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Inevitável

Décimo Terceiro Capítulo – Enigma

  Aproveitou que o lanche havia acabado para verificar o celular um pouco, assim que desbloqueou o mesmo, ele tocou. Era mais um número desconhecido. tinha medo de atender, mas tinha mais medo ainda de não atender. O coração acelerou e ela atendeu.
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  – Alô? – engoliu seco.
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  Pela primeira vez em meses, o stalker resolveu falar.
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  – Estou ansioso para te ver! – havia muito barulho ao redor e ele quase sussurrava.
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   não conseguiu reconhecer a voz. Não fazia a menor ideia se conhecia ou não conhecia o stalker. O coração acelerava mais e mais.
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  – Hoje vou te ver novamente depois de uma semana sem conseguir ver seu rostinho lindo.
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   sentiu as mãos formigarem, estava com medo.
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  – Quem tá falando?
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  – Ah, você não sabe, amor?
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   fechou os olhos por alguns segundos e o estômago revirou.
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  – Tô muito ansioso, você não?
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   nada disse, somente conseguia sentir o medo pulsando em suas veias, quando ia implorar que ele a deixasse em paz, ele desligou.
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  As colegas de a questionaram se estava tudo bem, já que a mesma se encontrava pálida e parecia bem assustada, ao que a morena apenas assentiu que sim, voltando a guardar o celular no bolso do jaleco. Foi ao banheiro, prendeu o cabelo num coque, abriu a torneira, molhou as mãos e depositou na nuca. Depois molhou novamente e passou pelas têmporas, depois pelo rosto todo. Se olhou no espelho. Ainda estava cansada, havia ganhado dois dias de folga e mesmo assim ela não se sentia descansada. O stalker estava há uma semana sem aparecer, ela até achou que finalmente ele havia sumido.
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  Mas não.
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  Escovou os dentes, guardou suas coisas no armário e voltou para o plantão. Eram quinze da tarde, ela não havia almoçado, apenas comido um sanduíche natural. A vida dela era assim, mas amava tanto o que fazia e sabia que os pais teriam tanto orgulho da profissional que ela era.
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  Pegou algumas fichas dispostas em sua bancada e sua atenção se fixou ali: “Jeon Jungkook”.
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  Os dois haviam se falado há dois dias atrás, mais uma vez tentando marcar um segundo encontro, mas é claro: não deu certo.
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  E ele estava ali, hoje. sentiu um arrepio percorrer a espinha. E se fosse ele? E se Jungkook fosse um psicopata? E se ele estivesse a enganando? E se ele a fizesse algum mal? se lembrou da ligação de agora a pouco.
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  “Hoje vou te ver novamente depois de uma semana sem conseguir ver seu rostinho lindo.”
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  Uma semana que ela e Jungkook haviam se visto pela primeira e última vez. Mordeu o lábio receosa. E se ele fosse o stalker?
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  Respirou fundo e foi até a recepção.
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  – Jeon Jungkook! – ela gritou.
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  Ele se levantou e o olhar dos dois cruzou. Jungkook sorriu, e paralisou.
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  Assim que ele atravessou a recepção e os dois ficaram cara a cara, ele ainda sorria, como se fosse uma criancinha.
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  – Oi! – ele segurou a mão dela depositando um leve carinho lá antes de soltar.
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  – Oi! – conseguiu sussurrar.
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  – Eu estava ansioso para te ver hoje! – o sorriso sumiu dando lugar a um olhar intenso.
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   arrepiou os pelos da nuca, o medo havia voltado.
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  – Você veio tirar os pontos? – ela perguntou seca, caminhando em direção a sala de primeiros socorros.
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  – Vim! E vim ver você também, ! Tá tudo bem?
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  Ele segurou o cotovelo da ruiva, preocupado. engoliu seco outra vez.
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  – Tudo ótimo! Por que eu não estaria bem, não é, Jungkook?
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  Os dois se olharam e Jungkook não entendeu porque ela estava tão na defensiva se eles haviam se falado há dois dias e ela estava normal.
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  – Não sei! Você é quem deveria me dizer o porquê de estar tão na defensiva!
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  – Não estou na defensiva! Só estou no meu local de trabalho! Pode se sentar, por favor?
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  Jungkook assim o fez, sentindo uma pontada no estômago com a rispidez.
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  Os dois ficaram em silêncio até que ela terminasse de pegar os instrumentos de trabalho.
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  – Como foi o período de cicatrização? – questionou enquanto desenrolava a faixa que cobria o ferimento.
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  – Normal, acho que já cicatrizou. Estou com muita coceira, por isso acho que cicatrizou.
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   deu uma olhada no ferimento, e passou a mão sobre o mesmo com delicadeza. Jungkook aproveitou e segurou a mão dela.
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  – Pensei em você a semana inteira.
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   o olhou. Seria possível, que um cara tão gentil e bonito como aquele fosse um cara perigoso?
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Décimo Quarto Capítulo – Youngblood

  Os dois pela primeira vez em meses estavam sentados numa única mesa, as cadeiras coladas e os rostos também. Ambos concentrados na apresentação na tela do computador de Jimin. Apresentação essa feita por , com os dados levantados por Jimin do mês todo. Depois de anos o chefe havia resolvido voltar com as reuniões aos finais de mês para apresentação de resultados e fechamento do mesmo. estava desacostumada, afinal de contas assim que ela entrou na empresa as reuniões acabaram, então ela não sabia direito como elas funcionavam. Jimin então…
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  Os dois estavam preocupados, não com a entrega dos resultados ou com o fechamento do mês e metas para o mês seguinte, e sim com a apresentação em si. Os dois não consideravam que tinham dificuldades de falar em público, mas estavam sim nervosos de apresentarem seus resultados e metas na frente da empresa toda. Afinal de contas, eram os mais novos e percebiam que o restante da empresa não botava muita fé nos dois.
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  E Jimin tinha receio quanto à comunicação de na frente da empresa toda, pois como todos sabiam ela era bem estourada e não tinha muito tato para falar as coisas. Jimin estava com medo. Já nem imaginava que o parceiro de trabalho estava com essa preocupação, até porque se imaginasse os dois já teriam saído nos tapas, provavelmente.
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  Enquanto pensavam nas coisas que falariam e em como se portaria, além de tentarem decorar com exatidão os slides para não levarem papel e não parecerem despreparados, Jimin pediu que pegasse uma xícara de café para ele, lhe entregando sua caneca.
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  – Vai lá você! É você que quer café, não eu!
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  Jimin revirou os olhos.
  – Você não pode me fazer um favor, zangado?
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  Foi a vez de revirar os olhos e bufar, odiava aquele apelido infeliz.
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  – Não, não posso! Estamos ocupados e concentrados, deixa para tomar café depois!
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  – Nós estávamos indo tão bem! Estava bom demais para falar a verdade!
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  Jimin bufou enquanto afastava a cadeira com força para trás.
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  – Estava bom? – arqueou a sobrancelha.
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  Jimin a fitou, bagunçou os cabelos e resmungou algo que não entendeu e saiu da sala, batendo a porta com força.
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  – Aí, ela tá estressada! – gritou.
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  Passou os dedos pelas têmporas, massageando as mesmas. Uma leve dor de cabeça estava se iniciando. Voltou a revisar os slides sozinha e repassar as falas na cabeça, até que Jimin voltou com sua caneca e um copo de plástico, ambos com café.
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  Colocou os dois sobre a mesa e empurrou o copo de plástico em direção à que o pegou, dando um gole.
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  – Ué, mas você tinha dito que não queria café! – Jimin esbravejou.
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  – Então, você me entregou o copo para quê? Pra eu jogar fora? Ai, Jimin, me poupe!
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  – Você é ridícula!
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  – Vamos voltar ao que interessa! Temos que arrasar nessa apresentação para calar a boca desses estúpidos!
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  – De nada pelo café, querida! Eu sou muito educado e prestativo diferente de você, né?
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  – Ai, curupira júnior! Por Deus, como você é infantil!
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  – Eu? – ele apontou para si mesmo – Você que é! Não pode buscar um café para nós dois!
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  – Chega! – voltou a apertar as têmporas – Minha cabeça tá doendo e precisamos finalizar isso!
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  Jimin ficou em silêncio enquanto se levantava e fazia alguns alongamentos tentando aliviar a tensão dos músculos. Ela estava de costas para o colega que se atreveu a observar o corpo da mais baixa. Começou observando as pernas torneadas e grossas, sentiu vontade de apertá-las, e depois subiu o olhar para o bumbum da mesma. Queria apertá–los também, mas balançou a cabeça afastando imediatamente os pensamentos. Como assim? Ele detestava e seu ar de superioridade, sua arrogância, ela era mimada e grossa. Não podia desejá–la!
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  Mais alguns minutos se passaram e finalmente chegou a tão aguardada hora das apresentações, e para o desespero de Jimin e eles foram os últimos. Assim que se posicionaram em frente ao projetor, os dois se olharam e balançaram a cabeça positivamente um para o outro.
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   ia começar falando, mas acabou sendo interrompida por Jimin, que não a deixou falar. E assim a apresentação prosseguiu, com apenas passando os slides. Por dentro a garota parecia que ia explodir de tanto ódio. E era perceptível o quão desconfortável com a situação ela estava, pois estava vermelha como um pimentão. É claro que Jimin sabia que ela tentaria matá-lo assim que tivesse uma oportunidade, já estava acostumado a ver a colega vermelha toda vez que sentia raiva. Mas não podia arriscar em ter sua primeira apresentação para a empresa toda arruinada pela intempestividade de . Assim que os colegas e o chefe começaram a bater palmas, não esperou o cumprimento dos outros e deixou o local, pisando dura e ainda vermelha. Provavelmente ela teria uma urticária nervosa devido a raiva que estava sentindo.
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  Entrou dentro da sala que infelizmente ainda dividia com Jimin e pôs–se a arrumar suas coisas. Iria embora. Alguns colegas de trabalho haviam combinado de irem para um barzinho após as apresentações e havia confirmado até a presença, mas estava com tanta raiva que o melhor seria ir para casa. Não queria ver Jimin ou o mataria. Estava arrumando as coisas cegamente dentro de sua bolsa o mais rápido o possível, mas foi em vão.
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  – O chefe mandou dizer que seus slides ficaram incríveis e que você mandou muito bem!
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  – Mesmo? E sobre minhas falas? O que ele disse?
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   parou o que estava fazendo e se virou dando de cara com Jimin.
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  – Olha, , me desculpe, mas eu não podia colocar a minha reputação em jogo!
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  – Sua reputação em jogo? Que reputação, Jimin? Você não tem nem dois anos de empresa direito! E como assim? Colocar sua reputação em jogo? – ela tocou o peito de Jimin com a ponta da unha branca fina e bem feita.
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  Jimin engoliu seco, por mais que não gostasse da parceira, não queria machucá–la e deixar o clima entre eles pior do que já era.
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  – Você é muito impulsiva, e estava com raiva das pessoas duvidando da gente! Eu tive medo que você trocasse os pés pelas mãos e acabasse arruinando tudo!
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   respirou fundo sentindo a cabeça latejar e fechou os olhos.
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  – Jimin, eu estou nessa área há mais de dois anos, eu sei o que estou fazendo e mais importante ainda, eu AMO, o que eu faço! Eu tenho muito mais domínio de tudo o que fazemos ou deixamos de fazer do que você, e nem por isso me intimidei por você ser apenas um menor aprendiz, ou estagiário, sei lá, recém contratado, e por mim nós dois íamos falar! E você simplesmente resolve me sabotar? Eu não tenho nenhum mérito pelas metas que a gente bateu em conjunto? A equipe é você sozinho? Você é um metido mesmo, se acha o último biscoito do pacote! É muita arrogância para um serzinho tão pequeno! Como cabe?
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  Jimin sentiu as palavras de lhe atingirem como se fossem um tapa. Não era isso que ele queria ter provocado com a atitude. Ele sabia que a colega não ia com a cara dele, mas não sabia que ela o achava arrogante. Jimin não sabia o porque, mas aquilo o chateara. também estava magoada em saber que o colega a achava inferior mesmo ela tendo mais experiência.
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  – Eu não sou arrogante! É você que é! Tá vendo? Olha esse escândalo, por uma coisinha de nada!
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  – Coisinha de nada, Jimin? Você tentou se colocar no meu lugar? E se fosse eu fazendo isso com você, por te achar inferior? Você estaria na mesa do chefe já, reclamando que eu bem te conheço, porque além de arrogante você é reclamão!
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  – Será que você me conhece mesmo, ? – ele aproximou o corpo dos dois ainda mais.
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   se assustou com a proximidade dos corpos se chocando e com o hálito forte de Jimin em sua boca.
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  – Você nunca me deu uma única oportunidade de me mostrar de verdade! Deu?
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  – E você? Me deu?
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  – E se a gente começasse de novo? – ele se atreveu a tocar a bochecha da colega.
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  Paralisada, era assim que se encontrava, enquanto olhava os olhos escuros de Jimin ficarem ainda mais escuros. O toque quente das mãos dele em sua bochecha fez a cabeça de latejar mais. A única reação que a garota conseguiu ter naquele momento, foi afastar bruscamente a mão dele de seu rosto, pegar a bolsa e sair da sala, deixando Jimin ainda mais frustrado.
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  Os dois pela primeira vez em meses estavam sentados numa única mesa, as cadeiras coladas e os rostos também. Ambos concentrados na apresentação na tela do computador de Jimin. Apresentação essa feita por , com os dados levantados por Jimin do mês todo. Depois de anos o chefe havia resolvido voltar com as reuniões aos finais de mês para apresentação de resultados e fechamento do mesmo. estava desacostumada, afinal de contas assim que ela entrou na empresa as reuniões acabaram, então ela não sabia direito como elas funcionavam. Jimin então…
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  Os dois estavam preocupados, não com a entrega dos resultados ou com o fechamento do mês e metas para o mês seguinte, e sim com a apresentação em si. Os dois não consideravam que tinham dificuldades de falar em público, mas estavam sim nervosos de apresentarem seus resultados e metas na frente da empresa toda. Afinal de contas, eram os mais novos e percebiam que o restante da empresa não botava muita fé nos dois.
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  E Jimin tinha receio quanto à comunicação de na frente da empresa toda, pois como todos sabiam ela era bem estourada e não tinha muito tato para falar as coisas. Jimin estava com medo. Já nem imaginava que o parceiro de trabalho estava com essa preocupação, até porque se imaginasse os dois já teriam saído nos tapas, provavelmente.
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  Enquanto pensavam nas coisas que falariam e em como se portaria, além de tentarem decorar com exatidão os slides para não levarem papel e não parecerem despreparados, Jimin pediu que pegasse uma xícara de café para ele, lhe entregando sua caneca.
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  – Vai lá você! É você que quer café, não eu!
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  Jimin revirou os olhos.
  – Você não pode me fazer um favor, zangado?
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  Foi a vez de revirar os olhos e bufar, odiava aquele apelido infeliz.
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  – Não, não posso! Estamos ocupados e concentrados, deixa para tomar café depois!
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  – Nós estávamos indo tão bem! Estava bom demais para falar a verdade!
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  Jimin bufou enquanto afastava a cadeira com força para trás.
  – Estava bom? – arqueou a sobrancelha.
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  Jimin a fitou, bagunçou os cabelos e resmungou algo que não entendeu e saiu da sala, batendo a porta com força.
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  – Aí, ela tá estressada! – gritou.
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  Passou os dedos pelas têmporas, massageando as mesmas. Uma leve dor de cabeça estava se iniciando. Voltou a revisar os slides sozinha e repassar as falas na cabeça, até que Jimin voltou com sua caneca e um copo de plástico, ambos com café.
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  Colocou os dois sobre a mesa e empurrou o copo de plástico em direção à que o pegou, dando um gole.
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  – Ué, mas você tinha dito que não queria café! – Jimin esbravejou.
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  – Então, você me entregou o copo para quê? Pra eu jogar fora? Ai, Jimin, me poupe!
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  – Você é ridícula!
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  – Vamos voltar ao que interessa! Temos que arrasar nessa apresentação para calar a boca desses estúpidos!
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  – De nada pelo café, querida! Eu sou muito educado e prestativo diferente de você, né?
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  – Ai, curupira júnior! Por Deus, como você é infantil!
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  – Eu? – ele apontou para si mesmo – Você que é! Não pode buscar um café para nós dois!
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  – Chega! – voltou a apertar as têmporas – Minha cabeça tá doendo e precisamos finalizar isso!
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  Jimin ficou em silêncio enquanto se levantava e fazia alguns alongamentos tentando aliviar a tensão dos músculos. Ela estava de costas para o colega que se atreveu a observar o corpo da mais baixa. Começou observando as pernas torneadas e grossas, sentiu vontade de apertá-las, e depois subiu o olhar para o bumbum da mesma. Queria apertá–los também, mas balançou a cabeça afastando imediatamente os pensamentos. Como assim? Ele detestava e seu ar de superioridade, sua arrogância, ela era mimada e grossa. Não podia desejá–la!
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  Mais alguns minutos se passaram e finalmente chegou a tão aguardada hora das apresentações, e para o desespero de Jimin e eles foram os últimos. Assim que se posicionaram em frente ao projetor, os dois se olharam e balançaram a cabeça positivamente um para o outro.
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   ia começar falando, mas acabou sendo interrompida por Jimin, que não a deixou falar. E assim a apresentação prosseguiu, com apenas passando os slides. Por dentro a garota parecia que ia explodir de tanto ódio. E era perceptível o quão desconfortável com a situação ela estava, pois estava vermelha como um pimentão. É claro que Jimin sabia que ela tentaria matá-lo assim que tivesse uma oportunidade, já estava acostumado a ver a colega vermelha toda vez que sentia raiva. Mas não podia arriscar em ter sua primeira apresentação para a empresa toda arruinada pela intempestividade de . Assim que os colegas e o chefe começaram a bater palmas, não esperou o cumprimento dos outros e deixou o local, pisando dura e ainda vermelha. Provavelmente ela teria uma urticária nervosa devido a raiva que estava sentindo.
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  Entrou dentro da sala que infelizmente ainda dividia com Jimin e pôs–se a arrumar suas coisas. Iria embora. Alguns colegas de trabalho haviam combinado de irem para um barzinho após as apresentações e havia confirmado até a presença, mas estava com tanta raiva que o melhor seria ir para casa. Não queria ver Jimin ou o mataria. Estava arrumando as coisas cegamente dentro de sua bolsa o mais rápido o possível, mas foi em vão.
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  – O chefe mandou dizer que seus slides ficaram incríveis e que você mandou muito bem!
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  – Mesmo? E sobre minhas falas? O que ele disse?
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   parou o que estava fazendo e se virou dando de cara com Jimin.
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  – Olha, , me desculpe, mas eu não podia colocar a minha reputação em jogo!
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  – Sua reputação em jogo? Que reputação, Jimin? Você não tem nem dois anos de empresa direito! E como assim? Colocar sua reputação em jogo? – ela tocou o peito de Jimin com a ponta da unha branca fina e bem feita.
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  Jimin engoliu seco, por mais que não gostasse da parceira, não queria machucá–la e deixar o clima entre eles pior do que já era.
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  – Você é muito impulsiva, e estava com raiva das pessoas duvidando da gente! Eu tive medo que você trocasse os pés pelas mãos e acabasse arruinando tudo!
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   respirou fundo sentindo a cabeça latejar e fechou os olhos.
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  – Jimin, eu estou nessa área há mais de dois anos, eu sei o que estou fazendo e mais importante ainda, eu AMO, o que eu faço! Eu tenho muito mais domínio de tudo o que fazemos ou deixamos de fazer do que você, e nem por isso me intimidei por você ser apenas um menor aprendiz, ou estagiário, sei lá, recém contratado, e por mim nós dois íamos falar! E você simplesmente resolve me sabotar? Eu não tenho nenhum mérito pelas metas que a gente bateu em conjunto? A equipe é você sozinho? Você é um metido mesmo, se acha o último biscoito do pacote! É muita arrogância para um serzinho tão pequeno! Como cabe?
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  Jimin sentiu as palavras de lhe atingirem como se fossem um tapa. Não era isso que ele queria ter provocado com a atitude. Ele sabia que a colega não ia com a cara dele, mas não sabia que ela o achava arrogante. Jimin não sabia o porque, mas aquilo o chateara. também estava magoada em saber que o colega a achava inferior mesmo ela tendo mais experiência.
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  – Eu não sou arrogante! É você que é! Tá vendo? Olha esse escândalo, por uma coisinha de nada!
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  – Coisinha de nada, Jimin? Você tentou se colocar no meu lugar? E se fosse eu fazendo isso com você, por te achar inferior? Você estaria na mesa do chefe já, reclamando que eu bem te conheço, porque além de arrogante você é reclamão!
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  – Será que você me conhece mesmo, ? – ele aproximou o corpo dos dois ainda mais.
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   se assustou com a proximidade dos corpos se chocando e com o hálito forte de Jimin em sua boca.
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  – Você nunca me deu uma única oportunidade de me mostrar de verdade! Deu?
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  – E você? Me deu?
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  – E se a gente começasse de novo? – ele se atreveu a tocar a bochecha da colega.
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  Paralisada, era assim que se encontrava, enquanto olhava os olhos escuros de Jimin ficarem ainda mais escuros. O toque quente das mãos dele em sua bochecha fez a cabeça de latejar mais. A única reação que a garota conseguiu ter naquele momento, foi afastar bruscamente a mão dele de seu rosto, pegar a bolsa e sair da sala, deixando Jimin ainda mais frustrado.
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Décimo Quinto Capítulo – Touch

  Black Magic tocava no lugar quando eles chegaram e logo e se puseram a cantar a música enquanto se sentavam. Jimin começou a rir da empolgação das amigas e deu uma olhada no lugar. Nunca tinha ido ao tal barzinho que as amigas tanto falavam e amavam.
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   e logo se lembraram de , ela amava aquele lugar com toda a sua alma e ir ali sem ela era muito estranho e triste.
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  – Como será que ela está? – questionou enquanto tirava o blazer.
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   deu um sorrisinho de canto, pensando com ternura na amiga.
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  – Não sei! Faz alguns dias que ela não manda nenhum e-mail, mas deve estar tudo bem, se não acho que saberíamos!
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  – De quem vocês estão falando? – questionou Jimin.
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  – Nós somos um trio, não sei se já comentei com você! – Jimin balançou a cabeça que não – Bom, a outra amiga passou por uma perda muito significativa e resolveu fazer uma espécie de mochilão pelo país para tentar superar a perda e se encontrar. O problema é que ela não levou o celular e está se comunicando com os pais e a gente só por e-mail, e ela só mandou um e-mail há dois ou três dias avisando que havia chegado ao seu primeiro destino, e bom, ela ama esse lugar! Basicamente, todos os finais de semana nós estamos aqui, e estar aqui sem ela é um tanto quanto estranho.
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  Explicou enquanto Jimin assentiu. Logo eles pegaram o cardápio e se puseram a olhar o mesmo e logo resolveram pedir alguns drinks, as meninas deram algumas dicas para Jimin dos melhores drinks do bar. O celular dele vibrou sobre a mesma com o nome J–Hope na tela.
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  – J–Hope? – indagou curiosa – Quem é essa pessoa?
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  – É o Hoseok! Eu o chamo assim! – Jimin pegou o celular sobre a mesa – Curiosa você, né? Engraçado que você mal tá falando comigo, não sei como você deixou a me chamar!
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   deu de ombros.
  – Você e ela se dão bem, qual o problema? Sua presença aqui não faz diferença para mim!
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  Jimin sentiu um soco no estômago com a indiferença da colega. Aliás, vinha sendo assim desde que eles haviam se estranhado feio devido a apresentação. só conversava o básico com Jimin e sobre o trabalho, quando tomavam café só conversava com e ignorava qualquer assunto que Jimin falasse. Isso estava o magoando de uma forma que nem ele entendia direito. Só sabia que detestava o clima que estava entre eles e sentia falta das implicâncias que trocavam e de cuidando da vida dele.
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   deu uma cutucada na amiga que lhe lançou um “que?” baixinho. Jimin engoliu seco enquanto Touch começava ao fundo.
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  – Just a touch of your love is enough to knock me off of my feet all week! – cantaram as garotas fazendo um microfone com as mãos e rindo em seguida.
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  – Ele disse que está chegando! – Jimin anunciou sobre Hoseok.
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   sentiu as pernas formigarem. Afinal de contas, ela havia visto o loiro por uma chamada de vídeo há uma semana atrás, mas isso não era a mesma coisa de ver pessoalmente. E isso não acontecia desde a primeira e última vez em que se conheceram, na festa da empresa.
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  Estava louca para vê-lo, mas será que ele sentia o mesmo? Umedeceu os lábios com a língua e sentiu o olhar de Jimin sobre si. Os dois começaram a gargalhar e ficou confusa.
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  – Que foi? – questionou enrolando uma mecha de cabelo no dedo.
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  Jimin pôs–se a observar o gesto e sentiu vontade de acariciar os cabelos loiros da colega. Droga, ques desejos eram esses?
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  – É mesmo, o que foi, Jimin? Eu só ri, porque você riu!
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  – Aham, sei! – Jimin apertou o nariz da morena – Você riu porque nós dois sabemos que você ficou ansiosa para ver o Hoseok!
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   direcionou um olhar curioso para a amiga, afinal de contas estaria ela flertando com Hoseok e Namjoon? riu enquanto pensava no quanto isso seria a cara da amiga.
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  – Eu? – questionou enquanto arrumava o cabelo e se fazia de desentendida.
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  – Amiga. – se aproximou cochichando no ouvido da mesma – Você tá flertando com o Nam e com o Hoseok, sua safada?
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   soltou uma gargalhada alta que fez Jimin sorrir mesmo não sabendo do que a amiga ria.
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  – Amiga, não tô fazendo isso com nenhum dos dois! Eles são só meus amigos! – devolveu o cochicho.
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  – Uhum! E quem não te conhece que te compre!
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  Assim que a gargalhada dos três cessaram, o olhar de ambos pousou em Hoseok adentrando o bar e procurando por eles. pensou que o coração fosse parar de bater ali mesmo. O cabelo bagunçado e ainda mais platinado do que quando ela o havia “visto” na semana passada, a camisa branca com o primeiro botão aberto as mangas estavam desabotoadas e eram amarelas – a cor preferida dela – a calça da mesma cor e o óculos escuro quase caindo do rosto, e um maldito colar que a fazia querer beijar o pescoço dele e nunca mais parar.
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  Assim que ele viu os amigos, sorriu. quis morrer ali mesmo. O sorriso dele parecia iluminar por onde quer que ele passasse e ela sentiu um calafrio – bom, um calafrio bom, que fique claro – se levantou para cumprimentar o loiro que recebeu o beijo na bochecha ainda sorrindo, mas de perto dava para ver que as bochechas dele estavam vermelhas.
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  Depois Hoseok cumprimentou o amigo Jimin com um forte abraço, provavelmente não se viam a algum tempo também, pelo menos assim pensou enquanto observava o abraço. E só aí então, se levantou e ergueu os braços na direção do amigo, sorrindo sem mostrar os dentes. A ansiedade que estava para encostar no rapaz era quase palpável. Queria sentir o cheiro que emanava do pescoço de Hoseok, que ela já não se lembrava mais de como era. Assim que as duas mãos dele lhe tocaram a cintura, abraçou o pescoço do rapaz com os braços e afundou o nariz no pescoço dele. Queria ter sido discreta, mas não conseguiu, sugou o ar que emanava dali com força, e jurou que pode senti-lo arrepiar. Mais uma vez, as mãos de Hoseok lhe apertaram a cintura com força, como se entendesse a urgência do corpo dela também.
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  – Quanto tempo! – ela sussurrou.
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  – Sim! Estou feliz em te ver de novo! Pessoalmente agora! – ele devolveu.
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   e Jimin trocaram uma espécie de olhar, cúmplices, entendendo que eles precisavam daquele momento. Jimin tinha um grande sorriso nos lábios, já o de era mais discreto.
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  Assim que se soltaram J–Hope se sentou entre Jimin e , ainda sorrindo, só que mais vermelho do que quando havia chegado.
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  – Que bom que você veio, J–Hope! – Jimin segurou um dos ombros do amigo.
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  Hoseok fuzilou o amigo com o olhar enquanto eles gargalhavam.
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  – Não me chame assim! – Hoseok balançou a cabeça ajeitando os óculos no rosto.
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  – Meninas, me ajudem a convencer ele de que não tem nenhum problema com esse apelido!
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  – Verdade! É muito fofo, e combina perfeitamente com você! – depositou uma das mãos despretensiosamente sobre uma das pernas do rapaz.
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  – Ah, sério? – ele perguntou rindo.
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  – Sério! Você é um cara fofo, Hoseok! – soltou – Inclusive, você sumiu! Tá tudo bem?
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  – Tudo bem sim! Só a correria do dia a dia que vocês entendem muito bem também! E vocês? Tudo bem?
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  Hoseok girou o olhar passando por cada um, mas voltou a olhar . Ele sabia que ela e o amigo estavam brigados e que o clima estava horrível. Jimin havia procurado Hoseok na época dos fatos para desabafar, então ele estava por dentro do climão que estava entre eles e do quanto aquilo vinha perturbando o amigo. Ele chegou até mesmo a dizer para Jimin não negar mais a atração que sentia pela colega, o que Jimin renegou até a morte, dizendo ser impossível.
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  – Sim, só a correria mesmo! Eu e a estávamos loucas para finalmente ter um tempo de vir aqui! A gente andava saindo do trabalho tão cansada que a gente só queria nossa cama né, amiga? Inclusive, obrigada por ter me dado carona todos esses dias!
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   segurou a mão da amiga sob a mesa depositando um carinho ali e Hoseok sorriu para as duas.
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  – Eu também teria te dado carona, quando for assim, pode me pedir! – Jimin atreveu–se, testando a reação da colega.
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   e ele trocaram um olhar profundo, mas a pequena nada disse, o que fez Hoseok e trocarem um olhar, preocupados.
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  – Você tá de moto, J–Hope?
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  – Eu tô, amigo. Por que?
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  – Vai beber?
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  Hoseok pareceu hesitar, e e insistiram que ele tomasse só um drink ou uma cerveja e ele acabou aceitando a cerveja. Os quatro engataram um papo sobre preferências musicais e gêneros de música. Os quatro se davam muito bem, até e Jimin conversaram descontraidamente e trocaram alguns olhares e risadas. e Hoseok sempre se impressionavam em como os dois eram compatíveis nas coisas. Os dois eram extremamente parecidos nos gostos e pensamentos. O que fez pensar em porque diabos os dois não tinham coragem de dar um passo a mais na relação.
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  Passou a observá-lo enquanto ele conversava empolgado com Jimin e . Ele parecia à vontade ali com eles, o que fez o coração de ficar quietinho, já que ela sabia dos traumas de Hoseok, do medo que ele tinha de deixar terceiros se aproximarem, e ela ficava feliz de vê–lo ali, sorrindo e brincando, sendo ele mesmo sem medos ou traumas, e ficava ainda mais feliz de saber que ele a havia deixado entrar.
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  Assim que o olhar dos dois se cruzou e Hoseok viu sorrindo, ele sorriu de volta.
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  – O que foi? – ele questionou.
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  – Nada, só me deu um quentinho no coração ter você aqui com a gente!
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  As mãos dos dois se entrelaçaram embaixo da mesa e Hoseok sentiu as bochechas voltarem a ficar vermelhas.
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  – Preciso ir ao banheiro, onde fica?
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  – Eu também vou! Fica no mesmo rumo, vem, vamos juntos!
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   e Hoseok se levantaram e caminharam até o banheiro, rindo de alguma besteira que provavelmente dissera.
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  Assim que os dois saíram do banheiro que eram quase colados um no outro, ambos distraídos, chocaram os corpos outra vez, quase do mesmo jeito da primeira vez em que se viram.
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  As mãos de Hoseok voltaram a apertar a cintura da garota que o segurou pelos ombros, apertando–os também. Os olhares se cruzaram, e os dela, desceram dos olhos para a boca vermelha dele. O hálito de Hoseok era uma mistura de cerveja e menta que fez se sentir meio inebriada. Com as testas coladas, foi a vez de Hoseok descer o olhar para a boca entreaberta da amiga. Sentiu muita vontade de beijá-la e quase o fez, mas perdeu a coragem e apenas apertou com força a cintura fina que ele tanto gostava de segurar.
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Décimo Sexto Capítulo – Life Goes On

  Hoje seria o último dia dos dois na cidade. Jin estava eufórico porque bom, ele queria manter todo o contato o possível com “Olívia” depois que a viagem acabasse. Os dias em que passaram juntos haviam sido os mais incríveis de sua vida, ela era literalmente a garota dos seus sonhos. Engraçado que mesmo estando com ela todos os dias Jin ainda sonhava com ela a noite, mas agora os sonhos não eram tão confusos como no começo, eles eram mais claros e mais suaves e Jin já não acordava mais no meio da noite desesperado procurando pela garota.
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  Ele havia programado toda a noite dos dois, sem contar nenhum detalhe para /Olívia, e ele queria que tudo fosse perfeito, para que ela nunca se esquecesse. Já estava quase na hora de encontrá-la no local marcado então Jin deu uma última olhada no espelho, ajeitando os fios pretos. Passou as mãos pela camisa social azul claro que vestia, para se certificar que a mesma não estivesse com nenhum amassado, passou a língua pelos lábios, umedecendo os mesmo e então pegou o paletó de cor palha e o vestiu. Sorriu na direção do espelho e respirou fundo, não sabia o porquê mas estava nervoso.
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  Caminhou tranquilamente cantarolando e tudo, até chegar ao local marcado. O restaurante que ele havia escolhido era o Mangai, e havia sido escolhido porque Jin achava o ambiente acolhedor e o cardápio bem variado. Assim que adentrou o lugar, sendo encaminhado para a mesa reservada pelo maître do local, ele achou ter acertado, pensou que o lugar era realmente a cara dos dois e a cara do que o momento pedia. Havia finalmente chegado primeiro ao local, já que “Olívia” nunca deixava que Jin a buscasse em sua pousada então eles sempre se encontravam em algum local da cidade, e ele sempre chegava atrasado, nunca fora muito bom com horários. Mas hoje fazia questão de recebê-la no restaurante, porque fazia questão que excepcionalmente hoje tudo saísse perfeito. Sentou-se à mesa e então pôs-se a olhar a carta de vinhos, pois sabia que ela amava vinhos. Alguns minutos depois sentiu uma mão delicada posar em seu ombro e ele sorriu. Sabia que ela era.
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  - Parece que o jogo virou, não é mesmo? – gargalhou – Me desculpe o atraso, Jin!
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  Seokjin se levantou, trazendo-a para si pela cintura e depositando um longo beijo no canto de sua boca. Os dois vinham se beijando ocasionalmente em todos os encontros, e agiam deliberadamente como um casal, mas Jin nunca sabia como recepcioná-la quando se viam assim. Os cabelos dela estavam cheirosos e sentiu que poderia passar a vida ali, cheirando-os.
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  - Você não se atrasou nem dez minutos Olívia! – ele sorriu e sentiu o coração quebrar mais uma vez por ouvi-lo a chamar de Olívia.
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   se sentou após Jin arrastar a cadeira para ela, o que ela achava sem necessidade, porém muito fofo. Logo os dois se puseram a olhar a carta de vinho juntos, e sugeriu que eles primeiro pedissem os pratos e depois a ajuda do maître para escolher o vinho que mais combinasse com os pratos, e Jin concordou. Ao olharem o cardápio resolveram pedir o mesmo prato, que bom, já haviam ambos experimentado em outro local antes e amaram. Jin solicitou ao garçom que chamasse o maître e o garçom assentiu se retirando.
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  - Toma! – disse Jin depositando um papel muito bem dobrado sobre a mesa na direção de “Olívia”.
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  - Meu telefone e meu endereço! E também o endereço da galeria com a data da estreia da minha exposição! – Jin piscou.
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   engoliu seco e sentiu que a pressão estava baixando. Droga! Por que ele estava fazendo as coisas ficarem ainda mais difíceis para ela?
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  - Me prometa que nós dois não vamos acabar aqui? Me promete que quando nós dois voltarmos pro Rio você vai me procurar…
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   abaixou a cabeça, olhando o papel em suas mãos. Instantaneamente a frase de uma de suas músicas favoritas veio à sua mente e que por coincidência casava muito bem com toda a situação: “Sem qualquer destino, sem qualquer garantia, minha única promessa é que essa noite é a melhor das nossas vidas.” Quando ia reproduzir a frase, o maître surgiu a salvando.
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  - Pois não? Tudo bem por aqui? – ele questionou educado – Posso ajudar em algo?
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  - Sim! Tudo ótimo! Só queríamos a sua ajuda para saber que tipo de vinho você nos indica para acompanhar o escondidinho de vocês? – questionou aliviada enquanto guardava o papel dentro da bolsa.
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  O maître então abriu a carta de vinhos e disse que vinhos brancos eram os mais indicados e questionou se vinhos brancos agradavam o casal, o que ambos disseram que sim, e ele então sugeriu o vinho Muscadet e e Jin concordaram. então aproveitou para engatar uma conversa sobre vinhos com Jin, que por sorte se distraiu e entrou na conversa. Portanto ela não o havia prometido nada, certo?
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  O prato chegou alguns minutos depois e os dois o saborearam enquanto elogiavam a comida e claro, o maître havia acertado, o vinho combinava super bem com o prato. Pediram uma sobremesa para dividir e então Jin se atreveu a roubar o primeiro beijo da noite. O gelado das bocas pela sobremesa fez com que se arrepiasse e colocasse os dois braços em volta do pescoço de Jin, que sorriu satisfeito entre o beijo.
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  Assim que saíram do restaurante perguntou se ele tinha programado algo mais o que Jin disse a ela que sim, mas que não falaria pois era surpresa também. sorriu enquanto ele pegava a mão dela para que eles pudessem caminhar lado a lado. Havia um parque de diversões itinerante na cidade, coincidemente seria o último dia também do parque na cidade e havia comentado que gostaria de visitá-lo antes de irem embora, mas acabaram não indo e então Jin resolveu que seria ótimo levá-la lá no último dia deles ali. Conversavam sobre a beleza da cidade e sobre como todos eram extremamente educados, diferentemente do Rio.
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  Até que quando estavam chegando perto do parque Jin tapou os olhos de com uma de suas mãos enquanto a guiava, e ela segurava sua mão com força, com medo de cair.
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  - Ai Seokjin, por Deus! Eu vou cair! – Jin gargalhou.
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  - Não vai! Você não confia em mim?
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  - Claro que eu confio!
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  Assim que adentraram o parque se desequilibrou levemente devido a algumas deformações na calçada e então Jin a segurou pela cintura, e acabou tendo que deixar os olhos dela livres. passou as mãos nos ombros de Jin se segurando lá e então ela sorriu ao ver o rosto bonito do moreno à sua frente. Tão próximo… ela o beijou.
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  Um beijo calmo, como se ainda não conhecesse a boca de Jin o suficiente, ou como se quisesse aproveitar cada momento daquele beijo. Era como se somente os dois estivessem ali. Assim que eles pararam o beijo Jin beijou sua testa, ele sempre fazia aquilo e se sentia protegida com o gesto.
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  Assim que ela olhou ao redor, gargalhou com os olhos brilhando e Jin abriu um mega sorriso ao ver que tinha acertado ao pensar em levá-la lá.
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  - Eu não acredito Jin! – ela lhe estapeou levemente o ombro – Você lembrou!
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  - Au! – ele respondeu ao tapa levando uma das mãos até o ombro – E é isso que eu ganho por ter me lembrado?
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  - Não! – passou a mão pelo lugar que tinha batido e depois o abraçou com força – Foi um tapa de amor! Você sabe! Eu amei você ter tido essa ideia! De verdade, eu amo um parque de diversões!
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  Os olhos dela se encheram de lágrimas, enquanto abraçava com força Jin que lhe acariciava os cabelos. Ela e Mário viviam indo ao parque quando eram adolescentes, e se divertiam muito lá com os amigos. Aquilo tinha um significado especial para ela, e com certeza a ajudaria no processo de cicatrização do grande buraco que havia ficado. E então deixou que algumas lágrimas caíssem por seu rosto, molhando um pouco a camisa azul bebê que Jin usava. Ao subir o rosto de para próximo do seu, Jin a viu limpando as lágrimas do rosto e se assustou.
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  - Ei! O que foi? – ele segurou o rosto dela entre as mãos.
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  - Nada, eu só tô muito emotiva hoje! – balançou a cabeça.
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  - Tem certeza? – Jin se certifica.
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   assentiu enquanto selava os lábios de Jin demoradamente.
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  - Aonde você quer ir primeiro? – ele perguntou.
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  - Por favor, vamos no carrinho de bate-bate para eu te dar uma surra!
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  - Ah coitada! Minha especialidade, tem certeza que quer começar por lá?
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  - Bora ver então!
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   saiu arrastando Jin pela mão até chegarem ao carrinho de bate-bate, depois de se acabarem de rir por lá os dois resolveram ir na montanha russa e achou que Jin passaria mal de tantos gritos que o mesmo dava, fazendo com que ela hora ficasse preocupada e hora morresse de rir. Assim que desceram, Jin pediu arrego e questionou se eles não podiam se sentar um pouco. gargalhava alto se lembrando das expressões de Jin na montanha russa, enquanto ele brigava com ela por rir. Foram em mais alguns brinquedos e então antes de irem embora eles decidiram parar em uma daquelas máquinas com vários bichinhos de pelúcia para tentar a sorte, Jin queria pegar um bichinho para e também queria tentar. Jin tentou duas vezes e não conseguiu nada, aí então disse que iria tentar e pediu para Jin apontar para qual bichinho dentre todos ali era seu preferido e ele então apontou para um unicórnio o que fez com que os dois gargalhassem muito. Em menos de quinze minutos conseguiu pegar o unicórnio apontado por Jin como sendo o preferido, deixando Jin chocado e um tanto quanto bravo por não ter conseguido.
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  - Como você conseguiu, Olívia? – ele perguntou incrédulo enquanto ela lhe entregava o unicórnio.
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   sentiu o coração apertar outra vez ao se lembrar do irmão a ensinando como fazer para “enganar” a máquina e conseguir qualquer bichinho.
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  - Ah, não sei! – ela deu uma gargalhada seca.
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  Jin então a abraçou com ternura agradecendo pelo bichinho.
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  - Vou voltar para casa segurando ele no avião para pensar em você! – ele piscou.
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  Assim que saíram do parque, questionou se mais uma vez ele a deixaria “em sua pousada”.
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  - Quem disse que as surpresas acabaram? – ele a puxou para si novamente pela cintura.
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  - Ah, não acabaram? E o que mais você aprontou para a gente?
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   ficou nas pontas dos pés para conseguir envolver os braços sobre o pescoço de Jin, e todas as vezes em que ela o fazia, Jin ria da situação, pois achava aquilo a coisa mais fofa do mundo.
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  - Adivinha? – ele ergueu uma sobrancelha enquanto esfregava as mãos na cintura dela.
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  - Deixa eu pensar… – ela também ergueu uma sobrancelha – É surpresa?
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  Os dois riram e Jin assentiu.
  - Você vai tapar meus olhos daqui lá também? – ela mordeu o lábio.
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  - Não exatamente. Só em determinado momento.
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  - Ai meu Deus Jin! Você precisa parar de ser perfeito…
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  Os dois encostaram as testas e Jin ficou vermelho.
  - Por quê? Qual o problema de eu nos proporcionar uma noite inesquecível?
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  “Porque eu não posso me apaixonar por você Kim Seokjin”, pensou .
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  - Hum. Então vamos, você pode me dar um spoiler pelo menos?
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  - Nesse caso, não tem muito, como sabe? Porque se eu der um spoiler eu conto tudo!
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  - Droga! – ela mordeu o ombro dele sobre o paletó que protestou a soltando.
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  Os dois puseram-se a caminhar outra vez, parando hora ou outra para se olharem e se beijarem até passarem por uma feira de artesanatos em uma das praias mais bonitas da cidade e acabaram por olhar algumas coisas, queria comprar alguma lembrancinha para as melhores amigas e Jin também acabou comprando para alguns amigos. Até que se depararam com uma barraca que só vendia acessórios feitos à mão, como anéis e pulseiras de miçangas e etc. Logo os dois pararam para observar melhor os produtos, até que Jin teve uma ideia.
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  - Você não tem nenhuma lembrança material da viagem né? Eu tenho as fotos e o unicórnio.
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   sorriu ao lembrar das milhares fotos e vídeos que eles fizeram da viagem.
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  - Moço, me vê essas duas, por favor? – ele apontou para duas pulseiras delicadas em tom de cinza.
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   subiu o olhar até encontrar o de Jin, que sorriu.
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  - Que isso, Jin? – o moço então entregou as duas pulseiras num pacotinho pardo para Jin que agradeceu.
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  - São duas pulseiras de miçanga. – ele apertou o rosto de com delicadeza – Uma para você e uma para mim. Assim você não me esquece e eu não te esqueço.
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  Os olhos de já estavam marejados outra vez, e o peito dela ardia. Será que Jin não conseguia entender que ela precisava esquecê-lo? Por que ele fazia questão de tornar tudo ainda mais doloroso?
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  Ele abriu o pacote e então pegou o pulso de colocando a pulseira lá e deixando um beijo na mesma. Então Jin entregou a pulseira dele para que ela fizesse o mesmo. limpou uma lágrima teimosa que escapou de seus olhos e então repetiu o gesto de Jin, demorando um pouco mais no beijo. Depois os dois se abraçaram outra vez e queria poder desmontar de chorar ali mesmo.
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  Caminharam mais um pouco até que pararam na frente de um prédio alto e luxuoso e então, sem entender nada, questionou mais uma vez o que ele estava aprontando. Jin apenas disse para que ela mais uma vez confiasse nele.
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  Os dois entraram numa recepção onde se lia o nome “Reserva Madero” no tapete e arregalou os olhos, afinal de contas ela sabia que aquele lugar era caríssimo, e o que Jin estava aprontando levando-a a um conjunto de apartamentos à beira mar?
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  - Jin, o que a gente tá fazendo aqui seu doido? – ela sussurrou.
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  - Você já já vai ver! – ele cumprimentou os funcionários da recepção e então caminhou com até a área dos elevadores.
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  - Jin, eu não to entendendo nada, caramba! – ela apertou a mão dele.
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  Jin gargalhou ao entrar no elevador e então tirou um tecido de seda preto do bolso, se posicionou atrás de e então a vendou com o tal tecido. O coração de acelerou dentro do peito. Ela sabia o que estava prestes a acontecer, sabia quais eram as intenções de Jin, e as dela também.
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  Ao saírem do elevador, ela se deixou guiar cegamente por Jin, e sentia mais do que nunca que podia confiar no homem. Assim que ele retirou a venda de seus olhos, quis chorar pela trigésima vez na noite. Ela nunca havia conhecido alguém como Jin. Ele era romântico, carinhoso, atencioso, engraçado… Ele havia pensado em todos os detalhes daquela noite com todo carinho possível e aquilo quebrava por dentro.
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  O lugar era pequeno, tinha um painel com uma grande TV no meio do quarto, uma cama de casal, decorada com algumas pétalas de rosas uma escada que dava para um segundo andar – acreditava estar na cobertura – onde provavelmente estaria alguma piscina ou algo assim, um banheiro modesto também e uma sacada com vista para o grande mar. pôs-se a observar a grande cama de casal recheada de pétalas e pela parede haviam várias polaroids dos dois juntos na viagem. Ao pé da escada que dava para o segundo andar havia uma bandeja com uma garrafa de espumante e duas taças. O local era iluminado apenas pelas luzes de led que estavam penduradas na parede perto da cama iluminando as fotos e as pétalas.
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  - E então? Gostou? – Jin a segurou pela cintura aproximando o corpo do dela – Olha, eu não quero que você se sinta pressionada a nada Olívia! Eu não preparei tudo isso apenas pra transar com você! Se você quiser, a gente pode só relaxar, conversar e aproveitar nossa última noite juntos aqui. Eu só pensei que hoje seria muito importante que dormíssemos juntos, já que você ainda vai demorar a voltar pro Rio.
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   balançou a cabeça assentindo, ainda hipnotizada com o lugar todo preparado para eles.
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  - Você de fato existe ou é só a minha imaginação?
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  Ela se virou ficando de frente para Jin.
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  - Hum, o que você acha? – ele fez um biquinho e riu.
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  - Não sei! Por que você não me mostra? – perguntou com uma voz provocativa.
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  Jin sorriu sem mostrar os dentes enquanto segurava de novo a cintura de , com certa força dessa vez. E logo os lábios dele estavam colados ao dela, o beijo começou lento e delicado, como já era característico dos dois. As mãos de estavam em seus cabelos, e ela resolveu puxá-los com certa força dando permissão para que a língua dele invadisse sua boca. O beijo calmo e delicado foi dando espaço para um beijo mais selvagem, com direito a algumas mordidas nos lábios de ambos. Jin se atreveu a descer as mãos da cintura para o bumbum de , e apertou.
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  A mesma arfou contra os lábios do moreno ao sentir as mãos dele ali. Há quanto tempo ela não sentia aquilo? As mãos dele subiram de volta para sua cintura e aproveitou para descer o paletó de Jin com intenção de tirá-lo, queria sentir a pele dele o mais rápido o possível, mas não queria descolar os lábios dos dele. Jin entendeu o que ela queria e facilitou para a mesma, soltando sua cintura, mas sem desgrudar os lábios dos dela. se livrou do maldito paletó e partiu então para os botões da camisa de Jin. As mãos dela tremiam de excitação e Jin percebendo resolveu ajudá-la desabotoando ele mesmo a camisa que foi arrancada com pressa por . Os lábios se separaram por alguns instantes para que eles pudessem respirar. E aproveitou para vislumbrar o torso desnudo a sua frente, a pele de Jin era tão branca que pensou levianamente que precisava deixar algumas marcas por ali e ela começou pelo pescoço que tanto chamava sua atenção todas as vezes em que se viam, assim que sentiu os lábios de sugarem seu pescoço Jin fechou os olhos e sentiu os pelos do corpo se arrepiarem e voltou a apertar o bumbum de demonstrando que havia gostado daquilo e sorriu contra a pele de Jin, descendo os beijos pelo pescoço dele, e chegando ao maxilar, depositando mais beijos por lá.
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  Jin segurou as pernas de erguendo-a e enlaçando suas pernas em volta de sua cintura e os dois caminharam em passos curtos até a cama, onde foi jogada lá com delicadeza. Os dois sorriam um pro outro e não pode deixar de descer o olhar pelo corpo do homem à sua frente, como ele era bonito meu Deus, ela não cansava de pensar isso! Poderia passar a vida toda ali, olhando para ele. sempre se impressionava com a largura dos ombros de Jin, não pode deixar de reparar é claro no volume que já se formava em sua calça, e ela sorriu maliciosa enquanto o mesmo se colocava entre suas pernas, abrindo delicadamente as mesmas.
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  Jin fez questão de subir o vestido que usava até a altura de sua barriga e então passou os dedos por ali, começou pela barriga, se abaixou e depositou beijos por aquela região. fechou os olhos, sentiu o coração dar pulos e pulos no peito, se arrepiou… Depois Jin passou as mãos pelas pernas e coxas de , arranhou levemente a região e mordeu o lábio inferior.
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  - Você é linda! – ele disse ainda passando as mãos pelas pernas dela – Eu nunca vou cansar de me dizer isso, Olívia!
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  Mesmo que aquele não fosse seu nome de verdade, sorriu ao ouvir o elogio. Sentiu o corpo pesado de Jin se deitar sobre o dela, o membro já duro de Jin se encostou levemente à sua entrada ainda sobre as roupas e quis gemer, mas se conteve. Ele beijou seu pescoço dando leves mordidinhas por lá e distribuiu alguns arranhões por suas costas, o que Jin pareceu ter gostado já que pressionou ainda mais o membro contra a pele de , que dessa vez não aguentou e soltou um gemido baixo. Assim que deixou o pescoço de livre Jin a beijou a boca, um beijo ávido dessa vez, que foi correspondido. As mãos de Jin, subiam e desciam pelas pernas de , ele acariciava as mesmas e hora ou outra as apertava com força. mordiscava com força os lábios de Jin sempre que tinha a oportunidade.
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  Assim que as bocas se largaram Jin se levantou ficando novamente entre as pernas de que mantinha os olhos fechados, tinha medo de olhar para ele e perder todo o restinho de dignidade e racionalidade que ainda habitavam sua mente. Jin subiu um pouco mais o vestido da garota dessa vez, deixando toda a lingerie que ela usava à mostra. As mesmas eram pretas. Jin desceu o olhar pelo corpo da garota por vezes, como se também quisesse se certificar que ela era real, que não era mais um sonho, que ela estava ali deitada naquela cama, praticamente seminua, e entregue a ele.
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  entiu o membro pulsar de tesão dentro da calça, como há tempos não acontecia, e viu levantar parcialmente o corpo na cama, se apoiando com os cotovelos e abrir os olhos. Os olhos dela pareciam estar em chamas, assim como os dele e ele resolveu tirar o vestido por completo com a ajuda dela que logo em seguida voltou a se deitar na cama o chamando com o dedo indicador.
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  - Você acha que está em posição para me provocar mocinha?
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   riu enquanto o puxava para si.
  - Não estou? – ela passou a língua pelos lábios dele.
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  Jin sentiu os músculos fraquejarem e tremerem com a língua dela passando pela boca dele. estava disposta a ir longe, então passou o joelho pelo membro de Jin o apertando dentro da roupa e Jin soltou um gemido rouco, quase sem força nos lábios de , que gargalhou jogando a cabeça para trás, expondo ainda mais o pescoço.
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  - Você me paga! – ele sussurrou no ouvido de que voltou a sentir arrepios pelo corpo.
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   então desabotoou a calça de Jin – que já estava quase estourando diga-se de passagem – e viu a cara dele começar a ficar aliviada, ela então passou levemente a mão por ali e Jin a lançou um olhar de súplica. então com as duas mãos pôs-se a abaixar a mesma com a ajuda de Jin. Novamente o membro dele roçou por sua intimidade e fechou os olhos com força.
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  - Viu como é bom? – Jin voltou a sussurrar em seu ouvido e recebeu as unhas de descendo por suas costas com força.
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  Ele jogou a cabeça para trás enquanto subia o rosto e mordiscava a região de seu pescoço.
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  As mãos de Jin subiram então para o busto de , ele passou uma das mãos sobre o seio esquerdo dela ainda dentro do sutiã e depois apertou o mesmo o que fez com que soltasse um gemido mais alto, que agradou muito os ouvidos de Jin. Em seguida ele fez o mesmo com o outro seio, e então ele e se ajoelharam na cama, um de frente para o outro e Jin então se desfez do sutiã de que fechou os olhos como se adivinhasse o que vinha em seguida. Sentiu primeiro a língua quente de Seokjin circundar seu mamilo esquerdo, ela então agarrou seus cabelos e mordeu os lábios tentando conter o gemido.
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  A boca dele então sugou todo seu seio fazendo com que agarrasse seus cabelos pretos com ainda mais força e se contorcer de prazer ao sentir a língua dele por ali mais uma vez. Com a mão livre Jin segurava a cintura de , aproximando ainda mais os corpos enquanto sugava seu seio esquerdo. Ele estava com tanto tesão que sabia que não aguentaria por muito mais tempo, ele precisava senti-la dentro de si o mais rápido o possível. Mas ele não era o único naquela situação. Ao subir um pouco o rosto para então passar para o outro seio, segurou o rosto dele com uma das mãos e o beijou.
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  - Por favor, não demora muito! Eu preciso sentir você dentro de mim!
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  Aquele era o sinal que Jin precisava. Os dois voltaram a se beijar enquanto ele erguia e passava o braço pela cama tentando chegar até o criado mudo que havia ali para pegar o preservativo.
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   subia e descia as unhas pelas costas e braços de Jin e ele mordiscava seus lábios, assim que ele pegou o preservativo dentro do criado, ele deitou nos travesseiros que cheiravam a rosas, terminou de se despir. colocou uma das mãos sobre o membro rígido de Jin e fez menção de masturbá-lo, mas ele implorou que ela não o fizesse, pois ele alegou que não aguentaria. Então colocou o preservativo e percorreu mais uma vez as mãos pelas coxas de , ele havia as amado, e então desceu a calcinha de renda preta dela e se posicionou entre as pernas de . Antes, ele passou um dos dedos por lá e não conseguiu: jogou a cabeça para trás e soltou um gemido ao constatar que ela estava tão molhada quanto ele imaginou que estivesse. Ele ainda ficou a torturando com o dedo por um tempo apenas para ter o prazer de vê-la gemer e se contorcer embaixo dele de prazer.
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  Assim que sentiu o membro de Jin começar a preenchê-la devagar, ela o trouxe para perto e afundou o rosto na curva se seu pescoço. As pernas de se entrelaçaram nas costas de Jin assim que ele deu a primeira estocada e ela abafou o gemido ali com a boca colada no pescoço dele. Como de costume, as estocadas de Jin começaram lentas, e foram aumentando de ritmo gradativamente. Ele mal estava raciocinando, só sabia que era maravilhoso a sensação de tê-la ali, tão vulnerável e tão quente. já havia arranhado tanto as costas de Jin que provavelmente ele estaria machucado, mas ele não sentia nada, nada além de prazer. E chegaram ao clímax juntos, algo que nunca havia acontecido com ambos.
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  Depois de algum tempo abraçados e deitados coladinhos, Jin resolveu que aquele momento talvez fosse o ideal:
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  - Eu vou te contar uma coisa, mas não quero que você se assuste! E nem que pense que é mentira, ou que estou inventando isso para te impressionar!
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   ergueu o olhar até encontrar o dele.
  - Ah mas o momento de você falar algo que pudesse me assustar era antes disso tudo que rolou né? – ela brincou enquanto ele ria – O que é?
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  Jin umedeceu os lábios vermelhos e depositou um beijo no topo da cabeça de , ou Olívia, como ele a conhecia.
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  - De uns dois meses ou mais para cá, eu tinha uns sonhos. – ele pausou buscando as palavras certas – Esses sonhos eram com uma garota que eu jamais havia visto na vida, eu não a conhecia.
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  - Hum. – assentiu – Certo.
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  - E era toda noite, não falhava uma! E alguns sonhos eram confusos e perturbadores, outros eram mais calmos, e eu sempre acordava desesperado, sabe?
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  - Sei! – se aconchegou mais no peito dele.
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  - Daí eu ficava me perguntando se aquela garota existia no mundo real de fato, ou se era só nos meus sonhos. E bom, foi por isso que aquele dia em que nos conhecemos no luau, eu fiquei daquele jeito. Não foi uma queda de pressão, e sim porque a garota é você.
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   se sentou na cama incrédula olhando Jin.
  - Você está falando sério, Seokjin?
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  - Claro que eu to, Olívia! Por que eu mentiria uma coisa dessas? Por que eu mentiria para você? Odeio mentiras!
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   sentiu o soco no estômago com aquelas palavras. Ele odiava mentiras, e ela estava fazendo o que com ele? Ele estava sendo honesto e se abrindo completamente com ela, e o que ela estava fazendo com ele? Ela ficou em silêncio apenas o encarando. Queria decorar cada traço do rosto dele na memória.
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  - Olívia? – Jin a chamou estalando os dedos perto de seu rosto.
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  - Que fofo! – o abraçou jogando seu corpo sobre o dele – Você deve ter me visto em algum momento na vida, mesmo que de relance, porque nosso cérebro não é capaz de inventar rostos!
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  Jin sorriu enquanto a abraçava e acariciava as costas desnudas dela.
  - Fiquei tão feliz de te encontrar e saber que você de fato existia!
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   embargou os olhos outra vez, droga! Então eles se soltaram e voltaram a se olhar. De repente uma chuva começou a cair do lado de fora e os dois sorriam sapecas.
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  - Se veste, vamos lá para cima! A gente tem que se beijar na chuva, esqueceu?
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  Jin se levantou todo desajeitado e ainda nú, e fez gargalhar. Os dois haviam confidenciado um ao outro que nunca haviam se beijado na chuva e que gostariam de fazer isso um com o outro. O destino estava colaborando ou atrapalhando ainda mais as coisas para ?
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  Os dois subiram as escadas e assim que saíram para a pequena varanda da cobertura sentiram os pingos gelados da chuva em suas peles. Eram duas e meia da manhã. abriu os braços e deixou que a chuva a molhasse.
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  Ela abraçou Jin com força encostando sua cabeça no peito dele, que a acalentou. Os dois ficaram assim por um bom tempo. Com a chuva lavando seus corpos e almas.
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  - Promete que não vai me esquecer? – Jin questionou segurando o rosto delicado de entre as mãos.
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   apenas assentiu com a cabeça, segurando o choro. E então eles se beijaram, debaixo da chuva. Sorriam.
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  Assim que terminaram o banho, os dois se deitaram na cama já sem as pétalas que estavam todas no chão agora. se aninhou outra vez no peito de Jin.
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  - Se você acordar primeiro, me chama? Meu sono é muito pesado.
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   não queria mentir mais. Mas acabou por fazê-lo de novo.
  - Claro! – por sorte Jin não reparou que a voz dela estava embargada.
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  - Eu sonho com você todas as noites. Espero não acordar desta vez.
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  Assim que Jin adormeceu se ajeitou melhor na cama ficando de frente para ele. Lhe acariciou o rosto delicadamente e então se permitiu chorar até pegar no sono.
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  Os primeiros raios de sol adentravam o quarto e estava de pé. Se vestiu cuidadosamente para não acordar Jin. Pegou sua bolsa e então pôs-se a observar Jin ali deitado e dormindo, como um anjo. O coração de batia descompassado, e ela voltou a sentir o quente das lágrimas pelo rosto. Abriu a porta do apartamento com todo o cuidado o possível e deu uma última olhada em Jin. Sussurrou na direção do moreno:
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  - A mais bonita das despedidas, a melhor noite das nossas vidas.
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  Assim que adentrou o elevador e percebeu que estava sozinha, tapou o rosto com as mãos e deixou que o choro caísse livremente por seu rosto. Com os olhos embaçados ela atravessou a recepção como um tufão e caminhou pela avenida com os olhares curiosos e até mesmo preocupados dos que passavam por ela e a viam aos prantos. Pegou um táxi e foi até a sua pousada, lá ela começou a fazer suas malas, ainda aos prantos. Ali ela desejou ter dito toda a verdade a Jin. Se lembrou da risada gostosa que ele tinha, das mãos quentes dele lhe acariciando, das fotos dispostas pela parede do apartamento, se lembrou da noite que tiveram. Desejou ter tido coragem o suficiente para ter dito à ele que mentiu sobre tudo! Mas agora era tarde demais, e não havia mais clima para fazer aquilo. Abaixou a cabeça e deixou as lágrimas caírem no chão. Teria que aceitar o fato de que nunca mais o teria em seus braços.
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  Enquanto isso, Jin a procurava pelo andar de cima, afinal de contas ela poderia ter acordado primeiro para curtir uma piscina, mas nada dela ali. Ao voltar ao primeiro andar ele notou que sua bolsa já não estava mais lá, então ele desceu achando que ela estivesse no salão tomando café e não quis acordá-lo. Chegando lá, ele percorreu por todo o lugar e também não a encontrou. Preocupado ele vai até a recepção e lá eles informam que bem cedinho ela foi embora.
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  Jin encerra a sua diária no lugar e então corre pela avenida afora, procurando por ela nas praias, e então decide que vai até a pousada onde ele acha que ela está hospedada. Ao chegar ao local ele pergunta aos recepcionistas ali presentes e questiona se a garota ainda está lá ou se já foi para o aeroporto e então eles lhe respondem que não existe ninguém hospedado ali com aquele nome, ele então mostra uma foto de Olívia a eles que se entreolham e alegam que de fato, aquela garota nunca esteve ali.
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  Jin deixa a pousada e caminha de volta para a pousada em que ele está hospedado. Desolado e ainda incrédulo ele se senta em sua cama. O que estava acontecendo? Por que ela havia mentido? Será que aquilo tudo havia sido apenas mais um sonho, sei lá um delírio? Ela era real? Por que ela havia sumido daquele jeito? Por que mentir o nome e o lugar onde estava? A mente dele estava confusa e o coração partido.
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Décimo Sétimo Capítulo – Stuck with you

   acordou com Taehyung lhe acariciando os cabelos e então ela sorriu para o irmão. Ela mal acreditava que estava de folga em um domingo depois de meses trabalhando direto. Pena que o irmão precisava dar um plantão no trabalho devido a implantação de novos sistemas e os dois não podiam sair. Se sentou na cama e acabou por espreguiçar-se fechando os olhos novamente e ouviu o irmão:
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  - Tem café! Eu fiz um bolo também, desce para você comer! Ainda tá cedo, dá até para você voltar a dormir depois!
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   gargalhou brevemente e voltou a abrir os olhos. Taehyung se levantou e depositou um beijo breve no topo da cabeça da irmã e depois a deixou sozinha.
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  Ela se levantou e antes de sair do quarto para ir até o banheiro checou o celular, com medo. Durante a semana que havia se passado ela havia recebido cerca de setenta ligações do stalker. Taehyung nem imaginava, e ela de certa forma se sentia mal por não contar como as coisas estavam ao irmão, mas ela conhecia V, sabia que ele provavelmente ficaria preocupado e ela não queria preocupar o irmão com aquilo, ele já tinha tantas preocupações com ela e com a casa!
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  Nada, nenhuma ligação até aquele momento. respirou aliviada, e entrou no whatsapp para verificar se ninguém do hospital havia mandado nada por lá. Assim que entrou viu que havia uma mensagem de Jungkook não lida, enviada de madrugada.
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   engoliu seco ao pensar novamente na hipótese de ele ser o stalker, havia alguns dias que eles não se falavam desde a ida dele ao hospital para retirar os pontos. o havia tratado mal e ele provavelmente havia ficado chateado. também havia ficado, depois pensou que não precisava de tudo aquilo, mas já estava feito.
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  Abriu a mensagem que dizia apenas: “Saudades de você! Será que nós já podemos voltar a nos falar? Não sei exatamente o que eu fiz, mas gostaria muito de entender e de voltar a falar com você. Você me faz bem, !”
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   sentiu o coração murchar dentro do peito. Ela também sentia falta dele! Mordeu o lábio receosa. Olhou para a tela do celular, relendo a mensagem, e ele estava online. Digitou: “Estou de folga hoje, o que acha de a gente finalmente ter um segundo encontro? Assim a gente conversa melhor sobre tudo!” enviado.
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   respirou fundo e logo o online virou um digitando.
  “Você está falando sério?”
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   soltou um risinho nasalado pela incredulidade dele.
  “Sim, estou, Jungkook! Vamos?”
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  “Aonde e que horas?”
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   pediu que ele esperasse até que ela saísse do banho para pensar em algum lugar. E assim ela o fez, tomou um bom banho deixando que a água morna caísse por seu corpo sentindo os músculos relaxarem por completo. Havia séculos que não conseguia sentir de fato a mente calma e vazia daquela forma. O trabalho estava a consumindo de forma tão absurda que ela nem sabia como estava conseguindo se manter tão firme, e para piorar o stalker estava pegando pesado nos últimos dias o que a fazia ficar apavorada e paranoica, ela não conseguia relaxar. Por isso estava aproveitando tanto aquele banho.
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  Assim que desceu as escadas da casa, passou pelo escritório para dar mais um beijo no irmão e conversar com ele um pouco. Pensou que talvez ele ficasse chateado de ela sair de casa em um dos poucos dias de folga, então foi à cozinha pegou um pedaço do bolo que ele fez e uma xícara de café e se sentou no sofá do escritório enquanto conversava com o irmão sobre o trabalho dele. Quando finalmente se lembrou de responder a Jungkook. Ao olhar o celular havia algumas mensagens dele não lidas, achando que ela havia desistido. E o acalmou.
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  - Me fala um lugar maneiro ai Tae, para sair para conversar. Um lugar mais tranquilo, please!
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  - Para que? Para você? Vai sair?
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   assentiu com a cabeça, com os lábios comprimidos, tremendo a reação do irmão. Mas ao contrário do que ela esperava, ele abriu um sorrisinho de canto e balançou a cabeça de forma positiva.
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  - Você está conhecendo alguém? – ele girou a cadeira e se aproximou da irmã no sofá.
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   ficou ruborizada com a pergunta do irmão. Apesar de os dois saberem quase tudo um da vida do outro, algumas coisas ela ainda sentia certa vergonha de compartilhar com o irmão!
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  - Ai Tae! – ela soltou um muxoxo enquanto ele beliscava as pernas dela rindo – Estou! Mas não rolou nada ainda! Você sabe, minha vida é muito complicada para eu conseguir ter alguém! A gente se viu só uma vez, e você nem imagina como!
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  Taehyung se interessou pelo assunto e contou à ele sobre a primeira vez em que se viram no hospital, o que arrancou algumas risadas dele.
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  - Que tal vocês almoçarem fora?
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   pensou na ideia por alguns segundos e pegou o celular novamente, Jungkook havia mandado uma mensagem propondo exatamente a mesma coisa e sorriu, fazendo com que o irmão sorrisse junto.
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  Olhou as horas e resolveu que comeria mais um pedaço do bolo do irmão e subiria para se arrumar, já que eram quase meio dia e eles haviam combinado de encontrar meio-dia e quarenta.
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  - Vou me arrumar, Tae! Eu volto cedo, prometo!
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  - Não precisa ficar preocupada com isso! Aproveita o encontro! Depois eu quero conhecer esse cara hein?
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  Ele fez uma cara séria e um gesto com as mãos e gargalhou.
  - Calma, Tae! – ela se levantou e bagunçou os cabelos negros do irmão.
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  Subiu as escadas com calma e adentrou o quarto. O banho já estava tomado então ela só precisava escolher uma roupa e fazer alguma maquiagem. Estava calor e de dia então ela queria algo leve e fresco, optou por um vestido florido que batia até um pouco antes dos joelhos e uma maquiagem leve. Se arrumou com calma, calma essa que ela sentiria falta quando a folga acabasse. O lugar ficava há uns vinte minutos de sua casa então ela terminou de se arrumar e pegou a bolsa sobre o sofá e a chave do carro. Se despediu de Tae com um beijo na bochecha e disse que qualquer coisa era só mandar uma mensagem ou ligar e ele pediu que ela relaxasse e se divertisse.
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  Chegou primeiro ao local e se sentou mais ao fundo do estabelecimento, ao verificar o celular havia uma mensagem do irmão dizendo à ela que se ela precisasse de ajuda ou algo do gênero ele estaria pronto para ajudar e riu. Amava tanto o irmão!
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  Assim que levantou o olhar e depositou a bolsa em uma das cadeiras, ela o viu adentrar o lugar. O cabelo roxo hoje estava preso num rabo de cavalo baixo e o piercing que ela achava super sexy estava ainda mais à mostra. As mãos nos bolsos, ele estava todo de preto, e sorriu quando a viu. Os olhos pretos dele, brilhavam, como se fossem uma galáxia.
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   se levantou quando Jungkook se aproximou da mesa. Ela estava nervosa e nem sabia o porquê.
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  A mão direita de JK lhe apertou a cintura e então os lábios dele beijaram a bochecha dela demoradamente. O cheiro dele invadiu as narinas dela, e ela podia jurar que desmaiaria. O cheiro dele era incrível.
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  Se sentaram frente a frente e um garçom chegou com os cardápios e eles agradeceram.
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  Os dois não conseguiam parar de se olhar, mas em completo silêncio. não sabia muito bem o que falar, era engraçado como por mensagem os assunto fluía tão naturalmente e pessoalmente ela não conseguia agir normalmente. Mas de uma coisa ela sabia, Jungkook mexia com os hormônios dela.
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  - E então? Finalmente uma folga hein? – ele brincou mexendo no cardápio enquanto mordia o lábio.
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   riu, sem graça.
  - Pois é, menino! Hoje quando eu acordei, nem acreditei que estava de folga! Foi tão gostoso, poder acordar sem despertador, tomar um banho de verdade!
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  Os dois riram. Silêncio.
  - Você tá linda! – Jungkook acariciou a mão de sobre a mesa.
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   direcionou o olhar até a mão dele. O toque dele era tão suave, que desejou que ele não parasse com o carinho. E ele assim o fez, continuou acariciando a mão dela, até que os olhares se encontrassem novamente.
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   sorriu, sem graça. Não costumava ouvir muitos elogios, então sempre ficava sem graça quando ouvia um.
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  - Como está o trabalho? Lembro de você dizendo que também estava mais tranquilo há algumas semanas…
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  Jungkook soltou um suspiro pesado e fechou os olhos.
  - Até estava mesmo, mas agora estou mudando de chefe e isso tem mexido um pouco comigo. Eu estou tentando me adaptar, sabe? Eu estava acostumado com o antigo, e esse novo tem me tirado um pouco do sério!
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   se lembrou de uma das ligações do stalker onde ela chorando pediu que ele a deixasse em paz, e recebeu como resposta um “não me tire do sério baby, eu não ando tendo bons dias!” e a espinha gelou.
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  Retirou delicadamente a mão debaixo da de Jungkook e raspou a garganta. Voltou a fitar o cardápio. Jungkook juntou as mãos debaixo da mesa sentindo a cortada brusca do contato das mãos. Ela andava estranha.
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  - O que eu fiz? Não só agora, mas desde semana passada? Por que você muda de repente?
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   sentiu uma pontada na cabeça, como se ela quisesse começar a doer.
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  - Nada! Você não fez nada! – balançou a cabeça.
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  Como ela explicaria para ele? Era impossível explicar.
  - Aquele dia no hospital… – ela pausou – eu te peço desculpas inclusive! Não estava sendo um bom dia e eu acabei descontando nos pacientes. Não foi certo da minha parte, mas realmente eu estava no meu limite! Na verdade eu ando no meu limite.
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  - Tem mais alguma coisa te perturbando? Além do trabalho?
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   encarou os olhos pretos de Jungkook e eles brilhavam ainda mais. Ele mordia o lábio inferior esperando alguma resposta. O coração de começava a acelerar, quando ele voltou a acariciar suavemente a mão dela sobre a mesa outra vez.
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  - Não! – ela mentiu, engolindo seco – Nada! Só o cansaço mesmo! Eu estava muito sobrecarregada no hospital, trabalhando sem parar, sem dormir… Isso meio que mexeu muito com as minhas emoções.
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  - Perfeitamente compreensível! Eu não tinha entendido muito bem no dia, eu confesso. Mas depois pensei sobre e imaginei que fosse algo do gênero, mas tive minhas dúvidas.
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  - E você achou que era por quê? – questionou encarando ainda mais os olhos negros de Jungkook.
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  Com a resposta, queria encontrar dentro dos olhos dele, algum traço que a fizesse conseguir confiar completamente nele.
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  Jungkook apertou a mão dela levemente sobre a mesa, parando a carícia.
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  - Achei que tivesse feito algo grave, mas não sabia o que ! E foi isso que me deixou angustiado. Eu não entendi, de verdade.
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   analisou os olhos negros dele. Desceu os olhos para os lábios vermelhos dele. De repente ela só conseguiu pensar em como seria um beijo dele e em qual gosto aqueles lábios teriam.
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  Subiu o olhar de volta para os olhos dele. Não conseguia enxergar nada ali, além do brilho dos olhos dele. Ele era incrivelmente indecifrável.
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  - Me desculpe, mais uma vez, JK!
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  A mão dele ainda apertava a dela e ela demonstrou o incômodo que aquilo já estava causando. Como se saísse de algum transe, ele afrouxou o toque e voltou a acariciar a pele de . Aquilo a havia assustado um pouco.
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  - Vamos almoçar? – ele perguntou e ela apenas assentiu.
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  Voltou a olhar o celular, e nenhuma ligação do stalker. fitou Jungkook concentrado no cardápio e engoliu em seco. Logo os dois fizeram seus pedidos e voltou a questionar sobre o trabalho de JK, e o porque ele não estava confortável com o novo chefe.
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  - Ele é estranhamente grosso e seco, sabe? Não sei, acho que eu me acostumei com o jeito mais amável e humanizado da minha chefe.
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  - Antes então era uma mulher? E isso para você era mais confortável?
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  - Sim, uma mulher. E, eu não entendi o questionamento,
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   emudeceu.
  - Não, nada! Esquece! Esquece isso!
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  - Eu não quis dizer que me sentia mais confortável com ela por ser mulher.
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  Agora era ele quem soltava a mão de cortando bruscamente o toque. Visivelmente chateado pela dedução de .
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  - Não foi isso que eu quis dizer, JK, desculpe pela forma que me expressei.
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   soltou um suspiro pesado e puxou a mão dele sobre a mesa e colocou a sua sobre a dele, agora com ela acariciando a mesma.
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  - Tudo bem! – ele sorriu sem mostrar os dentes.
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  Os dois mudaram de assunto, até que os pratos chegaram. Enquanto comiam os dois trocaram algumas risadas com as palhaçadas de Jungkook e ela fitou o celular. Não havia nenhuma ligação do stalker. e Jungkook se encararam.
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  Era ele ou ela estava apenas ficando louca?
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Décimo Oitavo Capítulo – The Feeling

  Assim que adentrou a sua sala Jimin fez um breve contato visual com que logo desviou o olhar para a tela do computador. Há uma semana vinha sendo daquele jeito. e ele somente falavam um bom dia seco um para o outro e conversavam sobre coisas do trabalho, quando necessário. Durante os almoços e lanches eles também não conversavam. Jimin bem que tentou nos dois primeiros dias, mas ela apenas o ignorava, então ele resolveu que seria melhor deixar que ela estabelecesse quando ia voltar a conversar direito com ele. Jimin sentia falta de poder implicar com cada mania de , sentia falta da risada irônica dela, sentia falta dos tapas que levava dela, ou de vê-la rolando os olhos sem paciência para ele. É como ele havia dito para : “Se eu não brigasse com ela todos os dias, eu ficaria em casa sozinho, lutando contra mim mesmo, de toda forma. É bom ter com quem bater-boca. Você se sente quentinho por dentro, parece até que as coisas importam.”
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  Hoje nem bom dia ele havia dado, os dois apenas trocaram aquele olhar e Jimin se sentou em completo silêncio em sua mesa, a não ser pelo longo suspiro cansado que saiu de seus lábios enquanto ele bagunçava os cabelos que hoje não estavam alinhados num topete e sim partidos ao meio e sem nenhum traço de gel. Ele hoje não vestia as tradicionais roupas sociais de todo dia e sim uma calça preta justa com alguns rasgados pelos joelhos e uma blusa de frio branca, larga. Os olhos estavam inchados, como se ele tivesse chorado muito ou não dormido nada durante a noite, ou talvez até as duas coisas. E reparou nisso enquanto o vislumbrava de olhos fechados passando a mão pelos cabelos com as mangas da blusa as cobrindo por completo. Assim que reparou melhor no rosto dele, viu um leve inchaço em sua boca, como se fosse um corte.
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  A mais baixa estranhou tudo aquilo, porque ela estava acostumada demais com ele todo arrumado e perfumado, e bom, por mais que ela não estivesse conversando com ele, pelo menos um bom dia eles sempre trocavam e hoje nem isso. Sem contar que ela havia ficado preocupada, especialmente com o corte nos lábios dele. O que teria acontecido? Será que ele havia se metido em alguma briga? quis colocar gelo ali para que o inchaço e a provável dor desaparecessem, quis cuidar dele e entender o que poderia ter acontecido, mas ele não merecia.
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  Jimin retirou alguns papéis da pasta que sempre carregava consigo e ligou o notebook, enquanto o mesmo ligava, ele colocou as mãos sobre o rosto e sentiu vontade de chorar ao se lembrar da briga horrível da noite passada. O padrasto mais uma vez resolveu que humilharia a mãe de Jimin em sua frente, e os dois entraram numa briga horrível, onde ambos se agrediram não só verbalmente… Jimin viu a mãe ficar do lado do padrasto quando tudo aconteceu e sentiu seu coração se quebrar em mil pedaços.
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  Ele queria sumir! Pelo menos por alguns dias. Estava muito magoado com toda a situação, amava a mãe mais que tudo, mas ela o havia magoado demais e toda a situação estava insuportável para ele, que não sabia muito bem como agir com relação ao que sentia pelo padrasto e pela mãe.
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  Jimin havia chorado basicamente a noite toda e se dormira três horas naquela noite havia sido muito. Sua cabeça explodia de dor, e o nó no peito não se desfazia por nada, então ele deixou algumas lágrimas escaparem enquanto tampava o rosto de novo. umedeceu os lábios, se sentindo angustiada com a situação. E então bateu na porta e a abriu logo em seguida.
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  - Bom dia nenéns! Tá na hora do café! Vamos?
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  Jimin se levantou rapidamente e pegou a caneca verde com a logo do escritório e caminhou em direção a , que assim como não conseguiu deixar de reparar no estado do amigo. Assim que passou por ela, ele depositou um beijo rápido em sua bochecha saindo da sala logo em seguida. também se levantou.
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  - Você sabe se aconteceu alguma coisa?
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   cumprimentou a amiga com um beijo também e logo as duas começaram a caminhar para a cozinha do escritório.
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  - Nós não estamos nos falando, né? Mas achei estranho… Ele não tá nada legal!
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  - Sim! É perceptível amiga! Não vai arriscar?
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  - O que? Perguntar? Pra ele me dar uma patada?
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  As duas pararam em frente a cozinha e observaram o loiro sentado na mesa de sempre com a caneca cheia de café e as mãos tapando o rosto enquanto ele soltou outro suspiro e então pôs-se a mexer no lábio machucado, soltando alguns muxoxos.
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  - Aquilo ali na boca dele é um corte? – cochichou ao observar a boca do amigo –
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  - Amiga eu acho que sim! Tá enorme né? – suspirou –
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  - Aconteceu alguma coisa! Mas eu não me sinto íntima o suficiente para perguntar, o Hoseok comentou que ele tem muitos problemas com o padrasto e que o clima na casa dele não é dos melhores, e que ele sempre se estressa ao falar sobre!
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  As duas se olharam e depois olharam Jimin novamente que agora encarava fixamente a caneca a sua frente. e entravam na cozinha e se serviram de café, ambas olharam Jimin, imóvel, com lágrimas nos olhos. O olhar de outra vez se deteve no machucado. Quis abraçá-lo com força.
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  - Vou voltar, preciso adiantar algumas coisas! – ele finalmente falou enquanto se levantava e pegava a caneca – Bom café meninas!
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  As duas assentiram e ele saiu da cozinha. e ficaram alguns minutos lá conversando sobre amenidades e perceberam que o café não era o mesmo sem as palhaçadas do amigo. Antes de voltar, pegou um pano de prato dentro de uma das gavetas da cozinha e alguns gelos, os embrulhando com o pano e entendeu. Assim que ela voltou para a sala, Jimin estava absorto em seus pensamentos e olhava a tela do computador. O machucado agora sangrava um pouco e ele limpava com a ponta dos dedos, provavelmente ele havia se machucado ainda mais ao mexer no corte.
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  - Isso aí deve tá doendo muito Jimin! Toma! – estendeu o pano com os gelos na direção de Jimin –
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  - Tá tudo bem! – ele respondeu encarando em pé em frente a sua mesa –
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  - Não seja babaca Jimin! O corte está sangrando e sua boca está enorme!
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  Jimin passou a língua pelo corte e sentiu o gosto forte de sangue na mesma e soltou um gemido de frustração com a ardência do corte. Mas fez que não com a cabeça.
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  - Que droga Park Jimin! – bateu as mãos na lateral do corpo –
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  Andou um pouco até conseguir ficar ao lado dele em sua mesa e se agachou com certa dificuldade devido aos saltos que usava e então segurou o rosto de Jimin com uma das mãos virando-o para ela e então os dois se encararam. Jimin gostou da sensação da mão dela em sua pele, então ele passou a língua pelo ferimento de novo, sentindo outra vez a ardência, e praguejou de novo.
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   então segurou o rosto dele com delicadeza e colocou o pano com os gelos devagar sobre o corte. Jimin fechou os olhos, praguejando pela terceira vez com o gelo queimando seu lábio machucado.
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  - Calma! – pediu – Tá enorme! Porque você não colocou em casa?
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  Jimin maneou a cabeça ainda com os olhos fechados e segurou uma das mãos dele.
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  - Fica quieto Jimin! É para te ajudar!
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  - Eu não vi que tava assim! – ele disse com dificuldade –
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  - O que aconteceu?
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   se atreveu a questionar, e viu os olhos dele se abrirem. Agora marejados.
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  - Não precisa contar se não quiser… Mas acho que você precisa conversar! Então, se quiser falar, eu estou aqui!
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  Jimin soltou um muxoxo quando ela intensificou o contato do gelo com sua boca, o que fez com que ela se levantasse, ficando em pé, no meio das pernas dele. Os dois trocaram um olhar mais intenso. Como ele conseguia continuar sexy mesmo numa situação como aquela? Pensou .
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  Jimin ficou em silêncio enquanto a mais baixa cuidava do ferimento de sua boca. Depois de alguns minutos, quando seus lábios inferiores já estavam começando a ficar dormentes, ele sentiu se afastar, já que as pernas dela estavam em contato com as suas. Num instinto, Jimin a segurou pela cintura a trazendo para perto dele de novo.
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   engoliu seco com a atitude inesperada do colega, e acabou por apoiar as mãos nos ombros dele.
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  - Achei que você não tinha acabado ainda, me desculpe! – ele soltou com a voz fraca –
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   apenas assentiu com a cabeça, meio sem reação.
  - Daqui a vinte minutos precisamos colocar de novo, se ainda estiver inchado, ok?
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  Jimin assentiu sem conseguir tirar os olhos dela.
  - Preciso voltar para a minha mesa Jimin. – ela sussurrou alto o suficiente para que ele ouvisse –
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  Ele assentiu soltando devagar a cintura dela que voltou rapidamente para sua mesa, antes jogando o restante de gelo que havia sobrado no lixo. Os dois agora estavam desconcertados.
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  Durante os vinte minutos seguintes, os dois não trocaram mais nenhuma palavra, mas flagrava Jimin limpando algumas lágrimas hora ou outra, e ele também suspirava muito enquanto passava as mãos pelos cabelos sempre bagunçando-os. Ela estava angustiada sem saber o que estava acontecendo e estava se sentindo estúpida por se preocupar com ele. O machucado agora estava menos inchado, mas ainda parecia doer.
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  - Vamos colocar mais gelo ai? – Jimin tirou os olhos do computador e encarou que também o olhava –
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  Ele não gostava de olhar nos olhos dela, eles eram tão profundos que ele acabava ficando perdido por lá.
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  - Você acha que precisa?
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   levantou e caminhou em direção à ele, que esperou calmamente ela se adentrar em meio às pernas dele e lhe tocar o queixo, subindo o rosto dele. se abaixou o suficiente para sentir o cheiro dele e observou o machucado mais de perto, ainda estava inchado mas já não sangrava mais.
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  - Doendo? – ela perguntou –
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  Jimin fez que sim a cabeça e se atreveu a colocar novamente as mãos na cintura dela, havia gostado daquilo.
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  - Mas doendo muito?
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  - Ardendo na verdade.
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  Os dois se olharam outra vez, e percebeu que não era só o corte que ardia, os olhos dele também. Ela se ergueu, ficando reta e então informou a ele que buscaria mais gelo.
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  Jimin sacudiu a cabeça quando saiu, porque diabos ele estava gostando tanto daquelas sensações que aquela aproximação estava causando?
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  Assim que ela voltou com o gelo, entregou o pano para ele, para que ele mesmo pudesse colocar nos lábios e Jimin se sentiu levemente frustrado com a atitude.
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  As coisas ainda não haviam voltado ao “normal” para , ela ainda estava com raiva e não queria demonstrar tanta clemência assim.
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  Durante o almoço Jimin preferiu almoçar sozinho porque alegou não estar uma boa companhia, e as amigas foram sozinhas no restaurante que iam todos os dias. As duas conversaram sobre a preocupação que estavam com o amigo e contou à que ofereceu um ombro amigo caso ele quisesse conversar, mas que Jimin nada havia dito. Resolveu não contar sobre as sensações que a proximidade de hoje havia causado em sua cabeça.
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  Ao voltar, flagrou Jimin chorando outra vez, mas ele disfarçou quando a colega adentrou a sala.
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  - Você não vai mesmo me contar o que tá rolando? – jogou a bolsa sobre o sofá que tinha na sala –
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  Jimin fitou em pé entre a mesa dele e a dela com os braços cruzados abaixo dos seios. Droga, ele vinha achando ela cada dia mais linda!
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  - Eu tive um desentendimento familiar, bem grave, diga-se de passagem!
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  Jimin balançou a cabeça em negativa, fechando os olhos pesadamente.
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  - Com o seu padrasto?
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  Jimin abriu os olhos. Ele já havia comentado com ela sobre o padrasto?
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  - Sim! Com ele mesmo! – Jimin mordeu o lábio se esquecendo do corte – Au!
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  Ele levou a mão lá abaixando a cabeça.
  - Calma! – se aproximou dele e pôs a mão sobre seu ombro, apertando-o – Ei, levanta aqui o rosto, deixa eu ver…
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  Jimin assim o fez, o lábio agora sangrava levemente. aproximou o polegar do ferimento, limpando com delicadeza o sangue que saia de lá. Os dois voltaram a se encarar profundamente.
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  - Colocou mais gelo ai? – Jimin fez que sim a cabeça – Então não mexe mais ai! E ai, o que rola? Qual seu problema com ele?
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  - Eu o odeio! – ele disse simplesmente – Ele é um babaca! Humilha minha mãe, a trata mal! E ela simplesmente não consegue o deixar, ela tem uma dependência emocional intensa dele, mesmo o relacionamento sendo completamente abusivo!
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  - Essas coisas são complicadas Jimin, a maioria das mulheres não consegue mesmo sair! Você precisa ter paciência.
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  - Eu tenho ! Muita até! Você não sabe o inferno que é presenciar tudo o que eu presencio e não poder fazer nada!
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   assentiu, sentindo vontade de acariciar o rosto dele.
  - Eu amo a minha mãe, mais do que tudo no mundo! – os olhos dele marejaram – E eu queria poder sumir com ela de lá! Mas ela não quer, e eu não sei se consigo sair de lá e deixá-la sozinha com aquele imbecil!
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  - Você quer um conselho? Não quero me intrometer na sua vida, imagina! Se você não tem mais saúde mental para ficar no mesmo ambiente que seu padrasto, não fique!
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  Jimin respirou fundo, voltando a tapar o rosto com as mãos.
  - Eu achava que sabia exatamente o que queria, para onde estava indo, mas, ultimamente, não sei, as coisas parecem confusas.
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  - Jimin, é sério! Não acabe com a sua saúde, com a sua vida por conviver com ele! Não vale a pena, mesmo que seja pela sua mãe. Você pode continuar ajudando ela de longe, acredite! Mas não se desgaste mais com essa situação, isso vai acabar com você.
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  - Está acabando comigo já! Chegou num nível que eu já não consigo mais olhar na cara dele. Eu sinto enjoos, está começando a ficar físico, sabe?
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   balançou a cabeça positivamente e se lembrou da mãe. Antes de sair de casa, era exatamente daquele jeito que ela se sentia com o padrasto também. E da mesma forma que Jimin, ela não esperava ser expulsa de casa pela própria mãe. Mal se lembrava do padrasto hoje em dia e tinha poucas lembranças daquele dia, elas eram apenas alguns borrões. Mas ela sentia a mesma dor do dia do ocorrido todas as vezes em que se lembrava.
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  - Sei sim! Esse é um sinal Jimin! Um sinal do seu corpo, te dizendo que tá na hora de vazar fora! Eu demorei muito para entender isso quando aconteceu comigo.
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  - Quando aconteceu o que?
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   respirou fundo percebendo que tinha atravessado uma linha que não deveria.
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  - Quando fui expulsa de casa pela minha mãe.
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  - Como assim? – Jimin se ajeitou na cadeira – Você não mora com ela?
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  - Não, tem anos! Para te ser sincera, eu nem sei a quantos anos eu moro sozinha.
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  - E seu pai?
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  - Eu nunca soube nem quem é o meu pai! Eu tenho um padrasto, desde os meus dois anos. E foi por causa dele que ela me expulsou de casa.
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   respirou fundo e resolveu se sentar em sua cadeira, voltando a ficar parcialmente focada no trabalho.
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  - Vocês não se davam bem também? – ela viu Jimin se aproximar de sua mesa com a cadeira –
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  - Não! Eu o odiava, da mesma forma que você odeia o seu padrasto. Ele me olhava de uma forma esquisita e fazia comentários impróprios e quando eu fiz dezesseis anos ele invadiu meu banho, eu fiz um escândalo, e bom… – ela parou de falar –
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  - Sua mãe ficou do lado dele e te pôs para fora de casa?
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  - Exato! Eu não me lembro muito bem do dia, tenho alguns borrões apenas. Mas me lembro muito bem das investidas dele, me lembro muito bem dele invadindo meu banheiro, me lembro do nojo que eu sentia dele.
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   balançou a cabeça tentando afastar os pensamentos. E fitou Jimin, que agora havia erguido a mão na direção da mão dela, ela sentiu o coração acelerar.
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  A mão dele pousou sobre a dela em cima da mesa, segurando-a com força.
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  - Eu sinto muito ! É impossível imaginar isso.
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   sorriu sem mostrar os dentes e tomou coragem, acariciou-lhe o rosto com delicadeza e afeto. Ele fechou os olhos e se deixou levar pelo quente da mão dela.
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  - A vida às vezes é um sangramento difícil de estancar Jimin! Você precisa ter coragem! Não abandone sua mãe, mas também não se mate por ela.
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  Ele abriu os olhos e ela instantaneamente cessou o carinho.
  - Me desculpe! Aquele dia eu fui um babaca! Eu não deveria ter feito aquilo com você na apresentação, eu fui um completo idiota, e hoje tenho certeza disso! Me desculpa?
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   soltou um suspiro. Ainda não se sentia confortável ao lembrar do que ele havia feito.
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  - Vamos tentar não pensar mais nisso, pode ser?
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  - Eu preciso que você me perdoe…
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  - Jimin – ela suspirou – Você me promete pensar com carinho no que eu disse?
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  - Claro! – ele voltou a segurar a mão dela –
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  - Então eu te desculpo. Agora vamos trabalhar, hum? E coloca mais um gelo ai nessa boca.
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  Jimin sorriu, depositou um beijo rápido na mão de que ele segurava e voltou para sua mesa. soltou um riso nasalado. Parece que eles estavam começando de novo…
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Décimo Nono Capítulo – Closer

  Provavelmente aquela seria a décima vez que seu cliente o ligava, ele estava tentando fazê-lo entender que ele precisava deixá-lo fazer o seu trabalho. O que não vinha acontecendo naquele caso, o cliente ligava toda hora fazendo questionamentos sem sentido e tirando-o do sério. Namjoon gostava de trabalhar sozinho e em silêncio, gostava de poder se concentrar o máximo em seus casos, repassava todas as informações várias vezes, pois acreditava que sempre podia encontrar algo que pudesse ter passado despercebido.
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  E hoje em específico o dia estava sendo mais estressante que o normal, assim que Namjoon desligou o telefone ele jogou a cabeça para trás empurrando a cadeira,até que a mesma batesse na parede. Fechou os olhos e coçou os olhos. Voltou a ler o processo e as evidências que tinha. O cliente passou a mandar mensagens ao invés de ligar e Namjoon resolveu desligar o celular para ver se conseguia se concentrar de fato no trabalho.
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  Após muitas xícaras de café e duas latinhas de energético, ele sentiu as costas doerem e os olhos arderem devido ao tempo que havia passado olhando pro notebook. Se levantou, espreguiçando-se. Precisava de uma boa noite de sono, ele pensou. Olhou o relógio na parede e percebeu que eram quase dezessete horas e o abrigo/hospital fecharia dali a meia hora. Havia dois dias que Namjoon não via a mãe e ele bem sabia que quanto mais tempo ele passava sem vê-la ou sem tentar uma aproximação, menos chances de que ela se lembrasse dele Namjoon teria. Resolveu que iria hoje. Ajeitou as coisas dentro da pasta e arrumou a mesa, trancou o escritório e cumprimentou alguns colegas enquanto esperava o elevador. Mexeu a cabeça de um lado para o outro, flexionando os músculos cansados do pescoço, alongando-os.
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  Destravou o carro, adentrou no mesmo colocando a pasta no banco ao seu lado e dirigiu calmamente até o abrigo, sorte que o local ficava há poucos minutos do escritório de Namjoon.
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  Adentrou o local já tão conhecido por ele, cumprimentando alguns enfermeiros que encontrava pelo local, até chegar a recepção. A mãe provavelmente estaria no quarto, ela somente gostava de tomar sol ou ficar do lado de fora de manhã, até antes de almoçar e antes das quatro da tarde também, para tomar o lanche da tarde.
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  Simone, da recepção, sorriu com ternura ao vê-lo adentrando o local. Sentia um pouco de pena de Namjoon, mas o achava um filho incrível.
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  - Olá Namjoon! Como estão as coisas? – ela perguntou, sorridente –
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  Namjoon soltou um breve suspiro, enquanto pedia licença para Simone para atender o cliente pela décima primeira vez no dia. Namjoon sentiu que podia socar a parede à sua frente com o ódio que estava sentindo naquele momento.
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  - Você pode me ligar amanhã? Estou no hospital, com a minha mãe… – ele pausou ouvindo o cliente pedir desculpas – Sim! Até amanhã então.
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  Namjoon soltou um suspiro cansado e então cumprimentou Simone.
  - Hoje parece estar sendo um dia difícil, não?
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  - Dá para perceber tão fácil assim? – Namjoon soltou uma risada nasalada – Fazia tempos que os dias não eram assim tão estressantes Simone! E a minha mãe? No quarto?
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  Simone assentiu enquanto se levantava, ajustando a longa saia que usava.
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  - Olha Namjoon, hoje sua mãe está muito agitada, o dia todo. Gritou bastante o nome do seu irmão, chorou bastante. Agora ela parece estar um pouco mais calma, mas não muito! Quer tentar vê-la? Quem sabe, sei lá, ela não se acalma com a sua presença!
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  Namjoon sentiu um aperto no peito ao ouvir as palavras de Simone. Os dias sempre eram muito difíceis quando a mãe ficava daquele jeito, ela ficava agressiva e ainda mais triste. Namjoon nunca sabia como agir quando presenciava a mãe naquele estado, ele sempre se assustava mesmo já tendo presenciado algumas vezes quando aquilo acontecia.
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  Caminhou ao lado de uma das enfermeiras que cuidam diariamente de sua mãe, também já conhecida de Namjoon. O coração dele batia forte, e a cabeça agora doía.
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  - Dona Yuna? – questionou a enfermeira abrindo a porta do quarto – Está acordada?
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  Yuna nada respondeu, continuou sentada em sua cadeira de balanço olhando para a janela. A enfermeira olhou para Namjoon com pesar. Namjoon assentiu para ela com a cabeça e sorriu sem mostrar os dentes.
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  - Olha só quem veio ver a senhora hoje! – ela deu passagem para que Namjoon entrasse no quarto –
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  E assim ele o fez. A enfermeira lhe falou que estaria do lado de fora, preparada para ajudar ou interferir caso Namjoon necessitasse. Namjoon se sentou na cama confortável da mãe enquanto observava a mesma. Os cabelos curtos e negros, os traços já cansados, e ela parecia mais velha do que de fato era. Sentiu ainda mais amor pela mãe. Queria poder abraçá-la agora, queria poder deitar a cabeça em seu colo e desabafar sobre o trabalho e sobre todas as outras coisas da vida enquanto ela lhe acariciava os cabelos. Uma lágrima teimosa desceu por sua bochecha.
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  - Quem diabos é você mesmo? – a mãe questionou virando o rosto na direção de Namjoon –
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  Namjoon soltou um suspiro cansado e viu outras lágrimas descerem por suas bochechas. Ele balançou a cabeça em negativa.
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  - Eu só vim ver como a senhora estava, mãe.
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  - Mãe? – ela se levantou com dificuldades da cadeira onde estava –
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  Namjoon instintivamente se levantou também, com medo que ela pudesse se machucar. A mãe caminhou devagar na direção dele, estreitando os olhos, como se não estivesse enxergando bem. O coração de Namjoon agora batia não só acelerado como também descompassado com a proximidade da mãe.
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  Yuna tocou o rosto dele delicadamente com as pontas dos dedos e Namjoon fechou os olhos sentindo as lágrimas secarem.
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  - Você tem quantos anos querido?
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  Namjoon olhou os olhos negros da mãe.
  - Vinte e sete, mãe! – ele tocou a mão dela –
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  - Quase a idade que meu filho teria, se estivesse vivo!
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  Os olhos de Yuna marejaram e Namjoon sentiu a garganta fechar.
  - Você nunca vai se lembrar de mim? – ele sussurrou enquanto acariciava a mão dela –
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  - Meu filho seria bonito, igual a você! Tenho certeza!
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  Yuna passou a mão pelos cabelos de Namjoon, acariciando-os. As lágrimas agora corriam livremente por seu rosto. Tudo o que ele mais queria é que a mãe tivesse pelo menos uma única lembrança dele, só isso bastaria.
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  Eles foram interrompidos pela enfermeira batendo na porta e entrando logo em seguida.
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  - Namjoon? – ela chamou – Sinto muito, mas já são quase dezessete e trinta e nosso horário vai encerrar! Você quer continuar como voluntário?
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  Namjoon fez que não com a cabeça enquanto a mãe ainda lhe acariciava o rosto e os cabelos.
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  - Shirley, sabia que ele parece muito meu filho? Se meu filho estivesse vivo, eles seriam tão parecidos!
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  Agora, além de Namjoon, Yuna também chorava.
  - Ah, é mesmo dona Yuna? Ele vem quase todos dias ver a senhora, sabia?
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  Yuna soltou o rosto de Namjoon e voltou a se sentar em sua cadeira de balanço.
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  Namjoon saiu da sala sendo acompanhado de Shirley, que voltou a lançar um olhar de ternura sobre o mesmo enquanto ele limpava suas lágrimas.
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  - Vamos beber água? Se quiser ficar, é só se cadastrar como voluntário, você sabe, não é? Quantas vezes você já não fez isso!
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  Namjoon voltou a fazer que não com a cabeça, ainda mexido com tudo o que havia acontecido.
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  - Acho que hoje eu não consigo! – a enfermeira assentiu –
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  Namjoon bebeu um copo d’água de uns dos bebedouros disponíveis na recepção e então se despediu de Shirley e caminhou até o lugar onde seu carro estava parado. Adentrou o carro e resolveu mexer um pouco no celular para ver se o cliente havia mandado alguma coisa. Acabou vendo uma publicação de no instagram, que acabara de ser atualizado, e sorriu. Os dois se falavam todos os dias basicamente e ele estava extremamente atraído por ela, mas não sabia se era recíproco. Resolveu ligar para ela, afinal de contas o expediente dela estava para acabar.
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  - Oi Namjoon! – ouviu a voz animada dela do outro lado da linha e podia imaginá-la sorrindo –
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  - Está ocupada? Ou pode falar bem rapidinho?
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  Ele conectou o fone de ouvido no celular para que pudesse dirigir e sair do abrigo.
  - Pode falar! Vou até sair aqui da sala para poder te ouvir melhor, tá muito barulho aqui!
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  Namjoon ouviu o barulho de uma porta se fechando.
  - Diz, meu bem!
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  Ele sorriu com o “meu bem”, pois adorava quando ela o chamava assim.
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  - Preciso tomar um suco de maracujá daquele último que tomei com você- ele brincou arrancando uma risada dela – Você pode me encontrar quando sair do escritório?
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  - Posso sim! Aonde?
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  - Vou te mandar a localização aí então. Te espero.
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  - Tá bom, meu bem! – ele voltou a sorrir – Beijo.
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  - Beijo.
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  Os dois desligaram e Namjoon terminou de chegar estacionando o carro e descendo do mesmo. Resolveu colocar a bolsa no porta malas e então se sentou no banco. Adorava aquela praça e vira e mexe ele parava por ali para espairecer quando saía de algum encontro com a mãe. Namjoon mandou a localização para via whatsapp, e bloqueou o celular. Fechou os olhos e conseguiu sentir o toque da mãe passando por sua bochecha outra vez.
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  Alguns minutos depois ele viu atravessar a rua sorrindo e caminhando em direção à ele. O coração dele voltou a palpitar. Ela usava uma calça dessas sociais e uma regata preta, o blazer estava no braço direito junto com a bolsa. Namjoon a achava linda! E se sentia bem conversando com ela! Ele precisava agradecer a pela ideia do encontro às cegas.
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  Assim que eles se encontraram, Namjoon se levantou abrindo os braços para receber um abraço carinhoso de , que lhe acariciou a nuca com as pontas dos dedos. Ela não estava esperando encontrar Namjoon novamente, mas ficou muito feliz de ele a ter chamado para vê-lo.
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  - E ai? Tudo bem? – ela questionou enquanto os dois se sentavam no mesmo banco em que antes Namjoon estava –
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  - Hoje não! – ele respondeu já sentindo os olhos arderem – Quer dizer! Hoje muitas coisas aconteceram, sabe? Meu trabalho está me sugando esses últimos dias, eu não tenho conseguido me concentrar direito, tem um cliente me estressando ao extremo! E hoje eu fui visitar a minha mãe.
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  - E ai? – encostou a mão na dele –
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  - Podemos tomar um sorvete primeiro, o que acha?
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  - Vamos! Aqui perto mesmo?
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  - Sim, tem uma sorveteria bem ali. – Namjoon apontou uma sorveteria do outro lado da rua com o dedo indicador –
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  - Então bora!
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  Namjoon se atreveu a passar um dos braços pela cintura dela, que não protestou. Aliás, ela amou a atitude e especialmente o toque firme da mão dele em sua cintura. Namjoon perguntou de , já que fazia alguns dias que eles não se falavam e acabou comentando da briga que havia tido com Jimin, e comentou também que a amiga e ela andavam bem cansadas e trabalhando bastante, por isso inclusive ela não havia proposto ainda um novo encontro, e que havia ficado feliz com o convite de hoje. Namjoon sorriu quando a ouviu dizer que queria um novo encontro.
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  Os dois adentraram a sorveteria e Namjoon disse que queria uma casquinha simples de chocolate mesmo, enquanto preferiu misturar alguns sabores no tradicional potinho de plástico. Os dois resolveram voltar para a praça já que Namjoon achou a sorveteria um tanto quanto cheia demais. Os dois voltaram de mãos dadas até a praça, se sentando num banco, praticamente colados um no outro.
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  Os dois conversaram sobre o sabor dos sorvetes enquanto tomavam os mesmos. Assim que acabaram os dois se olharam e percebeu que Namjoon não parecia somente estressado, mas também triste.
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  - Como foi lá com a sua mãe hoje? Você a viu? Ou só ficou de longe?
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  - Hoje foi diferente, ela acariciou o meu rosto! – os olhos dele marejaram e sorriu – Continuou sem me reconhecer, sabe? Mas disse que eu era muito bonito e que se o filho dela estivesse vivo provavelmente se parecia comigo, e ela ficou muito tempo me tocando, como nunca antes!
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  Duas lágrimas desceram pelas bochechas de Namjoon e as limpou.
  - Eu fiquei contente, mas ao mesmo tempo me deu uma tristeza, sabe ? – fez que sim com a cabeça – Eu só queria que ela tivesse alguma lembrança de mim dentro dela.
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  Namjoon tapou o rosto com as mãos para esconder o choro e o abraçou com ternura, acariciando suas costas com as unhas.
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  - Chora meu bem! Pode chorar! – ela sussurrou em seu ouvido sentindo os próprios olhos marejarem – Eu to aqui com você! Chora!
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  E assim Namjoon o fez, chorou tudo o que estava em seu peito. Chorou pela situação da mãe que parecia a cada dia mais irreversível, chorou por saber que ela provavelmente nunca lembraria dele, chorou porque queria abraçar a mãe outra vez, chorou porque também queria o irmão vivo, chorou porque ele o pai mal se falavam e ele gostaria que o pai fosse diferente, especialmente com a situação da mãe e principalmente, chorou porque as chances de a mãe voltar a tratá-lo com ternura daquele jeito outra vez eram quase nulas.
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  Namjoon subiu o olhar, encontrando emocionada também. Ela voltou a enxugar o rosto molhado dele. Depois, Namjoon encostou a testa na dela, que fechou os olhos. Os dele, desceram para a boca rosada dela, extremamente próxima a dele.
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  O coração de ambos batia forte dentro do peito e Namjoon se atreveu a encostar os lábios levemente nos dela, como se pedisse permissão á para que aquilo acontecesse, e então ela mordiscou o lábio inferior dele como resposta e os dois então se beijaram.
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  O beijo até aquele momento estava sendo delicado, e sem pressa alguma. Logo as mãos de Namjoon pousaram na nuca de , aprofundando um pouco o beijo. Os lábios dele eram macios e ela gostava de mordê-los hora ou outra bem devagar, e ele sorria entre uma mordida e outra. Os dois desgrudaram os lábios por alguns segundos, respiraram fundo, ainda com as bocas juntas. Logo Namjoon a beijou de novo, dessa vez com mais força, as línguas antes discretas, agora brigavam uma com a outra.
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  Quando já estavam sem fôlego, os dois se separaram minimamente, mas ainda tinham as testas coladas. Os olhos brilhavam e então sorriu enquanto depositava mais um carinho na nuca dele. E assim os dois permaneceram até o sol terminar de se pôr por completo, trocando beijos e carícias, se conhecendo ainda mais…
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  Quando percebeu que já eram quase sete da noite, se levantou do banco, sendo seguida por Namjoon.
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  - Preciso ir Namjoon! São sete da noite basicamente, e aqui é um pouquinho longe da minha casa! Desculpa?
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  Namjoon a puxou para perto de si pela cintura, colando o corpo dos dois de novo e depositando um beijo demorado nos lábios dela.
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  - Não tem problema! Obrigado por ter vindo hoje! E eu preciso muito agradecer a por ter inventado aquele encontro às cegas!
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  Os dois riram e depositou um selinho nos lábios do mais alto. E aí então ele caminhou com ela até o carro do outro lado da rua. Os dois se beijaram outra vez, dessa vez com as mãos de Namjoon passeando livremente pelas costas dela, e eles ficaram assim até que o afastou delicadamente, com as mãos espalmadas em seu peito.
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  - Você promete me ligar de novo para desabafar todas as vezes que esse assunto te perturbar?
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  Namjoon fez que sim com a cabeça enquanto acariciava o rosto de .
  - Prometo! Obrigado mais uma vez!
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  Os dois selaram os lábios algumas vezes.
  - Deixa eu ir meu bem! – ela gargalhou enquanto ele ficava vermelho – A gente se fala!
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  - Me avisa quando chegar em casa? – ele fechou a porta do carro para e com um sorriso nos lábios ela fez que sim com a cabeça –
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  Assim que chegou em casa tratou de tirar os saltos enquanto os cachorros pulavam incansavelmente em suas pernas, querendo carinho e atenção. depositou a bolsa sobre o sofá branco da sala e se sentou um pouco para conseguir dar alguma atenção aos bichinhos. Depois, como fazia todos os dias, checou a água e a ração repondo as mesmas e depois foi tomar um banho. Antes avisou a Namjoon que já havia chegado. Depois do banho ela comeu uma besteira qualquer e foi ver TV. Mandou mensagem para pedindo desculpas por não ter se despedido da amiga direito hoje antes de ir embora, e contou para a mesma que isso acontecera porque saiu apressada para ver Namjoon.
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  “Mentira? Então finalmente rolou o segundo encontro de vocês!” – respondera
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  “Amiga, ele estava mal e me chamou, sabe? A mãe e ele tiveram uma espécie de interação inédita, ele deve te contar! Mas ele estava bem tristinho!”
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  “Amiga então não rolou nada?”
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   sorriu ao se lembrar do encontro e dos beijos.

  “Amiga… pior que rolou viu? A gente se beijou!”

  A próxima mensagem havia sido um áudio de surtando com a notícia, fazendo a amiga rir. Depois disso as duas combinaram de que no dia seguinte assim que chegassem na empresa, mandariam um e-mail para , atualizando-a de tudo que estava acontecendo por aqui, e quem sabe receberiam uma resposta da amiga de volta dizendo se estava tudo bem.
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  Assim que adentrou a sala de no outro dia, o e-mail pessoal dela já estava aberto. E então elas resumiram para a amiga:

  “Amiga, como você está? Já faz um tempo que não temos notícias suas! Está tudo bem? Aonde você está agora? Já sabe quando volta? Por favor, não suma assim, ficamos preocupadas com você! Como estão as coisas? Precisa/quer nos contar algo?
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  Me mudaram de setor no escritório, acredita? Me trocaram com o estagiário, que foi efetivado, o nome dele é Jimin! Ele agora é o par da , acredita? Ele é um amorzinho, amiga! A , não acha, inclusive ela não se dá muito bem com ele e nem ele com ela, mas eu o adoro, ele vem sendo um ótimo amigo! Os dois estavam sem se falar há alguns dias, porque ele teve uma atitude meio babaca – eu falei isso pra ele – quer eu que conte o que foi: o chefe voltou com as apresentações de resultado todo final de mês e sabe o que ele fez? Não deixou a falar, porque estava com medo de que ela prejudicasse toda a apresentação e a reputação dele na área. Sim, amiga! Ele fez isso, mas ele já se arrependeu sabe? ainda tá magoada, mas as coisas estão voltando ao normal, normal que eu digo é os dois estão voltando a se implicar e até voltou a jogar as coisas nele! Você precisa conhecê-lo! Ah e precisa conhecer o amigo dele também o Hoseok! Ele é um anjinho, amiga! Nós o levamos ao nosso bar preferido inclusive! Mas nem eu, nem estamos tendo nada com ele! Bom, eu até quero amiga, mas não sei se ele quer (imagine a minha risada aqui)! Mas em compensação, ontem eu beijei o Namjoon (você também precisa conhecer ele), aquele amigo da que ela conheceu no abrigo, sabe? Amiga, volta logo! Precisamos de você, essas fofocas contadas por e-mail não tem graça! Dê notícias, por Deus! Te amamos!”
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  - Faltou eu escrever aqui que acho que você é extremamente atraída pelo Jimin mas se recusa a aceitar!
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   lançou um olhar fulminante em direção à que apenas gargalhou.
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  - Você ta muito engraçadinha , só porque beijou na boca? Imagina quando vocês dois transarem? Meu Deus!
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  Ela se levantou e fez o mesmo.
  - Ai amiga, posso falar uma coisa? O beijo dele não sai da minha cabeça! Que saco!
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   sorriu enquanto abria a porta da sala da amiga e então elas se encontraram com Jimin, ainda bem abalado.
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  - Não comenta nada com o Jimin ainda ! – cochichou –
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  - Pode deixar! Se não mela o seu esquema com o Hoseok né? Eu sabia!
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   deu um leve tapa no ombro da amiga. Mas de fato, ela não queria também esfriar qualquer possibilidade de algo com Hoseok…
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Vigésimo Capítulo – Boy with love

  O amigo gesticulava com as mãos, quase às batendo no rosto de Hoseok, que segurava o ombro dele, enquanto pedia que ele falasse um pouco mais baixo.
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  - Você quer que o bar inteiro fique sabendo da sua vida? Fala baixo! E já chega né, você tá bebendo desde às dezoito horas basicamente!
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  J-Hope pegou a garrafa já vazia da mão de Jimin com certa dificuldade já que o mesmo a segurava com força e não queria entregá-la ao melhor amigo.
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  - NÃO! – ele gritou com Hoseok que suspirou pesadamente – Deixa eu beber amigo! Por favor!
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  Jimin colocou uma das mãos sobre o ombro do amigo e apertou.
  - Sabe? Essa semana foi uma droga J-Hope! – ele ainda segurava o ombro do amigo enquanto tentava se equilibrar na cadeira – Eu tive aquela briga horrível com aquele idiota e a minha mãe não fez nada! Nada J-Hope!
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  Hoseok assentiu com a cabeça enquanto ouvia ele falar aquilo pela quinta vez desde que eles chegaram ao bar. Hoseok queria ajudar o amigo de alguma forma, e se essa forma era ouvi-lo contar toda a história várias vezes, que fosse então! Mas precisava que o amigo parasse de beber um pouco, para dirigir depois.
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  - Sei Jimin! E o que você vai fazer amigo? Você não disse até agora! Vai continuar lá?
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  - Amigo e a que disse que tinha me perdoado mas ainda não tá falando direito comigo?
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  Jimin se desequilibrou da cadeira ao tentar ficar mais perto de J-Hope, que amparou o amigo, soltando uma de suas gargalhadas altas logo em seguida.
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  - Quando isso? Você não tinha me contado ainda!
  - Ah, não sei! To muito bêbado para me lembrar de quando foi isso! Escuta Hoseok, escuta! – ele voltou a segurar o amigo pelo ombro – Ela me tocou, sabia?
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  Jimin balançou a cabeça enquanto tentava chamar um garçom.
  - Como assim te tocou?
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  - Porque os garçons não me veem? Me ajuda J-Hopeeeee – ele gritou no ouvido do amigo –
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  Hoseok fechou os olhos enquanto ainda segurava o amigo, impedindo que ele caísse de cara no chão. Enquanto com a mão desocupada ele fazia sinais para que algum garçom os visse.
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  - Me explica essa história da direito Jimin!
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  O mais baixo se ajeitou na cadeira enquanto arrumava os cabelos bagunçados, e subia a manga da camisa social branca que usava.
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  - Ela me tocou Hoseok, no rosto! Ela cuidou do ferimento – ele apontou para a pŕópria boca – Com gelo! Daí ela pegou no meu rosto!
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  Agora Jimin tocava o próprio rosto enquanto sorria, bêbado. Hoseok gargalhou mais uma vez, jogando a cabeça para trás.
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  - Ela cuidou de você Jimin? Mesmo sem falar com você? Aliás, mesmo depois do que você aprontou com ela?
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  - Para Hoseok! – Jimin ergueu o dedo indicador na direção de Hoseok – Eu já pedi desculpas! E eu me arrependi, para!
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  Hoseok ergueu os braços se rendendo.
  - Você sabe que ela podia muito bem ter ligado o foda-se né? Ainda mais depois de tudo! Mas tá certo, não tá mais aqui quem falou!
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  - Você é meu amigo, ou não?
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  Hoseok voltou a gargalhar enquanto um garçom finalmente se aproximava da mesa deles.
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  - Escuta, e o que mais? Quando foi que você pediu desculpas?
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  - Quando ela me contou uma situação parecida com a minha que ela viveu! – Jimin voltou a mexer nos cabelos loiros – Eu sei que fui horrível! O certo era pedir desculpas, o problema é que ela disse que tinha me perdoado, mas nada mudou!
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  - O que seria esse “nada mudou”? Porque vocês nunca foram amigáveis demais um com o outro, amigo! Vocês só se implicavam!
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  - Eu sei J-Hope, obrigada por lembrar! – Hoseok gargalhou de novo com a cara que o amigo fez – E é exatamente isso que quero de volta! Eu gosto!
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  - Sei muito bem do que você gosta Jimin!
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  - É divertido implicar com ela! Eu amo vê-la brava! É como se, sei lá, fizesse meus dias valerem a pena, sem as nossas implicâncias, fica tudo chato! Eu fico me sentindo vazio.
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  Ele fez um bico no final da frase e o garçom voltou com as bebidas.
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  - Você vai misturar isso daí com as milhares de cervejas que você tomou Jimin?
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  Hoseok ergueu uma sobrancelha enquanto seu semblante ficou sério.
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  - Amanhã é sábado, mas que inferno Hoseok! Me deixa! – ele voltou a falar alto perto do rosto do amigo – Você me leva pra casa depois, na sua moto e eu venho amanhã buscar o carro!
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  - Tá falando sério? – Jimin assentiu tomando quase metade do drink de uma vez só – Porque não fazemos assim, eu levo você e seu carro lá para casa e você dorme lá? Porque não acho uma boa idéia você voltar bêbado para sua casa, isso pode inflamar mais ainda as coisas! Depois eu venho buscar a moto!
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  - Tem certeza?
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  Hoseok concordou tomando um gole de sua cerveja.
  - O que eu faço para ela voltar a implicar comigo?
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  J-Hope gargalhou enquanto o amigo dava algumas idéias, ele pegou o celular no bolso, desbloqueou o mesmo e digitou o nome de no whatsapp e aproveitou que o amigo foi ao banheiro, quase caindo pelo caminho.
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  - Tá fazendo o que exatamente agora? – ele questionou assim que ouviu o alô dela do outro lado –
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  - Acabei de sair do banho para sua informação, porque? Você tá aonde Hoseok?
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   questionou com o tom de voz brincalhão, e Hoseok mordeu o lábio inferior imaginando a mesma somente de roupão ou toalha e com a pele ainda molhada ou úmida.
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  - Então aproveita e vem ver a gente!
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  - Você e o Jimin? Estão juntos?
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  - Uhum, e ele tá bêbado e só sabe falar da ! Traz ela também, quem sabe os dois não se acertam!
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  - Tá bom, vou ligar pra ela! Uns vinte ou trinta minutos eu to ai com ela! Manda a localização de onde vocês estão!
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  Desligou o telefone com um sorriso nos lábios, estava feliz que ia vê-la de novo, sentir seu cheiro gostoso…
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  Jimin voltou resmungando algo incompreensível e sentou-se novamente ao lado do amigo que o ajudou.
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  - Chama o garçom aí de novo, J-Hope! Eles só veem você!
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  - Jimin do céu! – Hoseok resmungou levantando a mão e procurando algum garçom – Você já acabou com aquele drink? Caramba!
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  - E você até agora tá com essa cerveja? Que que tá acontecendo?
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  - Eu preciso me manter minimamente sóbrio para dirigir, né?
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  Jimin assentiu com a cabeça que sim enquanto voltava a se jogar na direção do amigo.
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  - Me ajude Hoseok! Você acha que eu devo fazer mais o que para ela voltar?
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  Hoseok sorriu na direção do amigo enquanto ouvia ele falar sobre como os dias dele estavam vazios sem ouvir a risada de , e sobre como ele gostaria de poder elogiá-la só para ver a reação de espanto dela e logo em seguida ela lhe jogar algo e etc.
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  - Jimin, vamos falar sério agora?
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  - Mas eu já tô falando sério J-Hope!
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  - Porque você não assume que tudo isso é atração?
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  - Porque você ainda não beijou a até hoje? – Jimin devolveu –
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  - Como assim beijar a ? Ela quer? Ela comentou alguma coisa? – J-Hope cuspiu as perguntas desesperadamente –
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  Jimin gargalhou com a reação do amigo, que estava vermelho e jogou a cabeça para trás para rir com gosto. Não teve tempo de responder o amigo, já que ele ficou surpreso demais ao vê-las ali: e adentrando o bar e apontando na direção a mesa deles para o garçom, que as levou até lá.
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  Jimin que já estava começando a ficar vermelho devido à mistura de drinks ficou ainda mais vermelho ao vê-la lá. Hoseok teria chamado-as sem ele saber? Jimin lançou um olhar na direção do amigo que sorriu para ele, manejando a cabeça, como se dissesse “sim, eu as chamei!”
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  Jimin se levantou com dificuldade quase caindo outra vez enquanto era amparado por e Hoseok. por sua vez gargalhou enquanto lançava as mãos em seu rosto, depositando um beijo carinhoso na bochecha dele, que parecia estar muito atônito com a presença delas lá. E depois ela se dirigiu para Hoseok, que a abraçou pela cintura como sempre fazia, apertando-a em si. Enquanto isso se sentava ao lado de Jimin, discretamente o cumprimentando com um aceno de cabeça e logo em seguida ela estendeu a mão na direção do Hoseok, que segurou a mesma com carinho.
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  Logo os quatro estavam conversando e rindo de Jimin bêbado, que só falava sobre o padrasto e a mãe, e intercalava momentos de muita raiva com momentos onde ele quase chorava.
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   resolveu ir ao banheiro e então Jimin se virou na direção de e Hoseok.
  - Amigos, eu quase me esqueço! Vou me mudar no final de semana que vem! Ok? Eu pensei muito sobre isso nessa semana, a mesmo me ajudou bastante nessa decisão! Meu coração está quebrado com isso, de verdade! Mas deve ser o melhor no momento! Já aluguei o apartamento e já até acertei a mudança! Será que vocês dois podem me ajudar?
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  Jimin deu um longo gole do drink que havia pedido enquanto Hoseok e trocavam um olhar.
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  - É o melhor mesmo amigo! – assentiu – Tenho certeza! Pode contar comigo e com certeza com o Hoseok, né?
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  Hoseok apertou um dos ombros do amigo e os dois brindaram.
  - Você com certeza pode contar comigo! Fico feliz de ver você tomar essa atitude! Depois a gente combina direitinho então!
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   voltava do banheiro enquanto arrumava o cabelo atrás da orelha por causa do vento, sentou-se novamente à mesa e tomou um gole da cerveja dela. Jimin não conseguia tirar os olhos dela, e depositou a mão sobre a perna de Hoseok, e apertou a região, chamando a atenção do loiro para si, que virou o rosto com tudo surpreso com o toque da mão dela tão perto de sua virilha. A ponta dos narizes de ambos estavam coladas, e sorriu.
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  - Presta atenção no Jimin louco para falar alguma coisa para a ! – ela sussurrou com a boca próxima a dele –
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  Hoseok sentiu os pelos da nuca arrepiarem e o cheiro de cerveja e cereja sair dos lábios dela e invadir seu nariz. O corpo dele começava a reagir com aquela proximidade, mesmo ele sabendo que não havia nada de demais naquela aproximação.
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  Ele aproveitou que ela estava levando a cerveja até a boca e entreabriu os lábios abocanhando a garrafa antes que a mesma chegasse até a boca de , já que a dele havia acabado, e ela deixou. Assim que os lábios dele soltaram a garrafa a boca dele voltou a ficar pŕoxima demais à dela. A boca de salivou com o gesto e ela só não o beijou porque os amigos estavam lá.
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  - Escuta – Jimin chamou a atenção dela para si enquanto segurava levemente o braço dela por cima da mesa – Você é muito legal, sabia?
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   e o restante gargalharam enquanto Jimin protestava, ainda segurando o braço dela.
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  - O que foi gente? Ah, vocês são muito chatos! – ele olhou para e Hoseok – , me escuta!
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   virou o rosto na direção dele.
  - De verdade! Você é muito legal! Eu estou bêbado, então to falando a verdade! – voltou a gargalhar –
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  - E o que mais? – ela entrou na onda dele –
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  - Eu te julguei muito mal, sabe? E fiz aquela cagada lá no dia da nossa apresentação com você! – ele balançou a cabeça em negativa, com veemência – Eu fui um babaca! E você não merecia, não merecia mesmo! Eu acho você uma profissional incrível, sabia?
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   voltou a gargalhar, achando muito fofo e engraçado ao mesmo tempo, ele ali se desculpando e a elogiando, ah e bêbado.
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  - Eu sei que você me acha foda! Sempre soube Jimin! – ela lhe empurrou com o cotovelo e ele segurou a mão dela –
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   e Hoseok riram dos amigos baixinho, e a mão de permanecia ali, perto da virilha dele. Uma tortura.
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  - Eu gosto de você! Sério! Gosto sim! Eu até pegaria você, sabe? Você é muito bonita!
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  Jimin subiu o braço para o ombro dela, chegando mais perto e se desequilibrado, sendo amparado por , que gargalhava alto.
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  A mão de deixou outro apertão ali enquanto ela ria de Jimin e , e Hoseok sentiu todas as veias do corpo pulsarem. Os dois se olharam e umedeceu os lábios com a língua. O olhar de Hoseok acompanhou. Ela queria muito que ele a beijasse.
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Vigésimo Primeiro Capítulo – It will rain

  Acordou num pulo da cama, se equilibrando com as mãos no batente da porta do quarto assim que a abriu e praticamente voou até o banheiro, se abaixou prendendo o cabelo numa espécie de rabo de cavalo com a própria mão esquerda e vomitou. Por três vezes. Assim que abriu os olhos, vislumbrou parada no batente da porta do pequeno banheiro do apartamento com os braços cruzados, observando-a, séria. Já era a segunda semana seguida que aquilo acontecia, e estava preocupada com a amiga.
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   lavou a boca e logo pôs-se a escovar os dentes, ignorando a presença da amiga ainda de pijamas ali escorada. As duas ficaram se encarando hora ou outra pelo espelho e assim que finalizou ela se sentou no vaso para fazer suas necessidades.
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  - Não aguento mais esse mal estar! – reclamou –
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  - E você não vai mesmo ao médico, ?
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  - Deve ser alguma intoxicação alimentar! Já já passa!
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   suspirou e se aproximou da amiga que agora já estava em pé e pronta para sair do banheiro.
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  - Você não está grávida não amiga?
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   arregalou levemente os olhos e ficou pálida.
  - Claro que não, ! – a mesma fez o sinal da cruz com as mãos –
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  - ? – voltou a questionar –
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  - O que ?
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   atravessou a amiga indo em direção ao seu quarto para se arrumar já que hoje trabalharia no período do almoço, e ela não queria se atrasar.
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  - Compra um teste de farmácia amiga! É barato e tão certeiro quanto um de sangue! Isso não está normal!
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  - Como não? Só estou vomitando!
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  - E indisposta, sonolenta, com mudança de humor, indo ao banheiro toda hora…
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   bufou ao ouvir a amiga enquanto abria o guarda roupa e procurava por algo para se vestir e adicionava mais um sintoma mentalmente: a menstruação atrasada. O que também podia ser por causa do estresse e de algum remédio qualquer.
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  - É impossível eu estar grávida amiga! Eu uso anticoncepcional desde os dezoito!
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   deu outra suspirada, e deu de ombros como se desistisse de tocar no assunto e deixou a amiga sozinha indo se arrumar para o trabalho também.
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   jogou uma blusa qualquer sobre a cama enquanto se abaixava para pegar uma calça também qualquer. Ficou levemente tonta quando voltou a se erguer e sentou-se na cama. Precisava ficar tranquila e não se perturbar mais por aquilo. Lembrou dos olhos de Suga ficando minúsculos, quase desaparecendo quando ele ria… Depois lembrou da voz rouca dele em seu ouvido gemendo coisas que eram incompreensíveis tanto pelo momento quanto pela bebida no sangue.
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  Estava sendo assim nas últimas semanas, ela vinha tendo flashes da noite que teve com o desconhecido. Se lembrava da boca rosada dele, o gosto de cigarro e bebida… As mãos grandes e cheias de veia que a apertavam sem pudor.
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  E logo ela se lembrava do dia seguinte. Do quão grosseiro ele havia sido ao mal falar com ela e simplesmente enxotá-la de seu apartamento. Balançou a cabeça, sentindo algumas lágrimas se formarem em sua garganta. Estava querendo chorar por causa disso? O que ela tinha? Não era para tanto… Se arrumou rapidamente e foi até a cozinha pegando alguns biscoitos de polvilho, já que eles eram a única coisa que seu paladar e estômago não estavam estranhando. Se despediu da amiga pegando a bolsa e a chave em cima do painel da TV do apartamento e saindo. Não queria ter que ouvir insistindo com a ideia de um teste de gravidez. Aquilo a assustava e ela sabia que não tinha como estar grávida, não é mesmo?
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  Fechou a porta atrás de si e respirou fundo, ainda se perguntando se de fato estava preparada para começar o dia. Por sorte conseguiu ir sentada no ônibus que a levaria direto para o trabalho, sentiu o estômago embrulhar enquanto comia o biscoito dentro do mesmo e pediu ao Universo que não passasse mal de novo, não com o biscoito que vinha sendo seu melhor amigo nos últimos meses. Desceu do ônibus no mesmo ponto de todos os dias e seguiu a pé para completar o caminho até o trabalho.
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  Chegando lá cumprimentou os colegas e o chefe e foi colocar o uniforme, o banheiro estava sendo limpo e ela cumprimentou Rosa, a faxineira e ao sentir os cheiros dos produtos de limpeza sentiu o estômago dar voltas e voltas e o enjoo veio com tudo. Aproveitou e pediu ajuda a Rosa para tal, a faxineira assim como todos do restaurante, tinham a mesma desconfiança de . Depois de alguns minutos o chefe de foi até a porta do banheiro e questionou se estava tudo bem, ao que Rosa respondeu que a mesma estava passando mal, respirou fundo. Precisava se recompor e parar de passar mal, o chefe provavelmente já estava de saco cheio dela passando mal daquele jeito.
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  - , querida, porque não tira o dia de folga hoje para ver o que está acontecendo? Faz pelo menos uma semana que você só passa mal!
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  - Eu já estou melhorando senhor Yang! Eu juro! Deve ser uma intoxicação alimentar. Já estou saindo!
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  O chefe balançou a cabeça do outro lado e saiu, esperando a funcionária no bar. Mais ou menos quinze minutos depois apareceu por lá, pálida como um vampiro e se segurando nas paredes para andar. Ela não estava nada bem e o chefe sabia.
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  - Vamos para o hospital ! Você não pode ficar aqui assim desse jeito, prestes a desmaiar!
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  - Não senhor Yang, eu to bem eu juro! E com o movimento do dia a dia eu vou melhorando também!
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  - Não senhora! Eu vou te levar para vermos o que está acontecendo! Seus pais estão sabendo que tem semanas que você tá assim, passando mal?
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  Os pais… Havia falado com eles na semana passada mas nem comentou nada com os mesmos, afinal de contas não achava que era nada demais.
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  - Não senhor! – Yang balançou a cabeça enquanto pegava a chave do carro e a carteira –
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  - Vamos querida! Não vou deixar você trabalhar desse jeito, hum?
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  Ela assentiu enquanto se desfazia do avental. Durante o caminho o enjoo piorou e o senhor Yang teve que parar o carro para que voltasse a vomitar, e ela sentiu vontade de chorar pela vergonha que estava passando com o chefe. O mesmo disse que ele mesmo comunicaria os pais da garota do que estava acontecendo. Ela disse á ele que quando chegassem ao hospital ela ligaria para e ela a acompanharia, que ele poderia voltar para o restaurante, e ele concordou, desde que ela desse notícias.
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  Ao dar entrada no hospital, ligou para e disse que estava passando muito mal e que o senhor Yang a tinha levado até o hospital, mas não poderia ficar com ela e questionou se a amiga não conseguia dar uma escapada do escritório para ficar com ela lá, o que prontamente a amiga disse que sim. Assim que desligou o telefone ouviu seu nome ser chamado por alguém, que aparentava ter a mesma idade dela.
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  As duas se cumprimentaram brevemente e a enfermeira perguntou então o que ela estava sentindo.
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  - Estou enjoada, vomitando bastante…
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  - Somente o enjoo ?
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   desceu os olhos buscando o crachá da mesma, pois não acreditava que uma garota tão nova quanto aquela já era médica. E lá ela leu enfermeira chefe e o nome: . Ela parecia exausta e sentiu pena dela, a ponto de seus olhos marejarem. Que diabos era aquilo?
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  - Estou estranha ! – ela balançou a cabeça limpando uma lágrima teimosa que descia – Estou me cansando muito mais fácil, não consigo comer igual antes, estou mais sensível e mais mau humorada também! Mas o que mais vem me incomodando são esses enjoos!
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   olhou a garota a sua frente assentindo com a cabeça, digitando os sintomas que a mesma falava no computador.
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  - E quando foi a última menstruação ? – as duas se olharam –
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   engoliu seco.
  - Está atrasada na verdade! Esse mês não desceu ainda. Mas eu tomo anticoncepcional desde os dezoito anos.
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  - E a última relação sexual foi com preservativo ou somente com a pílula?
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   olhou para baixo, envergonhada e assustada. Ela não se lembrava. Os olhos de Suga passaram por sua memória outra vez.
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  - Eu não me lembro! – ela coçou a cabeça voltando a sentir os olhos marejarem –
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   assentiu com a cabeça.
  - Vamos fazer um exame de sangue ? Assim vamos eliminando as opções! A gente faz o exame e em umas duas horas ele sai o resultado! Enquanto isso você é medicada para esse enjoo parar de incomodar e assim que o resultado do exame sair, o doutor verifica e te fala!
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   apenas assentiu enquanto se levantava e seguia a jovem enfermeira. ficou pensando em como uma gravidez naquela idade poderia ser tudo o que uma jovem como aquela poderia esperar, ou em como isso poderia arruinar a vida dela. O que seria no caso de ? As duas voltaram a se olhar com ternura.
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  - Você está sozinha?
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  - Uma amiga está vindo me acompanhar!
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  - E seu namorado? Não pode vir? – questionou tentando parecer o mais informal o possível –
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  - Eu não tenho isso! – respondeu enquanto dava o braço para prender com a borracha –
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  - Você sabe que esses sintomas podem ser e uma gravidez não é?
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  As duas voltaram a se olhar enquanto preparava algumas coisas.
  - Mas eu acho que não! – deu de ombros –
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   a observou e então chegou a conclusão de que no caso de , talvez a gravidez arruinasse tudo, então se colocando no lugar dela, ela torceu que fosse outra coisa.
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  Assim que o sangue necessário foi recolhido disse á para a acompanhá-la até a sala de remédios onde aplicou algum remédio que pudesse cortar o enjôo em suas veias, e então recebeu uma mensagem de dizendo que já tinha chegado.
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  - Minha amiga pode entrar?
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  - Claro! Qual o nome dela? Vou lá chamá-la.
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  - É !
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  - Ok! Vou lá buscar sua amiga e enquanto isso vocês esperam o resultado aqui tomando a medicação, tudo bem?
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  - Tudo bem ! Obrigada.
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   sorriu sem mostrar os dentes e fez o mesmo. Assim que deixou a sala ela se perguntou quantos anos será que ela tinha?
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  - ! – chamou –
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   ergueu o braço e caminhou rumo à .
  - Sua amiga está te esperando, , pode me acompanhar. Sou a , enfermeira.
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  - Você sabe se ela tá bem ?
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  - Está sim! Apliquei um remédio para cessar os enjoos, pelo menos por enquanto! Fizemos um exame de sangue e assim que sair o resultado o médico vai olhá-la.
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   engoliu seco, estava tensa e aliviada ao mesmo tempo. Finalmente tirariam da cabeça a história da gravidez. Assim que adentrou a sala disse que qualquer coisa era só apertar o botão que ela voltaria. As três trocaram um olhar e então se sentou ao lado da amiga.
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  - Tudo bem?
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   sentiu uma pressão no peito com aquela pergunta e então se permitiu chorar. Estava com medo. abraçou a amiga com força passando as mãos pelas costas dela. Entendia o medo da amiga, afinal de contas, tudo parecia muito real e palpável agora!
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  - Calma amiga! Hum? Você está melhor um pouco dos enjoos e do mal estar?
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   balançou a cabeça enquanto secava algumas lágrimas e se sentou ao seu lado e colocou uma das mãos sobre a perna da amiga.
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  - Eu to com medo agora amiga! Sei lá, e se eu de fato eu estiver grávida?
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   soltou um suspiro alto enquanto ajeitava o cabelo.
  - Ai você vai ter que pensar! Em muitas coisas !
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  - Amiga, mas, eu mal tenho dinheiro para me sustentar direito, como eu vou criar uma criança?
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  - Então meu anjo, vamos lá! – segurou a mão da amiga – Primeiro, se você estiver grávida mesmo, vai querer manter o bebe?
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  As duas se olharam com arregalando os olhos.
  - Não precisa me responder! Isso é você que tem que pensar consigo mesma! Caso a resposta seja sim, você tem que pensar se vai querer a ajuda do pai. Você sabe quem é o pai não é ? Pelo amor de Deus!
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  - Claro que eu sei ! – revirou os olhos enquanto mexia em suas pulseiras –
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  - Certo! São muitas coisas que você precisa pensar antes de tomar qualquer decisão! Vamos esperar o resultado do exame primeiro e depois a gente vê, hum?
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   assentiu para a amiga apertando a mão da mesma sobre sua perna e fechou os olhos. Logo o celular de tocou fazendo com que as mãos das amigas se soltassem e a mesma sorriu ao ver que era a mãe.
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  - Oi mãe! – ela se levantou e saiu da sala ficando no corredor e acenando para a mãe na chamada de vídeo que acenou de volta – E aí?
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  - Oi filha! – a mãe sorriu – Tudo bem? Por aqui tudo bem graças a Deus, querida!
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  - Tudo bem sim! Só a que tá no hospital acredita?
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  - O que houve, filha? – a feição da mãe mudou de tranquila para preocupada –
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   respirou fundo e resolveu não entrar em detalhes, afinal de contas ainda não tinham certeza de nada.
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  - Ah, provavelmente alguma intoxicação alimentar! Mas de resto tudo bem! O trabalho só que tá corrido também! Mas estou amando!
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   sorriu e a mãe sorriu de volta.
  - Fico muito feliz de saber que você está gostando do trabalho! Penso nisso todos os dias!
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  - E o pai? O Nicholas?
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  - Ah, seu pai mesma coisa de sempre, né filha? Trabalha mais do que precisa, descansa pouco e é daquele jeito que você bem sabe! Seu irmão tá bem, dando um pouquinho de trabalho na escola, mas tá bem!
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  - Saudade dele! Saudade de vocês, e daí!
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  A mãe sorriu melancólica. Também sentia saudades da filha.
  - E nós de você! Mas quem sabe agora você não arruma um tempo para vir ver a gente. Deixa eu te mostrar uma coisa.
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  A mãe ficou em silêncio enquanto caminhava e esperou até que ela colocasse na câmera um papel branco gelo com um laço bonito dourado onde pode ler: “Scarlet & Gabriel com a benção de seus pais Michael Bevan e Heidi Bevan e Willian Smith e Erin Smith convidam para celebração de seu casamento dia 28 de agosto de 2021 ás 19 horas no endereço Av. Quintino Bocaiúva, 813 – São Francisco”
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  Ela releu o que estava escrito na tela umas duas vezes antes de a mãe reaparecer.
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  - Gabriel vai se casar! Ele esteve aqui ontem para entregar o convite!
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  - Como assim? – perguntou atônita –
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  - Ué minha filha, uns dois anos depois que você se mudou ele também foi embora. Desde então eu não te dei mais notícias dele, porque bom, você não perguntava e eu não sabia como você ia reagir às coisas relacionadas a ele. Ele conheceu essa moça há pouco tempo, deve ter uns seis meses e agora eles decidiram se casar e vai ser aqui!
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  - Ele esteve aí em casa? – ainda estava atônita então resolveu se sentar –
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  - Sim querida! Não mudou nadinha! – a mãe sorriu – Ele ficou um tempão aqui! Daí deixou o convite e pediu que eu te chamasse!
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  - Ele só pediu para me chamar? Não perguntou nada sobre mim?
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  - Claro que perguntou filha! Quis saber como você estava, o que estava fazendo ai no Rio! Demonstrou felicidade quando eu disse que você já tava até trabalhando na área, e disse que era pra você vir e trazer algum acompanhante também caso quisesse! Mas bom, você não tem ninguém, né? Traz a !
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  - Quem disse que não? – respondeu instintivamente –
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  - Ué, filha? Tá namorando e não contou? – a mãe riu –
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  - Ué, não precisa ser um namorado, mas eu posso tá conhecendo alguém! Bom mãe, eu vou pensar direitinho e dou a resposta depois, vou voltar, a tá sozinha e às vezes ela pode precisar de mim, te dou noticias dela, te amo!
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  E desligou. Permaneceu sentada na cadeira alguns segundos tentando processar a notícia que havia acabado de receber. O celular vibrou de novo e era V. teve uma ideia.
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  Voltou para a sala onde estava e sentou ao lado da amiga, segurando a mão da mesma. As duas permaneceram em silêncio, até que o remédio acabasse e então alegou que estava melhor.
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   abriu a porta da sala onde elas estavam com um envelope em mãos.
  - Vamos ver o médico ? – ela sorriu com ternura para
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  Ela e se levantaram e então acompanharam até a sala do médico.
  - Eu posso entrar com ela? – questionou –
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  - Claro! – fez que sim com a cabeça para
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  Logo as duas entraram, seguidas por que entregou o envelope ao médico, que cumprimentou e com apertos de mãos.
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  - Está se sentindo melhor do enjoo, senhorita? – o médico perguntou enquanto abria o envelope –
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  - Agora sim! Bem melhor! Um pouco ansiosa para saber a causa dele!
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  O médico olhava os papéis em suas mãos, sério e depois virou o olhar para .
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  - Bom , seus exames estão normais! Bom, pelo menos no que diz respeito à saúde! A única “alteração” – ele fez aspas com os dedos – É uma gravidez!
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  O médico ficou em silêncio, aguardando a reação das moças à sua frente, afinal de contas ele sabia que essas notícias dadas assim em um simples exame de rotina poderiam não ser muito bem recebidas.
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  Os olhos de se arregalaram e então eles lacrimejaram. Por mais que no fundo ela soubesse da possibilidade de sim, talvez estar grávida, aquilo estava sendo um completo choque. Como seriam as coisas dali pra frente? Um filho exigia tantas coisas de uma mulher! Não que não quisesse ser mãe, é claro que um dia ela queria! Amava crianças! Mas naquele momento? Com um emprego de garçonete, sem nenhuma perspectiva de futuro e o pior o pai sendo um desconhecido basicamente.
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  Ela limpou as lágrimas das bochechas e então balançou a cabeça algumas vezes, atônita. apertou a perna da amiga por baixo da mesa do médico, tão atônita quanto a amiga com a notícia, já esperada, mas ainda sim surpreendente.
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  - Você já faz algum acompanhamento com algum ginecologista ?  Agora você precisa começar a fazer os exames e o pré natal! Qualquer coisa pode marcar aqui com os médicos do hospital mesmo! Os primeiros meses são muito importantes!
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   apenas assentiu outra vez, limpando novas lágrimas. O médico fez mais algumas recomendações e receitou um remédio que a ajudaria com os enjoos, e então as duas deixaram a sala do médico, encontrando com no final do corredor com alguns papéis na mão. agora já não chorava mais, apenas tinha o semblante sério.
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  - Tudo bem? Os exames acusaram alguma coisa?
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   assentiu que sim com a cabeça, voltando a lacrimejar os olhos.
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  - Conforme o previsto, uma gravidez!
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   tocou o braço de depositando um carinho por lá.
  - Espero que corra tudo bem! Da melhor forma para você!
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  - Obrigada! Até mais!
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  As três se despediram e então e se abraçaram assim que chegaram na parte externa do hospital. voltou a chorar nos braços da amiga.
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  - Calma amiga! – acariciou a cabeça da amiga – A gente vai resolver tudo isso! Vai dar tudo certo! Vamos para casa, lá você se acalma e a gente pensa em tudo com calma!
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   assentiu e então as duas chamaram um carro de aplicativo para ir para o apartamento. Chegando lá, resolveu tomar um banho e foi preparar algo para que elas pudessem comer. No banho respirou fundo e não chorou. Decidiu que precisava ser o mais racional o possível naquele momento, para pensar com clareza.
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  Saiu do banho e se sentou junto à amiga na pequena mesa de mármore entre a sala e a cozinha. As duas se olharam.
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  - Você tem algum contato do pai do bebê? Porque, amiga, na minha opinião, independente da decisão que você tomar, ele precisa saber!
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  - Você acha que vale a pena procurar ele?
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  - Amiga, a gente só vai saber, tentando!
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   fechou os olhos e repassou toda sua “história” com Suga em sua cabeça e então o nó se formou em sua garganta e ela voltou a chorar. Como ele reagiria?
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Vigésimo Segundo Capítulo – Tenerte y quererte

   olhou no relógio de pulso rosé e eram exatamente dez horas da manhã. Ela vislumbrou a fachada do prédio e o achou uma gracinha. Sorriu ao ver os dois amigos chegarem juntos ao prédio, com o pessoal do frete.
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  Jimin não tinha muita coisa ainda: apenas uma TV, sua cama, seu guarda-roupas, um fogão e uma geladeira, além de algumas decorações. Enquanto Jimin conversava com a pessoa que havia trazido seus poucos itens, Hoseok descia da moto todo sorridente. pensou no quão bonito ele ficava na moto e no quão satisfatório era observá-lo tirar o capacete e arrumar o cabelo platinado, agora mais curto.
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  Os dois se abraçaram, e as mãos dele lógico apertaram sua cintura! Era a parte preferida de Hoseok: apertar a cintura dela. inspirou o cheiro que vinha do pescoço dele para dentro de suas narinas, e sentiu os músculos relaxarem.
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  O rosto dos dois se encontrou, com os dois ainda abraçados e deixou um beijo marcado de vermelho na bochecha dele. Os dois riram quando Jimin pigarrou chamando a atenção dos dois, que se soltaram para olhar o amigo.
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  - Eu vou subir com o pessoal primeiro para mostrar onde vão ficar algumas coisas, vocês dois esperam aqui?
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  Os amigos assentiram que sim para ele e então os dois se sentaram no meio fio, com Hoseok ainda segurando o capacete em uma das mãos.
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  - Você trouxe? – ele perguntou enquanto apoiava uma das mãos no joelho dele –
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  - Claro! Tá lá no meu carro! Depois você pega lá? Ele é pesado, eu custei a colocar no carro!
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   riu e Hoseok a observou por alguns instantes. Adorava a risada dela e como ela ficava séria logo depois de rir, gostava de observar as feições dela enquanto ela falava e achava fofo o quanto ela gesticulava ao falar. O olhar dele parou em sua boca, que hoje estava colorida com um batom vermelho, e então ela tirou o óculos escuro do rosto e ele olhou os olhos castanhos dela.
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  - Hoseok? – ela chamou sua atenção – O que foi?
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  Ele balançou a cabeça em negativa.
  - Sempre que eu te vejo, te acho mais bonita.
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  Foi a primeira vez desde que se conheceram que Hoseok viu as bochechas de rosarem. Foi a vez dele rir por tê-la deixado sem graça.
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  - Ah para! – ela o empurrou devagar e ainda sentia as bochechas queimarem –
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   gostou de saber que ele a achava bonita, afinal de contas ela o achava incrivelmente bonito também, e esperava que ele soubesse disso pela forma em que olhava para ele.
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  - O que? Eu to falando sério! – Hoseok dirigiu o olhar para o outro lado da rua, disfarçando antes que também ficasse vermelho –
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  Ele voltou a pensar em quando Jimin o questionou no bar porque ele não havia beijado até hoje. E ele se perguntava todos os dias, se era isso que ela queria também, e se ela já não havia se feito essa pergunta também.
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  Mas era complicado para Hoseok tomar aquele tipo de atitude. As poucas vezes em que o fez, ele estava muito bêbado, e ela não queria beijar com álcool no sangue, porque para isso, precisaria estar muito bêbado, a ponto de não se lembrar de nada nos outros dias. E a coisa que ele mais queria no mundo era se lembrar de um beijo entre os dois, caso acontecesse. Ele queria estar tão sóbrio que se lembraria de cada detalhe. Mas como fazer isso acontecer com toda a insegurança que percorria seu ser? Ele sempre teve dificuldade com relacionamentos de todos os âmbitos, sempre que tentou sofreu muito com a rejeição, então querer estava o torturando, porque ele tinha muito medo de estar fazendo uma leitura de ambiente errônea e acabar se machucando muito.
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  Quando os dois se deram conta, Jimin havia descido e já se despedia do pessoal do frete.
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  - Vocês me ajudam a subir essas roupas?
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  Hoseok e olharam os vários sacos plásticos e malas dispostos na calçada e se entreolharam.
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  - Caraca, por isso você nunca repete roupa no escritório né Park Jimin?
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  - Credo, você falou igual a agora! – Jimin fez o sinal da cruz enquanto revirava os olhos de forma exagerada –
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  - Vamos começar logo se não a gente não acaba hoje!
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  Assim os três se puseram a subir e descer a escada do prédio até que finalmente terminaram de levar as roupas de Jimin para a sala do apartamento. Exaustos, Jimin e J-Hope se jogaram no chão da sala vazia e apenas se sentou no mesmo, escorando-se na parede branca.
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  - Aqui é tão bonitinho Jimin! – sorria enquanto observava o local –
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  - Não é? – Jimin sentou-se ao lado dela – Não vejo a hora de começar a colocar mais coisas e encher ele! E deixar com a minha cara.
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  - Inclusive, eu e a compramos um presente de casa nova para você! Vai quebrar um galho, viu amigo?
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  - Vocês o que? – Jimin perguntou piscando os olhos várias vezes –
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  - Eu vou lá buscar! Cadê a chave do teu carro ?
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  Jimin direcionou o olhar para Hoseok e depois para .
  - ? Nem eu chamo ela assim J-Hope! As coisas estão evoluindo muito rápido hein? Só falta… – Hoseok interrompeu o amigo –
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  - Só falta você descer comigo para ver seu presente! Que tal?
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  Hoseok apertou com força o ombro do amigo que soltou um muxoxo, a sorte é que estava tão absorta observando o apartamento que ela apenas entregou a chave do carro à Hoseok, daí se deu conta que o melhor era ela descer com ele.
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  - Deixa que eu vou com o J-Hope!
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  Hoseok sorriu sem graça ao ouvir o apelido vindo da boca dela, até que com o som da voz de o apelido lhe caía bem.
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  - Tá bom! – Jimin piscou para que gargalhou –
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  - Bobo! – ela empurrou o amigo – Vamos J-Hope! – ela lhe apertou as bochechas enquanto falava o apelido vagarosamente –
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  Os dois desceram as escadas discutindo como seria a reação de Jimin, ao chegarem no carro ela abriu o porta-malas e Hoseok retirou o microondas de lá. Os dois haviam pesquisado várias coisas, mas chegaram a conclusão de que o microondas seria o mais útil naquele momento para o amigo. Hoseok já estava adentrando o prédio quando pediu que ele esperasse.
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  - A mandou um presente também!
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  Hoseok abriu a boca surpreso e depois sorriu.
  - O que ela mandou? – Hoseok se aproximou do carro novamente enquanto abria a porta de trás do carro –
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   tirou uma caixa mediana de lá com um embrulho vermelho.
  - Um abajur! É muito significativo para ela, sabe? A morre de medo do escuro, desde pequenininha e então eu e a presenteamos com um, assim que ela foi morar sozinha! Porque somente a luz convencional nunca foi suficiente para que ela dormisse! Ela achou que talvez o Jimin também precisasse de um!
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  Hoseok soltou um “awn” enquanto os dois adentravam o prédio. Subiram as escadas com indicando onde Hoseok deveria pisar, já que a caixa do microondas atrapalhava um pouco e quando ele vacilou quase caindo não aguentou e teve uma crise de risos. Chegaram ao apartamento de Jimin com ainda rindo muito e Hoseok vermelho.
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  Jimin que estava no quarto que seria seu, voltou para a sala, onde encontrou a grande caixa no balcão da cozinha.
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  - Vocês até embrulharam? – os olhos dele brilharam – Ah, eu amo vocês!
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  Jimin os puxou para um abraço desajeitado e os amigos passaram as mãos por suas costas. Jimin abriu o grande embrulho e marejou os olhos quando viu o microondas.
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  - Caramba! Realmente, vai salvar muito a minha vida, amigos! Obrigada! De verdade!
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  Jimin abraçou Hoseok por alguns segundos, que retribuiu o abraço e depois ele puxou para um abraço apertado. Logo eles se dividiram, Hoseok foi para o banheiro arrumar algumas coisas de higiene que o amigo tinha comprado enquanto Jimin e estavam no quarto que seria de Jimin arrumando as decorações e roupas.
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  Logo nem viram o tempo passando e já era quase uma da tarde, e se lembrou do presente de , ela correu para sala e chamou os amigos.
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  - Já é quase uma da tarde! Acho que tá na hora de a gente almoçar, né? E outra coisa Jimin, tem esse presente aqui também para você! Mas esse não é meu e nem do J-Hope!
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  - E é de quem então? De alguém da empresa? Eu ainda não fiz o tal chá de casa nova que você e a propuseram…
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  Ele pegou a caixa com as duas mãos e pôs sobre o balcão, curioso, abriu com rapidez o embrulho vermelho. Abriu a caixa branca que tinha dentro do embrulho, mas antes de verificar o que tinha dentro dela, ele abriu o cartão e leu:
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  “Jimin, espero que você esteja feliz com essa nova etapa! Esse presente não sei muito bem qual vai ser a utilidade dele para você, nem sei se vai ter alguma utilidade, mas é bem simbólico! Eu ganhei um desses das meninas quando me mudei de vez e ia ficar sozinha de fato, eu não consigo dormir no escuro, tenho pavor (eu sei que você vai me zoar por isso na segunda-feira), então elas me compraram um desse! Foi muito especial para mim e teve muita utilidade no meu primeiro apartamento, espero que tenha para você também! Ah e eu não vou te dar outra coisa no chá de casa nova da empresa, contente-se com apenas esse presente!
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   .”

  Assim que ele terminou de ler o cartão, suas mãos voaram para a caixa branca retirando o abajur de lá. Os olhos dele estavam marejados outra vez, mas ele disfarçou antes de se virar para os amigos.
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  - Eu adorei! E que bonito, você e sua amiga pensarem nisso para ela! Vou colocar lá no meu quarto! Daí já volto para ir buscar comida para gente! To com fome.
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  Jimin saiu deixando Hoseok e sozinhos.
  - Ele quase chorou! – Hoseok cochichou próximo ao ouvido de , que arrepiou –
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  - Eu vi! Esses dois! – balançou a cabeça –
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  Jimin voltou pegando a chave do carro sobre a bancada e passando as mãos nos bolsos para se certificar de que a carteira estava lá.
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  - Eu vou com você cara! – Hoseok fez menção de pegar a carteira sobre o balcão –
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  Porém Jimin o impediu, colocando a mão por cima da do amigo.
  - Não Hoseok! – Jimin olhou os olhos de J-Hope sério – Fica! Não vamos deixar a sozinha, que falta de educação! Fica, que você faz companhia pra ela.
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  Jimin piscou para Hoseok, que vermelho e entendendo bem o que o amigo estava querendo dizer, assentiu retirando a mão da carteira.
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  - Eu quero frango assado Jimin! Se vira! – adentrou a cozinha e abriu a geladeira –
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  Dentro da mesma havia apenas uma garrafa de 2 litros d’água e um pedaço de bolo de aniversário, dentro de uma vasilha, que provavelmente Jimin trouxera do final do expediente de sexta na comemoração de aniversário de alguns funcionários. Por sorte, Jimin havia ganhado alguns talheres da mãe, então retirou a vasilha da geladeira e um garfo enquanto Jimin prometia para ela que acharia o tal frango.
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  - Vem comer bolo enquanto isso Hoseok! – ela gritou já que ele não estava mais na sala –
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  Hoseok respirou fundo enquanto lavava as mãos no banheiro. Era a primeira vez que os dois ficavam de fato sozinhos. Aquilo o assustava muito, afinal de contas ele tinha medo do que podia acontecer, e não queria perder .
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  Assim que ele apareceu na sala, topou com ela sentada no chão com uma vasilha no colo, o que fez ele rir da cena. também riu.
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  - Eu não costumo comer bolos de aniversário, são molhados demais! Mas to com tanta fome que se eu não comer alguma coisa eu desmaio.
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  Hoseok se sentou ao lado dela ainda rindo.
  - Quem manda você não tomar café da manhã? Sabia que… – ela o interrompeu –
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  - O café da manhã é a refeição mais importante do dia? Sabia né Hoseok, você fala isso todo dia para mim!
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  Os dois gargalharam enquanto ela levava o garfo até a boca, e acabou sujando o lábio superior com o chantilly. Os olhos de Hoseok se puseram lá, e então ele limpou a sujeira com o dedo polegar e depois lambeu o próprio dedo. então sentiu os lábios formigarem com o gesto.
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  - Você não sabe brincar Hoseok? – ela questionou enquanto via o semblante dele mudar de sério para curioso – É assim!
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   passou o dedo no chantilly e então sujou os lábios de Hoseok com o mesmo que se assustou um pouco. Só aí então depositou as mãos nele, uma na nuca e outra na bochecha, aproximou os lábios dos dele e então os lambeu, deixando-os parcialmente limpos. Hoseok sentiu o corpo mais uma vez reagir a um contato tão íntimo. Os olhos dela pareciam queimar, e então ele não resistiu… segurou sua nuca trazendo-a para ainda mais perto e a beijou os lábios. As mãos dela lhe seguravam a parte de trás da nuca e ele sentiu lhe puxando os cabelos, fazendo com que sua cabeça tombasse levemente para trás com a intensidade, logo ele desceu as mãos para a cintura dela, que não perdeu tempo e entrelaçou as pernas no colo dele, uma de cada lado. O beijo foi ficando mais intenso, e Hoseok apertou a cintura dela, que soltou um gemido fraco entre o beijo enquanto voltava a puxar com força o cabelo dele. pressionou o quadril com força para baixo enquanto descia as mãos pelas costas de Hoseok que sentia o membro começar a endurecer.
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  Assim que sentiu as mãos geladas de em contato com suas costas por baixo da camiseta, Hoseok arrepiou, e arfou quando ela o arranhou por ali. O beijo voltou a ficar mais calmo, mas as mãos dela não.
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  Hoseok afastou as bocas, tentando respirar. E ainda de olhos fechados ele pediu:
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  - Vamos com calma, hã? O Jimin pode chegar a qualquer momento!
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   , ainda extasiada, assentiu que sim com a cabeça e depositou alguns selinhos nos lábios do loiro, que apenas sorriu. Os dois voltaram a se beijar, com mais calma dessa vez, o que não perdurou muito. Logo as mãos de voltaram a puxar os cabelos dele com força, enquanto ele se atreveu a adentrar uma das mãos pela blusa dela, acariciando suas costas, quando ela mordeu a orelha direita de Hoseok, o membro dele pulsou, e como se sentisse que aquilo era um alerta, ele voltou a separar a boca da dela.
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  - , por favor! – ele pediu olhando-a nos olhos –
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  Até que ouviram passos no corredor, o que fez com que saísse rapidamente do colo de Hoseok, sentando-se outra vez ao lado dele, que se ajeitou da maneira que podia.
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  Jimin abriu a porta do apartamento com dificuldade e Hoseok se levantou indo em direção ao amigo para ajudá-lo.
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  Assim que as comidas já estavam dispostas pelo balcão, Hoseok se atreveu a olhar para , que continuava sentada no chão. Os dois trocaram um sorriso, cúmplices.
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Vigésimo Terceiro Capítulo – Black Keys

  O ultrassom estava marcado para a parte da tarde, e ela levaria um atestado para o trabalho. Trabalho esse que estava a sugando, já que por causa da gravidez ela estava se sentindo cada dia mais cansada e sonolenta. Sem contar os enjôos que mesmo com os remédios não passavam por nada. Depois de alguns dias pensando no que faria com a situação, resolveu que teria a criança, afinal de contas ela adorava as mesmas e bom, ela sentia que havia sido imprudente e que a criança que carregava no ventre não deveria pagar por um momento de inconsciência dela. Estava há dias tentando contar aos pais que estava grávida, mas nunca sabia como o fazer.
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  E pensava em Suga todos os dias. Havia decidido com a ajuda de que ele precisava sim saber da gravidez, e depois ele que decidisse como lidar com isso, mas estava decidida a criar a criança com a presença dele ou não.
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   se sentou no sofá do apartamento, sozinha enquanto pensava no quanto sua vida mudaria dali para a frente, ela fechou os olhos imaginando como o filho ou filha seria.
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  Será que ele teria os traços dela? Ou seria mais parecido com Suga? Ao abrir os olhos novamente, ela pediu mentamente que se Suga não fosse um pai presente, que a criança se parecesse com ela.
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   ia acompanhar a amiga no primeiro ultrassom e elas iam se encontrar lá então ela resolveu que iria preparar um almoço saudável, afinal de contas agora ela não poderia mais viver de fast-food e besteiras. Preparou o almoço com calma, foi interrompida algumas vezes pela sensação ruim do enjôo matinal. E então almoçou, enquanto pensava hora ou outra na vida dali para frente: pensava em como Suga e os pais reagiriam a notícia, pensava em como ela faria para sustentar ela e a criança, mas teria a ajuda da amiga. E quem sabe a de Suga também?
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  O ultrassom estava marcado para às dezessete então ela resolveu lavar as louças e dormir um pouco. Acordou com o despertador a alertando, então se levantou e foi tomar um banho. Chorou um pouco enquanto colocava a mão sobre a barriga. Não estava mais sozinha e ao mesmo tempo em que aquilo a reconfortava, a desesperava absurdamente. Saber que seria mãe aos vinte e seis anos, sem estar com um emprego estável, sem saber direito quem era o pai da criança e nem como ele reagiria à notícia, sem saber se ele a ajudaria… saber que agora a vida dela nunca mais seria a mesma… Estava apavorada!
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  Conferiu se estava tudo o que ela precisava dentro da bolsa, pegou alguns papéis restantes e os guardou lá. Pegou a chave do apartamento que estava sobre o balcão, trancou o apartamento e guardou a chave no bolso. Desceu os dois lances de escada e se despediu do porteiro do prédio. já estava na clínica, e esperava a amiga com um sorriso cansado no rosto. Ela vinha trabalhando muito e ainda estava sempre a disposição da amiga, ouvindo os choros intensos das madrugadas, mal dormindo também. Amava muito a amiga, e seria eternamente grata à ela por tudo que estava fazendo.
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   acariciou as costas de , cumprimentando-a.
  - Como passou? – questionou ela enquanto elas adentravam a clínica –
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  - Alguns enjoos, mas nada de mais! Até fiz almoço hoje, acredita? Preciso começar a mudar minha alimentação, né?
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  - Que orgulho! – sorriu voltando a acariciar as costas da amiga – Isso aí!
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   informou à recepcionista o motivo de estar lá e após um rápido cadastro ela pediu que elas aguardassem que logo logo seria chamada.
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  - Você vai contar hoje pro tal Suga?
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   se estremeceu ao lembrar da decisão de contar ainda hoje sobre a gravidez para ele.
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  - Vou sim! Não quero adiar mais isso não, tá me matando por dentro!
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  - Eu vou com você se quiser! – colocou a mão sobre a da amiga –
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  - Não precisa, ! Acho que tenho que fazer isso sozinha e também não pretendo demorar muito!
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   ouviu seu nome ser chamado e ela e adentraram a sala. Como estava com apenas 6 semanas de gestação seria feito um transvaginal, onde o médico ou médica já poderá observar o saco gestacional. Também consegue verificar se não ocorreu uma gravidez ectópica e identificar os batimentos cardíacos do feto. Com seis semanas o feto tem o tamanho de um feijão. Seus grandes olhos, são desproporcionais ao tamanho da cabeça, ainda não tem pálpebras e as narinas começam a aparecer. Enfim, está ficando mais parecido com um bebê. Essas foram as palavras da própria médica.
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   sabia que aquele ultrassom pouco revelaria, ela somente queria deixar bem claro para Suga que não estava inventando nada, que aquilo de fato era real.
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   sentiu os olhos marejarem levemente enquanto a médica ia fazendo o exame e dizendo algumas poucas coisas que já eram possíveis de saber. sentiu um quentinho no coração quando ela e trocaram um olhar de cumplicidade.
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  Assim que as duas deixaram a clínica com o exame já em mãos, abraçou a amiga com força.
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  - Amiga, vai correr tudo bem! To torcendo! Qualquer coisa me liga tá?
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  - Tá bom ! Obrigada mais uma vez, por tudo!
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  As duas se despediram e entrou no carro que havia pedido. Respirou fundo enquanto sentia as veias da cabeça começarem a dilatar, ela então passou as mãos pelas têmporas. Não sabia direito o que estava fazendo, estava agindo no automático. Havia repassado aquela cena tantas vezes na cabeça, havia ensaiado o que diria em todas elas, mas agora ela estava atônita.
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  Assim que desceu do carro, ela passou os olhos pela fachada do prédio. Será que ele aceitaria falar com ela? Atravessou a rua, enchendo o peito de ar, tentando tomar coragem. Assim que abriu a boca para falar com o porteiro, ela o vislumbrou caminhando rumo à portaria. O chão parecia ter sumido abaixo de seus pés, e as mãos dela começaram a suar. A boca ficou seca e o medo nunca havia sido tão real quanto agora.
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  O olhar dele cruzou com o dela, e ele empalideceu. Será que a havia reconhecido? Ele parou de caminhar e estendeu a mão para trás, direcionou o olhar para lá e viu uma moça, provavelmente da idade dela ou menos. Ela tinha a pele negra e os olhos mais brilhantes que já havia visto. O cabelo estava numa trança, e ela segurou a mão se Suga enquanto ria de algo.
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  Quem seria ela? então passou a língua pelos lábios e saiu da guarita da portaria, esperaria por ele fora de lá. Assim que ela ouviu o barulho do portão bater, deu de cara com os dois.
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  Suga tinha os olhos arregalados e sentiu vontade de sair correndo. Mas agora parecia um pouco tarde demais.
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  - Suga? – ela chamou enquanto coçava a nuca –
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  A moça que o acompanhava, tirou os olhos de e pousou em Suga. Os dois estavam com as mãos dadas. presumiu que ela seria a namorada que havia terminado com ele na época dos fatos. Eles haviam voltado?
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  - Sim!  – ele respondeu –
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  - Eu preciso falar com você! A sós se possível! É um assunto um pouco delicado.
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   voltou a coçar a cabeça. Suga soltou o ar que parecia preso em seus pulmões há dias. A garota que o acompanhava direcionou o olhar para , e então voltou a olhar Suga, que tinha as mãos geladas agora.
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  - Você a conhece? – ela questionou –
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   cruzou os braços abaixo dos seios, e olhou para dentro dos olhos de Suga. Ela estava curiosa para saber o que ele diria.
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  - Conheço! – mordeu o lábio –
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  - Olha, nós não temos nada para esconder um do outro! Pode falar! Não é, amor?
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  Suga ainda com os olhos arregalados, assentiu positivamente com a cabeça. O que ela estava fazendo ali na porta do prédio dele, depois de basicamente dois meses? Como ela ainda se lembrava? Tanto dele, quanto do endereço do local? E como era mesmo o nome dela?
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   deu de ombros.
  - Tudo bem! Suga, eu estou grávida! – cuspiu as palavras enquanto erguia a mão com o envelope contendo os exames – Aí está o ultrassom e todos os exames de sangue que eu fiz comprovando. Tem meu telefone aí também, para quando você processar a informação e resolver tudo com a sua namorada, me ligar, caso queira fazer um exame de DNA, enfim caso queira se inteirar melhor.
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  A garota agora tinha os olhos mais arregalados que os de Suga, que estava em estado quase de choque com a informação. A cabeça dele fazia barulhos, e sua vista começa a embaçar. Ele não conseguiu nem pegar o envelope, quem o fez foi sua namorada.
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  - Passar bem! – e ela então pôs-se a caminhar –
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  A cabeça dela também girava depressa, e ela só queria ir para bem longe dali. Sentia um misto de emoções dentro de si. Uma espécie de alívio por finalmente tê-lo reencontrado e contado tudo, sentia raiva por ele ter voltado com a namorada logo agora, sentia raiva por ele não ter tido nenhuma reação e sentia medo, um medo quase palpável de como as coisas seriam dali para frente, então ela se permitiu chorar.
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  Suga encarava a namorada, ainda estático e sem saber o que falar. Era muita informação e ele sentia a cabeça doer. A vista ainda estava embaçada.
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  - Será que você pode me explicar que porra foi essa?
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  - Vamos subir Charlotte!
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  - Não! – ela esbravejou enquanto abria o envelope – Você consegue me explicar? Isso é alguma brincadeira de mal gosto Yoongi? Só pode. Fala alguma coisa!
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  - Eu não sei Charlotte! – Suga passou as mãos pelo rosto, completamente atônito – Vamos conversar lá em cima, com mais calma!
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  Charlotte concordou. Já no apartamento do rapaz, ela terminou de analisar os exames, enquanto Suga fumava seu segundo cigarro.
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  - Você pode por favor me dizer que isso aqui é mentira? – os olhos de Charlotte marejaram –
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  - Pode ser que seja! Esse filho pode não ser meu! Só um DNA pode nos dizer isso!
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  - Suga, como assim? Você me traiu com essa garota? Vocês de fato tiveram algo?
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  - Tá maluca! Faz as contas Charlotte! Nós estávamos terminados, você se esqueceu que ficou uma semana terminada comigo? Você disse que nunca mais era para eu te procurar, e eu te procurei, lembra? E muito! Mas você me bloqueou de todas as redes sociais, você não atendeu às minhas ligações! Você terminou comigo, com todas as letras!
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  - E aí em uma semana você já estava transando com outra?
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  Suga fechou os olhos com força.
  - Eu estava bêbado e com raiva! E ela também! Eu nem me lembro o nome dela! Ela não tinha significado nada para mim! Foi só sexo!
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  - E agora você vai ser pai! – Charlotte levou as mãos à boca, incrédula – Yoongi, você percebeu a gravidade dessa situação toda?
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  - Claro que eu percebi Charlotte!
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  - E vocês nem usaram proteção, caramba Yoongi!
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  - Eu estava bêbado Charlotte! Eu mal me lembro do que aconteceu naquela noite! E nós não sabemos se essa criança é mesmo minha! Vamos fazer o DNA!
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  - E se for sua? – Charlotte o encarou séria, ficando frente á ele –
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  Suga estava desesperado, mas não deixaria que ela percebesse.
  - E se não for?
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  - Yoongi, essa garota não ia mentir uma coisa dessas! Ela não tem motivo nenhum, afinal de contas você é um desconhecido para ela da mesma forma que ela para você! Ela me pareceu confiante demais!
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  Suga respirou fundo, deu mais uma longa tragada em seu cigarro.
  - Eu vou embora!
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  - Como assim vai embora? – ele segurou um dos braços dela enquanto se desfazia do cigarro rapidamente –
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  - Vou para a casa dos meus pais, eu nunca deveria ter saído de lá!
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  - Charlotte, por Deus! Você nem sabe se esse filho é meu!
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  - Indepedente Yoongi! Você me magoou o suficiente já! E outra coisa? Até quando nós dois vamos ficar fingindo que funcionamos juntos?
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  - Charlotte, do que você tá falando?
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  - Você sentiu desejo por outra, certo?
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  - Eu estava bêbado, por Deus! – ele a segurou com força pela cintura – Não significou nada, e eu não traí você!
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  - Suga, quantas vezes nós já brigamos feio por motivos diversos desde que voltamos? Quantas noites você dormiu no quarto de hóspedes? E agora isso! Nós simplesmente não funcionamos, e saber disso tudo, é demais para mim! Não dá!
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  Charlotte empurrou Suga com as duas mãos espalmadas em seu peito e foi para o quarto. Ele foi atrás, ainda sem reação.
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  - Se você sair dessa casa de novo, será de uma vez por todas Charlotte! Chega!
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  - Sim Yoongi, será! Pode ter certeza! – ela respondeu enquanto arrumava as roupas numa mala – Eu venho buscar o restante depois!
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  Yoongi balançava a cabeça atônito enquanto andava de um lado para o outro no corredor. Charlotte passou por ele com uma pequena mala nas mãos e ele foi atrás dela.
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  - Charlotte, isso é loucura! Você está me penalizando por algo que não tem sentido!
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  - Para mim tem Yoongi! Eu me conheço, não vou conseguir perdoar você!
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  Yoongi voltou a balançar a cabeça em negativa.
  - Escuta! – ela segurou o rosto dele – Me prometa que vai fazer o DNA, e que não vai deixar essa garota cuidar desse bebê sozinha se ele for seu? Não é justo com ela.
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  - Claro que se esse bebê for meu, eu estarei presente na criação dele! Eu posso parecer não ter coração, mas tenho Charlotte! Eu não vou deixar a garota desamparada se for mesmo meu! E você pode me ajudar!
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  Ele voltou a segurar a cintura dela, que balançou a cabeça em negativa.
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  - Resolva todos os seus fantasmas Suga! E seja homem para assumir e lidar com as consequências das atitudes que você tomou, sóbrio ou não! E se puder me dê notícias do bebê!
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  Ela beijou demoradamente a bochecha dele, destrancou a porta do apartamento e jogou a chave do mesmo sobre o sofá e saiu deixando Suga sozinho.
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  Yoongi bufou alto enquanto pegava os exames que estavam também sobre o sofá. Vislumbrou os mesmos, leu os laudos, e voltou a jogá-los sobre o sofá. E então pegou o papel branco bem cortado e leu o nome e o telefone escritos no mesmo com uma linda caligrafia. O nome dela era
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  Yoongi salvou o número dela no celular e então jogou o papel de volta no sofá. Foi até a cozinha e pegou uma das garrafas de vinho que ele tinha, precisava beber ou enlouqueceria. Estava sozinho outra vez. Se sentia vazio e muito chateado por não ter tido a compreensão da namorada, ou melhor, ex namorada outra vez! Ele não a havia traído, e não havia significado nada! Porque diabos ela não podia passar por cima daquilo e ajudá-lo com toda a situação? Era o que ele esperava. E se esse bebê fosse mesmo dele? O que ele faria? Não se sentia preparado para ser pai. Bebeu um gole da taça de vinho e então balançou a cabeça ainda atônito. Amanhã estaria pensando com mais clareza, e decidiria o melhor momento de procurar .
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Vigésimo Quarto Capítulo – Dreams

  O celular tocava alto despertando Jin, que ao vislumbrar a tela leu: Olívia. Ele pegou o celular com as duas mãos, como se sua vida dependesse daquilo e então tentou atender a ligação, mas nada acontecia. Ele simplesmente não conseguia.
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  Acordou se sentando na cama, com tudo. O coração batia forte, ele estava começando a ficar suado, e o barulho do despertador ecoava pelo quarto. Jin pegou o celular sobre o criado então cessando o som. Mais uma vez ele teve aquele sonho. Já era a quinta ou sexta vez que sonhava exatamente a mesma coisa: o celular tocava, era ela quem ligava e ele não conseguia nunca atender.
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  Os sonhos com “Olívia” ainda aconteciam toda a noite. Já haviam se passado basicamente dois meses, e ele não teve nenhuma notícia da garota. Procurou por ela nas redes sociais com o nome que completo que ela havia dado á ele, mas nenhuma delas era de fato a Olívia que ele conheceu. Às vezes ele se perguntava se tudo o que viveram havia de fato acontecido, ou se teria sido apenas mais um sonho dos que ele tinha com ela toda bendita noite.
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  O coração dele doía todos os dias ao pensar na garota. Havia sido a semana mais intensa da vida de Jin, ele nunca havia se apaixonado tão rápido por alguém, e nunca havia tido tanta certeza de um sentimento quanto por ela. E saber que ela havia mentido daquela forma, dilacerou o peito de Seokjin em mil pedaços. Ele havia emagrecido alguns quilos nesses dois meses, pintava como um louco e mal se alimentava. Ele dormia e sonhava com ela todas as noites, uma tortura!
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  Ele sentia um vazio no peito todas as vezes em que tentava se divertir ou se distrair, nada era capaz de tirar aquela sensação dele. Ele inclusive estava evitando sair, só ia para a exposição trabalhar e depois chegava em casa e ia pintar. Ultimamente todas as suas pinturas estavam tristes, a melancolia estava sendo sua inspiração, então ele aproveitava.
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  Passou a mão pelo rosto, limpou um pouco do suor e se levantou. Tomou um banho e desceu para tomar seu café da manhã, a irmã já estava sentada à mesa e então ele lhe bagunçou os cabelos com um “bom dia criança”, pois sabia que ela odiava ser chamada de criança.
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  - Bom dia loser! – ela respondeu enquanto arrumava os cabelos de volta no lugar –
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  Jin serviu-se de algumas frutas e pôs-se a comer, calado enquanto vislumbrava o nada. Sua mente voltou a pensar “Olívia”. E então ele sentiu o coração apertar por mais uma manhã não ter notícias dela, apenas os sonhos de sempre. Aquilo o estava matando.
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  - Porque você tá ainda mais estranho desde que voltamos da praia?
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  Ele ouviu a irmã questionar e então levou o olhar até ela, que fez uma careta.
  - Cuida da sua vida pirralha! – Jin implicou enquanto pisava delicadamente no pé dela debaixo da mesa, que o chutou de volta – Au! Você está ficando forte, hein?
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  O apartamento de Jin estava passando por uma reforma então, então ele estava na casa dos pais há cerca de vinte dias. Sentiu as mãos de Eui, sua mãe lhe acariciarem as costas e então ela depositou um beijo na cabeça do filho.
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  - Você sabe que se precisar conversar, eu estou aqui, não sabe Seokjin?
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  Jin estranhou a atitude da mãe, ela nunca havia o tratado daquela forma tão carinhosa e muito menos oferecido ajuda. Jin sentiu o coração ficar quente com a preocupação da mãe, então sorriu para ela, enquanto terminava de comer as frutas rapidamente, não queria topar com o pai logo de manhã. Na última vez que isso aconteceu os dois acabaram tendo uma breve discussão.
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  - Vou sair! Vou dar uma caminhada na praia agora pela manhã. Qualquer coisa me liguem.
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  A mãe e a irmã assentiram enquanto ele bagunçava outra vez os cabelos de Eun, a irmã, que resmungou.
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  Colocou uma playlist qualquer para tocar no celular enquanto caminhava pela praia lotada.
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  “It is if everyone dies alone, does that scare you? I don’t wanna be alone. I look for you every day, every night. I close my eyes from the fear, from the light.”
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  A mente dele finalmente se ligou na letra que tocava e então ele desacelerou o passo um pouco.
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  O coração dele bateu forte no peito ao ver o quanto a letra descrevia o que ele sentia. Caminhou calmamente por um pedaço da orla, enquanto o coração batia rápido.
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  “Pink lemonade sipping on a Sunday, couples holding hands on a runway. They’re all posing in a picture frame, whilst my world’s crashing down!”
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  Vislumbrou os casais sorrindo para fotos debaixo do sol, olhou o mar e lá estavam mais casais curtindo o mar.
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  O olho de Jin marejou e ele engoliu seco o aperto no peito.
  “Solo shadow on a sidewalk, just want somebody to die for! Sunshine living on a perfect day, while my world’s crashing down. I just want somebody to die for.”
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  Continuou a caminhada ainda observando os casais e os turistas. Até que resolveu tirar os tênis e ir pisar um pouco na areia. Se deparou com sua sombra sozinha no solo.
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  “I long for you, Just a touch (does that scare you?) of your hand. You don’t leave my mind, lonely days, I’m feeling like a fool for dreaming.”
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  Jin observava que haviam várias mulheres na praia que eram idênticas a Olívia, algumas eram tão parecidas que ele não sabia se estava alucinando e vendo-a em todas as mulheres! Ele chegou a achar que estava ficando louco, e então ele desbloqueou o celular e entrou no instagram, voltando a procurar por ela por lá. Mas nada. Jin balançou a cabeça, se sentindo tolo outra vez.
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  “Pink lemonade sipping on a Sunday, couples holding hands on a runway. They’re all posing in a picture frame, whilst my world’s crashing down!”
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  Então ele olhou para a pulseira cinza em seu pulso, que ele ainda usava… Será que ela usava a dela também? Será que pensava nele, mesmo que de vez em quando? Jin tocou a pulseira em seu pulso e então enxugou uma lágrima teimosa que ousou descer por seu rosto.
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  Fechou os olhos sentindo o vento bater em seu rosto, se lembrou dela outra vez. Quase conseguiu ouvir a voz dela chamando-o. Despertou do devaneio com a mão de V em seu ombro. Abriu os olhos e levantou o olhar na direção do amigo, e então sorriu para ele.
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  - Que bom que você pode vir amigo!
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  Taehyung estendeu a mão na direção do melhor amigo e o ajudou a se levantar. Logo os dois trocaram um abraço rápido e então se sentaram em um quiosque qualquer, onde pediram uma água de coco.
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  - O que houve? Está precisando conversar, Jinnie? Senti sua falta!  – o olhar de V demonstrava que ele estava preocupado com o amigo –
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  Jin soltou um suspiro pesado e depois deu gole em sua água de coco.
  - Vamos falar de você primeiro! To sentindo que você também tem algo para me contar! Eu voltei há uns dois meses basicamente, você sabe, mas quis tirar um tempo pra cuidar direito da exposição e da reforma do meu apartamento. Agora as coisas já estão se acalmando!
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  Taehyung colocou uma das mãos sobre o ombro do amigo.
  - Vou conseguir uma folga para ir com a quando ela puder viu? – V disse se referindo à exposição do amigo –
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  - Faço questão que vocês dois apareçam lá, se não eu mato os dois! – gargalharam – E ai? O que aconteceu nesses meses?
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  Taehyung suspirou enquanto fechava os olhos, ainda segurando o ombro de Seokjin.
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  - Conheci uma menina! – foi a vez de Jin apertar o ombro do amigo enquanto fazia onomatopéias com a boca – Mas calma! A gente ainda tá só se conhecendo! Eu a atropelei de bike, você acredita que foi assim que nós nos conhecemos?
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  Os dois riram.
  - Que inusitado amigo! Mas há quanto tempo vocês estão conversando?
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  - Desde que você viajou basicamente!
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  - E nada ainda? Você está muito lento Taehyung! – Jin deu algumas batidinhas no ombro dele –
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  - Ela é diferente, sabe Jin? Não sei explicar o que estou sentindo, então quero respeitar o tempo das coisas! Quando tiver que acontecer, vai acontecer!
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  - Então o meu irmãozinho mais novo se apaixonou enquanto eu estava fora?
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  Taehyung sentiu as bochechas queimarem e então ele riu, meio sem graça.
  - Acho que sim! – ele tomou mais um gole da bebida – Quero que você a conheça, quando for o momento!
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  - Claro! Vamos ver se ela será aprovada!
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  - Mas e a viagem? Como foi? Você está estranho Jin, percebi isso pelas mensagens que trocamos.
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  Jin fez um muxoxo, enquanto pensava se contava tudo ou não para o amigo. Pensou que V poderia achá-lo um idiota se ele contasse tudo. Mas estava se sentindo sufocado.
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  - Tem haver com uma garota também!
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  V sorriu mostrando todos os dentes enquanto colocava o coco sobre a mesa em que estavam e apertava as bochechas de Jin.
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  - Sabia que podia ter algo a ver com uma garota! Mas você não é muito dessas coisas! O que tá rolando?
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  - Nos conhecemos num luau, e bom, – ele umedeceu os lábios – foram dias maravilhosos!
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  - Ah, então você está com saudades? Entendi!
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  Os dois se olharam enquanto sentiam o vento bagunçar seus cabelos. Jin pensou que era melhor parar o assunto por ali, pelo menos por enquanto. Não queria que o amigo o achasse ridículo e bobo por estar tão mal assim por uma garota que ele mal conhecia.
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  - Quando vocês vão se ver novamente?
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  A pergunta do amigo ecoou na mente de Jin, que abaixou a cabeça sentindo o coração doer.
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  - Sinceramente? Eu não faço a menor ideia!
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  Jin levantou a cabeça voltando a encarar o amigo, enquanto soltava um riso nasalado. Aquilo doía.
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