Ray Dias
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Sem curiosidades para essa história no momento!

ENTRE LOBOS E HOMENS

Capítulo Onze
Acredite se puder…

  — História verdadeira? Tudo o que Jacob me contou era falso?
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  — Nem tudo.
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  — Nós temos mesmo uma proximidade com lobos, . Mas está muito além do que você possa imaginar.
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  — Nós somos os lobos,  — disse Emy concluindo a fala de Sue.
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  — Espera… Por isso que Seth disse que Embry era o lobo, quero dizer… Ele se transformou mesmo em um lobo?
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  Sue e Emy se entreolharam surpresas pela reação de , pois, apesar de soar muita loucura, ela ainda parecia acreditar no que as mulheres disseram.
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  — Por que estão me olhando assim? São vocês que estão me contando histórias sobrenaturais… —  perguntou tão surpresa pela reação das duas quanto elas.
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  — Você acredita em nós? — Emily perguntou.
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  — Eu não sei se é uma questão de acreditar, mas… Eu sinto que tem alguma coisa estranha comigo desde que estive com vocês. Desde que estive em Forks, na verdade. Mas se eu não acreditar nisso, qual a explicação para todo este circo? —  argumentou apontando ao seu redor. — Quero dizer… A menos que vocês sejam uma seita esquisita ou perigosa, eu não consigo ver nenhuma ação dentro de um provável normal por aqui. Então, antes de saber se eu acredito ou não, eu preciso ouvir o que vocês têm a contar.
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  — Não somos uma seita, . Somos um clã — Emily explicou sorrindo e deixou que Sue contasse a história:
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  — Há muito tempo nos primórdios de nosso povo, um líder quileute se transformou em lobo para defender sua tribo. Ele tivera seus filhos e assim perpetuou-se o segredo. Não são todos que têm o dom de se transformar. Emily e eu, por exemplo, não nos transformamos. Sam é o líder temporário da nossa matilha, ele foi o primeiro da nova geração quileute a se transformar. Contudo, Jacob é, por herança, o líder. Ele é neto de Efraim Black, o primeiro líder. Billy também foi o líder antes dele e assim segue-se sucessivamente.
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  — Mas… Jacob não estava preparado e era muito novo. Então Sam assumiu o posto por ser o primeiro e ter como preparar o restante da matilha que surgiria. — Emy concluiu.
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  — Mas por que Billy não continuou?
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  — Em uma luta Billy acabou ferido.
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  — Entendi… A cadeira de rodas. Então Sam assumiu para ele…
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  — Exatamente. Os garotos só afloram seus dons a partir dos quinze anos. Os últimos foram Embry, depois Jacob, Quil e por último Seth. A mais recente na matilha é a Bruh — Sue disse olhando a garota que estava de costas às três.
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  — Você está bem, ? Está tão quieta ouvindo essas coisas todas… — Emily disse preocupada.
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  — Estou… Parece que eu entrei em um livro, mas… Continue, Sue, por favor.
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   encarava o chão enquanto concatenava seus pensamentos e desconfianças. Mais perto de acreditar e se dar como uma maluca ela estava, do que de sair correndo.
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  — Os meninos foram treinados por Sam desde então. Aprenderam a controlar seus instintos, conhecer uns aos outros e… A defender a tribo de outros perigos.
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  — Que outros perigos?
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  — Existem muitos mistérios os quais você vai conhecer, . Por enquanto, você deve apenas saber o essencial sobre nós. — Emy a confortou com voz meiga, a fim de que esperasse e aceitasse apenas o que escutava naquele momento.
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  — No início é muito difícil. A primeira transformação é dolorosa e eles devem ser isolados. A maioria não aceita o fardo. Foi assim principalmente com Jacob, que descobriu que o seu era muito maior. Eles conseguem transformar-se a qualquer hora, mas precisam controlar algumas emoções… É que dependendo da tensão em seu corpo o instinto fala mais alto. Hoje eles já estão mais íntimos com seus próprios dons.
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  — Contudo, a Bruh… — Emily disse em tom mais baixo olhando-a. — É tudo muito novo para ela ainda.
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  — Sue… —  respirou profundamente pensando exatamente no que mais lhe trazia incômodo nos últimos meses: os lobos em sua casa. E juntando os pontos, ela perguntou após tomar fôlego: — Sue, então os lobos na minha casa…
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  — Sim, querida, eles eram os meninos te protegendo.
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  Aquilo foi como uma faca dentro do peito de . Ela os havia desprezado na reserva por não lhe contarem nada do que acontecia com Embry e, no entanto, estavam a defendendo o tempo todo… Jacob… Ele era o que mais parecia empenhado dado o fato de estar dormindo tão mal, porém, se recordando também da sua primeira noite em sua casa… Se aquele vulto que ela avistou era um lobo, por que eles brigaram? Por que Jacob havia espantado aquela “coisa”? Era muita informação!
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  — Sei que é muita coisa e você não terá a resposta para tudo agora.
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  — Mas do que eles me defendiam?
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  — Chegamos ao ponto crucial — Emily disse tentando parecer humorada.
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  — … Tudo isso tem ocorrido porque algo inesperado surgiu. Até pouco tempo os garotos podiam controlar suas transformações, mas… Recentemente, Embry se tornou algo mais perigoso e incontrolável. Quando aconteceu, o trouxemos para cá, pois os Whitton têm conhecimentos vastos sobre isso. Tivemos que isolar Embry, por isso você não teve notícias dele. Nós sabemos muito pouco dessa nova transformação e temos tido contato direto com esta tribo para poder conhecer da mesma sabedoria que eles têm sobre o assunto.
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  Embry se tornando algo mais perigoso e incontrolável? Finalmente  se deixou assustar com o que estava vivenciando. Leah surgiu com o chá em mãos, e viu que Bruh a encarou de modo implicante, então, ignorando-a, a filha mais velha de Sue perguntou-lhe se a mãe preferia que ela continuasse contando as histórias para a mãe descansar, mas Sue permaneceu firme. Emily ponderou se não era melhor dar um tempo para a cabeça de  que, assustada, bebia o chá e se mantinha pensativa e silenciosa, mas a voz raivosa de Bruh as interrompeu:
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  — Ela deve saber de tudo logo! — disse.
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  Emily a chamou para fora do quarto a fim de que ela se acalmasse, e  ficasse mais confortável com Sue e Leah.
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  — E então, como você está reagindo? — perguntou Leah assim que Emy e Bruh saíram da tenda.
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  — Eu não sei. Sinceramente. Sinto-me tremer inteira por dentro, mas… também me sinto apenas anestesiada.
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  — Devo continuar? — perguntou Sue.
  — É óbvio! — Mãe e filha se olharam em dúvida quando  exclamou.
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  — , naquela noite em que os meninos saíram para acalmar os lobos e Jacob te levou para casa… Bem, os lobos na nossa reserva não eram da nossa tribo. Eram daqui e levavam notícias de novas feras, muito piores em poder de destruição. Na sua casa… Jacob disse-nos que vocês viram um vulto.
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  — Sim! Ele insistiu que era um lobo, mas eu vi que não era! Andava como uma pessoa e agora sabendo disso, sei que ele lutou com aquilo!
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  — Não era uma pessoa apenas, era uma mistura de lobo e homem.
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  — Espera… Um lobisomem? Mas isso não existe, Sue! E a Leah acabou de dizer que vocês não são lobisomens… Eu…
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  — Você é engraçada! — Leah falou rindo com empatia. — Acredita que nos transformamos em animais, mas lobisomens não existem?
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  — Você acabou de me dizer o mesmo, Leah!
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  — Não, não! Eu disse que era ultrajante você nos chamar disso, e não que não existem. … Respire e apenas ouça a mamãe, tudo bem?
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  — Naquela noite, um lobisomem de uma tribo antiga, e agora extinta, veio para as proximidades de Forks. O chefe dos Whitton surgiu na nossa reserva contando-nos que há poucas semanas um homem apareceu lhes pedindo abrigo, pois toda sua gente havia sido dizimada. Ele era um lobisomem, como alguns dessa tribo onde estamos.
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  — Há lobisomens aqui? —  perguntou apavorada para Sue.
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  — Sim, o ancião foi um e o atual chefe também. Eles não se transformam mais por causa do veneno que tomam, a vida deles teve de ser sacrificada para que isso que eles considerem “um mal”, não continue. Eles não devem ter muito tempo e nem tiveram filhos. Se empenharam a descobrir mais coisas e, com o passar dos anos, Billy e eu tivemos muitas informações dadas por eles. Eles sabiam sobre nós e vigiavam-nos por pensarem que seríamos da mesma espécie. Billy e eu nunca acreditamos nisso, pois já nos transformávamos há mais de sete gerações. Esse homem que lhes pediu abrigo transformou-se e fugiu para caçar. Essa era a noite que você estava conosco. Os Whitton acreditam que a única forma de acabar com isso é matando a fera, e assim fizeram com aquele último lobisomem da antiga tribo desconhecida. Ainda naquela noite, Embry se transformou também. Foi um choque para todos nós, nunca esperaríamos que acontecesse com um de nós. Entretanto, os meninos correspondem à sétima geração e pelo que sabemos agora, os homens lobos só se transformam na sua real figura, à sétima geração. — Sue chorava.
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  — Então todos estão condenados a…
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  — Não temos certeza, … Parece que sim, mas o que nos espantou é que por ordem, Sam deveria ser o primeiro. Contudo, fazendo as contas somente a partir de Embry que de fato houve as sétimas transformações. Então, teoricamente, Sam e Leah estão fora.
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  — Mãe, antes de continuar… Ela deve saber mais de nossos dons.
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  — Tem mais? —  perguntou confusa, inerte e chocada.
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  — Tem. Nós podemos ouvir os pensamentos uns dos outros. Por isso temos essa ligação tão forte e somos como irmãos. A matilha defende um ao outro com a própria vida. Somos habilidosos, temos excelente visão, escutamos uns aos outros a distâncias longas e…
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  — Bem, isso explica um bocado. —  interrompeu Leah. — Como a leve mudança de cor nos olhos de Seth agora há pouco e puxa…
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  — Pois é. O chefe Kwyto disse que um lobisomem pode ou não guardar suas memórias enquanto está transformado. Embry é um dos que podem, e segundo o chefe isso nunca aconteceu com nenhuma fera que ele tenha conhecido, nem mesmo com ele. E aí está mais uma dificuldade que enfrentamos, pois até onde um lobisomem é controlado se sua memória estiver preservada? Um lobisomem é capaz de matar em alto grau. Embry guardou você na memória dele e por isso a temos protegido dele. Na primeira noite, na porta de sua casa, era o Embry que Jacob tentou impedir de avançar e não o outro lobisomem desconhecido. Ele sente seu cheiro a distâncias e vai atrás de você, como fez hoje. Ele não quer matá-la, mas a proximidade de um lobisomem com alguém, ainda que ele nutra boas memórias, é perigosíssimo.
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  — Acho que agora, eu estou começando a entender melhor… Apesar de achar que posso ser mentalmente interditada a qualquer instante.
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  — A estadia dele por essa tribo foi de muita ajuda, . Não teríamos sabido lidar se não fossem os Whitton.
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  — Ah claro, isso porque impedimos que ele morresse! — resmungou Leah contra o argumento da mãe, e  percebeu a reprovação no olhar de Sue para a filha. — Ah, qual é, mãe! Conta logo tudo, ela pode ficar doida e cair dura mesmo!
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  — Leah veio com Sam trazê-lo para cá. Não deixaram que nenhum de nós ficasse aqui, mas Leah se escondeu e como Sam não concordava em deixá-lo sozinho, ele permitiu que ela ficasse aqui. No meio da noite, Leah percebeu que pretendiam matar Embry e os impediu. Os Whitton acham que somos demônios e não há outra forma de cura a não ser matando o lobisomem. Mas nós acreditamos que podemos controlar isso! E Embry tem se empenhado muito nisso!
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  — O que eles estavam fazendo lá fora, Sue, quando eu cheguei e o porquê destas pinturas?
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  — Eles estão fazendo o ritual da grande Lua. Acreditam que essa fumaça e com as rezas que fazem, o Deus da Lua irá enganar o lobo-homem escondendo a lua.
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  — A lua os transforma? Como na mitologia?
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  — Não dá para saber até onde as histórias dos homens brancos são reais sobre esta “mitologia”. Mas alguns pontos batem com o que temos vivido. Não é que a Lua os transforme, mas a energia dela de alguma forma ativa algo. Por isso é tão complicado controlar.
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  — E no que consiste a pintura que fizeram em Seth e em mim?
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  — A pintura de Seth é uma defesa espiritual para o provável lobisomem que há nele. Pintaram um Sol. O contrário da lua. E a sua pintura é uma defesa para o lobo que há dentro de Embry. Ainda que ele se lembre de você, ao se aproximar é como se você fosse um espírito ruim para ele. Ele se afastaria.
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  — E eu acho isso tudo uma bobagem arcaica — Leah sussurrou para mim. — Se isso funcionasse, o chefe e o velho Whitton não teriam que sacrificar suas vidas com o tal veneno.
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  — Que veneno é esse, Sue?
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  — Eu ainda não sei. Eles não contam. Só sei que é uma mistura de várias ervas que eles injetam diretamente na veia. Nós chamamos de veneno, eles chamam de antídoto.
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  — Há quanto tempo os Whitton fazem isso?
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  — Desde que o chefe se transformou aos seus quinze anos. O velho índio foi o primeiro, mas tanto ele quanto a tribo, nada sabiam a respeito. O ancião se isolava toda vez que chegava a temporada da grande Lua. Ele serviu de estudo para a tribo, tem cortes por todo o corpo e só não o mataram por medo de acontecer com outro deles. Eles acharam que era um castigo dos Deuses e tiveram medo de matá-lo. Como eu te disse, essa transformação só acontece de novo na sétima geração. Foi quando aconteceu com o chefe Kywoto, filho do cacique da sétima geração. Nessa época, depois do ancião ter sido objeto de estudos, eles já haviam descoberto esse veneno que isola as células mutativas, aumentando o número de anticorpos que as combatem e destroem. É uma morte lenta… O chefe apenas se transformou uma vez, e não foi em lobisomem, foi em lobo, mas ainda assim o veneno não o impediu de, aos vinte três anos, tornar-se a grande fera. Daí eles perceberam que aplicar o veneno uma só vez, ainda na juventude do lobo, não bastava e passaram a drogar-se sempre.
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  — Mas se o ancião foi o primeiro e único, por que o filho do cacique herdou a genética? Eles têm alguma ligação?
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  — Qualquer um deles pode se transformar, mesmo que os pais não se transformem. Assim como nós. Paul, por exemplo, não é filho de lobos, mas transforma-se em um. Está no sangue do clã, , não no gene da pessoa.
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  — É místico. — Leah deu de ombros ao dizer, deixando  ainda mais confusa sobre que tipo de misticismo a mulher era cética e qual não. Sobre seu clã ela acreditava em tudo, mas era irônico que achasse a cultura dos Whitton uma “bobagem arcaica”.
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  — O que aquela anciã te disse, Sue? Digo, antes de vir me pintar.
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  — Ela… Acha que há algo dentro de você que guarda o espírito de um lobo… Mas não sei se você deve acreditar nisso, querida.
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  — Seth disse que você pensa o mesmo.
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  — Não… Eu disse que você é parecida conosco, uma guerreira como nós. Foi em sentido metafórico.
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  — A minha pintura também consiste em me defender do meu suposto espírito lobo? —  perguntou suspirando e encarando de novo apenas os braços pintados, agora que já estava coberta com suas roupas.
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  — Sim… Mas não se ligue a isso, . Se você tivesse um espírito lobo nós já saberíamos.
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  — Eu não sei o que dizer…
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  — Fico abismada de você acreditar em nós — disse Leah.
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  — Vocês se esquecem de que eu sou indígena também… Eu já ouvi sobre muitos mistérios dos meus antepassados Coxiponés. — Sue a encarou, curiosa.
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  — Numa outra ocasião… Eu adoraria saber também — ela disse.
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  — Depois que eu me recuperar de tudo o que ouvi e entender como esse capítulo vai acabar, Sue… — terminou de beber seu chá enquanto mãe e filha se olhavam satisfeitas por terem contado a ela a verdade, até que se lembrou e perguntou-lhes: — Onde está Quil?
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  — Ele acabou de chegar! — Bruh pronunciou entrando novamente no quarto e com o semblante mais satisfeito. Estava verdadeiramente preocupada com o irmão, por isso o mau humor.
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  — Ele precisava distrair Embry até amanhecer. — Emily falou assim que Bruh saiu novamente.
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   olhou pela entrada da tenda e o Sol da alvorada surgia fraco pela luz de um novo amanhecer. Nem percebeu que a madrugada lhe passara tão rapidamente desde que saíra da casa dos Vincent. Queria sair, mas por recomendação,  teve que continuar dentro da tenda até que alguém dissesse que ela poderia sair.
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  — Vamos te deixar descansar um pouco. — Sue, Emily e Leah saíram deixando-a. 
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   observou que na tenda não havia onde se deitar, mas um grande toco de madeira em formato de um banco rústico e não esculpido estava ali, como se fosse uma espécie de descanso.  não sentia sono, estava com muitos pensamentos confusos à mente, então deitou-se no toco, com um pé fora dele e o outro em cima, escondeu seus olhos com o antebraço e sibilou para si:
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  — Como eu fui me envolver com isso tudo e por que eu? O que aquela maluca da Swan fez enquanto esteve aqui e por que ela desapareceu?
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  O som de passos firmes e um cheiro conhecido de suor amadeirado surgiu e  tirou o braço dos olhos, se ergueu rapidamente sentando e viu a figura de Jacob parado em pé na entrada da tenda, a encarando com ansiedade.
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  — Loba! — Urgente, Jacob caminhou até a amiga e se agachando em sua frente, a analisou. Viu que ela estava bem e sorriu, mas não podia esconder o quanto estava cansado.
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  — Black! Que droga, Black! Como você está? —  encarou o homem abaixado a sua frente e tomada por uma súbita preocupação, sentiu vontade de o abraçar. Não se contendo, ela o abraçou o mais forte que podia.
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   nunca tinha abraçado Black daquele jeito, mas era tão forte a sua felicidade e alívio em vê-lo bem, assim como era tão grande o seu medo de que o alto desespero interior que ela escondia, transparecesse. E transpareceu.
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  — Acabou… Acabou, … Foi a última noite confusa do Embry. — Jacob afagava os cabelos dela, dentro daquele abraço, enquanto lágrimas repentinas jorravam dos olhos de  em direção aos grandes ombros de Black.
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  — Como ele está? Onde você esteve, Black?
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  — Ele está bem, cansado e um pouco machucado… Eu tive de caprichar em algumas mordidas… — Jacob riu sem graça. — Suponho que já tenha escutado tudo, certo?
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  — Vocês tiveram que brigar?
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  — Somente lá em Seattle quando Quil e Seth foram te pegar, eu tive que dar cobertura e Embry estava bem disposto…
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  — Como foi isso?
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  — Esquece isso… Me diz, como você está? Não deve ter sido fácil ouvir a Sue, não é?
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  — Acho que eu estou bem, embora me sinta meio louca. Eu não estou num transe, não é? Ou em coma e sonhando com tudo isso?
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  — Bebeu algum chá? — Jacob brincou.
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  — Seria uma boa justificativa para tudo isso, parece mesmo que estou alucinando. E o que mais me assusta é que eu sinto que é verdade, acho que acredito, Black.
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  — Ainda acha que somos uma boa companhia depois dessa noite?
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  — Eu sou uma de vocês agora… Não sou?
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  — É sim… Esse é o preço por se envolver demais conosco… Nunca dá para esconder por muito tempo quando se aproximam demais. — Os dois riram de modo contido enquanto seus olhos esmiuçavam o semblante um do outro, profundamente. — Gostei da maquiagem! — Jacob disse zombando da pintura no corpo de  que bateu em seu ombro. — Ei! É sério! É linda… A pintura…
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  Black se levantou estendendo a mão para que ela se levantasse também. Assim que ficaram em pé e de frente um com o outro, mais uma vez, foi o momento de Jacob a abraçar apertado.  correspondeu também com força, mas ele gemeu de dor. As costelas dele estavam machucadas.
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  — O que houve?
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  — Não se preocupe, vamos. O dia amanheceu e…
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  — Anda, Black! Me deixe ver! — insistiu se afastando e, contrariado Black, ergueu a camisa do rapaz possibilitando-lhe ver o ferimento. Uma imensa marca de mordida. Dentes cravados em sua pele na altura de suas costelas, porém, não sangrava mais. — Você… Você tem que tratar esse ferimento, Black! — ela advertiu, nervosa.
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  — Eu sei, eu sei! Está tudo bem, não foi nada grave… Estamos acostumados a isso. Eu só queria te ver primeiro. Lobinha. — Jacob a encarou com ternura passando uma das mechas do cabelo dela para trás da orelha. — Agora vamos sair dessa tenda.
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  Os dois seguiram para fora da barraca e a tribo estava tranquila. Nem parecia que estavam realizando rituais num grande círculo de indígenas proferindo preces baixas, com aquela fogueira alta, apesar de mesmo apagada ainda ser possível ver o resto da fumaça subindo até os céus, e os indivíduos que participavam do ritual dirigiam-se às suas cabanas. As mulheres começavam a sair dos seus esconderijos e retomar suas rotinas; as crianças acordavam saindo para brincar; Billy e Sue conversavam com os precursores da sabedoria daquele povo acerca dos lobos-homens; e Seth, se afastando de Emy que estava na porta de uma cabana, se aproximou de  e Black.
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  — Bela obra de arte! — Abraçou a amiga elogiando a pintura em seu corpo assim como Black havia feito, e os três sorriram. — Ei, Jake, vá cuidar disso.
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   olhou de Seth para Black entendendo que o mais novo falava do ferimento e os dois pareciam trocar informações sem nada dizer.
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  — Ele tem razão! Onde podemos fazer o curativo?
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  — Uow! Jacob te deixou ver uma ferida dele? — Seth encarou  surpreso e olhou para Jake de forma brincalhona. — Sabe, , talvez você devesse cuidar desse curativo. Isso doeu bastante, e o Jake está fingindo-se de durão.
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  — Seth, estou exausto. Não me provoca, dê um tempo! — Black deu um peteleco na testa do mais novo, e se aproximou beijando a testa de  que ainda estava abraçada ao amigo mais novo. — Você, descanse. — Black deu as costas a eles e se encaminhou para a cabana onde Emy estava à porta.
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  — , sobre o Embry, você quer vê-lo? — Seth perguntou.
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  — Eu posso?
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  — Vamos, ele está arrasado por você… No caso, pela razão que te envolveu nisso tudo…
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  Os dois foram atrás de Black e entraram na cabana maior onde estava Quil cuidando de alguns ferimentos, abraçado à sua irmã; Paul tomava uma sopa conversando com Emily e Sam e, finalmente, Leah estava fazendo os curativos em Embry, que se mantinha cabisbaixo ainda deitado em uma maca improvisada. Jacob estava sentando-se em uma maca perto de Paul e tirou sua camisa.
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  — Caramba, Jake, nunca vimos alguém te morder assim! — Paul falou para o amigo, e mesmo que tivesse sido baixo, deu para os outros escutarem.
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  Assim que Bruh percebeu a presença de Black, encaminhou-se até ele para tentar cuidar de seus ferimentos, ignorando o irmão. Uma pequena discussão baixinha iniciou-se entre Jacob, Bruh e entre Quil e Bruh. Sam revirou os olhos pelo comportamento da Ateara mais jovem, Emily ria da insistência da mais nova, e Paul acenou amigável para , que ainda estava ao lado de Seth. Ela observava a presença de todos, como se estivesse num campo de batalha, sentiu-se um pouco culpada por aquilo. Seth lhe abraçou e a encorajou a se aproximar mais de Embry e Leah.
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  — Você é incrível, não faz essa cara de culpada… — Seth sussurrou para ela sorrindo.
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  — Não… Vocês é que são incríveis… Olha o que vocês fizeram… —  o respondeu sem saber ao certo se aquilo tudo era fascinante ou aterrorizante.
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  Leah e Embry, que já haviam notado a chegada de  e Seth à cabana, estavam em silêncio, um pouco apreensivos em como seria a interação entre eles. Embry tinha os olhos marejados de arrependimento, culpa e preocupação por  e antes da chegada dela, Leah tentava convencê-lo de que estava tudo certo com a não-quileute.
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  — Vê, Embry? Ela está bem! — Leah disse tentando confortá-lo de novo, assim que a mulher se aproximou dos dois.
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  — Não por minha causa, é óbvio.
   e os irmãos Clearwater encararam-se e Seth puxou Leah para que os outros dois ficassem a sós.
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  — Eu fiquei muito preocupada com você, Embry… Como você está? Está muito ferido?
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  — Você é muito gentil… Mas deveria se preocupar em estar perto de mim, . Eu sou a razão para tudo isso estar acontecendo!
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  — Eu nunca irei me afastar de nenhum de vocês, Embry! Não importa o quão difícil possa ser… Eu queria ser e sou uma de vocês! É como me sinto, assim como a Emily…
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  — Se não fosse por Jacob, Paul, Sam e Seth… Você não estaria aqui, … Eu me tornei… Um monstro.
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  — Não! Não! Pelo que eu sei, ninguém sabe o que você teria feito comigo! Você me guarda em suas boas memórias e isso não significa que você me faria mal.
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  — Quando se é um monstro de mais de dois metros, o mal sempre acontece, mesmo que não seja intencional.
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  — Embry… Para de falar assim, tá? Eu te amo e nada vai me afastar de você. A não ser que você não queira mais ser meu amigo.
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  — Não é questão de querer… Eu não posso mais ser.
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  — Essa noite, depois de descobrir tudo, eu juntei algumas peças soltas e… Emily… A cicatriz dela, não foi um urso, não é? Foi o Sam.
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  — Sim.
  — Eles se casaram e estão juntos apesar disso.
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  — Mas você não sabe dos sentimentos dele… Não é como se Sam pudesse ignorar o que sente por Emy e ela por ele…
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  — Exato, eles se amam! Sem dúvidas Sam tem medo e fica vigiando para que não faça nenhum mal a ela, mas o amor dos dois é muito maior, Embry. Apesar de nós dois não termos este tipo de sentimento nessa intensidade um pelo outro, não é como se…
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  — Ela é o imprinting dele, . É muito diferente. — Embry a interrompeu, calmo e com ar de mais sabedoria do que ela e até mesmo do que o seu “antigo eu”.
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  — Imprinting?
  — Não te contaram?
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  — São muitas coisas a se saber, e pelo visto…
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  — Imprinting é algo como… O grande amor da vida de um lobo. Nenhum outro lobo pode fazer mal a pessoa de um imprinting, porque é como atingir o próprio lobo. Sam vive por Emily, não mais por ele.
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  — Todos os lobos têm isso?
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  — Em algum momento de nossas vidas acontece, nunca é igual e não tem um tempo definido. Acontece de repente. Lembra que eu te disse que o amor acontece de imediato pelo menos para nós quileutes? E você não é meu imprinting, o que significa que eu não sei até onde eu posso segurar meu ímpeto violento… Nem mesmo Sam conseguiu em determinada vez… — Embry disse e os dois olharam para Sam e Emily que conversavam ainda com Paul.
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  — Você também me disse recentemente: “Quero que se recorde do Embry que você conheceu… Quero ver você feliz”. Recorda-se disso, Call?
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  — Sim, e quero mesmo que você seja feliz. Eu não sou mais o Embry Call que você conheceu na praia…
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  — Para mim, sempre será.
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  — Eu tenho medo do que eu possa te fazer, 
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  — Eu também. Não vou mentir! Mas eu acredito muito no seu coração, nos seus sentimentos e sei que você é muito mais forte do que tudo isso. Você sempre soube controlar seus instintos, não é? Então ainda que essa tribo Whitton diga o contrário, não é porque você se tornou um lobo maior e mais poderoso que signifique que você não se conheça.
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  Embry sorriu do tom de elogio usado por  que fazia parecer que ser um “lobo maior e mais poderoso” fosse algo bom. Ele a abraçou sincero e aliviado.  sabia que ele precisava ouvir aquilo dela, não era a transformação que o assustava ou que o revoltava, mas sim as pessoas das quais ele teria que se afastar, e as limitações novas que teria de impor. Mas agora ele sabia, assim como ela e todos os quileutes pensavam, que poderia ser apenas uma questão de tempo para Embry ter novamente o controle em suas mãos.
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  — Embry… Você também me disse que não entendia nada antes, mas que agora entende tudo, que eu não vim para a vida de vocês à toa. Que eu sou a chave de tudo… O que você quis dizer?
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  — Esses tempos na reserva Whitton me ajudaram bastante. Ajudaram a ver que você tem um papel fundamental entre nós. , eu não teria me transformado se não fosse você.
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  — Claro que teria… Sue me explicou.
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  — Sim, o que eu quero dizer é que eu não teria me transformado por agora. É algo ligado às sensações, à energia que você trouxe…
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  — Então eu sou culpada?
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  — Não! Nada a ver! Você entendeu mal… É complicado. Como muitas coisas que estão para vir, você descobrirá aos poucos. É algo da sua alma. E não se esqueça: eu também disse que eu quero, preciso e vou te proteger. Sempre.
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   e Embry se abraçaram sob os olhares de Jacob, que estava realmente feliz por eles estarem bem após tantos acontecimentos confusos.  estava realmente aceitando tudo de uma maneira muito melhor do que o imaginado.
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  — Agora entendo a primeira piada que você fez quando eu te conheci, Call…
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  — Não me lembro…
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  — “Sou um excelente cão de guarda!”. — Quando  respondeu, não apenas ela e Embry caíram na gargalhada como os demais presentes que acabaram escutando aquilo. Bruh era a única que não esboçava nenhuma reação, a não ser olhar para Jacob encarando a figura dele risonha a observar  de um jeito diferente.
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  Com exceção de Embry que precisou ficar sob os cuidados do povo Whitton e Leah que ficou com ele porque ainda não confiava em deixá-lo sozinho, todos os outros retornaram para à reserva quileute naquele mesmo dia.
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Capítulo Doze
Provocantes

  Depois de algumas semanas, Embry estava mais confiante consigo e sua capacidade de autocontrole, o que dava esperanças ao clã inteiro. Os meninos treinavam com ele e o treinamento também era útil para toda a matilha, afinal, todos poderiam estar predestinados àquilo.
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  Após a descoberta de algumas coisas começaram a ser esclarecidas, como o dia em que Jacob a levou para casa, no exato dia do lobisomem solto na mata; Charlie parou a viatura no caminho para falar com Black. Charlie sempre soubera dos lobos, afinal ele estava noivo de Sue, então fazia sentido que algumas coisas ficassem “ocultadas” pela autoridade local. Seria por isso que ele não tomava atitudes deixando Erick cada vez mais intrigado com os quileutes? E se Erick descobrisse?
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   ainda queria algumas respostas, mesmo passando-se algumas semanas, tudo o que eles lhe haviam contado ficava martelando em sua cabeça. E Bella… A figura da amiga fazia menos sentido ainda agora. Será que Swan sabia daquilo tudo quando esteve por lá?
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  Quando seu carro adentrou a reserva ela estava vazia, silenciosa de um modo incomum. estacionou o carro e desceu observando ao redor, cautelosa. O sol surgia de forma tímida e habitual entre as copas das árvores, e ela caminhou até o galpão de Black em busca de alguém. Acabou encontrando Jacob sem camisa, com uma bermuda rasgada e descalço. Estava sujo de graxa e mexia em uma moto. pegou uma pedra do chão e bateu na imensa porta do galpão, surtindo um inútil som oco, que ele obviamente não ouviu.
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  — Black? — ela chamou o nome do rapaz, entrando, e o homem, escutando, se virou para abrindo um sorriso largo e limpando as mãos em algumas estopas no chão.
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  Aquilo era algo que notou e se felicitava: Black aprendera novamente a sorrir já fazia algum tempo, mas ainda não era o sorriso descrito por Bella em seus e-mails. Não era o sorriso que a própria esperava e imaginava ser digno dele. Entretanto, era um sorriso que só quando ele se encontrava com ela, esboçava.
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  — ! — Jacob parou o que estava fazendo indo até a mulher e ela tentou o abraçar, no entanto, ele a evitou. — Não! Eu estou todo sujo!
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  — Não me prive disso, por favor — pediu ignorando o afastamento dele e se jogando com precisão a um abraço nele.
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  Quando se soltaram do breve abraço, ele fez um dos seus gestos que era o favorito de : olhou para baixo rindo e bufando pelo nariz, depois olhou para o lado direito como se pensasse em algo que pensava se falaria ou não, em seguida a encarava fixamente gesticulando com os lábios um tímido formar de palavras ou sussurros. Jacob fazia isso constantemente, como trejeitos de homem tímido, e aquela era uma das imagens que gostava de ficar repassando em sua mente sempre que Jacob lhe vinha em pensamentos… Aos poucos ela ia percebendo e se dando conta do quanto conseguia enxergar mentalmente cada milímetro de Jacob.
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  Então as palavras gesticuladas em mímica por ele, ganharam voz:
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  — Por que, ?
 — Por quê? Por que o quê?
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  — Por que pediu para eu não te impedir de me abraçar?
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  — Porque… Não sei, Black, mas… Faz bem para mim. Eu gosto. Acho que depois de tanto tempo sem um olhar sincero teu… Agora que somos amigos, qualquer toque é um troféu. — E os olhos dele arregalaram tentando manter alguma discrição.
  — Entendo… Veio nos visitar?
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  — Também.
  — Também?
  — Tenho alguns assuntos pendentes dentro de mim e que precisam ser desabafados… Mas antes… Essa moto é aquela que eu vi na reserva Whitton? — perguntou se aproximando um pouco mais da motocicleta e a encarando com admiração.
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  — É! Ela mesma! Não está linda?
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  — Você faz um trabalho realmente magnífico! Ela parece tão mais nova…
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  — Não era para tê-la levado, mas na emergência… Esta semana eu dei uma polida nela e ajeitei a pintura também… Falta apenas trocar os pneus, que espero conseguir fazer em breve.
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  — Conseguiu convencer Sue a te deixar dar ela ao Seth?
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  — Ãn… Ainda não. E acho que vai demorar um pouco mais para que ela mude de ideia.
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  — Do jeito que o vi dirigir, ela está certíssima — disse em tom de piada, e riu acompanhada de um sorriso de Black.
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  — Ele se empolga às vezes, é verdade… Mas eu nunca vi Seth cometer nenhum erro em cima de uma moto ou atrás de um volante. Ele é muito bom em pilotar.
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  — E por que está reformando-a se ainda não vai pertencer ao nosso garoto? Algum motivo especial? — disse analisando a moto e andando em volta dela com as mãos no bolso.
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  — Não… — Black começou a rir alto.
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  — O que foi? Eu disse algo errado?
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  — É que vendo você assim nessa pose e toda interessada… Até parece uma motoqueira rebelde com esses jeans rasgados e tênis.
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  — E quem disse que eu não posso ser uma motoqueira rebelde?
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  — Nossa… — ele disse aproximando e se encostando no banco da moto de frente para ela, a encarando com fulgor e curiosidade. — Agora eu fiquei curioso!
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   devolveu o olhar intenso, deixando a mente de Black vagar um pouco pela informação de que ela poderia pilotar enquanto seus olhos perscrutavam o corpo dela, assim como os olhos dela mapeavam as expressões dele. Depois de alguns segundos em silêncio, com aquela atmosfera palpável de “tensão e química” entre eles, riu e desconversou:
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  — E então, Black, você pode parar um pouco o que está fazendo para conversarmos?
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  — Claro! Vamos para a minha casa. — Black cobriu a moto, reuniu as coisas que utilizava, como algumas ferramentas, e os dois saíram do galpão, depois que ele lavou as mãos e enxugou-as em uma toalha surrada que havia ali, porém, limpa.
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  — Onde estão todos?
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  — Eu não sei… Estavam todos aí mais cedo antes de eu vir mexer na moto. Tentou olhar nas cabanas?
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  — Não vi ninguém quando cheguei, também fui direto ao galpão.
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  Black olhou em volta vendo todas as cabanas fechadas, quando chegaram na clareira do pátio.
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  — Ah! Lembrei! Foram todos à festa de aniversário do primo de Quil.
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  — Ah… E por que você não foi?
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  — Não temos muito contato. — Jacob abriu a porta de sua cabana a convidando para entrar.
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  — Billy também foi?
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  — Não, ele foi pescar. Meu pai não é muito social — ele disse rindo.
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  — Percebi. Igual a você. — Jacob direcionou um olhar óbvio e jocoso para enquanto os dois entravam pelos cômodos da cabana.
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  — Vem, pode entrar. — Black abriu a porta de seu quarto, mas ficou parada ao batente da porta, e ele percebeu, estranhando. — Não vai entrar?
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  — Não. Estou bem aqui, posso te esperar na sala também, se preferir.
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   estava um pouco sem graça com a intimidade entre eles, depois de saber todas as coisas dos quileutes e descobrir que Jacob vinha dormindo na porta de sua casa. Sem falar que aquele abraço na tenda da reserva Whitton foi diferente. Ainda mais aconchegante do que todos os outros poucos que eles tiveram nos últimos tempos.
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  — Você dormiu aqui na minha cama não faz muito tempo. — Ele provocou rindo e se sentando na cama. — Ou já se esqueceu?
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  — Nem um pouco.
  Black sorriu satisfeito com a resposta dela e deu de ombros. Sentou-se ao lado dele, e Jacob sorriu apertando a bochecha dela, como se a achasse ingênua. Se levantou e caminhou até seu guarda-roupas, tirou a camisa que estava manchada de graxa e a deixou recostada à cadeira, desviou o olhar sentindo-se enrubescer e Jacob puxou uma camisa limpa para vestir. Enquanto se vestia, ela espiou os músculos das costas do rapaz se movimentando e mordeu os lábios um tanto atrevida. Sacudiu a cabeça para afastar qualquer ideia errada que lhe surgisse e cessou o pequeno silêncio:
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  — Por que vocês não se dão bem? Você e o primo do Quil?
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  — Besteira dele.
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  — Que tipo de besteira? — ela perguntou, e então Jacob tirou as calças ficando apenas de boxer fazendo com que se remexesse incomodada, desviando o olhar mais uma vez.
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  Black virou-se para a responder e notou que ela estava tímida com ele e, sendo uma cena fofa e rara, decidiu tirar sarro de :
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  — Você se incomoda que eu fique apenas de cueca?
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  — É a sua casa, não é? Finja que eu não estou aqui… — ela disse tentando fugir da provocação, mas quando notou o sorrisinho e a sobrancelha arqueada de Jacob, ela bufou ao responder: — Pare de gracinhas! Apenas me responda e vista logo uma bermuda! Que tipos de besteiras, Black?
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  Jacob riu obedecendo as ordens dela e suspirou ao ter que falar daquele assunto que o irritava: Bruh Ateara.
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  — , você já deve ter percebido que a Bruh é um problema constante que eu tenho, não é? O primo dela me odeia por isso.
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  — Ah… Mas a Bruh ainda é muito nova e ela te admira, eu já te disse isso.
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  — Não. Ela imagina coisas. E eu também já te disse isso.
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  — Que tipo de coisas?
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   se levantou andando pelo quarto do rapaz até a janela e se apoiando nela. Ele estava de costas e então, caminhou até ela com um olhar estranho depois de ouvir a sua última pergunta. Se aproximou parando a centímetros de , e ela se conteve em não reagir de modo estranho, apenas encarando os olhos castanhos amendoados dele tão perto do seu rosto.
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  — O que está fazendo?
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  — O que você sente quando ficamos perto assim, ? — A voz de Jacob carregava um tom sério tal como o seu semblante que analisava de forma sensual o rosto atônito da mulher.
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  — Black… Ah… Eu não sei. — mentiu, mas sabia o que sentia: turbilhões no estômago, mas ela não arriscaria a dizer nada.
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  — Quando a Bruh faz isso comigo… Eu sinto raiva. Não sei por que, mas eu não gosto da ideia de tê-la tão perto — Jacob disse imóvel, encarando os olhos de de modo invasivo e forte, quase como se ele pudesse enxergar a alma dela, e o quileute continuou: — Não é como quando ficamos assim, você e eu… Eu me sinto bem desse jeito e você?
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  — Acho que… Também me sinto bem… É estranho, na verdade, o quanto me soa certo… — revelou sincera ainda controlando sua respiração e gestos.
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  Jacob sentiu-se eufórico com a resposta e sorriu tocando o rosto de , umedeceu os lábios e, sem desfazer o contato visual com ela, encostou as testas e permaneceu em seu diálogo:
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  — E quando a Bruh faz isso… Me tocando tão perto, eu tenho vontade de afastá-la…
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  — E agora? E comigo? — perguntou de forma repentina, fechando os olhos arrependida por falar sem pensar. Mas Jacob não respondeu à sua pergunta, apenas cheirou o pescoço dela devagar e delicado.
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  — Quando eu faço isso você não se sente… Invadida?
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  — Black… — ela apenas sussurrou o nome dele, não conseguindo evitar as reações de abandono aos toques dele.
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  Ainda mais ousado e desejoso, Jacob uniu seu corpo ao dela de um modo lento e preciso, passando seus braços na cintura de e subindo a cabeça do pescoço dela em direção à orelha, falou:
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  — Isso tudo não te faz pensar que eu vou beijá-la ou algo mais? — ele perguntou pausadamente, mas nada respondeu. Seu coração batia frenético em um descompasso novo para a mulher. — Esses tipos de coisas, … São coisas que a Bruh costuma tentar fazer. — Jacob afastou brevemente seu corpo do de , e os dois mantiveram seus olhares sustentados um no outro. , enfraquecida, uniu forças para ficar de pé enquanto escutava Jacob encerrar o assunto e se afastar dela aos poucos: — E ela faz isso imaginando muitas coisas que eu não quero que aconteça… Mas até tenho medo, .
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  — Medo?
  — Quando se fecha o coração e a alma para o amor… Nos enfraquecemos por muito pouco… E a Bruh não tem limites em suas provocações e nem se importa se eu só a vejo como uma pirralha. — Jacob afastou-se de como se nada daquela cena tivesse acontecido da forma intensa como pareceu para ela, dando as costas e sorrindo, se direcionou à porta avisando: — Vou tomar um banho. Fique à vontade, eu não demoro.
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  — Ba-banho? — perguntou confusa, baixinho e nem poderia ter respostas dele, já que Jacob havia saído tão efusivamente do quarto: — Isso é hora de dizer que vai tomar banho por acaso?
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  Sentindo-se abafada, tornou a se recostar à janela. Tirou seu casaco fino deixando o ombro à mostra, pois a camiseta que usava tinha alças finas. Ela refletiu no que Black dissera e compreendeu a mensagem. Há muito ele não se permitia amar e Bruh o provocava como ele fez com ela, por isso Jacob tinha medo de cair em tentação de forma imprudente, e aquilo o fazia sentir cada vez mais raiva das atitudes da garota.
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   olhou ao redor do quarto de Jacob e o cheiro dele estava em cada canto, o que não ajudava em nada no calor que ele a fizera sentir há poucos minutos, então saiu dali em direção à varanda. Novos banquinhos haviam sido feitos e ela observou mais uma vez, admirada pela delicadeza das mãos do rapaz quando esculpia. “Mãos firmes, mas delicadas”, ela pensou sentindo ainda a sensação dos toques dele no quarto. Sacudiu a cabeça de novo e escorou-se no gradil da cabana, ficando ali de olhos fechados pensando no momento passado no quarto e ouvindo o chacoalhar das folhas na copa das árvores. Até que Black retornou chamando a sua atenção:
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  — Pensando em que, ?
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  — Em nada… Apenas escutando o farfalhar das folhas… Sente isso? Eu sinto como se o vento pudesse me tocar e como se as folhas me falassem coisas que eu não consigo entender. Eu sinto que estou em casa aqui. E isso é tão estranho… — A mulher meditando, disse tudo ainda de olhos fechados. Jacob tirou uma mecha do cabelo mal preso de , que caía no rosto dela e colocou-a atrás da orelha.
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   abriu os olhos sorrindo e deparando-se com um olhar admirado dele. Mas tanto as írises de Jacob como as dela, buscaram pela boca um do outro, e corou automaticamente dando a ele outro sinal de que a havia provocado de uma forma um tanto perigosa para aquela amizade.
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  — Olha… Desculpe-me por aquilo, … Digo… A brincadeira no quarto agora há pouco…
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  — Tudo bem… Acho que eu consegui entender perfeitamente a sua analogia…
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  Black sorriu em perceber que ela não se ofendeu ou zangou. Na verdade, nem mesmo ele sabia o que estava fazendo com ela, mas sabia que se deixou levar e por muito pouco não cometeu algo que pudesse fazê-lo se arrepender. olhou para a mão do rapaz que segurava uma caneca de café, e dando-se conta de que não a havia entregado, Jacob lhe estendeu a bebida.
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  — Como você consegue tão rapidamente esculpir novas coisas?
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  — É uma terapia que faço quando estou nervoso ou quando muitas coisas estão me perturbando…
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  — Foi uma semana difícil de treinamentos com Embry e a alcateia, não é?
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  — Sim, mas não foi isso que me incomodou. Tem muitas coisas me incomodando há algum tempo desde a transformação do Embry.
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  — Se quiser conversar sobre…
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  — Obrigado. E quando eu conseguir mais lenhas eu vou chamá-la para esculpir comigo, que tal?
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  — Eu vou adorar! — Eles sorriram bebericando o café.
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  — Fale, . Você disse que precisava desabafar, então vamos lá.
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  — Charlie sempre soube de tudo?
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  — Somente a partir de algum tempo depois que ele e Sue uniram-se.
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  — E aquele dia na estrada, quando você dormiu lá em casa… O que ele disse a você quando nos parou no caminho?
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  — Ele havia parado para me cumprimentar, mas eu aproveitei para alertá-lo sobre o lobo. O que mais você quer saber?
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  — Nossa… São tantas coisas… Bem, se lembra quando Embry e eu fomos à praia de La Push pela primeira vez?
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  — Não é como se eu pudesse esquecer aquele dia — resmungou Jacob entredentes, encarando a floresta em sua frente com um sorrisinho provocador.
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  — Ei, eu ouvi. E entendi, tá? Mas… Por quê?
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  — Esquece… Apenas prossiga, eu lembro sim, o que é que tem?
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  — Tá, mas depois eu vou querer saber mais sobre isso…
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  — Bem depois. — Ele riu e se fez curiosa.
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  — Por que você não achou boa ideia nós irmos até lá?
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  — Quem lhe disse isso?
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  — Ouvi vocês sussurrando.
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  — Que bela audição! Foi por causa do perigo. Esse foi o mesmo dia do ataque do lobo, e os Whitton já tinham nos avisado.
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  — E nesse mesmo dia eu vi um vulto na janela e Sue disse que era o lobisomem, porém, pelo que percebi, um lobisomem é bem maior do que um humano. E eu escutei apenas um urro. O seu urro quando desceu…
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  — Você insiste nessa ideia… O que mais seria se não fosse um lobisomem, ? — Jacob empertigou sua coluna argumentando de volta e sentindo-se um pouco incomodado pelo rumo daquela conversa.
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  — Tenho lido notícias antigas de Forks e não são os lobos os primeiros a serem acusados de assassinatos, principalmente no bairro onde moro. — Ao escutar o que ela disse, Jacob ficou estático e sério.
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  — Foi um lobisomem. Não precisa se confundir com essas lendas do povo da cidade. Muitos adolescentes inventam histórias e colocam na internet como forma de popularizar nosso condado.
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  — E por que a sua feição enojada ao perceber o vulto? Você não age daquele jeito diante de um lobo. Não subestime minha inteligência, Black, olha onde eu já cheguei aqui… — encarou-o de forma desafiadora e esperta, como se tivesse o deixado numa sinuca de bico.
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  — , aonde você quer chegar?
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  — Eu não sei. O que falta a você me dizer?
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  — Nada.
  — Está certo… Por enquanto acho que é só… Eu vou acabar arrancando mais verdades, se não for de você… De alguém. — sorriu de maneira superior, mesmo tentando amenizar o clima denso que ficou entre eles, e desencostou do cercado da varanda sacudindo a caneca e indo para dentro da cabana de forma sensual, embora ela não soubesse que aos olhos dele soaram sensuais os seus gestos e perguntou: — Posso ir lá pegar mais café?
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  — Claro.
  Quando saiu, , de modo esperto, se esgueirou pela sala cuidadosamente observando quais seriam as reações de Jacob. Ele pôs as mãos na cabeça como se estivesse aliviado de sair de alguma furada e ela notou que ainda estava lhe escondendo algo. Entrou na cozinha e serviu o café, ao retornar à sala, ela ouviu a voz de Bruh Ateara e, de novo, se manteve escondida escutando.
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  — Jake! — a adolescente gritou.
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  — Já te falei que não é para me chamar assim. Está fazendo o quê aqui, Ateara?
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  — Eu soube na festa que você estava sozinho e dei um jeitinho de vir fazer-lhe companhia.
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  — Não precisa — Jacob respondeu arredio, e quando viu que ela se aproximava da varanda da cabana, Black se ergueu do apoio que seu corpo fazia no gradil da varanda, e olhou cuidadosamente de relance por cima de seu ombro.
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  — Como assim não precisa? Você é o meu alfa e não deveria ficar sozinho… Se a alcateia não te respeita, eu te respeito como meu superior e como alfa… — Bruh se aproximou sedutoramente dele e, relembrando o que ocorreu no quarto e como Black se incomodava com aquilo, saiu do esconderijo e apareceu na varanda, ao lado de Jacob.
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  — Ah, a Bruh está aqui?
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  — O que ela faz aqui?
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  — Boa tarde para você também, Bruh! Estou bem, obrigada! — respondeu de forma jocosa, estendendo a Black a outra caneca de café cheia.
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  — Jacob? — Ateara insistiu, contrariada e ignorando a presença de . — O que ela faz aqui quando todos estão fora?
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  — Eu te disse não estou sozinho. — Bruh deu alguns passos para trás, encarando e começou a se sentir raivosa. Jacob rapidamente se pôs à frente de , pois como a menina ainda era nova com o controle da transformação ele temia que ela pudesse machucar .
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  — Vai para casa, Bruh! — falou firme, mantendo o corpo de atrás do seu e a mais nova respirava de forma descompassada e a raiva era expressada em cada gesto dela. — Bruh! Anda logo! Se acalme e vai pra casa! Não me faça te punir!
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  A adolescente virou-se de repente para o caminho de volta à mata e saiu correndo para longe.
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  — Obrigada, Black… Ela vai ficar bem?
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  — Tudo bem. Não se preocupe, ela vai dar um piti, mas vai ficar bem…
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  — Desculpa, eu não queria causar problemas para ela… — continuou encarando o lugar por onde a mais nova saiu, sentindo pena da garota.
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  Black, no entanto, tirou os olhos da mata, aliviado e encarou com um riso de zombaria sobre Bruh, ao dizer:
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  — Você precisa ficar mais tempo por aqui… Ela nunca se afastou tão rápido quando pedi.
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  — Você não é um pouco rude com ela, Black?
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  — Não. Sou muito compreensivo até… Ela é muito mimada, consegue ser pior do que a Leah foi com o Sam, e já sabe que a Leah é osso duro, não é?
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  Os dois gargalharam e ficaram conversando várias coisas diferentes por algum tempo, até que Jacob chamou para andar na praia. Eles não pretendiam entrar na água, mas foi caminhando um pouco à frente de Black e só então ele notou a tatuagem que ela tinha atrás do ombro esquerdo.
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  — Por que será que eu não reparei nisso antes? — ele perguntou.
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  — Talvez porque eu nunca deixei exatamente à mostra? E quando eu estive de camisola naquela noite… Bem, estava escuro e…
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  — E você ficou com medo do lobo mau e já foi se enrolando nos lençóis. — Ironizou Black, fazendo parar de andar e dar um soquinho em seu braço. — Mesmo assim, é estranho que eu não tenha notado.
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  — Estranho por quê? Você fica espiando meu corpo, é? — brincou o deixando sem graça dessa vez.
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  Jacob desconversou e pigarreou. Parou de caminhar e tocou no ombro dela, tateando as linhas da tatuagem, observando melhor.
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  — Que oportuno… Um indígena tatuado no ombro?
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  — É… Um Cheyenne. Dos meus antepassados.
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  — Por que de repente você surge tão perfeita em nosso caminho? — Black perguntou suspiroso, depois de se pôr ao lado de , a encarando.
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  — Eu não sou perfeita, Black…
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  — Tente me provar o contrário qualquer hora.
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  — Você é que não tem percebido, mas se analisar bem…
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  — Eu te analiso muito bem — o rapaz disse a interrompendo e se instaurou um silêncio enorme entre eles. — E parece cada vez mais que você tem um propósito aqui, mas… Será que você pode me contar um pouco mais da sua história algum dia?
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  — Posso, não hoje. Está escurecendo e acho melhor eu ir.
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  — Já aviso que não vou desistir disso.
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  — Estamos quites, porque eu também não vou desistir de descobrir muitos mistérios que você tem, Jacob Black!
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  Jacob sorriu depois de fazer o gesto favorito dela: aquele de olhar para baixo, lados e gesticular palavras tímidas, dessa vez, não pronunciadas.
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  — Vamos voltar! Eu deixei meu casaco no seu quarto…
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  Ainda mais cúmplices, um tanto mais amigos e até mais íntimos, os dois subiram de volta à reserva, conversando, sorrindo um para o outro e com uma aura cheia de outras intenções ainda não nomeadas. Black levou-a de novo até seu quarto, e quando se abaixou para pegar o casaco na cama dele, Jacob repetiu o ato e fez suas mãos se tocarem. Os dois sentiram um choque elétrico percorrer seus braços, e se empertigaram ao mesmo tempo. Black pegou o casaco das mãos dela, foi até as costas de , e silenciosos, eles apenas sentiam aquela atmosfera nova, aquele calor crescente entre si. fechou os olhos sentindo as mãos de Jacob passando por seus braços vestindo-lhe o casaco, até que os dois se encararam frente a frente.
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  — Obrigada.
  — Não há de quê.
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  — Eu… Acho que já vou então…
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  — Antes… — Ele se aproximou devagar, mais uma vez, e tocou o rosto dela. Seus olhos se encaravam em expectativas e Jacob fechou os olhos rompendo o contato visual e a abraçou, afundando seu rosto na curvatura do pescoço de . Cheirou os cabelos dela e a apertava forte em seus braços. — Você disse para eu não a privar de me abraçar…
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  — Não mesmo… — respondeu também o abraçando.
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  Delicadamente, Black puxou mechas do cabelo de e afastou do pescoço nu dela, dando ali também outra fungada.
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  — Você tem um cheiro… Tão…
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  — Os cheiros guardam as memórias. Eu lembro — falou um pouco desconcertada e então ele riu jogando seu peso cada vez mais ao corpo dela, agora com um pouco menos de atmosfera sedutora.
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  — As melhores lembranças guardam os cheiros… É o contrário. — Ele riu de como quebrou o clima.
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  — Dá no mesmo.
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  Depois da resposta dela, os dois saíram e caminhou até seu carro, só então notaram que Bruh nem o percebeu estacionado à entrada da reserva debaixo de uma árvore, mesmo que ela tivesse surgido da região contrária.
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  — E aí, vai dormir na porta da minha casa hoje? — riu zombando ao perguntar sacana para Jacob.
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  — Não, mas quem sabe se você me convidar…
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  — Convite feito. E não precisa ser na porta.
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  Black fechou a porta de motorista por onde ela entrou e lançou a ela um riso sedutor, no mesmo momento em que ligou o som do carro e os acordes de “The White Stripes – Seven Nation Army” começou a tocar.
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  — Ousada, motoqueira e rebelde? A que veio me ver hoje está brincando com fogo…
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  — Se eu tivesse medo de brincar com perigo eu não me meteria com os lobos, não é? Se decidir, bata na porta. Só vou ficar devendo o pote de ração dessa vez… — Ela zombou mordendo os lábios e dando partida da ignição.
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  — Engraçadinha… Não me provoque.
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  Jacob queria dar a ela outra resposta mais ousada, porém, sentiu que as coisas estavam mudando rápido demais. Apenas se afastou acenando e viu que o carro dela acelerou com uma motorista de sorriso largo. voltou para casa radiante e se sentindo diferente de tudo o que ela já havia sentido desde que chegara a Forks. Naquela tarde, Jacob e ela deram um salto de quinze andares na sua relação sempre tão… Enigmática.
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Capítulo Treze
Uma indígena muito próxima

  Os trabalhos estavam cada vez mais agitados, e após a descoberta feita por sobre a planta encontrada na pescaria, ela dedicava seu tempo cada vez mais ao laboratório e à botânica. Em uma dessas tardes solitárias, recebeu um lindo buquê de flores, porém, sem cartão ou identificação. colocou as flores em um jarro bonito e passou a contemplá-las todas as tardes se perguntando quem as teria enviado. Uma semana se passou e ela dedicou-se cada vez mais aos seus estudos e ao planejamento da construção do laboratório, e não descobriu quem lhe endereçou as flores, porém, desconfiava, ou melhor, torcia para que fossem de Jacob.
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  Desde que Hernando e Julian fizeram a proposta naquele jantar, pensava no seu laboratório. Engajou-se em escolher e planejar da cor das paredes até a localização onde ficaria. Uma noite, estava a bióloga na sala desenhando um esboço do que ela desejava ser a planta da construção, quando observou uma sombra humana refletida no chão ao seu lado. Assustada, rapidamente olhou para trás, mas não havia ninguém dentro da casa. A mulher respirou fundo e encarou a porta e, por baixo dela, viu novamente uma sombra. Alguém aparentemente estava de fato em sua porta, e parecia disposto a entrar na casa a qualquer instante. Por sorte, o celular de estava em seu bolso e ela sacou-o já telefonando para Jacob. Ela estava morrendo de medo e, enquanto o aguardava chegar, foi atrás de algum objeto que permitisse que ela se defendesse. Todos os noticiários estranhos e misteriosos que havia lido sobre Forks e Kalil passavam em sua mente e ela tinha cada vez mais raiva por ter comprado aquele casebre.
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   se manteve acuada dentro de casa, espreitando agachada ao sofá de sua sala por qualquer movimentação estranha. Quando Jacob chegou, a mulher escutou alguns rosnados altos. “Seria Embry?”, pensou ela. Mas logo tirou aquela hipótese de sua cabeça, afinal, ela poderia jurar que daquela vez o vulto era de um humano. Não havia como ser Embry transformado. Black bateu na porta minutos depois, cerca de uns vinte minutos depois dos rosnados, e tudo já estava silencioso. Ainda assustada, caminhou até a porta para espiar quando ele bateu, deixando-a mais apavorada.
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  — ! Abra, sou eu, Jacob!
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  Assim que reconheceu a voz do quileute, abriu a porta com rapidez e se jogou contra o corpo forte e grande de Black. Tal como ela, Jacob também a abraçou de um modo protetor e angustiado, parecia preocupado em a proteger. Sem dúvida, não era Embry ali para deixar Jacob naquele estado.
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  — Quem era, Jacob?
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  — Vamos! Suba e faça uma mala, vou te levar para a reserva!
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  — Por quê? Quem era, Jacob?
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  — Era uma… Um… Eu não posso lhe dizer agora. Vamos logo, porque eu estou sozinho, Sam me acompanhou com Paul, mas eles já não estão aqui.
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  — Qual o problema de você estar sozinho? É muito perigoso?
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  — … Por favor, sem perguntas por enquanto.
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  Juntos, eles subiram ao quarto dela e Jacob a ajudou a preparar uma bagagem pequena com algumas roupas, itens pessoais muito necessários e, claro, as pastas de trabalho de , e seus documentos. Mal a mulher chegou à reserva, notou que todos estavam aguardando a chegada deles. Pareciam recém-reunidos e ansiosos. Embry, entre todos eles, era o único que parecia não ter saído da reserva para a mata. Os outros estavam ofegantes, como se tivessem realizado uma ronda noturna. Ele se apressou a ir de encontro a logo que ela desceu do carro, e a puxou urgente em um abraço acolhedor.
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  — ! Como você está?
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  — Muito assustada. Não era você, não é? — ela perguntou encarando o olhar aflito do amigo, que apenas acenou indicando em silêncio que não foi ele o motivo para algo ter aparecido em sua casa.
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  Sue dispôs-se a hospedar em sua cabana aquela noite, entretanto, a filha mais velha a encarou levantando a sobrancelha de um modo cúmplice e Billy, compreendendo o que Leah estava evitando, disse para dormir em sua casa, afinal eram apenas Jacob e ele.
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  — Tudo bem por você? — perguntou a Black, ainda um pouco sem graça após o último encontro deles.
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  — Claro, não é como se você não tivesse me colocado para dormir no chão antes — ele zombou tentando soar mais ameno.
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  Ao entrar em sua cabana, Black levou as malas dela para seu quarto e os dois se olharam um tanto divertidos pela ironia que estava sendo aquele “ir e vir” entre eles.
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  — Deja vú? — perguntou Black quando notou a garota paralisada em seu quarto encarando a cama dele.
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  — Deja vú — ela afirmou sorrindo.
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  — Pode tomar um banho se quiser.
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  — Obrigada, mas já estou limpinha. Vou apenas trocar de roupa!
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  Ela sorriu e saiu em direção ao banheiro da casa, segurando uma muda de roupa que puxou de dentro da sua pequena mala, e retornando para o cômodo, viu que Jacob havia preparado a cama para ela se deitar e estava ajeitando suas coisas no chão.
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  — Black, de novo não! — se aproximou do rapaz, tentando evitá-lo de forrar o edredom no chão. — Eu não posso concordar que você mais uma… — Jacob calou a mulher colocando a mão em sua boca de forma gentil.
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  — Eu jamais a deixaria dormir no chão. É anti-cavalheiro!
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  — Mas não é certo você dormir no chão! Eu posso dormir lá no sofá da sala!
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  — Está com fome? — Ele desconversou.
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  — Um pouco.
  — Eu vou jogar uma água no corpo, mas fique à vontade na cozinha. — Jacob saiu e em seguida voltou advertindo a ela: — É sério, , fique confortável para fazer o que quiser. Sem frescuras. Você é de casa.
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  A mulher sorriu agradecida e minutos depois estava na cozinha dos Black, tentando preparar uma pequena bandeja modesta com algum lanche para dividir com Jacob. Encontrou a chaleira de Billy sobre o fogão, encheu-a de água e notou que havia algumas latas de ervas para chá sobre o armário. escolheu camomila para que, de alguma forma, seu susto e seus pensamentos se acalmassem, e pegou também algumas torradas prontas que estavam no armário.
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  — Eu me sinto muito estranha de estar mexendo na cozinha do senhor Billy… — riu ao sussurrar para si, achando estar sozinha.
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  — Bobagem… Considere esta a sua casa — Billy falou com sua voz tão trovejante quanto a do filho, a pegando de surpresa e fazendo a garota dar um pulinho, ele sorriu. — Te assustei?
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  — Um pouco. Eu ainda estou sob o efeito letárgico do medo.
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  — Bem, o que aconteceu antes de você chamar o Jacob?
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  — Tive uma sensação de estar sendo observada dentro da sala, mas não tinha ninguém dentro da casa comigo. Não teria como, eu havia trancado tudo e saberia se alguma movimentação tivesse acontecido no andar superior. Mas quando olhei para a porta… Parecia mesmo haver alguém na varanda, Billy. Eu fiquei tão assustada que eu nem me lembrei de ligar para o Charlie que mora tão perto! Eu só… — sentiu a bochecha ruborizar um pouco ao se dar conta do que ia dizer ao mais velho, pigarreou e concluiu: — Eu só pensei no Jacob.
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  — Fez bem em chamá-lo. Foi melhor do que chamar ao Charlie.
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  — Quem ou o que era, Billy? Por que Jacob não quis contar para mim?
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  — Tudo ao seu tempo — Billy respondeu arredio e olhou para a bandeja e a chaleira.
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  — Desculpa, eu não jantei e o Jacob provavelmente está com fome. Ele disse que eu poderia vir e mexer na cozinha, então estou furtando parte do seu chá de camomila e torradas. Aceita? — justificou-se e riu fazendo Billy rir também.
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  — Eu aceito o chá, mas não precisa se desculpar. Me sinto feliz em ver você e o Jacob se dando cada vez melhor ao ponto de cozinharem um pro outro.
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  — É, a gente… — deixou a frase murchar antes de suspirar. — A gente tem se dado bem. Quero dizer… Eu não poderia negar a minha amizade, e um pouco das próprias torradas para um cara que vem dormindo na minha porta há meses, não é?
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  Billy deu uma gargalhada humorada.
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  — Brincadeira, Billy… Eu sou muito grata ao carinho e cuidado de todos vocês, embora esteja descobrindo tantas coisas… Es… Estranhas, vai! Tudo bem se eu disser isso?
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  — Claro! Não esperamos que você nos achasse normais ou até mesmo acreditasse em nós de primeira, mas você acreditou e está lidando com tudo com muita consciência. É como se você também soubesse disso tudo dentro de você há muito tempo, não é? — assentiu silenciosa. — E isso lhe torna muito mais especial, .
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  — Obrigada, Billy. Gosto de estar aqui, gosto de ser tratada como uma de vocês — ela confessou sincera, e um pouco tímida.
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  Voltou a preparar a bandeja, e o velho Black se manteve em sua cadeira a olhando. Ele observava o quanto caía bem a figura da jovem ali, em sua cozinha, como uma filha que ele não tivera.
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  — Traga mais torradas, a alcateia está aguardando você e Jacob na varanda. — Ela concordou e viu que o anfitrião saiu com sua cadeira de rodas silenciosa pelo assoalho da sua cabana.
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   aumentou o chá e a quantidade de torradas e seguiu para varanda, onde os quileutes estavam reunidos, incluindo Sue. A matriarca Clearwater ajudou a dispor o lanche e as xícaras à duas banquetas de madeira.
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  — Não sei se o meu chá é tão bom quanto o de Billy, mas sirvam-se. Eu garanto que ao menos ruim não é.
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  Enquanto serviam-se, Leah e Embry mantinham-se próximos, calados e distantes de . Ela percebeu, assim como percebeu que Bruh Ateara também estava ali, pois agora ela morava junto ao clã, naquele lado da reserva, na mesma cabana que Quil, Sam, Emily e Paul. Seth contou para , algum tempo depois, que Quil faria a própria cabana para que ele e a irmã pudessem morar e tentaria trazer Paul também, já que Sam e Emily precisavam de mais privacidade. Estavam há muito tempo juntos, era hora de começarem a própria família.
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  — , Jacob falou que você queria nos contar um pouco mais da sua história. — Black sorriu travesso e divertido, assim que o pai o dedurou na frente de todos.
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  — Ah… É. Pois é, Billy…
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  — E ele me disse que você tem um Cheyenne tatuado no ombro. — Seth completou a fofoca, porém, dessa vez recebendo um olhar de reprovação de Jacob.
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  — Ele é péssimo com segredos, foi você que me avisou, lembra-se, Jacob? — comentou para Black, fazendo com que ele sorrisse junto a ela, e os dois sustentaram um olhar de cumplicidade. Não perceberam que estavam todos prestando atenção neles, até que olhou para Sue e viu como o restante escondia sorrisos e fingiram não notar que algo entre ela e Black estava diferente.
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  — Fofoqueiro, eu? — Seth desconversou para tirar o foco dos amigos. — Bem, não fui eu quem viu a sua tatuagem e veio correndo me contar!
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  — Não saí correndo pra te contar nada! Você que veio me perguntar por que eu estava… — Black, irritado, quase confessou na frente de todo mundo que, numa tarde pensando em e suas similaridades com seu povo, ficou risonho a sós, ao ponto de Seth lhe perguntar “por que esse sorriso e essa cara de bobão?”.
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  — Sorrindo sozinho e com cara de bobo. — Seth o entregou, e Jacob lhe jogou um chinelo. — Agora sim eu fofoquei! Ele estava pensando em você, !
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  Jacob negou tímido para ela e desviou o olhar não só dela, como de todos os outros. Bruh não evitou a cara feia e levou um cutucão de seu irmão.
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  — Bem, fofocas ditas, sim, Seth, eu tenho uma tatuagem de um cacique Cheyenne no meu ombro esquerdo.
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  — Podemos ver? — Quil perguntou.
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   assentiu e conferiu se estava de camiseta sem mangas por baixo do casaco de moletom, e estava. Ela puxou seu casaco pelo braço e afastou os cabelos soltos para seu lado direito, deixando exposta a tatuagem delicada do contorno traçado em um rosto. sentou-se de costas para o círculo de pessoas, para que todos pudessem ver sua tatuagem. Sue, um pouco surpresa, se levantou de seu banquinho e aproximou-se de , tocando o desenho.
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  — É alguém em especial? — ela perguntou tendo os olhares cúmplices de Billy para ela.
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  — Este é meu avô. Lembram que eu contei que ele era um descendente de Cheyenne? Não tenho certeza disso também, porque eu não sei qual a tribo natural dele, se era mesmo um Cheyenne ou se apenas conviveu com eles, mas era isso que a minha tia Pearl me contava.
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  — Seu… Avô? — Sue, repetiu quase em um sussurro encarando Billy com uma expressão ainda mais surpresa, ela estava assustada.
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   continuou a contar e foi a vez de Billy se aproximar para ver.
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  — Minha tia… Ela tinha este desenho dele… Contava que ele passou muito tempo em outra tribo. E foi nessa outra tribo que a tia Pearl nasceu, eles viveram ali até os cinco anos de idade dela, depois todos foram para o Brasil. E foi por isso que o meu pai nasceu lá… Dentre os coxiponés. Se lembram que eu havia contado sobre isso também?
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  — Sim. — Assentiram, uníssonos, Billy e Sue.
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  — Tia Pearl me dizia que como ela era muito pequena, pediu uma recordação do rosto dele. Meu avô era bastante talentoso com desenhos, projeções, e o próprio fez um autorretrato que ele copiou de seu reflexo em um rio e entregou a ela. Muitos anos depois, minha tia levou a caricatura a um artista e pediu que ele a aprimorasse recriando a imagem em um quadro. E aí ela me deu a imagem da folha. Com dezoito anos eu fiz a tatuagem.
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  Enquanto escutavam, os quileutes mostravam-se atentos e curiosos, não só pela história de , mas pela reação estranha de Billy e Sue que pareciam ver algo totalmente inusitado diante de si.
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  — A Bella, desde que se mudou para Forks, não se comunicava muito comigo… Quer dizer, não diante das proporções que éramos uma para a outra, mas houve um tempo em que ela me mandava muitos e-mails contando sobre vocês. Ela dizia que depois que passou mais tempo aqui, lembrava-se de mim e do quanto La Push parecia ser “a minha cara”. Apesar de distante, apenas lendo, eu sentia que alguma coisa realmente mágica existia entre vocês… Algo que me deixava ansiosa em conhecê-los. E bem… Nossa! Vocês são lobos e homens!
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  — Realmente, ! Todos nos assustamos com a forma como você se encaixa nas nossas tradições — pronunciou Quil.
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  — Como assim?
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  — Como se você fosse uma de nós, perdida por aí — concluiu Paul.
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  — Acho que Bella acreditou que eu me interessaria muito em conhecê-los… E ela não errou.
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  — Pelo menos alguma coisa certa aquela garota tinha que fazer, não é? — Leah se pronunciou finalmente, após se manter em tanto silêncio, e fez com que os outros soltassem risinhos de deboche.
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   mais uma vez sentiu que ainda precisava de respostas sobre Swan. Será que Charlie lhe contaria agora que eles já tinham algum contato a mais?
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  — Você também havia dito sobre seu avô conviver em outra tribo… O que você sabe sobre isso, ? — Leah perguntou como se escutasse Sue e Billy mentalmente.
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  — Não sei muita coisa… A tia Pearl… Engraçado, ela tinha um livro que… — retesou seu conto. Ela abriu a boca, pega pela surpresa e encarou a todos, com olhos esbugalhados, surpresa.
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  — Quê? — indagou Billy.
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  — Tia Pearl tinha um livro de histórias, lendas sobre homens que se tornavam cães gigantes. — ficou ansiosa ao se lembrar e começou a dizer um pouco mais urgente: — Minha nossa! Ela me contava algumas histórias antes de dormir! Agora eu… Me lembro um pouco do livro… Havia desenhos… Tinha alguma coisa sobre uma profecia, mas… Droga, eu era muito pequena e não me recordo de mais nada.
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  — , sua tia te deu este livro? — Billy perguntou.
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  — Não. Das coisas que estão guardadas e que pertenceram a ela, o livro… Realmente nunca mais vi. Ela o escondeu de mim, eu acho. Eu não me lembro de vê-lo desde os meus oito anos. Mas… Nas poucas vezes que conversamos sobre isso, tia Pearl me contou que essa tribo onde conviveu com o vovô até cinco anos de idade, era mágica. Tinha segredos que ela e o pai adoravam. Ela não entendia nada, mas quando cresceu e releu o livro de lendas que o próprio pai dela fez, compreendeu tudo. Ela dizia que vovô, de todos os lobos, era o mais sensível… — abriu a boca chocada. — Minha nossa…! Espera aí! Ela… Agora eu entendo… A tia Pearl não estava me contando fantasias, não é? Era a minha história! O meu avô não era só um Cheyenne. Agora eu entendo… Ele era um lobo! Eu achava que era uma forma de apelido de tribo, mas… Céus…
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  — , se acalme. — Jacob se levantou, ansioso, afinal, a aflição de era palpável entre todos eles. A mulher segurava os próprios cabelos com olhos arregalados encarando o chão, como se em uma epifania descobrisse sua própria origem. Então, Black se aproximou de e a abraçou tentando a confortar: — Não fique nervosa, essas podem ser apenas coincidências…
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  — Billy, há chance de o meu avô ser um quileute? — a mulher perguntou e até mesmo Bruh, que desprezava qualquer coisa sobre , estava atenta e extremamente curiosa pelo desfecho daquilo.
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  — Não sei afirmar, … Este rosto…
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  — Faria sentido! — exclamou após notar que Billy e Sue se encaravam em silêncio como se quisessem chegar a alguma conclusão, e contou um pouco mais: — Faria muito sentido com algumas coisas… Digo, não só as histórias que tia Pearl contava quanto às manias que ela e o papai tinham. Meu pai era um tanto… Esotérico. Ele e tia Pearl tinham um certo ar pajeísta, trejeitos muito próximos do que vi no Brasil entre os coxiponés, mas também muito próximos do que vi entre vocês. Essa coisa, por exemplo, de vocês ficarem andando sem roupa por aí num frio do cacete!
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  Os garotos riram divertidos da desbocada e um tanto ansiosa. Ela, em contrapartida, não prestava atenção em nada, apenas ia contando e narrando as coisas que vinham em sua mente, como se estivesse lendo-as em um livro.
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  — Eu sempre reclamei com tia Pearl e com papai do quanto eles não sentiam frio, e apesar de vivermos em uma cidade quente, algumas ocasiões eram estranhas para mim. Sem falar que… Agora me lembrei também de algumas tradições que os Coxiponés tiveram comigo quando meu pai me levou ao Brasil… O selo no meu umbigo, as pinturas na minha cabeça… Os Whitton também tiveram um ritual parecido. Será que aquilo tudo teria a ver com o meu avô ser um lobo? Meu pai era um lobo como meu avô? Eles seriam quileutes? Ou eles seriam alguma coisa parecida com o que vocês têm sido?
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  O silêncio geral foi cortado apenas pelo suspiro pesaroso de Billy, que imediatamente perguntou, calmo, a Sue:
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  — Sue, o que você acha? Você tem uma memória muito melhor do que a minha para feições… E me parece que reconhece este rosto, não é?
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  — É ele. Eu tenho quase certeza — Sue afirmou e se aproximando de novo de , a afastou do abraço de Jacob para olhar mais um pouco a tatuagem. A mulher passou as mãos no ombro da jovem absorvendo e observando meticulosa cada detalhe do desenho. — Eu não esqueço o rosto dele. Satade Ratara.
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  — Satade Ratara — Billy pronunciou o nome repetido por Sue, como uma sentença.
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  — Sim! Esse é o nome do meu avô, mas eu não acho que falei… — arregalou os olhos e começou a chorar emocionada.
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  — Você não contou, . Nós realmente conhecemos o seu avô — Sue informou emocionada e acariciou o rosto de . — Foi graças a ele que eu aprendi muitas coisas e inclusive entendi melhor por que eu… — Olhou para Seth e Leah. — Me tornei o imprinting do pai de vocês.
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  — Ele conviveu conosco, . Satade não era um quileute nem um Cheyenne. Não tenho certeza de qual era a tribo em que nasceu, mas ele era um nômade. Conhecemos o seu avô quando ainda éramos bem jovens, Sue e eu. A mãe dele era uma Cheyenne e o pai um Quileute.
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  — Uma Cheyenne de nome Shauna chegou à nossa tribo, antes mesmo de Billy e eu nascermos e se apaixonou por Isaac Akira, um quileute. Akira era o alfa da tribo e partiu deixando-nos para viver com sua mulher na tribo Cheyenne…
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  — Akira? O lobo desertor é bisavô da ? — Sam e Jacob disseram surpresos. Aquela história era repassada a cada alfa da tribo pra que nunca mais se repetisse.
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  — … — Billy a informou rapidamente. — Se não estivermos errados, você é mesmo bisneta do lobo traidor de nossa tribo. Como sabe, um alfa não pode abandonar a sua alcateia, a menos que tenha alguém para repassar o posto. Nós ficamos sem um líder por muitos anos desde a partida de Akira. Foi o pior tempo de nossa tribo… A ausência do alfa nos coloca em… Vulnerabilidade, assim vamos dizer.
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  — Mas Sue me disse que Sam assumiu ser o alfa no lugar do Jacob até que ele estivesse pronto. Por que não foi assim com este Akira?
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  — Porque não havia outro lobo líder… A cada geração quileute, nascem ao menos dois lobos fortes o suficiente para serem alfas, mas a liderança segue uma hierarquia sanguínea, depois dos Akira, a linhagem pertenceria aos Black, mas… a tribo aguardava o herdeiro de Efraim Black nascer para tomar o posto. Em nossa família, antes de mim, todos os alfas despertados eram do clã Akira. Algo como os nossos anciãos chamavam de “a maldição de Efraim”. Algumas gerações nasceriam sem o sangue do alfa, e passaram a vir em outro clã. Quando Isaac Akira partiu, nós caímos em muita desgraça, e acreditávamos que não haveria um Black alfa de novo, até que eu despertei.
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  — Billy manifestou sua transformação aos catorze anos. Foram treze anos de perdas entre nós, muitas baixas humanas em Forks e uma década de nosso povo se escondendo dos… Perigos. — Sue contou. — Mas quando Billy retomou o poder do sangue dos Black, as coisas voltaram ao normal e nós quileutes nos reestabelecemos.
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  — Seu pai e eu fomos amigos, eu acho… — Billy informou para .
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  A garota tinha um vinco na testa assim como todos os outros.
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  — Shauna… Shauna Ratara? — perguntou a si mesma e Sue e Billy se entreolharam como se assentissem que poderia ser aquele o nome da Cheyenne da história que ouviam.
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  — Não temos certeza o nome da Cheyenne. Apenas sabemos que é Shauna.
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  — Papai contava que a avó dele se chamava Shauna Ratara. Mas ele não se lembrava do nome do avô. E que seu pai, Satade Ratara, era um descendente de Cheyenne que um dia se apaixonou por Serena Araybá… Uma indígena brasileira. A história de como meus avós se conheceram nunca me foi passada, mas… Eu sei que sou neta de Satade Ratara e Serena Araybá, e filha de Hana e John Mani Ratara. — pronunciou e quando Billy escutou o nome do pai dela, ele sorriu para Sue, que sorriu ainda mais largo do que ele. Billy concluiu:
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  — É… eu conheci o seu pai. E conheci seu avô por um curto tempo. Depois dos Cheyenne do Norte terem sido dizimados, Satade, filho de Akira, retornou à tribo. Eu tinha quinze anos e já respondia como alfa. Os anciãos do clã Ulley e Black me treinavam, mas… Há muito não sabíamos exatamente como lidar com um alfa, então eu vim aprendendo a ser um lobo líder um tanto na prática. Até que Satade surgiu e partilhou conosco seus ensinamentos deixados por Akira. Apesar de não ser um alfa, Akira passou muitos segredos de clã ao filho. Seu avô surgiu quando já era um adulto, e seu pai era um pouco mais jovem que eu… A sua tia, ela…
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  — Uma bela jovem por quem Billy se apaixonou! — confessou Sue, rindo. — Claro, antes de conhecer a mãe de Jacob. Pearl… É verdade, houve uma jovem Pearl por aqui que foi minha amiga no curto tempo em que conviveram conosco.
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  — Por fim, Satade ensinou muitas coisas a nós. Me ajudou a treinar, e seu pai participava dos treinos e ensinou a jovem Pearl e Sue sobre muitas plantas. Suponho que tudo o que você aprendeu foi com sua tia, não é?
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  — Sim… Apesar do pouco tempo que tive com ele, papai me ensinou algumas coisas, mas foi a tia Pearl que me ensinou muito mais… Eu perdi minha mãe no parto, não a conheci.
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  — Sentimos muito — Sue confortou.
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  — Bem, sobre seus parentes, eles conviveram conosco por pouco tempo, e partiram um dia, sem dizer para onde. Foi quando nunca mais vimos seu pai e sua tia e nem mesmo o velho Ratara.
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  — Eu sabia que tinha algo em você… — Sue falou maravilhada, emocionada, e puxando para um abraço.
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  Os meninos riram da feliz coincidência.
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  — Isso explica muita coisa! Afinal, alguém tem mesmo um pé aqui! — disse Quil divertido enquanto o rosto de Bruh ficou avermelhado e raivoso.
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  — Pois é! Agora sabemos a razão de nos sentirmos tão íntimos por você quando a conhecemos, . — Paul abraçou a mulher como se lhe desse as boas-vindas.
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  — Eu sempre soube que era uma de nós! — Seth sorriu alegre.
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  — Cala a boca, Seth. Quem sempre disse isso é a Sue! — Sam bateu na cabeça do mais novo.
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  — E eu sempre concordei! Até já tinha dito a não é, ?
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  — É verdade, o Seth já dizia que eu tinha alguma coisa quileute… Mas acho que não só ele, como Sue e Jacob sentiram também. Na verdade, eu sempre me senti ligada a vocês. E isso tudo faz muito sentido agora…
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  — Estou curioso com uma coisa… Qual é o seu nome paterno? — Jacob do nada abordou uma pergunta que naquele instante não soou ter nexo algum para .
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  — Mani . Por quê?
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  — Por que nunca se apresenta pelo nome do seu pai?
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  — Tenho muito orgulho do nome dele, não pense o contrário! Não há um motivo, desde a escola sempre fui apresentada por .
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  — Lembra que eu procurava um nome para só eu chamá-la? — Jacob falou a encarando profundamente nos olhos com um sorriso admirado, o que deixou a mulher constrangida pela atitude e pela intimidade que ele demonstrava com ela diante os olhares de todos.
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  — Lembro, Black… O que isso tem a ver?
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  — Mani. — Ele sorriu de um jeito diferente de todos os que já tinha mostrado até ali, para ela ou na frente dos outros. — Minha Mani.
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   sorriu enviesado, um tanto acanhada e surpreendida. Não sabia o que era, mas alguma coisa boa estava acontecendo entre eles. Jacob segurou as mãos de , ambos sem saber dizer desde que momento e aquele toque, o sorriso e olhares um do outro, apenas fortaleciam as borboletas que faziam revoada no estômago dela. Não puderam ficar muito tempo se deliciando com a surpresa que eram as novas sensações, porque Paul e Seth, gozadores, começaram a soltar uivos salientes de zombaria, atraindo não só a atenção dos atores principais da cena, como os risos de todo o público restante.
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  — Lobos no cio… — brincou olhando sacana para Seth e Paul, zombando-os de volta.
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  — Ela sabe ofender! — brincou Paul surpreso.
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  — Você não sabe de nada! — retrucou Jacob explorando cada vez mais olhares maldosos e piadas.
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  De repente, entre os muitos risos e euforia de todos, Sam surgiu transformado à frente de , rosnando, a defendendo. E, à frente dele, havia outro lobo em pronto ataque. correu os olhos em volta e estavam em guarda para se transformar caso fosse preciso: Seth, Quil, Leah, Paul e, ao seu lado, Jacob, com o braço à frente do seu corpo também a protegendo. Billy impediu Embry de tentar aquele esforço.
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   pensou um pouco encarando a cena e percebeu o que havia ocorrido: Sam estava protegendo ela de Bruh. A loba negra à frente de Sam, parecida com ele, era Bruh Ateara. A menina tinha problemas em controlar a raiva e depois do que aconteceu entre Jacob e , já era de se esperar que a intensidade do ciúme fosse a descontrolar. Embry tomou pela mão a guiando para dentro da cabana de Black.
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  — Fique aqui. Eu vou lá ver como está a situação.
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  — Espera, Embry!
  — O que foi? Você está bem?
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  — Sim, mas fica aqui. Eu… Quero conversar com você.
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  — Sobre o quê? — Embry ficou um pouco incomodado com o pedido.
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  — Você e a Leah estão me evitando desde que cheguei. O que aconteceu?
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  — Impressão…
  — Não adianta mentir, Embry. — o interrompeu.
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  — Você quer mesmo falar disso agora?
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  — Eu não pedi para conversar depois, pedi?
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  — Senta aí. — Embry, por fim, olhou para ela como se não quisesse que aquele momento chegasse: — Eu preferia que Leah estivesse conosco…
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  — Não, Embry. Se for preciso, ela fala comigo depois. — Impaciente, estava sendo um tanto direta. — Olha, desculpe, mas não faça rodeios, tudo bem? Você sabe que gosto das coisas bem claras.
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  — Você se lembra de quando estávamos na reserva Whitton e conversamos na tenda?
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  — Claro que sim.
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  — Lembra quando te contei sobre o imprinting de um lobo? — Imediatamente surgiu à mente de a conversa daquele dia.
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  — É eu me lembro, sim.
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  — A Leah teve um imprinting há algum tempo… Por isso ela voltou para nos visitar… — Ele olhou para de um jeito óbvio, indicando quem teria sido o imprinting de Leah.
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  — Por isso que ela não gostou de mim no início!
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  — Depois daquela noite, eu passei aquele tempo na reserva Whitton e ela estava comigo. Eu também tive um imprinting há pouco tempo, . E foi com ela, só então a Leah rompeu a barreira do segredo e me contou.
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  — Entendi. Você e Leah são o imprinting um do outro.
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  — Nós íamos te falar, mas…
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  — Por que não me contaram? Quer dizer… Nós não temos mais nada um com o outro, não é?
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  — Sim, mas achamos que você poderia ficar magoada… Pelo menos era o que eu achava até alguns minutos atrás, quando todo mundo percebeu o óbvio.
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  — Como assim?
  — Sabe… A Leah comentou comigo, mas eu não acreditei que você teria entendido tão cedo o que eu te disse.
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  — Do que você está falando?
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  — Você e o Jake lá fora… Alguns minutos atrás.
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  — Como? Ah! Não! Não, Embry! Black é só um amigo, nós não temos absolutamente nada um com o outro…
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  — É… Eu disse a Leah que ela estava enganada. — Embry analisou com uma expressão de sabedoria para ver se ela tentaria manter uma mentira.
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  — O que exatamente você quis dizer com “não acreditei que você teria entendido tão cedo o que eu te disse”?
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  Embry não pôde responder, pois Black surgiu na sala da casa com os olhos arregalados e chamando por .
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  — Está tudo bem, ? — perguntou aflito.
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  — Sim, sim. E com a Bruh?
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  — Já está mais calma.
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  — Vou deixá-los conversando — Embry disse levantando e novamente ignorando a pergunta de , não sem antes sorrir e lançar uma piscadela para a amiga.
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  Assim que ele saiu, Black pigarreou e sentou-se ao lado dela no sofá.
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  — Desculpe por aquilo… A Bruh se sentiu provocada e eu deveria ter ficado atento.
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  — Relaxe. Não foi sua culpa.
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  — E desculpe por isso também… — Ele apontou para o lugar onde Embry estava e para : — Por ter atrapalhado alguma coisa.
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  — Não atrapalhou nada, ele só estava me contando um segredo.
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  — Lobos quileutes não têm muito como guardar segredo… É difícil, sabe? — Jacob falou fazendo um sinal de fofoca em seu ouvido: — Muitas vozes na cabeça.
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  — Não tem um jeito de bloquear?
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  — Parcialmente dá para esconder algumas coisas… São mais os pensamentos que a gente pode ouvir… — explicou e perguntou a ela de forma curiosa: — Então você já sabe do imprinting deles?
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  — É, isso explica aquela carranca da Leah, né? — sorriu e cutucou as costelas de Jacob com o próprio cotovelo: — Você poderia ter me contado que ela só estava defendendo o território dela! Aliás… Parece que todas as mulheres de Forks implicam comigo por causa de homem, até parece que eu sou uma devoradora deles…
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  — Bem, se é, eu ainda não posso dizer, mas com certeza você soa como uma ameaça para todas elas. Exceto Emily e Sue…
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  — Você disse “ainda”? — indagou com ousadia tirando sarro do que Jacob havia dito, e então ele mudou o foco do assunto:
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  — Todos já foram para suas casas, menos Sue e meu pai que ainda estão lá fora conversando. Você já quer ir se deitar?
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  — Preciso falar com Julian antes, acabei me esquecendo de retornar a chamada dele mais cedo, quando tudo aquilo aconteceu.
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  — Ok, eu já volto. — Black beijou a testa de e saiu de volta à varanda para recolher as xícaras e bandeja.
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   se direcionou ao quarto, mandou uma mensagem a Julian se desculpando da demora e perguntando se poderia lhe telefonar apesar da hora. O chefe correspondeu-a de forma afirmativa, e ela tratou de alguns assuntos sobre seu laboratório.
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  — Eu acabei as minhas anotações. Quero dizer, o projeto do laboratório está pronto. Como você disse-me que entraria em contato com a construtora que vocês contratam, eu liguei para dizer que por mim já está tudo pronto.
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  — Ótimo! Vou agendar a visita deles com você para segunda-feira que vem, pode ser?
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  — Claro!
  — Já encontrou um terreno?
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  — É… Eu tenho pensado em algo em torno de La Push.
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  — Sério? Mas La Push não pertence à reserva quileute?
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  — Bom, é só uma ideia, eu teria que conversar com o pessoal da reserva, Charlie, prefeitura… Não sei. Eu gosto daqui, mas até segunda-feira estará resolvido. Prometo.
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  — Bem, se você não conseguir, avise para eu remarcar com a construtora. Eles irão exatamente para conhecer o terreno.
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  — Certo. Eu avisarei. E Julian… Muito, muito obrigada. A você e ao Hernando. Vocês não têm ideia de como têm sido importantes e generosos comigo.
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  — Nós apenas sabemos quem você é.
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  — E quem eu sou? — perguntou rindo amena, e achando o tom utilizado pelo irmão mais extrovertido, um tanto profético ou misterioso.
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  — Alguém com um futuro brilhante a quem nós queremos muito bem. Você tem grandes coisas à sua frente, .
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  — Obrigada. De coração, Julian.
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  — De nada. Não precisa agradecer. Fazemos o certo. Se não tiver mais nada a tratarmos, eu preciso desligar agora. Ash está chorando e chamando por mim… — Julian falou se referindo ao filho.
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  — Claro! Boa noite, Julian! Um grande abraço. Mande um beijo meu à sua família. — se despediu desligando sorridente e Jacob Black entrou no quarto.
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  — Boas notícias? — ele perguntou.
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  — Sabe… Forks tem sido tão… Não sei…
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  — Especial? Surpreendente?
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  — Os dois.
  — Vamos dormir! Já tivemos muitas emoções para uma noite… — Black falou fugindo do assunto que ele sabia que uma hora teria de abrir para ela.
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  — Sabe que eu tenho perguntas, não é?
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  — Sei, mas… Por favor, pode me dar uma noite para me preparar? — Ironizou ele, e rebateu:
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  — Para pensar nas desculpas?
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  — Não. Elas não funcionam mais com você e, de qualquer forma, você já começou a descobrir muitas coisas… É só que eu quero me preparar para te contar da melhor forma o que aconteceu hoje em sua varanda…
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  — Certo, eu vou escovar dentes e já volto para nós mudarmos a pauta do assunto e começar a discutir essa bobeira de você dormir no chão! — saiu sem dar tempo de Black retrucar qualquer coisa.
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  De olhos fechados, com água gélida escorrendo pela face, dando a cada gota impressão de navalhas afiadas, lavou seu rosto e congelou seus pensamentos em um tempo atrás. Um tempo não tão distante:
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  “— Algo me diz que tem alguma coisa na reserva quileute esperando você, . Pode não ser Jacob, mas há algo ou alguém lá a sua espera”.
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  A premonição do senhor Carter veio em um flash rápido que desencadeou uma corrente de outros flashes seguintes:
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  “— Você deveria levar um pouco mais a sério as “premonições” do Sr. Carter. É só um conselho. Costumam funcionar.”
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  “— Jake tem esse hobby e ele andou se empenhando no seu carro dia e noite. Na verdade ele tem se empenhado com seu carro, sua casa… Há tempos não o víamos assim.”
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  “— . Você vai deixar eu te mimar um pouco ou não?”
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  “— Não preciso da sua aceitação ou favores. É você quem precisa daqueles índios… Olha para você. Totalmente dependente deles.”
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  “— É tão complicado, … Você não faz ideia de como eu gostaria de contar tudo o que sei, mas não posso. Eu estava te protegendo. Passei todas as noites possíveis dormindo à porta da sua casa.”
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  “— Eu sei como é triste e doloroso ver alguém que você tanto gosta se transformando em algo diferente… Em algo que você não gosta.”
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  “— Eu não entendia nada antes, mas agora entendo tudo… , você não veio aqui à toa… Você é muito importante para todos nós. Você é a chave de tudo…”
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  “— (…) , prometa para mim que você vai deixar a pessoa certa te amar? (…) você não acredita no amor, (…). O amor, na maioria das vezes, se manifesta imediatamente, , pelo menos é assim conosco, quileutes… E você tem que deixá-lo se aproximar de você (…). Tenha calma e confie na intuição do seu coração. Você é forte, garota, e muito especial.”
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  “— As melhores lembranças guardam os cheiros.”
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  “— Minha mãe estava certa… Você é mesmo uma de nós.”
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  “— Existem muitos mistérios dos quais você vai conhecer, . Por enquanto, você deve apenas saber o essencial sobre nós.”
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  “— Ela… Acha que há algo dentro de você que guarda o espírito de um lobo…”
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  “— Eu sou uma de vocês agora… Não sou?”
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  “— O que você sente quando ficamos perto assim? (…) Quando Bruh faz isso comigo… Eu sinto raiva. Não sei por que, mas eu não gosto da ideia de tê-la tão perto. Não é como quando ficamos assim, você e eu… Eu sinto-me bem desse jeito e você? (…) Isso tudo não te faz pensar que eu vou beijá-la ou algo mais? (…) Mas tenho medo, (…) Quando se fecha o coração e a alma para o amor… Nos enfraquecemos por muito pouco…”
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  “— Sim, mas não foi isso que me incomodou. Tem muitas coisas me incomodando há algum tempo desde a transformação do Embry.”
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  “— Tenho lido notícias antigas de Forks e não são os lobos os primeiros a serem acusados de assassinatos, principalmente no bairro onde moro.”
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  “— Por que de repente você surge tão perfeita em nosso caminho?”
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  “— Isso explica muita coisa! Afinal, alguém tem mesmo um pé aqui!”
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  “— Pois é! Agora sabemos por que nos sentimos tão íntimos de você quando a conhecemos, .”
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  “— Eu sempre soube que era uma de nós!”
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   se recordou de tudo aquilo atordoada, enquanto escovava os dentes e se encarava no espelho. Oscilações de sentimentos mútuos, variantes do medo ao desejo, da dúvida à certeza, da confiança à curiosidade. Ao sair do banheiro, ela ficou alguns minutos parada à porta do quarto de Black, afastando todos aqueles pensamentos e com uma única certeza: esclarecer o episódio ocorrido no início da noite na porta da casa dela o quanto antes. Chega de segredos, Black!
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  — Tudo bem ? — perguntou Billy quando se dirigia ao seu quarto e a encontrou no corredor.
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  — Sim! Eu só estou… Pensando. — Ela sorriu e ele balançou a cabeça, negativo e rindo, achando que a garota só estava hesitante à porta do quarto de Jacob por outras questões.
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  — Boa noite… — Ele virou sua cadeira entrando em seu cômodo e antes de fechar a porta terminou lhe dizendo: — Novata quileute.
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  Feliz em ouvir aquilo, sorriu abertamente se apoderando do sentimento satisfatório que foi reconhecer um pouco mais da própria história, da origem de seus antepassados. Ela realmente poderia ser uma quileute. Seu avô era um lobo! Ela poderia ser uma loba. No fim das contas, a anciã Whitton estava certa: havia algo dentro dela que guardava o espírito de um lobo.
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Capítulo Catorze
Será que estou me apaixonando?

   percebia que não se sentia feliz daquele modo, como quando estava perto dos quileutes, há muito tempo em sua vida. Depois de ficar cerca de cinco minutos pensativa e parada à porta do quarto, ela entrou no cômodo se deparando com a figura também pensativa de Jacob, escorado à janela observando a noite. deixou sua necessaire no móvel ao lado da cama e tentou se aproximar silenciosa, pé por pé, mas quando iria tocar o ombro de Jacob, ele se virou alerta e segurou a mão dela a surpreendendo.
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  — O que você está admirando lá fora? — ela perguntou.
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  — Na verdade não há nada que eu possa admirar lá fora.
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  — Claro que há! Tem belas coisas por aí e você sabe disso…
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  — Não consigo pensar em nada melhor para se admirar, se não esse momento — Jacob falou de forma baixa, acariciando a mão dela, que ele ainda segurava e sustentando um olhar fixo ao dela.
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   não estava reconhecendo aquele Jacob Black. Ele havia se transformado em outra pessoa tão rapidamente que a mulher se perguntava onde estava quando aquilo aconteceu. A forma como os dois se sentiam mutuamente interligados, não soava real dado o tempo curto em que se conheciam e na verdade, mal tiveram um contato comum para se conhecerem. Tudo entre eles era sobre Jacob escondendo os segredos quileutes enquanto a protegia, e indo atrás dele desesperada por suas respostas. Mas será que eram apenas as respostas para os mistérios que ela buscava em Jacob?
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  — No que está pensando agora, loba? — Jacob perguntou risonho ao percebê-la em seus devaneios.
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  — Bem… — Mentiu, para não entregar que estava pensando na sua “relação” com ele: — Sobre o dia de hoje. Meu avô era um lobo, e todas essas coisas…
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  Black sorriu e, ainda com a mão dada à dela, ele a guiou pelo quarto para que sentassem na cama dele.
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  — Você é uma loba, afinal. Por isso nos sentimos tão atraídos por você… — ele explicou dando de ombros.
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  — Atraídos? Como assim? — arqueou a sobrancelha em dúvida sobre que tipo de atração era aquela que Jacob se referia, se ele estava lhe dando alguma indireta.
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  — Quanto mais você entrava em nosso mundo, mais sentíamos que era certo. Tentamos te poupar de se envolver demais, mas todos nós sentimos… Algo como se estivéssemos magnetizados pela sua presença… Paul comentou comigo que era como se você fosse a alfa, e não eu. — Black riu se recordando da fala do amigo. — E eu compreendi imediatamente o que ele queria dizer, porque mesmo eu sendo o alfa, pressentia que deveria seguir você por onde fosse. Achei inicialmente que fosse sobre estar muito perto do seu cheiro, fazendo a vigília da sua casa, mas aí, todos os outros relataram que se sentiam iguais. Mesmo Sam, com quem você pouco teve contato. Então nós começamos a ficar curiosos por quais motivos trouxeram-na para nós e por que você nos era tão familiar. Quando a nova transformação do Embry aconteceu, foi o momento em que Sue e meu pai acharam que era melhor, mais do que te proteger, te manter por perto.
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  — Mas pelo que eu entendi, os Whitton acham que eu sou a razão pra provocar isso no Embry…
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  — Não, não — Jacob a explicou calmo e didático: — Não é a razão. Eles acreditam que Embry está destinado a isso, como qualquer ser humanimado como nós: assumir uma face mais selvagem e evolutiva… Sobre você, a velha Makaul dizia que havia um espírito, uma energia sua conectada à nossa, e que isso surtiria um efeito de estímulo. Porém, mesmo que você não estivesse aqui, eles creem que as novas transformações podem acontecer.
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  — Está preocupado com isso? Com outros de vocês se tornando mais ferozes?
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  — Sim. Estou, não posso mentir. Mas nada me preocupa mais do que ser eu o próximo. Como alfa, isso pode ser um tanto quanto…
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  — Irreversível? Perigoso? — interrompeu completando o raciocínio dele, entretanto, igualmente preocupada.
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  — É isso. Tudo o que a gente desconhece é assustador, não é? — Black deu de ombros tentando aliviar a tensão do assunto. — Mas nós estamos investigando entre nosso passado qualquer coisa e averiguando com as tribos vizinhas.
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   assentiu sem dar-se conta de que ele contava a ela que havia mais do que os quileutes e os Whitton nos arredores de Whashington.
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  — Black, você acha que eu posso ser uma loba também? Que eu ainda só não… Despertei?
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  — Não. Ao menos nunca houve um relato tão tardio da manifestação. É comum que isso ocorra na puberdade humana, se você não manifestou, não vai acontecer.
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  — Quem sabe? Vocês não estão descobrindo novas coisas? — ironizou .
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  — É, pode até ser… Afinal, você tem alma ancestral quileute, mas eu acho que é só até aí que a sua conexão conosco se estende. Embora descender de nosso sangue não seja pouca coisa para nós. — Black e se encararam num misto de admiração, intimidade e mistério, e, avaliando o que estavam conversando, Black lhe perguntou: — … Você já pensou que o fato de você vir para cá pode não ter sido a Bella?
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  Aquela era a primeira vez que ouvia Jacob falar em Swan sem aquela repulsa de sempre.
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  — Mas se não fosse ela, como eu saberia de vocês?
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  — Acho que a Bella foi só uma artimanha para te trazer, mas ela não tem nada a ver com isso. Ela foi só… Um elo que o destino usou. Se o seu avô esteve aqui e o seu pai de certo modo… Quem pode garantir que você não teria nos buscado por uma força maior?
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  — Isso me lembra a premonição do Sr. Carter. Do que ele nos disse aquele dia, você lembra?
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  — Acho que eu nunca ouvi algo tão coerente entre as premonições do velho Carter. — Jacob riu.
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  — Black… Já que estamos aqui falando sobre isso, tem algo que eu também estava pensando…
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  — É sobre o que aconteceu hoje na sua casa? — Ele a interrompeu.
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  — Sim.
  — Eu não posso dizer. Espera mais um pouco, é só o que eu te peço. Sei que você deve estar cheia de dúvidas ainda, mas pouco a pouco nós vamos juntos responder a todas estas perguntas.
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  — Não precisa dizer o que era então, mas só me diz por que você estar sozinho era tão perigoso?
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  — A matilha unida é mais forte.
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  — Alcateia.
  — Como? — Black encarou com expressão confusa e ela começou a rir antes de o explicar:
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  — O coletivo de lobos é alcateia… Matilha é coletivo de cães. Não é possível que logo o alfa mal saiba como se referir corretamente ao seu bando!
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  — Você… — Jacob sorriu desviando o olhar incrédulo numa admiração jocosa pela mulher. — É uma implicante!
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  Jacob também começou a rir e depois de sacudir a cabeça em negativa, divertidos, eles se encararam mais uma vez. Black passou a mão nos cabelos de , colocando-os para trás e, a mulher analisou com cuidado o homem à sua frente. Concluiu que, definitivamente, não era o mesmo Jacob.
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  — O que está acontecendo? — ela perguntou a ele, abaixando a cabeça.
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  — Não sei. Eu… Posso afirmar que nunca passei por isso, mas todos dizem que eu estou melhor — Black confessou sincero erguendo a cabeça de pelo queixo, fazendo com que seus olhos e rosto se aproximassem sem que notassem.
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  — Confesso que sinto falta das suas oscilações de humor… Seus mistérios e sua instabilidade — falou como se estivesse descontente, e Jacob olhou para as próprias mãos, desapontado e soltando o rosto dela —, mas uma única coisa nisso tudo não mudou: seu olhar intenso, frio e amargurado.
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  Depois de ouvir aquilo, Jacob sentiu-se irritado, um tanto frustrado e realmente desapontado. Aquela era a imagem que ela tinha dele e não havia mudado nada?
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  — Então resumindo… Para você eu me tornei ainda mais repulsivo do que já fui?
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  — Não foi isso o que eu disse… — justificou com um sorrisinho discreto de quem havia conseguido o provocar e continuou: — Você perdeu um pouco do seu ar sombrio, daquela figura antissocial que eu conheci… Mas seu olhar tão repulsivo continua o mesmo.
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  Black soltou um muxoxo sarcástico e mordeu os lábios visivelmente irritado. Seu maxilar travado também indicava o quanto ele não gostou de ouvir as impressões de , e seus olhos já diminuíram formando as rugas na testa. Ela soube na mesma hora que ele estava a ponto de se levantar e a ignorar como fazia, mas travessa, começou a rir enquanto concluiu sussurrando ao ouvido dele:
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  — E o problema é que eu gosto de coisas repulsivas, como esse seu olhar de que é superior, quando na verdade, sabemos que eu é quem sou.
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  — O quê? — Jacob então sorriu tímido sem olhar para ela, percebendo que havia caído na provocação da mulher e abaixando a cabeça. Então foi a vez de erguer seu rosto para que ele a olhasse.
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  — Tem mais uma coisa que mudou em você que eu gosto muito.
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  — E o que seria? — A cumplicidade entre seus olhares era intensa.
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  — Você aprendeu a sorrir de novo. Eu não sei por que você não sabia, mas escondia um sorriso solar incrível e lindo dentro das suas trevas. Um sorriso que eu quero para mim. — não acreditou no que havia acabado de confessar, mas era a verdade mais impulsiva que ela já havia dito.
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  Black se aproximou devagar de , engatinhando pela própria cama e circundando a mulher até as suas costas, ele se sentou atrás de , recostado à cabeceira e a puxou contra seu corpo, de forma que, em um abraço íntimo, pôde se manter segura escorada no peito dele.
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  — Me deixa ficar assim? — ele perguntou segurando-se para não beijar a mulher. — Você está gelada.
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  — E você quentinho. É irritante esse calor quileute! Me faz querer ficar assim mais vezes… — Eles riram baixinho.
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  — Você pode me utilizar como seu cobertor quando quiser, mas nada te impede de se agasalhar, sabe? Não que eu não goste de trocar esse calor contigo… — Jacob ouviu o risinho malicioso dela e ruborizou, pigarreando e se explicando: — Não foi isso que eu quis dizer… — riu um pouco mais achando fofa a reação dele.
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  — Black, Black… Você está mudando da água para o vinho…
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  — Isso é ruim?
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  — Não. Eu gosto. Agora você até diz que eu posso me aproveitar do seu corpo quando estiver com frio! — gargalhou e ele a acompanhou, sem deixar de se sentir “enferrujado” com aquele tipo de conversa. — Mas eu prometo não abusar. Eu sempre tenho agasalhos no carro, mas eu acho que eu me esqueço de sentir frio de tanto que me sinto uma de vocês.
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  Black ajeitou-se melhor na cama e apertou o corpo de ainda mais em seus confortáveis braços. A moça sorriu e ergueu os olhos para encarar o rosto dele, estavam tão próximos e os olhares tão diretos… Ela já não tinha aquele pudor de antes com Jacob.
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  Em ato involuntário, encarou aos lábios dele, claramente sinalizando o que tanto desejava. Jacob também observou a ponta do nariz dela, avermelhado pela baixa temperatura da noite, ouvindo piados das corujas na mata próxima da cabana e encarando com a mesma intensidade aqueles lábios convidativos da mulher.
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   , de mansinho, ergueu um pouco o tronco, pensando se aquela barreira invisível entre eles realmente existiu. Jacob percebeu as intenções dela, mas não conseguiu se mexer. Os olhos dela eram intensos, e os sentimentos dele estavam tão bagunçados e confusos, que Black manteve-se imóvel para não cometer nada que pudesse se arrepender. Ainda não se sentia pronto para indagar por que o peito frequentemente acelerava perto dela. tocou o rosto dele com uma das suas palmas frias, e só então ele notou que ela estava pronta para tocar seus lábios com os dela.
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  — …? — O nome dela soou como uma dúvida no sussurro e olhar confuso dele. Aquilo foi um sinal para ela de que não deveria ter se deixado levar.
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  — Desculpe… — falou, ainda o encarando com desejo, e os lábios mal chegaram a roçar um no outro, a mulher foi se afastando, desvencilhando dos braços dele e se ajeitando para dormir.
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  — Eu não quis ser rude — ele falou preocupado em como ela poderia ter se sentido.
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  — E não foi. Eu é que me deixei levar… Está tudo bem, Jacob. — Ela sorriu amena, beijando o rosto dele e se deitando ao lado de Black, contudo, repousando o rosto no peito dele como se lhe pedisse para não sair dali. — Tudo bem ser meu cobertor por hoje?
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  Black assentiu e sorriu aliviado, deitando-se um pouco mais e puxando o corpo dela em um abraço protetor. Os dois adormeceram rápido e durante toda noite, Black era uma caverna aquecida, uma fogueira onde se mantivera presa. Por uma noite, se deu o direito de pertencer a ele, e ele, como se atendesse inconsciente ao pedido do corpo dela, não a privou de abraçá-lo. Não se deixou soltar dela. Por toda a noite.
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   não sabia o que viria naquela manhã após uma noite tão cheia de significados e ao mesmo tempo sem definição alguma. Não sabia o que aconteceria depois, mas já não se importava. Pensar nos fantasmas que atormentariam sua mente era uma injúria maligna para alguém que recebeu a graça tão grandiosa de ter o seu próprio lobo selvagem, domesticado.
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  Ao amanhecer, aquilo que ela pensou ser um sonho não era. acordou com calor e, olhando para cima, vislumbrou o rosto de Jacob que, mesmo dormindo, parecia tenso, pesado… Como se ele estivesse sempre alerta. E estava. Lobos selvagens não têm sono profundo porque é preciso que estejam atentos. Logo, ela soubera que para os quileutes também era assim. Contudo, apesar de compreender as memórias da noite passada antes de dormirem, não pôde deixar de sentir-se assustada ao se ver tão próxima de Jacob. Além disso, ela tinha nítida a cena do quase beijo. Ela tentou beijá-lo. Ela queria muito beijá-lo! Mas por que ele não correspondeu? Era unilateral?
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   encarou o peitoral atlético e esculpido de Jacob, sem perceber que suas mãos ainda estavam pousadas sobre ele, fechou os olhos e deslizou delicadamente a mão pelo peito de Black. Subitamente, um pensamento impróprio lhe ocorreu e a mulher, desconfiada e até decepcionada por não se lembrar do que lhe veio à mente, ergueu com cuidado o cobertor olhando por baixo. Aliviada, estava vestida e Jacob também. Ou melhor, não exatamente vestido, mas o suficiente para comprovar que depois daquele quase beijo, de fato nada teria acontecido.
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  Voltando a olhar para ele, Jacob ainda mantinha sua expressão séria e desacordada. Devagar, se desenroscou do aperto quente dos braços de Black. Vestiu seu hobby por cima da camisola e saiu do quarto a fim de melhor acordar. Precisava afastar também o calor incomum que sentia por estar nos braços dele.
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  Na cozinha, ela preparou um café da manhã em agradecimento a Billy e a Black pela tão simpática hospedagem, e claro, também estava agradecida a Jacob pela noite incrível com ele, mas esta era uma verdade que ela não diria. Já havia falado e feito demais. Pensou de novo no motivo pelo qual ele não tentou beijá-la de volta, até que Billy acordou e a encontrou na cozinha.
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  — Bom dia, .
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  — Bom dia, Billy. Como passou a noite?
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  — Bem. E você? — Ao perguntar-lhe, Billy sorriu e ergueu uma das sobrancelhas do mesmo jeito travesso que Jacob costuma fazer. Essa foi a primeira semelhança que notou em ambos.
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  — Dormi bem, sim — respondeu e sorriu para o mais velho tentando não demonstrar alguma reação que a constrangesse.
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  — Que ótimo. Espero que o Jacob não tenha roncado muito em seu ouvido esta noite. Quando fica muito cansado ele tem sonos perturbados — Billy informou ainda sorridente e ambíguo, encerrando o assunto ao complementar: — Vou buscar alguns ovos.
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  — Eu posso ir. Eu preparei todos os que tinham mesmo.
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  — Não é preciso. Termine de preparar seu café especial. — Billy manteve um sorriso feliz e girou sua cadeira saindo.
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   ficou observando-o por cima do basculante da cozinha e inclusive, descobriu onde ficava o pequeno galinheiro: atrás da cabana, um pouco afastado. Não tinham muitas galinhas, via-se que era uma produção para consumo.
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  Enquanto terminava de preparar a mesa do café, ela pensava no que o senhor Black quis dizer com “espero que Jacob não tenha roncado muito em seu ouvido”. Será que ele havia flagrado os dois dormindo juntos? Será que ele pensou que havia acontecido alguma coisa entre os dois? Ou pior… Jacob teria transmitido pensamentos por telecinese a respeito do assunto para seu pai? Se fosse a última opção a certa, já se sentia absolutamente irritada e traída com a probabilidade, embora tenha decidido não acreditar que Jacob fosse capaz de algo assim. Ela estava distraída quando Black surgiu atrás dela, acordado. Ele a abraçou por trás e beijou o pescoço de , lhe dando bom dia. Logicamente ela não esperava por aquela reação.
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  — Bom dia, Black.
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  — Como passou a noite? — perguntou ainda abraçado nela e virando-a de frente para ele.
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  — Bem… E você? — respondeu um tanto desconcertada.
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  — Que bom que fui uma boa companhia então — ele disse com um sorriso sacana e encantador em seu rosto.
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  A cena era cômica e constrangedora: Jacob e ela abraçados como um casal. Os dois se encarando e sustentando um sorriso desbravador, quando à porta da cozinha surgiu Billy flagrando os dois naquela aproximação bizarra. Billy arqueou a sobrancelha e olhou a cena curioso. Jacob notou a presença de alguém e virou o rosto para a porta dos fundos da cozinha, notando que seu pai sorria discreto, ao abaixar a cabeça. seguiu o olhar de Jacob e deixou o queixo se abrir em espanto e constrangimento.
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  — Essa cadeira tão silenciosa… — murmurou ela sem graça, e Jacob soltou um risinho em muxoxo.
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  — Já acordou, pai? — Black pronunciou sem jeito e totalmente envergonhado.
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   e ele se soltaram do abraço íntimo até demais, e ela retornou à tarefa de terminar de servir a mesa de café da manhã.
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  — Não. É só uma miragem sua. Ainda estou dormindo — Billy disse zombeteiro espreitando os dois que pareciam muito constrangidos ao seu olhar paternal. — Mas não se preocupe, acho que você não é o único tendo miragens, filho. Acho que eu também tenho tido algumas… — Billy disse olhando Jacob nos olhos e pronunciando para antes de sair da cozinha: — Já volto. Sua mesa de café está realmente convidativa.
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   apenas assentiu num meneio de cabeça e depois que estavam sós, Jacob, desconcertado, pediu antes de ir atrás do pai:
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  — Me desculpe por isso. Não achei que ele estivesse acordado quando te vi na cozinha preparando o café.
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  — Tudo bem — respondeu amena.
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  Jacob saiu e pôde soltar a respiração que estava apertada, até que seu rosto esboçou um sorrisinho ladino discreto por achar fofa a cena de Jacob constrangido diante do pai. Cada vez mais descobria e se encantava pelas peculiaridades do rapaz.
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  Mesa posta, ela rumou em direção ao quarto de Black para se trocar, mas no corredor interceptou um diálogo entre pai e filho ao qual ela espiou uma parte:
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  — Não é nada disso que você está pensando, pai.
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  — Não? É uma pena. Eu não me incomodaria nem um pouco.
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  — Do que está falando?
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  — É a , Jacob.
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  No momento em que Billy terminou de falar, Sue surgiu à porta chamando-os. correu para o cômodo de Jacob, mas ainda espreitou lá de dentro, atrás da porta, a última frase do pai dele:
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  — E já está na hora, filho — Billy disse e saiu em seguida.
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  Black estava sério e assim que o viu se aproximar, ela se afastou da porta. Ela mexia em sua mala quando Jacob adentrou calado.
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  — Está tudo bem, Black?
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  — Sim — ele disse observando-a mexer nas próprias coisas, e sentou-se na cama. — O que vai fazer?
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  — Tomar um banho e, depois do café, ir para minha casa.
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  — Você não pode ir para casa.
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  — Por que não?
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  — É perigoso.
  — Então você decidiu contar sobre ontem — afirmou se aproximando da cama e de Jacob, atenta.
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  — Ainda não. — Ele se colocou de pé à sua frente. Mexeu nos cabelos da mulher e, sorrindo com olhar distante, falou: — Mani.
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  — Nunca soou melhor — ela respondeu.
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  — Tenho certeza disso… Minha Mani. — Black divertia-se com isso.
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  — Olha que eu vou acabar me acostumando… — afirmou sorridente, suspirando e fechando os olhos.
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  Sentiu um calor aproximando-se do seu rosto, mas não quis abrir os olhos. O hálito refrescante de Jacob bateu no seu ouvido em forma das palavras: “é para se acostumar” e os lábios quentes de Jacob pousaram em sua face. Tudo executado o mais lentamente possível. Quando ela abriu os olhos, Jacob a olhava invasivo. distanciou-se pegando suas coisas e indo para o banho.
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  — Até logo… — Desnorteada pela ação que cada vez mais demonstrava a tensão e atração entre os dois, pronunciou baixinho e saiu deixando um Jacob indecifrável jogado à própria cama.
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   revisava os seus projetos que estavam guardados em uma pasta enquanto Jacob tomava banho, quando algumas chamadas perdidas piscavam no visor do seu celular.
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“Cinco chamadas não atendidas de Erick Jones”

  Em dúvida sobre o que o policial estaria buscando com aquele contato, lhe telefonou, mas sem sucesso. Erick não atendia à chamada. Pensou em tentar mais uma vez, porém, Jacob surgiu no quarto inteiramente molhado e enrolado em uma toalha. Black sorriu de modo sacana ao notar que estava hipnotizada o encarando. Aquilo tirou o foco da mulher que sorriu para ele e, desviando os próprios olhos para a janela, tentou falar novamente com Erick, de novo, não conseguiu. Ficou observando o celular em busca de alguma mensagem e preocupada com a anterior insistência de Jones. Teria acontecido alguma coisa?
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  — Aconteceu alguma coisa? — perguntou Jacob já vestido e aproximando-se dela.
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  — Não.
  — Parece aflita com seu celular. Alguém te ligou? — Insistente no assunto, Jacob a encarava, mas não achava prudente dizer que a aflição se chamava Erick Jones. Estava preocupada com o que Black pensaria a respeito daquele contato.
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  — Não, só alguns telefonemas desconhecidos. — Ela mentiu guardando o celular.
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  Black sorriu e os dois saíram do quarto, passando de mãos dadas pela sala onde estavam Sue e Billy conversando à porta.
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  — Bom dia, Sue.
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  — Bom dia, minha querida. — A senhora Clearwater acenou sorridente e discretamente olhou para a mão de presa à de Black, e amena cumprimentou o rapaz: — Bom dia, Jake.
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  — Bom dia, Sue. — Jacob soltou a mão de e chegou perto de Sue, depositando um beijo filial e muito carinhoso em seu rosto.
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  Sue intercalou os olhares dela entre Billy, e Jacob, bem rapidamente como alguém que tentava compreender o cenário. O que aquelas mãos juntas dos jovens queriam dizer? Ela notou que e Jake mal deram-se conta do que faziam, como se fosse um gesto automático, portanto, lançou novamente um olhar surpreso e curioso a Billy, que deu de ombros ao entender a dúvida da amiga. Sue nem precisou prolongar sua investigação ocular e discreta na observação do casal jovem porque Jacob em seguida, involuntariamente, confirmou a ela o que estava pensando. Mesmo que estivesse errada, não adiantaria: Sue já torcia para que aqueles dois ficassem juntos de verdade. Soltando-se do abraço com Sue, Black caminhou até , novamente pegando sua mão entrelaçando-a com a dele e guiando Mani até a cozinha, convidando a mais velha:
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  — Tome café conosco, Sue! quem preparou tudo! — Jacob falou sem esconder uma animação incomum, e lançou sobre um abraço de urso todo feliz e orgulhoso.
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   sorriu sem jeito para Sue, quando viu o semblante da mais velha a encarando com o típico sorrisinho sábio e malicioso que ela já havia visto também em Billy anteriormente.
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  — Obrigada, Jake, mas há três lobos famintos em minha casa que eu alimento. Logo eles acordam. Desculpe, , fico te devendo um café da manhã preparado por você. — Sue sorriu animada e orgulhosa, passando a mão de forma simpática nos ombros da garota que ainda estava meio abraçada por Jacob que não a soltara.
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  — Ah, tudo bem. Eu entendo — falou baixinho, tão sem graça quanto quase sufocada por Jacob.
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  — Fica para outra vez. Sem dúvidas não faltarão oportunidades. — Sue completou olhando para Jacob e ela. Entendendo o que ela disse, Black pigarreou, finalmente soltando-se de . Billy e Sue, mais uma vez, entreolharam-se cúmplices e se despediram. — Até mais, garotos!
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  — Até mais, Sue — Jacob e disseram uníssonos.
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  Assim que a Clearwater saiu, Billy, Jacob e foram à cozinha tomar café. Na mesa não havia muito o que falar. estava um tanto abalada com aquela aura de manhã entre namoradinhos adolescentes, e que nem mesmo era real. Billy olhava aos jovens adultos à mesa de um modo sorridente que assustava a mulher, e Jacob encarava sério o pai. Mentalmente, os dois dialogavam um contra o outro: Billy o provocando e Jacob ficando ranzinza com o mais velho.
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  O café da manhã seguiu tão rápido quanto em silêncio, entretanto, não era um clima desconfortável para os três. Na verdade, a convivência entre eles parecia bem natural. Foi quem quebrou o silêncio após terminar seu desjejum.
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  — Sem querer ser má educada, muito obrigada, Billy e Jacob, mas eu preciso ir.
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  Os dois olharam-se em dúvida. Na verdade, Jacob trocou um olhar duvidoso com Billy. Ele ainda estava preocupado com a mulher sozinha no bairro Kalil.
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  — Tudo bem, . Jacob a leva para casa, mas tem certeza que não quer ficar mais um pouco?
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  — Eu agradeço, mas eu tenho que ir para a farmácia e terminar alguns estudos… Ah… Isso me lembra de que… Billy…
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  — Sim?
  — Como sabe, estou no meio do projeto de construção do meu laboratório com investimento dos Vincent. E eu pensei em… Quero dizer, eu gostaria de saber se é possível que eu o construa pelos arredores de La Push, não só se você, como chefe da reserva, permitiria quanto como se há um lugar disponível para isso… — ela falou e notou que Billy franziu o cenho um tanto silencioso e pensativo e logo foi voltando atrás: — Mas eu entenderei perfeitamente se não puder.
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  — … Eu lamento, mas… Isso implicaria em… — Billy pausou e tentou uma negativa empática e didática: — Imagine se eu deixo você construir dentro da reserva e outras pessoas saibam… Eu já impedi muitas pessoas de trazer qualquer tipo de comércio ou empreendimento para cá e, embora eu confie em você, isso me faria perder a razão diante dos outros. Apesar de ser uma região vasta, esta é a nossa casa. E a nossa casa é uma reserva ambiental e histórica. Você compreende?
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  — Entendo. Imagine, Billy! Eu compreendo! Já havia permeado em minha mente que não seria possível, mas não custava ter certeza.
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  — Por que quer construir seu laboratório por aqui? — Billy perguntou genuinamente curioso.
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  — Eu me sinto muito bem em La Push. Seria incrível trabalhar por ali, e eu estaria mais próxima a vocês… — justificou sorrindo. — Estou ficando um pouco dependente dos ares da reserva — ela disse e ficou ruborizada em como o comentário poderia soar, e ainda mais sem graça quando viu que Jacob sorriu satisfeito a encarando.
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  — É compreensível, afinal você é tão solitária onde mora… — Billy, sorridente, depositou um olhar compreensivo sobre a jovem e, tentando ser discreto, olhou para Jacob que parecia querer perguntar algo.
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  — Por que não se muda para cá? — o rapaz falou, tomando certa coragem.
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  — Seria legal, mas não dá, Black. Eu comprei um elefante branco.
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  Billy e Jacob olharam-se de novo compartilhando pensamentos, dessa vez, concordantes, e então Black levantou-se da mesa se prontificando a ajudá-la:
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  — Bem, então eu vou pegar as suas coisas. Tem certeza que não quer ficar por aqui mais um pouco?
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  — Se você me falasse o que eu quero saber, quem sabe? Fora isso, eu não vejo problema de voltar para minha casa.
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  Jacob suspirou contrariado e seguiu ao seu quarto para pegar as coisas de Mani. Um pouco depois, eles já estavam dentro do carro, a caminho do Kalil.
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  — Black… Só me responde uma coisa?
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  — Hm?
  — Como chegou tão rápido à minha casa ontem?
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  — Por coincidência, eu estava por perto.
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  — Fazendo o quê?
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  — Então agora eu te devo explicações? — Jacob disse em tom divertido.
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  — Você me deve muitas explicações, Jacob Black. — Devolveu a brincadeira em tom óbvio.
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  — Eu voltava de uma entrega. Fui à Silverdale entregar uma mesa que esculpi.
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  — Ah… E a oficina?
  — Com os últimos acontecimentos eu dei uma parada, mas a obra já está pronta. Falta só a pintura e a decoração.
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  — E onde ela fica?
  — A dez quilômetros da saída de Forks.
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  — E quando você vai me levar lá?
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  — Quando você quiser — Jacob disse feliz e encantador. — Quer que eu a deixe em casa ou na cidade?
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  — Estou atrasada, mas preciso pegar meu carro antes de ir para a cidade.
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  — Se quiser eu te deixo lá e levo seu carro depois.
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  — Não, tudo bem. Não precisa se incomodar.
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  — Não é incômodo. Vou fazer isso, tudo bem?
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  — Tudo bem… — respondeu com uma expressão admirada e um sorriso simpático pelo gesto gentil dele. — Eu agradeço.
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   entregou a chave da casa para Black e ele a deixou na cidade, em seguida, então, a mulher abriu a farmácia e tirava a poeira da vitrine de vidro quando avistou Erick entrando na lanchonete. Certamente iria tomar café da manhã. Ela recordou-se das ligações dele e novamente tentou falar com o policial por telefone.
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  — Alô? Erick, bom dia. É a . Aconteceu alguma coisa?
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  — Bom dia, . Por quê?
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  — Você me ligou várias vezes…
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  — Ah, sobre isso… Eu gostaria de conversar com você. Pode ser?
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  — Claro. Estou na farmácia.
  — Daqui a pouco passo aí.
  Cerca de quinze minutos depois, Erick saiu da lanchonete e chegou calmo à farmácia.
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  — Olá, . Como vai?
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  — Bem, e você?
  — Seguindo… — Erick pronunciou um pouco misterioso e calado, prostrando-se escorado ao balcão da farmácia.
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  — E então, o que houve?
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  — É que… Ontem houve alguns ataques nas proximidades de Kalil e eu te liguei porque estava preocupado. Fui à sua casa, mas você não estava lá.
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  — É, eu fui para a reserva. Aconteceu algo estranho ontem e eu liguei para o Jacob que por sorte estava por perto.
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  — O que aconteceu?
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  — Acho que iam assaltar ou invadir a minha casa. Eu não sei bem o que aconteceria, porque felizmente não deu tempo. Eu me desesperei com a situação e por sorte, o Jacob chegou bem rápido.
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  — Sabe que pode me chamar se precisar, não sabe?
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  — Obrigada, Erick… Eu não te liguei porque… As coisas estão estranhas conosco, não é? Além do mais, eu fiquei bem assustada e o Black foi a primeira pessoa em quem pensei para pedir ajuda.
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  — Bem… Sobre isso… Digo, sobre nós dois… Eu te peço desculpas. Tenho sido muito idiota com você. Mas eu ainda sou policial e seu amigo, se permitir. Pode me telefonar em ocasiões como essa, . É o meu trabalho te proteger.
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  — Tudo bem… Espero não ser necessário, mas na próxima, eu conto com você — ela falou sorrindo, e antes que um silêncio por falta de assunto se instaurasse, lhe perguntou: — E o bebê?
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  — Que bebê? — Erick perguntou confuso, se erguendo um pouco do balcão e ficando tenso.
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  — Achei que sua namorada estava grávida.
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  — Jessica? Desde quando?
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  — Já faz tempo desde que ela me falou.
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  — Ela te procurou? — Erick àquela altura estava visivelmente nervoso com a informação dada por .
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  — Não necessariamente. Ela veio comprar um teste de gravidez.
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  — O quê? Mas… Quando?
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  — Ah, não lembro, mas foi no mesmo dia em que você veio aqui e, abusado, me roubou aquele beijo. Acho que já se passou um mês. Desculpe pela notícia, Erick… Eu achei que já soubesse.
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  — Tudo bem, deve ter sido engano dela. Ela me falaria se estivesse grávida.
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  — Falaria! Com certeza!
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  — Nós terminamos há algum tempo — Erick justificou um tanto ansioso pela reação de .
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  — Sinto muito. Vocês eram mesmo perfeitos um para o outro. — Sorriu, apesar do tom de ironia.
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  — E você, o que achou das flores?
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  — Flores? Espera… Foi você quem mandou aqueles arranjos?
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  — Sim. Gostou?
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  — Claro. São lindas. Mas… Por quê?
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  — … — Jones suspirou e se aproximou devagar do corpo de , que estava parado à sua frente e com cautela, Erick tocou o rosto da mulher fazendo-lhe um carinho delicado. — Não consigo ficar longe de você. É torturante.
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  — Não, Erick. — o afastou com singeleza, mas de modo certeiro. — Por favor, não. Não cometa o mesmo erro.
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  — Desculpe, eu não te beijaria sem seu consentimento, mas estou sendo sincero. Eu acho que me apaixonei de verdade por você e eu espero que…
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  Um som oco e alto de motor os assustou, interrompendo Erick. Os dois olharam para a porta da farmácia e Jacob apareceu entrando na loja. sentiu-se surpresa e indagou-se mentalmente se ele teria visto que Erick havia tentado beijá-la. Black e Jones ficaram encarando um ao outro, em silêncio. Jacob o olhou de cima a baixo e em seguida observou o cenário. Ele estava perto de e os dois pareciam estar em uma conversa tensa. Já Erick, sentiu-se enraivecido por ser de novo “aquela gente” entre ele e . O desprezo era palpável entre os dois: o lobo e o homem.
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  — Suas chaves. — Jacob estendeu as chaves do carro e da casa de em direção a ela, que as pegou ainda um pouco preocupada. — Nos vemos depois?
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  — Claro que sim, Black. — Ela sorriu abertamente para ele. Então Jacob sorriu de volta e, ignorando a presença do policial, se aproximou mais da mulher, abraçando-a de um jeito apertado e lhe deixando um beijo no pescoço.
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  “Que mania era aquela agora?”, pensou. Se era para a enlouquecer, não só estava conseguindo como a mulher também estava aderindo àquela louca atitude, e mordeu o ombro dele, como havia feito antes. Aquilo parecia estar tornando-se um “cumprimento de despedidas” entre os dois, tal como eles, impetuoso, ardiloso e de certo modo, selvagem. Jacob sentiu os dentes de roçando seu ombro, apesar da camisa, em um gesto lento e sedutor, e olhou para ela sorrindo provocante.
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  — Eu também estou gostando e me acostumando com isso… — sibilou baixinho para que só ela escutasse e então a soltou, virou-se para Erick e antes de sair, educado, disse: — Passe bem, senhor policial.
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  Erick demorou um pouco para voltar a olhar na direção de depois que presenciou a cena dos dois. Estava nítido, não estava? Ela havia mesmo se envolvido com o quileute.
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  — Bem, espero que as flores possam tê-la convencido a me perdoar — Jones proferiu após encarar a rua por um tempo silencioso.
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  — Tudo bem. Acho que podemos recomeçar do zero, como amigos. Não gosto de parecer uma ingrata com você que tanto me ajudou quando cheguei. Além disso, embora seus defeitos sejam… Enfim, eu gosto de você, Erick.
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  — Não acho que tenha sido ingrata, apenas ingênua com suas escolhas.
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  — Erick… — o chamou como se fosse iniciar uma discussão, e o policial ergueu as mãos em postura de rendição e interrompendo-a:
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  — Tudo bem. Eu fico calado.
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  — Sobre o ataque… Pode me dizer o que era?
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  — Não sabemos. Essa vítima apresentava os mesmos sinais no corpo que a maioria das vítimas de alguns anos atrás.
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  — Como assim? Que sinais?
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  — Foi assassinada como todas as outras vêm sendo, mas dessa vez o corpo estava inteiro. Não parece que um urso ou lobo selvagem possa ter feito algo. É coisa de gente.
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  — Então esse ataque, diferente dos outros, não foi por um animal?
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  — Não tem nenhuma pista que leve a isso. Ainda aguardamos o que perícia dirá.
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  — E quem foi o atacado?
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  — Marcos Swood. Um rapaz de dezessete anos. Poucos conheciam. Dessa vez não era turista, nem alpinista. O pai disse à polícia que ele estava voltando da praia com a moto.
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  — Bem… Eu ficaria satisfeita se me mantivesse informada sobre esses assuntos. Por precaução.
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  — Certo, eu aviso se algo ocorrer. Talvez você devesse colocar câmeras de vigilância na sua casa, .
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  — Hm… Não havia pensado nisso. É uma ideia.
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  — Bom, tenho que ir. Tenha um bom dia. — Ele se aproximou de novo mencionando um abraço de despedida e correspondeu.
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  — Até mais, Erick.
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  — Bom poder falar com você novamente — ele disse baixinho no ouvido dela e saiu.
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Capítulo Quinze
O que está acontecendo entre nós?

  O dia seguiu como tantos outros: pacato. Steve pegou o turno da tarde e foi para casa. Ela concentrou-se nos planos de seu laboratório e, procurando pela internet, encontrou um ótimo lugar para construí-lo. Decidida a não perder aquela chance, foi atrás do vendedor, mas o terreno já estava vendido, e como havia reservado aquele momento para a tarefa, optou por vagar em busca de outros possíveis terrenos em Forks.
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  Após muita procura, sem sucesso, a fome lhe indicou o momento de pausa. Frustrada, ela retornou para sua casa e dedicou-se ao jardim, que estava sendo destruído por lagartas já que a mulher não tinha tempo para se dedicar a ele ultimamente. Enquanto tratava-o, ela observou como aquelas lagartas estavam gordas, realmente enormes. Insetos que pareciam monstros. De repente, indagou-se, “Tudo em Forks sempre nos remete a monstros?”. Felizmente, se elas eram enormes lagartas, logo, seu jardim estaria repleto de lindas e grandes borboletas.
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  Todo aquele cuidado com o jardim era, de fato, necessário. fora bastante relapsa com as suas plantas que morriam aos poucos. O que era para ser um lindo canteiro de vida estava a ponto de se tornar um cemitério de flores, com exceção das suas plantas de estudo que se mantinham em um ponto de sua casa, mais artificial e protegido. Aquelas sim, eram as plantas pelas quais dedicava-se sem se descuidar.
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  Depois de regar flores mortas, a mulher permaneceu observadora ao analisar a fachada da própria casa. Por mais que a pintura fosse nova, tudo ali era sombrio. Um jardim fraco que mal florescia, um casebre velho que em tudo rangia e soava ventos solitários e assustadores. Nem o cheiro de lá era bom… Era uma mistura de floresta e bolor. Parecia que a vida não gostava de se manter em Kalil, e ela começava a sentir uma repulsa forte por aquele lugar. Ficou ainda mais pensativa a respeito da última conversa que tivera com Erick: “Onde será que ocorreu o ataque? Seria perto demais da minha casa? Aquele homem na minha porta teria alguma coisa a ver com o assassinato? Era um homem? O que Jacob viu? E qual era o nível de perigo que eu corria agora?”, tantas perguntas sem respostas martelavam em sua cabeça.
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  Por fim, ela entrou em casa e após tomar banho retornou aos seus estudos da alga marinha encontrada em La Push. descobrira há algum tempo que a planta continha um poder muito alto de antídoto para veneno. Fizera alguns testes de reação com algumas substâncias tóxicas e naturais, e à maioria delas o sumo da planta combatia. Sua intenção era desenvolver no seu laboratório uma fórmula medicinal com o sumo da planta. Também descobriu que a própria alga recém-retirada da água quando em contato com a pele, produzia enzimas capazes de acelerar a cicatrização de queimaduras e cortes na pele humana. Era uma excelente, valiosa e revolucionária descoberta! Se Hernando e Julian sabiam daquilo, ainda não tinha conhecimento. Os irmãos lhe diziam que Sue ajudou-os muito em seus estudos, mas Sue não reconheceu a alga quando mostrou a ela no dia em que a recolheu, portanto, talvez fosse uma grande descoberta científica e inédita.
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  Por volta das sete horas da noite, Jacob telefonou para a casa de e ela atendeu com uma voz mansa de quem estava contente e contida por ouvir a voz do rapaz:
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  — Oi, Black, já está com saudade? — brincou ela referindo-se ao fato de que há um dia estivera com ele.
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  — Posso dormir aí? Estou preocupado com você. — Surpreendendo-a não só com seu tom sério como pelo pedido repentino, Black também a deixou preocupada.
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  — Está ciente dos ataques, não é? — ela perguntou não obtendo resposta e após um breve silêncio, o respondeu: — Não aconteceu nada até agora, mas pode vir sim.
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  O ataque que Erick disse ter acontecido perto da casa de já a apavorava, mas depois de falar com Jacob e perceber o quão sério ele estava, seu medo apenas piorou, foi amenizado apenas quando seu lobo favorito chegou.
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  — E aí, como você está? — Jacob perguntou assim que entrou na casa.
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  — Confesso que a cada dia que passa eu tenho mais vontade de sair desse casebre.
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  — Por quê? Aconteceu algo?
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  — Você deve saber, não é? Ontem teve um ataque aqui por perto. Erick veio à noite para saber como eu estava e ele estava me contando mais cedo, quando você o viu lá na loja…
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  — Falando nisso… Vocês dois… — Jacob buscava as palavras.
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  — Nós?
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  — Voltaram?
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   não gostou da indagação. Sentiu-se brava pela pergunta de um modo mais emocional do que racional, pois sabia que ela e Jacob não tinham nada. Na verdade, ela não sabia bem o que ou que nome dar ao que sentia por Jacob, mas estava claro que alguma coisa mexia com os dois e apegava-se àquilo. Embora se apegar a uma ideia vaga de sentimento não fosse tão inteligente.
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  — Como pode me perguntar isso, Black? — Devolveu-lhe, irritadiça.
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  — Ele tentou te beijar. — A voz de Black sequer tremeu. Era de uma certeza de alguém que presenciara a cena.
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   arregalou seus olhos em surpresa enquanto o quileute a encarou, sisudo. Aquilo causou nela um pequeno temor de que a barreira antiga se erguesse novamente, mas isso era algo que ela não deixaria acontecer.
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  — Você viu…
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  — Sim, eu vi. Por que não deixou ele te beijar?
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  — Queria que eu tivesse deixado? — Os dois fizeram silêncio e não deixaram de perscrutar os olhos um do outro, quase apostando que havia ali uma aura de ciúme e medo do que ouviria.
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   tentava descobrir o que Black sentia, no entanto, mal sabia que o lobo tentava o mesmo não apenas sobre ela, mas sobre ele próprio.
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  — Só quero saber se não o beijou porque me viu ou se há algum outro motivo…
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  — O quê…? — ela sibilou incrédula e mais irritada ainda por esperar que Jacob já soubesse do óbvio, que tampouco ela sabia. respondeu rudemente: — Eu não deixei ele me beijar porque eu não quis! — E se levantou indo até a escrivaninha da sala onde trabalhava, numa espécie compacta de seu “escritório”.
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  A mulher começou a guardar as suas pastas, sendo visível os gestos de quem estava brava e já não falaria nada. Mesmo escutando os passos pesados de Black em sua direção, não desviou ou tentou evitá-lo, apenas o ignorou, concentrada em organizar aquela escrivaninha.
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  — … — Black chamou-a baixinho, bem perto do corpo dela, porém sem tocá-la. Apesar de imóvel ela não se virou para o encarar, estava respirando de modo ofegante, zangada, mas teve suas pernas enfraquecidas quando ele, de novo, sussurrou a chamando: — Mani…
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  — O que foi, Black? — perguntou um pouco grosseira apoiando as mãos na mesinha e respirando fundo.
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  — Eu… Falei alguma coisa errada?
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  — O quê? — Ela se virou ainda mais eufórica. — Você não pode estar falando sério!
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  — , se acalma! Você está tendo uma atitude exagerada! Foi só uma pergunta!
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  — Não, Black! Não foi só uma pergunta! Foi a pergunta mais cretina que você poderia ter feito a mim!
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  — ?! — Jacob estava assustado e tentou pegar a mão dela, mas se esquivou e foi andando até a cozinha.
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  — Olha aqui, seu lobo peludo e irracional! Se você não sabe o que disse de errado, então esquece! Não quero falar sobre isso! — caminhou até a cozinha segurando-se para não ter a ridícula atitude de bater em Black, afinal, não adiantaria nada. sequer teria forças contra ele, além do que, seria ainda mais ridículo do que o xingamento infantil que ela acabara de proferir. Jacob, no entanto, seguiu-a sorrindo:
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  — Lobo peludo e irracional? — ele perguntou tentando disfarçar uma risada, mas ela permaneceu séria e concentrada nas panelas que usaria. Ao perceber que alguma coisa muito estranha estava acontecendo, Black a pegou delicadamente pelo braço de forma que pudesse olhá-la nos olhos. — ? O que houve?
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  — Nada… Me desculpe… Esquece isso.
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  — ?
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  — Ai, tá certo! — resmungou diante da postura insistente de Jacob. — Por que você me fez uma pergunta daquelas?
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  — Eu… Só queria… Não… Precisava saber.
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  — Precisava? Por quê?
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  — Não sei! Não sei! Eu vi os dois lá… Eu achei que… Não sei, me desculpe! — Jacob atrapalhou-se nas palavras até organizar melhor as justificativas. — Depois que vi vocês dois juntos na farmácia e a tentativa dele de se aproximar, eu precisava saber se você só não o queria por perto ou se não era o momento. — Enquanto explicava para ela, Black andava de um lado para outro evitando encará-la.
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  Como bem sabia ele, não tinha nada com a mulher capaz de justificar seu acesso do que parecia ser “ciúme”, nem mesmo declarações, entretanto, os dois tinham uma noite passada. Uma noite onde ficou bem claro que não existia apenas o Jacob e a . Depois daquela noite onde eles apenas compartilharam a temperatura de seus corpos e nada mais, ele achava que ficou esclarecido que a partir daquele instante se tratava de Jacob e . Juntos. Dois. Dupla. Não era como antes, duas pessoas separadas, desconhecidas e distantes. Alguma coisa os unia, se não a proximidade ou a amizade, alguma outra coisa. E tanto Black quanto estavam certos de que aquilo tudo precisava ser esclarecido, afinal, ambos estavam apegando-se aos sentimentos vagos. Não era somente uma falha de .
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  — Black… O que está acontecendo conosco? Você também percebe que há algo…?
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  — Do que você está falando precisamente?
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  — Da noite passada, Jacob! Nós dormimos juntos e mesmo que não tenha acontecido nada além de só dormir abraçados, não podemos negar que a nossa relação mudou. E desde então eu estou cheia de dúvidas sobre nós… Por que você agiu comigo daquela forma? Por que essa manhã tudo estava tão… Diferente?
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  — Eu não sei, sinceramente, . Não sei nomear e nem explicar essas mudanças. E também não quero, não por enquanto.
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   ficou frustrada. Ouvi-lo dizer que não queria saber era o mesmo que não aceitar o que ela dizia. E para a mulher teria sido melhor o silêncio dele. “Não quero saber”, aquilo era algo positivo? Na concepção de , não. Black estava a afastando, então ela não emitiu som algum, não demonstrou feição alguma. Agiu, no máximo que pôde, naturalmente. Se ele não demonstrara importância ou interesse nas oscilações que havia entre eles, ela também não mostraria!
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  Ao perceber o silêncio de , Jacob voltou a se pronunciar na expectativa das reações dela, mas a mulher relevou fingindo uma distração com qualquer coisa desimportante.
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  — ?
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  — Sim?
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  — Está tudo bem?
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  — Está!
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  — , eu não quis parecer um cafajeste… Ontem foi… Aquele nosso momento, a cumplicidade é maravilhosa, eu só…
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  — Black, tudo bem. Não temos que falar nisso. — Ela interrompeu o ignorando.
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  — Temos sim… Me deixe explicar — pediu e ela o encarou, insatisfeita, e Jacob continuou: — É que eu tive um vínculo com uma pessoa, embora eu não sinta mais nada… Nem sei se senti. É confuso… É que… Você é especial, desde você eu já não sei qual a razão desse sentimento antigo, e tantas coisas foram mudando…
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  — Black! Eu não tenho a menor ideia do que você está falando. Não precisa explicar… Até porque nem mesmo você sabe o que dizer — declarou duramente e os dois ficaram uma brevidade em silêncio, apenas se olhando, até ela mudar o assunto: — Vou preparar algo para comermos. Alguma preferência?
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  — Não… Eu te ajudo.
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  E o assunto encerrou-se. Enquanto preparavam lado a lado o jantar, durante todo aquele período eles permaneceram em constrangedor silêncio, rompido apenas quando estavam servindo seus pratos e jantando de fato. Black observou-a levando a garfada à boca sem o encarar e, incomodado, deu voz a dissipar o clima:
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  — Eu preparei uma coisa para fazermos amanhã…
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  — O quê?
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  — Se lembra que você prometeu me mostrar seus dotes de motoqueira rebelde? Que tal amanhã? — Jacob sorriu e o acompanhou, finalmente.
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  — Seria uma boa, mas… Não tenho uma moto.
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  — Mas eu tenho. Duas. E amanhã bem cedo nós vamos pilotar.
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  — Eu tenho turno na farmácia às oito.
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  — Prometo ser pontual.
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  O assunto realmente aliviou os momentos anteriores, mas depois da decisão eles jantaram calados, observando um ao outro. Pensativos, cada qual em suas próprias neuroses, arrumaram a cozinha juntos. Com o dito e não dito, percebeu o quanto tudo aquilo era torturante, pois antes havia uma barreira e os dois mal se falavam, porém era suportável. Mas ali, naquele instante onde ambos já sabiam da importância um do outro… Todo aquele afastamento era dilacerante. No corredor, indo aos quartos para dormir, eles pararam em frente à porta do quarto de e, ainda abalados, se despediram estranhamente.
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  —
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  — Boa noite, Black. — Ela virou-se para entrar.
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  — , espera! — O rapaz a segurou. — Eu estraguei tudo, não é?
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  — Não. Está tudo bem. Estragar o que, não é mesmo? Boa noite. — Tentou sair, mas Jacob ainda segurava sua mão, o mesmo tom de voz e postura de insistência:
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  — , por favor… Não vamos ficar assim estranhos.
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  — É, Black… Você bagunçou bastante, sim. Você me bagunçou e revirou o que quer que estava indo bem entre nós… — dissera se controlando para não deixar lágrimas revoltadas caírem.
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  — Me deixa ao menos tentar me explicar melhor?
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  — Não. Não, Black. Eu estou cansada, com sono. Amanhã nós conversamos sobre isso se for realmente necessário. — Finalizou ela após dar um beijo de despedida no rosto do rapaz e entrar em seu quarto para dormir. Depois de tudo aquilo, só queria adormecer e não pensar em dúvida alguma.
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[ —– ]

  Ela despertou na manhã seguinte junto aos primeiros raios solares. Jacob, apesar de levantar cedo, ainda não estava acordado, uma vez que não o encontrou no térreo da casa. Ela abriu a porta da casa observando de sua varanda o início do dia ainda um pouco nublado. A entrada daquele casebre naquele horário proporcionava uma bela visão do nascer solar sobre a copa dos pinheiros, como se o Sol se ocultasse na densa mata à frente.
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  Enquanto inspirava a brisa matutina — com agradável cheiro de orvalho e uma pequena pontada desagradável de bolor —, ela se recordou de que raras vezes apreciara aquele momento lindo em sua quase “cabana dos horrores”. Ela observou o assoalho de madeira da varanda, repetindo de modo automático um gesto que sempre fazia na intenção de perceber a presença dos animais selvagens. Porém, aquele gesto já não causava as mesmas sensações. As sensações da misteriosa proximidade dos lobos. Porque naquela ocasião, já sabia de tudo. E ali, observando o seu piso coberto de poeira e nenhum pelo, a mulher imaginava qual seria a razão dos quileutes não mais a protegerem se ainda havia perigos. Perigos do tipo que faziam Erick procurá-la de madrugada para a alertar e ela ter que pedir socorro a Jacob.
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   entrou novamente em sua casa, preparada para iniciar a manhã com uma deliciosa xícara de café. Enquanto ela terminava a montagem do sanduíche com pasta de amendoim que Jacob tanto gostava, ele surgiu à porta da cozinha. Os dois ainda não sabiam ao certo como agir depois daquela noite cheia de tensão. Sentiam-se envergonhados por dizerem tanto ao não dizerem nada.
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  — Bom dia, Black. — Ela rompeu o silêncio com um cumprimento e um sorriso. — Dormiu bem?
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  — Bom dia, . Dormi e você?
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  — Mais ou menos — ela respondeu simples e Jacob se aproximou da bancada sentando na banqueta ao lado dela.
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  Ela estava de pé e Jacob virou o banco de forma que, sentado, ele ficasse de frente para e o corpo dela posicionado entre as pernas dele. O lobo a observava de forma intensa, analítico ao que poderia absorver sobre que humor ela tinha naquela manhã e, embora silenciosa, sentiu o olhar dele queimando sobre si.
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  — Coma — ela disse apontando para a mesa posta.
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  — Pasta de amendoim? É o meu favorito — Jacob falou pegando o sanduíche e ainda fugia do olhar dele servindo-se de mais uma xícara de café.
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  — É… Eu sei que é — concordou sentando-se ao lado do rapaz e mantendo-se em silêncio.
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  — … Sobre ontem…
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  — Black — finalmente o olhou à face e interrompeu o que ele diria, suspirou antes de declarar: —, não sei se eu quero falar sobre isso.
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  — Mas, Mani… Eu quero explicar. Eu preciso.
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  — E eu não quero ouvir! Não agora!
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  — Nós temos que falar disso! — Jacob foi um tanto enfático, tal como ela.
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   tornou os olhos para sua xícara, negando com a cabeça e bufando ao abaixar a cabeça. Black fechou os olhos arrependido por seu tom um tanto impetuoso e reclamou:
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  — Já estamos discutindo de novo.
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  — É isso que estou querendo dizer… Não estamos preparados… Na verdade nós não temos nem mesmo motivo para isso tudo. Temos? — falou ainda encarando a bancada.
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  — Temos! — Black proferiu certeiro e com singeleza ergueu o rosto dela para si ao tocar o queixo da mulher. — Mas concordo que podemos esperar para esclarecer qualquer coisa quando estivermos um pouco menos afetados emocionalmente.
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  — Ótimo! — ela declarou e, olhando para o relógio da cozinha na tentativa de afastar a mão dele de seu rosto, percebeu: — E então… Ainda vai dar tempo? — Black encarou ao relógio também e tocou-se de que precisariam ter saído bem mais cedo.
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  — Nossa! É mesmo! Perdemos a hora… Eu deveria ter levantado mais cedo.
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  — Eu também me esqueci do passeio… Me desculpe — pediu ela.
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  — Tudo bem. Nós dois fomos dormir tarde.
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  — Quando pode ser?
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  — Quando você quiser, Mani.
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  — Que tal amanhã? É sábado e eu não vou trabalhar.
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  — Às sete?
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  — Pode ser.
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  — Até lá então. — Jacob concluiu e beijou a testa dela, já se levantando para sair.
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  — Espera, Black… Aonde você vai?
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  — Embora? — ele respondeu com um sorriso calmo.
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  — Ah… Tá… Achei que íamos sair juntos… — mencionou um tanto confusa porque, apesar de tudo, queria passar mais tempo com ele, e constatar aquilo só deixava-a ainda mais perplexa com os próprios sentimentos.
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  Ela passou a mão na nuca, virando o restante de seu café em um único gole ansioso. Jacob começou a rir de modo discreto e fraquinho, como alguém que acha a situação engraçada e ingênua. Sacudiu a cabeça de um lado ao outro em negativa e encarou a mulher sentada na banqueta do lado, um tanto resistente entre ser “durona” ou pedir pra que ele ficasse.
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  — Ah … Você me perturba tanto… — declarou.
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  Atenta, virou seu rosto para encarar o dele acima de sua cabeça, foi surpreendida com os braços fortes de Jacob passando ao redor de sua cintura e a erguendo dentro de um abraço apertado, porém, acolhedor. Jacob deixou um beijo casto no pescoço dela e deixou um beijo indeciso no ombro dele. Os dois haviam então se despedido como sempre faziam. Ela o acompanhou até a porta e em seguida preparou-se para mais um dia de trabalho.
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Capítulo Dezesseis
Entre homens…

  Um pouco mais tarde naquela manhã, Erick surgiu na farmácia para deixar espalhado alguns cartazes de “procurado” nas paredes do estabelecimento como fizera por toda área comercial de Forks.
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  — Estes são os suspeitos dos ataques? — perguntou observando os rostos impressos nos papéis.
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  — Não. São assaltantes que têm importunado alguns alpinistas… — Ele ia contar um pouco mais sobre o caso dos ataques, mas a presença de uma das irmãs Parker adentrando o ambiente lhe chamou a atenção.
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   revirou os olhos em sinal de nenhuma paciência e se preparou para caso aquela fosse outra tentativa de lhe implicar, mas Daniela apenas a ignorou, sendo diretiva ao policial:
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  — Bom dia, Erick. — Abraçou-o. — Sumiu lá de casa, por quê?
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  — Daniela… Você sabe que não faz muito sentido, não é?
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  — Jessica está desesperada para falar com você. — A irmã mais nova dava o recado e o policial encarou-a, de certo modo, preocupado.
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  — Aconteceu alguma coisa?
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  — Aconteceram muitas coisas, não é, Erick?
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  — Bom. Ela pode me telefonar e sabe disso.
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  — De todo modo… Por que não passa lá em casa? Essas conversas devem ser feitas pessoalmente, não acha?
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  , apesar da pequena curiosidade, atentou-se somente em seu trabalho como se estivesse sozinha na loja. Contudo, desconfiava de que Jessica estivesse grávida de Erick como a mesma declarou semanas antes.
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  — Tudo bem, Daniela. Diga a Jessica que pela noite, ao fim do meu expediente, eu estarei lá.
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  — Claro! — Assim que terminou de falar com o policial, Daniela lançou a um olhar de vitória e a outra mulher sorriu ladina, em total piedade.
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  Era lamentável a cena que aquelas duas faziam contra , em achar que todo e qualquer homem de Forks a interessavam quando a mesma tinha olhos somente para uma região daquele condado. Erick ficou parado à porta observando a interação das duas enquanto Daniela caminhou na direção da gerente.
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  — Bom dia, Daniela — mencionou educadamente.
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  — Bom dia. Preciso destes medicamentos. — A cliente esticou uma receita, desprezível e sem sinal de cordialidade.
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  — Só um minuto. — encarou-a de cima a baixo e pôs-se a ler o papel e digitar algo no computador. Conferiu o registro médico assinado no papel bem como as dosagens passadas, em seguida entregou-lhe a medicação. Daniela pagou e saiu despedindo-se somente de Erick.
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  — Qual é o problema de vocês duas? — o policial perguntou para apontando o percurso da silhueta de Daniela.
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  — Pergunte a elas a razão da implicância. Estas duas, desde que eu cheguei aqui, me odeiam.
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  — É porque você é muito bonita, diferente e atraente, — Erick mencionou risonho dando de ombros e o agradeceu aos elogios. — Mas o que acha do que ela me disse? Será que a Jessica está mesmo grávida? — Jones lhe perguntou.
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  — Bem, eu não sei, Erick. Você é quem deve saber, não é?
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  — O que ela poderia querer falar comigo?
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  — Juro que também não sei, apesar de sermos amigas íntimas — falou ironicamente com cara de óbvia para ele. Erick riu, apesar de não esconder que o modo como Daniela lhe deu o recado deixou-o ansioso. também percebeu e tentou o despreocupar: — Fique tranquilo. Não deve ser nada grave.
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  — É. Tomara. — Por fim, Erick bateu no tampo do balcão e lançou um beijo no ar para , saindo em despedida. — Fique atenta aos cartazes, !
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  — Pode deixar!
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  E ela ficou. Durante os momentos vagos de clientela, alternou o trabalho com momentos de contemplação aos cartazes. Observou-os como se quisesse gravar a cara dos assaltantes em sua memória, também se mantinha curiosa sobre quem seriam os suspeitos dos ataques e quando seria possível ver os cartazes deles. Ao fim de seu turno, após ser rendida por Steve, precisou passar do supermercado da cidade.
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  — Boa tarde, Carter! — ela cumprimentou o rapaz que estava parado ao lado de uma prateleira e seguiu caminhando entre as gôndolas.
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  — E aí, ! — Peter acenou.
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   continuou suas compras e encontrou Scott apenas no caixa de pagamento.
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  — Olá, Scott!
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  — Tudo bom, ? — Simpático, sorriu para ela pegando os itens que a mesma colocava na esteira.
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  — Sim e com você?
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  — Vou indo…
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  — Parece cansado, Scott.
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  — Estou mesmo, um pouco.
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  — Hm… Scott, está tudo bem? — Preocupada com o semblante mais triste do rapaz, que era sempre tão risonho e altivo, perguntou o encarando sem se importar se pareceria indiscreta. Scott, por sua vez, suspirou longamente e parou de passar as compras dela pelo sensor e, com um toque de amargura nos olhos, encarou-a de volta. franziu as sobrancelhas tranquilizando-o. — Pode confiar em mim, Scott.
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  — Aceita sair comigo esta noite? Para conversamos.
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  Se o tom dele lhe ressoasse um resquício de galanteio, tentaria esquivar-se do convite. Mas não foi o que lhe ocorreu. Scott estava sério, como se decidido a ter alguma conversa realmente importante com ela e por isso não tivera dúvidas ao responder:
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  — Claro! A que horas?
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  — Pode ser às oito?
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  — Pode! Eu venho lhe encontrar na cidade.
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  — Combinado. — Ele sorriu forçadamente.
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  — E os seus pais? Como estão? — ela perguntou voltando a por suas compras na esteira e ele a registrá-las.
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  — Minha mãe foi acompanhar meu pai em uma consulta lá em Seattle.
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  — Está tudo bem com ele?
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  — Sim, são exames de rotina.
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  — Bem… Fico aliviada. — terminou de empacotar as compras e se despediu dele, embora ainda estranhando a reação do mais velho dos filhos Carter. — Até mais tarde então, Scott.
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  — Até lá. Se cuide.
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  — Você também! — Ela olhou para Peter mais afastado arrumando algumas coisas e acenou-lhe simpática: — Até mais, Peter!
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  — Beijão, ! — o mais novo lhe gritou sorridente.
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   saiu descontraída do mercado e até pensativa sobre o comportamento de Scott. O que estaria acontecendo com ele? Não era estranho que Scott estivesse em um mau dia, mas sim o modo como lhe fizera parecer que seu mau humor relacionava-se à própria . De repente, alheia à sua volta, esbarrou em alguém.
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  — Oh, me desculpe! — pediu esticando um dos braços na direção da pessoa e a ela também, erguendo os olhos.
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  Bruh. Bruh Ateara era a pessoa em quem esbarrou. A jovem quileute encarou a outra, a quem ela detestava com facilidade, de modo predatório, como se seus olhos transpassassem por dentro de . Mas, ao contrário do que imaginou, Bruh não ameaçou , que não via nada além de uma garota adolescente e revoltada diante de si. Portanto, a encarou de volta, sem abalar-se. As duas passaram em silêncio ao lado uma da outra, com a mais velha sustentando a intimidação de Bruh.
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  — O que foi, falsa quileute? Quer lutar? — Bruh perguntou zombeteira, quando notou que passava ao seu lado sem desviar-se de seus olhares e ameaçou: — Olha que eu faço um estrago, hein!
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  — Não me subestime, criança… Posso não ter as mesmas táticas que as suas, mas eu também sei ferir. Onde mais dói. — devolveu-lhe confiante e sóbria.
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  — Você acha mesmo? — Ateara retrucou, furiosa. — Não deu certo para ele uma vez e não dará de novo! Ele já sabe que garotas como você não podem curá-lo! — Soltou aquilo como se vencesse a uma provocação e saiu sorrindo torto. , porém, permaneceu confusa e estática.
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  Do que Bruh falava? Ela mencionara Jacob, era claro, mas… O que ela queria dizer com aquilo? Curar Jacob de quê? De que garotas estava falando? Não dar certo de novo? Apesar da sensação de perder informações importantes, tentou não dar tanto foco àquilo. Talvez Bruh só quisesse enganá-la ou dizer qualquer coisa para provocar reações em . Entretanto, era inegável que a jovem Ateara conseguira deixar irritada! Pensar em que garotas ela se referia ou situação, a fez rememorar as desculpas de Black na noite passada.
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  — Lobinha ridícula! Cachorra de meia-tigela! Quem ela pensa que é? Aquela pirralha… — xingava Bruh enquanto entrava furiosa em sua casa e de repente um lampejo racional veio à sua mente. De novo, as palavras de Bruh ressoaram como se a cena repetisse:
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  “Você acha mesmo? Não deu certo para ele uma vez e não dará de novo! Ele já sabe que garotas como você não podem curá-lo!”
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  E em seguida, mais uma vez, as palavras de Black:
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  “(…) É que eu tive um vínculo com uma pessoa, mas eu não sinto mais nada… Nem sei se senti. É confuso é que… Você é especial, desde você eu já não sei qual a razão desse sentimento antigo, e tantas coisas foram mudando…”
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  Se havia dúvidas antes de ouvir Bruh, depois, já não havia mais: Jacob tivera, ou ainda tinha, sentimentos por outra pessoa. Era alguém que definitivamente não deu ou não estava dando certo. Ponderou se poderia ser a própria Bruh… Mas não… Ele lhe garantiu que não a suportava! E depois… “sentimento antigo” ele dissera… Vasculhando suas memórias, teve um insight de outra conversa, mais antiga, entre ela e Embry:
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  “Sabe, , Jacob sente amargura. Ele era apaixonado por Bella, mas então… As coisas tomaram rumos diferentes. Ela deve ter te comentado algo sobre isso, não?”
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  Bella? A sua antiga amiga? Jacob falava de Bella? De certa maneira, até faria sentido… A garota como ela de quem Bruh falou, o sentimento antigo… Só poderia ser sobre Bella! Mas era tão estranho pensar que Jacob não conseguia se relacionar consigo por causa dela. Algumas coisas pareciam começar a fazer sentido, mas em todo o caso, não tinha a menor segurança sobre tal hipótese. Não sentia que fosse Bella a lembrança que se colocava entre ela e o quileute.
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  Durante o restante de seu dia, fez tudo o que pôde para afastar aqueles pensamentos. Estava começando a perder o controle sobre o que sentia. Jacob começava a ocupar uma parcela grande demais dos seus desesperos e tornava-se ainda mais, a cada dia, o motivo maior de sua insônia.
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  Às seis horas, parou com tudo o que fazia e foi preparar-se para escolher que roupa usaria no encontro com Scott. Concentrou os pensamentos no amigo, pois a preocupava vê-lo daquele jeito. Apesar da bela aparência e da excelente personalidade, Scott parecia ser muito solitário. O que era, também, muito controverso para alguém no qual a aura acarretava simpatias inúmeras, principalmente do público feminino. Daniela Parker que o diga! Scott parecia não ter amigos, sempre ocupado, sempre solícito, como alguém que cuida de tudo para os outros, mas não para ele.
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  Quando estava perto do horário de sair para ir até a cidade e o encontrar na casa dele como planejara, ela deparou-se com batidas em sua porta. Estranhou, pois justamente havia dito a ele que iria ao seu encontro, a fim de que não desse a entender ao garoto que era um encontro romântico, já que ela sabia dos sentimentos de interesse do rapaz. Mas Scott pareceu notar a intenção de depois que haviam se despedido e adiantou-se em ir buscá-la.
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  — Boa noite, ! Sei que disse que nos encontraríamos na cidade, mas fiz questão de vir buscá-la. É um tanto mais educado, não é? — ele falou assim que deparou-se com a mulher ao abrir a porta, de semblante confuso.
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  — Boa noite, Scott… Bem, eu… Tudo bem — disse ela, sorrindo ao final e o observando com mais atenção.
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  Ele estava muito bonito. Simples, mas irremediavelmente bonito, e a expressão cabisbaixa pareceu um pouco melhor. Talvez sair para conversar com ela o tivesse animado, e ficou feliz em ter aceitado o convite do rapaz, visto que poderia fazer-lhe um bem.
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  — Você está linda.
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  — Ah, obrigada, mas estou o mais natural possível.
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  — Eu sei disso — Scott respondeu com uma serenidade habitual de todas as vezes que rasgava elogios à amiga.
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  — Mas por favor, entre. Seja bem-vindo.
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  Scott adentrou a casa bem arrumada e aconchegante de , embora fosse igualmente sombria pela distância de tudo. Ele não deixou de notar os riscos, mais uma vez.
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  — Como consegue ficar tão só? Não tem medo, ? — ele perguntou com um humor fraco evitando ofendê-la. — Esse bairro… Me dá arrepios, confesso. E a sua casa tão solitária…
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  — Eu tenho medo, na verdade… Frequentemente, ainda mais. — Ela riu. — Mas eu a comprei, não é? Não vejo como me livrar dela e depois eu não tenho para onde ir por enquanto. Este é o único bairro disponível em Forks. Parece que as pessoas não querem sair daqui, mesmo apesar de tudo o que acontece.
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  — É… Tem razão. Mas você precisa de uma companhia.
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  — Uma companhia? — ela indagou curiosa e até irônica, porque se ele lhe sugerisse um cachorro, seria de fato engraçado.
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  — Sei lá — ele riu —, alguém para não ficar tão só… Um parente. Ou algo que a protegesse como um cão ou um marido.
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  — Eu tinha os lobos, mas parece que eles saíram de temporada. — Ironizou e reforçou: — E um marido? Sério, Scott? Não sei… Entre lobos e homens, acho que prefiro os lobos.
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  — Os lobos não deveriam te causar tranquilidade — o rapaz respondeu curioso, observando-a terminar de fechar a casa para saírem. — Não quer casar?
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  — Talvez um dia… Por enquanto, tenho outros planos.
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  — Entendo… Podemos ir?
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  — Sim, podemos. — pegou sua bolsa, apagou as luzes e trancou a porta da frente. — Aonde iremos?
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  — Nada público. Não queremos fofocas, não é? No seu caso… Mais fofocas.
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  — Sim, por favor! — Concordou risonha. — Algum lugar secreto?
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  — Um vilarejo próximo. Meia-hora de viagem. Mas garanto que não irá se arrepender.
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  — Tudo bem, eu gosto de vilarejos, lugares simples…
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  — E aldeias indígenas — Scott disse de modo objetivo.
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  — É. Você tem algum problema com isso? — perguntou recordando-se de quanto Erick era contra aquilo.
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  — Não. Eu também gosto, talvez você até fique surpresa…
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   não soube a respeito do que ficaria surpresa, mas enquanto ele dirigia, ela o observou meticulosa. O rosto pesado, a boca rígida, os olhos sem foco. Transparecendo uma alma assombrosa, perturbada, um fantasma interno. Ela estava tão desconfortável com aquilo! Ela queria e precisava ajudá-lo. Aquele não era o Scott que ela conhecera e qualquer que fosse o motivo de sua mudança, desejava que ele voltasse ao que era.
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  — Scott. O que está acontecendo? Você está tão triste e eu estou realmente preocupada.
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  — Está preocupada comigo? Por quê?
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  — Porque você é meu amigo. E eu sei que tem algo o incomodando… Não pode se abrir comigo?
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  — Desculpe, , eu não quero te preocupar ou fazê-la achar que estou sendo um imbecil de propósito… Fazê-la me desprezar ainda mais…
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  — Desprezá-lo? Eu nunca o desprezei, Scott. Nós já saímos tantas vezes, não é? Eu, você e o Peter. Menos vezes do que eu gostaria, mas em todas, acho que deixei claro o quanto gosto de você…
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  — Sim, deixou. E me desculpe, , talvez a culpa seja inteiramente minha por criar expectativas irreais. Mas acho melhor esperarmos chegar para conversamos sobre isso.
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  — É por minha causa que você está assim, não é? — Ele a olhou de soslaio, incomodado. E bastou. não precisava ouvir a reposta, estava clara. — Posso ligar o rádio? — perguntou ela.
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  — À vontade.
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  E no meio daquela música entorpecente e frenética, “From Now On” dos The Features, observou pela janela os pinheirais de Forks correndo como se tivessem vida própria. Começou a pensar no que dizer a Scott. Estava claro que o assunto dele era sobre o que sentia por ela. A sua mente traíra e cruel, no entanto, a importunava em distraí-la sobre Jacob ao invés de formular uma desculpa decente para Scott.
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  Jacob, Jacob, Jacob… sequer percebeu quando chegaram porque, como dito, ela travava uma luta interna consigo, segurando lágrimas, ódio e desejo por Jacob. O carro estacionou, ela de olhos fechados e escorada ao banco, e Scott a chamou algumas vezes.
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  — Você está bem? Chamei umas três vezes…
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  — Desculpa, Scott… Estava distraída.
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  — Ok… Vamos? Nós já chegamos.
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   assentiu sorridente, Scott abriu a porta do carro para que ela descesse e, ao fazê-lo, se deparou com um lugar incrível. Uma cabana com lâmpadas amarradas em cordas que se uniam, cabaninha por cabaninha; um pátio do tal vilarejo, que muito a lembrava a vila dos quileutes; pessoas sentadas em suas varandas, crianças correndo na rua, casais de namorados nas escadarias das cabanas e ao fundo, uma maior, por onde saía um som alto, barulho de vozes e risos. Era um bar. Típico “Saloon” de faroeste.
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  — Que lugar é esse, Scott? — perguntou sob uma expressão maravilhada em presenciar uma cena tão antiga de filme.
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  — Vilarejo Menitt Howa.
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  — É uma tribo indígena?
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  — Sim, mas não tão mais indígena há muito tempo… Alguns costumes foram mudados com o tempo.
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  — É um lugar incrível.
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  — É… Mas só tem isso — ele disse apontando ao redor deles e sorrindo. — As cabanas dos moradores e o velho bar.
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  Scott abriu a porta para que entrasse na cabana, ou “saloon”, onde o bar funcionava, enquanto a mulher esmiuçava com seus olhares atentos cada detalhe, cada pessoa.
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  — Tá brincando, Scott? Não tem mais nada?
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  — Não. É um esconderijo perfeito, não acha?
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  — É sim!
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  Os dois sentaram-se à uma mesinha ao fundo. O lugar parecia muito com os velhos salões de bebidas do faroeste que assistia nas antigas fitas de filmes, herdadas de seu pai. A não ser pela decoração cheia de carrancas, artesanatos de tribos e muitos rostos simpáticos que diferiam do cinema.
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  Scott fez sinal para uma mulher que aparentava seus oitenta e alguns anos, um cabelo negríssimo, com poucas mechas grisalhas que media até os joelhos, todo trançado; alguns penachos decoravam seu penteado, olhos pequenos e puxados. Lembrava o rosto dos asiáticos, mas a pele era vermelha, como da maioria das tribos americanas antigas.
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  — O que vai querer beber, ?
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  — Não sei, o que você vai beber ou me sugere? — disse admirando a mulher sorridente, que a observava como se a conhecesse há anos.
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  — Eu estou dirigindo. Quer uma cerveja?
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  — É, pode ser — respondeu absorta, ela ainda encarava a mulher de forma encantada. Aquela senhora era linda. Transmitia uma paz…
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  — Silakan melayani kita bir dan kaiak — Scott disse à mulher.
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  — Ya pak — a velha respondeu sorridente saindo em seguida.
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  — Mas o que foi isso? — perguntou com a boca aberta e o cenho franzido numa satisfatória surpresa.
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  — É a língua que eles adotaram ao virem da Ásia.
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  — Como sabe dessas coisas?
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  — Frequento aqui há bastante tempo… Eu trago a mercadoria para que eles vendam.
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  — São seus fregueses?
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  — Não. São meus amigos. Ninguém, até onde sei, de Forks sabe desse lugar.
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  — Além de mim?
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  — Sim e, claro, da minha família — ele disse rindo.
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  O astral de Scott começou a mudar. O que era totalmente compreensível estando naquele lugar.
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  — Eu forneço para eles a mercadoria a um preço pequeno, basicamente só repassamos o custo. É também nossa forma de ajudar, já que o que restou da tribo vive com tão pouco. Distantes de tudo. Eles também fazem os trabalhos manuais que são vendidos na estrada e têm suas receitas próprias aqui na cabana.
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  — Eu acho que você não poderia ter me trazido a um lugar melhor…
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  — É perturbador presenciar a forma como você fica diante de lugares assim… Imagino que foi o mesmo quando conheceu os quileutes.
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  — O que quer dizer?
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  — Seus olhos… Transmitem uma alegria que não vejo em você quando está na sua rotina. É como se você pertencesse a esse mundo.
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  — Seu pai estava certo quando me viu e perguntou se eu era quileute. — revelou e Scott espantou-se com o que ouviu. — Quero dizer… Eu não sou uma quileute, mas eu tenho sangue indígena.
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  — Sério? — indagou chocado de um modo positivo. — Isso explica algumas coisas.
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  — Meus pais… Eram filhos de indígenas.
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  — Você é realmente a pessoa mais surpreendente que Forks já viu… Nem mesmo os Cullen causaram tanto alvoroço nas pessoas.
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  — Os Cullen? — ouviu aquele nome e algo em si pareceu reconhecê-lo. Onde ou quem já havia lhe dito sobre eles?
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  — Uma família bastante singular que morou por aqui. Há alguns anos eles se foram. E a Bella foi com eles, ela casou-se com um deles, o Edward. Foi um grande evento… Ela destoava um pouco deles, não sei bem no quê, mas… Era estranho.
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  — Por que nunca me disse isso?
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  — Não sei, talvez não tivéssemos falado de nada que me levasse a comentar…
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  A senhora chegou com as bebidas ‘kaiak’, ‘ber’. Quando estava saindo, disse outras coisas para Scott e olhando para , sorriu:
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  — Dia benar-benar indah. Tapi masa depan mereka tidak menyeberang.
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  — O que ela disse? — logo perguntou, muito curiosa, sem tirar os olhos da senhora.
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  — Não entendi… — Scott, apesar de compreender, mentiu, pois não queria contar à moça que o que a senhora dissera foi que era realmente muito bonita, embora seus futuros não se cruzassem.
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  — Por que eu causo tanto alvoroço nas pessoas, Scott?
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  — Eu não consegui compreender ainda, mas… Papai disse que grandes mudanças vieram com você.
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  — E pode me dizer por que as pessoas se importam tanto com o que o seu pai diz…? Quero dizer, é como se elas confiassem na certeza das palavras dele.
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  — Meu pai nunca diz algo que não acontece. Ou que não tenha coerência.
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  — Ele é um tipo de profeta?
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  — Não. — Scott riu. — Mas sempre acerta, na grande maioria.
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  — E que mudanças são essas?
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  — Ele não diz. Acho que não sabe. Mas toda a cidade sente.
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  — Como assim?
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  — As pessoas sentem-se atraídas por você, mas não sabem se isso é bom… Não percebe isso?
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  — Atraídas? Por mim? — riu como se escutasse um absurdo. — E sentem medo?
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  — Não… É algo maior… — Carter disse aquilo como se estivesse buscando ou enxergando alguma coisa ao redor dela ou, ainda, como se soubesse que havia um mistério, embora, fosse incapaz de defini-lo.
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   e Scott beberam suas bebidas, encarando-se em silêncio. Ela esperando alguma resposta, e ele a analisando até declarar de novo:
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  — Seu olhar, … Ele é fulgurante. Anunciador de alguma coisa além do que podemos compreender.
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  — Você está me fazendo sentir como se eu fosse um mostro… — a mulher falou cortando o clima de suspense e fazendo Scott rir.
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  — Não. Só não é alguém comum. Nem surgiu para pequenas coisas. Conte-me! Como era a sua vida, suas relações com as pessoas, antes de vir para Forks?
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  — Ah… Eu sempre fui rodeada de amigos. Algumas intrigas também, mas para mim isso sempre foi normal.
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  — Sempre foi popular, não é?
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  — É, acho que posso dizer isso.
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  — Ninguém consegue imaginar você e a Bella como amigas. Principalmente porque a Swan era… Apagada. O contrário de você. Eu, por exemplo, sentia algo de sombrio nela. Acho que é por isso que algumas pessoas te evitam, ! Por saberem que a Bella trazia um desconforto para nós e quando se uniu aos Cullen isso ficou maior. Eles não eram más pessoas. Mas eram muito distantes de todos, um pouco estranhos. E acho que algumas pessoas querem ficar perto de você, pelo inverso, justamente porque para alguns, você desperta o contrário do desconforto de Bella.
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  — Bella não tem sido o melhor ponto de referência para mim desde que cheguei. Ninguém fala nada que possa explicar isso. Mas acho que ninguém sabe de fato sobre alguma coisa a respeito do que houve com ela.
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  — Só os quileutes. Eles devem saber, com certeza — Scott respondeu convicto sob um risinho sábio. No mesmo instante, sua expressão estava diferente de novo.
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  — Por que diz isso?
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  — Eles são conhecedores de todos os mistérios da cidade. É o povo mais antigo. Os primogênitos de Forks. É por isso que você é tão apegada a eles? Por causa da relação em comum com a Swan?
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  — Não. Eu realmente gosto deles.
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  — Quer outra cerveja? — Scott perguntou desviando o assunto para a bebida. Não precisava que ela de repente começasse a dizer o quanto era apaixonada por algum quileute, como o mesmo desconfiava que seria.
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  — Sim, por favor.
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  — Quer experimentar uma comida típica daqui?
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  — Hum, claro!
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  — Rasa Tanah. Rasa significa sabor e Tanah, terra. É o que eu mais gosto, na verdade é um prato à base de carnes e tubérculos.
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  Depois de explicar a , Scott chamou a velha senhora e fez os pedidos.
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  — Você me parece à vontade aqui.
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  Sim. É meu refúgio. Surya, além de tudo, sempre foi uma grande amiga, uma ótima conselheira.
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  — Surya… É o nome da senhora que nos serviu?
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  — Sim. Ela é a Ibu pemimpin keluarga da vila. A matriarca. É a mais velha viva.
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  — Qual a idade dela?
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  — Completou cento e quinze anos, mas tem alma e carinha de oitenta.
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   deixou o queixo cair com a informação surpreendente de uma vida duradoura como a de Surya.
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  — Ela é linda.
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  — Sim. O povo diz que Surya foi a mais bela mulher da aldeia. Desejada por todos. Mas casou-se com o filho do cacique.
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  — E ele?
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  — Morreu em uma batalha. Ela não era apaixonada por ele e quando ele descobriu, propôs ao homem que ela amava a disputa por ela. É um dos costumes da vila, que já não existe mais. Aqui o que manda é o sentimento das mulheres. Os homens devem zelar pela felicidade delas.
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  — Que incrível! — falou encarando-o de modo ainda mais admirado pelo amigo e ele notou.
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  — Por que está me olhando assim? — perguntou.
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  Outra pessoa foi os servir enquanto Surya apenas observava aos dois, cautelosa, do balcão.
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  — Como você pode ser outra pessoa tão encantadora quanto a que eu conheci no mercado? Eu jamais… Imaginaria você com tudo isso. — apontou para o entorno em que estavam.
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  — Então eu acertei. Eu sabia que quando a trouxesse aqui você gostaria mais desse Scott.
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  — Não. Não gosto mais. Eu continuo gostando de você da mesma forma, Scott. Só a minha admiração que aumentou.
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  — Que pena, então… Eu achei que conseguiria conquistar um pouco mais de afeto.
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  — Scott… Vamos voltar ao ponto que paramos no carro. O que você está sentindo, além de tristeza por ter sido desprezado, embora não tenha sido?
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  — Eu te amo — ele declarou de uma só vez, após a pergunta dela, sem receios. , no entanto, sentiu seu sorriso e reação de alguém pronta a confortá-lo esmorecer. — Evitei dizer isso todo o tempo. Mas acho que sempre deixei claro o meu interesse, não é?
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  — Amor? Isso é tão inconsistente, Scott…
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  — Por quê?
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  — Porque para amar a gente tem que conhecer.
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  — Embry já havia me dito que você não acredita em amor à primeira vista.
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  — O Embry? Quando falaram sobre isso?
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  — Já tem algum tempo. Nós também somos amigos. Eu contei a ele o quanto eu sentia a necessidade de estar mais perto de você, mas eu sabia que você não se interessava por mim. Então o procurei para perguntar se você estava com alguém da reserva. Tomei um susto quando ele me disse que vocês estavam juntos, mas já haviam terminado. Então ele disse que eu deveria ser sincero com você, mas só falar quando eu realmente estivesse preparado, porque você não acredita que um homem pode, sem pedir muito, amar de repente.
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   estava mais do que surpresa. Estava confusa. Guardou aquelas palavras que mereciam uma análise cuidadosa quando estivesse em sua casa.
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  — Estive me preparando essa semana para te dizer o que sinto e receber um “não”, bem grande. Mas confesso que por mais que eu já saiba o que você me dirá, é difícil me conformar.
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  — Sabe o que eu vou dizer?
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  — Que no momento você não está preparada. Que está confusa com algumas coisas, com outra pessoa. E que espera que possamos continuar amigos e irá dizer também para eu pensar um pouco mais no que eu sinto. Porque não quer me magoar e não quer que eu me confunda.
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  — Você é bom — ela disse envergonhada. — Isso é… Constrangedor. Eu já sabia que o assunto era mais ou menos sobre os seus sentimentos relacionados a mim… E que eu teria que dizer alguma coisa, mas não consegui pensar em nada para falar. Nem mesmo pensei que ouviria tudo o que você disse. E como você também afirmou, eu não tenho como lhe prometer ou permitir que aconteça algo… Eu estou em um momento um tanto… Indescritível até mesmo para mim.
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  — Isso significa quê?
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  — Que você não deve ter esperanças, Scott. Não é que eu esteja te rejeitando de um modo permanente. Pelo contrário, você tem atributos e qualidades que muito me atrairiam. Pode ser que um dia… Sei lá, as coisas me levem a nós, mas não confie nisso. Eu nunca vou tomar alguma atitude até que eu tenha certeza dos riscos. Na verdade, isso é mentira… — repensou o caminho que o próprio discurso estava tomando e recalculou os argumentos sinceros. — Eu tenho me arriscado muito ultimamente e não consigo refrear esses atos impensados, mas sei que quando o risco não virá para mim e sim para alguém importante a mim, eu analiso com cuidado. Eu não arriscaria nem um fio de cabelo de quem eu amo.
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  — De quem ama… Como pode dizer isso? Há pouco falou que para amar a gente tem que conhecer… — desafiou-a de um jeito calmo e sereno. O jeito de Scott.
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  — Eu… Scott… A questão não é essa! Eu amo você, amo o Peter, o Erick, os quileutes… Os poucos amigos que tenho aqui, como iguais. Mas o amor ao qual você se refere, não é amor. É paixão. Não estou dizendo que você não pode me amar, só estou dizendo que o que você sente ainda não pode ser amor.
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  Scott a olhou apoiando a cabeça nas mãos em cima da mesa. Bebeu seu kaiak e fitou-a como se tentasse invadir seu interior.
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  — Que cara é essa? — perguntou aflita.
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  — Estou tentando decifrar você… — Ele a fez sorrir sem graça descontraindo o clima desconfortável que havia ficado. — Então quer dizer que… Eu posso manter a esperança, mas não acreditar em nós? — indagou com certa confusão, pois a desculpa dada pela amiga era, de fato, contraditória.
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   sorriu largamente ao ver a expressão de quem tentava a pegar desprevenida com aquela retórica. E o sorriso dela, contagiou o dele. virou um gole e, suspirando, pediu para que eles esquecessem aquele assunto:
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  — Scott… Só vamos deixar que aconteça o que, e se, tiver que acontecer.
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  — Tudo bem. Eu sei que não sou eu. Sei que não vai acontecer, mas uma única vez… Eu vou te beijar, . Porque não existe outra que eu queira tanto, e nem vai existir. — Ela escutou aquilo surpresa, e ficou sem resposta. Não sabia o que dizer a ele.
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   encarou Scott com seus olhos arregalados enquanto os dele transpareciam calmaria, no rosto do belo homem havia um grande sorriso. A velha senhora aproximou-se dos dois após observar um pouco da dinâmica do casal e, encostando a mão no ombro de Scott, disse como alguém que surgia apenas para intrometer-se:
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  — Gadis itu bingung. Dan kamu menipu dirimu sendiri. Gadis itu bukan milik tujuanmu.
  (— A menina ficou perplexa. E você está se enganando. A menina não pertence ao seu propósito.)
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  — Dia mungkin bukan miliknya, tapi dia ada di dalamnya.
  (— Ela pode não pertencer, mas está nele.)
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   observou a conversa entre os dois, confusa, claro. Mas sentiu ainda mais curiosidade, pois entre os dois pairava uma atmosfera de que o assunto era ela. E caso estivesse certa, ela sabia que Scott não lhe contaria, por isso, pegou seu celular e pôs-se a gravar o que eles falavam, sem que os dois notassem.
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  — Jangan kejam pada dirimu sendiri. Itu tidak akan bertahan lama, dan apa yang kamu rasakan hanyalah tandanya.
  (— Não seja cruel com você. Não vai durar, e o que você sente é apenas o sinal disso.)
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  — Tapi tanda-tanda itu bisa menjadi hal yang baik, dan aku menginginkannya.
  (— Mas esses sinais podem ser uma coisa boa, e eu quero.)
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  — Dia bukan untukmu, terimalah.
  (— Ela não é para você, por favor, aceite.)
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  — Aku merasakannya. Aku merasakannya. Dan itu tidak berarti dia juga bukan bagian dari diriku… Aku juga bisa terhubung dengannya.
  (— Eu senti. Eu sinto. E isso não significa que ela não seja também parte de mim… Eu também posso estar ligado a ela.)
  — Jika seperti yang kamu katakan, jika kamu ingin menempuh jalan itu, maka kuharap kamu benar-benar siap.
  (— Se é como diz, se quer seguir por este caminho, então espero que esteja realmente pronto.)
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  — Aku sudah siap untuk waktu yang lama.
  (— Estou pronto há muito tempo.)
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  — Jalur ini tidak bisa kembali, hanya ada satu kesempatan untuk memilih.
  (— Este caminho não tem volta, só há uma chance de escolher.)
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  — Aku sudah tahu apa yang akan dia pilih. Jadi mencoba tidak akan menyakitiku.
  (— Eu já sei o que ela vai escolher. Então não é como se tentar fosse me prejudicar.)
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  — Bocah riang, tidak tersesat…. Aku akan selalu ada di sini untuk apa pun yang kamu butuhkan.
  (— Menino despreocupado, não se perca…. Eu estarei sempre aqui para o que precisar.)
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  — Saya menghargai itu, Nenek.
  (— Agradeço por isso, vovó.)
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  A senhora sorriu para Scott depois daquele diálogo e olhando a expressão curiosa e confusa, também um pouco boquiaberta de a encará-los, sorriu para ela também, e em seguida a anciã saiu.
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  — Eu vou arriscar, apesar de achar que não, mas… Você vai me deixar saber o que disseram?
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  — Não. É melhor não.
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  — Tudo bem…
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  Apesar de desejar interrogar o amigo e arrancar qualquer informação que a mesma pressentia ser sobre si, ela não o fez. Os dois continuaram conversando e nada mais sobre aquele assunto foi dito. Um pouco depois de comerem e beberem, Scott quis levá-la para o pátio da vila e conheceu todo o vilarejo.
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  Eles caminharam como bons amigos de braços dados, Scott apresentou ela a muitos moradores da vila e, embora fossem dez horas da noite, não parecia que os nativos dormiriam tão logo. Era um povo muito animado! E todos se referiam a Scott como “Anak laki-laki riang”.
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  As crianças da tribo gostaram do cabelo de , não só pela mistura dos tons negros e mechas castanhas, para elas incomum, como pelo volume farto e as ondulações que diferiam da maioria dos cabelos indígenas da região, sempre tão lisos.
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  — O que significa “Anak laki-laki riang”?
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  — Menino alegre, menino despreocupado… Mais ou menos isso — Scott a respondeu orgulhoso.
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  — Puxa, era mais fácil que eles apenas dissessem o seu nome já que, de fato, pensar em você é pensar em alegria. Sem falar que “Scott” é bem mais curto… — comentou um pouco altinha da bebida e Scott não conteve o sorriso de quem achava graça nela a cada expressão que fazia.
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  Não demoraram mais a ir embora. Então Scott e se despediram das pessoas com quem conversavam na vila e a mulher prometeu que voltaria. Os dois entraram de novo no carro de Scott e, enquanto ele dirigia fazendo o caminho de saída do vilarejo, as crianças nativas corriam atrás do carro. ficou observando-as sorridente e Scott acenou para elas da janela, afirmando:
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  — Acene também, senão elas virão atrás de nós até você acenar.
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   riu fartamente, alegre de fato pela noite tão incrível que tivera e pendurou-se na janela do carro acenando de volta e gritando “até mais” para as crianças. Só então as crianças pararam de correr e acenaram de volta, logo dando as costas e voltando para a vila.
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  Aquela noite fora uma experiência muito inusitada para ! Não mais que outras que ela havia vivido em Forks, mas era tão especial quanto. Ela estava muito feliz e um pouco bêbada, então, gargalhava divertida e animada no banco do carro, já recomposta, mas segurando sua barriga. Não era risada de graça, era risada de deslumbramento, admiração e alegria genuína.
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   estava eufórica no banco, digerindo aquelas memórias todas que mais pareciam-lhe ter entrado em um livro de contos e lendas, e Scott a observando sereno, satisfeito. Logo ele começou a rir junto com ela, porque não dava para não achar cômica a reação da mulher que ele não sabia se estava mais surpresa ou sob efeito de uma “metamorfose alcóolica”. Ao vê-lo alternar os olhares entre ela e a estrada, com boas risadas de tudo aquilo, foi acalmando sua efusividade e parando de rir, trocou um olhar indagativo a ele e perguntou:
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  — As crianças correriam até Forks? O que foi aquilo? — E riu de novo, mas fracamente. — Elas realmente me esperavam acenar! Que divertido!
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  — É minha culpa — Scott começou a explicar —, acostumei a acenar para elas quando corriam atrás do carro e acho que elas pensam ser um cumprimento obrigatório. Tornou-se um ritual de despedida. Só param de correr quando eu aceno. E como você estava comigo, elas esperavam você acenar também…
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  Um breve momento de calmaria se colocou entre os dois no carro e , já plácida e ainda mais curiosa, sorriu de maneira singela para Scott, o agradecendo.
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  — Obrigada.
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  — Pelo quê?
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  — Por dividir isso comigo. Você disse que ninguém mais além de você veio até aqui… Que você nunca trouxe alguém…
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  — Eu ainda posso dividir muitas coisas com você, . — O tom dele não só era sério, como era sedutor de um jeito sutil.
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   percebeu Scott com outros olhos naquele momento. Era talvez, a primeira vez em que ela o olhava como um homem a quem ela poderia beijar se as circunstâncias atuais fossem outras. Buscando afastar a onda de curiosidade sobre como seria o beijo do amigo, mudou de novo o rumo da conversa:
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  — Agora… Responde uma coisa?
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  — O que você quiser.
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  — Eles não são apenas seus amigos. — Tão logo ela contestou, Scott suspirou como se entregasse a resposta da prova de matemática nas mãos da professora enquanto colava.
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  — Você percebeu…
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  — É. Percebi o quanto você faz parte daquilo tudo… É pelo lado do seu pai, não é?
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  — Sim… Ele é neto de Surya. Mas o meu pai não vem muito aqui por causa da morte dos meus avós.
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  — O que houve com eles? — perguntou ajeitando-se a sentar de lado no banco, sem retirar o cinto de segurança, muito atenta para ouvir a história que Scott contaria.
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  — Quando os indígenas começaram a ser caçados pela América, os Menitt Howa perderam muitos deles. Meus avós estavam entre alguns assassinados e os poucos que restaram, fugiram para esses lados, assim como em algumas outras tribos da região. Esse vilarejo é o que restou dos antigo Menitt.
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  — Por que nunca ouvi falar dessa tribo na história que retrata os povos originários dessa região?
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  — Porque não é legitimamente americana. A aldeia mesmo era toda de povo indonésio, ao virem para a América os povos misturaram-se entre Apaches e Menitt.
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  — Como você pode esconder isso tudo de mim? — retrucou indignada, pois, como bem sabia o amigo, ela era uma aficionada por histórias antigas e lendas, além de ser uma curiosa fã de estudar as civilizações indígenas e já havia comentado com ele sobre suas motivações e raízes.
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  — Era a minha última cartada. Tive que esperar o momento certo. — Ele riu dando de ombros.
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  — Mas você é completamente diferente… Digo… Vocês não têm essa ligação… Seu pai, o Peter… Não é como os quileutes com a coisa de serem tão parecidos entre si.
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  — É… Não tinha como sermos idênticos, não é?
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  — Só na personalidade, Anak laki-laki riang. Você, Peter e o Sr. Carter são igualmente adoráveis.
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  Os dois riram quando mencionou o apelido de Scott de um jeito atrapalhado. Durante a volta, acabou adormecendo e só acordou quando já haviam chegado e Scott a carregava.
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  — Ei… — Scott sussurrou e levantou a cabeça que estava recostada no peito dele, e observou ao redor ainda sonolenta, mas reconhecendo sua própria sala. — Acorda, aventureira — ele sussurrou de novo e se explicou: — Desculpe, , tive que pegar a chave em sua bolsa. Não quis acordá-la, dormia tão tranquila, mas achei errado só te deixar aqui e ir embora sem me despedir. — Scott terminou de falar já colocando-a no sofá.
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   esfregou os olhos e jogou as costas para trás, bocejando, e riu quando voltou a olhar para o amigo em pé, de braços cruzados à sua frente, com um sorriso ladino.
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  — Tudo bem. Obrigada por me trazer em seus braços fortes, Scott — ela riu — e desculpe por dormir durante todo o caminho.
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  — Tirando os roncos, está tudo bem.
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  — Roncos? — Ela arregalou os olhos um tanto envergonhada.
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  — Estou brincando — Scott disse rindo e se abaixou para acariciar o rosto dela de modo delicado. — Você parecia uma criança cansada dormindo. Acho que foi efeito da cerveja também, não é?
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  Sentindo os dedos carinhosos dele em seu rosto e a ajeitar alguns fios de seu cabelo, o sorriso simpático e respeitoso de Scott, ficou o olhando com algumas dúvidas e surpresas. Quantas revelações sobre ele, ela tivera naquela noite. O tempo todo havia alguém como ela bem à sua frente. Alguém que não era uma espécie de metamorfo ou lenda, mas sentia-se parte de algo maior. De uma história, uma ancestralidade. E, de novo, percebeu que Scott era atraente de um jeito novo. Enquanto ela ficava calada o esmiuçando, o homem achou estranha a atitude dela. Ficou pensando em o que estaria se passando na mente dela ao encará-lo daquele jeito, e presos em olhares estudando um ao outro, Scott colocou uma mecha do cabelo dela para trás da orelha.
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  — O que você está estudando em mim? — ele perguntou.
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  — Como a vida é engraçada… Eu achei que estava cometendo algum crime desviando-me para os quileutes e que estava sozinha… Porque por mais que eu os adore, eles não conseguem me compreender… Quero dizer, eles me acolhem, me tratam como um deles, mas não compreendem os lamentos da minha alma tão confusa… De algum modo, eles e eu somos distantes e muito próximos, mas aí… Você…. Surge com toda a sua normalidade igual a minha, e com os dois pés fincados em um mundinho tão seu… Você é igual a mim, Scott — declarou de um modo quase filosófico. Scott riu fraquinho e abaixou o olhar como quem pensava distante, só tornando a encará-la quando a amiga lhe perguntou: — E você, o que estava analisando me olhando desse jeito?
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  — Desde que eu a vi, eu já te conhecia. Meu pai também sentiu que já te conhecia, mas ao contrário de mim, ele falou, não foi? Eu guardei cada traço teu, de antes dessa noite, e agora… Enquanto te olhava gravando os traços de uma diferente após ter conhecido a vila, eu pensava… Analisava, ou melhor, tentava analisar… O quanto a sua direção mudou. Porque seus olhos sobre mim já não são os mesmos.
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  — Isso é ruim?
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  — Não. Só me pergunto se fiz as coisas no tempo certo.
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  — Não acho que devamos marcar as coisas com tanta ordenação do tempo… Isso não faz diferença em alguns casos.
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  — Mas é assim que as coisas são. O tempo organiza. E ele é necessário até mesmo para desorganizar… Então, será que na tentativa de organizar algo confuso entre nós, eu tenha desorganizado ainda mais?
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  Aquela pergunta pairou sem resposta por alguns instantes, estava deslumbrada. A cada palavra de Scott Carter ela descobria um novo ser, um novo amigo, um novo homem e um novo alguém que talvez fosse capaz de compreendê-la totalmente.
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  — Boa noite, . Eu tenho que ir agora.
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  — Tudo bem… Eu te acompanho até a porta — ela sibilou quase inaudível de tanto que estava imersa nas palavras ditas por ele. Se levantando sob um clima de tensão diferente entre eles. Os dois caminharam em direção à porta de entrada dela, quando Scott retesou os passos no meio do caminho. — O que foi, Scott?
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  — Agora eu fiquei com medo.
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  — Medo? Medo de que, Scott?
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  — De acordar amanhã e tudo não ter as mesmas proporções…
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  — Co-como assim? — A amiga encarou os olhos dele sobre si, um tanto confusa, inebriada.
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  — Eu vou ter que fazer uma coisa, … Só para que eu possa seguir em frente… Porque se eu não fizer, tanto posso retroceder como continuar no limbo em que estou, mas eu quero arriscar saber o que vem depois.
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  — Do que está falando? — se aproximou de Scott e tocou no braço dele, preocupada e confusa.
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  E foi assim que ele tocou a mão dela que repousava em seu braço, com a cabeça acima da dela, pela diferença de altura, firme a manter uma linha direta do olhar que encarava os lábios da mulher. percebeu aquele olhar como se uma chama de paixão pudesse sair das irises de Scott recaindo em si, e a atmosfera ao redor dos dois mudou.
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  Foi estranho, foi hipnótico, foi envolvente. Ela não sentiu os próprios pés dando pequenos passos de encontro a se aproximar ainda mais dele. Era como se um ímã os atraísse para perto, contudo, com pouco fogo. Não era luxúria, não era paixão, era um misto de estranheza ingênua, como quando adolescentes estão prestes a dar o seu primeiro, atrapalhado e tímido beijo. tocou com a outra mão o rosto de Scott sem desfazer o contato visual, e o rapaz envolveu a cintura dela com seu braço, a trazendo delicadamente para perto.
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  — Scott? — No silêncio confuso da ausência de resposta dele, o resultado foi um beijo.
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  Os dois colaram suas bocas, com os olhos fechando devagar, e explorando e experimentando um ao outro, o ósculo era calmo e curioso. Era manso, cuidadoso, macio, uma sensação bem típica de Scott Carter causar. Totalmente contrário do que seria o arrebatamento de beijo quente e luxurioso que faria perder-se nos braços de quem a beijasse. Entretanto, aquele beijo ingênuo tinha notas de maturidade e confiança capazes de deixar que ele guiasse as reações dela, e não o oposto. E só isso, por si, já foi para uma surpresa enorme, quando sentiu uma mão de Scott em sua nuca, entrelaçando dedos por seus cabelos, segurando a cabeça dela como se a movimentasse para onde ele quisesse. Scott Carter, como alguém que manipula o boneco de ventríloquo, dominou o corpo de . E ela deixou-se beijar por ele, como a outro, talvez, não deixaria; sem o menor pingo de disputa por “quem está beijando quem”.
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  Foi Scott que parou o carinho, afastando o rosto um do outro e explorando, já com olhos atentos, a expressão dela. A mulher com olhos ainda fechados, a boca entreaberta na espera de que ele retomasse ou dissesse algo. Um sorriso brando, ladino, de ladrão que surrupia uma maçã na feira sem ser pego e depois sai caminhando tranquilo, lustrando a fruta na camisa e a mordendo, estampava ao rosto de Carter. então abriu os olhos notando-o satisfeito, sentindo a mão dele baixando de sua nuca num deslizar respeitoso pelas costas dela, e ela estava completamente assustada pelo modo como ficou dominada por ele. Sequer aproveitou o momento para também explorar alguns carinhos entre os braços, costas ou pescoço dele. Lembrou-se de Theo, seu antigo noivo beijava-a daquele jeito.
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  — Desculpe por isso. — Scott, por fim, rompeu o silêncio se afastando mais.
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  — Não tem que se desculpar. Acho que estávamos os dois curiosos por isso, depois de tudo… — ela disse recobrando a consciência e os gestos. — Não… Não peça mesmo desculpas por isso…
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  — Eu não sei o que vai ser quando nos vermos de novo. E nem vou ficar no seu pé ou fazendo dessa noite uma cobrança. Eu vivi o que queria contigo hoje, e…. O beijo… Eu realmente me culparia se saísse daqui sem ao menos deixar essa memória a mais pra nós dois.
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  — Scott, não pretendo te evitar por causa disso ou das suas confissões. Não se preocupe! Eu acho que no fim a gente realmente terminou a noite num encontro! O que era para ser só uma saída entre amigos, mas não me arrependo.
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  — Eu fico feliz por isso, de verdade. — Ele sorriu um sorriso de garoto travesso. — Eu acho que consegui mudar um pouco a minha imagem, não é?
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  — É, não posso negar. Agora você tem um… — riu entrando no clima de gozação que o amigo estava provocando para descontrair. — Tem um tempero a mais, malandro….
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  Os dois riram e ele apontou a porta para ela, sorrindo.
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  — Tenho que ir.
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   acenou e continuou o acompanhando à saída. Abriu a porta para ele e os dois se despediram em um abraço. Ela aguardou que ele entrasse no carro e assim que Scott fechou a porta, ela acenou e entrou, trancando a própria casa. Apagou as luzes da sala e subiu correndo para seu quarto e depois de acender a luz do abajur da mesa de cabeceira, espiou em sua janela entre as cortinas: o carro de Scott ainda estava parado em frente à sua casa e o homem encarava o próprio volante, em inércia, pensativo. suspirou e saiu das escondidas da janela, observando-o com mais atenção e Scott, dentro do carro, suspirou pesadamente.
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  — Você fez o que podia no momento mais apropriado, Scott. Agora é deixar as coisas acontecerem ou não — falou sozinho para si, e debruçou-se um pouco sobre o volante batendo a chave na ignição. Olhou para cima e notou na janela, o observando. Piscou na direção da amiga e acenou sorridente, logo ela correspondeu ao sorriso, e ele partiu do lugar.
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Capítulo Dezessete
Naufrágio em um coração de pedra

  Já era sábado e acordou com as batidas ocas que escutou à porta da sua casa, mas não se levantou da cama, pois ainda estava sonâmbula como se sonhasse com aquilo, até que seu telefone ao lado da cama começou a soar estridente, fazendo-a finalmente abrir os olhos e o atender.
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  — Alô? — disse com a voz cansada.
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  — ? Está tudo bem? — Ela reconhecia a voz do outro lado, mas não conseguia se lembrar de quem seria, por puro efeito do sono e da leve ressaca que sentia desde a noite passada com Scott. — ? Alô?
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  — Jacob?
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  — Sim. Está tudo bem?
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  — Está… mas o que houve?
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  — Eu estou aqui na sua porta… tínhamos um passeio… — Jacob explicou soando confuso, sem compreender se ela quem havia esquecido, ou ele que entendera errado o encontro.
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  No mesmo instante, a mulher deu um salto da cama deixando o telefone jogado sobre o colchão, descendo as escadas de sua casa apressada e resmungando um pouco desesperada para si:
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  — O passeio! Esqueci do passeio com o Jacob! Como pude esquecer?!
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  Ela pegou o molho de seu porta-chaves e o chaveiro de cachorrinho batia entre os dedos, enrolando-se entre os objetos pendurados, enquanto ela buscava sonolenta, qual era a chave da porta.
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  — Espera aí, Black! Não vai embora! — gritou na esperança de que o homem à porta ainda a aguardasse.
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  — Tudo bem, não precisa correr… — Jacob devolveu a fala, enquanto guardava o celular no bolso de sua calça e sorria de canto, imaginando que a mulher do outro lado da porta estaria descabelada e envergonhada por ter se esquecido.
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  Tal como imaginou, o trinco da porta girou fazendo um típico barulho de destrave e a maçaneta igualmente deu espaço para visão que ele já esperava: ofegante, de olhos esbugalhados, um sorriso sem graça e amarrotada da cabeça aos pés.
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  — Oi! Bom dia! — A voz dela soou baixinha e um tanto rouca.
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  Jacob sustentou um sorrisinho encantado em seu rosto e como se estivesse provocando-a, ele olhou para da cabeça aos pés, lentamente. Em seguida assobiou e disse:
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  — Hoje você se superou! Não sei se você é o lençol ou a cama inteira.
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  Ela olhou-se de cima a baixo, e virando o rosto para o lado pôde ver seu reflexo em um pequeno espelho que havia na parede ao lado da porta. Ao constatar seu rosto cheio de marcas de travesseiro, os cabelos tal como ninho de passarinho e a remela nos olhos, saiu correndo em direção às escadas da casa, e subia-as pedindo enfática:
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  — Espere na sala! Espere na sala!
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  Black sorriu e entrou lentamente pela casa, fechou a porta da sala e foi até a cozinha. Como bem sabia, ela desejaria ao menos uma xícara de café antes de saírem, então ele ligou e preparou a cafeteira automática dela, embora já tivesse dito a ele que preferia o café feito manualmente.
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   entrou em seu cômodo arrancando o pijama em seu corpo e buscando roupas limpas para vestir. Foi pega de surpresa com a data do passeio, pois não havia se lembrado que já seria no dia seguinte ao encontro que tivera com Scott, e, portanto, deitou-se sem sequer lembrar de despertador. Depois de definir o que vestiria, ela correu para o banheiro fora de seu quarto, batendo a porta ao fechá-la e entrando no chuveiro apressada. Alguns minutos depois, saía enrolada na toalha quando avistou a figura de Jacob no topo da escada já adentrando o corredor.
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  — Eu falei para esperar na sala, Black! — Ela enfatizou entrando ao próprio quarto quase como uma fugitiva. — Nem pense em entrar! Eu vou me trocar aqui!
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  Jacob encostou-se no corredor ao lado da porta dela e cruzou os braços como um guarda-costas. Esperou o tempo em que ela já estaria possivelmente vestida e com as falanges do dedo indicador, deu dois toques na madeira.
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  — Já se vestiu?
  — Sim! — ela respondeu alto, mas não abriu a porta. Black girou a maçaneta e entrou sorrateiro no quarto.
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   caminhava de um lado ao outro buscando outro par de algum sapato que não sabia onde deixara. Ele olhou para a cama dela de casal, bagunçada. Olhou ao redor do quarto para ver se encontraria peças de roupas que não fossem dela. E, ainda caminhando lento, como um detetive, foi até a janela olhando para baixo.
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  — Jacob? — indagou ao notar que ele parecia procurar alguém, mas quando ele se abaixou olhando sob a cama, foi que ela realmente sentiu-se incomodada: — Você perdeu alguma coisa aqui, por acaso?
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  — Ainda não tive a chance de deixar nada meu por aqui — ele zombou e, escorando sentado na janela, cruzou os braços perguntou: — Está sozinha? Achei que pudesse ter atrapalhado alguma coisa.
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  — Estou. Claro que estou sozinha! De onde tirou essa ideia?
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  — Você não é de perder a hora assim, parece que dormiu tarde. Eu só pensei que talvez você estivesse com alguém.
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  — E? — calçou o par de sapato que havia encontrado, sem desfazer contato visual com Jacob, e tinha em seu semblante muita indignação pela atitude do rapaz.
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  — E o quê?
  — Jacob! Quem te deu o direito de vir vasculhar meu quarto atrás de alguém?
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  — Eu… não quis ser invasivo, eu só estava brincando, — ele explicou ainda com um sorrisinho cretino no rosto, mas não a olhava nos olhos, pois não admitiria que sentiu um leve desconforto com a hipótese de encontrar alguém ali.
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  — Brincando? — Ela se levantou da cama e com as mãos na cintura o encarava de pé na frente dele, disse categórica: — Certo. Que seja. Mas, se eu estivesse com alguém, sabe que não tem o direito de se meter, não sabe?
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  Black desfez sua expressão e ficou mais sério, porém, não estava irritado com as maneiras dela como geralmente ficava. Na verdade, sentiu-se constrangido porque enquanto passava o café na cozinha, sua mente lhe soou um “Será que ela dormiu com alguém aqui e por isso se esqueceu do nosso combinado?”. Claro, ainda tinha o fato de que o cheiro de uma presença masculina estava impregnado nela e na sala, misturado ao cheiro da própria e também, perto do sofá. Algum cara havia estado ali, ele só não reconhecia quem. Então, a impulsividade de subir as escadas até o cômodo particular dela foi tão instintiva que Jacob sequer percebeu que não tinha aquele direito.
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  — Desculpe — ele falou baixinho e pigarreou se erguendo da janela e dando alguns passos na direção da mulher que ainda o encarava. — É que eu farejei outro homem.
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  — O quê? — perguntou com uma face confusa, mas deixando seu corpo relaxar, já que imediatamente se lembrou de Scott se despedindo dela na noite anterior.
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  — Eu… outro cara. Tem o cheiro de outro cara na sala, deu pra saber que não foi uma mulher, e quando você abriu a porta… Você também tinha… — Jacob suspirou constrangido demais por aquela sua demonstração dos traços selvagens — o cheiro de outro homem impregnado em você.
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   sentiu o rosto ruborizando e coçou a orelha, extremamente envergonhada ela abaixou-se pegando a toalha sobre a cama e deu as costas a Jacob indo até a própria cabeceira. Deixou sua toalha na cadeira, e ainda de pé, um tanto aturdida, ela tateava alguns itens básicos de maquiagem e começou a preparar o rosto. Se maquiava curvada para o espelho e olhando para Jacob através dele.
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  — Hrm… — Pigarreou. — Você sentiu o cheiro de outro cara e simplesmente subiu no meu quarto sem mais nem menos? Pode dizer por que fez isso?
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  — Eu só… — Jacob coçou a nuca envergonhado porque teria que admitir um comportamento tão irracional daquele. — Foi mal, às vezes eu perco um pouco o domínio do que seria humano… quero dizer… foi uma coisa meio de alfa…
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   sorriu escondendo a vontade de rir debochada e analisando a figura dele pelo espelho, ela arqueou a sobrancelha ao dizer:
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  — Então você demarcou seu território por aqui, é isso?
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  — Eu vou te esperar na sala… — Jacob disse simples caminhando até ela, parou bem perto de , que girou a cabeça e a ergueu para encarar o homem sem graça, em pé ao seu lado que pegava a toalha na cadeira frente a ela.
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  — Quando você fez isso? Quando começou a dormir na minha porta?
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  No mesmo instante Black notou o sorrisinho debochado de para si.
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  — Você sabe que é vergonhoso pra mim e está tirando um sarro da minha cara, não é?
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  — Eu só fiquei curiosa para entender… vocês fazem como os cães que urinam nas coisas ou tem outro jeito? — Ela sorriu um pouco contida pela risada que queria soltar.
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  — Está sendo extremamente grosseira, aliás. — Jacob desconversou suspirando, embora julgasse que talvez ele tivesse sido mais grosseiro primeiro. Farejar outra presença e entrar no quarto dela procurando alguém, era um descontrole bem pior do que a genuína curiosidade humana.
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  A pergunta dela era vergonhosa para ele, mas completamente plausível. Se os quileutes demarcavam territórios como ela estava imaginando, era comum que ela perguntasse aquilo. Ele deu as costas para sair do quarto com a toalha dela em mãos, e olhou novamente na face quase ingênua da moça que ainda esperava uma resposta.
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  — Não é assim. Basta a nossa presença contínua num local para demarcar como nosso.
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  — Ah… então, é por isso também que só você dormia na minha porta? Porque como alfa você deve ter umas vantagens, não é? — largou o rímel sobre a penteadeira e virou-se realmente interessada para ele.
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  — Digamos que sim… ser o alfa também tem este tipo de peso. Nenhum lobo da matilha ou de outras entra no território do alfa sem permissão.
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  — Hm… Isso dá um pouco de sentido a algumas coisas… Então você realmente demarcou a minha casa… Não é? — sorria para ele espertalhona, e notando que Black ainda estava constrangido ela tocou na bochecha dele apertando e dizendo: — Agora nenhum lobo vai entrar aqui sem você deixar, não é? Como você é territorialista, Jacob!
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  — Nenhum lobo vai tocar em você — ele disse sério e de uma única vez. — Não sem antes lutar comigo por isso.
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   soltou o rosto dele devagar, sentindo-se quente e com o olhar confuso. O que ele estava querendo dizer com aquilo?
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  — Eu não demarquei só a sua casa. Eu demarquei você.
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  — C-como?
  Ao perceber que ele havia conseguido deixar ela sem graça, como uma vingança sutil pelo constrangimento passado, Jacob sorriu e se aproximou do ouvido dela explicando sussurrado:
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  — Eu deixei meu cheiro em você várias vezes, então saiba que agora você pertence ao alfa, .
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  Ele a abraçou sutilmente, enquanto ela ainda estava estática com o que ouviu, depois ele se afastou dela e sorriu cretino ao encarar a expressão ruborizada dela. Caminhou rumo à porta com a toalha em mãos e saiu por ela. soltou o ar que prendia sem notar, e pensou a respeito do que havia acabado de ouvir, mas nem tivera muito tempo de ser pega de novo pela artimanha de Jacob, que voltou alguns passos até a porta do quarto dela e explicou mais uma vez:
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  — Ah! E sim, eu sou mesmo territorialista. — Depois de dito aquilo, Jacob saiu descendo sorridente pela casa dela.
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  Se achou que teria pegado uma fraqueza dele com a vergonha que ele sentia pelo que fizera, agora ele também havia incutido uma fraqueza nela. Afinal, pensar que Jacob a marcou como sua propriedade seria o bastante para deixar a morena perturbada um pouco. Embora aquela fosse uma verdade, não foi intencional da parte de Jacob. Era algo natural e instintivo, até involuntário. Por isso, os lobos alfas tendem a ser mais reclusos da alcateia, já que a simples presença ou toque deles é capaz de demarcar. É um símbolo de sua força, mas também, é uma fraqueza. estava demarcada desde o momento em que ele não só estava na casa dela, quanto ao momento em que ele a tocou pela primeira vez. E ela percebeu aquilo, no momento em que ele retornou dizendo: “eu sou mesmo territorialista”.
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  Ela terminou de fazer sua maquiagem diária simples, e olhou-se no espelho, satisfeita. Ainda pensando em Jacob a aguardando na sala, pegou um perfume e passou em si. O cheiro de Scott estava nela? Ainda estaria? Borrifou perfume. Um pouco culpada, ela pensou na noite anterior desacreditada de como poderia ter “capotado” ao ponto de se esquecer do compromisso com Black. Então relembrou-se de que não havia simplesmente apagado. Na verdade, ela custou a dormir, por causa de sua atitude impensada com Scott. E ao retomar aquilo, já não tinha cara de encarar Jacob… aliás, será que Jacob já sabia quem era o homem que estivera na casa dela?
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   desceu e encontrou Jacob sentado à bancada da cozinha a esperando com duas canecas de café. Ela se aproximou dele ainda um pouco sem graça por tudo, e Jacob lhe esticou a xícara.
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  — Não está do jeito que você gosta, porque eu fiz na cafeteira, mas já estamos atrasados.
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  — Obrigada — ela falou dando um gole e olhando o relógio da cozinha dando-se conta do horário: — Seis e meia em um sábado!? Você está doido, Jacob?
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  — Nós marcamos às sete.
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  — Eu sei disso! Mas a que horas você chegou?
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  — Cinco e meia. E bem… — Ele ironizou. — Que bom que eu vim cedo, do contrário, alguém estaria até agora roncando!
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  — Tem razão… — Ela deu de ombros e voltou a reclamar: — Mas podia ter avisado que estávamos com tempo! Me fez achar que estava atrasada!
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  — Não me culpe, eu só cheguei cedo. Você quem ficou agindo como se tivesse cometido algum crime. Você fez alguma coisa errada, mocinha?
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  A piada sarcástica dele fizera novamente ruborizar. Então, ela virou o restante da bebida de uma só vez sob os olhares curiosos de Jacob.
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  — Vou pegar meus documentos, vai trancando a casa, por favor.
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  — Já está tudo fechado, não abri nada.
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  Enquanto pegava suas coisas, Jacob lavava as canecas e logo os dois estavam caminhando para fora de casa. Ela trancava a porta da entrada, quando perguntou para ele, ainda um pouco sem graça:
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  — Eu quero perguntar uma coisa…
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  — Hm?
  — Essa coisa de cheiro… — comentou e pigarreou antes de concluir: — Eu… Eu ainda estou com cheiro de outra pessoa?
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  Jacob a olhou de soslaio, e ela se virou de frente para ele ainda um pouco tensa. Ele, igualmente, ficou de frente para ela, analisando o quanto aquela informação parecia mexer com ela.
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  — Se eu disser que sim, isso te incomodaria ou te confortaria?
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   umedeceu os lábios e olhou para os próprios pés. Jacob entendeu que ela estava pensando em uma forma de mudar de assunto.
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  — Está com cheiro do seu perfume agora. Eu tirei o cheiro dele de você quando te abracei. Seres humanos comuns não conseguem demarcar uns aos outros dessa forma, podemos farejar rastros das pessoas por alguns dias em lugares, coisas, pessoas, mas, quando se trata de deixar algum rastro, o cheiro dos lobos se sobrepõe ao cheiro dos humanos.
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  — Então você quer dizer que agora não tem mais o cheiro de outras pessoas perto de mim?
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  — Eu sinto, mas não tão forte quanto o meu. Por quê? Você quer saber como perder o meu rastro?
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  A mulher apenas suspirou e negou silenciosa.
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  — Não é isso. É só que eu não sei como me sentir… Não sei se é desconfortável ou não andar marcada por aí como sua propriedade…
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  Jacob sorriu abaixando a cabeça e então tocou a mão de a confortando:
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  — Não ligue tanto para isso, não é como se você fosse minha propriedade, não é? E depois, não tem muito como impedir. É tipo quando você está perto de outros animais e o seu bichinho de estimação reconhece que você esteve com outros. Não que eu seja seu animal de estimação, vamos deixar isso claro. — O comentário dele foi capaz de deixá-la mais descontraída.
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  Então olhou para a rua, onde a caminhonete de Jacob estava estacionada com duas grandes motos na carroceria, e ela sorriu largamente.
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  — Certo! Vamos logo!
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  — Espera… — Jacob ainda segurava a mão dela quando a mesma tentou passar por ele: — Você está chateada comigo? Digo, com a minha atitude esta manhã? Eu não quis ser…
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  — Eu sei! — o interrompeu sorrindo. — Territorialista, você ia dizer, não é? Eu sei que não quis ser invasivo e que a sua atitude foi uma ação instintiva.
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  — Mesmo assim, quero que saiba que controlar este tipo de impulso é algo que nós fazemos. Afinal, nós somos racionais e humanos também. Minha condição de lobo não deve justificar ações de controle sobre você… Se algum dia eu fizer isso contigo de novo, por favor,
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  — Eu te mordo. — Mais uma vez ela falou o cortando, e levando a mão até o rosto dele explicou: — Não é assim que se mostra respeito? Mordendo a orelha do outro?
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  Jacob riu bem-humorado e menos culpado.
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  — Você assiste muito Animal Planet, não é?
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  — Pior que não, eu deveria?
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  — Anda, vamos logo, Mani! — Jacob sacudiu a cabeça em negativa e passou o braço ao redor dela a guiando até o carro.
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  Os dois entraram, afivelaram o cinto, Jacob ligou o rádio do carro e logo perguntou o que estava curiosa para saber:
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  — De onde veio a caminhonete?
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  — Da oficina. Eu geralmente a uso no trabalho.
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  — É bem bonita. É uma Chevrolet Truck 53, não é?
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  — É sim… Você entende mesmo de carros. — Ele sorriu e zombou: — Não o suficiente para evitar batê-los em uma árvore.
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  — Ah, esquece isso! — Ela riu e tocou o couro interno do painel, analisando: — Parece que foi reformada, você quem fez?
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  A mente de Jacob viajou de volta alguns anos, no momento em que recebeu de Charlie a Truck vermelha detonada pedindo que ele “desse um trato” no polimento e uma revisão mecânica, porque seria o presente da filha do policial.
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  — Foi sim. Ela estava bem pior, tinha um amassado grotesco na porta que quem fez, tentou consertar com um serviço porco. Digno de um Cullen.
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  O comentário dele ativou uma memória da conversa com Scott.
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  — Espera, essa Truck foi de algum Cullen?
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  Jacob suspirou e umedeceu os lábios antes de contar:
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  — Era da Bella, e ela deixou para trás junto com Charlie.
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   queria fazer muitas perguntas sobre aquilo! Estava curiosa ainda por tantas questões em torno da ex-amiga, mas ao mesmo tempo, sentia que tocar no assunto traria mais desconforto do que esclarecimento.
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  — Você saiu ontem? — Então Black mudou o tema da conversa, antes que ela perguntasse mais alguma coisa sobre Bella. — Não estava em casa, estive lá.
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  — Por que foi até minha casa?
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  — Nada em especial… Só queria ver se estava bem.
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   encarou aquela resposta com estranheza. Os dois haviam estado juntos recentemente, e mesmo assim, Jacob foi até sua casa na noite passada “só para ver se ela estava bem”?
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  — Por que não me telefonou? — ela perguntou.
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  — Porque você não me deve satisfações, Mani — Jacob respondeu de modo óbvio.
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  — Eu saí para beber ontem… — respondeu receosa se deveria dizer com quem.
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  — Sozinha?
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  Ela balbuciou prestes a dar uma resposta, mas não emitiu som algum, então Jacob notou que talvez ela não quisesse falar.
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  — Não precisa contar se não quiser. Sua vida particular não me diz respeito, .
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  — Não se trata de não querer, é só que… — pigarreou e no mesmo instante seu telefone apitou uma notificação recém-chegada. Aproveitou a deixa para ler a mensagem, e se assustou ao constatar que era Scott.
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  “Bom dia, , obrigado pela companhia maravilhosa e pela noite incrível. Confesso que acordei um pouco preocupado com o que aconteceu. Espero que nada tenha mudado entre nós. Prezo muito para que possamos manter ao menos a nossa boa amizade, mesmo depois das confissões… Enfim, até breve. Um beijo.”
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  Logo que leu, a sensação de algo preso à garganta retornou, assim como a culpa. Sentiu-se péssima por estar lendo aquilo com Jacob ao seu lado. Ele, no entanto, não tentou espiar a mensagem, apenas observava os trejeitos dela. Notou que algo a estava incomodando, e sabia que tinha a ver com outro cara. Ao mesmo tempo que Black queria saber tudo, ele entendia que ela não precisaria contar ou explicar nada. Por mais que ele viesse, dia após dia, sentindo como se ela fosse sua, Jacob compreendia que aquilo não era certo. Ela não era dele nada além de uma boa amizade, e por mais que às vezes o desejo de mudar aquilo falasse mais alto, se envolver com qualquer pessoa nunca foi algo simples para ele. Se se tornasse uma lembrança dolorosa, Jacob não aguentaria outro tombo. Por isso, ele estava lutando contra seu instinto e seu querer, contra sua racionalidade e sua emoção, desde que conhecera aquela mulher tão perfeita para ser a líder fêmea de um alfa.
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  — Black… — ela sibilou após apagar a tela do próprio celular. — Ontem eu saí com…
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  — Você não precisa mesmo me contar o que faz ou deixa de fazer da sua vida, . — Interrompeu ele a fala dela antes que escutasse o que não queria. — Está tudo bem você ter os seus segredos, sair e namorar com quem bem entende.
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  — Por que parece que você está repetindo isso mais para se convencer?
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  Os dois trocaram olhares curiosos. Jacob suspirou ficando sério, e guardou o celular no bolso da calça novamente, pigarreando e olhando para frente. Logo tomou um fôlego e encarou Black, mesmo que a atenção dele estivesse focada à estrada.
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  — Não quero te esconder nada, mas fico insegura se eu deveria falar tranquilamente o que fiz ontem, porque eu não sei como nós estamos e o que nós temos de fato. Quero construir uma cumplicidade com você, na verdade… Acho que eu quero…
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  — Podemos falar disso depois? — Jacob pediu a interrompendo pela quarta ou quinta vez naquela manhã. — É melhor esclarecermos tudo.
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  — Depois? Não pode ser agora?
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  — Eu prefiro. Para poder olhar nos seus olhos.
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  — Tudo bem.
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  A música continuava tocando como fundo musical calmante. E Jacob e permaneceram dialogando tranquilos, sem mais falarem em sentimentos, cheiros ou pessoas paralelas em suas vidas. Apenas conversavam sobre carros, motos, sobre o lugar em que fariam o passeio e Black ainda contava como Seth ficou chateado por não ser convidado a estar com eles.
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  Depois de alguns bons quarenta minutos, Black estacionou no acostamento de uma grande estrada vazia, com nada além de poeira e chão grosso ao redor. Aquela era a rodovia que saía de Forks, aos arredores de La Push, e que estivera antes. Jacob olhou para o lugar como se alguma memória dali estivesse se mostrando em sua mente. o encarou enquanto caminhava até a parte traseira da carroceria e ele permanecia silencioso e contemplativo.
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  — Está tudo bem?
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  — Sim… Já faz um bom tempo que não venho aqui pilotar… — ele respondeu fitando o nada, até encará-la com um olhar desafiador: — Preparada?
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  — Sempre e para tudo!
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  — Que perigo — Black disse zombeteiro.
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   subiu na carroceria da caminhonete para desamarrar as motos e empurrá-las até Jacob. Ele retirou a camisa antes de pegar as motos e o encarou com a sobrancelha arqueada como se lhe perguntasse o motivo para aquela exibição desnecessária.
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  — O que foi? Graxa mancha a roupa, sabia?
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  — Você só quer exibir esse tanque de guerra que eu sei… — Ela revirou os olhos arrancando risos dele que, tão sutil como quem pega um copo de vidro, cuidadosamente levantou as duas motocicletas de quase trezentos quilos.
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  — Qual vai ser a minha? — perguntou ao descer.
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  — Eu te indicaria a vermelha, a capacidade é melhor para iniciantes.
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  — Então ela é sua — a mulher respondeu puxando a chave da mão dele e se preparando para montar na moto preta. Colocou o capacete, piscou atrevida a Jacob e já estava se preparando para sair.
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  — , é sério! Você pode se machucar…
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  — Nos encontramos em que ponto? No fim dessa estrada? — Ela ignorou o aviso dele, dando partida na motocicleta e, sem esperar resposta, acelerou.
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  Jacob a observava surpreso pelos zigue-zagues audaciosos que fazia na pista. Ela provou que realmente não era iniciante em nada daquilo e, de braços cruzados, Black sorria todo bobo. Não demorou muito a alcançá-la e emparelhou ao lado, a mulher girou a cabeça para encará-lo e viu que Jacob sorria de volta para ela, pelos olhos já miúdos dele.
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  Os dois continuaram o percurso batalhando manobras por alguns metros na estrada, até que ela fez uma manobra de retorno, por ele inesperada, e os pneus cantaram. gargalhava do quanto aquilo teria assustado Black e ao retornar ao ponto de partida, ela desceu da moto retirando o capacete, Jacob parava ao lado dela, eufórico. se encostou na lataria da frente da caminhonete e colocou os seus óculos de sol, sorrindo para ele como uma garota marrenta. Jacob igualmente tirou seu capacete, passou a mão ajeitando o cabelo curto e, sorrindo ladino, caminhou até ela a surpreendendo com seus braços fortes prendendo o corpo dela entre ele e a caminhonete.
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  — Você é doida? Quer me matar de susto? — disse tranquilamente, a encarando bem próximo.
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  — Por quê? — riu divertida.
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  — Que manobra foi aquela?
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  — Nunca te disseram que se não sabe brincar, não deve começar?
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  — Quer brincar mesmo? Então tá. Eu só não imaginava que você sabia mesmo pilotar desse jeito.
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  — Mas eu te avisei. — Ela deu de ombros.
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  — Tenta não me matar, ok, motoqueira selvagem?
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  — Matar? — ajeitou sua postura, fazendo com que Jacob se endireitasse ficando reto, e com um risinho sacana ela deslizou o indicador do queixo de Jacob até o início do abdômen vestido dele, enquanto provocou: — Matar não… Mas, enlouquecer, quem sabe?
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  E em seguida o afastou caminhando mais uma vez para a motocicleta, vestindo de novo o capacete e se preparando para outra volta. Black ficou um tanto inerte com a atitude dela, mas logo olhou para o chão soltando um riso fraco, e preparou-se para retornar à pista. Eles ficaram explorando a estrada de cascalhos dessa vez, por um caminho mais trilhoso que o próprio Jacob indicou a ela que o seguisse. E após quase uma manhã inteira de trilha, retornaram para a Chevrolet Truck, extremamente felizes e risonhos e claro, cheios de poeira.
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  — Você é mesmo muito boa. É sempre boa em tudo?
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  — É um dom. Mas você não sabe nem da metade das coisas que eu sei fazer, Black!
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   respondia tranquila, livre de malícias, depois de ajudar a colocar as motocicletas de volta na caçamba do carro, e enquanto os dois caminhavam para a frente da camionete. Jacob pegou duas latas de refrigerante dentro da caixa térmica que estava no carro, ficou em pé de frente para a lataria da caminhonete e Jacob estendeu a ela a latinha. Ela abriu e ele deu um gole no dele, em seguida respondeu:
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  — Estou me preparando inteiramente para conhecer todos os seus dons, Mani.
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   sentiu que havia certo tom de malícia na fala dele. Ela bebeu um gole do seu refrigerante sem desfazer o contato visual com ele. Deu um passo para trás para encostar na lataria, e percebeu Jacob caminhando em direção a ela. A manhã não estava quente, sequer havia sol forte no céu, já que as nuvens nubladas formavam um cobertor térmico. Os dois não sorriam mais, porém, mantinham seus olhares ardilosos um sobre o outro. Black estava tão mais próximo dela, que imaginou que ele fosse finalmente lhe dar o beijo que há muito ela esperava. No entanto, ele deixou a lata de seu refrigerante sobre o carro, passou os braços em torno do corpo de e a abraçou, posicionando as mãos nas costas das coxas dela e a colocando sentada no capô do carro. Ficaram silenciosos encarando-se, ele em pé entre as pernas dela e enlaçado à cintura da mulher; ela aceitou o abraço dele em sua cintura, o abraçando de volta e repousando a cabeça no ombro de Jacob.
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  O que quer que fosse a intenção de Jacob ali, para , tratava-se daqueles tipos de “silêncio” que muito dizem.
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  — E agora? — ela perguntou, mas se referia aos dois, e não ao passeio.
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  — Conheço uma estrada de cascalhos… É bem radical. Mas você não vai pilotar.
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  — Por mim tudo bem — disse aceitando que não era o momento de falar sobre o que é que estavam sentindo um pelo outro.
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   Retomaram a estrada rumo ao outro ponto em que Jacob queria levá-la, uma trilha bem mais sinuosa e mais isolada, além dos limites de Forks. Depois que desceram do carro, Jacob retirou apenas uma motocicleta preparando-se para pilotar.
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  — Vem — ele disse montando na moto preta e batendo às suas costas para que sentasse à garupa. Ela sorriu animada, obedecendo, e Jacob não perdeu a chance de provocar quando falou em tom sensual piscando para ela: — Segura direitinho.
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  — Assim? — agarrou firme a cintura do rapaz e travou as coxas ao redor das pernas dele, devolvendo a provocação.
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  À medida que Jacob acelerava e a poeira subia deixando-os ainda mais sujos do que antes, a sensação de liberdade era incontestável. A adrenalina causada pela velocidade e pela proximidade entre os corpos um do outro, o vento refrescando a pele, e o olhar fixo de Jacob às curvas dando a ele uma expressão ainda mais sexy, tudo aquilo causava em uma urgência. Ela repousou a cabeça nas costas dele, apertando-o ainda mais em seus braços, desejando que aquele momento durasse cada vez mais, e assustando-se por perceber o quanto necessitava de Jacob. Estava mesmo apaixonada, e ter consciência daquilo começava a doer porque não sabia se era certo ou, no mínimo, correspondida.
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  Depois de passarem cerca de quarenta minutos naquela trilha, onde chegaram a um cume que possibilitava-os ver onde a caminhonete estava parada lá embaixo e ficaram contemplando um pouco do Sol que ali no alto era mais acessível; os dois retornaram ao ponto de partida. Aos poucos Jacob desacelerava e a caminhonete se aproximava ainda mais. Assim que parou a moto, Black virou o rosto para , sorridente, porque ela não o soltava e mantinha-se de olhos fechados com a cabeça repousada no ombro dele.
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  — Só para constar… Já estamos parados.
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  — Eu sei, mas não quero soltar.
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  — Ah… Sabe, sem problemas você ficar assim agarradinha em mim, mas é que… Podemos pelo menos ir para o carro?
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  — Quer que eu te agarre dentro do carro? — falou risonha e provocante.
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  — Não foi o que eu quis dizer, mas já é meio dia e eu estou faminto… — Ele riu fraco pelo nariz.
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   observou o modo como ele sorriu constrangido, e não deixou de notar que a resposta dele foi um tanto evasiva. Ela desceu da moto ficando em pé na frente dele. Com braços cruzados, a mulher sorria analisando a reação de Jacob. adorava a forma como ele olhava para os lados, encarando o chão e tentando dizer alguma coisa, abrindo e fechando a boca sem de fato emitir som. Era o jeito dele que mostrava o quanto Jacob ficava afetado com algo, envergonhado como um adolescente ansioso. E saber que de algum modo ela causava ansiedade nele, tornava a centelha de esperança maior. A esperança de que ela não estava se apaixonando sozinha.
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  — Não acredito que consegui deixar Jacob Black visivelmente sem graça. Isso é sério?
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  — Não é nada disso, sua boba — ele respondeu sem jeito, olhando-a com ternura.
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  — E então, o que é? — perguntou se aproximando dele, gradualmente, enquanto o silêncio aguardava o momento de ser rompido por uma resposta ou ação. E foi a ação dela que veio primeiro. Lentamente, aproximou o rosto dele, cautelosa como quem quer acariciar uma fera, ela pousou a mão no rosto dele e encarou os lábios de Black. Foi se aproximando, aproximando, até Jacob segurar o rosto dela com as duas mãos, de modo delicado, mas depositar um beijo no rosto dela, em seguida, afastando-a, ele saiu da moto.
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  Jacob Black havia fugido do beijo. observou-o dando-lhe as costas, sentindo-se uma idiota. Uma otária apaixonada. Jacob estava de costas para ela, encarando os pés, com uma mão na cintura e outra sobre as têmporas, claramente, aturdido. Ele não acreditava no que acabara de fazer: como pôde negar a investida dela daquele jeito. Suspirou profundamente, certo de que deveria explicar a ela o motivo para não permitir que o beijo entre eles acontecesse. Se até ele queria aquilo, por que sentia tanto medo de que acontecesse?
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  Quando finalmente se virou para falar com ela, , que parecia derrotada como se tivesse acabado de ser reprovada em uma prova importante, caminhava rumo ao carro.
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  — Vamos, Black.
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  — , desculpa. Eu…
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  — Não precisa de ajuda para guardar a moto, certo? — Ela o cortou abrindo a porta da cabine e entrando já no banco do carona.
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  Jacob queria que, naquele momento, pudesse voltar no tempo um minuto. Mas só restava a ele guardar a moto e tentar conversar ao longo do trajeto de volta. Enquanto fechava a porta da carroceria, observou pelo retrovisor, e a expressão dela era de quem estava tentando controlar a própria raiva. estava séria observando a estrada, mordendo os lábios, e aquilo era algo que ela fazia involuntariamente quando estava prestes a explodir, mas não queria.
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  Depois que entrou no carro, notando que a mulher evitava olhar na direção dele, Black afivelou o cinto de segurança, bateu a chave na ignição, deu a marcha e segurava o volante, mas não fizera menção de pisar no acelerador. Continuou imóvel encarando ao volante. resolveu não dizer nada, não fazer nada, deixá-lo decidir o momento de sair dali, afinal, como ela iria encará-lo depois daquilo? Em sua mente, seria torturante ver a rejeição nos olhos cortantes dele ou ouvir qualquer desculpa seguida de “eu não tenho este tipo de sentimento por você”. No fim das contas, lá estava ela pagando por uma paixão unilateral que a própria foi incapaz de evitar.
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  — ? — ele disse finalmente se virando para ela, ainda com o carro ligado. — Você está bem?
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  — Por que não estaria? Eu apenas tentei beijar você, mas não é o que você quer — ela respondeu ainda sem encará-lo e segurando a denúncia de decepção que poderia vir da sua voz, tentando manter alguma racionalidade madura: — Eu posso lidar com isso, não tem motivo para não estar bem.
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  — Não era a minha intenção te rejeitar.
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  — Eu já entendi a sua intenção, Jacob. Agora, vamos, por favor… Ou tem algum problema com o carro?
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  — Não… Com o carro não tem nenhum problema.
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  Jacob abaixou novamente a cabeça, olhando para o volante, decepcionado, e deu partida. Queria dizer a ela que também desejava o beijo, mas não podia ceder a uma coisa de momento e arriscar perder mais uma amiga. Eles seguiram o percurso, calados, intermediados apenas pelas músicas que tocavam no rádio. Ao contrário do efeito que imaginaram, logo estavam dentro do distrito de Forks de novo. A volta foi rápida, mas longa o suficiente para que na mente de muitas hipóteses se passassem, e na mente dele, muita culpa.
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  Ela refletia que por mais doloroso que fosse o sentimento de rejeição, precisava manter a maturidade. Racionalidade, aliás. Tudo bem uma pessoa não corresponder aos sentimentos dela, certo? Mas então por qual motivo ele jogava com ela? Ou apenas levava a sério toda aquela brincadeira de flerte que vinha ocorrendo entre eles há meses? Sem saber o que foi manipulação dele e o que foi ilusão da fértil imaginação dela, tentava elencar por pensamentos as respostas. Jacob não a queria e ponto. De algum modo, o passado interno dele era muito mais vivo do que ela pensava. Acreditava ter subestimado as lembranças de Bella, ou seja lá quem fosse a pessoa que habitou tão ferozmente o coração dele, e o deixou retalhado daquele jeito. Ela já não queria saber.
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  Contudo, por mais que ela se calasse, não poderia impedi-lo de falar. A voz trovejante de Jacob ecoou, com a súbita necessidade dele de deter as perdas da confusão gerada, antes que se despedissem um do outro:
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  — . Eu quero conversar sobre o que aconteceu agora há pouco. Não posso deixar nossa manhã terminar assim com esse peso de quem acabou de enterrar um cadáver. Eu sei que só estou piorando as coisas e…
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  — Black, eu não quero conversar. — o cortou de novo: — Só me deixa em casa. Por favor.
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  Jacob deu seta, parou no acostamento da estrada fazendo lamentar porque, sem dúvida alguma, aquela conversa não acabaria bem. Os dois estavam mergulhados em suas próprias frustrações e isso geralmente não dava certo.
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  — Jacob, por favor! Eu não quero lidar com… — começou a pedir, mas notou que Black estava trêmulo e ofegante. — Jacob?
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  — Você não pode me evitar de tentar explicar!
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  A voz dele soou baixa, mas rouca, raivosa, como se estivesse sumindo, como se ele estivesse lutando com uma força interna tão grande que explodiria. Ao mesmo tempo, Jacob começava a suar, e desafivelou o cinto de um jeito urgente e aquelas reações começaram a assustar .
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  — Jacob? Você está bem?
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  Ele abriu a porta do carro, ignorando a pergunta dela e ordenando enquanto abaixava a trava da porta do motorista e a fechava trancando dentro do carro:
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  — Fica aí! Não saia desse carro!
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   observou, assustada com o estrondo forte que ele deu ao bater a porta, mostrando que alguma coisa estava saindo do controle dele. Observou Jacob pelo retrovisor caminhando para trás da caminhonete, se afastando com as mãos segurando a cabeça e se contorcendo enquanto andava de um lado para o outro. Black parecia sentir alguma dor. era uma pessoa inteligente, mas na maioria das vezes, a impulsividade sobrepunha-se à sua inteligência. E aquilo se provava desde que ela viera para Forks, já que nos últimos tempos estava totalmente inclinada a se entregar às insanidades à sua volta. E foi em um rompante destes que ela sequer pensou o problema que poderia se meter ao desobedecer Jacob, soltar o próprio sinto, destravar a própria porta e sair do carro caminhando até ele.
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  Já desconfiava que Jacob perdeu o controle de suas emoções e estava prestes a se transformar no metamorfo, mas algo estava diferente! Ela recordava da transformação de Bruh, e não foi daquele jeito! Com Bruh, sequer havia piscado e a garota era uma loba. Mas Jacob estava sofrendo alguma coisa, e ela soube que estava certa quando ele caiu de joelhos no chão, encolhido quase em posição fetal apertando a cabeça. Então ela parou de caminhar cautelosa e correu até ele, desesperada.
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  — Jacob! O que foi?
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  A respiração dele ainda estava ofegante, e sua postura não mudou quando ela se aproximou. Ele continuava com a cabeça pressionada entre as mãos e os olhos voltados ao chão. então tocou o braço dele e sua pele incendiava, ele suava muito também.
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  — Jacob! — tentou levantar seu rosto, mas ele urrava como se lutasse contra a dor. — Jacob, por favor, olha pra mim! Me deixe te ajudar!
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  Só depois que ela gritou com ele Black percebeu que estava perto. Os olhos dele a encararam, e estavam diferentes, suas írises oscilavam entre reflexos de cor dourada e vermelho. Quando viu os olhos da criatura pela primeira vez, sentiu-se assombrada, no entanto, não queria afastar-se dele, não conseguia.
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  — B-Black… Você me ouve?
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  — Saia daqui! — Apesar do olhar dele dentro dos olhos dela, parecia que Jacob não a enxergava, a voz também era grave e trêmula, um tanto rouca. E vê-lo vulnerável como um animal acuado só a fazia querer ficar.
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  — Você precisa de ajuda!
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  — Vai embora ! Agora! — ele gritou, a empurrando para longe de si e caiu sentada ao chão.
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  Jacob, num rompante levantou-se ainda contorcido e aproveitou para fugir. Correu rumo à mata densa da floresta que permeava a estrada. não compreendia o que acontecia com ele, afinal, aquela era uma transformação comum de um alfa ou ele estava se tornando aquele metamorfo perigoso que Embry também se tornou?
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  Desesperada, correu em direção ao carro depois de se levantar e olhando atentamente à sua volta, pois percebeu que estava em uma situação muito arriscada. Depois que entrou pela porta que havia deixado aberta, ela fechou-a travando a segurança e pulou para o banco do motorista. Precisava chegar na reserva o quanto antes! Deu partida ligando o carro de novo, e se pôs a dirigir apressada.
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  As ideias que passavam por sua mente eram assustadoras! E se ela perdesse Jacob para a própria fera? E se aquilo o matasse? E se ele fizesse mal a alguém? Aquilo não poderia estar acontecendo com Jacob! Entretanto, ele era um dos sete herdeiros do clã. Pior, ele era o alfa. E saber aquilo a deixava ainda mais apavorada, então começou a chorar de medo e tirou o celular do próprio bolso da calça, discando o número de Embry com dificuldade, enquanto dirigia.
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  — ? Tudo bem? — Embry atendeu a chamada rapidamente, mas a ela parecia um pouco agitado.
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  — O Jacob, Embry! Aconteceu com ele! — gritava chorosa, ansiosa e confusa: — Ele precisa do clã!
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  — Vocês estão onde? Se afaste dele, !
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  — Já chegamos em Forks, na estrada limítrofe com Silverdale, mas ele correu para a mata. Estou dirigindo para a reserva — explicava tudo com um choro compulsivo e assustador que também espantava a Embry.
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  — Se acalme, ! Tenha cuidado ao vir e não se preocupe, ok? Sam, Paul, Quil e eu já iremos atrás dele! Não se preocupe! Ele vai ficar bem, agora só se controla e vem pra cá! Se acalme! A Sue e o Billy, estão te esperando.
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  — Tá, tá… Embry… Por favor…
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  — Eu cuido dele. Fica calma.
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  — Cuidado.
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   desligou e continuou dirigindo apressada, porém, foi tentando se acalmar, confiando que entre os rapazes, eles conseguiriam proteger Jacob. Sequer pensou em parar em sua casa, seguiu o caminho para a reserva direto com tanta velocidade que nem se surpreendeu ao ver a viatura policial, com Charlie dirigindo, seguindo-a. Ele fez sinal para que ela encostasse e obedeceu.
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  Quando Charlie avistou a Truck vermelha surgindo na estrada naquela velocidade, espantou-se. Primeiro porque aquele carro ele conhecia muito bem e não entendia qual a razão de Jacob estar dirigindo como um louco. E em segundo, porque não era Jacob quem estaria dirigindo, visto que soubera que o rapaz iria passear com .
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  — Onde pensa que vai a essa velocidade senh…. — Charlie dizia enérgico ao se aproximar da janela, mas parou de falar ao reconhecer a motorista: — ? O que aconteceu? Por que está chorando? E por que corria desse jeito? Esta Chevrolet é a do Jacob, onde ele está?
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  — Charlie… Desculpa… Mas é que o Jacob…
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  — O que tem ele? — Charlie perguntou abrindo a porta do carro e percebendo o estado ansioso de , um pouco assustada também. Ele desafivelou o cinto dela, que retomou o choro compulsivo e deu a mão para ela sair do carro.
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  — Estávamos juntos no carro, a caminho de casa quando ele… Surtou, sei lá, acho que é a transformação… — explicou com dificuldade e Charlie a abraçou consolador.
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  — Se acalma, .
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  — Ele saiu de controle, Charlie! Foi assustador! Correu pra floresta e eu liguei para o Embry. Os rapazes foram atrás dele, Billy e Sue me esperam na reserva. Pelo visto a coisa é mesmo séria!
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  — Tudo bem, querida. Ele vai ficar bem. — Afagou os cabelos dela, e acariciou as costas da mulher, como um pai acolhedor. — Vamos. Eu te levo para a reserva. Você não deve dirigir neste estado.
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  — Mas o carro…
  — Eu reboco. Agora, vamos.
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   retornou entrando na Chevrolet ao lado do carona aguardando Charlie terminar de prender a viatura policial no reboque da caminhonete. Quando o delegado subiu no banco do motorista e deu partida com o carro, atento à estrada e em , percebeu que a mulher não conseguia se acalmar. Alguma coisa deveria ter acontecido entre ela e Jacob. E por mais que tentasse se controlar, era impossível. Uma culpa corroía o seu interior. não sabia exatamente por que, mas sentia que tudo o que acontecia com Jacob tinha ligação com ela. Como se fosse ela quem despertava a fera, e em meio ao julgamento próprio, ela se lembrou de ouvir Billy dizendo ao filho: “— É a , Jacob (…) E já está na hora, filho”.
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  — ? Tudo bem? — Charlie perguntou depois de dar a ela algum tempo de silêncio, no qual aos poucos ela parava de chorar. — Quer conversar sobre mais alguma coisa?
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  — Sobre o que, precisamente?
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  — Algo que a distraia… — Arriscou ele: — Me conta o que você e Jake foram fazer hoje…
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  — Ele me levou até umas estradas desconhecidas e andamos de moto.
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  — E se divertiram?
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  — É… — ela respondeu ainda incomodada.
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  — Eu não estou ajudando muito, não é?
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  — Desculpe, Charlie… Quem sabe se mudarmos o assunto?
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  — Tudo bem, filha! — Charlie assentiu e sorriu.
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  Mas aquela palavra… “Filha”… Pegou de surpresa. Não que fosse a primeira vez que Charlie lhe demonstrasse um carinho paternal, entretanto, a palavra bateu diferente daquela vez. ficou olhando sem graça para o delegado Swan, que ao se dar conta do que dissera, pediu desculpas:
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  — Desculpe… Não é que eu esteja te comparando a ela.
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  — Tudo bem, eu sei que você sente falta da sua filha.
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  — Sim. Mas não é por isso que eu gosto de você. Você é muito diferente dela, tem o seu jeito próprio de cativar. Eu me sinto ligado a você de alguma forma.
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   aproveitou-se daquele momento em que Bella era o assunto e resolveu perguntar:
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  — Afinal, o que houve com ela, Charlie?
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  O delegado olhou para e foi possível enxergar uma dor antiga em seus olhos. Algo como a dor de um pai que perdeu para sempre uma filha. Porém, mesmo com aquela verdade escondida no fundo do olhar, Charlie sorria ao dizer para a mulher:
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  — Logo você saberá.
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  — Tudo bem. — Apesar de sorrir, soltou um muxoxo descontente. Já deveria imaginar que não saberia, pois todos sempre trocavam de assunto quando ela perguntava demais. Ela não insistiu e voltou a observar os pinheirais passando pela janela.
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  — Posso te fazer uma pergunta um pouco indiscreta? — Charlie perguntou um tanto constrangido e a jovem, com cenho franzido e curiosa, assentiu que sim.  — O que está acontecendo entre você e o Jake?
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  — Nossa… Não imaginei que perguntaria sobre ele! — , surpresa, começou a rir.
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  — O que foi? É uma pergunta muito invasiva? — Charlie perguntou desentendido.
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  — Não, é que… Eu nunca tive alguém próximo de uma figura paterna me perguntando sobre as minhas paqueras ou namoros… Foi algo novo.
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  — Figura paterna?
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  — Como você acabou de dizer, eu também sinto uma ligação com você Charlie. E embora não seja o meu pai, eu gosto de imaginar como seria.
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  — Fico honrado. — Ele riu e arqueou uma sobrancelha. — Então… Pelo que entendi, vocês estão de paquera ou de namoro?
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  — Não… Nem um, nem outro.
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  — Tem certeza?
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  — Também não. — o encarou, falando de forma triste e direta. — Até essa manhã eu achei que fosse diferente, mas… Acho que foi só ilusão minha o tempo todo.
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  — Tenho certeza de que não foi. De alguma forma, Jacob está sempre se apaixonando pelas minhas meninas, acho que é fixação dele querer ser meu genro… Então não foi ilusão sua.
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  — Fala sério! — riu um pouco mais divertida.
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  — … Sei o quanto é complicado para você, porque também foi para mim. Mas uma hora todas as peças vão se encaixar, inclusive Jacob. Você só precisa ter um pouco mais de paciência. Se não for demais para você…
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  — Não é. Eu suporto. Tenho suportado até mais do que eu imaginei poder suportar.
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  — E conte comigo para o que precisar.
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  — Obrigada, Charlie.
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  — E, por favor, não dirija mais daquele jeito.
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  — Pode deixar.
  — Chegamos — ele disse entrando na reserva.
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  O policial estacionou o carro de Jacob, enquanto cumprimentava Sue na varanda de Billy com um forte abraço. Billy caminhou com sua cadeira silenciosa até ela, e Charlie logo se colocou ao lado de , e beijou Sue em cumprimento.
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  — , você está bem?
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  — Um pouco melhor, Billy, obrigada. E os meninos?
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  — Se acalme. Eles estão bem.
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  — Já deram notícias?
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  — Não, querida, mas fique calma. Estão bem! Eles sabem o que fazem — disse Sue para a mulher.
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  — Nem todos, Sue, nem todos — disse olhando para Charlie que entendeu ao comentário e sobre o que ela se referia. O delegado não ficou por ali, pois ainda estava em serviço, então a abraçou e perguntou antes de ir:
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  — , querida, tem mais alguma coisa que eu possa fazer por você?
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  — Tem sim.
  — Pode falar.
  — Não me multar por excesso de velocidade seria muito bom. — A mulher riu.
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  — Eu não vi nada. — Ele piscou e saiu, deu meia volta apontou o dedo para e disse: — Ah! Só dessa vez, certo?
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  — Não teremos outra — ela respondeu firme.
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  Assim que ele saiu, sentou-se no banquinho da varanda da casa de Billy e ficou com os olhos fixos encarando a mata.
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  — Aceita um chá com bolo? — Sue perguntou para ela, sentando ao seu lado.
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  — Não precisa se incomodar, Sue. Estou sem fome. Obrigada.
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  — Tudo bem, melhor guardar a fome para o almoço que já, já, sai.
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  Apesar da matriarca Clearwater, simpática, tentar lhe confortar, não tirava os olhos da floresta, preocupada. Atenta ao menor sinal, no aguardo de boas notícias. Aliás, boas notícias que iriam apenas a acalmar para que ela pudesse ir embora para sua casa. Não havia motivos de comemorar nada, porque ainda estava chateada com o ocorrido entre ela e Jacob, no entanto, não poderia negar a preocupação. Por isso, logo que surgissem com novidades, os rapazes a tranquilizariam daquele susto para que ela fosse embora.
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  — Conte-me o que houve, — disse Billy parando a cadeira ao lado dela.
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  — Ele parou o carro e começou a tremer. Mandou que eu ficasse na camionete e saiu descontrolado. Eu fui atrás dele, ele caiu de joelhos no chão e começou a urrar, era notório que sentia dor e a pele dele incendiava. Eu nunca vi nenhum de vocês apresentar estes sintomas, Billy. Jacob segurava a cabeça como se evitasse alguma coisa em sua mente. E os olhos dele… Estavam dourados, mas no reflexo avermelhavam e … Não sei, Billy… Eu não sei o que aconteceu, apenas que ele saiu correndo.
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   olhou para o lado e avistou Bruh escorada na cerca da varanda escutando o que ela dizia. olhou para a mais nova com raiva e Bruh não se intimidou. Billy pigarreou e então, voltou sua atenção a ele.
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  — Entendi… Mas não era sobre isso que eu estava perguntando. — Billy encarou a jovem mulher de forma sábia, calmo e ergueu a sobrancelha.
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  — O quê? — balbuciou confusa, ouviu passos pesados e virando a cabeça, notou que Bruh havia saído de perto com ainda mais raiva.
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  — Eu me referia ao “o que aconteceu” para deixá-la assim tão desapontada? Certamente, vocês brigaram, não é?
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  — Não… Não foi nada… Foi o susto. — Ela desviou o olhar de volta à floresta, mas Billy era astucioso e insistiu:
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  — Vocês não conversaram sobre vocês?
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   suspirou profundamente e se controlou. Ter a toda hora perguntas de todos os lados, sobre Jacob e ela, começava a irritá-la demasiadamente.
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  — Não. — Se levantou, dizendo arredia: — Billy, obrigada, mas… Eu vou pra casa. Preciso descansar disso tudo… Só não deixa de me avisar, tá?
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  — Não. Você vai ficar. Não pode ir ainda.
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  — Por que não?
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  — Porque a primeira coisa que Jacob vai querer ver é você e saber se está bem.
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  — Ele pode me ver outro dia — ela mencionou nervosa.
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  — Então vocês brigaram.
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  — Billy…
  — Pessoal, venham almoçar! — Sue apareceu na porta da casa dela gritando para os dois.
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  — Vamos, . Não se preocupe, eu não farei mais perguntas.
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  — Eu não estou com fome. Obrigada.
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  — Deixe disso, . Não vou falar mais nada — Billy disse amigável.
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  — Eu não vou embora, Billy. Só não estou com fome…
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  — Tudo bem. Qualquer coisa, nós estaremos lá dentro — ele disse saindo em direção à casa de Sue.
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  Tudo o que mais queria naquele momento era a possibilidade de enxergar em um raio de dez quilômetros à sua frente, assim, ao menor sinal dos garotos retornando pela mata, ela sairia correndo até eles. Entretanto, a mulher só podia aguardar. E aguardou imóvel, pensativa e preocupada por algum tempo, até Sue novamente surgir insistindo para que ela almoçasse. Agradecida, negou. Ela estava absolutamente sem apetite. Ficava recordando a manhã de corridas e trilhas com Jacob, o quanto divertiram-se e o quanto ela decepcionou-se. A cena de Black fugindo de seu beijo passava vívida remoendo com a raiva que sentia, sequer compreendendo o motivo para aquilo.
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  Aos poucos, as pessoas que estavam na reserva surgiam após terem almoçado, entre elas, Emy e Leah, foram falar com . Bruh manteve-se na rede de pano, na varanda da casa de Sue, junto a ela.
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  — Não se preocupe, eles chegarão bem — disse Billy quando retornou com as mulheres, para sua própria cabana, e antes de entrar ofereceu: — Vou preparar um chá para você. Tudo bem?
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  — Obrigada, Billy.
  — Como você está, ? — Emy a abraçou e em seguida Leah fez o mesmo.
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  — Estou bem, dentro do possível.
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  — Eu posso garantir que esta sua cara azeda não é por preocupação apenas. Afinal, já vi você em situações piores com a maior tranquilidade.
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  — Está se referindo ao episódio da tribo Whitton? — perguntou .
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  — Exato — Leah respondeu sorrindo.
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  — Se quiser conversar, pode contar conosco, . — Emy a olhava com carinho. — Somos suas amigas!
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  — Até mesmo a Leah? — Bedingfiled mencionou olhando com uma sobrancelha arqueada, em tom sarcástico para a filha mais velha Clearwater.
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  — Er… Por falar nisso… Eu te devo um pedido de desculpa e algumas explicações. — A loba mencionou um pouco envergonhada por seu comportamento anterior.
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  — Não, Leah! Eu e Embry já conversamos e não há nada para ser explicado ou desculpado. Está tudo certo!
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  — Mas eu gostaria que você soubesse que eu não tive a intenção de magoá-la.
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  — Fala sério, Leah! Magoar? Não me magoou. Eu posso não ter ou não ser o imprinting de alguém, mas o Embry exagera quando diz que eu “não acredito no amor”.
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  — É, ele sempre diz isso! — Leah confirmou e as três mulheres riram.
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  — Pois é! O que me lembra que preciso ter uma conversa com ele sobre ficar espalhando essa visão equivocada a meu respeito…
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  — Ele não está errado. Vai dizer que você não é do tipo que acredita que o amor se conquista aos poucos? — perguntou Emy.
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  Com a pergunta de Emily, olhou para a caçula, Bruh Ateara. Ela encarava à bióloga certa e atenta à conversa que por sua condição era fácil ouvir, mesmo à distância. Diante daquela pergunta de Emy, percebeu que talvez fosse aquela a questão: Jacob havia sido conquistado pouco a pouco por Bruh.
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  Contudo, algo em seu coração ainda indagava-se “Será?”. A não-quileute sustentava o olhar de Ateara, sem sentir qualquer intimidação, e Bruh compreendeu de alguma forma o que pensava. Sorriu de canto, vitoriosa. Um sorriso que soou à uma real vitória de quem não só conseguira causar uma pressão psicológica, como também de alguém que talvez houvesse conquistado Jacob. Leah percebeu o quanto encarava a Ateara, e olhando na direção da lobinha, ela pescou o que acontecia entre elas, e foi logo dando a sua opinião sempre muito direta.
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  — Ah, fala sério! Acha mesmo que a Bruh conquistou o Jake? — Leah encarou a mulher, de forma incrédula, enfim atraindo a atenção de para si novamente: — Aquela pirralha?
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  — Não quero acreditar nisso. Porque seria nojento. Jacob seria nojento. Ela é só uma criança — disse e não tivera a intenção de ofender Bruh, mas ela realmente achava-a uma criança comparada a Jacob.
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  O que não percebeu é que a caçula escutou tudo e tentou levantar nervosa da rede em que deitava, mas Leah virou-se de frente para Ateara, em um repente, e ergueu a mão à frente do corpo gritando de modo incisivo:
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  — Se acalma aí, Ateara! Nem tente ou eu vou arrancar a sua orelha!
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  A mais nova entrou para a casa de Sue, irritada como toda loba adolescente com os hormônios aflorados, e Leah voltou à sua posição de antes: encostada na madeira da varanda de frente para , e as três mulheres continuaram conversando.
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  — Ela está nervosinha — Leah disse de um jeito que fez as três rirem.
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  — Isso é bullying, Clearwater — disse arrancando mais risos.
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  — … Não se preocupe com a Bruh! Eu já te disse isso — Leah falou séria, a fim de consolar a preocupação da outra que ela ainda não sabia se provinha apenas daquela insegurança com a outra loba.
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  — Eu a encontrei na porta do mercado um dia destes e nós meio que discutimos — contou recebendo os olhares curiosos das outras duas.
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  — Discutiram? — Emily cruzou os braços tentando imaginar o motivo usado por Bruh para tirar da própria razão: — O que ela pode ter dito a você para que caísse na pilha dela, ? Este não é o seu estilo, é mais o da Leah.
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  — Bem, ela me encarou e me desafiou para uma briga. Então eu disse para ela não me subestimar e ameacei que também poderia atingir ela aonde doeria mais.
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  — No Jacob. — Leah constatou rindo orgulhosa e piscando travessa para .
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  — É…. Foi o que eu pensei.
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  — Mas espera… Ela te chamou para brigar? E vocês caíram na pancadaria? Tipo isso? — Emy falou assustada.
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  — Não! Claro que se fosse necessário eu não evitaria brigar com ela, mesmo ela sendo uma loba estúpida… Sei que ela não se transformaria no meio da cidade à vista de todos.
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  — Ei, não xingue o clã! — Leah repreendeu.
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  — Foi mal. — riu. — Enfim, se tivesse que lutar eu lutaria. Cravava dentes e unhas mesmo que não sobrasse nenhum pedaço meu depois, mas eu não sou de ficar brigando por qualquer coisa.
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  — Mas também não é de fugir. Por isso eu simpatizo com você — Leah confessou sorridente.
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  — Simpatiza, é? Quem queria comer o fígado da e mastigá-la entre os dentes como se ela fosse um pedacinho de carne inútil, mesmo? — Emy perguntou debochada, revelando algo dito por Leah tempos atrás.
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  — Ah, mas… Ela estava com o Embry e, sendo amiga da Bella, eu achei que a história toda se repetiria!
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  — Caramba. Escapei de uma boa por pouco… — zombou fingindo cara de medo para Leah. — E sabe… As pessoas precisam desassociar a imagem de Bella à minha, porque isso não tem funcionado! Não mesmo!
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  — Continua a história, — pediu Emily.
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  — Então… Depois que eu a provoquei, a Bruh falou algo que não saiu da minha mente. Ela disse: “Não deu certo para ele uma vez, e não dará de novo! Ele já sabe que garotas como você não podem curá-lo!”. E bem, eu acho que ela estava certa apesar de não ter ideia ainda do que exatamente ela estava falando.
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  — Acho que a está pensando que o Jake ainda não esqueceu a Bella — Emily comentou encarando Leah, e as duas olharam para a amiga de um jeito que passava confiança. Queriam que ela compreendesse o quanto aquilo era bobagem.
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  — E ele esqueceu, por acaso? Ainda que o Jacob tenha tido outra namorada, o único tipo de “garota como eu” que posso assimilar a tudo o que Bruh disse, é a Bella!
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  — Bella não era como você. E nunca será — Leah revelou, firme com muito desprezo em sua voz.
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  — Nós não somos parecidas mesmo. Mas a Bella é como eu, porque também é uma garota que não se transforma em lobo.
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  — É. Ela se transformou em algo muito pior. E isso também te faz muito melhor do que ela — Leah contou e entrou na casa de Billy, pois ele a chamava.
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  — Não entendi, Emy. — mencionou desconfiada.
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  — Você vai entender quando te contarem toda uma longa história.
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  — Tenho tempo. Pode me contar! Aliás… Vocês têm muitas histórias, alguém precisa a começar a dizê-las.
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  — Desculpe, … Mas não serei eu a te contar a história entre Bella, Jacob e tudo o que isso gerou. — Emily sorriu quando declarou aquilo e logo Leah chegou com o chá de Billy, dizendo alegre:
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  — Então, voltando ao raciocínio inicial… Revele de uma vez, o que aconteceu com você e o Jake hoje? Eu sei que tem alguma coisa no ar!
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  — Nós só saímos para andar de moto e na volta ele teve esse surto, ataque… Sei lá como vocês chamam isso.
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  — Ah, cala a boca, ! Você entendeu onde nós estamos querendo chegar! — esbravejou Leah. — Billy contou que você chegou aqui com a cara de quem mataria o Jacob assim que ele chegasse e não tem nada a ver com a transformação dele! Vocês brigaram, e se brigaram, eu aposto que tem a ver com toda a tensão sexual que existe entre vocês!
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  — O quê? — Alarmou-se um tanto indignada. — Não tem nada… Não tem tensão! Do que é que você….
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  — Desde o dia em que você e Embry estavam trocando carinhos na varanda da minha cabana — recordou Emily interrompendo — que essa tensão sexual existe, ! Pelo menos, pela parte do Jacob, sempre existiu.
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  — Vocês duas estão muito enganadas. Não acontece isso entre a gente. Eu até pensei que o Black poderia estar interessado, mas ele deixou claro que não.
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  — Como assim? Ele te rejeitou? — Leah perguntou irritada.
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  — Praticamente. Eu tentei beijá-lo hoje, mas ele fugiu.
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  — ELE O QUÊ? — Emy e Leah gritaram.
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  — Ele não quis me beijar e o discurso que se iniciou foi próprio de alguém que me daria um fora. Daí eu fiquei com raiva e só entrei no carro para ir embora negando qualquer conversa. A gente ainda estava discutindo dentro do carro quando ele começou a perder o controle.
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  — Como assim? Não entendo! Ele disse que… — Leah murmurava confusa, como se pensasse alto, mas não terminou a frase. Sua atenção foi tomada pelo instinto de loba, de repente.
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  Ela olhou para frente na direção da floresta, Emy e fizeram o mesmo, então avistaram os garotos começarem a surgir devagar entre as árvores. Jacob estava com eles, e seu semblante era sério, irritado. Imediatamente, largou sua caneca em um canto do chão ao lado do banquinho em que estava sentada, e caminhou de encontro ao grupo de lobos seguida pelas meninas logo atrás.
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  — E aí, Seth? Como vocês estão? — ela perguntou tocando o rosto do garoto caçula, que era mais alto do que ela, um tanto cuidadosa, analisando suas expressões.
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  — Tudo bem — Seth disse sorridente e calmo.
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  — Tudo bem? Como assim? — indagou preocupada e confusa.
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  Os rapazes olharam para Jacob todos ao mesmo tempo, aguardando que ele se aproximasse da garota. Black andou devagar até , olhando-a sério da cabeça aos pés, buscando certificar-se de que não a machucou.
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  — Você está bem? — Jacob perguntou em tom baixo.
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  — Estou. E você? — devolveu a questão, um tanto fria.
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  — Vou ficar melhor… Mas eu machuquei você?
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  — Não como você pensa — respondeu com mágoa e se virou para os outros garotos: — E vocês? Estão todos bem?
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  — Só alguns arranhõezinhos. Tem certo lobo que gosta de se esconder no meio dos espinhos — Sam falou abraçando Emy e zombando de Jacob.
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  — Bem, sendo assim… Agora que vejo que estão todos bem, eu vou para casa.
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  — Eu te levo — Jacob disse.
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   deu as costas para ele sem falar nada, enquanto todos os observavam, atentos. Claramente, eles sentiam que alguma coisa de muito errado havia acontecido entre eles. caminhou até a varanda de Billy pegando sua caneca no chão e entrando para deixá-la no lugar, silenciosa, ignorando a presença de Jacob que a seguia.
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  — Não precisa me acompanhar, Jacob — declarou sem olhá-lo.
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  — E você vai a pé, por acaso? — Black ironizou em tom arrogante, recebendo da mulher uma resposta tão atrevida quanto a dele:
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  — Vou até voando se eu quiser!
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   deu as costas para ele antes que Jacob a retrucasse, mas ele se apressou e tocou no punho dela a parando, se colocando à frente dela sério e, os dois enérgicos, encaravam-se com impaciência.
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  — Eu já disse que te levo, não foi um pedido.
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  A garota trincou o maxilar e soltou-se das mãos dele de um jeito rude, pisou fundo para fora da cabana, bufando e se controlando para não parecer tão afetada diante de todo mundo que ainda estava reunido do lado de fora, conversando. Assim que avistaram saindo pela porta de entrada da cabana, Leah ouviu Emily e Embry mencionarem para que ela não fosse até ele, mas a loba entrou correndo na cabana dos Black. Seth, Quil e Paul se despediram de , dizendo que iriam comer e dormir porque estavam todos exaustos da canseira que alcançar e controlar Black lhes deu. Embry, no entanto, permaneceu ao lado de fora, sentado, como se soubesse que queria falar com ele, e a esperasse.
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  — Ei — ela disse se aproximando dele. — Queria conversar com você antes de ir.
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  — Estava com muitas saudades de você — Call respondeu abraçando a amiga de um jeito apertado e perguntando curioso: — Por que mesmo não nos vemos há algum tempo?
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  — Eu não sei. Mas é normal quando um amigo começa a namorar, sabe? Principalmente quando a namorada é ciumenta — comentou rindo e o olhando cúmplice.
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  — É… Mas você também não apareceu mais na reserva, bonitinha!
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  — Estou meio enrolada com algumas coisas no trabalho…
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  — Leah disse que eu precisaria conversar com você.
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  — Disse? Sobre o quê?
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  — Ela não sabe, mas eu acho que faço ideia.
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  — E então?
  — Scott Carter?
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  — Acertou. Agora você pode ler os meus pensamentos?
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  — Não. — Embry riu explicando: — Eu me encontrei com ele hoje cedo e fiquei sabendo de vocês…
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  — Eu não imaginava que vocês fossem tão amigos assim.
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  — Confesso que já fomos mais próximos.
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  — Hum… E o que ele te disse?
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  — Tudo.
  — Tudo?
  — Tudo — Embry a respondeu, com um olhar jocoso e desafiador sobre ela.
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  Imediatamente sentiu as bochechas esquentarem. Estava corada só de imaginar que Embry soubesse do beijo que ela e Scott trocaram.
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  — É… Pois é, ele se declarou. Assim posso dizer. E disse que você andou dando umas dicas.
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  — Não. Eu só o adverti da verdade.
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  — Você precisa tirar da sua cabeça essa ideia de que eu não acredito no amor, Embry. E claro, parar de ficar mencionando isso para os outros!
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  — Não é isso que eu digo. Você sabe! Responde, sinceramente : acredita no amor a curto tempo? — Call a encarava desafiadoramente como se já tivesse ganhado uma aposta.
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  Assim que ele terminou de falar, Jacob apareceu na porta da frente. Olhou para os dois conversando e foi até a casa de Sue.
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  — Eu não sei — enfim respondeu a Embry.
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  Leah apareceu logo atrás de Black, contrariada. Ela olhou para direção que ele havia tomado e gritou:
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  — Volta aqui, Jake! — Mas como ele a ignorou, ela apenas resmungou e entrou novamente, nervosa, para a cabana dos Black.
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   e Embry assistiram à cena, curiosos.
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  — O que essa maluca falou para ele?
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  — Você deveria se acertar com ele, seja lá o que aconteceu entre vocês, o Jake ficou muito preocupado contigo. E está se sentindo culpado, eu só não sei se é apenas sobre o ataque.
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  — Embry… — Ela tentou negar, mas então, cedeu: — Argh… Eu já volto.
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  Mal suspirou arrependida, Call escancarou um sorriso de confiança e ela seguiu atrás de Jacob. Entrou pela sala de Sue e não havia ninguém. Subiu as escadas imaginando que Jacob estivesse no quarto de Seth e caminhou pelo corredor devagar, o quarto do garoto era o primeiro. Bateu, mas ninguém atendeu. Então ela caminhou um pouco mais a frente e encontrou uma porta entreaberta dentre os vários quartos. tocou a maçaneta e abriu a porta devagar, sentindo como se o chão se dividisse sob os próprios pés. Ela poderia ver seus pedaços caindo lentamente, como se uma metralhadora a perfurasse por inteira. Mas não havia sangue, havia sombras. Faltou todo o ar em seus pulmões e lá estava ela sufocada. Por que aquilo lhe parecia um castigo?
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  Bruh e Jacob. Jacob e Bruh. Suas hipóteses confirmadas. A loba e o lobo. Eles se beijavam. Jacob não estava segurando a garota de um jeito romântico, apenas segurava as mãos dela sobre seu rosto, mas ainda assim, ele a beijava. E Bruh, o corpo inteiro dela demonstrava o quão feliz e fervorosa ela se sentia. não fez barulho, ela fechou a porta devagar, sentindo a garganta fechar. Escorou a mão na parede, e, quando se virava para sair pelo corredor, Leah surgia caminhando bufante, mas lenta.
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  — ? — a amiga sibilou ao notar a outra saindo dali com um olhar vago.
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   sequer respondeu, apenas ergueu os olhos para Leah que viu as írises brilhantes da amiga, sem nada entender. Silenciosamente, mas rápida, descia as escadas pronta a sair dali o mais imediatamente que poderia. Leah ficou surpresa e desconfiada, encarou a porta por onde parecia ter saído e foi até lá.
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  — Jake!? — Leah gritou ao ver Jacob finalmente separando-se da boca de Bruh: — Seu babaca!
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  Àquela altura, já surgia correndo pelo pátio saindo da cabana de Sue, apressada para a cabana dos Black. Ela sequer explicou algo a Billy quando passou a mão na chave da caminhonete de Jacob, pendurada atrás da porta. Embry e Billy assistiam a cena um tanto confusos.
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  — Vai atrás dela, ela parece nervosa demais, Embry… — Billy ordenou.
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  — , espera! — o amigo falou caminhando até ela, e quando a viu correr para o carro de Jacob, Embry se apressou.
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  — Embry! Vem comigo! — gritou se jogando no banco do motorista, e Call, sem entender nada, a seguiu para o banco do carona.
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  Antes que ele pudesse fechar a porta, o arranque e o som do acelerador soando ao mesmo tempo mostraram o quão nervosa estava para sair dali. Embry deu um grito assustado, batendo a porta e a olhando preocupado e pedindo:
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  — ! Me deixe dirigir!
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  — Fica quieto, Embry! — ela gritou arrogante e depois pediu com a voz mais fraca: — Só me dê um tempo!
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  — Tudo bem — o amigo disse a olhando assustado, prendendo o cinto de segurança, ele olhou para frente, respirou fundo e pediu: — Só tente não nos matar!
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   acelerava pela estrada, sem sentir o peso do próprio pé, sem sentir a aceleração, sequer estava focada na estrada. Era como se a cena de Jacob e Bruh se beijando, estivesse repassando pelo para-brisa.
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  — … — Embry chamou ao sentir a velocidade subir. — … — Repetiu, mas ela não o ouvia, até que ele notou o estado de choque dela e gritou-lhe: — ! O que está fazendo!?
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  — Ele e a Bruh estavam se beijando, Embry! — Ela respondeu gritando de volta, sentindo-se abalada e segurando o choro. Ela, aos poucos, foi caindo em si e desacelerando, o que fez Embry também suspirar aliviado.
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  Quando ele percebeu que a amiga estava calada, mas focada na estrada, com os olhos firmes e a aceleração normal do veículo dentro do limite, ele tentou entender aquela história:
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  — Quer conversar?
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  Mas ela nada falou. Mantiveram o silêncio até que chegasse em casa. Assim que o fez, ela estacionou a Chevrolet de Jacob de qualquer jeito na entrada, saiu do carro batendo a porta e jogou as chaves para Embry.
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  — Obrigada por vir para levar o carro! Já pode ir, Call — mencionou dirigindo-se à sua casa, cabisbaixa, mas Embry não deixou de seguir ela.
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  — , espera.
  Ela não parou, apenas adentrou rápida e direta até a cozinha para buscar um copo de água.
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  — Vamos conversar? Acho que vai te fazer bem desabafar — Embry disse calmo e parado na soleira da cozinha.
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  — Não. Não precisa. Tudo foi esclarecido. Quase tudo, na verdade, mas não quero saber de mais nada. Nada de respostas. Nada de perguntas.
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  — , você está com raiva… Olha…
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  — Você queria saber se eu acredito no amor à primeira vista? Naquele amor ingênuo e platônico que simplesmente brota do nada? — o interrompeu dizendo dura e direta: — Não, Embry! Eu não acredito em nenhum sentimento desse tipo! Eu só acredito no amor que surge depois de muita convivência, cumplicidade e, sobretudo, depois que os dois lados permitem-se conhecer todos os segredos um do outro. Não é algo que eu espere mais que venha do Jacob, mas do Scott? Quem sabe!? Eu tenho essa possibilidade que poderia me fazer acreditar… No futuro, talvez eu tente!
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  — Você está nervosa . Não fala besteira!
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  — O Scott te disse que nós nos beijamos? — continuou falando e andando de um lado para o outro, como se a culpa do que aconteceu fosse de Embry e ela estivesse tentando jogar as coisas na cara dele.
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  — Não. Eu joguei verde com você.
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  — Pois é! Beijamos e foi um ótimo beijo, aliás! — caminhou até o barzinho que havia em sua sala, até então, pouco usado, e serviu-se uma dose uísque enquanto contava, com Embry atencioso e preocupado a encarando: — E descobri que somos mais parecidos do que eu pensava, Embry! Foi só um beijo, mas foi intenso o suficiente para Scott deixar uma memória e plantar uma semente de possibilidade na minha cabeça! — declarou virando a dose de uísque toda de uma vez, e deixou o copo vazio sobre o móvel.
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  Embry suspirou entendendo que tudo aquilo não passava de uma explosão dela querendo se convencer do que dizia, então se aproximou a abraçando:
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  — se controle, por favor! Você está surtando! Não se descontrola assim… Você e o Jake precisam conversar pra entender o que realmente aconteceu com ele e a Bruh e o que está acontecendo com vocês dois.
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  — Não tem nada mais para entender. O que eu vi foi esclarecedor o suficiente — declarou e se soltou do abraço do amigo, já o dispensando da sua casa: — Vai, Embry! Depois nos falamos! Obrigada! Agora leva essa merda de caminhonete daqui. Eu não quero nada do Black ou que me faça pensar nele perto de mim!
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  — Eu vou. Mas eu volto! — Embry beijou a testa dela e acariciou o rosto da amiga dizendo: — Se precisar de qualquer coisa, me liga, eu venho correndo, você sabe!
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Capítulo Dezoito
Fossa Iminente

  Desde que Embry foi embora, estava jogada em seu sofá abraçada à garrafa de Whisky, com uma caixa de lenços e aos prantos. Então finalmente ela poderia confirmar, caso ainda negasse, que sim: estava completamente apaixonada por Jacob. A escuridão da casa foi aumentando e após um dia quente como aquele, a chuva que caía no fim de entardecer não era uma surpresa.
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  Aos poucos, foi adormecendo pelo efeito de muito choro, mas também pelo entorpecente álcool que aliviava no momento a tristeza, mas que traria muita dor de cabeça ao despertar. Portanto, o melhor era se entregar ao doloroso sono, pois o irremediável viria a seguir.
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  Na manhã seguinte, ela acordou com o despertador estridente tocando. Aquela prevista dor de cabeça estava lá, se fazendo companheira no meio da solidão. Esfregou os olhos e sentou-se na cama. Para seu espanto, ela estava no próprio quarto, ainda com as roupas do dia anterior, mas não se lembrava de ter ido dormir. E tudo estava organizado demais para alguém que secou um John Walker sozinha. Ao lado, na cabeceira da cama, um bilhete dizia:
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“Não consegui deixar de vir vê-la, e espero que acorde melhor amanhã… Se bem que após uma garrafa de whisky… Não se maltrate assim, . Te amo, boa noite!”

  Quem o teria escrito? Embry? Era melhor acreditar nisso, pois seria muita falta de vergonha própria se Jacob aparecesse ali na surdina. No entanto, ainda sentia o cheiro dele, mas decidiu acreditar que era tudo coisa da sua cabeça, e não, Jacob não tivera a audácia de ir vê-la.
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  A mulher levantou da cama, com aquela miserável ressaca zombando de si. Apertava a cabeça no intuito de fazer a dor parar, mas só o banho gelado a confortou um pouco. Depois de se vestir e descer as escadas lentamente, já que o ritmo de seu corpo era o mesmo de uma pessoa recém-acidentada, ela foi preparar seu insubstituível café. Forte. Quente. Amargo. Tão amargo quanto a cena que não saía de sua cabeça. não era de definhar sob tragédias, preferia dar a volta por cima das perdas de forma rápida. No entanto, curtir aquela fossa poderia encerrar um ciclo. O ciclo Black. Pensava nisso e iria beber o seu primeiro gole de cura, quando o telefone tocou irritantemente.
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  — Alô?
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  — Bom dia, . Aqui é Julian. Tudo bem?
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  — Bom dia, Julian. Sim… Aconteceu algo?
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  — Aconteceu sim. Estamos dando uma folga a você e ao Peter. Uma semana de luto em nossa família, nenhum estabelecimento nosso funcionará. Aproveite para descansar e seguir seus projetos mais tranquila.
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  — Julian… Meus sentimentos. Se quiser conversar, sabe que pode contar comigo, não é? Como você está?
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  — Obrigado, querida, sei disso. Estou ainda triste, mas Hernando está mais magoado. Foi nosso avô. Eles eram bem mais próximos. Já estava idoso e doente. A lei natural da vida… Sabe como é. Hoje quem amamos está ao nosso lado, amanhã de repente, vai embora.
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  — Sei. Sei muito bem como são essas perdas. E por saber quero que, para o que precisarem, seja uma distração, um conselho ou companhia, não hesitem em me chamar.
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  — Obrigado. Fique bem e tenha uma boa semana.
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  — Obrigada. Beijo.
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  Desligado o telefone, não demorou muito a tocar novamente.
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  — Sim, Julian?
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  — Não. Não é o Julian… É o…
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  — Sei que é você Black. — Interrompeu ao reconhecer a voz dele e não escondeu a dureza no tom de voz: — E eu não quero falar contigo, por favor, me deixe…
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  — , espere! — Ele também interrompeu, insistindo: — Por favor, me deixe te explicar!?
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  — Não há nada a ser explicado, já entendi tudo!
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  — Não, você não entendeu! Nós ainda não conversamos! Foi tudo um engano.
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  — Foi sim, Jacob. Tudo um engano. E eu te peço que, por favor, me deixe em paz — pediu desligando na cara dele.
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  Aquela mísera troca de palavras foi suficiente para morder os lábios nervosamente na tentativa de segurar as lágrimas, mas não conseguiu por muito tempo. De repente se pegou caminhando até o sofá da sala com sua caneca de café em mãos, pensativa sobre as perdas que vivera até chegar em Forks. E lembrando-se que o propósito era se mudar para lá, a fim de deixar um pouco a dor de seu passado para trás, assim como, reencontrar sua antiga amiga. Mas não encontrou Bella e aquilo era tão estranho! Tantas coisas haviam acontecido até ali, que agora estava até mesmo sofrendo por amar quem não deveria. Quem diria! Depois de Theo, ela chorava de novo por um homem.
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  Ao menos, teria uma folga naquela semana e aproveitaria para ficar sozinha, pensar em muita coisa e organizar tudo o que já deveria ter organizado em sua vida: dos seus projetos profissionais ali, até mesmo retornar a Phoenix e resolver o que deixou esquecido por lá.
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  Após uma manhã de contemplação e de tentativas frustradas de achar qualquer coisa para assistir na TV que ela sequer ligava, retomou sua atividade no jardim da frente. Não se lembrava de ter acabado todos os seus suplementos de jardinagem, porém. Com isso, ela precisava ir à cidade.
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  Disfarçou em seu quarto a expressão denunciante de coração partido, com um pouco de maquiagem sutil, e saiu correndo com bolsa e chaves na mão até entrar no seu carro. Embora houvesse algum tempo que Black não entrasse nele, ainda sentia seu cheiro ali. Ligar o rádio não iria ajudar a pensar menos no quileute, pois ela tinha certeza de que, alguma música inimiga tocaria. Lembranças surgiriam. Aliás, tudo e qualquer momento era passível de lhe trazer alguma recordação dos momentos com ele naquela cidade.
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   aspirou ao silêncio enquanto dirigia devagar — algo que não era costume — e olhava à frente atenciosa ao gotejo fraco das nuvens. Chegando no centro do condado, como sempre se encontrava monótono. Algumas pessoas pulando poças, alguns acenos, agradecimentos, sorrisos, cordialidades, mas sua aura permanecera cabisbaixa. “Gardens and Earths” lia-se a simples frase em um letreiro de madeira esculpido à mão acima da porta da cabana pequena.
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  — Bom dia — a dona do lugar falou assim que a sineta da porta soou anunciando a chegada da cliente.
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  — Bom dia, senhora.
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  — O que vai querer hoje, querida?
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  — A senhora teria estes utensílios todos? — esticou a ela uma pequena lista, com caligrafia rápida.
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  Terra escura — 4 sacos de 10 kg.
  Pá de mão — 1 pequena
  Garfo de mão — 1 médio.
  Lascas de lino — 5 sacos de 20 kg.
  Sementes de girassol — 1 pacote de 300 gr.
  Sementes de margaridas — 1 pacote de 500 gr.
  Composto polivitamínico para plantas: (nitrogênio, zinco, cálcio) — 1 vidro de 200 ml.

  Enquanto a senhora procurava os itens pedidos, passeava entre as gardênias e gerânios de estimação que ali eram cultivados.
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  — Hoje não está sendo um bom dia? — a velhota perguntou tímida.
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  — Não. Mas logo irá passar — respondeu , sorrindo fraco.
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  — Aqui estão, apenas a terra e o lino que eu pedirei para você pegar nos fundos da loja comigo, querida, estou sem meus ajudantes hoje.
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  — Claro, sem problemas! Pode deixar que eu pego.
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   carregou os sacos até seu carro de forma rápida, pois a chuva estava gelada. Retornou à porta da loja entregando o dinheiro e pegando sua sacola às mãos da vendedora de setenta e poucos anos. Correu de volta ao carro, até que ouvindo a sineta do Coffee & Bar tocar, ela decidiu que um pouco de waffles com mel e mais um café quente poderiam complementar o desjejum mal feito. Como parecia tornar-se um hábito involuntário, ela encontrou Erick sentado aos fundos do bar, entretanto, fingiu não o ter visto, assim como ele também não a avistou (ou fingiu como ela). Logo que se sentou ao balcão de atendimento, coincidentemente deparou-se com Scott sentado ao lado.
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  — Bom dia, waffles com mel e um café forte, por favor.
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  — Bom dia ! — Scott sorria muito feliz em vê-la.
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  — Olá, Scott! Bom dia… Tudo bem? — cumprimentou-o, abraçando.
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  — Sim… Mas você não me parece muito bem. Aconteceu alguma coisa?
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  — Nada que não possamos falar um outro dia.
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  — Tudo bem. — Ele sorriu.
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  Erick foi ao caixa pagar sua conta e, voltando para o balcão, cumprimentou e Scott, demonstrando assim que não a tinha evitado como ela fizera.
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  — Ele ainda está interessado em você…
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  — Ah, Scott, eu prefiro apenas tê-lo como um bom amigo. Não daria certo entre Erick e eu. Já descobri sermos diferentes demais.
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  — Que bom que você está decidida quanto a isso, mas ele ainda está interessado. Embora…
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  — Embora?
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  — Ele voltou a sair com a irmã da Dani.
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  — Eu espero realmente que eles sejam felizes.
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  — Eu também. Só queria que a Daniela saísse do meu encalço — Scott comentou revirando os olhos e os dois se encararam trocando uma risada.
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  — Ela ainda insiste?
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  A garçonete entregou o café da manhã dela, e Scott aproveitou para pedir outra panqueca e mais uma caneca de chocolate quente.
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  — Acho que ela não desistirá nunca. E eu nem sei por quê! — Ele sorria surpreso.
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  — Você é um cara encantador, Scott. Aceite isso.
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  — Vindo de você… Como não aceitar? — o rapaz respondeu com um sorriso mínimo e sincero.
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   sorriu, constrangida, e mudou de assunto:
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  — O mercado fechado?
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  — Sim, o avô dos Vincent faleceu. Não soube?
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  — Soube, claro. Mas o que tem a ver?
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  — Meus pais sempre foram muito amigos da família Vincent. Eu não quis ir. Planejei uma trilha hoje, mas choveu, talvez seja tristeza e luto.
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  — O restante dos comércios fechados têm alguma associação com o falecimento dele?
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  — Sim! Acho que não te contaram… A família Vincent tem muito prestígio aqui, pois eles descendem dos fundadores de Forks. O avô deles foi um grande médico que fundou o hospital de Forks. Até então, um posto de saúde pequeno é o que dava conta dos atendimentos.
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  — Uau. Eu sempre soube que os Vincent eram pessoas amáveis e admiráveis e lógico, muito discretos, mas ninguém me contou sobre o legado deles aqui na cidade.
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  — Forks tem muitos segredos .
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  — É… Já deu para perceber… E o que você fará hoje?
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  — Ainda não sei. Peter quer ir até a tribo… Mas eu não sei. Se a chuva piorar, podemos acabar ilhados por lá.
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  — Bem, mande abraços meus às crianças, à sua avó…
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  — Sinta-se convidada a ir, caso nós formos.
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  — Hoje não, Scott, mas outro dia quem sabe…
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  — Tem certeza que não quer conversar?
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  — Tenho sim, e na verdade eu preciso ir agora, Scott — ela respondeu terminando de mastigar o último pedaço de seu waffle e virando o último gole de seu café.
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  Os dois se abraçaram apertado em despedida, agradeceu a ele pelo carinho e preocupação, pagou seu lanche e saiu rumo a seu carro e sua manhã de jardinagem. No horário do almoço, ela já havia terminado parte das tarefas com as plantas. Tomou um banho quente e um antigripal – porque enquanto remexia na terra sob uma garoa fina, ela já sentia uma leve coriza em seu nariz. Descia as escadas de volta à sala de casa, vestindo um suéter quente e ouviu batidas fortes na porta de entrada. Quem poderia ser?
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  — É aqui que mora uma mulher maluca, metida à loba?
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  — Leah! — sorriu largo pega de surpresa. — Emy! Você também veio!
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  Elas se abraçaram e deu passagem às mulheres que a visitavam pela primeira vez.
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  — Embry está a caminho, ele foi à cidade.
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  — Mas o que estão fazendo aqui?
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  — Ei! Quer que vamos embora?
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  — Não, Leah! Não, por favor, não interpretem assim. Fiquem à vontade.
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  — Sua casa é aconchegante.
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  — Não tanto quanto a sua, Emy. Ainda deixarei ela do meu jeito, algum dia, eu acho…
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  — Já estou abrindo a geladeira! Eu posso né? Você disse para ficar à vontade.
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  — Claro que pode, Leah. — sorriu, enquanto Emily reclamou:
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  — Leah! É a primeira vez que viemos aqui! Cadê seus modos, Clearwater?
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  — Não, Emy, tudo bem! Apesar de nunca terem vindo, é como se estivessem sempre por aqui. Obrigada por virem, meninas.
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  — Sem mi-mi-mi, por favor! — Leah sempre muito seca ao seu modo, falou apontando para a dona da casa: — Agora escute, mocinha! Faremos um almoço italiano aqui! E nada da senhorita reclamar!
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  — Almoço italiano?
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  — Leah e Embry pensaram em massas, você adora, não é?
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  — Sim! — sorriu. — Obrigada pela atenção, gente.
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   agradeceu verdadeiramente emocionada por notar que sim, eles estavam sendo bons amigos com ela, já que a razão da visita poderia ser a “iminente fossa escrita em sua testa, mesmo à distância”, que Embry provavelmente relatou às duas após sair de sua casa na noite anterior.
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  — E não viemos só para comer! Viemos para conversar também e saber como você está.
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  — Eu não estou muito bem… Gostaria de estar melhor… Mas é uma fase necessária.
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  — Eu também vim para lhe contar algumas coisas! — disse Leah da cozinha.
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  — Se for sobre ele, Leah… Não me conte. Eu não quero saber de mais nada.
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•-•–♦–•-•

Outros Segredos

  — Primeiramente, senhorita “eu não quero mais saber, mentira, conte tudo!”… Eu não vim defender o Jake, se é o que está pensando…
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  — As coisas têm tomado proporções maiores, , e embora Sue e Billy achem que você ainda não deva saber… Leah e eu pensamos ser o momento de começar…
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  — Ouça bem: começar! — Leah interrompeu Emy, que fez uma cara desaprovadora.
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  — Como eu dizia… Começar a te deixar mais à parte das histórias de Forks.
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  Quando as duas terminaram de falar e se entreolharam, um estrondo foi escutado da varanda da frente. Era apenas Embry, limpando os pés e abrindo a porta da sala com as mãos cheias de sacolas de compras.
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  — Você deveria manter essa porta trancada, . Não é nada difícil entrar sem ser convidado.
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  — Seu idiota! Que susto me deu! — ela reclamou com a mão no peito.
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  — Idiota é você, que se encheu de whisky na noite anterior…! Tomando um porre, ? Não conseguiu pensar em nada menos clichê? — Embry ralhou com ela, o que a fez ter certeza e certo alívio por ser ele o responsável pelo bilhete matutino.
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  — Consegui sim, eu pensei em pegar meu carro e sumir de Forks… Mas me lembrei que minha vida agora é aqui e não vai ser tão fácil me livrar dessa cidade.
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  — Não vai ser tão fácil é se livrar de nós, garota! — Bronqueou Leah sempre muito autoritária, se jogando no sofá da sala.
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  Embry foi tomando posse da cozinha, que, por ser conceito aberto, o permitiria participar da conversa das mulheres enquanto preparava os pratos italianos.
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  — Bem, … Não vamos retroceder muito à histórias antigas. Acho que tudo o que temos que lhe dizer deve ser começado pela chegada de Bella.
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  — Ei, ei! Emy! O que vai fazer? — Embry se alarmou encostando-se na bancada americana que dividia os cômodos.
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  — Embry! Já está na hora da conhecer um pouco mais desse assunto que tanto mexe na vida dela sem que ela tenha consciência! — Clearwater advertiu para seu namorado.
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  — Billy deixou claro que não podíamos falar nada ainda, Leah!
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  — E não vamos! Como membros da alcateia, não podemos, mas é a Emy que vai contar tudo.
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  Embry não fez uma cara aprovadora, mas quando se tratava de um embate com Leah Clearwater, a loba era osso duro.
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  — Ótimo! Eu estive mesmo pensando esta manhã em como foi ela a razão para eu vir até aqui, mas desde que cheguei não só descobri que Bella é como a fumaça quanto uma lenda que ninguém quer contar. Então chega, é hora de alguém realmente tocar no assunto! — falou determinada ajeitando-se de frente para Emily no sofá em que estava e ordenou: — Conte-me tudo, Emily!
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  — Bella chegou aqui em Forks e as coisas de imediato começaram a mudar drasticamente… — Emy começou a relatar o que de fato aconteceu: — Era para ela seguir a vida dela sem muitas novidades, mas a própria era uma grande novidade para as pessoas da cidade que conheceriam a filha do delegado Swan. Na verdade, ela foi assunto mais entre a juventude local mesmo. O restante das pessoas não se importava muito, era só a filha adolescente do delegado. Não deveria ter nada de especial nela. Billy e Charlie sempre foram muito amigos, e Jake já conhecia Bella de infância e de alguns poucos verões que ela passou com o pai. E bem… Ele se encantou com ela logo que a viu novamente.
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  — Só falava nela. O tempo inteiro… Um saco! Eu nunca gostei dela, na verdade! Só trouxe problema pra todo mundo! — Leah desabafou rolando os olhos com altiva antipatia.
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  Embry e Emily trocaram olhares rindo do comentário ciumento de Leah, embora também fosse sincero. Bella só causou problemas.
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  — Os Cullen eram uma família muito antiga e peculiar aqui em Forks… — Emily continuou.
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  — Scott me falou deles. Comentou que eram estranhos…
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  — Scott? — Leah perguntou com a sobrancelha arqueada e abanou o ar com a mão para que elas continuassem: — Você vai nos contar a sua historinha depois, garota! Mas… O Scott estava errado. Estranhos somos nós… Os Cullen são… desprezíveis!
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  Leah, novamente com seu humor ácido, se pronunciava totalmente contra os tais “Cullen”.
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  — Os Cullen só andavam e socializavam entre eles…
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  — Tipo vocês?
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  — Nunca nos compare! — Embry se meteu no assunto ao ouvir a pergunta genuína da amiga, justificando-se em seguida: — Eles jamais chegarão aos nossos pés, ! Nós somos família de verdade.
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  — Ok… — falou de modo curioso: — Já identifiquei uma desavença forte.
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  — Sim, … Não temos muita simpatia com eles — Emily falou e encarou aos outros dois, quase como Sue prestes a dar uma bronca: — Olha, gente, não me interrompam mais, ok? Antes que eu desista de contar tudo e…
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  — Não, não! — exaltou-se advertindo com expressão zangada aos amigos: — Calados, Embry e Leah! Eu quero ouvir tudo o que a Emy tem a dizer!
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  — Os Cullen tinham hábitos incomuns… Que você vai entender depois! Acontece que Edward Cullen, um dos filhos, se apaixonou por Bella e ela por ele. Pasme. Jacob e Bella nunca tiveram algo tão sólido quanto o que ela teve com o “frio”… E foi Edward quem Bella escolheu. O ponto chave de tudo é que os Cullen eram um outro tipo de ser do qual nós, quileutes, devemos defender a todos de Forks. Não são pessoas, . São monstros. São vampiros. E nosso dever era mantê-los bem longe de todos, mas há muitos anos, um acordo entre o Carlisle Cullen e o chefe de nossa tribo fora feito, onde eles prometiam não fazer mal a nenhum humano local, e poderiam viver aqui misturados entre todos. 
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  — Cara! Para! Vampiros? Sugadores de sangue e tal? — perguntou boquiaberta, e com o aceno positivo dos outros três, ela zombou: — Olha, isso é muita viagem! Vampiros não existem!
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  — Assim como é muita viagem nós sermos lobos metamorfos? — Embry gargalhou da descrença de , e disse aquilo arrancando risinhos das duas quileutes que observavam a outra garota com a expressão confusa.
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  — Ela é maluca, ela escolhe acreditar no que quer! — Leah zombou de , espantada, e tomou a narrativa no lugar de Emily: — Escuta, , eu vou resumir! Bella apaixonou-se pelo vampiro e engravidou, aí o bebê monstro nasceu e para que ela não morresse no parto, o vampiro transformou-a em um deles, o Jake queria matar todo mundo, e quando iria fazer isso, pasme! Ele teve um imprinting com o bebê monstro! E nos impediu de fazer a festa matando aquela corja de sugadores. Fim.
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  — Leah! — Emily reclamou não só do modo como a amiga contou, como o quanto ela contou.
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  — Ai, Emy, você demorou demais!
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  — Ok… — ainda processava tudo: — Estou catatônica! Bella é uma vampira então? E depois? O que aconteceu com eles, onde estão e porque o imprinting do Jacob era um bebê? Isso é… Meu Deus, que loucura!
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  — Depois, , achávamos que ia ficar tudo bem com a recente ligação entre Jake e Renesmeé, a filha de Bella, mas os Cullen eram ameaçados pelos Volturi…
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  — Que são…? — interrompeu tentando acompanhar o raciocínio.
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  — Um outro clã de sugadores, que acham ser os reis entre eles, mas são todos uns covardões!
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  — Leah! Deixe a Emy falar logo… — Embry pediu, sempre rindo dos comentários da namorada.
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  — Os Volturi sempre estiveram esperando um momento oportuno de condenar os Cullen por algo, pois tinham interesse em Edward, Alice e Bella pelos poderes extraordinários que tinham como vampiros. Um dia, Jake e Renesmeé estavam na praia, e … O instinto dela foi maior… Não caçava há algum tempo…. Renesmée atacou algumas pessoas que vinham para a praia, e no meio de outros que viram tudo. Para consertar o que havia feito, ela teve que matar os restantes. Mas Jacob, apesar do imprinting, tinha o dever com seu clã de defender as pessoas dos frios. O fato de ter ido contra Sam por causa de Bella o fizera tomar seu posto de alfa, e isso é maior até mesmo que um imprinting, mas somente ele poderia fazer algo contra seu próprio imprinting. Por isso, , ele pôs fim em Renesmée — Emily contou, contida, como sempre à espera das reações de para saber se deveria continuar ou não. , no entanto, tinha olhos arregalados, boca semiaberta e sobrancelhas franzidas por tudo o que escutara.
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  — Jacob matou Renesmeé para cumprir seu dever com o clã?!
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  — Isso causou uma grande confusão entre os Cullen e os Quileutes novamente — Emily declarou após assentir à pergunta dela. — E um novo acordo foi feito entre as espécies… Nós, quileutes, declaramos o exílio de Forks para os Cullen. Bella tentou assassinar Jake várias vezes depois disso… Mas por algum motivo que ainda não temos certeza, ela se afastou para sempre desde a última tentativa. Abandonou Forks e tudo que havia aqui e que ainda pertencia à história pregressa dela, incluindo Charlie.
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Capítulo Dezenove
Trincando o Passado

  Depois de descobrir todas aquelas coisas sobre o passado de Bella, ficou ainda mais confusa e preocupada. Embry, ao contrário das meninas, não estava nem um pouco confortável em desacatar as ordens de Billy, portanto, após Emily contar tudo o que achava ser necessário, por ora, eles continuaram o dia de visita à amiga sem tocar, em momento algum, no assunto “Jacob”. Até porque, estava bastante irritada ainda com o ocorrido do beijo entre ele e Bruh Ateara. E o que mais lhe irritava era a consciência de que ela se encontrava perdidamente apaixonada por ele.
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  Após alguns dias, voltou sua atenção aos seus trabalhos com pesquisa, e algo que descobrira sobre aquelas algas marinhas um tempo antes, se confirmava naquele momento. Despertou sua curiosidade e antes de ir até a única pessoa que poderia ajuda-la, ela terminou suas anotações. Passou toda a manhã analisando fatos, fórmulas, textos antigos, autores conhecidos, conceitos e mais artigos acerca da sua nova pesquisa. Tudo apontava para a mesma direção. Era como se algo dentro dela a guiasse às descobertas. Ela foi reunindo as informações das histórias que Emily contara e remontando peças em sua mente. Mas o que a sua pesquisa teria a ver com tudo aquilo? Não havia certeza sobre isso ainda. No entanto, a sensação de agouros premonitórios a estimulavam a cavar ainda mais. precisava continuar a trincar aquele passado de Forks!
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  Estava decidida a ir até Sue e arrancar o máximo de informações que pudesse. E desta vez, Billy também abriria o jogo. Estava farta de mentiras, de omissões. Era direito seu estar ciente de tudo, afinal, ela estava inserida no meio daquela confusão de alguma forma e não era certo que não soubesse a verdade completa.
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  Enquanto se preparava para sair, seu telefone notificou uma mensagem de Scott:
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  “Espero que esteja melhor hoje… Confesso que fiquei pensando em você aquele dia, e mal consegui dormir. Queria conversar. Tudo bem se nos encontrarmos hoje à noite?”
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   respondeu a Scott que gostaria de vê-lo mais tarde, mas como estava ocupada, ela mandaria uma mensagem combinando um horário melhor. Pegando as chaves do carro, saiu apressada até a reserva. Por ser hora do almoço, todos estavam reunidos em volta da grande mesa no pátio e, assim que ela estacionou o carro na entrada, as atenções se voltaram para si. A maioria dos rostos sorriam, mas entre eles, lá estava a expressão de susto e esperança no rosto de Jacob. E Bruh, também estava lá, com sua raiva de sempre estampada num sorriso vadio. respirou fundo controlando o ódio iminente que sentia. Bateu a porta do Munstang ao sair do carro com um largo e falso sorriso em seu rosto. Provaria ter superado aquela decepção e Black sentiria amargamente o seu desprezo.
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  — Eu não acredito! Olha quem decidiu lembrar que tem amigo! — disse Seth com ar de deboche e alegria.
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  — Desculpe, gracinha, eu andei muito ocupada. Não justifica o sumiço, eu sei. — Depositou um beijo no rosto do garoto e um forte abraço. — Mas… Para a alegria de todos: I’m back! — bradou um pouco mais alto e todos riram, exceto Bruh, que se sentiu provocada.
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  — Venha, , sente-se! O almoço está servido.
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  — Sue… Senti saudade de suas comidas tão gostosas!
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  Ela abraçou a senhora Clearwater, recebendo o maternal abraço da mulher de volta. Charlie também estava lá, e sentou-se ao seu lado, também a abraçando e beijando sua testa.
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  — Como você está?
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  — Estou bem, bastante atarefada apenas.
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  — Me preocupei com você.
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  — Por que, Charlie, aconteceu algo?
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  — Não quero ser invasivo, mas eu soube do ocorrido com o … — Ele inclinou a cabeça para o lado onde Jacob estava sentado.
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  — Pelo que sei, não é destino das suas meninas ficarem com ele.
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  — Eu estarei sempre disposto a ouvir. Basta me chamar.
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  — Eu sei. E agradeço muito. Nós iremos conversar mesmo, logo mais.
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  Charlie e sorriram um para o outro e continuaram o almoço. Após colocar as fofocas em dia com todos à mesa e auxiliar Sue com a limpeza, coisa que ela sempre evitava de permitir aos outros fazerem, Emy, Leah e foram à varanda da cabana de Sue. Seth estava deitado na rede e as três se sentaram nos banquinhos próximos a ele.
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  — Sabe, … Se bem me recordo, alguém está nos devendo uma explicação sobre o que estava rolando com um tal rapaz da cidade! — disse Leah, sorrateira.
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  — É verdade! Você nos deu a volta aquele dia, mas pode ir contando tudo! — Emily reclamou.
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  — Então você e Scott estão finalmente juntos? — Seth pronunciou olhando para com um sorriso atrevido em seu rosto.
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  — Ei, gracinha, o que você sabe que eu não sei?
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  — , você sabe que eu e Scott somos amigos…
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  — Espera! Meu irmão caçula sabe de tudo e eu não? Qual foi, projeto de indígena? Pode ir falando! — Leah bronqueou com tom de escárnio ofensivo à amiga, fazendo com que e os outros dois relevassem e rissem por sua postura.
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  — Bem… Scott e eu saímos algumas vezes, mas não temos nada além de amizade.
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  — Não é bem assim… — cantarolou Seth colocando mais “lenha na fogueira”.
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  — Bom… Ele confessou que gosta de mim, mas já que soube da fofoca, então você sabe muito bem que eu não dei falsas esperanças a ele, Seth!
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  — E o beijo que aconteceu entre vocês? — o mais novo Clearwater inquiriu desafiador.
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  — NÃO ACREDITO! — Leah bradou revoltada, arrancando alguns sorrisos de Seth, Emily e um olhar constrangido de .
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  — Foi só um beijo! Não conversamos mais sobre isso… — explicou sentindo-se um tanto estranha de contar aquilo e logo ali na reserva. Pensativa, concluiu: — Mas talvez você esteja certo, Seth. Não posso deixar de conversar sobre este beijo com o Scott, até porque ele nutre algum tipo de sentimento. Não quero magoar ninguém.
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  — Você deveria dar uma chance a ele. Está solteira e pelo que sei, não tem mais nenhum interesse no policial. Não é? — Seth perguntou.
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  — Não sei se deveria — revelou.
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  — Scott é um cara legal. Fora da reserva, talvez o mais legal que você tenha conhecido. E vocês formam um par bonitinho.
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  — Quanto ele te pagou para convencer a , hein, Seth? — Emily perguntou risonha, estranhando tal como a irmã dele, a insistência do garoto.
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  — Ele não me pagou nada. O pior é isso! — Seth levantou-se da rede adentrando a casa, não sem antes dizer a elas: — Só acho que você mereça ser feliz, e ele demonstrou coragem de expor o que sente e tentar algo, não é?
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   e as meninas ficaram um tempo em silêncio olhando para onde Seth havia caminhado.
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  — Talvez o pirralho esteja certo, — Leah declarou suspirando em seguida: — Embora eu shippasse outro casal… Mas, alguém fez merda.
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  — Concordo com a Leah. E com Seth. Você está solteira, não existe mais possibilidades entre você e o Erick. Ou existe?
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  — Não, Emy! Torço todos os dias para que ele e Danielle se acertem.
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  — E pelo que sabemos, você não está disposta a perdoar o Jake… Não é?
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  — Emy, eu não quero nem mesmo ouvir a voz do Black para não dar brecha de enfiar um soco na cara dele.
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  — Bem, então é isso… , ouça de alguém que viveu a solidão por muito tempo e não recomenda a ninguém. É muito triste viver sozinha. E você está muito sozinha aqui em Forks. Tirando a sua ligação conosco, o que mais você tem? Pense bem, talvez criar vínculos mais sólidos e menos complicados do que nós… Seja o melhor para você.
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  Leah sorriu, colocou a mão no ombro da amiga e entrou na casa. Emy e ela ficaram na varanda mais um pouco, em seguida, explicou que precisava falar com Sue e entrou também.
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  — Sue… Eu preciso da sua ajuda.
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  — Claro, querida! Tem a ver com Jacob?
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  Leah, que estava na cozinha com elas, se retirou dizendo que deixaria as duas a sós, e Charlie apenas observava as reações de sentado tomando café.
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  — Não. Absolutamente nada a ver com ele.
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  — Me desculpe, achei que sua vinda era por isso.
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  — Não precisa se desculpar. Sei que a maioria aqui na reserva está ansioso por essa história, mas sinto desapontá-los. Eu vim até aqui porque preciso conversar com vocês três.
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  — Nós três? — perguntou Charlie.
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  — Onde está o Billy?
  — Está na cabana. Eu vou preparar o chá dele. Enquanto isso você pode ir chamá-lo.
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  — Não demoro — falou saindo da cabana de Sue, em direção à cabana de Billy.
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  Torcia para não encontrar Jacob, porém, como todo o azar que ela vinha tendo, ele esbarrou com ela no meio de sua sala. Seus cabelos molhados e bagunçados denunciavam que acabava de sair do banho. Seu cheiro era ainda mais gostoso, com o acentuado amadeirado ainda maior. E sentia falta daquele cheiro.
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  Os dois permaneceram imóveis, se encarando surpresos.
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  — Mani…
  — Eu preciso falar com Billy. Onde ele está? — cortou-o, seca e ríspida.
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  — No quarto dele, mas olha… Nós precisamos conversar.
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  — Não. Você precisa é chamá-lo para mim, é urgente. — declarou se virando em direção à porta até que Jacob segurou, com cuidado, em seu braço pedindo:
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  — Por favor. Todo mundo tem direito a se explicar.
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  — Eu não quero explicações, Black. Você escondeu seus sentimentos o tempo todo. Quando eu decidi me abrir a você, recebi a sua negação. E o que mais me deixa irritada é a sua incapacidade em ser franco. Era só dizer que estava envolvido com a Bruh… O que me faz lembrar que além de tudo você me fez de idiota!
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  — , não é nada disso.
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  — Mentiu quando disse que não tinha interesse nela, por ser muito jovem. Mentiu sobre não estar preparado para se envolver. E me fez de trouxa o tempo inteiro…
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  — ! Me escuta!
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  — Por favor, vá chamar seu pai — ela disse se distanciando, então Jacob a puxou novamente e a enlaçou em um abraço apertado. — Me solte, Black… — disse furiosa olhando-o nos olhos.
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  — Eu não estou envolvido pela Bruh. Nunca estive. Ela me atacou aquele dia! Eu não queria que você tivesse se magoado e por isso evitei tanto tempo que nós nos envolvêssemos. Você é a última pessoa a qual eu faria sentir a dor da rejeição! Acredite ou não, eu sei bem como é isso! Me perdoe, mas foi tudo um engano, . Eu não evitei o nosso beijo porque estava envolvido com a pirralha da Ateara!
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  — Belo discurso. Agora chame o seu pai, por favor. Estamos aguardando ele na cabana de Sue — disse finalmente se soltando dos braços fortes de Jacob e indo impassível à cabana de Sue. Estar abraçada a Black mexeu com suas estruturas e por muito pouco ela não se convencia das desculpas bobas dele.
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  Junto com Charlie e Sue, ela aguardava Billy e assim que ele chegara, os três foram para a casa de Charlie. Concordaram que era melhor ter a conversa em um lugar afastado da reserva por privacidade, e também porque queria evitar ficar mais tempo ali. Os mais velhos, preocupados sobre o assunto e desconhecendo-o, não viram problemas em aceitar o pedido da jovem.
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  Ao sair com seu carro, observou a figura amarga de Black na varanda de sua cabana, e Billy, que estava sentado ao seu lado no carona, observava tristonho a nula interação entre os dois jovens. Não era de se meter nos assuntos do filho, mas estava bastante triste por saber que tanto Jake quanto pareciam sofrer por aquele desentendimento que o próprio não entendera direito.
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  Assim que chegaram à casa de Charlie, e era a primeira vez que entrava lá, eles não foram adiando ainda mais a conversa. colocou os seus papéis sobre a mesa e entrou logo ao assunto:
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  — Vocês devem saber, ou não… Que eu já descobri sobre a história envolvendo Bella, os frios, e a reserva.
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  — Não era pra saber — Billy retrucou um pouco irritado.
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  — Me desculpe, Billy, mas era sim. Eu estou no meio disso tudo. Posso não estar envolvida com nenhum Cullen, mas estou envolvida com vocês. E já sei o bastante para não ter mais segredos entre nós. Acredito que a confiança é recíproca, não é mesmo?
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  — Claro — disse Charlie.
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  — Concordo com ela, Billy, há algum tempo eu já vinha dizendo que precisava saber onde estava se metendo.
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  — Ok, Sue. Já sei de suas colocações há muito tempo. Mas e você, Charlie? Preparado para desenterrar o passado? — Billy perguntou ao policial, com o rosto um tanto retorcido por desaprovar expor a mais segredos que poderiam colocá-la em perigo um dia.
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  — Billy, pode não sentir o mesmo, mas eu sinto que ela é como uma filha. Uma filha que eu não tenho como perder, dessa vez. Tudo que eu quero é que ela saiba a verdade, para que assim possa decidir se viver entre nós é realmente o que ela quer.
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  — Certo… Então, . O que você quer saber?
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  — Eles voltaram?
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  — Não. Não temos ideia de onde os Cullen estão desde a morte de Renesmeé. Você já sabe?
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  — Sim, o imprinting de Jacob que ele matou para defender a tribo… Eu tenho uma dúvida e quero compartilhar com vocês, tentar entender essa ponta solta… Por que a Bella, sendo mãe de Renesmeé e furiosa com Jacob… Partiria sem vingar-se?
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  — Isso, querida, é algo que todos nós ainda tentamos entender. Os lobos são muito fortes, mas não é mentira que se ela quisesse, teria travado uma grande batalha para se vingar de Jake. Não que ela não tenha tentado algumas vezes invadir a reserva e ir atrás do Jacob, sem sucesso, claro, mas… No fim ela desistiu.
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  — Acreditamos, , que minha filha, motivada pelos sentimentos de amizade e amor que tinha pelo Jacob… Tenha ido embora para poupar que a vingança destruísse o que restava desse sentimento.
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  — Os Cullen conhecem nossa história, . Bella sabia que o único que pode ferir um imprinting de um lobo é o próprio lobo. E por isso, nós acreditamos que Bella sabia o quão difícil foi também para Jake.
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  — Me desculpe, Billy, mas não acredito nisto. Pelo que entendi, Bella não teve receio algum de abandonar sua vida, seu pai, seus sentimentos humanos para se unir aos Cullen. Estas desculpas, para mim, não passam de uma retirada estratégica!
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  — O que quer dizer com isso, querida? — a mais velha Clearwater perguntou trocando olhares preocupados com os outros dois homens.
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  — Sue… A Bella não é mais a menina que veio para Forks morar com o pai. Ela não relutou, não foi?
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  — … Já se passou tanto tempo desde que tudo aconteceu. Minha filha não teria motivos para voltar agora.
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  — Exato, Charlie. Muito tempo se passou. Ninguém se lembraria. Por que iriam se proteger? Como Sue mesma disse, ela poderia reunir forças para se vingar.
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  — , você não é de rodeios como eu. Então, onde quer chegar? — Billy perguntou direto, um tanto preocupado com algo que sabia, estava rodeando para dizer.
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  — Um tempo atrás, Billy, antes da transformação final de Embry, eu era recém-chegada e não sabia de nada ainda. Jacob dormiu na minha casa uma noite, e de madrugada eu desci para beber água. Vi uma sombra humana rondando minha casa, e aquela foi a primeira vez. Jake desceu e me calou, mandou que eu subisse e saiu pela porta. Ouvi rosnados, e na época ele dissera que eram lobos. Não acreditei porque sei o que vi, mas não tive como contestá-lo. Nunca me esqueci deste fato. Após descobrir a verdade sobre os quileutes, muitas coisas se encaixaram, mas esse era o único fato que ainda não se encaixava em nada. Outras vezes pude ver humanos rondando meu quintal. Não contei a ninguém, mas sei o quão insegura é a minha casa. Por um tempo, tendo a casa vigiada por lobos, em seguida disfarçando que estivesse muito movimentada sempre, eu consegui afastar essas visitas. Mas seja lá o que forem, não são burros e podem voltar a qualquer momento. Temo pelo que sejam. Conheço as lendas Kalil.
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  — Billy! Você sabia disso? — Sue dizia um pouco desesperada.
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  — Jacob me contou sobre o ocorrido uma vez, mas como não aconteceram mais após a patrulha dos lobos, acreditamos que não havia mais riscos para .
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  — Billy, isso era algo que você deveria ter me dito, ainda mais sabendo os motivos pelos quais me mudei para a reserva! — Charlie reclamou, sério.
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  — Como assim, Charlie? Você não mora mais aqui?
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  — , desde que Sue e eu nos casamos, decidimos continuar na reserva, é mais seguro. Como você mesma sabe, Kalil não foi um bairro dos mais tranquilos. E há pouco tempo em minha casa também havia rondas de seres humanos estranhos. Não os abordei por recomendações da reserva, posso ser o delegado Swan, mas a morte de um humano para um vampiro é como tirar doce de criança.
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  — Então eu realmente não estou segura ali!
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  — , as coisas mudaram muito agora. Achamos, Jacob e eu, que havíamos afastado seja lá quem fosse o frio que estava te rondando. Na verdade, os ataques aos alpinistas tinham relação com ele.
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  — Billy! Você deveria ter me dito! — Charlie reclamava ainda mais revoltado. — Estamos investigando estes ataques na delegacia há tempos!
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  — Se contasse a você o que causou, o que mudaria, Charlie? Você não teria como explicar um vampiro para aquele intrometido do seu policial, não é?
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  — Claro, mas diferente de Erick, eu deveria saber que não foram mesmo ursos! Vocês não deviam ter me escondido isso, eu sou o delegado de Forks além de tudo!
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  — Acalme-se, meu bem! — Sue pediu segurando os ombros de Charlie.
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   observava a expressão decepcionada de Billy, com ele mesmo, claro. O patriarca Black sabia que havia errado feio.
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  — Jacob tinha razão. Eu não deveria ter dado pouca importância a passagem desse frio em Forks… Ele tentou me alertar de que era melhor trazer para a reserva — Billy revelou suspirando. — Há quanto tempo você o viu pela última vez? Sabe dizer que aparência tem?
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  — Não consegui ver nada além de vultos humanos e na verdade, nunca estive tão perto deles, mas eu pressenti que era algo diferente de vocês, e perigoso. A última vez já tem muito tempo, não me lembro ao certo, mas desde a transformação de Embry… Por aí.
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  — Billy, precisamos agir! Não podemos ficar de braços cruzados com essa informação! — Sue afirmou.
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  — Diante de tudo o que você diz, … Lembra da oferta sobre morar na reserva?
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  — Sim, Billy.
  — Junte suas coisas, você volta conosco hoje mesmo. E amanhã bem cedo começaremos a construção da sua cabana. Até lá você fica em minha casa, que é a mais vazia. E não tem discussões! Seja lá o motivo que fez você se desentender com Jacob, vai dividir a cabana conosco até a sua ficar pronta.
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  — Ok… E a minha casa? — ela perguntou preocupada.
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  — Por ora, deixe fechada como fiz com a minha, — Charlie informou e em seguida comentou: — Acham que pode ser um Cullen?
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  — Não pisariam em Forks após o exílio se não tivessem uma razão forte, e nem o fariam sem vir até nós pedir trégua. Carlisle não é sem palavra, apesar de tudo — Billy afirmou sem dúvidas, mas a voz de plantou a dúvida:
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  — Um exílio não é nada para alguém que quisesse se vingar como a Bella poderia querer. Não acho que devam descartar que seja um desses Cullen, ainda… E depois, se está me rondando, não faz sentido ser alguém que me conhecia? Talvez minha ex-melhor amiga tenha sabido da minha presença aqui, do meu envolvimento com vocês… Isso poderia ser uma razão forte?
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  Os mais velhos entreolharam-se surpresos com o raciocínio de , e ela suspirou encarando o chão. Billy se retirou em direção à cozinha de Charlie, acompanhado de Sue. , apesar da postura de quem sabia decididamente o que fazer, estava atônita. Não falou nem mesmo metade do que pretendia, mas em poucos minutos perdera com poucas informações a autonomia de suas decisões. Se ela queria se mudar para a reserva? Lógico. Sempre quis. No entanto, não era o que desejava no momento. Seus planos de se desligar dos quileutes, em especial de um deles, iriam por água abaixo. Ela encarava a mesa em frente ao sofá, sem reação, quando Charlie se pronunciou ressurgindo ao cômodo:
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  — Venha, , vamos pegar algumas das suas coisas em sua casa. Eu te acompanho.
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Capítulo Vinte
Uma nova moradora na reserva

  — Certeza de que pegou tudo, filha?
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  — Sim, Charlie, por ora é o que preciso.
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  — Então vamos?
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  — Charlie, sinceramente, não sei se isto é uma boa ideia.
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  — Boa ideia ou não, , não deixaremos você sozinha aqui. É direito seu não querer ir para a reserva, mas é dever nosso deixar alguns dos meninos aqui com você.
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   pensou um pouco sobre o que Charlie disse e decidiu-se:
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  — Não. Não quero tirar ninguém da reserva, do seu lar, para proteger a princesinha aqui. Eu vou com vocês. Mas… De todo modo estou sendo um peso.
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  — Você nunca é um peso. Gostamos muito de você e todos ficarão felizes com a notícia. Você sabe disso.
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  — Nem todos, acredite.
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  — Jacob? Tenho certeza de que ele será o mais feliz de todos.
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  — Não, não é ele. O que me lembra que… Não tem mesmo um lugarzinho noutra cabana qualquer? Numa casinha de cachorro que seja?
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  Charlie começou a gargalhar divertido pelo que escutou, e só então parou para pensar no trocadilho involuntário que acabara de fazer. Ela balançou a cabeça em negação, com um sorriso constrangido no rosto. Pegou suas bagagens e Charlie, repetindo seu gesto e parando de rir, pronunciou:
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  — Você vai ficar bem acomodada na casinha do seu cachorro. Afinal, parece que você adestrou ele muito bem, não é mesmo? — Charlie fez piada e lançou um olhar desafiador para a mais nova.
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  — Não conte com isso.
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  Ela fechou a porta da casa e os dois entraram no carro dela, em direção à antiga casa do delegado Swan. Assim que chegaram, Sue e Billy apressaram-se para seguir à reserva, então interrompeu a todos:
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  — Esperem. Meu motivo de conversar com vocês não contava com essa mudança de planos. Eu ainda gostaria de falar algumas coisas.
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  Enquanto os três a olhavam curiosos, a bióloga se acomodou ao sofá e abriu seus papéis e anotações sobre a mesa de Charlie até que os presentes à cena se aproximaram.
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  — Há algum tempo enquanto pescávamos, eu colhi algumas algas marinhas e vinha estudando-as. Por isso precisava de sua ajuda, Sue. O que tem a me dizer dessa planta? — esticou alguns papéis com anotações e fotos da alga para a indígena. Sue pensou um pouco e mostrou os papéis a Billy.
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  — Querida, é uma alga antiga. Quase não é encontrada em abundância nas encostas de Forks, como antigamente. Preparei muitos xaropes com ela, e os distribuí às famílias da reserva para darem aos seus filhos ainda pequenos. É um tônico fortificante e estimulante do apetite.
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  — Nós utilizávamos, , em bastante quantidade, mas foi ficando escassa. Sem ter muita noção de como replantá-las, pois elas são típicas das encostas mais difíceis, nós paramos de colhê-las. Com o tempo voltou a brotar, mas é apenas mais um tipo das muitas ervas medicinais que nossa tribo utiliza.
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  — Exatamente, Billy. Medicinal. Descobri um teor bem alto de regeneração na planta, e aproveitei para fazer alguns experimentos. O insumo é forte contra infecções, inflamações, cicatrizantes. Mas o mais curioso não é isso… Recordei de quando estive na tribo Whitton com vocês, e os pajés locais utilizavam uma planta de aspecto parecido, porém seca. Foi o que deram para o Embry. Pensando um pouco mais, eu consegui chegar à conclusão de que esta alga apresenta poderes curativos. Ou talvez retardantes.
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  — Você acha, querida, que a utilização que fiz desta alga na infância pode ter retardado a transformação dos meninos?
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  — Sim. Faria muito sentido. Não há nenhuma comprovação científica a respeito, mas tenho estudado esta alga há bastante tempo, e lendas envolvem os poderes curativos quase mágicos dela. Em relatos mais antigos, encontrei uma assimilação do uso desta alga como “a regeneração da vida”, ou “ressurreição dos frios”. O que vocês podem me dizer sobre isso?
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  — Eu desconheço qualquer fato. Billy? — Sue olhou para Billy, tão curiosa quanto e Charlie.
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  — Há muitos anos, meu avô contava histórias sobre uma cura. Não era a cura que nós lobos procurávamos para nós, mas era algo que poderíamos fazer uso para o bem. No entanto, ele falava de magia. Nunca mencionou o uso de nenhum insumo ou planta.
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  — Bem… Fiz uso desta erva por um tempo. E realmente, testando em mim, pude notar que a regeneração de feridas é bem rápida. Não sei se provém dela uma cura definitiva para os lobos, mas pelo que vi na reserva Whitton, ela apenas funciona como um… Controle. Nada definitivo. Embry continua se transformando, só que de forma “controlada” agora, não é? Como antes, como se não tivesse passado para outro estágio. Mas retardou um processo mais grave a ele. E quanto aos frios… Bom eu continuarei a estudar, mas é um pouco difícil sem algum deles para que eu possa testar.
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  — Acredite, , contente-se com suas anotações, você não gostaria de testar nada em algum frio. São repugnantes.
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  Neste momento, após esta fala conclusiva de Billy, Charlie pigarreou e se levantou para que eles pudessem voltar à reserva. No caminho, Billy e não falaram nada do que haviam conversado anteriormente. No carro de Charlie, Sue tagarelava de felicidade de ter morando na reserva e Charlie concordava. Assim que chegaram à reserva, Sue e Charlie saíram do carro, e o delegado auxiliou Billy a descer enquanto dava a volta em direção a eles. Deixando a nova moradora a sós com Billy Black, Charlie seguiu para sua cabana.
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  — Antes de entrarmos, , eu gostaria de conversar com você.
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  — Tudo bem… Quer ir até a praia?
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  — Vamos apenas caminhando… Pode empurrar a cadeira?
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   assentiu e os dois seguiram em direção ao imenso toco de carvalho, próximo à entrada da trilha para a praia. No mesmo toco onde Jacob a presenteara com um rádio de madeira.
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  — Vamos, sente-se aí. Não é um caminho muito acessível para descer com a cadeira de rodas, essa trilha.
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  — Ok… — soltou a cadeira virando-a de frente para onde ela se sentaria e após recostar-se ao carvalho, a mulher encarou o patriarca Black.
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  — Sei que está zangada com meu filho, e não irei me meter na relação de vocês dois. Jacob é cabeça-dura como eu, então acredito que ele possa tê-la magoado muito com suas atitudes confusas.
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  — Você conhece bem o seu filho.
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  — E por conhecê-lo entendo as suas limitações em dar chance a um novo amor. No entanto, desde que você chegou, meu filho é outro homem. Você conseguiu restaurar muitas coisas em Jacob, . E sabe disso. Assim como sabe que restaurou aos quileutes a confiança em alguém que não seja como nós.
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  — Não pode dizer isso, Billy. Bem sabemos que as semelhanças que tenho com vocês e toda a afinidade é grande. Essa é a razão da confiança entre nós.
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  — Claro. Há algo de ascendente em você que nos conecta como a uma espiritualidade, mas essa afinidade também é a mesma com os Carter.
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  — O que você está querendo dizer?
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  — Não estou recriminando ou me intrometendo na sua relação com o filho mais velho dos Carter, mas eu soube que você já conheceu a tribo de sua família. Você realmente é fascinada por culturas indígenas, não é? O que me faz retomar que a sua felicidade, ao contrário do que eu pensava no início, pode não estar junto a nós. Entretanto, , quero que saiba da minha profunda admiração por você, e da nossa alegria em recebê-la aqui. Entre nós, você sempre terá um lar. E apesar da minha esperança infindável de que é com o meu filho que você deva ficar, eu desejo que você encontre alguém que realmente lhe complete. Ainda acredito em você e em Jacob. E saiba que pode conversar comigo quando quiser. Jacob pode ser indecifrável e ninguém melhor que o pai dele para que você tenha ajuda nisso. Claro, se é que você ainda quer decifrá-lo.
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  — Billy, tudo isso é… — não terminou de falar, soltando o pouco fôlego que a surpresa de todas aquelas palavras lhe causara.
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  Não só as notícias corriam rápido, como agora, a amizade dela com Scott parecia uma ameaça aos olhos dos quileutes para seja lá o que fosse que ela e Jacob viessem a ter. Ela piscou algumas vezes e, sacudindo a cabeça, respondeu ao Billy:
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  — Agradeço as palavras, o acolhimento e a compreensão. Não sei se há um nós entre Jacob e eu, assim como com Scott. Mas fico feliz em saber que posso confiar em você. Principalmente nestes difíceis momentos que virão com a minha estadia em sua cabana.
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  — Oras, não se preocupe com isso! Você é forte e decidida, tenho certeza que não será tão ruim quanto pensa. Jacob não vai amolar você, se você assim desejar. Ele ficou trancado dentro de si por muito tempo antes de você chegar, e se você o colocar naquele lugar opressor do próprio coração novamente, ele saberá lidar com isso.
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  As palavras de Billy a fizeram sentir certo remorso. E acreditou que era exatamente o que o velho senhor pretendia: causar nela arrependimento pela forma como julgou Black. Afinal, ele era o filho de Billy e tudo bem um pai defendê-lo com um pouco de chantagem emocional, não é? Billy sorriu para a garota e ela sorriu de volta a ele. Arrastando sua cadeira, sempre surpreendentemente silenciosa, Billy se retirou de volta para a cabana. se levantou suspirando e seguiu atrás dele, e então pôde ouvi-lo de repente:
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  — Ah! E estava me esquecendo! Como você sabe, não temos muitos cômodos então você vai dormir no quarto de Jacob.
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  — Billy! Não precisa incomodar Jacob com isso. Eu durmo na sala.
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  — De forma alguma, . Somos cavalheiros.
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  Conhecendo Billy, como ela já conhecia, sabia que continuar a discussão não adiantaria nada. Tão turrão quanto o filho, tão teimoso quanto ela. E não esquecendo que ela era uma hóspede de favor, não cabiam reclamações. A mulher seguiu atrás de Billy adentrando a casa e Jacob, avistando-os, caminhou em direção a eles. Saiu da casa de Sue com uma feição um tanto quanto alegre, e já imaginava a razão daquele sorriso sutil que ele não pretendia esconder.
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  — Então você vai morar aqui! — falou animado assim que parou próximo do pai, observador aos dois, e ainda tentando fingir evitá-lo.
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  — Pois é. Parece que eu vim mesmo para ficar.
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  — Vamos, filho, temos que acomodar no seu quarto.
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  — Eu vou pegar minhas coisas no carro — ela disse e Black seguiu logo atrás dela, ignorando o pai.
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  — Eu te ajudo, !
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  Enquanto eles tiravam as malas do carro e iam levando para o quarto, não falaram mais um com o outro. Para ela, era estranho estar novamente naquele quarto diante das atuais circunstâncias. Após a última leva de bagagens, e Jacob olharam um para o outro com dúvida sobre o que fazer a partir dali.
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  — Bem, eu vou pegar umas roupas de cama limpas para você.
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  — Obrigada, Black.
  — Sabe que não precisa me agradecer. Eu é quem devo. — Ele sorriu. — E vou preparar também o meu acampamento na sala.
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  — Black, eu ainda estou muito magoada com você. Estar aqui não significa que as coisas mudaram. Contudo, nós teremos uma convivência pacífica e tranquila se depender de mim.
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  — Eu já sabia que não havia mudado nada, mas não me peça para não demonstrar o quanto estou feliz de ter você aqui. Entendo seus sentimentos e irei esperar o tempo que for preciso até você me perdoar. Eu já espero por você há muito tempo, não seria diferente agora.
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  Assim que terminou de falar, Black saiu pela porta de seu quarto deixando uma ainda mais confusa sobre seus sentimentos. Ela já não tinha tanta certeza se não teria chances de uma reaproximação entre eles. Na verdade, começava a se indagar se Jacob não era mesmo apenas uma vítima. Assim como ela. Tentando afastar esses pensamentos, a mulher voltou sua atenção ao quarto e às suas coisas que precisaria dar um jeito de colocar em algum lugar.
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  — Bom dia, Mani. — Ela acordou com a voz trovejante de Black ao pé do seu ouvido, enquanto as mãos dele acariciavam seus cabelos.
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  Um cheiro agradável de café forte com hortelã inebriava os sentidos olfativos da mulher e abriu os olhos lentamente, processando a imagem do extenso sorriso de Jacob à sua frente. Endireitou-se na cama sorrindo de volta para ele, agachado à sua frente.
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  — Bom dia, Jacob. Sente-se. — indicou a cama do próprio para que ele se acomodasse.
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  — Preparei um café de boas-vindas. — Ele pegou a bandeja depositando-a com cuidado no colo dela. — Tem torradas, daquelas suas favoritas, morangos, iogurte de pêssego, queijo branco e peito de peru no delicioso pão de batata da Sue, e café forte com hortelã. Está tudo direitinho?
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  — Uau. Você não esqueceu de nada. Vai ser assim todos os dias? Meu café da manhã favorito na cama? — olhou para ele de um modo sarcástico, enquanto bebericava o café. — Posso me acostumar muito mal assim.
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  — Infelizmente não será assim todos os dias. Não na nossa atual circunstância, em que você está chateada comigo.
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   não quis discutir com Black o que aquilo significava.
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  — Não vai comer? — ela perguntou quebrando o clima que havia ficado entre eles.
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  Jacob apenas pegou sua caneca de café no móvel ao lado da cama, levantou-a e sorriu. Enquanto comia, ele observava-a com aqueles olhos de devoção.
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  — Sei que não é da minha conta, mas você sumiu ontem à noite. Algum problema na região? — a moça perguntou tentando manter algum diálogo a fim de evitar aquele olhar sobre si.
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  — Apenas fui aos Carter antes que fechassem, para fazer umas compras de última hora.
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  — Não me diga que… Jacob, este café da manhã não tem nada a ver com isso, né? — perguntou encarando os itens na bandeja e Black sorriu, abaixando a cabeça escondendo a resposta. — Idiota. Não deveria se incomodar assim.
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  — Deveria sim. Você disse que deixaria eu te mimar o quanto quisesse. Ou já esqueceu?
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  Ela manteve o silêncio, encarando séria os olhos atrevidos do rapaz como um sinal de que entendia o que ele estava tentando fazer, e não aceitaria as chantagens a fim de apagar tudo o que acontecera.
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  — Meu pai disse que conversaram um pouco sobre o passado… Desculpe, mas tivemos que entender a sua mudança tão repentina para cá.
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  — Fico feliz que todos já estejam sabendo. Me poupa de contar e encarar as reações.
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  — Ora, ! Sabe que as reações foram boas! Todos adoraram. Acredite.
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  — Pode ser… Mas é diferente ter uma hóspede e uma nova moradora permanente.
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  — Fico feliz com o permanente.
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  — Claro que… Por enquanto é permanente. A gente nunca sabe quando é hora de partir.
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  — E você pretende partir?
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  — Não sei, Jacob. Mal sei o que acontecerá daqui vinte minutos.
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  — Vai tomar banho e me ajudar na marcenaria.
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  — O quê?
  — Você não tem trabalho, tem?
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  — Não, hoje não. Mas… Como você sabe?
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  — E então, sobre a história de Bella e os frios… Está com medo? — Jacob mudou o assunto.
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  — Olha só, alguém já consegue pronunciar o nome dela.
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  — Bella é um passado sem dor desde a sua chegada. — A declaração dele a pegou de surpresa, e mais uma vez evitando aquele assunto, desviou o diálogo:
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  — Não me respondeu como sabe que não tenho trabalho. Anda espionando minha vida?
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  — E você não me respondeu se está com medo dos frios.
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  — Perguntei primeiro.
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  — Teimosa — Black declarou negando com a cabeça e sorrindo fraco. — Digamos que Scott Carter e eu temos finalmente um assunto em comum.
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  — Eu não acredito! O que vocês andam falando sobre mim?
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  — Sua vez de me responder.
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  — Não tenho medo de nada. Na verdade, o que mais quero é encontrar um deles pra arrancar algumas respostas.
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  — Você não tem ideia do que está dizendo, ! Eu jamais vou deixar um deles se aproximar de você.
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  — Se vai ser meu cão de guarda é melhor pedir permissão à sua namorada antes — respondeu tão altiva e sem pensar que sentiu-se envergonhada pela grosseria repentina, abaixando a cabeça ao pedir desculpas: — Me desculpe. Não quis te ofender.
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  — , eu e Bruh não somos namorados. Eu já tentei te explicar, mas você não quer me ouvir.
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  — Vamos mudar de assunto?
  — Como perguntou… Scott e eu não ficamos falando de você. Mas parece que vocês passam bastante tempo juntos, já que ele conhece o seu paladar tão bem… — Jacob disse com certo ciúme. — Se é que é só o paladar que ele conhece…
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  — Eu realmente vou fingir que não ouvi isso… — declarou olhando incrédula para o rapaz.
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  — Desculpa, você não deve satisfações a mim. Enfim, ele notou que minhas compras não eram literalmente para mim, e perguntou se eu tinha notícias suas. Contei que você estava passando um tempo na minha casa. — Jacob sorriu maleficamente. — Ele ficou surpreso e pediu para avisar que estaria aguardando o seu telefonema.
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  — Droga! Eu me esqueci! Ai não, não acredito! — se levantou da cama andando de um lado ao outro com a mão na cabeça, enquanto Jacob parecia se divertir com a situação.
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  — , como foi se esquecer do seu encontro?
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  — Não me provoque, Black! Scott não merecia isso!
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  — Não mesmo, apesar das nossas diferenças ele é um cara muito legal. Poxa, , você deveria ter telefonado.
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  — O quê? Seu idiota! — deu um soco no ombro dele, que gargalhava da sua reação. — Por que você não me passou o recado? Foi de propósito, não é mesmo? Seu grandíssimo babaca! — Ela avançou irritada sobre Black, com empurrões e tapas, até que ele a segurou.
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  — Ei, calma aí! O encontro era seu, meu amor. E eu, bem… Me esqueci.
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  — Não acredito em você — ela disse se soltando das mãos fortes de Black, indo até o espaço no armário que Jacob disponibilizou para que guardasse suas coisas.
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  — Isso não é novidade. — Jacob também se direcionou à sua parte do armário pegando uma toalha limpa e a entregou.
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  — Não precisa, eu trouxe — disse já mais calma.
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  — Te espero na sala então. — Assim que terminou de falar, Jacob a abraçou apertado dando um beijo em seu rosto.
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  Saiu pelo corredor do quarto e voltou de repente na soleira da porta dizendo com um sorriso sacana:
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  — AH! Você deveria ligar para o Scott. Coitado!
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   olhou para aquele moleque que ela ainda não conhecia, ou se conhecia havia se esquecido, e lançou sua expressão silenciosa de “caia fora!”. Assim que Black saiu, a mulher ficou pensando sobre aquela manhã e sobre aquela reação amigável da parte dele. Talvez não fosse tão difícil a convivência como havia pensado. Jacob sabia das suas mágoas, respeitava-as, mas não havia esquecido a amizade que nutria por ela. Amizade que ela poderia não admitir, mas sentia falta. E seria imaturidade da sua parte negar a aproximação, até porque, no fundo… Ela não queria mesmo. Não desejava alimentar mais aquela história de orgulho, o tão antigo orgulho que impede de ser feliz.
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  Vestiu uma camiseta branca, uma bermudinha jeans e calçou uma bota para “trabalhar na marcenaria” com Jacob. Não sabia o que ele estaria aprontando com aquela história. Prendeu seus cabelos em rabo de cavalo alto, organizou o quarto e levou para a cozinha a bandeja de café, limpando tudo. No caminho, passou por Black que estava jogado no sofá, coisa rara de se ver.
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  — Você, deitado no sofá?
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  — Ei, garota, eu estou te esperando — o rapaz disse chamando-a para fora.
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  — E então, Black?
  — Como você sabe, eu vendo minhas obras pela cidade. Tenho uma encomenda de souvenirs temáticos da cidade e uma mesa grande para entregar. Enquanto eu trabalho na mesa, você trabalhará nos artesanatos.
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  — Espera aí, bonitão! Eu nunca esculpi nada!
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  — Você aprende rapidinho. Nós sabemos disso.
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  Enquanto caminhavam em direção ao galpão de Black, ela pegou seu celular discando para Scott, e a ação foi notada por Jacob que, espiando o visor do aparelho dela, não evitou a provocação ao dizer sorrindo:
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  — Vai ligar para o seu novo namorado?
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   revirou os olhos e até responderia a Jacob, mas Scott atendeu a chamada.
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  — Alô? Scott! — Então ela caminhou afastando-se aos poucos de Jacob, o que o deixou um pouco irritado. — Primeiramente, mil desculpas! Ontem aconteceram muitas coisas, Charlie me trouxe para a reserva de última hora, e eu acabei adormecendo de cansaço ao anoitecer. Jacob não me deu o seu recado porque quando chegou eu já havia dormido. E hoje ao acordar eu me lembrei de você. Desculpe!
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  — Tudo bem , eu entendo.
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  — Não, não, Scott! Eu sei que você deve estar pensando que eu te dei outro fora, mas não é nada disso! Por favor, aceite o meu convite para o almoço de hoje! Ou um jantar! Eu tenho muito pra contar a você, e não quero que fique uma má impressão.
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  — , tudo bem, mesmo. Não se preocupe. Quando você quiser…
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  — Eu quero! É exatamente isso, Scott, eu quero me encontrar com você, eu quero sair com você, só que ontem eu tive muitas surpresas e acabei me esquecendo de telefonar para cancelar. Por favor, Scott — ela sorriu fraco pelo telefone ao falar: —, não desiste de mim, vai… Você é o amigo mais próximo da minha vida normal. Quero dizer… Adoro a reserva, mas às vezes é difícil, entende… Eu realmente sinto sua falta! — Scott ficou mudo por um tempo. — Scott?
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  — Oi… Er… — gaguejou tentando dar uma resposta: — Eu não posso almoçar hoje, , mas podemos jantar sim. E dessa vez eu não irei te aguardar, eu vou buscar você, para não correr o risco de você esquecer.
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  — Ótimo! Eu te aguardo às oito horas.
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  — Combinado.
  Ela desligou a chamada e sorriu com a expectativa daquela noite. Na verdade, adorava passar um tempo com Scott, pois a calmaria dele era o que lhe faltava. E sempre tão paciente, Scott sabia a reconfortar, no entanto, aquela seria a primeira vez que eles sairiam sem que tivesse algo ruim, triste ou desanimador para despejar nele. E era de fato um encontro, não uma saída entre amigos. Essa coisa estava meio que explícita desde que eles se beijaram e não tinham conversado sobre aquilo, então, até segunda ordem, era um encontro e até estava animada com aquilo. Jacob continuava andando à frente dela, e quando a mulher entrou no galpão, ele perguntou um pouco desanimado:
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  — Se acertou com seu namorado?
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  — Sim, ele vem me buscar hoje às oito — ela disse sorridente, no automático.
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  — Espera… Vocês estão mesmo namorando?
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  — Não. Pelo menos não ainda. Mas… Eu ainda não estou preparada para me abrir sobre este assunto contigo, Black. Você entende?
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  — Claro. Eu não tenho nada a ver com a tua vida. Fico feliz que você esteja feliz. — A expressão de Jacob transmutou-se entre culpa, ciúme e decepção. não se sentiu bem em enxergar aqueles sentimentos na face dele.
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  Por que apesar de saber que ela não estava fazendo nada de errado, ela se sentia tão mal com aquela situação?
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  — Nós só estamos saindo. Como amigos — explicou, ciente de que não era obrigação sua justificar nada a ele. — Mas desta vez eu não estou impondo barreiras a algo mais. Como seu pai mesmo me disse, a gente nunca sabe de onde virá a felicidade.
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  — Faz bem. Seguir em frente… Lamento que eu não saiba fazer isso tão bem quanto você.
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  Os dois trocaram olhares tímidos, e enquanto observava ao redor desviando o olhar, Jacob pigarreou se direcionando a um balcão extenso.
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  — Venha! Vou te mostrar os souvenirs.
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  — Eu conheço, esqueceu que coleciono seus artesanatos em casa?
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  — Sim, eu sei, mas eu quero te mostrar como fazê-los.
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  Não demorou para que o clima de constrangimento se esvaísse entre eles. Jacob mostrou para ela alguns pequenos brindes, uns conhecidos, outros novos, mas Black explicou e demonstrou como esculpir devagar cada um deles.
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  Enquanto se concentrava em seu trabalho, Jacob se concentrava em sua mesa, ora ou outra espiando-a por cima de seus ombros. Ela, notava, repetia o gesto quando ele não estava olhando. Depois de um tempo, Black se levantou indo em direção a ela e parado ao seu lado observava o trabalho realizado por , até que se direcionou às costas dela e, abaixando-se, seu corpo a envolveu em seus braços, ele segurava as mãos de junto às suas, guiando o esculpir que ela executava. Jacob não fez por mal, estava a corrigindo, concentrado em orientar:
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  — Nesta fase de finalização, mantenha a mão firme, porém delicada. Embora a peça ainda vá passar pela lixa e pintura, é importante que a lapidação da madeira seja delicada, porque auxilia a não ter tanto o que finalizar com lixamento.
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  Já foi pega de surpresa com o gesto. Suas memórias voltaram aos inúmeros momentos como aquele, que anteriormente eles tiveram. Ela suspirou pesado, como se quisesse se livrar daqueles braços, e embora quisesse realmente, algo no seu íntimo contrastava com não querer. Black se afastou após lhe explicar tudo aquilo, girou o banquinho onde ela estava sentada de frente para ele e, sorrindo, disse:
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  — E então? O que achou?
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  — Achei relaxante… — ela mencionou baixinho, e reforçou: — A atividade é mesmo relaxante. Mas me diga você, o que achou?
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  — Que para a primeira vez você foi muito bem — Jacob respondeu sorrindo discreto enquanto observava os artesanatos dela.
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   sorriu de volta e levantando sua mão em direção ao rosto do rapaz, ela limpou as lascas de serragem que haviam na bochecha dele. Jacob fez o mesmo notando algumas lascas no pescoço dela. Os dois se encararam sentindo uma tensão no ar, que rapidamente partiu ao se levantar e afastar-se arrumando os materiais usados na bancada. Ele a ajudou e os dois voltaram para a cabana. No caminho de subida, Jake estava calado e ela também, até que ele pronunciou algo que o estava incomodando.
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  — Sabe, desde que você chegou… Eu não pude te dar um abraço.
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  Ela parou de caminhar e olhou diretiva para ele, em dúvida, notando um pequeno desconforto em sua face.
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  — Eu sei que está chateada comigo. Sei que está seguindo em frente com Scott ou não… Enfim, eu sei que forçar a barra não é a melhor opção e não quero isso. Eu pedi para você ser paciente comigo o tempo todo, até que estraguei tudo, então eu serei paciente com você, mas eu gostaria da minha amiga de volta. E sinto falta do seu cheiro, do seu abraço, das suas mordidas em meu ombro. Eu só queria dizer isso para você saber. Saber que eu entendo você… mas torço para que você possa me perdoar nas pequenas coisas pelo menos…
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  Os dois se mantiveram em silêncio por um tempo. olhou para frente e notou que estavam próximos à cabana, quase chegando no toco de carvalho. Então, observou os próprios pés, pensativa no que escutou. Jake começou a caminhar novamente, certo de que estava sendo ignorado, mas então, ela o segurou pelo braço.
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  — Espera. Jacob, eu não estou feliz com esta nossa situação. Mas é como você disse… Eu te esperei. Eu aceitei seu desprezo até achar que havia conquistado você. E no fim, não conquistei.
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  — Conquistou sim, . Eu é que fui idiota demais para impedir que a armação de uma criança te magoasse.
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  — Armação da Bruh, acidente ou não, o fato é que eu me magoei. E fiquei muito confusa. Foi tão difícil iniciar alguma relação contigo, enquanto que com o Scott foi tão natural… Eu não amo o Carter, assim como não amei o Erick, e não estou tentando despejar nele a frustração com você. Eu apenas gosto de estar com ele e me sinto bem. Já contigo… Eu não sei o que esperar de você, de nós… Enfim… Eu preciso de um tempo para voltar a ter controle dos meus sentimentos, sabe, Black. Também sinto sua falta. A falta da amizade. Mas eu fui de cabeça até você! Mergulhei em um sentimento confuso e agora eu preciso só desacelerar…
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  — É, foi tudo muito intenso. Sua chegada, nossos costumes e segredos. Entendo…
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  — Mas você pode sim abraçar a sua Mani, que sente muita falta disso! Mas só vamos manter o controle, para não confundir as coisas de novo. — Ao terminar a frase, sorriu segurando a mão do rapaz, e Black, mais do que rapidamente, a envolveu em seu abraço protetor. Cheirou o pescoço dela como sempre fazia e se manteve imóvel. Podia sentir-se estúpida de permitir que sofresse mais no futuro, mas um passo de cada vez. Não poderia negar seus sentimentos.
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  Jacob beijou a testa dela, sorrindo largo, e assim, continuaram a subida rumo às cabanas. Ao chegarem próximo ao pátio das cabanas, lá estava Bruh Ateara os espionando. Sua expressão raivosa já era conhecida, e se afastou um pouco de Jake. Ele por sua vez, se colocou na frente de , rígido e calado. Bruh olhou para a mulher de modo atravessado e saiu a passos fundos em direção ao seu canto da reserva. Se era possível sentir a aura de raiva dela, conseguia até mesmo tocar.
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  — A lobinha traiçoeira já sabe que eu estou morando aqui, pelo visto.
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  — É, sabe sim. E sabe de algumas coisas a mais… — Jake disse olhando de lado para .
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  — Como assim? Que coisas?
  — Não se preocupe, ela não fará nada contra você.
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  — Ah, eu não me preocupo não. Bem, eu vou até a cabana de Sue. Nos vemos depois. — Depositou um beijo no rosto de Jacob e, acenando, foi até a cabana de Sue calmamente. Queria encontrar Leah, para poder contar sobre seu encontro com Scott.
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  — Bom dia, Sue!
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  — Bom dia, , como foi com o Jacob? — Sue perguntou sentando-se à própria mesa de sua cozinha, logo sendo seguida por Charlie, Seth e Leah.
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  — Sente-se! — Seth puxou a cadeira ao seu lado.
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  Todos olhavam para ela, com olhos de lêmures. Aguardavam ansiosos a resposta do “como foi com o Jacob?”. riu baixo por aquela situação, puxou uma cadeira e serviu-se de café, encarando a todos, calma e divertidamente.
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  — Bem, plateia… — Os olhares de Charlie e Sue se encontraram em uma expressão pouco constrangida; Leah e Seth, por sua vez, não piscaram nem uma pálpebra. — O que exatamente vocês querem dizer com “como foi o Jacob”?
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  — Oras, ! Não enrola! Somos curiosos, ou fofoqueiros. Chame como quiser! Mas a gente precisa saber como foi passar a noite com ele! — Leah já estava impaciente e eufórica como sempre: — Vocês conversaram? Se acertaram? Os pensamentos dele estão um tanto descontrolados por isso, é bom você saber!
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  — Como assim? — perguntou surpresa e preocupada.
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  — É… Quando um alfa sai do controle até os segredos mais sórdidos é difícil de evitar ouvir… — Seth resmungou baixinho, constrangido e fazendo os outros se constrangerem também.
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  Leah dissipou o momento de exposição de Black e , tentando amenizar o comentário do irmão:
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  — Mas não é sobre o que passa na cabeça do Jacob que estamos falando. Ele fantasia muita coisa! Conta o que realmente queremos saber, vocês fizeram as pazes?
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  — Nós vimos vocês dois saírem sorridentes em direção ao galpão esta manhã, — Seth respondeu envergonhado pela reação da irmã, e compartilhava a mesma expressão de sua mãe e Charlie.
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  — Ah… Isso… Bom, ontem não trocamos muitas palavras. Ele saiu pela noite e eu adormeci antes mesmo de ele chegar.
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  — Então nada mudou? — Leah, mal esperou beber seu café para interromper, a fim de esclarecer aquela história.
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  Sue, ao observar a ansiedade da filha, pegou na mão dela e encarou , de modo compreensivo e terno. Embry chegou assim que Leah terminou de falar. Cumprimentou a todos e, selando os lábios da namorada, sentou-se ao lado dela. Embry pareceu ter ideia do que se tratava e não demorou muito para atacar os biscoitos, os bolinhos e outras gostosuras que Sue havia preparado e, com a boca cheia, olhou para , ansioso também. Aquilo tudo fizera a nova moradora da reserva sorrir ainda mais. Ela se recordou de Billy falando sobre a esperança que mantinha sobre Jacob e ela. Obviamente ele não era o único a torcer por aquele casal.
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  — Mudou sim. Esta manhã Black me acordou com meu café favorito na cama e uma oferta de paz. Eu resolvi que, em respeito à hospedagem dos Black, e pela minha amizade com ele, nós iríamos nos dar bem. Por mais chateada que eu esteja com tudo o que aconteceu, não faz sentido ignorá-lo agora.
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  — Muito bem, . — Charlie sorriu orgulhoso.
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  — Eu sei que você não vai querer escutar isto, mas acredite, ! Nunca aconteceu nada entre Jake e a pirralha sem noção da Bruh — Embry se pronunciou e todos o olharam apreensivos, talvez por acreditarem que ele estivesse sendo muito invasivo ou precoce naquele assunto.
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  Já estava calma, na verdade, Embry era o seu melhor amigo ali, e ele a amparou naquela história. Natural que tanto ele quanto Leah quisessem que uma pedra fosse colocada sobre aquele assunto de uma vez por todas.
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  Enquanto sorria serenamente para Embry abraçado à Leah, Sue e Charlie sorriam para os três observando-os de um modo íntimo. Charlie e Sue estavam orgulhosos pela maturidade de com tudo, inclusive com a formação do casal “Leah e Embry” que, de certo modo, ocorreu de um jeito que a envolvia no passado. Eles se tornaram bons amigos, e Sue ficava feliz pela aceitação de Leah para com também.
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  Estavam todos sorridentes, comendo e pensando em algum próximo assunto, quando Seth, tímido e um pouco deslocado, segurou a mão de fazendo-a percebê-lo. Ele parecia, aos olhos de , um tanto incomodado com os casais formados por sua mãe e irmã.
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  — E… O que vocês foram fazer no galpão esta manhã depois de um café na cama? — Leah mencionou, rindo maliciosamente e Embry também.
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  Sue e Charlie se levantaram da mesa como se quisessem não participar mais da história. percebeu que todos pensavam que Black e ela haviam passado a noite juntos, devido ao seu relatado “café na cama”.
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  — Nós não estamos juntos, se é o que vocês pensaram. Fui ajudar Jacob com umas encomendas de marcenaria.
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  — Talvez devessem perguntar por que motivo ele faria café na cama para ela, e não por que foram pro galpão de manhã… — Seth mencionou entrando na provocação.
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  — Isso a gente já sabe, infelizmente… — Leah mencionou negando com a cabeça e apontou para ao dizer: — Tem sorte de não ter seus pensamentos invadidos, loba branca!
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  — Não me digam que Jacob tem pensamentos eróticos que vocês podem ver?
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  — Ouvir. A gente escuta tudo o que o outro pensa… Claro, quando estamos cansados demais ou fora de controle. Geralmente todo mundo se esforça para esconder — Embry explicou e o rosto de se chocou, ao passo que Embry a acalmou: — Mas ele não teve pensamentos eróticos com você, não foi isso.
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  — Aquilo estava mais para um adolescente chorão pensando em como pedir desculpas pra namoradinha… — Leah reclamou. — Mas ele sonhou com você, e eu vi. Foi tão chato como só o Jake sabe ser… — Leah confessou e tanto Embry quanto Seth sorriram.
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   concentrou sua atenção no rosto de Seth e sua mão, que já apertava menos a de . Seth não percebeu que ainda segurava a mão dela como fizera momentos antes, e buscaria entender o que o deixou acuado daquele jeito. Então, se recordando do motivo de ter ido à casa de Sue, interrompeu um diálogo entre Leah e Embry.
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  — Ei, Leah… Eu precisava falar com você.
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  — Este é o momento em que nós nos vemos depois, amor — ela disse sorridente ao namorado e, se levantando da cadeira, chamou a amiga em direção ao seu quarto.
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   beijou a testa de Seth, que mantinha uma expressão preocupada desde o que ela havia dito, e aquilo a estava deixando curiosa, no entanto, acompanhou Leah até seu quarto. Ela escorou a porta depois que a amiga entrou e antes que ela pudesse sentar-se em sua cama, Leah já estava ansiosa de novo.
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  — Vamos lá, eu sabia que você estava escondendo algo naquela cozinha!
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  — Não é nada com o Black, Leah… Eu acho que você vai querer me matar quando eu disser e nem sei se deveria mesmo falar sobre isto contigo. Talvez Emy fosse a melhor opção… — sorria debochada.
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  — Você me chamou até o meu quarto para me insultar? Sua otária!
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  — Ok, mantenha a calma! Por favor!
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  — Você está me deixando muito nervosa, … Não me diga que você e aquele imbecil do Erick estão juntos de novo?
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  — Não! Eu não voltaria com o Erick em hipótese alguma… Mas tem outra pessoa sim.
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  — Scott Carter.
  — Como sabia?
  — Seth é amigo do irmão caçula dele, e ultimamente tem passado muito tempo com os Carter. Outro dia o Peter esteve aqui. Ouvi os dois conversando no quarto dele sobre Scott e você.
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  — Eu sabia que eles eram amigos, mas não imaginava que fossem próximos assim… E o que eles disseram sobre mim?
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  — Algo sobre “meu irmão é totalmente apaixonado por ela”, e o Seth dizer “e ela totalmente apaixonada por Jake”.
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  — Eu vou matar o Seth! — declarou e Leah riu divertida com a cara de raiva e espanto da outra.
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  — Bem-vinda ao meu mundo. Agora imagina um bando de garotos adolescentes como o Seth se metendo em sua vida. Foi assim que passei a maior parte da minha adolescência.
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  — Enfim… O fato é que ontem eu tinha um encontro com Scott. Nós costumamos sair como amigos às vezes. E eu dormi e acabei me esquecendo. Só que Jacob, esta manhã, me contou que esteve com Scott ontem à noite no mercado e o boca grande contou a ele, antes de mim, que eu estava morando aqui agora. Scott deve ter ficado um pouco chateado e pediu para Black me dar um recado que, adivinhe você…
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  — Ele não deu… — Leah ria das coisas que havia dito. — O que você esperava? Que Jake fosse entregar você de mãos beijadas para outro?
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  — Não tem essa de “me entregar”. Para dar algo a alguém, primeiro esta coisa tem que lhe pertencer. E eu não pertenço ao Black, ok?
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  — Pode até ser, mas é como Seth diz: não dá para encarar como se você e Jacob não tivessem algo, seja lá como vocês denominam isso!
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  — Tá, tá! — já estava irritada com aquela colocação. — Era tão previsível que ela mergulhou de cabeça nos próprios sentimentos não correspondidos por Black? Ela estava se sentindo a idiota da reserva.
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  — Não é como se ele não te correspondesse, … Do jeito dele, Jake sente o mesmo. — Leah o defendeu como se pudesse adivinhar os pensamentos da amiga, ou ouvi-los.
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  — O fato é que liguei para Scott hoje, e ele virá me buscar às oito horas. Eu precisava dar uma satisfação e me desculpar com ele.
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  — E isto é um tipo de encontro?
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  — Eu não tenho certeza. Scott e eu nos damos muito bem, e é sempre um alívio estar com ele porque ele me traz sossego. A calmaria dele me contagia, sabe? Mas todas as vezes que saímos eu estava cheia dos meus problemas, então despejava tudo nele. Nunca dei uma chance de conhecer Scott de verdade. Quando ele me levou até a tribo da família dele, foi o mais próximo de um encontro que chegamos. Inclusive…
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  — Inclusive?
  — Nos beijamos aquela noite.
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  — Vamos lá, … Você está pensando em dar uma chance ao Carter?
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  Neste momento as duas ouviram um barulho vindo do corredor. Leah, visivelmente irritada, correu até a porta e, virando-se para a outra extremidade do corredor, gritou:
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  — Pode voltar, Seth Clearwater!
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  Seth logo entrou no quarto de Leah com o rosto tão vermelho de vergonha e a cabeça baixa.
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  — Eu ouvi tudo, desculpe.
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  — E aí, , o que vamos fazer com ele? — Leah perguntou encarando o irmão em reprovação.
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  — Senta aqui, Seth. — bateu ao seu lado no colchão e ele, arrastando-se, obedeceu, então ela lhe perguntou prevendo que algo o chateava: — O que está acontecendo? Eu sei que você está incomodado com alguma coisa.
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  — Eu sinto muito por ter invadido sua vida, falando de seus sentimentos com Peter, mas tanto eu quanto ele estamos preocupados.
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  — Que história é essa, moleque? — Leah sentou-se ao lado do irmão, julgando.
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  — Eu gosto muito de Jake, Scott e de você, . E Peter está preocupado com o irmão dele. Não é segredo para ninguém que Scott é louco por você, e você vai me desculpar, mas não é segredo também que você gosta do Jake. E o pior é que Jake também. Eu não entendo por que vocês não acabam com essa briga idiota. Bruh armou tudo aquilo! E todos sabemos, inclusive você, que Jake é completamente outro homem desde a sua chegada. Então, para mim está claro que vocês dois devem ficar juntos, mas tem o Scott no meio disso. E desculpe, , mas você o está colocando numa situação constrangedora. O cara é apaixonado por você, mas não é com ele que você quer ficar! E agora, olha você se envolvendo com ele a fim de sanar qualquer coisa, ou se vingar, sei lá…
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  — Garoto! — Leah acusou: — Outro dia você estava aconselhando ela a dar uma chance pro Carter! Espera… Foi ontem!
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  — Isso foi antes! — Seth justificou. — Antes de ter certeza que o Jake foi só muito burro com a armadilha da Bruh, e que e ele realmente se gostam! Você ouviu o chororô do Jake ontem à noite!
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  — Se ele souber que a gente contou isso pra , a gente morre. Você sabe, né? — Leah advertiu encarando o irmão com expressão ameaçadora.
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  — Mas o que eu disse antes ou agora não importa, ! Eu só espero que você não se engane achando que Scott vai entender se você só quiser se divertir com ele… — Seth concluiu.
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  Seth se manteve calmo e firme em tudo o que disse. Leah estava espantada, mas compreensiva com os sentimentos e palavras do irmão. E também.
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  — Você não está completamente errado, Seth, mas não é apenas por Bruh que eu me magoei com Black. — Leah já sabia do que estava falando e as duas olharam uma para a outra, cúmplices. — Já que você tocou neste assunto… Deixe eu te falar dos meus sentimentos, ok?
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  Seth assentiu dirigindo a ela, uma atenção ainda maior.
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  — É verdade que eu não correspondo aos sentimentos do Carter, mas eu o adoro. E quero a amizade dele. Não é que eu esteja me envolvendo com ele, eu só quero poder estar com ele sem nenhum compromisso ou preocupação e deixar que o que tiver que acontecer, aconteça. Eu fui muito clara com ele ao dizer que não iria lhe dar esperanças falsas, mas eu não vou me afastar de um amigo só porque ele se apaixonou. Pode parecer cruel, mas abrir mão de uma amizade por causa disso nunca fez sentido para mim. Eu sempre impus em situações como esta, que se eu quiser estar com alguém, eu estarei, a menos que esta pessoa me peça para ir embora. Se ela tem um amor não correspondido por mim, nós trabalharemos juntos nisso. Seja para me conquistar ou me esquecer.
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  Leah e Seth não viam muito sentido no que dizia, eles pensavam diferente da garota, e não era novidade. O histórico de amor não correspondido dos dois impedia-os de achar adequado o pensamento de . E olhar dos dois, para , a fizera se lembrar de quando completou dezessete anos e um dos garotos do High School em Phoenix havia se declarado para ela. Após dizer que queria apenas ser sua amiga, ele perturbava Bella com recados e desesperados pedidos de ajuda à sua melhor amiga. Assim que ela fez o mesmo discurso que acabara de fazer a Seth e Leah, para Bella, sua antiga amiga olhou-a assustada e disse:
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  — Você não tem coração. É cruel forçar alguém a conviver com você sabendo que a verdade é que você não vai corresponder aos sentimentos dele. É como se você quisesse ter um lacaio fiel e apaixonado.
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  Aquele dia, se recordou de ter discutido com ela. Bella nunca soube lidar muito bem com as emoções. E foi através de uma mensagem pelo celular que as duas fizeram as pazes. Então, explicou a ela da melhor maneira:
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  — Bella, é cruel forçar alguém a se afastar de você, mesmo contra sua vontade, apenas porque você não sabe lidar com sentimentos contrários aos seus. Eu não vou abrir mão de alguém especial para mim ap enas porque ele não sabe lidar com um não. Nunca fizeram isso por mim, eu aprendi a lidar com todos os “não” e “sim” que recebi a vida toda. Nem tudo o que nós ganhamos é perfeito como queremos, mas pode ser perfeito como podemos ter.
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  E foi recordando desta fala que continuou a falar com Seth e Leah, que ainda estavam pensativos sobre o que havia dito, repetindo o discurso:
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  — É cruel me forçar a me afastar dele, mesmo contra minha vontade, apenas pela hipótese de ele não conseguir lidar com sentimentos contrários aos dele. Eu não vou abrir mão de alguém especial para mim apenas porque ele não sabe lidar com um não. Eu aprendi a lidar com todos os “não” e “sim” que recebi a vida toda. Não vou me afastar de Scott, assim como Jacob não se afastou de mim quando não correspondeu ao que eu sentia. Nem tudo o que nós ganhamos é perfeito como queremos, mas pode ser perfeito como podemos ter.
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  — Como assim, Jake não correspondeu? , ele está implorando para você perdoá-lo! — Seth disse um pouco incompreensivo e impaciente.
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  — Você não sabe quantas vezes eu investi no Jacob e ele desviou-se de mim! Eu mergulhei de cabeça nos sentimentos por ele. Deixei muito claro, e em todas as vezes eu recebi o desprezo dele, Seth! Quando eu ia tentar de novo, eu tive que dar de cara com Jake beijando a Bruh! E pode ser que eles não tenham nada, mas eu tive que lidar com o fantasma de Bella, ou seja lá quem for, o tempo todo. E eu cansei. Eu estou aqui, mesmo depois de tanto “não” da parte dele, mas não me forcem a fingir que nada aconteceu.
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  Após um breve silêncio entre os três, Seth se desculpou e, segurando a mão de , beijou-a.
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  — O problema é que todos os garotos desejam uma garota como você.
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  — Deixa de ser bobo, Seth! — sorriu. — Isso é um exagero. Eu não sou a garota perfeita. E não são todos os garotos, olha para você, por exemplo.
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  — Ingênuo da sua parte achar que eu não deseje ou já tenha desejado você. — Ele sorriu sedutoramente deixando boquiaberta. Leah também estava espantada.
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  — Ei, garoto! Que nojento. Se quiser dar em cima das minhas amigas, faça isso longe de mim!
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  — Cala a boca. — Ele olhou odioso para a irmã, e ambos ficaram encarando um ao outro, logo voltando suas atenções para , depois de Leah dizer:
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  — Eu nem sabia que você pensava nestas coisas! Eu vou contar pra mamãe! — Um diálogo mental estava acontecendo sem que pudesse notar.
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  — Se liga, Leah, eu não tenho mais quinze anos.
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  — Eu não quero falar com você sobre isso! Que horror! — Leah levantou-se da cama eufórica e precisou intervir.
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  — Eu não sei o que vocês estão conversando em suas cabeças aí, e nem quero imaginar o que você pensa a meu respeito agora, Seth… Mas podemos voltar ao assunto “Scott”?
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  — Desculpe, … É que você não se enxerga da mesma forma que todos nós. — Seth falava dele e de “todos os garotos” se desculpando e pondo fim àquilo: — Mas fica tranquila, não estamos competindo por você. Seus únicos e exclusivos problemas são Scott e Jacob.
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  — E você já pode responder a minha pergunta: você está pensando em dar uma chance ao Carter, ? — Leah a encarava curiosa e confusa.
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  — Não. É como eu disse, eu não vou dar falsas esperanças a ele. Sei o que ele sente! Mas não vou impedir se por acaso acontecer alguma coisa. Vocês acham que eu estou sendo muito idiota com ele?
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  — Eu não sei, … São os seus sentimentos, e não podemos falar por você. Mas se aceita meu conselho… Toma cuidado. São três corações envolvidos nesta história, e se dois ficam bem, um vai acabar se machucando. Não acho que tenha como evitar isto, a menos que sacrifique os três.
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  Assim que Seth terminou de falar, ele beijou a testa de e foi em direção à porta. Leah e se mantiveram caladas até ele sair.
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  — Puxa… Esse garoto é esperto! No final, não era nem você e nem a Emy que eu deveria ter procurado. — sorriu ao constatar.
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  — Eu vou apenas aceitar o agradecimento que eu não ouvi, ok? — Leah rebateu.
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  — Parece que seu irmãozinho, afinal, se tornou um homem.
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  — Você não tem ideia do quanto — ela disse como se recordasse de algo. — Eu sabia que um dia Seth iria crescer, sabe? Mas depois da morte do papai, ele continuou tão alegre e ingênuo. Não era a reação que eu esperava. Eu achei que ele fosse se fechar e rebelar-se. E quando Charlie surgiu, eu notei que ele estava tão bem com aquilo que pensava “esse moleque não sabe de nada”. Mas no fundo, quem não sabia era eu. Parece que Seth herdou toda a sabedoria do papai e da mamãe. — Leah sorriu com orgulho.
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  — Vocês lidam com as perdas e traumas de formas diferentes. Não é que um saiba mais do que o outro… Mas por que eu acho que não é exatamente da morte de seus pais que você está falando?
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  — Em breves momentos que compartilhamos os pensamentos, eu vi que Seth passou por algumas coisas desconhecidas por mim, enquanto estive fora. Mas ele não quer se abrir comigo. Por algum motivo, descobri agora que ele se sente mais à vontade com você para isso. — Leah manteve uma decepção no rosto, mas uma compreensão na voz, e nada entendia. — Espero que você possa ajudá-lo mais do que eu.
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  — Do que você está falando? O que aconteceu?
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  — Seth está lá fora agora, quando você descobrir o que aconteceu no passado que ele esconde de mim, se puder, me conte. — Leah saiu do quarto e a seguiu.
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  Assim que passou pela porta de entrada dos Clearwater, viu Seth sentado no tronco grande de carvalho a caminho da trilha de La Push. Ela se aproximou calmamente, enquanto o garoto segurava uma expressão séria e reflexiva. Ao notar a presença da amiga, ele sorriu de canto sem encará-la.
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  — Parece que este é o carvalho das reflexões — disse e sentou ao seu lado.
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  — E o que você veio refletir?
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  — Eu, nada… O que você disse me ajudou bastante. Eu vim te dizer que se precisar, pode contar comigo. — Ele se virou para ela, sorrindo.
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  — Assim como você teve as palavras certas, talvez eu também possa ter. E se não as tiver, meu colo é bastante confortável — declarou, paciente.
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  — Não há nada que deva se preocupar, . Eu estou bem.
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   o abraçou e voltou a encarar a praia. Seth ainda mantinha seu olhar sobre .
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  — … Desculpe pelo que insinuei lá no quarto — Seth pediu, sem jeito, se referindo à suposta história de ter se interessado por ela. — Não é como se eu estivesse dando em cima de você ou algo do tipo. Desculpe se foi o que pareceu, quero que saiba que te respeito e sei que sou um moleque que…
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  — Seth. — o interrompeu: — Não tem que pedir desculpas por nada. Gostei da sua sinceridade, e entendi o que você quis dizer. Não me senti desrespeitada. Surpresa, talvez. E você não é um moleque… Nem de longe se parece com um. Eu vejo um homem, e você realmente o é.
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  — Obrigado, ! — Ele sorriu beijando a mão dela novamente.
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  — Bem, eu vou subir. Posso não estar no trabalho, mas há trabalho a ser feito. — se levantou beijando o topo da cabeça do rapaz. — Não esquece, posso conversar sobre qualquer coisa. E o fato de não ser uma loba ajuda, às vezes.
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  Ele sorriu compreensivo. Enquanto subia em direção à cabana, Seth gritou, desta vez mais animado:
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  — Ei ! Se algum dia precisar de ajuda com o trabalho, é só me avisar. Eu aprendo rápido.
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  Ela acenou concordando e sorrindo com a mesma animação que a dele, e voltou às pesquisas. Ainda havia muito a descobrir sobre as propriedades medicinais de suas algas e faltava pouco para desenvolver seu emplastro caseiro. Se as suas expectativas sobre aquilo estivessem corretas, poderia ajudar muitas pessoas.
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Continua

  N/A Fixa: Olá leitora, se você gosta das minhas histórias e gostaria de saber mais sobre meu processo criativo e/ou me conhecer, eu tenho um convite para você! Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp e me siga no instagram @escritoraraydias! Aguardo você, ansiosa para conhecer as amoras que leem meus pequenos universos! ✨💖

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Lelen
Admin
3 meses atrás

Pera que uma hora eu consigo ler tudo o que eu perdi até aqui KKKKK
Socorro, em algum momento eu consigo! 💪
(Perdoa, Jacob, eu te chutei no começo da história kkkkk mas continua chutado, meu lobinho favorito é o Seth e nem é por causa do Booboo, é porque o Seth é coisinha mais preciosa desse universoooo 🥹🥹🥹🥹)

Liv
Liv
3 meses atrás

Jacob vai ser endgame, saudades Embry 😭

Liv
Liv
3 meses atrás
  — O que você sente quando ficamos perto assim, ? — A voz de Jacob carregava um tom sério tal…" Read more »

👀👀👀👀

Liv
Liv
3 meses atrás
  — Acho que… Também me sinto bem… É estranho, na verdade, o quanto me soa certo… — revelou sincera ainda…" Read more »

EITAAAAAAA

Liv
Liv
3 meses atrás
  — Era uma… Um… Eu não posso lhe dizer agora. Vamos logo, porque eu estou sozinho, Sam me acompanhou com…" Read more »

vampiro 🧛‍♂️🧛‍♂️🧛‍♂️

Liv
Liv
3 meses atrás
  — É, isso explica aquela carranca da Leah, né? — sorriu e cutucou as costelas de Jacob com o próprio…" Read more »

KKKKKKKKKKKKKKKK a pobi

Liv
Liv
3 meses atrás

HEHEHEHEHEHEHEHEHE

Liv
Liv
3 meses atrás

EU QUERO UM BEIJOOOOOOO

Liv
Liv
3 meses atrás

FOGE DESSE LIXO!!!

Liv
Liv
3 meses atrás

ai olha, vc é trouxa.

Liv
Liv
3 meses atrás

PELO AMOR, EXPLICA DIREITO PORRA. obviamente que tem que ser esclarecido, Jacob

Liv
Liv
3 meses atrás

rindo com respeito, mas você mereceu mt essa resposta, Jacob

Liv
Liv
3 meses atrás

adoro que a Luna tá conquistando vários corações HAHAHAHA
Jacob tá perdendo a oportunidade, bem feito. Fica nessa demora toda e a gata está nos braços de outro.
aguardando o próximo capítulo hehehehe
Ps: queria o Embry como endgame hehe

Lelen
Admin
3 meses atrás

Gente, Jacob continua sendo chutado por mim, PRINCIPALMENTE POR CAUSA DO FINAL DESSE CAPÍTULO. Eu tenho quase certeza de que tem uma explicação razoável para o que aconteceu, mas eu tô de birrinha com ele. E eu amo o Embry dessa história, muito amorzinho 🥹🥹🥹 (mas o Seth continua sendo meu lobinho favorito <3) Leah, arranca a orelha dessa infeliz, eu deixo. E depois vai dar uns tapas na cara do Jake, ele vai deixar também HASIODNASODPINASOPD

Lelen
Admin
3 meses atrás

Embry é um amorzinho 🥹🥹🥹 E EU AMO ESSE LADO MORDE E ASSOPRA DA LEAH SAODMAPOD Nos livros ela tinha a chance de se mostrar menos irritante – ela conseguiu no POV do Jacob em algumas partes, mas enfim -, mas tia Steph não deu tanta oportunidade assim pra ela. Tô adorando ver um novo lado dela <3
E EITA ESSA REVELAÇÃO, CACETADA, COMO ASSIIIIIM?
Eu ainda preciso ler o começo da história, mas imagino o Jacob BEM deprimido tendo que fazer o que fez, MEU SANTO SENHOR, SOCORROOOOO.
Fiquei triste porque eu adoro a Renesmee kkkk mas vamos ver como as coisas rolam daqui em diante.

Lelen
Admin
3 meses atrás

Olha, preciso ler todo o resto (reler o começo que já li) antes desse capítulo porque tô sabendo de quase nada sobre “humanos” rondando o lugar, então é. 
E assim, como sempre, nosso Seth é a coisa mais preciosa do mundo, né? Cagou e andou pro amigo Jacob e foi dar apoio ao amigo Scott porque entre os dois, o Scott tá menos problemático, tenho dito kkkk
E eu falei que ia ter uma explicação razoável sobre essa coisa toda com o Jacob e a Bruh, PORÉM, não. Jake vai ter que lutar um teco mais pra me conquistar (no livro ele só me conquistou depois da Renesmee, então imagine a situação aqui kkkkk), então vamos ver o que o futuro nos reserva.
Agora expectativas foram criadas porque eu quero ver Bella sangue nozóio (mentira, não quero briga entre amigos apesar de tudo) ou pelo menos os Cullen surgindo um pouquinho – sdd Alice e Carlisle HEHEHEH.

Lelen
Admin
2 meses atrás

Vou te contar, pra mim eu sou mais o Scott, só porque sim kkkk (sim, é meu preconceito com Jacob, mas calma que acho que uma hora vai kkkk)
Eu continuo amando a Leah e ainda não cheguei na parte que ela e Embry ficam juntos, mas já shippo, assim como shippo demais o Charlie e a Sue.
Espero que Erick seja uma carta fora do baralho já, porque ele já deu tudo que tinha que dar (e ninguém queria :B).
Agora quero ver Jake lutando pra reconquistar a moça, e quero ver o Scott sendo um oponente muito do bom HEHEHEEHEHEH

Att: eu cheguei na parte da Leah com o Embry, coisinha linda <3

Leah merece seu felizes para sempre 🥺🥺🥺


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