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Sem curiosidades para essa história no momento!

Moonlight

9. Real ou não?

  Eu ainda não sabia como reagir a cena. Estática eu estava, estática fiquei. Assim que ele terminou de preparar o café e ajeitou tudo em cima da mesa, ele seguiu até mim e me deu um selinho.
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  — Bom dia . — ele sorriu de canto.
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  Ouvi suspiros vindo do nosso lado. Eu despertei e pegando em sua mão o arrastei para o quintal.
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  — O que você está fazendo? — perguntei a ele tentando absorver aquela loucura.
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  — Imaginei que estivesse cansada, então resolvi te fazer uma surpresa. — explicou ele tranquilamente ao desamarrar o avental e retirá-lo do corpo — Não gostou?
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  — Desde quando você cozinha? — perguntei a ele.
  — Eu nunca disse que não cozinhava. — argumentou ele voltando seu olhar para porta.
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  Virei minha face na mesma direção e vi minhas amigas lá nos espionando.
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  — Acho melhor continuarmos mais tarde. — sugeriu ele.
  — Tem razão, você tem uma casa para reformar. — eu me afastei dele.
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  — . — ele segurou em minha mão — Esta com raiva, não está?
  — Você já me conhece, não é?! — eu me soltei dele e voltei para dentro.
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  Meu olhar de reprovação para minhas amigas as deixaram em silêncio. Permiti que tomassem o café, mas eu deixei de lado e voltei para meu quarto. Não demorou muito até que Sophie entrou para falar comigo.
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  — O que houve ? — perguntou ela preocupada — O que você falou para ele?
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  — Nada. — bufei um pouco — Só fiquei chateada por ele estar cozinhando.
  — Isso é ciúmes dona ?! — Sophie colocou a mão na cintura me olhando desconfiada.
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  — Não, não é. — eu caminhei até a janela não acreditando na insinuação dela — Por favor, Sophie.
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  — Por favor, digo eu . — insistiu ela — Você ficou toda desconfortável com os comentários da Freya ontem no bar, e agora está toda irritada por ele ter cozinhado para suas amigas.
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  — Estou irritada por ele me propor cozinhar para ele todas as noites sendo que ele sabe cozinhar. — argumentei.
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  — Nossa, que fraco esse argumento. — ela cruzou os braços.
  Eu sabia que sempre que Sophie cruzava os braços, é porque viria um sermão daqueles.
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  — Vocês dois tinham um acordo e não era da sua conta se ele sabia fritar um ovo Miller, ou você se lembra da história toda?! — ela tinha razão.
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  Odiava admitir.
  — Agora pare de agir de forma infantil, você e a mais madura de todas nós. — pediu ela de forma severa — Admita, está gostando mesmo dele e está com ciúmes.
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  — E se estiver?! Olhe para mim, o que posso oferecer?
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  — Deixe de pensar nos contras e comece a pensar nos pós. — ela veio até mim e segurou em minha mão — Não é a toa que ele disse…
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  — Real até quando eu quiser. — completei.
  Senti meu coração acelerar ao lembrar da sua voz.
  — Deixe de ser chata e impertinente com sua própria felicidade. — repreendeu ela com firmeza — Agora dê o segundo passo e se jogue na cama dele.
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  — Sophie?! — eu dei um tapa no seu ombro.
  — Desculpa, estava com uma fanfic que estou seguindo na cabeça. — ela riu maliciosa.
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  — Pare de ler essas coisas, estão te deixando pior do que já é. — eu ri dela.
  — Mas agora sério, não deixei que o externo afetar o que vocês estão construindo. — aconselhou — Posso ver a sinceridade no olhar de para você.
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  — Será que…
  — Pare com esse será… É amiga, ele está apaixonado por você, pode apostar. — afirmou ela — Eu ficarei um mês sem ler minhas fanfics se estiver errada.
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  — Fechado.
  — Mas se eu ganhar… — ela me lançou um olhar malicioso.
  — Não vem, eu não vou fazer nada com ele. — já me adiantei conhecendo-a muito bem.
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  — Nossa, eu só ia te desafiar a apresentar ele aos seus pais. — ela se fez de ofendida — Nem sou tão pervertida assim.
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  — Eu te conheço Sophie. — disse.
  Ela soltou uma gargalhada maldosa.
  — Estamos aqui conversando, e as outras? — perguntei.
  — Já foram. — respondeu com tranquilidade — Botei todo mundo pra fora depois do café, só a Marg que ficou arrumando a cozinha.
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  — Obrigada. — sorri de leve para ela e lhe dei um abraço forte — Você é a melhor amiga do mundo!!
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  — Eu sei disso.
  — Cadê a modéstia Sophie?
  — Deixei em casa com o Will. — ela riu de novo — Agora vou indo, vou deixar a Marg em casa e segui para o hospital, Will quer almoçar comigo.
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  — Bom domingo e descanse, cuide da ressaca.
  — Minha querida, o café do seu namorado curou todas. — brincou ela.
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  Eu ri disso. Seguimos juntas para sala, Marg nos esperava. Seu olhar sonolento estava ali, minha irmã nunca foi de ficar até tarde acordada. Mas estava feliz por ela ter se divertido tanto e esquecido os problemas.
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  — Podemos ir minha carona?
  — Claro. — Sophie me abraçou novamente — Pensa no que conversamos.
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  — Ok. — disse a ela.
  Abracei Marg me despedindo e as levei até a porta. Meus filhos chegaram pouco depois do almoço, o domingo passou tão rápido que quando dei por mim, já era segundo e eu estava me arrumando para ir para redação. Era o dia de sermos apresentados ao novo editor chefe. Eu não estava muito animada com aquilo. Para ser honesta, eu estava desanimada com tudo naquele dia. Desde a pequena DR com , não o tinha visto mais tarde e nem pela manhã ao sair de casa. Onde será que ele tinha ido, ou será que estava evitando a chata e implicante que eu tinha sido?
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  — está tudo nem? — perguntou Lizzi perguntou.
  — Sim, por que? — a olhei.
  — Está calada e um pouco distraída hoje. — alegou ela.
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  — Sim, também notei isso. — concordou Hill — Problemas em casa?
  — Mais ou menos. — disse ao suspirar fraco — Mas está tudo bem sim.
  — Senhoritas. — Osvald se aproximou de nós — O novo chefe solicita reunião com todos os departamentos no auditório.
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  — Eh, a hora da verdade é agora. — disse Beth.
  — Que o Senhor nos proteja. — disse Hill.
  Seguimos todas para o auditório no quarto andar. O novo editor chefe foi anunciado pelo diretor do RH: Frederick Brown. Eu não o reconheci de nenhum outro jornal. Mas segundo os comentários preciso de Lizzi, ele já tinha trabalhado no NY Times e o no El Paris, ambos jornais conceituados. Porém, sua fama em tratar os funcionários não era boa, tinha até casos de assédio em suas cotas. Isso me chocou um pouco e me deixou apreensiva. Se fosse verdade, seria desconfortável trabalhar com um homem assim.
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  — Bom dia a todos. — disse Frederick segurando o microfone — Estou honrado por ter sido contratado pelo NT Post, aprecio muito este jornal e quero trazer para ele mais do que tem agora, quero levá-lo ao reconhecimento mundial…
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  Todos aplaudiram, seu discurso e após ele apresentar suas metas, voltamos para nossas atividades. Claro que não somente eu, como também as meninas ficamos revoltadas com o descaso que ele tinha feito em relação ao caderno da mulher. Dizendo que o carro chefe do jornal era a sessão de esportes e que teria mais foco a partir de agora. O caderno da mulher que tinha conquistado seu espaço em dois dias da semana, agora seria publicado somente na terça-feira, o dia de maior baixa nas vendas do jornal.
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  — É impressão minha ou esse novo editor está querendo sabotar o caderno da mulher? — perguntou Lizzi nervosa.
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  — Não é impressão sua, ele realmente quero isso. — disse também raivosa — Como pode negligenciar os dados diante dele.
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  — O pior é que não podemos nem reclamar. — Hill se sentou na sua cadeira e bufou — Já prevejo duas de terror nessa redação.
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  —Não me fale em terror amiga, minha vida não está sendo fácil — Beth reclamou — Eu sou somente uma estagiária.
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  — Até estou sentindo falta do perfeccionismo da Genevieve agora. — confessou Sunny — Ela era chata, mas data atenção para o nosso caderno.
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  — Também sinto falta dela. — disse Hill.
  — Vamos aguentar até onde der meninas, precisamos desse emprego. — as motivei.
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  Sim, precisamos muito! Pensei comigo. Eu já tinha conquistado minha independência e lutaria por ela até o fim. Meus filhos mereciam esse exemplo de minha parte. A tarde passou rápida também e percebi que levaria trabalho para casa. No final do expediente, salvei os arquivos no google drive e desliguei o computador, peguei minha bolsa e segui para o elevador. Para meu azar, o novo editor chefe entrou juntamente comigo. Ele falava ao celular aparentemente com uma mulher, conseguia sentir a malícia em suas palavras para ela.
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  Antes de voltar para casa, liguei para Finn e pedi que me encontrasse em uma cafeteria próximo ao Central Park. Meu amigo tinha enviado uma mensagem um tanto eufórica sobre a reforma do café. Assim que o avistei com uma pasta preta na mão, me aproximei dele.
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  — Finn. — o abracei de leve e sorri — Demorei?
  — Nada, você é sempre muito pontual. — ele riu — Vamos entrar?
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  — Claro.
  Escolhemos uma mesa no mezanino da cafeteria e nos sentamos. Ele colocou a pasta em cima da mesa e soltou um suspiro empolgado.
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  — Você não vai acreditar no que aconteceu. — iniciou ele.
  — Me diga e eu falo se acredito ou não. — eu ri dele.
  — Consegui um investidor para o Liberdad Café. — contou ele.
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  — Sério? — fiquei feliz por ele e boquiaberta também — Mas tão rápido?
  — Não foi tão rápido assim. — ele me olhou sério — Mas, o seu vizinho nosso arquiteto me apresentou umas pessoas ontem à noite, conversa vai, conversa vem, entramos no assunto sobre o café e uma das pessoas lá se interessou.
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  — ?! — agora eu estava surpresa.
  Desde quando tinha intimidades com Finn para apresentá-lo pessoas?
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  — Sim, e parabéns pelo namoro, ele me parece ser um cara bem legal, apesar de ser mais novo que você. — comentou ele.
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  — Vamos deixar esse assunto de lado. — pedi — Desde quando são tão amigos assim?
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  — Desde que ele se ofereceu para ser meu arquiteto. — Finn cruzou os braços me olhando desconfiado — Isso não é ciúmes é?
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  — Claro que não. — desconversei — Só estranhei, nenhum dos dois ter comentado comigo.
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  — Olha, para não ficar com coisas na cabeça, saiba que nossas conversas masculinas são saudáveis. — contou.
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  — Não precisa me dizer Finn.
  — Só quero manter a boa amizade de ambos. — brincou ele.
  — Se continuarmos com esse assunto eu descolo uma namorada para você aqui e agora. — brinquei de volta.
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  Nós rimos.
  — Me tira a curiosidade, o que tem nessa pasta? — perguntei.
  — Ah, meu plano de negócios e alguns desenhos da nova cafeteria. — explicou ele voltando a ficar empolgado — Eu apresentei mais cedo para o investidor. Bem, sendo honesto com minhas melhor amiga, uma investidora.
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  — Hum… — o olhei tentando reproduzir um dos olhares maliciosos de Sophie para ele.
  — Não me olhe assim . — ele já se adiantou — Não quero romances sabe que meu coração está fechado. Isto é puramente profissional.
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  — E o que pretende fazer com o Liberdad? — perguntei.
  — Ela disse que está disposta a investir se elevarmos o nível do Liberdad, ela quer ficar a frente do cardápio, por ser formada em gastronomia ou algo assim. — explicou — Fiquei impressionado, seu namorado conhece muita gente em Manhattan.
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  — Bem, ele é arquiteto, deve ser pelo trabalho dele.
  — E vou te falar, ele é um arquiteto muito elogiado e requisitado. — contou meu amigo.
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  Era intrigante isso. Finn saber mais sobre que eu mesma, o que me assustava um pouco.
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  — Que louco não é. — sussurrei.
  — Eu fui até o escritório onde ele trabalha perto da Estação Central, o lugar era bem bonito e moderno. — continuou contando sua descoberta — Uma recepcionista lá disse que ele costuma a trabalhar em casa e mandar os projetos por email, pois não gosta de ser incomodado no momento de inspiração dele.
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  — Uau. — aquilo era ainda mais intrigante.
  — Como sabe que ele é muito requisitado? — perguntei.
  — Um escritório em área nobre com uma estrutura daquelas, se esse seu vizinho não foi rico, ele está escondendo alguma coisa. — declarou com franqueza — Vocês conversam sobre isso ou é mais físico o relacionamento de vocês?
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  — Finn, olha a sua pergunta?! — o repreendi.
  — Como se a gente já não tivesse conversado sobre coisas muito mais íntimas sobre mim e minha ex. — ele cruzou os braços me olhando sério.
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  Finn era como Sophie, o irmão que sempre quis ter. Nosso nível de intimidade era alto como com Sophie, mas ainda tinha meus segredos não revelados a ele.
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  — Bem, eu… Ainda estamos nos conhecendo. — confessei a ele — E no mais, vai ser real até quando eu quiser.
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  — Oi?
  — Ah… — tinha me esquecido que essa parte da história Finn ainda não sabia.
  Eu tinha confiança de contar este segredo a ele. Assim como Sophie, no momento em que meu amigo conheceu Carl, ele de cara desaprovou. Contei toda a história “” para ele, desde o dia em que o vizinho se mudou até a manhã anterior com o café preparado por ele. Finn riu bastante de várias partes, principalmente dos meus questionamentos sobre ele saber cozinhar.
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  — Você está apaixonada por ele, consigo ver nos seus olhos. — ele riu de novo.
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  — Sophie disse a mesma coisa. — afirmei.
  — E está esperando mais o que mara mostrar ao ridículo do Carl que você está muito mais feliz sem ele? — Finn ficou sério, mantendo a serenidade no olhar.
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  — Estou pensando sobre isso, mas antes preciso conversar com primeiro. — disse.
  — Hum…
  Ele abriu a pasta e começou a me explicar o novo plano de negócios dele. Mostrou as alterações que a investidora tinha proposto e com brilho nos olhos o contrato que assinou com ela. Para mim, meu amigo estava indo rápido demais, entretanto, no mundo dos negócios tudo era assim. Me despedi dele, após receber uma mensagem de Joseph no celular, dizendo que tinha pedido pizza para o jantar.
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  Quando cheguei em casa, comi os restos mortais da pizza que encontrei no forno e segui para o segundo andar. Sunny estava dormindo já, minha joaninha havia tido um dia cansativo com os ensaios da sua apresentação. E eu tinha chegado tarde em casa e teria que passar a madrugada revisando um artigo que estava escrevendo para o caderno da mulher.
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  Parei na porta do quarto de Joseph e fiquei o observando jogar. Caminhei até ele lhe dei um beijo no topo de sua cabeça. Logo meu filho retirou o headfone do ouvido.
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  — Boa noite mãe. — disse ele mantendo os olhos no monitor.
  — Boa noite querido, não vá dormir muito tarde. — o alertei — Amanhã você tem a prova de direção.
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  — Não se preocupe, vou passar de primeira. — disse ele confiante.
  — Eu sei disso. — me afastei dele e segui para porta.
  Saí do seu quarto fechando a porta e entrei no meu.
  Caminhei até o banheiro tomei um banho quente e coloquei uma roupa mais leve. Ao passar pela janela, vi o vizinho parado no quintal de sua casa, olhando para cerca quebrada. Será que ele estava planejando bater na porta. Coloquei um casaco de crochê e desci as escadas. Saí para o quintal e parei em frente a cerca, o olhando com seriedade. Ele sorriu de canto com meu gesto e caminhou até sua casa, entrando.
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  Fiquei em choque a primeiro momento, mas me movi indo até lá. Entrando em sua cozinha, ele permaneceu encostado na ilha de braços cruzados me olhando sério também. Respirei fundo, tinha não só que enfrentar ele, mas também meus medos internos de sofrer novamente.
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  — Boa noite. — disse ele.
  — Boa noite. — respondi.
  — Deseja alguma coisa?! — perguntou ele.
  — Precisamos conversar. — fui direta — Você disse real até quando eu quiser, não disse?
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  — Sim, e não volto atrás na minha palavra. — sua voz firme me estremeceu.
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  — Eu não conheço você, como podemos fazer isso ser real? — indaguei — Eu tenho dois filhos e preciso pensar neles.
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  — O que quer saber sobre mim? — ele foi mais direto ainda — Basta perguntar.
  Aquilo me pegou de surpresa. Era louco a forma com que ele tratava tudo naturalmente.
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  — Por que eu?! — essa era minha maior curiosidade — Você pode ter a mulher que quiser.
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  — E por que eu não posso querer ter você? — retrucou ele se afastando da ilha e dando alguns passos até mim — Me responda. E não diga que é por ser mais velha que eu, nem por ter dois filhos.
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  — Eu… — me senti desnorteada com a sua aproximação.
  — Não tem argumentos para se impedir de ser amada por mim. — continuou ele se aproximando mais.
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  —
  Eu já não sabia onde estava minhas forças para resistir a ele. E talvez nem me importaria mais saber porque ele estava interessado em mim. Ele segurou em minha cintura me aproximando mais dele e me beijou com intensidade. Rendida fiquei em seus braços, sentindo meu corpo acompanhar a investida dele. Então me afastei de repente, um pouco assustada com aquilo.
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  — Desculpa, eu… — respirei fundo, retomando o fôlego.
  — Não se preocupe, eu entendo. — ele se manteve próximo, com os braços envolvidos em minha cintura — É tudo muito novo para você.
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  — Sim. — sussurrei tentando absorver tudo aquilo.
  Com certeza essa parte da história não iria alimentar a fanfic de Sophie. Ri baixo de leve.
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  — O que foi?! — perguntou ele.
  — Nada. — disse — Um pensamento bobo.
  — Hum… Estou curioso me diga o que é. — insistiu.
  — Sophie disse que nosso relacionamento é uma fanfic. — comentei — Mas não conte a ela que te falei.
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  — Segredo nosso. — seu olhar passava confiança para mim.
  — Estou começando a acreditar que ela tem razão. — brinquei.
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  — Até quando você quiser. — sussurrou ele em meu ouvido me fazendo arrepiar.
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  Assenti com a face.
  — Lewis. — disse ele me olhando com serenidade — Este é meu nome completo.
  — Lewis. — sussurrei.
  — Sim. — ele sorriu — Tenho 25 anos e estou apaixonado por você, e quero que passei o natal comigo e minha família.
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  — O natal?! — fiquei surpresa.
  — Você não quer saber sobre mim?! — perguntou ele.
  — Quero mais… — respirei fundo — Eu nem sei como reagir a isso, não posso deixar meus filhos e passar o natal com sua família.
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  — Eles virão com a gente. — disse ele — , eu sei que seus filhos são uma parte importante da sua vida, jamais vou me colocar entre vocês.
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  — Isso não é um sonho, não é? — perguntei.
  — Não, é real até quando quiser. — ele riu se afastando de mim — Mas, quero que cozinhe para mim hoje.
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  — Por que será que já imaginava que pediria isso. — eu ri junto.
  — Acredite ou não, você fica mais sexy enquanto cozinha. — ele me olhou com malícia.
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  Será que esse era o propósito da sua sugestão do acordo? Me ver cozinhando para ele?
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  — Seu safado. — sussurrei fazendo ele rir mais.
   ficou encostado no beiral da janela, me observando cozinhar. Alguns minutos depois comigo ainda preparando tudo. O celular dele tocou.
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  — Sim. — disse ele ao atender — Eu já resolvi este problema, Cedric foi para Seattle hoje pela manhã, mas deve chegar aí antes do natal, ele tinha outra coisas para resolver antes.
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  Ele ficou em silêncio ouvindo.
  — Sim, estou me alimentando direito, e farei isso daqui a pouco. — disse ele novamente.
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  Eu sabia que era uma resposta saudável, mas porque aquilo me soou em um maldoso duplo sentido?
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  — Sim, ando com muitos projetos atualmente em Manhattan, mas existe um em especial que… — eu estava de costas e fui sentindo ele se aproximar mais de mim — Me impede de ir ver vocês, não posso dizer agora que projeto é esse, mas posso dizer que estou extremamente concentrado nele.
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   tocou em minha cintura, e no susto eu deixei a colher em minha mão cair. Eu ouvi uma risada vindo dele e o olhei séria. Mas aquele olhar para mim me derretia facilmente. Peguei a colher do chão e lavei na pia. Desliguei a trempe do fogão e disse em sussurro que o seu jantar estava pronto.
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  Me afastei para sair de lá, porém ele mesmo ao telefone, me segurou pela mão e me puxou para perto.
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  — Te ligo amanhã. — disse ele encerrando a ligação.
  Seu olhar intenso se manteve em mim de uma forma arrasadora.
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  — Hoje você janta comigo. — disse ele.
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  Eu não tinha nem mesmo reação para recusar. Só conseguia pensar na bendita frase: Real até quando eu quiser.
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“Eu evito o seu olhar fingindo que não estou interessado em você,
Veja bem, eu preciso arriscar tudo que tenho.
Só para passar por você, oh yeah,
Você é tão diferente das outras mulheres.”

– Lotto / EXO

10. S.O.S

  Na manhã seguinte, me ponderei em não comentar sobre o jantar na casa de . Mesmo Joseph me olhando desconfiado no café da manhã. Eu me sentei à mesa com meus dois filhos e joguei limpo sobre tudo o que estava acontecendo. Não podia mentir para eles.
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  — Então, a senhora fez um trato com o vizinho antes, e agora o namoro que era falso se tornou real? — disse Molly tentando absorver toda a história.
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  — Basicamente isso querida. — voltei meu olhar preocupado para Joseph.
  — Desde quando a senhora pensou que o namoro falso continuaria falso é o final? — perguntou Joseph — Sei que é clichê o que vou dizer, mas os filmes de comédia romântica estão aí para comprovar o que falo.
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  — Joseph?! — o repreendi.
  Já me bastava Sophie insistindo que minha vida era uma fanfic, meu filho querendo transformar em romance de Hollywood era demais para mim.
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  — O Joe está certo mamãe. — Molly me olhou de forma sapeca — E o vizinho também gosta da senhora?
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  — Ao que tudo indica, sim, ele se confessou para mim ontem. — respondi com firmeza.
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  — Por isso jantou com ele? — indagou Joseph.
  — E sim, e ficamos somente no jantar. — assegurei a eles.
  Claro que os olhares de para mim indicavam segundas intenções, mas o deixei isolado em seu canto e voltei para minha casa após comermos o que tinha preparado.
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  — E vai se casar com ele? — perguntou Molly — Vou ter mais irmãos?
  — Molly? — a repreendi — Não seja tão rápida querida, relacionamentos não são assim.
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  — A senhora se casou com o papai grávida do Joe. — argumentou ela.
  — Não quer dizer que já se repetir dessa vez também. — assegurei a ela.
  Confesso que tinha traumas a respeito disso. E nem mesmo queria pensar sobre o assunto.
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  — Vamos tomar nosso café antes que esfrie. — alertei.
  As semanas se passaram e finalmente o tão esperado concurso de talentos de Molly chegou. Minha joaninha estava linda com o figurino presenteado por Sophie. Minha amiga me ajudou a prepará-la e juntas seguimos em seu carro para escola. Enviei uma mensagem para Carl o lembrando que tinha uma filha, por isso era necessário sua presença lá. Estranhei não ter visto desde a manhã, a casa estava fechada e ele não havia me enviado nenhuma mensagem.
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  Quando chegamos na escola, a professora de Molly a levou para o backstage improvisado atrás do palco do auditório, recém reformado. Me sentei na primeira fileira com Sophie e ficamos esperando. Mais pais e alunos foram chegando e se acomodando também. Fiquei olhando em volta, procurando por ele, voltei meu olhar para a tela do telefone esperando por pelo menos uma ligação.
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  — Não acredito que está assim por que aquele inútil do Carl não apareceu. — resmungou Sophie.
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  — Não, meus olhos procuram outra pessoa. — assegurei a ela.
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  — ? Já chegamos nesse nível? — ela me olhou com malícia.
  — Não começa Sophie. — fiquei um pouco insegura, será que ele havia se esquecido.
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  Minutos depois a diretora apareceu dando início as apresentações. Olhei para um grupinho de adolescentes à esquerda e Joseph estava no meio, certamente era mais divertido estar com seus amigos do que com a mãe e sua amiga doida. Carl para minha surpresa chegou duas apresentações antes da de Molly. Assim que minha joaninha se apresentou, não me segurei de orgulho e fui às escondidas para o backstage. Ser conhecida da diretora tinha suas vantagens.
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  — Minha joaninha, você arrasou! — disse a ela a abraçando apertado — Vai ser próxima estrela da Disney!
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  — Sério mamãe!? — ela abriu um sorriso largo de felicidade.
  — Sim, você foi impecável. — pisquei de leve para ela.
  Eu a abracei mais um pouco e voltei para meu lugar. Meus elogios foram confirmados assim que as apresentações se encerraram e Molly ganhou o segundo lugar, perdendo somente para um menino de talento vocal que cantou Amazing Grace com uma voz maravilhosa. No pátio da escola, Sophie a parabenizou mais um pouco e Carl se aproximou de nós.
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  — Olá joaninha, parabéns. — ele abraçou a filha — Me deixou orgulhoso.
  — Obrigada papai. — ela retribuiu o abraço — Da próxima vez vou ganhar o primeiro lugar.
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  — Disso eu não duvido. — disse Sophie confiante.
  — Oi . — Carl me olhou sério, seu olhar estava estranho.
  Ele se moveu para se aproximar mais de mim, porém algo vez seu corpo travar.
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  — Desculpe não ter me sentado com você querida. — apareceu do meu lado e me deu um selinho, deixando seu braço direito me envolver pelas costas e segurando em minha cintura — Mas vi tudo das portas do fundo.
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  — Fiquei preocupada que tivesse conseguido vir. — disse sentindo-me meio tensa pelo gesto dele.
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  — Oi Carl. — o olhou com tranquilidade.
  Vi os olhos de Carl ferver de raiva.
  — Preciso voltar ao escritório. — disse ele ao se afastar de nós — Te vejo amanhã joaninha.
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  Ele nem esperou Molly se despedir direito e sumiu entre as pessoas que estavam por lá.
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  — Nossa, o que um vizinho não faz. — Sophie falou em voz alta, mas só depois percebeu isso.
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  Meu olhar foi atravessado para ela.
  — Desculpa, me escapou. — ela soltou uma gargalhada maldosa.
  — Sem problemas. — me olhou — Está tudo bem?
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  — Sim. — assenti.
  — Então, posso convidá-las para o almoço? — perguntou ele.
  — Claro. — Sophie se adiantou de responder em meu lugar, só depois ela reparou meu olhar de desaprovação para ela — Se a quiser é claro.
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  — Vamos sim, vou chamar o Joseph. — disse me afastando deles.
  Foi bom e proveitoso deixar de se entrosasse e se apresentasse mais formalmente aos meus filhos. Com a ajuda de Sophie o ambiente ficou descontraído e divertido. Joseph tinha descoberto em nosso vizinho um possível rival para jogar FIFA, Street Fighter e Mortal Kombat com ele. O que me chocou muito ao saber que era fã de alguns games desde a infância. Mas claro, ele ainda era jovem, não tinha nada de mal nisso. 
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  O final de semana passou rápido. Segunda pela manhã estava eu terminando meu artigo sobre câncer de mama, para a edição especial de aniversário do Caderno Mulher. 
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  — Você vai precisar de mais alguma ajuda? — perguntou Lizzi assim que me entregou a pesquisa que tinha feito para mim.
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  — Não, eu vou inserir sua pesquisa após o almoço e apresentar ao chefe. — disse a ela, desligando o monitor do computador e pegando minha bolsa.
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  — Não vai almoçar com a gente? — perguntou Sunny.
  — Não, hoje tenho outro compromisso. — sorri de leve para elas.
  Eu não ia comentar ali na redação, mas meu almoço seria com . Quando saí do prédio do jornal, ele já me aguardava com sua moto. Coloquei o capacete e montei na garupa, já estava me habituando aquela sensação de liberdade. Chegamos em frente a um edifício bonito e moderno. Logo me lembrei do que Finn comentou sobre seu escritório de arquitetura. Minha suposição foi confirmada assim que descemos da moto e na recepção fomos recebidos pela secretária dele.
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   me mostrou todo o lugar que tinha sido projetado por ele e construído pela construtora da família. Surreal para mim confirmar que ele realmente tinha uma família aparentemente rica. era tão humilde e simples, principalmente no jeito de se vestir e a educação e gentileza que tratavam as pessoas. A maioria dos ricos de Manhattan que conhecia, eram esnobes. Ele desviava totalmente disso.
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  — E aqui é minha sala. — disse ele ao entrarmos.
  Moderna, minimalista e aconchegante. Era tudo que eu conseguia notar e descrever. O espaço também era amplos e muito bem aproveitado com a disposição dos móveis.
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  — Você gosta mesmo do conceito menos é mais. — comentei.
  — Conhece Mies Van Der Rohe? — perguntou ele.
  — Sou jornalista, tenho que conhecer um dos maiores arquitetos da história. — expliquei a ele.
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  — Tem arquitetos que não o conhece. — ele riu, depois ficou sério — Agora conhece metade de mim. 
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  — Não, eu diria que conheço 35% apenas. — o corrigi.
  — Só 35?! — ele se fez de indignado — Você não sabe o quão é difícil alguém entrar nessa sala?
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  — Não, mas gostei de saber agora. — eu sorri para ele — Fico feliz em poder te conhecer.
  — Quando vou poder conhecer suas amigas do jornal? — perguntou ele se aproximando mais de mim.
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  — Em breve. — eu barrei sua aproximação com minha mão — Antes preciso preparar o terreno.
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  Brinquei. Ele sorriu de canto e pegando em minha mão, me puxou para perto e me beijou com suavidade. Em segundos fomos cortados por sua assistente que entrou para avisar que nosso almoço tinha chegado. respirou fundo e pediu para que trouxesse em sua sala. Nosso cardápio foi comida japonesa. Fazia tempos que não comia.
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  Ele quis me levar de volta para o jornal, porém não deixei. Segui de táxi e na redação, terminei meu artigo. Assim que imprimi tudo, fui até a sala do chefe para lhe apresentar o que tinha escrito. Notei que ele tinha mudado toda a decoração da sala e estranhei. Foi então que o inimaginável me aconteceu.
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  — Eu venho lhe observando senhorita Miller. — disse Frederick ainda sentado em sua cadeira — Você é uma mulher muito interessante e atraente, para ser apenas divorciada.
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  — Me desculpe a franqueza senhor, mas gostaria que mantivesse o profissionalismo, minha vida privada não lhe diz respeito, e se acha algo sobre mim que não seja sobre o que escrevo, guarde para si. — fui seca e rigorosa nas palavras.
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  — E vejo que é reservada também. — ele se levantou da cadeira e se aproximou de mim — É uma pena que tenha falado assim, com as palavras certas pode ser uma mulher muito interessante, poderia ter tudo o que quiser nessa redação.
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  Senti meu corpo ferver de raiva por suas insinuações. 
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  — Eu só quero fazer o meu trabalho. — disse mostrando o artigo em minhas mãos.
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  — Que pena. — ele se aproximou mais e tocou em minha face.
  Senti meu corpo paralisar de repente, nunca tinha acontecido isso comigo.
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  — Eu poderia dar uma chance ao seu caderno. — ele foi se aproximando mais e mais até que tentou forçar um beijo.
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  Eu consegui me desviar dele e empurrei, então lhe dei um tapa em seguida.
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  — Nunca mais toque em mim. — disse nervosa e com medo do que ele pudesse me fazer.
  Ele arrancou o artigo de minha mão e o rasgou em minha frente o jogando no cesto de livro depois.
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  — Isso é o que faço com mulheres como você. — disse ele com arrogância — Saia da minha redação.
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  — Com prazer. — disse me afastando dele e saindo pela porta.
  Corri para o banheiro feminino e só então que meu lado emocional reagiu e eu desabei a chorar. Estava novamente desempregada. Tinha passado por uma situação horrível. Não queria me sentir vulnerável novamente, mas era assim que me sentia. Logo as meninas apareceram preocupadas comigo. No início me neguei a dizer o que tinha acontecido, não queria que nenhuma delas se prejudicassem. Mas se eu me calar, poderia acontecer com elas também. Contei tudo o que aconteceu. 
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  Lizzi ficou tão nervosa e com raiva que queria ir na sala de Frederick para socar sua cara. Mas não a deixaria fazer isso, a vida se encarregaria de dar o troco para ele. 
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  — Isso não pode ficar assim. — disse Sunny revoltada também.
  — Vou apresentar minha carta de demissão, mas antes farei a denúncia de assédio. — assegurei a elas — Mesmo que não dê em nada, farei a minha parte em denunciar.
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  — Estamos com você. — Beth me abraçou novamente — E vou me demitir também.
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  — Beth, e seu estágio? — a olhei preocupada.
  — Como posso trabalhar em um lugar com um sádico como esse? — ela tinha razão — Não me importo, depois arrumo outro.
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  — Eu também. — disse Sunny — Não fico aqui sem a .
  — Contem comigo. — disse Hill.
  — Mexeu com uma, mexeu com todas. — finalizou Lizzi.
  Eu olhei para elas emocionada. Seguimos juntas para o RH do jornal. Fiz minha denúncia, dei meu depoimento e também registrei a ocorrência na delegacia depois. Mandei uma mensagem a Sophie explicando resumidamente o que tinha acontecido e falando da demissão. Ela pediu que eu passasse em sua casa mais tarde. Ao final da tarde entregamos nossa carta de demissão e juntamos nossas coisas. Hill estava de carro, colocamos tudo em seu porta-malas. Ficamos um tempo sentadas nos bancos da recepção do prédio, olhando o tempo passar.
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  — E agora?! — perguntei.
  — Vamos comemorar. — sugeriu Lizzi — Abriu um bar aqui perto maravilhoso.
  — Hum… Ouvi falar que é muito bom mesmo. — disse Sunny — Vamos comemorar nossa demissão.
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  — Viva!! — disse Beth animada — Quem sabe não é um sinal, azar nas finanças sorte no amor. 
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  Brincou ela nos fazendo rir.
  — Não seria azar no jogo? — corrigi ela.
  — Na fase que eu ando, tá dando no mesmo. — assegurou ela.
  Nós rimos novamente. Entramos no carro de Hill e seguimos para o lugar proposto por Lizzi. Assim que chegamos, estava cheio de gente na fila de entrada. Curiosamente Lizzi conhecia um dos seguranças, que nos deixou entrar facilmente. Tinha muita gente dentro e só era sete da noite. Ela parecia despreocupadas por nossa condição financeira atual, porém eu só conseguia pensar nas contas chegando no final do mês comigo sem saber como pagar.
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  — Vamos fazer um brinde. — propôs Lizzi ao levantar seu copo.
  Elas tinham pedido algumas bebidas, e eu fiquei a água de coco, a única coisa além de água normal que não tinha álcool. Alguém tinha que se manter sóbria ali. 
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  — Vamos. — concordou Beth em sua segunda dose de gin.
  — Ok. — levantei meu modesto copo e brindei com elas.
  Lizzi, Sunny e Beth logo se levantaram e foram para pista de dança improvisada. Hill permaneceu sentada ali na mesa, jogando olhares para um jovem do outro lado do bar. Me senti meio desconfortável assim que o jovem se aproximou de nós e começou a conversar com ela. Me levantei discretamente da mesa com a desculpa de pegar mais água de coco.
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  — Obrigada. — disse assim que o barman me atendeu e se afastou.
  Me sentei na banqueta e fiquei olhando a todos. Em todas as vezes que frequentei lugares assim, era sempre com Sophie e as outras. Estava sendo uma experiência louca sair com as meninas do jornal. Agora elas já estavam em minha vida, e tinham se tornado amigas para mim. 
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  — Oi gata. — disse um homem ao se aproximar de mim.
  — Me desculpe, falou comigo? — o olhei confusa.
  — E com quem mais seria? — ele sorriu — Vejo que suas amigas te deixaram sozinha.
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  — Não estou sozinha.
  — Tem certeza. — ele se aproximou mais e eu levantei da banqueta de afastando dele — Adoraria que não se aproximasse.
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  — Que isso, só estou aqui para conversar. — disse ele ao segurar em meu braço.
  — Algum problema aqui? — perguntou o barman vendo que eu estava incomodada com a insistência do homem — Anthony.
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  Então este era o nome do sujeito. Para o barman saber o nome, é porque ele era mesmo causador de confusão.
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  — Não. — respondeu Anthony para ele.
  — Agradeço. — olhei para o barman — Eu estava indo ao banheiro.
  Me afastei dele e entrei no banheiro feminino. Me tranquei em um reservado e retirando o celular da bolsa…
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  — . — disse quase sussurrando.
  — ?! Que barulho é esse? Está tudo bem?
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  — Não.
  — O que houve?
  — Eu estou em um bar, minhas amigas do trabalho me trouxeram, estamos em uma comemoração, mas sinto que não deveria ter vindo.
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  — Aconteceu alguma coisa?
  — É que elas se apartaram de mim e um homem estranho se aproximou, eu tentei dispensar ele, mas ele parece não entender que eu não quero. — senti um certo desespero em minha voz — Eu quero ir embora, mas estou com medo dele me seguir até em casa e…
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  — Eu vou te buscar. — disse me interrompendo — Onde você está agora?
  — Dentro do banheiro feminino.
  — Me mande o endereço pelo whatsapp, chego em dez minutos. — ele encerrou a ligação.
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  Mais que depressa eu digitei o endereço e enviei a ele. Contei os dez minutos e saí do banheiro. Olhei entre as pessoas, aparentemente o cara chato tinha desaparecido, voltei para o bar assim seria mais fácil de me encontrar. Assim que me sentei na banqueta, o homem inconveniente chamado Anthony apareceu novamente.
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  — Aí está você! Achei que tivesse te perdido. — ele se sentou na banqueta ao lado — Posso te pagar uma bebida agora?
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  — Não, obrigada. — recusei — Eu não bebo.
  — Há sempre uma primeira vez gata. — ele esticou a mão direita para me tocar, porém foi parado por outra mão.
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  — Desculpe a demora querida. — a voz firme de soou perto do meu ouvido, assim como sua outra mão tocando em minha cintura.
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  Eu não sabia se ficava aliviada de ouvi-la, ou estremecida pela entonação.
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  — Seu amigo está te incomodando? — manteve seu olhar sério para o homem, que se soltou dele — Venha, vamos para um lugar mais tranquilo.
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  — Sim.
   deslizou sua mão por minhas costas e pegou em minha mão, me guiando para fora daquele lugar.
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  — A fila ainda está enorme. — disse assim que saímos e pude observar melhor a frente da Moonlight Club — Como conseguiu entrar?
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  Perguntei curiosa.
  — Eu conheço o dono daqui, tenho o meu nome na lista vip. — respondeu com propriedade.
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  — Sério?
  — Fui eu que fiz o projeto desse prédio, ele é um cliente antigo. — explicou ele.
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  — Falando assim, parece até que você tem 40 anos de profissão. — brinquei.
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  — Eu não, mas meu pai sim. — ele riu. 
  — Ele é arquiteto também?
  — Não, ele é engenheiro civil. — ele sorriu de leve — Não precisa me contar o motivo de estar aqui se não quiser.
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  Um frio veio na minha barriga com ele falando assim. Será que Sophie tinha dito algo.
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  — Posso te contar depois? — perguntei.
   permaneceu em silêncio, pegou o seu capacete e colocou, depois me entregou o outro.
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  — Vou te levar para casa. — disse ele montando na moto.
  — Bem. — eu mantive o capacete em minha mão — Eu não queria ir para casa agora.
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  — Para onde quer que eu te leve? — perguntou me olhando.
  — Não sei, mas estou aberta a sugestões. — respondi colocando o capacete.
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  — Sobe aí. — ele deu um sorriso meio malicioso que me deixou apreensiva, mas assenti assim mesmo.
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  Com o coração acelerado.
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“Mostre seu lado selvagem,
Isto é legal e penetrante,
Meu garoto. Tirem os garotos do sério!”

– The Boys / Girl’s Generation

11. Chef Lewis?

  Mesmo com o capacete, conseguia sentir a brisa passar por mim naquela moto. continuava a acelerar mais e mais, consequentemente eu me agarrava mais nele. Acho que era proposital, pelas suas risadas baixas a cada vez que puxava sua jaqueta. Não senti o tempo passar, mas notei que demorou até que ele tomasse uma direção certa e chegamos ao destino final.
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  Ao descer da moto e retirar o capacete, me deparei com um restaurante fechado. Estranhei a primeiro momento e fiquei insegura de entrar. deixou a moto próximo à entrada e me olhou intrigado. Certamente ele percebeu minha insegurança.
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  — O que foi? — perguntou ele — Não precisa ficar com medo.
  — Lembra dos 35%? — comentei com ele, meu olhar estava mesmo confuso e estranho, admito.
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  Ele riu com suavidade e segurou a minha mão.
  — Olha, se eu fosse um psicopata e fosse te matar, não seria aqui, pode ter certeza. — ele riu mais da minha cara — Você disse que eu poderia escolher.
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  — Mas não imaginei que me traria em um lugar assim. — retruquei.
  — Que namorada mais exigente. — brincou ele me fazendo rir agora — Me deixe te surpreender.
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  Assenti com a face e o deixei me guiar para dentro do lugar. Meu coração acelerou um pouco ao passarmos pela porta. A parte da recepção e o salão com as mesas parecia em reformas, com várias coisas fora do lugar, empoeirado e tudo revirado. Mas quando chegamos na cozinha, parecia outro lugar. Nunca imaginei que uma cozinha industrial pudesse ser tão linda, limpa e majestosa. Digna dos melhores chefs franceses.
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  — Uau. — disse olhando ao redor.
  Por mais que em minhas veias havia sangue de jornalista, o universo da gastronomia conseguia me envolver de uma forma inexplicável. De repente me deu uma louca vontade de cozinhar ali.
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  — Eu… — se pronunciou ele me fazendo sentar em uma banqueta ali perto — Quero que fique aqui e me observe.
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  — O que vai fazer? — perguntei curiosa.
  — Vou cozinhar para minha namorada. — ele sorriu de canto — Ela ficou com ciúmes de algumas panquecas que fiz para suas amigas.
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  Eu soltei uma gargalhada espontânea. Não acreditava que ele estava mesmo fazendo aquilo. era um sonho, um sonho que me deixava com medo de acordar para a realidade em minha vida.
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  — Hum… — mordi o lábio inferior o observando se afastar e colocar o avental branco — Surpreenda-me chef Lewis.
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  — Com prazer bella senhorita! — ele sorriu e voltou sua atenção para umas sacolas ao canto da geladeira.
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  Me debrucei sobre a bancada de trabalho de aço inox e fiquei o olhando. havia me dito que eu ficava sexy enquanto cozinhava. Ele não tinha noção do que me causava naquele momento. Um homem como ele cozinhando para mim era mais do que sexy. Se Sophie entrasse em minha mente agora para ver meus pensamentos pecaminosos, diria que estava lendo uma de suas fics restritas mais obscuras.
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  Acho que deveria me comportar internamente.
  — Você está bem silenciosa. — comentou ele enquanto fatiava em lâminas o pedaço de peito de frango.
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  O que será que ele planejava preparar?
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  — Estou apreciando a paisagem. — brinquei de forma ousada.
  — Hum… — ele sorriu de canto mantendo o olhar no que fazia — Se eu soubesse que gostava dessa paisagem, tinha feito a mais tempo.
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  Não diga isso… Não alimente minha imaginação… Isso não ajuda.
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  — O que você pretende com isso?! — cruzei os braços o olhando.
  — Te proporcionar as melhores noites da sua vida. — ele parou o trabalho com as mãos e me olhou.
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  Aquele olhar intenso e malicioso, que me deixava sem fôlego e ao mesmo tempo assustada.
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  — Se ficar me olhando assim, vai atrasar o jantar. — brinquei com ele.
  — Temos a noite toda pela frente. — ele se afastou da bancada e se aproximou de mim — A não ser, que tenha outros planos para amanhã de manhã.
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  — . — o parei com minha mão.
  — Do que está com medo? — perguntou ele deixando o olhar mais suave.
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  — Não estou com medo de nada. — sorri de leve.
  Ele segurou em minha mão e tomando impulso, me beijou de surpresa. Rendida, retribui o beijo e mantive meu rosto próximo ao dele depois. Meu coração acelerado e meu corpo trêmulo.
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  — O jantar. — sussurrei.
  Ele riu com leveza e se afastou.
  — Da próxima vez, será na minha casa. — alertou ele — Assim, não terá como fugir de mim.
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  Ele manteve um sorriso presunçoso no rosto e continuou a cozinhar. Em poucos minutos, o lugar todo foi tomado pelo aroma atrativo dos temperos que utilizava. Ele parecia conhecer bem cada uma das técnicas que utilizava, o que me intrigava um pouco. Desde quando sabia cozinhar com a perfeição de um verdadeiro chef de cozinha?
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  — Estou curiosa agora. — comentei o olhando colocar as batatas ao forno para gratinar, regadas a azeite grego e vinho branco.
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  — Sobre? — indagou.
  — Onde aprendeu a cozinhar. — expliquei a ele — A forma que prepara as coisas, não é de uma dona de casa comum como eu.
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  Brinquei com a colocação.
  — Quer saber mais 5% sobre mim? — brincou ele.
  — Quero.
  — Minha mãe é chef, e dona deste restaurante. — contou ele com tranquilidade.
  Meu corpo gelou quando ele usou a palavra mãe. O que me lembrou de seu convite para o natal. A insegurança voltou, ao pensar em como sua mãe reagiria a mim. Particularmente, eu não seria contra Joseph se relacionar com uma mulher mais velha. Claro que somente após a maioridade. Entretanto, nem todas as mães são compreensíveis e apoiam as escolhas dos filhos, como eu.
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  — Sua mãe… — respirei fundo.
  Agora me sentia uma colegial assustada.
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  — Não precisa ficar nervosa, minha mãe é uma pessoa legal. — contou ele — Ela está abrindo esta filial aqui em Manhattan, mas vai continuar na matriz em Los Angeles.
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  — Hum… — me encolhi um pouco.
  Agora estava explicado suas habilidades com a cozinha. E ainda teve coragem de dizer que nosso acordo de eu cozinhar para ele, era por me achar sexy de avental. Mercenário.
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  — Quer aproveitar para perguntar mais alguma coisa? — continuou ele, concentrado no que fazia.
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  — Tem irmãos? — perguntei.
  — Alguns… Talvez…
  — ?!
  Ele riu de mim.
  — Só vai conhecer minha família, se vier para nosso natal. — assegurou ele.
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  — Isso é uma chantagem?! — perguntei indignada.
  — Bem… — ele me olhou — Chantagem seria se eu me recusasse a te beijar se caso não fosse comigo, mas não sei se resistiria assim.
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  Ele sorriu com malícia.
  — Você é irresistível. — afirmou com firmeza.
  Meu coração acelerou um pouco com aquilo.
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  — Termine logo nosso jantar, estou ficando com fome. — disse mudando de assunto.
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  Ele riu de mim e continuou. De entrada, saboreamos salada caesar com croûtons, o prato principal contou com filé de frango à parmegiana, com arroz e batatas gratinadas. Tinha que admitir, ele cozinhava bem. Se aprendeu com a mãe, posso afirmar que se igualava ao meu filho Joseph no aprendizado.
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  — Então? — perguntou ele.
  — Congratulations. — sorri de leve para ele — Foi bom enquanto durou.
  — Pode durar o tempo que quiser. — ele sorriu de volta para mim — Eu sou todo seu, e posso ser a sobremesa.
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  Senti meu corpo arrepiar de leve, e respirei fundo. O olhar de não ajudava nem um pouco. Ele se aproximou mais para me beijar, porém meu celular tocou na hora. Era uma chamada de casa.
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  — Joseph?! — disse ao atender.
  — Mãe, tem algo de errado com a Molly, ela está passando mal. — disse meu filho mantendo a calma, mas com um tom preocupado.
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  — O que ela está sentindo? — perguntei já me preocupando.
  — Ela está vomitando desde a hora que cheguei da escola, e está com febre também. — explicou.
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  — Joseph, pegue os documentos da sua irmã e os seus, chame um táxi e leve ela ao hospital agora. — ordenei já me levantando da banqueta e pegando minha bolsa — Eu encontro vocês lá.
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  — Tudo bem. — assentiu meu filho.
  — O que aconteceu? — perguntou , assim que encerrei a ligação.
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  — Molly está passando mal, preciso ir. — expliquei a ele.
  — Eu te levo. — disse pegando os capacetes.
  Assenti sem hesitar. Eu tinha que chegar o mais rápido possível no hospital. Ele manteve a velocidade alta, se assegurando dos perigos do trânsito. Quando chegamos no hospital, Joseph também chegava com a irmã.
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  — Joaninha, o que está sentindo? — perguntei ao pegá-la no colo — Mamãe está aqui!
  — Minha barriga dói. — disse ela em sussurro.
  — Vamos levá-la para dentro. — disse ao cumprimentar com o olhar meu filho.
  Assenti e entramos.
  O médico pediatra de plantão nos atendeu prontamente. Para minha surpresa sempre, ele conhecia . O dr. Collins era simpático e educado, muito eficiente e conseguiu deixar Molly calma diante dos exames que teve que submetê-la. O diagnóstico final foi intoxicação alimentar. A forma que seu corpo encontrou para repelir e combater, foi através dos vômitos e da febre. Eles fizeram um breve procedimento de lavagem estomacal para limpar todos os vestígios restantes. Meu coração se partiu ao vê-la tão amuadinha com tudo aqui.
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  — Bem, esta mocinha vai ficar no soro por esta noite e amanhã se estiver tudo bem com ela, poderá ter alta. — disse o dr. Collins ao escrever algo em seu prontuário.
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  — Mas ela está mesmo bem? — disse me mantendo ao lado de minha filha, deitada na maca.
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  Continuei acariciando os cabelos dela.
  — Sim, o pior já passou. — assegurou o dr. — O fato dela ter vomitado foi nossa sorte, se as substâncias tivessem ficado mais tempo em seu organismo, o estrago poderia ser pior.
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  — Joaninha, não pode sair comendo as coisas sem saber se estão saudáveis. — eu a olhei com suavidade, mesmo tentando repreendê-la, estava com o coração apertado.
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  — Desculpa mamãe, eu estava com fome. — seu olhar choroso me deixou rendida.
  — Está tudo bem agora. — lhe dei um beijo na testa — Mamãe vai cuidar de você.
  Eu sorri para minha filha e pisquei de leve, então olhei para o dr.
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  — Agradeço pelos cuidados com ela. — disse um pouco mais aliviada.
  — Dr. Collins?! — uma funcionária entrou no quarto — Me desculpe atrapalhar, mas preciso que um dos pais assinem os documentos de internação e atendimento.
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  Ela falou: Um… dos… pais? Voltei meu olhar assustado para . Será que ela achou que ele é o pai de Molly?
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  — Eu resolvo isso. — disse com firmeza — Fique com ela.
  Ele saiu do quarto seguindo a funcionária para a recepção. Foi então que me lembrei toquei que não tinha plano de saúde e nem dinheiro para pagar as contas do hospital. Mais uma vez a realidade batia na minha porta de uma forma arrasadora. Engoli meu orgulho e revolta por minha situação financeira e enviei uma mensagem a Carl, dizendo o que tinha acontecido. Pedindo que viesse e pagasse a conta do hospital.
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  Não demorou muito, até que ele chegou. Deixei Joseph com Molly no quarto e segui para a recepção. Me deparei com Carl e se encarando em silêncio.
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  — Agradeço por vir. — disse ao Carl.
  — Eu sou o pai dela, é meu dever. — disse ele com o olhar prepotente.
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  Pelo menos tem consciência disso.
  — Mas parece que outra pessoa pagou a conta antes que eu chegasse. — disse ele num tom raivoso.
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  — ?! — olhei para ele que se manteve ao meu lado.
  — A recepcionista me pediu que pagasse antecipadamente enquanto preenchia a ficha. — explicou ele com tranquilidade.
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  — Me diga o valor que pagarei de volta. — disse Carl com sua arrogância.
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  — Não precisa, fiz isso pela . — retrucou .
  — Ah, pela . — Carl riu de forma debochada.
  — O que está querendo insinuar Carl? — perguntei a ele, já me irritando com aquele olhar superior.
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  — Agora entendo o motivo da minha filha estar internada. — disse ele.
  — O que? — eu fiquei ainda mais perplexa — Você pode explicar melhor?
  — Que belo papel de mãe, exemplar, agora estou vendo como cuida de nossos filhos, deixando Molly quase morrer intoxicada enquanto fica se agarrando com o vizinho da casa ao lado. — ele cuspiu suas palavras cheias de veneno.
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  Senti tomar impulso com seus punhos fechados. Certamente querendo socar a cara de Carl. Eu o impedi, colocando a mão em seu tórax, o parando no meio do caminho. Não queria causar uma confusão ali. Minha filha estava se convalescendo de um mal-estar.
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  — Deixa que eu resolvo. — assegurei a , então olhei para Carl — Minha vida particular não te interessa, e não interfere em nada no meu papel como mãe, é sim meu namorado, e posso afirmar que ele está bem mais presente na minha vida e na dos nossos filhos, do que você jamais esteve.
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  —
  — Vai embora Carl. — disse num tom firme com ele — Assim que nossa filha tiver alta, te mando uma mensagem.
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  Ele engoliu seco, de punhos fechados, olhando a aproximação do segurança do hospital. Se virou e seguiu em direção a saída. Eu respirei fundo, me sentindo cansada. me amparou com seus braços e me abraçou forte.
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  — Está tudo bem. — sussurrou ele para mim — Estarei aqui até quando quiser.
  — Obrigada — sussurrei de volta.
  Eu decidi passar a noite com Molly e pedi para levar Joseph para casa. Na manhã seguinte, mandei uma mensagem para Sophie, Molly teria que passar mais algum tempo no hospital até que sua flora intestinal estivesse restabelecida. Mais uma dor de cabeça para mim. Sem emprego, com a filha internada. O mundo parecia querer desabar sobre minha cabeça.
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  — Amiga, vim assim que pude. — disse ela ao entrar no quarto de Molly.
  Minha filha estava dormindo.
  — Sophie. — caminhei até ela e a abracei — Eu não sei se aguento sobreviver a tudo isso.
  — Calma amiga. — ela me abraçou forte — O que aconteceu? Você me falou um monte de coisas ao mesmo tempo, só consegui focar na Molly. Ela está bem?
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  — Sim, está. Felizmente está se recuperando bem. — respondi a ela.
  — Vamos tomar um café? Sua cara avisa que precisa. — brincou ela ao sorrir para mim.
  — Vamos, Molly ainda está dormindo, vou pedir a enfermeira para observá-la. — assenti.
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  Seguimos para a cafeteria do hospital e sentamos em uma mesa vazia. Pedimos dois cappuccinos e um brownie para cada uma.
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  — Ok, agora desabafa e me conta tudo do início. — pediu ela.
  — Qual início? — perguntei inocente.
  — Até domingo à noite você estava bem e animada com o artigo do jornal, agora está desempregada com a filha no hospital. — disse ela.
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  Eu suspirei fraco e comecei a contar toda a história, sem muitos detalhes nas partes envolvendo o vizinho para que ela mantivesse o foco. Quando cheguei na parte do editor Frederick, depois do homem do bar e encerrando com a frase de Carl na noite anterior… Os olhos raivoso de Sophie me deram medo, mas ela não estava errada.
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  — Eu ainda não entendo como você teve a coragem de impedir de socar ele. — ela parecia mais revoltada comigo.
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  — Sophie, estamos em um hospital, minha filha em repouso, o que eu menos queria era mais confusão. — expliquei a ela — Além do mais, as palavras de Carl deixaram de me afetar já faz tempo, o fato dele ter dito aquilo, só mostra que está com dor de cotovelo por meu namoro.
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  — Isso é um fato. — ela soltou uma gargalhada, mas se ponderou — Aquele ridículo do Carl achou que você entraria em depressão sem ele, e se afundaria correria atrás dele, pedindo para voltar.
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  — Ao contrário, agora estou vivendo a vida que nunca vivi ao lado dele. — completei — Vivendo minha liberdade.
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  — Viva a liberdade. — ela elevou o copo de cappuccino e sorriu animada — Mas e agora? Como fica, sem jornal, desempregada… Carl está pagando as contas do hospital né?
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  — Para ser honesta, quem está pagando é . — confessei.
  — Não brinca? — ela ficou boquiaberta — Gente, de onde esse saiu tem mais?
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  — Pare de bobeira Sophie. — eu bati no ombro dela — Deixa o Will saber disso.
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  — Ai, foi brincadeira. — ela riu debochada — Will sabe que só tenho olhos para ele e o Tony Stark, sou uma mulher muito fiel.
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  — Sei. — ri dela — E como estão indo?
  — Bem, tirando minha sogra e sua cobrança sobre querer netos, estou muito bem. — disse ela.
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  — Tem certeza? — eu a olhei mais séria — Sempre que tocamos nesse assunto, você foge dele e diz só que não está pronta para ter filhos.
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  — E não estou mesmo, ainda tenho muito para curtir antes de acordar de madrugada para trocar fraldas. — ela cruzou os braços — Não tenho essa vocação.
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  — Pois quando você segurar aquele bebê fofinho nos braços e sentir o calor do corpo dele, tenho certeza que nem vai se lembrar das fraldas. — ri de leve para ela, que me fez careta.
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  Dois dias acompanhando Molly no hospital, e finalmente ela teve alta. Voltamos para casa de táxi, não queria incomodar . Liguei para Carl pedindo que passasse em minha casa para pegar a receita médica. Nossa filha teria que tomar alguns remédios ainda. Ele disse que não podia e que estava viajando. Achei estranho aquilo, e mais uma vez me peguei preocupada com minha situação financeira. Como eu conseguiria manter a casa agora.
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  — Aqui mãe. — disse Joseph ao entrar em casa com algumas sacolas na mão.
  — O que é isso? — perguntei ao pegar as sacolas.
  — Os remédios da Molly. — respondeu ele.
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  — E como conseguiu dinheiro para isso? — perguntei a ele intrigada.
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  — Com meu trabalho. — respondeu com tranquilidade.
  — Trabalho? — como assim?
  — Consegui um trabalho de meio período em uma construtora, indicação do seu namorado. — explicou ele — É depois da aula e não atrapalha meus estudos, e aos sábados estou ganhando uma grana corando gramas também.
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  — Joseph…
  — Não precisa se sacrificar por nós. — meu filho se aproximou de mim e segurou em minha mão — Eu quero te ajudar mãe.
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  — Querido, deveria estar focado nos estudos, eu sou a sua mãe, essas questões de dinheiro… — tentei argumentar, mas o olhar dele era firme diante de mim — Tudo bem, mas se eu ver que vai te atrapalhar em algo.
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  — Não vai, eu juro. — assegurou ele — Ainda serei o melhor aluno da turma.
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  Eu sorri de leve e lhe dei um beijo na testa.
  — Você é o melhor filho do mundo. — disse a ele com toda certeza.
  — Isso me deixou com ciúmes. — disse ao aparecer na porta para a cozinha.
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  Eu o olhei assustada.
  — Não me olhem assim, vocês deixaram a porta da cozinha aberta. — alertou ele.
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  — Acho que fui eu. — admiti.
  — Eu tenho que ir agora mãe, meu trabalho de meio período me espera. — disse Joe se afastando de mim.
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  — Até mais tarde e cuidado. — o olhei com carinho até sair e fechar a porta.
  Então voltei meu olhar sério para .
  — O que eu fiz de errado agora? — perguntou ele vindo até mim.
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  — Que história é essa de conseguir um emprego para meu filho? — disse parando-o com minha mão direita.
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  — Eu ia te contar, mas ele me pediu segredo até ele contar pessoalmente. — explicou ele — Não queria trair a confiança do seu filho.
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  Aquilo me balançou.
  — Tudo bem. — abaixei a mão — E que construtora é essa?
  — De um amigo do meu pai, sempre executa meus projetos, assim tenho alguém pra ficar de olho nele e não vão deixar que se machuque, a remuneração também é boa. — ele sorriu e piscou de leve — Ainda está brava?
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  — Como sabe quando estou brava?! — perguntei curiosa.
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  — Você fica atraente brava. — ele sorriu de canto.
  — Pare com essas colocações para mim. — me afastei dele — Mas… Obrigada pelo problema com o hospital.
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  O valor excedente também havia sido pago por ele. Isso me deixava um pouco envergonhada.
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  — Está tudo bem, foi um prazer ajudar. — disse ele tranquilamente.
  Eu suspirei e sentei no sofá. Fechei meus olhos e um turbilhão de pensamentos veio em minha mente. Até que tudo ficou estático e em branco, quando me beijou de surpresa. Retribui o beijo, sentindo seu corpo mais próximo do meu, me fazendo arrepiar um pouco quando sua mão tocou em minha cintura.
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  — Mamãe?! — a voz de Molly nos fez afastar da forma mais rápida possível.
  — Oi querida. — olhei para ela e depois para ele que segurava o riso — Está tudo bem?
  — Estou com fome. — disse ela.
  — Então, o tio vai te preparar a melhor sopa de legumes do mundo. — ele se levantou do sofá — E te garanto que é melhor que da sua mãe.
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  — Sério?! — Molly se empolgou um pouco — Eu duvido.
  — Então venha comigo e observe o chef Lewis em ação. — disse ele ao segurar em sua mão e levá-la para cozinha.
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  Eu me pegue boba e paralisada apreciando a cena. Quantas vezes desejei que Carl agisse assim com nossa família, mas era sempre tão frio. Balancei a cabeça negativamente afastando os pensamentos de comparação. Carl era passado, e a única coisa que compartilhava com ele, eram nossos filhos. Me levantei do sofá e fui para cozinha, me sentei na cadeira ao lado de Molly e fiquei observando o vizinho abusado preparar a tal sopa.
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  Quando ele terminou e serviu minha joaninha, ela tomou tudo sem dar um pio.
  — Então?! — perguntou ansiosa por seu comentário.
  — Hum… Acho que já pode se casar com a mamãe. — disse ela abrindo um largo sorriso — Está mesmo mais gostosa.
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  — Ah, traidora. — olhei para ela me fazendo de ofendida e indignada.
  — Você ouviu?! — me olhou com malícia — Ela disse que podemos nos casar.
  — Pare de dar essas ideias mocinha, e venha comigo que a ordem médica é repouso. — ela a peguei pela mão e a levei para o quarto.
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  Deixei o notebook próximo da sua cama para que pudesse ver alguns desenhos na Netflix. Então voltei para a cozinha e me deparei com lavando as vasilhas sujas.
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  — Se continuar assim, vou deixar você arrumar toda a casa, que está uma bagunça. — comentei brincando.
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  — Você quer? — ele desligou a torneira e me olhou sério.
  — Era brincadeira. — disse a ele.
  — Eu nunca brinco. — ele sorriu de leve e veio me dar um selinho — Descanse que eu arrumo sua casa.
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  — , para, não precisa. — eu segurei em sua mão — Daqui a pouco vou ter que concordar com a Sophie e dizer que isso aqui virou uma fanfic.
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  — Por que?
  — É surreal o que está fazendo por mim. — disse a ele.
  — Esqueça o tradicional e vamos viver a nossa realidade. — ele segurou em minha cintura e me aproximou dele — Me deixe cuidar de você.
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  — Não sei se…
  — Não diga nem mais uma palavra. — ele sorriu de canto — Agora, deite naquele sofá e deixe que seu namorado faxine sua casa.
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  — O que você pretende com isso, me fazer fantasiar coisas em minha cabeça? — indaguei.
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  — Hum… Eu não tinha pensado nesse contexto, senhorita você está me saindo muito provocante agora, depois sou eu que tenho pensamentos pecaminosos. — ele brincou.
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  — Eu não disse nada comprometedor. — em minha defesa.
  — Mas tenho certeza que pensou. — ele se afastou de piscou de leve — Se quiser mais alguma coisa de mim além de beijos, só me chamar.
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  Ele saiu da cozinha me deixando mais sem reação ainda.
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  Estava me limitando a mão pensar no “mais alguma coisa além de beijos”.
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Pele com pele
Meu coração se desarma
Você me faz bem
Acendes luzes na minha alma

– Creo en Ti / Lunafly

12. Jantar dos Amigos

  Mais do que impressionada, eu estava estática. Ver faxinando minha casa, era como viver um daqueles filmes de comédia romântica que Sophie amava fazer maratonas. Tirei uma foto discreta dele lavando a privada do lavabo do andar de baixo e enviei a minha amiga. Suas respostas foram vários emoticons safados. Que vergonha olhar para tela do meu celular. Permaneci no sofá o observando até que finalmente ele terminou e sentou ao meu lado. Agindo como se nada tivesse acontecido.
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  — Olhando-o assim, nem parece estar cansado. — comentei mantendo o olhar nele.
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  — Tem algumas coisas pelas quais eu certamente não estaria cansado. — confessou ele voltando seu olhar para mim.
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  — Tarado. — disse chocada.
  — ? — ele me olhou confuso — Do que acha que estou falando? Eu ia dizer que não estou cansado demais para comer, minha barriga tem dado sinais de fome.
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  Ele lançou um olhar desconfiado.
  — Você viu duplo sentido no que eu disse? — ele riu — Olha só…
  — Não comece com insinuações. — o cortei me levantando do sofá — Isso é culpa da Sophie, tenho andado muito com ela.
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  Ele não me deixou afastar e pegando em minha mão, me puxou para cima dele. Caí em seu colo e ele aproveitando a deixa, me beijou de leve. Depois eu comecei a rir de leve, cortando totalmente o clima dele.
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  — O que foi?! — perguntou ele confuso.
  — Você está cheirando a banheiro e suor. — continuei rindo mais ainda, e ele riu junto.
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  Então movendo nosso corpo, ele deitou minhas costas no sofá, ficando por cima e me olhando com intensidade.
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  — Podemos tomar banho juntos. — sugeriu ele sorrindo de canto.
  — Abusado. — eu o empurrei, fazendo-o cair no tapete.
  Ele riu de mim e se levantou.
  — Vou me retirar então. — ele fez um olhar de menino abandonado.
  — Volte depois do banho, eu te preparo um lanche. — eu disse e ele me olhou — Você merece depois de limpar toda a casa. — expliquei.
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  — Acho que merecia bem mais que um lanche. — sugestivo ele.
  — Vá tomar banho, e que seja um banho frio. — disse apontando para a porta da cozinha.
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  Ele saiu em gargalhadas, comigo rindo junto também. Eu fiquei na cozinha por alguns minutos preparando seu lanche. Foi quando notei a porta do porão entreaberta. Tinha o visto carregando sacos pretos e pesados para lá. Fiquei curiosa para saber o que realmente era. Minha casa não estava tão suja assim. Para minha surpresa, não tinha feito só uma simples faxina, mas juntado alguns objetos e roupas que tinha deixados em cima do guarda-roupas dos quartos.
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  Eram coisas que não usávamos mais. Ia estocando lá.
  — Você guarda muita coisa desnecessária. — comentou ele aparecendo na escada que descia para o porão.
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  — Você encontrou tudo isso? — estava boquiaberta.
  — Vou ser sincero, não vai poder deixar aqui no porão. — terminou de descer e seguiu até mim — Já sabe o que vai fazer?
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  — Tem coisas aqui que estão praticamente novas, seria uma pena jogar no lixo. — comentei ao olhar para o abajur de joaninha de Molly que estragou e nunca mandei para o conserto.
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  — Porque não monta um bazar de garagem? — sugeriu ele — Assim se desfaz daquilo que ainda vale algo e ganha dinheiro.
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  — Hum… — pensei no que disse — Não é uma má ideia, preciso mesmo de dinheiro.
  — Tenho certeza que se você procurar por mais coisas, vai encontrar. — instigou ele.
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  — Hum… Vou propor essa sugestão aos meus filhos logo mais à noite e…
  — E?
  — Você me ajudaria? A consertar os que estão estragados para vendê-los também? — perguntei.
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  — Claro, mais quero um beijo em troca. — barganhou.
  — Só um? — me fiz de chateada — Eu estava disposta a dar dois.
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  — Então vou querer dois. — ele se aproximou mais e me puxou pela cintura.
  — Não, não, vai ser somente um agora. — dei um selinho rápido nele e ri — Pronto, negócio fechado.
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  — Como se somente isso me satisfizesse. — ele me olhou com malícia e me beijou com mais intensidade e doçura.
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  Após o beijo, voltamos para a cozinha e ele comeu o lanche.
  A semana passou lenta e calma. Recebi algumas mensagens das meninas do jornal, dizendo que estavam fazendo alguns trabalhos freelancer. Sunny me indicou alguns em que ela atuava como diagramadora, e aceitei os trabalhos de revisora de textos. Lizzi me enviou alguns também que me ajudaram a pagar as contas. Tinha juntado economias com o que sobrava do salário do NT Post, o que ajudava também.
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   como prometido, me ajudou com o conserto de algumas coisas, o restante que não tinha salvação foi para o caminhão do lixo. Eu juntei algumas roupas minhas também, da joaninha que não lhe serviam mais e de Joe. Fiquei admirada e emocionada quando Molly pegou de própria vontade os brinquedos que não brincava mais e me entregou em uma caixa, para que vendesse. Ela também queria ajudar da forma que podia. Joseph juntou alguns jogos guardados no fundo da gaveta e vendeu em um site para gamers, assim como seu super Nintendo ganhado do avô.
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  Ver meu filho se desfazendo de algo que gostava tanto, me cortou o coração. Me senti deprimida e chateada comigo mesma. Não poder ser uma mãe que sustenta seus filhos sem precisar fazer todo aquele sacrifício. O bazar aconteceu naquele final de semana na casa dos meus pais. Eles também se propuseram a ajudar. O espaço da varanda frontal deles era grande e minha mãe conhecia muitas pessoas.
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  Fiquei surpresa por ela mesmo ter oferecido para me ajudar.
  — Querida, não chore assim. — disse meu pai após meu desabafo na cozinha da casa dele.
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  Ele me abraçou forte, me fazendo sentir conforto e segurança. Chorei ainda mais.
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  — Vai ficar tudo bem. — sua voz continuava suave.
  — Sou uma péssima mãe. — disse me sentindo culpada por nossa fracassada situação financeira.
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  — Não diga isso , você é uma mãe maravilhosa que está lutando com bravura para dar um bom exemplo ao seus filhos. — assegurou ele — Nem toda mulher tem a coragem que teve para sair daquele lugar tóxico que é aquele jornal.
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  — Pai. — meu olhar marejados de lágrimas, sendo secados por ele.
  — Eu me orgulho de você minha querida. — disse ele ao sorrir para mim — E sua mãe também, mesmo não querendo admitir.
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  Eu sorri de leve.
  — E a propósito, ela gostou do seu vizinho. — afirmou ele.
  Minha mãe? Gostou do ? Por essa eu não esperava.
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  — Papai, você tem certeza? — perguntei.
  — Claro que tenho, aquele olhar sorrateiro dela significa aprovação. — garantiu.
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  Eu não sabia se ficava aliviada ou mais apreensiva com aquilo. Vindo da minha mãe, esperava tudo. Margareth também participou, levando algumas coisas dela que não usava mais, para que eu vendesse e ficasse com a grana. Sophie também entrou na força tarefa levando algumas coisas que ela e Will não utilizada mais, porém não pôde ficar, pois almoçaria na casa dos pais do marido.
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  Mas é claro que minha amiga me convocou para jantar em sua casa acompanhada de e as crianças.
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  — Você sim, me parece ser um genro digno da minha filha, é uma pena que tenham se conhecido só agora, se fosse há 16 anos atrás ela não teria feito um mal casamento. — comentou minha mãe, assim que entramos para casa, após vender tudo, sabia que ela não perderia a oportunidade — Mas é claro que naquela época você certamente era só uma criança.
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  Ok. Aquilo já era demais até para ela.
  — Pois é, me desculpa por ter atrasado, mas antes tarde do que nunca. — disse ao me puxar pela cintura e me beijar na frente deles.
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  Que ousado e abusado! Ignorou totalmente o comentário inoportuno de minha mãe. Eu estava transbordando de vergonha, mas não resisti aquele beijo e retribui. Ele abriu um sorriso malicioso depois e piscou de leve. Confesso, meu coração acelerou.
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  — Bem, acho que está na hora de ir. — disse Marg ao se aproximar do filho, vi no olhar de minha irmã o constrangimento pelo beijo visto — Mark deve chegar de viagem em algumas horas, quero estar em casa quando ele chegar.
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  — Nós também estamos indo. — disse ao olhar para meus filhos.
  — Eu dormi aqui hoje mamãe. — pediu Molly.
  — Deixe-os aqui queria, tire a noite para descansar um pouco. — disse meu pai.
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  Margareth me lançou um olhar malicioso e sugestivo, me lembrava Sophie agora. Até minha irmã foi corrompida por minha amiga.
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  — Tudo bem então. — olhei para Joseph — Você quer ficar também?
  — Pode ser. — disse ele.
  Assenti e nos despedimos. Antes que ir embora voltei na cozinha para buscar minha bolsa. Minha mãe já se preparava para fazer o jantar.
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  — Estou indo, até mais.
  — . — ela me chamou.
  — Lamento pelo que te aconteceu no jornal. — disse num tom brando — Coisas assim não deveria acontecer com nenhuma mulher.
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  — Agradeço a empatia. — disse honestamente.
  — Mas…
  — Sim?!
  Lá vem bomba. Respirei fundo, me preparando para o que ela iria dizer.
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  — Quanto ao seu namorado…
  — O que tem ? — a olhei seriamente.
  — Estou feliz que tenha encontrado um homem legal, gentil, educado e prestativo, sem dúvidas mil vezes melhor que o Carl. — o elogio me pegou de surpresa — Mas me deixa preocupada com você.
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  — Preocupada?! — me intrigou.
  — Fico preocupada de acontecer o mesmo com este rapaz e você engravidar dele também antes de completarem um ano de namoro. — agora ela foi clara e direta em suas palavras — Ele é mais jovem que você .
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  Este era o fato de minha vida que minha mãe jamais me deixaria esquecer. Seu esporte favorito era me lembrar do meu erro do passado em ter sido mãe muito jovem. Reprimi as lágrimas, tentando não me abalar mais. Já estava sensível por tantos problemas que enfrentava.
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  — Não se preocupe quanto a isso. — a voz de atrás de mim, fez minhas pernas fraquejarem — Meu desejo é que viva com toda a liberdade que lhe foi negada e realize todos os sonhos reprimidos.
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  Ele segurou em minha mão, entrelaçando nossos dedos.
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  — E se ela quiser ter um filho meu, não vou me opor a ideia, pelo contrário, acho fascinante. — seu tom ficou mais intenso com um toque de malícia.
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  — Admiro suas palavras, eu só quero o melhor para minha filha, e que ela não sofra novamente por ser traída ou algo pior. — explicou minha mãe.
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  — Ela não vai… — se manteve firme e seguro em suas palavras — É real até quando ela quiser.
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  Aquela frase ainda me arrepiava.
  — Vamos . — disse quase em sussurro.
  — Foi um prazer conhecê-la. — disse ele ainda encarando minha mãe — E aproveitando a oportunidade, queria dizer que este ano vai passar o natal comigo e minha família em Los Angeles.
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  — Ah. — minha mãe se viu sem reação.
  — Boa noite. — disse ele.
  Me despedi dela com um sorriso fraco e segui para sala ainda de mãos dadas com ele. Dei boa noite aos meus filhos e pedi que se comportassem. Da casa dos meus pais, seguimos para o apartamento de Sophie. Se eu não aparecesse lá aquele dia, ela me mataria.
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  — Vocês vieram! — disse ela empolgada assim que abriu a porta para nós.
  — Sim, fiquei com medo da sua ameaça. — disse rindo dela e entrando — Boa noite Will.
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  — . — ele veio me cumprimentar — Quando Sophie disse que viria para o jantar, eu entendi que ela estava cansada da minha comida.
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  — Deixa de drama Will. — ela o olhou e depois se voltou para o vizinho — Bem vindo .
  — Obrigado.
  — , este é Will, marido da Sophie. — disse os apresentando— Will, este é , meu namorado.
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  — O famoso . — disse Will ao cumprimentá-lo — Sophie fala tanto de você e da que quase fiquei com ciúmes.
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  — Nem precisa. — Sophie fechou a porta e olhou para o marido.
  — Queria poder dizer o mesmo a seu respeito. — ficou meio envergonhado.
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  — Viu, com certeza ela só se lembra do tal Tony Stark. — Will fingiu uma cena de ciúmes — Deveria ter se casado com ele, cansei dessa vida de amante.
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  — Amor. — Sophie se aproximou dele e envolvendo os braços em seu pescoço, o beijou com intensidade.
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  Eu ri desviando o olhar com vergonha dos dois.
  — Sophie, você tem visitas. — a lembrei, rindo mais.
  — Me desculpem, é que este homem é muito temperamental. — brincou ela dando um selinho nele.
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  — Mais tarde eu te mostro o temperamental. — disse Will com malícia.
  — Hum… — minha amiga piscou para ele.
  E agora era eu a constrangida no ambiente.
  — Sophie, foco! — eu disse.
  — Verdade. — ela riu — Desculpa , mas com o tempo você se acostuma.
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  Ele assentiu rindo.
  — Garotos, divirtam-se que as meninas aqui vão produzir o jantar. — disse minha amiga com ar de mestre cuca.
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  — As meninas, você quer dizer a não é?! — Will riu dela — Quer enganar a visita? Você não sabe nem fritar um ovo.
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  — Ai Will, ele não precisava saber na primeira visita. — ela se fez de ofendida — Deleta isso da sua memória.
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  — Tudo bem. — parecia se divertir com aquele loucura dos meus amigos.
  Eu peguei no braço de Sophie e a puxei para a cozinha. Como sempre, tudo que tinha na sua geladeira estava em cima da pia. Comecei a separar as coisas e pensar no que poderia fazer.
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  — Que pena que as crianças não vieram. — comentou ela me observando — Mas gostei da noite dos adultos.
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  — Já tem mesmo muito tempo que não dormem na casa dos meus pais. — ignorei o tom malicioso dela.
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  — Hum… E como foi a venda das coisas?
  — Conseguimos vender tudo e rendeu uma grana boa. — respondi mantendo minha concentração no que fazia — Vou deixar guardado para emergência e continuar fazendo os trabalhos freelancer que as meninas estão conseguindo para mim.
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  — Estou feliz que elas não se esqueceram de você. — Sophie pareceu agradecida também.
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  — Sim, elas são muito fofas comigo. — assegurei.
  — Estou aqui pensando, a gente podia fazer mais vezes esses jantares de adultos, imagina os homens cozinhando na próxima vez. — instigou ela — Will fica… Hum… Me dá até calor vendo ele com avental manejando uma faca.
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  — Apaga esse fogo Sophie e deixa seus desejos obscuros para depois que eu for embora. — ri da careta que ela me fez.
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  — E você?! Como será o final da noite?
  — Será comigo dormindo na minha cama. — assegurei a ela — Estou morrendo de cansada, passamos a semana inteira preparando esse bazar nos meus pais.
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  — Que sem graça. — ela me olhou desapontada.
  — Já disse para parar de pensamentos obscuros. — a repreendi.
  — Tá, e por falar em pais, como foi com sua mãe? E o vizinho? O que ela achou? — o olhar curioso de Sophie estava mais forte.
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  — Olha, para ser sincera me surpreendi. — confessei ainda em choque — Minha mãe gostou dele.
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  — O que?! — ela quase soltou um grito, e então se acalmou — A dona Agnes? Tem certeza que estamos falando da mesma pessoa?
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  — É, também estou reagindo assim. — confirmei — É claro que ela não perdeu a oportunidade de me criticar pela idade dele…
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  — Sua mãe sendo sua mãe. — comentou Sophie.
  — Sim, e acredita que antes de irmos embora ela simplesmente falou que estava preocupada de eu engravidar do em menos de um ano de relacionamento. — olhei para minha amiga indignada — Minha mãe.
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  — Disso eu não me espanto. — confessou ela — E como você reagiu a isso?
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  — Eu não reagi, mas sim.
  — Oi?! — ela se assustou.
  Repetir as palavras de com toda a entonação foi complicado, mas consegui reproduzir a essência disso.
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  — O vizinho disse isso? — ela estava boquiaberta.
  — Sim, com todas essas palavras. — afirmei — E antes disso ele me beijou na frente dos meus pais, depois que ela disse que eu deveria tê-lo conhecido há 16 anos atrás, mas ele era uma criança.
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  — Queria ter sido uma mosca para ver essa cena. — Sophie lançou um olhar de tristeza — Porque eu tive que ir aquele almoço chato, com toda essa movimentação na casa dos seus pais.
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  Sua revolta era visível.
  — Mas estou te contando agora amiga. — a consolei.
  — Não é a mesma coisa, cenas assim nem nas minhas fics acontecem. — ela fechou a cara e cruzou os braços emburrada — O mesmo foi quando me contou que ele fez a faxina em sua casa.
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  — Nem sei porque te contei. — ri dela.
  — Contou para alimentar minha fanfic da vida real. — explicou ela — E ai de você se me deixar no escuro.
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  Suas ameaças eram a parte mais engraçada de nossa amizade.
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  Os dias se passaram e com as férias de verão, permiti que Joseph passasse na casa dos avós de seu amigo Simon. O curioso é que minha afilhada Jenie, filha do Finn era prima deste menino. Será que ela também ia? Molly passaria as férias na casa dos pais de Carl. Mesmo eles não gostando de mim, era apaixonados pela minha joaninha e faziam muitos dos seus gostos. Eu a deixava passar as férias de verão com eles, pelo amor que tinha por meus dois filhos. Então, tinha certeza que seria bem tratada lá.
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  Enfim, eu passaria algum tempo sozinha naquela casa.
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  Após imprevistos, muitas vezes adiando, finalmente a noite do Jantar dos Amigos chegou.
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  — , finalmente chegou. — disse Freya ao abrir a porta de sua casa na área nobre de Manhattan para nós — Você sempre é tão pontual.
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  — Boa noite Freya, tivemos outro compromisso antes daqui. — disse a ela, mantendo-me de mãos dadas com .
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  — Boa noite. — ele se manteve sério para ela como sempre.
   já havia mencionado para mim seus pensamentos sobre minhas amigas. Só havia visto elas uma vez na noite das garotas e foi o suficiente para se simpatizar somente por Sophie, e Annia talvez. Entramos e já tinha vários conhecidos dos tempos de colégio. Claro que Freya não convidaria somente o nosso círculo de amizades. Ela ostentaria a casa de seu marido atual, sem medo e sem vergonha.
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  — . — Sophie veio me abraçar.
  — Sophie. — soltei de leve a mão de e retribui o abraço de minha amiga — E o Will? Pode vir?
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  — Ele vai chegar mais tarde, ainda está de plantão. — ela fez uma cara triste — Tem tido muita demanda no hospital, eles estão acabando com meu marido, quase não sobra partes dele para mim.
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  — Falando assim, você está sendo dramática. — a repreendi — Will sempre te deu atenção.
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  Ela fez careta e olhou para meu namorado.
  — , que bom que veio. — disse ela.
  — Não deixaria a vir sozinha. — assegurou ele, voltando a segurar minha mão.
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  — Hum… — os olhos de Sophie brilharam — Vocês dois me orgulham!
  A cada amigo que me parava pelo caminho até o jardim, onde acontecia a recepção, eu apresentava sob olhares surpresos e curiosos. Sophie cochichou em meu ouvido que Carl havia chegado sozinho, e já estava entornando todas que podia. Eu soltei um suspiro cansado ou vê-lo com o copo de tequila na mão conversando com James, o marido de Lauren. se manteve todo o tempo perto de mim, até que Rodnei, o marido de Freya o reconheceu de um projeto que meu namorado fez para ele e o arrastou para uma conversa bem animada. Me aproximei das meninas e Sophie estava aos risos com Marg.
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  — Margareth, achei que não viria. — comentei surpresa ao vê-la.
  — Me dei esse encontro de presente, pois não aguento mais aquilo que chamo de marido. — respondeu ela tentando manter a calma — Acabei de chegar e preciso encher a cara.
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  — Só não te ofereço o quarto de visitas, porque eu e Will temos planos para madrugada, aproveitamos cada segundo das folgas dele entre os plantões. — disse Sophie sem receio de sua malícia na voz.
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  — Não se preocupe Sophie, a Marg vai lá pra casa — disse Annia eu pegar um drink da bandeja do garçom que passava — Vamos fazer maratona de O diário de Bridget Jones.
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  — Aih, eu amo esse filme. — disse Lauren, com um olhar desejoso — É uma pena que não posso ir também, daqui eu e James vamos embarcar para Washington.
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  — Olha só, nosso deputado nem foi eleito ainda e já está dando seus passeios entre os grandes. — brincou Sophie.
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  — Pois é, ser um democrata não é fácil. — assegurou ela — E você , ficamos na aposta se traria ou não o namorado.
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  — E porque ela não traria? — Sophie colocou a mão na cintura.
  Aquele era meu fã clube.
  — Vamos deixar o assunto meu namorado e falar de outra coisa? — sugeri — Afinal, não estamos aqui para falar da minha vida pessoal.
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  Sophie me olhou com orgulho e aprovação.
  — Então falemos de algo tão legal quanto. — disse Annia — Estou pensando em voltar a trabalhar.
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  — Sério amiga?! — Lauren a olhou surpresa.
  — Sim, andei tendo algumas conversas boas com e decidi voltar a dar aulas. — confirmou ela — Eu sempre gostei, é o que amo fazer, e só me afastei pela doença do George, então vou conversar com a diretora Joyce para retornar em meu cargo como professora de matemática.
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  — Fico muito feliz por você Annia. — eu a abracei — É libertador ser independente, demorei um pouco para descobrir isso.
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  — E por falar em liberdade… — Lauren lançou um olhar discreto para o lado — Suas correntes do passado não para de secar você com os olhos, desde que entrou no jardim.
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  — Não me importo mais com o Carl, que seque bem longe de mim. — disse com confiança.
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  — Faz bem falar assim. — Marg me apoiou — E vocês não vão acreditar, minha mãe aprovou o .
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  — Oi? — Lauren ficou boquiaberta com a notícia — Dona Agnes Miller?
  — A própria. — confirmou minha irmã.
  — O que um vizinho não consegue. — brincou Sophie rindo.
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  — Quando foi que o assunto voltou para o meu namorado? — olhei sério para elas.
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  — Desculpa nada, mas esse ano o assunto principal sempre será você. — Annia também riu de mim.
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  Continuamos a conversar mais um pouco, até que se aproximou de mim e me puxou discretamente para mais perto dele. Me contou superficialmente sobre as novas instalações de sua concessionária, que Rodnei queria que fosse projetada por ele. Só meu vizinho mesmo para fazer negócios em meio ao jantar dos meus amigos. O jantar também foi servido no jardim. estava se esforçando, seu desconforto pelos olhares de Carl para mim era visível. Pouco antes da sobremesa ser servida, uma jovem se aproximou de nós com certa intimidade.
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  — Lewis?! Não acredito, eu sabia que era você. — disse a garota ao abraçá-lo, sem cerimônias e importar com minha presença.
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  — Stacy, é surpreendente encontrá-la aqui. — me aproximou mais dele, mantendo nossos dedos entrelaçados — Esta é , minha namorada.
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  — Uau, namorada. — seu olhar parecia mais surpreso ainda — Prazer .
  — Prazer. — disse forçando um sorriso gentil para ela.
  — Que loucura, eu nunca imaginei você namorando com uma mulher mais… Velha. — comentou a menina — Sem ofensas.
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  — Não ofendeu. — já não gostei dela.
  — é muito mais do que somente mais velha do que eu. — disse ele num tom seco e frio.
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  Parecia ter ficado bravo com o comentário da aparente amiga.
  — Me desculpa. — ela ficou sem graça por isso — Vocês conhecem o John? Eu vim com ele.
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  — Sim. — eu respondi — O conheço de algum tempo, sou amiga da Lauren.
  John trabalhava com James na política, agora como seu assessor de campanha e braço direito. Muito prestativo, mas o achava um mau caráter. Tinha coragem de deixar sua esposa em casa e levar acompanhantes mais jovens nas festas e recepções que comparecia. Homens como ele me davam nojo. E pensando mais a fundo, era o que Carl fazia comigo.
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  — Hum… , poderíamos falar a sós? Quero perguntar algo pessoal. — pediu Stacy.
   me olhou e eu assenti com o olhar. Então o observei se afastar com a amiga. O que me fez corroer de curiosidade. Mas eu não iria invadir a privacidade dele. Mantive todo o meu olhar naquela porta. Eu senti sede, mas como os funcionário só serviam drinks, entrei na cozinha pessoalmente para pegar água. Estava tão distraída que nem percebi a aproximação a pessoa mais desnecessária da festa.
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  — Olha, olha… Já foi trocada por alguém mais jovem? De novo? — a voz de Carl fez meu sangue ferver de raiva.
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  — Eu dispenso seus comentários e sua presença. — disse ao me afastar da geladeira e seguir para porta de saída.
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  — Espera. — ele segurou forte em meu braço.
  — Me solta Carl, você está me machucando. — eu tentei me soltar dele.
  Eu senti enjoou do cheiro forte de álcool vindo dele. Era nojento.
  — O que?! Eu não vou fazer nada, só quero saber o que ele viu em você. — ele apertou mais avançando em mim — Você consegue satisfazê-lo na cama?
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  Quanto mais eu relutava para me soltar dele, mais Carl avançava em cima de mim, tentando me beijar. Foi quando a vi a mão de o puxar pelo colarinho da caminha e depois socá-lo, o derrubando no chão.
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  — Nunca mais toque nela. — disse com os olhos ardendo em raiva.
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  Sua voz tinha tanta entonação que me fez arrepiar.
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  A segurança e conforto que sentia nos braços do meu pai, senti em sua voz.
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Creio em você
E neste amor
Que me fez indestrutível
Que deteve minha queda livre.

– Creo en Ti / Lunafly

13. Fanfics

  Algumas pessoas presenciaram o soco. James entrou rapidamente e ajudou Carl a se levantar. Ele se mantinha resmungando e me xingando, enquanto era carregado pelo amigo. Sophie permaneceu boquiaberta com a cena. Eu não tinha mais condições físicas e mentais para ficar ali. Olhei para meu braço roxo, percebi que a alça do meu vestido se rasgou na minha luta para me livrar de Carl. olhou para meu ombro e retirando sua jaqueta, me cobriu.
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  — Você quer ir para casa? — perguntou ele num tom mais baixo.
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  — Sim, por favor. — disse reprimindo minhas lágrimas.
  Tinha que ser forte. Sophie nos acompanhou até a rua.
  — Amiga… — ela nem sabia como me consolar.
  — Eu estou bem, obrigada Sophie. — assegurei a ela, recebendo seu abraço.
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  — Obrigada , fez o que eu sempre quis fazer, socar a cara daquele babaca. — disse ela com propriedade.
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  — Confesso que queria fazer aquilo desde a primeira vez que vi ele. — confessou ele, ao abrir a porta do seu carro para que eu entrasse.
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  Eu me lembrava daquele dia. O dia em que Carl me rebaixou como mulher. Me lembrar daquilo, trazia mais feridas em mim. Seguimos de volta para casa, eu disse para ele que estava tudo bem, mas insistiu que não entrássemos na minha casa. Estar lá poderia me fazer lembrar o passado em meu casamento fracassado. Querendo ou não, aquela casa me proporcionava essas lembranças às vezes.
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  Então, pela primeira vez eu entrei na casa ao lado pela porta da frente. Foi surpreendente, ver como a reforma já estava praticamente no final. Reforma de um homem só. Era a única explicação para tamanha demora em finalizar tudo.
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  — , eu… — respirei fundo, mas assim que ele fechou a porta e me abraçou…
  As lágrimas vieram com tudo.
  O abraço reconfortante dele que me fez acalmar um pouco. retirou a jaqueta de mim e olhou meu braço meio roxo. Seu olhar de raiva havia retornado. Certamente se não tivesse mais pessoas naquele jantar, ele tinha socado ainda mais o Carl.
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  — Me perdoe. — sussurrou ele, me mantendo aninhada a ele.
  — A culpa não foi sua. — disse não entendendo suas palavras.
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  — Se eu não tivesse te deixado sozinha. — ele realmente se sentia culpado.
  — . — eu o fiz olhar para mim — Pare com isso, a culpa não é sua.
  Me mantive firme em minhas palavras. Não queria que ele pensasse mais nisso. Ele deu um sorriso fechado e deu um beijo suave em minha testa. Mantendo o rosto próximo, foi percorrendo seus lábios por meus rosto até tocá-los em meu ombro. Senti um breve arrepio. Me encolhi de leve, com o coração acelerado. Ele deslizou as mãos em minha cintura me trazendo para mais perto e beijou meu pescoço. Um frio passou por minha barriga. A quanto tempo não sentia isso.
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  — Eu não farei nada que não queria. — sussurrou ele em meu ouvido.
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  — , eu… — segurei em seus braços.
  Uma insegurança bateu em mim.
  — . — ele se afastou um pouco e me olhou com carinho — Está tudo bem, não precisa ter medo… Mesmo que não aconteça nada, não vou te deixar sozinha essa noite.
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  Ele foi se aproximando lentamente, até que me beijou com doçura, deixando a intensidade crescer à medida que eu me rendia a ele.
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  — Hum… — resmunguei um pouco me espreguiçando da cama.
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  Cama?! Mantive meus olhos fechados e apalpei os lençóis. Não reconheci aquela como sendo a minha cama. Se não era a minha?! Abri os olhos de repente no susto. Me vi no quarto de , deitada em sua cama, com a roupa da noite anterior. Bem, aquilo já era um meio alívio. O que significava que não tinha mesmo acontecido nada. A última coisa que me lembrava, era dele ter feito chá de camomila para mim e ter adormecido em seus braços sentada no sofá.
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  Era bom receber todo aquele cuidado vindo dele.
  — Bom dia. — disse ele ao entrar pela porta com uma bandeja de café nas mãos.
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  — Bom… Bom dia. — me peguei surpresas com sua ação.
  Ele se aproximou da cama e colocou a bandeja ao meu lado, se sentando junto.
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  — Trouxe o nosso café. — disse ao me dar um selinho de leve — O que foi? algum problema?
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  — Eu não esperava por isso. — confessei.
  — Não é porque minha namorada me deixou dormindo no sofá que não posso lhe fazer uma surpresa pela manhã. — brincou ele, piscando de leve.
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  Eu ri junto. E sem querer ao olhar para a janela e ver a janela do meu quarto, mais uma vez a terrível lembrança do passado veio até mim. Mesmo depois de uma rara noite de sexo, Carl nunca havia feito aquilo para mim.
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  — Claro que pode. — abri um largo sorriso para ele — Só não posso ficar mal acostumada.
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  — Bem, se isso garantir que vai passar mais noites aqui, acho que vou te mimar muito. — ele sorriu com malícia.
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  — Seu bobo. — bati de leve em seu ombro, rindo dele.
  Panquecas com geléia de morango e torradas, acompanhadas de suco natural de laranja. Eu me perguntava que horas ele tinha acordado, ou se realmente tinha dormido.
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  — Quando me trouxe para seu quarto? — perguntei ao dar a primeira garfada na panqueca.
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  —Na metade do segundo filme. — respondeu ele tomando um gole do suco.
  — Eu juro que amo O senhor dos anéis, mas estava abalada demais para ver nove horas de filme. — confessei.
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  — Você ainda aguentou bem. — ele sorriu para mim e se aproximando me beijou de leve — Então, como é meu beijo pela manhã?!
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  — Tem gosto de suco de laranja. — respondi brincando.
  Nós rimos. Meu celular começou a tocar. Era algumas mensagens de Sophie, dizendo que tinha ligado para minha casa. Um surto em forma de áudio veio, quando eu digitei que havia dormido na casa de . Fiquei até com vergonha dele ter ouvido. segurou o riso e tentou fingir que nada tinha acontecido.
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Não me faz passar vergonha amiga.
  ele acabou ouvindo seu áudio
  aiiiiiiiiiihhhhhh
  desculpa amiga
  me empolguei, foi como abrir uma fanfic restrita para ler
  a ansiedade das partes hot vem antes

Sophie contenha-se
  Mas então, me conta tudo, como foi a primeira noite?
  Como ele é na cama?
  Foi selvagem ou chá de camomila?

Do que está falando?
  Você não dormiu com ele?

Sophie?!
  Eu disse que dormi na casa dele
  e não com ele
  pare de fantasiar
  ai
  que balde de água fria
  estou desapontada
  era o clima ideal
  ele te salvou do mala do Carl
  foi pra casa dele
  seria a noite de amor perfeita

Só na sua história né
  ah querida, se essa fanfic fosse minha
  eu já teria quebrado essa cama em dois

credo
  credo nada,
  com um homem desses

vai olhar para o seu Will
  e me deixe seguindo da minha forma
  por favor?!
  tá bom, sua chata
  estraga fanfics
  affff
  agora vou ter que fazer uma visita
  ao meu marido no hospital

do que está falando?
  Você me deixou com vontades
  descobrimos uma salinha interditada
  que é maravilhosa pra coisa

me poupe dos detalhes Sophie
  vou tomar meu café
  seu café deveria ser o vizinho

vou te ignorar
  pervertida

  Olhei para que se mantinha em silêncio me observando.
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  — Imagino que tenha achado estranho minhas expressões faciais. — disse me contendo um pouco.
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  — Achei divertido, estou imaginando a conversa de vocês, ainda mais pelo áudio da sua amiga. — ele não aguentou e riu.
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  — Que vergonha. — tampei o rosto.
  Porém ele se aproximou e retirando a minha mão, me deu um selinho.
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  — Fique tranquila, isso é normal, amigos sempre colocam muitas expectativas em nossas vidas amorosas. — disse ele com tranquilidade.
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  — Você já passou por isso? — perguntei curiosa
  — Algumas vezes. — respondeu.
  — Hum… Me deixou curiosa. — revelei.
  — Stacy que chamou em particular para perguntar se nosso relacionamento era verdadeiro. — começou a contar, seu olhar se manteve sereno para mim — Eu já imaginava que ela faria essa pergunta.
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  — O que você respondeu?
  — Real até quando você quiser. — ele sorriu de canto.
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  Parecia ser sua frase favorita.
  — Ela sempre foi somente uma amiga? — indaguei.
  A pergunta que não queria calar. Estava insegura.
  — Sim. — respondeu direto e preciso.
  Respirei aliviada.
  — Stacy é somente uma boa amiga. — continuou — Mas, eu já tive um relacionamento conturbado com a irmã mais velha dela.
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  — Ah… — me pegou de surpresa — Por que conturbada?
  — Não sei, divergência de ideias talvez, ou por não haver amor com tanta intensidade e devoção que nosso relacionamento exigia. — respondeu novamente com tranquilidade — Nunca parei para analisar sobre isso, mas foi melhor para ambos não prolongar o que não estava sendo saudável.
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  — Você ainda sente algo por ela? — essa pergunta me deixou apreensiva de certo modo.
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  — Não. — ele segurou em minha mão e entrelaçou nossos dedos — Atualmente, preciso confessar que existe somente uma mulher que faz meu coração acelerar, e está na minha frente agora.
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  Não me conte em deixar o sorriso espontâneo sair em meu rosto. Meu coração também acelerou.
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  — Vamos tomar nosso café. — disse meio tímida com seu olhar.
  Pouco antes do almoço, recebi um convite de Finn para ver o andamento das obras na cafeteria. tinha alguns assuntos para resolver em seu escritório de arquitetura. Era segunda-feira e o dever o chamava. Passei na minha casa para trocar de roupa e segui para o Liberdad Café. Meu amigo estava lá conferindo para detalhe da obra. Fiquei feliz por ele e por seu sonho não ter sido frustrado.
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  — Finn. — disse ao me aproximar.
  — ! — ele me olhou empolgado.
  Nos abraçamos como cumprimento e ele me levou para o interior do lugar. Me mostrando cada parte da nova cafeteria. Meu amigo só não me mostrou o novo cardápio, pois segundo ele, era surpresa para inauguração. Mas me fez uma proposta de vender minha receita de panqueca para ele. Prometi que pensaria em sua proposta. O valor era generoso e incluía eu ensinar o modo de preparo, para a sua investidora e agora sócia, chamada Mia Baker.
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  — Estou muito feliz por você meu amigo. — disse ele também com meus olhos brilhando — Quando a reforma terminar, vai ficar lindo.
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  — Sim. — ele concordou empolgado — E saiba que se quiser trabalhar aqui novamente, sua vaga é garantida.
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  — Você já terá uma bela chef ao seu lado, não vai precisar de mim. — assegurei.
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  — Seu tempero supera todos os chefs de Manhattan, pode apostar.
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  — Agradeço pelo elogio. — sorri para ele.
  — E como estão as coisas sem seus filhos? — perguntou ele — Jenie me mandou uma mensagem pedindo para estender as férias até o final.
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  — Joseph também.
  — Parece que estão se divertindo sem nós.
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  — Sim. — concordei.
  Nós rimos.
  — Molly retorno no próximo final de semana. — contei a ele — Ela foi convidada a participar de um show de talentos no Brooklyn, acredita?
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  — Sério? Nossa joaninha está ficando famosa? — brincou ele.
  — Parece que sim. — eu ri — Os três primeiros lugares do concurso da escola dela foram convidados.
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  — É assim que começa. — disse ele — Mas quando vier a fama, não a deixe se perder.
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  — Claro que não, minha filha terá seu tempo para querer e ser uma criança. — garanti.
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  Conversamos mais um pouco até que ele precisou ir resolver algum problema. Voltei para casa pela estação de metrô. Tive que caminhar algumas quadras, mas fez bem para minha circulação. Quando cheguei em casa, liguei o notebook para trabalhar na revisão do texto que Sunny tinha me enviado. Foi quando olhei minha caixa de email, lá estava um de Genevieve.
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  Fiquei surpresa e feliz ao mesmo tempo, fazia tempos que não a via. No corpo do texto do email, ela lamentava por minha demissão e prestou solidariedade pelo que eu tinha vivenciado. Mais à frente, ela me perguntou se eu ainda gostava de escrever artigos. A resposta era óbvia. Peguei meu celular e liguei para ela.
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  Genevieve me explicou que estava montando um projeto, mas não queria falar os detalhes, mas precisava de um artigo escrito pela melhor redatora de sua antiga equipe. Ela até ofereceu uma boa quantia generosa por isso. Por mais que eu quisesse prestar esse favor a ela de graça, eu aceitei a grana. Minha situação financeira não me permitia recusar.
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  Porém, o mais incrível foi o tema do artigo: Fanfics.
  — O que?! — gritou Sophie ao telefone quando lhe contei, da ligação para Genevieve.
  — Calma Sophie, não surta. — disse mantendo minha voz baixa.
  — Amiga, você tem noção disso? É a prova de que fanfics vão dominar o mundo. — continuou ela em euforia — É agora que eu vou descer toda a minha lista de indicações para você, começando pelas restritas pra ver se te motiva em seu relacionamento.
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  — Sophie? — eu a repreendi — Foco, e pare de se preocupar com meu namoro.
  — Então, o que deseja saber? — perguntou ela — Eu serei sua mentora.
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  — Suas palavras me dão medo. — afirmei abertamente.
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  — Credo , falando assim até parece que vou te desvirtuir. — ela se mostrou ofendida.
  — Ok, me conte um pouco sobre suas experiências com fanfics, vou anotar aqui no meu bloco de notas, para iniciar minhas pesquisas.
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  — Que mané pesquisa, a gente entende fanfic é lendo fanfic, vou te mandar no whatsapp todos os links, comece pelas shortfics, ok?
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  — Short ou que? — já ia começar ela com suas nomenclaturas.
  — Ai amiga, se você quer saber das coisas tem que saber a fundo, primeiro vou te mandar o alphabeto dos termos das fanfics, e depois os links das minhas histórias favoritas.
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  Nós encerramos a ligação e eu deixei que minha amiga me enviasse tudo. Ela estava se sentindo como uma PhD ensinando sua aprendiz. Mas estava feliz por poder contar com a ajuda de minha amiga. No dia seguinte, acordando bem cedo, comecei minhas pesquisas. Assegurei a Genevieve que entregaria o artigo de cinco páginas em word, com definições, depoimentos e indicações de histórias.
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  A última parte me deixou insegura, eu não poderia indicar histórias através das leituras e gostos da Sophie. Eu teria que me afundar nesse universo maluco e conhecer por mim mesma as histórias que nele continha.
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  Respirei fundo abrindo o primeiro link.
  E logo a mensagem de restrição apareceu na tela. Um frio na barriga.
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  Segundo a Sophie, era uma fanfic interativa, em que eu poderia escolher o nome das personagens principais.
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  Aquilo me deixou impressionada.
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Eu vou tomar deste copo,
Transbordante,
Eu não sei o que fazer esta noite,
It’s the love shot.

– Love Shot / EXO

14. Proposta do Ano

  Eu passei o dia lendo fanfics, é impressionante como isso vicia as pessoas. Pouco depois do anoitecer, saí do quarto e segui para cozinha. Minha barriga roncava de fome. Assim que cheguei em frente a pia e movi meu olhar para a janela proibida, lá estava em sua cozinha, com um avental, encostado na ilha me olhando de braços cruzados.
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  Oh não! Eu havia me esquecido do nosso jantar a dois. Ele queria aproveitar ao máximo de tempo sozinho comigo, antes dos meus filhos voltarem das férias. Voltei no quarto e vesti meu casaco de tricô, então fui para sua casa, passando pela cerca ainda quebrada. Acho que a demora do seu concerto era mesmo proposital.
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  — Boa noite. — disse ao entrar — Me desculpa, fiquei tão concentrada em minhas leituras que acabei esquecendo.
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  — Tudo bem. — ele sorriu de leve e desamarrou o avental o retirando.
  Assim, o abdômen dele ficou à mostra. O abusado vizinho estava sem camisa. Proposital? Com certeza.
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  — Você não tem roupa? — indaguei segurando o riso.
  Ele sorriu de canto, e deixando o avental em cima da ilha, se aproximou de mim para me dar um beijo rápido.
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  — Não. — respondeu ele — Não tenho roupas.
  — Abusado. — sussurrei — O que temos para o jantar?
  Me forcei a ignorar seu corpo a mostra e segui até o fogão.
  — O cheiro está convidativo. — confessei.
  — Isso é bom. — assegurou ele, ao segurar em minha cintura e beijar de leve meu pescoço — E adivinha o que será de sobremesa?!
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  Seu tom foi malicioso.
  — Não sei se quero descobrir. — quase sussurrei, sentindo o coração acelerar.
  Ele riu de mim e se afastou um pouco, então montou os pratos e nos serviu. Estava mesmo delicioso. me convidou para terminar nossa maratona. Foi tentador confesso, mas tinha um compromisso com meu artigo sobre Fanfic. Voltei para casa e sentei na frente do notebook. Coloquei meu bloco de notas ao lado e comecei a digitar o esboço inicial. Eu só tinha mais dois dias e um artigo não era um texto tão fácil assim de produzir, ainda mais quando não se conhece o assunto e é perfeccionista como eu.
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  Passei a noite em claro digitando, pesquisando, anotando, lendo e digitando mais um pouco. Na alta madrugada me senti tão cansada que acabei adormecendo em cima do meu trabalho.
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  Na manhã seguinte, senti meu corpo confortável, o calor de minhas cobertas e achei estranho. Não me lembrava de ter ido para cama. A não ser que… Abri meus olhos e vi sentado na janela do meu quarto.
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  — Como entrou aqui? — foi a única coisa que consegui dizer no susto.
  — Bom dia para você também. — ele riu.
  Estava tão charmoso com as roupas leves do verão.
  — Bom dia. — disse envergonhada por ele ter me repreendido — Como entrou aqui?
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  — Antes de viajar, Joseph me deu sua cópia da chave de casa. — explicou — Ele disse que você sempre se esquece de trancar as portas.
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  — E você tem verificado? — perguntei abismada.
  — Sim, todos os dias, prometi a ele. — respondeu serenamente.
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  Eu não sabia quem era mais fofo, meu filho ou ele.
  — Obrigada por cuidar de mim. — estava mesmo muito agradecida.
  — Acredite, o prazer é todo meu. — ele se afastou da janela e caminhou até a porta — Hoje não teremos café na cama.
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  — Hum… Não disse que eu ia ser mimada? — cruzei os braços me fazendo de série.
  — Na minha casa sim, eu disse. — ele sorriu e se aproximou da porta — Tenho outros planos para nossa manhã, te espero lá embaixo.
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  — eu tenho um artigo para terminar. — o lembrei.
  — E uma saúde para cuidar. — ele se colocou entre a porta e meu quarto — Te espero lá embaixo.
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  Frisou minha necessidade de me trocar. Ele segui para as escadas e eu não tive escolha. Levantei da cama e caminhei até o guarda-roupas. Escolhi um vestido floral de tecido leve, peguei minha bolsa, joguei o celular e documentos dentro e segui para sala. Ele se manteve encostado na porta de saída me esperando com as mãos nos bolsos da bermuda que vestia. Céus, suas pernas eram grossas e chamativas. Meu coração acelerou só de olhar a pose que fazia para mim.
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  — Acho melhor irmos. — disse ao passar por ele e abrir a porta — Antes que eu relute e desista.
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  Estava evitando olhá-lo um pouco. Havia tido sonhos provocativos com ele na noite anterior.
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  — Não. — ele fechou a porta e me puxou para perto — O que você tem?!
  — O que? — tentei não olhá-lo nos olhos, mantendo a inocência — Nada.
  Mas meus pensamentos não me ajudavam.
  — Então olhe para mim. — insistiu ele.
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  — O que? — eu o olhei com toda a minha coragem.
  — Você é linda. — declarou ele.
  E como não se derreter com isso?!
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  Desta vez foi mais forte que eu, tomei impulso e o beijei. Senti que ele gostou da minha investida, assim que começou a retribuir com malícia. Fui salva do pecado com quando meu celular começou a tocar. Me afastei dele e olhei para o visor. Era uma mensagem de Sophie perguntando das fanfics. Se ela soubesse o que havia atrapalhado, nunca se perdoaria. Ri discretamente do meu pensamento e abri a porta. Empurrei para fora e seguimos em direção a sua moto.
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  Nossa primeira parada foi em uma barraca de comida de uma rua próxima ao centro da cidade. Depois me levou a um lugar inesperado: Escola de direção. Eu já havia comentado sobre a minha vontade em aprender a dirigir e tirar minha carteira, mas o dinheiro era contado e não tinha cabeça para pensar nisso. Mais uma vez me surpreendi, ao descobrir que conhecia algumas pessoas dali que lhe deviam favores. Eu teria minhas aulas de direção e legislação gratuitas. Quanto ao exame de direção, segundo meu namorado era um presente de aniversário desde ano.
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  Se eu consegui reagir aquilo? Não. Fiquei estática por um tempo, até voltar ao normal e preencher a ficha de cadastro para iniciar as aulas. Realmente foi uma surpresa muito bem preparada. Nosso passeio foi esticado no Central Park, caminhamos um pouco pelo lugar sentindo o frescor da manhã. Finalizamos com um almoço rápido no Starbucks. Então ele me levou de volta para casa, depois seguiu para uma reunião com o Rodnei.
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  Sexta-feira chegou, e com ela o finalização do meu artigo. Se eu não bati o recorde da Sophie de mais fics lidas em quatro dias, eu desistiria. Terminei a formatação e revisão gramatical, então enviei para Genevieve por email em pdf. A noite foi em claro, mas desta vez venci o sono e terminei meu trabalho. Depois disso, apenas mandei uma mensagem a dizendo que apagaria e me deitei na cama.
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  Os dias foram passando…
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  Minha joaninha retornou da casa dos pais de Carl, assim como Joseph da casa dos avós do amigo. Início do outono, início das aulas, e foi em grande estilo com a inauguração do novo Liberdad Café. Finn estava tão emocionado, seu olhar orgulhoso para a fachada do novo prédio. Ele juntamente com a Mia, cortaram o grande laço vermelho abriram as portas da cafeteria.
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  — Parabéns Finn. — disse o abraçando de leve — Estou muito feliz com este recomeço para o Liberdad Café.
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  — Eu que agradeço pelo apoio sempre. — seu olhar emocionado e orgulhoso não desaparecia dos olhos — E pensou na minha proposta.
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  — Pensei sim, e aceito ela, mas com a condição de me darem os devidos créditos ok?! — disse a ele.
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  — Claro que sim, suas panquecas serão as estrelas daqui e seu nome estará lá como criadora. — ele me assegurou — Venha, quero que conheça a Mia pessoalmente.
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  Ele me levou até a sua nova investidora, agora sócia. A jovem aparentava ter a mesma idade de , mas segundo Finn, tinha um olhar muito afiado para os negócios. Eu me lembrava de tê-la visto em algum lugar, mas não sabia qual. Mas era filha de pessoas importantes da elite de Manhattan.
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  — Mia Baker. — disse ele ao me apresentar ela — Esta é , minha amiga que te falei.
  Simpática e educada a primeira vista. Fiquei feliz ao saber que meu amigo trabalharia com uma pessoa dedicada e responsável, mesmo com pouca idade.
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  — É um prazer . — disse a jovem — também me falou sobre você, estou feliz pelo namoro dos dois.
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  — Ah, agradeço e o prazer é meu. — sorri para ela em cumprimento.
  Começamos a conversar um pouco sobre minha receita especial de panquecas e como nasceu. Trocamos algumas figurinhas gastronômicas e descobri que ela havia trabalhado como estagiária no restaurante da mãe de . Meu corpo tremeu ao saber que a senhora Bridget Lewis era um tanto quanto séria e severa com seus funcionários, exigindo o máximo de perfeição deles. Começo a imaginar seu nível de exigência para a mulher que se relaciona com seu filho.
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  Tudo estava lindo na inauguração.
  O final de semana passou rápido novamente. Na segunda, recebi uma mensagem de Genevieve no whatsapp, me convidando para um café após o almoço. Quando cheguei no Starbucks próximo a Estação Central, fiquei surpresa ao vê-la em uma mesa com as meninas do jornal. Me aproximei delas e as cumprimentei. Todas me deram um abraço caloroso e nos sentamos. Genevieve fez o pedido para nós e esperamos até sermos servidas, então ela se pronunciou.
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  — Bem, eu fiquei sabendo sobre o ocorrido no NT Post, e estou envergonhada por você ter passado por isso . — iniciou Genevieve.
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  — Não se preocupe, aquilo não me afetou, só fico preocupada por ele não arcar com sua falta de carácter. — disse com chateação.
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  — Sim, infelizmente a sociedade ainda é bastante machista, nós mulheres temos que lutar sempre e arduamente para termos o respeito que é nosso por direito. — concordou ela — Mas, virando esta páginas, estou aqui reunida com a melhor equipe de redação que já trabalhei, e quero fazer uma proposta para vocês.
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  — Hum… Já ficou interessante. — brincou Lizzi.
  — Sim. — concordou Hill.
  — E o que seria? — perguntei curiosa.
  — Depois que saí do NT Post e viajei a Paris, comecei a pensar no que poderia fazer profissionalmente, e algumas ideias vieram em minha mente. — Genevieve começou a explicar — Então estou com um projeto de lançar um jornal online voltado somente para o público feminino…
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  — Um jornal? Não seria revista? — Sunny a olhou confusa.
  — Sim, um jornal, revistas femininas têm aos montes, e eu quero diferencial. — assegurou Genevieve sua ideia — Um jornal online falando de todos os assuntos corriqueiros de um jornal tradicional, mas com a linguagem feminina, e meu desejo é vocês sejam minha equipe nessa empreitada. O que acham?
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  Nós nos olhamos, demonstrando certa animação.
  — Eu nunca vi, mas gostei da proposta. — disse como porta voz de todas — E pelo olhar das meninas, nós aceitamos.
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  — Era isso que eu queria ouvir. — disse ela ao abrir um largo sorriso para nós — Inicialmente será um pouco trabalhoso, vamos estruturar tudo em nosso jornal, cada sessão.
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  — Genevieve, a ideia é maravilhosa, mas quero realidades, teremos dinheiro para isso? Servidor, marketing, tudo? — perguntei um pouco insegura, eu sabia de minhas condições financeiras.
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  — Não se preocupem com o dinheiro, eu tenho algumas economias que serão nosso suporte, sempre tive vontade de ter meu próprio jornal. — garantiu ela — E quanto ao restante da equipe, estou reunindo outras mulheres tão habilidosas quanto vocês para trabalhar conosco. Teremos uma equipe técnica para cuidar da hospedagem e programação do site, uma equipe de marketing e design gráfico para diagramação online e artes que serão feitas para os artigos e notícias. Fiquem tranquilas que em breve teremos uma grande reunião para que eu explique melhor tudo.
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  — Já estou ansiosa por isso. — disse Lizzi quase eufórica.
  — Genevieve, eu não sei se já pensou nisso, mas mulheres também gostam de esportes e se tivermos esse caderno, gostaria de indicar uma amiga que estuda comigo, ela é muito ligada nesses assuntos e no colegial foi até capitã de líderes de torcida. — disse Beth.
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  — Me passe o contato dela. — pediu Genevieve.
  — Que tal um brinde à base de café? — propôs Sunny ao levantar seu copo.
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  — Sim. — concordamos todas.
  Nós brindamos em meio aos sorrisos de alegria e animação para nosso novo projeto.
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  E lá no fundo eu sentia que era o início de mais uma nova fase em minha vida.
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É isso
Ligue o motor e pise no acelerador
Tudo é especial
Nós ficamos bem juntos
O que você quiser
Eu vou fazer dar certo.

– Love Me Right / EXO

15. Dia de Ação de Graças

  Genevieve adiantou mais algumas informações sobre o jornal online e nos pediu indicações de mulheres talentosas que pudessem fazer parte da equipe. Passamos o resto da tarde conversando e compartilhando as expectativas para o futuro. As meninas me chamaram para comemorar as novidades em um bar recém inaugurado que Lizzi indicou. Porém, me recusei pois já tinha compromisso de jantar na casa dos meus pais para falar do nosso anual jantar de ação de graças. Mandei uma mensagem a avisando que não estaria em casa com as crianças, e outra para meu pai dizendo que estava a caminho.
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  Quando cheguei, meus filhos já estavam despojados no sofá vendo algum filme desconhecido. Os abracei de leve e cumprimentei Margareth que estava desacompanhada do marido naquela noite, somente com seu filho.
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  — E onde está seu marido? — perguntei a ela curiosa, desviando meu olhar para o pequeno Jacob com os olhos atentos na televisão.
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  — Viajando a trabalho. — respondeu ela, não dando tanta importância nisso.
  O casamento de Margareth já vinha apresentando problemas há algum tempo, principalmente pela postura de Mark no trabalho. Seu machismo ostensivo era repugnante, principalmente por duvidar da competência profissional de minha irmã. Pelo que sabia, Margareth uma excelente funcionária que contemplava a transportadora com diversas ideias que deram certo e lhes renderam lucros. Mas claro que o orgulho masculino de seu marido não a deixaria viver o sucesso profissional tão sossegadamente.
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  — E não era para você ter ido? — perguntei confusa.
  Geralmente quando um viajava, o outro também ia.
  — Não, pedi demissão. — disse ela com tranquilidade.
  — O que? — me peguei boquiaberta.
  — E eu ainda acho isso uma loucura. — disse minha mãe ao entrar na sala, estava com seu avental do corpo e um olhar repreensivo.
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  Claro que para ela seria uma loucura os atos de Marg. Dona Agnes não criou uma filha para ser tão rebelde assim e pedir demissão por ter problemas de compatibilidade com o seu chefe. Mas o fato é que o chefe era marido de Margareth, e o relacionamento profissional estava atrapalhando o conjugal. E para mim, foi uma sábia decisão.
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  — A senhora sabe que já estou cansada de tanta crítica depreciativa de Mark, para ele uma mulher não é capaz de nada a não ser ficar em casa cuidando dos filhos e do marido. — ela me olhou com culpa, após se dar conta que descreveu minha antiga vida — Sem ofensas , mas não nasci para ser boa, recatada e do lar como você. Quando Mark se casou comigo, sabia que eu não deixaria de trabalhar.
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  — Não me ofendeu, para ser honesta, estou descobrindo que vida de dona de casa também não é assim uma maravilha. — confessei soltando uma risada discreta.
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  — Ele que lute para achar um diretor financeiro tão bom quanto eu. — disse ela, com firmeza.
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  — Ainda acho que deveria ter ficado e o feito engolir as críticas com seu trabalho impecável. — insistiu nossa mãe.
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  Era algo a se levar em consideração. Quando o assunto era depreciar as filhas dela, somente a própria tinha o direito disso e mais ninguém. Se alguém falasse mal da gente, ela nos defenderia mesmo estando erradas.
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  — Mas e agora? — perguntei voltando meu olhar para Marg — Está desempregada?
  — Recebi algumas propostas de trabalho essa semana, de empresas concorrentes. — respondeu com um sorriso debochado.
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  — E está pensando em se unir a concorrência? — fiquei chocada.
  — Por mais tentador que seja, eu quero mudar de setor, andei pensando em trabalhar para lojas de departamento, ao do tipo que não envolva tanto logística. — explicou ela seus planos para o futuro — Quero abrir meu leque de possibilidades assim como você fez com seus trabalhos freelancer.
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  Por essa eu não esperava. Minhas escolhas atuais estão influenciando minha irmã mais velha perfeita. Nossa mãe retornou para a cozinha e nosso pai chamou Joseph para a garagem, fiquei intrigada com tanto mistério entre os dois. Eu e Margareth saímos para a varanda da frente e nos sentamos no banco de madeira, olhando a rua. Ela parecia precisar desabafar mais, porém longe de nossa mãe.
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  — Tem certeza que está tudo bem? — perguntei a ela demonstrando preocupação no olhar — Ou está assim só pela mudança de emprego.
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  — Ah … — ela soltou um suspiro cansado — Tenho andado tão cansada com tudo isso, desgaste profissional, desgaste no casamento, descobrimos finalmente o problema de saúde de Jacob, mas agora começa o tratamento, e também a falta de empatia, de carinho e atenção do Mark.
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  — Nem como te ajudar quanto a isso. — disse a ela pegando em sua mão com gentileza e amparo.
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  — Só de me ouvir e me emprestar suas amigas como a Sophie e a Annia, ajuda muito, passar essas últimas semanas mais próximas a vocês, com certeza foi o que me ajudou a segurar a barra e aguentar tudo. — confessou ela.
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  — E como foi esse diagnóstico do Jacob? — perguntei.
  Meu sobrinho era uma criança tão adorável quanto meus filhos. Era triste saber que tinha mesmo um problema de saúde.
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  — Sim, depois de tantos exames, descobrimos que ele tem intolerância a lactose, o que fez com que sua dieta mudasse radicalmente. — ela parecia reprimir suas lágrimas — Como eu digo ao meu filho que ele não pode tomar chocolate quente, por causa da porcentagem de leite misturado ao cacau?
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  — Marg, lamento estar passando por tudo isso, quando Molly foi para o hospital com intoxicação alimentar, eu fiquei desesperada. — revelei a ela meu lado materno também.
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  — Com você foi mais fácil . — ela me olhou com os olhos marejados de lágrimas — Você tinha uma pessoa ao seu lado para te apoiar, você tem o , já eu… A única coisa que eu tive foi o Mark dizendo que eu sou uma péssima mãe que não percebi isso antes, por estar totalmente focada no meu trabalho.
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  — Desde quando uma mulher não pode ser mãe e trabalhar fora ao mesmo tempo? — disse indignada com essas falas do meu cunhado — Já vi várias mães que são solteiras e cuidam dos filhos sozinhas, não precisam de macho pra isso.
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  — Pois foi o que ele disse e isso foi a gota. — ele soltou um suspiro fraco — Não quero um homem do meu lado que não me apoia em meus sonhos e realizações, só me critica em tudo que eu faço, diz que sou uma péssima mãe e só lembra que sou mulher quando quer sexo.
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  Ela tentava conter seu tom de voz, o mantendo baixo, mas tinha traços de revolta e frustração.
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  — Como posso fazer sexo com ele, minutos depois de dizer que sou inútil profissionalmente? Parece que o prazer dele é me diminuir para se sentir o macho alpha da casa, que nojento. — desabafou mais ela, sua voz ficou mais fraca e as lágrimas começaram a cair — Se você alguma vez pensou que eu tenho a família perfeita, está enganada.
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  — Ninguém é perfeito Marg, só Deus. — eu deslizei meu corpo e encostei minha cabeça em seu ombro — Mas, tenha esperança, as coisas podem mudar agora que não vão trabalhar mais.
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  — Hum… — ela suspirou novamente — E se… Eu não quiser que melhore?
  — Por que não iria querer? — ergui meu corpo e a olhei confusa — Margareth, está mesmo com aquela ideia de se separar?
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  — Ainda não sei, mas para ter um casamento de aparências, prefiro não ter… — ela mordeu o lábio inferior — E também…
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  — E também?! — mantive minha atenção fixa nela.
  — Você se lembra do Brian?! — ela desviou o olhar para suas mãos, e mexeu na aliança em seu dedo.
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  — Brian?! Aquele seu amigo de infância, que se mudou no final do fundamental? — perguntei me lembrando vagamente dele.
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  — O próprio. — confirmou ela com um olhar suspeito de adolescente — Esbarramos recentemente no Starbucks e conversamos um pouco.
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  — E? — permaneci atenta imaginando o que viria a seguir.
  Eu não me lembrava muito de Brian, mas me lembrava que foi o primeiro amor da vida de Margareth. Os dois eram inseparáveis desde crianças quando se conheceram. Ele tinha se mudado para casa ao lado com os avós, pois seus pais faleceram em um acidente de carro.
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  — Ele disse que ainda está solteiro… E que nunca conseguiu encontrar alguém que me tirasse de seus pensamentos. — ela deu um sorriso malicioso.
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  — Marg, você disse a ele que é casada? — perguntei já me preocupando com ela.
  — Sim, eu disse… — ela desviou o olhar.
  — Margareth? — insisti.
  — Eu disse a ele que meu casamento estava passando por uma fase complicada. — explicou ela com mais detalhes — Errada eu não estou.
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  — Mais falar assim é um convite para ele investir em você. — argumentei — Ainda mais depois de falar que ainda é apaixonado pela senhora casada.
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  — Ai , não me recrimine, ok? Eu estou sensível, carente e tenho como marido um homem que só pensa em mim quando quer sexo. — expôs ela suas frustrações — O que você faria em meu lugar? Ah, não, você já fez, arranjou um namorado.
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  — Mas no meu caso eu estava divorciada já e não casada. — retruquei com razão.
  — Olha, eu não estou traindo o Mark se é isso que pensa. — devolveu ela ponderando mais a voz — Eu apenas expus ao Brian minhas condições mentais, psicológicas e sentimentais atualmente.
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  — Só não quero que se machuque no final. — disse com a voz mais suave.
  — Eu já estou machucada , oito anos sendo machucada verbalmente pelo Mark, e só agora me dei conta disso. — continuou ela — E agradeço a você por isso.
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  — A mim? — estranhei.
  — Sua força em se levantar após o divórcio, me mostrou que eu também sou uma mulher forte e talentosa. — reconheceu ela suas qualidades — Eu achava que precisava do reconhecimento do Mark para ser uma profissional de excelência, mas agora vejo que não preciso dele nem mesmo dormir com ele para me sentir uma mulher de verdade.
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  Eu fiquei em choque com essa revelação. Não imaginava que Margareth passava por tanta frustração em seu casamento. Ser a esposa somente na cama era pior que nem ser procurada por seu marido… Bem, as duas coisas são terríveis.
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  — E eu que achei que meu casamento seria como dos nossos pais. — disse ela.
  — Bem, nosso dedo nasceu podre. — eu ri e ela também — Mas olhando agora, mamãe também não gostou muito quando você apresentou Mark pela primeira vez, se lembra?
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  — Sim, ela me perguntou se eu realmente iria trabalhar com meu futuro marido. — revelou Marg — Ela não achou a ideia muito boa não, e me lembrando agora, nossa mãe sempre gostou do Brian, ainda mais quando ele a chamava de tia Ag.
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  — Nossa mãe gostava do Brian, e hoje gosta do … Bem que as pessoas falam que o sexto sentido das mães nunca falham. — comentei.
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  — Sim… No final, nossa mãe sempre teve razão, mas nos deixou trilhar o caminho que a gente queria. — completou Marg — Contrariada, mas deixou.
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  Disso eu tinha que concordar. Por mais que nossa mãe fosse rígida, às vezes cruel em seus comentários, ela sempre desejou o melhor para nossas vidas. Voltamos para dentro e jantamos todos juntos. Ficou acordado o jantar de ação de graças na casa dos nossos pais. E minha mãe fez questão de me pedir para convidar . Surpreendente. Seria bom passar aquele dia com eles, já que o natal seria bem longe de NY.
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  Os dias passaram. Domingo pela manhã, fui surpreendida com acompanhado de um pinheiro de dois metros, no quintal da minha casa.
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  — De onde tirou isso? — perguntei quando saí na porta dos fundos e o vi.
  — Molly me disse que não tinham uma árvore para o natal desse ano, pois o Carl havia destruído a que tinham no ano passado. — explicou ele — Então, resolvi trazer uma.
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  — Nem sei o que dizer. — e não sabia mesmo, ele era surreal.
  — Me ajuda a levar para dentro? — pediu ele.
  — E isso vai caber na minha sala? — perguntei.
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  — Sim, eu já fiz os cálculos. — ele sorriu de canto.
  — Ok, senhor arquiteto. — assenti indo lhe ajudar.
  Com algumas dificuldades e ajuda de Joseph, conseguimos instalar o pinheiro ao lado da janela da sala. Ficou realmente perfeito e foi uma motivação para Mollay que correu para o porão a fim de pegar os enfeites de natal guardados. Era louco, pois nem tinha chegado dezembro e ele já havia levado aquela árvore, mas segundo meu namorado, sua família tinha uma leve tradição de montar a árvore na semana do dia de ação de graças.
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  — Vamos montar agora? — perguntou Molly animada.
  — Claro joaninha, foi por isso que eu trouxe. — respondeu Sebastian com um sorriso satisfeito por tê-la deixado contente com a surpresa.
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  — Eu posso participar também. — Joseph fez uma cara de irmão mais velho ciumento.
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  — Claro que pode Joe. — ela sorriu — E você também mamãe! É o que as famílias fazem, montam a árvore juntos.
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  Assentimos e começamos a diversão. Eu não imaginava que era tão cativante com crianças, menos ainda comunicativo com adolescentes. E nessa altura do dia, já tinha percebido que a surpresa da árvore não era para mim e sim para meus filhos. O vizinho da casa ao lado nem teve trabalho para conquistá-los, mas continuava dedicado a fazê-los sorrir como me fazia. Isso aquecia meu coração mais e mais.
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  — Ficou linda! — elogiei ao olhar para a decoração feita no árvore.
  — Demais. — concordou meu namorado — E agora? O que vamos comer?
  — Como assim o que vamos comer? — o olhei confusa.
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  — Eu ainda não tomei café da manhã. — respondeu ele com tranquilidade.
  — Panquecas! — gritou Molly em euforia.
  Assenti para eles e arrastei todos para cozinha comigo. Outro momento de diversão ao puxar Joseph como meu assistente e ver Molly e sentados nos observando preparar o café. Sim, pela primeira vez em muito tempo o sentimento de família feliz tomou conta de mim. E curiosamente tinha uma grande importância nisso.
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  — Senhor… Agradecemos por nossa família e amigos, por este dia tão abençoado e por sempre o Seu amor reinar em nosso lar. — disse meu pai ao fazer a oração de agradecimento, com todos assentados à mesa — Agradecemos também pelo alimento e que nunca venha nos faltar. Amém!
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  — Amém! — dissemos todos juntos.
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  — Que bom que pode vir . — comentou minha mãe com um sorriso contente — Achei que deixaria vir sozinha com as crianças, mas também não seria a primeira vez.
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  Começou. Soltei um suspiro fraco e sem paciência para as alfinetadas dela. carinhosamente segurou em minha mão pousada em cima da mesa e sorriu para mim.
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  — No que depender de mim, ela nunca estará sozinha. — ele manteve o olhar em mim, intenso e profundo.
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  — Era exatamente isso que eu queria ouvir. — disse minha mãe, ao esticar o braço e indo servir o prato do meu pai — Mark deveria estar aqui para aprender com o namorado de sua irmã.
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  — Acho que nem assim ele aprenderia. — Margareth deu de ombros — E ele não tem feito nenhuma falta mesmo.
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  — Marg?! — a olhei.
  — Só disse a verdade. — minha irmã serviu o prato do filho.
  Minha mãe tinha feito alguns pratos especiais devido a nova dieta de Jacob.
  — Meu jovem, Molly me contou sobre a tradição da árvore da sua família. — disse meu pai a — Achei interessante e engraçado montarem antes do dia de ação de graças.
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  — Sim, é uma tradição dos meus antepassados. — disse ele confirmando — Os irlandeses são muito ligados a tradições.
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  — Sua família é irlandesa? — minha mãe o olhou admirada.
  — Metade. — respondeu — Meus avós maternos são irlandeses, já a família do meu pai é britânica.
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  — Isso explica seu cavalherismo. — comentou Margareth sem nenhuma vergonha.
  — Sim, britânicos são mesmo uns lordes. — concordou minha mãe.
  — Hum… Elogiando tanto assim, ficarei com ciúmes. — brincou meu pai.
  — Oh querido, sabe que você sempre será meu eterno gentleman. — minha mãe sorriu para ele com um brilho no olhar.
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  Era lindo o amor dos dois. Me espelhava bastante no casamento deles, pois com tantas diferenças, ambos conseguiram conquistar um relacionamento sólido e de respeito mútuo. O amor ainda ardia dentro deles e pelo olhar de um para o outro, a paixão também.
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  — Vovó, o frango está uma delícia. — disse Molly, voltando a atenção para ela — Melhor que a da mamãe.
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  — Traidora, agora todo mundo cozinha melhor que eu? — a olhei me fazendo de ofendida.
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  — Desculpa mamãe, mas não é todo mundo, só a vovó e o . — continuou minha filha, me deixando ainda mais envergonhada.
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   ao meu lado segurou o riso e piscou para Molly.
  — ? — minha mãe o olhou — Agora fiquei surpresa e curiosa.
  — Se quiser, cozinho para os meus sogros, se eu passar no teste poderei me casar com a filha de vocês? A Molly já deixou. — brincou ele, lançando um sorriso sugestivo para mim.
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  — Eu já adianto que gosto de comida apimentada. — disse meu pai segurando o riso.
  — Sou muito bom em gastronomia coreana, eles amam uma pimenta na comida. — disse seguro de suas habilidades.
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  Isso que deixou boquiaberta.
  — Isso é que é um genro de verdade. — disse minha mãe ao lançar seu olhar para Marg — E por falar em genro de verdade, eu cruzei com seu amigo de infância do supermercado ontem.
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  — Meu amigo?! — Marg se fez de desentendida.
  — Brian. — esclareceu ela — Ele está muito bonito, cresceu bem, e continua um cavalheiro como , me deu carona e ajudou a trazer as compras para dentro.
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  — O Brian?! — Marg desviou o olhar para mim discretamente.
  Minha irmã parecia com medo do que viria a seguir.
  — Ele mesmo, Brian Sollary. — confirmou nossa mãe com um olhar tranquilo — Fiquei surpresa quando ele me disse que ainda estava solteiro por não achar ninguém a altura da minha filha mais velha.
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  — Nossa. — Marg tentou disfarçar sua reação.
  — Agnes, não comece, nossa filha é casada. — alertou meu pai com seriedade.
  — Eu sei, só estou dizendo o que ele mesmo me contou, sabe que não aumento em nada. — minha mãe o olhou.
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  Isso era verdade. Por mais que não parecesse, ela odiava fofocas inventadas.
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  — E consegui ver no olhar dele que ainda é apaixonado por nossa filha. — ela soltou um suspiro — Que pena que foi o Carl o traidor e não o Mark, assim Margareth estaria divorciada, se bem que foi um alívio para ter descoberto as amantes daquele sujeito, assim agora eu tenho um genro decente.
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  — Mãe?! — tanto eu como Margareth a repreendemos.
  — E eu falei alguma mentira? — nossa mãe nos olhou.
   começou a rir juntamente com Joseph. O que me fez morrer de vergonha, e minha irmã também. Que nossa mãe não tinha papas na língua tudo bem, mas que ela pensava isso sobre o casamento de Margareth era impressionante. Seguimos com o jantar, com meu pai se desculpando a todo momento pelos assuntos malucos que minha mãe jogava na roda. E com e deixando-a sem reação em todas as vezes que ela me criticava.
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  Assim que voltamos para casa, deixei Sebastian na sala e levei Molly para o quarto. Tanto ela quanto Joseph pareciam bem cansados. Dei um beijo de boa noite em ambos e desci as escadas. me esperava na porta que dava para a cozinha. Seu olhar tinha um brilho incomum, e no canto do rosto um sorriso singelo e discreto.
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  — Obrigada por ter ido ao jantar, e desculpe pelos comentários da minha mãe. — disse ao me aproximar dele.
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  — Não se desculpe, é estranho, mas consigo perceber que ela te ama. — ele tocou em minha face — Está preocupada com sua irmã?
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  — É tão visível assim? — perguntei de volta.
  — Sim, todos os seus olhares e expressões, consigo ler todos. — ele deslizou seus dedos até meus lábios — Sei até mesmo quando quer um beijo meu.
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  — Hum…
  Eu não tive nem mesmo tempo de argumentar. Ele me beijou com suavidade, envolvendo seus braços em minha cintura. De doce, seu beijo começou a ficar ousado e malicioso.
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  — Neste dia, e em todos os outros, agradeço a Deus por ter entrado em sua vida. — sussurrou ele, ao manter nossos rostos colados — Eu te amo, .
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  Eu não conseguia reagir a isso. Somente sentia meu coração acelerar.
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É como se eu não conseguisse respirar, desde meu nascimento até agora…
É a minha primeira vez sentindo algo assim,
Meu cérebro e pensamentos estão preenchidos por você,
Preenchidos pelas suas expressões e suas risadas.

– My Answer / EXO

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