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Moonlight

16. A sogra

  Dois dias para o natal e dentro de mim um nervosismo se instalou. Confesso que havia medo em mim, conhecer a mãe de seria um marco importante em nosso inesperado relacionamento. Pela manhã após acordar, me espreguicei na cama e senti não estar sozinha. Abri os olhos e me deparei com minha joaninha embrulhada em minha coberta toda encolhida e apagada. Certamente havia invadido o meu quarto no meio da noite. Molly não tinha o costume de dormir em minha cama, apenas em ocasiões extremas de pesadelo.
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  — Bom dia joaninha. — disse em sussurro, beijando de leve sua bochecha.
  — Bom dia mamãe. — disse ela se espreguiçando.
  — Teve algum pesadelo? — perguntei.
  — Eu sonhei que o tinha ido embora e a senhora estava chorando. — contou ela — Ele vai embora mamãe.
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  — Não querida. — sorriu de leve para tranquilizar a filha.
  Até quando eu quiser. Pensou ela, na frase que estremecia seu corpo. Ela abraçou sua filha com carinho.
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  — Você gosta do por perto? — perguntei.
  — Eu sempre vejo um sorriso no seu rosto quando ele está perto. — explicou ela com um olhar brilhoso — E gosto mais dele que do papai.
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  Isso me pegou de surpresa. Mantive o sorriso no rosto e me levantei da cama. Troquei de roupa no banheiro e desci as escadas, seguindo para a cozinha. Joseph já se encontrava acordado e preparando nosso café. Me aproximei dele e o abracei.
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  — Bom dia querido. — disse o observando preparar suas panquecas.
  — Bom dia mãe. — ele sorriu para mim — Molly teve pesadelo?
  — Sim, mas está tudo bem agora. — respondi.
  — Vamos mesmo passar o natal com o ? — ele desligou a trempe e me olhou.
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  — Sim, mas somente se você e sua irmã estiverem confortáveis para ir. — expliquei.
  Não deixaria meus filhos sozinhos no natal.
  — Molly não para de falar sobre isso. Claro que estamos animados para ir. — Joseph sorriu ao colocar o prato de panquecas na mesa — Está pensando em desistir?
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  — Não. — respondi com certeza – Mas claro que a opinião de vocês é importante.
  — Eu quero conhecer a família do . — disse Molly ao entrar na cozinha.
  Nós rimos dela e nos sentamos nas cadeiras. Saboreamos o nosso café da manhã com tranquilidade e muitos risos. As horas passaram e após o almoço, ajudei Molly a arrumar sua mala, então conferi a minha. O inverno estava mais rigoroso esse ano, então tratei de colocar as roupas mais quentes nas malas. Ao entardecer, veio nos buscar, e assim seguimos de avião para Los Angeles, com o destino final em Malibu. Foi lindo ver meus filhos encantados com a paisagem, mesmo noturna. Era a segunda vez deles longe de Manhattan. A primeira vez foi para a Disney quando Molly tinha dois anos.
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  — Chegamos. — disse assim que entramos na casa de sua mãe que ficava em frente a praia.
  — Uau. — Molly correu para varanda — Dá pra ver a praia daqui. Olha Joe.
  Meu filho seguiu a irmã. Assim que colocou as malas ao lado da escada, se aproximou de mim e me pegando pela cintura me deu um selinho rápido.
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  — Está tudo bem? — perguntou ele ao me olhar preocupado — Se quiser, podemos ficar em um hotel.
  — Não, não quero te afastar da sua mãe, ela foi tão solícita em nos convidar a ficar aqui. — sorri de leve para ele.
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  — Ainda está com medo de conhecê-la? — perguntou ele.
  — Quem disse que estava com medo? — o olhei séria, porém suavizei o rosto — Estou tentando permanecer tranquila.
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  — Que bom. — ele beijou meu pescoço — Pois você vai dormir comigo.
  Ele deu um sorriso malicioso e piscou de leve. Nem mesmo pude reagir e protestar, pois as crianças retornavam para sala. Seguimos para o andar de cima, a fim de conhecer os quartos. A casa não era tão grande assim, mas confortável e ampla. Tinham quatro quartos e três banheiros, contando com a suíte de sua mãe. Aproveitamos para acomodar algumas coisas no quarto e me deixou à vontade para me trocar, se retirando primeiro e descendo para a cozinha. Eu troquei de roupa, colocando um conjunto de moletom e também retornei para o andar debaixo.
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  — Molly está tão empolgada com a praia, mas como posso deixá-la ir, não em meio a neve. — comentei ao vê-lo já com um avental no corpo, preparando algo para comermos.
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  — Deixe que ela caminhe na praia pelo menos. — ele me olhou com carinho — Quem sabe no próximo verão…
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  Seu olhar sugestivo me estremeceu um pouco. Sorri de leve e me sentei na banqueta para observá-lo.
  — Estou me lembrando de quando cozinhou para mim pela primeira vez… — comentei — O restaurante da sua mãe já ficou pronto?
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  — Estamos na fase final. — respondeu ele voltando o olhar para o lanche que preparava — Talvez no próximo mês seja inaugurado.
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  — Hum…
  Não demorou muito até que lanchamos os sanduíches de presunto defumado que ele preparou com chocolate quente. Eu já estava me preocupando com a ausência de sua mãe. Porém, pouco depois das dez, ela adentrou sua casa, com suas sacolas nas mãos e falando ao celular. Meu corpo gelou assim que seu olhar intimidador chegou em mim. Bridget Lewis, a maior chef de cozinha da Califórnia estava em minha frente, e o mais louco é que já havia visto uma reportagem do NT Post sobre ela. Ela me olhou de cima para baixo discretamente e depois desviou o olhar para meus filhos.
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  — . — ela seguiu para ele e o abraçou — Que saudade querido.
  — Eu também mãe. — ele sorriu retribuindo o abraço dela — Quero que conheça e seus filhos Molly e Joseph.
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  — Prazer, senhora Lewis. — disse estendendo a mão em cumprimento.
  — Prazer. — ela apertou a minha mão e sorriu para meus filhos — Já comeram? Trouxe alguns pratos do restaurante.
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  — Já comemos sim. — respondeu ele — Vamos nos recolher agora.
  — Eu preparei os três quartos para vocês, deixei o de ao lado do seu, já que sua irmã não virá. — disse ela num tom firme.
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  — ficará comigo. — disse ele ao segurar em minha mão.
  — Ah querido, não queremos que ela se sinta desconfortável não é, acho que seria mais prudente ela ficar no quarto ao lado. — o olhar de sua mãe se voltou para mim numa forma de ameaça.
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  — Claro, e também não quero tirar a privacidade dele. — eu soltei a minha mão da dele e o olhei com carinho — Será melhor assim, vou me sentir mais confortável.
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  — Se é o que você quer, eu respeito. — disse ele ao me olhar com seriedade.
  — Tudo resolvido então. — ela abriu um largo sorriso de satisfação e seguiu para a cozinha.
  Nesta altura, eu já estava me sentindo mais do que intimidada. Seguimos para os quartos, e enquanto deixava minha mala no quarto ao lado, fui dar boa noite aos meus filhos.
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  — Está tudo bem mãe? — perguntou Joseph.
  — Sim, porque? — o olhei confusa.
  — A mãe do pareceu não gostar da gente. — disse Molly.
  — Pequena, não é isso, ela só ficou preocupada com o nosso bem estar aqui. — forcei um sorriso para eles — Durmam bem, amanhã vamos passear na praia.
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  — Eba! — Molly deu um pulo da cama.
  — Vamos joaninha, dormir. — ri de leve e beijei sua testa — Fique tranquilo Joseph, está tudo bem.
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  Dei um abraço nele e me retirei do quarto deles. Segui para o meu, me deparando com ainda lá.
  — Não me olhei assim, é a casa da sua mãe, vamos respeitar a vontade dela. — disse ao me aproximar dele.
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  — Não quero que se sinta coagida, não me importo de ir para um hotel. — disse ele com firmeza.
  — Não me senti coagida, é minha primeira vez aqui, acho que será melhor assim, preciso conquistar a confiança dela primeiro. — expliquei a ele.
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  — Então… Quer dizer que no verão… — ele me puxou pela cintura — O verão está muito longe, meu desejo é derreter a neve com o nosso amor.
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  —
  Fui interrompida por um beijo apaixonado e intenso dele, como sempre. Senti que ele realmente queria esquentar as coisas entre nós, mas sempre sendo respeitoso e pedindo permissão a cada carícia mais maliciosa. Me afastei um pouco dele e desejei boa noite, ao perceber a sombra de sua mãe passando pela porta.
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  Na manhã seguinte, Molly me acordou primeiro. E sem mais delongas, trocamos de roupa e seguimos eu e meus dois filhos para uma caminhada na praia. pediu para ir na frente, pois precisava resolver alguns assuntos do escritório de última hora. Foi lindo ver Molly brincando com a neve, juntamente com Joseph, fazendo um boneco Olaf, versão joaninha. Fiquei parada observando eles se divertindo. Não conseguia me lembrar qual o último natal que passamos assim, tão felizes e em sorrisos o tempo todo. A triste lembrança de Carl quebrando a árvore enfeitada no último natal, fez meu coração se apertar. Porém, o brilho nos olhos de Molly foi o suficiente para espantar as más lembranças.
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  Passamos um bom tempo ali, porém o céu foi fechando e dando sinais de nevasca se aproximando. Voltamos para a casa da senhora Lewis, na porta ouvi vozes alteradas vindo de dentro e assim que entramos, ambos se calaram no mesmo momento.
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  — Voltamos. — disse meio sem graça, porém forçando um sorriso de quem não ouviu nada — Sentimos sua falta lá, você disse que iria.
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  — Me desculpe, imprevistos no trabalho, tive que resolver. — explicou — Como foi?
  — Divertido. — disse Molly empolgada.
  — Porém, o céu está estranho, parece que vem uma nevasca. — completei.
  — Eu vou jogar no quarto mãe. — disse Joseph num tom baixo.
  Meu filho era bastante transparente em suas expressões. E já havia percebido que ele não tinha gostado da mãe de . Tentei disfarçar as coisas, mas parecia que até não estava satisfeito com as ações da senhora Lewis. As horas se passaram, como véspera de natal e com uma tempestade de neve do lado de fora, nossa única opção era maratona Pixar sugerido por Molly. Joseph permaneceu no quarto jogando e a senhora Lewis na cozinha testando algumas receitas. Minha joaninha acabou dormindo no terceiro filme e a levou em seus braços para o quarto.
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  — . — a senhora Lewis entrou na sala ao perceber que estava sozinha.
  — Sim? — eu me levantei do sofá e a olhei — Precisa de alguma coisa?
  — Sim, mas infelizmente não pode me ajudar. — disse ela com aspereza na voz — Se é que me entende.
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  — Me desculpe, mas não a entendo. — disse inocente — Por que não posso ajudá-la?
  — , serei direta e honesta com você, meu sonho nunca foi que meu se relacionasse com uma mulher divorciada e com dois filhos na bagagem. — ela foi mais do que direta e honesta — Não acho que seja a mulher ideal para ele, nem que possa fazê-lo feliz.
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  — Somente eu sei quem pode ou não me fazer feliz mãe. — a voz de soou atrás de mim, arrepiando meu corpo.
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  — Querido, não foi o que eu quis dizer. — sua mãe tentou contornar a situação.
  — Foi sim, exatamente o que quis dizer. — ele parou ao meu lado e segurou firme em minha mão, certamente para que dessa vez eu não soltasse — A é a mulher que eu escolhi amar, não me importo com o que pensa sobre isso, tenho certeza que serei feliz com ela.
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  — . — sussurrei tentando acalmá-lo.
  Ele realmente parecia nervoso com sua mãe, mesmo mantendo o tom de voz tranquilo.
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  — Nós vamos para outro lugar. — anunciou ele.
  — Mas filho, está uma tempestade lá fora e amanhã é natal. — questionou ela.
  — Não vou ficar em um lugar onde esta mulher ao meu lado não é bem-vinda, e menos ainda vou permitir que continue coagindo ela. — disse ele com segurança — Eu a conheço mãe, e sei que é assim que faz.
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Oh eu não me importo
Mesmo que eu tenha que ir para longe
Eu serei o único homem
Que estará ao seu lado.

– Call Me Baby / EXO

17. Natal

  Foi loucura, mas sim. Enfrentamos a nevasca no carro que alugou e nos hospedamos na casa de um amigo que viajara para Londres. Com a casa vazia, teríamos o lugar somente para nós quatro. Mesmo sendo um pouco afastada da praia, era um lugar aconchegante e bem confortável. Logo que entramos, Joseph acendeu a lareira a pedido meu. Eu segui para um dos quartos e coloquei Molly ainda sonolenta na cama e a cobri com carinho. Enquanto isso, colocou as malas no lugar.
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  — Não queria ter causado tudo isso. — sussurrei para ele.
  — A culpa não é sua. — ele sorriu de leve e acariciou minha face — Não se sinta assim.
  — Como conseguiu esse lugar tão rápido? — perguntei.
  — Quando foram para praia, aproveitei para ligar para algumas pessoas enquanto resolvia o problema do projeto. — explicou ele — Me lembrei de um amigo, o dono dessa casa.
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  — Está arrependido de termos vindo? — perguntei a ele preocupada.
  — Se eu soubesse que minha mãe faria isso. — sua voz estava um pouco baixa.
  — A culpa também não é sua. — segurei em sua mão e o beijei de leve.
  Ele retribuiu o beijo envolvendo seus braços em minha cintura. Nossos rostos ficaram próximos um do outro, que podia sentir sua respiração ofegante. Meu coração acelerou no mesmo instante. Mantive meus olhos fechados por um tempo, com tudo silencioso ao nosso redor. Só conseguia sentir suas mãos deslizarem em minhas costas, fazendo meu corpo arrepiar.
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  — Eu te amo. — sussurrou ele em meu ouvido.
  Sua voz tinha uma entonação envolvente que me estremecia por inteiro.
  — … — sussurrei de volta.
  — Eu sei que você me quer na mesma intensidade que eu te quero. — afirmou ele seguro de suas palavras, seu olhar sereno e sincero — Me deixe te amar .
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  Antes que eu pudesse dizer algo, meu celular tocou. O clima foi parcialmente quebrado, quando me afastei dele e peguei minha bolsa. Ao atender, somente ouvi os soluços de Sophie do outro lado da linha.
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  — Sophie?! — me afastei de e caminhei até a janela da sala — O que aconteceu, amiga?
  — Eu, definitivamente odeio minha sogra. — disse ela em prantos do outro lado.
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  — Onde você está? — perguntei mais do que preocupada.
  — Eu não sei. — um breve silêncio se formou — Eu apenas saí da casa dos meus sogros e…
  — Sophie, o Will deve estar morrendo de preocupação com você. — alertei ela — Ele não merece passar por isso, ele te ama muito.
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  — Eu sei, mas eu não aguento mais, talvez eu não seja a mulher ideal para ele. — confessou ela seus pensamentos negativos — Ele sempre quis ter filhos e eu nunca dei a ele.
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  — Não diga isso amiga, vocês se amam e o Will entende que não esteja pronta para ser mãe. — tentei acalmá-la.
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  — Você não entende , eu nunca estarei pronta para ser mãe, porque eu sou estéril. — ela desabou a chorar mais ainda.
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  Aquilo me pegou de surpresa.
  — Não é que eu não queira ter, o que eu mais queria é dar ao Will os filhos que ele tanto sonha, mas eu não posso, vim com defeito de fábrica. — ela soltou uma gargalhada maluca.
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  Sophie sendo Sophie sempre. Mesmo em lágrimas continuava fazendo brincadeiras com a própria tristeza.
  — Eu não sei o que dizer amiga, como te ajudar. — disse a ela com uma voz solidária — Eu não estou em Manhattan como sabe.
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  — Não se preocupe comigo, mandei uma mensagem pra Annia vir me buscar, eu te liguei porque precisava desabafar com a minha irmã do coração. — explicou ela — Mas tudo bem, eu vou ficar bem, só preciso ficar longe do Will esta noite.
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  — Em plena véspera de natal amiga? — questionei a ela — Sophie, você não pode ficar sozinha no natal.
  — Estarei com a Annia até a noite, depois eu digo ao Will para me buscar. — ela respirou fundo.
  — Tem certeza?
  — Sim.
  Queria poder ajudá-la melhor. Estar em casa para lhe dar apoio, mas não conseguia nem mesmo me apoiar direito. As horas se passaram e acabei adormecendo no sofá nos braços de . Ele me levou para cama. No meio da madrugada, senti seus braços me aconchegando, com seu corpo aninhado ao meu. Ele realmente havia dormido ao meu lado. Logo pela manhã fui surpreendida ao acordar com um café na cama oferecido por meus filhos e meu namorado. Meu coração se encheu de alegria ao vê-los ali. Os três sentaram na cama e juntos tomamos o café.
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  Manhã de natal e até mesmo ver uma árvore montada na sala me surpreendeu. havia comprado uma árvore logo pela manhã, de um cliente de seu escritório que tinha loja na cidade. Era louco pensar que ele conhecia muitas pessoas e tinha muitos contatos pelo país. Ao final da tarde, com o tempo mais estável, saímos pelas ruas a desejar feliz natal. Em um piscar de olhos, pegou uma bolinha de neve e jogou em Molly. Assim que a joaninha percebeu quem foi o causador, uma guerra de bola de neve se formou entre nós, com muitas risadas e alguns escorregões pela neve. Foi um longo dia de diversão com as crianças e ele, um momento que nunca imaginei que teria.
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  — Estou com fome mamãe. — disse Molly assim que passamos por um restaurante aberto no dia.
  — Que tal celebrar o natal ao estilo italiano? — sugeriu ao olhar a placa do restaurante.
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  — Seria interessante. — disse Joseph ao guardar seu celular no bolso da jaqueta.
  — Vamos ao macarrão. — brinquei, fazendo-os rir.
  — Vamos! — exclamou Molly com entusiasmo.
  Mais um momento de descontração entre nós, com direito a um senhor vestido de papai Noel cantando canções tradicionais italianas, como O Sole Mio. Foi bonito e emocionante todo aquele momento. Ainda ganhamos um pote de biscoitos italianos feito com anis.
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  — Nos divertimos muito hoje. — disse assim que entramos em casa.
  — Eu gostei muito daquele biscoito que ela nos deu. — disse Molly.
  — Estou de olho na senhorita para não comer tudo de uma vez. — disse a ela já levando o pote de biscoitos para a cozinha — Não podemos abusar do açúcar.
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  — Eu prometo não comer tudo. — assegurou ela — Vou deixar para o Joseph também.
  — E eu não ganho? — a olhou com tristeza.
  — Os irmãos têm prioridade. — brincou Joseph.
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  — Que maldade comigo. — fez bico.
  — Eu vou deixar para você também . — disse ela sorrindo de leve.
  — Ok, quero a mocinha tomando um banho quente e indo para cama. — ordenei a ela — Está tarde e amanhã voltamos para Manhattan logo pela manhã.
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  — Ah mãe. — ela resmungou, mas sob o meu olhar e um sorriso cativante de , acabou aceitando.
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  Joseph se despediu de nós e seguiu para mais uma partida especial de natal do seu jogo. Após supervisionar minha joaninha e lhe dar um beijo de boa noite, voltei para o quarto. , ainda não tinha terminado de ajustar as coisas na cozinha, então aproveitei para trocar de roupa. Assim que terminei e olhei para meu reflexo no espelho, vi ele encostado na porta do quarto. Um frio na barriga passou por mim.
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  — Está a muito tempo aí? — perguntei um pouco tímida.
  — Tempo suficiente. — sua voz mais entonada, ele fechou a porta e passou a volta na chave.
  Meu coração já acelerou com isso. Ainda mais vê-lo se aproximar de mim. Como a casa estava totalmente quente pelo sistema de aquecimento instalado, então tive a liberdade de colocar o pijama com a blusa de alça. Aproveitando isso, parou em minha frente e tocando na alça caída, pousou sua mão em meu braço, e deu um beijo leve em meu ombro. Subindo para meu pescoço, percorrendo seus lábios até chegar em minha boca.
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  Meu corpo arrepiou com seu toque suave e ao mesmo tempo audacioso. Internamente, eu ainda me sentia insegura e incapaz de continuar, porém, quanto mais ele avançava e pedia permissão para continuar, mais eu lutava contra meus medos e concedia espaço para ele. havia entrado na minha vida da forma mais louca e surreal possível, nem sabia explicar como ele havia se apaixonado por mim. Mas ali estava ele, somente transmitindo todo o seu amor, através de suas carícias e beijos intensos.
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  — Eu te amo. — sussurrou ele, por várias vezes em meu ouvido, estremecendo-me ainda mais por dentro.
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  E por mais que eu não conseguisse ainda dizer as mesmas palavras, com a intensidade que ele dizia, eu transmiti meus sentimentos por ele naquela noite. O presente natalino de um para o outro, era exatamente a intensa e sublime entrega mútua que fizemos naquela singela noite de natal.
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Minha resposta é você,
Eu te mostrei tudo de mim,
Você é o meu tudo, eu tenho certeza,
Eu serei mais cuidadoso e te protegerei,
Então o seu coração nunca será machucado,
Eu nunca me senti assim antes,
Como se minha respiração fosse parar.

– My Answer / EXO

18. Mudanças

  Acordei sentindo acariciar minhas costas, ao deslizar seu dedo indicador pela linha central. Mantive os olhos fechados apenas sentindo seu toque em meu corpo e um leve beijo em meu pescoço.
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  — Eu sei que está acordada. — sussurrou ele em meu ouvido.
  Não me contive em abrir um largo sorriso e me remexer na cama para olhá-lo. Estava curiosa.
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  — Como sabia? — perguntei.
  — Você sorri enquanto dorme, além do mais, vi seu corpo arrepiar a dois segundos atrás, e sua respiração ficou mais forte. — explicou com um olhar sereno.
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  — Tem certeza de que não é um psicopata? — brinquei admirada com sua observação relacionada a mim.
  — Se for, você é a minha vítima. — ele jogou seu corpo em cima do meu, deixando nossos rostos colados — E não vou te deixar escapar.
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  Um beijo intenso iniciou de sua parte e retribui com a mesma vontade. Eu ainda não sabia como havia conseguido lidar com minhas inseguranças, as corrosivas palavras de Carl insistiam em martelar minha mente. Isso causava resistência em pensar se era uma mulher capaz de ir além das expectativas que aquele misterioso vizinho depositou em mim. demonstrou um domínio sobre meu corpo que desconhecia e jamais imaginava que um homem tivesse capacidade para isso.
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  Para ser sincera, eu nunca imaginei que dormiria com outra pessoa além de Carl. Sempre achei que meu casamento seria pra vida toda até que a morte nos separe como o dos meus pais. Mas agora, sentindo a intensa persuasão dos seus beijos em mim fazendo-me entregar por inteira, um certo medo surgia bem lá no fundo. Medo de me machucar novamente depois de ter cedido a ele o que tanto ansiava obter da divorciada da casa ao lado.
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  — Está muito silenciosa agora. — ele ergueu seu corpo e beijou meu ombro.
  — Estava pensando em coisas inoportunas. — disse num tom baixo, puxando um pouco o lençol para me cobrir — Preciso ver como estão meus filhos e preparar o café da manhã.
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  — Não queria sair desse quarto agora. — disse ele com um olhar intenso para mim.
  — Vida continua senhor vizinho e eu tenho dois filhos para alimentar. — me afastei dele e levantei — Te aconselho a tomar um banho, assim vai se sentir mais relaxado.
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  — E quem disse que estou tenso? — ele manteve seu olhar para mim — A única coisa que desejo é a mulher à minha frente.
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  — Terá que esperar, a mulher em sua frente tem filhos como prioridade. — eu ri dele e coloquei uma roupa qualquer que encontrei pela frente.
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  Somente ao chegar na cozinha que me toquei que havia colocado o suéter dele ao invés do meu. E senti uma queimação de vergonha em meu rosto, assim que o olhar do meu filho veio em minha direção. A curiosidade e análise de Joseph me deixava nervosa.
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  — Não precisa ficar com vergonha mãe, eu sei exatamente o que adultos fazem no quarto sozinhos. — brincou ele, segurando o riso — Só peço que sejam menos barulhentos, Molly ainda é uma criança e seria complicado explicar para ela as vozes altas de vocês.
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  Agora que eu desejava colocar minha cara dentro de um buraco. Nunca imaginei ser repreendida por meu filho e com tanta sutileza.
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  — Eu… — senti minha voz travar.
  — A culpa foi minha, me desculpe. — disse ao aparecer na cozinha e me abraçar por trás — Prometo que seremos mais cuidadosos.
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  — Hum… — Joseph nos avaliou com o olhar, ainda segurando o riso — Ah, Molly teve outro pesadelo novamente, ela veio dormir no meu quarto já que a porta de vocês estava trancada.
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  Mais uma vez eu senti um aperto no meu coração. Já se contava duas semanas que Molly estava tendo esses pesadelos malucos.
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  — Vá até sua filha, eu preparo o café. — sugeriu num tom mais sereno.
  — Molly ainda está dormindo? — perguntei a Joseph.
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  — Não, ela está vendo desenho. — respondeu meu filho desviando o olhar para o celular.
  Deixei ambos na cozinha, já temendo que tivessem algum tipo de conversa relacionada a noite anterior. Por mais que Joseph já fosse mais crescido, era vergonhoso conversar sobre minha intimidade com meu filho. Mas estava feliz por ele não ter nenhum tipo de preconceito quanto a isso. O que me fez lembrar da mãe de e a forma que me tratou. Certamente se tivéssemos continuado em sua casa, essa noite jamais teria acontecido.
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  — Joaninha?! — dei dois toques na porta do quarto e sorri para ela — Tudo bem? Bom dia querida.
  — Bom dia mamãe. — ela desviou o olhar da tela do notebook para mim e sorriu de leve — Eu tive outro daquele pesadelo.
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  — Joseph me contou. — caminhei até ela e me sentei ao seu lado na cama — Como foi o sonho desta vez?
  — Eu sonhei que estava chorando, seu rosto estava machucado. — ela começou a lacrimejar — Mamãe, eu não quero que se machuque.
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  — Querida. — eu a abracei forte acariciando seus cabelos — Nada vai acontecer, vamos ficar bem, foi só um sonho ruim.
  — Eu procurei o no sonho e ele tinha ido embora, então acordei me lembrando da mãe dele que não gostou da gente. — continuou ela com um olhar mais triste ainda.
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  — O continua aqui querida, vamos esquecer esse pesadelo. — sorri de leve para ela e segurando em sua mão, a levantei da cama — Vamos tomar nosso café da manhã.
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  Ela assentiu com um sorriso mais alegre e seguimos juntas para a cozinha. Depois de comer, me ofereci para lavar as vasilhas sujas. Assim que terminei, ouvi meu celular tocando e era uma ligação da Sophie. As coisas ficaram tão complexas ontem que me esqueci totalmente de ligar para ela e saber se melhorou.
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  — Sophie. — disse ao atender — Como está hoje?
  — Me sinto bem melhor, nada como um dia após o outro e uma noite de amor fofo com meu marido. — respondeu ela contendo a euforia.
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  — Você voltou para casa? — perguntei.
  — Não, estou na casa da Annia ainda. — respondeu ela.
  — Você e o Will ficaram aí? — agora eu estava chocada.
  — Bem, eu não queria ligar para ele, quem fez isso foi a Annia. — explicou ela — E de madrugada, eu fui surpreendida com um homem totalmente sedento invadindo meu quarto dizendo que sou a mulher da vida dele, com ou sem filhos.
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  Ela parecia estar nas nuvens.
  — Acho que foi nossa melhor noite em anos, nunca o vi tão entusiasmado. — continuou ela.
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  — Me poupe dos detalhes Sophie. — eu ri dela, fazendo uma careta.
  Voltei meu olhar para a porta e vi encostado na parede me olhando.
  — E para onde Annia foi? — perguntei curiosa.
  — Agora de manhã quando saímos do quarto, tinha um bilhete dela dizendo que tinha saído com um amigo. — respondeu — O que me intrigou, pois quando eu lhe dei boa noite, ouvi alguns passos dela pelo corredor, será que Annia está de namorado novo?
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  — Seria legal nossa amiga ter outra pessoa em sua vida, ela sofreu tanto com a morte do George. — observei se aproximar de mim e me abraçar pela cintura, meu coração acelerou um pouco — Mas e o Will?! Mais alguma reação dele.
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  Tentei agir com naturalidade, mas estava sendo complicado.
  — Ele está bem e teve uma conversa nada amigável com sua mãe, sobre suas cobranças em cima de mim. — respondeu ela — Mas eu quero mesmo é saber de você? Como foi conhecer a sogra? E o vizinho, vocês já avançaram?
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  — Ruim para a primeira e sim para a segunda. — disse de forma enigmática, pois ele estava mesmo atento à nossa conversa.
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  Sophie ficou muda por um momento, certamente tentando entender a resposta, e depois soltou um grito que me assustou.
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  — Sophie?! — a repreendi.
  — Sophie nada… — disse ela do outro lado da linha— Você tem noção de que a minha fic está salva! Finalmente ! E como foi? Quero detalhes, gosto das partes restritas.
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  — Sem parte restrita para você Sophie, se contenha e volte para seu marido, eu vou desligar. — eu disse a ela, segurando o riso, sentindo beijar de leve meu pescoço.
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  — Não seja má amiga, eu tenho esperado por esse momento há tempos, foi como esperar uma autora atualizar uma fic na parte mais definitiva da história. — resmungou ela chateada — Você não faz ideia do que é ler uma fic tão boa e descobrir que não é atualizada a oito anos.
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  Não me contive e ri dela.
  — Bom dia Sophie, volto para Manhattan amanhã pela manhã. — disse a ela.
  — Amanhã não é domingo, mas quero dia do sorvete no Central Park. — seu tom de ordem foi bem claro para mim.
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  — Tudo bem Sophie, dia do sorvete no Central Park, vou estar lá. — assegurei a ela.
  — Aproveite em dobro amiga, você merece saborear cada pedaço desse homem. — ela soltou uma gargalhada maldosa.
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  — Sophie?! — chamei sua atenção novamente.
  Encerrei a ligação em risos.
  — Sua amiga é muito legal e engraçada. — comentou — Suas expressões são tão divertidas quando fala ao telefone com ela.
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  — Sophie consegue me constranger sempre. — admiti, e mudando o assunto — Temos que arrumar as malas, vamos voltar à noite.
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  — Pensei em dar uma volta na praia antes de irmos, o que acha? — perguntou ele.
  — Casal ou coletivo? — perguntei.
  — Eu jamais deixaria de contar com a presença dos seus filhos. — assegurou ele com firmeza.
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  Assenti com um sorriso e segui para sala. As crianças ficaram animadas com a caminhada antes de partirmos. Agora com a presença de , nossa volta pela praia ficou ainda mais divertida e interessante.
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  — Até que enfim. — disse Sophie assim que cheguei no ponto de encontro no Central Park.
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  Minha amiga parecia mais do que ansiosa para me ver e eu sabia o motivo disso.
  — Desculpa o atraso, deixei Molly na casa dos meus pais, ela quer ficar o resto da semana com eles. — expliquei a ela — Vamos ao sorvete?
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  — Claro. — ela segurou em meu braço e me arrastou com ela.
  Assim que compramos um sorvete para cada, nos sentamos em um banco para conversar melhor.
  — Eu sei que está ansiosa para saber sobre meu natal em Malibu, mas eu também estou ansiosa para saber mais sobre essa história toda de não poder ter filhos. — já iniciei a conversa, antes que ela determinasse o curso das coisas — Por que não me contou isso antes amiga?
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  — Nós descobrimos isso a pouco tempo. — começou ela a sua explicação — Eu confesso que realmente não queria ter filhos, mas o Will foi me convencendo e vi que era algo bonito ser mãe, e toda vez que o via perto de uma criança, tinha mais certeza ainda que ele nasceu para ser pai.
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  — Então começaram a tentar. — presumi.
  — Tentar nunca foi o problema. — ela soltou uma risada maliciosa — Felizmente até hoje, sempre mantivemos o desejo um pelo outro, mas quando eu percebi que minha menstruação continuava vindo, comecei a me sentir mal… Por causa de uma doença que teve na infância, Will achou que o problema poderia ser com ele, mas meu marido é uma máquina de filhos, se quiser.
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  — Então descobriram que o fator era com você. — contatei a olhando com gentileza — Nem sei o que dizer.
  — No início eu realmente fiquei abalada, mas o Will em nem um momento deixou de ser o cavalheiro que ele é, sempre dizendo que filhos não mudaria nada em nosso casamento… Mas eu sei , que é isso que ele quer, mesmo se esforçando para não me deixar mal, Will quer ser pai e eu não posso lhe dar isso. — seus olhos lacrimejaram, porém ela os limpou rapidamente — Enfim, vida que segue não é. agora você, conta tudo.
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  — Ah… Sophie, acredita que a mãe de disse que sonhava com outra mulher para o filho?! — deixei transparecer um olhar triste.
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  Comecei a contar toda a história desde o início, aparando na parte em que saímos no meio da nevasca para a casa do amigo dele.
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  — Não brinca, que megera. — ela ficou boquiaberta — E eu que achei que a encrenca seria com a dona Agnes.
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  — Eu também. — concordei com ela.
  — Nossa, como pode um gentleman com o ser filho de alguém assim? — ela parecia ainda mais chocada do que eu — Com certeza puxou o pai.
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  Brincou ela e nós rimos.
  — E depois?! — ela mordeu os lábios inferiores com um olhar instigante.
  — Já disse Sophie, sem parte restrita para você. — eu ri do bico que ela fez.
  — Sua mercenária, pare de estragar a história. — ela continuou com o olhar indignado para mim — Sonhei tanto com a consumação desse shipp.
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  — Ai, sua boba. — eu ri dela — Só posso te dizer que… Ultrapassou as expectativas.
  — AAAAAHHHHHHHHHH!!! — ela soltou um grito atraindo os olhares para nós.
  — Sophie, que vergonha. — a repreendi.
  — Vergonha era o que você estava me fazendo passar, negando amor para o pobre vizinho. — ela riu com sarcasmo — Que de pobre não tem nada.
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  Eu ri junto com ela.
  — E o que mais? — seu olhar continuou curioso.
  — Como assim o que mais?
  — Ai , só isso de expectativas? Fala mais, ele é mais calminho ou mais bruto?
  — Sophie eu não vou contar mais nada a você. — disse voltando meu olhar para o sorvete que já derretia em minha mão.
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  — Ah, vai contar sim. — seu tom ficou mais sério.
  — Amiga, você não consegue entender a confusão que está na minha cabeça agora. — suspirei fraco — Ter me permitido ficar mais íntima dele só me deixou ainda mais agoniada e preocupada.
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  — Por que? Ele te ama, você ama ele… Você ama ele não é? — seu olhar ficou sério.
  — Eu sei que tenho sentimentos por , mas… Ainda tenho medo de me machucar de novo, de me tornar dependente e vulnerável a ele como fui do Carl. — expliquei a ela meus temores.
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  — Você quer comparar os dois? , o é maravilhoso, tudo que você precisava e o mais louco, sua mãe aprovou ele, não tem como dar errado. — Sophie argumentou.
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  — Eu também achei que Carl era o homem da minha vida. — retruquei.
  — Você está caçando motivos para sofrer isso sim, além do mais, metade das pessoas que conhecemos não gosta do Carl e achava que você era mulher demais para ele. — continuou minha amiga com propriedade.
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  — Eu só não quero mais me machucar Sophie, só isso. — disse a ela, dando um sorriso fraco.
  Os dias passaram e um novo ano se abriu para todos.
  Eu estava feliz, pois logo na primeira semana boas notícias chegaram trazendo possíveis mudanças em minha vida. E sim, neste ano eu estava disposta a mudar muita coisa, foi o juramento que fiz ao olhar para os fogos da virada. A começar pela carta da Yonsei University para Joseph, o aceitando no curso na área de computação e TI com uma singela bolsa de estudos com direito a alojamento no dormitório masculino do campus. Aquilo me deixou mais do que feliz por meu filho. Ele iria seguir o caminho que desejava e teria todo o meu apoio.
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  Apesar de já estar com saudades sem ele nem ter ido. Meu pequeno garoto voaria para o outro lado do mundo em busca dos seus sonhos.
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  — Não precisa se apressar tanto Joseph, as passagens que a universidade mandou são para o próximo mês e ainda tem o baile de formatura. — disse a ele ao me sentar na mesa do café.
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  — O calendário escolar na Coréia é bem diferente daqui mãe. — explicou ele — Não estarei aqui nem para as aulas do último trimestre, quem dirá o baile de formatura.
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  — Mas eu pensei que iríamos somente para fazer a matrícula e voltar para casa. — fiquei estática com a notícia.
  — A senhora vai comigo, mas voltará sozinha, minhas aulas já se iniciam em março e estou mega empolgado por isso. — disse ele.
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  — Eu vou sentir sua falta, Joe. — disse Molly com um olhar triste.
  — Eu também joaninha, mas pense pelo lado bom, assim que arrumar um emprego, vou alugar um apartamento e poderão passar as férias comigo. — ele piscou de leve para a irmã, que abriu um largo sorriso.
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  — Eba! — disse Molly se empolgando.
  Eu apenas sorri com os olhos brilhando de orgulho de ver meu filho vivendo seus sonhos. Como prometido, passei o acesso total de sua conta no banco, para que pudesse administrá-la por si mesmo. Eu sabia que Joseph seria mais do que responsável com todo aquele dinheiro guardado para a faculdade. E mesmo que Carl não aceitasse sua ida para tão longe, o dinheiro pertencia a nosso filho e ajudaria com os gastos futuros.
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  Com a partida de Joseph, seríamos somente eu e Molly naquela casa, e já estava analisando o que faria com minha vida e meu futuro. Eu queria me sentir livre e com possibilidades que nunca tive antes. E com isso, meus pensamentos não paravam de martelar sobre meu relacionamento com , sobre como eu me sentia agora com nossa aproximação mais íntima. Sobre o medo que tinha de me tornar dependente dele e novamente me machucar. Eram tantos os pensamentos e angústias que me deixavam louca.
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  Faltava-se dois dias para a grande reunião do novo jornal online de Genevieve. E eu tinha que tomar minha decisão. Se eu queria uma nova vida em um novo ano, precisava ser forte e corajoso para lutar e viver isso.
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  — . — disse ao entrar na cozinha da minha casa com o olhar confuso — Está tudo bem, não entendi sua mensagem.
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  — Sim, está… Eu só quero conversar com você. — disse estendendo a mão para que ele se sentasse na cadeira, como de fato o fez.
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  — Diga. — seu olhar ficou mais sereno e atento a mim.
  — Como sabe, Joseph está indo para outro país estudar, e as coisas têm acontecido de uma forma acelerada em minha vida desde que me divorciei. — comecei de forma subjetiva.
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  — Sim.
  — E agora com a possibilidade do jornal, e outros trabalhos por fora, eu percebi que preciso de um tempo para mim, para entender quem sou eu e o que quero para o meu futuro… — continuei, buscando as palavras adequadas em minha mente — Eu saí de um casamento que me feriu muito e não tive meu tempo sozinha de recuperação, então você apareceu e…
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  — Você quer terminar. — disse ele já entendendo o que eu queria dizer.
  — Me perdoe por isso, eu só estou tão assustada com tudo que vem acontecido e depois do natal não consigo pensar em outra coisa… — me calei, assim que ele se levantou da cadeira e deu um passo para mais perto de mim, que permaneci sentada o olhando.
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  — Real até quando você quiser, este foi o combinado, não precisa se desculpar. — ele deu um beijo suave no topo da minha cabeça — Meu desejo sempre será a sua felicidade.
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  Ele se afastou e saiu pela porta antes mesmo que eu pudesse dizer mais alguma coisa. Senti um aperto no meu coração e os olhos cheios de lágrimas.
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  Comecei a chorar, mantendo o olhar fixo na porta, como se alguma coisa tivesse sido arrancada de mim.
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  E foi eu mesmo que arranquei.
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Não sei por quê (não sei por quê)
Me diga por quê (me diga por quê)
Por que o amor acaba?
Por que as coisas
Desaparecem?
Tão bonito?
É apenas um sonho
O amor é como um sonho.

– Evanesce / Super Junior

19. Memórias

  Confesso que não estava preparada para ficar sozinha.
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  Já havia me acostumado com a presença de , principalmente ao olhar pela janela e vê-lo em sua cozinha. Mas agora, tudo estava cinza entre nós, e não passava nem perto do enredo do livro que Sophie me instigou a ler. O mais impressionante foi o passar dos dias, ouvindo barulhos de reforma novamente. Eu que achei que o vizinho já havia terminado com tudo isso. A surpresa veio realmente quando me deparei com uma placa de vende-se em frente a sua casa. Um frio estranho passou pelo meu corpo, ao me lembrar que já se contava uma semana que eu não o via e até a cerca que permanecia quebrada, estava totalmente renovada.
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  — O vai se mudar? — perguntou Joseph ao se colocar ao meu lado na rua.
  — Parece que sim. — afirmei voltando meu olhar para as malas que meu filho segurava — Vamos querido? Não podemos perder o voo.
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  — Tem certeza que está tudo bem para ir, mãe? — Joseph me olhou preocupado — Eu posso perfeitamente resolver isso sozinho.
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  — Eu não renovei meu passaporte às pressas para deixar meu filho viajar sozinho. — argumentei.
  — Sei que está triste por terminar com o . — admitiu ele a minha realidade.
  — A escolha foi minha querido, e preciso aprender a ser feliz sem depender de uma segunda pessoa. — voltou meu olhar para a placa — Por mais que tenha sentimentos por ele, preciso aprender a caminhar sozinha.
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  — Sabe que sempre terá meu apoio e de Molly. — assegurou ele ao sorrir de leve.
  — Meu garoto, te amo filho. — após um abraço apertado, ajudei-lhe a colocar as malas dentro do carro alugado.
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  Foi a primeira conquista após o término, minha carteira de motorista. Isso me levou a avaliar a ideia de comprar um carro para mim. Enquanto minha joaninha ficou na casa dos meus pais, passei duas semanas na Coreia do Sul conhecendo a cultura do país e me divertindo com meu filho. Com direito até a passeios em diversos pontos turísticos.
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  — I’m sorry. — disse ao homem, após esbarrar nele com o urso de pelúcia, que ganhei do meu filho.
  — Não se preocupe, está tudo bem. — o homem me olhou com gentileza e sorriu de leve — Quer ajuda para carregar isso.
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  — Não precisa, estou mesmo é perdida. — ri baixo — Você é de Manhattan, não é?
  Minha pergunta foi um pouco indiscreta.
  — Pelo sotaque? — retrucou a pergunta.
  — Sim. — concordei — Nova-iorquinos possuem um jeito diferente de falar.
  — E o que faz uma residente de Manhattan do outro lado do mundo? — perguntou ele, não deixando a conversa morrer.
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  — Bem, eu estou com meu filho, ele vai estudar no país. — expliquei não detalhando muito — E o senhor?
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  — Vim a passeio e trabalho ao mesmo tempo. — ele manteve um olhar sereno para mim — E por favor, não me chame de senhor, somente Dimitri.
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  — Bem, prazer . — estiquei a mão em cumprimento, e logo ele apertou.
  Curiosamente eu me sentia confortável por aquilo. Talvez minha convivência com tenha ajudado a reduzir um pouco minha timidez. Algo surpreendente para mim.
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  — Mãe, estava te procurando. — disse Joseph ao se aproximar de nós — Onde estava?
  — Seu filho? — perguntou Dimitri com um olhar admirado.
  — Sim, este é Joseph. — assenti.
  Eles se cumprimentaram, com meu filho o analisando pelo olhar sério que mantinha.
  — Devo confessar que se parece mais com um irmão de sua mãe. — comentou o homem.
  — Concordo, minha mãe é muito jovem e bonita para ter um filho da minha idade. — Joseph me abraçou por trás envolvendo seus braços em minha cintura — Devemos revelar a ele que somos amantes?
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  — Joe?! — eu comecei a rir dele, o afastando de leve — Foi um prazer conhecê-lo Dimitri, mas eu e meu filho precisamos voltar.
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  Nos despedimos do homem e seguimos para nosso destino.
  Meu retorno a New York foi marcado pela surpresa de ver que em pouco tempo, a casa ao lado havia sido comprada por uma família grande e muito barulhenta. Até a senhora Philip do outro lado da rua, começou a sentir falta do morador que transformara sua varanda no clube das mulheres mal casadas. De fato, não sabia explicar se era somente pela nova realidade, ou pelo fato de começar a me sentir sozinha… Mas passei a achar aquela casa onde vivi mais de 15 anos, um tanto quanto sufocante e opressora.
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  — Bom dia, pai. — disse assim que ele abriu a porta de sua casa para mim.
   — Oh querida! — ele me abraçou com carinho e abriu mais a porta para que entrasse.
  — Como está a mamãe? E Molly? — perguntei ao deixar minha bolsa pendurada do lado.
  — Sua mãe está na cozinha, e Molly saiu para dar um passeio com sua irmã e o filho. — respondeu ele com uma voz cansada, fechando a porta.
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  — Marg aqui? Tão cedo? — indaguei estranhando.
  — Sua irmã e sobrinho estão morando aqui conosco agora. — explicou ele — Tem sido agitado duas crianças em casa.
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  Papai estava mesmo com um olhar cansado.
  — Como assim Marg está aqui? E o Mark? — eu estava perplexa com a notícia.
  — Eles tiveram uma briga feia, acho que por ela aceitar o convite de Brian para trabalhar em sua empresa, então sua irmã pediu o divórcio. — continuou ao se sentar na poltrona perto da lareira.
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  — Sua irmã só fez o que já deveria ter feito a muito tempo, um orgulho para mim. — disse minha mãe ao entrar na sala, com seu avental no corpo — Só me preocupo o fato dela repetir o mesmo erro de trabalhar com o Brian, já você…
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  — O que tem eu mãe? — a olhei já esperando alguma repreensão inventada.
  — Como pode ser tão burra pela segunda vez, ein? Miller? — ela cuspiu as palavras de forma áspera — Como pode terminar com o e ainda achar que pode omitir de nós? Soube do assunto novamente pelos vizinhos fofoqueiros, que sempre são os primeiros a saber da vida das minhas filhas.
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  — Mãe, o que faço da minha vida privada é problema meu, se seus vizinhos sabem, é porque não possuem uma vida para cuidar. — a confrontei.
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  — O problema não é eu saber pelos outros, mas você deixar escapar a chance da sua vida… Sò me falta agora dizer que vai voltar para o escroto do seu ex marido. — disse ela mantendo a revolta de minha decisão.
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  — Credo mãe. — fiz uma careta de repulsa — Nem se o Carl fosse a última Coca Cola do deserto.
  — é um jovem tão bom, você não o merece. — ela saiu bruscamente da sala, transbordando raiva.
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  — Eu posso entender quem é essa mulher? — perguntei ao papai que segurava o riso.
  — Minha querida, você que não estava aqui quando Molly confirmou a fofoca. — ele se levantou da poltrona e veio até mim.
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  — Estou aliviada por isso. — confessei a ele.
  — Sua mãe de uma forma surpreendente se apegou a ideia desse rapaz e você juntos, e foi a segunda vez que ela admitiu que alguém merecia suas filha. — a voz do meu pai era sem dúvidas a mais acolhedora da minha vida — A primeira como sabemos foi o Brian.
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  Nós rimos um pouco.
  — Tenha paciência com a sua mãe, descanse um pouco no quarto de Molly, percebo que ainda está fatigada pela viagem. — ele sorriu.
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  Assenti sem contestar, meu sabia sabia mesmo me entender. Subi para meu antigo quarto e deitei um pouco na cama. Foi um cochilo mais longo que dei em dias agitados. Quando acordei, me deparei com Margareth na porta do quarto de braços cruzados me olhando torto.
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  — Se for me repreender… — iniciei.
  — Bem que eu gostaria de te dar uma surra, mas deixo isso para a mamãe. — ela riu, entrando mais e vindo até mim — Como está?
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  — Me sentindo esquisita e vazia. — confessei a realidade — É estranho não tê-lo mais.
  — Por que terminou? — ela se sentou ao meu lado.
  — Porque não quero mais depender de um homem para me sentir forte, Marg. — desabafei de leve — Preciso me amar primeiro, preciso ser feliz por mim mesmo e não através de outra pessoa… Eu percebi no natal, que já estava me tornando dependente dele, não queria repetir o mesmo que fiz com o Carl.
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  — Eu te entendo irmã, e não te condeno. — Marg me olhou com carinho — E agora? Como vai ser?
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  — Pela primeira vez, vou viver o que não vivi após a formatura, serei uma mulher solteira. — ri de leve.
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  — Solteira nunca mais querida irmã, divorciada. — ela riu também.
  — E por falar em divórcio, que história é essa de estar morando aqui? — perguntei demonstrando meu choque com o olhar — Papai me contou por alto.
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  — Depois daquela conversa que tivemos e que te contei sobre a volta do meu amigo… As coisas só pioraram com o Mark, eu confesso que não fiz nada para tentar melhorar meu casamento, e…
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  — E? — mantive o olhar fixo nela — O que aconteceu?
  — Brian me ofereceu um cargo na construtora da sua família, eu realmente considerei isso, ainda mais depois do beijo… que… ele me deu. — seu olhar de adolescente culpada estava ali.
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  — Ele te beijou?? — estática me peguei — Foi só um beijo, não é, Marg?
  — Claro que foi, e fui pega de surpresa ok?! Sabe o que eu acho sobre traição. — assegurou ela.
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  — E o Mark sabe sobre isso? — indaguei.
  — Não, nem desconfia.
  — Então, a briga de vocês foi pelo convite de trabalho? — fiz minha suposição.
  — Antes isso, foi o que contei aos nossos pais. — ela soltou um suspiro fraco e frustrado — Eu pedi o divórcio, porque comecei a ter nojo do Mark, principalmente depois que ele quase me forçou a fazer sexo com ele.
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  — Margareth, isso é muito sério. — eu segurei a mão da minha irmã — Eu, que raiva desse…
  — Eu estou bem agora , não se preocupe. — seu olhar estava seguro — Preferi não contar aos nossos pais, você sabe como eles são quando se trata da nossa segurança, mas adverti para o Mark ficar bem longe de mim e do nosso filho.
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  — Fez bem, se ele teve coragem de forçar algo com você, imagina o que poderia fazer com seu filho. — tentei não pensar na minha suposição.
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  — Não quero nem pensar nisso, o Mark já estava demonstrando falta de paciência para a saúde do nosso filho. — ela respirou fundo — O que importa é que em breve serei divorciada e livre para viver minha vida profissional sem o negativismo dele.
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  — Que nosso novo ciclo seja próspero. — desejei a nós duas.
  — Sim… Ah, você já conversou com a Sophie sobre o término? — perguntou ela.
  — Estou ignorando suas mensagens, pois todas são áudios de gritos. — respondi rindo — Minha amiga foi a pessoa que mais torceu para dar certo, preciso deixar ela se acalmar primeiro antes de tentar um acordo de paz.
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  Ela soltou uma gargalhada engraçada.
  — Sophie, sendo Sophie. — disse ela — O que importa é você estar bem com tudo isso e ser feliz .
  Nos abraçamos por um tempo e me levantei. Descemos para sala e Molly veio correndo me abraçar. As saudades da minha joaninha somente foram aplacadas após um gostoso beijo na bochecha que ela me deu. E logo foi contando tudo que fez no curto espaço de tempo que fiquei fora. Como não estava sendo fácil para mim, para ela também era complicado se acostumar com a ausência de . o mais louco, era que minha filha conseguiu ter mais apego pelo vizinho da casa ao lado, que pelo próprio pai.
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  Os dias passaram…
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  E eu dividi meu tempo entre a preparação para o lançamento do jornal, cuidar de Molly, e conseguir vender minha casa. Sim. Estava decidida a não morar mais naquela casa. Com Joseph em outro país, o lugar se tornaria mais vazio ainda, além das lembranças que me trazia. Tanto tristes por meu casamento com Carl, quanto felizes por meu relacionamento com . Uma boa notícia? Minha pequena joaninha demonstrou empolgação com minha decisão de nos mudarmos para um apartamento mais próximo do centro da cidade.
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  Uma conversa com meu pai foi o suficiente pra ele me indicar um amigo corretor que ainda continuava na ativa. Para minha surpresa, foi fácil a venda da minha casa, o que me fez passar algumas semanas na casa dos meus pais, juntamente com Margareth. Lidar com a bagunça das crianças foi moleza, perto dos olhares atravessados de minha mãe, que continuava irredutível quanto ao meu término com o vizinho. Eu só queria conseguir encontrar um apartamento que o valor coubesse no meu orçamento e que fosse aconchegante.
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  — E este senhorita Miller, é o último da lista. — disse o corretor assim que abriu a porta e me deixou entrar primeiro.
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  — Me parece que foi reformado a pouco tempo. — disse ao observar a tinta da parede que parecia ter sido pintada há dias.
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  — Sim, o antigo morador fez uma pequena reforma para colocar a venda. — confirmou ele — Por isso está sem os móveis.
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  — E onde estão? — perguntei.
  — Foram enviados para um galpão onde estão sendo restaurados. — continuou ele, me guiando até a cozinha — Este apartamento possui dois quartos como pediu, sendo um feito suíte e anexado como cobertura, possui o terraço também, sendo dividido com o apartamento ao lado.
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  — Isso é bom, só me espanta o valor sendo uma cobertura. — comentei receosa.
  — É devido ao fato do antigo dono nunca ter utilizado o terraço, não possui nada a não ser sujeira.
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  — Posso ver?
  — Claro senhorita, por aqui.
  Eu o segui até as escadas de acesso ao mezanino. Uma porta para o terraço foi destrancada e aberta. Assim que saímos o cheiro de lodo e sujeira foi forte, me embrulhando o estômago. Levantei mais o olhar, e vi uma pequena mureta separando o terraço.
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  — O que seria isso? — perguntei curiosa.
  — Ah, esta é a divisão entre as coberturas, seu limite de terraço vem até esta mureta. — explicou o homem.
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  Não deixei de notar alguns materiais de construção como sacos de argamassa no chão, em cima de uma pilha de caixas de porcelanato.
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  — Você sabe se o apartamento ao lado do meu está ocupado também? — indaguei curiosa.
  — Sim, o apartamento foi comprado há dois dias e o novo morador começou a fazer sua reforma por conta própria. — respondeu ele voltando para a porta — É até uma história maluca, teve um vazamento de gás com o antigo dono e o lugar ficou fechado por mais de cinco anos, agora que conseguimos vendê-lo e o novo proprietário nem fez questão do desconto pela reforma dele.
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  — Nossa, descontos sempre são bem-vindos, e olhando este terraço, acho que deveria abaixar em uns cinco mil dólares o valor final, não acha?
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  Foram bons os meus argumentos para convencê-lo a reduzir o preço final do apartamento. Fechamos o negócio em três dias e metade do dinheiro da venda da minha casa, dei de entrada, para reduzir o valor da prestação da hipoteca. A outra metade, mantive guardada na poupança rendendo juros, usaria em caso de emergência. Com o novo apartamento até mesmo gastos fixos com energia elétrica, água e outros seriam menores. Somente eu e Molly, até a compra do supermercado baixaria o custo. Uma lado positivo de tudo isso, meu desespero por dinheiro seria amenizado e mais uma vez poderia me orgulhar da minha independência conquistada.
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  — Tô pra te dizer amiga, que sorte você teve em encontrar esse lugar. — comentou Sophie assim que entrou no apartamento carregando duas caixas.
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  As poucas coisas que decidi levar comigo para a nova morada, ela estava me ajudando a levar para dentro. Deixei Molly na casa dos meus pais, queria fazer uma surpresa para minha filha, e a levaria somente com o lugar todo pronto. Logo, um barulho veio da parede de divisa com o apartamento ao lado.
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  — E que ironia do destino seu novo vizinho estar reformando também não é? — comentou ela com um olhar provocativo e um sorriso malicioso no canto do rosto.
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  — Nem comece Sophie, o que eu menos quero é encontrar ligações com o em minha nova casa. — a repreendi, deixando a caixa em minha mão no chão — Com esta zeramos o carregamento e antes do almoço.
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  — Aqui ainda está uma bagunça, como vamos comer sem uma geladeira? — reclamou ela deixando as caixas que carregava em cima da minha — Já estou sentindo fome.
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  — Vamos ao Liberdad Café então. — sugeri.
  — Isso é uma boa ideia. — concordou ela — E quando chega os móveis restaurados?
  — Na segunda à tarde. — respondi — Eu fui conferir e ficaram lindos e com ar moderno.
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  Em instantes, ouvimos algo cair. O som vinha do terraço.
  — Eu vou ver o que foi. — disse a ela me movendo para a estada.
  Assim que saí no terraço, avistei o vizinho de costas recolhendo algumas caixas pequenas que haviam caído. Daí o barulho. Dei alguns passos para perto da mureta, observando se estava tudo bem.
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  — Tudo bem aí? Eu ouvi o barulho lá de dentro. — disse num tom baixo, porém audível — Se quiser ajuda.
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  O homem parou de repente o que estava fazendo, como se tivesse congelado ao me ouvir, e erguendo seu corpo, ficou por alguns segundos ainda sem reação.
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  — Está tudo bem vizinho? — insisti.
  — Está. — disse ele num tom firme e suave, se virando para mim.
  Meu coração acelerou assim que meus olhos cruzaram os dele. Até mesmo meu corpo sentiu o impacto se arrepiando. Eu não acreditava no que via. Lewis diante de mim, com sua blusa branca suja de poeira a tinta, jeans rasgados na coxa e descalço. Era a primeira vez que o via após o término, e tive que me forçar a não focar meu olhar naqueles lábios que me atraíam.
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  Seu olhar estava mais surpreso em me ver, que o meu em vê-lo.
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“Você brilhou radiante em um curto período de tempo como um relâmpago
Você iluminou o mundo por um instante
Como se o mundo inteiro me pertencesse
Você me mostrou e partiu.”

– Thunder / EXO

20. The Imperatriz

  — Vizinho! — a voz entonada de Sophie soou atrás de mim, com mais surpresa ainda.
  — Oi Sophie. — ele abriu um sorriso singelo para ela, porém mantendo seu olhar em mim.

  Me esforcei para demonstrar alguma reação, porém não consegui. Estática fiquei até minha amiga se aproximar de mim.
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  — Você é o dono desta cobertura? — perguntou minha amiga.
  — Sim, adquiri há duas semanas. — respondeu ele, seu olhar se mantinha o mesmo para mim — Estou na fase da reforma agora.
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  — Que mundo pequeno não. — ela abriu um largo sorriso e me olhou de relance — Quem diria que seria sua vizinha novamente.
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  — Minha vizinha?! — ele franziu a testa, confuso.
  — Sim, comprou este apartamento há dois dias. — explicou minha amiga.
  — A nova vizinha. — notei o seu sussurro.
  — , não encontro minha necessaire. — a voz de uma garota soou da porta, e logo sua figura apareceu.
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  Uma jovem que aparentava ser mais nova que ele e tão bonita quanto. Ela estava vestindo somente uma camisa masculina que certamente era dele. Com as pernas amostra, um sorriso meigo no rosto e um olhar curioso para mim.
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  — Prazer, você é a nova vizinha? — perguntou mantendo o olhar para mim.
  — Sim. — assenti.
  — Esta é a . — disse ele para a moça.
  — A ? — ela o olhou surpresa — A ?!
   assentiu com o olhar. E eu em choque por ela saber sobre mim, vendo pela sua reação.
  — Uau, eu sou Alexia, é surpreendente te conhecer, justo aqui. — a moça abriu um largo sorriso e se voltando para ele, tocou de leve em seu tórax — Eu sei que está ocupado, mas eu realmente preciso encontrar minhas coisas… Não sou tão organizada quanto você.
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  — Você nunca foi organizada. — ele sorriu de canto.
  Seu olhar para ela era de carinho e ternura. Ambos pareciam extremamente próximos e ver aquilo já estava me deixando um pouco desnorteada.
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  — Sophie, acho melhor entrarmos. — sussurrei para minha amiga, segurando minhas emoções.
  — Claro. — ela voltou o olhar para frente — Foi um prazer te ver novamente vizinho, mas temos uma agenda cheia hoje.
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  Minha amiga me segurou, discretamente me amparando. Consegui ver de relance Alexia o arrastando para dentro, segurando em sua mão. Assim que cheguei no último degrau da escada, meu corpo desabou e comecei a chorar.
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  — . — minha amiga me olhou com compaixão.
  — Sophie. — não tive forças para conter as lágrimas, só conseguia sentir falta de ar e uma decepção comigo mesma.
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  — Amiga… — ela se sentou ao meu lado — Eu nem sei o que dizer, mas estou tão perplexa quanto você.
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  — Ele não me deve nada, fui eu quem terminou, mas… — eu a olhei — Não estava preparada para isso.
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  — Não queria dizer, mas já dizendo… Eu te avisei. — seu tom mesmo sério, tinha sutileza — é o partido da cidade, claro que ele seguiria em frente fácil.
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  — Ele pareceu tão apaixonado quando disse que me amava. — senti mais uma lágrima escorrendo em meu rosto.
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  Sophie tocou de leve em meu ombro e me deu um abraço acolhedor.
  Minha amiga se esforçou bastante para me animar e consolar. Permanecemos mais um tempo ali sentadas, até que consegui me recompor. A decisão de terminar foi minha, e não poderia chorar por isso. Ele tinha uma vida sem mim agora e eu também sem ele. Seguimos então para o Liberdad Café, onde Finn pessoalmente nos atendeu e indicou um prato especial para nosso almoço.
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  Ao longo da semana me desdobrei para arrumar as coisas no apartamento e assegurar que a equipe de manutenção que contratei fizesse uma limpeza geral no terraço. Ainda não sabia o que faria ali, mas certamente algo que me permitisse desfrutar da vista. E não estava me referindo ao vizinho. E finalmente o dia de lançamento do jornal online havia chegado, depois de muitos testes da plataforma de hospedagem escolhida, ajustes de layout, e correria para escrever os artigos e diagramá-los. Nossa The Imperatriz estava pronta para ir ao ar e mostrar como se faz um jornal de verdade.
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  — Ao The Imperatriz! — disse Genevieve ao erguer a taça de suco de laranja em um brinde.
  — Ao The Imperatriz! — eu e toda a equipe erguemos as nossas dizendo em coral.
  Confesso que foi desgastante todo o trabalho inicial. As reuniões até tarde e as madrugadas em claro cheias de revisões de planejamento e criação de cadernos diversificados. No final, nosso jornal havia saído à nossa cara, sem ninguém para nos podar ou impor limites.
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  — Gente… Vocês não vão acreditar. — disse Isla, a nossa técnica de TI, que ficaria responsável por toda a parte de programação do site — Nosso site já bateu 100 mil acessos nas primeiras 24 horas.
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  — Sério?! — Genevieve a olhou com emoção.
  — A gente nem fez uma divulgação pesada. — disse admirada.
  — Não, mas não se esqueçam que meu namorado tem divulgado isso na rádio durante toda a semana. — comentou Beth.
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  Ela havia mesmo começado a namorar um radialista, que ficou super empolgado com o nosso projeto. Nossa sorte é que ele se ofereceu para fazer as divulgações em seu programa de rádio de forma sutil e não muito escancarada.
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  — Sabe aquele sentimento de dever cumprido. — disse Genevieve ao me puxar para um canto e se sentar em uma das cadeiras — Durante toda a minha vida eu desejei ter meu próprio jornal e estou tão feliz por ter realizado isso, com sua ajuda.
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  — Eu que agradeço Genevieve, pela confiança e por ter me chamado para participar. — sorri de leve para ela.
  — , não quero entrar em detalhes na frente das meninas. — continuou ela, deixando o olhar mais triste — Mas, tenho um último pedido para te fazer.
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  — Será um prazer realizá-lo se tiver ao meu alcance. — assegurei a ela.
  — Tenho certeza que está. — ela respirou fundo — Quero que fique em meu lugar no jornal como editora chefe.
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  — Eu? — tentei não gaguejar — Genevieve, eu não tenho tanta experiência como você e…
  — Você está pronta , e nasceu para isso. — garantiu ela, confiando mais em mim, do que eu mesma.
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  — Mas, qual o motivo de não permanecer? — indaguei.
  — Eu descobri no final do ano que estou doente, e para cuidar da minha saúde terei que me ausentar de tudo, por favor, não conte isso as meninas. — seu olhar demonstrava confiança em mim — Meu sonho era somente dar vida ao The Imperatriz, mas quero que você seja responsável por fazê-lo continuar respirando. Faria isso por mim?!
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  — Claro que sim, é uma honra e vou dar o meu melhor para não desapontá-la. — disse confiante em minhas palavras.
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  Ela se levantou da cadeira e me abraçou, segurando as lágrimas. Foi uma linda comemoração ao nascimento do primeiro jornal totalmente voltado para o público feminino.
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  — Bom dia mamãe! — disse Molly ao me acordar pela manhã, pulando em cima de mim.
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  — Bom dia querida. — abri os olhos com certa dificuldade — Você já não está grandinha demais para me acordar assim? Não deveria estar dormindo?
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  — Eu acordei cedo e fui tomar café da manhã com o . — respondeu ela com toda tranquilidade do mundo.
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  — O que?! — ergui meu corpo no rompante e me senti meio zonza por isso — Como assim tomar café com o vizinho?
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  — Eu acordei cedo e fui para o terraço ver desenhos lá. — começou ela sua história, sentando-se na cama e com o olhar animado — Então ele me viu, estava vestido com um avental de bolinhas vermelhas e me perguntou se eu já tinha comido.
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  — E você respondeu…
  — Que não, que a senhora estava dormindo e iria esperar, então ele me perguntou se eu queria panquecas. — continuou ela — Então nós tomamos café juntos no terraço e ele me deu um prato de panquecas para o seu café.
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  — Ele mandou panquecas para mim? — perguntei boquiaberta.
  — Sim e são mais gostosas que as suas. — ela riu.
  — Sua traidora. — me levantei da cama e cheguei até a varanda do meu quarto.
  Minha filha saiu do meu quarto rindo de mim de forma sapeca. Saindo para fora olhei pra o lado e lá estava o vizinho. Encostado no guarda-corpo virado para minha direção, com as mãos no bolso e um sorriso discreto no rosto.
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  — Bom dia, vizinha. — disse ele, com seu charme em forma de voz.
  — Bom dia. — claro que tinha que conter meu olhar que persistia em descer do seu rosto para seu abdômen descoberto.
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  Ele realmente precisava estar sem camisa ali?
  — Obrigado pelas panquecas. — disse meio envergonhada pela situação.
  — Não há de que, é sempre um prazer tomar café com a Molly… — ele manteve seu olhar fixo em mim — Ela me contou muitas coisas.
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  — Ah… Minha filha é bem comunicativa. — mantive o sorriso no rosto — Bem, eu tenho que entrar, até…
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  — Parabéns pelo jornal. — disse ele antes de eu entrar.
  — Você leu? — perguntei.
  — Sim, muito interessante seu artigo sobre fanfics… — ele riu — Você realmente tem o dom para escrever, continua me deixando fascinado.
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  Eu respirei fundo, sentindo minhas pernas fraquejarem. Me apoiei discretamente na parede e entrei para o quarto. Assim que fechei a porta, coloquei a mão na altura do coração que neste momento já estava acelerado. Troquei de roupa, tomei o café da manhã com as panquecas fornecidas por ele e segui para mais um dia de trabalho. Levei Molly para a aula antes de me dirigir para a redação. O prédio em que Genevieve alugou, pertencia a um parente dela que não somente alugou o imóvel, como também se ofereceu como investidor inicial.
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  Confesso que estar à frente de um jornal como editora chefe exigia bem mais que somente ser uma escritora de meros artigos de gastronomia. A minha sorte é que a equipe feminina que Genevieve reuniu para o jornal era mais do que eficiente e todas trabalhavam com dedicação e perfeição. Tudo estava correndo bem, pelo menos no The Imperatriz, e ali era o meu mundo, o único lugar em que eu podia respirar com tranquilidade e esquecer todos os meus problemas enquanto me divertia trabalhando. Porém, todo castelo tem suas passagens secretas em que podem ser descobertas por pessoas indesejadas.
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  — Pessoal. — disse Kim ao nos chamar a atenção.
  — Olha só, se a miss RH está aqui, é porque temos aquisição nova para o jornal. — comentou Lizzi ao se aproximar de mim — Está sabendo de algo?
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  — Sunny disse que precisava de alguém para dar reforço ao caderno de moda. — expliquei a ela — Então pedo a Kim para encontrar uma estagiária boa para nós.
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  — Hum… — Hill estava atrás de nós, se envolveu em nosso cochicho.
  — Bem, quero apresentar nossa nova estagiária do caderno de moda, Alexia Collins, ela cursa moda na Columbia University e já foi estagiária da revista W Magazine. — disse Kim ao apresentá-la.
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  Assim que meus olhos se voltaram para a moça ao seu lado e a reconheci. Minha pressão baixou de leve, fazendo meu corpo bambear.
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  — Está tudo bem ?! — perguntou Hill ao me amparar.
  — Sim, só um mal estar. — expliquei a ela me recompondo e me afastando discretamente para ir para o banheiro.
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  Joguei água em meu rosto algumas vezes para voltar ao eixo. Não conseguia acreditar que a jovem que vi com no terraço, estava ali no meu jornal como estagiária. O que eu faria agora? Nunca estive preparada para todas essas emoções que vivia, e nem sabia como conseguiria trabalhar com sua presença ali, me fazendo lembrar da cena dela vestida com as roupas dele.
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  — ?! — a voz de Alexia soou da porta do banheiro.
  Olhei no espelho e vi seu reflexo. O sorriso meigo combinado ao olhar cativante que me deixava mal por dentro. Como eu iria não gostar de uma pessoa aparentemente gentil e legal?
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  — Oi, Alexia. — disse ao respirar fundo, me recompondo.
  — Tudo bem? Percebi que teve um mal estar. — ela se aproximou de mim com um olhar preocupado.
  — Não é nada demais, acho que minha pressão baixou pelo calor, a primavera tem sido tão quente quanto o verão. — dei uma explicação razoável.
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  — Tem certeza que está bem? Não quer ir ao médico?
  — Eu estou bem, de verdade. — sorri com gentileza para ela — Obrigado por se preocupar, mas fique tranquila. Não foi nada demais.
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  — Me sinto aliviada por isso, e mais empolgada por poder trabalhar com uma amiga do . — disse ela com um brilho no olhar.
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  — Amiga? Foi assim que ele me apresentou? — em partes me senti desapontada e chateada.
  — Foi a única coisa que me importou saber, e vou amar ser sua amiga também. — seu sorriso singelo me cortou por dentro.
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  — Eu tenho que voltar ao trabalho, seja bem vinda.
  Eu me afastei dela e sai do banheiro antes que pudesse me sentir mais arrasada ainda. Me tranquei em minha sala o resto da tarde, mantendo os olhos na tela do notebook com um arquivo aberto, sem conseguir digitar uma só palavra. Sem pedir permissão as lágrimas começaram a descer por meu rosto. No final da tarde, liguei para meu pai pedindo que Molly dormisse em sua casa, desejava ficar sozinha àquela noite e não teria forças para enfrentar minha filha falando sobre o vizinho a cada meia hora.
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  No final do expediente, ainda tinha uma reunião com um novo anunciante do jornal. Já havia adiado tanto que não poderia mais deixar para depois. O jornal precisava de parceiros, além do investidor primo de Genevieve, nossa renda seria mantida através de anunciantes e pequenas propagandas de marketing. Afinal, todas as funcionárias precisavam de seus salários para se manterem. E eu era uma delas. Ao sair do elevador, me deparei com no saguão do prédio. Os olhares das minhas velhas amigas do NT Post, vieram direto para mim. O que ele estaria fazendo aqui?
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  — . — senti Alexia passar por mim e se aproximar dele — Pontual como sempre.
  Ela segurou em sua mão e sorriu.
  — Vamos, temos um compromisso. — da distância em que eu estava, consegui ouvir sua voz grossa e envolvente, logo seu olhar veio em minha direção — Oi .
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  — Boa noite, . — foi a única coisa que consegui dizer, antes dos dois se retirarem do prédio.
  — Amiga, aquele não era o vizinho que você namorou? — perguntou Lizzi ao se colocar ao meu lado.
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  — Ele voltou a ser meu vizinho. — respondi a ela num tom baixo — Por ironia do destino, comprei um apartamento ao lado do dele.
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  — Uau. — Beth esboçou sua reação ao fato — , se você quiser a gente dá uma esnobada na magrela metida a modelo.
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  — Não meninas, por favor. — olhei sério para elas — A Alexia parece ser uma boa pessoa e pelo que percebi também trabalha muito bem, quero que a tratem com respeito, gentileza e educação.
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  — O que podemos fazer para ajudar então? — perguntou Sunny.
  — Que tal uma noitada no Coyote Ugly? — sugeriu Lizzi.
  — Em plena quarta-feira? — Hill a olho boquiaberta.
  — Não precisam se preocupar. — assegurei a elas — E também, temos uma edição especial para apresentar sobre as mais influentes primeiras damas presidenciais do país e ainda não estamos nem na metade do projeto. Quero todas indo para casa e chegando bem cedo amanhã.
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  — Sim chefinha, você que manda. — disse Beth fazendo todas rirem.
  Eu segui de carro para minha reunião com o senhor Winchester. Marcamos em um restaurante coreano, uma sugestão dele. Assim que me anunciei para a recepcionista, a jovem me guiou até a mesa. Tomei um leve choque ao reconhecer o homem que me espera. Era o mesmo que esbarrou em mim na minha viagem a Coreia.
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  — Senhorita Miller do jornal The Imperatriz. — disse ele, abrindo um sorriso singelo.
  — Senhor Winchester, presumo. — disse me sentando na cadeira em frente a ele.
  — Já que nos conhecemos, que tal deixarmos as formalidades de lado, me chame de Dimitri somente. — pediu ele.
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  — Como quiser, Dimitri. — abri um sorriso gentil.
  Iniciamos uma conversa saudável sobre o jornal e seu interesse em ser anunciante. Para minha surpresa, Dimitri era diretor de marketing da filial da marca Chanel no país. E como tal, a marca criada por uma mulher influente em seu tempo, se viu interessada em afiliar sua imagem a The Imperatriz.
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  — E como está seu filho? — perguntou ele, após nós servirem nossos dinks banhados a soju.
  — Está bem e se adaptando a nova realidade, como mãe coruja, sinto um aperto por ele estar longe de casa. — confessei a ele.
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  — Nós criamos nossos filhos para darem voos altos. — comentou ele.
  — Você tem filhos? — perguntei curiosa.
  — Sim, uma filha da idade do seu filho que agora está se preparando para ser a mais jovem angel da Victoria’s Secret. — respondeu ele com um olhar orgulhoso.
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  — Que legal, eu tenho uma joaninha em casa que sonha em ser atriz de musical. — brinquei rindo — Ou dançarina profissional.
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  — Tem dois filhos?
  — Tenho.
  — Certamente você foi mãe bem jovem. — comentou ele.
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  — Sim. — assenti.
  — Notei que não tocou em sua bebida. — comentou ele.
  — Não costumo a beber, tenho baixa tolerância a álcool. — expliquei.
  — Porque não disse antes? Eu teria pedido outra coisa. — disse ele.
  — Está tudo bem, além do mais, tenho que ir agora. — disse me levantando — Vou deixar o contrato para que possa ler com calma e depois conversamos novamente na redação.
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  — Espere um pouco. — ele segurou em minha mão — Eu gostaria de te ver novamente, mas longe do ambiente de trabalho.
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  — Me ver? — fiquei estática.
  — Você é uma mulher muito interessante, se me permitir, gostaria de conhecê-la melhor. — pediu ele — Vou participar de um coquetel para o pré lançamento da semana de moda, não sei se o The Imperatriz foi convidado, mas gostaria de lhe convidar a ir comigo.
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  — Bem, posso te dar a resposta depois? — perguntei.
  — Ficaria feliz se fosse agora, mas posso esperar.
  — Agradeço. — sorri de leve para ele e me retirei.
  Ao voltar para casa.
  Entrei no apartamento sentindo algumas dores nas costas e joguei minha bolsa no sofá. Logo meu celular tocou uma mensagem da Sophie, dizendo que tinha uma novidade para me contar, e que deveria ligar para ela assim que chegasse em casa. Deixei o aparelho em cima da mesa de centro e segui para meu quarto. Após um banho relaxante, fiquei somente de lingerie, sendo escondidas pelo longo roupão de banho. Eu parecia essas madames em um spa de luxo.
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  Ri de leve ao me olhar o espelho e vendo o reflexo do livro que lia atualmente em cima da cama. Tive a brilhante ideia de aproveitar meu terraço recém reformado para descansar com uma leitura. Peguei meu novo amor em forma de livro, O visconde que me amava, o segundo da série Os Bridgertons. Chegando ao terraço, me sentei na espreguiçadeira e abri o livro na página que parei.
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  Minha leitura estava silenciosa, até que senti um desconforto. Como se tivesse sendo observada. O que de fato estava mesmo. Levantei meu olhar e vi sentado na mureta de divisão me observando. Meu corpo estremeceu de leve com seu olhar profundo para mim.
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  — Boa noite. — disse ele.
  — Boa noite. — disse colocando o marcador na página e fechando o livro — Tem muito tempo que está aqui?
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  — Alguns minutos. — respondeu ele.
  — Bem, eu acho que… — me levantei com certa vergonha por estar com o roupão de banho — Vou entrar.
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  — Espera. — ele pulou a mureta para o meu lado e seguiu até mim.
  — O que? — perguntei.
  — Está tudo bem entre nós? — perguntou ele.
  — Claro. — desviei meu olhar para o prédio ao lado — Por que não estaria?
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  — Então olhe para mim . — pediu ao segurar em minha mão.
  — . — eu o olhei já sentindo meu coração bater mais acelerado.
  — Por que tem evitado olhar para mim? — insistiu ele.
  — E engano seu. — retruquei.
  — Tem uma coisa que não te contei, eu também aprendi a saber quando você está mentindo. — ele se aproximou mais e tocando em minha cintura me puxou para mais perto — Está com medo de mim, ?
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  — Não. — tentei não gaguejar, mas sentindo meu corpo querer se render a ele — , não deveria estar aqui.
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  — Me diga o porquê. — sussurrou ele em meu ouvido.
  — Você tem uma namorada, a Alexia não merece passar pelo que eu passei. — eu coloquei minha mão direita entre nós, tentando afastá-lo de mim — Não quero que ninguém seja traída por minha causa.
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  Segurei minhas emoções e desejos também. Confesso que durante todo o tempo longe dele, não consegui superar e esquecê-lo.
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  — Sua boba inocente… — ele sorriu de canto com um olhar malicioso — Alexia não é minha namorada, ela é minha irmã caçula.
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  Ele não deixou nem mesmo eu reagir a informação que demorou para ser processada por meu cérebro. me beijou de surpresa com toda a saudade que parecia ter acumulado.
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  Doce, envolvente e intenso.
  Quanto mais ele investia em mim, mais eu lhe dava acesso.
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“Venha pra mim, não hesite
Você é incrível, meu universo
Apenas me ame direito (a-ha)
Todo meu universo é você.”

– Love Me Right / EXO

21. Filhos

  Acordei aos poucos, sentindo um feixe de luz entrar pela janela e atingir meus olhos. Me espreguicei de leve e olhei para o lado. Havia uma rosa vermelha em cima do travesseiro com um bilhete. Achei estranho a princípio, até que me lembrei da noite passada que iniciou com um beijo apaixonado do vizinho. Meu rosto corou de vergonha ao me lembrar dele dizendo que Alexia era sua irmã mais nova. Como eu não pensei nessa possibilidade. Em algumas vezes ele havia mencionado sobre ela, mas nunca a chamado pelo nome, mas sim pelo apelido carinhoso de irmão coruja.
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  — Meu coração ainda acelera por você, senhora vizinha.  —sussurrei ao ler, me derretendo toda na cama.
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  Eu surreal acreditar naquilo que acontecia. Em um súbito rompante, eu me vesti meu casaco, por cima do pijama, pois foram as primeiras coisas que apareceram em minha frente. E segui até o apartamento ao lado. Precisa realmente conversar com ele num tom formal e me desculpar por meus pensamentos perturbadores que resultaram naquela noite. Além de agradecer pela rosa.
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  — ?! — disse ele, surpreso ao abrir a porta — Veio tomar café da manhã comigo?
  — Bem… — eu não havia planejado isso, mas… — Eu vim agradecer pela rosa.
  — Aceitaria tomar café da manhã comigo? — ele abriu um largo sorri.
  Assenti com a cabeça e entrei em seu apartamento. Assim como a casa ao lado em meio antigo endereço, o lugar estava em plena desordem que qualquer reforma traz ao ambiente. Caixas de revestimentos empilhadas próximo a janela, móveis desmontados no canto ao lado do corredor para os quartos, e o olhar observador de para mim.
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  — Estou começando a achar que você tem fetiches por reformas. — comentei segurando o riso — A considerar o fato de sempre fazê-las sozinho.
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  — Eu ainda estou esperando por Cedric para resolver a parte elétrica e hidráulica. — brincou ele, se aproximando de mim e segurando em minha cintura — Troco todas as reformas por você.
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  Eu deveria levar aquilo como uma declaração de amor? Sim, deveria. Sorriu com timidez e erguendo um pouco meu corpo, iniciei o beijo desta vez, sentindo-o aproximar ainda mais nossos corpos.
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  — Hum… — uma voz soou do corredor interrompendo nosso momento, era Alexia — Bom dia casal.
  Seu sorriso malicioso no canto do rosto. Brevemente desviei meu olhar dela, para o homem que surgiu atrás, abraçando-a por trás.
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  — Esta é a garota do que me falou?! — perguntou o homem.
  Garota?! Do ?
  — Sim, minha cunhada. — ela riu baixo — Desculpa por te fazer achar que eu era namorada dele.
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  Olhei para envergonhada.
  — Você contou a ela? — perguntei.
  — Não precisou contar, seu olhar dizia tudo. — respondeu ele, segurando o riso.
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  — Você é uma pessoa bem expressiva. — revelou ela dando um sorriso meigo.
  — Vamos ao café?! — perguntou ao pegar em minha mão e me puxar para perto da mesa.
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  Nos sentamos à mesa e começamos a saborear as panquecas que o vizinho havia preparado. Foi divertido ouvir Alexia contar sobre todas as vezes que se fez de namorada do irmão para atiçar ciúmes nas suas pretendentes. Era maldoso de sua parte e não imaginava como ela poderia achar graça nisso. Meu coração ficou tão apertado quando a vi tão intimamente próxima dele naquele dia, e me senti tão mal por isso. Minha cunhada era mesmo maldosa… Espera, eu disse cunhada?
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  — Agora estou curiosa para conhecer seus filhos. — disse Alexia toda animada.
  — Você é realmente louca com crianças, né? — Dominic, o namorado dela a olhou.
  — Não se preocupe querido, pretendo ser mãe só depois da aliança no meu dedo. — assegurou ela — Além do mais, minha carreira profissional só está no começo.
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  — Isso me alivia. — brincou ele, nos fazendo rir.
  — É bom ter filhos, às vezes emocionante e às vezes preocupante. — admiti segundo minhas experiências — Mas quando cresce, você fica com nostalgias ao se lembrar das travessuras da infância.
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  — Está com saudades do Joseph? — perguntou — Molly me contou sobre a ida dele para Seoul.
  — Sim, suas aulas já iniciaram lá e meu coração só aperta com isso. — respondi.
  — Dois filhos, mais velha, fico me perguntando como a mamãe reagiu a sua ida para Los Angeles no natal. — Alexia voltou seu olhar curioso para o irmão — Mas vendo o olhar do , já imagino como foi.
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  — Vocês são muito bons em ler expressões das pessoas. — observei bem.
  — Eu ainda estou aprendendo com meu irmão. — disse ela.
  — Não se preocupe , a senhora Bridget também não gosta de mim. — revelou Dominic em risos — Principalmente depois de me encontrar no quarto da filha sem roupas.
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  — Vocês foram imprudentes e Alexia ainda era menor de idade, achou mesmo que minha mãe iria simpatizar com você? — o olhou com seriedade — Ainda mais sendo mais velho que ela?
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  — Só faltava dois meses para eu fazer 18 anos. — argumentou Alexia.
  — Ainda sim, como mãe eu também ficaria apreensiva com a situação. — disse a ela, me colocando no lugar de sua mãe — Imaginar uma cena assim acontecendo com a Molly ou com o Joseph…
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   me olhou e sorriu de canto. 
  Ao dar a próxima garfada, comecei a me sentir estranha e no rompante, me levantei e corri até o banheiro. Coloquei pra fora tudo que havia comido no café da manhã e no dia anterior quase. Me levantei e lavei o rosto sem entender o que estava acontecendo comigo. Talvez por estresse no trabalho, ou ansiedade causada pela aproximação do vizinho. Havia N motivos para me deixar com mal estar, principalmente minha rotina alimentar que andava a desejar.
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  — Está tudo bem? — perguntou ao aparecer na porta do banheiro.
  — Sim. — assentiu ao secar meu rosto e olhá-lo — Eu estou bem sim, vou pra casa.
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  Eu passei por ele na porta, porém fui parada.
  — Alexia me disse que passou mal na redação. — disse ele, com o olhar sério.
  — É só estresse do trabalho, nada como uma boa noite de sono e alimentação saudável. — assegurei a ele — Vou para a porta ao lado, ainda tenho responsabilidades com meu trabalho.
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  — Tire o dia de folga para descansar. — aconselhou ele, erguendo a mão e acariciando minha face — Ou terei que forçá-la a isso, ainda tenho o número da Sophie.
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  — Não se preocupe, dr. Vizinho, vou me cuidar. — sorri de leve e me afastei dele.
  Segui para meu apartamento e caminhei até o banheiro. Tomei uma ducha quente para relaxar o corpo e ao voltar para o quarto, peguei meu celular e mandei uma mensagem para redação. Como era sexta-feira, poderia trabalhar em casa nesse dia. Voltei para cama e me deitei um pouco, rendendo novamente meu corpo ao sono. Parecia estar mesmo muito cansada. Ao acordar, ouvi o barulho alto da televisão na sala, achei estranho minha filha estar em casa, afinal o combinado era ela ficar na casa dos meus pais até domingo. 
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  Me levantei e colocando um suéter de crochê, segui para sala e avistei Molly vendo Madagascar na Netflix. Logo senti um cheiro gostoso vindo da cozinha e me deparei com cozinhando, de forma tranquila e serena como se estivesse em sua própria casa. Meu coração acelerou de imediato.
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  — Conseguiu descansar?! — perguntou ele, mantendo a atenção no fogão.
  — Sim. — respondi.
  Logo minha filha olhou para trás e me viu. Abrindo um largo sorriso, ela parou o desenho e veio ao meu encontro.
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  — Mamãe! — ela me abraçou e me deu um beijo na bochecha.
  — Olá joaninha. — sorri para ela — O que faz aqui? Não disse que queria ficar com o vovô e a vovó?
  — Mudei de ideia, e pedi ao vovô para me trazer. — respondeu ela — Ah, contei à vovó sobre o ser nosso vizinho de novo.
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  — Sua fofoqueira. — sussurrei a ela — Agora dona Agnes não vai me deixar em paz.
  — Ela disse que a vida tem sido muito generosa com a senhora. — Molly riu — O não vai embora dessa vez, não é?!
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  O olhar esperançoso da minha filha fez meu coração se apertar. Voltei meu olhar para o vizinho, que também mantinha seu olhar em mim.
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  — Real até quando ele quiser. — disse mantendo o olhar nele.
  As horas se passaram, havia preparado nosso jantar. Segundo ele, sua preocupação com minha saúde não o deixou se concentrar na pintura do seu quarto. Então, quando viu a chegada de Molly com meu pai, se ofereceu para cuidar de nós duas. Já imagino os surtos da minha mãe ao saber disso. Logo após, me despedi dele na porta com um beijo caloroso. Ao fechar a porta, olhei para minha filha que mantinha um sorriso bobo no rosto.
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  — Quando ele vem morar com a gente? — perguntou ela.
  — Eu… Molly?! Não é tão fácil quanto parece. — me sentei ao seu lado, mantendo o olhar compreensivo — Eu e o … Essas coisas não funcionam assim.
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  — Vocês não voltaram? — indagou ela.
  — Não sei dizer… Acho que podemos nos classificar como amigos. — assegurei a ela — Joaninha, eu sei que gosta dele e acho lindo o carinho que ele tem por você e pelo Joe, mas o morar com a gente, é uma mudança muito grande. E sabe que eu me importo muito com a opinião de vocês.
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  — Quer saber se eu estou pronta para ter outra família? — perguntou ela — E um novo pai?
  — Se eu voltar a ter um relacionamento com o , ele será seu padrasto, desta vez de verdade. — continuei — Você está pronta para isso?
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  Como da última vez havia acontecido tudo tão rápido, que não tive tempo para conversar com meus filhos sobre o assunto e saber se estavam confortáveis com a ideia da mãe namorando. Mas agora, com Joseph longe e sabendo sua opinião sobre tudo, eu precisava confirmar com a joaninha também.
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  — Estou pronta pra te ver sorrindo de novo, mamãe. — ela sorriu de leve e se aninhou em meus braços — A senhora nunca sorriu assim com o papai.
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  Eu comecei a acariciar os cabelos dela. 
  Realmente nunca havia me sentido tão feliz e segura antes, menos ainda desejada e amada de uma forma tão intensa. Na manhã seguinte, recebi uma mensagem de Sophie, pedindo por um dia de sorvete no parque. Para ela pedir algo assim, certamente era algo sério. Levei Molly comigo para se divertir um pouco, e enquanto minha filha brincava sozinha com seu frasco de bolhas de sabão, eu conversava com ela, sentadas em um banco.
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  — O que aconteceu agora? — perguntei a ela, com gentileza.
  — Preciso de um ombro amigo e um conselho. — respondeu ela, tomando a cabeça no meu ombro — Preciso do seu lado mãe agora.
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  — O que aconteceu? Mais uma briga com a sogra?
  — Não, a velha não nos perturba mais, Will deu um basta nela. — ela soltou um suspiro fraco — É outra coisa.
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  — O que?
  — Will me fez uma proposta, e eu estou em surtos internos agora. — contou ela.
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  — Que proposta?!
  — Adotarmos uma criança. — disse ela.
  — Sério?! — a olhei admirada — Sophie, adotar é tão bonito quanto ter de forma biológica.
  — Foi o que ele me disse, mas eu ainda estou em surto . — ela manteve um olhar assustado — Eu não queria ter filhos e quando me abro pra isso, descobri que não posso tê-los, quando eu finalmente aceito, Will me propõe isso…
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  — E o que tem de errado? — perguntei a ela — Está com medo, não é?
  — Eu não me vejo pronta para ser mãe, não de uma pessoa que já tem uma vida antes de mim, eu nem me entendo às vezes, imagina um adolescente. — o olhar ficou ainda mais apreensivo.
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  — O Will quer adotar um adolescente? — agora eu fiquei preocupada — Assim de cara?
  — Ele me levou até uma assistente social há dois dias, conversamos e ela contou sobre o grande problema de conseguir adoções para crianças acima de 12 anos, de imediato Will mostrou interesse em uma jovem. — contou ela — O nome dela é Florence, e segundo meu marido, ela o lembra uma prima que perdeu na infância.
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  — É uma grande responsabilidade adotar um adolescente. — assegurei a ela.
  — Sim… E eu já não me vejo preparada para isso, imagine com mais duas crianças na bagagem.
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  — Como assim mais duas crianças? — meu olhar ficou mais sério.
  — Florence tem mais dois irmãos, um de oito e uma de cinco anos. — explicou ela, segurando o tom de desespero — Olha para mim, inexperiente, não sei nem fazer um macarrão instantâneo sem queimar a água, como posso ter mãe de três ao mesmo tempo? E não podemos separá-los.
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  Por aquela notícia eu não esperava. Menos ainda tinha alguma ideia de como acalmá-la.
  — Nem sei o que dizer. — sussurrei estática ainda.
  — Will está tão radiante com a ideia, principalmente depois que descobrimos a história dos três irmãos… Mas eu, só consigo surtar com tudo. — desabafou ela — Não quero jogar um balde de água fria nele.
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  — E como estão agora?
  — Ele disse para eu pensar e lhe dar a resposta até a próxima sexta. — respondeu ela, jogando o corpo para trás e olhando o céu — Eu comecei meu curso de aperfeiçoamento a pouco tempo, já tenho tantas coisas na cabeça, se eu optar por ser mãe, quero fazer isso direito.
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  Eu estava orgulhosa pelas palavras da minha amiga. 
  Conversamos por mais algum tempo, até que ela me chamou para almoçar em sua casa, claro que a cozinheira seria eu, mas seria divertido. Por mais que Sophie não se sentisse responsável e capaz o bastante em adotar duas crianças e uma adolescente ao mesmo tempo, conseguia ver no fundo do seu olhar o desejo de se esforçar para isso. Realizar o sonho do marido de ser pai e ao mesmo tempo dar uma segunda oportunidade para os três irmãos, assim como ela teve no passado. Apesar dos pais adotivos de Sophie terem morrido, assim como os biológicos, o pouco tempo que passou com eles foram anos de alegria e aconchego para ela. 
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  Os dias foram se passando e mais algumas vezes eu tive mal estar. 
  Já começando a ficar preocupada, marquei uma consulta com minha médica. Eu já tive caso de anemia na infância, com o corre corre da minha nova realidade atrapalhando meus horários de almoço, seria bom checar que não estou mesmo doente. Terça pela manhã, recebi uma ligação da mãe de Carl, perguntando se ele havia entrado em contato comigo. Fiquei intrigada com sua pergunta, e finalmente reparei que desde o jantar dos amigos eu não tinha uma notícia dele, nem mesmo para passar um dia com a filha. Então pensei em investigar mais a fundo. Segui antes da redação para o banco e puxei todos os depósitos das contas dos nossos filhos. Descobri que havia três meses sem nenhuma entrada da pensão do Carl. Era estranho isso, pois o pagamento era descontado direto do seu salário pelo escritório onde trabalhava.
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  — Mike. — disse ao me aproximar da mesa, onde ele me aguardava — Obrigado por vir.
  Havia marcado uma reunião com ele no Liberdad Café, na quinta à tarde.
  — Fiquei surpreso quando recebi sua mensagem. — disse ele, estendendo a mão para que me sentasse.
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  — Já tem um tempo desde a última vez, não é?! — me sentei na cadeira em frente a ele.
  — Bem, o que me trás aqui? — perguntou ele.
  — Serei direta, os pais do Carl ligaram para mim e não possuem nenhuma notícia dele. — expliquei a ele — Quando tentei contactá-lo, descobri que os pagamentos da pensão das crianças estão atrasados em três meses, achei estranho pois o próprio escritório fazia.
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  — Sim, o departamento financeiro cuida desses assuntos, mas somente quando se é um funcionário. — explicou Mike me olhando confuso — Carl foi afastado e demitido do escritório há três meses. Você não sabia?
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  — Não, já tem um tempo que não o vejo. — por essa eu não esperava — Mas, por qual motivo ele foi demitido? Carl se gabava de ser o funcionário do ano.
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  — Se você denomina alguém capaz de fraudar, desviar dinheiro e aceitar subornos como o funcionário do ano, o Carl seria o melhor. — ele escondeu a satisfação nas palavras, mas senti o tom de deboche — Seu ex marido desviou muito dinheiro do escritório, além de outros tipos de fraude e desonestidade.
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  — Eu achando que não iria me surpreender mais com ele, estou em choque e envergonhada por meus filhos. — disse a ele.
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  Internamente aliviada por não estar mais associada ao Carl.
  — E o que aconteceu com ele depois? — perguntei.
  — Bom, Carl está sendo investigado e não pode sair da cidade, pelo que sei ele ficou detido por alguns dias e não sei como conseguiu pagar fiança para sair. — continuou ele com os detalhes — Ele foi abandonado pela Solar, então não entendo de onde saiu a grana.
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  — Solar? — logo me lembrei da cena de Carl se atracando com ela em sua antiga sala, um embrulho veio em meu estômago por isso, seguido de nojo e repulsa — Ela deixou ele?
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  — Mais do que isso, ela traiu ele com um cliente e o deixou depois. — Mike riu alto agora — Parece que ele recebeu o troco e sem você saber.
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  — Acredite Mike, não desejo traição nem para o meu pior inimigo, mas o Carl só colheu o que ele plantou. — assegurei meus pensamentos sobre o assunto.
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  — Isso é verdade. — concordou ele.
  Parei por um momento, imaginando como daria essa notícia aos meus filhos. Saber das coisas erradas do pai, e que ele já havia sido preso correndo o risco de voltar à prisão. Era muita coisa para absorver e entender, principalmente para Molly. Seria errado da minha parte estar aliviada por minha filha gostar mais da ideia de ter como pai, que o próprio Carl? Acho que não.
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  — Eu preciso voltar à redação agora, muito obrigado por ter vindo.
  — Eu tenho lido o seu jornal online. — comentou ele.
  — Sério? Ele é inteiramente voltado para o público feminino. — sorri de leve admirada.
  — Por isso mesmo, é interessante olhar as coisas na perspectiva feminina, quem sabe assim eu consiga entender melhor vocês. — brincou ele.
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  Agradeci novamente a ele pelas explicações e segui para a redação. Ainda tinha uma reunião com as meninas sobre a próxima matéria de destaque do jornal. Após o sucesso do artigo sobre as damas da Casa Branca, nossa próxima missão era falar sobre as grandes vozes de influência da música. Hill pareceu bastante empolgada, pois amava falar sobre música com todos e já tinha mulheres de peso para sua lista que seguia de Anita Baker a Beyoncé.
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  — Ok meninas, por enquanto é isso, amanhã é sexta, dia de trabalhar em casa para quem optar por isso. — disse a todas, ao me levantar da cadeira na sala de reuniões — Quero que se empenhem ao máximo por isso, essa matéria vai concorrer ao prêmio anual de jornalismo, se precisarem de alguma coisa, temos os contatos que a Genevieve me passou.
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  — Não se preocupe chefinha, vai dar tudo certo. — disse Lizzi empolgada.
  — Conto com vocês meninas. — disse a elas orgulhosas — Vejo vocês na próxima semana.
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  Todas se retiraram e Alexia se aproximou de mim.
  — Tudo bem cunhada? — perguntou ela, enquanto juntava suas folhas de anotação.
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  — Sim, quer uma carona para casa? — ofereci.
  — Vou aceitar, Dominic vai ter que fazer hora extra hoje no restaurante. — aceitou se explicando.
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  — Ele trabalha em um restaurante? — indaguei.
  Não sabia muito sobre seu namorado.
  — Sim, ele faz gastronomia. — respondeu jogando suas coisas dentro da bolsa.
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  — Vamos lá. — disse, pegando minha bolsa também.
  Seguimos no meu carro até o prédio. Assim que chegamos em frente a porta, me senti meio zonza novamente. Com a pressão baixa.
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  — . — gritou ela ao me amparar.
  — O que houve… — ouvi ele dizer, assim que a porta se abriu — ?! 
  Logo senti suas mãos me amparando também, me pegando no colo. Mantive meus olhos fechados, pela tontura.
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  — Alexia, fique com a Molly, eu vou levá-la ao hospital. — ouvi a voz de , sentindo seu doce perfume e me aninhando a ele — Vai ficar tudo bem .
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  Eu me sentia segura ali, nos seus braços sendo cuidada por ele.
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Seu coração que costuma ser forte se torna frágil quando eu estou magoado
Silenciosamente pegue minhas mãos, silenciosamente me abrace,
Eu apenas desejo esses pequenos confortos
Você não sabe do meu coração, que sempre quer fazer mais por você.

– No Other / Super Junior

22. Casamento?

  Eu acordei ouvindo os sons dos aparelhos do hospital. Me lembrava de dois ou três desmaios no caminho até lá. Abri os olhos lentamente, observei de leve o ambientes da enfermaria, desci o olhar até meu braço que recebia o soro. Logo uma enfermeira se aproximou de mim, com um sorriso reconfortante no rosto.
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  — Olá senhora Miller. — disse ela ao pegar meu prontuário — Que bom que acordou, chamarei o dr. Hilte.
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  — Quem está aqui comigo? — perguntei estranhando a ausência do vozinho.
  — O senhor Lewis, ele disse ser seu namorado. — respondeu ela e se afastou.
  Mantive minha tranquilidade. Mas cheia de perguntas. Por quanto tempo permaneci desacordada? Minutos depois o médico veio me examinar, os procedimentos rotineiros para ter certeza de que eu estava bem. O surto veio quanto ele começou a me dizer o motivo do meu mal estar repentino. Eu estava certa em uma coisa, pelo meu descuido com a saúde, estava com princípio de anemia leve que poderia ser tratada com alimentação adequada e regular, assim como algumas cápsulas de vitaminas. A surpresa, foi olhar para o exame de sangue e ouvi-lo dizer que estava grávida de algumas semanas, me recomendando iniciar o pré-natal.
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  Meu mundo não caiu, pois eu estava deitada na maca hospitalar. Mas me senti novamente zonza e atordoada. Como isso poderia acontecer assim? Eu sendo tão controlada com minhas regras, não estava atrasada. Porém, o dr. Hilte me explicou que algumas mulheres costumam ter pequenos sangramentos na gravidez, que podem ser confundidos com a menstruação. Uma explosão de pensamentos, questionamentos e pessimismo tomou conta de mim. Eu pedi a ele que não contasse a ninguém mais sobre isso, somente mencionasse a anemia.
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  — Está tudo bem? — perguntou assim que entrei em seu carro com sua ajuda.
  — Sim. — assenti encaixando o cinto de segurança.
  — Está mais pensativa que o habitual. — comentou ele, ao entrar do lado do motorista e ligar o carro — Algo te preocupa?
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  — Não. — respondi.
  — O doutor me passou a receita, já comprei as vitaminas. — disse ele seguindo com o carro.
  — Obrigado. — sussurrei, voltando meu olhar para a rua.
  Eu não queria me lembrar do passado, menos ainda comparar meu relacionamento com , ao desastre que tive com o Carl. Entretanto, era inevitável para mim não pensar sobre isso, imaginar que ter um filho do vizinho poderia levá-lo a ficar comigo somente por isso. Uma descarga de insegurança começou a me tomar internamente. O que eu iria fazer agora?
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  — Alexia levou Molly para casa dos seus pais, tem certeza que não quer que eu fique? — perguntou ele ao segurar minha mão, entre a minha porta de entrada para o apartamento — Me preocupo com você sozinha.
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  — Estou bem. — forcei um sorriso e abri a porta — Além do mais, hoje é dia de home office, vou aproveitar para adiantar as coisas do The Imperatriz.
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  — Não se esforce muito. — pediu ele, erguendo sua mão e acariciando minha face — Se precisar de algo…
  — Fique tranquilo, eu estou bem. — mantive meu olhar sereno.
  Ele se aproximou mais e me deu um beijo doce e suave.
  Assim que entrei, senti meu corpo desabar no chão, e encostei na porta. Inegável que tudo aquilo me transmitia uma grande pressão, além do estresse emocional. Vasculhei minha bolsa e peguei meu celular, vendo inúmeras mensagens de Sophie, somente mandei um “HELP” pra ela. Em menos de dez minutos minha amiga já estava batendo na porta exigindo sua entrada. Na minha concepção, eu conseguia esconder tudo de todo mundo, exceto da minha melhor amiga, e em meio à lágrimas desesperadas e sufocantes, desabafei contando tudo a ela.
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  — Eu tô em choque… Vai ser boa parideira assim lá na França. — disse ela, seu tom era sério, mas sua forma sempre engraçada e humorada.
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  Ri baixo, secando as lágrimas. Estávamos as duas no tapete da sala, rodeadas de almofadas. Comido deitada em seu colo. Aconchegante e acolhedor, a amizade dela sempre foi muito especial para mim.
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  — Eu não sei o que fazer. — sussurrei.
  — Como assim não sabe , você faz o óbvio, conta pra ele e vivem felizes para sempre, sem estragar minha fanfic. — retrucou ela.
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  — Não é assim tão simples. — ergui meu corpo e a olhei.
  — Claro que é, você é que vive dificultando as coisas. — ela manteve a seriedade no olhar.
  — Não quero que aconteça o mesmo de antes, não quero que ele fique comigo por causa de uma gravidez. — expliquei a ela, meus pensamentos — Já vivi isso antes e…
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  — E dezoito anos depois muita coisa mudou em nossa sociedade, um filho não segura casamento não . — ela tentou argumentar — Tá na cara que o te ama, que dúvida você ainda tem?
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  — Tenho todas, eu não… É difícil pra você entender Sophie, você tem o Will, encontrou a pessoa certa logo de cara, já eu não, tudo que eu passei, ainda tenho traumas das duas gravidezes que tive, e agora… — soltei um suspiro cansado — Não quero pensar que ele está comigo por obrigação.
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  — E quando sua barriga crescer, o que vai fazer? — indagou ela — Ou está pensando em tirar?
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  — Não, jamais, jamais faria isso Sophie. — assegurei a ela convicta de minhas palavras.
  — Então? — ela voltou seu olhar para minha barriga — Vai fugir dele agora? Porque uma hora essa barriga vai crescer.
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  — Eu não sei, mas vou pensar até lá. — respondi.
  Ela me abraçou com carinho.
  — Conta sempre comigo, vou te apoiar mesmo querendo te bater por tomar as decisões erradas. — brincou ela.
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  — Te amo, amiga! — sorri para ela.
  — Eu sei… Também te amo! — ela sorriu de volta.
  — Mas agora, me conta sobre a adoção? — olhei com carinho para ela.
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  — Decidi adotar os três irmãos. — contou ela.
  — Sério? — fiquei em choque e ao mesmo tempo feliz por ela.
  — Sim, e Will ficou o triplo de empolgação e felicidade, já até com planos de nos mudar de apartamento. — continuou ela.
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  — Que lindo, estou muito feliz por você amiga. — voltei a me deitar em seu colo — Tenho certeza que será uma mãe maravilhosa.
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  — Deus te ouça e me ajude, vou mesmo precisar. — disse ela — Não tenho tanta aptidão quanto você, que parece ter o dom de ser mãe, mas darei o meu melhor, tive duas mães maravilhosas apesar de não ter convivido muito com elas.
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  — Tenho certeza que você vai arrasar. — assegurei.
  — Qualquer coisa, eu te grito e você me socorre. — ela riu.
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  — Tia ao resgate. — eu ri junto.
  — Aconteceram tantas coisas no último ano. — comentou ela.
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  — Muitas emoções. — concordei com ela.
  — E a Molly?
  — Na casa dos meus pais, vou buscá-la amanhã.
  — Quer que eu fique aqui hoje? — perguntou.
  — Mas e a reunião com a assistente social? — ergui meu corpo novamente e a olhei — Will me disse que vão começar a participar das reuniões em grupo com outros casais do programa de adoção.
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  — Sim, mas foi reagendada para segunda. — explicou ela.
  Sophie passou o resto do dia comigo. Um dia das garotas improvisado e cheio de fofocas, sorvete, pizza, maratonas de Friends e claro algumas fanfics indicadas pela Sophie. Algo que me chocou foi a criatividade das autoras nos enredos das histórias, principalmente as de relacionamento fake que sempre terminava com os pps juntos e felizes. Acho que agora, eu entendia os surtos da minha amiga relacionados ao meu namoro com o vizinho. Acompanhar um romance e torcer para os protagonistas ficarem juntos era como viver a própria história. Eu estava vivendo a minha e com medo de tudo ser apenas uma fanfic que um dia tem seu final.
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  Na manhã seguinte, o café da manhã foi na casa de Annia. Sábado com as amigas, para celebrar a adoção de Sophie. Somente eu, Marg e Annia tinham sido informadas dessa decisão. Lauren e Freya estavam de férias em Monte Carlo, mal sabiam das novidades do momento.
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  — Estamos muito felizes por sua decisão Sophie. — assegurou Margareth ao se servir da segunda taça de vinho.
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  — Não deveria estar bebendo logo pela manhã. — a repreendi.
  — Estou aprendendo que não existe hora para um bom vinho, aceita?! — minha irmã ergueu a taça para mim.
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  — É raro a gente ver a bebendo. — comentou Annia ao se sentar no sofá com um copo de suco.
  — Agora mesmo é que ela não pode beber, nessas condições. — disse Sophie de forma espontânea, só se dando conta das palavras depois.
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  Margareth e Annia me olharam curiosas e surpresas.
  — você não está? — perguntou Annia.
  — Mamãe estava certa. — disse minha irmã já desvendando as palavras da minha amiga.
  — No que a mamãe está certa? — indaguei temerosa.
  — Você está grávida não é? — o olhar dela ficou mais sério — Por isso a ida às pressas ao hospital e a Molly ficou lá em casa.
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  — Do que está falando, porque estão pensando nisso, eu só estou com anemia precisarei me alimentar melhor e tomar vitaminas. — expliquei a ela.
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  — Você pode até tentar, mas os olhares da Sophie te condenam. — Marg voltou o olhar para minha amiga — Não é, Sophie?
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  — Ain gente, eu não posso dizer nada, vamos mudar de assunto antes que a me mate. Não quero deixar meus futuros filhos órfãos. — Sophie desconversou e se serviu de vinho também, bebericando um pouco.
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  — Isso é chocante . — Margareth continuou — E já tenha em mente que à noite vamos para lá, buscar sua filha.
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  — Eu sei Margareth. — assenti.
  — Vamos mudar mesmo de assunto, quero dizer a vocês que estou namorando. — anunciou Annia, com um sorriso de canto meigo.
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  — Olha só!!! — Sophie sorriu junto, assim como eu.
  — E quem é o felizardo? — perguntei.
  — Curiosamente, aquele seu amigo da cafeteria. — respondeu ela.
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  — O Finn? — dissemos eu e Sophie em coral.
  — Ele mesmo.
  — E de onde conheceu ele? Não me lembro de tê-los apresentado. — vasculhei em minha memória.
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  — Na inauguração do café, você me convidou sim, não se lembra? — ela me olhou admirada de minha falta de memória.
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  — Essa daí só se lembra do vizinho dela. — brincou minha irmã, me deixando constrangida.
  Margareth não tinha tanta tolerância ao álcool e sempre ficava bêbada com facilidade, apesar de não se limitar às taças de vinho que enchia em plena luz do dia.
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  — Não seja tão má com ela Marg. — Annia riu — Mas, nos tornamos próximos bem depois com minhas idas à cafeteria depois da escola.
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  — Isso vale outra taça de vinho. — Marg despejou mais líquido em sua taça — Porque eu também tenho uma novidade!
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  — Surpreenda-nos. — brincou Sophie.
  — Brian me chamou para morar com ele. — contou ela, nos deixando boquiaberta.
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  — Mas já, assim tão rápido? — perguntei a ela — Tem certeza, Marg?
  — E acha que sou você que demora uma vida pra aceitar o óbvio. — ela me olhou com sarcasmo — Se a vida me devolveu os limões que perdi na feira, farei uma limonada suíça e beberei toda!
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  Nossas amigas riram de sua troca de ditado popular.
  Estava em choque com suas expressões, porém feliz por Marg. Minha irmã também merecia a felicidade, longe do casamento tóxico que tinha com o Mark. O que me preocupava, era ela se entregar demais, tendo saído recentemente de um divórcio conturbado. Nós rimos de mais alguns comentários de Annia, contando sobre as fotos enviadas da viagem de Lauren e Freya. As horas se passaram conosco na casa de Annia, aproveitando o dia entre amigas. Ao final da tarde, segui com Margareth para casa de nossos pais. Minha irmã visivelmente desnorteada em sanidade, graças às taças de vinho que tomou. Assim que entramos, a guiei diretamente para seu quarto, com os olhares curiosos do meu pai e o balançar negativo da cabeça de minha mãe.
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  — Acho que desta vez, ela exagerou um pouco e nem comeu direito. — disse descendo as escadas — Olá papai.
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  — Olá querida! — ele me abraçou com carinho e sorriu.
  — Onde está Molly?! — perguntei, estranhando a ausência da minha filha.
  — Foi dar um passei com o Brian e Jacob no parque. — respondeu ele — Ele tem sido um ponto de apoio para sua irmã, e continua gostando dela tanto quanto no colegial, devo acreditar que mais.
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  — Estou feliz por ela, o Brian me parece um bom homem. — comentei.
  — O também é. — disse minha mãe aparecendo da porta — O que pretende fazer ? Porque é uma loucura, mas tem momentos que um raio cai duas vezes no mesmo lugar.
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  Já vai começar! Pensei comigo.
  — Do que está falando mamãe? — olhei para ela, mantendo a seriedade.
  — Da sua gravidez. — seu tom demonstrava firmeza e segurança no que dizia.
  — E quem te disse isso? — cruzei os braços, me fazendo de indignada — De onde tirou essa loucura?
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  — Acha mesmo que pode mentir para mim? Pode mentir para todos, até pra você mesmo, mas para mim? — insistiu ela, dando uma risada seca — Eu te conheço Miller, foram nove meses aqui dentro e mais trinta e alguns fora, te acompanhei em todas as suas gravidezes e sei como reage a cada uma.
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  — Mãe…
  — Olha, eu não vou me intrometer em sua vida desta vez, por um pedido do seu pai, apesar da minha língua estar coçando para contar ao seu vizinho. — continuou ela, num tom mais firme e áspero — Dezoito anos atrás você fez o certo com o homem errado, espero que não faça o errado com o homem certo dessa vez, ele não merece isso. Ou melhor, será que você merece ele?
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  Antes que eu pudesse argumentar, ela se retirou indo para a cozinha. Voltei meu olhar para meu pai, que mantinha o rosto sereno e tranquilo.
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  — Pai. — tentei dizer algo, mas senti minha voz se calar.
  — Querida. — ele se aproximou de mim e me abraçou forte — Fique tranquila, sua mãe só está chateada, mas no fundo ela só quer o seu bem.
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  — Porque é tão difícil as pessoas entenderem o meu lado? — segurei as lágrimas — Eu não quero repetir meus erros do passado, mesmo sendo o homem certo, não quero que ele fique comigo por motivos forçados. — expliquei a ele — Filhos podem mudar nossa percepção do mundo e me sinto tão insegura com tudo isso.
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  — Minha criança, acho que você precisa de um tempo só para você, para colocar sua mente no lugar e pensar no que vai fazer. — aconselhou ele — Que tal umas férias prêmio? Hum?
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  — Não posso pai, tenho minha responsabilidade com o jornal. — aleguei a ele.
  — Em um mundo tão moderno, tenho certeza que pode trabalhar à distância. — argumentou ele, e com razão.
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  — Acho que está certo. — concordei com ele.
  — Mas faça isso o quanto antes e tome uma decisão, ficando ou não com o , ele merece saber de sua gravidez. — meu pai me deu um beijo na testa e sorriu com carinho — Quando sua mãe disse que estava esperando a Margareth, foi pura emoção para mim, e o conhecendo como conheço…
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  — Obrigado pai! — eu o abracei novamente.
  — E como está o jornal? — perguntei ele, indo se sentar no sofá.
  — Está indo bem, a repercussão tem sido muito positiva e os comentários da mídia também, não imaginava que faríamos tanto sucesso logo no primeiro ano. — confessei a ele, me sentando no outro sofá.
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  — Isso se deve ao esforço de vocês e trabalho duro. — disse ele — Eu mesmo tenho lido regularmente já torcendo para elevarem o nível e partirem para o formato impresso.
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  — Eu sei que tenho um leitor pelo menos. — sorri de leve.
  — Mamãe! — disse Molly ao entrar e vir direto me abraçar.
  — Joaninha! — retribui seu abraço, com mais força — Como está minha linda?
  — Preocupada com a senhora. — ela me olhou — Está tudo bem mamãe?
  — Claro minha querida, está sim. — sorri de volta para ela, então voltei meu olhar para Brian — Boa noite, Brian.
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  — Boa noite , tudo bem? — perguntou ele.
  — Sim, sua namorada está com ressaca no quarto. — brinquei.
  — Vou cuidar dela. — ele olhou com carinho para Jacob — Vou ver como sua mãe está e você pro banho, combinado?
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  — Combinado, tio Brian. — meu sobrinho sorriu para ele e subiu a escada correndo.
  Jantamos ali com os olhares chateados da minha mãe e os sorrisos da minha filha para mim. Segui para o apartamento com Molly depois. Ao entrarmos, ouvi barulhos vindos do terraço, pedi para minha filha tomar um banho e ir direto para cama, pois já havia se divertido muito no parque durante a tarde. Enquanto isso, segui para o quarto também e tomei um banho, colocando um pijama mais leve.
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  — Pronta para dormir, joaninha? — perguntei a Molly, ao aparecer na porta de seu quarto.
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  — Sim. — ela se deitou na cama e me observou entrar.
  — Foi tudo bem mesmo na casa da vovó? — me sentei na beirada de sua cama.
  — Sim. — ela sorriu — Só ficamos preocupados com a senhora.
  — Foi somente um descuido meu na alimentação, mas tomando os remédios a anemia da mamãe vai embora. — garanti a ela.
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  Eu não sabia como introduzir o assunto, nem como minha filha reagiria a ele. Era tão complicado para mim, porque não conseguia ver as coisas fáceis como a Sophie?
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  — Molly.
  — Sim, mamãe.
  — Lembra de quando você me pediu um irmãozinho há um tempo atrás? — indaguei.
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  — Sim. — seu olhar ficou mais atento a mim.
  — Você, por acaso, ainda tem vontade de ter um irmãozinho além do Joseph? — mantive o olhar em suas expressões faciais.
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  — Você está grávida mamãe? — perguntou ela — Vovó disse que sim, é verdade?
  — Se eu estiver, o que acha sobre isso?! — senti meu coração pulsar mais forte.
  — Eu iria me divertir muito com um irmãozinho, e te ajudaria a cuidar dele. — ela abriu um largo sorriso — O é o papai, não é?!
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  Assenti com a cabeça. Ela saltou da cama e me deu um abraço forte.
  — Podemos ser uma família agora? — perguntou ela.
  — Ainda não querida. — a olhei com carinho e feliz por sua reação — Mas estou feliz por gostar da ideia.
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  Ela manteve o sorriso no rosto.
  — Posso te pedir um favor? — perguntei.
  — Sim.
  — Promete não contar ao ? Eu quero contar a ele no momento certo, tudo bem? — pedi a ela.
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  — Tudo bem mamãe! — assegurou ela — Te amo!
  — Eu também te amo querida! — a abracei novamente.
  Assim que lhe dei um beijo de boa noite, voltei para sala e comecei a juntar algumas coisas que estavam espalhadas e colocar no lugar. Assim ouvi outro barulho no terraço. Subi as escadas e saí para a cobertura, avistei trabalhando em alguma coisa envolvendo madeira e equipamentos de marcenaria. Era louco pensar que a reforma seguia a todo vapor em seu apartamento.
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  — . — disse ele ao me ver.
  — Atrapalho? — perguntei dando alguns passos até a mureta e me sentei nela.
  — Não. — ele sorriu de canto, voltando o olhar para a pilha de paletes que tinha ao lado.
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  — Você parece meio perdido aí. — comentei.
  — Não estou muito focado hoje. — ele parecia se esforçar para não me olhar, mantendo sua atenção nos equipamentos dele.
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  — Aconteceu alguma coisa? — insisti em perguntar.
  — Espero que não. — ele ficou de costas para mim, voltando o olhar para o céu — Molly está bem?
  — Sim, ela já ama ficar na casa dos meus pais. — respondi, o observando v Sempre encontra um motivo para dormir lá.
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  Um silêncio pairou entre nós, por um tempo. Como ele parado olhando o céu e o olhando.
  — . — o chamei, me levantando da mureta.
  — Sim?! — ele me olhou, senti uma ponta de esperança em seu olhar.
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  — Eu vou precisar viajar na próxima semana. — disse a ele.
  Ainda não me sentia preparada para contar sobre a gravidez. 
  — Vou com a Molly, uma viagem mãe e filha que sempre quis fazer. — expliquei a ele — Então…
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  — Sem problema, também preciso resolver algumas coisas em outra cidade. — ele deu um sorriso meio triste, dando alguns passos até mim — Espero que seja proveitosa sua viagem.
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  Eu senti meu corpo travar um pouco ao senti-lo mais de perto.
  — Para onde vai?! — perguntei curiosa.
  — New Orleans, preciso verificar uma obra, nada demais, porém como sou o arquiteto responsável, preciso ir. — explicou ele, ao segurar minha mão.
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   se inclinou um pouco e me deu um beijo suave e leve.
  — Eu te amo, , independentemente de qualquer coisa. — sussurrou ele, mantendo nossos rostos próximos.
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  Suas palavras me fizeram lacrimejar e logo as lágrimas rolaram em meu rosto. Meu corpo se moveu de forma espontânea o abraçando. Me aninhando em seus braços, que se envolviam em minha cintura.
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  — Obrigado. — sussurrei a ele.
  Estava decidida a contar tudo, assim que retornasse da minha viagem com Molly.
  Não importa o que aconteceria depois.
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  Faz uma pose bonita querida! — disse a minha joaninha que se colocava em frente ao letreiro de Hollywood.
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  Sim. 
  Estava novamente em Los Angeles. 
  Mas agora não somente em uma viagem mãe e filha, mas também ajudando minha garotinha em seu sonho de ser atriz. Tinha descoberto através de Sunny, alguns cursos rápidos de dança e teatro que poderiam ser de boa influência para minha filha. E vendo seu desempenho e sua dedicação em aprender, me dava mais orgulho ainda em apoiar seus sonhos futuros.
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  — Como fiquei mamãe?! — ela espichou o pescoço para ver a foto.
  — Linda como sempre. — sorri para ela — Agora uma de nós duas.
  — Sim.
  Ela se colocou ao meu lado, então ajeitei o ângulo da câmera frontal e bati a foto. Juntas postamos no meu Instagram nosso pequeno momento livre de passeios pela cidade. Mais dias se passaram e resolvi prolongar mais um pouco minha estada ali, pois a ideia de uma matéria surgiu do nada quando passei próximo aos estúdios da Universal e me lembrar das grandes mulheres da indústria do cinema. Aquele tema me renderia um artigo ilustre e maravilhoso, com várias partes.
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  Ao me reunir virtualmente com as meninas, fechamos todos os detalhes do artigo sobre As vozes da música, para que finalmente eu me dedicasse às damas de Hollywood. Enquanto minha filha seguia com seus cursos de teatro e dança, eu a acompanhava com meu tablet, escrevendo e anotando no bloco de notas, todos os detalhes, pensamentos e percepções do meu novo assunto de trabalho. Nossa rotina era bem maluca e muito divertida com pausas para comida em horários diversos.
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  Claro que eu estava sendo cuidadosa com minha alimentação, ainda mais agora pela gravidez. Além das vitaminas que me davam mais fome ainda, me fazendo comer regularmente de três em três horas.
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  — Eu estou bem sim Sophie, só decidi ficar mais duas semanas aqui por motivos óbvios. — expliquei a minha amiga, que se mostrava apreensiva com minha distância — Molly tem aprendido tanto com esses cursos que encontramos aqui, que não seria justo com ela voltarmos agora. Além do mais, descobrimos um teste na Broadway no final do próximo mês que pode ser uma oportunidade e tanto para ela.
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  — Mas , e como fica sua gravidez? — perguntou ela.
  — Eu estou bem, já te disse, quando voltar, terei minha conversa com o , agora, só quero aproveitar minha viagem com minha filha e viver o que não vivi antes. — assegurei a ela, apertando o botão do elevador e entrando nele — Tenho certeza que o vizinho deve estar mais do que ocupado com seus deveres de arquiteto e a reforma no apartamento dele.
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  — Você acha? — perguntou ela.
  — Tenho certeza. — garanti — E como está indo às sessões no grupo de adoção?
  — Vão bem, estamos sendo acompanhados pela assistente social e na próxima semana deve sair a guarda provisória.
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  — O que significa?
  — Que eles vão vir morar com a gente e eu estou em surto, nem mesmo comprei meu enxoval de casamento, você foi comigo, imagina montar o quarto de 3 crianças. — sua voz ficou um pouco desesperada — Preciso de você amiga, se não, vou deixar Will louco.
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  — Calma Sophie, eu vou te ajudar sim, e temos a Marga e a Annia para dar apoio também.
  — Você é a tia . — insistiu ela.
  — Eu sei Sophie. — segurei o riso.
  Assim que a porta do elevador abriu no saguão do hotel, meu coração paralisou de leve ao dar de cara com e seu olhar sereno para mim. O que ele fazia aqui?
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  — ?! — disse ainda estática.
  — Oi . — ele sorriu de leve — O que faz aqui?
  — Eu que te pergunto, não estaria em New Orleans? — fiquei intrigada.
  — Não estou te seguindo se é isso que você está pensando. — ele riu — Não sou um psicopata.
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  Eu soltei uma gargalhada boba.
  — Não pensei nisso. — admiti — Mas…
  Era mesmo intrigante tê-lo ali.
  — Estou a trabalho também, desta vez cenográfico e estamos na cidade do cinema. — explicou ele — Precisam de uma grande estrutura em uma produção de um filme futurista e fui convidado a ajudar.
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  — Hum… — entendi.
  — Poderia levar minhas malas para meu quarto, irei depois. — disse ele, ao funcionário.
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  — Sim senhor. — o homem passou por mim com as malas dele.
  — Está indo para algum lugar? — perguntou , ao segurar minha mão e me afastar do elevador.
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  — Busca Molly em um curso de dança que está fazendo. — contei a ele, o deixando me guiar.
  — Consegui uma breve dispensa na escola para investir esse tempo no sonho dela, então pela manhã temos o curso intensivo de teatro e à tarde o de dança. — continuei — Ela agora quer ser uma atriz do Disney Channel.
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  — Uau, um sonho bem grande, mas tenho certeza que ela é muito dedicada para isso. — disse ele.
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  — Sim, e preciso apoiá-la. — conclui.
  — Vamos então, eu te levo. — disse ele.
  — Alugou um carro? — perguntei.
  — Los Angeles é minha cidade, ao contrário de Malibu. — explicou ele com um sorriso bobo no rosto — Só não estou na minha casa, por que está em reforma.
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  — Você tem uma casa aqui?! — boquiaberta fiquei.
  — Eu morava aqui antes de ir para Manhattan. — explicou ele.
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  — Uau. — por essa eu não esperava.
  Ele manteve a serenidade no olhar e me levou até seu carro. Seguimos para a agência onde Molly fazia seu curso da tarde. Com a facilidade em aprender e empenho de minha filha, ela sempre pegava os passos das coreografias com rapidez e precisão.
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  — !? — ela abriu um largo sorriso ao vê-lo e logo o abraçou — Você veio!
  — Sim. — ele retribuiu o abraço nela.
  — Como assim, você veio?! — olhei para eles, desconfiada.
  — Molly me perguntou se eu realmente viria para Los Angeles, quando te liguei ontem à noite. — respondeu ele.
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  — Você me ligou? — voltei o olhar para a joaninha.
  — A senhora estava dormindo mamãe. — explicou ela, se fazendo a inocente.
  — Eu perguntei onde estavam e curiosamente no mesmo lugar para onde eu iria. — continuou ele — Que tal um sorvete para refrescar?
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  — Eu topo! — disse Molly.
  Não tive outra escolha a não ser aceitar. Os olhos meigos de minha filha para mim eram irresistíveis. Seguimos para uma sorveteria muito famosa da cidade, e que causou um brilho a mais nos olhos dela. Para quem tomava sorvete no parque quase toda a semana com Sophie e nossos problemas da fase adulta, aquilo era só mais um sorvete. Entretanto, estar na companhia de , tinha um diferencial que eu não conseguia descrever.
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  — É o melhor sorvete do mundo! — comentou Molly.
  — O de Manhattan é tão bom quanto. — olhei para ela, sem entender seu favoritismo.
  — Não é pelo lugar mamãe, é pela companhia. — disse ela, voltando seu olhar para o vizinho.
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  O olhar dele para nós duas combinado ao silêncio me deixava um pouco apreensiva e curiosa.
  — Entendo. — o olhei também.
  — . — segurou em minha mão, mantendo a suavidade no olhar.
  — Obrigado. — disse a ele.
  Ainda era complicado para mim dizer com clareza “eu te amo”. Apesar de sentir mais do que profundamente em meu coração este sentimento.
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  — O que foi?! — perguntou ele, assim que me levantei bruscamente e sai em direção a entrada da loja.
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  Precisava tomar ar puro e não surtar com o momento e com a presença dele ali.
  — O que houve?! — ele segurou em minha mão, me fazendo olhá-lo  —, diga.
  — Eu não quero que fique comigo por nenhum motivo forçado. — fui o mais sincera possível, demonstrando minha fraqueza pelas lágrimas que juntavam no canto dos meus olhos — Eu te amo , mesmo com medo de te amar, eu te amo.
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  Senti sua mão me puxar para mais perto, e seus braços me envolverem ainda mais. Tentei não chorar ali, porém minhas emoções foram mais fortes que eu. Me senti segura perto dele, era meu ponto fraco e ao mesmo tempo poderia ser o forte.
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  — Quero estar com você, porque te amo. — disse ele num tom baixo — Quero estar ligado a você de todas as formas possível.
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  — O que você quer dizer com isso?! — me afastei de leve o olhando, confusa.
  — Estou dizendo que nunca mais quero ficar longe de você. — ele sorriu com carinho — Aceita se casar comigo?
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  Meu coração acelerou de leve. Não imaginaria que ele me pediria em casamento assim.
  — Aceita logo mamãe. — disse Molly, aparecendo ao nosso lado.
  — Eu… — olhei para ela — Molly?!
  — Eu aceito pela mamãe. — disse ela, dando um sorriso sapeca.
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  Nós rimos, mas ele se manteve atento a mim.
  — Tem certeza… — tentei argumentar, mas me interrompeu com um beijo doce e envolvente.
  — Apenas diga o que seu coração quer, sem pensar no passado e no que pode dar errado, pois nada vai dar errado. — garantiu ele — Apenas diga, o que seus olhos já dizem.
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  — Aceito. — senti uma lágrima escorrendo em meu rosto.
  — Que bom. — ele sorriu, e erguendo sua mão limpou minha lágrima — Fase 2 Molly.
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  — Como assim fase 2?! — olhei para minha filha.
  O que eles estavam aprontando?
  — Só quero dizer, que tenho a aprovação de Joseph direto de Seoul. — disse , ao me conduzir até seu carro.
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  — E minha também. — assegurou Molly, segurando o riso.
  Para minha maior surpresa, seguimos para um cartório especial de registro civil de Los Angeles. Onde, inacreditavelmente, me casei no mesmo dia com o vizinho do apartamento ao lado. Molly assistiu tudo, fazendo uma transmissão online para Joseph que ficou em risos do outro lado do mundo. Nossas testemunhas? Dois amigos de infância de que ele chamou de última hora para lá. Tudo aconteceu tão rápido, que nem as fanfics da Sophie conseguiriam acompanhar os eventos. E por falar na minha amiga… Quando enviei a foto da aliança no meu dedo e da certidão de casamento, os surtos dos seus áudios foram poucos para sua euforia.
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  — Molly já está dormindo? — perguntou ele, ao sair do banheiro e me ver em seu quarto.
  — Sim, foram fortes emoções para ela, e amanhã cedo temos a última aula de teatro. — contei a ele, mantendo meu olhar na certidão em minha mão.
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  — O que foi?! — perguntou ele ao se aproximar de mim, e envolver seus braços em minha cintura.
  — Você é louco, sabia? E eu mais ainda por aceitar isso. — o olhei, ainda estática.
  — Eu sou louco sim, mas por você. — ele sorriu de canto.
  — Nunca imaginei que me casaria outra vez em um curto espaço de tempo, não depois de um divórcio como o que tive. — confessei — O que você fez comigo, senhor vizinho?
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  — Posso te pedir uma coisa?! — seu olhar continuou sereno.
  — Sim.
  — Não fale mais do passado, apenas vive o hoje comigo para termos nosso futuro juntos. — as palavras soaram tão tranquilas dele.
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  — Farei o máximo para isso. — garanti a ele.
   se aproximou mais e mais de mim, ao tocar de leve em minha barriga, me beijou com suavidade. Senti meu corpo arrepiar por um breve momento, entendendo o que ele queria me dizer com seus gestos.
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  — Como você sabia?! — perguntei a ele.
  — O médico me contou, antes de dar a notícia a você. — contou ele.
  — Por que não me disse?! — indaguei.
  — Não queria que pensasse bobagens sobre eu estar com você pelo bebê, como de fato começou a pensar. — explicou ele — Então, achei melhor esperar até você se sentir confortável para dizer sobre a gravidez.
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  — A Molly, sabia que você sabia? — mantive o olhar nele.
  — Sim.
  — Que traidora, não me disse nada. — sussurrei.
  — E Joseph também já sabe, tive uma conversa muito séria com seu filho, antes de te pedir em casamento. — ele acariciou minha face — , se eu conseguisse encontrar a melhor forma para me expressar e você entender o que sinto por você, jamais ficaria insegura novamente.
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  — … — contive as lágrimas que se formavam no canto dos meus olhos.
  — O que sinto por você… Eu te amo, mais que isso, eu quero estar com você por que te amo, e não por qualquer outro motivo, sempre foi assim, desde que te vi pela primeira vez e me interessei por você. — continuou ele, sua declaração — Foi como as folhas caindo no outono, de forma sublime e suave, me apaixonei por você e comecei a te amar… Eu quero estar com você, sempre e…
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  Desta vez, não o deixei completar. O beijei com todo o sentimento que tinha guardado e reprimindo dentro de mim. Suas palavras sinceras haviam quebrado minha resistência, isso era um fato, e se antes estava decidida a não viver com medo pelos erros e fracassos do passado. Agora queria mais do que nunca dar uma chance ao amor que sentia por mim. Me entregaria por completo a ele sem receios posteriores e não mais fugiria na manhã seguinte.
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  A intensidade do seu amor era totalmente revestida nos seus beijos e carícias. Estar em seus braços me transmitia serenidade mesmo em meio a toda malícia que ele propunha. Era um lado novo do meu agora marido. Estranho a primeiro momento pensar novamente nesse termo, mas sentindo as constantes investidas dele e permissões de minha parte. Certamente vou me acostumar com rapidez a essa nova realidade.
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  — Real até quando você quiser. — sussurrei para ele.
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  — Real para sempre. — sussurrou de volta com mais entonação e intensidade.
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  Eu seria dele, assim como ele era meu desde o início.
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  — AAAAHHHHHHHHHHHHH!!! — minha amiga soltou um grito, ao me ver na porta de entrada da sua sala de dança — Eu não acredito nisso.
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  — Sophie, menos. — disse com minha cara cheia de vergonha. 
  — Não se reprime uma fanfiqueira menina, me deixa surta com meu shipp. — ela me repreendeu de forma séria — Ele demorou pra acontecer de verdade.
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  Me deu até medo.
  — Sua boba. — eu ri dela.
  — E como foi? — perguntou ela, pegando em minha mão e vendo a aliança, seus olhos brilharam — Que lindo, nem vou perguntar pela noite de núpcias porque ela rolou antecipada no natal.
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  Brincou minha amiga caindo na gargalhada.
  — Muito engraçado. — me mantive séria.
  — Eu tô mentindo? — ela me olhou com malícia.
  — Não. — tive que admitir.
  Não me contive e comecei a rir com ela. Nos abraçamos e sentamos no chão. Contei a ela em poucos detalhes sobre o grande plano de casamento que arquitetou com meus dois filhos. O que me deixou ainda mais admirada com tudo o que rolou, foi saber que ele tinha sido aconselhado por minha mãe a fazer o que fez.
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  — E agora? Como vai ficar tudo? — perguntou Sophie curiosa.
  — Como assim tudo? — não entendi sua pergunta.
  — Bem, com vocês dois casados, dois apartamentos. — ela manteve a curiosidade.
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  — Hum… O que você quer dizer com isso? — tentei imaginar.
  — Vocês não pretendem morar em casas separadas, né? — Sophie entoou a voz.
  — Não. — eu ri de leve — Claro que não amiga, ele vai terminar a reforma e a irmã dele vai morar lá.
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  — Ah… — ela manteve um olhar desconfiado — E como fica o bebê? Vai dormir com a Molly?
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  — Os bebês. — corrigi ela.
  Outra surpresa que o doutor não me contou a pedido de . Aquele doutor traidor.
  — Os… — ela ficou estática — Gêmeos?
  — Sophie calma. — disse a ela, que parecia entrar em surto.
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  — Gêmeos, vou ser tia duas vezes. — disse ela, respirando fundo.
  — Sim, gêmeos. — sorri de leve, tentei manter minha sanidade, pois já havia surtado quando ele me contara.
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  — Sua mercenária, eu achando que iria me igualar a você com três filhos e você ultrapassa com essa fábrica de filhos no lugar de útero. — ela tentou brigar comigo, mas saiu de forma engraçada.
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  — Desculpa Sophie, mas é claro que você sempre pode adotar mais um. — sugeri a ela, brincando.
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  — Jamais, já quase perdi a sanidade quando Lila me perguntou o que é menstruação atrasada, ela só tem sete anos. — disse Sophie com o olhar perdido — Claro que tive uma conversa séria com a Mayah, ela é uma adolescente em puberdade e seus hormônios estão aflorados nessa idade, e ainda tem o Natanael que é uma doçura mas tem obsessão por carros de corrida e claro que Will faz tudo o que eles querem e isso que assusta.
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  Segurei o riso dela, ouvindo suas histórias de mãe marinheira de primeira viagem tripla.
  — Minha válvula de escape tem sido meu curso de aperfeiçoamento, claro, mas teve um dia que tive que levar a Lila comigo, porque a escola estava de recesso, como recesso nesta época do ano? Nem era feriado. — continuou ela desabafando — E agora o Will tendo sua especialização em neuro, está sendo treinado para tomar o lugar de chefe da neuro, e isso tem me estressado um pouco, porque ele tem chegado meio tarde, e quando chega quer dar atenção às crianças e eu como eu fico? Nem mesmo minhas fics restritas tem me deixado relaxada.
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  — Eu acho que você deveria fazer mais visitas ao seu marido no hospital. — aconselhei ela, rindo baixo.
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  — Você ri, porque não é você nesta situação. — ela respirou fundo — Mas, acho que vou seguir seu conselho hoje, vou deixar Mayah como responsável e fazer uma visita ao meu marido.
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  — E quando vou conhecer meus sobrinhos? — Se precisar, pode mandar eles pra minha casa, assim terá uma noite só de vocês.
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  — Você ainda está em período de lua de mel amiga, fique tranquila que eu dou meu jeito. — ela me lançou um olhar malicioso e ousado.
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  Sabia que minha amiga não deixaria nenhuma rotina, surto com filhos ou cansaço atrapalhar sua intimidade com Will, e conhecendo-a como conheço… Deixaria o casamento dos dois ainda mais intenso.
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  — Vou me trocar para a minha sessão Grey’s Anatomy proibido para menores. — ela se levantou do chão em gargalhadas — Quer uma carona?
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  — Não, eu vou passar no escritório do antes, então vou de táxi mesmo. — recusei — Só passei para dar um oi, já que não pude te ver ontem.
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  — Você chegou muito tarde da viagem, nem precisava ter vindo hoje, tem mesmo é que aproveitar seu marido, ai que chique eu falei marido… — ela riu em surto de novo — Precisa aproveitar enquanto a barriga não cresce.
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  — Ele tem sido tão fofo comigo. — confessei a ela.
  — Ainnn, imagino. — disse ela — Me deu até vontade de ler aquelas fics bem açucaradas com filhos e casamento no final, muito mel no enredo.
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  — Como se você realmente vivesse sem as cenas hot que despertam a fúria Sophie. — brinquei.
  — Ah, e por falar nisso. — ela me olhou curiosa — Como anda a tal premiação que o jornal está concorrendo?
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  — Menina, você acredita que de todas as matérias que escrevemos, e era esperado concorrer com as vozes da música, eles escolheram o artigo sobre as autoras por trás das fanfics da atualidade. — respondi a ela, me lembrando da cara de todos na reunião online que tive na semana passada — Nem eu acreditei nisso, mas acharam o artigo mais atemporal do momento, o que me deixou em choque, porque foi o artigo que eu escrevi para a Genevieve naquela época que ela ainda nem tinha mencionado sobre o projeto do The Imperatriz.
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  — Eu te disse, as fanfics dominaram o mundo miga, só não vê quem não quer. — comentou Sophie — Agora só falta a Netflix descobrir isso e começar a fazer filmes de fanfics, quem são esses filmes forçados como 365 dias perto de A chave para o Coração. O mundo deveria ler mais fanfics como essa.
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  — Você realmente se transformou em uma especialista no assunto, quando eu escrever a segunda parte desse artigo, vou querer você ao mesmo lado, sem brincadeira.
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  — Pode me chamar quando quiser, mas com a condição de mencionar nesse seu próximo artigo, essa minha fic favorita e a autora dela, Mari Monte. — ela piscou de leve para mim e seguiu em direção ao banheiro da sala.
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  Não me contive em rir da minha amiga e seu amor por fanfics.
  Me despedi de Sophie e segui de táxi até o escritório do meu marido. Meu marido. Como é bom falar assim sobre ele. Um sorriso se formou em sua face, assim que me viu parada na porta de sua impenetrável sala. 
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  — Você chegou. — disse ele, voltando o olhar para sua assistente que segurava algumas pastas na mão.
  — Senhor Lewis, eu vou enviar estes documentos aos clientes e conferir o andamento das obras em New Orleans amanhã pela manhã. — disse ela, apressando-se para nos deixar à sós.
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  — Agora que a reforma no apartamento ao lado está em fase final, qual será a próxima? — perguntei a ele, fechando a porta e entrando mais na sala.
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  — Não tem mais reformas. — respondeu ele.
  — Sério? — me peguei admirada pela afirmação — Isso é estranho vindo de você, o louco das reformas, ganha até dos Irmãos à Obra.
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  Ri de leve.
  — Não preciso mais disso. — ele se aproximou de mim e segurou em minha cintura — Tenho você agora.
  — Hum?! — me peguei confusa.
  — As reformas foram o meio que encontrei… Para me sentir completo e menos solitário. — ele começou a explicar, dando beijinhos no meu pescoço entre as palavras — Mas então, você apareceu… E tudo o que desejo está relacionado a você.
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  —
  Ele me interrompeu com um beijo envolvente e intenso, me achegando mais a ele com precisão. Senti meu coração acelerar mais com uma brisa passeando pelo meu corpo.
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  — Eu te amo. — sussurrei a ele.
  — Eu também te amo, . — sussurrou de volta, mantendo aquele olhar intenso em mim.
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Te seguí
Y reescribiste mi futuro
Es aquí
Mi único lugar seguro

Creo en ti y en este amor
Que me ha vuelto indestructible
Que detuvo mi caída libre.

– Creo en Ti / Lunafly

Superação: Viver com medo, é viver pela metade.” [filme: Vem Dançar Comigo] by: Pâms

Fim

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