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Sem curiosidades para essa história no momento!

Genie

Capítulo 12

  * POV

   ficou mais um pouco de tempo na frente da casa conversando com sua mãe, eu levei as crianças para a cozinha, nossa tarefa era deixar tudo organizado, como sempre eu iria fazer daquela tarefa algo divertido para eles. Arrumamos tudo em meio algumas bolhas de sabão que voavam pela cozinha, era quase uma festa para Mike e Jullie. Parei por um momento e desviei meu olhar para a porta, estava encostado na parede nos olhando, fiquei um pouco envergonhada, minha cara estava molhada pelas bolhas.
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  — Agora entendi. — disse ele.
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  — Entendeu o que papai? — perguntou Jullie.
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  — Porque gostam tanto de arrumar a cozinha com a .
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  — Com a é mesmo mais legal. — Mike sorriu.
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  — Assim vocês ferem meus sentimentos. — ele riu desviando seu olhar para uma bolha de sabão que se aproximava dele — Mas vou deixá-los se aproveitando.
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  Nós rimos um pouco, enquanto ele se afastava, era engraçado quando ele se mostrava traído, pelas crianças gostarem de fazer as coisas comigo. Terminamos tudo e fomos para sala, já estava vendo um filme, nos juntamos a ele, em silêncio, mas segurando o riso. Jullie me explicou que era uma comédia romântica, era o gênero cinematográfico que sua mãe mais gostava. Naquele momento eu me lembrei que aquele dia fazia seis anos, que eles estavam sem ela, e estava vendo seu filme preferido. Acho que o nome era De repente 30.
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  — Acho que dormiram. — disse ao olhar para as crianças.
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  — Sim. — ele respirou fundo — Obrigado por hoje.
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  — Eu não fiz nada. — e não tinha mesmo feito nada, agi da mesma forma que faço todos os dias.
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  — Pode pensar que não, mas fez. — ele se levantou do sofá — Estou aliviado por eles terem sorrido hoje.
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  — Tenho certeza que eles vão acordar sorrindo amanhã também. — eu estava confiante quanto a isso.
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  — O que você aprontou? — ele parecia curioso.
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  — Eu posso não conseguir tirar os pensamentos tristes deles, e nem sei como ajudar sobre isso. — desviei meu olhar para Mike — Mas posso transformar esses pensamentos tristes em sonhos felizes.
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  — Você pode fazer eles terem bons sonhos?
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  — Claro, sou um gênio. — respondi tranquilamente.
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  — Às vezes, me esqueço disso.
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  — Posso fazer isso por você hoje, também.
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  — Isso, o que?
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  — Transformar seus pesadelos em sonhos. — expliquei.
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  — Ainda diz que não faz nada. — ele sorriu de canto me olhando com serenidade, era bom ver que seu olhar não estava mais triste.
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  — Bem, acho melhor levar eles. — desviei meu olhar para Mike — Assim poderão dormir mais confortável.
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  Colocamos as crianças em seus quartos, como eu disse, eles teriam sonhos maravilhosos aquela noite. foi para seu quarto trocar de roupa, quando eu passei pela porta ele me chamou, ele estava ao lado da cama, ele estava só com a calça do pijama, sem a camisa. Era interessante acompanhar as linhas do seu abdômen, era a segunda vez que via aquelas linhas, só agora conseguia analisar cada curva, tentei disfarçar um pouco meus olhares, mas era como um imã.
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  — Estou pronto. — disse ele meio sem jeito.
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  — Para que? — perguntei um pouco receosa.
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  — Para dormir. — explicou ele — O lance do sonho, você precisa jogar algum pó mágico em mim?
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  — Ahn?! — eu comecei a rir da cara dele — Não, não sou o Merlin, sou um gênio. — ri mais um pouco — De onde tirou essa de pó mágico?
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  — Desculpa minha falta de conhecimento. — ele estava com um ar de ofendido.
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  — Não precisa fazer nada, apenas deite, feche os olhos e durma.
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  — Boa noite então. — ele cruzou os braços, aquilo me fez tombar a cabeça, porque aquela pose o deixava tão diferente, faziam meus olhos não se desviassem dele.
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  — Boa noite. — fechei os olhos e saí do quarto rapidamente.
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   era o segundo homem com quem eu convivia, o primeiro foi o meu antigo mestre, mas ele sempre me deixava presa na garrafa, então eu não o via muito, só quando queria que eu fizesse pedras preciosas aparecerem. Mas com era diferente, eu o via quase o dia todo, e quanto não estava perto dele, pensava em como eu poderia fazer ele sorrir. Ele era um homem muito bonito, mas tinha uma face triste, por isso sempre tentava deixar ele alegre, mesmo que por poucos segundos.
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  Mas esta noite todos naquela casa teria sonhos felizes, todos acordariam sorrindo e eu me sentia muito satisfeita em conseguir isso, afinal os gênios são feitos para realizar desejos e fazer seus mestres felizes. Definitivamente, meu objetivo era fazer e as crianças felizes, e daria o meu melhor para conseguir.
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  No dia seguinte, acordei as crianças um pouco mais tarde, era feriado prolongado, então só teriam aulas na próxima semana. Assim que saiu do quarto, foi direto para a cozinha, o café já estava pronto, não era mais novidade, afinal eu já estava me acostumando com todos os instrumentos que tinha na cozinha e já tinha decorado todas as receitas do caderno de Mary.
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  — Bom dia. — disse ele aparecendo na porta com um sorriso disfarçado.
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  — Bom dia. — eu sorri naturalmente como sempre — Como foi sua noite.
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  — Como você disse que seria, sonhos bons me alcançaram. — respondeu ele indo até a cadeira e se sentando.
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  — Fico feliz por isso. — caminhei até a mesa com o a caixa de leite, assim que cheguei tropecei no pé da cadeira me desequilibrando.
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  — Cuidado. — disse se levantando e me amparando.
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  Senti sua mão em minhas costas, me segurando, fiquei um pouco paralisada, nunca tinha me aproximado tanto de um homem assim, nossos olhos se encontraram e ficamos nos encarando por alguns segundos. Eu que tinha prendido o ar, respirei fundo erguendo um pouco mais meu corpo, me afastando dele.
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  — Me desculpa. — disse sem saber como reagir.
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  — Você quase cai e pede desculpas? — ele riu — Apenas seja mais cuidadosa.
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  Aquele era o que eu conhecia.
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  — Bom dia papai, bom dia . — disseram as crianças ao entrarem na cozinha.
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  — Bom dia. — respondi sorrindo para eles.
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  — Bom dia queridos.
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  — Eu tive um maravilhoso sonho. — comentou Jullie se sentando na cadeira.
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  — Aposto que meu sonho foi melhor. — disse Mike se sentando na outra cadeira.
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  — Teremos o dia todo para vocês me contarem seus sonhos. — disse desviando seu olhar para mim.
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  — Você não vai trabalhar hoje? — perguntou Jullie.
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  — Não. — ele sorriu — Hoje sou de vocês.
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  — Viva. — Mike deu alguns pulos da dadeira enquanto festejava.
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  — Isso é legal. — disse me sentando — Mas, você vai ficar no porão?
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  — Não, hoje eu realmente sou dos meus filhos. — ele olhou para Jullie — A menos que vocês prefiram ficar com a .
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  — Para de ciúmes papai. — Jullie riu dele — Será mais legal com o senhor e a .
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  — Podíamos fazer algumas explorações. — sugeriu Mike.
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  — Hum, tive uma ideia, que tal voltarmos no passado?
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  — Passado? — me olhou meio desconfiado — O que está tramando?
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  — Surpresa, apenas confie na sua guia turística da história.
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  Nosso café da manhã foi tranquilo e cheio de perguntas de sobre nossa expedição ao passado, mal ele sabia que iríamos a fundo no passado. Esperamos alguns minutos após o café, no estalar dos meus dedos troquei a roupa de todos, seríamos escoteiros por um dia em uma terra de seres ferozes. Em um piscar de olhos voltamos para a era dos dinossauros, foi engraçado ver a cara do quando um braquiossauro passou por nós.
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  — Como? — ele me olhou espantado.
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  — Sou um… — comecei a explicar.
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  — Nem ouse terminar. — ele olhou novamente para o braquiossauro — É surreal e lindo ao mesmo tempo.
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  — Viu papai, é assim que brincamos todos as tardes com a . — disse Jullie rindo dele.
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   parecia mesmo muito admirado com tudo que via, seres que integravam os livros de história, estavam diante dele. Exploramos os arredores do lugar onde aparecemos, para nossa sorte era uma área de ninhos deles, acho que estavam no período de acasalamento, tinham muitos ovos espalhados pelos ninhos.
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  — Uah. — disse Mike ao se aproximar de um centrossauro, e sem medo começou a acariciar ele — Toca nele Jullie.
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  — Incrível. — Jullie tocou no dinossauro — Eu sinto como se fosse real.
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  — Mas é real. — conclui rindo.
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  — Você não traz eles para cá todos os dias né? — perguntou .
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  — Não. — eu ri — Essa é a primeira vez, mas está sendo divertido.
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  Foram sim horas de diversão até que apareceu um grupo de velociraptors baderneiros, seguido de uma dupla faminta de tiranossauro rex, aqui nos fez correr um pouco até que eu consegui levar todos de volta para casa. Quando chegamos, estávamos um pouco cansados pela corrida, sentou no sofá, ele parecia o mais assustado de todos.
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  — Definitivamente, vocês estão proibidos de voltar na era dos dinossauros. — disse ele.
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  — É, tenho que concordar que é muito perigoso. — sentei no último degrau da escada e olhei para ele — Mas foi legal, tirando a parte final.
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  — Foi fantástico. — Mike deu um pulo — Quero voltar ao passado de novo.
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  — Podemos ver as pirâmides egípcias? — perguntou Jullie.
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  — A única coisa que vocês podem é tomar um banho e trocar de roupa. — disse se levantando do sofá — Já está ficando tarde, hoje eu faço o jantar.
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  Eu não tinha reparado, mas tinha trago eles com um atraso nas horas, estava escurecendo, deveria ter calculado melhor o tempo de retorno. Mas estava tão ocupada correndo de um dinossauro. Segui até a cozinha e fiquei olhando ele fazer o jantar, era chato estar ali e não fazer nada.
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  — Tem certeza que não quer ajuda? — perguntei pela quarta vez.
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  — Não. — disse ele concentrado na panela.
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  — Nem para trocar de roupa? — perguntei tranquilamente.
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  — O que? — ele me olhou assustado.
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  — É que está sujando a cozinha. — eu estalei os dedos e nossas roupas ficaram limpas — Assim está melhor.
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   ficou me olhando ainda estático, será que ele tinha interpretado mal minha pergunta?
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“Você realmente existe?
Você parece apenas fantasia,
Estou vagando entre sonhos e além?”

– Black Pearl / EXO

Capítulo 13

  * POV

  Eu não entendia o grau da sua inocência, mas à vezes dizia coisas que me faziam paralisar, talvez por não pensar que suas palavras possam ter duplo sentido. Respirei fundo tentando juntar as palavras certas para explicar a ela a forma correta de se comportar perto de um homem.
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  — Eu disse algo errado? — perguntou ela se encolhendo um pouco.
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  — Digamos que foi estranho, eu entendo que você não deve ter convivido muito tempo com um homem, mas existem certas coisas que não se deve dizer, podem soar de forma negativa. — disse quase me embolando com as palavras — Jamais, jamais se ofereça para ajudar um homem a trocar de roupa, não é algo que se pergunte.
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  — E porque não? Tentei ser prestativa. — ela me olhou meio confusa.
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  — Primeiro, mais ninguém pode saber que você é um gênio, então não pode sair perguntando isso para as pessoas, e segundo, os homens possuem um certo grau de malícia no pensamento, suas palavras podem ser mal interpretadas.
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  — E como elas poderiam ser interpretadas?
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  — Bem. — respirei fundo, não sabia como responder, ela parecia uma adolescente na puberdade e eu um pai que teria que falar sobre coisas da vida — Acho melhor você não saber, não fará diferença, só não quero que repita isso.
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  — Me desculpa. — disse ela olhando para o chão.
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  — Não se desculpe, não estou brigando com você, só estou te pedindo para não repetir.
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  — Tudo bem. — ela concordou se sentado na cadeira.
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  Fiquei a olhando, logo percebi que tinha um sorriso no canto do meu rosto, respirei fundo e voltei minha atenção ao jantar, não demorou muito até as crianças aparecerem na cozinha afirmando estarem morrendo de fome. Eu ri um pouco, mantendo minha atenção no que estava fazendo, depois que apareceu em nossas vidas, eu tinha me distanciado um pouco dos meus filhos, sem perceber. Mas ali preparando o jantar para eles, senti que estava mais próximo, já que sempre passava mais tempo trancado no escritório do porão.
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  Após o jantar, nos reunimos na sala para ver um filme, após muitos pedidos tive que me render e ver pela milionésima vez O Rei Leão, pelo menos pude confirmar que era o filme preferido de . As horas se passaram e os três tinham dormido, eu carreguei as crianças até seus quartos uma a uma enquanto estava desmaiada no sofá. Fiquei pensando um pouco se deveria deixa-la lá ou leva-la para dormir na minha cama que era mais confortável.
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  Balancei a cabeça negativamente, que pensamento era aquele? Ela não era uma mulher, eu não deveria pensar nela assim, como estava pensando em leva-la para dormir no meu quarto? Pequei uma manta no armário e desci até a sala, tombei um pouco o corpo dela, para se deitar melhor e a cobri. Era difícil não ficar a olhando, ela sorria enquanto dormia, como uma pessoa que chegou a pouco tempo podia significar tanto na minha vida e nas dos meus filhos.
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  Suspirei um pouco e me espreguicei indo em direção ao escritório, a cada degrau que eu descia lutava contra mim mesmo para focar meus pensamentos em outra coisa que não fosse ela, a gênio louca. Tinha certeza que aquilo era culpa da minha mãe, por que ela tinha que me fazer tentar enxergar como uma mulher? Me sentei na cadeira e fiquei olhando para os papéis que estavam em cima da mesa, comecei a imaginar o que Mary faria em meu lugar, minha esposa sempre foi mais sábia que eu.
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  Os dias se passaram e segunda de manhã cedo eu já estava chegando no prédio da construtora, tinha deixado preparando o café para as crianças, elas teriam aula hoje. John já estava no saguão me esperando, estava transbordando entusiasmo, já poderia imaginar que seu feriado prolongado tinha sido cheio de companhias femininas.
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  — Aí está o funcionário do ano. — disse ele com aquele jeito espalhafatoso dele.
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  — Yah, pare de escândalos, não sou o funcionário do ano. — segurei o riso seguindo até o elevador com ele ao meu lado — E como foi seu feriado?
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  — Ah, foi maravilhoso. — ele deu uma risada estranha — E o seu? A Penny foi mesmo na sua casa?
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  — Sim, como uma amiga, então não perca seu tempo fazendo piadas. — entrei no elevador.
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  — Que isso. — ele me seguiu rindo da minha cara — Eu jamais faço piadas, só comentários irônicos.
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  — Sei.
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  Entramos na minha sala e já demos início a revisão dos últimos detalhes do projeto da galeria, que estava nos dando mais do que dores de cabeça. Não demorou muito até que Penny chegou para nos ajudar, John segurou o riso e as piadas, mas seus olhares sarcásticos para mim eram visíveis. Poucos minutos antes da hora do almoço ele foi convocado para uma reunião sobre a construção de um novo prédio de uma cliente nossa.
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  — O John estava estranho essa manhã. — comentou Penny enquanto revisava a prancha estrutural que tinha consertado.
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  — O John é estranho sempre. — ri de leve — Mas hoje ele se superou mesmo.
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  — E como foram seus dias em casa?
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  — Bons, pude passar mais tempo com meus filhos. — coloquei a prancha na pasta e a olhei — Almoçamos juntos hoje?
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  — Nossa, claro. — ela sorriu de leve — Podemos voltar naquele restaurante da última vez.
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  — Sim, a comida de lá é muito boa.
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  — Hum. — ela dobrou a prancha e colocou na outra pasta — Podemos ir então, já terminamos por aqui.
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  — Boa ideia, felizmente não tem mais nenhum erro nesse projeto. — respirei fundo — Obrigado por ajudar.
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  — Não precisa agradecer, mesmo não tendo sido convocada, só fiz meu trabalho. — ela pegou sua bolsa — Vamos?
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  Sorri um pouco e a acompanhei, nosso almoço foi tranquilo e em alguns momentos silencioso, era diferente já que da primeira vez o furacão estava presente. O horário do almoço passou rápido, porém não voltamos para o escritório, Penny deu a ideia de visitarmos a obra da galeria. Apesar do atraso e complicações, estava caminhando num ritmo bom, e os operários era muito competentes e trabalhavam com muito cuidado e precisão.
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  — Acho que agora posso respirar aliviado. — disse olhando para a fachada.
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  — Foram dias de tensão revendo as plantas, mas esta galeria vai sair dentro do prazo, tenho certeza. — Penny parecia mais otimista que eu, isso era legal.
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  — Também espero, seria ruim para a imagem da construtora se ocorre um atraso grande, essa está sendo o projeto mais importante dos últimos meses.
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  — Bem, acho que não vamos precisar voltar para a construtora. — sibilou ela olhando para o céu — Ficamos tão concentrados nos detalhes daqui que não vimos a hora passar.
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  — Sim, já está ficando um pouco tarde. — ri rapidamente — Que uma carona?
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  — Não seria uma má ideia. — ela mordeu de leve os lábios inferiores.
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  Não sei se estava fazendo aquilo para desviar alguns pensamentos impróprios, mas focar em Penny e tentar avançar com ela, me fazia não pensar em e nas palavras absurdas da minha mãe. Acho que sim, eu estava começando a me convencer de que Penny poderia ser a mulher certa para mim, ou pelo menos era o que eu queria acreditar.
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  — Chegamos. — disse assim que estacionei em frente ao prédio onde morava.
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  — Não quer subir? Podemos tomar uma taça de vinho, em comemoração ao trabalho bem sucedido. — sugeriu ela.
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  — Não seria uma má ideia. — sorri desligando o carro.
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  Subimos para seu apartamento no quarto andar, não era grande, mas tinha um tamanho modesto e confortável para uma pessoa que morava sozinha, Penny tinha bom gosto no quesito decoração. Ela pegou uma garrafa de vinho e abriu, me dando um pouco em uma taça, agradeci com um sorriso e me sentei no sofá, ela se sentou ao meu lado.
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  — Espero que eu não tenha causado nenhum desconforto para sua família. — disse ela após tomar o primeiro gole — Já que de intrometida participei do dia de ações de graças com vocês.
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  — Ah, não pense assim. — sorri gentilmente — Você foi como convidada e é uma grande amiga, trabalhamos a muito tempo juntos.
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  — Seus filhos não gostaram muito de mim.
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  — Eles só não te conhecem, são crianças maravilhosas, só precisam te conhecer melhor.
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  — Seria um prazer passar mais tempo com seus filhos, eles parecer ser muito espertos.
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  — Ah, sim. — eu ri me lembrando deles — São muito, principalmente a Jullie.
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  — Imagino. — ela se aproximou um pouco mais de mim — Mas, que tal falarmos de nós.
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  — O que quer falar? — perguntei curioso.
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  — Bem, estou curiosa para saber se está confortável perto de mim.
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  — Como?
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  — Uma vez nós conversamos e você tinha dito que ainda sentia falta da sua esposa, você ainda pensa muito nela?
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  — É difícil não pensar em alguém importante, mas atualmente estou pensando um pouco menos. — a olhei com sinceridade — Mas acho melhor não falarmos sobre isso, se não foi pensar ainda mais nela.
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  — Claro, vamos manter nossa atenção em outra coisa.
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  Ela pegou minha taça e colocou em cima da mesa de centro junto a dela, e se aproximando ainda mais ela me beijou, em minha mente tinha muitos pensamentos sobre aquele beijo, se eu deveria continuar, ou ir para casa. Era visível o que a Penny queria, e se dependesse dela nossa noite seria longa e quente, porém uma coisa estava martelando em minha mente.
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  Seria certo passar a noite com uma mulher, estando com outra presente em seus pensamentos? Eu conseguiria me concentrar em Penny, tendo a na minha cabeça?
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  * POV

  Eu estava preocupada, não só pelas crianças, mas por mesmo. Será que ele tinha sofrido algum acidente ou estava preso, ou algo pior? Não queria pensar em coisas ruins, tinha que manter a esperança pelas crianças.
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  — O papai ainda não chegou? — perguntou Jullie ao descer as escadas.
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  — Ainda não querida, mas ele já deve estar chegando. — sorri disfarçadamente para ela — Por que está acordada?
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  — Fiquei com cede. — respondeu ela esfregando um pouco o olho.
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  — Vamos pegar água então.
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  Me levantei do sofá e a acompanhei até a cozinha, após pegar um copo com água, levei Jullie novamente para o quarto e fiquei ao seu lado até ela adormecer novamente. Era estranho estar ali com eles sem , era a primeira vez que ele demorava tanto para voltar para casa, aquilo me preocupava ainda mais, foi assim que me perdi do meu primeiro mestre, uma noite ele saiu e nunca mais ouvi sua voz de dentro da garrafa.
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“Eu nunca me senti assim antes,
Como se minha respiração fosse parar.”

– My Answer / EXO

Capítulo 14

  * POV

  Passei a noite em claro esperando por ele, estava sentada no sofá cochilando quando as crianças me acordaram, Jullie tinha acordado sozinha preocupada com o pai que não tinha aparecido até aquela hora.
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  — O papai não voltou? — perguntou Mike.
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  — Não, ele deve ter dormido na construtora. — disse a ele numa suposição — Mas tenho certeza que ele deve voltar agora de manhã.
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  — Estou com um mal pressentimento sobre isso. — Jullie cruzou os braços pensativa.
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  — O que você acha? — Mike a olhou.
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  — Pelo que sempre vejo nos filmes, acho que papai tem uma namorada. — respondeu ela com certeza.
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  — Não, papai não pode.
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  — O que é uma namorada? — perguntei meio confusa.
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  — E o que queremos que você seja do nosso pai. — Jullie me olhou — Ele não pode namorar outra pessoa, só você.
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  — Eu? — ainda estava confusa com aquilo, o que era ser uma namorada?
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  — Aposto que é aquela amiga do trabalho dele.
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  — E o que vamos fazer? — Mike parecia meio preocupado.
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  — Não sei, tenho que pensar, mas agora temos que ir para a escola, quando voltarmos pensarei em algo. — Jullie respirou fundo.
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  Era incrível como ela lidava com as coisas como um adulto, deve ser assim pela perda da mãe, fiquei um pouco pensativo enquanto preparava o café deles, a palavra namorada não saia da minha cabeça, já era a segunda vez que eu ouvia ela. Assim que as crianças entraram no ônibus da escola e eu entrei em casa, chegou, dei alguns passos até ele e o toquei de leve.
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  — Você está bem? Se machucou? Estávamos preocupados.
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  — Calma. — ele segurou na minha mão e me afastou um pouco dele — Estou bem sim, deveria ter ligado avisando que não dormiria em casa, mas agradeço por ter cuidado deles.
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  — Estou aqui para isso. — respirei fundo — Pensei que não voltaria mais, as crianças até pensaram em chamar uma tal de polícia, mas Jullie disse que tínhamos que esperar vinte e quatro horas.
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  — Não precisa disso, eu vou tomar um banho. — ele se espreguiçou indo para a escada — Onde estão eles?
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  — Já foram para a escola. — hesitei um pouco em me aproximar dele, parecia estranho sua forma de me tratar, como se quisesse me afastar — Você quer que eu faça algo para comer?
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  — Não, eu já tomei meu café. — sua voz estava fria e áspera — Faça o que quiser, só não entre no meu quarto.
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  — Tudo bem. — caminhei até o sofá e me sentei.
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  Ele estava mesmo muito estranho, não tinha olhado para mim nenhum minuto sequer, será que eu tinha feito alguma coisa de errado? Passei todo aquele tempo sentada no sofá, enquanto esperava as crianças chegarem da aula, ficou em seu quarto trancado. Assim que Jullie e Mike chegaram, ele desceu as escadas dizendo que queria ter uma conversa séria conosco, senti meu coração parar naquela hora, estava com medo de que não fosse algo bom.
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  — O que eu vou dizer é um pouco difícil, mas é preciso. — ele respirou fundo.
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  — O que aconteceu papai? — Jullie o perguntou.
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  — A não vai mais poder ficar aqui, conosco. — disse ele.
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  — O que? — disseram as crianças junto.
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  — Eu fiz algo de errado? — perguntei meio desnorteada, não queria pensar que ficaria presa na minha garrafa de novo.
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  — Não, mas…
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  — Por que ela tem que ir? — Jullie o olhou — A faz parte da família agora, é por causa da sua namorada?
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  — O que? — sua face estava meio surpresa — Que namorada? Não é por isso, Jullie.
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  — O que é então papai? — Mike se levantou — Porque a tem que ir?
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  — Não é certo que ela fique, eu não sei de onde veio a garrafa dela, talvez seja de outra pessoa e foi misturada as minhas coisas, de qualquer forma, ela não pode ficar mais.
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  — Mas…
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  — Jullie. — eu a olhei e sorri — Seu pai tem razão, talvez eu devesse estar em outro lugar e estou aqui por algum desvio, eu não me importo de ir.
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  — Mas eu sim. — Jullie começou a lacrimejar — E o Mike também.
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  — Sim. — Mike concordou.
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  — Não fique assim, ainda seremos amigos.
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  — Papai, deixe ela ficar até o natal. — disse Jullie — Não queremos passar o natal longe dela.
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  — Natal? O que é Natal? — olhei para .
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  — Papai, não temos a mamãe, nos deixe passar o natal com a . Por favor?! — pediu ela.
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  — Tudo bem, só até o natal.
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  Jullie se levantou do sofá e pegando na minha mão me levou até seu quarto, Mike nos acompanhou em silêncio, eles estavam tão tristes quanto eu, mas era de se esperar que uma hora eu teria que partir. Jullie secou suas lágrimas e me olhou, mesmo triste eu desconfiava que alguma coisa estava se passando naquela mente criativa.
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  — Confirmamos o que eu temia, papai está mesmo namorando aquela Penny. — disse ela indo fechar a porta.
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  — Então deve ser por isso que ele quer que a vá embora.
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  — Vocês estão com um tom estranho, estou começando a achar que namoradas são pessoas más como as madrastas da Disney.
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  — Sim. — disse Jullie — Namoradas são mesmo assim como as madrastas, você é uma exceção.
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  — Eu não posso ser uma namorada, já sou um gênio.
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  — Você pode ser os dois, não queremos que o papai fique com outra pessoa.
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  — Você já se perguntou se seu pai gosta dela? — a olhei séria, mas com suavidade.
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  — .
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  — Jullie, eu sou um gênio, não posso fazer nada que prejudique meu mestre, que é seu pai, e não poderei deixar vocês fazerem também.
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  — E você vai aceitar ir embora? — Mike me olhou com uma carinha fofa.
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  — Tenho que atender o pedido do seu pai, com um gênio, mesmo não querendo, ficarei até o natal, seja lá o que for isso.
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  — Natal é a melhor data do ano. — Jullie me abraçou — Eu não vou desistir, mesmo que tente me impedir, é você que nós queremos.
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  Meu coração estava mesmo apertado com tudo aquilo, por mais que eu continuasse a sorrir e tentar fazer todos sorrirem, o clima estava um pouco pesado, evitava um pouco de se aproximar de mim e estava sempre chegando mais tarde. Faltava dois dias para o natal, Jullie e Mike estavam um pouco tristes, então eu tive a ideia de levar eles para visitar o túmulo de Mary, já que não tinha levado no aniversário da morte dela.
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  Fiquei um pouco afastada olhando as crianças de pé em frente a lápide dela, eles choraram um pouco e depois começaram a conversar, como se ela pudesse responder eles. Segurei um pouco minha emoção, mas estava tentando guardar na memória todos aqueles últimos momentos com eles, desde o dia em que saí da minha garrafa quando Mike a destampou, até o natal.
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  Ajudei Jullie e Mike a decorar a casa e montar a árvore de natal, estava animada com tudo aquilo, foi um momento de diversão que eu poderia usar para fazer eles se esquecerem que eu iria embora em pouco tempo. Jullie havia me dito que as pessoas se presenteiam no natal, eu não tinha dinheiro e não poderia comprar nada, nem faria isso. Eu queria dar algo que realmente pudesse fazer eles sorrirem como nunca sorriram antes, foi então que tive uma ideia.
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  — O que você está pensando? — parecia confuso.
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  — Bem. — respirei fundo — Você foram as primeiras pessoas que realmente me trataram como parte da família, por mais que eu não possa ficar, eu queria fazer algo por vocês, algo realmente significativo.
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  — Algo significativo? — Jullie me olhou sem entender — Você já é significativa para nós.
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  — Sim. — Mike concordou.
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  — Eu sei, também tenho um carinho muito grande por vocês, por isso quero dar o maior de todos os presentes.
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  — Se é um presente, porque vai falar agora? — se levantou — Não deveria ser surpresa?
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  — Não. — eu sorri — Desde que conheci vocês, percebi que falta uma parte muito importante na vida de vocês, infelizmente mesmo sendo um gênio, não posso trazê-la de volta, mas posso dar a chance de vocês se despedirem de uma forma mais serena.
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  — Do que está falando? — me olhou.
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  — Estou falando que posso dar a vocês o melhor natal do mundo, amanhã vocês não me terão aqui, ao invés disso, terão a presença do membro que falta.
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  — A mamãe? — Jullie me olhou — Você pode trazer a mamãe para o natal?
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  — Pode? — me olhou.
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  — Sim, por um dia, acho que posso fazer ela estar com vocês. — eu sorri — Este é meu presente de natal para vocês.
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  — Mas e você? — Mike me olhou — Vai passar o natal sozinha?
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  — Não se preocupe, estarei acompanhando um pouco de longe.
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  Este era meu presente para eles, um dia com Mary, mesmo não podendo trazê-la de volta dos mortos, eu acho que poderia me passar por ela, por um dia. Aquela era a primeira vez em dias que havia realmente me olhado nos olhos, ele parecia confuso e ansioso, certamente meu presente não era exatamente para as crianças, mas para ele, eu sentia que ele tinha que se despedir da sua esposa de forma apropriada. Eu aproveitei aquela noite para invadir as memórias de e das crianças, tinha que extrair o máximo de lembrança que tinham de Mary, assim eu poderia ser perfeita ao me passar por ela.
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  As horas se passaram e logo pela manhã, me olhei no espelho do banheiro, em um piscar de olhos eu já estava com o rosto de Mary, olhei para minhas mãos, meu corpo estava muito mudado. Era estranho me olhar no espelho e ver a face de outra pessoa, mas estava feliz em fazer aquilo, manhã de natal e a família estaria completa, mas que este completo não contasse comigo.
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  Desci até a sala, num estalar de dedos tudo estava arrumado no lugar, fui para a cozinha e organizei a mesa do café, todos os ingredientes do almoço já estavam preparados e reservados. Respirei fundo e voltei para sala, não demorou muito até que ouvi o barulho das portas dos quartos se abrindo, eu estava preparada para dar o meu presente a eles com perfeição. Fiquei de costas para a escada olhando para o portarretrato que estava na mesa de centro, tinha a fotos deles juntos, aos pouco ouvi o barulho deles descendo as escadas, meu coração estava acelerado.
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  — Mary. — disse , deveria estar reconhecendo pelos longos cabelos da esposa — É você?
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  — Bom dia, meus amores. — sorri para eles, que estavam embasbacados ao me ver.
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  Estava tudo milimetricamente calculado, até mesmo minha voz estava idêntica à dela, eu não deixaria passar nenhum detalhe. O sorriso leve e meigo, o olhar sereno, a suavidade e doçura na voz, naquele dia que tinha se iniciado, eu não seria mais , o gênio, eu seria Mary, o membro mais importante daquela família.
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“Conte-me seu sonho,
Conte-me os pequenos desejos em seu coração.”
– Genie / Girls’ Generation

Capítulo 15

  * POV

  Era difícil de acreditar, mas ela estava ali diante de mim e das crianças, minha Mary estava parada no meio da sala sorrindo para mim, senti meu coração acelerar, dentro de mim eu não conseguia segurar minhas emoções. Sorrir ou chorar, eu estava fazendo os dois. Jullie e Mike se aproximaram e a abraçaram, ela se abaixou e retribuiu o abraço com seu sorriso doce de sempre, ela se levantou e deu alguns passos até mim.
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  — Bom dia. — seu olhar era o mesmo de quando a conheci.
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  — Mary. — eu a abracei forte, não queria soltá-la mais — Por que me deixou.
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  — Eu não te deixei, sempre estive em seus pensamentos, agora estou aqui.
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  — Está, até o final do dia. — me afastei um pouco dela — Não quero te perder de novo.
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  — Você jamais me perdeu. — ela sorriu — Vamos apenas esquecer o que passou, quero que este dia seja especial para todos nós. — ela olhou para as crianças — Quem está com fome?
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  — Nós. — Jullie deu um sorriso largo — Vamos tomar café com a mamãe.
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  Ter Mary ali era como se tudo tivesse voltado ao normal, até o gosto do café era o mesmo de quando ela estava viva. Eu não conseguia parar de olhar para ela, suas mãos delicadas quando passava no cabelo, seu olhar atento para as palavras das crianças, seus sorriso singelo para mim. Meu coração acelerava toda vez que nossos olhares se encontravam, após o café nos sentamos na sala, Jullie e Mike queriam mostrar seus cadernos escolares, queriam contar tudo a ela.
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  — Que lindo. — disse Mary ao olhar o caderno de desenho de Jullie — Você desenha muito bem, é lindo.
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  — Eu também sou a melhor aluna da escola. — disse Jullie.
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  — E como não seria, você é tão inteligente e criativa, estou orgulhosa de você. — ela olhou para Mike — Estou orgulhosa dos dois, são os melhores filhos que eu poderia ter.
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  — Você é a melhor mãe que poderíamos ter. — Mike sorriu e a abraçou — Mamãe, eu sou o melhor jogador do time, queria que tivesse visto o primeiro gol que eu fiz.
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  — Eu vi, você estava com medo de bater aquele pênalti, mas foi corajoso e fez um lindo gol.
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  — Como a senhora viu? — ele a olhou surpreso, todos estávamos.
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  — Eu estou sempre com vocês, mesmo não podendo estar fisicamente, eu estou bem aqui. — ela tocou no peito dele na altura do coração — Estou vivendo dentro de vocês agora, sei que eu deveria estar presente.
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  — A culpa não é sua mamãe. — Jullie a olhou — Estamos felizes por morar dentro da gente.
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  — Eu estou feliz por morar dentro de vocês. — ela os abraçou de leve — Eu amo vocês, amo muito.
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  — Nós também te amamos. — disse eles.
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  Eu estava admirado em presenciar aquilo, meus filhos e Mary juntos, eu sempre sonhei com isso, não queria que eles tivessem perdido a mãe tão novos. Ficamos na sala por algum tempo conversando, Jullie e Mike estavam entusiasmados em contar tudo mesmo para Mary, até mesmo sobre eles contaram.
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  — A senhora iria adorar conhecer ela, nós nos divertimos muito. — disse Mike.
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  — Sim, temos um novo motivo para sorrir. — completou Jullie — Ela nos levou na era dos dinossauros da última vez, foi muito legal.
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  — Olha, e vocês não ficaram com medo? — Mary os olhou admirada.
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  — Não, só o papai. — respondeu Mike rindo.
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  — Verdade. — eu sorri de leve desviando meu olhar para a mesa de centro.
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  — Estou feliz que tenha uma pessoa para cuidar de vocês agora. — disse ela.
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  — Sim, mas o papai expulsou ela. — Jullie parecia frustrada, e com razão.
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  — O pai de vocês deve ter algum motivo para isso. — ela respirou fundo olhando com carinho para Jullie — Não fique triste, amigos de verdade nunca vão embora para sempre, eles vivem dentro da gente também.
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  — Mamãe…
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  — Por que não brincamos um pouco, estou ansiosa para brincar com meus filhos, só não tenho poderes para ir no passado ou fazer explorações, mas acho que posso convencer o papai a fazer guerra de travesseiro, que tal?
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  — O que? — eu a olhei — Traves…
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  — Deixa papai? — Mike me olhou — A gente sempre quis fazer isso.
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  — Mas é claro que ele vai deixar. — ela se levantou me olhando com charme — Afinal hoje é natal e eu estou aqui, não é?
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  — Sendo pressionado por minha própria esposa. — eu ri de leve — Você sempre soube como me controlar.
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  — Só queremos nos divertir.
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  Eu assenti fácil, não iria negar um pedido dela, as crianças comemoraram um pouco e logo correram para meu quarto, Mary pegou em minha mão e me puxou junto. Foi mais que uma festa, as penas sintéticas do travesseiro voaram pelo quarto, não me importava com isso, meu olhar estava no sorriso de Mary. Seus olhos brilhando como os dos meus filhos, estávamos mesmo nos divertindo, de forma simples mas sublime.
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  — Ah, eu me rendo, estou cansada. — disse ela se sentando na cama.
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  — Te pegamos mamãe. — Mike pulou em cima dela — Nós vencemos.
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  — Sim, vocês venceram, são os melhores em guerras de travesseiro. — ela riu erguendo seu corpo e me olhando.
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  — No que está pensando? — perguntei, aquele olhar era pensativo demais.
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  — Estou pensando que vocês poderiam arrumar essa pequena bagunça, enquanto eu preparo o almoço.
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  — Ah, sabia que nossa diversão iria terminar assim. — Jullie fez cara triste.
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  — Mães são sempre assim. — eu ri um pouco olhando para Mary — Vamos arrumar senhora Mary.
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  — Não demorem.
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  Mesmo com desejo de passar o máximo de tempo perto de Mary, demoramos um pouco arrumando o quarto, porque sempre parávamos para brincar um pouco mais no meio das penas. Quando chegamos na cozinha a mesa estava posta e o almoço quase pronto, o cheiro estava maravilhoso, eu me lembrava do gosto da comida de Mary, o tempero era suave, mas o sabor era incomum e maravilhoso.
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  E sim, tinha o mesmo sabor que eu me lembrava, Mary tinha feito um tender assado, com purê de batata, ervilhas e salada, fiquei impressionado por ela ter feito até a sobremesa, sua torta de morango com chocolate, uma receita de família. Aquele dia estava sendo muito precioso para mim, era sim uma boa forma de me despedir de Mary, acho que estava começando a aceitar a morte dela.
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  Complicado, mas eu realmente precisava estar novamente na companhia da minha esposa para aceitar sua morte e deixá-la ir de verdade. Tinha certeza que depois de hoje eu sempre iria me lembrar dela, mas não com tristeza e sim com alegria por ter me casado com alguém como ela. Eu ajudei Mary e retirar a mesa, enquanto isso as crianças foram para sala ver um filme, era estranho estar ali com ela no mesmo ambiente sozinho, mas era bom ao mesmo tempo.
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  — Eles cresceram muito. — disse ela ao fechar a geladeira — Você tem cuidado muito bem deles.
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  — Sim, apesar de sempre faltar alguém muito importante. — disse me referindo dela.
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  — Tenho certeza que não farei mais falta, eles sempre me terão por perto de alguma forma.
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  — Obrigado. — disse a ela segurando minha emoção.
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  — Pelo que? — seu olhar sereno parecia confuso.
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  — Por estar aqui hoje.
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  — Está me agradecendo por estar aqui com vocês? Minha família que eu amo muito?
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  — Acho que sim. — eu ri de leve — Você aqui, está sendo o melhor presente, sei que amanhã será difícil para eles.
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  — Porque? — ela deu alguns passos até mim — Algo te preocupa?
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  — Ando tomando alguns decisões que podem fazer eles ficarem tristes, é difícil sem você aqui.
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  — . — ela sorriu — Sei que você sempre irá fazer o que é melhor para eles, jamais haverá um pai melhor do que você.
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  — Eu te amo. — eu me aproximei mais dele para lhe beijar.
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  — Eu sei, e sempre senti o mesmo. — ela desviou sua cabeça se afastando de mim — Vamos para sala, temos que abrir os presentes.
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  — Sim.
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  Respirei fundo, a segui até a sala, as crianças já estavam sentadas perto da árvores nos esperando, não tinha muitas caixas, mas os poucos presentes que abrimos significaram muito para nós. Jullie e Mike deram um presente para Mary, o cordão que era dela e tínhamos guardado depois da sua morte, Mike a ajudou a colocar no pescoço, Mary parecia muito emocionada.
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  — Você realmente guardaram bem, não vou me esquecer. — ela alisou o cordão de leve — Foi o melhor presente que poderia ganhar.
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  — Que bom que gostou mamãe. — Mike sorriu — Foi minha ideia.
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  — Ah, que lindo. — ela o abraçou — Eu adorei, só lamento não ter trago nada para vocês.
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  — Você estar aqui já é um presente mamãe. — disse Jullie — Foi o melhor natal que tive até hoje.
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  — Eu também. — concordou Mike.
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  Eu assenti com a face concordando também, aquele natal estava maravilhoso, nos sentamos na sala para assistir mais uma vez o filme favorito dela, Mary sempre se emocionava ao ver aquele filme. A cada hora que se passava, aproveitávamos ainda mais aquele momento com ela, aos poucos foi escurecendo e o tempo foi passando, as crianças começaram a lutar contra o sono, pois sabiam que quando acordasse não teriam mais a mãe.
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  — Mamãe. — disse Jullie assim que a colocamos na cama.
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  — Sim querida?! — Mary se sentou na beirada da cama — O que deseja?
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  — Eu vou te ver de novo? — perguntou ela com sua voz já sonolenta.
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  — Sim, sempre que quiser me ver, basta fechar os olhos que estarei em seus sonhos. — Mary beijou sua testa de leve — Agora durma.
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  — Boa noite mamãe.
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  — Boa noite querida.
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  Passamos no quarto de Mike para que ele pudesse se despedir também, Mike pediu para que ela contasse uma história para ele, Mary assentiu e pegou seu livro preferido para ler, a incrível história do Gato de Botas. Antes da metade da história Mike adormeceu, mas Mary continuou contando até o final, ela fechou o livro lhe deu um beijo na testa de se levantou, deixamos a luz do abajur ligado e saímos do quarto.
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  Mary me acompanhou até meu quarto, eu senti que aquele era o adeus, eu não queria que fosse tão rápido, queria poder voltar ao início do dia e repetir tudo que fizemos todo aquele tempo.
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  — Queria poder ter mais tempo para me despedir. — disse assim que entramos no quarto — Queria mais tempo com você aqui.
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  — Bem, acho que não seria bom, um dia apenas era tudo que precisavam. — ela sorriu me olhando tranquilamente — Sabe que não posso ficar, mas estou feliz por estar aqui também.
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  — Mary. — eu me aproximei dela, desta vez não a deixaria fugir — Obrigado por ter me amado.
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  — Também sempre serei grata por seu amor, mas agora deve me deixar ir. — ela segurou em minha mão — Sei que você ficará bem, pessoa boas merecem uma segunda chance.
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  Suas palavras me fizeram lembrar da frase que estava escrita na garrafa de , senti meu coração pulsar mais forte, eu não iria me segurar, a beijei de surpresa sem ressentimento.
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  * POV

  Eu estava estática com aquilo, segundo o que havia aprendido, aquilo era um beijo, estava me beijando de forma tão intensa e apaixonada, tanto que eu conseguia sentir nossos corações acelerados. Seus braços envolveram em minha cintura, aproximando ainda mais meu corpo do dele, era uma experiência nova e embaraçosa para mim, era a primeira vez que eu beijava alguém. Eu estava confusa com aquilo, ele estava me beijando, mas eu ainda estava como Mary, será que ele de alguma forma, pudesse imaginar que era eu ali e não ela?
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“Conte-me seu desejo
Sou um gênio para você, garoto
Conte-me seu desejo
Eu sou gênio para o seu desejo
Conte-me seu desejo
Eu sou gênio para o seu sonho
Conte apenas para mim
Eu sou gênio para o seu mundo.”

– Genie / Girls’ Generation

Capítulo 16

  * POV

  Ficamos nos olhando por um tempo após o beijo, eu ainda estava sem reação, não sabia ao que dizer, o que fazer, eu ainda era a Mary para ele. sorriu de leve, era um sorriso bonito e cheio de alegria, era a primeira vez que eu via um sorriso como aquele, sua face tranquila e seu olhar sereno.
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  — Está tudo bem? — ele acariciou de leve minha face.
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  — Sim, eu acho. — respondi em meio a um sussurro — Você deve dormir agora.
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  — Quando eu acordar, você terá ido embora? — perguntou ele.
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  — Sim. — assenti — Está na hora de você recomeçar.
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  — Talvez eu não queira recomeçar. — retrucou ele, senti um tom de amargura.
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  Respirei fundo, procurando as palavras certas, não queria de ele voltasse a ser aquele homem triste e solitário, eu era seu gênio e mesmo que fosse embora no dia seguinte, eu tinha que cumpri meu dever e fazer ele ser uma pessoa feliz.
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  — Recomeçar não significa me esquecer, eu sempre farei parte da sua vida, mas você precisa viver de verdade, viver por mim, por nossos filhos e principalmente viver por você. — eu sorri o olhando com suavidade e pegando de leve em sua mão que ainda estava em minha face, me afastei um pouco — Boas pessoas merecem uma segunda chance.
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  Em um suspiro forte dei alguns passos para trás e saí fechando a porta, eu estalei meus dedos voltando ao normal, assim que a maçaneta da porta se mexendo, estalei meus dedos novamente fazendo meu corpo ficar invisível aos olhos humanos. Naquele momento, nem ele e nem as crianças me veriam mais, eu faria o que ele pediu, me afastaria deles já que o acordo era ficar até o natal.
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  Não seria fácil para mim, as crianças significavam muito na minha existência atual, após anos presa naquela garrafa, eu jamais imaginei que iria conhecer pessoas que me fariam sentir parte da família delas. Mas estava feito, eles não iriam me ver mais, desviei meu olhar para a mão direita e minha garrafa apareceu, logo a porta se abriu.
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   saiu do quarto gritando o nome de Mary, ele desceu as escadas e a procurou em todos os cômodos, quando ele chegou novamente na sala, seus olhos estavam marejados e sua respiração ofegante. Assim que ele sentou no sofá, a primeira lágrima caiu, meu coração ficou apertado, mas não iria voltar a trás. As horas se passaram, havia dormido no sofá, assim que clareou o dia as crianças desceram as escadas correndo, eu fiquei no canto da sala quieta observando tudo.
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  — Bom dia. — disse se espreguiçando — Por que estão acordados logo cedo?
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  — Eu acordei porque estava com fome. — explicou Mike — E estava curioso para saber como a iria me acordar hoje.
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  — E eu acordei com o Mike me chamando, estávamos procurando a para saber porque ela não nos acordou, como todo dia.
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  — Mas e você papai?! — perguntou Mike — Por que dormiu na sala?
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  — Não sei. — sussurrou ele.
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  — Vamos Mike, vamos procurar a na cozinha.
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  — Ela não está mais aqui. — disse num tom mais sério — O combinado era até o natal, se lembram? Ela deve ter ido embora.
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  — Mas sem se despedir?! — Mike o olhou começando a lacrimejar.
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  Fechei os olhos para não chorar, ver as crianças procurando minha garrafa pela casa inteira foi de partir o coração, parecia um pouco estranho com tudo aquilo, ele estava mais calado e pensativo do que o normal.
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  * POV

  Tinha que admitir, aquela casa ficava silenciosa e com ar de vazia sem a , e era o que eu temia, não queria que meus filhos voltassem a ser tristes e quietos, mas também não queria que se apegassem tanto a uma pessoa que nem era pessoa de verdade. Não sei se era ciúmes de pai, ou meu lado homem que tinha medo de se sentir atraído por uma gênio, quanto mais eu pensava na partida de , mais eu me perguntava se tinha tomado a decisão certa.
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  Mais dias foram se passando, nossa vida tinha retornado aquela rotina de quando era antes da aparecer, eu passava algumas horas trancado no escritório e meus filhos no quarto. Assim como todos os anos, nós iríamos participar da festa de virada do ano na casa do dono da construtora, o Sr. Finn nunca me deixava faltar as comemorações como esta, afinal eu era o melhor arquiteto da empresa.
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  — Temos mesmo que ir? — perguntou Mike cruzando os braços de cara feia.
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  — Eu também não estou com vontade, ainda mais que a não está aqui para nos ajudar a divertir. — concordou Jullie se sentando no sofá — Ainda sentimos falta dela.
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  — Com o tempo vão se acostumar com essa nova realidade. — eu respirei fundo, não sabia o que mais dizer já que lá no fundo eu também sentia falta daquela louca — Mas eu preciso de vocês, como acham que vou conseguir ficar lá sozinho?
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  — Sua namorada vai estar lá? — perguntou Jullie.
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  — A Penny não é minha namorada, e sim ela vai estar lá. — eu a olhei com carinho — O que mais posso dizer para te convencer que a ter ido embora não está relacionado a minha amizade com a Penny?
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  — Se não, por que a teve que ir? — retrucou ela.
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  — Porque não sabemos se ela realmente deveria ter vindo para nossa casa. — expliquei — Então, eu terei a companhia dos meus filhos?
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  — Tudo bem. — Jullie se levantou do sofá e olhou para Mike assentindo — Mas não espere gentileza da nossa parte com sua amiga.
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  — Jullie?! — a repreendi — seja pelo menos educada como sei que é.
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  Que meus filhos não gostavam de Penny, eu já tinha percebido desde a primeira vez, mas eles deveriam aprender a separar as coisas, realmente Penny era uma amiga, uma amizade meio colorida, mas para mim só amizade. Nós entramos no carro e eu dei a partida, minutos depois já estava estacionando em frente a luxuosa casa do Sr. Finn, logo na porta de entrada fomos recebidos pela governanta.
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  — A quanto tempo . — disse uma voz feminina atrás de nós.
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  — Charlot. — eu me virei e a cumprimentei — Boa noite.
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  — Boa noite, estes devem ser seus filhos. — disse ela desviando o olhar para as crianças — se parecem um pouco com você, mas possuem o olhar da Mary.
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  — Sim. — concordei — Crianças, cumprimentem a Charlot.
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  — Oi. — disseram eles sem nenhuma animação.
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  — Hum, vocês estão com fome? — perguntou ela — Tem um lugar maravilhoso que acho que vão gostar.
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  — Por que não vão com ela, descobrir que lugar é esse? — perguntei a eles.
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  — Tudo bem. — Jullie assentiu segurando na mão de Mike.
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  — Prometo que vão se divertir. — Charlot segurou na mão de Jullie e os guiou até as escadas.
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  — Olha quem chegou. — exclamou John da porta — Já estava pensando que não viria mais.
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  — E o Sr. Finn me deixaria faltar? — retruquei olhando para o copo de uísque em sua mão — Já bebeu quantas até agora.
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  — Acredite ou não, esta é a primeira dose. — ele riu — Eu pensei em me comportar hoje para você me apresentar a babá dos seus filhos.
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  — A não trabalha mais na minha casa. — respondi serenamente.
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  — O que? — ele me olhou embasbacado — Como assim? Como você faz isso e não me conta?
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  — Que ar de ofendido é esse?
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  — Aquela garota era linda demais, só vou te perdoar se me passar o telefone dela, assim posso contratá-la.
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  — E você por acaso tem filhos?
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  — No caso ela cuidaria de mim. — ele brincou.
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  — Fique longe dela. — senti uma certa intensidade no meu olhar.
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  — Uah, calma, não precisa me olhar assim, como se fosse me arrastar no asfalto. — ele se afastou um pouco de mim — Vou pegar mais um copo, já que você não quer me apresentar ela.
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  — Apresentar quem? — perguntou Penny ao entrar na sala.
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  — Ninguém. — respondi tentando não deixar minha voz áspera, eu estava mesmo irritado com os comentário de John sobre .
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  — Hum, bem. — Penny pareceu meio sem graça por minha reação.
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  — Me desculpe, John sempre faz comentários desnecessários que me deixa nervoso.
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  — Se quiser posso te acalmar um pouco. — ela se aproximou um pouco de mim.
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  Aquela era a primeira vez que via Penny, após o natal, certamente não era nada com ela, mas eu estava me sentindo meio estranho e distante, não sei se era castigo ou um pedido louco dos meus filhos a Deus, mas eu estava me sentindo desconfortável perto dela. Me afastei um pouco e desviei meu olhar para a escada, Charlot estava descendo com .
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  — Eu ficarei bem Penny. — respirando fundo — Onde deixou meus filhos?
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  — Como eu presumi, eles estão se divertindo. — respondeu Charlot — Os deixei no espaço das crianças.
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  — Se quiser pode ir ver como eles estão. — completou — Me parece que seu filho gostou de conhecer nossa filha.
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  — Agradeço pela hospitalidade. — me afastei dele e subi a escada.
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  Eu odiava aquilo, sempre se aproveitava para mostrar como sua família com Charlot era feliz, mesmo não me incomodando mais, seu olhar de superior por ter se casado com minha primeira namorada me deixava irritado. Assim que cheguei no segundo andar, caminhei pelo corredor até chegar a uma porta aberta, era um amplo quarto de brinquedos com muitas crianças.
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  Fiquei da porta olhando eles brincarem com a filha de , por um breve momento eu vi o brilho nos olhos deles, o mesmo brilho que a provocava quando os faziam se divertir. Aquela pequena cena me trouxe muitas coisas na memória, uma delas foi o dia de natal, ver Mary mexeu muito comigo e ainda mais, me fez perceber que meus filhos ficariam bem, mesmo ela não estando com eles.
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  Era a última noite do ano e minha mente só conseguia pensar na última pessoa que conheci naquele ano, as horas passaram e todos se reuniram no jardim para o show de fogos de artifício. Assim que iniciou a contagem para o novo ano, eu entrei num estado estático em que comecei a ver tudo em câmera lenta, e a cada segundo contado minha mente reproduzia uma imagem de mim com , até que chegou na última e apareceu o beijo que dei em Mary.
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  Algo que me deixou ainda mais confuso e desnorteado, era difícil não deixar de pensar agora que eu tinha me lembrado, mais difícil ainda foi tentar me concentrar na festa e nos abraços de felicitação que me davam. Não era de se esperar que eu ficasse mais na festa, aproveitei que Mike estava com sono e voltei para casa com as crianças, assim que chegamos os coloquei em suas camas e fui para meu quarto.
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  Eu tentava mesmo pensar em outra coisa, mas minha mente estava fixa em e no beijo que dei a Mary, meu último recurso para desviar o pensamento era um banho, e foi o que fiz, uma ducha gelada para me fazer esquecer. Entretanto, nem isso me fez desviar desse pensamento, coloquei uma calça e desci para meu escritório sem camisa mesmo.
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  Assim que entrei, caminhei até a mesa e me sentei, respirei fundo fechando meus olhos, eu não queria admitir que ambas as lembranças estavam ligadas, era óbvio que eu não queria olhar para como uma mulher, por isso a afastei de mim. Irônico que meus pensamentos estavam se organizando de uma forma que eu não tinha escolha, a não ser aceitar a verdade.
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  Assim que abri meus olhos novamente, olhei para minha agenda de compromissos, a peguei e folheei as páginas até que encontrei um bilhete, o mesmo que estava na garrafa da .
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  — Boas pessoas merecem uma segunda chance. — sussurrei para mim mesmo.
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  Aquela foi a peça final, para que eu pudesse encaixar no quebra-cabeças chamado , finalmente eu estava aceitando e admitindo o que já desconfiava, e isso estava mexendo muito comigo.
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  — Eu sei que está aqui. — disse em voz alta — Desde que fechou a porta e desapareceu, eu sei que era você.
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  O silêncio continuou pairando sobre o lugar, mas eu sabia que ela estava ali, eu conseguia sentir seu perfume.
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  — Eu sei que aquela não era a Mary, era você . — admiti sentindo meu coração acelerar.
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“Eu queria que você pudesse aparecer
Em minha frente por um momento
Eu queria que você pudesse retornar ao meu lado
Esses poderes inúteis meus.”

– Miracles In December / EXO

Capítulo 17

  * POV

  Paralisada eu estava, ouvindo ele dizer aquelas palavras e afirmar que ele sabia que era eu, comecei a me perguntar se ele sabia que era eu, porque me beijou. Ele se levantou da cadeira, e caminhou até a frente da mesa, como me estivesse me procurando ou esperando que eu aparecesse. Mas eu deveria aparecer? Foi ele quem me pediu para ir embora, eu estava me sentindo confusa, porque os humanos são assim, inconstantes?
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  — . — ele sussurrou novamente — Por favor, volte.
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  — Mestre. — sussurrei aparecendo na frente.
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   levantou sua face e me olhou, ele ficou sem reação a primeiro momento, mas logo deu impulso no seu corpo e me abraçou. Eu não sabia o que fazer, o que falar, nem o que pensar, ele mantendo seus braços envolta de mim como se não quisesse que eu me afastasse mais. Conseguia sentir os batimentos acelerados dele, mesmo com sua respiração normal.
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  — Mest… . — eu tentei me afastar, mas ele continuava me aninhando nos seus braços, o que me deixava ainda mais confusa.
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  — Papai, eu tive um… — disse Jullie ao entrar no escritório, descendo as escadas — .
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  — Jullie. — disse agora conseguindo me afastar dele — Oi.
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  — . — ela elevou sua voz com animação e dando um sorriso correu para me abraçar — Meu pedido se realizou.
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  — Jullie. — eu sorri sem entender — Que pedido?
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  — Pedido de ano novo, eu e o Mike pedimos pra você voltar. — respondeu ela com um sorriso fofo, seus olhos estavam brilhando — Obrigada papai.
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  — O que? — a olhou ainda estático.
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  — Por trazer a de volta. — Jullie desviou seu olhar para mim — Agora estou mais feliz.
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  — Que bom que está feliz. — eu segurei de leve em sua mão — Agora, o que está fazendo acordada a essa hora?
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  — Eu tive um pesadelo. — respondeu.
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  — Não acredito. — eu sorri — Então vamos voltar agora para o quarto, tenho certeza que com uma história você terá um lindo sonho.
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  Eu puxei Jullie comigo e seguimos correndo para o quarto, assim que chegamos ela se deitou na cama, eu sentei ao seu lado e comecei a contar a história de um menino chamado Aladim, em uma versão totalmente inventada por mim. Eu nem tinha chegado na metade da história e Jullie já estava em profundo sono, parei por um momento de falar e fiquei a olhando dormir, tinha certeza que ela teria sim uma linda noite de sono.
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  A cobri com cautela e me afastei de sua cama, abri a porta lentamente para não fazer barulho e saí deixando a luz do abajur acesa. Do lado de fora, estava encostado na parede me olhando, seu olhar estava tão confuso quanto minha mente, eu ainda não entendia o significado daquele abraço e porque ele tinha me chamado. Mas estava feliz por estar de volta.
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  — Me desculpe. — disse ele.
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  — Te desculpar? Pelo que? — eu não entendia o que ele tinha feito para pedir desculpas, na maioria das vezes sou eu quem tenho que pedir desculpas.
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  — Por ter te afastado. — ele foi direto, sua voz tinha traços de tristeza, sua face séria.
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  — Você só estava pensando no melhor para todos, na verdade ainda não sabemos se era realmente para eu estar aqui. — afirmei dando alguns passos até ele, eu segurei em sua mão — E eu não estava tão longe assim, eu não consegui me afastar daqui.
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   me abraçou novamente, ficamos ali por alguns minutos abraçados em silêncio, será que ele estava me confundindo com a Mary, eu não era mais ela, agora eu era eu. Eu me afastei um pouco dele e o olhei com carinho, estava escolhendo as palavras mais adequadas, mas uma curiosidade ainda tomava conta de mim.
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  — Como você sabia que era eu? — perguntei intrigada.
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  — Boas pessoas merecem uma segunda chance. — respondeu ele — Estava escrito em um bilhete na sua garrafa, foi o que me fez associar tudo.
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  — Ah. — agora estava explicado, eu tinha dito isso a ele enquanto estava como Mary — Esse é o lema dos gênios.
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  — Então, eu sou uma pessoa boa? — perguntou ele dando um sorriso fechado.
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  — Claro que é, mas sua bondade era apagada pela tristeza, estou feliz que tenha se despedido de sua esposa como deveria. — sorri de leve.
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  — Graças a você, apesar de não ter sido ela de verdade. — um brilho diferente surgiu no seu olhar por uma breve fração de minuto — Me prometa uma coisa.
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  — Sim, sou seu gênio. — assenti.
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  — Nunca mais vai embora. — pediu ele com um tom mais baixo — Eu não sei o que estou sentindo, mas sei que não quero que esta casa fique em silêncio, sem você aqui nada tem vida.
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  Assenti com a face, não sabendo o que dizer para ele, meu primeiro mestre nunca tinha falado algo assim para mim, senti meu coração pulsar mais forte e minhas pernas bambearem um pouco. Uma vez eu tinha visto na televisão que o abraço de dois adultos significava bem mais do que só afeto, isso estava me deixando ainda mais confusa sobre ele ter me chamado de volta.
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   me pediu minha garrafa de volta, assim que entreguei ele a guardou no seu guarda-roupas, acho que ele estava pensando numa forma de eu não ir embora mais. Segurei o riso vendo aquela cena, ele parecia ser uma pessoa fofa, acho que ele era assim quando sua esposa era viva, pude sentir quando estava no lugar dela no natal.
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  Ele pegou dois lençóis e um cobertor, eu pensei que fosse para mim, porém ele pediu que eu dormisse em seu quarto até ele comprar uma cama para mim, ele dormiria na sala. Fiquei impressionada e assustada com sua atitude, porque ele faria aquilo para um gênio, a cada gesto de comigo me deixava ainda mais sem saber o que fazer.
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  — Boa noite. — disse ele ao fechar a porta do seu quarto.
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  Fiquei ouvindo seus passos descendo a escada, respirei fundo por um tempo e comecei a dar alguns passos pelo quarto, estava mais andando em círculo. Pensando em tudo que tinha acontecendo desde que me pediu para voltar, aqueles abraços e seu olhar para mim.
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  Eu dei alguns toques na minha cabeça para ver se meus pensamentos se encaixavam, mas estava tão perdida quanto minha garrafa no meio das roupas dele naquela gaveta. Eu fechei os olhos e me transportei para uma lembrança do meu passado, estava na biblioteca de Alexandria, talvez eu conseguisse a resposta em algum livro. Passei horas e não encontrei nada, eu queria entender o que eu estava sentindo, o que ele estava sentindo, queria entender o que significava aquele abraço que ele tinha me dado de forma tão intensa.
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  Então me lembrei que Jullie tinha me apresentado o senhor Google, ele sempre tinha as respostas para todas as perguntas, abri os olhos e voltei minha atenção para a escrivaninha ao lado da janela. Caminhei até ela e abri o notebook de , eu não era tão boa assim com tecnologia, mas conseguia me virar muito bem, após abrir a página da internet, um pouco devagar digitei o que queria.
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  Primeiro, minha dúvida era o que significava um abraço, mas era muito vago e eu precisava especificar um pouco mais minha pergunta. Então digitei algo que pudesse me explicar, a relação entre um abraço de um homem e uma mulher, eu não sei se estava preparada para a resposta, mas tinha muitas palavras relacionadas ao abraço, palavras como amor e coração.
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  Mas o que era amor? Eu era mesmo leiga em assuntos sobre o sentimento dos humanos, o único sentimento que um gênio tem é obediência e paciência, nosso único propósito de vida era fazer nossos mestres felizes. Mas analisando agora tudo que tenho vivido com eles desde quando cheguei, o que sinto por essa família é muito mais que só obediência e paciência.
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  Continuei minha pesquisa, eu estava obstinada a entender ainda mais sobre os sentimentos deles, queria entender também o que estava sentindo, ele parecia estranho me tratando daquele jeito. Mas era um estranho legal, me fez me sentir confortável e feliz por estar de volta, pela primeira vez eu não sorri para fazer ele sorrir, eu sorri porque estava me sentindo bem em vê-lo.
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  — O que é o amor? — sussurrei para mim mesma lendo um artigo que encontrei.
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  Assim que terminei de ler, fechei os olhos e coloquei minha mão direita na altura do meu coração, respirei fundo me concentrando, eu tinha que entender tudo que estava sentindo e se esse tal amor estava vivendo dentro do meu coração. Tinha que colocar ordem na minha mente para conseguir ouvir meu coração.
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  Comecei definindo o que sentia pelas crianças, elas eram especiais para mim, podia considerá-los meus melhores amigos. Assim como eu preenchia o dia delas, elas também preenchiam meu dia de sorrisos e empolgação, eram como duas estrelas que precisavam da lua para guiá-los em horas de diversão. Eu não sabia como era o amor de Mary por eles, não sabia como era o amor de uma mãe, mas eu sentia que eles me amavam como se eu fosse parte da vida deles, o que me fazia querer ser.
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  Até aquele momento, meu coração estava tranquilo e normal, mas quando voltei meus pensamentos para , senti algo mudar, uma aceleração estranha e diferente, fiquei um pouco zonza quando a imagem dele me abraçando tomou conta de mim, senti como se estivesse acontecendo de verdade.
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  O abraço dele era quente e confortável, eu conseguia sentir seu perfume, o calor do seu corpo, os batimentos do seu coração, a intensidade da sua voz. Comecei a perceber que o abraço dele era diferente do das crianças, a sensação era diferente, isso me intrigava e me deixava confusa. Será que estava relacionado a coisas de adulto que a Jullie me disse uma vez?
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  — Eu não entendo. — sussurrei abrindo os olhos — Preciso descobrir o que significa isso, coisas de adulto.
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  Respirei fundo e olhei para a janela, já era de manhã. Não acredito que passei a noite inteira pesquisando, tinha que preparar um café da manhã especial para as crianças, estalei os dedos mudando de roupa e saí do quarto saltitando um pouco. Estava animada para tentar preparar algo novo, porém quando cheguei na cozinha já estava terminando de colocar as coisas na mesa.
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  — Você está acordado. — sussurrei sentindo minha empolgação escoar pelo ralo — Por que está acordado tão cedo?
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  — Bem, para ser sincero, não consegui dormir. — respondeu ele meio sem graça.
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  — Hum. — desviei meus olhos para a mesa, tinha quatro pratos, o que significava que um deles era meu.
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  — ! — ouvi uma voz surpresa.
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  — Mike!
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  — . — ele correu até mim e me abraçou apertado — Você voltou.
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  — Sim. — assenti retribuindo o abraço — Como foi sua noite de sono?
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  — Foi boa, eu sonhei que você tinha voltado. — ele sorriu para mim — E estou feliz porque meu sonho se tornou real.
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  — Eu também estou feliz. — eu limpei uma lágrima pequena que tinha se formado no canto do olho dele. E agora vamos tomar um café maravilhoso que seu pai preparou.
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  — Nossa mesa agora está completa. — disse Jullie ao aparecer na porta — O primeiro café da manhã do ano.
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  — Bom dia Ju. — eu sorri para ela — Conseguiu ter um bom sonho?
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  — Como você disse , o melhor sonho de todos, mas ter você aqui é melhor que qualquer sonho que pode em dar. — ela caminhou até mim e me abraçou — Promete que não vai mais embora?!
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  — Isso . — Mike me abraçou também — Promete que sempre vai ficar aqui com a gente.
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  — Prometo que só irei embora quando vocês não me quiserem mais. — disse de forma doce e compreensiva.
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  — Papai?! — Jullie olhou para — Promete que o senhor não vai mais mandar a ir embora?
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  — Prometo. — desviou seu olhar para mim, estava sereno porém com um grau de intensidade diferente — O lugar da é aqui.
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  — Oh! — agora eu estava surpresa, ele tinha me chamado pelo apelido.
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  — Papai você disse . — comentou Mike rindo.
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  — Sim. — assentiu ele mantendo seu olhar para mim.
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  Eu tentei não olhar muito para , ainda tinha muitas perguntas em minha mente e não entendia o que significava meu coração acelerar quando ele me olhava daquele jeito. Jullie me puxou de repente para me sentar ao lado dela, Mike se sentou do outro lado e ele na minha frente, tentei manter toda a minha atenção nas crianças, e não era difícil já que Mike estava empolgado me contando sobre os brinquedos que tinha na tal festa de final do ano.
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  Após o café Jullie me puxou para seu quarto, enquanto Mike ficou na cozinha ajudando com a louça suja. Jullie estava feliz e ao mesmo tempo tinha um pouco de preocupação em seu olhar.
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  — O que está te preocupando? — perguntei sentando em sua cama.
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  — Tenho medo que você vá embora de novo. — disse ela se sentando ao meu lado.
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  — Mas eu não vou, eu prometi ficar enquanto vocês quiserem. — disse tentando tranquilizá-la.
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  — Eu quero que você fique para sempre. — disse ela — Eu não tenho a mamãe, sempre pensei que uma madrasta seria algo negativo, mas você apareceu , você pode ser um tipo de madrasta legal.
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  — Madrasta?! Pensei que fossemos amigas. — disse não entendendo.
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  — Podemos ser as duas coisas. — disse ela com um brilho nos olhos.
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  — Mas Jullie. — e veio novamente aquela confusão na minha mente — Madrastas se casam com os pais, eu não sou casada com seu pai.
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  — Não ainda. — disse ela tranquilamente — Até a vovó acha que você é a pessoa certa para o papai, você poderia virar a namorada dele e depois se casar, aí você seria nossa madrasta.
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  — Você falando parece ser tão fácil. — eu sorri de leve — Mas não posso ser, eu queria muito ser sua madrasta e ficar com vocês para sempre, mas eu sou um gênio, e seu pai é um adulto, ele precisa ficar com alguém como ele.
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  — Mas você é um adulto como ele. — retrucou ela me confundindo ainda mais.
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  — Sou um adulto?! — cocei minha cabeça de leve.
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  — Sim, você parece ter vinte e cinco anos e meu pai tem trinta e dois, apesar de que se contar os anos que viveu na garrafa você é bem mais velha que o papai. — seu argumento era bom, mas tinha um detalhe.
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  — Isso não muda o fato de eu ser um gênio. — eu peguei em sua mão com carinho — Me desculpe Ju, mas eu não posso ser madrasta.
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  Seria um pouco difícil para ela entender minhas limitações, mas ela tinha que aceitar que eu não poderia ser o que ela queria, e mesmo que eu fosse um adulto, eu nem sabia o que significava metade das coisas que os adultos falavam. O que me fez lembrar das palavras de , quando eu perguntei se podia trocar a roupa dele, eu acho que não estava preparada para ser um adulto, mas tinha que perguntar uma coisa.
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  As horas se passaram e eu deixei as crianças jogando no quarto de Mike, desci até o escritório, estava guardando alguns papéis em sua maleta. Desci as escadas e dei dois toques na parede chamando sua atenção, ele parecia bem concentrado em seus pensamentos.
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  — Sim?! — ele me olhou — Aconteceu alguma coisa?!
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  — Mais ou menos, talvez, sim ou não. — respondi sem sentido.
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  — , o que houve? — ele deixou a maleta em cima da mesa e se voltou para mim.
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  — Eu estou em dúvida e tenho muitas perguntas sem respostas, pensei que o senhor Google faria isso, mas ele me deixou ainda mais confusa. — tentei explicar de um jeito descoordenado.
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  — Em que você está em dúvida? — perguntou ele.
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  — Eu sou um adulto?
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  — O que? — ele parecia surpreso com a pergunta — Que pergunta é essa?
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  — Jullie me disse que eu sou um adulto como você.
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  — E?
  — O que são coisas de adulto?
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  — O que? — ele tossiu um pouco — De onde está tirando essas perguntas? — ele parecia um pouco apreensivo e desnorteado.
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  — É que tem coisas que eu não sei o que significa e estou tentando descobrir respostas, de perguntas que estando me fazendo ficar confusa. — eu respirei fundo — Por isso quero saber o que são coisas de adulto, se eu sou um, se sou igual a você.
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  — Você está com essas perguntas porque Jullie te perguntou algo?
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  — Ela disse que queria que eu fosse sua madrasta. — minha ingenuidade em esclarecer um pedido de uma criança.
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  — O que? — ele paralisou por um momento, depois passou a mão no cabelo, parecia não sabe o que dizer.
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  — Mais eu disse a ela que não podia. — continuei.
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  — Não?! — seu olhar tinha uma variação estranha de surpresa e decepção — O que você disse a ela?
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  — A verdade, eu sou um gênio e você é um adulto. — expliquei — Mas ela disse que sou um adulto e tinha que virar sua namorada, mas eu sei que namorada são coisas de adultos e ela disse que eu também sou um adulto, isso me deixou ainda mais confusa.
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   desviou seu olhar para o chão permanecendo em silêncio, ele parecia estar pensativo, certamente estava me achando uma louca. Não era minha primeira vez fazendo perguntas assim.
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  — . — sussurrei um pouco alto.
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  — Sim?! — ele me olhou serenamente.
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  — Posso perguntar uma última coisa? — eu estava com receio, mas tinha que continuar.
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  — Sim. — assentiu ele.
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  Eu dei alguns passos até ele e o abracei, envolvendo meus braços em seu pescoço como tinha visto em uma imagem na internet.
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  — O que significa este abraço, para dois adultos? — sussurrei de leve próximo ao seu ouvido.
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  — Eu não sei. — sussurrou ele de volta, envolvendo seus braços na minha cintura, seu coração estava tão acelerado quanto o meu — Mas para nós dois, significa tudo.
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“Mesmo com você na minha frente
Eu não sei o que fazer
Para as pessoas que estão apaixonadas
Por favor, me diga como você começou a amar.”

– Hello / SHINee

Capítulo 18

  * POV

  Eu não sabia como definir o que estava sentindo com aquele abraço, só sabia que era confortável e quente, até mesmo os batimentos dos nossos corações pareciam estar em sincronia. Ele percorrei suas mãos em meus braços até que acariciou meu rosto, senti meu corpo ficar estático com aquilo, o olhar de era sereno e ao mesmo tempo carinhoso.
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  Ficamos nos olhando por algum tempo, ele tinha um sorriso escondido no canto do rosto, seu olhar para mim não era o mesmo de quando eu estava como Mary, tinha algo diferente, algo que fazia meu corpo se arrepiar sem esforço. Ele elevou um pouco sua mão direita em meu rosto, lentamente me fazendo fechar meus olhos, eu não estava entendendo nada, até que senti seus lábios encostando nos meus.
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  Diferente do primeiro beijo que ele me deu, quando eu era a Mary, aquele beijo era realmente eu ali, estava me beijando e eu não sabia como reagir. Minhas pernas bambearam um pouco, acho que ele sentiu isso, pois segurou firme em minha cintura mantendo meu corpo mais ainda próximo ao dele. Tinha um gosto doce, uma intensidade disfarçada de suavidade, era algo novo para mim e para meu coração acelerado.
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  — Mest… — sussurrei ao término do beijo — .
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  — . — seu olhar continuava sereno, mas ele também parecia estar confuso — Eu… Não sei o que deu em mim.
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  — Hum?! — eu o olhei sem entender suas palavras, ele parecia arrependido.
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  — Me desculpe. — ele se afastou de mim parado de costas para mim — Você poderia sair, por favor.
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  — Como desejar. — eu me virei e subi as escadas voltando para a sala.
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  Minha cabeça estava uma bagunça e meu coração sem direção, aquele beijo tinha me deixado ainda mais confusa que antes, eu já não sabia dizer o que eu representava para . Eu era seu gênio, mas gênios não beijam seus mestres, isso são adultos que fazem, mais uma questão para mim, eu não sei o que sou.
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  — . — gritou Mike vindo me abraçar.
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  — Sim querido? — eu o olhei e sorri — O que deseja?
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  — Estou com fome, me ajuda a fazer pipoca? — pediu ele sorrindo também.
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  — Pipoca? Mas e o jantar? — perguntei.
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  — Vamos, quero ver muitos filmes hoje. — disse ele.
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  — Mike, o que está pedindo a ? — perguntou Jullie descendo as escadas.
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  — Quero pipoca. — respondeu ele — Estou pedindo ela para me ajudar a fazer.
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  — Mas e o jantar? — retrucou Jullie.
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  — Vamos ver filme, não era esse o nosso combinado? — Mike a olhou — Não podemos ver filme sem pipoca.
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  — Mas o papai vai deixar? — perguntou Jullie.
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  — Porque eu não deixaria? — estava encostado na porta me olhando.
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  — Mike, vamos que eu te ajudo a fazer a pipoca. — sorri para ele, mantendo minha atenção longe de .
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  Eu segurei na mão de Mike e o levei para a cozinha, foi complicado passar por na porta, mas difícil seria não olhar para ele, parecia que meu coração iria explodir perto dele. Assim que cheguei na cozinha, bebi um pouco de água para me acalmar, era estranho estar me sentindo assim, para dizer a verdade eu nem sabia o que estava sentindo mais.
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  — Está tudo bem ? — perguntou Mike.
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  — Sim. — eu desviei o olhar para o armário — Só estava com sede.
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  Eu não gostava se mentir para as crianças, mas não queria confundir a cabeça delas com minhas dúvidas momentâneas. Eu e ele ficamos por alguns minutos na cozinha brincando e ao mesmo tempo fazendo a pipoca, Mike teve uma ideia de fazer pipoca doce, assim poderiam sair coloridas.
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  Não era mais difícil para mim cozinhar, já estava acostumada com a cozinha e todos os seus perigos, além de nunca deixar que as crianças se aproximassem muito do fogão ou de objetos cortantes. Nós terminamos em risos, eu tinha conseguido acertar uma pipoca dentro da boca de Mike, a comemoração dele tinha atraído a atenção de Jullie e .
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  — Por que está assim Mike? — perguntou Jullie confusa pela alegria do irmão — É somente uma pipoca doce.
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  — É que eu e a , estávamos competindo quem acertava primeiro a pipoca na boca do outro, a conseguiu.
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  — Foi difícil não usando meus poderes. — eu olhei para o chão tinha algumas espalhadas.
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  — Que bom que se divertiram. — suspirou um pouco — Vou deixar vocês vendo o filme.
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  — Onde você vai pai? — perguntou Jullie.
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  — Preciso sair um pouco, mas não demoro. — respondeu ele.
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  — O senhor vai visitar sua amiga? — perguntou Mike com receio.
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  — Não. — se virou e saiu.
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  — Ele vai onde? — Mike me olhou.
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  — Eu não sei, mas ele disse que voltaria, então vamos ver nosso filme. — eu sorri para eles — Hum, o que veremos hoje?
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  — Que tal maratona Harry Potter? — sugeriu Jullie.
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  — Eu queria A era do gelo. — Mike me olhou.
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  — Vamos ver tudo que quiserem, temos todo tempo até as aulas voltarem. — eu peguei as duas vasilhas com a pipoca — Vamos?
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  As crianças assentiram com um sorriso e me seguiram até a sala, nossa maratona de filmes e desenhos começaria, eu estava com saudade desse momentos com eles.
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  * POV

  Eu não sei de quem estava fugindo, dela ou de mim mesmo, mas precisava de um tempo para pensar, colocar minhas ideias em ordem. Entrei no carro e dei a partida, rodei um pouco pelas ruas, mesmo no inverno tinha algumas pessoas caminhando pelas calçadas.
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  Estacionei o carro em frente a um pub, entrei no lugar e sentei em uma banqueta em frente ao bar, pedi uma garrafa de soju. Fiquei um tempo olhando para a garrafa, pensando no que tinha feito mais cedo, no beijo que tinha dado em , nas palavras dela sobre Jullie querer que ela fosse sua madrasta, na minha mãe dizendo que ela seria a melhor escolha para mim.
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  Minha mente estava uma confusão de pensamentos e meus sentimentos estavam tão incertos, ou eu poderia ter a certeza e fugir dela. Confesso que estava relutante em pensar em como uma mulher, ou como uma segunda mãe para meus filhos, mas era tão óbvio que ela se encaixava tão bem em minha vida. Não queria admitir, mas meu coração se acelerava quando a olhava, seu sorriso me hipnotizava de uma forma surreal.
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  Olhar para ela, era como olhar para uma obra de arte moldada pelo melhor artista, como sentir uma brisa no final da primavera, como ver as olhas das árvores no outono, era como ter tudo que eu mais desejava na vida. Como uma pessoa poderia representar tantos sentimentos dentro de mim, e despertar tantos outros que já estavam mortos?
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   conseguia fazer meu corpo arrepiar somente com seu olhar inocente, meu coração acelerava com seu sorriso e meus sentidos reagiam de forma involuntária com suas perguntas. Eu estava ficando louco, louco e apaixonado por minha gênio, pior, eu estava começando a ver ela de outra forma. era uma linda mulher, linda e inocente.
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  — ?! — disse uma voz vinda do meu lado me tirando a atenção.
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  — John?! — olhei para o lado — O que faz aqui?
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  — Eu que te pergunto, você que é o caseiro do grupo. — riu ele se sentando na banqueta — Amigo, me vê uma Heineken.
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  — Eu não deveria estar bebendo. — disse num tom baixo voltando minha atenção para a garrafa.
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  — Olha o pai de família. — John pegou a garrafa que o barman te deu — Por que está aqui então, se não para beber.
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  — Vim porque precisava pensar. — expliquei.
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  — Com Soju? — ele riu — Amigo, isso aí tem mais álcool que uma cerveja normal.
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  — Acredite, ainda não tomei um gole.
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  — Então seus pensamentos estão bem profundos. — ele tomou um gole — No que está pensando? Na próxima escola para seus filhos?
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  — Não estou com ânimo para suas brincadeiras hoje. — disse mantendo minha voz baixa.
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  — Uah, parece sério. — ele suspirou um pouco — Brigou com a Penny? Ou coisa pior? A Penny está grávida?
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  — John? — desviei meu olhar para ele — Sério, não estou mesmo com cabeça para brincadeiras.
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  — Não é brincadeira, eu realmente estou falando sério. — ele tossiu um pouco — Afinal, você e a Penny não estavam saindo?
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  — Não sei, ultimamente não estou sabendo definir os estágio da minha vida.
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  — Nossa que reflexão profunda. — ele segurou o riso — Mas se não é a Penny, quem é?
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  Eu fiquei em silêncio por um tempo, voltando minha atenção para a garrafa.
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  — Espera, tem algo relacionado a sua ex babá? — perguntou ele.
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  — Não é ex.
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  — Ela voltou?
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  — Sim. — assenti meio desanimado — Felizmente.
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  — Você deveria estar feliz e não falar como se fosse o fim do mundo. — ele ficou em silêncio por um tempo — A não ser que…
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  — O que? — eu o olhei sem entender.
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  — Eu te conheço, você ficou assim pensativo e cheio de reflexões, monólogos e filosofando sobre sua vida quando conheceu a Mary. — ele começou a rir — Sério? Sério mesmo?
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  — Sério o que John? — eu já não estava entendendo mais nada.
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  — , você está apaixonado pela babá dos seus filhos, e te conhecendo bem, está negando isso para si mesmo. — ele caiu na gargalhada — Não acredito que estamos revivendo isso.
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  — Você está entendendo tudo errado. — voltei a olhar para a garrafa.
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  — Agora está explicado por que você dá tanto ataque quando eu falo dela, é ciúmes. — ele continuou rindo — Que louco, bem ela é bonita, parece ser inteligente e o mais importante, seus filhos gostam dela.
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  — Você não está me ajudando. — peguei a garrafa, mas voltei a soltar — Eu não posso gostar dela.
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  — Não pode ou não quer? — perguntou ele — Está com medo de perder ela como perdeu a Mary?
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  — Ela é totalmente diferente da Mary. — eu ri de leve — Me faz perguntas que me deixam fora de órbita, mas quando olho para ela, é como se o tempo parasse.
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  — O diagnóstico disso é fallin in love meu amigo. — ele bateu no meu ombro — Agora está explicado porque você ficou meio distante da Penny na festa de virada, mas estou curioso para saber quando você começou a gostar da babá dos seus filhos, antes ou depois de ter um caso com a Penny?
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  — O que? — eu o olhei — Que curiosidade é essa?
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  — Tem lógica, porque se foi antes, podemos concluir que você estava usando a Penny para mudar seus sentimentos e te fazer esquecer a babá, e isso é mais uma prova que você está gostando dela.
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  As palavras de John faziam um pouco de sentido, mas não era o que eu queria ouvir, será que era tão difícil assim para mim admitir que estava sentindo algo? Pensando bem, também foi complicado para admitir que estava gostando de Mary, trauma do meu breve passado com Charlot.
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  Peguei minha carteira, retirei o dinheiro e coloquei ao lado da garrafa, de despedi de John e saí do pub, no final das contas não tinha bebido nada, porém estava mais preocupado com o que faria com minha vida. Não podia continuar convivendo com , sem definir o que nós dois seríamos um para o outro, não a mandaria embora, porque seria pior sem ela.
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  Otoke?? O que eu faço?? Entrei no carro novamente e dirigi em direção a minha casa, demorei mais para retornar, no relógio já batia mais de meia noite, quando cheguei estavam todos dormindo no sofá, fiquei por um tempo olhando aquela cena. O que confirmava ainda mais que minha vida sem a não seria completa, ela definitivamente tinha ocupado todos os espaços vazios deixados por Mary.
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  — Dormiram vendo filme novamente. — sussurrei não conseguindo deixar de fixar meus olhos na babá gênio.
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  Em silêncio e com cuidado, peguei Mike no colo e o levei para o quarto, fiz o mesmo com Jullie, os deixando confortáveis em suas camas. Quando voltei para a sala, fiquei alguns minutos olhando para , estava esperando ela acordar ou algo do tipo, primeiro pensei em trazer um cobertor para ela, mas tive vontade de fazer outra coisa.
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  Eu a peguei no colo, ela se mexeu um pouco em meus braços, olhando sua face, vi um disfarçado sorriso, aquilo me fez começar a suspeitar que ela não estava dormindo de verdade. Comecei a pensar em suas ações depois que a beijei no meu escritório, estava evitando olhar para mim ou falar comigo, aconteceu por um curto período de tempo, mas consegui notar isso.
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  Subi as escadas com ela nos meus braços, entrei no meu quarto e devagar a coloquei sobre a cama, cobri seu corpo com o cobertor, não resisti e acariciei de leve seus cabelos. Me afastei um pouco da cama e abri a porta, só tinha um jeito de saber se ela estava ou não dormindo, eu fechei a porta fingindo que tinha saído e fiquei esperando, encostado na parede de braços cruzados.
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  Exatamente como eu imaginava, abriu seus olhos e ergueu seu corpo, na sua face logo veio a surpresa em me ver ali.
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  — Boa noite. — disse a ela sorrindo de leve.
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  * POV

  Estava estática, vendo ele ali, encostado na parede me olhando, será que sabia que eu estava fingindo? Eu desviei meu olhar para minha mão, olhar para ele estava fazendo meu coração acelerar e eu ainda estava confusa sobre muitas coisas, principalmente sobre nosso beijo.
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  — Me desculpe. — disse quase sussurrando — Não queria te incomodar, por isso fingi que estava dormindo, não imaginava que me traria para seu quarto novamente.
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  — Vou fingir que acredito, agora olhe para mim.
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  — Não posso, me desculpe mest… . — fechei meus olhos novamente — Não posso te olhar agora.
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  — Por quê? — perguntou ele.
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  — Coisas acontecem com meu coração quando olho para você, não sei definir o que é, por isso não posso olhar. — respondi superficialmente.
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  — Posso te fazer um desejo?
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  — Sim. — assenti com a face — Você é meu mestre, sou seu gênio.
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  — Hum. — ele permaneceu um tempo em silêncio, então o senti se sentando na cama e tocando em minha face, me fazendo levantar minha cabeça — Desejo que olhei para mim.
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  — Sim. — eu fui abrindo meus olhos lentamente.
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  — Não tenha medo de olhar para mim, você pode não entender o que sente, mas eu sei o que sinto.
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  — … — eu sussurrei de leve, ele colocou seu dedo indicador em meus lábios.
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  — O que eu vou dizer agora, talvez possa não ter sentido para você neste momento, mas preciso te confessar algo.
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  Eu estava com medo do que ele poderia dizer, talvez me pedir para ir embora novamente, ou algo que me deixasse mais confusa ainda, mas no seu olhar havia sinceridade.
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  — , eu não me importo que você seja um gênio, e não me importo com rótulos como madrasta ou namorada, nada disso importa para nós dois. — ele respirou fundo — Somos diferentes de todos os adultos que existe, não por minha causa, mas por que você é especial, você representa a luz dessa casa, representa o sorriso dos meus filhos, representa minha vontade de não ficar preso no meu escritório o dia todo.
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  — Mas, eu sou somente um gênio.
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  — Não, você é muito mais que isso para mim. — ele acariciou meu rosto — Eu… Te amo.
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  Eu não tive tempo nem para ficar sem reação, ele me beijou de surpresa com a mesma intensidade de antes.
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“Conte-me seu desejo,
Sou um gênio para você, garoto,
Conte-me seu desejo,
Eu sou gênio para o seu desejo,
Conte-me seu desejo,
Eu sou gênio para o seu sonho,
Conte apenas para mim,
Eu sou gênio para o seu mundo.”

– Genie / Girls’ Generation

Capítulo 19

  * POV

   tinha me explicado na teoria sobre os sentimentos de adultos, isso me ajudou a entender um pouco o que estava acontecendo comigo, principalmente quando meu coração acelerava quando eu olhava para ele. Ele tinha falado que também estava confuso, que não sabia se era certo gostar de mim já que eu era seu gênio, mas que resolveu não olhar para esses rótulos e seguir seu coração.
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  Aquela era mais uma novidade sobre ele, era ainda muito mais carinhoso do que eu imaginava, para minha surpresa ele não estava me tratando como se eu fosse a Mary, o que me deixou ainda mais aliviada. Definitivamente ele estava gostando de mim e não por que fui sua falecida esposa por um dia, seus sentimentos pareciam mais do que reais, mas me davam medo em certos momentos, principalmente quando ele me beijava com mais intensidade.
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  — O que houve? — perguntou ele.
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  — É que ainda não estou acostumada com tanto contato físico. — disse me afastando um pouco dele — Isso me assusta.
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  — Me desculpe. — ele acariciou minha face de leve — Vou tentar me controlar um pouco, é complicado para mim, mas sei que é tudo muito novo para você.
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  — Sim. — assenti com a face — Mas, estou em dúvida com uma coisa.
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  — O que?
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  — O que vai acontecer com sua amiga? Eu pude perceber no dia de ações de graças que ela gosta de você. — perguntei um pouco receosa.
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  — Ela vai ficar bem. — ele respirou fundo — O que ela sentia por mim, eu não conseguiria corresponder, as coisas são mais fácies quando as duas pessoas sentem a mesma coisa.
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  — Então, você não gosta dela?
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  — Eu tentei, mas não consegui. — ele desviou seu olhar para o lado — Porque meu coração já estava ocupado, mesmo eu não percebendo, eu já gostava de você.
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  — Complicado essa coisa de sentimento, te fez ficar com uma pessoa gostando de outra.
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  — Não é complicado, mas os adultos que complicam tudo. — ele riu de leve — Existem certos momentos que lutamos contra o que sentimos.
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  — Acho que por isso ser criança é mais fácil. — eu sorri um pouco.
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  — Sim. — ele me olhou novamente — Estou feliz que você seja as duas coisas, sua inocência me encanta.
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  — Só até eu te fazer perguntas. — eu ri.
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  — Até assim. — ele sorriu.
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  Passamos a noite em claro conversando, eu não imaginava que existia tantas curiosidades e informações que envolviam a vida de um adulto, começando por algo chamado emprego e contas. Era uma grande explicação para as saídas de de casa todos os dias, a vida de um adulto era difícil e muito cansativa ao meu ver.
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  Mas tinha seu lado emocionante e divertido, como ir a encontros e festas com amigos, eu não tinha amigos, mas estava empolgada com tudo que ele me explicava. Mesmo um pouco receosa com seus beijos de surpresa, que me deixavam sem reação, me sentia segura e confortável em seus braços.
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  Ele adormeceu deitado no meu colo, pouco antes do amanhecer. Assim que ouvi uma movimentação vindo do quarto de Mike, me levantei lentamente não o acordando e saí do quarto dele. Chegando ao corredor, Mike já estava saindo do seu quarto, aquela carinha fofa de sono, esfregando seus olhos e junto com um largo bocejo.
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  — Bom dia querido. — estendi minha mão para ele — Dormiu bem?
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  — Sim. — assentiu ele pegando em minha mão — , estou com fome.
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  — Então vamos preparar nosso café da manhã.
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  Descemos as escadas devagar, pois ele ainda estava meio sonolento, seguimos direto para cozinha. Assim aos poucos Mike me ajudou a preparar o café, felizmente depois de tanto tempo convivendo com eles, eu já estava mais do que familiarizada com a cozinha e seus perigos.
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  Enquanto eu preparava as panquecas, ele colocava os copos e pratos na mesa, acho que não demoramos muito em nossa diversão em preparar o café, ainda mais com as panquecas flutuando levemente no ar, da frigideira até os pratos. Mike sempre gostava quando eu fazia isso, em nossos momentos de preparo e organização.
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  — Vocês estão preparando o café sem mim? — perguntou Jullie aparecendo da porta.
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  — Oh, você estava dormindo, achei melhor não te acordar. — expliquei a ela sorrindo de leve — Mas, não quero dizer que não vamos nos divertir também!
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  — Sério!? — ela me olhou com um brilho nos olhos — O que temos para o café?
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  — Panquecas. — eu pisquei de leve e uma panqueca começou a se mover dentro do prato, se repartindo formando o nome dela.
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  — Eu amo panquecas. — Jullie se aproximou mais e me abraçou — Obrigada pelo café .
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  — Não precisa agradecer, eu me divirto muito preparando o café também. — sorri desviando meu olhar para a porta.
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   estava encostado de braços cruzados sorrindo, tentei controlar meu coração que já estava querendo acelerar. Voltei meu olhar para Jullie e mantive meu sorriso no rosto, estava imaginando como eu deveria dizer sobre o beijo que seu pai havia me dado.
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  — Papai! — disse Mike indo até ele e o abraçando — Bom dia.
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  — Bom dia. — o olhar de se manteve em mim — O cheiro está muito bom.
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  — A fez o melhor café da manhã do mundo. — disse Mike indo se sentar.
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  — Imagino, vocês sempre gostam do que ela faz. — se sentou entre as crianças ficando de frente para mim.
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  — Eu simplesmente faço tudo com pensamentos felizes, então sai tudo bom. — expliquei servindo o copo de Jullie com suco de laranja.
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  Era difícil não olhar para ele, mas estava tentando me controlar, ainda tinha receio de contar as crianças sobre essas coisas de adultos. havia me explicado que existem assuntos de adultos que crianças não entendiam, assuntos que até mesmo eu não entenderia por ser tão ingênua.
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  — Está gostoso. — disse Mike terminando de comer sua quarta panqueca.
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  — Uau, estou vendo o quanto você gostou. — eu ri um pouco dele — Mas não coma muito, eu li no senhor Google que crianças não podem exagerar, pois correm o risco de ficar com dores na barriga.
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  — está certa. — concordou — Coma apenas o necessário, estas não serão as última panquecas do mundo.
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  — Claro que não, posso fazer outras amanhã. — completei.
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  — Então estou satisfeito. — disse Mike devolvendo o pedaço que tinha pegado.
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  — Se você passar mal, não poderá se divertir hoje. — disse Jullie desviando seu olhar para mim — , vamos brincar de que hoje?
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  — Hum, que tal mais uma expedição? — sugeri.
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  — Sério? Podemos ver as pirâmides do Egito? — perguntou Jullie se animando.
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  — Eu queria explorar o espaço, e nossa casa poderia ser uma nave, como no filme Zathura. — disse Mike.
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  — Podemos fazer as duas coisas. — disse olhando para eles — Afinal vocês estão de férias.
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  — Sim, só até a semana que vem. — explicou .
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  — Até lá vamos nos divertir muito. — sorri empolgada, fazendo eles não se desanimarem.
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  — Papai, você vai explorar o mundo com a gente? — perguntou Mike.
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  — Não acho que tenha lugar para um inexperiente. — desviou seu olhar para mim.
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  — O senhor foi tão corajoso com os dinossauros. — insistiu Jullie.
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  — Então senhorita guia gênio, pais podem ir nessa expedição?
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  — Claro, pais são sempre bem-vindos. — assenti com a face, tentei me controlar, mais meus olhos estavam sim brilhando.
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  Depois de uma rápida votação, cheia de argumentos de Jullie dizendo que visitar a casa das múmias seria mais divertido que uma viagem no espaço, nossa expedição ao Egito havia ganhado um voto unanime. Mas eu tinha prometido a Mike que no dia seguinte transformaríamos aquela casa na melhor nave espacial que ele poderia ter, assim como no filme.
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  As crianças subiram para os quartos para trocar de roupa, assim eu fiquei na cozinha com arrumando tudo. Enquanto ele lavava a louça, eu guardava todas as coisas na geladeira e nos armários, em um certo momento ele começou a jogar algumas gotas de água em mim, brincando.
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  Eu não pude evitar de rir e retrucar fazendo a água se desviar de seu curso normal e ir na sua cara, ele me puxou de leve quando fiz isso me colocando na frente da água. Resultado final, ficamos nós dois molhados e rindo daquilo no meio da cozinha.
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  — Agora entendo porque eles gostam de ficar na cozinha com você. — disse ele rindo.
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  — É bom quando transformamos as coisas em diversão, assim mais leve a vida. — expliquei a ele.
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  Estávamos muito próximos e ele não parava de me olhar, cheguei a ficar um pouco envergonhada, desviando meu olhar para o chão abaixando minha cabeça. Mas logo tocou em minha face, a erguendo novamente, lentamente ele foi aproximando seu rosto até que seus lábios tocaram os meus.
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  Desta vez seria difícil controlar meus batimentos, meu coração já estava acelerado e meu corpo um pouco estático, senti seus braços envolta da minha cintura, o que me deixou ainda mais sem reação.
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  — Papai!? ?! — a voz de surpresa era de Jullie.
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  — Ju. — eu me afastei um pouco de , não sabia o que dizer.
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  — Papai! ! — ela colocou a mão na boca e depois sorriu.
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  — Jullie… — começou a tentar explicar.
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  Tanto eu como ele estávamos meio estáticos, mas Jullie foi mais rápida e logo veio me abraçar, acho que já dava para entender que ela estava feliz com o que tinha visto.
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  — Eu sabia. — disse ela empolgada — Sabia que você seria minha madrasta.
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  — Ju… Eu… — não sabia como colocar as palavras, eu ainda não era uma madrasta.
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  — Não importa, o papai te beijou, e sei que quando os adultos se beijam é porque sente algo um pelo outro.
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  — Bem. — eu olhei para sem saber o que dizer.
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  — Você está certa Jullie. — assentiu ele olhando para mim — O papai sente muita coisa pela , e logo ela será sua madrasta.
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  — Viva!!! — Jullie deu alguns pulos de alegria.
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  — O que está acontecendo? — perguntou Mike ao entrar na cozinha.
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  — Papai e vão se casar. — disse Jullie.
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  Logo Mike começou a pular de felicidade junto com a irmã, eu olhei para o lado e estava segurando o riso, o brilho nos seus olhos era visível. Eu estava alegre pelas crianças estarem felizes, realmente era aquele o desejo de Jullie, que eu me tornasse sua madrasta, mas outra pergunta surgiu junto com suas palavras.
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  — O que significa casar? — perguntei confusa.
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  — Ah. — Jullie me olhou — Casar é uma coisa que os adultos fazem quando se amam, e você e o papai se amam!
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  — Papai e vão ter um casamento. — Mike estava ainda mais empolgado.
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  — Casamento?! — eu olhei para , outra coisa desconhecida para mim.
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  — Sim. — assentiu ele com a face — Vamos falar sobre isso mais tarde, não temos uma expedição agora?
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  — Verdade. — eu olhei para as crianças — Vamos para o Egito.
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  — Sim. — assentiu Jullie — Mas você e o papai vão molhados assim?
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  — Verdade, porque vocês estão molhados? — perguntou Mike.
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  — e o papai se divertiram na cozinha sem a gente. — respondeu Jullie.
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  Eu e rimos um pouco da resposta dela, e em um estalar de dedos troquei nossas roupas e fiz com que nossos corpos ficassem secos. Mesmo com todo aquele tempo convivendo comigo, ainda não tinha se acostumado com meus poderes de gênio.
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  Em um piscar de olhos, nos transportei para o Egito antigo, uma época pouco depois das grandes construções de pirâmides e da Esfinge de Gizé. O olhar de fascinação das crianças com toda a paisagem que viam, me faziam ficar ainda mais satisfeita e feliz por estar com eles, finalmente eu estava fazendo as pessoas que gostava feliz sem elas terem que me pedir.
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  O olhar de contemplação de também era profundo e suave, ele parecia ainda mais admirado do que as crianças. Exploramos tanto as três pirâmides de Gizé como a Esfinge, entrando e saindo de portas secretas e labirintos que pareciam intermináveis.
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  Em um breve momento nos dividimos em duplas, Mike ficou com , enquanto Jullie e eu entramos por outra porta. Não imaginava o que eles tinham encontrado, mas eu e Jullie nos deparamos com a tumba do Faraó, eu não queria perder a oportunidade e numa brincadeira, fiz com que múmias aparecessem para nos perseguir.
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  Corremos muito pelos corredores da pirâmide, até que chegamos até a saída, eu fiz com que múmias perseguissem os dois também, assim seria mais divertido para todos. Quando e Mike saíram correndo da pirâmide, Jullie e eu começamos a rir, eles estavam gritando de uma forma muito engraçada.
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  Como estávamos vestidos apropriadamente com trajes da época, eu os levei para darem um passei pelo mercado da cidade de Mênfis. Além de poder comer na casa de alguns moradores locais, foi um momento muito proveitoso para as crianças ouvirem várias sobre o Antigo Egito.
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  Ao final da tarde, contemplando o pôr do sol, fizemos um piquenique em um oásis que existia próximo a Esfinge de Gizé. Vendo os olhos das crianças brilhando e vendo o olhar de agradecimento de , eu conseguia sentir que aquele dia havia sido maravilhoso.
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  — Acho que precisamos de um banho. — disse assim que voltamos para casa.
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  — Sim. — assentiu as crianças subindo as escadas correndo.
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  — Não demorem. — disse num tom mais alto.
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  As crianças gritaram do andar de cima, como se estivessem concordando.
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  — O que achou da expedição? — perguntei.
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  — Divertida e cheia de conhecimento. — ele sorriu de leve — Obrigado, tenho certeza que foi muito importante para eles.
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  — Sim. — assenti com a face — Me sinto realizada por ver eles tão empolgado se alegres.
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  — A resposta é você. — disse ele dando alguns passos até mim — Você se tornou a alegria desta casa.
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  — Não faço nada de mais, só quero vê-los felizes, é essa a função de um gênio. — expliquei.
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  — Você é bem mais do que isso. — ele acariciou de leve minha face — É bem mais que somente um gênio.
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  — Hum.
  Eu fechei os olhos de leve, assim que senti ele se aproximando mais de mim, acho que já estava começando a entender os movimentos do corpo dele e reagir no momento certo. E aquele momento ele estava me beijando de forma singela e doce.
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  — .
  — Sim?!
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  — Eu… Bem…
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  — O que? — ele me olhou tranquilamente.
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  — Você sabe que eu às vezes não entendo certas coisas e fico pensando.
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  — O que tem?
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  — Sabe aquela família, que almoçamos na casa deles?
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  — Sei.
  — Aquela mulher estava com seu filho nos braços, vê-la cuidando dele com tanto carinho, me fez pensar em Jullie e Mike, de como você cuidou deles quando eram bem pequenos. — eu suspirei fraco — E isso me trouxe mais outras perguntas e dúvidas.
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  — , o que exatamente você quer me perguntar?
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  Eu o olhei de forma confusa, ainda estava me perguntando se faria ou não aquela pergunta, mas como ele era um adulto, era a única pessoa que poderia me responder.
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  — Eu… — respirei fundo — , de onde vem os bebês?
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  — O que? — ele começou a tossir.
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“As pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas
Talvez apenas com o toque de uma mão
Eu, me apaixono por você a cada dia
Eu só quero te dizer que eu estou apaixonado.”

– Thinking Out Loud / Ed Sheeran

Capítulo 20

  * POV

  Eu ainda não sabia o que responderia a ela, me faziam perguntas que me deixavam sem reação. Desviei meu olhar dela por um tempo, pensando em alguma resposta simples, porém nada relacionado a ela, era tão simples assim.
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  — Bem, eu não sei como te explicar. — respirei fundo escolhendo as palavras certas — Para se ter um bebê, precisa de dois adultos, um homem como eu e uma mulher como você, então…
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  — Então?! — ela parecia ansiosa para saber.
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  — Yah, são coisas que você ainda não está preparada para saber. — disse a ela não sabendo como lidar com aquela pergunta.
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   parecia uma mulher, tinha corpo de uma mulher, aparentemente a idade de uma mulher, mas sua mente ainda era de uma criança em aprendizado. Eu estava me sentindo como seu pai naquele momento, era como se Jullie estivesse em minha frente, me fazendo perguntas sobre a puberdade. Não me sentia preparado para aquilo.
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  — Por que não? Se sou um adulto, devo saber. — retrucou ela demonstrando chateação — Se não me contar, posso perguntar ao senhor Google.
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  — Não. — disse alterando um pouco minha voz.
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  Não queria que ela procurasse aquilo na internet, poderia encontrar coisas impróprias para sua mente inocente.
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  — Tudo bem, eu vou te dizer de onde vem os bebês. — disse respirando fundo.
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  — Hum. — ela se sentou no sofá e ficou me olhando atentamente.
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  — Bem. — eu me sentei na mesa de centro em sua frente, ainda não sabia ao certo como explicar tudo — Quando se tem um homem e uma mulher, como eu e você, em um momento acontece uma coisa entre eles, como o beijo, porém mais intenso. — não sabia se estava conseguindo, mas estava tentando — Então, neste momento o homem tem a possibilidade de colocar uma semente dele na mulher, e essa semente cresce se tornando o bebê, e depois nasce.
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  Nunca achei tão difícil ou complicado explicar algo para uma pessoa, como explicar sobre sexo e gravidez para .
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  — Então os bebês vem de dentro das mães?! — concluiu ela com um olhar meio confuso.
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  — Sim. — assenti um pouco aliviado — Os bebê vem das mães, Mary era a mãe de Jullie e Mike, meus filhos são a mistura dela comigo.
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  — Hum. — ela parecia entender um pouco melhor o que eu dizia — E como se faz os bebês? Como você colocou a semente na Mary?
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  Eu fiquei estático por instantes, até que ouvi o barulho das crianças descendo as escadas.
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  — . — disse Jullie — Vamos ver um filme?
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  — Claro. — assentiu ela se levantando e indo até Jullie — Mas não podemos ver sem pipoca.
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  — Viva. — Mike vibrou um pouco — sempre lê meus pensamentos.
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  — Pensei que estivesse satisfeito com o nosso piquenique. — disse Jullie o olhando surpresa.
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  — Estou em fase de crescimento. — explicou Mike — E filme sem pipoca não é filme.
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  Eles foram rindo para a cozinha, eu ainda me encontrava sem reação pela pergunta dela. Como uma simples gênio poderia me deixar assim, sem ar e sem respostas para perguntas simples. Deixei eles com sua sessão cinema e desci para meu escritório, precisava ficar um pouco sozinho para pensar, e suas perguntas estavam me deixando louco.
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  Passei algumas horas sentado em frente minha mesa, olhando os papéis espalhados em cima dela, pensando que teria que voltar ao trabalho no dia seguinte. Estava olhando para o teto continuamente quando minha atenção foi despertada, era o barulho da porta, estava descendo as escadas.
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  — Eu fiz chá para as crianças tomarem antes de dormir, trouxe para você. — disse ela com uma xícara nas mãos.
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  — Obrigado. — disse me levantando da cadeira e indo até ela pegar a xícara.
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  — Me desculpe por fazer tantas perguntas de te deixa desconfortável. — disse ela se encolhendo um pouco.
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  — Ironicamente perguntas foram feitas para nos deixar desconfortável. — eu ri de leve — Mas, não se desculpe, estou feliz que esteja fazendo estas perguntas para mim.
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  — De alguma forma louca, eu também. — assentiu ela dando um sorriso espontâneo.
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  — Só não pergunte essas coisas para Jullie, por favor.
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  — Oh, não. — assentiu ela novamente ficando um pouco mais séria — Eu entendo que são perguntas de adulto, jamais as farei para Jullie, apesar dela ser ainda mais esperta que eu, ela pelo menos sabe o que é casamento.
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  Eu ri um pouco de sua cara triste.
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  — Bem. — peguei em sua mão com suavidade — Casamento é quando duas pessoas que se amam, unem-se diante da sociedade, declarando que ficarão para sempre juntos, até a morte.
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  — Hum. — disse ela num tom pensativo — E nós vamos fazer isso?
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  — Isso o que?
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  — Nos casar? Como a Jullie disse.
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  — Você quer? — perguntei de forma automática.
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  — Não sei, nem como é estar em um casamento, mas sei que quero ficar com você e com as crianças. — respondeu ela com seu jeito descontraído e tímido.
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  — Terei muito tempo para te explicar sobre isso. — eu ri de leve da sua cara de confusa, deveria estar pensando sobre aquilo.
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  — … — sussurrou ela de leve me olhando.
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  — Diga.
  — Sobre aquela pergunta, de como é feito os bebês, você não precisa me responder agora, se for desconfortável para você. — disse ela.
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  — Não é desconfortável, apenas acho que há um momento certo para você saber sobre isso. — eu a abracei de leve, envolvendo meus braços em sua cintura — E quando este momento chegar, eu te direi como fazem os bebês.
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  — Hum. — ela assentiu se encolhendo um pouco nos meus braços.
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  Tenho que admitir que meu coração já estava acelerado, estar perto dela fazia meu corpo ficar aquecido, mesmo com sua inocência me colocando a prova, eu me sentia a cada instante ainda mais atraído por ela.
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  —
  — Diga. — eu segurei o riso, estava me preparando para mais alguma pergunta louca dela.
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  — Se eu e você, se nos casarmos… Bem, você é um homem e eu sou uma mulher, você vai fazer, nós vamos fazer um bebê também?!
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  Eu comecei a rir, me mantendo abraçado a ela. era realmente tudo de bom que tinha acontecido desde a morte de Mary, era a alegria e espontaneidade da minha vida.
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  — Por que não deixamos esse assunto de bebês, para o momento exato de falar sobre isso, apenas feche os olhos agora e sinta meu amor através do meu abraço.
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  — Hum. — ela assentiu se aninhando ainda mais, encostando sua face de leve no meu tórax.
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  Pela aproximação dos nossos corpos, eu conseguia sentir que o coração dela também estava acelerado. Tenho que admitir que com aquela pequena distância entre nós, era complicado me segurar perto dela, mas jamais faria algo que pudesse assustá-la ou machucá-la, mesmo que eu tivesse que reprimir um pouco meus instintos primitivos de homem apaixonado.
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  Fechei meus olhos também, mas logo os abri e fiquei com meu olhar focado na escada, naquela altura da noite e depois te todas as perguntas sobre bebês e como são feitos, era complicado para mim fechar os olhos e não imaginar coisas. Pior ainda, imaginar eu e ela no meu quarto fazendo coisas, não, não poderia pensar nisso naquele momento.
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  Depois de um longo tempo abraçado a ela, pedi para que dormisse em meu quarto, eu ficaria ali no escritório, dormiria na poltrona que tem aos fundos entre as prateleiras de projetos. Ela assentiu sem questionar e subiu as escadas, assim que fechou a porta, eu caminhei até a poltrona e retirando duas caixas que estavam em cima, me sentei reclinando a mesma, para ficar mais confortável.
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  Na manhã seguinte, acordei sentindo o cheiro do café sendo feito, me levantei da poltrona e subi até a cozinha, era fazendo o café da manhã com Jullie e Mike, o cardápio do dia era ovos mexidos com bacon, acompanhados de muita diversão no preparo. Não quis atrapalhar a festa deles e segui para meu quarto, tomei uma ducha fria para acordar meu corpo e espantar pensamentos obscenos, frutos de alguns sonhos que tive com na noite anterior.
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  — Bom dia. — disse assim que voltei para a cozinha.
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  — Papai, vai trabalhar hoje? — perguntou Mike olhando para minha roupa.
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  — Sim querido, infelizmente minha vida de adulto me obriga. — suspirei fraco — Mas isso não significa que vocês não vão se divertir hoje.
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  — Verdade. — assentiu se sentando na cadeira — Hoje enfrentaremos uma grande batalha espacial, com muitos zorgs maus.
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  — Uah. — Mike me olhou — Vamos para o espaço?
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  — Claro que vamos. — assentiu com um sorriso.
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  Não estava com muita fome, mas tomei uma xícara de café para espantar o sono, os deixei ainda planejando sua grande aventura espacial, enquanto terminavam o café. Antes de sair pela porta, senti me puxando de leve pelo braço.
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  — O que houve? Aconteceu algo?
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  — Hum. — ela parecia meio envergonhada — É que, Jullie disse que agora que sou quase madrasta dela, eu tinha que te dar um beijo antes de você ir trabalhar, para dar sorte no seu dia.
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  — Meus dias já são pura sorte, só de ter você neles. — eu beijei de leve sua testa e saí rindo da sua ingenuidade.
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  Eu me espreguicei de leve indo até o carro, apertei o botão do chaveiro para destravar o alarme e entrei, após colocar o cinto de segurança, dei a partida seguindo para a construtora. Assim que cheguei no prédio, John já estava no hall me esperando, como aquelas amigas fofoqueiras, querendo saber de tudo sobre aqueles meus dias em casa com .
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  — Yah, John. — alterei um pouco a voz entrando em meu escritório — Pare de me encher com suas perguntas curiosas.
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  — Yah, digo eu, só estava querendo saber se finalmente se declarou para ela. — ele entrou atrás de mim e fechou a porta — Não é todo dia que a sorte esbarra em você na forma de babá dos seus filhos.
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  — Neste caso, foi realmente sorte. — sussurrei de leve, pensando que sua garrafa poderia ter sido colocada na mala de outra pessoa.
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  — Mas então?!
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  — Sim, eu me declarei para ela, satisfeito?
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  — Não, agora que eu estou ainda mais curioso para saber o que fizeram nesses dias. — ele riu alto.
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  — Pare de me olhar com malícia, e tenha respeito pela minha…
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  — Sua?! — me interrompeu ele.
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  — Bom dia. — disse Penny ao entrar de repente na sala — Oh, me desculpe, não sabia que estava ocupado.
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  — Não se preocupe. — eu a olhei tranquilamente — John já estava de saída.
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  — Claro. — John deu uma risada sarcástica e piscou para mim — Quero saber o resto depois.
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  — Yah John, vá trabalhar. — o repreendi.
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  Ficamos em silêncio até John sair e fechar a porta.
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  — Bem, eu estava indo tomar um café na cafeteria aqui do lado, então vi seu carro estacionado na frente, e pensei em te convidar. — disse ela.
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  — Ah, terei que recusar, eu já tomei café em casa. — disse com minha atenção nas pastas sobre minha mesa.
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  — Ah, tudo bem, então fica pra próxima. — disse ela num tom baixo.
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  — Penny. — disse a chamando, ela já estava abrindo a porta para sair.
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  — Sim?! — seu olhar parecia um pouco esperançoso.
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  — Me desculpe pelo modo que te tratei na festa de ano novo, eu fui um pouco rude com você, mas é que aconteceu muitas coisas comigo desde aquele dia. — expliquei superficialmente.
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  — Sim, você estava preocupado com seus filhos também. — assentiu ela tentando entender minhas palavras — Não se preocupe comigo, está tudo bem.
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  — E… Sobre nós.
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  — O que tem?!
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  — Acho que deveríamos ser somente amigos. — fui o mais sincero que pude, de uma forma mais suave possível.
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  — Ah, bem claro, seu filhos… — disse ela tentando encontrar o motivo.
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  — Não é somente pelos meus filhos, mas é que tem uma outra pessoa envolvida. — comecei a explicar.
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  — Não precisa dizer mais nada , somos adultos e eu já entendi seus motivos. — ela abriu um pouco mais a porta.
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  — Eu realmente não quero que fique nenhum mal entendido entre a gente. — disse percebendo que ela parecia chateada.
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  — Como ficaria? , nós não tínhamos nada formal, não se preocupe. — assegurou ela dando um sorriso um pouco forçado — Eu preciso ir, tomar o café.
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  Ela saiu deixando a porta entreaberta. Eu respirei fundo, ao mesmo tempo que me sentia aliviado por ter encerrado meu assunto com Penny, também me sentia um pouco mal por tê-la deixado naquele estado. Mas, era o certo a fazer, não podia brincar com seus sentimentos e nem enganá-la.
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  O dia foi passando comigo revisando o próximo grande projeto da construtora, foi quando recebi uma mensagem da minha mãe dizendo que e as crianças estavam na sua casa. Seria o tradicional jantar em família do dia 3 de janeiro. Eu ri de leve quando ela me mandou uma foto de e as crianças fazendo careta, dava para ver como os olhos daquela gênio louca brilhavam.
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“As coisas mais importantes,
São invisíveis, elas não podem ser vistas,
Então eu quero dizer para você inúmeras vezes (eu quero dizer),
Se eu não tivesse você,
Eu não seria quem eu sou hoje,
Esse destino,
Indestrutível.”
– Indestructible / Girls’ Generation

Capítulo 21

  * POV

  Nós estávamos nos divertindo muito enquanto jogávamos banco imobiliário com o pai de , até que a senhora Hana me pediu para ajudá-la na cozinha, naquele momento eu teria que ficar atenta para não me distrair e fazer alguma coisa louca que me denunciasse ser uma gênio. não queria que mais ninguém além dele e das crianças, soubessem quem eu era de verdade.
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  — Fico feliz em saber que tem alguém tão especial ao lado das crianças. — disse a senhora Hana enquanto cortava a alface da salada — espero que eles não estejam te dando muito trabalho.
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  — Oh não, eles são adoráveis. — assegurei enquanto mexia a panela do molho branco para ela — Me divirto com eles todos os dias.
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  — Imagino que sim, nunca vi meus netos tão alegres e espontâneos assim com alguém desconhecido.
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  — Mas eu não sou uma desconhecida, Jullie disse que somos amigas.
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  — Ah sim. — ela riu de mim — Desconhecido, digo nas palavras de não ser da família.
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  — Hum.
  A senhora Hana tinha razão, eu ainda não era da família, talvez seria se me casasse com . Saber aquilo me deixou um pouco triste, pensar que eu poderia ser somente uma desconhecida para Jullie e Mike.
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  — Porém, em alguns casos especiais, amigos também se tornam da família. — afirmou ela ao olhar para mim com suavidade — Por exemplo, você.
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  — Eu?!
  — Sim. — assentiu ela — Eu já te considero da família.
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  — Estou feliz por isso. — significava que eu tinha a confiança dela, mesmo não podendo dizer a verdade sobre mim, a senhora Hana confiava em mim.
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  Nós conversamos sobre mais algumas coisas, como dicas de receita, as comidas coreanas favoritas de , sua infância a morte de Mary. Ela parecia feliz e agradecida por eu estar na vida do filho e dos netos, o que me deixou ainda mais feliz por ter tido minha garrafa colocada entre as coisas de .
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  As horas se passaram e o membro que faltava chegou, eu e a senhora Hana fomos para sala receber , ele estava com uma sacola nas mãos, acho que tinha comprado chocolate para dar a senhora Hana, ela gostava muito também. Não demorou muito para nos reunirmos à mesa, se sentou ao meu lado, e constantemente me olhava, despertando alguns comentários engraçados de seu pai, o senhor Chang.
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  — Família. — pronunciou se levantando — Eu queria dizer algo.
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  — Hum. — eu me remexi um pouco na cadeira, estava com medo do que ele falaria.
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  — Eu e a , estamos namorando. — disse ele.
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  Meu coração acelerou.
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  — Uah. — senhora Hana deu um pequeno pulo da cadeira, demonstrando empolgação — Finalmente, estava rezando tanto por isso, Deus ouviu minhas preces.
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  — Mãe?! — ele a olhou um pouco indignado.
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  — Que bom meu filho, estávamos mesmo torcendo para que você admitisse que gostava dela. — o senhor Chang riu de leve e olhando para mim — Você é uma garota extremamente especial , estou feliz que meu filho tenha conquistado você.
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  — Pai?! — parecia ainda mais indignado.
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  Jullie e Mike comemoraram um pouco de suas cadeiras, eu ri de leve, estava me sentindo um pouco envergonhada pelos olhares da senhora Hana, apesar dela parecer muito feliz com a notícia. Oficialmente eu era a namorada de , não sabia direito o que significava isso, mas estava feliz com o anúncio dele, acho que já era um passo para ser a madrasta da Jullie, o que me deixava ainda mais empolgada.
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  Após voltarmos para casa, as crianças foram para seus quartos trocarem de roupa, eu dei o impulso para subir a escadas, quando segurou em minha mão me puxando para perto dele. Suas mãos estavam frias, porém foram aquecidas pelas minhas, seu olhar para mim era sereno e ao mesmo tempo intenso, o que me fazia desviar algumas vezes.
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  — Posso te agradecer novamente?! — disse ele.
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  — Pelo que? — em alguns momentos suas palavras me confundiam.
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  — Por estar em minha vida. — ele sorriu de canto — Obrigado por existir.
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  Eu segurei um pouco minhas lágrimas, ninguém nunca tinha me agradecido por eu existir, definitivamente era muito diferente do meu outro mestre. Ele me puxou para mais perto ainda e me abraçou novamente, o aroma do seu perfume era tão bom de sentir, seu abraço tão confortável. Tinha razão em dizer que eu conseguiria sentir seu amor em apenas um abraço.
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  Minutos depois, as crianças desceram as escadas eufóricas, estavam aquele tempo todo segurando as informações de suas aventuras espaciais que tivemos na tarde de hoje. Mike era o mais empolgado em contar como foi o capitão da nave/casa batizada por ele de Dreamland. Uma pena que não pôde participar de nossa expedição pelo espaço, mas estava feliz que mesmo longe dele, conseguimos nos divertir.
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  Os dias se passaram e na noite de sexta, após o jantar eu tive uma ideia, levaria eles a um passeio noturno. Sem dar uma só dica, eu estalei os dedos e nos transportei para o lugar mais surpreendente do mundo, a lua.
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  — Uah. — disse Mike dando alguns pulos, tentando se adaptar a falta de gravidade.
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  — Que legal, a terra é mesmo azul. — disse Jullie com brilho nos olhos.
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  — Você realmente pensa em tudo. — disse ao se aproximar de mim, olhando os detalhes da sua roupa de astronauta.
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  — Sou uma gênio, mas ainda sigo as regras, todo mundo sabe que na lua não existe oxigênio. — expliquei a ele, segurando o riso.
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  — Caro. — ele sorriu para mim — É a melhor gênio do mundo.
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  Eu desviei meu olhar para o lado, um pouco tímida, porém feliz por seu elogio, queria que minhas irmãs estivessem ali para ouvir as palavras dele.
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  — Um ótimo jeito de terminar a noite. — disse ele — E o momento mais propício para eu te fazer um pedido.
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  — Um pedido? — eu o olhei — Você quer fazer um desejo?
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  — Não, não quero fazer um desejo para a gênio. — ele pegou em minha mão — Sobe a luz do sol que reflete na lua, que transmite a terra, quero fazer um pedido para a , a garota que me faz sorrir mesmo querendo chorar.
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  Me senti sem ar naquele momento, meu coração acelerou um pouco, mesmo respirando fundo, era difícil conter meus sentimentos internos. Era como se estivesse para me pedir algo importante.
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  — Você deseja se casar comigo? — perguntou ele.
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  Era a primeira vez que alguém me perguntava se eu desejo algo, era eu a gênio, eu que deveria perguntar sobre os desejos dele.
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  — Oh. — disse Jullie ao se aproximar de nós com Mike ao seu lado.
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  Mesmo não entendo sobre casamentos e essas palavras que representavam os relacionamentos dos adultos, era óbvia minha resposta. E minha resposta positiva, veio seguida do leve e involuntário alinhamentos dos planetas com o sol, uma pequena brincadeira da minha parte, mas deixar as crianças ainda mais felizes e fascinadas com nossa viagem para a lua.
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  Passamos um pouco mais de tempo ali, as crianças me observando colocar os planetas de volta no seu eixo original, e me olhando fixamente. Quando voltamos para casa, colocamos as crianças na cama, enquanto fiquei no quarto de Mike contando uma histórias para ele, Jullie estava com o pai em seu quarto.
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  Esperei um pouco até Mike dormir e apagando a luz, deixei o abajur aceso e saí do quarto. Caminhei até o quarto de , estava curiosa para saber como era um casamento, eu não iria perguntar os detalhes para ele, então abri seu notebook e entrei na página do senhor Google, tinha muitas coisas para perguntar.
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  Após ver algumas imagens, eu comecei a me lembrar de uma irmã minha, que tinha participado de uma cerimônia grega de casamento, então fui imaginando como seria o casamento de um gênio com seu mestre. Era de fato algo que nunca tinha ouvido falar, nos anos que passei com minhas irmãs, menos ainda que gênios podiam ter algo com seus mestres. Só naquele momento, reparei que estava fazendo coisas que não sei se podia, mas como sempre me dizia, eu deveria seguir meu coração e esquecer meu lado gênio.
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  Fechei o notebook e me deitei na cama, a manhã seguinte seria mais do que especial, eu já estava pensando em todos os detalhes, o dia seguinte todos acordaríamos em um lugar especial para celebrar algo especial. Não demorei muito para cair no sono, a noite pareceu longa ao meu ver, ou talvez pudesse ser minha mudança de tempo e espaço, afinal, durante o sono de todos, eu nos transportei para o palácio do rei Nabucodonosor II na antiga cidade da Babilônia.
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  Eu acordei com alguns gritos vindos do corredor principal, era e as crianças me chamando. Me espreguicei de leve da cama e me levantei, caminhando tranquilamente até a porta abrindo-a, ao sair avistei eles na ponta do corredor olhando para a arquitetura do palácios, tentando entender onde estavam.
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  — Bom dia. — disse segurando o riso — Gostaram da surpresa?
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  — Surpresa?! — me olhou confuso — , onde estamos?
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  — Na antiga cidade da Babilônia. — respondi — estamos aqui, porque hoje é um dia especial e vamos participar de uma festa.
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  — Festa? — Jullie parecia animada e ao mesmo tempo receosa — Que festa ?!
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  — Festa do meu casamento com . — expliquei tranquilamente.
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  — O que? — ele me olhou espantado, enquanto as crianças pulavam de alegria — , não é assim, as pessoas não se casam da noite para o dia.
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  — Hum. — eu me encolhi um pouco — Mas, eu pensei que… Me desculpem, eu não sabia que tinha um tempo definido para esperar.
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  — , geralmente os noivos preparam as coisas do casamento, como a gente viu no filme daquelas noivas. — explicou Jullie — Mas, papai. — ela olhou para ele — não é uma noite qualquer, ela é especial e você não vai se casar com uma garota normal.
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  — O que tem isso Jullie. — ele a olhou.
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  — Talvez vocês possam se casar aqui hoje no estilo dos gênios, e depois se casam de novo no nosso estilo normal. — propôs ela.
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  — Não é uma má ideia. — concordei — Já que sou uma gênio, acho que não poderia me casar só da forma tradicional de vocês.
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  — Eu concordo. — disse Mike levantando sua mão.
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   riu de leve nos olhando.
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  — Você quer mesmo se casar comigo aqui? — perguntou ele.
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  — Sim, é um dos lugares mais lindos que já ouvi falar. — assegurei para ele, sorrindo.
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  — Então nos casaremos hoje. — assentiu com um olhar sereno.
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  Logo algumas pessoas entraram no corredor e se aproximaram de nós, dois homens que pareciam sacerdotes levaram para um outro corredor, enquanto isso, duas mulheres levaram a minha e as crianças para o harém. Segundo elas, eu iria tomar um banho de rosas para me preparar para o casamento, Mike e Jullie ficaram brincando com outras crianças, um pouco distante do lugar onde eu me arrumava.
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  — Obrigada. — disse a mulher que estava me ajudando a colocar meu vestido de linho branco com bordados verdes e azuis.
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  Ela sorriu para mim gentilmente, parecia tão empolgada em poder me ajudar a me arrumar, demorou algum tempo para eu ficar pronta, não imaginava que uma noiva poderia demorar tanto. As crianças foram na frente, ficariam perto ao lado de me esperando, eu saí do harém com as mesmas duas mulheres me acompanhando.
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  Assim que chegamos nos jardins suspensos da Babilônia, eu respirei fundo, estava sentindo um frio na barriga, ambas me abraçaram e me guiaram até o corredor que eu caminharia até ele. Havia várias pessoas sentadas nas cadeiras e algumas em pé, porém todas olhando para mim. Contando os passos, segui até chegar em , que mantinha seu olhar surpreso e confuso em mim.
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  — Mais uma surpresa sua. — ele sorriu — Você está ainda mais linda.
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  — Obrigada. — agradeci meio sem jeito.
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  — Estou curioso para saber, por que teremos um casamento com um sacerdote hebreu em plena Babilônia. — comentou ele com seus olhos fixados em mim.
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  — Digamos que sempre admirei os hebreus, ouvi muito sobre eles e seus costumes, fazem as melhores festas. — expliquei.
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  Ele riu um pouco. Assim que o sacerdote hebreu começou a discursar sobre o que seria casamento, segurou em minhas mãos entrelaçando nossos dedos. Comecei a me sentir ainda mais ansiosa, o que me fazia pensar o porquê de tanta ansiedade, era somente um casamento.
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  Porém, lá no fundo algo me dizia que aquilo iria mudar minha vida, internamente e externamente.
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“Acima do chão frio,
Vou andar descalça,
E seu calor vai me dar forças,
Você está sempre ao meu lado,
Porque, mesmo nascendo sozinhos,
Encontramos um ao outro?
Mais do que eu te entender, eu quero entender a mim.”
– Divine / Girls’ Generation

Capítulo 22

  * POV

  Foi divertido a cerimônia, porém o que me fez ficar paralisada foi o olhar de para mim, ele parecia fascinado. Seus olhos brilhavam de forma singela, e em alguns momentos seu sorriso suave aparecia, com uma breve piscada de olhos, que me faziam rir espontaneamente.
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  Assim que o sacerdote terminou seu discurso, assentiu para que selasse o final da cerimônia dando um beijo em mim. Eu fechei de imediato meus olhos, consegui sentir os movimentos dele para mais perto de mim, seus lábios tocaram minha testa permanecendo por um breve momento, até que percorreram minha face chegando aos meus lábios. O gosto do seu beijo era o mesmo do qual havia guardado na minha mente.
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  — Então é assim que os adultos se casam?! — sussurrei assim que ele se afastou de mim.
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  — Não. — ele sorriu de leve — É assim que nós nos casamos.
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  — Viva. — gritaram Jullie e Mike dando alguns pulos de alegria.
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  Eu olhei para as crianças com um largo sorriso em minha face, conseguia ver que a felicidade deles era real, principalmente de Julie que queria tanto que eu fosse sua madrasta. E foi dela o primeiro abraço que ganhei após a cerimônia.
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  — . — seu abraço era apertado e cheio de carinho — Estou tão feliz, agora você é oficialmente da família.
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  — Sim, Jullie. — assenti retribuindo o abraço na mesma intensidade.
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  — Esta cerimônia é só a metade. — alertou atrás de mim — Jullie, você sabe como é um casamento no nosso mundo.
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  — Ah, sim, aquelas coisas chatas que envolve papéis para assinar. — ela fez careta — Mas o que importa é que estão casados, mesmo que seja no estilo histórico.
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  — Acho que fui eu que apressei tudo, achei que fosse fácil. — fiz uma cara de arrependida.
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  — Não. — disse Mike — Esse foi o melhor casamento que você e o papai poderia ter.
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  — Sim, e você acabou realizando um desejo nosso. — concordou Jullie — Você se tornou nossa querida madrasta.
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  — Oh, verdade, você havia me pedido isso. — desviei meu olhar para — Seu olhar está preocupado.
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  — Hum?! — ele me olhou — Ah, estava pensando em… Não se preocupe, está tudo bem.
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  — Ok, então vamos aproveitar a festa.
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  Eu peguei na mão das crianças e sai correndo com eles em direção a grande rodas das mulheres, não sabia como acompanhá-las em sua dança mais Jullie me ajudou da forma mais básica possível. Eu observei Mike se afastando de nós e indo em direção a mesa de frutas, ele acabou fazendo algumas amizades com outras crianças e brincando com elas.
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  Era mais do que divertido ver as crianças tão felizes e me alegrar com elas, todos em nossa volta eram amigáveis e muito receptivos, nos fazendo sentir o mais à vontade possível. Em alguns momentos meus olhos se desviavam para , ele continuava parada ao lado do sacerdote, com seu olhar fixo em mim.
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  * POV

  Mesmo estando a tanto tempo com aquela gênio louca, ainda me surpreendia com suas ações, dinossauros, Egito antigo, transporte para lua e agora, casamento na Babilônia em meio a uma festa hebraica. Quanto mais surreal eu imaginava de tudo aquilo que estava vivendo com ela em nossas vidas, mais eu me sentia plenamente vivo com sua presença, havia despertado um amor dentro de mim, que nem Mary tinha conseguido despertar.
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  O que me fazia sentir mais ainda atraído por ela, sua ingenuidade me deixava às vezes irritado e sem reação, mas quando me fixava em seu olhar, a única vontade que tinha era que mantê-la protegida em meus braços. Estava feliz, principalmente por meu sentimento por ela ser sincero e transparente, era ela que eu estava começando a amar, e não o gênio que se fez de Mary por um único dia.
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  Em vários momentos, ela parecia ser mais crianças que meus filhos e em outros momentos, conseguia despertar meus pensamentos mais obscuros. Curioso isso, estar perto dela me fazia oscilar internamente, numa escala que varia de santo a pecador, bastava um sorriso ou um olhar dela.
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  — Você vai ficar aí parado?! — disse ela ao se aproximar de mim.
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  — Estava olhando você e as crianças se divertindo. — expliquei a ela descruzando os braços.
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  — E você não vai se divertir também? — perguntou tombando a cabeça — Não gosta de dançar?
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  — Um pouco. — respondi.
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  — Então venha, me ensine a dançar. — disse ela me puxando para o meio da grande roda que os convidados tinham feito.
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  No início eu não sabia como dançaria com ela, mas depois fomos rodando de forma descoordenada, não era preciso me preocupar com passos perfeitos, somente queria que eu me divertisse com ela e as crianças. Tinha que admitir, os hebreus sabiam mesmo fazer uma festa, parecia que a energia deles não acabava, assim como a comida que tinha sobre a mesa.
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  As horas foram se passando, pela posição do sol parecia umas quatro da tarde, foi quando começamos a ouvir um barulho estranho que foi se transformando no toque do telefone.
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  — O que é isso? — perguntei a .
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  — Bem, é que eu conectei o som do telefone a nossa realidade no passado, acho que alguém está ligando. — explicou ela.
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  — Precisamos mesmo atender? — perguntou Jullie ao se aproximar de nós.
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  — Sim. — respondi mantendo meu olhar em .
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  — Como quiser.
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  Assim ela fez o telefone aparecer em sua mão, seu olhar não parecia nenhum pouco contente.
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  — Esta ligação é para você. — disse ela me entregando o telefone.
segurou na mão dela e sorriu — Foi você mesmo que me disse uma vez que a vida dos adultos era difícil e chata, infelizmente seu pai não pode ignorar a parte chata agora, ele precisa ir, mas não quer dizer que não podemos ficar.
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  — Nós podemos ? — perguntou Mike.
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  — Claro que sim. — assentiu ela sorrindo.
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  — Não é a mesma coisa. — Jullie soltou a mão de e saiu correndo para dentro do palácio.
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  — Jullie. — eu dei impulso para ir atrás dela.
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  — . — segurou em minha mão — Deixe que eu falo com ela depois, você precisa ir, eu ouvi a Penny dizendo, pode ser algo grave.
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  — Obrigado por entender. — eu estava me sentindo mal por ter que sair da festa e voltar a realidade.
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  — Não precisa agradecer, apenas tenha cuidado e não se machuque na obra. — disse ela sorrindo de leve — Farei as crianças de divirtam tanto que não vão ver a hora passar, quando perceberem você já terá voltado.
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  Eu não me contive e a abracei, da forma mais carinhosa que eu poderia, queria que ela sentisse o quão grato eu estava por tê-la em minha vida.
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  Assim que me afastei dela e pisquei os olhos, já estava em casa novamente, um sentimento de arrependimento estava tomando conta de mim, porém não tinha escolha já que tinha me tornado o arquiteto chefe daquele projeto. Mais um motivo para provar que não valia para nada sendo o diretor de projetos da construtora, já que todos os problemas era eu quem resolvia.
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  Caminhei até o quarto e assim que abri o armário, percebi que já estava usando uma roupa mais social, claro que era coisa da . Sorri de leve espontaneamente e fechei o armário novamente, lancei meu olhar na mesinha de canto e coloquei meu relógio no pulso, desci as escadas correndo e fui até meu escritório, peguei todos os documentos e plantas do projeto da galeria e joguei dentro do tubo de folhas, peguei minha pasta.
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  Assim que entrei no carro, dei a partida e segui em direção a galeria. Quando cheguei, Penny e John já estavam na porta me esperando com um homem estranho, que analisava alguns papéis em suas mãos.
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  — Que bom que chegou. — disse John assim que me aproximei.
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  — Me desculpe, eu não estava em casa. — me expliquei de imediato.
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  — E estava onde? Nem o celular levou. — Penny me olhou desacreditada.
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  — Hum, estava em lua de mel com a babá?! — brincou John segurando o riso.
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  Meu corpo gelou. Senti que Penny tinha desviado seu olhar de mim, parecia chateada com o comentário de John.
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  — Pare de brincadeiras, o que aconteceu? — disse ao olhar para o homem desconhecido.
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  — Bem, este é o senhor Godri, ele está representando o setor de fiscalização de obras do estado. — respondeu Penny tentando ser profissional — Segundo ele nossa obra terá que ser paralisada, pois existem irregularidades nela.
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  — Como assim? — mantive meu olhar no homem — Eu mesmo revisei este projeto, e você refez a parte estrutural.
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  — Sim, nós reformulamos tudo, porém não apresentou o novo projeto revisado ao departamento de fiscalização. — explicou Penny — Ou seja, o projeto que está com eles é o errado, resultando na paralisação, como você é o arquiteto responsável.
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  — Filho da… — respirei fundo.
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  Por que será que eu imaginava que era isso?! Que eu teria que consertar algo que deixou de fazer?!
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“Imagine a mulher ideal em sua mente,
E olhe para mim,
Sou seu gênio, seu sonho, seu gênio.”
– Genie / Girls’ Generation

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