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Finally Th

16. Boy In Luv

“Porque é isso que eu estou implorando, baby.;
Eu posso ser o único cara que estará de mãos dadas com você?
O mais importante para mim é você.;
Eu tenho medo de que você vá embora.;
Eu não deixaria você ir, como eu posso manter-te aqui?”

– All My heart / Super Junior

  Me encontrei com na tarde de sábado, fomos até a casa dele para conversar com seu pai, passamos umas duas horas aprendendo sobre planejamentos versus custos, a maioria das anotações que eu tinha estavam no meu bloco de notas em casa. Então tive a ideia de convidar para ir até minha casa e caso ficasse meio tarde ele jantaria com minha família e eu.
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  Entramos no apartamento entre risos até que olhei para e sua face ficou séria, senti um frio na espinha e virei minha face, estava sentado no sofá nos olhando. Tentei disfarçar, porém estava boquiaberta com a tranquilidade dele, ele se levantou com um sorriso meio cínico de canto.
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  — Posso entender a sua presença aqui? — perguntei.
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  — Falta duas semanas para o baile e vim te ajudar nos preparativos.
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  — Ela não precisa da sua ajuda, já estou ajudando ela.
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  — Precisando ou não, com ou sem você, sou o responsável por tudo que envolve o time de basquete, então minha presença é indispensável. — ele retrucou olhando diretamente para mim.
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  — Bem, três cabeças pensam melhor que duas. — respirei fundo tentando contornar a situação.
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  — Depende da cabeça. — comentou .
  — Está insinuando alguma coisa? — fitou seu olhar nele, parecia com raiva.
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  — Ok, vocês dois sentem aí no sofá, que eu vou buscar minhas anotações. — eu olhei para cada um deles como se quisesse falar para tentarem não se matar na minha ausência.
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  Para minha felicidade, eles ficaram silenciosos até meu retorno, me sentei no meio deles e começamos a discutir no bom sentido todos os detalhes, desde a decoração e alimentos, até a playlist que tocaria no dia. Nosso maior desafio seria conseguir fazer algo legal com a pequena verba que a escola havia disponibilizado, então deu a ideia de pedirmos ajuda financeira dos alunos, mesmo que pouca nos daria oportunidade de realizar algo mais elaborado e completo.
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  — Ok, e supondo que concordamos com sua ideia, como iremos pedir dinheiro aos alunos?
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  — E o que garante que terão dinheiro para nos dar? Somos colegiais. — disse de forma racional.
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  — Simples, todos os treinos do time são fechado e muitos alunos sempre pediram para ver, podemos promover um treino beneficente e vender ingressos VIPs para os alunos que quiserem ver, não só os alunos, mas também pais e familiares.
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  — E isso vai funcionar? — perguntei desacreditada. — O treinador vai querer matar a gente.
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  — Claro que vai funcionar, principalmente com as garotas. — piscou maliciosamente para mim, me fazendo respirar fundo. — E deixa que do treinador cuido eu.
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  — Se você diz. — deu de ombros, desviando seu olhar para as folhas que estavam em cima da mesa de centro.
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  — Então vamos promover esse treino especial para o próximo sábado, assim dá tempo dos alunos comparem o ingresso até na sexta. — finalizei o assunto anotando alguns detalhes no meu bloco de notas.
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  Eles assentiram sem problema.
  Minha mãe se empolgou um pouco nos preparativos do jantar, comemos tranquilamente e ambos foram no mesmo momento para casa. Minha mãe preferiu não me fazer mais perguntas sobre meus sentimentos por , mas me pediu para não tentar esquecer ele envolvendo uma terceira pessoa, pois eu faria mais duas pessoas sofrerem além de mim.
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  Acordei pela manhã não acreditando no quanto tinha dormido bem naquela noite, eu e minha família passamos o dia no parque fazendo piquenique, um momento divertido e saudável que fazíamos com frequência. Que para minha surpresa, me rendeu a oportunidade de esbarrar em , Sunny e sua mãe, também se divertindo naquele dia ensolarado.
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  — Surpreendente vê-los aqui. — comentei ao nos afastarmos um pouco da nossa família.
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  — Meu pai está viajando, sempre isso acontece aproveitamos para passar mais tempo juntos. — explicou ele mantendo seu olhar para frente.
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  — Hum…
  — Eu conversei com o treinador pelo celular. — disse ele.
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  — E o que ele disse?
  — Concordou, desde que não usássemos nenhuma jogada secreta nos treinos. — ele sorriu de canto. — E disse que conseguiria a autorização.
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  — Quem diz não para o capitão do time? — brinquei.
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  — A garota que está ao meu lado. — respondeu ele de forma serena.
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  Suspirei fraco.
  — … — eu sussurrei, parando.
  — O quê? — ele me olhou atento a mim.
  — O que deu em você? Primeiro diz que vai se afastar de mim e passa duas semanas fingindo não me conhecer, e agora… — olhei para o lado me calado, conseguia ver a emoção fluir forte em mim. — Eu realmente não consigo te entender.
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  — Acredite, eu realmente tentei fingir que você era somente alguém normal, mas não consegui. — seu olhar sincero, tentava esconder uma ponta de tristeza. — Me perdoe por ter feito o pior pedido da minha vida.
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  — Pabo. — me afastei dele, seguindo em direção aos meus pais.
   tinha umas variações de humor que me deixava estática, não sabia se era consequência da sua relação conturbada com o pai, ou se ele era tão desnorteado quanto eu em relação a entender seus sentimentos.
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  Na semana que seguiu eu, e Min focamos na divulgação do treino especial.
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  Até quarta-feira nenhum aluno demonstrou interesse, porém na quinta-feira após a aula, uma fila se formou na porta da minha sala de aula para a compra os ingressos VIPs. me ajudou organizando a fila, enquanto eu ia arrecadando o dinheiro e passando os ingressos, e em menos de vinte minutos todos que tínhamos feito numa estimativa de lugares na quadra havia sido vendidos e ainda tinha pessoas querendo comprar.
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  Então teve a ideia que abrir um segundo dia de treino especial no domingo, assim poderíamos arrecadar ainda mais, e em menos de dez minutos a mesma quantia de ingressos se esgotaram, o louco é que até os professores compraram.
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  O treinador não havia gostado muito da ideia, pois os jogadores poderiam revelar seus movimentos, mas assentiu sem muito esforço, após se comprometer em fazer o teste para o time na próxima semana. Assim se ele entrasse, seria nosso elemento surpresa, já que seus arremessos eram tão precisos quanto de e Mijun. A quantia levantada tinha sido razoável e ajudaria a muito em nosso orçamento, era hora de começar a comprar o que precisava e para isso tivemos a ajuda da ajumma Seohyun, mãe de Min.
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  Ela nos seus tempos de escola também tinha sido ajudante no time de basquete e sabia de várias lojas que poderia fazer preços bons e com qualidade nos produtos fornecidos.
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  — Obrigado ajumma, por nos deixar guardar tudo aqui. — disse assim que empilhamos as poucas caixas na garagem da casa da mãe de .
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  — Não precisa agradecer. — ela sorriu com gentileza. — É um prazer poder ajuda-la.
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  — Com isso acabamos por hoje, agora só esperar para poder fazer a decoração na quadra. — disse .
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  — Eu vou indo então. — guardou o celular que estava em sua mão no bolso.
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  — Eu vou com você. — disse ao pegar minha mochila.
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  — Oh não, eu preparei um lanche para vocês. — ajumma nos olhou de forma carinhosa, que não tinha como resistir.
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  Assentimos e nos acomodamos na sala, enquanto ela trazia a bandeja de bolo e suco, com a ajuda de .
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  — Mas confesso que fiquei surpresa por ter sido você este ano. — disse ajumma ao colocar a bandeja em cima da mesa de centro. — Geralmente é a Taeyeong quem organiza as festas da escola.
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  — Ah é? — olhei para .
  — A é a auxiliar do clube de basquete, o próprio treinador pediu para ela. — explicou o capitão demonstrando felicidade pelo fato.
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  — Pois é, não tive como dizer não. — conclui. — Mas pelo menos arrumei dois ajudantes, então estou no lucro.
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  — oppa é seu namorado? — perguntou Sunny aleatoriamente.
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  — Não. — dissemos eu, e em coral.
  Então nos olhamos meu constrangidos.
  — Sunny, de onde tirou isso? — repreendeu-a, a ajumma.
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  — Desculpa. — Sunny abaixou o olhar de forma tímida.
  — Está tudo bem. — sorri de leve e segurei em sua mão. — e eu somos apenas amigos, bons amigos.
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  — Sim. — confirmou .
  — Então você pode namorar o oppa. — disse ela com empolgação.
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  — Sunny! — ajumma a repreendeu novamente.
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  Neste momento, nenhum de nós três teve ação, todos estáticos.
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– x –

  — Ok, todos com o ingressos para este primeiro dia façam uma fila única e organizada. — disse na porta da quadra.
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  — Obrigada por ter vindo, estava com medo de não conseguir sozinha. — eu sorri de leve em agradecimento.
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  — Amigos são para isso. — sorriu de volta. — Pode entrar que eu cuido da entrada.
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  Eu assenti com a face e entrei, a quadra já estava organizada somente esperando as pessoas se acomodarem para ver o treino. Assim que todos assentaram, eu chamei o time e os reservas que estavam no vestiário, seria o mesmo treino de todos os dias, porém alguns passes secretos seriam omitidos, pois poderia ter rivais de outros times disfarçados de alunos. Foram os quarenta minutos mais demorados e acelerados que já vi de um treino deles, no final todos estavam caídos no chão da quadra pedindo água, até me ajudou a entregar as garrafas.
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  — Então, não vai dizer nada? — me olhou meio presunçoso.
  — Parabéns, funcionou. — eu virei de costas e ele pegou em minha mão. — O que foi agora?
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  — Não precisa ser tão agressiva assim. — ele sorriu de canto. — Obrigado por me dar sorte até nos treinos. — ele piscou de leve e saiu andando em direção aos membros da Prince Line.
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  — Disponha. — sussurrei respirando fundo sem saber como reagir aquela piscada.
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  — Está tudo bem? — se aproximou.
  — Sim, até que a ideia dele deu certo.
  — É, só não contava comigo tendo que fazer o teste para entrar no time.
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  — Obrigada mais uma vez por nos ajudar a convencer o treinador.
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  — Amigos são para isso. — ele sorriu.
  O treino do domingo foi o mesmo sucesso e divertimento da plateia, e realmente como disse a maioria eram garotas que insistiam em gritar a cada cesta feita por ele. Uma semana para o baile e eu estava ainda comprando algumas últimas coisas para a decoração, já tinha acertado todo a parte de alimentos com a ajumma do refeitório, que foi um amor de pessoa em se oferecer para ajudar em minha tarefa.
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  Outro jogo realizado na quinta-feira, e com algumas dificuldades à parte, pois MiJun em uma trombada com o membro do time adversário caiu e torceu o tornozelo, nosso time venceu por 70×47. Sexta após a aula, convoquei todos do clube de basquete para me ajudar com a decoração da quadra, eu havia preparado algo bem clássico, porém de impacto, como pedia meu tema escolhido: 007.
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  — Uma pena não termos comemorado a vitória. — reclamou Ha Ri enquanto segurava um balão branco na mão direita o balançando.
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  — Comemoraremos no baile. — Junhae sorriu de leve para ela.
  — O que importa é terminarmos a decoração da quadra a tempo para o baile amanhã. — MinSoo subiu na escada que estava escorada na cesta de pontos.
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  — Então ajudante, está como imaginou? — perguntou Yejin sentando no chão ao lado de Hwang.
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  — Hum? — eu que estava com a cabeça baixa olhando meu bloco, levantei e olhei a quadra. — Melhor do que imaginei.
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  Deixamos os balões todos monocromáticos, enfeitando o lugar junto com algumas fitas soltas prateadas. As duas mesas que ficariam com as comidas foram colocadas cada uma em lados opostos debaixo das cestas, todo o equipamento de som ficaria na sala do treinador com as caixas de som nos quatro cantos da quadra e uma pista de dança bem no centro. Enfim estava tudo no seu lugar em tempo recorde. Os outros foram embora, e eu fiquei ajeitando os últimos detalhes na sala do treinador, quando ouvi uma pequena discussão vinda da quadra:
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  — Ninguém pediu sua ajuda aqui, você nem é do time. — disse com seus punhos já fechados.
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  — Não estou aqui por causa desse time, estou aqui pela . — o olhou diretamente. — Somos amigos e amigos se ajudam.
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  — Amigos? — deu um riso sarcástico. — Não acho que seja isso.
  — Yah! — eu gritei indo em direção a eles. — Não podem nem um minuto trabalharem juntos e em paz? Se não for para ser assim e me ajudarem direito, prefiro fazer isso sozinha.
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  Eles assentiram em silêncio com a face, mesmo contrariados.
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  Respirei fundo e voltei para a sala do treinador para pegar minha mochila, voltamos para casa em silêncio, ambos me deixaram na portaria do meu prédio e depois seguiram lados opostos. Eu estava exausta com toda aquela correria dividida em estudos, treinos e preparativos do baile, mas no final tudo daria certo e eu ficaria em casa descansando. Minha mãe não estava satisfeita com minha decisão de não ir ao baile, mas não iria insistir ou me obrigar a ir, já que a escolha era minha.
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  Meu sábado foi tranquilo e cheio de maratona de séries na Netflix, somente isso para me fazer esquecer que não, me impedir de chorar ou me arrepender por não ir. Passei o dia trancada no quarto jogada na cama com meu tablet e minhas séries atrasadas, era tudo que eu precisava para ocupar minha mente e minha noite também, foi quando ouvi minha mãe me chamando da sala.
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  * – on *

  Enfim era o dia do baile, eu não tinha muito jeito para vestir roupas formais, quando me olhei no espelho, levei um susto com minha falta de conhecimento no assunto, eu estava um tanto desengonçado de mais. Bufei um pouco decepcionado comigo mesmo, até que ouvi uma risada feminina vindo da porta do quarto, me virei, era uma das amigas do meu pai.
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  — Me desculpe, não pude evitar, seu pai me disse que estava se arrumando para o baile da escola e fiquei curiosa para ver como os jovens de hoje se vestem. — ela segurou um pouco o riso.
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  — Pode ter certeza que não é desta forma. — desviei meu olhar para o chão ainda chateado.
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  — Eu posso te ajudar? — ela deu um passo entrando no quarto.
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  — Acho que pior não fica. — eu sempre tentei tratar as amigas do meu pai bem, pelo menos elas não tinham culpa do meu rancor por ele e não mereciam pagar por isso, mas não conseguia ser tão gentil assim.
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  — Bem, vamos ver o que tem aqui. — ela caminhou até meu guarda-roupa e abriu olhando o que tinha lá. — Hum, você tem um estilo bem esportivo, onde achou isso que está vestindo?
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  — Um amigo me emprestou. — respondi meio sem jeito. — O tema do baile é 007.
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  — Acho que pode ficar no estilo com o que tem aqui no armário. — ela pegou algumas peças e me deu para que eu vestisse.
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  Mesmo com receio peguei os cabides e fui para o banheiro, quando voltei ela já estava com um All Star branco meu na mão me mandando calçar, quando me olhei no espelho parecia mais eu. Da cabeça aos pés, aquela calça jeans preta com o paletó preto e a camisa de dentro branca estavam combinando com o all star branco que ela tinha me dado.
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  — Hum, obrigado. — me curvei de leve em respeito e gratidão.
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  — Agora sim, está mais bonito do que já é, espero que aproveite a o baile com sua namorada.
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  — Vou sim, mais uma vez obrigado.
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  Aquela ajumma havia sido legal de verdade e estava grato por ter me ajudado, peguei minha carteira e coloquei no bolso, antes de sair meu pai se aproximou de mim e me deu as chaves do carro dele, fiquei impressionado com aquele gesto, agradeci me curvando e saí. Antes de chegar no baile, tinha que passar em um lugar importante, pois estava me sentindo um pouco incompleto naquela noite. Estacionei o carro em frente ao edifício em que mais frequentava e toquei na porta, assim que a ajumma abriu entrei cumprimentando, ela já estava entendendo minha presença naquela noite e não precisou que eu dissesse uma palavra para ela logo gritar.
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  — !
  — Me chamou… — ela paralisou do corredor mesmo ao me ver. — .
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  — Vim te buscar. — eu sorri de canto maliciosamente. — E você está atrasada.
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  — Mas eu disse que não iria. — ela num tom baixo quase sussurro.
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  — Como assim não vai, o menino veio aqui te buscar. — reforçou sua mãe.
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  — Te dou dez minutos para se arrumar. — intimei me sentando no sofá.
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  — Ela estará pronta em nove. — sua mãe sorriu de leve e a puxou para dentro do quarto.
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  Parecia mesmo um desafio aceito pela ajumma, nove minutos depois apareceu na sala, eu me levantei a olhando de cima para baixo, estava mais linda ainda com aquele vestido azul marinho tomara que caia um pouco rodado. Eu não era de reparar em roupas femininas, mas aquele vestido parecia ter sido feito sob encomenda para ela, senti meu coração acelerar na hora.
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  — Eu prometo não trazê-la muito tarde, ajumma e ajusshi. — me curvei em respeito a eles e segurei na mão dela.
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  — Assim espero. — disse o pai dela escondendo o sorriso.
  — Espero que se divirtam. — ajumma estava com um sorriso alegre e um brilho nos olhos.
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   estava sem palavras por eu ter feito aqui, mas naquela noite só estava começando e eu iria mostrar para todos que o coração dela possivelmente era meu, pois o meu já pertencia a ela.
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“Porque eu me importo tanto com você?
Você me faz agir como uma criança,
Mas eu vou mudar as coisas, iremos de relação para relacionamento.”

– Boy In Luv / BTS

17. My Answer

“Quanto mais te vejo, mais fico feliz,
Às vezes até me pego cantarolando,
Repentinamente quero comprar uma rosa,
Este lado de mim nem mesmo eu conhecia.”

– Stand By Me / SHINee

  Meu coração me manteve acelerado todo o caminho até o colégio, porém, ao entrarmos juntos na quadra ele parou de vez, meus olhos percorreram todo o lugar e todos nos olhavam, até que avistei com Yuri conversando com os membros do clube de leitura. Até aquele momento ele não tinha me visto, mas em um movimento involuntário, olhou para a direção onde eu estava, ele logo desviou novamente para Yuri. Não sabia se podia ou não me sentir mal por ele, mas antes tinha que fazer meu coração voltar a bater novamente, ou pelo menos sentir ele batendo direito.
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  — Yah, finalmente chegaram. — comentou Hwang de mãos dadas a Yejin.
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  — Estávamos programando uma entrada triunfal. — me olhou com malícia.
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  — Bobo. — sussurrei tentando soltar minha mão da dele, porém sem sucesso.
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  — Pensei que não viria, ajudante. — Taeyeong se aproximou de nós com seu par, um garoto que era membro reserva do time.
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  — Eu também. — concordei num tom baixo.
  — Vamos dançar, olha a pista toda vazia. — MinSoo pegou na mão de Sooyong a levando para a pista de dança.
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  — Ele tem razão, Prince Line tem a missão de eternizar esse baile. — Junhae riu pegando Ha Ri pela mão e levando ela também.
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  Os outros membros da Prince Line também foram com suas acompanhantes. ficou me olhando por um tempo até que soltou minha mão e pegou na mão de Taeyeong e a levou para a pista. Aquilo me deixou boquiaberta e sem reação. Já imaginava que ele faria algo para me deixar irritada, respirei fundo e caminhei até a mesa de guloseimas que estava no fundo da quadra, fiquei olhando para a parte dos doces tentava me decidir qual pegaria primeira, porém meus pensamentos estava em outra parte daquela quadra.
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  — Indecisa? — perguntou ao se aproximar de mim.
  — Hum?! Ah, um pouco. — eu sorri de leve. — Estou feliz que tenha convidado Yuri.
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  — Ah, acho que estava meio certa, Yuri me deu uma carta de declaração ontem. — ele estava um pouco envergonhado. — Na verdade, foi ela quem me convidou.
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  — Sério? — por aquela eu não esperava.
  — Sim, ainda não consegui absorver tudo que ela escreveu na carta. — afirmou.
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  — Ela parece ser uma garota legal e interessante. — reforcei.
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  Como minha mãe havia me aconselhado, não iria usar para afastar de mim, por mais que essa ideia fosse tentadora.
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  — Mas surpreendente é você aqui, disse que não viria. — comentou meu amigo.
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  — É, está sendo até para mim, foi me buscar e não tive como dizer não. — desviei meu olhar para mesa e peguei um doce no formato de estrela que estava lá. — Minha mãe me arrastou para o quarto e me fez trocar de roupa.
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  — Imagino, sua mãe é bem animada.
  — Sim, um dos motivos de eu ter vindo.
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  — Pelo menos hoje terá a chance de saber como é o baile de colegial.
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  — Verdade. — eu ri de leve e olhei para o lado, Yuri estava se aproximando de nós.
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  — Oppa. — ela me olhou meio tímida. — Annyeonghaseyo.
  — Oi. — suspirei meio fraco, pois já percebia que Yuri tinha ciúmes da minha amizade com .
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  — Estava te procurando oppa. — disse ela ao olhar para ele.
  — Agora me encontrou. — ele a olhou como aqueles crushes de dorama olham para as protagonistas. — Estava conversando com a .
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   era mesmo um cavalheiro. Ele deu um sorriso tímido para ela, fazendo seus olhos brilharem um pouco, ambos formavam um casal bonito e fofo. Eu me afastei um pouco deles indo para a outra ponta da mesa.
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  — Ora, ora, nossa ajudante veio. — disse Joonseo ao se aproximar de mim.
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  — O que faz aqui? me disse que não viria.
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  — Também achei que não viria. — ele retrucou.
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  — Vim, pois não tive escolha. — respondi.
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  — Eu vi pois queria ver se meu primo realmente te traria. — ele riu. — Você já deve ter percebido que meu primo sente algo por você.
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  — Não sei do que está falando. — desconversei desviando o olhar para a direção de onde estava a cabine do DJ.
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  — Sabe sim. — ele riu. — Tem uma coisa sobre meu primo que você não sabe.
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  — O quê?
  — Quanto mais ele gosta de alguém, mais ele tenta afastar essa pessoa. — respondeu. — Ele tem medo de magoar as pessoas como o pai dele.
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  — não é o Dongho. — retruquei.
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  — Diz isso pra ele. — Joonseo sorriu de canto e apontou para seu primo que vinha em nossa direção. — Diga isso e confesse o que sente a ele.
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  Eu não queria concordar ou discordar de Joonseo, mas parecia que ele conhecia tanto eu como melhor que nós mesmo. Eu já havia provado do afastamento dele, mas não sabia que o motivo pudesse ser… Será que ele realmente gostava de mim?
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  — Ah, aqui está você. — chegou e segurou em minha mão. — Espero que não esteja implicando com minha acompanhante. — ele se virou para o primo.
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  — Yah, quem pensa que eu sou? Eu gosto da minha futura cunhadinha. — brincou ele.
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  — Joonseo! — o repreendi.
  — Ele não está tão errado assim. — sorriu de canto.
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  — ! — o olhei.
  — Hum, acho que está na hora da nossa dança. — ele segurou o riso e me olhou com intensidade.
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  — Dança? Ah, não, você não vai mudar de assunto e me arrastar para dançar em público. — eu me encolhi toda.
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  — Não mudando de assunto, só estou dando uma pausa. — ele sorriu de canto. — Prometi sua mãe que iria se divertir hoje. — ele começou a me puxar para direção da pista.
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  — , vem você e a Yuri também. — eu o olhei para meu amigo que estava perto, como um pedido de ajuda para não passar vergonha sozinha — Juseyo! — gritei.
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  Ele assentiu rindo e segurando na mão de Yuri e nos seguiu. Propositalmente ficamos no centro da pista, eu não era muito de me soltar em público e nunca havia ido a um baile em nenhum aspecto. E quando não dá pra “melhorar” a situação, de pura agitação, colocaram uma música mais lenta, tentei fugir daquilo, mas me pegou pela cintura e aproximou nossos corpos, tentei não encará-lo para não piorar ainda mais meu estado interior, pernas meio bambas e coração acelerado. A cada respiração mais funda me deparava com o aroma do seu perfume que estava ali para me enfeitiçar ainda mais. Bem ao final da música e aos olhos de metade da quadra, me beijou, segurei forte no paletó dele; a primeiro momento, só queria empurrá-lo para longe, mas não deu muito certo e me agarrei ainda mais.
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  Ficamos parados no meio da pista nos olhando, enquanto todos nos olhavam e cochichavam entre si, eu desviei meus olhos para que estava atrás de nós por um momento, vi um pouco de preocupação no seu olhar. Não conseguia distinguir se era aquilo ou não que eu esperava deste baile. Me afastei de e saí andando entre as pessoas até chegar na saída da quadra, muitos pensamento invadiram minha cabeça e estava confusa com meus sentimentos, ou pelo menos não queria admitir que todos estavam voltados para Min.
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  Me afastei o máximo que pude da escola, não queria voltar para casa pois teria que explicar por que havia me adiantado no horário, então fiquei vagando pelas ruas até que que me sentei no ponto de ônibus qualquer. Fiquei ali, ao som de alguns carros passando pela rua, mantendo meu olhar no chão absorvendo tudo que tinha acontecido naquela noite. Estava feliz por ter finalmente se rendido aos sentimentos de Yuri, feliz por todos estarem se divertindo com o baile que eu organizei. Apesar de eu estar em plena confusão.
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  — Espero que não tenha sido pelo beijo. — disse a voz que fazia meu coração acelerar.
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  — Você. — eu o olhei me levantando. — O que está fazendo aqui?
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  — Por que faz perguntas que sabe a resposta? — ele sorriu de canto.
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  — Pode ir embora, não quero sua companhia. — me virei de costas.
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  — Não me importo com suas palavras. — ele segurou em meu braço me virando para ele.— Seus olhos dizem outra coisa, não vou mais deixar que essas palavras sejam pronunciadas novamente.
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  — Do que está falando? — perguntei um pouco assustada.
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  — A partir de hoje não irei mais esconder meus sentimentos por você…
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  — , pare de brincar comigo. — o interrompi.
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  — Não estou brincando. — ele segurou em minha mão. — Eu amo você, e não importa o que diga, eu sei que seu coração também bate por mim.
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  Ele me beijou novamente, era doce e suave com aquele toque de malícia que me fazia sentir um frio na barriga, depois do beijo me aninhei nos braços dele. Não acreditava que ele tinha conseguido, meu coração batia mesmo por ele mesmo com todas aquelas coisas que ele tinha feito para mim.
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  —Yah. — eu me afastei dele.— Com que direito diz estas palavras para mim?
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  — Sinto por não tê-las dito antes. — ele acariciou meus cabelos. — Quero te perguntar uma coisa.
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  — O quê? — o olhei.
  — Acho que não preciso te perguntar, seu olhar para mim já responde. — ele sorriu tranquilamente e segurou em minha mão.
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  — O que você quer perguntar? Diga logo.
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  — Quer ser minha namorada? — direto e preciso.
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  Eu não sabia o que responder, mas certamente meus olhos já estavam respondendo por mim.
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  — Viu, seus olhos já responderam.
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  — E como sabe que é positiva a resposta?
  — Porque eles estão brilhando. — ele sorriu mantendo sua mão segurando a minha. — Ainda temos tempo e certamente você não quer voltar para o baile.
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  — Não, não quero. Onde vamos agora?
  Ele me guiou até onde tinha estacionado seu carro e deu a partida, fomos até a casa da sua mãe. Ajumma Seohyun me recebeu gentilmente com um sorriso e a face surpresa por estarmos lá àquela hora da noite. Enquanto subiu para o quarto de Sunny para consertar algum brinquedo dela que havia quebrado, eu fiquei na cozinha com a ajumma a ajudando a arrumar a mesa, ela havia feito um bolo caseiro de milho, receita que aprendeu misteriosamente com minha mãe.
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  — Poderia, por favor, colocar os pratos na mesa para mim, querida?
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  — Sim, ajumma. — eu peguei os pratos que estavam no escorredor e secando acomodei na mesa. — Não sabia que conhecia minha mãe com tanta intimidade.
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  — Ah, sim. — ela riu de leve. — Conheci ela pouco depois que me casei com o pai de , nos tornamos amigas facilmente, sua mãe é muito simpática e adorável, herdou muita qualidade dela.
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  — Obrigada. — eu sorri sem jeito.
  — E como foi o baile? — ela colocou a travessa de vidro com o bolo em cima da mesa. — Não me surpreendeu o fato de ter te levado, vocês ficam bem juntos.
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  — Ah, eu não iria ao baile hoje, nem sei por que ele foi me buscar.
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  — Se ele te convidou, com certeza vocês iriam juntos. — ela me olhou. — Apesar de não terem começado de uma forma suave, tenho certeza que são verdadeiros os sentimentos dele por você.
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  — Por que está me dizendo isso?
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  — Porque vejo nos seus olhos que ainda tem medo de tudo isso. — ela suspirou. — tem algumas características que me faz lembrar seu pai quando estávamos no colegial, mas também tem muitas qualidades que o pai não tem.
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  — Como o pai dele te conquistou?
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  — Não gosto muito de falar sobre isso, foi um passado bom e ruim ao mesmo tempo, o pai de tem o dobro do gênio dele. — ela riu de leve e suspirou como se estivesse se lembrando do passado. — Apesar de tudo, foram bons tempos.
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  — Voltamos. — disse acompanhado de Sunny.
  — E qual o estado do brinquedo? — perguntou ajumma.
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  — Vai sobreviver, era a pilha que estava fraca demais. — ele riu olhando para a irmã. — Nada dura para sempre, Sunny.
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  — O que importa é que meu ursinho vai viver. — ela sorriu espontaneamente.
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  Após comermos eu e nos oferecemos para lavar os pratos e os copos, enquanto eu secava tudo meio distraída ele se aproveitou jogando um pouco de água em mim, eu cheguei perto dele e joguei água de volta, brincamos um pouco até percebermos que o chão da cozinha estava molhado e escorregadio. fechou a torneira e foi buscar o rodo e um pano para secar tudo, quando estava voltando ele fingiu se desequilibrar e quando eu fui ajudá-lo inocentemente ele me derrubou me fazendo cair, ele caiu em cima de mim rindo da minha cara.
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  — Yah, assim não vale, agora meu vestido está todo molhado. — reclamei batendo no seu ombro.
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  — Continua linda, toda molhada. — ele riu ainda mais.
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  Ficamos nos olhando por um tempo, quando ele se aproximou um pouco mais para me beijar.
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  — Uau, o que aconteceu aqui? —perguntou ajumma aparecendo da porta.
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  — Tivemos um problema de percurso, omma. — ele se levantou me ajudando a levantar também.
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  — Vão se trocar antes que fiquei resfriados, , pode pegar uma roupa minha. — ela pegou o rodo que estava no chão. — Eu vou limpar essa bagunça.
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  — Me desculpe por isso, ajumma. — eu me curvei de leve.
  — Não se preocupe, agora vai se trocar.
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   pegou em minha mão segurando ainda mais o riso e me levou para o quarto da sua mãe. Ele me deu uma toalha seca antes de sair e me aconselhou a tomar um banho quente, assim iria prevenir ainda mais de pegar uma doença, assenti ao pegar a toalha de sua mão, e fechei a porta do quarto.
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  Tomei uma ducha quente e coloquei roupas confortáveis que pudessem me manter aquecido. Assim que saí do quarto, também abriu a porta do quarto da minha mãe, ficamos nos olhando por um tempo, até que ela ficava atraente vestindo o casaco de moletom da omma. Sunny apareceu subindo as escadas enquanto cantarolava não sei que música.
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  — Oppa, unnie, começou a chover.
  — O quê? — se assustou. — Como vou voltar para casa?
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  — Não vai. — minha mãe apareceu atrás de Sunny. — Liguei para seus pais dizendo que estava aqui e eles assentiram em você passar a noite aqui, sair nessa chuva, mesmo de carro, é perigoso, amanhã cedo você volta para casa.
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   assentiu com a face, segurei minha cara de satisfação e meu sorriso malicioso, era interessante ter ela ali mesmo que não acontecesse nada naquela noite. Descemos para a sala de TV e ficamos vendo filmes, não demorou muito até que omma sentisse sono e subisse para seu quarto, porém, antes de se deitar, omma arrumou a cama de Sunny para , e minha irmãzinha dormiria com ela.
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  Eu não estava com sono e fiquei vendo um filme atrás do outro, quando me dei conta e olhei para o lado, estava com sua face apoiada em meu ombro adormecida. Eu a peguei no colo e levei para o quarto de Sunny, coloquei na cama a cobrindo de leve para não acordá-la. Assim que cheguei perto da porta ela se remexeu na cama, apaguei a luz e abri a porta.
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  — Boa noite. — sussurrou ela de forma inocente.
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  Eu ri baixo, ela estava acordada aquele tempo todo fingindo. Entrei o meu quarto e me joguei na cama, seria complicado conseguir dormir, ainda mais sabendo que ela estava a um quarto de distância.
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“A resposta é você
Minha resposta é você
Eu já abri o meu coração para você há muito tempo
Você é tudo para mim, esse é o meu jeito de confirmar.”

– My Answer / EXO

18. Promise

“Épocas quentes, quando você abriu meus olhos,
Toda a minha vida, eu só preciso de você,
E eu preciso reconhecer,
Que mesmo se você disser que não me quer ou me fizer sofrer,
Você vai ser a única pessoa pra mim.”

– Hot times / SM The ballad

  Na manhã seguinte após o café da manhã, me levou para casa. Antes de entrar ele me deu um cordão com um anel, segundo ele, aquele anel representava o seu coração. Era fofo, mas me mantive séria e desacreditada, por mais que ele soubesse que eu gostava dele, era divertido também não demonstrar assim o tempo todo. Quando cheguei em casa minha mãe estava em uma curiosidade fora do normal para saber como tinha sido o baile e em qual momento paramos na casa da mãe dele.
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  — Yah, , deixe de ser sem graça e conte a sua mãe o que aconteceu. — reclamou ela andando atrás de mim pelo apartamento.
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  — Omma, não aconteceu nada de mais. — eu virei para ela.
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  — Esse brilho nos seus olhos não é nada demais. — ela colocou a mão na cintura. — Não acredito que não me considere sua melhor amiga para me contar essas coisas.
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  Minha mãe conseguia ser mais dramática que eu quando queria.
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  — Omma, não pense assim, somos amigas, mas…
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  — Mas sua mãe não merece saber como foi seu primeiro baile.
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  — Merece sim. — eu abri a porta do meu quarto e segurando em sua mão a puxei para dentro.
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  — Quero que me conte tudo. — ela se sentou na minha cama com olhos brilhando. — O que aconteceu entre você e o ? Como foi parar na casa da mãe dele?
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  — Calma mãe, uma coisa de cada vez. O baile foi bom, tudo saiu bem graças a Deus. — respondi — Todos se divertiram bastante.
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  — E o ?
  — Ele… — estava com certa vergonha de contar.
  — Vocês dois se beijaram? — minha mãe parecia ainda mais empolgada do que eu.
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  Assenti, não dando muitos detalhes, era meio vergonhoso falar sobre isso com ela, principalmente por ser minha primeira vez namorando. Ela parecia animada em ter sua filha namorando, descuidadamente, meu pai ouviu essa parte da conversa. Fiquei com medo dele não aceitar, mas como se tratava do filho de seu melhor amigo, meu pai demonstrou satisfação de imediato.
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  Passei o dia ajudando minha mãe a faxinar o apartamento, enquanto planejamos nossa viagem de férias de verão que teríamos em Okinawa, no Japão, visitaríamos nossos avós paternos que moravam lá agora.
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  — Preciso me lembrar de comprar um vaso para sua avó. — disse omma ao terminar de limpar o banheiro.
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  — Ela ainda reluta em te aceitar, omma?
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  — Sim… Mas finjo não perceber para não chatear seu pai. — respondeu ela meio triste. — Ele já brigou muito com sua família por minha causa.
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  — É tão bonito o amor de vocês, mesmo de culturas diferentes, conseguiram superar todos os desafios. — sorri de leve.
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  — Tenho certeza que você e também irão superar. — ela sorriu de volta. — Eu percebi o olhar sincero dele por você, Pandinha.
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  — Mesmo sabendo que ele me ama, e que eu sinto o mesmo por ele, ainda tenho receios e preocupações.
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  — Com o quê?
  — Joonseo, o primo dele…
  — O menino da carta falsa?
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  — Ele mesmo…
  Era incrível que, por mais que eu tivesse certa vergonha de contar as coisas para minha mãe, eu sempre acabava me desabafando com ela e com Lira, no Brasil. Ambas eram minhas confidentes melhores amigas.
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  — Ele me disse no baile que sempre afastava as pessoas que ele mais amava, por medo de magoá-las. — confessei a ela. — Isso me preocupa, ele já me afastou uma vez, e se…
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  — Não pense bobagens. — ela me interrompeu. — Apenas viva um dia de cada vez e aproveite seu amor da juventude.
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  — Omma…
  — É a primeira vez que você se apaixona, Pandinha, é normal ficar com medo de se machucar, mas tenho certeza que vocês serão muito felizes.
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  — Komawo, omma. — eu a abracei.
  Ela retribui o abraço.
  — Agora, vamos continuar com o nosso plano de férias. — disse ela pegando o balde e o rodo para levar para a cozinha. — Preciso pedir ao seu pai para cobrar a camisa xadrez para seu avô, não me deixe esquecer.
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  — Não vou. — ri dela. — Omma, onde está o Jini?
  — Na casa de um amiguinho do prédio, ele pediu depois que terminou de arrumar as malas.
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  — Pra isso ele é rápido. — critiquei de leve.
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  — Deixe seu irmão, ele foi um bom aluno esse ano, e muito popular entre as menininhas da escola.
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  — Vai ser conquistador que nem o papai? — brinquei.
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  — Conquistando a garota certa… — ela riu.
  Como sempre, seria divertido passar as férias na casa dos nossos avós; para minha surpresa desta vez sem meus pais, pois papai já tinha planos de uma viagem de casal com nossa mãe para a ilha de Jeju. O lado ruim desta viagem para o Japão, é que ficaria todo aquele tempo longe de , não acreditava que já estava acostumada a ter ele me irritando todos os dias. Se aquela era uma forma do meu namorado mostrar que gostava de mim, era uma forma estranha, mas divertida em certos momentos.
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  As semanas passaram e, para nossa surpresa, passou no teste e foi aceito pelo time, com a condição de ser o capitão após a formatura da Prince Line. O treinador ficou empolgado com isso e fez o comunicado de imediato a todos. Quem não gostou muito foi , que, mesmo disfarçando seu ciúme de mim, sempre implicava com usando seu poder de capitão. Os outros membros do time gostaram da ideia, principalmente porque MiJun não estava recuperado da torção no seu tornozelo e iria jogar em seu lugar nos próximos jogos. Estar no clube de basquete estava mais divertido e engraçado, eu tinha meu melhor amigo presente e sempre parávamos para conversar e arrancar alguns olhares enciumados de para nós.
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  — Ainda não acredito que vocês dois estão namorando. — comentou ao se sentar ao meu lado na arquibancada.
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  — Nem eu. — ri de leve. — Se me dissesse isso no meu primeiro dia de aula aqui, riria na sua cara.
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  — O que você viu naquele convencido? — perguntou.
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  — Não sei… Ele me irrita, sempre fico nervosa perto dele. — ri de novo. — Mas, ao mesmo tempo, ele atrai minha atenção sem esforço.
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  — É difícil admitir, mas vocês ficam bem juntos.
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  — Assim como você e a Yuri. — eu o olhei. — E por falar em Yuri… Quando vai pedir ela em namoro? Vai esperar ela fazer o pedido também?
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  — Não. — respondeu ele. — Estou esperando pelo momento certo.
  — Hum… Não deixe para a nossa formatura no ano que vem.
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  — Eu não vou deixar. — ele pegou a garrafinha de água em minha mão e tomou um gole.
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  Nós rimos.
  — Yah, acabou os minutos de descanso. — disse ao olhar para nós.
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  — Já estava voltando. — o olhou tranquilamente.
  — Quer água? — estiquei a outra garrafa que estava em minha mão para Min, que se aproximava de mim.
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  Segurei o riso.
  — Komawo. — ele pegou a garrafa mantendo seu olhar em mim. — Sobre o que conversavam?
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  — Está com ciúmes? é meu amigo.
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  — Eu sei que ele é seu amigo. — ele colocou a garrafinha ao meu lado.
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  — Você tem jogado bem.
  — Está fugindo da minha pergunta.
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  — Você é meu namorado, mas ainda temos nossa privacidade, eu não fico perguntando o que você conversa com os meninos no grupo de vocês no Kakaotalk. — retruquei cruzando os braços.
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  — Você quer entrar lá? — ele sorriu com malícia.
  — Claro que não, não quero ver a conversa de vocês. — fiz uma careta.
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  Ele riu.
  — Quem você pensa que somos? Pervertidos? — manteve seu olhar sereno. — Noventa por cento de nossas conversas se resume a games e basquete.
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  — E os outros 10?
  — Falamos de nossas namoradas.
  — Hum… — desviei meu olhar fingindo o não interesse. — Começamos a namorar a pouco tempo, sobre o que falava antes?
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  — Eu sempre falei de você. — ele se aproximou e me deu um beijo na bochecha rapidamente, depois se afastou voltando pra quadra.
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  Meu coração acelerou. Era fofo saber que sempre falava sobre mim. Eu me diverti um pouco mais com ele e disputando em quadra quem arremessa mais, estava na cara que minha amizade com era o ponto fraco dele, tirando essa pequena rivalidade entre eles, ambos tinham uma sincronia fora do comum quando jogavam juntos. Era estranho ver o como um aluno popular agora, e com algumas meninas se derretendo por ele. Não tinha ciúmes, mas não queria que ele ficasse com nenhuma garota interesseira, por isso resolvi me tornar amiga de Yuri e ajudá-lo a finalmente se declarar para ela também.
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  Isso ocasionou numa ideia genial, um encontro duplo de casais, dei a ideia de irmos assistir um filme de comédia romântica que estava em cartaz há alguns dias. ficou meio relutante a primeiro momento, mas logo o convenci a convidar Yuri, pois seria sua chance de pedi-la em namoro. ficou entusiasmado com a ideia, pois eu havia contado que estava ajudando a descobrir seus sentimentos por Yuri.
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  — Uah, finalmente chegaram. — reclamou do nosso atraso.
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  — Pensamos que vocês duas tinha nos dado um bolo. — concordou já pegando em minha mão.
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  — Me desculpa, mas garotas precisam de tempo para ficarem prontas. — expliquei olhando para Yuri.
  — Concordo. — ela olhou para mim rindo. — Mas agora podemos entrar, oppa, vocês já compraram os ingressos?
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  — Sim. — respondeu levantando a mão esquerda com os ingressos.
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  — Mas não vamos comer nada? — reclamei. — Quero pipoca.
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  — Eu também oppa. — Yuri o olhou de forma meiga.
  — Eu compro as pipocas. — soltou minha mão de leve e foi até o balcão de alimentos.
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   voltou com dois baldes de pipoca e mais duas latas de coca, entramos rapidamente e nos acomodamos mais no fundo. e Yuri sentaram na poltrona da frente, eu queria que eles tivessem mais privacidade. O filme era legal e tinha partes engraçadas, os momentos mais românticos eram sempre interrompidos por beijos surpresa de . Aquilo me deixava com vergonha e sem jeito, mas era legal de qualquer forma, ao término do filme, saímos da sala e entramos em um fliperama que tinha dentro do shopping, aquele parecia o momento dos garotos.
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  — Parece que eles se esqueceram de nós, Yuri. — comentei vendo eles se divertindo enquanto jogava Mortal Kombat.
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  — Verdade, unnie, vamos fazer alguma coisa que gostamos também? — sugeriu ela.
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  — Eu vi uma loja de álbuns de k-pop, que tal irmos lá? — sugeri também.
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  — Seria legal.
  Aproveitamos a distração momentânea deles e nos afastamos, ao entrarmos na loja de música meus olhos brilharam com a quantidade de álbuns espalhada por todo lugar. Eu a puxei para perto de uma banca que tinha álbuns clássicos de grupos antigos do k-pop como o H.O.T.
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  — Nossa, isso é raridade. — comentei.
  — Uau. — ela olhou admirada. — Minha unnie tem a discografia completa deles.
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  — Sério? — eu peguei um álbum e fiquei olhando com mais atenção aos detalhes da arte da capa. — Fantástico isso, eu admiro muito grupos como o deles.
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  — Unnie.
  — Sim? — a olhei tranquilamente.
  — Mianhaeyo.
  — Pelo quê?
  — Por achar que você era chata. — ela abaixou a cabeça. — Eu sempre gostei do oppa, mas nunca tive coragem de me declarar, e quando você entrou no Daejeon Lee High School e se tornou amiga dele tão facilmente, fiquei com raiva de você.
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  — Ah. — eu já sabia disso, ou melhor, suspeitava. — Eu já imaginava, por isso você sempre evitava ficar perto de mim, quando eu me aproximava de vocês.
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  — Mianhae.
  — Não precisa se desculpar, desde quando você me tratou mal pela primeira vez, eu desconfiei que fosse por causa do . — eu ri de leve. — Mas eu sempre vi ele como um amigo, que se tornou meu melhor amigo.
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  — Por me ajudar a conquistar ele, komaweyo, unnie. — ela me abraçou de leve e eu retribui.
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  Depois que eu a conheci mais a fundo, descobri que Yuri era realmente fofa e meiga, não tinha como ficar com raiva dela por isso. Ficamos alguns minutos mais babando naqueles álbuns até os garotos nos encontrarem, eles pareciam um pouco mais amigáveis do que de costume.
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  — Finalmente achamos vocês. — disse .
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  — Oppa, achamos que tinham se esquecidos de nós. — disse Yuri ao se aproximar de e segurar em sua mão.
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  Eles pareciam um casal saído de dorama de tão fofos.
  — Verdade, ficaram tão empolgados no fliperama.
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  — Não foi proposital. — sorriu sem jeito.
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  — Vamos nos separar agora. — segurou minha mão. — Quero te levar a outro lugar.
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  — Sim. — concordou. — Vejo vocês na segunda.
  Eu me despedi de Yuri e segui com em direção a saída do shopping, entramos no carro dele, que estava estacionado próximo, e seguimos em direção sabe onde. estacionou o carro perto do parque, descemos e, pegando em minha mão, ele me guiou até um pequeno mirante que tinha lá. Ficamos alguns minutos em silêncio olhando toda a paisagem da natureza sendo misturada a arquitetura da cidade, era uma vista linda e inspiradora.
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  — Por que me trouxe aqui? — perguntei curiosa.
  — Porque queria eternizar um momento com você este ano. — ele me abraçou por trás mantendo seu olhar na paisagem.
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  — Está falando como se não fôssemos nos ver mais. — eu suspirei de leve.
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  Ele permaneceu em silêncio. O que me fez pensar que realmente era isso.
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  — Você vai se formar este ano. — continuei. — Mas ainda assim manteremos contato, mesmo que mude para Seoul.
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  — Vamos deixar este assunto para outra hora, apenas vamos aproveitar este momento. — sussurrou ele.
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  Ele deu um suspiro meio fraco, ficamos em silêncio por um longo tempo, até que ele se afastou de leve e me virou para ele, seu olhar mesmo perto parecia um pouco distante.
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  —
  — Não dizer nada por alguns minutos, por favor. — ele pediu mantendo seu olhar fixo em mim.
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  Assenti com a face. Estávamos, sim, chegando ao final do ano letivo e sua formatura estava próxima, mas não significava que nossos sentimentos um pelo outro também acabaria. Ele foi se aproximando lentamente até que seus lábios tocaram os meus suavemente, eu sempre sentia meu corpo arrepiar quando ele me beijava.
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  — Saranghae. — sussurrou ele.
  — Eu também te amo. — sussurrei de volta. — Me promete uma coisa?
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  — O que você quiser.
  — Jamais pense que você será como seu pai. — o olhei com firmeza.
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  — Por que está falando isso? — ele parecia confuso com meu pedido.
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  — Sei que tem medo de me machucar como o seu pai fez com a ajumma…
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  — … — ele tentou me interromper.
  — . — segurei em sua mão. — Você não é ele. Me prometa.
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  — Eu prometo. — disse dando um sorriso fofo.
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  Eu o abracei no impulso.
   me levou para casa pouco antes do jantar, havia recebido uma mensagem do seu pai. Eu o convidei para subir e jantar com minha família, mas ele recusou, parecia meio estranho, mas resolvi não perguntar nada e após, me despedi entrei no prédio. Quando entrei em meu quarto, peguei meu celular e conferi as mensagens do messenger do Facebook, tinha muitas da Lira perguntando as novidades; para minha surpresa, ela estava online e pudemos conversar muito sobre minha nova realidade em Daejeon.
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   havia sido muito ousada e corajosa ao me fazer aquele pedido. E por mais difícil que fosse eu me livrar dos maus pensamentos, lutaria para merecer o amor dela.
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  Confesso que estava um pouco assustado com a ideia de me formar e ter que me mudar para Seoul, não queria deixar , nem minha mãe e minha irmã. Menos ainda me separar dos meus amigos, todos eles iriam cursar algo em Busan. Essa era mais uma das causas das frequentes discussões entre eu e aquele que eu deveria chamar de pai, eu queria uma coisa para minha vida e ele queria outra. A pior parte era ameaçar de tirar a guarda de Sunny da minha mãe caso eu não concordasse, aquilo só me deixava ainda com mais raiva dele.
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  Assim que cheguei em casa, peguei meu celular, tinha uma mensagem de boa noite de , sorri instantaneamente ao ler. Me espreguicei um pouco e colocando o celular em cima da escrivaninha, saí do quarto, indo para cozinha.
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  — Boa noite. — disse ele num tom sério enquanto mantinha seu olhar na tigela.
  — Boa noite. — mantive meu olhar na geladeira indo até ela.
  — Precisamos conversar sobre a prova do vestibular, já está quase chegando a data.
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  — Não temos mais nada para conversar. — abri a geladeira e tirei uma garrafa pequena de suco.
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  — Pode achar que estou fazendo o errado, mas isso irá se refletir no seu futuro. — ouvi o som dele colocando o hashi sobre a mesa, parecia irritado. — Não quero que vá para longe porque quero te afastar de sua mãe ou dos seus amigos, estou preocupado com seu futuro.
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  — Não deveria. — fechei a porta da geladeira bruscamente e fui até o armário.
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  — Você é meu filho, mesmo que não me trate como pai, cuidarei para que no futuro seja bem sucedido.
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  — Já disse que não quero falar sobre isso. — peguei um pacote de biscoitos no armário e o fechei.
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  — Te olhando agir assim, pode pensar que não, mas somos parecidos de alguma forma. — ele respirou fundo. — Um dia irá me agradecer por isso.
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  — Espero que esse dia não chegue.
  Saí da cozinha e me tranquei no quarto. Coloquei o pacote de biscoito e a garrafa de suco em cima da escrivaninha, havia perdido a fome, as palavras dele havia ficado entaladas na minha garganta, passei a noite pensando sobre isso. Se eu realmente era tão parecido com ele, comecei a pensar que no futuro também poderia fazer sofrer como ele fez com minha mãe, esse pensamento me atormentava. Mesmo com a promessa feita, precisava ser forte.
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“Às vezes, eu fecho os meus olhos e penso em você
Seu habitual pensamento daquela imagem familiar de mim
Apesar da minha falta de jeito, você continua gostando de mim não importa o que
Mas eu mereço ser amado por você?”

– Promise / EXO

19. Kiss, kiss, kiss

“Com um sorriso inocente,
Sua voz sempre brilha para mim,
Porque você está (comigo), eu posso sorrir.”

– Kiss kiss kiss / SHINee

  As semanas passaram mais rápido que eu pude acompanhar e enfim estávamos a uma semana das férias de verão, e a dias do último jogo do ano, já que após as férias, os alunos iriam se concentrar nas provas finais. Para os meninos da Prince Line seria ainda mais intenso, pois focariam nas provas de vestibular das universidades. Era um pouco perturbador esse assunto, ainda mais que sempre fugia quando eu mencionava.
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  — Você está tão sério hoje. — comentei ao me sentar ao seu lado no chão.
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  Estávamos na biblioteca da casa da ajumma, estudando um pouco para as provas. Sábado de manhã, folga dos treinos e me convidou para estudar em sua casa, era brincadeira. E o que me levou a aceitar? Um áudio super fofo da Sunny dizendo que estava com saudades de mim. Chantagista maldoso. Mas não resisti.
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  — Estamos estudando. — disse ele.
  — Você está estudando, eu estou olhando para o teto. — reclamei. — Pensei que a Sunny estaria aqui com a ajumma.
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  — Elas estão no parque com meu pai. — ele me olhou. — Está tão ruim assim passar a manhã com seu namorado? Olhe para mim ao invés do teto.
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  — Apesar de você ser lindo, não supre minhas necessidades. — brinquei.
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  — O que você quer então? — ele largou o caderno do lado e segurou em minha cintura se aproximando de mim. — Hum?
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  — Pode ir desfazendo esse seu olhar malicioso de predador. — eu o afastei com receio. — Seu pervertido.
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  — O que achou que eu estava pensando? — ele riu. — Você que está me saindo a pervertida, sua mente está muito suja ultimamente.
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  Ele continuou rindo, e eu permaneci séria. Óbvio.
  — Não estou achando graça.
  — Você fica ainda mais linda assim. — ele piscou de leve e me roubou um beijo.
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  — Seu bobo. — o empurrei de leve.
  Suspirei fraco.
  —
  — Sim? — ele voltou novamente seu olhar para mim.
  — Sei que não gosta de falar sobre a universidade, mas…
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  — Mas?
  — Acho que me deve algumas respostas. — o olhei séria. — Sei que vai para Seoul, não é tão longe de Daejeon, podemos nos ver nos finais de semana, nos feriados, todos os dias pelo notebook.
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  — Sim. — ele sorriu, mas seu olhar estava triste. — Meu coração se aquece com seu entusiasmo.
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  — É somente um ano, logo estarei lá também. — cruzei os braços. — Não vai se ver livre de mim.
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  — Estou contando com isso. — ele me envolveu em seus braços me aninhando a ele. — Quero estar sempre ao seu lado.
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  — Ter certeza?
  — Essa é a única certeza que tenho.
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  — Hum…
  — Não acredita?
  — Só estou pensando…
  — No quê? — ele se afastou um pouco e me olhou curioso.
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  — O que viu em mim? Desde o primeiro dia implicou comigo.
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  — Você acha?
  — Acho.
  Ele riu.
  — O quê? — bati nele de novo. — Para de rir de mim e me explica!
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  — Hum… Você acha mesmo que seu primeiro dia de aula foi a primeira vez que te vi?
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  — E não foi?
  — Não.
  — Sério? — eu estava surpresa. — E quando foi?
  — Há dois anos, em uma festa da empresa do seu pai, eu e meu pai fomos convidados também, você estava de mau humor naquele dia, mas desde o momento em que coloquei meus olhos em você, meu coração bateu mais forte. — revelou ele. — Me encantei com seu sorriso, até que nos esbarramos e você derramou o suco de manga em minha camisa.
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  — Ai não, o garoto da camisa verde água. — agora eu me lembrava vagamente daquela festa. — Eu estava chateada com meus pais, pois iria passar seis meses morando na casa dos meus avós em Okinawa, e teríamos que estudar em casa.
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  — Está explicado seu olhar furioso. — ele riu.
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  — Eles resolveram me contar na festa, assim eu não faria nenhum escândalo.
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  — Mas acabou derramando suco em mim. — ele continuou rindo. — E nem me pediu desculpas, o que me deixou ainda mais intrigado.
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  — Que vergonha, naquela época eu era uma menina mimada. — reconheci. — Bem, ainda sou, mas pelo menos agora peço desculpas.
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  Brinquei.
  — Como soube que meu pai era amigo do seu, antes de mim? — perguntei.
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  — Seu pai se aproximou de mim depois que você saiu sem me pedir desculpas, então me falou que você era filha dele e se desculpou. — explicou ele — Mas eu já conhecia o tio Jong, ele e meu pai tem muitas fotos juntos.
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  — Sou sempre a última a saber. — reclamei.
  Ele sorriu e acariciou minha face. Eu observei por um tempo, até olhar para seu braço direito e perceber o que nunca tinha percebido antes, uma cicatriz.
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  — Onde conseguiu isso? — perguntei ao pegar em seu braço e tocar com o indicador na cicatriz.
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  — Ano passado. — respondeu.
  — Como? — insisti.
  — Um acidente de moto. — ele me olhou sério. — Estava bravo com meu pai e acabei saindo de casa de moto, estava com raiva, não me atentei a estrada.
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  Era doloroso saber que sua relação com seu pai era tão difícil a ponto dele colocar em risco sua própria vida.
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  — Mas não se preocupe, meu pai fez minha moto virar sucata, ou pelo menos o resto que sobrou.
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  — Foi muito perigoso o que fez. — comentei.
  — Prometi pra mim mesmo que não faria novamente.
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  — Fico feliz por isso. — beijei de leve seu rosto. — E ainda estou surpresa por não ter esquecido de mim, desde aquele tempo.
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  Foram dois anos… Dois longos anos.
  — Como poderia esquecer esse olhar fatal. — brincou ele. — Você faz meu coração acelerar, sem muito esforço.
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  — Não deveria revelar isso com tanta facilidade.
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  — Eu disse que não iria esconder meus sentimentos.
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  — Estou contando com isso.
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  Ele foi se aproximando lentamente de mim, até que me beijou com suavidade. Não era somente seu coração que acelerava, o meu também fazia isso sempre que ele estava perto de mim.
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  — Hum… — disse uma voz vinda da porta.
  — Ajumma. — me afastei dele e olhei para ela.
  Fiquei ainda mais surpresa ao vê-la acompanhada de Sunny e do senhor Dongho.
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  — Atrapalhamos o estudo de vocês? — perguntou Dongho.
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  — Não, senhor Lee. — sorri sem graça, com ao meu lado segurando o riso.
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  Notei o olhar de orgulho do seu pai para ele, certamente aprova nosso namoro.
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  — Vamos deixá-los estudar mais um pouco, Dongho. — propôs ajumma. — Precisamos preparar o almoço.
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  — Tem razão. — ele segurou a mão de Sunny. — E você mocinha, para o chuveiro, está toda suja depois do nosso passeio.
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  Ela sorriu para o pai e assentiu. Era estranho e intrigante aquela cena, o senhor Dongho nem parecia ser aquele pai carrasco que detestava, para Sunny ele parecia ser o melhor pai do mundo. Assim que eles saíram, olhei para , seu olhar frustrado estava acompanhado de um semblante amargo.
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  — . — sussurrei.
  — Não diga nada, por favor. — sua voz estava seca.
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  — Tudo bem. — segurei em sua mão com carinho — Só não esquece que eu estou aqui.
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  Ele se virou para mim de imediato e me abraçou.
  — Komawo. — sussurrou ele.
  Sua voz ficou ainda mais estranha, parecia que ele estava reprimindo algum sentimento relacionado a isso. Finalmente o dia do último jogo chegou, e com ele a euforia de todos os alunos da escola, já eu estava animada com a ideia de ter um pouco de descanso do basquete e poder passar minhas tardes livres em casa. Apesar de agora amar muito aquele clube.
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  — Te desejo sorte, oppa! — disse Yuri ao se aproximar de .
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  — Obrigado. — ele sorriu sem jeito a olhando com carinho, parecia que estava mesmo gostando dela finalmente.
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  — Até que eles ficam bem juntos. — comentou ao se aproximar de mim sorrindo de canto — E você? Quando vai me chamar de oppa?
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  — De novo essa pergunta? — eu ri. — Não me vejo te chamando de oppa.
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  — Que decepção, todas as garotas dessa escola, exceto você, me chamam de oppa.
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  — Sei o quanto essa palavra significa para você, por isso não te chamo assim. — eu ri mais, o olhando fazer uma cara triste.
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  — Pelo menos vou ter meu amuleto da sorte hoje. — ele foi se aproximando mais de mim e encostei meu dedo indicador em seus lábios.
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  — Não. — eu conseguia conter meu riso. — Desta vez, como é o último jogo, terá somente o beijo da vitória, espero que trabalhe duro.
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  — Você é má. — resmungou ele.
  — Eu sei. — ri.
  Eu me aproximei de Yuri e juntas fomos para a direção à arquibancada. , e os outros membros entraram na quadra, esse além de último, era o jogo mais importante de todos, era contra a escola que tinha mais rivalidade com a nossa. Tanto eu como Yuri ficamos apreensivas quando os adversários faziam pontos, mas o alívio veio com as cestas de e do prodígio , meu amigo era um ótimo jogador assim como meu namorado.
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  Ao final do jogo, a festa da vitória seria na casa de , acho que o local era um tanto proposital para que eu não deixasse de ir. Ajumma Seohyun era sempre gentil comigo, educada e simpática com todos que foram convidados para a festa. Eu estranhei um pouco os olhares de Taeyeong para mim, mesmo sabendo que eu estava com , ela insistia em se jogar para ele quando tinha oportunidades.
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  — Por que me trouxe para seu quarto? — perguntei vendo ele fechar a porta. — Nem pense em fazer nada malicioso, seu pervertido.
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  — Yah. — ele me olhou rindo — Você é quem sempre está pensando besteira, só estamos aqui por que queria privacidade para ficar com minha namorada.
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  — Hum. — eu o olhei cruzando os braços.
  — E agora quero meu beijo da vitória. — ele sorriu de canto de forma fofa.
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  — Você quer destruir meu coração com esse sorriso? — perguntei segurando o riso, e pensando comigo mesma ele conseguiu.
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  — Estou conseguindo? — perguntou ele.
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  O beijo da vitória foi doce e intenso. Se estava todo mundo se divertindo na sala não sabíamos, nosso refúgio dos olhares alheios estava sendo uma boa ideia para ficarmos o máximo de tempo juntos o possível, já que minhas férias de verão seria longe dele. Ficamos aninhados por um tempo, eu tentava sincronizar minha respiração com a dele, mas meu coração acelerado não deixava.
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  Eu não sabia se era bom ou ruim aquele silêncio todo entre nós. Havia ouvido a mãe dele conversando no telefone com minha mãe, sobre a pressão que ele estava passando com seu pai. Me perguntava se deveria ou não invadir ainda mais aquela parte íntima da sua vida e perguntar sobre sua relação com o pai, mas tinha medo dele ficar ainda mais distante por causa disso.
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  — Está muito calado. — comentei. 
  — Gosto de ouvir os batimentos acelerados do seu coração. — ele riu de leve. — É minha música favorita.
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  — Sério? — eu ri também — E o que meus batimentos cantam?
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  — Que você me ama.
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  — Hum. — eu olhei para sua escrivaninha e vi uma carta, me afastei um pouco dele e peguei aquele envelope. — O que é?
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  — Uma carta de amor que deixaram no meu armário. — respondeu ele.
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  — E você nem leu? — olhei a data, era de alguns dias atrás, comecei a abrir. — Isso é falta de respeito com a pessoa que te admira.
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  — Não me importo com outros corações, já tenho o que eu quero. — sua voz sempre tranquila para aquelas respostas que eram simplesmente o espelho da sua personalidade.
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  — Yah, seu grosso. — eu o olhei meio irritada com aquilo e comecei a ler a carta da menina com atenção. — Você deveria se importar com o sentimento dos outros.
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  — E você se importa? — retrucou ele.
  — Claro. — eu o olhei.
  — Não parece. — ele respirou fundo — Esta não é a primeira carta que recebo, só lamento que não seja da garota que eu gosto.
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  Ele se afastou e saiu do quarto.
  Suas palavras diretas foram uma indireta para mim. Fiquei me perguntando o quanto era importante para ele saber meus sentimentos, eu passava tanto tempo tentando não demonstrar muita coisa para não me machucar, que não percebi que estava machucando ele de alguma forma. Para mim aquele era o ponto final da festa e nem teria a chance de perguntar sobre seu problema com o pai.
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  Liguei para minha mãe e pedi que me buscasse de táxi, me despedi da ajumma Seohyun e de Sunny, também já estava de saída e iria levar Yuri para casa. Antes de ir procurei para me despedir, quando finalmente o encontrei ele estava de conversas com Taeyeong, mesmo querendo ir até lá, não tive coragem. Passei todo o caminho de volta para casa em silêncio, mesmo com as perguntas preocupadas da minha mãe, assentia forçadamente que não tinha nada.
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  — Tem certeza que está tudo bem? — insistiu ela assim que entramos no hall do prédio.
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  — Estou mãe, não foi nada, só estou cansada.
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  — Eu percebi que não se despediu do seu namorado. — comentou ela ao apertar o botão do elevador. — Quer falar sobre isso?
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  — Você e o papai também brigavam por coisas bobas? — perguntei.
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  — O que foi desta vez?
  — … Eu realmente preciso chamar ele de oppa e escrever uma carta de confissão? — expliquei entrando no elevador.
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  — Bem, demorou um pouco para que eu me tocasse que essas duas coisas são importantes para os coreanos. — respondeu ela. — É uma demonstração de carinho, dos sentimentos.
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  — Mas eu já disse que amo ele.
  — Cada cultura tem suas demonstrações. — sua voz suave me acalmava um pouco.
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  — Eu não vejo a senhora chamar o papai de oppa. — retruquei.
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  Ela me olhou com certa malícia e se calou.
  — Mamãe — fiz uma careta — Que nojo.
  — O que eu disse?
  — Seu olhar te condenou.
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  — Você acha mesmo que seu pai e eu não temos nossos momentos?
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  — Por que eu te fiz essa pergunta?
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  Ela soltou uma gargalhada doida. Assim o elevador se abriu no nosso andar, meu celular vibrou: era uma mensagem de . Minha mãe saiu e me olhou como se dissesse: Desça agora. Assenti e voltei ao hall.
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  — Oi. — disse ao parar em sua frente.
  Ele continuou em silêncio me olhando sério.
  — … — sussurrei. — O que foi? Está me assustando.
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  — Estou esperando minha namorada se despedir de mim.
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  — Pensei que estivesse chateado comigo. — retruquei.
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  — Estou a um passo de passar minhas férias longe de você. — ele pegou em minha mão e me puxou para ele, me abraçando. — Não vou gastar nosso precioso tempo brigado com você.
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  — … — sussurrei.
  — Não se sinta pressionada… Eu posso esperar, o que tempo que for preciso.
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  — Komawo. — disse num tom baixo.
  — Eu te amo. — sussurrou ele me aninhando em seus braços. — Minha Pandinha.
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  Pandinha? Como ele sabia sobre isso?
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“Creio em você,
E neste amor,
Que me fez indestrutível,
Que deteve minha queda livre.”

– Creo en Ti / Lunafly

20. Hot Times

“Você e eu fomos borrados e apagados
O mundo é o mesmo mas quando olho em volta,
Apenas você não está ao meu lado.”

– My Love, My Kiss, My Heart / Suju

  Os dias que passaram e não tinha ido para aula, tinha viajado com seu pai, tentei pensar que o dia do jogo não seria o último que eu veria ele. As férias chegaram e a única notícia do meu namorado era que estava nos Estados Unidos com o pai, resolvi deixar minha mente vazia e longe de todo aquele talvez mal entendido. Eu e Jinho viajamos para Okinawa como programado e nossas férias de verão seriam aproveitadas na casa dos nossos avós.
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  Logo no aeroporto, a recepção do vovô foi calorosa; quando chegamos na casa deles, que era bem tradicional de estilo milenar, nossa avó já estava retirando os biscoitos que tinha feito do forno.
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  — Oh, meu amores! — ela nos abraçou com alegria. — Que bom que estão aqui e chegaram em segurança.
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  — Sim, vovó. — assenti ao olhar para Jinho que já estava observando os biscoitos.
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  — São para nós, vovó? — perguntou ele.
  — Sim querido, mas espere um pouco que está quente. — assentiu ela sorrindo para ele.
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  — Ah, já coloquei as malas de vocês no quarto. — disse o vovô entrando pela cozinha.
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  — Estamos tão felizes por terem vindo. — vovó revirou os biscoitos da forma em uma bandeja de porcelana.
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  — Nós também, gostamos de vir aqui. — Jinho sorriu mantendo seus olhos nos biscoitos.
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  — Eu vou subir primeiro, preciso dizer aos nossos pais que chegamos e trocar de roupa.
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  — Ah, vai sim. — vovó assentiu e olhou para meu irmão. — Lave as mãos primeiro, pequeno Jini.
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  Eu sorri de leve e voltei para sala e fui em direção ao meu quarto, a casa era de apenas um andar e os quartos ficavam nas laterais da sala. Ao entrar fechei de leve a porta e liguei o wi-fi do meu celular, mandei uma mensagem para minha mãe pelo kakaotalk, ela estava bem com meu pai aproveitando nossas férias para viajarem também, o destinos deles seria mais quente ainda que o nosso: Rio de Janeiro.
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  Abri minhas malas e ajeitei o pouco de roupa que levei no armário e nas araras, não tinha guarda-roupas, escolhi algo confortável para vestir e troquei de roupa tranquilamente. Quando voltei para cozinha a mesa já estava toda posta e Jinho comendo como se o mundo fosse acabar a qualquer momento, dava para notar que a saudade do seu estômago pelos biscoitos da vovó eram grandes.
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  — Uah, deixou alguns para mim? — brinquei me sentando ao lado dele.
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  — Sim, noona. — ele sorriu de leve — Estão uma delícia, vovó.
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  — Ah, que bom que gostou, querido. 
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  — Hum, vou provar alguns também. — sorri pegando um biscoito e olhei para o vovô que estava servindo minha xícara com chocolate quente — Obrigada, vovô.
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  Era confortável passar aquele tempo com eles, estava mesmo com saudades, principalmente das caminhadas noturnas que fazia com o vovô, ele era ótimo em contar histórias milenares para nós. Agora estando de férias eu sentia um pouco a falta dos treinos e do clube de basquete, aquela correria louca da semana de provas e as implicações de , que até aquele momento não tinha dado nenhum sinal de vida. Desviei minha atenção para uma mensagem de boas férias de , curiosamente ele estava online naquele momento.
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  “Yah, o que está fazendo aqui a esta hora ?”
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  ? Pensei que estivesse dormindo agora. kkkkk…..”
  “Não, eu estava lendo, e você?”
  “Conversando com a Yuri, ela está em Jeju com seus pais.”
  “Hum, com saudades dela?”
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  “Um pouco…”
  “Um pouco?”
  “Yah, não me pressione. kkkkkkk…. Ainda estamos no início do nosso namoro e não entendo 100% dos meus sentimentos.”
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  “Pois eu acho que você gosta dela tanto quanto ela gosta de você”
  “Foi o que minha mãe disse, ficamos mesmo bem juntos, ela é uma garota interessante e atenciosa.”
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  “que fofo você elogiando ela assim, que orgulho de mim mesma, já que fui eu que ajudei você a perceber isso.”
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  “humm… e você?”
  “Eu o que?”
  “Tem falado com ?”
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  “Não exatamente.”
  “Ele voltou para cidade ontem.”
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  “Jinja?”
  Por essa notícia eu não esperava. O que custava ele me mandar uma mensagem dizendo?
  “Sim, foi Junhae que me contou, nos esbarramos no shopping.” — explicou .
  “Yah, ele não me mandou nenhuma mensagem.”
  “Deve estar muito ocupado, ainda mais que as provas de vestibular dele serão antecipadas, acho que o pai dele conseguiu uma bolsa para ele em Harvard.”
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  Harvard? Pensei comigo. Como assim Harvard? Ele não ia para a Korea University?
   “…”
  “Junhae me disse que ele vai viajar de novo daqui dois dias, mas não se preocupe, ele deve te mandar alguma mensagem.”
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  Certamente já imaginava minha paralisia com toda aquela informação sendo jogada por ele e não pelo meu namorado.
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  “Sim.”
  “Está tudo bem?”
  “Sim *-* Eu vou dormi agora, boa noite”
  “Boa noite”
  Saí do aplicativo e deitei na cama. Mil pensamentos fervilhando em minha cabeça. 
  Como assim Harvard?
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  Será que ele estava mesmo muito ocupado por causa do seu pai mesmo ou estava me evitando? 
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  Não queria pensar negativo, então peguei o celular novamente e mandei uma mensagem para ele, para minha surpresa sua visualização foi rápida, porém a resposta continuou nula. Queria poder ajudá-lo a lidar com toda aquela pressão que seu pai estava fazendo com seu futuro acadêmico e profissional, mas nem sabia por onde começar e se conseguiria ajudar.
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  soube de Harvard.
  não quer falar nada?
  ???”
  Fiquei olhando no visor do celular o que tinha escrito, esperando que ele pelo menos me desse um boa noite. 
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  Senti que mesmo longe, minhas férias seria toda com meus pensamentos nele, pelo menos tinha algumas pessoas ao meu redor para me distrair. Consegui aproveitar o máximo que pude mesmo com minhas preocupações constantes com , minha avó estava tão animada com nossa estadia que nem percebeu, mas meu avô sempre me perguntava se eu estava bem.
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  — Obrigada vovô, por caminhar comigo. — disse ao nos distanciarmos um pouco de casa.
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  — Estava com saudades das nossas caminhadas. — confessou ele. — Estou feliz por estarem aqui.
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  — Eu também.
  — Mas não é o que seu olhar está dizendo. O que está acontecendo com a minha Pandinha?
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  — Ah vovô, sua Pandinha está meio saudosa atualmente. — respondi.
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  — Saudades do namorado?
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  — Sim.
  — E é somente isso?
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  — Por enquanto, sim… Apesar de não ter muitas notícias. — mantive uma certa tristeza.
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  Eu queria mesmo saber o que estava acontecendo. Mesmo no verão, eu conseguia sentir o frio que o silêncio de me causava.
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“Épocas quentes, quando você abriu meus olhos
Toda a minha vida, eu só preciso de você
E eu preciso reconhecer,
Que mesmo se você disser que não me quer ou me fizer sofrer
Você vai ser a única pessoa pra mim.”

– Hot times / SM The ballad

21. Smile Flower

“Assim como o céu é alto, os ventos são frios
E o oceano é grande e azul
Estou com medo de
Não te dar valor.”

– Smile Flower / Seventeen

  A despedida no aeroporto de Okinawa foi um pouco triste, mas a saudade nos faria voltar nas próximas férias. Assim que chegamos em casa não houve nenhuma recepção, somente um bilhete da minha mãe dizendo que ficaríamos alguns dias sozinhos, pois papai tinha que resolver alguns problemas da empresa em Seoul e ela iria junto com ele. Respirei fundo ao ler aquele singelo bilhete e ainda mais a observação para sermos responsáveis enquanto estivermos sozinhos.
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  — Como se fosse a primeira vez que ficamos sozinhos. — resmungou Jinho lendo comigo.
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  — Tirou as palavras da minha boca. — concordei. — Eles acham mesmo que não temos responsabilidade, de quem eles acham que somos filhos? — brinquei.
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  — Vou levar minhas malas para o meu quarto. — Jinho me olhou.
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  — Eu também, depois podemos fazer algo para comer.
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  — Boa ideia. — assentiu ele.
  Era legal ficar sozinha com ele.
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  Mesmo sendo diferentes e tendo idades distantes, tínhamos nossa cumplicidade de irmãos que não deixava que nossos pais soubessem de nada negativo que acontecesse enquanto estavam fora. Um exemplo disso foi quando Jinho caiu de skate quando moramos na Califórnia e torceu o tornozelo, conseguimos esconder aquele gesso durante todo o tempo, ainda me pergunto se minha mãe realmente não descobriu, ela sempre agia de uma forma suspeita.
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  Preparamos o mais fácil e básico para o jantar, ramen tradicional, Jinho me ajudou com todo o preparo e até na parte de deixar a cozinha em ordem após comermos. Vimos um pouco de televisão antes de ir dormir, era um pouco visível o cansaço de Jinho que desmaiou no sofá, foi difícil levar ele para o quarto, quase o arrastei durante a trajetória. Eu demorei um pouco mais para pegar no sono, antes de apagar de vez, meu celular tocou, era uma chamada de .
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  — Yeoboseyo. — disse esperando alguma reação dele e nada, comecei a sentir que não era algo bom, ele sempre agia assim, sempre ficava em silêncio quando me ligava após uma briga com seu pai. — , meu coração está cantando agora.
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  E eu sempre não sabia o que falar, mas sabia que aquela frase o deixaria mais calmo e em paz, ficamos alguns minutos em silêncio um ouvindo a respiração um do outro. Na manhã seguinte recebi uma mensagem de me convidando para um piquenique no parque, aceitei e ainda carreguei meu irmão comigo, não deixaria Jinho ser absorvido pelos games.
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  — Até que seu irmão está se divertindo. — brincou esticando sua perna em cima da grama.
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  — Ah, sim. — olhei para meu irmão e me ajeitei sentada em cima da toalha de mesa. — Disputando corrida online, que ironia, tirei ele de casa para não jogar e ele encontra um amigo de escola que o convida para jogar.
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  — Veja pelo lado bom, estamos ao ar livre e parece que ele fez novos amigos com isso. — riu de leve.
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  — Obrigada por tentar amenizar. — o olhei séria.
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  — Está meio pensativa hoje. — comentou ele. — Geralmente você fala mais que eu.
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  — Sim. — suspirei fraco. — Desta vez não tem como não concordar, estou preocupada.
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  — Com ?
  — Sim. — olhei para o céu, estava bonito e claro. — Acho que está passando por momentos difíceis com o pai, e nem sei como ajudar.
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  — Você já perguntou a mãe dele? Talvez ela saiba de algo.
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  — Não, fico com receio de me intrometer nesses assuntos íntimos de família, só sei que o pai dele tem um gênio pior que ele e sua mãe não gosta de falar sobre esses assuntos.
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  — Entendo. — ele suspirou também. — Eu me lembro de quanto eles se separaram.
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  — Você acompanhou? — eu o olhei surpresa.
  — Mais ou menos. Minha mãe e a mãe de estudaram juntas, são amigas.
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  — Ah, e o que sua mãe te contou?
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  — Nada. — ele me olhou. — Eu que ouvia as conversas dela com meu pai escondido, foi uma fase muito difícil para , depois que seu pai traiu sua mãe, ele teve que ver os dois brigando pela guarda deles. — parou por um momento respirando fundo. — começou a ir mal na escola, suas notas caíram e ele sempre faltava muito, foi então que o dia da decisão final de guarda saiu e para não ver sua mãe sofrendo fez um acordo com o pai.
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  — Ele ficaria com o pai, enquanto a mãe poderia ficar com a Sunny. — conclui de imediato.
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  — Mais que isso, seu pai exigiu o direito de escolher o futuro acadêmico e profissional de e que o filho fosse o melhor aluno da escola em todos os sentidos. — olhou para frente, desta vez parecia com um pouco de pena de — O pai o fez jurar que jamais iria contrariar as escolhas e ordens dele, caso contrário, sua mãe perderia a guarda da irmã.
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  — Nossa. — eu me encolhi um pouco, não imaginava que por trás de todo aquele temperamento rebelde e malvado, havia alguém que certamente sofreu muito no passado.
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  — Nem sempre é bom ter um pai com dinheiro. — observou ele.
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  Era doloroso para mim imaginar a relação que ele tinha com o pai, depois que me esclareceu a história, estava triste por não ter descoberto pelo próprio , e mais ainda confusa sem saber como ajudar ele.
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  — E a nossa Yuri? Continua na casa dos avós? — mudei de assunto, para distrair um pouco.
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  — Sim. — ele riu. — Ela me liga três vezes ao dia perguntando o que estou fazendo nas férias.
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  — Uau. — eu o olhei. — Você contou a ela que me convidou para vir ao parque?
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  — Sim. — ele apoiou as mãos na grama e olhou para o céu. — Ela quase surtou, até eu dizer que seu irmão viria junto.
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  — Mesmo se tornando minha amiga, Yuri ainda tem ciúmes.
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  — Claro, o namorado dela é um arraso. — brincou.
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  — Hum… Desde quando ficou tão convencido?
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  — Acho que tenho andado muito com o Prince Line.
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  — Concordo. — nós rimos. — Posso constatar que você já faz parte do grupo?
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  — Acho que sim.
  — Nossa, nem acredito que as férias estão no fim.
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  — Passou tão rápido mesmo.
  — O verão está acabando e logo chega o outono. — comentei.
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  — Já estou pensando nas provas de vestibular. — disse ele.
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  — Já escolheu a universidade e o curso? — perguntei curiosa.
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  — Sim, inicialmente pensei em ingressar na Universidade da Coreia, depois Hwang disse que ele e os outros iriam para Busan, mas agora estamos todos pensando em ir para Yonsei.
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  — Não quero nem imaginar a bagunça que farão naquele lugar. — ri dele.
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  — Hum… Nós seremos os melhores da universidade.
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  — Convencido. — o empurrei de leve.
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  Ao final da tarde, o céu começou a ficar nublado e alguns pingos foram caindo sem pedir licença, nos acompanhou até a frente do nosso prédio e depois pegou um táxi para chegar mais rápido em casa.
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  Enquanto Jinho foi tomar um banho quente, eu coloquei nosso jantar no microondas para esquentar, segui os passos do meu irmão e tomei um banho quente também, colocando roupas quentes e confortáveis. Voltei para cozinha e comi meu jantar, Jinho comeria em seu quarto, acho que ele estava iniciando uma maratona de League of Legends que iria durar sabe Deus quanto tempo.
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  Assim que terminei de lavar as vasilhas que sujamos, voltei pra sala já que a televisão seria minha, iria fazer também uma maratona, só que de doramas. Após alguns episódios de Descendants of the Sun, olhei de relance para a janela, lá fora parecia um temporal caindo do céu, quando foi que começou a chover? Eu não tinha nem reparado. Bateram na porta de repente. Achei estranho, afinal que louco bateria na porta de alguém naquela hora da noite? E mesmo assim o porteiro deveria ter anunciado a visita. Ao abrir a porta, meu corpo paralisou.
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  — ? — sussurrei ao vê-lo todo molhado em minha frente — O que houve?
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  — Eu… — ele olhou para o chão, talvez só naquele momento tivesse se dando conta de onde estava.
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  — ? — insisti.
  — Me desculpe, não posso ficar. — ele se virou indo embora.
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  — Não. — eu segurei sua mão o fazendo parar. — Não importa o que diga, nem o que aconteceu para que viesse até aqui, não vou te deixar ir embora assim.
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  — Seus pais não estão em casa, eu não posso ficar. — ele tentou se soltar de mim e no impulso eu o abracei.
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  — Já disse que não vou te deixar ir. — envolvi meus braços na cintura dele, não me importava se ele estava molhado ou não.
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  — Komawo. — ele sussurrou de leve. — Não quero mesmo ir.
  — Mas ainda assim não pode ficar. — disse uma voz vinda do final do corredor.
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  — Hum? — eu me afastei um pouco dele e olhei, era o professor Han.
  — Professor. — o olhou e se curvou em respeito.
  — Além de minha aluna, é uma garota que está em casa sem seus pais, não quer que ela seja mal vista pelas pessoas. — o professor Han estava com uma voz um pouco rouca, mas firme.
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  — Não. — concordou .
  — Mas profe… — segurou em minha mão me fazendo ficar calada.
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  — Venha para meu apartamento, . — ele abriu a porta. — É mais apropriado.
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  — Sim. — assentiu e olhou para mim, dando um sorriso fechado foi até onde o professor estava parado.
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  Eu vi ambos entrarem e a porta sendo fechada, estava um pouco agoniada em não poder fazer nada naquele momento, mesmo o professor estando certo, eu queria que tivesse entrado comigo.
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  Continuei em silêncio assim que entrei, não queria deixar , mas deveria. O professor Han fechou a porta e seguiu em direção ao corredor, esperei por alguns instantes até que ele voltou com uma toalha na mão.
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  — Tome um banho quente para não pegar um resfriado, tem roupas limpas no armário, alguma deve te servir. — ele jogou a toalha para mim. — Vou fazer um chá para nós.
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  — Obrigado, professor. — eu me curvei em agradecimento.
  — Fora da escola pode me chamar apenas de Han. — ele sorriu de leve indo em direção a cozinha.
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  Han hyung parecia ser legal, era considerado o professor mais bonito e educado de toda a escola. Às vezes eu ria da forma em que as garotas suspiravam quando ele passava, principalmente as professoras. Entrei no banheiro e tomei uma ducha quente e rápida, encontrei algumas coisas que me caíram bem ao corpo, quando voltei para sala que observei melhor o quanto seu apartamento era organizado e limpo. Parecia mesmo o apartamento de um homem solteiro, bem simples e funcional.
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  — Aqui, tome isso, vai melhorar. — disse ele me entregando a xícara.
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  — Obrigado, sunbae. — peguei a xícara, estava mesmo quente, esperei um tempo para tomar o primeiro gole.
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  — Não está aqui só porque gosta de andar na chuva. — comentou ele me olhando sério porém tranquilo. — Não é a primeira vez que te vejo parado em frente à porta dela em plena madrugada.
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  — Hum? — o olhei surpreso.
  — Só que desta vez você teve coragem de bater. — ele respirou fundo parecia estar me analisando. — Desta vez a briga foi pior, não foi?
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  — Sim. — assenti segurando minha frustração em não conseguir confrontar aquele homem como queria. — Ele ainda diz ser meu pai, mas não sinto isso.
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  — Talvez ele esteja querendo te ajudar da forma errada. — explicou Han hyung.
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  — Ele quer que eu seja como ele. — engoli seco, estava com um grito de raiva preso na garganta. — Se eu for como ele, farei as pessoas que amo sofrer.
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  — Ser parecido não é ser igual, você tem qualidades que seu pai não tem. — ele tomou um gole do seu chá. — Ele quer que você siga os passos profissionais, agora, se vai se espelhar em outras áreas é com você.
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  — Ele planeja algo para mim que eu não quero e por isso me afastei de todos que amo, por mais que não queira, não posso lutar contra. — desviei meu olhar para o chão — Isso só me faz odiar ele ainda mais…
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  — O ódio só vai te tornar igual a ele, livre-se desse sentimento e tenha a esperança de um dia poder seguir seus próprios passos.
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  — E enquanto esse dia não chega? — eu o olhei. — Vou continuar ouvindo ele ameaçar a felicidade da minha mãe? E da Sunny? Não quero minha irmã com ele.
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  — Infelizmente sempre temos que fazer alguns sacrifícios na vida. — Han hyung respirou fundo. — Mas se sinta confiante, existe alguém que te abraça mesmo não sabendo seus problemas, aquele coração inocente pode te manter aquecido.
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  Sim, eu tinha ela.
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  Mesmo com todos os meus problemas, eu tinha a garota mais especial do mundo, e quanto mais eu pensava em , mais eu pensava em como meus pais se conheceram e em como terminaram. Mais eu tinha medo de machucar ela, não queria que sofresse como minha mãe sofreu, seu coração batia por mim mesmo ela não admitindo na maior parte do tempo.
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  Mas ainda tinha medo de ver ele parar por minha causa, me perguntava até quando eu iria manter o sorriso em seus lábios, e se algum dia eu a faria chorar.
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“Eles disseram que dizermos adeus é doloroso
Mas eu nem mesmo tive tempo para sentir isso
Eu apenas pensava que essa era a forma de ficar calmo.”

– 7 Years of Love /

22. Clear Day, Cloudy Day

“Ontem foi um dia claro, hoje é um dia nublado
Você sabe sobre o tempo de amanhã?
A previsão de tempo não está certa
O céu está escuro e silencioso
Está chovendo aqui, está chovendo dentro de mim.”

– Clear Day, Cloudy Day / Lunafly

  Passei a noite toda em claro tentando imaginar o que tinha acontecido com ele durante todo aquele tempo que ficou afastado de mim e o motivo dele ter batido na minha porta. Claro que seu pai era o motivo central, mas eu queria muito saber como estava indo a relação deles, queria ajudar da melhor forma que eu pudesse. Mandei algumas mensagens para ele, algumas não, várias. Estava começando a parecer aquelas namoradas grudentas, mas estava tão preocupada.
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  — Unnie — sussurrou Jinho da porta do meu quarto — Bom dia.
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  — Bom dia, pequeno. — eu o olhei me espreguiçando. — Dormiu bem?
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  — Sim. — assentiu ele colocando a mão na barriga. — Estou com fome.
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  — Vamos preparar nosso café então. — me levantei da cama e segui em direção a cozinha com ele. — O que faremos hoje?
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  — Café da manhã americano. — sugeriu ele. — Mamãe não está fazendo mais ovos mexidos com bacon desde que viemos para Seoul.
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  — Verdade. — abri a geladeira e peguei a pequena cartela com os ovos e o pacote com as tiras de bacon. — Então vamos matar a vontade já que temos dias de liberdade.
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  — Isso! — concordou ele rindo um pouco.
  Logo a campainha tocou, eu e Jinho olhamos para a direção da porta juntos, porém, eu fui atender, era . Senti um leve alívio ao ver aquele sorriso lindo em sua face, ele parecia mais calmo e tranquilo agora.
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  — Bom dia, vim para o café. — disse ele de forma natural como se nada tivesse acontecido na noite anterior.
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  — Mas e o professor?
  — Ele vai entender que tomar café da manhã com minha namorada é melhor do que com ele.
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  — Hum. — eu ri de leve, parecia um elogio, mas se fosse o contrário, acho que eu tomaria um café com o professor só para deixá-lo zangado.
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  — Do que está rindo? — perguntou ele.
  — Nada. — eu abri mais a porta para que ele entrasse.
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  — Hyung! — gritou Jinho ao vê-lo. — Uah, que legal você aqui!
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  — Sim. — ele sorriu um pouco mais. — Vim para o café.
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  — Hyung, você está mesmo namorando minha noona?
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  — Sim.
  — Jinja? Uah, ela nem é tão bonita assim.
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  — Yah! — gritei. — É assim que você vê sua noona?
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  — Tenho que ser realista, noona, existem garotas mais bonitas que você, como a Hermione. — explicou ele.
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  — Hermione? — perguntou Teahyung.
  — Emma Watson, de Harry Potter. — respondi. — Mas tenho que admitir, não dá pra competir com ela, ela é uma diva.
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  — Verdade, ela é linda.
  — Não precisava concordar. — retruquei cruzando os braços.
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  — Mas você é linda também. — ele sorriu de canto maliciosamente. — E fica ainda mais linda quando está brava.
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  — Yah. — eu o olhei. — Se começar com suas brincadeiras, vai ficar sem café da manhã.
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  — Eu não disse, está ficando mais linda ainda. — ele se aproximou de mim e me deu um selinho rápido e se dirigiu para a cozinha.
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  Eu fiquei parada sem reação e olhei para Jinho que estava rindo de mim, respirei fundo e fui para o quarto pegar uma gominha para prender o cabelo. Cheguei na cozinha, já estava na bancada quebrando os ovos na tigela.
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  — Ei, sou eu que vou fazer isso. — disse a ele.
  — Preciso treinar, vou precisar saber fazer isso no futuro. — explicou ele tranquilamente.
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  Será que era uma breve resposta para o futuro, ele não ficaria na Coreia e iria mesmo para os Estados Unidos?
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  — Mesmo assim. — dei alguns passos até ele e fiquei ao seu lado. — Eu moro aqui.
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  — Deixe de ser chata e me permita preparar seu café da manhã. — ele me olhou com carinho dando um sorriso singelo.
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  — Hyung, você sabe mesmo cozinhar? — perguntou Jinho se sentando à mesa.
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  — Sim, garotas legais gostam de garotos que cozinham para elas. — ele olhou para mim com suavidade. — Estou certo, ?
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  — Talvez. — eu mordi os lábios prendendo um sorriso. — Depende se esse garoto também é legal.
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  — Hum — meu irmão deu de ombros e resmungou — Espero que vocês dois não fiquem chatos e esqueçam que estou aqui.
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  — Não se preocupe, serei o melhor cunhado do mundo. — o olhou e piscou de leve para ele.
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  — Quer dizer que você vai entrar no meu time de LoL?
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  — Hum, eu não vou poder, mas já encontrei uma pessoa que pode.
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  — Vivaaa!
  — Vendido. — brinquei num tom baixo.
  Nós rimos um pouco dessa pequena comemoração, eu ajudei a preparar o café, fizemos ovos mexidos com bacon, panquecas que foram acompanhadas com a geléia caseira de morango da mamãe, cookies e brownies, foi divertido cozinhar com ele. Parecia que estar ali comigo, fazendo uma pequena coisa o deixava mais leve e menos pensativo nos seus problemas. Eu estava feliz por poder ajudar mesmo que de uma forma tão pequena.
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  — Estava tão gostoso, hyung, quando crescer vou querer cozinhar tão bem quanto você.
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  — Você pode pedir sua irmã para te ensinar. — me olhou. — Ela também cozinha bem.
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  — Está impressionado? — perguntei retribuindo o olhar.
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  — Não, já imaginava que fosse perfeita nisso também, cozinha tão bem quanto desenha.
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  — Yah. — sussurrei. — Você tem formas tão loucas de me elogiar.
  — Não foi um elogio. — disse ele rindo.
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  — ! — o olhei meio ofendida.
  Ele e Jinho riram um pouco de mim, me levantei e peguei os pratos fazendo uma cara séria como se estivesse brava com ele. pediu para que Jinho o esperasse na sala para jogarem um pouco juntos.
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  — Sabia que me deixa louco quando fica assim? — ele deu alguns passos até mim. — Tão brava, seus olhos brilham quando está com raiva de mim.
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  — Prefiro não comentar. — peguei os copos da mão dele e coloquei no bojo da pia. — Vá jogar antes que meu irmão te grite da sala.
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  — Já vou. — ele saiu da cozinha rindo.
  Demorei um pouco para lavar as vasilhas do café, e como tinha vasilhas acumuladas na bancada, era sim ótimo na cozinha, mas tinha o mesmo defeito de todos os homens: vasilhas sujas acumuladas. Eu ri de leve, não me importava por ele ter sujado quase todas as colheres do armário, sequei tudo e deixei minha cozinha e ordem. Comecei a pensar em almoçar fora com meu irmão, já que nossos pais tinham deixado uma grana para reserva.
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  — Hum, quem está ganhando? — perguntei ao entrar na sala, encostando na parede observando o jogo deles.
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  — hyung. — respondeu Jinho parecendo estar chateado. — Ele é melhor até que você, noona.
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  — ? — me olhou surpreso — Você joga?
  — Eu tenho um irmão de dez anos que é gamer. — eu caminhei até o sofá e me sentei ao lado de Jinho. — Acha mesmo que eu não aprenderia a jogar?
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  — Uah. — sorriu de leve.
  — Bem — eu peguei o joystick que estava na mão de Jinho e olhei para a televisão — Vamos ver o quanto você é melhor que eu.
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  — Let’s go, my girl. — ele riu um pouco virando sua atenção para a televisão também.
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  Jinho ficou vibrando do meu lado durante toda a partida, estávamos jogando Need For Speed, foi uma diversão e tanta, quando acabou por um golpe de sorte eu ganhei dele. Fiquei rindo de sua cara por um tempo, até que ele tomou o joystick da minha mão e me beijou de surpresa. Fiquei um pouco envergonhada pelo meu irmão que ficou de pé nos olhando de braços cruzados.
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  — Yah, meu irmão. — disse empurrando ele de leve.
  — Não se faça de inocente por minha causa. — disse Jinho fazendo uma careta de nojo. — Vejo nossos pais se beijando quase todos os dias nessa cozinha de manhã.
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  — Jinja? — riu um pouco me olhando. — Ela é minha garota inocente, cunhado.
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  — Sem comentários. — eu olhei para minha roupa. — Nossa! Só agora percebi que ainda estamos de pijama.
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  — Hum, eu percebi o quanto você se sentiu à vontade com essa roupa comigo aqui. — comentou com um sorriso nebuloso.
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  — Yah, seu pervertido. — eu me levantei do sofá me encolhendo.
  — Não falei nada demais. — ele riu um pouco.
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  — Vamos trocar de roupa, Jinho. — disse indo para o corredor.
  — Você tem planos, noona?
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  — Claro — olhei para meu irmão — Ainda estamos de férias, vamos ao parque de novo.
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  Eu sorri de leve e desviei meu olhar para meu namorado. Este era meu desajeitado plano de manter a mente de ocupada para não pensar nos seus problemas familiares, agora que eu sabia como seu pai era com ele, ficava ainda mais com vontade de ajudá-lo. Entrei em meu quarto e abri o guarda-roupa, passei alguns minutos pensando que roupa deveria usar. Acho que estava demorando um pouco demais, pois abriu a porta e caminhou até mim e ficou parado me olhando.
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  — O que está fazendo no meu quarto? — perguntei cruzando os braços.
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  — Vim descobrir porque as garotas demoram tanto para se arrumarem. — respondeu ele tranquilamente desviando seu olhar para meu guarda-roupa.
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  — Você está no quarto de uma garota, sabia? — continuei o encarando — Não é bem visto pela sociedade.
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  — E você entrar no meu quarto é? — retrucou ele rindo — Me diga o que você tanto olha que ainda não se trocou?
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  — Não tenho nada para vestir.
  — Tem certeza? — ele riu de mim — O que é tudo isso aqui? Descartável?
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  — Você não entende. — eu desviei meu olhar para o guarda-roupas. — Uma garota sempre quer vestir algo importante quando vai a encontros.
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  — Não vamos a um encontro, seu irmão vai estar conosco. — ele começou a olhar por entre as blusas que estavam no cabide e pegou uma blusa geek minha. — Além do mais, você fica linda vestindo qualquer roupa.
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  — Você realmente não entende a mente feminina — eu peguei a blusa da mão dele. — Agora, espere lá fora que eu vou me arrumar.
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  — Vou ter que esperar mais quantos dias?
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  — Yah, seu chato, saia logo! — gritei com ele segurando o riso.
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  Ele saiu rindo, foi divertido, mas realmente chato.
  Ele não entendia que mesmo com meu irmão por perto, para mim todas as vezes que saímos junto era um encontro. Ao contrário do que ele havia proposto, escolhi vestir algo mais leve e delicado, um vestido floral que tinha ganhado da vovó, combinado a uma sapatinha preta bem básica. Peguei uma bolsa pequena e joguei meu celular dentro com meus documentos, então saí do quarto, quando cheguei na sala ficou me olhando com cara de bobo.
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  — Uah, agradeço por realmente não entender as garotas, você está perfeita. — disse ele com aquele seu jeito tosco de elogiar.
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“Mesmo se parecer que você está prestes a cair de um penhasco
Eu definitivamente não vou soltar a sua mão
Indestrutível…
Porque eu vou proteger você até o fim.”

– Indestructible / Girl’s Generation

23. Goodbye Summer

“Eu já abri o meu coração para você há muito tempo
Você é tudo para mim, esse é o meu jeito de confirmar
Eu deveria ser cuidadoso e me amar mais, desse jeito eu nunca irei me machucar.”

– My Answer / EXO

  Tenho que admitir que não tinha um plano completo e o parque veio mais de improviso em minha mente, mas fomos ao Bomunsan Park de metrô. Foi um dia de sorte já que estava tendo uma apresentação de danças típicas da cultura coreana, foi bonito ver toda a decoração que tinham feito no espaço do evento. Ficamos um tempo vendo alguns grupos que se apresentavam, Jinho se sentou logo mais à frente todo curioso, parei por um momento e desviei meu olhar para , seus olhos estavam brilhando, deixei um sorriso escapar em meus lábios, ele parecia estar se divertindo.
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  — Você conseguiu, komawo. — Comentou ele mantendo seu olhar na apresentação.
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  — Consegui? — Estava confusa, ri de leve sem saber o que ele queria dizer com aquilo. — Consegui o quê?
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  — Ocupar minha mente. — Ele sorriu de leve e desviou seu olhar para mim, estava sereno e tranquilo. — Percebi que está tentando me ajudar.
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  — Como?
  — Você não para de me mostrar as coisas como se eu nunca tivesse estado aqui. — Ele riu um pouco e voltou a olhar para a apresentação. — Mas estou gostando disso, está mesmo funcionando.
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  Ele sorriu de novo, me fazendo sorrir junto, agora tinha certeza que estava dando certo minhas boas intenções. Assim que a apresentação terminou nos levou a uma cafeteria da ajumma Sora para almoçarmos, para minha surpresa os meninos do Prince Line estavam trabalhando lá naquele dia. O lugar estava muito movimentado, até Joonseo estava presente.
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  — Yah, estava tão preocupada com você, criança. — Disse ajumma ao abraçar ele. — Como está? Como foi passar as férias com aquele ogro?
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  — Estou bem, ajumma. — Respondeu ele num tom sério, porém baixo. — Só estamos aqui para almoçar, podemos?
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  — Claro. — Ela sorriu meio sem graça, deve ter percebido que ele não queria falar sobre o assunto do pai, então ela me olhou curiosa. — E quem é essa garota bonita, é sua namorada?
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  — Sim. — Eu disse de imediato.
  — Não. — Disse ele ao mesmo tempo que eu, me fazendo olhar para ele. — Brincadeira. — Ele segurou em minha mão e olhou para a tia com um sorriso de canto. — Sim, esta é minha garota.
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  Senti um arrepio ao ouvir aquilo, “minha garota”, queria gritar um pouco. A ajumma nos acomodou em uma mesa bem ao fundo para não sermos incomodados. Joonseo se aproximou da nossa mesa para nos atender, seu sorriso debochado misturado aos comentários maliciosos fizeram ficar um pouco irritado. Isso me divertiu um pouco.
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  — Hum, está mesmo muito gostoso, hyung. — Disse Jinho já terminando seu prato.
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  — Eu disse que o prato especial da casa era o melhor. — Comentou Joonseo ao nos observar.
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  — Estamos tendo uma ótima refeição. — Sorri de leve. — Teremos sobremesa também?
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  — Claro, o que seria da vida sem doces. — Min piscou de leve para mim e voltou sua atenção para seu prato.
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  — Então eu já vou providenciar a sobremesa de vocês. — Disse Joonseo ao se afastar da nossa mesa.
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  — Adoro doces. — Jinho sorriu com animação.
  — Quem não gosta? — Olhei para ele sorrindo. — O que vamos fazer depois?
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  — Depois de que? — perguntou Jinho.
  — Do almoço. — Respondi tranquilamente.
  — Diga você. — riu de leve. — O plano é seu.
  — Yah, vocês podem me ajudar. — Resmunguei pensando. — Que tal cinema?
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  — Uah, seria legal. — Concordou Jinho.
  — Nada de romance. — deu de ombros desviando seu olhar para a frente do lugar. — Quero algo mais divertido que isso.
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  — Não sabemos que filme está em cartaz, mas não me importo que não seja romance. — Suspirei fraco, ele era mesmo um chato.
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  Foi mesmo um bom e proveitoso almoço, nossa sobremesa foi a torta trufada de morango indicada por Joonseo, que segundo ele era uma receita experimental de ajumma que mais parecia ser o especial da parte de confeitaria. Assim que terminamos nossa sobremesa, ajumma se aproximou com um sorriso e disse que o almoço seria um presente dela para nos dar força para o final das férias, muito fofo e legal da parte dela. Antes de sair ela puxou para o canto e ambos trocaram algumas palavras, deu para perceber na face dele que o assunto era o que ele não queria lembrar, seu pai.
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  — Está tudo bem? — perguntei a Joonseo, mantendo meu olhar em ajumma e .
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  — Não se preocupe, sabe se cuidar, ele já está vacinado contra os mandados do ajusshi. — Assegurou.
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  — Não consigo deixar de me preocupar com ele, Joonseo. — Olhei para ele. — A relação de com seu pai é sempre tão conturbada que me deixa com medo.
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  — Medo de que?
  — Dele me afastar de novo. — Aquele pensamento sempre passava pela minha cabeça.
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  — Você gosta do meu primo? — Seu olhar ficou sério.
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  — Sim, claro que gosto.
  — Então, aconteça o que acontecer, vocês dois não irão se afastar. — Garantiu ele com firmeza. — gosta de você de verdade.
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  Assim que saímos da cafeteria, damos algumas voltas pelo centro da cidade até que chegamos em frente ao complemento do nosso dia: o cinema. Para a felicidade de todos escolhemos uma animação que estava em cartaz, assim teríamos ação, aventura, comédia e quem sabe algum romance na história. comprou as pipocas, não entendia o porquê daquilo, já que eu ainda sentia o almoço fazendo efeito dentro de mim. Para minha surpresa, ele e Jinho, que sentou na fileira da frente, comeram tudo.
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  — Foi mesmo uma boa escolha. — Comentou ele sussurrando para mim.
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  — O filme? Ou virmos ao cinema? — perguntei desviando meu olhar para ele.
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  — Passar o dia com você. — Ele desviou seu olhar para mim e sorriu. — Você é a melhor escolha de todas.
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  Meu coração acelerou e parou ao mesmo tempo, em instantes senti os lábios dele tocarem os meus, fechei meus olhos e retribui aquele beijo, por dentro sentia um frio na barriga e minhas pernas meio bambas. Ele tocou de leve minha nuca me fazendo arrepiar um pouco, aquele beijo parecia ainda mais especial que os outros, de alguma forma parecia ser o beijo para ser guardado na memória. Seria o início de uma despedida, já que aquele era o último ano dele na escola e provavelmente iria mudar de cidade por causa da universidade.
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  — . — Sussurrei um pouco receosa. — Este será nosso último encontro?
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  — E quem disse que estamos em um encontro? — Ele sorriu. — Seu irmão está aqui na frente.
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  — Você sabe o que eu quis dizer. — Retruquei.
  — As aulas ainda não terminaram, apenas fique tranquila sobre isso, afinal você ainda está em um plano para me distrair. — Ele riu.
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  — É que tem coisas que eu não sei e… — Fui interrompida por outro beijo dele, acho que ele gostava de me interromper com um beijo.
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  Um pouco antes do filme terminar, o celular do começou a vibrar. Disfarçadamente olhei para o visor, era o pai dele. Em uma respiração funda e cansada ele me olhou dizendo que tinha que atender, assenti de leve e o acompanhei com o olhar até que ele saiu da sala. Após o final do filme, eu e Jinho saímos da sala juntos, ficamos um tempo do lado de fora esperando ele voltar, até que recebi uma mensagem.
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  “Me desculpe, tive que voltar para casa.”
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  Senti um aperto no coração, voltamos para casa antes que escurecesse e assim que entramos, meu celular tocou, eram nossos pais para se certificar que estávamos em casa e em segurança. Enquanto Jinho foi tomar um banho, preparei o jantar, meu prato preferido e prático: o famoso lámen. Deixei tudo em cima da mesa e saí do apartamento por alguns instantes, estava preocupada com , mas não tinha coragem de ligar e perguntar se ele estava bem, então iria tirar minha dúvida com quem poderia saber.
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  — Ah, aluna . — Disse o professor Siwon surpreso ao abrir a porta e me ver. — Posso ajudar?
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  — Não sei, acho que sim. — Respondi ainda receosa.
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  — Bem, entre. — Ele abriu um pouco a porta para que eu entrasse. — Hum, Aha essa é , uma aluna da escola.
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  Explicou ele para uma mulher de cabelos ondulados e castanhos, estatura média e um pouco magra, que estava na cozinha com uma chaleira na mão, a mulher sorriu para mim e se curvou de leve.
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  — esta é minha noiva, Aha. — Explicou o professor para mim.
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  — Prazer, unnie. — Eu me curvei de leve em respeito.
  — Prazer. — Disse ela. — Ela que é a aluna estrangeira?
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  — Sim. — Assentiu o professor voltando seu olhar para mim. — Houve algum problema?
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  — Sim, está acontecendo alguma coisa com e não sei o que é, nem sei como ajudar.
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  — Hum. — Ele esticou a mão para que eu me sentasse no sofá e se sentou. — Entendo.
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  — Professor, você sabe sobre o problema dele com o pai? — perguntei me sentando também.
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  — Sei de algumas partes, mas é delicado esse assunto.
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  — Eu sei, por isso estou aqui. — Desviei meu olhar para Aha unnie que estava vindo com uma bandeja com xícaras de chá, ela me entregou uma, eu peguei me curvando de leve em agradecimento.
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  — é aquele garoto, filho do Dongho? — perguntou ela se sentando ao lado do professor e entregando uma xícara para ele.
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  — Sim, ele mesmo. — Assentiu o professor.
  — Professor Siwon, eu não posso perguntar sobre isso para a mãe dele, é algo de família, e também tenho medo de perguntar a ele, não sei como ajudá-lo.
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  — A única coisa que sei é que está passando por um momento conturbado em sua vida, para proteger sua irmã e mãe ele fez um acordo com o pai, mas seguir as vontades do seu pai agora está indo em confronto com suas próprias escolhas e… — Ele hesitou por um momento em terminar a frase.
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  — E? — Aquilo me preocupava ainda mais.
  — Você está sendo a maior escolha dele.
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  Eu não sabia o quão intenso aquela frase era e nem o quanto representava na vida de . Já imaginava que ele não queria ir embora por minha causa e isso fazia com que as brigas com seu pai se tornassem ainda mais frequentes. Eu agradeci a unnie pelo chá e após tomá-lo voltei para casa. Estava um pouco desnorteada e sem saber o que fazer da vida para deixar mais confortável. Eu não queria que as ações dele caíssem sobre sua mãe e a Sunny, não por minha causa.
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  — Noona, você está tão calada. — Reclamou Jinho sentado na minha frente à mesa.
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  — Desculpa, estou pensando em algumas coisas. — Dei um sorriso fraco para ele desviando meu olhar para minha tigela de lámen que nem tinha mexido ainda.
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  — Está pensando no hyung?
  — Sim. — Assenti. — Estou preocupada com ele.
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  — Ele gosta muito de você, noona, não fique preocupada. — Jinho sorriu inocentemente.
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  — Eu sei. — Olhei para ele com carinho. — Vamos comer.
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  Após o jantar Jinho me ajudou a lavar os pratos e deixar a cozinha limpa e arrumada, dei “boa noite” para ele e fui para meu quarto, tinha certeza que minha noite não seria tranquilo, ainda mais com meu pensamento em . Alguns dias se passaram e as aulas enfim voltaram, assim como meus pais, estava feliz por ter eles de volta. As semanas se passaram e estávamos no dia das provas de vestibular, seria um dia muito importante para todos do Prince Line.
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  Minha sala não teria aula no dia e eu poderia ter dormido até mais tarde, porém acordei cedo para esperar na porta da escola. Assim que cheguei todos os amigos dele estavam lá, achei estranho, já que seu pai queria tanto que ele se dedicasse aos estudos, já era para estar na porta da escola esperando pelo portão se abrir.
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  — Bom dia. — Disse ao me aproximar deles.
  — Oh, bom dia. — Junhae se assustou em me ver ali. — O que faz aqui? Você não terá aula hoje.
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  — Eu sei. — Sorri meio sem graça. — Estou aqui para desejar boa sorte a vocês.
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  — Sei. — MiJun riu. — Você veio pelo hyung, mas ele não vai fazer a prova.
  — Como assim? — Agora eu tinha ficado mais confusa ainda.
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  — Ele já fez, nas férias quando foi para a América. — Explicou Junhae. — não vai cursar em nenhuma universidade da Coreia, ele vai estudar em Harvard.
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  — Oh. — Algo que eu imaginava se confirmou.
  — Pelo visto o hyung não te contou. — Hwang suspirou desviando seu olhar para as meninas líderes de torcida que estavam se aproximando.
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  — Não, ele não tem me contado muita coisa. — Respondi meio sem o que pensar.
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  — Ele está na casa da mãe hoje. — Comentou Junhae. — Acho que ele não quer te preocupar.
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  — Obrigada, Junhae. — Eu me afastei deles seguindo para a rua novamente, quando trombei em alguém. — Oh, me desculpe.
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  — ?! — Era . — Está tudo bem?
  — Sim e não. — Respirei fundo já não sabendo o que responder. — E você? O que faz aqui?
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  — Vim para ajudar o treinador nos testes para o time, Prince Line saindo temos que montar um novo time para o próximo ano. — Respondeu ele tranquilamente.
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  — Então eu não vou te incomodar, preciso ver alguém agora.
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  — Já até imagino quem. — Ele sorriu de canto. — Vou ficar aqui esperando a Yuri.
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  — Espero que tenha um bom dia, .
  Eu sorri de leve para ele e me afastei, caminhei até a estação e peguei o metrô que parava perto da casa de . Assim que cheguei em frente ao portão, ajumma Seohyun estava chegando com algumas sacolas na mão, eu ajudei ela pegando algumas delas.
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  — Sunny foi para um passeio com o pai e eu aproveitei para comprar os ingredientes para o almoço de amanhã. — Explicou ela enquanto levávamos as sacolas para a cozinha.
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  — Ajumma, está em casa? — perguntei.
  — Sim, está no quarto, pode ir até lá. — Ela se voltou para mim e sorriu. — Sei que veio por ele, acho que precisam conversar sobre o futuro.
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  — Obrigada, ajumma. — Eu me curvei de leve em agradecimento e saí da cozinha.
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  Assim que subi as escadas, hesitei um pouco em ir até o quarto dele, fiquei alguns minutos parada no meio daquele hall para os quartos olhando para a porta, foi então que a maçaneta girou e ele saiu.
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  — Omma, você viu… — assim que me viu ele ficou em silêncio, de certo não esperava me ver ali.
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  Desde aquele dia do cinema eu não o tinha visto ainda. Ele não ia na escola e nem respondia minhas mensagens, era estranho quando ele atendia minhas ligações e não dizia nada. Eu estava sentindo algo ruim em relação a isso, estava com medo que aquela parte de nosso relacionamento seria a parte em que eu me machucaria de verdade.
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“Você chorou muito antes do dia da nossa graduação
E você segurou o choro
Afinal, você é um cara
Não conseguimos dizer o que queríamos.”

– Goodbye Summer / F(x) feat. D.O)

24. Love Song

Aqueles dias de apenas coisas bonitas,
Vendo juntos apenas as coisas boas sobre nós
Comendo junto, se divertindo juntos
Chorando juntos e rindo juntos
Obrigado por acreditar em mim que eu não vou cair
E por estar ao meu lado, realmente muito obrigado.

– From U / Super Junior

  — Oi — eu disse após ficarmos minutos nos olhando em silêncio.
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  — Oi. — Ele respirou fundo. — O que faz aqui?
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  — Vim saber se está bem. — Me encolhi um pouco. — Não te vejo desde… Você não vai à escola… Não responde minhas mensagens… Eu fiquei preocupada…
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    me interrompeu em um abraço. Fiquei em silêncio, estava esperando ele dizer alguma coisa, eu só queria que ele desabafasse e me contasse tudo. Fechei os olhos por um momento, era confortável estar ali, aninhada nos braços dele, nossas respirações ficaram em sincronia. 
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  — Mianhae26. — Sussurrou ele. — Por te fazer ficar preocupada.
  — Não precisa se desculpar. — Me afastei um pouco dele e o olhei dando um sorriso singelo. — Senti sua falta.
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  — Eu também. — Ele respirou fundo. — Pensei que ficando o mais longe possível de você… Achei que conseguiria me acostumar, mas estava me esquecendo de aproveitar o tempo que me resta.
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  — Fala como se nunca mais fossemos nos ver. — Retruquei. — Podemos nos ver nas férias. 
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  — Sim. — Ele sorriu de canto. — Minha mãe vai fazer um almoço de despedida amanhã, queria que viesse.
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  — Estarei aqui. — Sorri animada, mas fiquei séria novamente.
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  — O que foi?
  — Queria que você me contasse, sobre tudo. — Disse.
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   pegou minha mão e me levou até seu quarto, talvez aquele seria o momento em que ele se abriria comigo. Me sentei em sua cama, enquanto ele encostou de leve suas costas no beiral da janela e manteve o olhar abaixado.
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  — Não sei como falar sobre isso… Com você. — Hesitou ele.
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  — Eu sei de toda a história, mas foi contada por outras pessoas. — Mantive meu olhar fixo nele. — Eu só queria ouvir de você, todo esse tempo.
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  — Você fica tão fofa quando se preocupa comigo. — Ele sorriu ao voltar a me olhar.
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  — Estou sendo sincera.
  — Eu também.
  — Vai ficar me enrolando?
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  — Você já sabe de tudo.
  — Não sei o que você está pensando. — Respirei fundo e me levantei da cama. — Por que é tão difícil se abrir comigo?
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  — Porque não quero te preocupar com esse assunto. — Ele suspirou fraco. — O único momento em que não penso sobre isso, é quando estou com você.
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  — . — Sussurrei de leve dando alguns passos até ele. — Se não falar sobre isso te faz bem, então não vamos, apesar de eu querer muito.
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  — O que você quer saber mais? — Ele me olhou com carinho.
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  — O almoço de amanhã, será a última vez que vou te ver? — perguntei diretamente.
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  — Provavelmente sim. 
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  Fechei meus olhos e o abracei, envolvendo meus braços na cintura dele.
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  — Eu…
  — Será o melhor almoço da minha vida se você estiver nele. — Disse envolvendo seus braços na altura do meu ombro.
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  — Me desculpe. — Disse sentindo as lágrimas caírem.
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  — Pelo que?
  — Por fazer você ter que escolher. — Sussurrei, me lembrando das palavras do professor.
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  — Você sempre será minha resposta. — Sussurrou ele de volta.
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  Aquelas palavras me fizeram arrepiar, de alguma forma estranha eu estava me sentindo mais leve, aninhados em um abraço em silêncio, gostaria que aquele momento se congelasse.
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  — Por que não foi fazer a prova? Não precisa mais?
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  — Por que pergunta se sabe a resposta?
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  — Porque quero ouvir de você. — Expliquei.
  — Quando viajei com meu pai, tinha um propósito. — Respondeu ele, respirando fundo, parecia encontrar coragem para seguir com as palavras. — A universidade adiantou minha prova e entrevista.
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  — Então o melhor aluno conseguiu a vaga. — Concluí brincando.
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  — Sim, e uma vaga no time de basquete da universidade. — Completou ele concordando.
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  — Nossa, meu namorado é mesmo o melhor. — Brinquei novamente me afastando dele e o olhando.
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  Mesmo naquele momento, a face de ainda estava triste, talvez porque tínhamos poucas horas para estarmos juntos, eu não queria que ele fosse embora, não antes do baile de formatura e do final do ano.
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  — E como é lá? Já entrou em alguma fraternidade?
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  — Não. — Ele riu de leve. — Só irei decidir isso no próximo ano.
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  — Aproveite a distância com sabedoria. — Disse a ele rindo de canto. — Porque estou pensando em me candidatar na escola de artes de Harvard.
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  — Hum, não consegue mesmo viver longe de mim. — Brincou ele. — Novata estrangeira. — Ele riu.
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  — Yah. — Empurrei ele de leve. — Já passamos desta fase do novata.
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  — Ainda é divertido te chamar assim.
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  — !? — disse a ajumma ao bater na porta. — Ah, me desculpe atrapalhar a conversa.
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  — Não atrapalhou nada. — Eu a olhei.
  — Deseja algo, omma? — perguntou ele.
  — Sim, preparei um almoço rápido para todos, seu pai acabou de chegar com Sunny.
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  Eu olhei para , seu sorriso havia se desfeito. Mesmo que eu quisesse que ele desabafasse, não iria tocar no assunto do pai dele, essa parte parecia machucá-lo mais do que deveria. Descemos em silêncio, Sunny logo veio correndo em minha direção e me abraçou dando um sorriso, o pai dele ficou surpreso em me ver, eu o cumprimentei me curvando de leve. segurou em minha mão forte, permanecendo em silêncio. Eu coloquei minha outra mão em cima da dele, queria mostrar que eu estava ao seu lado em qualquer momento.
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  Após o almoço, e seu pai tinham outros compromissos, eu queria passar a tarde com ele, mas não seria possível. Eles me levaram de carro, me deixando na porta do meu prédio, assim que cheguei em casa, vi minha mãe no telefone, ela estava falando com a mãe de . Ignorei um pouco meu pai e irmão que estavam na sala jogando e fui direto para meu quarto. Não demorou nem cinco minutos e minha mãe bateu na porta.
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  — Posso entrar? — perguntou ele abrindo uma fresta da porta.
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  — Pode. — Sorri de leve.
  — Está tudo bem?
  — Sim.
  — Tem certeza? — Insistiu ela, omma me conhecia melhor que eu mesma.
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  — Não. — A olhei com cara de choro.
  — Oh, minha princesa. — Ela veio até mim e me abraçou. — Fique tranquila, é só um momento, todas as fases da vida tem seu tempo de duração.
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  — Mesmo se eu me candidatar para Harvard, ficarei um ano sem vê-lo. — Retruquei.
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  — Em certos momentos a saudade fortalece o sentimento. — Disse ela com aquela voz tranquila e serena. — Pandinha.
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  — Omma.
  — Não é um adeus, querida. — Ela sorriu de leve — É somente um até logo.
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   As palavras dela faziam parecer fácil, mas eu não queria que ele fosse embora. Era óbvio que ficaríamos mais distantes um do outro, ele era um ano mais velho que eu, mas naquele momento a razão estava perdendo para a emoção.
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   Passei todo o caminho em silêncio, me restringia a falar somente o necessário com ele. Olhando para a janela do carro enquanto pensava que teria somente mais um dia com . Fomos até o advogado da empresa, todos os papéis de transferência e visto de estudante já estavam prontos, minhas passagens compradas para a noite de amanhã. Como seria minha última noite em casa, eu ganhei a chance de passar com minha mãe, não pensei duas vezes em pegar um táxi, de volta para minha verdadeira casa.
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  Minha mãe ficou surpresa em me ver lá novamente após escurecer, expliquei a ela que ganhei a liberdade de escolher onde dormir aquele dia. Passamos horas vendo filmes na televisão, me fez lembrar minha infância, nas férias eu minha mãe sempre fazíamos maratonas que filmes clássicos. Meu preferido era mesmo: O poderoso chefão. 
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  — Tem certeza que irá dormir bem? — perguntou ela da porta do quarto.
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  — Sim, tenho. — Assenti dando um sorriso. — Estou em casa.
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  — Tenha bons sonhos então. 
  O sorriso da minha mãe tinha o efeito de me tranquilizar, era tão bom quando ela sorria daquela forma, serenidade no olhar e sorriso singelo. Me fez lembrar de , estava pensando sobre nosso namoro e de como poderia continuar com toda aquela distância que estaria entre nós. Passei a noite acordado, em meus pensamentos. Foi como se o filme de minha vida estivesse passando, desde o divórcio dos meus pais até aquele momento. 
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  De fato, eu não me importava em ficar longe dela, o que realmente me faria ter medo, era de machucar ela como meu pai machucou minha mãe. Não queria ver chorar por algum erro de minha parte, quanto mais eu pensava nisso, mais as horas se passavam. Logo amanheceu, minha mãe estava animada, pois a casa ficaria cheia com meus amigos, para minha despedida. 
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  Todos da Prince Line chegaram pouco depois do café da manhã, faríamos a última competição de FIFA do ano. 
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  — Yah, pare de roubar, . — Reclamou Junhae ao perder para mim pela sétima vez.
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  — Eu? Roubando? — Ri da cara dele. — Você que é muito ruim.
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  — Hyung, você é o melhor. — Brincou MinSoo rindo.
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  — Viu. — Concordei.
  — Yah, fique quieto você, MinSoo, não conseguiu ganhar nenhuma até agora.
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  — Nosso maknae está triste hoje. — Explicou Hwang.
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  — O que houve com ele? — perguntou MiJun.
  — Brigou com a Sooyong. — Hwang riu de leve. — Ou ela brigou com ele.
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  — Yah, parem de falar da minha vida. — Ele deu de ombros se jogando no sofá.
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  — O que aconteceu, MinSoo? — Eu estava curioso.
  — Ela é muito ciumenta. — Explicou ele.
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  — Acho melhor voltarmos para nosso jogo. — Junhae pegou o joystick novamente. — Desta vez eu vou ganhar.
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  — Minha vez então. — Hwang pegou o joystick da minha mão.
  — À vontade, acabe com ele. — Disse a Hwang rindo de Junhae.
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  — Está aproveitando só porque está de partida.
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  — Yah, não discuta, eu sempre fui o melhor mesmo. — Ri dele.
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  Deixei eles jogando e fui para a cozinha, minha mãe estava preparando o almoço com a ajuda da ajumma mãe de Junhae, elas eram amigas de infância. Assim que voltei para a sala, a campainha tocou, era e sua mãe, havia me esquecido que nossas mães eram amigas também. Por milagre ele não estava com Yuri, então o convidei para entrar no torneio da Prince Line, surpreendente foi descobrir que ele era muito bom nos games. 
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  As horas passaram, meu pai chegou acompanhado do pai de , chegou acompanhada dos seus pais e Jinho, Yuri tinha encontrado eles no caminho e veio junto. Estava quase completo, até que as meninas líderes de torcida chegaram, então minha casa estava cheia, como minha mãe gostava. Eu e ficamos juntos durante todo o tempo, para aproveitar cada segundo que tínhamos juntos, após o almoço eu a perdi de vista por um momento, então comecei a procurá-la pela casa.
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   — Se perdeu no meu quarto? — perguntei assim que abri a porta e a vi perto da minha mala.
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  — Não. — Ela riu. — Eu só estava vendo se organizou tudo para a viagem.
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  — Hum, quase tudo.
  — É?
  — Sim. — Eu sorri e a peguei no colo. — Falta colocar você na mala.
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  — Yah, me coloque no chão. — Disse ela rindo. — Eu não vou caber ali dentro.
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  — Tenho certeza que sim. — Eu ri a colocando no chão. — O que realmente estava fazendo aqui? — perguntei novamente.
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  — Nada, já falei. — Ela riu. — Vamos descer, não quero que nossos pais pensem que estamos fazendo algo errado aqui.
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  — Essa ideia também é boa. — Eu sorri com malícia.
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  — Yah. — Ela bateu de leve no meu ombro. — Seu pervertido.
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  — Foi você quem tocou no assunto. — Eu ri dela saindo do quarto.
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  Descemos para a sala em risos, como meu voo estava marcado para ser à noite, todos se despediram de mim pouco depois da minha mãe servir a sobremesa. Mesmo não tendo ninguém em lágrimas, consegui perceber o quanto meus amigos estavam tristes por minha partida. Acompanhei e sua família até em casa, recebi abraços apertados da sua mãe e de Jinho, seu pai apertou minha mão me desejando boa sorte na universidade. Eles subiram na frente, deixando eu e a sós.
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  — Então, é aqui que dizemos até logo?! — Brincou ela sorrindo.
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  — Não. — Eu desviei meu olhar para o chão, não conseguia encará-la, não naquele momento. — É aqui que dizemos adeus.
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  — Como? — Ela não estava entendendo, mas eu tinha tomado a melhor decisão ao meu ver. — Do que está falando?
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  — Estou falando que não quero que chore por minha causa, não farei com você o mesmo que meu pai fez com minha mãe.
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  — , suas palavras estão me assustando. — Ela se encolheu.
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  — O que quero dizer é que…
  Foi a coisa mais idiota e egoísta que eu fiz, mas era o certo a fazer, estava terminando com ela, seria melhor assim. 
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   tentou argumentar, mas eu estava decidido, no final eu abriria mão dela, assim ela poderia ser feliz sem mim, não a forçaria esperar por alguém durante um ano. Antes que a primeira lágrima pudesse cair de seus olhos, eu beijei de leve o alto da sua testa e me afastei dela. Certamente no final daquele dia, eu iria me olhar no espelho e ver um idiota, mas naquele momento eu só pensava em deixá-la livre de mim e dos meus problemas. 
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  Fui direto para casa do meu pai, ele tinha levado minhas malas para lá, com a passagem e o passaporte em mãos, fui de táxi até o aeroporto. Eu já tinha combinado com meus pais que iria fazer isso sozinho, não gostava de despedidas. Foram pouco mais de 15 horas até Boston e mais trinta minutos de Boston até Cambridge, cidade onde Harvard se localizava.
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  O coordenador do meu curso de administração já estava me aguardando no aeroporto quando cheguei. Me instalei sem nenhuma dificuldade no quarto da Fraternidade que o coordenador havia me indicado. Pelo que soube, era uma das mais respeitadas na universidade. Assim que abri a mala, reconheci um objeto que não era meu e não estava lá desde a última vez que tinha aberto a mala, era o sketchbook da , logo me lembrei de quando eu a peguei em meu quarto.
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  — O que você andou fazendo?! — sussurrei pegando o sketchbook.
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  Comecei a folheá-lo, havia muitos desenhos de mim, minha face, meus olhos, minha boca, e outros de paisagens de lugares onde ela já tinha morado com seus pais. Se aquilo era um presente de viagem, era o melhor presente do mundo, percebi que tinha uma flor servindo de marcador para uma página específica. Assim que abri, senti meu corpo gelar automaticamente, tinha uma carta, não conseguia acreditar que ela tinha escrito uma carta para mim.
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  Eu realmente não acredito que estou escrevendo uma carta de confissão para você, mas como você vai estar um ano longe de mim, e esta é uma forma de demonstrar meus sentimentos, e você disse uma vez que queria muito…
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  Tenho que admitir que desde que te conheci, eu te chamava de pesadelo, mas depois que você disse para todos que eu era sua namorada, comecei a ver que não era tão ruim assim ser a novata estrangeira, de pesadelo, você se tornou um sonho, daqueles que eu não queria acordar.
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  Confesso também que estava com medo, mas quando você disse que eu era sua resposta, senti meu coração se aquecer novamente, então estou aqui escrevendo esta carta para você, não importa a distância nem o tempo, minha resposta também será você…
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  Always!!!

Eu te amo.”

  — . — Sussurrei, sentindo a primeira lágrima cair.
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  Eu sabia que iria me arrepender, sabia que eu era um idiota, mas ler aquela carta me fez querer voltar para Daejeon naquele momento.
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“Fecho os olhos, sinto sua respiração e sonho com você
Um sorriso percorre meus lábios, você está respirando comigo agora
Tempo por favor pare, não separe nós dois
Vento pare de soprar, esta é minha última carta para você.”

– Love Song / Big Bang


  Complemento do Dicionário:
  26. Mianhae: desculpe

25. Because I’m Stupid

“Provavelmente não faço parte do seu dia,
E nem devo estar no seu pensamento,
Mais eu passo meus dias pensando em você,
E minhas lágrimas continuam caindo.”

– Because I’m Stupid / Boys Over Flowers OST (KHJ)

  Eu estava estática, aquelas palavras vindas dele que não conseguia se encaixar em nenhuma lógica, segurei as lágrimas enquanto o via se afastar de mim, acho que ainda não tinha caído a fixa que ele tinha mesmo terminado comigo. Não conseguia entender, nem mesmo imaginar o que se passava na cabeça daquele bobo, assim que ele desapareceu no meu campo de visão a primeira lágrima caiu.
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  Babaca, a única palavra que eu conseguia pensar em classificá-lo. Ele disse que não queria me fazer sofrer e o que era aquilo mesmo? Ele terminou comigo. E eu estava chorando por isso, quando me dei conta, já estava ajoelhada no chão xingando ele, como se fosse me ouvir. Demorou alguns minutos até que minha mãe apareceu, ela ficou meio desesperada por me ver jogada no chão em lágrimas.
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  — Querida — ela me ajudou a levantar — O que houve?
  — Mãe, se eu matar alguém, seria presa? — perguntei vendo a cena de um possível estrangulamento. — Sou menor de idade.
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  — Do que está falando? , o que aconteceu?
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  — Ele é um idiota! — gritei em lágrimas ainda. — Aquele idiota é mesmo um pesadelo.
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  — O que fez?
  — Não quero falar — me afastei dela e saí correndo na frente.
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  Nem mesmo o elevador conseguiu acompanhar minha vontade de sumir, subi as escadas correndo e assim que cheguei no apartamento, desapareci no meu quarto, trancando a porta. Não queria ver ninguém, não queria falar com ninguém, só conseguia chorar e pensar o quanto eu queria jogar pela janela. Comecei a sentir raiva de mim mesma por ter começado a gostar dele e pior, por ter escrito uma carta de confissão.
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  — ? , querida abra a porta, fale comigo — disse minha mãe batendo na porta.
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  — Não quero! — gritei da cama, naquela altura já estava abraçada ao travesseiro. — Me deixa sozinha.
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  — Querida, preciso entender o que aconteceu.
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  — Por favor mãe, agora não.
  Minha mãe era muito insistente, mas eu era mais teimosa ainda, não abri a porta e nem saí do quarto, aproveitando que o próximo dia seria domingo, teria uma leve desculpa para não sair do quarto. As horas se passaram e no meio da madrugada, senti uma fome descomunal, eu poderia estar triste, depressiva, mas minha fome nunca me abandonava. Saí do quarto e fui até a cozinha preparar algo para comer, meu lanche foi rápido e simples, quando estava voltando para o quarto, minha mãe me parou no corredor e me abraçou. Mesmo não sabendo o motivo real da minha tristeza, ela queria me consolar de alguma forma. 
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  Omma saranghaeyo!
  Me afastei dela, dando um sorriso disfarçado e entrei no quarto. Me tranquei novamente para o mundo, fiquei deitada na cama olhando para teto, enquanto segurava as lágrimas. Era impossível não pensar em todos os momentos que tive com ele, desde o nosso esbarrão perto da secretaria até o término sem sentido dele. Eu queria odiar ele, mas só conseguia querer voltar o tempo e fazer ele deixar de ser tão trouxa.
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  — Aish, , como é difícil transformar um pesadelo em sonho, agora aquele pabo virou pesadelo de novo. — bufei um pouco limpando algumas lágrimas que saíam. — Você vai ter que esquecer ele… Como se fosse possível.
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  Não, não seria possível esquecer uma pessoa que entrou na minha vida igual o cometa Halley. Minha noite foi sim em claro, em lágrimas e lembranças, como eu consegui ter tantas memórias com ele em um curto espaço de tempo, o conhecia a quase um ano. Pouco tempo para muitas dores, como se faz para não gostar mais de uma pessoa?
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  O final de semana acabou e na segunda eu tinha aula novamente, pensei mil vezes em inventar uma doença para não ir à escola, sair do clube de basquete, mudar de cidade, mas comecei a pensar que não adiantaria. Por mais que eu quisesse esquecer, ainda assim seria um momento da minha vida, um momento que eu queria estender para sempre, e isso me fazia pensar a pior das ideias, será que ele não gostava de mim de verdade?
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  — Bom dia — disse ao se aproximar de mim no portão da escola.
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  — Fale por você — disse quase sussurrando. 
  — O que aconteceu? — ele me olhou, aquilo me fez virar o rosto. — Já está com saudades do ex capitão do time de basquete? — ele brincou rindo, mas depois ficou sério quando não dei importância. — Vocês dois brigaram?
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  — Pior — olhei para , ele era meu amigo e conseguia me abrir para ele, apesar de amar minha mãe, ela às vezes queria resolver por mim — Não existe mais eu e ele.
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  — Não acredito. — sua cara era de surpresa. — Você terminou com ele? 
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  — Não, o contrário — a resposta foi ainda mais baixa. 
  — Lamento. — me puxou de leve e me abraçou. — Aquele tapado não deveria ter feito isso. 
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  — Diga isso para ele. — sussurrei de novo. — Mas vou ficar bem, me dê uma semana de lágrimas, chocolate, potes de sorvete e músicas do SHINee, que eu melhoro.
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  — Não acredito. — ele riu um pouco. — Até triste você consegue ser fofa e engraçada.
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  — Pare de falar igual a ele — fiz cara de emburrada.
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  — Oppa… — disse Yuri ao se aproximar de nós.
  — Ah… Oi Yuri — disse ele se afastando um pouco de mim.
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  — O que aconteceu? — ela perguntou ao olhar para mim.
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  — Nada. — eu sequei uma pequena lágrima que se formou no canto do olho disfarçadamente. — Eu vou na biblioteca, vejo vocês na sala.
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  Traduzindo: “Eu vou no banheiro chorar, vejo vocês na sala.
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  Me afastei deles indo em direção ao prédio 2, que ficava a biblioteca. Nunca entrar na cabine do banheiro, sentar no vaso e chorar foi tão poético como agora. Eu tinha prometido a mim mesma, antes de sair de casa, que não choraria na escola. Mas como eu iria conseguir essa proeza? Pela lógica, eu estava nos primeiros dias de um término, e cada tijolo daquela escola me lembrava ele, um absurdo isso, mas a minha realidade. Já imaginava que isso aconteceria, aquele tinha sido meu primeiro namoro, mas eu tinha experiências vivenciadas em doramas colegiais.
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  E pensar que no intervalo de todas as aulas ele aparecia sem ser convidado, me arrastando para o clube de basquete. Me fazia pegar água sempre que eu tentava sair da quadra, espalhava todas as bolas pra eu sempre ser a última a sair e ele me levar em casa. Como eu conseguiria apagar essas lembranças? Como eu conseguiria passar aquele tempo longe dele? Como ele conseguiu terminar comigo? Eu que alegrava o dia dele.
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  — Não! — gritei para mim mesma. — Foi ele quem terminou, eu me proíbo de ficar pensando nele com dó.
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  Limpei meu rosto, saí da cabine, lavei o rosto e segui em direção à sala, quando fui parada na escadaria por Junhae. Tentei me desviar, mas ele me pegou pelo braço de leve me fazendo parar.
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  — Está com pressa? — perguntou ele segurando o riso.
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  — Se você não ouviu, o sinal tocou. — dei de ombros, desviando meu olhar para a escada, olhar para ele me fazia lembrar . — Não sou como você que está quase saindo da escola.
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  — Nossa, que menina mais ríspida. — brincou ele. — Não precisa me tratar assim, ainda somos amigos.
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  — Hum — o olhei sem interesse — O que você quer? 
  — Quero saber se está bem. — respondeu ele tranquilamente. — Seus olhos estão meio vermelhos, andou chorando? 
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  — O quê? — não acredito. Será que ele sabia do término? Ele era melhor amigo daquele pesadelo. — Estou muito bem, obrigada. Por que o interesse? — agora minha voz estava fria. 
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  — Calma, é que uma pessoa me pediu para perguntar se estava bem — explicou ele segurando o riso.
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  Uma pessoa chamada . Posso matar?
  — Diga a essa pessoa que estou muito bem, tão bem que nem penso mais nela — desviei meu olhar. 
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  — Tem certeza? Porque seu olhar diz outra coisa.
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  — Diga a ele o que você quiser, eu tenho que ir para a sala — empurrei ele de leve para que saísse da minha frente e continuei subindo as escadas.
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  Aish, seus amigos conseguiam me irritar tanto quanto ele, o que me deixava ainda mais louca. Assim que cheguei na sala, o professor Han ainda estava escrevendo algumas coisas no quarto, acho que eram avisos, pedi licença e entrei já indo rapidamente para minha carteira. me explicou que eram as datas das provas finais e nossas férias, que legal, eu estava tão mal e ainda teria que passar por uma semana de provas. Será que tinha atestado médico para quem terminou o namoro, tipo, motivos depressão pós-término ou algo do tipo?
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  — Você está melhor agora? — perguntou ele ao virar pra trás. 
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  — Estou. — respirei fundo. — Só demorei, porque fui parada no meio da escada.
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  — Ah — ele ficou me olhando — Você não foi na biblioteca, né? 
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  — Pare de fazer perguntas que eu não quero responder, você é meu melhor amigo, não quero mentir para você. 
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  — Hum… — ele riu de leve — E por falar em mentir, tive que contar a Yuri seu problema, mas pedi a ela para guardar segredo.
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  — Sem problemas, eu sei que a Yuri é um pouco ciumenta. — suspirei fraco desviando meu olhar para o quadro. — Ah, acho que vou sofrer em dobro, não queria uma semana de provas, não agora. — me debrucei sobre o caderno querendo chorar.
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  — Não se desespere, você tem a mim, os amigos servem para te ajudar a estudar. 
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  — Por um segundo, pensei que você diria que os amigos servem para passar cola — levantei a face e o olhei.
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   ficou fazendo alguns comentários engraçados, sobre minhas possíveis respostas nas questões abertas da prova, só ele para me fazer rir num momento de desespero. Mesmo não querendo, me convenceu a continuar no clube de basquete, ele disse que precisava de mim para ajudá-lo com os novos membros. Os dias se passaram, e quanto mais eu queria me afastar, mais ele me enchia em tarefas, já que ele era o novo capitão.
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  — Me deixa ir embora. — reclamei pegando mais uma bola que ele tinha mandado na cesta, parecia mesmo empenhado em se preparar para o próximo ano. — Você já foi mais legal.
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  — Desculpa, . — parou me olhando enquanto segurava o riso. — Eu juro que é a última cesta. — se posicionando ele lançou a bola que caiu perfeitamente dentro da cesta. 
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  — Você não deveria treinar tanto, nem teremos mais jogos, só no próximo ano. 
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  — É sempre bom praticar. — ele riu. — Para manter a boa forma. 
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  — Não vejo nenhum lado bom nisso, eu que sempre tenho que ficar. — peguei a bola que ele tinha jogado e coloquei junto com as outras. — Você tem uma namorada, por que ela não está aqui? 
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  — Você sabe que basquete e Yuri não se dão bem na mesma frase. — ele caminhou até a mochila. — Ela até tentou, mas o clube de leitura funciona mais com ela. 
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  — Não me convenceu. — peguei minha mochila que estava na arquibancada e caminhei até a porta. 
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  — Deixa de ser chata. — ele pegou a mochila dele e me seguiu até a porta. — Vai me dizer que ficar em casa chorando é melhor?
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  — Ficar em casa sim, chorando não. — respondi suspirando um pouco. — Podemos ir agora?
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  — Sim. — ele riu novamente — Ah, ia me esquecendo, o convite chegou na minha casa. 
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  — Que convite? — olhei sem entender. 
  — Do seu aniversário. — ele me olhou surpreso por eu não saber. — Você não mandou? 
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  — Minha mãe. — conclui. — Acho que ela já está se preparando para isso, e ainda faltam alguns meses. 
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  — Não é todo dia que fazemos 17 anos, ou melhor, 18, você está na Coreia.
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  — Não estou animada para isso — dei de ombros andando em direção ao portão. 
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  — Mas, e o natal? — perguntou ele. 
  — O que tem? 
  — Minha mãe está planejando fazer uma comemoração entre amigos, talvez ela convide sua família. 
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  — Talvez? — eu o olhei quase indignada. — Somos amigos, você é obrigado a colocar minha família na lista de convidados. 
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  — Ah, agora você se animou. 
  — Natal é legal, gosto de ver filmes.
  — Hum, não sei se você vai ficar mais animada quando souber quem vai também — sibilou ele.
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  — Quem vai? — o olhei curiosa, pedindo a Deus para não ser quem eu estava pensando. 
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  — Seu pesadelo. 
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  — Mudei de ideia, odeio o natal — disse arrancando gargalhadas dele.
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  Fomos em direção ao metrô, com ele rindo da minha cara, mas eu realmente não estava preparada para ficar em um mesmo ambiente que .
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“O meu amor não consegue te alcançar,
Tanto quanto as lágrimas que já derramei, ainda vão demorar para alcançar,
Eu tenho que te esquecer, sinto tanto a sua falta,
Mesmo que você nunca saiba como dói, eu esquecerei.”

– Miss You / SM The Ballad

  Os dias foram passando e com eles, minha preparação para as provas finais, eu já não sabia se chorava mais por causa do pesadelo ou das provas que estavam se tornando outro pesadelo. A vida não estava ajudando aqueles dias e para piorar, me bateu uma tpm que me fazia querer matar até quando ria da minha cara.
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  Enfim a semana de provas tinha chegado, por sorte eu tinha mesmo um melhor amigo que estava me dando todo suporte nos últimos dias de quase depressão. E apesar dos constantes olhares de ciúmes de Yuri, nossa amizade continuava a mesma, até ela estava me apoiando aqueles dias. Tenho que admitir que foi uma surpresa ela ter me chamado para uma festa do pijama na sua casa, certo que foi somente nós duas e passamos a madrugada vendo mini dramas colegiais, mas até que foi legal.
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  — Animada para hoje? — perguntou se sentando na minha frente.
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  — Me faça essa pergunta daqui um mês e eu respondo. — olhei para a janela suspirando fraco, vi a Prince Line reunida em um banco conversando. — Não tinha mesmo coisa melhor para aparecer nesse pátio?
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  — Vire seu rosto para o quadro. — sugeriu ele rindo de mim. — Mas você está com um olhar de, hum… Está faltando algo nesse pátio.
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  — Yah, pare de tentar ler meus olhares, você é meu amigo, tem que me ajudar e não piorar as coisas — cruzei os braços e o olhei séria.
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  — Desculpa, só fui sincero. — ele riu novamente. — Hum, depois das provas pelo menos teremos nossas férias e o natal.
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  — Não me lembra desse natal, que estou querendo explodir a ceia — descruzei os braços e abri a mochila retirando a bolsinha de lápis.
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  — Garota, que tanto ódio no coração. — ele se virou para frente rindo. — Você fala como se, lá no fundo, não quisesse mesmo ver ele, mas no final você quer, nem que seja para bater nele.
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  — Não deixa de ser verdade — eu ri.
  — Você disse que em uma semana estaria boa — comentou ele.
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  — Se não fosse as provas para piorar. — expliquei. — Agora preciso de uma válvula de escape.
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  — Bater em — ele riu.
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  — Sim — assenti rindo junto.
  Isso era verdade, mas pensando bem, eu faria mais do que bater, eu faria o que 100% das pessoas odiavam ser, eu iria ignorar por completo como se ele não existisse. Assim que o sinal bateu, o professor Han entrou na sala, me veio até um frio na barriga quando ele me entregou a prova. Respirei fundo e parti pra guerra, tinha que tirar uma boa nota para passar com meu índice de aproveitamento no topo, aquilo iria direto para meu currículo acadêmico junto com os elogios do treinador do time de basquete. Eu era a melhor auxiliar que ele havia tido até aquele momento.
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  Nunca uma semana de aula passou tão devagar assim, a cada dia de prova era um fuzilamento a mais, eu até poderia estar exagerando, mas eu nunca tinha imaginado que as provas de escolas coreanas fossem tão level HARD. E finalmente na sexta, após a última leva de provas, eu a saímos da sala entre risos e piadas da parte dele.
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  Yuri estava do seu lado de braços dados com ele, enquanto eu estava do outro lado rindo da minha ironia de achar que estava indo bem e ao mesmo tempo mal.
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  — Ah… Finalmente estou livre!!! — disse um pouco alto abrindo os braços de leve.
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  — Livre? — Junhae se aproximou de mim colocando seu braço envolvendo meu pescoço e rindo. — Acha mesmo que férias significa liberdade?
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  — Claro que sim. — me virei para esse afirmando. — Por exemplo, estarei livre da Prince Line.
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  — Acha mesmo? — ele riu ainda mais. — E por falar nisso, animada para o natal?
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  — Ha… Ha… Ha… — desviei meu olhar para frente. — Está querendo o quê, substituir alguém?
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  — Claro que não, aquele que não deve ser nomeado é insubstituível — brincou ele.
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  — Todas as pessoas no mundo são, principalmente ele. — o olhei novamente. — Já ouviu o termo “a fila anda”?
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  — Hum, isso é uma previsão para o futuro? — Junhae me olhou confuso.
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  — Só estou dizendo que ele não faz mais falta na minha vida, minhas duas semanas de depressão passou graças às provas finais — expliquei de forma tranquila e serena.
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  — É, você realmente parece estar bem.
  — Estou maravilhosamente bem — assenti retirando seu braço do meu ombro e seguindo na frente.
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  Yeah!!! Agora eu iria deixar se remoendo de remorso, e estava me sentindo completamente bem por isso. Quando cheguei em casa, encontrei um bilhete da minha mãe, ela estava na casa da mãe de planejando a ceia de natal, se eu soubesse tinha ido com ele para casa dele. Olhei pelos cômodos da casa e não havia mais ninguém, certamente papai estava no trabalho e Jinho teria ido com ela, ele já estava de férias desde a semana passada, sortudo.
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  — Ah, que estranho estar sozinha em casa. — respirei fundo indo para meu quarto. — O que vou fazer agora?
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  Tomei uma ducha rápida e troquei de roupa, liguei meu notebook e chequei meus e-mails, tinha uma mensagem da Lira no messenger do Facebook contando sobre seus planos para as férias no final do ano e sua experiência de ter feito a prova do ENEM, mal sabia ela que existia coisa pior. Eu enviei outra mensagem de resposta, depois abri o link da Netflix e comecei a ver Descendants of the Sun. Estava mesmo pensando em outras coisas, principalmente em como iria preencher meus dias, já que o clube de basquete estava temporariamente fechado.
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  Não sei se era para pagar minha língua, mas tinha que admitir que continuar no clube salvava minhas tardes livres e manhãs tediosas, além de sempre chegar tarde em casa e já ir direto para a cama. A parte ruim, era cansativo, a parte boa, era cansativo, e me dava motivos suficientes para não pensar em pessoas indesejadas. Meus primeiros dias em casa era repletos de maratonas na Netflix, que duravam o dia e a noite toda, eu somente parava para comer e ir ao banheiro, percebi que todas as minhas séries, animes e doramas favoritos estavam atrasadas.
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  Trancada no quarto, as horas se passaram e eu adormecia sempre no meio dos episódios, era a madrugada de sexta e estava desmaiada na cama, quando acordei, meu notebook estava desligado, ao lado da cama tinha uma bandeja com um lanche. Aquilo era sinal de que minha mãe tinha passado no meu quarto, me espreguicei de leve e comi tudo que ela tinha deixado, estava mesmo com fome.
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  Ao amanhecer, acordei com um fundo musical soando pela casa, minha mãe estava animada e ouvindo os clássicos dos anos 80, coisa que ela não fazia a muito tempo. Quando cheguei na cozinha ela estava dançando com Jinho ao som de Dirty Dance, como se aquele pequeno espaço da cozinha fosse uma pista de dança, eu encostei na porta rindo e olhando eles. Assim que minha mãe percebeu minha presença, me puxou para o meio da cozinha me fazendo dançar com eles, como negar a um pedido da minha mãe mesmo?
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  — Ah, fazia tempos que eu não me divertia tanto com vocês — disse ela nos abraçando apertado.
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  — Calma omma, assim vai nos sufocar — reclamou Jinho.
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  — Deixa de ser fresco, amor de mãe não mata — disse rindo dele.
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  — Ouviu? — ela o olhou. — Escute sua irmã.
  — O que deu na senhora para estar dançando na cozinha a essa hora da manhã? — perguntei me sentando na cadeira.
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  — Ando percebendo que algumas pessoas dessa casa precisam simplesmente sorrir, sem precisar de motivos — explicou ela abrindo a geladeira de forma tranquila.
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  — Ui, peguei a indireta — eu ri desviando meu olhar para Jinho.
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  — Então, você vai contar o que houve? — perguntou ele se sentando ao meu lado. — Isso tudo é saudade do hyung?
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  — Antes fosse. — respirei fundo. — Eu e
  Pensei um pouco, se ele não tinha tido a coragem de dizer a todos que não estávamos namorando, por que eu teria que fazer isso, não mesmo? O idiota foi ele. Me levantei da cadeira e ajudei minha mãe a arrumar a mesa do café, inacreditavelmente naquele dia meu pai estava em casa. Fizemos um longo programa em família e visitamos o Daejeon Park, com direito a piquenique e jogos de cartas, algo tradicional, mas que eu estava sentindo falta, minha família também me fazia sorrir.
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  — Hum?! Yeoboseyo! — disse ao atender meu celular.
  — Oi — disse da outra linha — Finalmente me atendeu.
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  — O que você está fazendo me ligando a essa hora? É sábado! — disse rindo. — Não deveria estar com sua namorada?
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  — Eu estou com minha namorada. — ele riu. — Mas é que acabei de receber um convite para uma partida especial de basquete e preciso de você.
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  — Como assim você precisa de mim? O capitão do time da escola aqui é você — retruquei.
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  — Mas você é a auxiliar que tanto me ajuda e me dá força, sou seu melhor amigo.
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  — A Yuri não pode mesmo suprir essa necessidade? — perguntei me afastando um pouco da minha família no parque.
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  — Não, eu preciso de você, você é do time também.
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  — Yah, seu chato. — suspirei fraco. — Me manda o endereço, estou indo.
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  — Ok.
  Eu desliguei a ligação, e voltei para perto da minha família, como é que eu iria explicar aos meus pais, que eu teria que comparecer a um jogo de basquete àquela hora da tarde? Mas tive e meu pai assentiu a minha ida, me dando a grana para o táxi. Assim que cheguei em frente ao Daejon University avistei e Yuri, me esperando.
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  — Yah, como pode me ligar me pedindo para me deslocar assim. — disse ao me aproximar empurrando ele. — Me desculpa, Yuri, mas seu namorado é um folgado.
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  — Eu sei. — ela riu dele. — Mas ele não pode recusar.
  — E de onde veio esse convite?
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  — O time universitário da Korea University está fazendo uma grande conferência com os melhores times de universidades do mundo, e um time universitário americano soube do grande destaque do nosso time nesse ano. — explicou ele. — Sejamos sinceros, quebramos muitos recordes para um time do colegial.
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  — E? — o olhei desinteressada.
  — Esse time americano soube, eles nos desafiaram a uma partida. — ele respirou fundo. — Junhae me ligou hoje na hora do almoço, ele aceitou o desafio e eu nem tive chance de recusar.
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  — Que espécie de capitão é você?
  — Juro, eu realmente tentei — ele me olhou com uma carinha de inocente.
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  — Como você consegue namorar ele? — olhei para Yuri. — Ele está arruinando seu sábado.
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  — Ele me prometeu não falar sobre basquete durante as férias todas — explicou ela segurando o riso.
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  — E você ainda acredita? — desviei meu olhar para ele.
  — Yah, pare de querer acabar com meu namoro — reclamou ele.
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  — Unnie, oppa disse que falaria sobre isso só com você — ela riu de mim.
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  — Vocês dois se merecem mesmo.
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  — Uah, aqui estão. — disse Junhae ao se aproximar. — Estávamos esperando vocês.
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  — A acabou de chega. — explicou .
  — Ainda acho que eu não deveria nem estar aqui. — retruquei cruzando os braços. — Estava tendo um maravilhoso sábado no parque com minha família.
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  — Só porque não joga, não quer dizer que não faça parte do time. — disse uma voz vinda de trás de mim, eu reconhecia aquela voz. — Vamos, vocês estão atrasados.
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  Assim que passou por mim, senti um frio na barriga, meu coração acelerou e minha perna bambeou um pouco. Seu corte de cabelo estava um pouco diferente, suas roupas mais adultas e sua postura mais madura, até sua voz estava mais firme que o normal.
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  Acho que a universidade estava fazendo muito bem a alguém, e já estava prevendo que eu não conseguiria sair viva daquele jogo.
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“Mesmo se você evitar o meu olhar,
Mesmo se você ficar trocando de assunto,
Você não pode esconder esses seus sentimentos, yeah
Quer que eu tente adivinhar seus sentimentos?
O tambor e baixo daqui e as minhas palavras,
Fazem o seu coração bater.”

– Don’t Lie / SM The Ballad (feat. Henry Lau)

26. From U

“Por que é você? Eu estou ficando louco,
O que é isso? Acho que me apaixonei por você,
Todo dia na minha cabeça,
Tudo gira,
Um ponto de interrogação, todos os dias,
Eu sei que você tem espinhos,
Mas eu quero você, rosa vermelha.”

– Beautiful / MONSTA X

  Todos os garotos foram na frente, enquanto eu e Yuri ficamos um pouco mais afastadas, meu olhar estava somente em . Como ele tinha coragem de aparecer assim e nem me dar um boa tarde. Típico daquele pesadelo ridículo que um dia eu tive como namorado.
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  — Unnie, você precisa disfarçar melhor seu olhar — disse Yuri segurando o riso.
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  — Não consigo, estou com uma vontade imensa de esganá-lo.
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  — Eu imagino — ela riu um pouco.
  Caminhamos um pouco mais até chegarmos na quadra profissional da universidade, se afastou de nós e foi até os outros integrantes do time americano, enquanto isso estava se reunindo com os meninos da Prince Line, até Joonseo estava presente ali. Yuri se sentou na arquibancada, enquanto isso eu caminhei até uma garota que estava ao lado da porta dos vestiários.
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  — Oi — disse em cumprimento.
  — Oi, você deve ser a , não é? — a menina me olhou tranquilamente.
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  — Sim, você me conhece? — achei aquilo meio estranho.
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  — Não, mas ouço sobre você todos os dias. — ela riu um pouco. — Eu sou auxiliar do time da Universidade de Harvard, e o fala de você em todos os treinos.
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  — Ele fala de mim? — não acreditava naquilo.
  — Está surpresa não é? — ela riu um pouco. — Deve ser divertido namorar ele.
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  — Hum? Namorar? — eu a olhei embasbacada.
  O que aquilo significava? Ela disse no presente.
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  Respirei fundo mantendo minha sanidade mental intacta, a vida de não importava mais para mim, e nem se alguma menina ridícula se interessava por ele. Mas isso não impedia minha mente de fazer perguntas banais como, será que ela tinha entrado no time da mesma forma que eu? Ou, como assim namorar? Nós terminamos.
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  — Vai ficar parada aí? — disse ao se aproximar de nós. — Ou se esqueceu de como é a função de uma auxiliar?
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  — Está falando comigo? — eu o olhei com deboche.
  — E com quem mais seria? — aquela cara de cínico dele me fazia querer enforcar e ao mesmo tempo agarrar ele.
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  — Desculpa, mas time errado — eu me desviei dele indo em direção ao time da minha escola.
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  Eu ouvi algumas risadas baixas vindo dele, queria muito que provasse do seu próprio veneno. Esperei um pouco os meninos voltarem do vestiário com roupas mais apropriadas para jogar, assim que me posicionei ao lado de abri um largo sorriso olhando para eles.
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  — Por que será que estou sentindo que o duelo de titãs não vai ser na quadra? — disse MiJun segurando o riso.
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  — Estou com medo de não conseguir chegar vivo até o final — Junhae riu baixo desviando seu olhar para trás de mim.
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  — Essa indireta eu não peguei. — cruzei meus braços. — Agora, façam a parte de vocês e vençam.
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  — Quanto a isso nem precisa dizer. — MinSoo me olhou com um sorriso malicioso. — Temos nosso orgulho, não vamos entregar esse jogo.
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  — Vamos lá! — disse rindo um pouco também.
  — Estarei torcendo por vocês! — disse Joonseo.
  — Não vai jogar? — perguntei.
  — Não, distendi o músculo da coxa ontem. — ele deu um sorriso travesso. — Hoje eu vi só para dar apoio moral.
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  — Ao time?
  — Não, eles se viram sozinhos. Vim para dar apoio a você — ele piscou de leve.
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  — Não sei porquê se preocupam tanto comigo, eu estou bem, quem está correndo perigo é ele — disse me referindo ao meu ex-namorado.
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  — Por isso mesmo. — ele riu. — Sua cara está um misto de “quero matar ele, mas quero um beijo dele”.
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  — Yah, deixe de bobeira, não estou assim.
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  — Tem certeza?
  Eu fiquei um pouco animada com as palavras positivas deles, aquele era meu time e de uma certa forma eu queria que ganhassem. Para ser sincera, era a primeira vez que estava torcendo contra . Eu caminhei até Yuri e me sentei ao seu lado, de onde estava conseguia ver e a outra auxiliar entre risos e conversas, claro que eu percebia seus olhares estratégicos para mim.
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  Ele me deixou meio pensativa. Por mais que não quisesse me importar, pelo menos fingiria que não me importo. Por uma fração de segundo meus olhos ficaram fixados no pivô do time dele que era loiro e bonito, fiz alguns comentários para Yuri que ficou rindo de mim. A partida começou e Hwang, nosso garoto prodígio conseguiu pegar a bola primeiro, o primeiro ponto foi garantido com a cesta de três pontos de .
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  Para minha tristeza, devolveu na mesma moeda com o lance seguinte, por dentro eu não sabia se xingava ou aplaudia, ele estava ainda mais afiado e preciso em seus arremessos. Filho da… Como ele podia estar assim tão, tão… Parecia até aquelas evoluções milagrosas de doramas que em um capítulo o personagem se torna ainda mais maravilhoso do que já é.
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  Foi isso que aconteceu com ? Que ele sempre teria que ser o melhor e se destacar entre todos era um fato, graças às exigências do seu pai, mas não precisava ficar ainda mais charmoso. Aquilo era demais para mim, a cada cesta que ele fazia, seu olhar vinha direto para mim, sendo seguido por uma piscada sedutora e um sorriso singelo.
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  — Me mata com a faca da cozinha que dói menos — sussurrei para mim mesma após mais uma cesta dele.
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  — Até que o jogo está equilibrado, pensei que seríamos massacrados. — comentou Yuri. — E está jogando a nível universitário, que louco, parece até que joga com eles a muito tempo.
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  — Sim, ele está mesmo sincronizado com o time americano — tinha que admitir a realidade que me arrancava os suspiros.
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  Eles estavam jogando no estilo da NBA, quatro tempos de 12 minutos com dois minutos de pausa, e sempre que tinha a pausa eu entrava em ação levando água e toalha para os jogadores do meu time. Na pausa do terceiro para o último tempo, estava tenso e muito cansado, mas no seu rosto eu conseguia perceber que ele estava se divertindo muito.
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  Para alguém que sempre passava horas jogando videogame, ele tinha mudado muito depois que entrou para o time de basquete. E eu estava ainda mais impressionada com os membros da Prince Line, eles estavam jogando quase no mesmo nível de .
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  — Então, não podemos deixar eles ditarem as regras. — disse me entregando a garrafa de água. — Vamos mostrar a eles que estamos no mesmo nível.
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  — Isso aí, capitão! — concordou Junhae sorrindo, ele também parecia animado para virar o placar.
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  E eu estava me divertindo com aquela parte do jogo, coloquei as toalhas no lugar e arrastei Yuri para me ajudar a encher as garrafinhas com mais água. Quando voltamos, já tinha passado quatro minutos do jogo, o equilíbrio ainda se mantinha, mas o time da escola não conseguia ultrapassar o time americano. Aquele placar foi se arrastando até o último lance do jogo com finalizando com uma cesta de três pontos.
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  Se eu estava decepcionada? Magina, eu estava frustrada por meu time ter perdido e não sabia o que sentir por ter ganhado. Após o apito final, eu me levantei e saí da quadra sem que percebessem, precisava tomar um ar, Yuri veio atrás de mim, acho que estava preocupada comigo e minha sanidade mental.
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  — Está tudo bem, unnie? — perguntou ela.
  — Sim. — eu respirei fundo desviando meu olhar para o pequeno jardim que tinha próximo a quadra. — Só não esperava um jogo a nível profissional.
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  — Então é assim que jogam na universidade. — afirmou ela. — Que legal, e estou tão feliz, oppa jogou tão bem.
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  — Ele realmente tem talento pra isso — concordei.
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  Ela concordou com a face e sorriu, os dois eram tão fofos junto, meu amigo tinha sorte por ter uma namorada como ela. Passamos alguns minutos falando sobre a universidade, ela ainda estava indecisa entre ficar em Daejeon ou ir para Seoul, mas que estava disposta a escolher um caminho que pudesse seguir com . Aquilo me deixou ainda derretida, aquele sim era um shipp que me emocionava, porém eu notei que em alguns momentos ela queria me perguntar algo.
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  — Está tudo bem, Yuri?
  — Hum, sim. — ela sorriu disfarçadamente. — Só que, estou curiosa para saber como está agora, depois de ter visto ele.
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  — Ah — eu ri — Eu estou totalmente bem, até que esse jogo foi bom.
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  — Foi? Mas e o oppa?
  — Ele? — eu ri. — Foi como se não tivesse lá, estava mesmo concentrada naquele pivô loiro, estou me perguntando se ele tem olhos azuis.
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  — Então você gosta de loiros? — enfim aquela voz que brota do submundo apareceu atrás de mim.
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  — Percebi que tenho que refinar meus gostos para garotos — respondi com ironia.
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  — Não foi o que perguntei — retrucou ele.
  — Eu vou procurar o oppa — disse Yuri já se afastando de nós, acho que até ela tinha medo daquele “duelo de titãs”.
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  — Achou mesmo que seria sempre o centro das atenções? — o confrontei.
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  — Não, não quero a atenção de todos, só de uma pessoa. — seu olhar estava fixo em mim e o pior, eu conseguia enxergar sinceridade ali. — Mas acho que nunca mais terei.
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  Uau, aquelas palavras tinham me pegado de surpresa, e eu odiava aquela parte dele que sempre me silenciava. Desviei meu olhar para o lado tentando não encarar ele, mais que droga, eu tinha superado ele, eu tinha.
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  — Você não deveria estar em outro lugar? — perguntei mantendo minha face meio abaixada.
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  — Vim agradecer — disse ele serenamente.
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  — O quê? — minha face se moveu automaticamente e eu o olhei não entendendo mais nada.
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  — Você é meu amuleto da sorte, lembra? — ele sorriu de canto, fazendo meu coração se arrepiar.
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  — Você ainda leva isso a sério — eu dei um riso forçado desviando meu olhar para o lado.
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  — Por que não deveria? — sua voz mesmo suave passava um tom de seriedade. — ?
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  — O quê? — eu o olhei novamente. — Pare de falar meu nome, você nunca foi assim.
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  — Pare de agir assim. — ele sorriu de canto novamente e pegando na minha mão me puxou para cima dele, me abraçando. — Pare de agir como se não se importasse e me deixe te agradecer.
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  Eu tentei me afastar dele, porém quanto mais eu o empurrava, mais ele aproximava nossos corpos e sentir aquele perfume, não estava me fazendo nenhum pouco bem.
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  — — eu sussurrei — Por que está fazendo isso comigo?
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  — Mianheyo. — sussurrou ele no meu ouvido. — Eu sou muito egoísta, pensei que você conseguiria viver sem mim, mas sou eu quem não consigo viver sem você.
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  E como estava minha perna naquele momento? Eu nem sentia elas, eu não sentia mais nada, só meu coração acelerado!
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“Quando você me toca, meu corpo inteiro reage,
Eu só posso viver se você está aqui,
Todo dia toda noite,
Eu posso sentir você.”

– Beautiful / MONSTA X

  Ficamos alguns minutos abraçados, quanto mais eu tentava me afastar, mais ele me trazia para perto de seu corpo. Como eu conseguiria sustentar minha sanidade mental com aquele perfume maravilhoso, sentir seu abraço era um gatilho ainda maior para meu coração acelerar, crueldade comigo.
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  — Hum… — resmungou uma voz ao nosso lado tossindo.
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   se afastou um pouco de mim, olhamos para o lado e estavam todos nos encarando, eu respirei fundo colocando a mão na cara de vergonha olhando para chão. Ele estava segurando o riso, certamente amando aquela situação entre nós dois. Todos seguraram os risos e as piadas, acho que no fundo eram solidários ao couple mais complicado daquele grupo.
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  — Agora que a partida acabou, os veteranos vencedores poderia nos pagar uma pizza — sugeriu MiJun.
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  — Concordo, estou sentindo um vazio grande aqui — Hwang brincou colocando a mão na barriga.
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  — Você sempre está com fome — brincou Joonseo.
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  Surgiram risos e piadas.
  — O que você acha, capitão? — olhou para o garoto ruivo.
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  — Acho que eles merecem. — o garoto riu. — Jogaram muito bem.
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  — Seu antigo time é muito bom, — elogiou o outro garoto de jaqueta de couro.
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  — Eu sei. — ele sorriu desviando seu olhar para mim. — E além do mais, deixei um bom capitão no meu lugar.
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  — Agradeço o reconhecimento — riu segurando na mão de Yuri.
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  — Somos os melhores de Daejeon — afirmou Junhae.
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  — Mas com uma auxiliar como a de vocês, certamente deve haver motivos para ser os melhores — o pivô loiro lançou um olhar para mim.
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  Todos ficaram em silêncio. Eu desviei meu olhar para o lado como se não fosse comigo, mas tinha a plena certeza que os olhares de todos estavam em mim e .
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  — Então, nós vamos boys? Ou preferem ficar aqui parados? — disse a auxiliar do time da universidade.
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  — Verdade Louise, vamos, antes que eu desista de pagar — anunciou o garoto ruivo pegando sua mochila com o outro garoto de características latinas que estava de boné preto.
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  — Tenho que admitir, estou com fome também — o garoto de jaqueta se espreguiçou saindo na frente com o capitão.
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  — Eu vou pra casa — disse num tom meio baixo, permanecendo parada.
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  Todos me olharam surpresos, mantinha seu olhar para a rua.
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  — Por que, unnie? — Yuri se aproximou de mim. — Está tudo bem?
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  — Sim. — assenti. — Mas preciso mesmo voltar, meus pais só deixaram participar do jogo.
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  — Se quiser posso te acompanhar. — disse .
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  — Não, você estragou seu encontro e agora quer deixar sua namorada? — eu o olhei. — Estarei bem sozinha.
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  — Eu te levo — disse , sua voz estava um pouco áspera e fria.
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  — Eu não quero atrapalhar… — comecei a recusar.
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  — Já disse que te levo — ele segurou em minha mão me puxando de leve para sairmos na frente.
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  — … — eu fui o seguindo olhando para trás em alguns momentos, o espanto estava na face de todos.
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  Caminhamos pela universidade até chegarmos na terceira portaria, soltou minha mão e se aproximou de uma moto que estava parada, ele pegou um dos capacetes e esticou para mim.
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  — Desde quando você voltou a usar uma moto? — perguntei pegando o capacete.
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  — Desde que entrei para universidade. — ele sorriu de canto colocando seu capacete e montando na moto. — Sobe.
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  — Mas e a sua comemoração? Seus amigos da universidade? — perguntei permanecendo parada o olhando.
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  — Desde quando eu ligo para comemorações? — ele levantou a aba do visor do capacete, seu olhar veio fundo em mim.
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  — Mas… — insisti.
  — Pare de tentar fazer sua companhia ser indesejada, estou fazendo isso porque prefiro estar com você do que com eles. — ele foi bem direto. — Pare de agir como se não soubesse disso.
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  Eu disfarcei meu sorriso de satisfação. Não daria o braço a torcer e perdoar ele tão facilmente, mas estava feliz por suas palavras. Aquilo tinha me feito pensar no que a tal Louise disse, falava de mim sempre e em todos os treinos, isso significava que ele realmente sentia algo por mim, algo verdadeiro, só era bobo o bastante para tomar decisões erradas.
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  Subi na moto sem fazer mais nenhum questionamento, ele deu a partida e seguiu, eu estava controlando minhas emoções internas, ainda mais porque tinha que ficar com meus braços envolvidos na sua cintura. 
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  — Segura mais forte — disse ele após uma curva.
  — Para onde realmente está me levando? — perguntei. — Esse não é o caminho da minha casa.
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  — Não se preocupe, não vou te sequestrar. — brincou ele. — Não que eu não queira, mas infelizmente nem tudo que eu quero, eu posso fazer.
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  — Hum? — aquilo tinha me deixado desnorteada.
  Ele falou isso no geral por causa do seu pai, ou ele realmente queria me sequestrar?
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  — Por que você me sequestraria? — perguntei.
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  — Você ainda pergunta? — respondeu ele num tom sério.
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  Será que ele tinha mesmo ficado com ciúmes de mim? Eu estava adorando essa minha teoria, ele ficava tão fofo quando estava com ciúmes de mim. Mais algumas curvas e aceleração depois, ele parou perto do passeio. Estávamos próximo ao mirante da cidade, descemos da moto e caminhamos um pouco uma pequena trilha até chegar no mirante.
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  Já estava no final da tarde e o sol estava se pondo, a paisagem estava linda e uma parte da cidade podia ser vista daquele lugar, parou atrás de mim e segurou em minha mão de leve. Aquela parte dele de cachorro sem dono me deixava sem ar, mas eu tinha que ser forte, não cederia assim tão fácil.
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  — O que achou? — perguntou ele.
  — Tirando a falta de comida, tenho que admitir que esta vista é bem melhor do que uma comemoração com pizza — ri de leve.
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  — Hum.
  — O que foi? — eu o olhei.
  — Pensei que você fosse dizer que sim, estar comigo é bem melhor — sua cara era de frustração.
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  — Você sabe que seu nível de confiança comigo está bem baixo — fui direta e sincera.
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  — Eu sou idiota, não é?
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  — Só agora você percebeu? — coloquei a mão na cintura.
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  — O que você faz? Como consegue ficar tão linda quando está brava comigo.
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  — O quê? — era brava e indignada.
   nem deu tempo, deu impulso e me beijou sem a menor cerimônia. Wae? Por que ele teve que fazer aquilo? Meu coração acelerou. Seu beijo ainda tinha o mesmo gosto doce que eu me lembrava. Não sei o que era pior, ceder tão facilmente ou lutar contra, ainda mais com seus braços envolvidos ao meu redor.
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  Estava tão confortável para mim, que por alguns instantes era como se nossa separação nunca tivesse acontecido, mas aconteceu e as minhas lágrimas tinham muito valor. Por isso ele teria que lutar muito para me reconquistar e claro que eu já sabia seu ponto fraco, o pivô loiro que tinha me elogiado indiretamente.
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  — — eu o empurrei de leve — Não temos mais um compromisso.
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  — Me desculpe. — ele deu um passo para trás. — Nunca mais farei isso, a menos que você peça.
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“Eu já abri o meu coração para você há muito tempo,
Você é tudo para mim, esse é o meu jeito de confirmar,
Eu deveria ser cuidadoso e me amar mais,
desse jeito eu nunca irei me machucar.”

– My Answer / EXO

  Deu para perceber que ele estava se remoendo naquele momento, relembrar a realidade do nosso rompimento era como um despertar para ele, o que fazia com que se sentisse ainda pior por isso. Eu já conseguia ler os olhares e as reações faciais de , ele estava amargurado por ter terminado comigo e sabia que voltarmos de fato não seria fácil.
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  Ele teria que traçar um longo caminho para voltar ao meu coração, bem ele nunca saiu, mas tinha que merecer ficar no primeiro degrau. Ficamos um bom tempo em silêncio, vendo a cada instante o céu ficar mais escuro, voltamos para sua moto e finalmente ele me levou para casa.
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  Para nossa surpresa, esbarramos com seu pai e meu pai no hall de entrada, se tivéssemos combinado não teria dado certo, subimos todos para o meu andar, fez uma breve parada no apartamento do professor. Enquanto isso seguimos para o meu, papai e o senhor Dongho ficaram na sala conversando, papai estava empolgado com o novo projeto da empresa que fazia parceria com a empresa do senhor Dongho.
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  Jinho estava ajudando a mamãe na cozinha, enquanto isso eu fui tomar um banho, até a hora que me tranquei no quarto, não tinha aparecido. Enrolei um pouco para escolher uma roupa para vestir, mas acabei optando pelo básico e confortável moletom de hoje e sempre. Quando saí do quarto e cheguei na sala, já estava jogando no Xbox com Jinho, papai e o senhor Dongho estavam na varanda relembrando algumas histórias de crianças deles.
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  Minha mãe me puxou pelo braço me levando para a cozinha, eu a ajudei a organizar os pratos na mesa, ela estava se segurando para me perguntar sobre a visita de . Mas meus pensamentos estavam tão distantes, estavam naquele beijo sem propósito que ele tinha me dado, era mais o beijo da insanidade, porque minha saúde mental já estava afetada.
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  — Está tudo bem? — perguntou minha mãe.
  — Sim, estou — assenti mantendo minha atenção para a mesa.
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  — Vou chamar os outros — disse ela.
  Concordei com a face me sentando na cadeira, se ele se sentaria ou não ao meu lado, seria uma incógnita. Todos se reuniram à mesa, e se sentou ao meu lado, do outro estava minha mãe, respirei fundo e tentei ser o mais normal possível, não queria levantar nenhum questionamento de ninguém naquele momento.
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  — O jantar estava maravilhoso como sempre, obrigado pela comida — disse se curvando de leve.
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  — Ah, que bom que gostou — minha mãe sorriu em agradecimento.
  — Sim, você é um homem de sorte Joong, sua esposa, além de bonita, cozinha muito bem — elogiou o senhor Dongho.
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  — Seu filho também tem sorte, minha filha cozinha tão bem quanto eu — disse minha mãe sorrindo meio envergonhada.
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  Eu me mantive estática, meu olhar estava no prato e continuou, estava com meu coração acelerado, se tivesse contado ao pai dele, meus pais saberiam naquele momento. Tanto eu como a outra parte envolvida estávamos em silêncio, sem saber o que fazer ou falar, olhei de relance para o lado, também estava imóvel.
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  — Ah, sim, e ela é tão bonita quanto a mãe, acho que só pegou a sua genética. — brincou o senhor Dongho. — Porque o Joong não é bonito.
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  — Claro que sou. — retrucou meu pai. — Foi meu charme que conquistou essa bela mulher.
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  — Parem vocês dois, estou ficando sem graça com tantos elogios.
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  Eu não sabia se ficava aliviada ou apreensiva, mas estava admirada de como superficialmente o pai de era gentil e carismático, nem parecia aquele homem que causava todo o tormento na vida do filho. Após o jantar, minha mãe nos liberou da cozinha, os adultos iria arrumar tudo, Jinho para o quarto, ele iria ver um campeonato de LoL que iria passar na tv.
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   foi para a varanda, eu fiquei alguns minutos pensando se deveria ir ou não atrás dele, tomei um pouco de coragem e fui.
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  — Pensei que não viria — sussurrou ele de braços cruzados encostado no beiral me olhando.
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  — Não posso deixar a visita sozinha — expliquei.
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  — Vou acreditar nessa teoria. — ele riu. — Você não contou aos seus pais.
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  — Nem você contou ao seu — retruquei.
  — Eu não costumo conversar com meu pai. Para ser sincero, só trocamos palavras quando necessário — ele se virou em direção à rua mantendo seu olhar no horizonte.
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  — Deve ser complicado isso. — comentei me aproximando, ficando ao seu lado. — Você quer que eu conte a eles?
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  — Você quer contar? — ele desviou seu olhar para mim.
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  Aquela era uma boa questão, estávamos separados, mas nenhum dos dois queria que as pessoas soubessem, talvez pela esperança que voltarmos a estar juntos um dia.
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“Para provar nosso amor
Mesmo quando estou ferido, mesmo quando eu caio, ela é a única
Que permanece do meu lado.”

– From U / Super Junior

27. Don’t Lie

“Você não pode esconder esses seus sentimentos, yeah
Quer que eu tente adivinhar seus sentimentos?”

– Don’t Lie / SM The Ballad (feat. Henry Lau)

  Ficamos nos olhando por um longo tempo, até que nossos pais entraram na sala e o senhor Dongho chamou para irem embora. se aproximou de mim com suavidade e por um breve momento, ele encostou seus lábios em minha testa, demorou alguns instantes, mas logo se afastou indo em direção à porta.
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  Eu fiquei mais alguns minutos na varanda olhando a rua, depois voltei para meu quarto e troquei de roupa colocando meu pijama. Logo minha mãe bateu de leve na porta, perguntando se poderia entrar.
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  — Querida? — disse ela entrando. — Está tudo bem?
  — Sim. — assenti ao sentar na cama.
  — Não é o que estou vendo, pensei que ficaria feliz ao ver . — disse ela entrando e fechando a porta. — Mas seu olhar está triste.
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  — Só estou um pouco cansada. — me espreguicei de leve. — Foi um dia longo e cheio de surpresas, não estava preparada para tudo que aconteceu, mas tenho certeza que uma boa noite de sono resolve.
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  — Vou acreditar nisso. — ela me abraçou de leve e sorriu. — Mas sabe que se precisar, pode desabafar comigo.
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  — Eu sei. — sorri para ela. — Obrigada, mãe!
  Ela se afastou e saiu do quarto fechando a porta. Eu me deitei na cama e fiquei um tempo pensando em tudo que tinha acontecido, mesmo feliz por ter visto , ainda estava com raiva dele por ter terminado tudo comigo. Entretanto, mesmo chateada com ele, era impossível não sorri, ou estar eufórica, ainda mais por saber que ele fala de mim todos os dias.
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  Meu corpo estava mesmo um pouco cansado, tanto que não demorou muito até que peguei no sono, horas depois acordei no susto com meu celular tocando dentro da mochila. Pensei por alguns minutos em não atender, mas me levantei e peguei o celular, olhando o visor era o número dele.
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  — ? — disse ao atender, ele ficou em silêncio do outro lado da linha, já imaginava que ele tinha me ligado só para ouvir minha voz, sorri de imediato por causa disso — Eu estava dormindo, você me acordou.
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  Eu conseguia ouvir a respiração dele do outro lado da linha, já comecei a imaginar que possivelmente ele poderia ter tido alguma briga com seu pai.
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  — Você está sem sono? — perguntei inocentemente, mesmo sabendo que ele não iria me responder — Provavelmente sim, eu não sei o que dizer, não vou falar que você jogou muito bem hoje, pois sabe que sim… Droga eu acabei de falar indiretamente — brinquei de leve, sentindo uma reação do outro lado, então respirei fundo tentando pensar no que poderia dizer a mais — Fiquei muito surpresa quando encontramos seu pai no hall do meu prédio, no final da noite nenhum de nós disse a verdade… Hum, você veio só por causa da conferência ou vai ficar para o natal?
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  Eu ouvi uma risada baixa vindo dele, já imaginava a resposta.
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  — Eu não deveria nem atender suas ligações, mas como estou de férias e hoje estou feliz porque vi uma certa pessoa, vou demorar mais um pouco, a não ser que você queria que eu desligue. — disse instigando ele.
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  — Não. — disse ele num tom baixo.
  — Olha, ele tem voz. — brinquei fazendo ele rir novamente.
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  Eu fiquei mais alguns minutos que virou horas falando sozinha ao telefone, porém sempre que perguntava se ele estava dormindo, sua resposta era: “Continue.” O que significa que ele estava com saudade de mim tanto quanto eu estava dele, porém não significava que as coisas seriam tão fáceis assim para ele.
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  Os dias foram passando, mesmo sabendo que estava na cidade, tentei me manter mais em casa, não queria atrapalhar sua conferência da universidade, menos ainda ter os olhares de todos para nós dois. Porém, eu tinha um melhor amigo que adorava fazer piadas da minha cara e me tirar do conforto do meu quarto. era um chato quando não tinha nada para fazer com sua namorada.
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  — Sério , eu realmente precisava estar aqui? — disse ao chegar na frente da sua casa, ele me esperava no portão.
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  — Claro que deveria, você é parte do time e hoje teremos uma sessão cinema para comemorar a formatura dos veteranos. — explicou ele pegando no meu braço e me puxando para dentro de casa.
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  — Yah, seu chato. — eu o segui até entrarmos.
  Fomos direto para a cozinha, onde os ingredientes do nosso lanche já estavam nos esperando.
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  — Por que será que eu já imaginava que você tinha me chamado para trabalhar? — eu o olhei atravessado — Que belo melhor amigo você é.
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  — Eu tinha planos de pedir a minha namorada, mas temos um acordo de não envolver mais o basquete em nossos encontros nessas férias, então ela está na casa dos tios agora. — explicou ele colocando um avental da sua mãe em mim — Hum, até que ficou bonita.
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  — Ha… ha… ha…. — o olhei séria — E seus pais?
  — Foram ao cinema, programa de casal, a única coisa que disseram é que eu não poderia colocar fogo na casa, então disse que você me ajudaria.
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  Balancei minha cabeça negativamente e comecei a ajudar ele a preparar os sanduíches. Curiosamente sem que eu perguntasse, começou a me contar sobre o novo time de , além de contar seus nomes, já que tinha ido a reunião da pizza da vitória. O capitão ruivo se chamava Jeremy, o pivô loiro era o Frank, o cestinha de jaqueta de couro era o Danny e o cara de boné preto era o Mike, a auxiliar eu já sabia o nome, Louise.
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  Ficamos um tempo preparando tudo ao som de TVXQ, me deixou sozinha na cozinha por um instante e foi para a sala separar os possíveis filmes. Estava tão distraída ouvindo música que nem reparei que alguém tinha entrado na cozinha, assim que terminei misturar o suco natural de abacaxi que tinha feito me virei em direção à porta.
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  — Oh, o que faz aqui? — perguntei ao ver encostado na porta de braços cruzados.
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  — Pelo que sei, ainda sou um veterano e fiz parte do time esse ano, sabia que eu era o capitão? — ele riu.
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  — Ah, não, não sabia. — me virei para a bancada e peguei a jarra de suco.
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  — Me deixe te ajudar. — disse ele vindo até mim e pegando a jarra da minha mão.
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  — Obrigada. — desviei meu olhar para a bandeja de sanduíches que tinha feito.
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  — , pensei que tivesse se perdido na minha casa. — disse ao entrar na cozinha — Ah…
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  — Que bom que o atual capitão chegou. — eu entreguei a bandeja para — Você leva para a sala.
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  — Sim senhora. — concordou ele rindo junto com .
  Eu deixei eles indo na frente e peguei os dois baldes de pipoca e levei para a sala, Junhae e MiJun já estavam escolhendo filme. Primeiro eles deram a idiota ideia de vermos filme de terror, mas protestei de imediato fazendo todos rirem de mim, não me importava desde que não fosse nada de terror. Depois Joonseo sugeriu que fizéssemos uma maratona de filmes do Johnny Depp, então eu concordei com a condição de começarmos vendo Edward mãos de tesoura.
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  — Não sabia que você tinha boas mãos para a cozinha, . — elogiou MinSoo pegando mais um pedaço de sanduíche.
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  — Diz isso porque não comeu a comida da mãe dela. — comentou — Até minha mãe pegou algumas receitas brasileiras.
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  — Yah, . — disse Junhae — Está me dando água na boca.
  — Ele só disse a verdade. — confirmou .
  — Ok, parem de falar sobre isso, assim como a minha mãe, eu fico sem graça com esses tipos de elogio. — adverti mantendo meu olhar na televisão — Prestem atenção no filme.
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  Eles riram de mim, porém continuaram cochichando sobre os sanduíches, eu fingi que não estava ouvindo e mantive meu olhar para frente.
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  — E tem como prestar atenção no filme com vocês dois trocando olhares a cada minuto. — brincou Joonseo.
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  — Yah. — eu o olhei, todos riram — Eu estou mesmo vendo o filme.
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  — Eu não sei de nada. — fingiu o inocente novamente.
  — Quando se casarem, quero ser padrinho. — advertiu Joonseo — Por ter passado por tudo isso com vocês.
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  — Então, todos nós seremos padrinhos. — disse Junhae.
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  — Eu também serei. — protestou .
  — Vocês querem parar de determinar o futuro das pessoas. — olhei para eles — Quem disse que vamos nos casar?
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  — Quem disse que não vamos? — me olhou sério.
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  — OHHHH!!! — todos em coral.
  — Vamos ver o filme? — voltei meu olhar para a televisão, com todos em risos.
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  O tempo foi passando e sentado no canto da sala, pareceu preocupado com alguma coisa, percebi que ele estava sempre olhando para seu celular, talvez tivesse hora para voltar para casa, ou iria se encontrar com os membros do novo time. Na metade do filme A lenda do cavaleiro sem cabeça, eu me levantei para ir a cozinha pegar mais pipoca, aquele esfomeados já tinham comido tudo que tinha levado no intervalo entre os filmes. Assim que terminei de colocar a pipoca nos dois baldes, senti alguém pegar minha mão e me puxar para a porta de saída para o jardim.
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  — O que está fazendo, ? — disse assim que chegamos — Por quê?
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  — Seria muito egoísmo dizer que quero passar esta tarde só com você? — disse ele ainda segurando minha mão — Se você quiser é claro.
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  — Hum, eu não deveria querer. — sorri de canto — Você planejou alguma coisa?
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  — Bem, minha mãe me pediu para te convidar para o jantar. — disse ele — Antes, pensei em irmos ao shopping para comprar um presente para ela.
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  — Alguma data especial? — perguntei.
  — Não. — ele sorriu — Só quero ir ao shopping com uma amiga, podemos ser amigos pelo menos, não é?
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  — Hum, amigos? Acho que podemos. — segurei o riso e saí andando na sua frente.
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  Passamos pela lateral da casa até chegarmos na rua, eu insisti para avisarmos aos outros, porém já tinha cuidado disso também, parecia até que já imaginava que eu iria aceitar seu convite. Assim que chegamos ao shopping, ele segurou em minha mão e começou a me guiar pelos corredores.
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  — Você está gostando da sua universidade? — perguntei curiosa.
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  — Um pouco, às vezes ela se torna meio entediante. — respondeu ele dando um suspiro fraco — Para ser sincero, existe uma coisa que aquele lugar não tem, ou melhor, existe alguém que eu queria naquele lugar, mas não está.
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  — Hum, alguém? Quem? — indague me fazendo de inocente.
  — Você quer que eu diga que é você? — ele riu de leve mantendo seu olhar para frente — Sim, é você, nenhum lugar será confortável e bom, se você não estiver nele.
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  Eu sorri um pouco virando minha face para o lado.
  — Essas palavras não vão amenizar o que fez. — disse a ele.
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  — Eu sei, de forma inconsciente eu fiz o que jamais queria fazer. — ele ficou em silêncio por um momento, parecia segurar algumas lágrimas — Me perdoe por ter te feito chorar.
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  — , pare de agir assim. — eu segurei forte sua mão, estava segurando minhas emoções — Não se preocupe, não sou de guardar rancor, então saiba que já te perdoei, mas por enquanto só seremos amigos.
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  Ele parou por um momento e me puxou me abraçando.
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  — Por enquanto, ser seu amigo é mais do que suficiente. — sussurrou ele no meu ouvido — Mas não vou desistir do seu coração.
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  — Estou contando com isso. — sussurrei de volta, sorrindo de leve.
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“Pergunto-me como pude passar um dia sem você,
Fico curioso pensando o quanto você gosta de mim.”

– Hug / TVXQ (Dong Bang Shin Ki)

  Os dias se passaram e teve que voltar para Harvard com seu pai, agora seria oficial sua matrícula em Harvard, já que seu histórico no colégio tinha ficado pronto. Eu não quis nem mesmo participar da festa de formatura da Prince Line, principalmente porque tinha certeza de que me sentiria deslocada vendo os meninos com suas namoradas e eu de vela.
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  Mesmo que eu tivesse a amizade de e Lira, a maior parte do meu tempo eu ocupava vendo doramas ou jogando com Jinho, assim não pensaria tanto no que possivelmente poderia estar fazendo na universidade. O que piorava quando meus pensamentos se voltavam para aquela auxiliar com cara de oferecida, no fundo tinha que admitir que estava com ciúmes.
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  No final da tarde recebi uma mensagem de Yuri, ela estava me convidando para ver A bela e a fera no cinema, já que não gostava de filmes de romance. Seria melhor que ficar em casa não fazendo nada, então resolvi aceitar, passar um tempo com Yuri seria legal, afinal em alguns momentos ela ainda tinha alguns olhares de ciúmes.
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  — Obrigada mesmo por me convidar. — disse a ela após sairmos da sala do cinema.
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  — Eu que me sinto grata por ter você aqui, não queria ver sozinha e oppa não quis vir comigo, além do mais, ele preferiu ir a uma partida de despedida de basquete com a Prince Line. — explicou ela.
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  — Sério? — eu a olhei surpresa — Por que eles não me falaram disso?
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  — Bem, eles acharam que você ficaria triste por causa do oppa, e eu também disse ao oppa que você seria minha companhia ao cinema, que nós meninas precisávamos de um tempo e você de uma folga. — respondeu ela com um sorriso simpático.
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  — Obrigada por pensar com carinho em mim. — eu a abracei forte — Te considero minha amiga também, mesmo que em alguns momentos tenha ciúmes de mim.
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  — Mianheyo unnie. — ela se encolheu com vergonha — É que sua amizade com oppa é tão forte e bonita, às vezes sinto inveja.
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  — Pois não sinta, você não imagina como ele gosta de você. — expliquei a ela sorrindo de leve — Agora vamos, quero tomar um sorvete.
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  Ela assentiu com a face e me acompanhou em direção a sorveteria, que tinha entre as lojas da praça de alimentação do shopping, fizemos nosso pedido com rapidez e nos sentamos em uma mesa para saborear nossos sorvetes.
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  — E como vai ficar agora? — perguntou Yuri.
  — Ficar o quê? — retruquei.
  — Você e oppa. — explicou ela.
  — Não sei, Yuri. — mantive meu olhar no sorvete — Mas eu já me decidi que vou me dedicar bastante esse ano para conseguir minha vaga na universidade.
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  — Você vai para Harvard? — perguntou ela.
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  — Provavelmente. — sorri de leve me imaginando lá — Tenho um amigo lá que precisa de mim.
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  — Você gosta mesmo dele, né?
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  — Sim. — assenti com a face — Sei que o que ele fez, foi tentando não me fazer sofrer, só que aquele idiota acabou fazendo tudo errado.
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  — É visível o quanto o oppa gosta de você. — comentou ela.
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  — É sim, e por isso eu não vou desistir dele. — suspirei feliz — E você? Já pensou no que vai fazer depois que nos formarmos?
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  — Sim. — assentiu ela — Vou para a universidade de Busan, com oppa.
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  — Sério? Ele vai para lá? — desviei meu olhar para o lado pensativa — Ele nem me falou sobre isso.
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  — Bem, todos os membros da Prince Line vão para Busan, então é um pouco óbvio que ele vá. — explicou ela rindo.
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  — Verdade, ele se tornou um Prince Line. — bufei de leve — Aish, está todo metido agora.
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  — Ele ainda é fofo e gentil. — defendeu ela.
  — E você já sabe o que vai cursar? — perguntei.
  — Eu gosto de livros e escrever redações, então pensei em fazer jornalismo, para trabalhar em alguma revista de entretenimento. — respondeu ela com firmeza.
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  — Hum, isso é legal, o eu sei que vai cursar medicina, sua paixão. — comentei — E do jeito que é um nerd, certamente ele vai se dar bem.
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  — Eu estou apoiando ele na sua escolha, mas às vezes me sinto insegura, medicina é um curso muito trabalhoso, vamos ter pouco tempo juntos. — explicou ela fazendo uma cara triste.
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  — Para o amor não há distância ou tempo, veja eu e .
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  — Verdade, terei que me acostumar, pois quando ele for um residente será ainda pior. — disse ela mantendo seu olhar no sorvete.
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  — Pense positivo, sempre vai arrumar um tempo para vocês dois. — eu sorri de leve para ela.
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  Passamos mais algumas horas passeando pelo shopping, vendo as vitrines e rindo um pouco de todas as coisas engraçadas, que aconteceram naquele ano. Pouco tempo após de escurecer, nos encontrou na porta, ele e Yuri iriam jantar na casa dela, após me deixarem em casa.
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  — Uau, mas já? — perguntei ao entrar e ver minha mãe e Jinho decorando a árvore de natal.
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  — Temos que já entrar no clima, querida. — respondeu minha mãe sorrindo.
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  — Não conseguimos te esperar unnie. — Jinho continuou com sua atenção voltada para a árvore.
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  — Percebi. — eu ri deixando minha bolsa no sofá e indo ajudar eles — Tem espaço para mim também?
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  — Mas é claro. — minha mãe riu um pouco — Como foi o cinema das garotas?
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  — Foi bom, o filme é lindo como o desenho. — respondi pegando alguns enfeites para colocar na árvore — Foi legal passar esse tempo com a Yuri, fico tanto tempo no meio dos meninos do basquete que acabo me esquecendo que sou uma menina.
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  — Meu Deus, que isso. — minha mãe riu junto com Jinho — Não sabia que era tão dramático assim ser assistente do time de basquete.
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  — Tem seu lado positivo e negativo. — admiti.
  Nós ficamos mais algum tempo no meio da sala arrumando a árvore, depois minha mãe inventou de fazer festival de panquecas. Quando meu pai chegou, estávamos todos rindo da bagunça que estava a cozinha, ele jogou sua maleta no sofá, retirou a gravata e se jogou na nossa bagunça. Tivemos um ótimo momento em família aquele dia, de alguma forma eu conseguia perceber que eles se esforçavam ao máximo para me manter perto da família, assim não sentiria tanta falta do meu pesadelo.
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  Mais dias se passaram, até que finalmente chegamos ao esperado natal. Mesmo que a ceia seria na casa da família de , minha mãe fez questão de preparar sua tradicional torta de frango. Quando chegamos, a casa de já estava cheia de rostos conhecidos, porém o que eu queria ainda não estava ali.
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  — Que bom que finalmente chegaram. — disse vindo até mim — Pensei que desistiria do natal.
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  — Acha mesmo que meus pais deixariam? — eu ri de leve — Onde estão os outros? Aqui na sala só tem adulto.
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  — Estão jogando na biblioteca do andar de cima. — respondeu ele — Vamos?
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  — Claro, se eu ficar, minha mãe me pega pra ajudar na cozinha.
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   pegou de leve em meu braço e me puxou para a escada rindo. Quando chegamos no cômodo da biblioteca, a Princi Line já estava ali acompanhados de suas respectivas namoradas, até mesmo Yuri já estava presente e Joonseo também. Aparentemente, eles estavam em um campeonato de Mortal Kombat e pelo placar Junhae estava ganhando.
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  — Annyeonghaseyo. — disse ao entrar.
  — Yah, finalmente. — gritou Hwang — Achamos que não viria, não podemos passar o natal sem nossa auxiliar preferida.
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  — Ata, eu sou a única. — disse a eles indo até Yuri.
  Todos riram um pouco. Abracei Yuri e cumprimentei as meninas líderes de torcida e namoradas deles: HaRi, Chohee, Yejin e Sooyong.
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  — Curiosamente perguntando, onde está a Taeyeong? — perguntei — Vi os pais dela lá em baixo.
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  — Ah, ela passou em uma audição que fez para ser trainee de uma empresa, ela quer se tornar modelo ou atriz. — explicou Chohee.
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  — Hum. — desviei meu olhar para a janela — Ela leva mesmo jeito para modelo, é tão fotogênica.
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  — E bonita. — completou Yuri — Unnie, você já fez seu pedido de natal?
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  — Já, fiz esta madrugada. — assenti mantendo meu olhar no céu — Estava indecisa no que pedir.
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  — E qual foi? — indagou ela.
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  — Ah Yuri, se eu contar não vai se realizar.
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“Mesmo que o tempo passe ou mesmo que tudo mude,
Eu prometi que estaria ao seu lado.”

– Angel / Teen Top

  Nós rimos baixo, enquanto todos estavam concentrados no campeonato de game, eu e Yuri continuávamos a falar sobre o natal, ela estava me contando sobre quando foi para a casa dos seus avós na ilha de Jeju. Não demorou muito até que a mãe de subiu e nos chamou para o almoço, tinha que admitir que já estava faminta.
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  Antes de eu sair do quarto, Sunny, a irmãzinha de entrou e me abraçou, fiquei sem reação inicialmente, porém retribui o abraço.
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  — Você chegou agora? — perguntei com a esperança dele estar na sala.
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  — Sim. — assentiu ela — O papai foi buscar a mim e a mamãe, viemos com ele.
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  — Hum, só vieram vocês?
  — Sim, oppa ainda não chegou de viagem. — explicou ela já sabendo o motivo da minha pergunta.
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  Eu segurei de leve em sua mão e descemos as escadas juntas, assim que me aproximei da senhora Seohyun, lhe deu um abraço apertado desejando feliz natal. Ela me entregou discretamente um bilhete que aparentemente seria de e que eu deveria ler após o almoço, longe de todos. Agradeci com um sorriso discreto e me aproximei dos meus pais, guardadoo bilhete no bolso da calça.
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  A comida estava muito saborosa, a mãe de também era muito boa na cozinha, acho que era dom das mães cozinharem bem. Fiquei sentada entre Jinho e Sunny, que não paravam de falar sobre a animação O poderoso chefinho, eles tinham tantos assuntos de criança, e eram tão fofos conversando que comecei até shippar os dois.
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  Mesmo que todos estivessem concentrados em suas conversas e na festividade de celebrar o natal, eu conseguia sentir os olhares discretos de todos em minha direção. Alguns sabiam a atual situação entre mim e , porém outros nem imaginavam que nós dois não estávamos mais namorando.
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  Em um certo momento de distração de todos quando os jovens subiram novamente para a biblioteca, as crianças foram assistir televisão e os adultos começaram a conversar sobre assuntos chatos, eu consegui escapar para o jardim com a ajuda da Seohyun ajumma. Retirei o bilhete de do bolso e li baixo, era o endereço do meu prédio, porém estava escrito o número do apartamento do professor Han.
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  De forma silenciosa e extremamente discreta, peguei minha bolsa e meu casaco que tinha deixado no canto da sala e saí, peguei um táxi em direção à minha casa, estava curiosa para saber o que ele tinha tramado para aquele natal. Assim que cheguei no prédio, entrei correndo no elevador e só me senti aliviada quando cheguei em frente à porta do apartamento do professor Han.
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  Respirei fundo e quando ia bater, a porta se abriu.
  — Boa tarde. — disse o professor ao abrir.
  — Boa tarde, professor Han. — meu curvei de leve em cumprimento — Eu…
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  — Eu sei. — ele riu um pouco — Assim que o porteiro me avisou da sua chegada já imaginei — ele esticou outro pedaço de papel — me deixou este bilhete para te entregar.
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  — Só? — admito que estava um pouco desapontada, esperava ver ali.
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  — Bem, leia primeiro e se deixe frustrar depois. — aconselhou ele me olhando de forma gentil.
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  — Obrigada professor, feliz natal. — eu peguei o papel e me voltei para o elevador.
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  — Feliz natal. — disse ele da porta.
  Assim que entrei novamente no elevador, abri o segundo bilhete e li, era o endereço da cafeteria da tia dele, me senti um pouco mais motivada. Assim que cheguei na rua, peguei um ônibus que por sorte passava ali e estava indo na direção que eu queria, demorei mais alguns minutos para chegar ao meu segundo destino.
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  Desta vez, não iria correr, mesmo que minha curiosidade estivesse muito alta, ao entrar na cafeteria, olhei discretamente para os lados e me sentei esperando sua tia, Sora ajumma aparecer. Logo que ela apareceu, seu olhar veio de encontro ao meu, ela sorriu e pegando uma caixa que estava em cima da bancada, veio em minha direção.
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  — Feliz natal, . — disse ela colocando a pequena caixa na minha frente — Uma pessoa me pediu para te entregar este presente.
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  — Obrigada ajumma. — disse dando um sorriso meio desanimado — Eu gostaria que essa pessoa me presenteasse pessoalmente.
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  — Hum… Eu aconselharia você abrir ele. — disse ela me dando um abraço de leve e se afastando da mesa.
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  Eu respirei fundo abrindo o embrulho, dentro da pequena caixa tinha alguns bombons com mais um bilhete, neste estava escrito uma frase um tanto enigmática.
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  “No final do arco-íris tem um pote de ouro.”
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  — O que ele quis dizer com isso? — perguntei para mim mesma ao ler.
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  Olhei rapidamente no verso da tampa e tinha outro endereço, o da casa dele. Então comecei a pensar que não teria ninguém lá para me receber, já que sua mãe estava na casa de . Logo um sorriso se abriu em minha face, a resposta mais óbvia era que o próprio estaria lá me esperando.
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  Eu tampei novamente a caixa e saí correndo, peguei o primeiro táxi que vi pela frente e segui para casa da senhora Seohyun. Assim que cheguei, ao tocar na porta me lembrei que uma vez a Seohyun ajumma tinha me falado a senha, então digitei e abri. Quando entrei, aparentemente não tinha mesmo ninguém, até que olhei para a escada e vi alguns papéis coloridos picados formando um caminho pelo chão.
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  Eu segui as escadas seguindo o caminho dos papéis, quando cheguei no hall dos quartos, estava parado virando para a janela, olhando o horizonte. Desci um pouco meu olhar e vi que meu scrapbook estava em sua mão, ele tinha guardado meu presente de viagem, e certamente tinha lido minha carta de confissão.
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  — Você demorou. — disse ele mantendo seu olhar na janela, deveria estar vendo meu reflexo — Comecei a pensar que não viria mais.
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  — Caça ao tesouro é na páscoa, não no natal. — retruquei dando alguns passos até ele — Custava sua mãe dizer que você estava aqui?
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  — Se não fosse assim, não seria eu. — ele se virou e me olhou com carinho e intensidade ao mesmo tempo — Além do mais, seu presente de natal não estava aqui.
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“Quero te dar todo o amor que há no mundo,
Ainda que isso esteja apenas nos meus sonhos,
Meu coração continua como antes.”

– Hug / TVXQ (Dong Bang Shin Ki)

28. All My Heart

“Eu tenho medo de que você vá embora.
Eu não deixaria você ir,
Como eu posso manter-te aqui?”

– All My Heart / Super Junior/

  Pabo, quando ele iria perceber que meu presente era ele? me pegou pela mão e puxando para ele, me abraçou rindo de leve.
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  — Por que está rindo, seu bobo? — sussurrei me aninhando em seus braços.
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  — Estou pensando, como pode uma garota ficar tão linda quando está irritada. — ele riu um pouco mais.
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  — Yah. — eu me afastei um pouco batendo em seu braço — Pabo.
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  — Vai me dizer que ficar naquela festa com todos nos olhando seria melhor? — perguntou ele.
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  — Hum, pode ser que você esteja meio certo. — cruzei os braços desviando meu olhar dele.
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  — Meio certo? — ele riu colocando suas mãos em meus braços — Eu não viria hoje, só estou aqui por você.
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  Levantei minha face e o olhei.
  — Vai ficar até o ano novo? — perguntei.
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  — Não. — respondeu ele suspirando fraco — Mas, vamos nos concentrar no hoje, é natal e quero fazer uma maratona de filmes com você.
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  — Maratona de filme? — eu ri — Vamos ver filmes o resto do dia?
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  — Hum, você tem algo em mente. — ele deu um sorriso malicioso.
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  — Não, ver filmes é a melhor coisa que existe para se fazer no natal. — concordei.
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  Ele começou a rir e pegando em minha mão, me levou até seu quarto, nossa sessão cinema seria deitados em sua cama, vendo os filmes pelo notebook. Para minha surpresa, fez até pipoca para o lanche quando chegamos ao terceiro filme, foi divertido até que em algum momento eu dormi em seus braços.
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  Foram mesmo longas horas de sono, tanto que ao acordar no meio da noite, espreguicei meu corpo me sentindo estar no meio da cama. Ergui a cabeça e vi sentado na cadeira ao lado da porta folheando meu sketchbook. Respirei fundo e olhei para o lado procurando meu celular, que aparentemente estava desaparecido.
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  — São sete da noite e seus pais sabem que está aqui. — respondeu ele permanecendo com sua atenção no caderno.
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  — Hum? — o olhei admirada da sua tranquilidade ao falar.
  — Minha mãe pediu a eles para você dormir aqui hoje, assim não teria que voltar tarde para casa. — explicou ele ao fechar o sketchbook e colocar dentro da sua mochila — Eu vou dormir no quarto da Sunny, e minha irmãzinha vai dormi com minha mãe.
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  — Nossa, que cavalheiro. — brinquei rindo de leve — Não precisava disso, se ainda são sete da noite, eu posso voltar para casa.
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  — Pensei que quisesse ficar o máximo de tempo comigo. — retrucou ele sorrindo de canto.
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  — Hum. — dei de ombros e olhei para a janela — Não é o contrário?
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  Ele riu um pouco e caminhou até mim.
  — Você é uma amiga muito especial para mim, bem… — ele sibilou um pouco — Acho que quero sim passar o máximo de tempo com você.
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  — Acha? — eu o olhei séria cruzando os braços.
  — Já disse que sua beleza quando está séria é incomum? — ele sorriu de canto — Apesar de amar seu sorriso.
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  — Pare de querer me ver séria. — segurei o sorriso que queria sair naturalmente — Sua mãe está aqui?
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  — Sim, está vendo TV com Sunny. — respondeu ele — Por quê?
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  — Hum, só curiosidade, seu pai estava no almoço. — comentei.
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  — Ele me buscou no aeroporto. — explicou ele.
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  — E como foi sua matrícula? Tudo correu bem?
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  — Sou oficialmente um aluno de Harvard, do curso de administração. — respondeu ele tentando mostrar satisfação.
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  — Olha, congratulations. — eu sorri para ele.
  Nós ficamos em silêncio por um tempo, até que ele caminhou em direção a janela.
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  — Junhae me disse que não foi a formatura deles. — comentou ele.
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  — Hum. Formatura é um ritual de despedidas, há algum tempo comecei a odiar despedidas. — expliquei me sentando na cama.
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  — Ah. E pretende faltar a sua formatura no próximo ano? — perguntou ele desviando seu olhar para mim.
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  — Não sei, nem mesmo sei se conseguirei passar. — me espreguicei um pouco novamente — O sistema acadêmico coreano sabe ser cruel com seus alunos.
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  — Passei por isso. — ele riu — Mas acredite que a universidade é pior.
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  — Yah. — fiz careta para ele — E você, como é estar em Harvard e entrar para uma fraternidade?
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  — Normal, pessoas que nunca vi na vida, professores chatos, é um lugar legal apesar de estar incompleto. — jogou uma indireta.
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  — Que pena, eu estava interessada em ir para lá, mas como é normal eu acho que vou para Oxford. — brinquei segurando o riso.
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  — Harvard é normal, mas e Oxford não tem a mim, sou eu que faço de Harvard o melhor lugar. — ele piscou de leve para mim me fazendo rir.
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  — Aish, bobo.
  Ficamos conversando mais um pouco sobre a universidade e o time de basquete, claro que eu sempre mencionava o pivô loiro, de nome Frank, para deixar ele com ciúmes. Não demorou muito até a senhora Seohyun entrar no quarto com uma bandeja com lanche para nós dois, ela estava com um sorriso tão singelo em sua face, assim como eu, ela parecia estar feliz ao ver ali.
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  — Komaweyo, ahjumma. — disse ao pegar a xícara de chá.
  — Komawo omma. — disse ao pegar a bandeja da mão dela e colocar sobre a cama — Agora vá descansar.
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  — Sim querido, amanhã você viaja cedo. — assentiu ela.
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  — Já? — desviei meu olhar para .
  Agora estava entendendo porque ele queria ficar sozinho comigo, tínhamos somente um dia juntos. Ahjumma me deu um abraço de boa noite e um leve beijo na testa de , depois saiu do quarto acompanhada dele, aparentemente Sunny estava desmaiada no sofá e ele teria que carregá-la até o quarto da mãe.
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  Esperei até retornar para que comer junto com ele. Estava gostoso os sanduíches com patê de atum que a ahjumma tinha preparado, me lembrava os que levava para as festas de escola quando criança. Após terminarmos de comer, ele levou a bandeja para a cozinha, demorou alguns minutos para voltar ao quarto, algo que me deixou extremamente curiosa.
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  — Você demorou. — comentei assim que ele entrou.
  — Não deixaria a louça suja para minha mãe lavar. — explicou ele rindo — Estava preocupada comigo?
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  — Eu não. — dei de ombros — Foi só curiosidade.
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  — Hum. — ele ficou um pouco sério — Ainda é natal.
  — E o que tem? — perguntei.
  — Você não me deu o meu presente. — disse ele.
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  — Por que eu teria que dar? — perguntei segurando o riso.
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  — Amigos se presenteiam. — respondeu ele esticando a mão.
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  — Mas eu não comprei nada para você. — expliquei me sentindo confusa — Estava na dúvida se viria ou não.
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  — Não tem desculpa, quero meu presente. — insistiu ele.
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  — O que você quer de presente?
  — Um beijo. — sugeriu ele.
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  — Amigos não se beijam.
  — Eu não disse onde. — ele deu um sorriso malicioso.
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  Fiquei o olhando por um tempo, mordi meus lábios.
  — Ok, vou de dar um leve beijo no rosto. — concordei fazendo minhas regras.
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  — Tudo bem. — assentiu ele.
  Eu me aproximei lentamente, ficando ao seu lado. Assim que dei o impulso em meu corpo para beijar sua bochecha, virou o rosto no mesmo instante, fazendo meus lábios tocarem os dele. E até poderia me afastar, mas assim como ele, eu desejava aquele beijo, só não iria admitir, mas consenti ao sentir seus braços abraçando-me pela cintura.
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  — … — eu sussurrei me afastando dele.
  — Obrigado pelo presente. — disse ele sorrindo de leve.
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  Confesso que não tive coragem de falar mais nada, até eu estava feliz com o “presente”. perguntou se eu queria fazer outra maratona de filmes, mas eu já estava sentindo minhas pálpebras pesadas novamente, não queria dormir, porém se víssemos algum filme eu dormiria sem resistir.
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  Então ficamos deitados na sua cama olhando para o teto, enquanto ele me contava algumas curiosidades que quando era criança e montou a Prince Line. O nome do grupo era literalmente porque todos os membros eram apelidados de príncipes por serem sempre cavalheiros e gentis com a meninas e professoras. Eu ri um pouco quando ele me contou que tinha se apaixonado pela sua professora de francês aos dez anos.
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  Foi então, que comecei a pensar no quanto se esforçava para fazer sua vida ser um pouco divertida, já que seu pai o forçava a ser o filho e aluno exemplo desde criança. Comparada a minha vida cheia de mudanças e novas escolas, eu estava bem com o apoio e amor dos meus pais, já ele só tinha sua mãe e Sunny para apoiá-lo, pela primeira vez estava contente por ter a Prince Line como válvula de escape.
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  Descobri que antes de eu aparecer em sua vida, seus amigos eram quem mais recebiam ligações suas no meio da madrugada. Por um breve momento, saber sobre sua infância e como seu pai sempre o cobrou chegar à perfeição, me fez ficar triste e com raiva do senhor Dongho.
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  — ? — disse ao acordar na manhã seguinte.
  Olhei para o chão e tinha algumas cobertas ao lado da cama, o que me fazia imaginar que ele não tinha realmente dormido no quarto de Sunny. Me levantei da cama me espreguiçando e saí do quarto, estava mesmo querendo saber se ele já tinha ido embora sem se despedir. Desci as escadas correndo e Sunny estava vendo tv na sala.
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  — Sunny.
  — Bom dia, unnie. — disse ela ao sorrir para mim.
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  — Onde está ? — perguntei.
  — Ele já se foi. — disse Seohyun ahjumma ao entrar do corredor que ia para a cozinha.
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  — Como? Como ele vai sem dizer um até logo. — suspirei frustrada, aquele era o pesadelo que eu conhecia.
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  — Sabe que não gosta de despedidas. — ela sorriu meio sem graça — Mas, ele pediu para dizer que graças a você teve uma boa noite de sono.
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  — Só isso? — estava sim muito frustrada.
  — Ele deixou um bilhete na escrivaninha também. — completou ela.
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  Eu me virei e subi a escada correndo, entrei novamente em seu quarto e peguei o bilhete.
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  “Apesar de poder sonhar com você, passar a noite te vendo dormir foi mais divertido, você sorri enquanto dorme.”
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  Eu ri espontaneamente e dobrando o papel, guardei no bolso, peguei meu celular e joguei dentro da minha bolsa que tinha ficado na poltrona do hall dos quartos e misteriosamente estava em cima da escrivaninha.
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  Assim que voltei para a sala, com minha bolsa e o casaco nas mãos, a ahjumma me convidou para tomar o café da manhã com ela. Mais uma surpresa, ela sabia que e eu tínhamos dormido no mesmo quarto, já que ele tinha deixado a porta entreaberta, para que ela não se preocupasse.
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  Finalmente tinha chegado o último dia do ano.
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  Meus pais estavam animados para festejar a virada na recepção que o pai de estava dando em sua cobertura. Porém eu decidi ficar em casa, não estava com muito clima de animação para festas, menos ainda passar a noite em claro, após dias fazendo minhas maratonas de doramas na Netflix.
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   tinha passado mais cedo para me fazer as felicitações adiantas, acompanhado de Yuri que estava muito bem vestida e mais linda ainda do que já era. Definitivamente meu melhor amigo tinha encontrado uma garota legal para ser sua namorada, eu estava feliz por ele e ainda mais feliz por Yuri ter se tornado uma amiga para mim. Curiosamente este ano eu havia feitos mais amigos do que todos os outros, talvez morar em Daejeon não tenha sido tão mal assim!
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  Quando faltava dois minutos para a virada do ano, meu celular tocou. Era a inusitada chamada internacional, que lá no fundo eu esperava receber, pensei por um momento em demorar para atender, porém minha mão apertou o botão automaticamente.
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  — Yeoboseyo. — disse ao atender, me sentando na cama.
  Eu conseguia ouvir sua respiração, mesmo com um certo barulho vindo do fundo, comecei a imaginar que talvez ele estivesse em alguma festa da sua fraternidade ou da universidade mesmo. Fiquei um pouco chateada e irritada ao pensar que a tal auxiliar do time dele pudesse estar ali também.
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  — Se for para ficar em silêncio, vou desligar agora mesmo. — adverti.
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  — Eu só queria terminar e iniciar um ano com você. — sua voz tinha traços de tristeza, porém transmitia a mesma firmeza e intensidade de sempre.
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  — Você sabe que estamos há pouco mais de 12 horas de diferença. — comentei — Vou virar o ano primeiro.
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  — Não me importo, só quero estar com você. — sussurrou ele novamente.
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  Meu coração acelerou um pouco, talvez eu tenha sido um pouco rude com ele. Mas estava feliz por dito aquela palavras tão calorosas.
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  — Happy New Year. — disse ele num tom mais baixo ainda.
  Logo o som dos fogos de artifício começaram a surgir na rua em frente o meu prédio. Mesmo que eu não conseguisse nem mesmo ouvir sua respiração naquele momento, eu não desligaria aquela ligação até que ele mesmo fizesse isso. O que resultou em muitos minutos em silêncio, até que finalmente a sessão de fogos terminasse do meu lado.
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  — Este ano, darei o meu melhor para estar ao seu lado em Harvard. — disse com um tom de promessa.
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  — Esperarei ansiosamente por você. — assentiu ele.
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  Um espontâneo sorriso apareceu em minha face. Coloquei minha mão em meu coração de leve o sentindo se acalmar um pouco, o ano mal havia se iniciado e eu já estava pensando no seu fim para poder me formar no colégio. Ficamos mais algumas horas entre risos aleatórios e silêncio, até que eu adormeci no meio da ligação.
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  Acordei assustada e o celular estava do meu lado, eu olhei para a tela e a ligação ainda estava ativa, coloquei ele no ouvido e antes que eu pudesse dizer alguma coisa.
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  — Bonjour. — disse ele — Dormiu bem?
  — , você não desligou? — eu estava um pouco admirada com aquilo — Sua ligação, você vai pagar muito caro por ela, ligações internacionais são caras.
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  — Vale a pena o sacrifício. — disse ele tranquilamente — Foi como se eu estivesse ao seu lado, te vendo dormir.
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  Filho da mãe, a cada minuto ele me fazia gostar ainda mais dele. Como eu conseguiria agora me fazer de difícil? Ri de leve sem entender o porquê.
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  — Vou tomar café agora, tenho que desligar.
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  — Estarei aí no seu aniversário. — disse ele.
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  — Isso quer dizer que só vou te ver no mês que vem. — conclui não muito feliz.
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  — Sim. — confirmou ele — E te darei o melhor presente de todos.
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  — O que será? — perguntei.
  — Segredo. — ele desligou sem me deixar ao menos insistir.
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  Aish! Ele sempre conseguia me irritar de alguma forma.
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“Eu vou me tornar o homem
Em que ela pode acreditar
E esquecer todo o resto.
Você é a única para mim.”

– Onde for Me / SHINee

29. Creo en Ti

“Por causa de você, meu coração é colorido,
No mundo em preto e escuro, no momento em que tento fechar meus olhos,
Você faz minha vida colorida.”

– Colorful / SHINee

Quase 1 ano depois…

  — Por que parece que estou indo para guerra? — perguntei ao sair do quarto com a mochila nas costas.
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  Estava sentindo um peso enorme sobre mim.
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  — Porque você está em guerra contra o vestibular. — minha mãe riu de mim e esticou as barras de cereal que tinha comprado para que eu comesse durante a prova.
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  — Omma, não é momento para brincadeiras, menos ainda para rir da sua filha. — bufei inconformada. — Não poderia somente me desejar boa prova com um fighting? Eu já estou nervosa por não ter passado em Harvard, agora tenho que lutar para conseguir uma vaga em Yonsei.
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  Cruzei os braços emburrada e frustrada.
  — Deixo isso com seu pai. — ela gargalhou. — Meu lado brasileiro não me deixa ser de outra forma, perco a filha, mas não perco a piada.
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  A olhei contrariada enquanto ria de mim.
  — Você é realmente minha mãe? — estava indignada.
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  — Querida, você precisa relaxar um pouco. — ela segurou em minha mão. — Sei que está triste por não ter passado em Harvard e não poder estudar perto do , mas isso não é o fim do mundo. Todos os seus outros amigos da Prince Line mudaram de Busan e foram para Yonsei, e e Yuri também irão com certeza, você não estará sozinha.
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  — Agora sim falou como uma mãe. — eu a abracei.
  — Fique tranquila e faça uma boa prova. — aconselhou ela. — Tudo ficará bem.
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  Assenti e me virei para meu pai.
  — Podemos ir, appa. — disse com segurança.
  Tanto eu, como Yuri e faríamos prova no mesmo lugar. Chegamos cedo e ficamos conversando um pouco até que o sinal bateu e entramos para a sala de provas. Confesso que estava nervosa no início e queria muito que as horas não passassem tão rápido, e ao final da prova saí com minha cabeça explodindo de dor. Minha mãe ficou do lado de fora me esperando, pois papai tinha que ir trabalhar.
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  Como eu estava com fome, passamos na cafeteria da ajumma Sora, o melhor lugar da cidade para comer tortas saborosas. Para nossa surpresa, a mãe de estava lá com Sunny, estavam de saída no momento em que chegamos. Eu a cumprimentei com um abraço e a pequena Sunny também. Antes de partirem, ajumma Seohyun me disse que tinha uma grande surpresa para mim, mas que só iria saber no meu próximo aniversário.
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  Eu não conseguia imaginar que tipo de surpresa aquele bobo poderia fazer. Eu estava chateada ainda por ele não ter aparecido no meu aniversário de 17/18, tudo culpa da universidade dele. E também não tinha tido coragem de contar a ele que não tinha passado nas provas de Harvard, mas isso era outra história. Agora estava curiosa para saber que planejava para meu próximo aniversário.
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  — E como foi a prova, ? — perguntou Sora ajumma assim que nos sentamos.
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  — Acho que fui bem, nunca estudei tanto e me preparei tanto como esse ano. — respondi. — Espero que consiga desta vez.
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  — Tenho certeza que sim. — disse ela. — Você é uma jovem muito empenhada.
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  — Komawo pela confiança. — disse a ela.
  — E o que vão querer comer? — perguntou Joonseo ao se aproximar de nós.
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  — Joonseo? — o olhei surpresa. — O que faz aqui?
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  — Estou visitando minha mãe. — respondeu ele com um sorriso bobo.
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  — Me visitando? — ajumma riu. — Esse menino só está em Daejeon porque tem um trabalho aqui.
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  — Trabalho?
  — Sim, sou o melhor DJ do país, vou participar do Festival de Kpop da cidade. — explicou ele.
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  — Parabéns, melhor DJ. — brinquei.
  — E o que o melhor DJ nos sugere para comer? — perguntou minha mãe entrando na brincadeira.
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  — Torta de nozes com chocolate. — disse ele.
  Nós aceitamos sua sugestão e comemos bem.
  Quando voltamos para casa, Jinho estava sentado no sofá jogando como sempre, papai mandou uma mensagem dizendo que não conseguiria chegar cedo naquele dia. Ajudei minha mãe com o jantar, porém mantendo meus pensamentos todos longe dali.
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  Tinha se passado quase 1 ano após se mudar para Harvard, e eu só tinha visto ele duas vezes naquele tempo todo. Claro que ele sempre me ligava de madrugada, para não perder o costume, trocávamos mensagens e muitas fotos também.
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  Mais semanas se passaram…
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  Assim como o natal e o ano novo… Todos sem a presença de . Eu não sabia o motivo do seu silêncio, nem o porquê não vinha para a Coreia nas datas comemorativas.
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  — Joonseo — disse ao chegar no hall do prédio — Quando o porteiro disse que estava aqui, fiquei intrigada.
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  — Que isso, cunhada. — ele riu. — Eu te disse que viria antes de ir para Busan.
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  — Tinha me esquecido.
  — Vamos dar uma volta?
  — Claro.
  Nós seguimos para rua.
  — Ainda me sinto meio tensa quando me chama de cunhada. — confessei.
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  — Pode até não ser oficial, mas não tem como, você e sempre serão um casal. — ele riu novamente. — O casal mais complicado que já conheci.
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  — Isso é verdade. — concordei.
  Errado ele não estava.
  — E você? Já achou a garota dos sonhos? — perguntei curiosa.
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  — Ainda não, mas estou à procura. — ele suspirou. — Pelo menos estou feliz por ter conhecido você, a novata estrangeira.
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  — Nossa, a quanto tempo eu não ouço isso, novata estrangeira. — ri baixo. — Ele me chamava assim todos os dias.
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  — Estou impressionado, você conseguiu atrair a atenção dele tão rápido. — comentou.
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  — me contou que ele já tinha me visto antes. — comentei. — Acho que isso conta.
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  — Ah, é verdade, a menina que derramou suco na camisa dele.
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  — Juro que não foi intencional.
  — Mas foi o gatilho pra ele ficar interessado. — ele riu. — Vocês vão voltar oficialmente, né?
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  — Não sei, disse a ele que só seria sua namorada de novo quando ele me provasse que não me afastaria outra vez como fez. — expliquei. — Não podemos viver um relacionamento com essas ações malucas dele, nem seus pensamentos de que vai me machucar, ele não é o senhor Dongho.
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  — Ah… Mas tenho certeza que aprendeu a lição. — ele estava seguro em suas palavras. — E por sua sugestão, ele até está tentando esquecer o passado e perdoar o pai.
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  — Isso me deixa feliz.
  — E além do mais, o que meu primo mais quer agora é estar sempre ao seu lado, disso eu não tenho dúvidas.
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  Meu coração se aqueceu ao ouvir aquilo.Pois eu também queria estar ao lado dele.
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  Os dias foram seguindo até o meu aniversário. Eu estava feliz e de mudança para Seul com meus amigos, nossa vaga em Yonsei tinha saído e nos juntaríamos aos veteranos do Prince Line. A mãe de se juntou a minha para fazer um almoço especial de comemoração, não somente pelas vagas em Yonsei, como também pelo meu aniversário. Algo que contou com a presença de todos do nosso grupo de amigos, até os veteranos vieram de Seul para nos prestigiar.
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  — Admita, , você estava com saudade de nós. — brincou Junhae.
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  — Vou pensar nisso. — brinquei. — E como é Yonsei?
  — Aposto que melhor que nas fotos que eles nos mandaram. — disse .
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  — Vai se preparando , nosso time de basquete te aguarda. — avisou Hwang.
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  — Pode deixar, hyung, estou pronto para o time da universidade. — assegurou .
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  — Desde quando você chama eles de hyung?! — perguntou a voz que me estremecia, vinda de trás de mim. — O que mais eu perdi?
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  — Hyung! — MiJun abriu um largo sorriso.
  — Oi. — disse com tranquilidade.
  — Quando chegou? — perguntou Joonseo ao se levantar do sofá e ir abraçá-lo.
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  — Ontem à noite. — o olhar de veio em minha direção.
  — E o que faz aqui? — perguntei de forma rude, tentando ignorá-lo com o olhar. — Quem te convidou?
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  Estava chateada com ele.
  — Vim trazer seu presente. — disse ele, mantendo a serenidade com um sorriso de canto.
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  Ele sabia que eu estava chateada, era mais do que visível.
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  — Está um ano atrasado. — cruzei os braços.
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  Todos ficaram nos olhando com atenção.
  — Eu sei, mas… — ele se ajoelhou diante de mim e mexeu no bolso da calça. — Da última vez que nos vimos, você disse que voltaria a ser minha namorada quando eu provasse que jamais tentaria te afastar de mim novamente.
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  — Sim. — eu não estava entendendo aquele gesto. — Mas o que está fazendo ajoelhado?
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  Os cochichos estavam presentes ao nosso redor.
  — Não quero que seja somente minha namorada. — ele retirou uma caixinha do bolso e abriu, revelando um anel. — Quero que seja minha esposa… Aceita se casar comigo?
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  — … — eu não sabia o que dizer.
  — Gente, eu acho que devemos deixá-los sozinhos para resolverem isso. — disse Joonseo.
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  — Tem razão. — concordou .
  Em silêncio todos se retiraram da biblioteca da casa do e ficaram no corredor nos observando.
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  — , você tem noção do que está fazendo? — continuei em choque.
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  — Nunca estive tão certo do que quero. — confirmou ele.
  — Eu não sei o que dizer. — sussurrei. — , temos menos de 20 anos, o que vou dizer aos meus pais sobre isso? Vão achar que estou grávida. E nem fizemos nada!
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  — Isso é verdade. — ele se levantou e permaneceu com a caixa na mão — Mas, não consigo pensar em outra coisa.
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  — Mas eu nem passei em Harvard. — sussurrei novamente. — Não tive coragem de te contar.
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  — Eu já sabia. — confessou ele. — Sua mãe me contou.
  — O quê? — e sussurrando. — Aquela fofoqueira.
  — Ela estava preocupada com você.
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  — E sabendo disso ainda me pede em casamento? Como vamos viver?
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  — Aí vem minha surpresa. — ele sorriu de canto. — Pedi transferência, agora sou um aluno veterano da Universidade de Yonsei.
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  De estática, fiquei surpresa e depois estática novamente, mas com o coração acelerado.
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  — Como conseguiu convencer seu pai?
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  — Disse a ele que seria melhor para minha formação estudar aqui no nosso país e ser estagiário na filial da empresa da nossa família, assim poderia unir a teoria na prática, começaria conhecendo todos os setores. — explicou ele — Ser o funcionário do ano.
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  — Por que fez isso?
  — Ainda pergunta? — ele segurou em minha mão. — Não vamos ficar mais nem um ano separados… Mas, só se você ainda me quiser.
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  — Não como namorado? — perguntei.
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  — Não como namorado. — ele sorriu de canto com malícia. — O que acha?
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  — É muita loucura, mas… — mordi o lábio inferior. — Eu também quero estar para sempre ao seu lado.
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  Eu peguei a caixinha e me aproximando mais, o beijei com suavidade.
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  Sim.
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  Esta era a minha resposta para ele.
  Mesmo com nossos altos e baixos, mesmo com seu medo bobo de me magoar como seu pai fez com a ajumma. Eu sabia que os sentimentos de por mim eram os mais sinceros e honestos possíveis, meu coração estava feliz por sua surpresa. E mesmo brincando comigo dizendo que seu presente não era o pedido de casamento, e sim o anel dentro da caixinha, era o melhor presente que poderia ganhar.
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  — Eu te amo. — disse ele.
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  — Eu também, te amo. — afirmei sem medo.
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  Logo ouvimos gritos de festa vindo do corredor. Olhamos para a porta lá estavam todos em festa e felizes por nós.
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  Lá no fundo, me senti pronta e preparada para iniciar uma nova etapa da minha vida. E estaria ao meu lado, ambos na companhia de nossos amigos.
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“Creio em você,
E neste amor,
Que me fez indestrutível,
Que deteve minha queda livre.”

– Creo en Ti / Lunafly

  “Amor: Ainda que sejamos feridos, ainda que não sejamos compreendidos por nossa família, existe algo bem maior que cicatriza nossas feridas e cura nossas dores. O amor é o mais sublime sentimento, que nos leva até mesmo a perdoar quem nos feriu um dia.[ I coríntios 13 ] by: Pâms

Fim

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