusa ali mesmo e vestia o avental.
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  — Sim! — Lian exclamou daquela forma empolgada e afobada. — Eu não sei como Keira pode estar tão indiferente quanto a isso! — disse indignado para a médica que gargalhou.
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  — Eu não estou indiferente! — reclamei enquanto me deitava na maca. — Só estou sabendo me controlar, ora.
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  Sophia riu e então começou com os procedimentos de sempre, colocou o gel sobre minha barriga e começou a vasculhar, apertando um pouco aqui e um pouco ali. Senti o bebê se mexer no mesmo instante em que Sophia virou o monitor e deu uma risada.
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  — Parece que o garotinho aqui não gosta muito de ser incomodado — murmurou apontando na tela uma imagem de um bebê que parecia agitado e se mexia conforme o aparelho de ultrassom se movia para captar mais informações sobre ele.
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  — Garotinho? — Julian murmurou. Eu mal havia prestado atenção àquela palavra, tudo o que eu queria ver era meu bebê naquela tela.
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  — Sim, é um meninão. — Sophia piscou para Julian e depois gargalhou.
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  — Vamos ter um Marco, Key! Vamos ter um Marco! — Lian exclamou com o maior entusiasmo do mundo.
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  — Hei, paizão, seu garotinho está ouvindo você! — a doutora Pearson murmurou apontando para a tela de exames onde Marco se remexia e às vezes me chutava.
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  — Oh, meu pequeno, desculpe, desculpe! — Julian disse num tom mais baixo, chegando bem perto de minha barriga para sussurrar. No mesmo instante Marco se acalmou e seus movimentos ficaram menos agitados.
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  — Ele está perfeito, crescimento normal, desenvolvimento normal. Tudo maravilhosamente bem. — A doutora concluiu. — Vou dar um DVD com a gravação do exame para vocês, sei como pais adoram essas coisas! — E, como habitualmente, me deu a folha de papel toalha para que eu me limpasse e pudesse me trocar.
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  Quando saímos do consultório, Lian estava mais abobalhado do que sempre e seus olhos brilhavam de excitação.
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  — Nós vamos ter um Marco, Keikey! — ele exclamou novamente parando em minha frente e segurando minhas mãos. — Um pequeno menininho nosso. — Ele sorriu se abaixando para ficar murmurando coisas para minha barriga.
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  Eu não me importei muito com o “nosso” na frase, eu já havia me acostumado com a ideia de que aquele bebê seria para sempre nosso, meu e de Julian. Não dava para negar os fatos, não é?
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  Quando chegamos em meu apartamento – no momento nosso apartamento – Lian disse que iria trabalhar o restante do período como sempre e eu fui sentar em frente ao meu computador para começar a trabalhar também, mas é claro que agora meus pensamentos estavam muito mais dispersos e eu facilmente me via navegando pela internet procurando por berços e acessórios para quartos de crianças que poderiam ser úteis para nós. Já imaginava transformar o quarto de hóspedes no quarto de Marco, só precisava realocar Julian que com certeza iria querer ficar 24 horas por dia ao meu lado e ao lado do bebê quando ele finalmente nascesse. Talvez eu pudesse deixar o berço no meu quarto nos primeiros meses e depois discutir com Julian o que faríamos dali em diante.
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  Eu não conseguia parar de olhar os sites de lojas especializadas para coisas de bebês, era cada coisa mais linda que a outra! Meu desejo era ir clicando em tudo e ir comprando, mas eu precisava me controlar. Por mais que já tivesse se passado cinco meses e o bebê estivesse crescendo normal e tranquilamente, eu ainda tinha medo de me empolgar demais e acabar me frustrando no futuro. Decidi esperar Lian voltar para conversar e pensar na melhor forma de agirmos. Deus, estávamos mesmo parecendo um casal!
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  Julian chegou às sete e meia e eu já estava impaciente com sua demora, mas ele chegou com um sorriso tão radiante nos lábios que eu não tive coragem de repreendê-lo por não ter me avisado que iria demorar mais do que o normal… Apesar de eu não ter esse direito de cobrá-lo. Ele chegou de mansinho até mim com aquela cara empolgada escondendo alguma coisa às suas costas.
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  — Adivinha o que eu trouxe? — perguntou com um ar brincalhão.
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  — Uma maçã do amor? Porque eu estou louca por uma maçã do amor! — exclamei brincando e fazendo meu melhor amigo revirar os olhos. — Anda, me mostra logo o que trouxe, Julian! — retruquei querendo ver o que ele escondia.
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  — Tarã! — exclamou me estendendo uma sacolinha de uma loja de artigos para bebês.
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  Encarei ele um pouco desconfiada, mas logo abri a sacola e vi um conjuntinho para recém-nascido em estilo marinheiro que era a coisa mais fofa do mundo. Olhei para meu melhor amigo e sorri dando-lhe um abraço.
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  — Como você adivinhou? — perguntei, já que estilizar todo o quarto com motivos de marinheiro era o que eu iria propor a Lian.
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  — Somos melhores amigos, temos telepatia, duh. — Ele revirou os olhos e depois riu.
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  Eu o abracei novamente por impulso e ele me abraçou de volta me apertando o máximo que a barriga entre nós permitia.
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  — Eu te amo, Lian… — murmurei ainda no abraço.
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  — Eu também te amo, Key. — Ele respondeu de volta.
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  Nós dois sabíamos que aquele “eu te amo” não era o convencional “eu te amo” que um homem diz à uma mulher ou vice e versa. Aquela frase estava muito além daquilo. Era um amor diferente e que muito poucos poderiam entender…
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  Nota: E chegou nosso Marco pra alegria dos papais bffs
  Tamo chegando ao capítulo que deu origem ao prólogo yaaay!

Capítulo 18

  Por Keira

  As semanas foram se passando cada vez mais rápidas e quando fui ver estava com sete meses. Julian estava dando a louca comprando várias roupinhas para Marco e decidira que compraria o apartamento ao lado do meu e faria uma porta conectando ambos para não perder nada da evolução de seu filho. Achei aquilo um pouco exagerado, mas ele já estava negociando tudo com o proprietário atual do apartamento, não seria eu a estragar aquela alegria louca toda.
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  Já estávamos aprontando o quarto de Marco, as paredes estavam pintadas de azul marinho da metade para baixo e de creme na outra metade uma faixa com ursinhos fazia a divisão. Ainda não havíamos comprado o berço e nem nada, mas aos poucos estávamos dando um jeito naquele quartinho.
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  Era sábado de tarde e Lian havia pegado folga no hospital comunitário, já que haviam encontrado outro pediatra para fazer rodízio com ele. Eu estava sentada no sofá tentando arranjar um jeito de ficar confortável – a barriga já estava bem avantajada e pesava bastante – quando o interfone tocou. Lian prontamente foi atender e estranhou um pouco a visita sem aviso de Tricia.
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  — Ok, pode mandar subir… — ele murmurou um pouco desconfiado.
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  — Tris está aqui e não me falou que viria… Isso não pode ser boa coisa… — murmurei me encolhendo um pouco no sofá, o bebê dando um pequeno chute por eu ter contraído um pouco a barriga.
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  Em poucos minutos Tricia estava à minha porta batendo e tocando a campainha como uma louca. Julian foi atender, provavelmente com as palavras de repreensão prontas pela cara que estava fazendo, mas, ao abrir a porta, ele foi atropelado por um bando de mulheres lideradas por Tricia.
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  — Mas o que…
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  — Viemos fazer o seu chá de bebê! — Tris exclamou com ar triunfante e toda sorrisos. — Espero que não se importe, mas chamei algumas amigas minhas já que você não tem muitas amigas próximas. — Ela revirou os olhos ao dizer a última parte.
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  — Chá de bebê? — Lian e eu perguntamos em uníssono.
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  — Ah, Julian, você está aí? — Tris perguntou como se realmente não o tivesse visto. — Você tem que sair. — Apontou para a porta.
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  — Como assim? — ele perguntou indignado.
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  — Chá de bebê é só para mulheres. — Uma das amigas de Tricia que carregava vários tipos de bebidas – não alcoólicas, devo dizer – disse em resposta.
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  — Mas eu sou o pai! — ele retrucou ainda indignado.
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  — Ok, tudo bem, não tem problema o marido dela ficar — uma outra amiga disse.
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  — Ele não é o marido dela, Lou — Tris disse revirando os olhos, mas se limitou a dizer apenas isso.
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  Eu fiquei bastante besta vendo aquele bando de mulheres – eram mais de dez sem contar Tricia – arrumando as coisas e se acomodando em minha sala sem eu nem sequer saber quem eram!
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  Puxei minha amiga para um canto.
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  — O que diabos você está fazendo? — perguntei o mais baixo que consegui.
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  — O seu chá de bebê, oras — respondeu enquanto abria alguns pratos de salgados e doces. — Tudo bem que não foi nada muito bem planejado, mas eu não ia deixar meu sobrinho sem um chá de bebê, nem que fosse só uma coisinha simbólica. — Ela virou-se para mim com a expressão séria.
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  — Mas você nem me avisou que viria!
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  — Se eu avisasse você não iria me deixar subir com todo mundo. — Tris argumentou e eu tive de admitir que ela estava extremamente certa. — Todo mundo já comprou os presentes.
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  — Tricia, eu nem conheço essas mulheres! — exclamei começando a ficar um pouco apavorada com tanta gente desconhecida na minha casa, o que certamente refletiu em Marco que me deu um belo chute.
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  — Relaxa, Key, elas são maravilhosas e você vai adorar os presentes!
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  — Mas…
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  Eu não tive tempo de continuar a retrucar, Tricia foi até a rodinha de amigas para verificar se tudo estava certo.
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  — É hora de começar! — ela exclamou e suas amigas deram gritinhos de alegria.
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  Lian se aproximou de mim e ficou ali parado, sem dizer nada.
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  — Venham, papais! Sentem-se aqui! — uma das amigas de Tris – Lou, acho – exclamou apontando para o sofá.
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  Nós dois seguimos para lá com cautela, não fazíamos ideia do que Tricia poderia ter planejado.
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  — Podem ficar calmos, não vamos fazer nada muito espalhafatoso, até porque, não deu tempo de planejar nada — ela disse revirando os olhos de frustração. — Talvez façamos vocês pagarem alguma prenda ou coisa assim, mas nada perigoso. — Ela riu. Não tinha graça nenhuma. — Tudo o que você, Keira, tem que fazer é acertar qual é o presente que está embrulhado aqui. Se acertar, ok, se errar nós escolheremos se pintaremos seu rosto ou se faremos Julian pagar um mico. — Ela sorriu de forma meio diabólica.
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  — É bom você acertar todas, Key. — Lian tentou soar ameaçador.
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  O fato é que eu acabei com a cara – e a barriga – toda pintada de batom de vários tons e Lian acabou tendo que dançar até o chão e também a Macarena. O único presente que acertei o que era foram os pacotes de fraldas que Mariah havia me dado por ser uma caixa bem grande e quase óbvia. Além das fraldas ainda ganhei um kit com mamadeira, porta chupeta e chupeta; algumas toalhinhas de bebê personalizadas com o nome de Marco e estampinhas de marinheiro; toalhas de banho e um kit de saída de maternidade que obviamente fora Tris quem dera. Nesse kit ela até deixou uma roupa para mim combinando com a do bebê, o que foi a coisa mais fofa do dia. Julian ganhou um chapeuzinho azul marinho para combinar conosco.
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  Apesar de eu estar bastante desconfortável no início, até que me diverti bastante com todas as amigas de Tricia. Algumas já eram mães e me deram dicas como quando o bebê ficasse com cólicas e coisas do tipo. Discutimos bastante também a forma de parto. Eu havia decidido fazer uma cesariana.
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  — Menina, parto normal é a melhor coisa do mundo! — Noemy exclamou espalhafatosa. — Você só sente a dor na hora e pronto. Acabou.
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  — Ah, não, não! — Mariah disse chamando a atenção para si. — Minha prima optou por parto normal e se arrependeu logo que as contrações chegaram. Ela disse que teve vontade de morrer quando chegou a hora.
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  — Eu tive um parto por cesariana e correu tudo bem, é claro que você sente um pouco de dor por algumas semanas, mas não é nada tão aterrorizante quanto costumam fazer parecer — Joanna murmurou abanando o ar. — E não fica marca visível o que é uma maravilha da atualidade!
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  Continuamos conversando sobre partos e tudo mais. Eu não queria passar pelo desespero de começar a sentir as contrações e de repente minha bolsa estourar e eu ter de sair correndo para o hospital, com dor e tendo de esperar a dilatação certa para que eu pudesse fazer força e sentir ainda mais dor para forçar o bebê a sair. Não, muito obrigada. Eu já tinha a data certinha marcada no calendário para ir com tranquilidade à maternidade e não passar por aqueles tipos de sufocos.
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  — Esse bebê vai ser uma coisa linda! — Noemy exclamou depois de algum tempo analisando a mim e a Julian. — Os pais tem uma genética maravilhosa. — Ela sorriu. — Claro que isso não importa para os pais, mas foi só um comentário. — Riu.
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  — É claro que Marco vai ser lindo! É meu sobrinho! — Tricia se gabou. — Qualquer sobrinho ou sobrinha meus sempre serão lindos. — Ela estufou o peito se vangloriando como sempre.
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  Eu ri de minha melhor amiga e depois bocejei sentindo o cansaço me pegar.
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  — Meninas, acho que é hora de irmos, a mamãe precisa descansar — Mariah murmurou já se levantando e as outras a acompanharam.
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  — Eu vou ficar para ajudar arrumar a bagunça. — Tricia avisou.
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  — Muito obrigada por tudo, meninas — eu disse me despedindo de cada uma delas. — Principalmente pelo vídeo de Julian dançando a Macarena — comentei logo dando uma gargalhada ao ver a cara nada satisfeita de Lian.
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  — Foi um prazer, Keira! — Joanna foi a última a se despedir. — Nos mande fotos do pequeno quando ele nascer! — exclamou quando já estava na porta do apartamento.
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  — Pode deixar!
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  Quando todos foram embora, eu estava me sentindo exausta. Me sentei no sofá de uma forma meio torta por conta da barriga e encostei a cabeça numa das almofadas ali perto. Eu mal percebi quando peguei no sono, só fui levantar às oito da noite que foi quando Lian me acordou para jantar. Salada de novo. Droga.
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  Nota: Claro que Tricia não ia deixar seu sobrinho sem um chá de bebê, né? HEHEHEH
  Eu sinto que a Tris é o lado sagitariano meu que tá ali nas profundezas do meu eu – que sou nada sagitariana nas ações kkkkkk

Capítulo 19

  Por Keira

  Com oito meses eu estava com uma barriga consideravelmente enorme e andar já não era uma coisa tão confortável assim. Aliás, nem andar, nem sentar, nem deitar, nada era confortável para mim naqueles últimos meses de gravidez. Eu estava quase sempre exausta por não conseguir dormir direito à noite sem conseguir encontrar uma posição confortável o bastante. Lian comprou um monte de travesseiros para ver se me ajudava, mas dormir sentada não era a coisa mais legal do mundo.
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  Eu estava um pouco mal humorada num fim de semana quando Julian chegou dizendo que era hora de completar o enxoval e que queria que eu estivesse junto já que todo o resto nós havíamos escolhido juntos. Já havíamos comprado o berço e o trocador, a cômoda e uma poltrona para que eu pudesse amamentar durante a madrugada. Agora Lian queria comprar todas as coisas que tinha direito para Marco. Havia feito uma listinha de coisas que queria ver comigo no centro da cidade, o que incluía algumas coisas meio supérfluas, mas quem realmente estava ligando quando se estava mimando o próprio filho?
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  A cada dia Lian parecia mais radiante e feliz do que o normal, o que na minha opinião não era lá ruim, mas era suspeito. Suspeito porque ele estava feliz além do normal que incluía apenas Marco e sua chegada próxima. Havia mais alguma coisa que o estava deixando radiante e alegre todos os dias, mas ele não queria me contar. Eu já o havia confrontado querendo saber o que estava acontecendo, mas ele me respondeu com o típico “não é nada!” para fugir do assunto. Ele tinha arranjado outro? Analisei todos os fatos e hipóteses e cheguei à conclusão de que sim, ele tinha arranjado outro. Mas se era esse o caso, então por que não me dizia de uma vez e não me apresentava ou pelo menos me mostrava uma foto? Era isso que melhores amigos deveriam fazer, certo? A não ser que esse outro fosse o mesmo. E com “o mesmo” eu queria dizer Mathias. Mas não, não poderia ser possível, meu amigo era sentimental às vezes, mas não era burro o bastante para aceitar de volta um cara que disse na cara dura que o estava traindo… e que ainda havia levado o amante para o apartamento de Lian. Não, não podia ser.
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  Chegamos ao centro da cidade e o lugar já estava meio cheio por ser fim de semana e aquilo não me ajudava em nada no humor. Fui caminhando lentamente com minhas costas doendo e Lian me segurando pelo braço e pela cintura para tentar me ajudar a equilibrar a barriga.
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  Fomos atrás de mobiles, cortinas, mais roupas, travesseirinho, artigos para decoração, mantinhas e mais algumas coisas que ele achava necessário para mim, como uma cinta para manter os pontos da cesariana no lugar, uma camisola para que eu pudesse ficar no hospital e chinelos novos. Eu realmente não achava que aquilo era necessário para aquele momento, mas não queria estragar a felicidade de Julian de estar gastando dinheiro com o filho.
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  Decidimos almoçar por ali mesmo e enquanto eu saboreava minha sobremesa do tamanho de uma montanha, fiquei observando Lian mexer incessantemente no celular e soltar alguns sorrisos involuntários para a tela do aparelho. Bufei e empurrei minha sobremesa de lado chamando a atenção de Julian.
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  — O que houve? Está sentindo alguma coisa? — perguntou preocupado.
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  — Julian Deasey, com quem você está falando? — perguntei entredentes, já temendo pelo pior.
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  — O quê?
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  — Com quem você está falando? — repeti cruzando os braços e lançando um olhar sério em sua direção.
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  — Com ninguém importante — ele respondeu guardando o celular imediatamente.
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  — Julian
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  — É sério. Não precisa se preocupar — respondeu segurando minha mão tentando me tranquilizar.
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  — Lian, você sabe que quando dizemos “não precisa se preocupar” numa situação assim quer dizer que devemos nos preocupar, certo?
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  Ele ficou mudo por alguns instantes o que foi o bastante para eu ter um pequeno surto.
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  — Ah meu Deus, você voltou com Mathias! — exclamei meio que acusadoramente.
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  — O quê? É claro que não! — ele exclamou de volta parecendo um tanto ofendido. — Ficou maluca?
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  — Você voltou com ele! — acusei. — Voltou e é por isso que não quer me dizer, porque sabe que eu sou completamente contra isso!
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  — Keira, não é nada disso, pelo amor de Deus! — Julian massageou as têmporas, provavelmente pedindo paciência. — Eu não voltei com Mathias, ok?
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  — Então por que ficou todo com cara de bobo apaixonado sorrindo pra tela do celular durante quase todo o almoço? — perguntei o acusando novamente.
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  — Jesus, Keira! — ele exclamou parecendo espantado. — Você está parecendo uma esposa ciumenta!
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  — Não, Lian, estou parecendo uma melhor amiga preocupada com as possíveis cagadas que o melhor amigo pode estar cometendo.
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  Julian respirou fundo e olhou um pouco para os lados. Algumas pessoas de mesas um pouco afastadas da nossa estavam começando a nos encarar com curiosidade e estranheza. Ele então voltou novamente para mim e voltou a segurar minha mão.
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  — Keira, eu estou sim saindo com uma pessoa — ele murmurou baixinho —, mas eu juro que não é o Mathias. — Completou.
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  — Então por que não falou nada para mim? — retruquei ressentida.
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  Lian suspirou mais uma vez e ficou alguns instantes pensando no que me dizer.
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  — Eu não quero criar expectativas sobre ele enquanto o bebê não nascer. Nós estamos saindo e nos conhecendo melhor, mas minha prioridade é Marco. E também preciso pensar bem se é isso mesmo que eu quero.
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  — Como assim, isso mesmo que você quer? — perguntei ficando um tanto confusa.
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  — Outro companheiro. Algo sério. Ainda mais com Marco e toda a nossa história. Se foi difícil para Mathias entender, imagine alguém de fora?
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  Eu bem podia imaginar o belo nó que nossa história daria no cérebro de qualquer um que não tivesse a mente aberta, mas se o novo companheiro de Julian fosse um cara compreensivo e tolerante, com toda a certeza ele entenderia a decisão que nós dois havíamos tomado em termos um filho juntos.
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  — Lian, você melhor do que ninguém sabe: Se for para ser, será — eu disse finalmente e sorri recebendo um tímido sorriso de volta.
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  — Eu espero que seja para ser. — Ele sorriu e eu ri concordando.
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  Não havia coisa que eu quisesse mais naquele mundo – além de Marco, claro – do que ver meu melhor amigo feliz com a pessoa certa. E eu esperava que a pessoa certa estivesse bem próxima.
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  Nota: Julian apaixonadinho mas ainda sendo sensato – e um pouco traumatizado – com a família. Acho que no próximo capítulo nós já teremos a presença de Marco <3
  E aí entramos pra parte final da história! Tô empolgada porque em breve também teremos a revelação do novo mozão de Lian e eu amo um “trisal” demaaais! <3

Capítulo 20

  Por Keira
  Instantes quase atuais

  Finalmente chegou o grande dia! Ah, a alegria e tranquilidade de não ter que ficar esperando a vontade do bebê de sair de você, que maravilha!
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  Eu já havia deixado todas as minhas coisas prontas, minhas e do bebê, em uma maletinha para passar os três dias na maternidade. Agora quem estava extremamente ansiosa era eu e não Lian. Digo, Julian estava ansioso, mas não tanto quanto eu. Acho que ele estava mais para empolgado.
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  — Keikey, você precisa se acalmar ou vai acabar tendo o bebê aqui mesmo! — Lian exclamou enquanto pegava minha maleta e me ajudava a ir em direção à porta do apartamento.
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  — Deus me livre! — Quase gritei imaginando contrações e dores de um parto normal. Definitivamente não.
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  — Vamos, Key, respire e relaxe. — Ele sorriu e foi apertar o botão do elevador.
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  O elevador demorou tanto para subir que eu estava quase considerando descer pelas escadas se não fosse o fato de estarmos no sétimo andar e eu estar extremamente grávida. Ao menos a descida para a garagem foi mais rápida e sem interrupções. Quase corri em direção ao carro de Lian, mas eu não estava em condições de dar mais do que passinhos um pouco mais ligeiros do que uma caminhada. Julian tentou me deixar confortável no banco do passageiro, mas estava bem difícil. Graças a Deus a maternidade não ficava tão longe e ainda era de manhã, o trânsito não deveria estar tão ruim.
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  Foram quinze minutos longos demais para mim. Lian colocou música para me acalmar e quase estava dando certo, mas a ansiedade continuava bem presente quando chegamos.
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  Uma enfermeira me levou até um leito e me fez deitar para ficar tomando soro enquanto a doutora Pearson não chegava. Eu tamborilava os dedos, agitava meus pés e queria ficar zanzando por aí de tanta ansiedade até que finalmente Sophia chegou com o típico sorriso nos lábios.
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  — E então, papais, estão prontos para o dia especial? — ela perguntou vindo até mim e segurando minha mão.
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  — Keira está quase tendo o bebê de tanta ansiedade — Julian murmurou fazendo a médica rir.
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  — Ah, isso é muito normal, em pouco tempo vocês dois poderão pegar seu filho nos braços. — Sophia sorriu. — Agora vou aplicar a anestesia e em alguns poucos minutos, quando ela fizer efeito, estaremos todos prontos para o nascimento de nosso pequeno Marco!
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  E assim você pode entender um pouco melhor como é que eu estou tendo o filho do meu melhor amigo, agora nosso filho. Eu ainda estou preocupada com o que está acontecendo na parte de baixo do meu corpo, quero dizer, a doutora Pearson e o restante da equipe não estão fazendo nenhum ruído e acho que isso é de se preocupar, não é? Mas pela cara de alegria que Julian está fazendo, parece que tudo está indo bem.
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  Respiro fundo tentando acalmar a mente e estou pensando em números e carneirinhos quando ouço o primeiro choro daquela sala.
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  — Ah! Nosso pequeno Marco está aqui! — a doutora Pearson exclama com o tom mais alegre que eu já tinha ouvido. — E que pulmões! É isso aí, garotinho!
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  Eu fico impaciente querendo ver meu bebê, mas provavelmente ainda estão me fechando do outro lado das cortinas, então não posso me mexer. Julian desaparece por alguns segundos de minha vista e então reaparece com um pequeno embrulho nos braços. Estou eufórica e quero levantar minha cabeça para enxergar melhor, mas a doutora havia me advertido para não fazer movimentos bruscos com a cabeça enquanto o efeito da anestesia não passasse. Lian está todo sorridente ao meu lado e então se abaixa para que eu possa ver um pouco melhor o rostinho de Marco. Ele ainda está um pouco molhado, de olhos fechados e fazendo careta, mas para mim já é a coisa mais linda do mundo. Agora posso dizer que entendo o que é o olhar de mãe. Nossos filhos nunca são feios aos nossos olhos. Mas os dos outros continuam parecendo criancinhas com caras de joelho para mim.
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  — Será que posso tirar uma foto? — Lian pergunta todo emocionado ao meu lado.
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  — Mas é claro, meu querido, se quiser, podemos tirar para você! — a doutora Pearson exclama toda empolgada, chamando uma enfermeira para fazer o trabalho. 
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  Lian se posiciona ao meu lado com Marco entre nós e nós sorrimos para o primeiro retrato de família.
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  Momentos mais tarde

  O parto havia sido completamente normal e em pouco mais de meia hora depois eu já estava liberada para meu quarto. Marco ainda estava tendo todos os primeiros cuidados com as enfermeiras e eu estava completamente agoniada por ainda não ter meu pequeno nos braços. Lian ficava encarando a foto tirada na sala de parto a todo momento e aparentemente estava enviando-a para todos os seus conhecidos, e com certeza para Tricia também. Eu queria muito me levantar para ir ver a ala do berçário e saber qual era o problema para tanta demora quando finalmente a enfermeira chegou abrindo a porta e empurrando um carrinho-berço para dentro do quarto. Quase dei um pulo de alegria me sentando com rapidez na cama, o que me fez gemer de dor por conta dos pontos da cesariana.
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  — Cuidado, querida! — a mulher exclamou deixando o carrinho com Marco em um canto do quarto e vindo me ajudar. Ela ajustou o módulo da cama para que eu pudesse ficar sentada e encostada no encosto da maca de uma forma confortável. — Pronto, acho que assim está melhor. — Ela deu uma piscadela e voltou-se para o carrinho que trouxera e que Lian estava observando com toda a atenção do mundo. — Venha, querido, traga-o para cá ou vai deixar uma mãe furiosa! — a enfermeira exclamou e eu assenti cruzando os braços.
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  Julian pegou o pequeno embrulho de mantas com enfeites de marinheiro e com cuidado veio trazendo-o em minha direção. Preparei meus braços e ainda um pouco sem jeito segurei pela primeira vez meu pequeno Mac. Ele era tão pequeno e frágil. Ainda não se parecia com nenhum de nós dois, mas pouco me importava, ele era lindo. E eu estava apaixonada.
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  Alguns minutos em meu colo e Marco começou a chorar. Eu não fazia ideia do que fazer e tudo que consegui foi encarar Julian e a enfermeira que sorriu compreensivamente.
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  — Está na hora da comida, mamãe! — ela informou e eu me senti completamente boba por não ter pensado naquilo antes.
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  Fiquei um pouco sem jeito de amamentar meu filho pela primeira vez na frente de uma desconhecida e pela primeira vez fiquei com vergonha de Lian. Quero dizer, ele já havia me visto seminua milhares de vezes na vida, mas não quase completamente nua. Mas respirei fundo e descobri um dos seios para amamentar Marco que parou de chorar agradecido no instante em que sua boca começou a sugar o leite que havia se acumulado em meu peito.
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  — Prontinho. Qualquer coisa que precisarem é só apertar o botão aqui e virei correndo ajudar. — A enfermeira sorriu e depois saiu pela porta cantarolando de forma alegre e meio doida.
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  — E então, qual é a sensação? — Lian perguntou arrastando a poltrona de acompanhante para ficar mais perto de nós.
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  — Sensação de que, exatamente? — perguntei um pouco confusa.
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  — De amamentar!
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  Encarei Lian com uma sobrancelha erguida e comecei a tentar explicar da melhor forma possível, mas no final eu apenas disse:
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  — É uma sensação maravilhosa, Lian.
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  Ele sorriu encantado para mim e para Marco e então se levantou e veio dar-nos um beijo na testa. Eu quase poderia chorar naquele momento, mas Lian já estava fazendo isso por mim.
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  Nota: Nosso menino chegou! O próximo capítulo vai ser de amenidades com os nossos BFFs descobrindo o que é ser pai&mãe de um bebê HAHAHHA
  Logo mais chega um dos meus capítulos favoritos (acho que é o 23 :B) que é quando o Lian finalmente vai contar o segredo dele LOLOLOLOL

Capítulo 21

  Julian estava completamente encantado com Marco. Ele mal havia dado o seu primeiro choro e já o havia conquistado e pelo olhar de Keira, ela também já havia sido fisgada pelo pequeno. Lian estava em puro êxtase enviando fotos de Marco para todos os seus conhecidos mais próximos e espalhando pelas redes sociais. Obviamente ele começou a receber perguntas sobre como havia se tornado pai, se havia “virado homem” e se havia feito barriga de aluguel, mas aquelas perguntas ficariam sem respostas por enquanto. Lian apenas prestava mais atenção aos comentários de amor e carinho que vinham mandando.
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  Keira e Julian estavam conversando sobre alguns comentários um tanto homofóbicos no perfil do rapaz quando Tricia entrou no quarto de forma espalhafatosa – jeito de Tricia, claro – e quase acordando Marco que havia acabado de pegar no sono.
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  — Own, que carinha de joelho mais gracinha da titia! — ela murmurou observando o filho dos melhores amigos dormir tranquilamente agarrado com suas mãozinhas à coberta de marinheiro. — Acho que ele vai ser a coisa mais linda do mundo — Tris disse se virando para Lian e Keira que pararam de falar quando ela chegou. — Do que estavam falando? — Puxou uma cadeira para mais perto da cama de Key e se juntou à “rodinha”.
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  — Eu estava dizendo que o que mais eu tenho “inveja” de vocês mulheres é que vocês podem dar à luz uma criança — Julian murmurou.
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  — Que tal uma selfie? — Tricia perguntou mudando completamente de assunto pegando seu celular decorado com brilhantes rosas e chamativos.
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  — Tris, eu tô horrível! — Keira exclamou. É, ela não estava em seu melhor momento.
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  — Ai, é só jogar esse cabelo um pouco pra cá e dar aquele sorriso matador que vai ficar ótimo! — Tricia disse arrumando o cabelo da amiga. — Será que o nosso principezinho gostaria de participar da foto? — ela perguntou encarando o berço que estava perto de Lian.
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  O homem olhou para o relógio, eram quase cinco, logo Marco teria de acordar para tomar o primeiro banho, então os pais decidiram que o bebê participaria da selfie de Tricia.
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  Julian pegou o filho no colo e Keira e ele dividiram o braço para equilibrá-lo entre os dois. Tris ficou ao lado de Key e tirou uma foto surpreendentemente boa considerando que estavam num hospital e que Keira havia acabado de passar por uma cirurgia. Haviam todos saído sorridentes e radiantes.
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  — Vou postar em todas as minhas redes sociais. Meu sobrinho é a carinha de joelho mais linda do mundo! — exclamou enquanto começava a compartilhar a imagem.
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  — Tris, pare de chamar o meu filho de cara de joelho, por favor? — Julian retrucou segurando Marco no colo e o embalando para que ele continuasse dormindo mais um pouco.
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  — O filho não é meu, qualquer filho que não seja meu terá sempre cara de joelho enquanto recém-nascido — Tris respondeu sem sequer olhar para Deasey. Ele, por sua vez, apenas revirou os olhos e Keira riu.
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  — Era nossa filosofia, Lian. Nós duas sempre achamos os recém-nascidos com carinhas de joelho por serem pequenos e enrugados — Key explicou e o homem revirou mais uma vez os olhos. — Mas obviamente Marco não tem cara de joelho para mim, afinal, eu sou a mãe dele. Mães nunca acham que seus filhos têm cara de joelho — ela disse como se aquilo fosse a coisa que mais fazia sentido no mundo. O que definitivamente não fazia.
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  Os três ficaram discutindo sobre o assunto da cara de joelho por longos minutos até a enfermeira chegar e dizer que era hora do banho do bebê.
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  Key e Lian ficaram eufóricos, mas Keira pediu para o pai dar o primeiro banho pois ela ainda estava um pouco dolorida nos pontos da cesariana. E então, lá foi ele em direção à banheira que a enfermeira havia trazido.
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  — Antes de mais nada, sempre verifique a temperatura da água. Ela nunca deve estar muito quente pois a pele do bebê é bastante sensível. — A enfermeira instruiu. Lian mal se deu ao trabalho de dizer que já sabia daquelas pequenas coisas por conta de seu trabalho. Naquele momento ele era o pai de primeira viagem mais feliz do mundo. — Pegue o bebê e vamos tirar as roupinhas dele. E não se esqueçam de separar a nova roupa e a fralda para depois do banho. — Continuou e Lian foi preparar a próxima roupa de Marco e a fralda enquanto a enfermeira despia o bebê.
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  Ela o ensinou a verificar a temperatura e a fazer com que o banho ficasse confortável para Marco caso ele ficasse muito agitado, o que não era o caso naquele momento, ele continuava dormindo e parecia estar gostando da forma como estava sendo tratado. Dar banho em Marco havia sido bastante fácil para uma primeira vez, e Julian estava se sentindo bastante orgulhoso por ter conseguido aquele feito. Keira olhava para o melhor amigo com uma mistura de ternura e orgulho também, sorria como uma boba na direção dos dois homens de sua vida.
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  Aquilo talvez significasse que aquela família estava se construindo. Finalmente.
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  Nota: Eu amo essa família, eu amo essas amizades e amo esse neném <3
  No próximo capítulo teremos a aparição das famílias Christensen & Deasey. Posso adiantar que as vovós são lindinhas <3 HEHHEHEHEH

Capítulo 22

  Por Keira

  As primeiras semanas como mãe de primeira viagem me deixaram completamente perdida e sem energia. Graças a Deus Julian havia conseguido ficar com o apartamento ao lado do meu e, como havia prometido, conectou ambos com uma porta no meio do corredor de quartos. Eu havia decidido deixar o berço de Marco em meu quarto durante os primeiros meses já que estava com o sono pesado e tinha medo da babá eletrônica falhar ou eu simplesmente não escutar quando ele chorasse. Obviamente Lian vivia mais no meu apartamento do que no dele, mas nós dois já havíamos nos acostumado com aquilo. Vez ou outra era ele quem cuidava de Mac durante a madrugada me acordando apenas quando a questão era a amamentação. Julian estava se saindo um belo pai coruja e babão.
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  Meus pais decidiram vir me visitar já que eu havia realmente realizado a loucura de ter um filho sozinha. Lian cedeu seu lado do apartamento para que meus pais pudessem ficar o quanto tempo quisessem e minha mãe estava completamente louca com Marco. Ela havia trazido vários presentinhos que seriam úteis apenas futuramente, como um mordedor para quando os dentinhos estivessem nascendo, alguns bichinhos de pelúcia e roupas para bebês de três meses.
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  — Essas crianças crescem rápido demais! Você vai ver, quando menos esperar, vai estar usando essas roupas — ela disse analisando o que havia trazido para seu mais novo neto. — Eu ainda não acredito que você fez mesmo essa loucura de inseminação… — Ela balançava a cabeça negativamente. — Mas pelo menos meu netinho é lindo e saudável — mamãe murmurou lançando um olhar todo apaixonado na direção de Marco que estava em meu colo, sonolento.
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  Papai não ligou muito para como eu havia arranjado um bebê que ele podia chamar de neto, mas adorou poder segurar Marco pela primeira vez e, como sempre, o encanto dos recém-nascidos aconteceu. Todos estavam apaixonados por meu filho. Aliás, meu e de Julian.
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  — Senhor e senhora Christensen, os senhores podem ficar em meu apartamento, esta porta faz ligação entre os dois, então podem ir e vir à vontade — Lian disse todo cortês e educado.
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  — Senhor e senhora Christensen, Julian? — Mamãe virou-se para encarar meu amigo. — Nós te conhecemos desde que saiu das fraldas, pelo amor de Deus, menino! — ela retrucou caminhando para a parte de Julian do apartamento sem dar chance para que ele respondesse, eu apenas ri e ele coçou a nuca um tanto encabulado.
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  — É que já faz um bom tempo que eu não os vejo, né? — ele murmurou para mim que apenas dei tapinhas solidários em seu ombro.
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  — Papai e mamãe sempre te amaram, Lian. Você é como um segundo filho para eles. Devia chamá-los de tio e tia. — Revirei os olhos e ele gargalhou.
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  Ainda estava no primeiro mês com Marco e me acostumando aos seus horários de amamentação. Decidi deixar um despertador para que não me esquecesse e para que Mac não precisasse chorar para eu me lembrar de que precisava alimentá-lo. Quase na mesma semana em que meus pais chegaram, os pais de Lian também vieram ver a pequena surpresinha que seu filho resolveu aprontar. Claro que minha mãe e meu pai tinham um dedo no meio disso, já que os senhores Deasey não viriam até aqui pelo filho. Pelo menos não o senhor Deasey, o pai de Julian.
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  No início parecia que tudo estava indo muito bem, estávamos conversando sobre como as coisas estavam indo para cada um de nós e a mãe de Lian e minha mãe não paravam de ficar olhando para Marco e o pegando no colo quando uma delas percebia que ele estava acordado.
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  — Mas me expliquem vocês dois — a senhora Deasey exclamou apontando para mim e Julian — como foi que vocês me aprontaram isso? — perguntou erguendo a sobrancelha. — E o mais importante: por que eu não fui avisada antecipadamente que seria avó? — retrucou fazendo cara feia para o filho.
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  — Nós decidimos tentar de última hora, mãe… — Lian disse tentando evitar uma longa história a ser contada. — E eu não contei para a senhora porque… — Ele parou de falar e lançou um rápido olhar em direção ao pai que estava sentado com uma carranca nada agradável em minha poltrona.
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  — Ora, mas eu sou avó e tinha o direito de saber que meu filho ia ser pai! — a senhora Deasey exclamou. — Oh meu Deus, eu sou avó! — Ela abraçou minha mãe que estava sentada ao seu lado. — Eu nunca pensei que seria avó, Lian.
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  — Ah, Janet, eu menos ainda… — mamãe disse revirando os olhos e me fazendo lançar à ela um olhar nada amigável. — Ora, filha, você sempre me disse que não queria se casar e que não tinha o menor interesse em sexo… E Julian eu imaginava que acabaria adotando uma criança e eu estava preparada para isso, mas ter um neto sangue do meu sangue… Ah, isso é demais!
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  — Mas como foi que vocês decidiram fazer isso? — Janet, mãe de Julian, perguntou não querendo deixar o assunto morrer.
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  — Ah, bem… — eu murmurei vendo que Lian não estava lá muito confortável com a presença de seu pai. — Vocês sabem, nós somos melhores amigos desde criança, estávamos querendo a mesma coisa… Então por que não unir o útil ao agradável? — Tentei resumir.
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  — Own, vocês formam um par perfeito! — mamãe exclamou toda boba. Agradeci mentalmente por ela não ter usado a palavra “casal”.
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  — Formariam se Julian não fosse aquele tipo de pessoa. — Pela primeira vez o pai de Lian se pronunciou e eu senti toda a alegria e harmonia do ambiente se esvaindo, até mesmo Marco se remexeu em meus braços e resmungou um pouco.
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  — E qual o problema nisso, senhor Deasey? — tomei a liberdade de perguntar.
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  — Não é natural. — O senhor carrancudo dirigiu seu olhar mais frio em minha direção.
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  — Pois eu acho que foi a melhor escolha para os dois. — Mamãe interveio ainda toda boba com Marco em meus braços.
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  — A melhor coisa? — o pai de Julian perguntou com certo asco na voz. — Garotinha, já imaginou o que fará se esse seu filho for aquele tipo de gente também? — O homem virou-se com tanta ira no olhar em minha direção que eu quase pude tocar o sentimento.
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  O recinto caiu em um silêncio incômodo até que Marco começou a se remexer e a chorar em meus braços eu o segurei com mais força contra meu peito e tentei niná-lo mesmo sentindo um pequeno ódio do avô paterno de meu filho.
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  — Senhor Deasey, use a palavra — eu disse um tanto entredentes. — Se Marco for gay eu vou ser a mãe dele e amá-lo da mesma forma que amarei se ele não for — respondi sentindo minha face esquentar um pouco com a raiva que vinha me subindo. Como depois de tantos anos aquele homem ainda continuava com uma concepção tão arcaica sobre o próprio filho? — O que o senhor deveria estar fazendo com seu filho. Julian é sangue do seu sangue e não é por sua teimosia que ele deixará de ser seu filho.
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  — Não sei do que está falando, garotinha. — O senhor Deasey desviou o olhar e fechou a cara novamente.
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  — O senhor deveria se orgulhar do filho que tem por seu caráter, por seu bom coração, pelas coisas boas que ele faz, e não odiá-lo por um simples detalhe que não muda nada do que ele é — eu disse com a raiva realmente subindo à cabeça. Eu apenas não havia levantado de onde estava porque Marco estava em meu colo e porque Julian segurava firmemente em meu braço.
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  — Ok, já chega — Janet murmurou antes que o marido abrisse a boca novamente. — Está na hora de deixarmos o bebê descansar.
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  — Oh, com certeza, já tomamos tempo demais aqui. — Mamãe concordou puxando papai pelo braço em direção à porta que levava ao apartamento ao lado, Janet fazendo o mesmo. — Nos vemos mais tarde, ok, querida?
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  — Claro, mamãe… — respondi um pouco a contragosto.
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  Quando ficamos sozinhos Lian pediu para que eu passasse Marco para ele. Quando ele o pegou, percebi que lágrimas intensas escorriam de seus olhos e uma ou outra caía sobre a manta na qual Mac estava enrolado. Eu fiquei completamente sem ação ao ver aquela cena. Julian abraçou Marco com cuidado e continuou chorando de uma forma que me fez sentir uma pontada de dor no peito.
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  — Lian… Eu sinto muito… — murmurei me agachando com um pouco de dificuldade por conta dos pontos recentes da cesariana. — Eu não deveria ter dito aquelas coisas ao seu pai e…
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  — Não, Keikey, você foi perfeita… — ele murmurou entre uma fungada e outra.
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  — Então por que você está chorando assim? — perguntei confusa.
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  — Porque eu sei que meu filho vai ter apoio para o que quer que ele decida ou precise na vida, tanto da minha parte quanto da sua — ele disse fracamente. — Eu te amo, Keikey…
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  — Eu te amo, Lian… — murmurei dando um jeito de abraçar os dois, Lian e Marco, da posição em que me encontrava. E ficamos ali, aproveitando a companhia e a quentura daquele abraço de família.
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Capítulo 23

  Por Keira

  Mal dava para acreditar que três meses haviam se passado tão rápido. Marco estava cada dia mais esperto e já tentava virar a cabeça quando ouvia seu nome ou algum barulho que lhe interessasse. Ele adorava a hora do banho, o que facilitava muito as coisas para mim. Lian havia ido para seu apartamento finalmente e quase voltado à sua rotina normal. Ele ainda vinha verificar se eu estava fazendo uma dieta adequada para uma amamentação saudável e vez ou outra me trazia comida para o jantar. Foi um dia desses em que eu estava tranquila brincando com Mac quando ele entrou em casa com várias sacolas nos braços e um sorriso não muito convincente no rosto. Ergui as sobrancelhas desconfiada.
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  — Keikey, minha melhor amiga mais linda…! — exclamou assim que botou as sacolas num canto.
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  — Desembucha, Deasey — retruquei me levantando com Marco no colo.
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  Ele ficou calado por um tempo que eu realmente achei que deveriam ter sido minutos. Até que pigarreou e começou a falar.
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  — Bem, lembra que eu disse que estava saindo com uma pessoa? — perguntou um pouco acanhado. Julian acanhado por falar de um de seus rolos, essa era nova… — Então, eu decidi que estava na hora de vocês se conhecerem. — Continuou.
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  — Ah, finalmente! — eu exclamei e se pudesse jogaria meus braços para o alto em comemoração.
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  — É, só que eu resolvi convidá-lo para o jantar hoje
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  Eu abri a boca para falar alguma coisa, mas meu cérebro ainda estava processando o recado e então dei um pulo.
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  — Como assim hoje?! — exclamei e Mac resmungou em meus braços. — Olha o estado da minha casa! Olha o meu estado! — disse. — O que ele vai pensar de mim?
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  — De você? — Lian perguntou erguendo uma das sobrancelhas. — Estou mais preocupado com o que você vai pensar dele…
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  — O quê? Por quê?
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  — Olha, ele deve chegar em algumas horas para o jantar e…
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  — Você explicou sobre… Sobre nós? — perguntei ainda achando muito estranho me referir a Lian e a mim como “nós”.
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  — Aí é que está, eu mencionei que tinha um filho, mas não entrei em detalhes…
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  — Como assim não entrou em detalhes? — perguntei entredentes fazendo um grande esforço para não incomodar Marco que brincava com uma mecha dos meus cabelos. — Julian!
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  Ele encolheu os ombros como um garotinho acuado e baixou o olhar.
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  — Eu disse que antes de podermos continuar com qualquer coisa nós teríamos de fazer este jantar porque ele precisava ser aprovado por uma pessoa antes — Lian murmurou encabulado.
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  Eu lhe lancei um olhar severo e nada agradável, o que o fez se encolher mais ainda.
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  — Julian, pelo amor de Deus, como é que você não foi falar sobre nós para um futuro namorado seu? — retruquei indo levar Marco para o berço para que eu pudesse falar um pouco mais à vontade com meu melhor amigo imbecil.
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  — Escuta, eu já o preparei, ok? — Ele segurou em meus braços para tentar me acalmar. — Disse que a presença da mãe era constante na vida do meu filho e consequentemente na minha.
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  Aquela informação me deixou um pouco menos irritada. Então ele havia falado sobre mim.
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  — Tudo bem, então qual é o problema? — perguntei respirando fundo.
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  — Bem, você é a mãe do meu filho. E eu não vou ficar com alguém que você não ache que seja uma boa influência para Marco — ele disse como se fosse óbvio.
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  Fiquei encarando Julian por um tempo bem longo ao meu ver. Ele estava querendo a minha aprovação para um namorado dele! Por causa de Mac! Own, não poderia ter um melhor amigo e pai do meu filho melhor do que esse!
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  — Tudo bem, eu vou analisar seu companheiro pra você. — Sorri torto toda metida, o que fez Lian revirar os olhos.
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  — O jantar vai ser em casa então você não precisa se preocupar com nada.
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  — Você vai comprar comida pronta, não vai? — perguntei o óbvio e ele, com muita relutância, assentiu. — Sério, Lian?
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  — Comida chinesa. — Deu de ombros.
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  — Tá, tá, vai logo para sua casa que eu preciso me aprontar e arrumar o Marco. — Eu o enxotei para fora do meu apartamento.
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  Eram quase oito da noite e eu estava pronta para o jantar que Lian havia me arranjado com seu namorado. Marco estava pronto em uma roupa listrada que o fazia parecer uma abelhinha e também já havia mamado. Estávamos prontos.
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  Bati na porta que conectava nossos apartamentos e fui entrando ao mesmo tempo em que vi um rapaz alto e jovem adentrar a porta de entrada do apartamento de Julian. Eu juro que quase deixei Marco cair de meu colo quando reconheci aquele ser branquelo e alto que agora olhava para mim com surpresa. Era Finlay Taylor. Lancei a Julian um olhar fulminante que o deixaria mortinho se aquilo fosse possível. Ele deu um leve dar de ombros.
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  — Hum… Bem… Entrem, Finn e Key… A comida já deve estar chega…
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  — Vá buscar a comida, Julian — eu ordenei sem tirar os olhos de Finn que parecia um pouco incomodado.
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  — Mas Keira…
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  — Vai buscar a comida, Julian. — Repeti, desta vez olhando em sua direção.
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  Lian ergueu os braços dando-se por vencido e saindo do apartamento.
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  — Eu vou com…
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  — Você fica, Taylor — disse e percebi que Finn engoliu em seco quando ouviu a porta às suas costas se fechar.
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  Eu o guiei até a sala de estar e o fiz sentar no sofá enquanto eu me acomodava na poltrona adjacente acendendo o abajur ao meu lado.
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  — Então quer dizer que é você o novo namorado de Julian? — perguntei encarando-o séria.
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  — Parece que sim… — Finn sorriu um pouco sem graça. — Quando ele disse que eu precisava conhecer alguém hoje, pensei que seriam os pais dele ou algo assim… — Ele admitiu.
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  — É algo muito pior que os pais dele, Finlay. É a mãe do filho dele.
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  Finn me observou um pouco mais sereno e olhou para Marco em meu colo que virara a cabeça para tentar saber o que estava acontecendo ao seu redor.
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  — Ele se parece com uma mistura perfeita entre você e Julian — Finn murmurou sorrindo para Mac, que aparentemente sorriu de volta.
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  — Não mude de assunto, Taylor. — Eu o adverti e ele voltou a me encarar. — Como você está recebendo esta notícia? — perguntei.
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  — Bem… Não era bem o que eu imaginava… Quero dizer, meu namorado e minha ex-chefe com um filho… Você sabe, é um pouco estranho…
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  — Está com ciúmes? — perguntei de imediato.
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  Finn arregalou os olhos para mim parecendo surpreso com a pergunta.
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  — Não! — exclamou agora parecendo confuso. — Por que eu teria ciúmes?
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  Fiquei quieta por um segundo me perguntando o mesmo, mas então me lembrei de Mathias.
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  — Eu não sei se Julian te contou como terminou o último relacionamento dele — murmurei —, mas não foi nada bom. E eu, como melhor amiga e mãe do filho dele, tenho a obrigação de ter certeza de que ninguém vai fazê-lo sofrer da mesma forma que aquele… Aquele… — Eu não sabia exatamente que palavras usar para xingar Mathias. — Aquele filho de uma
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  — Ok. Já entendi o que quer dizer sobre o outro cara. — Finn me interrompeu. Ele não era muito fã de palavrões, eu havia me lembrado.
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  — Certo. Eu não quero ver aquele drama todo se repetindo na vida de Julian, está me entendendo, Finlay? — perguntei.
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  — Claro, só não estou entendendo por que esse drama todo começou… — ele comentou inocentemente.
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  Eu respirei fundo e mudei Marco de posição em meus braços.
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  — Olha, se não quiser dizer, eu entendo completamente, não é exatamente da minha conta e…
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  Ergui minha mão para fazer ele se calar.
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  — Mathias e Julian estavam planejando adotar uma criança juntos, estavam até mesmo preparando o casamento para isso, mas a adoção não deu certo. E então surgiram com a ideia de que já que eu também queria um bebê, a melhor solução seria uma inseminação usando os espermas de Lian e os meus óvulos. — Olhei para Finn para ver se ele estava acompanhando. — Com o tempo, Julian estava com a atenção quase que totalmente voltada para mim e os cuidados que eu deveria tomar com o “nosso” bebê. E Mathias ficou com ciúmes.
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  — Por causa da atenção? — Finlay perguntou confuso. — Mas ele não podia participar disso junto com Lian?
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  Oh, Finn, você é tão… Finn!
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  — É essa a questão! Ele provavelmente estava com ciúmes de mim e da conexão que Julian e eu temos.
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  — Olha, chefinha, eu lembro muito bem do quanto você falava de Julian no escritório e só com isso eu já pude perceber que vocês tinham algo especial. Quer dizer, qualquer um pode ver. — Ele deu de ombros. — E quanto a ter ciúmes de você ter tido um filho de Lian, bem… É estranho, mas eu sei que Lian é completamente gay.
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  — E eu sou assexual. — Apontei imediatamente.
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  — O quê?
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  — De forma resumida, não curto sexo e nem tenho interesses do tipo.
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  — Bom, então aí está — Finn murmurou apontando para mim como se tivesse descoberto um novo tipo de vida no planeta. — Eu não tenho por que ter ciúmes da melhor amiga do meu namorado porque sei que meu namorado é gay e sei que a melhor amiga dele é neutra.
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  Eu encarei por um longo tempo aquele garoto bobo que eu havia ajudado a crescer na Saunders Tech e quase senti um orgulho de mãe naquele instante.
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  — Bem-vindo à família, senhor Taylor. — Eu sorri com bastante alegria.
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  Nota: E chegou o meu capítulo favorito <3
  Acho que não foi muuuita surpresa essa revelação, mas eu tenho um amor pelo Finn, dá vontade de apertar esse menino HAHAHAH
  Daqui pra frente é só pra frente, grazadeus, mais 4 capítulos até o fim <3
  Essa família é meu orgulho e quero guardar eles num potinho pra proteger do mundo 🥺

Capítulo 24

  Julian estava completamente em pânico quando saiu de seu apartamento para ir buscar a comida no restaurante chinês a duas quadras do prédio. Ele sabia que não devia ter se envolvido com Finlay, afinal, o rapaz tinha sido o ex-aprendiz de Keira e aquilo podia ficar bastante estranho. Como havia sido burro! Lian ficou cerca de quinze minutos esperando a encomenda ficar pronta e embalada para viagem e voltou a pé sem o menor ânimo já imaginando a pior das cenas em seu apartamento, mas o que viu quando abriu a porta, quase o fez derrubar o jantar inteiro. Keira ria animadamente enquanto observava Finn brincar com Marco que gargalhava enquanto era levantado para o alto e baixado sucessivamente.
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  — Ah, Lian, finalmente chegou! — Keira exclamou. — Nós dois estamos com fome — retrucou se levantando para ir pegar algumas das sacolas que o amigo segurava.
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  Julian ainda ficou parado como um bobo no meio do hall de entrada processando o que tinha acabado de ver.
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  — O que exatamente…
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  — Está tudo certo, Lian. — Keira lhe deu um leve cutucão no braço e o puxou para que pudessem arrumar a mesa e finalmente jantar.
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  Enquanto Key e Lian arrumavam a mesa, Finn ficou cuidando de Marco que parecia ter gostado bastante da nova companhia. Finlay parecia bastante animado com o bebê de seu namorado com sua ex-chefe, e aquilo deixava Julian completamente aquecido por dentro. Talvez pudesse dar certo, afinal, aquela família não-convencional.
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  Os três sentaram à mesa e Mac foi para o carrinho de passeio e se entreteve com os bichinhos de pelúcia que lhe faziam companhia.
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  Começaram a conversar e Keira contou como conheceu Finn e como o havia achado uma gracinha com aquele jeito meio menino de ser mesmo com vinte e quatro anos. Bem, ele não havia perdido o jeito de menino nem mesmo com vinte e seis e aquilo era realmente encantador.
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  — Se vocês não fossem completamente diferentes sexualmente, eu diria que formam o casal perfeito — Finn murmurou encarando a Julian e a Keira, que gargalhou.
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  — Eu cansei de ouvir isso das pessoas e acho que mesmo se Lian não fosse gay e eu fosse “normal” — fez aspas com os desdo —, nós não seríamos um casal — Key murmurou brincando um pouco com Marco que já começava a ficar sonolento.
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  — E por que não? — Finn perguntou erguendo as sobrancelhas.
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  — Porque nós sabemos demais um do outro e sabemos que enchemos o saco um do outro também. — Keira cutucou o melhor amigo que riu. — Se Lian não fosse gay, talvez nós dois sequer teríamos mantido a amizade. Mas graças a Deus ele é gay e eu tenho o meu melhor amigo comigo. — Ela deu um leve abraço no homem e depois um tapa ardido.
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  — Mas o que…
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  — Como ousou me esconder um relacionamento desses por tanto tempo? — ela perguntou parecendo bastante ofendida. — Melhores amigos não escondem nada um do outro! — retrucou. — E só porque agora eu sou a mãe do seu filho, não significa que você pode ficar por aí escondendo coisas importantes de mim! — Keira reclamou cruzando os braços, mas logo todos caíram na gargalhada.
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  O trio continuou conversando por algum tempo até Marco começar a chorar e Key dizer que era hora de mamar e dormir, então se retirou. Finn e Julian ficaram na cozinha arrumando as coisas que haviam sobrado no jantar.
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  — E então, Keira pegou pesado com você? — Lian perguntou cutucando de leve o braço de Finn.
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  — Ah, em comparação ao que ela fazia quando eu era estagiário, foi fichinha. — Ele sorriu voltando o olhar para o companheiro.
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  — Então ela te aceitou bem?
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  — Nós meio que já nos conhecemos bem o bastante para que ela possa ficar tranquila. — Ele piscou e Lian sentiu uma imensa vontade de beijá-lo.
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  — Marco é muito importante para nós dois… — murmurou.
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  — Bem, ela parecia muito mais preocupada com você do que com Marco quando começou a me interrogar… — Finn murmurou dando de ombros enquanto começava a secar a louça.
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  — Sério? — perguntou Lian surpreso.
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  — Sim, acho que ela seria capaz de me seguir até o inferno se eu o fizer sofrer — Finlay murmurou rindo.
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  Julian riu. Ele deveria ter imaginado que Keira pensaria nele também, o que o fez se sentir um bobo ao imaginar que ela só pensaria em Marco dali em diante.
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  — Ela disse que sou bem-vindo à família — Finn sussurrou largando o pano de prato e voltando-se para Lian.
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  — Disse? — perguntou se aproximando um pouco mais. — Talvez isso seja motivo de comemoração… — Sorriu maroto roçando os lábios de ambos.
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  Bem no momento em que o beijo ia acontecer, Keira escancarou a porta de conexão dos apartamentos e deu um grito considerável de lá.
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  — Por favor, sejam discretos! Tem uma mulher e um bebê querendo dormir aqui do lado! — E assim que deu seu recado, ela fechou a porta num baque.
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  Os dois riram e então Julian finalmente beijou Finn, mas de um jeito muito menos emocionante do que pretendia antes de serem interrompidos.
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  — Acho que podemos comemorar outro dia. — Finlay riu da cara de frustração do companheiro. — Hoje podemos só ficar juntos e ver um filme qualquer, que tal? — sugeriu voltando a secar a louça.
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  — Parece um ótimo começo — Lian respondeu indo ajudá-lo a limpar e guardar as coisas.
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  No dia seguinte, Julian despertou com Finn dormindo ao seu lado na cama numa posição um tanto torta. Ele sempre se mexia durante a noite, mas aquilo não incomodava Lian, só o fazia rir quando via o resultado final.
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  — Bom dia… — sussurrou no ouvido de Finn, que resmungou alguma coisa, ainda no limiar do sono. — Está atrasado para o trabalho. — Avisou revirando os olhos quando o rapaz deu um pulo da cama completamente desnorteado.
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  — O quê? Atrasado? — Ele olhou para seu relógio de pulso e deu um suspiro aliviado. — Seu besta — ele retrucou lançando um travesseiro na direção do mais velho.
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  — Eu quis te acordar de um jeito mais carinhoso, mas você só ficou resmungando.
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  Finn balançou a cabeça negativamente e se olhou no espelho. Sua roupa estava extremamente amassada e seus cabelos uma bagunça.
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  — Deus, ainda bem que hoje eu não trabalho! — ele exclamou tentando arrumar os cabelos.
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  — Pois eu acho que você está uma graça assim — Lian disse se postando ao lado de Finn o abraçando.
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  A diferença de idade entre ambos era bastante aparente mesmo sendo meros cinco anos. Finn ainda tinha uma aparência de garoto e Julian já tinha uma aparência mais puxada para um homem formado. O que de fato os definia. Mas a idade não era exatamente um empecilho e os dois estavam muito bem juntos.
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  — Vou preparar o café e ver se Keira já comeu. Você sabe como ela pode ser nada saudável… — Deasey murmurou dando um beijo no ombro do namorado, saindo do quarto.
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  Primeiro ele foi ver como estava Key, era pouco mais de oito horas e ela já devia ter acordado há algum tempo, ela já o aguardava sentada no sofá de braços cruzados.
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  — Você já…
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  — Nananinanão, pode chegar mais aqui — ela disse calando o amigo e apontando para o lugar vago ao lado do seu no sofá.
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  O homem foi até ela um pouco desconfiado e se sentou.
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  — Anda, pode me contar.
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  — Fizemos sexo selvagem a noite inteira.
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  — Não essa parte. — Ela revirou os olhos e Lian gargalhou. — Acha que ele vai ficar? Pra valer e fazer parte da nossa família? — ela perguntou preocupada.
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  — Eu não sei bem, acho que ainda é muito cedo para dizer que ele vai ficar. Mas eu sinto que vai dar certo dessa vez. — Julian confessou.
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  — Eu te daria uma bela bronca e diria que isso é papo de apaixonado, mas eu também sinto que dessa vez vai dar certo. — Ela abraçou o melhor amigo com força e ele retribuiu o abraço.
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  Os dois se viraram como se tivessem sido pegos pelos pais no meio de um amasso quando a porta de conexão se abriu e Finn entrou sem cerimônias. Keira e Julian ficaram ali, parados feito pedras esperando a reação de Finlay.
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  — O que foi, gente? Eu só vim aqui saber do pequeno Marco… — Ele ergueu as mãos como se estivesse se sentindo culpado por ter interrompido algum momento importante.
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  Keira se levantou e foi correndo até Finn dando-lhe um forte abraço.
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  — Dessa vez vai dar certo — ela disse depois de soltá-lo e sorriu radiante para Lian.
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  É, ia dar certo sim.
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  Nota: Eu sinto que Finn é um rapaz com coração inocente e é por isso que eu amo ele HAHAHAH
  Dessa vez vai dar certo e falta pouco pro “felizes para sempre” <3
  Acho que vai ter att de (véspera) de Natal com a finalização de Um Bebê, YAY!

Capítulo 25

  Por Keira
  Três anos mais tarde

  Eu não podia acreditar no quanto o tempo passava rápido. Num dia eu estava grávida e no outro meu pequeno já estava com três anos e na escolinha. O quanto as coisas podiam mudar em três anos? Bem, Julian e Finn estavam noivos apesar de ainda não saberem quando iriam casar realmente, já que Finlay estava focado em um novo curso para aprimorar seus dons em programação e queria estar cem por cento presente quando o casamento acontecesse. Meu Marco adorava a ideia de ter dois pais e eu adorava que ele adorasse isso. Finn era ótimo com crianças e Julian parecia cada dia mais encantado com seu noivo. Eu sentia que finalmente as coisas estavam se encaixando em nossas vidas, e já não era sem tempo!
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  Por mais que Finn fosse bastante presente na vida de Mac, ele nunca opinava nas coisas em relação à educação dele, talvez Finlay ainda não se sentisse confortável ou se sentisse um intruso quando a questão era educar Marco. Ele não era pai pai de Mac, e eu não me sentia lá muito à vontade em obrigá-lo a fazer parte disso. Talvez ele não quisesse essa responsabilidade, mas o fato era que Mac amava ter os dois por perto.
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  Na escolinha, Marco tinha amiguinhos e havia aprendido a morder os outros para revidar desavenças, o que eu repreendi logo na primeira vez em que recebi um bilhete em seu caderninho. Já Lian disse que se ele levasse uma mordida então também poderia dar uma mordida de volta. E acho que foi a opção de Lian que Mac decidiu seguir, já que uma vez ou outra eu recebia bilhetes da professora falando sobre mordidas.
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  O que mais havia mudado em dois anos? Ah, Finn não estava morando junto com Lian, mas estava todos os dias em nossos apartamentos para ver como estávamos e às vezes passava a noite com Lian, já que eles eram um casal. Ao menos eles sabiam ser discretos…
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  Eu havia diminuído o ritmo do trabalho e continuei apenas com duas empresas, e obviamente a Saunders Tech fazia parte da lista.
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  Me sentia a pessoa mais realizada do mundo e aquela sensação era impagável.
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  Fui buscar Marco na escolinha e ele veio correndo em minha direção arrastando a mochila por onde passava para me dar um abraço.
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  — Mac, o que eu falei sobre a mochila? — perguntei agachada para encará-lo nos olhos seriamente.
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  — Nada de arrastar mochila no chão… — ele respondeu daquele jeito meio enrolado de crianças com três anos.
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  — Isso mesmo. Promete não fazer mais isso?
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  — Prometo, mamãe. — Ele sorriu e me abraçou.
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  — Oh, Keira! — Joanna, uma das amigas de Tricia que já era mãe, exclamou vindo em minha direção com sua filha de cinco anos em seu encalço. — Veja só esse mocinho lindo. O que fez hoje na escolinha, hein? — Ela abaixou-se para falar com Marco.
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  — Brinquei e a professora contou historinha — Mac respondeu sorrindo empolgado.
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  — Ah, Key! Seu menino está cada dia mais fofo! — Joanna exclamou para mim e apertou as bochechas de Marco.
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  — E sua filha está cada dia mais linda! — eu disse observando a garotinha de cabelos castanhos e olhos amendoados que me encarava curiosa.
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  — Ai, como o tempo passa, meu Deus! — Joan exclamou pegando a filha pela mão e começando a andar comigo na calçada. — Como está Julian?
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  — Ah, ele está ótimo e ensinando Marco a revidar as briguinhas bobas de criança… — murmurei revirando os olhos.
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  — Homens, são assim mesmo — Joanna disse num suspiro. — Alice recebeu uma advertência ano passado porque chutou a canela de um dos coleguinhas de classe que roubou um brinquedo dela. Coisa do Jonathan que fica dizendo para ela fazer essas coisas.
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  Eu dei um risinho e Joan me acompanhou.
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  — Essas crianças… — Balançou a cabeça. — Vocês ainda são só vocês? — ela perguntou e eu demorei um pouco até entender o que ela queria dizer.
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  — Ah! — exclamei. — Bem, não mais exatamente… Julian está noivo novamente — eu disse e senti vários olhares curiosos e discretos se voltando para mim. — Espero que dessa vez dê certo.
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  — Oh meu Deus, sério? — Joanna exclamou com alegria. — É alguém que conheço ou que Tricia conhece?
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  — Ele foi meu aprendiz na Saunders Tech. — Dei de ombros. E quando eu disse a palavra “ele”, percebi algumas caretas ao meu redor.
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  — Pelo jeito ele aceitou bem o negócio de Julian ser pai do seu filho.
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  — Super bem! — Sorri radiante.
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  — Isso é ótimo, querida! Espero muito que vocês sejam muito felizes! Mas agora eu preciso ir, Alice tem aula de natação daqui a pouco. — Joan examinou seu relógio de pulso.
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  — Até mais, Joanna, tchauzinho, Alice! — eu disse acenando e vendo Mac fazer o mesmo.
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  Nós dois fomos para meu apartamento e eu fui ler o caderninho de anotações dos professores para saber se havia alguma novidade. Além de uma excursão para o zoológico, haveria uma reunião de pais na sexta-feira. Assinei os dois bilhetes para que os professores soubessem que um dos pais tinha lido e enfiei o caderninho de volta na mochila de Marco, que agora brincava com seus bloquinhos de montar.
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  — E então, filhote, como foi o seu dia hoje? — perguntei me sentando ao seu lado para ver melhor o que ele estava fazendo.
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  — A professora contou historinha dos três porquinhos — ele disse enquanto montava algo com os bloquinhos. — E a gente brincou bastante antes da soneca. — Ele olhou para mim com um sorriso largo.
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  — Ah, que maravilha, meu amor! — Sorri o abraçando. — Mamãe vai fazer o almoço, se comporte, ok?
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  — Tá bom, mamãe — Mac respondeu voltando a se concentrar no que montava.
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  Passei o restante da tarde entre brincar com Marco e trabalhar. Ele estava bastante contente com sua criação nos blocos de montagem, alguns prédios e torres que ele guardou com cuidado para mostrar “aos papais” quando eles chegassem. Julian chegou primeiro do que Finn, como de costume, mas Marco não mostrou suas criações para ele.
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  — Não, mamãe, quero mostrar para os dois papais juntos! — ele exclamou cruzando os braços e eu ri.
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  Esperamos a chegada de Finn para finalmente Mac mostrar suas obras de arte em blocos de montar e Lian e Finlay fizeram a maior festa com Marco pela criação. Eu encarei aqueles três brincando juntos e quase senti meus olhos marejarem. Nós éramos uma família.
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  Na hora do jantar, Finn me ajudou a cozinhar e Lian ficou brincando com Mac enquanto as coisas não ficavam prontas.
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  — Vamos ter uma reunião de pais sexta-feira — anunciei enquanto fazia o prato de Marco que já estava sentado em sua cadeirinha esperando impaciente.
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  — Preciso reagendar algumas consultas então — Julian disse se servindo.
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  Todos nos sentamos e começamos a comer. Finn não havia dito nada a respeito e então eu senti a necessidade de dizer:
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  — Você vai ter que pedir dispensa por algumas horas na Saunders, Taylor — murmurei sem olhar para o rapaz que parou com o garfo a meio caminho da boca.
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  — Eu? — perguntou surpreso e Lian parecia mais surpreso ainda.
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  — Sim, Finlay, você. — Revirei os olhos. — Se vai querer mesmo fazer parte desta família, é bom ir se acostumando a reuniões de pais muito chatas e a ter de sair em horários estranhos para ir buscar seu filho porque ele ficou com dor de barriga.
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  Todos ficaram em silêncio – exceto Mac que brincava de aviãozinho com a comida, sozinho –, Lian encarando Finn, Finn me encarando e eu encarando minha comida.
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  — O que é? Não quer fazer parte disso? — perguntei erguendo a sobrancelha em direção a Finlay que estava um tanto embasbacado.
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  — Ah… Eu… — Ele gaguejou absorvendo as informações, presumo. — Eu estava louco para fazer parte disso! — exclamou finalmente completamente abobalhado.
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  Eu sorri com satisfação e Lian suspirou com alívio.
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  — Ótimo, então sexta-feira às oito nos encontramos aqui para irmos todos juntos à reunião de pais do Mac!
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  A reunião de pais foi bastante tranquila tirando o fato de alguns olhares meio enviesados para mim, Lian e Finn que nos apresentamos como os pais de Marco. Nós três podíamos sentir toda a tensão e curiosidade surgindo de vários cantos da sala onde se dava a reunião, mas o que importa é que os professores foram bastante profissionais e apenas comentaram sobre o desempenho de Mac na escola como fizeram com todos os outros pais. Me senti satisfeita.
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  Quando saímos de lá Finn estava extasiado com sua primeira participação como pai de Marco. Na verdade, ele estava bastante orgulhoso com os elogios que a professora havia feito. Fomos os três buscar Marco na casa de Tricia que ficou como babá naquele meio tempo.
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  — Graças a Deus o menino puxou a inteligência da mãe… — ela comentou e Julian lhe mostrou o dedo do meio. — Precisa admitir que você é lerdinho para aprender as coisas, bem diferente do Mac aqui — Tris respondeu dando de ombros.
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  — A professora disse que, tirando as eventuais mordidas, ele é um dos melhores alunos da turma! — Finn exclamou empolgado enquanto dava um abraço em Marco.
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  — Own, é tão bom ver vocês todos agindo assim, todos juntinhos e se amando… — Tricia murmurou nos encarando com ar de doçura, o que era bem raro de acontecer.
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  — Vai dar certo, eu disse. — Sorri para Lian e Finn que brincavam com Marco e o elogiavam pelo que as professoras haviam dito sobre ele.
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  — Eu nunca pensei que fosse achar uma família nem-um-pouco-convencional tão fofa! AI MEU DEUS! — Tris exclamou toda alegre. — E quando vai ser o casamento?
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  Finn e Lian se entreolharam.
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  — O quê? Ainda não marcaram o casamento?! — Tricia exclamou completamente indignada.
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  — Tris, minha querida, nós estamos esperando o momento certo. — Julian murmurou.
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  — E quando vai ser isso? Quando os dois estiverem velhinhos e gagás?
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  — Só quero ganhar um pouco mais de estabilidade no trabalho antes de fazer totalmente parte dessa família, Tris — Finn respondeu sorrindo um pouco sem jeito.
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  — Oh, bem… Olhando por esse lado, eu aceito — ela murmurou se acalmando um pouco. — Mas eu quero organizar tudo! — exclamou em seguida.
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  — Tris, nós não vamos fazer nada de mais, apenas o casamento civil.
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  — Não vai ter igreja e nem festa? Nada?
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  — Amorzinho, alguma vez você já viu igrejas fazendo casamentos homoafetivos? — Lian perguntou erguendo a sobrancelha.
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  — Bando de babacas preconceituosos — Tricia resmungou.
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  — Babacas! — Nós todos pudemos ouvir Mac repetir a palavra. Olhei torto para Tris que pediu desculpas com o olhar.
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  — Mac, você não pode falar essas coisas. É muito feio. — Lian o repreendeu.
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  — Mas por que a tia Tris disse então? — Marco perguntou fazendo bico.
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  — Porque ela esqueceu que isso é feio. — Finn interveio e eu sorri por ele estar fazendo mais parte da família agora. — Mas você não pode esquecer, entendido?
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  Mac assentiu com a cabeça e pediu desculpas.
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  Nós todos ficamos conversando sobre a reunião, cada um mais orgulhoso que o outro com todos os elogios que fizeram a Marco. Enquanto isso, ele ficou sentado no chão com algumas folhas de papel e giz de cera para brincar.
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  — Não é uma doideira o quanto isso deu certo? — Tricia murmurou encarando Mac desenhar e rabiscar nas folhas.
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  — Loucura que você nos enfiou, lembra? — retruquei.
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  — Mas deu certo e é isso que importa. Olha essa criança maravilhosa que vocês dois geraram e que agora Finn está ajudando a moldar e educar — Tris murmurou com carinho e ao mesmo tempo com bastante orgulho. — E eu faço o papel da tia que mima e estraga todo o trabalho de vocês. — Ela fez joinha e sorriu de forma marota.
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  — Marco é mesmo uma benção — Julian disse sorrindo todo bobo.
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  Marco era uma coisa preciosa para todos que estavam sentados àquela mesa. Não era o fruto de um amor entre um homem e uma mulher, mas o fruto de um desejo de dois melhores amigos que se amavam. Não era lá muito diferente de uma família convencional. E havia Finlay que eu nunca imaginaria que seria o complemento final da nossa família não-convencional. Ele fazia Lian feliz e sabia lidar com crianças, estava sempre presente e parecia amar Marco tanto quanto eu ou Julian. Não poderia querer mais do que isso para minha vida. Não mesmo.
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  Nota: Amenidades e fofuras nessa reta final <3
  Domingo (acho) sai a última att de Um Bebê 🤧

Capítulo 26

  Um ano mais tarde

  Finalmente o dia havia chegado. O dia do casamento de Julian Deasey e Finlay Taylor. Lian estava nervoso e Keira estava impaciente ao seu lado arrumando a gravata e alisando o terno do melhor amigo. O homem sentia as mãos suando de nervosismo.
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  Havia passado quase um ano desde que Finn e Julian haviam ficado noivos e finalmente poder colocar no papel que eles seriam um do outro, parecia um sonho.
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  — Anda, Lian! Vamos nos atrasar! — Keira exclamou batendo seu salto no chão com impaciência.
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  — Desculpa, desculpa, estou nervoso!
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  — Vocês dois vão no mesmo carro até um cartório para assinar papéis, não é como se Finn tivesse a opção de fugir com outro, né? — Keira revirou os olhos fazendo o seu melhor papel de amiga insensível. — Ah, e só para constar, você está um gato e eu pegaria. — Ela deu uma piscadela para Julian e o fez rir com aquilo.
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  Deasey se olhou no espelho uma última vez e por fim saiu do quarto respirando fundo. Keira o esperava no hall de entrada do apartamento e estava linda como sempre, usava um vestido bege que batia nos joelhos e um salto alto que de dar inveja. Marco estava vestido com um pequeno terno como o do pai e se exibia todo se sentindo especial naquela roupa.
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  — Olha, mamãe, estou igual ao papai! — exclamou todo contente.
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  — É, mas está muito mais bonito do que ele. — Keira abaixou-se para dar um beijo na bochecha de Marco que riu.
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  — Nisso vou ter que concordar. — Julian sorriu se aproximando e abraçando os dois.
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  — E então, está pronto pro grande dia?
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  — Não, mas vamos lá — o homem respondeu fazendo Key dar uma bela gargalhada.
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  Os dois saíram do apartamento e logo encontraram Tricia e Finn os esperando perto dos elevadores. Finlay estava lindo. Ele ficava ótimo com roupas sociais e com seu terno branco e elegante deixava qualquer um sem ar. Principalmente Julian.
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  — Hum! Senhores, vocês estão um arraso! — Tricia exclamou, indo cumprimentar Lian e depois indo mimar Marco que adorou a atenção.
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  Julian chegou um pouco mais perto de Finn e se sentiu bastante estranho. Quer dizer, os dois se conheciam muito bem e já haviam trocado muitas intimidades, mas naquele dia era como se fosse a primeira vez que os dois se viam em anos.
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  — Você está muito bonito… — Lian comentou um pouco sem jeito.
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  — Você também. — Finn sorriu para o mais velho.
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  Os dois ficaram em silêncio por alguns instantes apenas ouvindo as gargalhadas de Marco um pouco mais distante de ambos, junto com Keira e Tricia.
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  — Como está se sentindo? — Lian perguntou finalmente, mas com medo das possíveis respostas.
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  Finn ficou quieto e pensativo por alguns instantes o que fez o noivo suar ainda mais.
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  — Ah, você sabe, por mais que seja irracional, eu estou sentindo um friozinho na barriga. — Finlay confessou e Lian se sentiu um pouco mais aliviado. — Eu sei o quanto é bobo, mas eu sinto um medo de você não querer casar no final das contas… — ele murmurou sem graça.
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  Deasey não conseguiu refrear as risadas que soltou. Os dois estavam sentindo as mesmas coisas e sabiam que era tolice.
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  — Bem, eu não vou a lugar algum sem você… — Julian murmurou segurando a mão de Finn. — E não vou deixar que você vá a lugar algum sem mim. — Completou dando um selinho nos lábios do companheiro, o que o fez sorrir.
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  — Ei, vocês pombinhos apaixonados! A lua de mel ainda não chegou! — Tricia berrou e abriu a porta de um dos elevadores que finalmente havia chegado no andar.
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  — Vamos? — perguntou Lian, e Finn sorriu assentindo e o seguindo.
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  Chegaram ao cartório e havia duas pessoas na fila à espera para se casarem. Uma jovem grávida e um casal de idosos. Quanta variedade!
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  Ao chegar a vez do peculiar grupo de amigos, o juiz os olhou de cima a baixo e fez uma careta.
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  — Então. Este é o casamento de Julian Deasey e Finlay Taylor… — Mais uma careta. O juiz ia continuar quando Tricia começou a resmungar.
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  — Escuta aqui, meu senhor.  — Ela avançou em direção ao juiz que se espantou um pouco. — O senhor tem alguma coisa contra relacionamentos homoafetivos? Está incomodado em fazer esse casamento? Porque eu não vi essa cara feia no senhor enquanto estava casando os dois jovens e os dois idosos. — Tricia apontou descaradamente em direção ao juiz.
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  — Minha senhora, por favor…
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  — Minha senhora o grande caramba! — ela exclamou e Keira se aproximou para tentar segurar a amiga. — Escute aqui, senhor juiz de meia tigela, meus dois amigos aqui são cidadãos de bem e, como qualquer outro, eles têm o direito de se casar tanto quanto aquela menina grávida ou aquele senhor de oitenta anos que acabou de sair daqui. Eles pagam impostos, eles votam, são honestos, são trabalhadores. Então qual é a da sua cara feia, hein? — ela exclamou a menos de um palmo do juiz que parecia bastante surpreso e sem ação. — Pode começar tudo de novo — ordenou enquanto era afastada da mesa do juiz por uma Keira envergonhada.
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  Julian olhou de relance para Finn e ele parecia mais estar segurando o riso do que envergonhado como o parceiro estava. Deasey estava pronto para pedir desculpas ao homem à sua frente quando ele deu um pigarro.
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  — Bem… Esta é a celebração da união entre Julian Deasey e Finlay Taylor… — Ele recomeçou e agora quem teve de segurar o riso foi o homem que há poucos instantes havia ficado embaraçado.
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  A cerimônia seguiu normalmente até Finn e Julian assinarem os papéis e Keira e Tricia serem chamadas como testemunhas. Tricia dera um belo olhar fulminante em direção ao juiz que parecia num misto de querer sair correndo de perto dela e de usar de sua autoridade para fazer alguma coisa. Até o momento, não se sabia como o grupo não havia sido expulso do cartório.
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  — Bem, acho que terminei por aqui e… — O juiz ia dizendo quando Tris ergueu o dedo.
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  — Não, é claro que não! — exclamou indignada. — Falta o beijo dos noivos. — Ela sorriu num misto de orgulho e perversidade em direção ao juiz. — Vamos, meus amores, se beijem! É assim que se sela a união matrimonial! — Ela bateu palminhas empolgada.
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  Julian se virou em direção a Finn e ele deu de ombros se divertindo tanto quanto Tricia com a situação e então o beijou de uma forma bastante chamativa que normalmente não fariam em público, mas bem que aquele juiz estava merecendo.
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  — VIVA OS NOIVOS! — Tricia exclamou e foi abraçar os recém-casados.
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  — Viva os papais! — Marco exclamou e saiu correndo para pular no colo dos dois.
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  — Finalmente… — Lian murmurou para Finn.
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  — Finalmente. — Ele sorriu para o companheiro.
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  — Vamos ser a família não-convencional mais feliz desse mundo. — Keira chegou mais perto, os olhos marejados. Julian a puxou para um abraço e Finn os cobriu com seus braços.
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  — Depois da festa — Tricia disse interrompendo o momento.
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  — Como assim festa? — Lian perguntou se levantando com Marco no colo.
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  — É óbvio que eu, Tricia Conner, nunca ia deixar essa data tão importante passar em branco, faça-me o favor, né? — Ela revirou os olhos.
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  — Tris, o que você aprontou? — Keira perguntou com receio.
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  — Só uma festinha para os mais íntimos, ora.
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  Bem, os três – Key, Finn e Julian – deviam saber que uma “festinha para os mais íntimos” nunca era uma festinha para os mais íntimos quando se tratava de Tricia na organização. Ela havia chamado todas as amigas dela – inclusive as que estiveram no chá de bebê improvisado –, todas as pessoas da clínica em que Lian trabalhava, e todas as pessoas que trabalhavam no mesmo setor que Finn na Saunders Tech. Todos trouxeram presentes e alegremente cumprimentaram os noivos – estranhamente também cumprimentaram Keira – fazendo festa e comemorando como numa verdadeira festa de casamento. Até mesmo o bolo estava lá!
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  — Querido, o que é uma festa de casamento sem bolo? — Tris retrucou revirando os olhos. — Agora vão! Se divirtam! — Ela empurrou a Lian e a Finlay em direção à pista de dança improvisada e os dois deram de ombros e começaram a dançar como todos os outros.
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  Era de tarde quando o bolo foi cortado e toda aquela gente começou a ir embora, muitos voltando para cumprimentar os recém-casados novamente.
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  — Dá pra acreditar nisso? — Lian perguntou para Finn que segurava sua mão.
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  — Não dava para duvidar que algo assim aconteceria, não lembra dos aniversários de Marco? — Finn perguntou rindo e dando um beijo no canto da boca de Julian.
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  — É, eu devia ter previsto. — O outro rolou os olhos e ambos riram, logo se beijando.
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  Os dois estavam apenas sentados apreciando a vista do salão que Tris havia alugado quando Marco chegou correndo até os dois com um envelope nas mãos e Keira vinha logo atrás.
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  — Toma, papais! — ele exclamou estendendo o envelope para os pais. — Presente de casamento!
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  — Mas o que…
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  — Pra vocês começarem o felizes para sempre como qualquer outro casal. — Key piscou para os dois e se afastou.
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  Finn e Lian abriram o envelope e nele encontraram duas passagens para as Bahamas com tudo pago… Os dois se viraram para encarar Keira e ela apenas soprou um beijinho para os amigos e piscou com cumplicidade.
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  — Ao nosso felizes para sempre? — Lian perguntou sorrindo.
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  — Ao nosso felizes para sempre. — Finn sorriu e os dois se beijaram com o fim de tarde lhes fazendo companhia.
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  Nota: Sim, Tris nasceu para causar, mas vou confessar que eu amo as “causações” dela HAHAHAHAH

Capítulo 27

  Por Keira
  Dois anos depois

  As coisas não poderiam estar mais maravilhosas em minha vida do que estavam naquele momento. Finn e Lian estavam com o casamento às mil maravilhas e apesar de Finn ainda não querer se impor muito como pai, estava fazendo um ótimo trabalho mesmo assim.
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  Marco já estava na primeira série e vivia fazendo perguntas que às vezes surpreendia e nos fazia ter que pensar bastante antes de responder.
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  — Mamãe, papais, por que eu tenho dois pais e uma mãe e a maioria dos meus colegas só tem um de cada? — Havia sido uma das perguntas que ele fizera.
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  Nós três nos entreolhamos e ficamos silenciosamente passando a bola um para o outro, mas, como sempre, o início da conversa sobrou para mim.
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  — Filho, por que está perguntando isso? — Comecei.
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  — Nada, eu só estava observando e percebi. — Deu de ombros.
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  — Bem, meu amor… — Eu me abaixei para poder ficar de sua altura. — Às vezes existem alguns tipos de família que são diferentes — eu disse. — Isso te incomoda? — perguntei com certo medo da resposta.
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  — Não, mamãe. Eu amo você e os meus dois papais. — Ele sorriu e eu quis apertá-lo em meus braços.
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  — Marco, amor, na vida às vezes algumas pessoas não vão entender o nosso tipo de família, talvez digam coisas que podem te magoar. — Fui tentando explicar e ele balançou a cabeça.
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  — Um dia Luke disse que minha família era esquisita — Mac murmurou. — Eu fiquei chateado, mas logo nem dei bola porque eu sei o quanto vocês me amam. — Ele me abraçou. — E eu amo vocês — disse, e então Finlay e Julian vieram ao nosso encontro para nos abraçar também.
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  Eu tinha orgulho do nosso pequeno. Muito orgulho. Ele era um pequeno homem e só tinha seis anos e meio. O que mais pais babões como nós três poderiam querer?
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  Mas menos de um mês depois daquela conversa, recebi um bilhete no caderno de Marco e fiquei surpresa, já que o mesmo dizia que a diretora e a professora queriam fazer uma reunião comigo e com o pai de Mac para falarem sobre um ocorrido na sala de aula. Fiquei extremamente estupefata com aquele bilhete, já que Marco não era de briga e, desde o jardim de infância, eu não recebia bilhetes do tipo. A reunião seria naquela mesma tarde. Liguei para Lian e Finn e os dois vieram imediatamente, pegamos Mac e fomos até a escola.
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  A diretora nos acompanhou até uma sala de reuniões onde uma mulher e um garoto estavam sentados em um canto, e dois homens e um garoto em outro, todos em um silêncio de velório.
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  — Bem, agradeço por todos poderem ter vindo — a diretora disse. — Professora Anna, por favor…
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  — Boa tarde, senhores. — A professora de meu filho nos cumprimentou. — Acho que já sabem por que pedi que os chamassem aqui, sim?
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  — Na verdade, não — respondi. — Seu bilhete foi muito vago, professora. Eu não faço a menor ideia do que está acontecendo — murmurei e vi Mac se encolher um pouco no colo de Finn.
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  — Então Marco não lhe contou o que aconteceu hoje de manhã?
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  — Não…
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  — Eu vou contar o que aconteceu! — A mulher com o menino ergueu a voz parecendo furiosa. — Esse seu filhinho
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  — Ah, desculpe, mas nos conhecemos? — perguntei à mulher. — Meu nome é Keira Christensen e esse meu “filhinho” se chama Marco. — Apresentei.
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  A mulher se calou enfezada em seu canto.
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  — Bem, senhora Christensen… — Anna continuou. — Hoje de manhã tivemos um pequeno incidente envolvendo Marco, Luke e Conrad — explicou. — Os três começaram a discutir e Marco… Bem, Marco fez Luke chorar.
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  Eu encarei Anna com o olhar bastante confuso. Estávamos tendo aquela reunião no meio da tarde só porque Luke chorou?
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  Pedi para que Finn soltasse Marco e eu me ajoelhei à sua frente.
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  — Filho, me conte o que aconteceu — pedi, ignorando a mulher, provavelmente mãe de Luke, que se exaltava em seu canto, sendo calada pela diretora que pediu silêncio.
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  — Mamãe, não briga comigo, eu juro que não fiz por mal… — Mac murmurou fazendo bico.
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  — Eu não vou brigar com você, mas precisa contar o que aconteceu — eu disse encarando-o séria.
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  Ele assentiu.
  — Eu estava brincando com Conrad na hora do intervalo quando Luke veio dizer a Conrad que ele era esquisito por ter dois pais — Mac dizia e ia apontando para cada um para que eu soubesse quem era quem. Até ali eu não havia visto nada que pudesse fazer o pequeno Luke chorar.
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  — Continua, meu amor — pedi.
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  — Daí eu disse para Luke que Conrad e eu tínhamos muito mais sorte por termos dois pais do que ele que não tinha nenhum… — Marco terminou sua narrativa baixando a cabeça parecendo envergonhado.
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  — Ah, meu amor… — eu disse o abraçando.
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  — Ah, meu amor? — A mãe de Luke se levantou com raiva. — É assim que você educa seu filho quando ele faz uma coisa errada? — Ela apontou para mim de forma acusadora.
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  — Olha, senhora mãe do Luke, pelo que posso ver aqui, a única que fez algo errado foi a senhora ao educar Luke para ser intolerante às diferenças — murmurei me levantando para encarar aquela mulher que eu mal conhecia e já havia criado uma bela antipatia.
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  — Você não tem o menor direito de dizer como eu devo educar meu filho, sua esquisita! — a senhora exclamou como se fosse a dona da razão.
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  Eu queria muito responder àquilo mas engoli todas as ofensas que me vieram à mente e me virei à professora e à diretora.
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  — É só isso? — perguntei. — Porque eu não vi nada de mais no que meu filho fez, ele defendeu um amiguinho de um menino que mal saiu das fraldas e já tem traços preconceituosos. Não é culpa do meu filho a intolerância ou ignorância que os pais passam para os seus filhos em relação a isso. A única coisa que posso fazer é dizer a Marco que não é bonito diminuir os outros pelo que eles têm ou deixam de ter, mais nada porque ele não fez nada de errado — disse sentindo minhas bochechas corarem com a raiva me subindo.
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  — Sim, é só isso — a diretora disse sorrindo em minha direção.
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  — Como assim é só isso? Não é só isso! E quanto à vergonha que meu filho passou chorando na frente de todo mundo, hein?
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  Eu tamborilei meus dedos sobre meu braço quase bufando e me segurando para não voar no pescoço daquela mulher infeliz, mas quem se pronunciou foi Finn.
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  — Oi, senhora sei lá o que… — Ele sorriu com seu sorriso mais infantil do mundo. Que boboca. — Eu acho que a única pessoa que precisa pedir desculpas aqui ao seu filho é a senhora — ele murmurou como se desse de ombros —, afinal, por que o seu filho passaria vergonha por chorar? — ele questionou como se fosse óbvio. — E se ele pensa que chorar é uma vergonha, então a senhora ensinou tudo errado a ele. Ei, Luke — Finn chamou o garoto que parecia um pimentão de tanta vergonha —, não é vergonha chorar na frente dos outros. Os homens também choram. — Ele sorriu e eu quase pude ver um sorriso nascer nos lábios do pequeno Luke de volta, se não fosse a mãe dele o puxando com severidade para que levantasse.
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  — Ora. Eu não tenho que ficar aqui ouvindo como educar o meu filho por gente como você — ela disse arrastando o garoto consigo para fora da sala de reuniões.
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  Eu encarei a diretora e a professora que suspiraram com alívio.
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  — Foi a mãe de Luke que convocou a reunião, eu sinto muito. — A diretora foi a primeira a se pronunciar. — Ela acabou de se separar do marido e é bastante intolerante, devo dizer.
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  — Pobre menino… — um dos pais de Conrad murmurou se levantando. — Sou Mark e aquele é meu marido Jeff. — Eles nos cumprimentaram. — Queria agradecer por seu filho ter defendido o nosso.
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  — Queria que ele não tivesse de ter feito isso — murmurei um pouco chateada.
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  Ficamos conversando por algum tempo e Mark e Jeff explicaram que haviam adotado Conrad com pouco mais de seis meses, e nós explicamos como era a nossa família não-convencional. Me senti uma verdadeira mãe fazendo amizade com outros pais na escola do filho naquele momento e ver os dois homens da minha vida serem pais do meu garotinho fez com que um sorrisinho involuntário surgisse nos meus lábios.
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  Eu não sei o que houve com Luke depois daquela reunião, mas ao que parece, a mãe dele decidiu transferi-lo para uma escola com pessoas menos “esquisitas” do que aquela. Eu não podia ver final mais feliz para nós do que aquele, sinceramente…
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Epílogo

  Dizem que todos têm um par neste mundo. Não vou dizer que estão errados, todos devem mesmo ter um par para lhes completar por aí, mas no meu caso foi diferente. E pensar que eu achava que não precisava de ninguém para me completar… Eu estava enganada. E além de agora estar completa, tenho dois homens e um lindo garotinho para fazer parte da minha família não-convencional. Vamos enfrentar muitos obstáculos, preconceito e intolerância? Pode ter certeza que sim, mas enfrentaremos juntos.
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Fim

  Nota: E chegamos ao final da história desses dois amigos que formaram uma família lindinha que vai viver feliz para sempre SIM.
  Um Bebê é meu xodozinho porque, como acho que já comentei (já?), escrevi ela em 27 dias E porque basicamente essa seria a minha família perfeita na vida real também.
  Agradeço todo mundo que chegou até aqui e um agradecimento especial pra Liv porque ela seguiu essa história do começo ao fim e me deixou feliz com os comentários HAHAHAH obrigada pelo carinho <3

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Liv
Liv
7 meses atrás
  Suspirei fazendo careta. “Saudável e nutritivo” com certeza significava salada. Odeio salada. A não ser é claro que tenha um…" Read more »

te entendo, keykey

Liv
Liv
7 meses atrás

Olha, você mesma já afirmou, mas eu acredito que eles vão ter o final feliz deles sim, e se amando do jeitinho único deles.
MANDA MAIS PQ TO ANSIOSA PRA VER O BABY SE MEXENDO E QUERO VER A REAÇÃO DELES AO DESCOBRIREM O SEXO (por mais que a sinopse já dê o spoiler HAHAHAHA)

Liv
Liv
7 meses atrás

O baby chutou 😭😭😭😭😭
Que capítulo gostosinho! Só eles curtindo essa fase, sendo os amigos de sempre e já escolhendo os nomes 🤧🤧🤧
Quem é essa pessoa que o Lian tá vendo 🤨
Enfim, que venha o próximo capítulo e mais deles sendo uns fofos 🥳

Liv
Liv
7 meses atrás

ATUALIZA NESSA SEMANA AINDA, POR FAVOR!!!!!!
eu tô tão empolgada pra chegada desse baby, além de estar super animada pelos papais também HAHAHAHAH
eu acho o amor deles tão lindinho e puro <3 doida pra ver quando os três estiverem juntos <3

Liv
Liv
7 meses atrás
  As semanas foram se passando cada vez mais rápidas e quando fui ver estava com sete meses. Julian estava dando…" Read more »

SETE MESES JÁ 😭😭😭

Liv
Liv
7 meses atrás

Amo que a Tris é a amiga que agita tudo hahahaha adorei esse chá de bebê, to super ansiosa pro nascimento 🤧

Liv
Liv
7 meses atrás

TEREMOS UM TRISAAAAAL? AMEI!!!
Espero que seja alguém que ame todos nessa família e entenda a dinâmica dos bffs hahahaah tô muuito ansiosa, Lelen! Animada pra chegada do baby e pra ver mais dessa família 🥹💜

Liv
Liv
7 meses atrás
  Eu fico impaciente querendo ver meu bebê, mas provavelmente ainda estão me fechando do outro lado das cortinas, então não…" Read more »

o final 😂

Liv
Liv
7 meses atrás
  Lian se posiciona ao meu lado com Marco entre nós e nós sorrimos para o primeiro retrato de família." Read more »

FINALMENTE O BABY CHEGOU!!!!!!!

Liv
Liv
7 meses atrás
  Julian pegou o pequeno embrulho de mantas com enfeites de marinheiro e com cuidado veio trazendo-o em minha direção. Preparei…" Read more »

😭😭😭😭😭😭😭

Liv
Liv
7 meses atrás
  — É uma sensação maravilhosa, Lian." Read more »

😭😭😭😭🥹🥹🥹🥹🥹

Liv
Liv
7 meses atrás

EU TO CHORANDO JUNTO COM ELES 😭😭😭😭
finalmente o Marco chegou, e eu tô ansiosa para os próximos capítulos!!!!
que segredo eh esse, hein? 👀

Liv
Liv
7 meses atrás
  Aquilo talvez significasse que aquela família estava se construindo. Finalmente." Read more »

SIMMMMM <3

Liv
Liv
7 meses atrás

Esses últimos capítulos tem me deixado com o coração quentinho <3
Já quero conhecer as vovós hihi

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Porque eu sei que meu filho vai ter apoio para o que quer que ele decida ou precise na…" Read more »

eu tô chorando junto aaaaaa

Liv
Liv
7 meses atrás

eu amo os fechos que a keikey dá, tá certíssima!!!
não sei nem pq o pai dele veio, se fosse pra ficar assim era melhor nem ter vindo, escroto.
já quero ver mais dessa família hihihi e quero saber o segredo do lian

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Julian, pelo amor de Deus, como é que você não foi falar sobre nós para um futuro namorado seu?…" Read more »

homi, como tu não explica a situação, por deusssss

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Bem, você é a mãe do meu filho. E eu não vou ficar com alguém que você não ache…" Read more »

obviamente

Liv
Liv
7 meses atrás
  Eram quase oito da noite e eu estava pronta para o jantar que Lian havia me arranjado com seu namorado.…" Read more »

modeoso uma abelinha 😭

Liv
Liv
7 meses atrás
  Bati na porta que conectava nossos apartamentos e fui entrando ao mesmo tempo em que vi um rapaz alto e…" Read more »

genteeee, que babado

Liv
Liv
7 meses atrás

BEM-VINDO FINN!!!!!!
finalmente um bofe que não seja lixo.
NAO ACREDITO QUE JÁ TÁ PRA ACABAR, PELO O AMOR 😭😭😭😭😭
quero ver mais deles e dessa família 🥹

Liv
Liv
7 meses atrás

EU TO AAAAAAAAAAA
TO MORRENDO DE AMORES POR ESSA FAMÍLIA 😭😭😭😭😭
não to nem um pouco preparada para o final 🥲 como viver sem essa família????
mas to ansiosa do mesmo jeito, pode mandar mais att 💘

Liv
Liv
7 meses atrás
  Na escolinha, Marco tinha amiguinhos e havia aprendido a morder os outros para revidar desavenças, o que eu repreendi logo…" Read more »

modeos, por mais que seja errado, achei uma gracinha ele aprendendo a morder pra revidar 😂

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Ele foi meu aprendiz na Saunders Tech. — Dei de ombros. E quando eu disse a palavra “ele”, percebi…" Read more »

cada um/uma que fez uma careta vai levar um tapa 😡

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Não, mamãe, quero mostrar para os dois papais juntos! — ele exclamou cruzando os braços e eu ri." Read more »

QUE FOFO MEU DEUS

Liv
Liv
7 meses atrás
  Esperamos a chegada de Finn para finalmente Mac mostrar suas obras de arte em blocos de montar e Lian e…" Read more »

🥹🥹🥹🥹

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Ah... Eu... — Ele gaguejou absorvendo as informações, presumo. — Eu estava louco para fazer parte disso! — exclamou…" Read more »

aaaaaaaaa 😭

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Mas deu certo e é isso que importa. Olha essa criança maravilhosa que vocês dois geraram e que agora…" Read more »

eu sou a tia que nem a Tris HAHAHAHAHAHA

Liv
Liv
7 meses atrás
  Marco era uma coisa preciosa para todos que estavam sentados àquela mesa. Não era o fruto de um amor entre…" Read more »

eu tô chorando 😭

Liv
Liv
7 meses atrás

NÃO ACREDITO QUE DOMINGO SAI A ÚLTIMA ATT 😭
não sei como lidar com o fato de não ter mais essa fic para alegrar os meus dias 😿 mas vamos que vamos, eu amo eles demais e mal posso esperar pra ver o capítulo final 💜

Liv
Liv
7 meses atrás
  Finalmente o dia havia chegado. O dia do casamento de Julian Deasey e Finlay Taylor. Lian estava nervoso e Keira…" Read more »

FINALMENTE O CASÓRIO VEIO!!!!!

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Bem, eu não vou a lugar algum sem você... — Julian murmurou segurando a mão de Finn. — E…" Read more »

ELES SÃO PERFEITOS 😭

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Escuta aqui, meu senhor.  — Ela avançou em direção ao juiz que se espantou um pouco. — O senhor…" Read more »

SE UM DIA EU TE JULGUEI EU NÃO LEMBRO, QUEEN!!!!

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Não, é claro que não! — exclamou indignada. — Falta o beijo dos noivos. — Ela sorriu num misto…" Read more »

TE AMO, TRIS!!!!!

Liv
Liv
7 meses atrás
  — Ao nosso felizes para sempre. — Finn sorriu e os dois se beijaram com o fim de tarde lhes…" Read more »

EU TO CHORANDOOOOOOO

Liv
Liv
7 meses atrás
  Dizem que todos têm um par neste mundo. Não vou dizer que estão errados, todos devem mesmo ter um par…" Read more »

MEU DEUS EU TO CHORANDO 😭

Liv
Liv
7 meses atrás

Não sei nem por onde começar.
Eu amo as suas histórias e não tem segredo nenhum nisso, e acompanhar Um Bebê foi uma experiência tão maravilhosa! Sério, eu me apaixonei logo de cara pelos personagens e não tinha como não gostar deles e dessa amizade linda que eles tem. Eu adorei cada momento e me senti tão animada/ansiosa/eufórica/etc quanto eles, principalmente com a chegada do baby Marco!
Sinceramente, não sei o que fazer agora que Um Bebê foi finalizada (além de aguardar as atts das suas outras hehehe). Essa história é simplesmente perfeita e maravilhosa, eu amei cada momento (e chorei em alguns hehe). Eu realmente amei cada pedacinho e o final não poderia ser mais lindo e perfeito. Sentirei saudades dessa família 😭
Ps: quero mais histórias 😌🩷


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