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Genie

Capítulo 23

  *

  Esperei até desaparecer, então fui atrás de Jullie que estava extremamente chateada. Sentada no beiral da fonte chorado baixinho, me sentei ao seu lado e acariciei seus cabelos, ela tomou cabeça encostando em mim.
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  — Não fique assim, faz parte da vida de um adulto ter compromissos chatos. — disse tentando consolar ela.
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  — Mas hoje é o casamento de vocês. — retrucou ela — Ele deveria ter ficado aqui.
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  — Hum, pelo que entendi da vida de um adulto, nem sempre podemos fazer o que queremos. — respirei fundo e sorri para ela — Mas, ainda estamos aqui na Babilônia e seria muito chato não nos divertir só porque foi embora, além do mais, o dia ainda não acabou e quando ele voltar, terei uma surpresa que reservei para nossa noite.
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  — Sério? — ela me olhou — Que surpresa?
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  — Hum. — olhei para o céu — Não posso contar, senão, não será surpresa.
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  Ri de leve começando a fazer cócegas nelas, que ficou se contorcendo e rindo também.
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  — Do que estão brincando? Nem me chamam. — disse Mike ao se aproximar.
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  — Eu sou o monstro da cócega e estou atacando a Jullie. — me virei para ele — E agora vou atacar você.
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  Saí correndo atrás dele entre risos.
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  Nos divertimos muito enquanto estávamos naquele lugar, felizmente as crianças tinham esquecido da ausência do pai e estava sorrindo novamente, isso era o que mais me importava. Apesar de ser uma adulta e agora namorada/noiva/esposa de , eu jamais deixaria de ser o gênio deles, minha realização era ver um sorriso espontâneo no rosto daquelas duas crianças maravilhosas, além do brilho nos olhos do pai deles.
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  Nosso almoço foi na Grécia Antiga, em um pequeno vilarejo perto da cidade de Tróia, a casa onde ficamos era de um senhor muito simpático, chamado Ulisses. Passamos um longo tempo ao topo da colina vendo todo o campo próximo a cidade, Mike fez algumas brincadeiras sobre a guerra de Tróia contra a Grécia, pedindo para que eu o deixasse ver de perto.
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  Entretanto, pelo que li nos livros de minha biblioteca pessoal, guerras são sempre coisas feias e uma criança não deveria participar disso, a menos que fosse em Nárnia. Quando voltamos para casa, aconselhei Jullie e Mike irem para o banho, estavam sujos e cansados, então um banho quente os deixaria relaxados, quentes e cheirosos.
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  Me espreguicei de leve e olhei em minha volta, curiosamente a casa estava um pouco bagunçada, peguei alguns jornais que estavam no sofá e os coloquei empilhados em cima da mesa ao lado da escada. Assim que estalei os dedos, toda a poeira e pequenas partículas de sujeira começaram a se mover instantaneamente até a porta.
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  Era divertido fazer aquelas tarefas de casa, pareciam tão fáceis para mim. Deixei passar um tempo até que subi as escadas, Jullie e Mike já estavam devidamente limpos, chamei Jullie e nos reunimos no quarto de Mike. Eu não podia deixar eles dormirem sem antes verem minha surpresa, então sugeri que jogássemos um pouco de cartas, para passar o tempo.
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  *

  Se eu estava sentindo falta de casa? Era bem óbvio. Não aguentava mais estar ali preenchendo solicitações e assinando papéis, após finalmente resolver tudo, o senhor Godri deu sua palavra que o nosso projeto seria o primeiro a ser liberado pelo estado na próxima segunda-feira. Pelo menos, era um problema resolvido e eu não teria que passar o final de semana preocupado com aquela obra.
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  — Tenho que confessar, você é o melhor no que faz. — elogiou John.
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  Eu o olhei sem dar importância, estava numa mistura de raiva e desgaste emocional que me fazia querer pedir demissão. Mas sempre que chegava nesta ideia, me lembrava que tinha dois filhos lindos para cuidar e um conselho tutelar que sempre estaria presente para saber se estou dando boas condições de vida a eles.
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  Concluindo, mesmo mudando de emprego ou trabalhando sozinho, eu sempre teria estresse, o que me fazia concordar com Jullie, vida de adulto era mesmo chata. Logo senti um sorriso surgindo em minha face, lembrar de minha filha me fazia lembrar que mesmo cheio de raiva e frustrações no trabalho, quando eu chegava à noite em casa, sempre teria abraços calorosos que valiam a pena minha vida de adulto.
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  E todo aquele pensamento me fez chegar a um certo sorriso angelical que pertencia a pessoa que mais me fazia rir atualmente, a mulher mais menina que eu conhecia. Logo um súbito sentimento de saudade tomou conta de mim, despertando minha vontade de voltar logo para casa.
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  — ?! Está tudo bem? — perguntou Penny me fazendo voltar a realidade.
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  — Sim, estou. — peguei meu tubo de folha e me dirigi para sair da sala — Como tudo já foi esclarecido, vejo vocês na segunda.
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  — Mas já. — John me olhou surpreso — Eu estava pensando em te chamar para beber um pouco.
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  — Agradeço, mas já tenho outro compromisso. — eu desviei meu olhar para Penny que estava pegando sua bolsa — Penny, por que não vai com o John e comemora nosso bom trabalho por mim?! — sugeri.
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  — Eu?! — ela se espantou um pouco.
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  — Sim. — confirmei.
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  — Não é uma má ideia, já que estou sendo deixado pelo meu amigo. — disse John.
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  — Até mais. — saí da sala antes que Penny pudesse responder.
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  Se ela aceitaria ou não, não me importava, eu só queria ir embora daquele lugar o mais rápido possível. Assim que estacionei o carro, percebi que o barulho de música alta vinha da minha casa, o que me fez ficar confuso e curioso ao mesmo tempo, de fato estava se divertindo sem mim, tudo graças a .
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  — Papai. — gritou Mike no meio daquela barulheira ao vir me abraçar.
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  — Boa noite. — disse retribuindo o abraço — Uau, estão dando uma festa.
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  — Não. — disse vindo para perto de mim e me puxando para o meio da sala — Só estamos nos divertindo.
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  Ela continuou a dançar, seguindo os passos de Jullie que estava rindo da minha cara, de quem não estava entendendo nada. Eu comecei a balançar meu corpo um pouco, já fazia tempos que não dançava e era algo que me lembrava Mary, acabei me sentando no sofá e observando eles dançando no meio da sala. Meus olhos passavam pelas crianças, mas sempre se fixavam mais nela, a babá louca que me faz sorrir com facilidade.
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  — Ok. — disse ela desligando o som — Acho que já podemos encerrar nosso momento música diversão.
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  — Ah. — Mike a olhou meio triste.
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  — Mike, se esqueceu que a iria nos fazer uma surpresa quando o papai chegasse?! — Jullie o olhou.
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  — Uma surpresa? — desviei meu olhar para ela.
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  — Shi. — fez sinal de silêncio — Jullie não era pra contar, surpresa lembra?!
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  — AH. — Jullie colocou as duas mãos na boca e olhou para mim — Não era para você saber papai.
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  — Hum. — eu me levantei, deixando o tubo de folha no sofá — Então, vamos fingir que eu não sei de nada.
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  Pisquei para Jullie e sorri em seguida.
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  — Então, já que estamos todos juntos…
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   nem mesmo terminou de falar e estalou os dedos, nos transportando para uma praia.
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  — Uah. — disse às crianças em coral.
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  Olhei em minha volta e percebi que era final de tarde, o sol estava quase terminando de se pôr do horizonte do mar, as crianças correram até a orla e começaram a brincar, jogando água um no outro. Me aproximei de , que estava com sua face voltada para o mar, conseguia notar que sua atenção estava em mim, mesmo não me olhando.
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  — Eu encontrei seu plano de férias. — disse ela respirando fundo — Aquele que você fez dois meses após a morte da Mary, uma pena que nunca tenha colocado em prática.
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  — Eu já te agradeci hoje? Por estar em nossas vidas?! — mantive meu olhar nela.
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  — Não precisa me agradecer, eu sou seu…
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  Nem mesmo a deixei terminar aquela frase que me doía às vezes, meu corpo foi automaticamente em sua direção e meus lábios tocaram os dela. Sim, era aquilo que eu queria fazer todo este tempo que fiquei longe, apesar de ainda desnorteado ao me lembrar que pela manhã estávamos nos casando, em uma cerimônia hebréia em plena Babilônia.
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  Não importava os detalhes, estar ali com ela envolvida em meus braços, sentindo o gosto doce do seu beijo era infinitamente mais importante.
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  — . — disse ela se afastando um pouco de mim, parecia sem fôlego — Isso tudo é saudade?! Você nem ficou tanto tempo longe.
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  — Acredite, para mim durou uma eternidade. — sussurrei meio sem acreditar que estava mesmo dizendo aquelas palavras.
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  Era mesmo louco para mim admitir que estava sim, apaixonado por ela, depois de tantos anos sozinho e fechado para mundo, me culpando por ter perdido minha esposa. Talvez agora, as palavras daquele bilhete na garrafa estava se encaixando em minha vida, era a minha segunda chance de ser feliz, e não iria deixar escapar.
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  — Hum, o que mais você leu no meu plano de férias? — perguntei curioso.
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  — Ah, eu li algo sobre luau na praia, nadar com os corais e provar comidas havaianas. — respondeu ela tranquilamente.
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  — Nós estamos no havaí?! — perguntei quase em choque.
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  — Comidas havaianas não ficam no Havaí?! — respondeu ela com outra pergunta, demonstrando estar confusa.
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  Eu ri da sua ingenuidade, talvez por estar achando que tinha escolhido errado o lugar. Logo eu a abracei novamente.
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  — Não se preocupe, o Havaí é perfeito.
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  — Mesmo?! — ela soltou um suspiro de alívio — Que bom, pois o luau vai começar daqui a pouco.
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  — Então. — eu segurei em sua mão entrelaçando nossos dedos — Vamos esperar pelo luau.
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  Eu me sentei na areia a puxando comigo, ficamos mais algum tempo ali vendo as crianças se divertindo enquanto faziam castelos na areia.
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  — Você conseguiu resolver aquele problema? — perguntou ela num tom baixo.
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  — Sim, felizmente. — eu ri de leve me lembrando das palavras do meu amigo — Ironicamente, sou o melhor no que faço.
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  — E isso é bom? — ela me olhou.
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  — Tem o lado positivo e negativo, como tudo na vida. — eu a olhei de forma serena.
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  — A vida não pode somente ter uma lado positivo?!
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  — Infelizmente não para nós, simples mortais. — sorri de canto — Mas não teria graça se tivesse a parte positiva.
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  — Hum…
  — Por exemplo, minha última viagem foi algo negativo pois tive que ficar muito tempo longe de casa, mas algo positivo aconteceu. — suspirei de leve — Você entrou em nossas vidas.
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  — Sim. — ela abriu um largo sorriso — Então, coisas negativas atraem coisas positivas?
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  — Basicamente. — me levantei ao ver as crianças vindo em nossa direção — Alguns dizem que isso é uma teoria, onde os opostos se atraem.
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  — , acho que já vai começar. — disse Jullie ao apontar para mais a frente, onde as pessoas já começavam a se juntar em volta de uma fogueira.
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  — Nossa, perdi toda a percepção do tempo. — ela sorriu e segurou na mão da minha filha — Vamos Ju.
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  — Você também vem né, pai?! — Jullie me olhou receosa.
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  — Estarei bem atrás de você querida.
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  Os três seguiram na frente, a ansiedade das crianças era visível, puxaram a para um dos bancos, eu preferi permanecer de pé. Naquelas pequenas horas que ficamos ali na praia, mesmo meus ouvidos desfrutando da boa música, minha atenção se mantinha em minha família e em como estavam felizes, o brilho em seus olhos.
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  Mais um tempo se passou, até que meus filhos começaram a demonstrar sono, foi neste momento em que nos levou até o Aloha Resort, onde ficamos instalados.
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  — Eu pensei em pedir abrigo para algum morador local, mas não estava nos seus planos de férias, então segui o roteiro. — disse assim que saímos do quarto em que as crianças ficariam.
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  — Fez uma boa escolha, como sempre. — sorri de leve ao abri a porta do quarto em que ficaríamos, que era ao lado.
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  — Hum. — ela entrou primeiro e ficou para ao lado da porta.
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  Entrei em silêncio e fechei a porta, comecei a ficar confuso com a ação dela.
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  — Está tudo bem? — perguntei.
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  — Sim. — ela desviou o olhar.
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  — Não, não está. — mantive meu olhar ela — O que houve?
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  — Hum, é que mais cedo, quando aquelas senhoras estavam me ajudando a me arrumar, foram surgindo alguns assuntos sobre a primeira noite, após o casamento.
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  — E o que você quer me perguntar desta vez?
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  Eu respirei fundo, não sabia se ria, chorava ou ficava nervoso. Só naquele momento eu havia me lembrado que estávamos sim, realmente casados e seria a primeira vez dela.
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  — O que vai acontecer agora? — perguntou ela com certo receio.
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  — Hum. — eu dei alguns passos até ela e segurei em sua mão com suavidade — Não precisa ficar preocupada com o que vai ou não acontecer.
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  — Mas…
  Eu toquei de leve em seus lábios com meu dedo indicador e sorri para ela. A guiei até a cama e a fiz ficar sentada, então me voltei para uma mesa que estava ao lado da janela e dei alguns passos.
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  — Você confia em mim?! — perguntei.
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  — Eu deveria, eu sou sua gênio. — respondeu ela.
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  — Resposta errada, esqueça que é um gênio. — eu a olhei — Você confia em mim?!
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  — Confio. — respondeu ela com mais segurança.
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  — Então feche os olhos. — pedi com convicção.
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  Ela assentiu com a face e fechou seus olhos. Desviei meu olhar para o vaso de rosas brancas que estava na mesa e pegando um botão que estava um pouco aberto, voltei para perto dela e me sentei na cama, ficando de frente para ela.
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  — Uma vez você me disse que achava as rosas bonitas e delicadas, mas que não as tocava por causa dos espinhos. — disse tentando me expressar de uma forma doce, mas que ela entendesse com facilidade — E disse também que eu me parecia com uma, mesmo tendo espinhos em forma de solidão, minha beleza estava no brilho dos meus olhos, quando estava perto das crianças.
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  — Sim. — concordou ela mantendo seus olhos fechados.
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  — Quero que sinta essa rosa, como se fosse eu. — aproximei de forma suave o botão em seu nariz para que ela pudesse sentir — Pense que este é meu perfume, que só pode ser exalado quando está perto de você.
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  — Seu perfume é muito bom. — comentou ela rindo um pouco.
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  — Sim. — concordei segurando o riso — Agora quero que pensei que as pétalas dessa rosa, são minhas mãos tocando sua pele.
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  De forma pausada e extremamente suave, comecei a deslizar a rosa pelo seu rosto, para que ela conseguisse sentir meu amor através daquela rosa. Pude perceber que em alguns momentos os pelos de seu corpo arrepiava de forma involuntária, até que finalmente eu posicionei a rosa em seus lábios.
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  — Agora, mesmo com espinhos você pode tocar a rosa. — eu peguei em sua mão e a fiz tocar meu rosto e com a outra mão pegar o caule da rosa.
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  Ela ainda se mantinha de olhos fechados, e poderia apostar que seu coração estava tão acelerado quanto o meu.
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  — Mesmo que haja um dia em que estes espinhos te machuque, a partir de hoje, essa rosa sempre será sua. — eu a fiz abaixar sua mão que estava segurando a rosa.
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  E sem dar tempo ou chances dela abrir seus olhos, eu a beijei da forma mais doce e intensa que poderia lhe beijar. Meu coração estava mais do que acelerado, mas nem mesmo isso conseguia tirar meu foco dela, naquela noite eu seria inteiramente da minha gênio delicada e inocente.
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Eu nunca me senti assim antes,
Como se minha respiração fosse parar.

– My Answer / EXO

Capítulo 24

  * POV

  Eu me espreguicei sentindo os raios do sol entrarem pela janela, me remexi um pouco virando para o lado e abri os olhos. Fiquei um pouco confusa, a última coisa de que me lembro era de estar dormindo ao meu lado, e agora ele não estava lá. Será que tinha acontecido algo?
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  — Bom dia. — sua voz soou a frente.
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  — Bom dia. — sussurrei erguendo meu corpo, ele estava parado em frente a cama com uma bandeja de café da manhã — Isso é o nosso…
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  — Sim. — assentiu ele colocando a bandeja próximo a mim e se sentando em minha frente.
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  — Como está se sentindo? — ele parecia um pouco preocupado, seu olhar meio apreensivo, mas sua face continuava suave.
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  — Um pouco estranha. — ri de leve, estava mesmo me sentindo diferente — Mas, um estranha legal, por que?
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  — Fiquei preocupado se te machucaria. — ele acariciou de leve minha face — Eu…
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  — … — ela me interrompeu — Foi a noite mais especial da minha vida.
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  Ele abriu um largo sorriso de imediato e deu um disfarçado suspiro de alívio.
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  — Não pude deixar de ficar preocupado, você é a minha gênio inocente, esposa querida.
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  — Uau, ainda me pego confusa por poder ser muitas coisas ao mesmo tempo. — ri de leve — Mas estou gostando disso!
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  — Eu também. — ele desviou o olhar — Hum… Acho que agora posso te explicar direito.
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  — Explicar o que? — a olhei confusa.
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  — É assim que inicialmente surgem os bebês. — ele falou de uma forma estranha e cautelosa.
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  — Oh. — eu elevei minha mão na barriga já pensando — Então estou grávida?
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  — Não. — ele tossiu um pouco e começou a rir — Não…
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  — Mas você disse que…
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  — Espera. — ele respirou fundo e me olhou com carinho — O que fizemos é uma forma, mas não significa que está grávida.
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  — Hum… — fiquei pensativa por um tempo — Então, quando vou ficar grávida?
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  — , não vamos pensar nisso agora. — ele riu um pouco mais de mim — Está na hora do nosso café.
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  Assenti com a face, mas ainda continuava em dúvidas sobre aquele assunto.
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  — Estava pensando, não queria voltar amanhã. — ele deu um repentino suspiro cansado — Afinal, estamos em lua de mel.
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  — Hum, que tal você não ir ao trabalho essa semana? — perguntei o olhando — Sei que trabalho é coisa de adulto, e você deve ser responsável por causa das crianças…
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  Ele me interrompeu com um beijo singelo e doce.
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  — … — sussurrei.
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  — Não é uma má ideia, afinal sou sempre o funcionário do mês que vive consertando o erro dos outros. — ele respirou fundo — Acho que mereço uma semana de férias premiadas.
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  — O que são férias premiadas? — aquele termo era novo para mim.
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  — Não é nada demais. — ele riu — Amanhã pela manhã ligarei para a construtora, esta semana ficarei com minha família.
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  — As crianças vão ficar muito felizes, mas…
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  — Mas?!
  — E a escola delas? — o olhei meio confusa, ele não gostava que as crianças faltassem.
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  — Acho que cinco dias de falta, não vai atrapalhar no calendário escolar deles. — sorriu de forma fofa — É uma ocasião especial, não é?
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  — Sim, é. — eu o abracei no impulso, estava muito animada com tudo aquilo.
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  Minha mente já borbulhava de ideias de como nossa semana poderia ser divertida e surpreendente para eles.
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  Após comermos, sugeriu uma longa caminhada pela praia com as crianças, concordei de imediato, já imaginando como poderíamos nos divertir. Primeiro fizemos um enorme castelo de areia e coroamos Mike o rei dele, como havia pedido, depois mergulhamos um pouco pela parte rasa, até que Jullie começou a sentir fome.
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  — Onde vamos almoçar? — perguntou olhando para mim.
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  — Por que está me olhando? — achei estranho.
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  — Você é a nossa guia. — respondeu ele sorrindo de canto — Para onde pretende nos levar?
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  — Hum, estava pensando em comida chinesa, direto da fonte. — respondi tranquilamente.
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  — Como assim direto da fonte? — Jullie me olhou confusa.
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  — Que tal um passeio pelas ruas da China? — olhei para eles demonstrando minha animação.
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  — Sério? — Mike sorriu — Podemos ver a muralha da China também?
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  — O que quiserem. — desviei meu olhar para — O que acha?
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  — Maravilhoso como sempre. — ele piscou de leve.
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  Não sabia ao certo o que significava ele piscar de um olho para mim, mas sabia que o brilho em seus olhos era algo positivo! Voltamos para a pousada e trocamos de roupa novamente, em um piscar de olhos, nos transportei para o centro da cidade de Pequim, eu sabia que estar naquela cidade era um dos sonhos de Jullie, o que me motivou ainda mais a prosseguir nesse passeio.
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  — Uahhhh… — os olhos de Jullie brilharam após pararmos em frente uma barraca de comida típica — Sinto ainda mais fome.
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  — Hum, tenho que admitir que minha barriga também está reclamando de fome. — para Mike — E você querido? O que vai querer comer?
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  — Hum, quero rolinho primavera. — respondeu ele ao olhar para o pai.
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  — E você? — desviou o olhar para mim — Não sei, o que sugere?
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  — Hum. — ele pensou um pouco voltando seu olhar para a senhora que estava cuidando da barraca.
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  Quando finalmente decidimos, acabou comprando porções de rolinho primavera para as crianças acompanhado de bolinhos de arroz recheado, para nós adultos ele sugeriu arroz frito com tofu recheado e camarão. Segundo ele eu deveria muito experimentar aquela comida, o que me deixou curiosa para saber se o sabor era tão bom quanto o entusiasmo dele para que eu comesse.
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  — Nossa, está muito gostoso. — elogiou Mike.
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  — Concordo. — assenti ao terminar minha refeição, me levantando do banco que estávamos sentados — Gostei muito da sua recomendação .
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  — Que bom. — ele sorriu ao amassar o pacote que estava em sua mão — E você Jullie, não disse nada até agora?!
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  — Estou curtindo cada minuto deste dia. — ela sorriu — Sempre quis visitar a China.
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  — Desde quando? — perguntou .
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  — Desde quando eu vi o desenho da Mulan. — explicou ela.
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  — Ah, a Mulan é maravilhosa, gosto muito dela. — comentei fazendo eles me olharem — O que?
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  — Você fala como se ela fosse real. — Mike riu de leve.
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  — Ah, verdade. — eu ri junto, não conseguia agir de outra forma.
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  — É legal e engraçado quando fala assim. — Jullie riu também.
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  — Bem, quando se tem um gênio, quase tudo pode se tornar real, até um desenho. — pisquei de leve para eles.
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  — Sério? — Jullie me olhou ainda mais interessada — Seria tão legal.
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  — Hum, acho melhor deixar a Mulan onde ela está. — disse ao jogar o pacote amassado no lixo — Além do mais, já temos a nossa Mulan.
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  Ele sorriu para Jullie, que ficou com os olhos brilhando.
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  — Logo o sol irá se pôr, então vamos para a nossa parada final aqui na China. — anunciei prendendo a atenção deles em mim — Vamos para a Muralha.
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  Em um simples estalar de dedos, nos transportei até a parte da muralha que passava próximo a cidade de Pequim. Ver aquele grande monumento da modernidade, quem sempre via nos livros de história da Jullie, me faziam imaginar como o mundo realmente tinha evoluído ainda mais em suas construções. Impressionante e admirável, olhar para aquele horizonte, me fazia sentir uma vontade imensa de eternizar aquele momento.
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  — Se a Jullie é a Mulan, eu sou um Ninja. — Mike fez uma pose engraçada e começou a correr atrás da irmã.
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  Tanto eu como rimos um pouco deles, até que prendemos nossa atenção novamente no horizonte. Eu me aproximei da beirada e apoiei minhas mãos no beiral alto, olhando para frente, ele se colocou em meu lado e tocou em minha mão, me fazendo virar meu rosto para ele, que continuou olhando para frente com um sorriso nos lábios. No mesmo instante meu coração de encheu de alegria, me senti realizada de alguma forma, eu me senti feliz por estar aqui com eles, mas minha felicidade não era somente por isso.
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  Logo as crianças se juntaram a nós, foram muitos minutos olhando o pôr-do-sol naquela muralha, mas sei que significou bastante para cada um de nós. Como se aquele dia estivesse mesmo representando o recomeço para todos nós, principalmente para , que sempre desviava seu olhar do horizonte para mim.
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“Então querida, agora, me abrace amorosamente,
Beije-me sob a luz de mil estrelas,
Coloque sua cabeça em meu coração que bate,
Estou pensando alto,
Talvez tenhamos achado o amor bem aqui, onde estamos”.

– Thinking Out Loud / Ed Sheeran

Capítulo 25

  * POV

  A cada dia eu ficava ainda mais admirado com ela, era mesmo criativa quando o assunto era seus passeios turísticos, o que a levou a ter a ideia de cada dia da semana passarmos em uma cidade diferente. As crianças como sempre gostaram da ideia, tanto que pediram para escolherem as cidades, permaneci todo o tempo em silêncio vendo a empolgação em cada nome que surgir.
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  A minha linda gênio parecia mais uma criança ao lado dos meus filhos, seus olhos brilhavam e seu sorriso singelo fazia minha atenção se manter somente nela.
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  — O que você acha papai? — perguntou Mike me fazendo voltar a realidade.
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  — Eu? — desviei meu olhar para ele — Deixarei todo planejamento com vocês.
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  — Não. — retrucou — Venha, queremos sua opinião também.
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  Ela esticou a mão para que eu me aproximasse da cama onde estavam sentados, fazendo uma carinha de criança carente. Não resisti aquela cena e rindo, caminhei até a cama para me sentar ao seu lado, meus filhos estavam sentados na cabeceira e Jullie com uma caderneta anotando as ideias que estavam tendo.
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  — Hum, então qual será nosso roteiro? — perguntei.
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  — Amanhã vamos para Paris, eu quero visitar a Torre Eiffel. — começou Jullie de forma animada — Na terça Mike deu a ideia de visitarmos as Cataratas do Iguaçu no Brasil…
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  — Eu fiz um amigo que mora lá, somos do mesmo time de LoL. — explicou Mike dando um largo sorriso.
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  — LoL?! — sussurrou de leve como se estivesse tentando lembrar o que era — Isso é um jogo?!
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  — Sim , eu já te ensinei sobre ele. — assentiu Mike.
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  — Ah. — ela riu meio sem graça — São tantas coisas que acabo me esquecendo.
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  — Não tem problema . — Jullie riu — Tem games que ele joga que nem eu sei o nome.
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  — Ah, você não sabe o que está perdendo. — Mike olhou para — Games são uma maravilha da vida.
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  — Prometo aprender a jogar, assim podemos fazer um torneio. — sorriu para ele e piscou de leve.
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  — Eba! — ele deu um pulo da cama e começou a festejar.
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  Eu ri baixo e desviei meu olhar para , de forma magnética ela voltou seu olhar para mim, foi como um pequeno silêncio pairando entre nós, fazendo o mundo parar para que nossos olhares pudesse somente estar um no outro.
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  — Continuando… — Jullie tossiu um pouco para que nossa atenção se voltasse para ela.
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  Assim que desviei meu olhar para minha filha, percebi um certo riso disfarçado dela e de Mike, então percebi que se tudo aquilo que estávamos vivendo com fosse um sonho, certamente não era somente meu.
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  — Na quarta vamos para Disney, precisa conhecer o Mickey e a Minnie. — Jullie voltou seu olhar para a caderneta — Na quinta vamos para a Amazônia…
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  — Amazônia?! — aquilo havia me deixado admirado — O que vocês estão aprontando?!
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  — Nada. — interviu — Simplesmente teremos nosso dia de explorador, conhecendo os animais e as plantas.
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  — E o índios. — completou Mike com um sorriso sapeca — Vai me ajudar no trabalho da escola.
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  — Nossa, já estou sentindo que vamos aprender muito nessa exploração. — sorri de volta para ele e olhei para — Então, o que teremos na sexta e no sábado?
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  — Sexta vamos a um festival de comida japonesa em Tóquio e vai ter uma apresentação de Samurais. — respondeu Jullie.
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  — E sábado, você escolhe. — completou mantendo seu olhar em mim suavemente.
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  — Posso somente querer ficar perto da minha família?! — perguntei tranquilamente.
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  — Mas papai, não quer ir a lugar nenhum?! — perguntou Mike.
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  — Só quero estar com vocês, mas já que fazem questão, me sinto satisfeito com um dia no parque. — respondi.
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  — Uma escolha perfeita. — sorriu de leve.
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  Aquele sorriso que me fazia sorrir também, depois de todos esses meses vivendo com ela, ainda ficava admirado com toda essa pureza que ela transpassa em seu olhar, o que fazia meu coração acelerar a todo momento.
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  — Bem, agora que nossa rota está traçada, que tal irmos dormir? — sugeri — Afinal sem energia, como vamos nos divertir.
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  — Verdade, recarregando as baterias. — se levantou da cama — Quem quer ouvir uma história?
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  — Eu!!! — as crianças gritaram juntas já pulando da cama.
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  — Vamos… Vamos…. Vamos… — riu indo em direção a porta.
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  Meus filhos me deram um abraço apertado e seguiram ela para o outro quarto.
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  Respirei fundo rindo um pouco de tudo aquilo, nunca imaginei que coisas assim aconteceriam em nossas vidas, menos ainda que uma gênio mudaria tanto nossos dias tristes e solitários. De uma forma sublime me fez ver que a vida não era somente trabalho, eu poderia ser um adulto responsável com dois filhos para criar, mas também poderia ser um pai presente e divertido.
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  Caminhei até a janela e olhei para a lua, naquele momento agradeci a Deus pela segunda chance que a vida estava me dando, apesar de alguns momentos não me achar merecedor o suficiente. Me despedir de Mary e estar com agora, era somente os dois principais passos para que eu pudesse recomeçar da melhor forma possível, e o que me fazia ficar ainda mais feliz, pelos sorrisos nos rostos dos meus amados filhos.
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  — Eles dormiram no meio da história… — disse ao entrar, já fechando a porta — Tenho certeza que terão bons sonhos esta noite.
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  — Fico feliz por isso. — sorri indo em direção a ela — Para ser honesto, estou feliz por tudo que tem acontecido em minha vida, principalmente por você estar nela.
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  — Eu também estou feliz, por estar aqui, por ter conhecido vocês. — ela suspirou fraco — Minha vida naquela garrafa era solitária e vazia, só tinha os livros como companhia e…
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  — E?! — toquei de leve em seu braço.
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  — Nada, o que importa é que estamos aqui. — ela sorriu novamente — Como dizem os adultos nos filmes, enfim, sós.
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  — Sim.
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  Não me contive e comecei a rir.
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  — Enfim, sós. — confirmei acariciando sua face — Eu amo você!
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  Sim, eu a amava e conseguia ver no seu olhar que seus sentimentos por mim era recíprocos, por mais que para ela fosse novidade amar alguém, para mim também era novidade amar novamente.
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  Perto de , eu me sentia aquecido por dentro.
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– x –

  — Hum… Bom dia! — disse ela em sussurro se espreguiçando na cama.
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  — Sim John, eu não vou essa semana, está tudo bem comigo. — confirmei pela quinta vez ao meu amigo pelo celular, enquanto via minha gênio esposa acordar — Diga a que esta semana eu não existo, ele terá que resolver todos os problemas por sim.
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  Desliguei o celular e sorri para ela, enquanto colocava o aparelho no bolso da calça.
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  — Bom dia. — mantive meu olhar tranquilo — Pronta para nossa semana?!
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  — Você conseguiu? As férias premium?! — perguntou ela erguendo seu corpo na cama, ficando sentada.
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  Assenti com a face, mantendo o sorriso no rosto.
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  — VIVA! — ela deu um pulo animado da cama e veio correndo até mim.
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  Seu abraço parecia de uma criança que acabou de receber um presente de natal, talvez passar aquela semana toda com eles seria parecido a um presente, já que havia tempos que não tirava férias prolongadas e mesmo estando em casa, me trancava no porão. Logo senti uma vibração forte em meu corpo, meu coração acelerou e de um simples abraço, acabei deslizando meus dedos na face de , lhe dando um beijo suave.
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  Percebi que seu corpo arrepiou assim como o meu!
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  — Bem, precisamos acordar as crianças. — comentou ela ao sorrir.
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  — Sim. — assenti retribuindo o sorriso e desviando meu olhar para a porta.
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  Dois toques surgiu, assim como algumas risadas vindo do lado de fora.
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  — Quem é?! — perguntei.
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  — Papai?! Você e a já acordaram? — a voz de Jullie do outro lado, veio seguido de mais risadas.
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  — Sim. — ri juntamente com e caminhei até a porta, ao abrir as crianças ainda estavam rindo — Bom dia.
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  — Bom dia papai. — disseram eles em coral já entrando e indo abraçar a !!!
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  — Bom dia meus amores! — ela abraçou ambos e começou a fazer cócegas neles — Preparados para hoje?!
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  — Sim. — assentiu Jullie.
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  — Yah, eu não ganho abraço? — reclamei indignado.
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  — Claro que sim, e o abraço do papai? — disse piscando de leve para eles.
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  — Te amamos também papai! — Mike correu até mim me dando um abraço apertado.
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  — Sim sim. — Jullie me abraçou também.
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  — Então, que tal um passeio por Paris? — perguntou ao estalar os dedos, nos fazendo mudar de roupa.
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  — Uau. — Jullie olhos para seu casaco com estampa florida — É lindo !
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  — Eu vi na sua revista na semana passado, achei que gostaria de vestir antes do inverno acabar. — explicou ela.
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  — Sim, estamos no inverno. — Mike olhou para mim — Papai, vamos fazer bonecos de neve na sexta?!
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  — Claro que vamos, estou devendo isso a vocês já faz um tempo. — respondi.
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  — Mas estamos no final do inverno. — ele pareceu preocupado — E se a neve derreter até lá?
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  — Acho que nossa gênio linda e talentosa pode nos ajudar com alguns flocos de neve. — olhei para e pisquei de leve.
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  — Claro, nossa sexta não será arruinada pelo fim do inverno, afinal o clima não seria prejudicado que tivesse alguns floquinhos a mais.
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  Mike sorriu enquanto vibrava com a ideia de finalmente se divertir no inverno. Sim, estava em dívida com meus filhos e aquela semana acertaria toda a minha ausência, com a ajuda da minha esposa, gênio, linda e criativa, .
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“Conte-me seu sonho,
Conte-me os pequenos desejos em seu coração.”

– Genie / Girls’ Generation

Capítulo 26

  * POV

  A cidade de Paris era realmente linda, e com as luzes de Natal que ainda iluminavam as ruas, tornavam a noite mais atraente e animada, só havia visitado aquele lugar três vezes e á trabalho, era também a primeira vez dos meus filhos visitando alguma cidade européia. Porém, apesar de tantos monumentos ao meu redor, meus olhos fixavam somente em um, o brilho nos olhos de .
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  — Uahhh… Aqui é realmente alto. — disse minha esposa ao chegarmos no topo da Torre Eiffel, ondes os turistas podem visitar.
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  — Legal né, . — Jullie se colocou ao seu lado e apontou para frente — Olha, lá fica o Louvre, que fomos hoje depois do almoço.
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  — Nossa, incrível, essa cidade é mais incrível olhando de perto. — a olhou — E o inverno aqui é tão legal.
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  — Verdade. — Jullie manteve seu olhar no horizonte, seus olhos brilhavam.
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  — Estamos nos divertindo muito. — comentei ao me aproximar dele, olhando para — Obrigado.
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  — Só estamos nos divertindo assim, porque você está aqui, não seria o mesmo com a família incompleta. — retrucou com um olhar sereno e sincero.
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  — está certa papai. — Mike me abraçou — Hoje é um dos dias mais felizes na minha vida, porque estamos todos juntos.
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  Eu sabia que minha presença era importante para meus filhos, para minha família, sempre estava tanto submerso em meu trabalho para que eles pudessem ter uma vida confortável, que acabava me esquecendo de proporcionar estes momentos a eles. Além de no passado, sempre manter minha mente ocupada, para não pensar em Mary.
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  — Está muito silencioso hoje. — comentou ao se aproximar um pouco mais de mim.
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  — Só estou observando meus filhos e minha esposa se divertindo. — respondi tranquilamente.
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  — Hum. — ela desviou o olhar para o horizonte — Acho que estou começando a ficar com fome.
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  — Hummm… Que tal pizza?! — sugeriu Mike fazendo uma carinha sapeca.
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  — Pizza é na Itália. — disse Jullie — Estamos na França.
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  — ?! — Mike olhou para ela com certa esperança.
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  — Bem, acho que não seria problema darmos uma breve passada em Madri.
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  Mike deu alguns pulos em comemoração, Jullie começou a rir do irmão e ao olhar para , deu uma piscada para ela, que retribuiu no mesmo momento. Sorri de canto olhando para elas, não era a primeira vez que presenciava essa cumplicidade entre elas, e estava muito feliz por minha filha ter uma amiga, mesmo que fosse mais velha. Bem, olhando por esse lado, em alguns momentos a inocência de a fazia ser uma criança como Jullie.
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  Foi difícil acreditar em como os dias correm quando estamos nos divertindo, foi uma semana cheia de sorrisos e alegrias, eram as férias que meus filhos nunca tiveram. Meu coração estava em paz, como se tudo que eu mais sonhava estivesse se realizando, o que me fazia estar a cada momento grato a Deus por minha família.
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  — Vem pai. — Jullie segurou em minha mão — Vem brincar com a gente.
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  — Claro. — assenti indo com ela, rindo de leve.
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   e Mike já estavam correndo pela neve, com uma ajudinha estava nevando aquele dia e poderíamos ter nossa guerra de bola de neve, algo que planejamos toda a semana com ansiedade. Já que ambos já estavam prontos, eu e Jullie seríamos dupla, a diversão começou quando jogou uma bolinha na minha cara, se fazendo de inocente depois, como revanche acertei duas nela.
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  As horas foram se passando e nossa brincadeira parecia não ter fim, e não queria mesmo que acabasse. Por que a sexta-feira havia chegado tão rápido?! Apesar de tentar aproveitar a cada minuto com eles, sentia que poderíamos passar mais dias assim juntos. Respirei fundo, ao me levantar, pois havia caído na neve com um singelo empurrãozinho de , foi neste momento que meu celular tocou.
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  — Omma. — disse ao atender.
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  — Oh, querido, que bom que atendeu. — disse minha mãe do outro lado da linha.
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  — A que se deve sua ligação, mãe?! — perguntei me afastando um pouco da minha família que ainda se divertia em meio a neve — Aconteceu algo?
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  — Oh não, só estava conversando com seu pai e me bateu uma vontade de jantar com vocês. — explicou ela — Então estou ligando para…
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  — Já entendi mãe. — ri baixo fixando o olhar na minha família, que havia parado de brincar, para ficarem parados me olhando — Estaremos aí, daqui alguns minutos.
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  — Ficaremos esperando.
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  Assim que encerrei a ligação, me aproximei deles.
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  — O que houve? — perguntou .
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  — Fomos convidados para jantar na casa dos meus pais. — respondi com um sorriso de tranquilidade.
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  — Uahhhh. Vamos ver a vovó e o vovô. — Mike se empolgou.
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  — Estava mesmo com saudades deles. — comentou Jullie — Estamos fazendo tantas coisas longe de casa.
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  — Verdade. — concordou desviando seu olhar para mim — E quando vamos?
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  — Agora se quiserem. — sugeri.
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  Eles se olharam, mas um pequeno e discreto sorriso surgiu no rosto dos três, me fazendo entender que poderiam se divertir só mais alguns minutos, até sairmos do Central Park. Assim que meu pai abriu a porta para nós, recebi um caloroso abraço dele, além de vários olhares de aprovação de minha mãe, que já me faziam ter certeza que eram relacionados a estar em minha vida definitivamente.
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  — Ah, que bom que você veio também. — disse minha mãe ao abraçar ela.
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  — Eu estava com muita saudade de você, ahjumma. — disse ao sorrir para ela com carinho, enquanto retribuía o abraço.
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  — E eu, não ganho abraço? — perguntei inconformado da minha esposa sempre receber mais atenção.
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  — Ah, nosso filho está com ciúmes. — brincou meu pai rindo, já sendo abraçado por Mike.
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  — Ele sempre é assim com a . — Jullie riu se sentando no sofá.
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  — Ah, não sou. — fiz uma cara de tristeza.
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  — Que gracinha esse meu filho. — minha mãe veio me abraçar com um sorriso no rosto — Estou orgulhosa de você meu querido!
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  — Pelo que?! — sussurrei para ela já sabendo o motivo.
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  — O brilho nos seus olhos, quando olha para ela, já é a resposta. — sussurrou ela de volta, desviando seu olhar para — Isso alegra meu coração, ver que está sorrindo novamente.
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  — Sim, mãe. — concordei com ela de imediato, sorrindo de leve.
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  Nós ficamos por um tempo, conversando e rindo muito na sala, até minha mãe puxar para a cozinha, em pouco tempo o afeto de minha mãe por ela havia crescido de uma forma singela, se transformando em amizade. Confesso que estava permanecendo a maior parte do tempo em silêncio, apenas observando a família linda que eu tinha, momentos como esse que eu estava deixando passar em minha vida.
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  Talvez fosse pela emoção dos últimos dias, desde que havia retornado após o ano novo, muitas novidades estavam acontecendo em nossa vida, em um curto espaço de tempo, me fazendo querer aproveitar a cada minuto como se fosse o último da minha vida, ou melhor, como se eu corresse o risco de nunca mais ver a novamente, acordar pela manhã e ela não estar mais em nossa família.
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  Não sei, se esse sentimento de perda era em parte por ter perdido Mary, por quase ter perdido , mas algo dentro de mim estava um pouco errado.
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  — Está mesmo tudo bem com você? — perguntou ao entrar no quarto atrás de mim — Sei que você é silencioso, mas hoje no jantar com seus pais, parecia um pouco distante.
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  — Me desculpe. — eu a olhei ao me sentar na cama — Estou me sentindo meio estranho, desde o início da semana.
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  — Estranho como?! — ela se sentou ao meu lado, já demonstrando preocupação — É algo físico?
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  — Não. — respirei fundo — Para ser sincero, não sei o que é.
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  — Hum, você deve estar inconscientemente preocupado com seu emprego, deve ser só isso. — ela me abraçou com carinho — Já que sempre foi o melhor funcionário, mas apenas deixe essas preocupações de lado, foi uma semana cheia de alegrias.
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  — Você tem razão, como meu pai sempre diz, o trabalho enobrece, mas a família está em primeiro lugar. — eu a olhei com carinho e sorri — Você e as crianças são minha família.
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  — Oh, é verdade. — ela se afastou um pouco — Agora eu sou da família de vocês.
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  — Sim, somos casados. — eu ri de leve — Bem, me lembrando agora, aquela cerimônia foi realmente linda, você tinha razão, os hebreus eram os melhores em festas.
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  — Hum. — ela cruzou os braços, fazendo uma carinha triste — Você nem pôde aproveitar muito.
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  — Acredite, o pouco que estive lá, foi o suficiente. — acariciei de leve sua face.
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  — Fico feliz por isso. — ela sorriu de imediato e se levantou — Temos crianças cansadas tomando banho, então temos que dar boa noite para elas.
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  — Bem. — eu me espreguicei — Acho que todos nós estamos cansados.
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  — Sim, foram dias cheios de diversão. — ela assentiu indo em direção à porta.
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  As palavras de , acalmaram meu coração, mas aquela sensação estranha ainda continuava dentro de mim. O que perdurou ao longo de todo o final de semana, mesmo não demonstrando para eles, ainda sentia que algo errado estava para acontecer.
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  — Estou um pouco receosa. — disse após ouvirmos um barulho de trovão — Não gosto muito de chuvas.
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  — Não se preocupe, é somente uma chuva de despedida do inverno. — sorri de leve para ela e dei um leve beijo em sua testa — Está tudo bem.
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  — Tem certeza? Não acha melhor pedir para trabalhar em casa hoje, ou ir caminhando? Fico receosa em você dirigir assim, no meio da chuva. — questionou ela.
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  — . — a olhei com carinho — Vai ficar tudo bem, não é a primeira vez que dirijo na chuva, quando chegar no escritório, te ligo.
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  — Vou esperar. — assentiu ela ao sorri de leve.
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  Ela também havia ficar apreensiva quando as crianças entraram no ônibus da escola, mas chuva e transporte eram comuns nos dias de hoje, certamente estava assim por causa dos filmes que andou vendo. Dei um selinho de leve nela, antes de ir até meu carro, ao dar a partida, segui em direção ao meu emprego.
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  Já no meio do caminho, comecei a sentir novamente aquela sensação estranha.
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“Eu nunca me senti assim antes,
Como se minha respiração fosse parar.”

– My Answer / EXO

Capítulo 27

  *

  Eu não sabia o que fazer, nem o que sentir, algo dentro de mim me fazia somente pensar que algo ruim estava para acontecer naquele dia. Respirei fundo e tentei ocupar minha mente colocando a casa em ordem de forma manual, quem sabe com literalmente a mão na massa, minha mente se ocupava e não pensava em coisas negativas.
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  — Alô?! — disse ao atender o telefone que estava tocando há alguns minutos sem que eu percebesse.
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  — ?! — a voz era da senhora Hana, de imediato reconheci traços de preocupação.
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  — O que aconteceu com o ?!
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  De alguma forma, meu coração dizia que era algo relacionado a ele, o que me deixava ainda mais temerosa.
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  Senti um aperto no coração, quando Hana ahjumma disse que havia se envolvido um grave acidente, enquanto dirigia, foi como se minha mente paralisasse diante daquela notícia. Não pude me deixar ser afetada com aquele choque, pois Hana havia me pedido para buscar as crianças na escola e contar a elas, o que seria ainda mais difícil para mim, que sempre fazia eles sorrirem, agora levar algo que os fariam chorar.
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  Mike foi o primeiro a chorar, enquanto Jullie entrou em choque, certamente pensando que perderia o pai assim como a mãe. Assim que chegamos ao hospital, os pais de estavam na sala de espera acompanhados do seu amigo John, as crianças correram até eles indo abraçar a senhora Hana, que aparentemente se mantinha calma, mas por dentro imaginava que estava em prantos.
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  — Como aconteceu?! — perguntei.
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  — Um carro que estava atrás perdeu o controle e causou uma confusão no trânsito, o carro do foi atingido. — respondeu John, seu olhar de preocupação também era perceptível — Felizmente, ele estava com o cinto de segurança, não é muito grave, porém ainda não acordou.
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  — O papai vai acordar, não é?! — Jullie desviou seu olhar para mim, como se estivesse me fazendo um pedido.
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  — Vamos ter esperanças que sim. — sorri de leve para ela.
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  Como naquele momento, poderia dizer a uma criança que não posso interferir no curso da vida? Não sabia o que fazer naquele momento, eu queria poder ajudar, mas não sabia como.
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  — Você não pode fazer nada. — disse uma voz distante.
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  — O que?! — sussurrei para mim mesma, olhando em minha volta.
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  De repente, tudo se congelou como se tivesse apertado o botão de pause, então a porta do elevador se abriu, saindo uma mulher vestida com um jaleco branco segurando em sua mão um estetoscópio. Um sorriso singelo estava em sua face, o que me fez reconhecê-la de imediato, era uma de minhas irmãs.
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  — Nalla. — sussurrei seu nome, ela era a mais velha — O que…
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  — Olá . — disse ela dando um suspiro fraco — Já tem muito tempo que não te vejo.
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  — O que você fez com as pessoas? — perguntei olhando todos ao nosso redor imóveis.
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  — Eu não fiz nada, você fez. — respondeu ela.
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  — Eu?! — fiquei um pouco confusa.
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  — Bem, achei um pouco perigoso quando você foi para aquela casa, mas fiquei feliz com o que aconteceu. — ela continuou sorrindo — Desta vez você conseguiu cumprir seu propósito.
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  — Meu propósito?!
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  — Sim, mostrar ao que sua segunda chance estava em sua família, em seus filhos. — ela respirou fundo — Sua missão nesta família finaliza aqui.
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  — Mas… — eu não queria terminar nada, nem sabia como isso funcionava — E as crianças? Meu casamento? Nossos dias de diversão?
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  — Tudo que viveram com você, será um lindo sonho para eles. — explicou ela.
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  — Mas…
  Eu não me lembrava daquela parte.
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  — Então é isso?! Entramos na vida de uma pessoa somente para virar sonhos depois? — perguntei um pouco indignada — Não é muito justo.
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  — Sinceramente, você não acha justo porque se apegou a eles, talvez por ter se tornado mais próxima do que deveria. — seu olhar continuava tranquilo — Não acha que se tivesse se aproximado deles da forma tradicional, como uma pessoa normal, teria mesmo se apegado tanto?
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  Eu não conseguia imaginar outra forma diferente.
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  — De qualquer forma, o amor e a amizade que sinto pelas crianças, isto é real e verdadeiro, mesmo que tivesse sido de outra forma, ainda assim seria verdadeiro. — retruquei.
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  — Hum, você cresceu bastante.
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  Demos alguns passos pelo corredor.
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  — Nalla, o que aconteceu com ele, foi por minha causa? — perguntei receosa.
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  — Sim e não. — ela sorriu novamente — Venha, você precisa ver uma pessoa.
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  Eu a segui, até a porta de um quarto. Era o de , ele estava na cama com alguns aparelhos ligados em seu corpo, percebi que perto da janela tinha uma médica olhando para o lado de fora, Nalla me deixou ali e saiu do quarto.
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  Assim que ela fechou a porta…
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  — Obrigada por fazer eles sorrirem novamente. — eu reconhecia aquela voz.
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  — Mary?! — sussurrei.
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  — Oi . — ela se virou e sorriu para mim — Posso te chamar assim?
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  — Como?? — eu já não estava entendendo mais nada.
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  — Como eu sou sua irmã? Ou como eu tive coragem de deixá-los? — era confuso suas teorias para minha reação.
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  Porém, ambas eram válidas.
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  — Como eu sou sua irmã? — repetiu ela com sua voz serena, exatamente como eu havia representado no natal — Eu também não sei como isso funciona, nunca sabemos quem somos até voltarmos para casa, com nossa missão cumprida. Apesar de não ser tão fácil assim fazer as pessoas se voltarem para o caminho certo e encontrar a sua segunda chance.
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  — Eu já entendi essa parte, sempre que terminamos uma missão, nossa mente é apagada e uma nova história é colocada no lugar. — eu respirei fundo — Mas, por que deixou eles? Você era parte daquela família.
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  — Sim, eu era. — ela desviou seu olhar para — Sinto muito por tê-los deixado, mas não tive coragem de renunciar nossa vida, coragem esta que estou vendo em seus olhos.
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  — Confesso, não quero deixá-los, o sorriso deles alegra meu dia. — era a maior verdade que poderia dizer — Não é somente apego, mas eu amo eles.
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  — Amor, acho que isso faltou um pouco em mim. — ela suspirou fraco — Estou feliz por você estar na vida deles, mas sabe que não poderá voltar da mesma forma.
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  — Como assim? Da mesma forma?! — me peguei um pouco confusa.
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  — Você não vai se lembrar deles, e eles não se lembrarão de você. — explicou ela — Restará somente uma leve sensação de que já se conhecem. Você conseguiria viver assim?
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  — Não sei, mas mesmo não me lembrando, se tiver ao menos uma pequena oportunidade de nossas vidas se cruzarem, tenho certeza que será melhor do que ficar longe deles. — fui direta e sincera com meus sentimentos.
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  — Bem, então desejo que possa ser feliz em sua escolha. — ela sorriu e se aproximou de mim — Admiro sua coragem.
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  Eu a abracei no impulso, era como o abraço de uma mãe.
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  — Eu gostei muito, de ter conhecido você. — sorri de leve para ela.
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  — Respire fundo, tudo irá mudar assim que eu sair por aquela porta. — alertou ela dando alguns passos para longe de mim.
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  — Espere, Mary. — a chamei novamente.
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  — Por que um gênio? Nalla disse que entramos na vida das pessoas para ajudá-las de várias formas diferentes, na sua vez, você era uma universitária na praia, mas no meu caso… — hesitei um pouco em continuar — Eu entrei na vida deles como um gênio, por que?
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  — Eles estavam tão submersos em suas tristezas internas, que precisavam de um pouco de mágica para voltarem a sonhar. — ela desviou seu olhar uma última vez para — Não se preocupe, tudo que ele precisava aprender com você, ele aprendeu, então não será problema se esquecer que tudo isso aconteceu com eles.
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  Assenti com a face e a segui com o olhar, assim que Mary saiu pela porta e a fechou, comecei a sentir uma forte dor de cabeça que a cada segundo foi de intensificando ainda mais. Até chegar em um momento em que não conseguia mais sentir minhas pernas, me deparei com meu corpo despencando até o chão, sem poder reagir logo perdi a consciência.
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– x –

  — Chamando a doutora Miller na UTI 2, chamando a doutora Miller na UTI 2.
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  Fui despertando de um longo de confuso sono, logo minha audição foi voltando ao normal e percebi que estavam solicitando minha presença, me espreguicei da minha cadeira e abri os olhos. Não conseguia me lembrar de quando e como eu tinha chegado em meu consultório, menos ainda há quanto tempo estava dormindo, o sono dos justos.
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  — Nossa, estava mesmo precisando de um pouco de descanso. — me levantei e peguei a prancheta que estava em cima da mesa, analisando novamente o quadro dos pacientes mais delicados.
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  — Chamando a doutora Miller na UTI 2. — a voz soou novamente pelo auto-falante que vinha do corredor.
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  — Bem, hora de voltar ao trabalho. — peguei meu estetoscópio e saí da sala indo em direção a UTI 2, algo me dizia que era sobre o meu paciente especial.
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  Apesar de ter sido parada pelos corredores algumas vezes, para tirar dúvidas de alguns acompanhantes, além de passar orientações aos enfermeiros responsáveis pela área de urgência e emergência. Assim que adentrei a ala leste da UTI 2, a enfermeira chefe Joy veio ao meu encontro.
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  — Doutora Miller, aconteceu um milagre. — anunciou ela de imediato — Seu paciente especial acordou.
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  — Tem certeza? — senti meu coração pulsar um pouco mais forte, estava esperando por aquela notícia por um longo tempo.
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  — Sim, ele foi realocado para um quarto particular para melhor recuperação, já que seu quadro está estável e já se encontra consciente. — ela se dirigiu para frente.
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  — Fizeram bem, o quarto separado é o primeiro passo para a alta hospitalar. — eu a segui até que entramos chegamos ao quarto e entramos.
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  Ele estava acordado, me aproximei da cama e cheguei seu prontuário médico, felizmente não havia tido nenhuma alteração, mais uma boa notícia para mim e para a família deste homem. Eu havia feito uma promessa aos seus filhos, que o ajudaria a voltar para casa, meu coração estava aliviado por poder dizer que a promessa estava cumprida, com ele consciente sua recuperação seria mais rápida.
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  — Vejo que acordou sem nenhuma alteração, sinais vitais estável. — peguei uma pequena lanterna e cheguei seus olhos — Pupilas normais, batimentos ok… Felizmente você está fora de perigo, se lembra de alguma coisa?
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  — Não, ou melhor, estava em meu carro, voltando para casa de uma viagem de trabalho. — ele ainda estava com dificuldades em falar — Estava chovendo e uma luz forte veio em minha direção, acho que…
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  — Um carro desgovernado atingiu o seu, infelizmente o acidente foi grave e você… Bem, você ficou alguns meses em coma. — expliquei sua situação — Você se lembra do seu nome completo?
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  — Park . — ele respirou fundo e manteve seu olhar em mim — Meus filhos, como eles estão?
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  — Estou bem, esperando sua recuperação. — respondi com tranquilidade.
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  — E quem é você?! — perguntou ele quase em sussurro, ainda respirava pelos aparelhos.
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  — Sou a doutora Miller. — respondi dando um sorriso espontâneo sem entender — Mas, atualmente estou sendo chamada de , por seus filhos.
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  Foi estranho a reação dele, não sabia por que, mas ao dizer aquilo os olhos de brilharam de uma forma inesperada.
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“O tempo está lentamente se esvaindo pouco a pouco,
Tudo o que faço por você não é o suficiente,
Ainda assim eu me esforço para lhe manter firme,
Não há como alguém ser capaz de te substituir,
Assim como a nossa promessa.”

– Promise / EXO

Capítulo 28

  *

  Eu ainda ainda sentia uma leve sensação de já tê-la visto em algum momento de minha vida, ou , como meus filhos a chamavam era doce e delicada, muito atenciosa e demonstrava um cuidado ainda mais reforçado comigo, o que me deixava um tanto curioso por isso. Seu sorriso singelo me cativava sem esforço e sempre quando se aproximava de mim para me examinar, meu coração acelerava de repente sem explicações, até mesmo minhas mãos suavam um pouco.
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  Seria loucura dizer que estava criando algum tipo de afeto por ela… Em tão pouco tempo.
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  — Está bem melhor hoje, estou feliz com sua recuperação acelerada , a pressão voltou ao normal e já poderá voltar aos passeios pelo hospital. — ela sorriu ao guardar o estetoscópio no bolso do jaleco, ainda analisando o prontuário — Mas faça isso com moderação, você ainda está em observação.
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  — Sim senhora. — brinquei fazendo continência — Novamente agradeço por todo o cuidado que está tendo comigo. — mantive meu olhar nela.
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  — Esta é minha obrigação como médica. — ela suspirou com suavidade — E também, acabei prometendo a duas lindas crianças que cuidaria bem do pai delas.
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  — Está cumprindo muito bem sua promessa. — sorri de leve para ela.
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  — Bem. — senti que ela havia ficado um pouco tímida por meu sorriso — Tenho que visitar outros pacientes, mas voltei mais tarde para ver se está tudo bem.
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  — Esperarei com paciência. — disse num tom suave.
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  Ela sorriu novamente e se retirou.
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  Desde que acordei já haviam se passado cinco meses, todo aquele tempo ainda no hospital me recuperando por ordens médicas. O lado bom disso foi poder conhecer um pouco melhor , que sempre passava horas conversando comigo nas madrugadas que estava de plantão, nosso lugar nada secreto era o jardim do terraço que havia no hospital. Era um lugar muito estimulante para os pacientes internados.
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  As outras horas do meu dia, ou estava lendo ou dormindo, era tedioso quando meus filhos não iam me visitar ao final da tarde, porém contava com a silenciosa companhia do meu pai ou de John, que insistia em ficar no hospital de acompanhante nos dias em que não queria trabalhar.
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  — O paciente está acordado? — disse John ao abrir a porta do quarto, dando alguns toques.
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  — Estou sim. — eu ri já imaginando sua presença aqui — O que aconteceu desta vez? Não quis trabalhar hoje?
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  — Meu amigo, confesso que aquela empresa sem você não é a mesma. — disse ele dando um suspiro cansado — Mas como está se sentindo hoje?
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  — Bem. — respondi rapidamente.
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  — Tem certeza?
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  — Sim, ontem passei mal por que exagerei no sol com meus filhos, era uma bela manhã de domingo, mas eu deveria ter apreciado com moderação. — expliquei.
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  — Hum, que bom que está consciente disso.
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  — O lado bom foi a presença da minha médica durante toda a madrugada. — brinquei rindo.
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  — Uahhhh…. Está mesmo encantado por essa doutora. — comentou ele — Devo lhe incentivar, pois ela é realmente encantadora.
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  — Sim, até meus filhos concordam. — desviei meu olhar para a janela.
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  — Verdade, estou admirado que Jullie tenha ficado tão próxima da doutora Miller, ela que sempre foi desconfiada e não gostava nem mesmo da Penny. — John observou.
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  — Por que diz isso, meus filhos nem conhecem a Penny. — o olhei confuso.
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  — Eles a conheceram enquanto você estava em coma. — explicou.
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  — Ah. — aquilo era uma novidade que meus filhos não haviam me contado.
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  — Achei que Jullie tivesse te contado, todos da construtora vieram ver você. — completou ele.
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  — Minha filha só conta coisas que consideram relevantes. — eu ri de leve — Uma criança com mente de adulto.
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  — Verdade. — ele riu junto — Ao contrário da doutora encanto, que mais parece uma criança no corpo de um adulto.
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  — Você vem observando muito a minha médica. — o olhei desconfiado.
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  — Yah, não me olhe assim. — ele riu — Está com ciúmes?
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  — Não é isso… — me enrolei nas palavras.
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  — É isso sim. — ele deu uma gargalhada alta — Mas eu não estou a observando tanto assim, foram momentos aleatórios em que a vi brincando com as crianças no terraço.
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  — Brincando? — agora estava surpreso.
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  — Sim, devo admitir que para uma desconhecida que nunca os conhecia, ela era a única que conseguia fazer seus filhos sorrirem em meio a tristeza do seu coma. — ele encostou na parede cruzando os braços — Se magia fosse real, certamente diria que ela tem o dom.
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  — Hum. — por algum motivo meu olhar ainda estava desconfiado.
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  — Mas pode ficar tranquilo meu amigo, não vou roubar sua garota. — ele riu ainda mais.
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  — Ela não é minha garota, nem estou pensando nessas coisas. — o olhei sério.
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  — Ah por favor, tem quanto tempo, sete anos? Já está na hora de refazer sua vida, Mary iria apoiar isso. — ele piscou de leve — Além do mais, o mais difícil já aconteceu de uma forma milagrosa.
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  — O que? — fiquei curioso.
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  — Ela conquistou seus filhos sem esforço ou intenção. — respondeu ele tranquilamente.
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  Aquilo era surpreendente, ainda mais pensando em Jullie que sempre desconfiava dos adultos e sabotava constantemente o trabalho das babás que ficavam com eles. Saber sobre isso deixava meu coração aquecido e um pouco inquieto, até aquele momento não havia pensando em algo como tentar recomeçar de novo no amor.
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  Confesso que sempre me sentia bem e confortável, quando ela passava algumas horas do seu plantão conversando comigo, somente ter a sua presença já transformava o meu dia de ruim para alegre, o que me fez simplesmente desejar sua amizade.
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  — Está muito pensativo. — disse John chamando minha atenção.
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  — Hum, estava viajando em meus pensamentos. — sorri sem graça.
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  — Sei. — ele fechou o jornal que estava lendo e se levantando, o colocou na cadeira — Que tal uma volta?
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  — Minha doutora disse para não abusar. — o alertei.
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  — Não será abuso nenhum. — ele riu pegando a cadeira de rodas — Para não se cansar, hoje não te deixarei andar muito.
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  — Não acho que…
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  — pare de desculpas. — ele veio até mim e me ajudou a levantar — Pelo que soube você pode passear novamente, não o deixarei ficar cansado, pode confiar em mim.
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  — Vou confiar. — me mantive apoiado nele até que me sentei na cadeira.
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  — Muito bem, além do mais, daqui a pouco seus filhos passam aqui para te ver. — ele deu um sorriso largo — Seria bom que te encontrassem saudável e fora desta quarto.
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  Tinha que dar alguma razão ao meu amigo, seria mesmo muito bom e esperançoso para meus filhos me verem bem, após ter desmaiado na frente deles. John me levou para o terrado em meio a algumas novidades que contava sobre o escritório, a última delas foi a que mais me chocou e deixou impressionado.
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  — O que? Você e a Penny saindo juntos? — o olhei impressionado.
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  — Sim. — respondeu ele tranquilamente — Confesso que no início quando descobri que ela estava mesmo era interessada em você, quase desisti de tentar…
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  — Mas conhecendo você como conheço, não desistiu. — ri dele assim que o elevador abriu.
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  — Claro que não, você já viu como a Penny é atraente? — ele riu junto, empurrando a cadeira para a lateral leste do jardim.
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  Estava feliz por meu amigo, porém minha atenção se desviou dele com facilidade ao ver a cena mais acolhedora que já havia presenciado, meus filhos estavam mais à frente correndo por entre os arbustos que compunham o espaço ornamentado com as flores brancas. Logo um sorriso surgiu em minha face ao perceber aquele brilho singelos em seus olhos, foi neste momento que apareceu no meu campo de visão.
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  Minha doutora encanto estava sorrindo, um sorriso que me deixava querendo paralisar aquele momento, ao vê-la naquele momento de descontração com Jullie e Mike, tinha que concordar com John que parecia mesmo uma criança como eles.
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  — Papai! — Mike me avistou e veio correndo ao meu encontro.
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  — Oi querido. — sorri para meu filho.
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  — Estávamos preocupados. — disse ele ao me abraçar.
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  — Estou melhor hoje. — disse deixando meu olhar em Jullie que se aproximava com .
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  — Que bom papai. — Jullie me deu um abraço apertado — A nos contou que estava melhor quando chegamos.
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  — Hum, . — desviei meu olhar para ela — E mesmo preocupados comigo você vieram brincar com a minha médica, ao invés de me visitarem?
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  Confesso que estava sentindo um pouco de ciúmes, só não sabia se era dos meus filhos ou da minha doutora encanto.
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  — Deixe de ser ciumento papai. — Mike riu.
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  — Juro que só os trouxe para o terraço, pois precisava descansar após o almoço, porém logo os levaria para seu quarto. — explicou um pouco tímida.
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  — Agradeço o cuidado com eles também. — mantive meu olhar nela.
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  — Para mim é um prazer passar algum tempo com essas crianças lindas, seus filhos tem muita energia. — ela olhou para Jullie e piscou discretamente para ela.
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  — Doutora Miller. — uma enfermeira veio correndo ao nosso encontro — A senhora está sendo solicitada na ala de emergência.
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  — Me desculpem, mas preciso ir agora. — ela sorriu de leve e seguiu correndo com a enfermeira em direção ao elevador que estava parado a sua espera.
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  — Uau, nossa doutora é muito solicitada. — comentou John.
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  — Muito me admira você não ter falado nada. — olhei meu amigo.
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  — Estava mais observando sua cara de bobo. — ele riu de mim — Então crianças, estão com fome? O tio John vai comprar algo para você.
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  — Eu estou. — Jullie riu.
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  — Eu também. — concordou Mike — Quero sorvete.
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  — E desde quando sorvete é saudável para uma criança em crescimento? — o olhei.
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  — Por favor papai. — ele me olhou.
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  — Tudo bem, sorvete, mas me prometa que vai jantar direito quando chegar na casa da vovó.
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  — Vou sim. — assentiu ele — Posso ir com você tio John?
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  — Claro. — John sorriu — Cuidado os dois.
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  — Não confia em mim? — John me olhou desconfiado.
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  — Não. — respondi tranquilamente.
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  — Assim me ofende. — ele me olhou indignado porém começou a rir como sempre — Vamos Mike.
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  Eu ri olhando ele se afastar com Mike, depois voltei meu olhar para minha filha, Jullie estava me olhando séria e segurando o riso.
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  — O que foi espertinha. — sorri de leve a puxando para me sentar no meu colo — Te conheço mocinha, desde o dia em que nasceu.
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  — Papai, o que acha da ?! — perguntou ela.
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  — Hum, ela é uma boa médica, cuida de mim com muita dedicação. — respondi.
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  — Não quis dizer assim. — ela me olhou — Eu ouvi o tio John falando para o vovô que vocês dois combinam, que o senhor está encantado por ela.
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  — Jullie, sabe como são os comentários do John. — desviei meu olhar para frente.
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  — Eu concordo com ele, o Mike também. — retrucou ela.
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  — Concordam com o que? — voltei meu olhar para ela.
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  — Que a e o senhor ficam bem juntos. — seu olhar tranquilo para mim, me fazia perceber o quanto minha filha estava crescendo — Seria legal se ela se tornasse sua namorada.
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  — Não acredito que vocês estão confabulando essas coisas. — estava admirado.
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  — Não estamos confabulando. — ela riu de leve — Só queremos ver duas pessoas que se completam juntas.
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  — E como você sabe que a me completa?! — e olhei curioso.
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  — Porque o senhor sempre fica fora de órbita quando vê ela sorrindo, e ela sempre sorri quando está perto do senhor ou falamos o seu nome.
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  Eu realmente não esperar ouvir aquelas palavras ditas com tanta sinceridade.
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“Olhando para o céu sem fim enquanto o cenário muda,
Eu respirei fundo de repente quando eu ouvi sua voz
Não importa o quão longe estivermos um do outro, se fechar meus olhos,
Veja, nossos corações estão conectados.”

– All My Love Is For You / Girls’ Generation

Capítulo 29

  *

  Após dias de trabalho duro e muitos pacientes dando entrada, finalmente estava encerrando o meu plantão, a partir de alguns minutos eu entraria de férias premium e só retornaria daqui quinze dias.
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  — Ahhhh… — murmurei me espreguiçando da cadeira do meu consultório.
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  — Animada para as férias, dra Miller? — perguntou a enfermeira Joy ao aparecer da porta.
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  — Nunca sonhei tanto com elas, mas agora que chegou o dia, sinto que vou sentir mais falta dos meus pacientes. — respondi tentando mostrar conformidade em me ausentar.
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  — Falta dos pacientes, ou de um certo paciente? — insinuou ela se referindo ao pai das minhas crianças preferidas.
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  — Se está falando de , ele está prestes a receber alta. — retruquei segurando o riso — Além do mais, minha preocupação está em outra ala.
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  — Urgência e emergência. — constatou ela — Não é somente você, todos estão horrorizados com o aumento de entradas.
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  — Tem havido muitos acidentes por imprudência. — comentei ligando a causa ao motivo.
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  — Sim. — concordou ela — Bem, aqui estão os últimos prontuários para sua última avaliação.
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  — Obrigada. — eu peguei os prontuário de sua mão e dei uma olhada superficial — Vou começar a visita aos pacientes mais crônicos primeiro e depois verei os que serão liberados.
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  — Quer que eu te acompanhe? — se ofereceu ela.
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  — Não precisa, será uma avaliação rápida. — respondi — Depois passarei as informações ao dr. Brown que ficará em meu lugar.
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  — Essa é a única parte boa que suas férias. — comentou ella com um sorriso malicioso.
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  — Ai de você se ficar suspirando por ele e esquecer meus pacientes. — a adverti para seu dever profissional — Se não, da próxima vez eu coloco a dra. Lira em meu lugar.
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  — Ah não, ela não. — Joy fez uma careta engraçada — A dra. Lira é mandona e mau-humorada.
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  Eu ri um pouco dela gesticulando em uma imitação da dra. Lira, Joy era o lado mais engraçado do hospital, sempre me distraindo com seus comentários aleatórios e indiretas maliciosas. Saí do meu consultório na ala sul do hospital e segui em direção a ala onde meus pacientes estavam, como definido visitei cada quarto onde estavam os pacientes mais crônicos, depois passei para os pacientes em que já iria prescrever a alta hospitalar.
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  — Bom dia. — disse ao entrar no quarto do último paciente, o mais esperado por mim.
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  — Bom dia doutora. — logo que me viu deu um sorriso largo com naturalidade.
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  — Acordado, que novidade. — ri de leve adentrando mais o quarto — E sozinho.
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  — Minha mãe foi tomar um café. — respondeu ele mantendo seu olhar em mim — E… Estou tão ansioso por hoje que não consegui dormir direito.
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  — Hum. — retirei meu estetoscópio do pescoço — Imagino, passar tanto tempo no hospital não é tão animador, mas quando chega o dia de ir embora a ansiedade fica mais em evidência.
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  — Sim. — concordou ele — Existe o lado positivo e o negativo.
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  — Sério? — agora estava curiosa — E qual seria o lado negativo?
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  Ele se manteve em silêncio com o olhar fixo em mim, a intensidade no seu olhar fez meu corpo estremecer de leve, meu coração acelerou de forma repentina me fazendo sentir um pouco tímida e envergonhada. Apesar de não me responder, de alguma forma eu sabia a resposta.
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  — querido… — disse a senhora Hana ao entrar no quarto — Voltei… Dra. Miller.
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  — Bom dia, senhora… — a cumprimentei.
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  — Senhora não, pode me chamar de Hana ou ajumma. — disse ela dando um sorriso gentil, vindo me abraçar.
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  — Tudo bem. — assenti retribuindo o abraço.
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  — Veio liberar nosso ? — perguntou ela, dando ênfase na palavra nosso.
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  — Bem, felizmente sua recuperação está completa e agora o repouso poderá ser feito em casa. — disse caminhando até a cama que ele estava — Só passei para ver se está tudo ok, antes de assinar a alta hospitalar.
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  — Espero estar bem, apesar de tudo o que passou. — disse ele.
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  — Em vista de como chegou aqui, acredite, você está 99% melhor. — respondi confiante.
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  — E os outros 1%? — perguntou ele.
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  — Somente quando ir para casa e voltar ao trabalho. — brinquei.
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  — Aish, até minha médica está me mandando trabalhar. — reclamou ele, nos fazendo rir.
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  — Você tem sentido algum tipo de dor ou desconforto? — perguntei.
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  — Não.
  — Sua visão ainda está doendo como há duas semana? — insisti.
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  — Não, felizmente melhorou. — respondeu novamente.
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  — Pelo visto era o remédio mesmo. — constatei — Que bom que descobrimos a tempo de reverter.
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  Eu medi sua pressão arterial e analisei seus batimentos, aparentemente estava tudo ok, li atentamente seu prontuário, juntamente com o restante dos exatamente pedido. estava mesmo pronto para ser liberado, então sem mais delongas assinei a alta para que ele pudesse voltar para casa.
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  — Entregarei sua alta na recepção para que os procedimentos oficiais sejam feitos, a enfermeira trará os papeis para vocês. — disse assim que terminei de assinar — Foi um prazer cuidar de você.
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  — O prazer foi meu. — disse ele sorrindo de canto.
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  — E agora? — perguntou a mãe dele — Não vamos te ver mais?!
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  — Bem, estou entrando de férias hoje também. — respondi — Minha última função era assinar a alta de .
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  — Ah. — Hana pareceu um pouco decepcionada e olhou para seu filho como se tivesse querendo dizer algo a ele.
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  — Bem, eu tenho que ir agora. — disse me afastando da cama dele e colocando meu estetoscópio no bolso do jaleco.
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  — Espera. — disse — Eu gostaria de te agradecer melhor.
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  — Não precisa, foi meu dever como médica. — disse meio sem graça.
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  — Precisa sim. — interviu Hana — Que tal um jantar?!
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  — Jantar?! — a olhei surpresa.
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  — A menos que tenha outro compromisso. — observou ela — Poderia jantar conosco amanhã que é sábado, as crianças iriam adorar isso.
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  — Bem, não esperava pelo convite, mas… — desviei meu olhar para discretamente, vendo que seu olhar ainda estava em mim — Acho que posso.
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  — Então está combinado. — Hana sorriu — Você pode pegar nosso endereço na ficha de .
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  — Claro. — eu dei dois passos para trás — Agora tenho mesmo que ir.
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  Me despedi brevemente deles e saí do quarto, percebi que até aquele momento meu coração continuava acelerado com tudo o que estava acontecendo, era algo diferente porém bom ao mesmo tempo. Após deixar os prontuários com as altas de e mais dois outros pacientes na recepção, passei no consultório do dr. Brown, para entregar as fichas dos meus pacientes que ficariam sob seus cuidados, depois me dirigi ao administrativo para assinar os documentos das férias premium.
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  Pensei em voltar no quarto de para me despedir novamente, porém ele e sua mãe já estavam na recepção assinando os papeis da liberação. Permaneci de longe e escondida os observando, até que Joy se aproximou de mim sorrateiramente, claro que ela não perderia a oportunidade de fazer seus comentários.
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  — Seu olhar está exalando saudade, e olha que ele nem saiu direito do hospital. — ela segurou o riso mantendo seu olhar na mesma direção que eu.
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  — Você perde a amiga, mas não perde a piada. — retruquei rindo baixo.
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  — A mãe dele me convidou para o jantar amanhã. — comentei.
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  — Olha só, já conquistou a sogra. — Joy brincou.
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  — Ai, pare de dizer bobagens, é somente um jantar de agradecimento. — expliquei.
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  — E desde quando que famílias nos convidam para jantar após salvarmos os pacientes? — indagou ela — No máximo um muito obrigado na saída do hospital.
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  — Não é bem assim. — retruquei.
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  — , por favor, pare de se iludir, ou de achar que me ilude. — ela me olhou — Está na cara que tanto você como ele, estão interessados um no outro.
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  — Não. — neguei inutilmente — Isso seria falta de ética, ele é meu paciente.
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  — Primeiro, ele não é mais seu paciente. — faz sentido — Segundo, isso pode acontecer com qualquer profissional.
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  As palavras dela eram sábias, mas ainda assim eu estava relutante por algum motivo que eu não entendia. Ao final da tarde, deixei minha sala organizada e me reuni com a equipe que eu era responsável na sala dos enfermeiros, tinha o dever de passar formalmente minhas responsabilidades ao dr. Brown. Joy como sempre não deixaria passar em branco, acabou organizando uma pequena recepção para mim, já que não era sempre que eu recebia feŕias premium e uma bonificação pela dedicação que sempre tinha com o hospital e os pacientes.
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  — Um brinde a médica mais carismática e gentil do nosso hospital. — disse o dr. Brown ao erguer o copo de suco.
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  — Um brinde. — disseram todos erguendo seus copos.
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  — Finalmente. — comentou o enfermeiro Calton.
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  — Agradeço a todos pelo carinho, em especial a Joy por sua amizade. — disse ao tomar um gole do suco de uva que estava no meu copo — E queria fazer um pedido, que todos minha equipe linda, posso continuar trabalhando com a mesma dedicação e amor aos paciente, enquanto o dr. Brown estiver em meu lugar.
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  — Se essa não é a médica mais fofa que existe no mundo, não sei quem é. — disse Joy tentando me elogiar, mas jogando uma indireta bem discreta para a dra. Lira que estava mais ao fundo da sala, perto da porta.
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  Eu sorri sem jeito e sem saber o que dizer, a festinha não podia demorar muito, pois os pacientes aguardavam pelo atendimento. Surpreendentemente o dr. Brown me acompanhou até meu carro no estacionamento, ele parecia um pouco receoso e estranho, mais que de costume.
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  — Está tudo bem? — perguntei.
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  — Sim, está. — ele suspirou fraco, mantendo seu olhar em meu carro.
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  — Tem certeza? Você é mais animado, já está sentindo a pressão de ficar no meu lugar. — brinquei.
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  — Confesso que não tenho a mesma competência que você. — disse ele meio sem graça.
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  — Claro que tem, é tão competente quanto eu. — sorri de leve — Além do mais, tem a atenção e admiração de todas da enfermaria.
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  — Não de quem eu gostaria. — ele desviou seu olhar para mim.
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  O que me fez lembrar do olhar de , porém o do dr. Brown não tinha a mesma intensidade. Nós dois já éramos colegas há pouco mais de quatro anos e passamos por diversas situações no hospital, podíamos contar um com o outro e eu o considerava um bom amigo. Mas somente conseguia vê-lo assim, como um amigo, apesar de saber que ele sempre esteve interessado em mim.
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  — Vou indo agora, aproveitar minhas férias. — sorri de leve para ele e o abracei com carinho — Fique bem e se cuide, soube que estava com a voz rouca semana passada, médicos também ficam doentes.
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  — Sim, estou me cuidando. — ele sorriu — Obrigado por se preocupar.
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  Eu entrei no carro e segui em direção ao meu apartamento. Assim que cheguei meu primeiro pensamento foi me jogar na cama e ser feliz, porém mesmo sentindo meu corpo cansado, minha mente estava elétrica cheia de pensamentos. A maioria de resumia a e seus filhos, não conseguia entender como duas crianças me conquistaram de forma tão rápida e simples, meu coração sempre saltava de felicidade quando estava perto deles.
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  Já não sabia se era eu que os fazia sorrir, ou se era eles que me faziam sorrir, a única coisa que tinha certeza é que sentia uma enorme vontade de tê-los por perto.
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  As horas se passaram e consegui adormecer, na manhã seguinte já acordei na hora do almoço com meu corpo descansado, me espreguicei um pouco na cama e voltei meu olhar para o celular na mesa de cabeceira ao lado. Sua pequena luz no canto superior estava piscando, era uma mensagem que havia chegado, para minha surpresa e era uma mensagem do meu ex paciente preferido.
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  “Aceita um café?”
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  Como ele havia conseguido meu número? Só tinha uma resposta para isso: Joy. Certamente aquele cupido em forma de amiga havia feito alguma coisa, ri de leve e caminhei até o banheiro, demorei um pouco para me arrumar e senti que meu corpo estava de fato acordado, nem água fria no rosto estava adiantando muito. Após uma forte rotina de trabalho, era mesmo merecido um pouco de descanso e folga.
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  — Eu não tomo café. — disse assim que cheguei na portaria e o encontrei na recepção me esperando — Mas se em troca for um chocolate quente…
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  Ele sorriu de forma aliviada.
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  — Bom dia. — disse ele num tom mais baixo.
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  — Bom dia. — surpreendente mesmo vê-lo naquela manhã — Senhor paciente, não deveria estar em casa repousando?
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  — Sim. — ele riu baixo, sabia que estava errado em vir — Me desculpe a desobediência.
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  — Espero que não tenha vindo dirigindo. — cruzei os braços me mantendo séria.
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  — Ah não, peguei um táxi. — ele voltou seu olhar para a rua — Sei que não posso abusar.
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  — Então o que faz aqui? — perguntei curiosa.
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  — Hoje pela manhã quando acordei, achei que ficaria tudo bem… — sua voz ficou um pouco mais triste — Pensei realmente que estava tudo bem, mas não estava, percebi que não somente minha manhã, mas todo o meu dia não estaria completo se eu ficasse sem te ver.
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  Aquela palavras foram como uma flecha em meu coração, o fazendo acelerar de imediato, me deixando sem reação e sem palavras.
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  — … — sussurrei timidamente — Não deveria dizer essas coisas.
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  — O que mais posso dizer, se é assim que estou me sentindo?! — seu olhar profundo transmitia a pura sinceridade — Desde que acordei não consigo pensar em mais nada além disso, até meus filhos começaram a me fazer lembrar você de forma espontânea.
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  — Não sei o que dizer. — sussurrei sentindo minhas pernas meio bambas.
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  Era a primeira vez que meu coração reagia de forma positiva e proporcional a declaração de alguém para mim, pela primeira vez eu desejava retribuir aquela declaração.
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  — Não precisa dizer nada agora, apenas tome um café comigo, ou melhor, um chocolate quente. — ele riu de leve, me fazendo rir também.
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  — Será um prazer.
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  Eu respirei fundo e sorri.
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  Por mais louco que parecesse, em meu coração tinha a certeza que aquilo não era o início de algo, mas a continuação de um sentimento desconhecido por nós dois. E eu estava determinada a entender e viver este sentimento da melhor forma, me permitindo estar próxima não somente das crianças como desejava, mas também estar ao lado de para sempre.
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“Eu ainda não posso dizer que estou completamente apaixonado,
Tremendo para dizer aquelas palavras: amo você mais do que ninguém,
Apenas você e eu, e eu, e eu, e eu
Eu estou realmente feliz nesse momento, realmente grato por você ter vindo a mim,
Obrigado por ser quem me ama, apenas você e eu, e eu, e eu, exatamente você.”

– All My Heart / Super Junior

Epílogo

  *

  Nós fomos acordados em meios aos pulos de comemoração de Jullie e Mike na cama. Eu não estava entendendo mais nada e nem queria, meu olhar se voltava sempre intencionalmente para o sorriso de que nunca se desfazia da face. Aquele olhar que brilhava ao ver meus filhos, me deixava ainda mais encantado por ela, que agia como se verdadeiramente fosse a mãe deles.
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  — Agora que já se acalmaram… — puxou Mike para se sentar entre suas pernas — Podemos saber o que está acontecendo?
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  — Estamos comemorando mamãe. — respondeu Mike, ele sempre a chamava assim agora.
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  — Comemorando o que? — olhei para Jullie que se sentou ao meu lado.
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  — O que mais seria?! — Jullie me lançou um olhar de desaprovação, como se eu tivesse cometendo algum crime grave — Hoje é o aniversário de dois anos de casados de vocês.
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  — Oh, é mesmo. — concordou — Aish, passo tanto tempo com meus pacientes que não me lembrei de conferir a data de hoje.
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  — Mamãe, você a gente perdoa. — disse Mike com um jeitinho sapeca — Mas o papai não, ele sempre esquece das datas.
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  — O que? — o olhei embasbacado — Por que a tem mais direitos que eu?
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  — Por que as mães sempre tem mais direito. — explicou Jullie tentando encontrar um argumento válido — E também, porque ela está esperando nosso irmãozinho.
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  — Hum… — a olhou segurando o riso — Então só por causo do nosso bebê eu tenho esse privilégio? Pensei que fosse pela nossa amizade Ju.
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  — Também mamãe. — Jullie riu de leve e tocou na barriga de com carinho — E como ele está hoje?
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  — Está muito bem, esse garotinho vai nascer com muita saúde. — respondeu .
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  — E eu vou ensiná-lo a jogar muito quando ele nascer. — comentou Mike.
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  — Tenho certeza que vocês dois serão os melhores irmãos mais velhos. — assegurei me espreguiçando — Mas, antes devemos alimentá-lo.
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  — Sim. — Jullie deu um pulo da cama — Mas vocês dois precisam trocar de roupa primeiro e descer só daqui a pouco.
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  — O que estão tramando? — a olhei desconfiado.
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  — Papai, por que sempre pensa isso de nós? — ela lançou aquele famoso ar de ofendida que sempre fazia quando estava aprontando.
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  — Vamos relevar isso. — abriu um leve sorriso — Tenho certeza que eles prepararam algo especial para nós lá em baixo.
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  — Como sabe mamãe? — Mike a olhou assustado.
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  — As mães sempre sabem das coisas. — ela piscou de leve para mim — Além do mais, hoje é um dia especial não é?!
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  — Sim. — assentiu Mike.
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  — Vamos Mike, temos que terminar o que começamos. — disse Jullie se aproximando da porta.
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  — Sim. — Mike se levantou e correu até a irmã — Fiquem aqui…
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  — E só desçam daqui dez minutos. — completou Jullie.
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  — Sim senhora. — bateu continência brincando e eu a imitei.
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  — Ah, antes que me esqueça. — Jullie pegou uma pequena caixa retangular e me entregou — Uma pessoa deixou isso agora pela manhã, disse que era presente pelo aniversário de casamento.
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  — Obrigado querida. — disse ao pegar.
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  Assim que meus filhos saíram do quarto, fechando a porta me olhou curiosa.
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  — Abra, vamos ver o que é!
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  — Claro. — eu retirei a fita verde que estava envolvendo a caixa e a abri, dentro havia uma garrafa diferente e muito bonita.
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  — Quem nos mandaria uma garrafa? — questionou .
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  — Será que não foi do hospital? — perguntei ao pegar a garrafa e balançar — Que estranho, aparentemente parece estar vazia.
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  — Tem um bilhete nela. — esticou a mão e pegou o pequeno papel que estava no fundo da caixa e leu — Boas pessoas merecem uma segunda chance.
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  — Boa pessoas merecem uma segunda chance. — repeti sussurrando.
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  Por alguns instantes o silêncio pairou sobre o quarto, meu coração acelerou de uma forma inexplicável me deixando quase sem fôlego para acompanhar seu ritmo. Então em minha mente uma chuva de lembranças que nem imaginava que teria veio sobre mim, me deixando louco e ao meus tempo sentindo paz. Se era uma mera loucura, imaginação ou simplesmente ilusão por causa do meu acidente não sabia, mas de alguma forma minha mente queria acreditar que um dia, minha linda esposa havia sido um gênio.
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  — Você… — ela não conseguiu nem mesmo terminar, seu olhar para mim estava na mesma intensidade do meu olhar para ela.
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  Não era nem mesmo preciso uma só palavra para confirmar que assim como eu, ela também havia se lembrado de algo além da nossa compreensão, mas que explicava parte do sentimento de amor profundo que tínhamos um pelo outro.
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“A reposta é você
Minha resposta é você
Eu já abri o meu coração para você há muito tempo
Você é tudo para mim, esse é o meu jeito de confirmar.”

– My Answer / EXO

Spin Off

  * Nalla

  — Tenho que admitir, eles realmente ficam bem juntos. — disse Mary ao se aproximar de mim, mantendo seu olhar para frente.
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  — Sim, estou feliz que a Genie, ou melhor, a tenha encontrado sua segunda chance. — concordei mantendo meu olhar na mesma direção, vendo e sua nova família passeando juntos pela calçada — Está arrependida? Por não ter ficado com eles?
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  — Não, não me arrependo, tudo que poderia aprender e ensiná-los, eu o fiz. — Mary parecia ainda confusa em seu tom de voz — Eu acho… Além do mais, a segunda chance de era determinada pelo amor, e precisava experimentar o verdadeiro amor que só ela poderia dar.
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  — Você realmente cresceu muito Mary, estou orgulhosa disso. — sorri de leve desviando meu olhar para ela — Está pronta para sua segunda chance.
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  — Minha?! — ela me olhou confusa — Como assim? Quer dizer que será nossa última vez?
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  — Sim! Já cumprimos nossa missão, você irá primeiro e terá sua segunda chance. — sorri para ela com carinho para que se sentisse confortável.
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  — Mas… — ela voltou seu olhar para e sua família — Vamos nos ver novamente?
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  — Claro que sim, somos irmãs. — eu a abracei apertado transmitindo toda coragem que eu podia — Entre no carro e feche os olhos, assim que abrir estará em sua nova vida.
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  — Não vou me lembrar não é? — ela se afastou um pouco de mim.
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  — Não, certamente não. — pelo menos era o que eu achava.
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  Mary respirou fundo e me abraçando apertado pela última vez, entrou no carro que estava logo mais a frente e fechou os olhos. Logo o tempo parou ao meu redor e tudo ficou congelado, como da vez que aconteceu com , eu respirei fundo ao sentir uma forte luz vindo de trás de mim, sabia exatamente a quem pertencia.
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  — Bom dia, arcanjo Miguel. — sussurrei me mantendo virada pois sua luz era realmente forte aos meus olhos.
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  — O Senhor está realmente feliz com a forma em que vocês cumpriram sua missão, desejo que a segunda chance de vocês seja repleta de bençãos. — disse ele.
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  — Lembro-me como se fosse ontem, quando fomos salvas naquele acidente na represa por você, aquela foi a nossa segunda chance dada por Deus, me sinto grata por isso. — disse me lembrando daquele dia — Ainda mais por poder retribuir assim, ajudando outras pessoas a encontrarem a segunda chance delas.
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  — Consigo sentir sua gratidão e a verdade em suas palavras. — ele deu uma breve pausa — Mas seu coração ainda está preocupado.
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  — Gostaria de saber como será agora… — suspirei fraco — A segunda chance de Genie estava no amor incondicional, mesmo ela fazendo do seu jeito meigo e cheio de fantasia, ela conseguiu encontrar uma forma de ajudar aquela família que precisava de amor. — eu desviei meu olhar para o carro — A segunda chance de Mary está na amizade, ela sempre foi muito isolada, por isso nunca teve amigos de verdade além dos seus ursos de pelúcia, mas sei que ela vai conseguir encontrar a resposta… Entretanto, estou preocupada comigo mesma, nunca confiei muito nas pessoas, por isso não me sinto capaz em adquirir confiança.
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  — Só de entregar sua vida nas mão do Senhor Deus, já é sinal de confiança, é por isso que tudo ficará bem.
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  — Então, acho que a única coisa a fazer é confiar e seguir em frente. — eu fechei os olhos e disse para mim mesma — Boas pessoas merecem uma segunda chance…
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“Te amo, e serei sempre grato
Então eu rezo por você (oh) então eu
Então eu te prometo (oh) então eu.”

– So I / Super Junior

  “Amor: Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. ‘Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.’ (1 Coríntios 13:13)” – by: Pâms

Fim

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