Ray Dias
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Capa por Lara Kim

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Sem curiosidades para essa história no momento!

ENTRE LOBOS E HOMENS

Capítulo Trinta e Um
O Diário de Killiam

   ouviu um barulho de caminhada no corredor e supôs serem os dois: Killiam e Darak. Ela estava realmente cansada, mas não conseguiu dormir. Abriu a porta do quarto já vestida para sair e deu de cara com os dois vampiros sérios a encarando.
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  — Eu acordo cedo — disse .
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  — Ótimo! — disse Darak, saindo na frente.
   saiu para o corredor e Mark caminhava ao seu lado a olhando discreto.
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  — Dormiu bem? — perguntou ele.
  — Não.
  Mark sorriu convencido e ao chegarem nas escadas, desceu à frente de , se virando rapidamente para ela:
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  — Pena você não ser como nós. Ter ficado acordada a noite toda deve ter sido difícil para você.
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  Ela não respondeu nada, havia entendido. Eles não dormem e por isso Mark sabia que ela também não havia dormido. Ele continuou descendo as escadas e mais uma vez falou com ela, desta vez, sem a olhar:
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  — Você prepara o seu café da manhã, já que vai jogar fora tudo o que eu fizer.
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  — Nada contra a sua comida, só que eu prefiro me prevenir.
  Então, ele se virou para ela, já estavam na escadaria do saguão e, impedindo-a de passar à sua frente, disse:
  — Não estou chateado, pelo contrário, estou orgulhoso em saber que ainda me teme, apesar do nosso “lance”… Nos encontre na biblioteca quando acabar.
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  Ele apontou a direção de outro corredor e saiu. foi em direção à cozinha, não queria comer na verdade, mas tinha fome. Preparou waffles e um suco rápido. Mark havia sido cuidadoso em equipar a casa com variedade de alimentos para ela. Após terminar, limpou tudo na cozinha de mentirinha do vampiro e direcionou-se ao local que ele lhe mostrara. Ele e Darak estavam sentados em poltronas opostas, com livros em mãos.
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  — E então? — perguntou ela.
  — Vê os livros sobre a mesa? Pode pegar um deles e investigar — falou Mark de sua poltrona, e se aproximou da tal mesa, mas ficou de frente para eles, um pudor que era uma tremenda idiotice, na verdade. E atenta ela espiou as capas dos livros. Ela não sabia o que procurar nos livros, e não entendia nada daquela linguagem que lia.
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  — Será que podem me dizer exatamente o que eu devo procurar?
  — Apenas folheie e veja se se identifica com algo. Você não tem ajuda nenhuma para nós nisso, mas parece que o Mark não anda mais sem o brinquedinho dele.
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  — Darak… — o chamou com falsa amizade, irritada pela grosseria: — Não precisa ter ciúmes, meu interesse no Mark é estritamente profissional.
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  Darak olhou-a com raiva e respirou fundo, encarou o outro vampiro de esguelha como se o avisasse que perderia a paciência e Mark lhe pediu que a ignorasse, e depois trocou olhares com , divertido.  Já que não havia opções, ela sentou-se à cadeira da mesa, e folheou dez livros sem ter nenhum sucesso. Até que em um dos livros, que mais parecia um diário, encontrou algo. Ao vê-lo, ela se recordou do livro de Taekhi, porque a figura era muito parecida, porém, enquanto no livro do indígena ela avistara o selo utilizado por Malaika, no “diário” de Mark, o mesmo selo vinha acompanhado de uma espécie de “contrasselo”. A mesma figura, com alguns elementos diferentes, e espelho da outra. Na página seguinte, algumas palavras ininteligíveis para ela e o esboço de uma mulher. Muito parecida com a mulher de seu sonho.
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   estava um tanto quanto confusa, e ao decidir fingir que não havia encontrado nada, Mark foi mais rápido em notar a reação dela. Ela desejava descobrir aquilo antes dele, mas Darak e ele apareceram cada um ao lado da mulher. Mark retirou o livro de sua mão, sorrindo falsamente, e o leu. Depois o entregou a Darak, que leu e confirmou, risonho, alguma coisa em um aceno de cabeça para Mark.  Os dois deram as costas para ela e então, curiosa, ela perguntou-lhes:
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  — Ei! Qual é? O que está escrito aí?
  — Não é da sua conta — respondeu Darak.
  — , você encontrou o que eu procurava — Mark interrompeu os xingamentos que ela estava prestes a dizer ao outro.
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  — O quê? Assim? Vim de tão longe para vasculhar a sua biblioteca? Não poderia fazer isto sozinho?
  — Sinceramente? Não. Por que acha que ele quis trazê-la? Embora eu tenha dito que eu daria conta de encontrar sozinho.
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  — Darak… Só para que você saiba: eu não suporto você. Então estamos quites. Não fala comigo e eu não falo com você.
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  — Vocês dois parecem duas crianças — rosnou Mark e em seguida ordenou: — Darak, por favor, dê o próximo passo.
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  Ele saiu, deixando-a novamente a sós com Mark sem falar nada.
  — Mark? Qual é? Vai ficar de segredinhos?
  — Você é tão desesperada.
  Ele voltou a aproximar-se dela. Puxou a cadeira em que ela estava sentada, dando espaço para que ele passasse e se recostasse na mesa à sua frente. Apoiou os pés nos braços da cadeira e os seus braços sobre os próprios joelhos fazendo com que, assim, estivesse presa entre a cadeira e ele. E de novo, ambos muito próximos.
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  — Estou desconfortável — afirmou ela, encarando a posição invasiva dele.
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  — Eu sei.
  Ele sorriu irônico, e ela suspirou pesarosa.
  — Vamos lá: qual o próximo passo?
  — Vai saber quando eu quiser que saiba.
  — Vai tentar extrair o espírito da Deusa de mim, não é?
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  — O que a faz pensar isso?
  — Sem boomerang de perguntas, Killiam.
  — Não me chame assim. E eu já disse que saberá dos meus planos quando eu quiser.
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  — Mas se extrair, o espírito precisará de outro receptor. Ou acha que vai libertar Rhikan e conseguir domá-la facilmente? Não se esqueça que a sua morte faz parte do processo de libertação.
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  — Não adianta tentar arrancar informações de mim com esse seu pingue-pongue, .
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  — Darak será seu novo receptor, não é?
  — Calada! — Mark começou a se estressar com a esperteza dela. Aquilo não era algo que ele gostaria que ela descobrisse naquele momento.
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  — E se vocês não conseguirem, Mark? Se despertá-la, você conhece os riscos, como escapará?
  Ele irritou-se e pressionou o pescoço da mulher com certa força. No entanto, não desviou de seus olhos em momento algum. Pelo contrário, continuou o encarando e sentia tanta fúria que seu desejo de o matar tornava-se forte a cada instante. Sua cicatriz começou a queimar e seus olhos ardiam também. Então, Mark, ainda a estrangulando, foi perdendo as forças sem soltá-la e seu olhar se tornou mais opaco e vazio. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas, pouco a pouco, o vampiro pareceu ficar mais “desfalecido” e então, como se reunisse as poucas forças em si, ele atirou-se sobre ela. A cadeira em que estava deslizou batendo à parede com a ação de Mark.
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   assustou-se ao sentir os lábios dele nos seus. E as mãos que antes estavam em seu pescoço migraram para sua nuca. Mark tentava invadir sua boca com a própria língua e então, o empurrou chocada. Mark entendeu que era para se afastar, e calmamente, saiu de perto dela. Ao mesmo tempo em que a olhava furioso, ofegante, ele também se mostrou aliviado.
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  — O que você pensa que está fazendo? — gritou contra ele.
  — Quem é você para tentar me matar? — Mark rebateu mais do que furioso com ela.
  Gritou para a mulher e de novo se aproximou ameaçador. Apontava o dedo à face de , segurando a cadeira com a mão livre. Ela ainda não entendia o que ele dizia e foi ali que ele notou.
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  — Você não sabe o que fez? — perguntou ele, e ela, calada, negou. — Ótimo! Você se torna uma bomba atômica a cada instante e não percebe nada que acontece com o seu corpo!
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  — Eu… Estava mesmo o deixando fraco?
  — Fui obrigado a beijar você! Uma sensação anula outra, e esta é a sua fraqueza. Não pode dominar todos os sentimentos ao mesmo tempo!
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  — Eu… Posso sugar você, até a morte?
  — Acho melhor você ir para o seu quarto até que Darak volte — mencionou Mark raivoso e saiu deixando-a só.
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  , apesar de surpresa, aproveitou o tempo na biblioteca para fazer as pesquisas que queria. Certamente, à noite, com eles ali, não seria tão fácil espionar. Vasculhou todos os livros que podia e por mais que não entendesse muita coisa, ela sentiu que algumas das páginas podiam ser importantes e então as fotografou. Entre algumas delas, encontrou uma imagem das sementes que Malaika lhe entregara. Ela as havia levado consigo no bolso da jaqueta. Quase esqueceu-se daquilo! tentou ler aquele idioma estranho, mas não conseguiu. Estava concentrada, quando Darak surgiu na entrada da biblioteca como um sopro.
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  — Que susto! — gritou ela.
  — Onde está o Mark?
  — Eu não sei.
  — Saia daqui. Não deve ficar sozinha diante dos livros dele.
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  — Por quê?
  — Saia daqui! — o vampiro gritou com ela, em tom de ameaça.
  Ela não queria, mas, por mais raiva que sentisse dele, era melhor se afastar. subiu ao quarto e não viu nenhum dos dois novamente. Enquanto estava trancada no cômodo, ela buscou por sinal de telefone. Não tivera muito sucesso, porém, mesmo assim enviou uma mensagem a Seth. Pediu que pesquisasse tudo o que ele pudesse sobre as fotografias das páginas que ela lhe mandava. Na hora que o sinal de telefone voltasse, Seth receberia a mensagem. Não suportando ficar trancafiada entre aquelas cortinas azuis, ela saiu de seu quarto, e, sorrateiramente, desceu as escadas. Espionar os dois vampiros poderia ser uma burrice, mas a mulher estava curiosa para saber o que eles fariam. Quando chegou ao topo da escadaria do saguão, ela ouviu a porta da biblioteca fechando.
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  — Droga, eles sabem que estou aqui, óbvio! — sussurrou para si.
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  Caminhou até a cozinha e bebeu água. Não podia escutá-los e nem se aproximar, pois saberiam, e não poderia pensar muito sobre o assunto porque Mark também descobriria. Então, decidiu voltar ao quarto. No caminho, ao lado da escadaria do saguão, havia um móvel, como um aparador com gavetas, e ali ela avistou o diário que eles tomaram de suas mãos. o pegou, e o folheou de novo, rapidamente. Fotografou mais páginas e em uma viu um desenho de uma planta que parecia ser a mesma semente avistada há pouco no livro, ou seja, as sementes que Malaika lhe dera. Ao lado do desenho haviam escrituras no mesmo idioma que ela não sabia, porém, no desenho setas levavam para uma lua e um sol riscados com um “x”. Certamente Darak deixara o livro ali por saber que ela não entenderia a linguagem. E embora não entendesse, realmente, a mulher gravou aquela informação.
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  Subiu rapidamente ao quarto e deitou-se na cama. Passaram-se dez minutos e Darak surgiu batendo à porta, a qual ela atendeu ansiosa. Ele avisou para que ela se arrumasse para partirem. O coração de acelerava de ansiedade. Ela pegou a sua jaqueta e a vestiu, guardou suas poucas roupas na bagagem e continuou com a roupa de frio que já vestia, em seguida desceu com a mala em mãos. Mark dissera que não era necessário reunir suas bagagens, pois eles apenas dariam um passeio. Mesmo assim, carregou suas coisas para onde quer que eles fossem. Os vampiros guiaram a mulher para fora do castelo e entraram em um carro que Darak dirigia. Mark foi atrás sentado junto a ela e nenhum dos dois disse nada o caminho inteiro.
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  Chegaram em um local totalmente ermo e começou a temer por sua vida. Adentraram em uma mata densa, fria e escura, apesar do horário matutino e Darak entrou em uma caverna. o seguia com Mark atrás dela quase a forçando a andar. Ao chegar ali, havia um lobo morto sobre uma pedra. O coração dela dilacerou e quis vomitar. Aproximou-se correndo do animal, e ao notar que não era nenhum dos quileutes, pois era um lobo de tamanho normal, ela ficou mais calma, entretanto, triste da mesma forma por ser um animal inocente. sentiu ódio dos dois vampiros e os encarou ameaçadora enquanto ambos a olhavam com escárnio. Logo, Mark tirou-a de perto do cadáver jogando-a para trás. Na frente de ele se aproximou do bicho e bebeu o sangue dele. Ela se sentiu ainda mais enojada pela cena, quis fugir. Darak segurou o braço dela a forçando a ficar ali, e fechou os olhos, não admitiria assistir àquela cena.
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  Quando Mark acabou, Darak sujou as mãos com o sangue que escorria através do pelo do pobre animal e Mark tirou a camisa. Darak fazia inscrições no peito de Mark. olhou para trás e pensou em correr, mas eles a alcançariam e poderia ser bem pior. Ao mesmo tempo que ela queria correr, também queria ficar e matar sua curiosidade. Depois que Darak terminou de inscrever aquelas figuras sobre o corpo de Killiam, ele se virou para o lobo morto.
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   lhe perguntou o que ele estava fazendo, mas não obteve respostas. Enquanto os dois vampiros estavam concentrados no ritual, ela se recordou das sementes em seu bolso. Por mais que soubesse que eram veneno, soube que haveria um motivo para Malaika entregá-las e se, por acaso, ela morresse ali, ao menos teria os impedido de realizar o que quer que fosse. Com lágrimas nos olhos, por imaginar que não veria seus amigos de novo, pegou as sementes no bolso da sua jaqueta, mastigou-as e as engoliu. Acreditava que o efeito viria logo.  Darak e Mark não perceberam, e o primeiro se aproximou dela com um cálice de sangue do animal. Ele ordenou que ela tirasse a blusa. A mulher negou e então Mark se aproximou calmo e disse:
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  — Não vamos lhe fazer nenhum mal, pelo contrário, lhe faremos um favor. Tire.
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   negou novamente e Mark, impaciente, atirou-se sobre ela, retirando sua jaqueta e puxando seu suéter de modo brusco. sentiu-se invadida e, principalmente, ameaçada ao ver o sorriso satisfeito e irônico no rosto de Mark ao encarar o sutiã dela. Darak se aproximou o mandando segurá-la e enquanto Mark a imobilizava, Darak despejava à força em sua boca o sangue do animal. Por mais que o cuspisse, não impediu alguns goles daquele líquido viscoso e tão ruim de passar por sua garganta. A mulher chorou de ódio, de tristeza, e como não dizer também, de medo. Darak fez umas inscrições no corpo dela e as reconheceu. O selo inverso escrito no livro. Depois, Mark segurou-a de frente para ele, e então Darak proferiu palavras estranhas na direção dos dois. Eles executavam algum tipo de ritual que sabia para que servia: libertar Rikhan.
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  Enquanto Darak falava, não entendia por que o veneno não fazia efeito. E Mark sorria alegre falando para ela:
  — Me agradeça depois por te livrar desta maldição. Você é bem inteligente, , nós vamos tirar isso de dentro de você, sem precisar que eu morra.
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  Quanto mais Darak falava, mais enjoada ela ficava, e zonza. Sua cicatriz queimava muito, e seus olhos ardiam também. Novamente, sentiu os braços de Mark se enfraquecerem enquanto ele a segurava. Ela suava muito e Mark lutava para soltar-se dela. Notou algo errado então a mordeu no braço, e ela, relutante, sentiu as suas presas adentrarem a sua pele e a região queimar tanto quanto a cicatriz. Foi através daquela mordida que Mark, novamente, se salvou de . Darak continuava falando e se aproximou dele, embora estivesse fraca. O vampiro não entendia por que Mark a soltou e também não parava de falar as palavras descritas no livro. Por causa daquilo, ele não pôde ouvir seu amigo desmaiando no chão a dizer-lhe: “afaste-se dela”.
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   tocou o braço de Darak e com um ânimo maior do que qualquer outra vez, observou o vampiro sendo sugado por ela. Ela se sentiu ainda mais forte enquanto ele secava. Seu corpo tremia ainda mais, assim como queimava, e ela suava, ficava zonza e cada vez mais enjoada. Quando o corpo de Darak, seco como uma múmia, caiu ao chão, retrocedeu alguns passos e caiu de joelhos. Vomitou um líquido branco, espumoso e ácido. Era o veneno, ela havia conseguido. Se livrou de Darak e do perigo que aquele ritual poderia oferecer e ainda estava viva. Sentou-se ao chão recuperando as suas forças e olhou o corpo de Mark estendido no chão. Ele ainda estava vivo, embora fraco. rastejou até o cadáver de Darak e procurou a chave do carro nos bolsos do paletó dele. Ela também pegou o diário que continha o ritual, depois se vestiu e encarou a chave em suas mãos, pensando se deixaria Mark ali ou não. Infelizmente, ela ainda precisaria dele, e diante daquele momento em que sabia o que ela era capaz de fazer, Killiam Mark estava em suas mãos. Seria matar ou morrer.
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  Por mais que ela estivesse certa em tentar manipular Mark, decidiu não ficar ali para aguardá-lo despertar. Com as chaves em mãos, saiu daquela caverna o mais rápido que pôde. Estava exausta, mas graças à Darak, ela se sentia forte. correu pela mata tentando lembrar o caminho feito antes, e encontrou uma trilha que decidiu seguir. Por sorte achou o carro. Entrou dentro dele, sua mala e sua bolsa estavam no banco de trás. Colocou o diário dentro dela e deu partida. Não tivera certeza se o caminho que fazia seria o correto, mas arriscou fazendo um retorno oposto à direção em que o automóvel estava estacionado. Dirigiu cerca de trinta minutos e uma placa descrevia a entrada para uma cidade.
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   chegou até uma cidade pequena, mas moderna. Estacionou o carro em frente a uma lanchonete e pegou sua bolsa. Quando entrou no lugar que não estava cheio, os funcionários a olharam com expressões assustadas. os cumprimentou em um aceno de cabeça e foi ao banheiro. A faxineira lá dentro já estava de saída quando elas se esbarraram e a mais velha a encarou assustada. foi até a pia e pelo espelho viu o que os assustava: ela estava despenteada, um pouco suja de poeira, e em seu rosto havia vestígios do sangue que escorrera. se limpou, tentou se ajeitar e decidiu não passar tanto tempo ali naquele estabelecimento. Antes ainda de partir ela aproveitou a civilidade para telefonar a Seth.
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  — Seth! Seth! Consegue me ouvir?
  ! Graças aos céus! Estou muito aflito por você, você precisa voltar imediatamente!
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  — O que houve? Esquece! Eu preciso ser rápida. Caí em uma armadilha do Mark, mas, estou bem e consegui fugir. Buscarei uma forma de voltar para casa.
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  — Eu irei até aí, se você puder me encontre no aeroporto da capital. Sairei o quanto antes daqui para chegar a tempo.
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Capítulo Trinta e Dois
O Caos do Lar

  — Seth! Escuta! Eu estou em uma estrada qualquer, de uma cidade pequena na Bélgica. Mark está desacordado, e eu o abandonei na mata. Darak está morto. Eu peguei o carro dele e fugi. Preciso que me envie imediatamente o caminho até o aeroporto mais próximo, de acordo com a localização que irei enviar!
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  — Certo, me envie. Vou te encontrar em Washington!
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  — Preciso desligar agora, Seth, até mais!
   desligou a chamada, enviou a sua localização a Seth e saiu daquele banheiro, partindo imediatamente para dentro do carro. Aguardaria a resposta de Seth ali, por medo de não ter sinal para onde quer que ela fosse. Repassou em sua mente se as suas coisas estavam naquele carro, e alegrou-se por ter colocado tudo ali. E mais ainda, por ter pegado o diário. Em alguns minutos, a resposta de Seth, ainda que mais atrasada que o habitual, chegou ao seu celular. E assim, ela decidiu partir diretamente para o aeroporto. Mark não era tolo, e embora conseguisse o atrasar, não confiava em tê-lo afastado por muito tempo. Então, ele que conhecia melhor aquele lugar do que ela, facilmente chegaria ao seu alcance. No caminho, se mantinha atenta à estrada e dirigia no máximo de velocidade que podia.
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  Depois de quatro horas dirigindo, o tanque do carro denunciou a reserva. pegou sua bolsa no banco ao lado e tateou sua carteira lá dentro. Depois que a alcançou, com auxílio da sua boca, para não diminuir a velocidade e nem soltar o volante, ela a abriu encontrando seu cartão de crédito. Encontrou um posto de gasolina, e abasteceu o carro. O fato de ser um “autoabastecimento” a deixou receosa, pois o cenário era deserto e perigoso. Após encher o tanque até a quantia referida, ela passou o cartão na máquina. O dinheiro que estava em sua bolsa continuou ali, intacto. Mais uma hora e meia de estrada e ela chegou à capital próxima, onde imediatamente abandonou o carro numa rua qualquer e, pegando suas coisas, foi atrás de um táxi. Assim que o motorista parou, lhe pediu que a levasse ao aeroporto com dificuldade porque o homem não falava inglês tão bem, mas ele a compreendeu. Ela lhe entregou alguns dólares, de maneira tão apressada que não soube a quantia correta, mas, a julgar pela feição satisfeita do homem o prejuízo teria sido dela.
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  Ela desceu correndo em direção à entrada do lugar e procurou atenta e eufórica o guichê da companhia aérea necessária, e enquanto esteve na fila, procurou seus documentos. Mas, não encontrou seu passaporte. Onde estava? Não seria possível que ela deixara o passaporte em Forks! olhava para todos os lados, como se soubesse da presença de Mark. Revirou a bolsa com ainda mais pressa, e as pessoas começavam a notar seus atos. Logo chegou a sua vez no guichê, e a senhorita que a atendeu olhava para ela, curiosa e preocupada. Perguntou três vezes à se havia algo errado. Na terceira, respondeu que não achava seu documento. “Lamento, senhorita, sem o passaporte não será possível embarcar” ela falou em um inglês não natural. compreendeu e assentiu, estressada, afinal, ela pensava que ela não sabia daquilo? Resmungou odiosa e quando pensava estar tudo perdido, ela encontrou o que procurava. Com força desmedida, bateu no balcão do guichê com os documentos sob sua palma. Se fosse ela a atendente, teria chamado a segurança por causa das atitudes tão suspeitas.
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  — Uma passagem para Washington, EUA. O próximo voo, mais rápido possível. É uma emergência familiar! — justificou , mentindo a fim de não causar mais suspeitas.
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  — O voo sairá em dez minutos, a senhorita terá de se apressar para o embarque.
  — Então seja rápida! — respondeu grosseiramente e estendeu para ela o dinheiro da passagem. A atendente pôs-se nervosamente a cumprir seu dever.
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  A quileute puxou o bolo de papéis em suas mãos e correu em direção ao embarque. Havia três pessoas na fila, e o local era um pouco afastado, pegou sua mala pequena de mão pela alça e correu o mais rápido que pôde. Alcançou a fila e quando respirou mais calma, ela olhou para trás e o avistou. Mark andava em sua direção com expressão raivosa e passos ágeis. A funcionário do embarque pegou os papéis das mãos de e mais uma vez, ela pediu pressa por urgência familiar. Ela, menos paciente do que a outra, olhou descontente para e continuou lentamente o seu dever. Mark estava a quinze passos, dez, oito, cinco passos…
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  — Aqui está, senhora, tenha uma boa viagem.
  Quando ouviu a voz da atendente e ela liberou a catraca, passou como se escapasse da foice da morte pela segunda vez naquele dia. O longo e iluminado corredor até o local de embarque também lhe parecia mais longo que o normal. Dentro de poucos minutos ela estava no avião, enviando a última mensagem a Seth antes de decolar. E quando a aeronave levantou voo, finalmente a mulher pôde respirar aliviada. Observava à sua volta, ainda paranoica e com medo, mas, felizmente, Mark não estava ali. Por pouco tempo, já que ela sabia que em Forks a realidade seria outra.
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  Horas de voo, e o avião pousava. Embora estivesse aliviada enquanto vinha embora, naquele momento, sentia calafrios em imaginar a hipótese de Mark com seu jatinho ter conseguido alcançá-la e estar ali, na plataforma de desembarque à sua espera. Qual não foi o seu desesperador alívio em ver a figura de Seth! correu até ele, o abraçando forte e foi impossível não chorar. Ele a abraçava e tateava pelos braços dela investigando cicatrizes ou qualquer sinal de maldade que haviam feito. Os dois saíram dali imediatamente. Embora paradoxal, ela se sentiria apenas totalmente segura ao chegar em casa. No mesmo lugar onde o seu assassino também estaria. Seth puxou-a em direção ao estacionamento, e com o Munstang levou-a o mais rápido possível de volta. No caminho, explicou-lhe tudo o que havia ocorrido e o silêncio dele a deixava ainda mais nervosa.
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  — Eu te contei tantos absurdos e você não reage, Seth?
  — Eu sabia que você não deveria ir!
  — Você estava certo, mas eu precisei ir! E nada adiantará reclamar agora!
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  — Ele vai te encontrar, . E não será nada, nada fácil!
  — Eu sei! — declarou ela assustada e suspirou ao perguntar: — E como estão as coisas na reserva?
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  — Nada bem para você. Bruh descobriu tudo. Não sei como! Jacob já voltou e ela contou tudo para ele. Eu saí escondido da reserva para te encontrar aqui assim que os vi conversando.
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  — Eu vou matar aquela estúpida!
  — Não, não vai. Você vai lidar com as suas consequências. E depois, de nada adiantaria agora… Tentei ao máximo contê-la.
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  Os dois chegaram à reserva e todos estavam parados na varanda de Sue. Discutiam algo, com exceção de Billy que estava parado e sério em sua varanda. Ele os viu chegando e gritou:
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  — Ali está ele! — Indicando Seth.
  Pela primeira vez, viu Seth agir com força, ao invés de abaixar a cabeça, constrangido por seu erro. Ele estufou o peito, respirou fundo puxando a mala de e disse à amiga:
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  — Prepare-se.
  Como em um relâmpago, as vistas de escureceram à medida que ela avistava lentamente todas aquelas pessoas virem em sua direção. Seus olhos ardiam, e de repente todos pararam a olhando assustados. Malaika surgiu no meio da mata, e ao lado dela estava Jacob. pôde ver tudo muito devagar e em poucos segundos, como se ela estivesse vivendo o tempo rápido demais, mas as coisas acontecendo em câmera lenta. Sua cicatriz também queimava, sua pele esfriava, e o suor lhe escorria frio. Seth, também devagar, olhou para trás e gritou o nome dela. Tudo acontecia muito lento. Ela se sentiu fraca e antes que f
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osse ao chão, os braços fortes de Jacob a seguraram. não enxergava nada.
  — ! ! — Imóvel ela apenas ouvia gritarem.
  Abriu os olhos e as imagens iam voltando aos poucos. Todos a olhavam espantados, e Malaika segurava uma de suas mãos com um semblante preocupado. Ela sorriu para a jovem assim que a encarou. Ela respirou profundamente e se levantou rápida. Como se nada tivesse acontecido. Todos continuavam encarando-a curiosos. Mas o pior olhar era o de Jacob: havia decepção ali.
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  — Sei que preocupei a todos. E causei problemas, mas preciso descansar, comer e contar muitas coisas a vocês.
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  Ela disse, não suportando aquela pressão no rosto de todos. Encarou Jacob e abaixou o olhar, preocupada e envergonhada com ele, logo, lhes deu as costas saindo rumo à própria cabana. Seth chamou-a, mas ela apenas acenou informando a ele que depois se falariam. achou que se livraria das perguntas por ora, mas assim que adentrou a sua cabana e jogou a bolsa no sofá seguindo para a cozinha, Jacob surgiu, batendo a porta da sala. Ela olhou na direção dele, assustada pelo barulho estrondoso.
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  — Você não vai ao menos falar com o seu namorado? — perguntou ele irônico e com raiva.
  — Sei que quer discutir, então achei melhor deixar para depois.
  — Você está péssima — atestou Jacob, caminhando até ela e a olhando de cima a baixo.
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  — Eu sei — respondeu, largando o copo de água que bebera na pia.
  Ela não tivera tempo de encarar Jacob, imediatamente as mãos dele a puxaram para si. Estavam os dois com os corpos colados e encarando o olhar um do outro. O dele, com ódio. O dela, com saudades.
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  — Senti sua falta — disse .
  — Não foi o que pareceu — respondeu Black e atacou a boca da namorada em um beijo quente e brusco.
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  Ele puxava os cabelos dela com tanta força que temeu por sair do beijo sem os fios. Uma das suas mãos adentrou a camisa de e rapidamente ele puxou-a, observando o corpo manchado de sangue, com as inscrições estranhas. Black sabia que ela havia corrido perigo e olhou para ela com mais raiva do que curiosidade. Em imaginar quem havia feito aquilo com ela, Jacob começou a se descontrolar, mas aprendeu que era importante substituir sentimentos. A luxúria falava tão alto quanto a ira e a maneira que encontrou de não passar por uma crise metamórfica foi agarrar a namorada como ele desejava desde que soube do que ela havia feito. Ele apertou ao seio de , enquanto ainda a beijava e tirou seu sutiã com facilidade. Seus lábios se direcionaram ao pescoço dela e suas mãos a ergueram para seu colo. agarrou-se em seus braços, mordeu o ombro dele enquanto ele beijava seu pescoço. A mulher cruzou suas pernas na cintura dele e ele subiu as escadas até o quarto, carregando-a.
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  Já lá em cima, Jacob a colocou deitada na própria cama e continuou os carinhos e afagos, selvagens, como só Jacob sabia ser. Ele pegou nas mãos dela e ergueu seus braços sobre a cabeça da mulher, e voltou a encará-la. lhe sorriu, em uma expressão promíscua e então ele a beijou sem sorrir para ela. Jacob estava com ciúme e raiva da namorada, mas não poderia resistir ao quanto a desejava e amava. Ele passeou as mãos de um jeito delicado pela lateral do tronco de e antes de continuar, encarou ao corpo dela novamente. E o punho mordido por Mark não passou despercebido. Ele ergueu o próprio corpo, pegou a mão dela e, olhando a ferida, perguntou com ainda mais ódio no olhar:
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  — O que é isso?
  — Não foi nada.
  — Eu sei exatamente o que é isto, !
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  — Foi só…
  — QUEM FOI? — interrompeu ele, gritando rude como ela nunca tinha visto.
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  — Mark.
  Jacob levantou-se da cama irado e deu as costas à , ofegante.
  — Temos todo o cuidado de não deixar você se ferir…
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  — Jacob…
  — EU tenho todo o cuidado de não ferir você… — O tom de voz dele aumentava.
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  — Jacob…
  — Para você fazer isso, ?! Deixar que um vampiro te morda e toque no seu corpo fazendo… Sabe-se lá o quê com você!
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   o encarou gritando e se calou.
  — Você viajou com um…
  — Não é como se eu tivesse escolhido a eles. Não sou a Isabella Swan, e nunca mais ouse imaginar que eu faria a mesma escolha que ela ao te abandonar — respondeu para ele, calma e tão dura quanto ele.
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  — Não estou te comparando, o que sinto é muito pior do que a decepção por Bella!
  — Conversamos lá embaixo, Black. Eu preciso tomar um banho.
  Black saiu batendo a porta do quarto dela, e foi fazer a única coisa que não poderiam fazer por ela: tomar um longo e delicioso banho. Retirar os vestígios de Mark, e as provas visíveis do seu erro em seu corpo.
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  Quando ela desceu pensativa e com medo pela conversa que teria com Jake, ele estava na cozinha. Cozinhava para ela e aquilo não a aliviou como deveria. Soava como dar um abraço antes de apunhalar as costas de alguém. Ao mesmo tempo, sentia ódio de si por ter-lhe feito aquilo. Mas que outras opções ela teria?
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  — Coma primeiro — Jacob lhe disse sério ao notar sua presença recém-chegada.
  — Não. Eu não sei se terei indigestão com a conversa, melhor esclarecermos tudo logo.
  — Coma! E vomite depois se precisar, mas, antes, coma! Ou Mark tratou você bem o suficiente para lhe servir um jantar?
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  O ciúme nítido na voz dele a fez sorrir e Jacob ficou ainda mais bravo.
  — Você está toda errada e ainda tem a coragem de debochar desse jeito?
  — Jake, não estou debochando. Desculpe, é só que… É bom saber que você sentiu ciúme…
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  — Foi por isso que foi com ele? Para colocar nossa relação num fio frágil sob uma navalha? — Ele não sorriu e com aquela frase, temeu pelo fim de seu namoro.
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  — Vamos conversar, Black…
  — Coma — disse ele e sentou-se à mesa da cozinha de frente para ela.
   apenas o obedeceu. Não estava em cargo de exigir nada. E assim que terminou de comer em silêncio com Jacob a encarando sem a menor expressão, ele pôs-se a falar antes mesmo que ela pusesse o prato à pia.
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  — Comece.
  — Não tive alternativas, Jacob. Ou eu ficava aqui sem descobrir as respostas, ou eu acompanhava Mark. E eu não preciso de ninguém me julgando. As consequências são minhas e só minhas.
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  — Só suas? Toda a reserva pode estar envolvida nisto!
  — Eu sei. Tem razão. E por isso que, enquanto eu tomava banho, eu pensei que… Vou precisar ir embora.
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  — Ir embora? — falou ele como se concluísse o que estava pensando: — Não vai ao menos disfarçar?
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  — Eu não estou fugindo com o Mark, Jacob! Eu estou fugindo dele.
  — Fugindo dele? Agora? Depois de uma viagem romântica? Parece que ele realmente caprichou nas marcas, não é? — Black acusou bravo, apontando o punho dela com os olhos.
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  — Larga a mão de ser babaca! Eu não te traí com ele. Eu errei em aceitar acompanhá-lo para um lugar desconhecido sim, mas também acertei. Mesmo quase tendo morrido!
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  — É difícil acreditar, … — Ele abaixou a cabeça, triste e insatisfeito.
  — Ótimo, porque também é difícil acreditar que as palavras de uma estúpida pré-adolescente sejam mais confiáveis pra você do que as minhas!
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  — O que a Bruh tem a ver? Só porque ela descobriu a sua mentira e contou para todo mundo?
  — Não. Não é por isso, porque a verdade, Jacob, é que eu não devo satisfações da minha vida para ninguém aqui. Faço isso porque considero a todos e compartilho minha vida com todos, e não porque tenho alguma obrigação disso. A Bruh tem a ver quando, por causa dela, você não confia no que eu estou dizendo.
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  — Não venha se vitimar. Assuma o que você fez!
  — Eu assumi! — gritou ela. — Mas você não acredita, não é?
  Ele ficou em silêncio, com o semblante fechado.
  — Você confia em mim, Jacob Black?
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  — Eu não sei.
  — Ótimo. Obrigada por responder — falou ultrajada e já chorando por ele pensar que ela o havia traído.
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  Deu as costas a ele e se direcionou para fora da cabana. E antes de sair ela virou-se em sua direção. Jacob seguia lento atrás dela e com a mão na maçaneta da porta, lhe disse:
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  — Só gostaria de lembrá-lo que eu confiei em estranhos, confiei nas suas mentiras e em tudo o que vocês me escondiam até o momento que vocês achavam que eu deveria saber de tudo. Vocês podem mandar uns nos outros, mas não em mim e nas minhas ações. Não pense que manda, porque esperar as suas verdades e o seu tempo, foi uma escolha.
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  Ela bateu a porta e saiu. Já na parte de fora da reserva, todos prestaram atenção nela quando se aproximou.
  — Eu sei que estão todos chateados. Confesso que isso me entristece, mas me chateia mais saber que estão irritados com o Seth por ter me ajudado. E peço que não o julguem. Ele fez o que qualquer amigo de verdade faria. E eu teria feito o mesmo por ele — falou aquilo e sentiu Jacob segurando sua mão atrás dela. Ela olhou para ele ainda magoada com a conversa que acabavam de ter tido.
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  — — ele pronunciou seu nome como se pedisse para ela não falar.
  Mani soltou a mão dele, o ignorando e olhando para todos, voltou ao seu discurso:
  — Eu sei que todos aqui estiveram preocupados comigo e com o que eu fiz. E, instantes atrás, após conversar com o Jacob, eu percebi que não precisava ter mentido para ninguém. Eu não estava fazendo nada errado. Eu não precisava ter mentido ou escondido o que eu fui fazer. Mas, eu sabia que haveria uma retaliação por parte de vocês. Vocês tentariam me impedir! Mas saibam que eu jamais revelaria os segredos, quaisquer que fossem, sobre os quileutes. E, por isso, eu gostaria de pedir desculpas, primeiramente por ter mentido e os decepcionado, e também por preocupar vocês. Em momento algum nesta minha viagem os quileutes foram assunto, eu não faria nada que pudesse os prejudicar. Não ofereci nenhum risco, pelo menos, diretamente a vocês. A única a correr riscos fui eu. Eu fui atrás das respostas sobre mim, que são direitos meus. O que me remete a…
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  — — Billy a interrompeu. — Em momento algum nós nos sentimos ameaçados pelo que você fez, e nem desconfiamos de você. Apenas nos preocupamos por sua escolha, pois não é a primeira vez que vemos uma jovem escolher…
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  — Billy!
  Antes que Billy falasse, o interrompeu incisiva. Ele estava com raiva, dava para perceber.
  — Eu não sou Isabella Swan! Eu não sou a filha do delegado Swan. Eu não sou a garota que se casou com um vampiro, viveu e escolheu os vampiros e bagunçou a vida de muita gente nesta cidade. Não me comparem! Eu fui amiga da Bella há muitos, muitos anos, mas sempre que lembro que ela escolheu a vida que tem, eu não consigo compreender. Não sei se ela se tornou uma má pessoa ou não, mas não acho que poderíamos ser amigas. Porque assim como ela escolheu os vampiros, eu também escolhi seres sobrenaturais. Eu escolhi vocês, e não que esteja comparando-os com os vampiros porque não há comparação, mas… Eu também fugi à regra! Principalmente, eu sou algo sobrenatural também. Então não venham falar das minhas escolhas. Porque se um dia disserem que eu escolhi algo errado, não foi a viagem com Mark e Darak, mas sim me intrometer ainda mais nesse mundo de homens e lobos.
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  Todos olhavam assustados para ela e Billy respirou fundo, olhando para Jacob.
  — E eu sei, Billy, que você está decepcionado por seu filho, mas eu nunca tive a intenção de magoar Jacob ou qualquer um de vocês. Eu só fui atrás das minhas respostas. E lembro-lhes que eu esperei pelo tempo de vocês e pelas respostas de vocês o quanto quiseram. E só vocês tinham o poder de me afastar de me envolver nisso tudo! Tinham as respostas para me dar a chance de escolher me afastar, mas fizeram segredo até chegar ao ponto de “eu saber toda a verdade”. Entretanto, eu já estava envolvida demais para me afastar. E por isso chegamos até aqui. E como eu ia dizendo…
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  Jacob novamente segurou em sua mão e de maneira apertada a puxou até ele. não teve reação, ele a abraçou e afagou seus cabelos em seu abraço. Enxugou suas lágrimas e sussurrou para ela:
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  — Pare…
   negou com a cabeça e se afastou, voltando a falar para todos que prestavam atenção nela:
  — Como eu dizia… Eu vou deixar claro aqui, que… Vocês não mandam em mim. Eu não sou uma loba que deve seguir a um alfa ou às ordens dos anciãos da matilha. Eu não tenho obrigação alguma com isso. Tudo se trata de escolhas. Eu escolhi o tempo de vocês. Os segredos de vocês. Os costumes. Os hábitos e a vida ao lado de vocês. Então respeitem as minhas escolhas, principalmente quando elas não tiverem a menor ligação com o que vocês acham certo ou não. Não pensem que está sendo fácil dizer tudo isto. Mas eu acho que devemos esclarecer tudo antes de… — parou de falar e começou a chorar. Estava vindo de um nível tão alto de exaustão depois de tudo que tinha passado que aquilo ali era ainda mais doloroso. — Eu tenho algumas coisas a contar… A primeira é que… eu vou precisar partir da reserva.
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  O burburinho começou imediatamente. Jacob negou e todos os outros reclamavam e falavam ao mesmo tempo também.
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  — Por favor, escutem! Eu matei Darak. E Mark, infelizmente ficou vivo. Ele vai vir atrás de mim. E muitos outros. Eu descobri coisas. Muitas coisas sérias e eu não posso ficar aqui…
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  Jacob a puxou ainda mais brusco que da outra vez, e segurou seus ombros encarando-a firme, e então ela pôde ver que ele chorava.
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  — Nunca diga que vai se afastar de mim, está entendendo, ? Eu não aceito te perder, principalmente porque eu sei que não é o que você quer. Ou é? Você quer me deixar? — perguntou ele mais baixo que no início.
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  — Não — ela o respondeu baixinho.
  — Ótimo. Porque nem eu e ninguém aqui deseja que você se vá. E só por isso ficamos tão chateados. Porque te proteger é o nosso dever. Então que venham quantos quiserem, eu não vou deixar tocarem em você como ele fez aqui. — Jacob ergueu o braço, ferido por Mark, que ninguém antes tinha notado. viu as expressões de preocupação e raiva no olhar da maioria. — Nós não vamos deixar nada te acontecer, nunca — Jacob encerrou a conversa e a beijou.
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  Quando se separaram, Sam começou a falar:
  — . Você é uma de nós também porque nós escolhemos que você fosse. Está certa quando diz que tudo é uma questão de escolhas e peço desculpas em nome de todos se agimos com você de maneira invasiva ou autoritária. Mas por te considerarmos uma quileute, agimos como tal. Preocupamos igualmente como irmãos de matilha e exigimos igualmente. Perdoe-nos por ter mentido e escondido informações importantes. Mas saiba que não desejamos que você vá embora, mas se essa for a sua vontade, nunca nos oporemos a ela.
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  — Ela não quer ir embora, Sam! — disse Jacob bravo, segurando as mãos dela.
  — Só estou esclarecendo que ela pode se quiser, Jake. Ela não é obrigada a nada.
  — Olha… — disse interrompendo aquilo tudo. — Eu sei que fui dura agora no meu posicionamento, e agi errado também por esconder da minha família o que acontecia, mas acho que já entendemos ambos os lados, não é? Eu peço desculpas pelas minhas duras palavras, e agradeço todo o carinho e preocupação, mas… — Olhou para a entrada da reserva, aflita. — Eu preciso contar o que houve…
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  — Não precisa ter medo, . Ele sabe que aqui dentro ele não pode entrar. Pelo menos não em minoria — Seth a acalmou parcialmente, sabendo da sua aflição.
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  Ela concordou e Sue pediu que todos entrassem à sua casa para falarem sobre o que ocorrera. Foram todos para lá, com ânimos mais calmos, e assim ela explicou tudo para eles. Cada descoberta sobre ela ser a criança de Rhikan. E depois contou sobre o diário, seus poderes e, por fim, o ritual. Todos estavam surpresos demais para assimilar a tudo, Malaika aproximou-se dela e abriu a mão com as sementes.
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  — Claro… — sorriu para ela e olhou para Sue a fim de que traduzisse a ela. — Muito obrigada, Malaika, você salvou a minha vida quando me deu as sementes. Elas impediram que eles conseguissem. — Em seguida ela sorriu e respondeu no idioma dela, que Sue também traduzia.
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  — É veneno. Mas é cura também. Veneno que anula veneno vira cura.
   entendeu tudo o que ela disse quando se recordou do ritual. Ela se envenenou com as ervas para se livrar do veneno posto no sangue daquele animal, na taça para ela beber. O mesmo veneno que Mark permitiu passar em sua corrente sanguínea ao lhe morder. O veneno dos vampiros.
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  — Agora que sabe tudo, até mais que nós… — Malaika continuou: — Mostre as inscrições. E cuidado, você está vulnerável. Eles não completaram o ritual, mas iniciaram. E isso…  — Malaika pegou o braço da garota apontando a ferida. — Isso já começou.
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  — Eu vou me tornar uma vampira?
  — Não — respondeu ela. — Pelo menos foi pouco aqui. Mas é o que eles querem, não é? Libertar Rhikan.
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  — Eu não vou deixar. Se eles tirarem ela de mim, não só eu morro como eles terão a arma que querem. — se aproximou dela segurando suas mãos. — Preciso ajudar os lobos, Malaika. Parar as transformações permanentes.
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  — Você não pode. É por sua causa que estão se libertando.
  — Então devo me afastar.
  Novamente todos reclamaram e negaram. Jacob a abraçava ainda mais forte, de modo possessivo. E Malaika se silenciou. Não negou que ela devesse ir, mas também não falou sobre ela ficar.
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  — Querida… — Sue lhe disse calma, como sempre. — Nós acharemos uma resposta sem que você tenha de partir. Já passou todo este tempo aqui. O que fará diferença agora?
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  Ela sorria confiante, mas os olhos de transmitiam dor e preocupação.
  — O tempo. Não temos tempo. Eu não terminei de contar tudo, então preciso que entendam que… É muito mais sério. Não sou a única a ser perseguida. Os Volturi se uniram aos Cullen para voltar e destruir o clã quileute.
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  Charlie abaixou a cabeça, tristonho, e Sue segurou firme em sua mão.
  — Foi ela, não foi? — disse Charlie chateado, com lágrimas nos olhos.
  — Creio que ela não é a mesma Bella. Não é mais a sua garotinha, Charlie. Ao mesmo tempo em que ficar é arriscado a vocês e a mim, partir também. Eles querem a mim para apreender o poder que tenho, domá-lo e usá-lo contra vocês e contra todos. Mas eu não sei exatamente como e quando. Mark, Darak e Valerie foram enviados para descobrir as fraquezas atuais de vocês a fim de que os Cullen retornassem com a ajuda dos Volturi e iniciassem a guerra que anos antes fora impedida. Mas dessa vez com vocês em desvantagem. Quando me descobriram… Por causa de Rhikan eles atrasaram a vingança. E Valerie foi enviada com novo propósito: matar-me e libertar a deusa para dominá-la.
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  Todos estavam bem surpresos com as descobertas. Sem muita opção de soluções, naquele momento, eles continuaram as suas vidas. estava exausta, precisava dormir, então se levantou e foi para a sua cabana. Seth veio logo atrás, em seguida Black.
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  — Ei, !
  — Seth! — Ela parou, se lembrando de agradecê-lo. Caminhou ao encontro dele, metros antes de chegar em sua cabana e o abraçou bem apertado.
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  — Ei, nossa! Está tudo bem? — disse ele surpreso.
  — Eu quero agradecer você, maninho. Eu nunca vou poder agradecer como você merece por cuidar de mim e me ajudar nisso tudo, e por aparecer para me buscar tão prontamente! — Ela ainda estava abraçada forte com ele, e queria chorar.
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  — Ei… Não precisa agradecer. Somos um só, tá legal? Você sempre me ajuda e… — Ele se separou dela, fazendo-a olhá-lo, e ao vê-la chorando ele franziu a testa, dizendo: — … Não chora, princesa. A gente está com você nessa. Não pensa em nada daquilo agora, tá? Só me abraça e… Vai dormir. Você não dorme e nem descansa ou come há dias.
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  — Jacob já preparou comida para mim — afirmou ela, abraçando-o de novo, e ouviu a risada abafada de Seth.
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  — Ele te ama, como um verdadeiro imprinting. Ainda que não tenha sido você.
  — Não sei, Seth. Apesar de tudo, a nossa discussão ainda me deixa mal.
  — Falaremos disso depois, tá bem? — Seth começou a sussurrar. — Ele está um pouco atrás de nós, esperando eu te soltar e morrendo de ciúmes. Acho que vai sobrar pra mim, então, o agarre logo.
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   bateu de leve no ombro de Seth e sorria enquanto via-o se afastar. Jacob a olhava e então ela sorriu também para ele. O namorado aproximou-se calmo e, ao alcançá-la, a colocou em seu abraço. Eles adentraram à cabana de e foram direto ao quarto. estava bem cansada, então puxou as cobertas da cama, pediu para ele fechar as cortinas escurecendo o quarto e logo ela se deitou. Jacob ao seu lado recostou-a em seu peito.
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  — Desculpa.
  Depois de alguns minutos a sua voz soou arrependida e forte.
  — Vamos esquecer tudo — afirmou na tentativa de romper com aquele assunto.
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  — Não dá.
  — Jacob…
  — Eu sei que você não vai esquecer, Mani…
  Ela sorriu ao ouvir aquele apelido que há tanto ela não ouvia. Se ergueu, apoiando-se pelo cotovelo a fim de encarar os olhos dele:
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  — Sabe, Jacob… Eu sei que você me ama e imagino que foi péssimo chegar aqui, louco para me ver e descobrir que eu estava com outro em sabe-se lá onde. Eu teria agido igual a você, ou pior. Então, eu prometo que vou esquecer de verdade o seu ciúme de hoje e as suas palavras. Vou acreditar que foram da boca pra fora.
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  — Eu confio em você. Não confio é neles.
  — Black… — pronunciou como há muito não fazia, e ele sorriu ao ouvir aquilo. — Como vai reagir se a Bella reaparecer?
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  Confuso e surpreso com a pergunta, ele a encarou.
  — Terei vontade de matá-la por querer fazer mal a você.
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  — Ela talvez nem saiba que eu sou eu…
  — Tenho muitos motivos para querer matá-la.
  — Teria coragem mesmo? A mulher que amou um dia?
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  — Ela não é a garota por quem me apaixonei na adolescência há anos, e se, nem mesmo o meu imprinting pode me impedir de fazer o certo, por que a Bella me pararia?
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  — Sabe… Se um imprinting é algo tão forte assim… Tenho receios que um dia você não me ame mais, principalmente porque eu sei que foi só pela Rhikan que você acabou se apaixonando e…
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  — Ei, ei! Que história é essa? Eu não vou deixar de amar você, porque você está acima até mesmo do imprinting de um lobo… Nem sei mais o que é isso, se existe, se é real… Só sei que… Você é tudo para mim! E não foi por causa do que há dentro de você que me apaixonei. Eu te amei pouco a pouco, a cada dia mais. Até você me preencher por completo.
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  Jacob calou-a com um beijo apaixonado, e depois de algum tempo conversando bobagens, fazendo carinho um no outro e rindo, ela pegou no sono. E dormiu por dois dias. A falta da cafeína no seu corpo serviu como uma válvula do sono, e felizmente ela pôde se desintoxicar por completo das substâncias, das sensações e das memórias.
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  Naquela semana, ela não pôde sair da reserva. Nenhum deles a permitiu arriscar se expondo pela cidade com Mark atrás de si. Ela mal sabia se Mark ainda estaria em Forks. Acreditou que ele se reuniria aos outros vampiros e retornaria por vingança, mas a verdade que ninguém soubera, apenas Seth, é que ele havia voltado no mesmo dia que ela e havia lhe mandado uma mensagem por telefone dizendo: “você não vai me evitar por muito tempo, aguarde”.
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  Ela estava muito marcada para uma comum garota de Phoenix que só quis rever a amiga se mudando para a mesma cidade que ela. Onde foi que Isabella Swan a metera? E será que, por ventura, Bella já soubesse de sua ligação mística com aquele lugar anos atrás quando lhe enviava aqueles e-mails, ou foi tudo coincidência, destino?
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  Malaika, Sue, Billy, outros anciãos e ela, estudavam uma maneira de compreender melhor aquele diário. Eles já sabiam muito sobre e se concentravam agora em como romper com as transformações definitivas dos lobisomens. Embry manifestara, até ali, duas vezes a sua transformação. Eles sabiam que na terceira, seria definitivo. Quil, uma vez. Jacob, uma vez. Os demais não manifestaram, e imaginavam que não manifestariam devido às suas linhagens afastadas do tronco principal. Quem mais os preocupava na verdade era o herdeiro direto da matilha: Black.
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   destrinchou-se em estudos infinitos sobre o seu emplastro. Havia dado resultados positivos com Sam e os demais, mas estava longe de se tornar um antídoto. Concentrou-se numa combinação das sementes que Malaika lhe entregara e o emplastro. Mas ainda estava longe do que ela pretendia. Leah havia retornado para Forks. tivera de pedir sua ajuda e imediatamente ela pausou seus estudos e voltou, ao saber que a urgência era tanta. Ficou revoltada com a amiga por ter ido à Bélgica, irada com o que eles tentaram lhe fazer e muito, muito mais irada por saber que tinha dedo dos Cullen naquela história.
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  Estavam todos reunidos ali, na sala da cabana de , buscando maneiras de associar uma cura.
  — Se pode conter os poderes dos vampiros e é a criança da profecia, porque ela não pode salvar os lobos? — perguntou Charlie de um modo tímido.
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  — Porque enquanto ela detém os vampiros por efeito de uma maldição, aos lobos ela desperta seus instintos — respondeu Billy.
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  — Bom, eu testei três novas fórmulas químicas e fitoterápicas, mas creio que para o que falamos, tudo seja paliativo… Mas Leah teve outra linha de raciocínio muito mais válida do que a minha. — sorriu para ela, e agradeceu. — E por isso, muito obrigada novamente por ter vindo me ajudar.
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  — Não tem que agradecer, também se trata de mim.
  Sue, ansiosa, perguntou:
  — E então, minha filha? O que você descobriu?
  — Na verdade, eu não descobri nada extraordinário. Malaika me ajudou muito. — Ela sorriu para a anciã simpática que a correspondeu. — Nossos ancestrais pararam isto por um tempo se envenenando, o que nos associou às sementes que salvaram . Depois, nós entendemos que o emplastro da acelera a capacidade regenerativa dos lobos. Em terceiro, não podemos negar que tem o poder de despertar isso. Então, vamos unir tudo. Entretanto, se aquilo que na natureza pode matar, também pode curar ou vice-versa… Então , que desperta o monstro, também pode adormecê-los.
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  — Faz todo sentido — disse Sue.
  — Então, temos que investigar onde, na genética dela, se encontra a válvula que nos desperta.
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  — Genético? Não acredito que haja “magia” no meio dos meus genes, Leah… — falou descontente.
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  — , você precisa aceitar que não é uma humana. Você é um ser sobrenatural, como nós. E por isso que há essa… “magia”, se assim posso dizer, na sua genética — falou Billy convincente.
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  — Tem razão, desculpem. Eu ainda não me compreendi direito.
  — Tudo bem, querida. — Charlie pegou em sua mão condolente.
  — Bom! — falou Leah alto e suspirou pesado. — A minha aposta são as células-tronco. Tudo na medicina moderna tem a ver com elas, e acho que essas coleguinhas podem nos trazer o que precisamos.
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  De repente Malaika, que não compreendia muito daquela conversa, apenas transcrevia as informações daquele diário na sua língua nativa a fim de que outros da tribo pudessem compreender aquilo no futuro, olhou na direção deles e lhes estendeu uma folha. A mesma folha do ritual feito por Mark e Darak.
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  — Eles sabem — afirmou .
  Aproximou-se dela e olhou melhor as figuras. Ela tinha razão, começou a falar em seu idioma, como sempre traduzido por Billy ou Sue, e explicou a chave que eles ainda não tinham encontrado: os vampiros sabiam como deter os lobos através de Rhikan. Do contrário, não teriam motivos para querê-la.
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  — Por que eles desesperaram-se tanto quando viram que eu sabia deter o poder deles em mim? — perguntou sussurrando.
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  — Porque você pode matá-los? — concluiu Leah.
  — Não. Tem mais coisa aí… E eu sei quem vai me contar.
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  — ! — Billy afirmou rígido: — Você não vai atrás dele.
  — Então que ele venha até nós — respondeu.
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  Todos se entreolharam curiosos e pensativos.
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  Cinco dias se passaram e eles haviam conseguido preparar a armadilha de Mark. Estavam fora do território quileute, no meio da mata, mas ele concordou em a encontrar ali, acreditando que ela estava sendo vigiada de não se afastar muito. Ele agora estava cercado, mas não se preocupava. Estava sozinho e seus olhos apenas a encaravam.
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  — Vocês não vão me matar porque precisam de mim — disse ele.
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  — Depende, Mark. Com quem você está? Comigo, que posso te livrar da maldição de Rhikan, ou com eles? — perguntou .
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  — Será que pode mesmo?
  — Façamos um pacto — disse ela, se aproximando. — Um pacto de vampiro.
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  Todos a olharam assustados, com exceção de Leah que sabia dos planos de por trás dos planos dos quileutes. Sim, aquela era ela novamente escondendo fatos para eles.
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  — II bacio del vampiro? — perguntou Mark surpreso.
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  — Exatamente.
   pôde ver Seth sussurrar para Jacob:
  — Jake, o beijo do vampiro!
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  — O quê? Ela está louca?
  E Jacob surgiu próximo a ela:
  — Não vou permitir que cometa esta loucura!
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  — Black, eu sei o que estou fazendo!
  — Hm… Conflitos amorosos… — ironizou Mark.
  Ao ver Jacob tentar avançar sobre ele, ela segurou a sua mão o impedindo. Leah olhou para Seth, e Seth aproximou-se falando para Jake apenas confiar nela. Afirmou que nenhum mal aconteceria, uma vez que estavam todos ali. Relutante e aflito, Jacob se afastou. Mark e retomaram o assunto.
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  — Você me deve isto, pelo que me fez semanas atrás. — Ele sorria com escárnio e suas vistas já estavam escurecidas de desejo.
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  — Eu faço este pacto contigo: te liberto da profecia, concedo-lhe poder e você deverá ser leal a mim até a morte, do contrário, eu mesma o matarei.
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  — Apenas pelo fato de provar teu precioso, saboroso e cheiroso sangue eu já me contentaria… Entretanto, sabemos que a oferta é bastante alta e também sabemos que você não tem ideia de como cumprir o que promete.
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  — Mark, Mark… Você continua subestimando a garota da profecia.
  — Não sei se quero servir-te até a morte, Rhikan. Na verdade, estou em busca de cortar os laços com este demônio a quem chamam Deusa. E quanto à … É evidente que está mais forte, mas se esquece de que sou telepata? Ainda estou à sua frente e sei exatamente que não dominou por completo o seu poder.
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  — Eu sei de tudo isto, Mark, mas você também não sabe algumas coisas… Como por exemplo, que meus pensamentos podem ser enganosos. Recorda-se de nossa viagem onde, em determinado momento, eu descobri que você não pode saber tudo?
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  — Você descobriu — respondeu ele com mais raiva do que antes.
  — E eu preciso lhe agradecer também. Não nota nada diferente em mim?
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  Ele olhou para com atenção e pôde ler em seus olhos o orgulho próprio em admitir fracasso. Entretanto, ele admitiu numa única frase:
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  — Eu de fato a subestimei.
  — Esta noite, Mark, na casa dos Cullen. E todos irão.
  — No território rival? Os quileutes andam inocentes, não acham? — Ele andou ao redor dela, falando e provocando os presentes.
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  — É contra as nossas leis permitir algo tão nojento dentro de nossas terras! — gritou Leah para ele.
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  Depois de encarar um a um, Mark reverenciou à e se aproximou encarando-a olho no olho. Segurou sua face para si, como se fosse beijá-la. Jacob a esta altura era segurado por Paul e Embry. As presas de Mark sobressaltaram como uma ameaça, e, sorrindo, ele se afastou:
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  — Até a noite, mia signoria!
  Depois que ele afastou-se suficientemente, retornaram todos à reserva.
  — Qual o lance desse cara com o italiano? Ele não é belga? — Seth aproximou-se distraindo com aquela piada à medida que todos estavam a olhando ainda mais sérios e Black, se afastava furioso.
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  — Eu explico pra eles, vá descansar. — Leah passou ao lado deles dizendo e ela concordou.
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Capítulo Trinta e Três
Il Bacio del Vampiro

  Na reserva, Leah explicou a todos qual era o plano escuso que ela e compartilhavam. Há dias, entre leituras dos escritos achados no castelo e outros que ela pesquisou entre os povos de Forks, havia entendido uma possível descoberta: de que a combinação do veneno de Mark com seu sangue era a provável resposta para dominar os lobos.
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   e Leah chegaram àquela conclusão um pouco depois de reunirem-se na cabana de e cruzarem linhas de pensamento. A hospedeira da deusa havia passado mal quando chegara da Bélgica, mas atribuiu aquilo ao cansaço. Porém, certa noite, ela e Leah reviam suas anotações e estudos, quando novamente aquele mal-estar a acometeu. estranhou a maneira como estava ótima e de repente se sentiu fraca. A visão turva, escurecendo aos poucos, a palidez de sua pele, a queimação interior como se estivesse pegando fogo em seus órgãos e refletindo no calor da pele, entre outros sintomas atípicos e que preocuparam Leah.
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  Por isso Valerie a caçava, por isso ela pretendia morder a humana a fim de transformá-la em algo maior e mais poderoso. E por isso Mark deveria estar perto quando Valerie fizesse aquilo, uma vez que ele estava também ligado a Rhikan.
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  Mani seguia seu caminho de retorno à cabana de Black, assim que ficou firmado o pacto com Mark. Ela sabia que Jacob não estava bem com aquela ideia e que ele iria para a casa a fim de evitar descontar nela a sua raiva após terem passado por discussões recentes. Quando entrou, Billy perguntou se tudo havia ocorrido bem com o plano de atrair o vampiro e ela apenas respondeu que Leah lhes explicaria tudo e foi imediatamente até Jacob. Ele estava no quarto arrancando suas roupas e mexendo no armário. Notando a presença de alguém em seu quarto, Jacob olhou em direção à mulher.
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  — Preciso tomar banho e me acalmar, .
  — Eu sei. Eu te espero aqui ou no meu quarto? — falou ela com voz calma e ele a olhou contrariado.
  — Corajosa, — mencionou Jacob pela audácia dela em insistir estar perto dele quando a mulher bem sabia que Black estava com muita raiva de tudo.
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  A expressão de incredulidade dele se contrapôs ao riso baixo de gozação que ela soltou e nem mesmo Black resistiu. Esqueceu a bronca que daria nela e apenas deu o braço a torcer indo abraçá-la.
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  — Você é minha — disse ele após segundos de silêncio entre os dois.
  — E você, meu.
  — Que ideia é esta agora? Por que anda desafiando tanto o perigo… Sabe que ele… Ele… — Jacob suspirou cansado de discutir questões óbvias com a tão teimosa mulher amada.
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  — Sei tudo o que vai dizer Jacob — afirmou após o suspiro dele — e não tenho medo porque eu realmente sei o que estou fazendo, Black. Preciso testar todas as alternativas. E vocês estarão lá comigo. É um sacrifício que pode salvá-los!
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  — Deve haver outro jeito. Nem mesmo sabemos se vai funcionar.
  — Se não funcionar, ao menos teremos Mark ao nosso lado. Eu pensei em tudo, Black. Eu e Leah temos o controle, eu prometo. Fica tranquilo.
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  — Só de imaginar as presas daquele… — Fez uma cara de nojo. — Eu não sei se vou deixar.
  — Se eu me tornasse uma vampira, Jacob… — precisou perguntar algo que vinha lhe incomodando os pensamentos desde que ela voltara da viagem: — Você ficaria comigo?
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  Houve um silêncio constrangedor, então ela desviou o olhar do dele envergonhada. Não deveria ter feito uma pergunta tão cretina. Afinal, aquilo talvez fosse demais para todos. Não apenas para Black.
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  Ele notou a reação dela, arrependida e também medrosa pela resposta. Pegou seu rosto delicadamente forçando-a a olhar em seus olhos:
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  — Por que você viraria uma vampira? Isto é impossível, você já é uma loba.
   sorriu, ainda que ele não tivesse respondido. Ainda que eles não soubessem as respostas certas, Jacob se esforçou em lhe acalmar. Ou talvez buscasse convencer-se do que ele mesmo dizia.
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  A noite caiu mais rápido do que ela esperava e todos estavam a postos para a “escolta”. Billy estava extremamente descontente com tudo aquilo. Ele não acreditava que ela seria capaz, essa era a verdade e Jacob estava tenso como nunca havia visto. Ela apertou sua mão, cruzando seus dedos aos dele e assim partiram. Os quileutes seguiam divididos entre o carro de e Black. No meio da estrada, a caminho da entrada para a mata que indicava o antigo território dos Cullen, o pneu de um dos carros furou. Tiveram todos que parar e aguardava calma dentro do seu carro embora a situação parecesse uma armadilha. Seth e Jacob, que haviam descido do carro para ajudar, estavam concentrados no que faziam e avistou pelo retrovisor que realmente seria rápida a troca. No entanto, quando retornou novamente o olhar para o para-brisa do carro avistou ela, ali, parada com uma expressão de ódio e um sorriso amedrontador. Seu corpo gelou. Ela não sabia que reagiria daquela forma apática e assustada. Ela olhava para como se esperasse alguma reação dela, alguma reação de confronto. Um tanto surpresa, assustada e sentindo como se aquilo tudo não passasse de uma ilusão, como se o tempo tivesse congelado, saiu de seu carro, atordoada, e parou ao lado da porta aberta.
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  — Me acompanhe, Bobuna — a vampira disse aquilo sorrindo e deu-lhe as costas.
   pôde respirar depois de sentir como se um vento tivesse passado por si. O tempo havia mesmo parado? Olhou para trás e o carro de Black com os demais amigos que haviam descido do seu para ajudar ainda estava parado, só que dessa vez, bem mais distante do dela. Ela havia dirigido mais a frente e não notou? encarou o caminho à sua frente e tentava compreender o mísero lapso de memória de alguns minutos que a acometera. Rhikan deve ter se manifestado através dela ou foi uma influência da vampira que a pegou de surpresa num jogo de ilusão?
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  Piscou de novo os olhos e fechou a porta do seu mustangue, olhando de novo na direção dos quileutes que logo terminariam de trocar aquele pneu. Seria uma armadilha? Mas ela não faria aquilo, não é? Ela viu que estava acompanhada dos quileutes! Na dúvida, numa súbita onda de responsabilidade, o que era incomum de em momentos de perigo como aquele, ela decidiu que iria avisar a algum deles. Quando ela virou o seu corpo para trás, deparou-se com Jacob a encarando com uma séria expressão. E então ele disse:
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  — Vamos. O pessoal nos alcança, não podemos deixá-la escapar.
   assentiu, aliviada por não estar sozinha e partiram a pé para o caminho onde Bella Swan havia seguido. não estava se sentindo segura como deveria. E aquilo era estranho. Os dois, de mãos dadas, caminhavam seguindo os rastros da vampira pela mata.
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  — Eu ainda não consigo acreditar que ela apareceu assim… — murmurou .
  — Mark deve estar ligado a ela — respondeu Jacob nervoso, olhando ao seu redor com cuidado e avisou que parecia mais gelada do que o normal: — Eles já sabem e estão bem atrás de nós. Fique tranquila, Mani, se fosse uma armadilha Bella não teria surgido daquele modo.
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  — Eu não sei, Black… — suspirou, sentindo o peito arder. — Tem alguma coisa me apertando o peito, algo está muito, muito errado… Não era este o plano…
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  — Eu estou com você! — Jacob apertou mais a mão dela trocando olhares rápidos com ela. — Não tenha medo, meu amor.
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   respirou profundamente tentando se acalmar. O medo que sentia não era por ela, mas sim porque sabia que vingança era o que Bella queria de Jacob. Ela estava com medo de perdê-lo e pressentia uma aura de dor em volta dele. estava certa de que precisava proteger seu amor.
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  Depois de caminharem até uma clareira na mata, um pouco antes da antiga mansão Cullen, eles depararam-se com a vampira parada no meio da clareira. O pouco Sol refletindo o vitral que era a pele de um vampiro.
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  — Bella… — mencionou depois de tantos anos.
  — . Quem diria que eu a encontraria aqui.
  — O que faz aqui Bella? — perguntou sem dar muito espaço a nostalgias. Aquela não era mais a amiga que um dia ela tanto amou.
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  — O que você faz aqui, minha amiga? — perguntou Bella de uma forma menos doce do que antigamente, e mais provocante. Quase com uma aura maldosa.
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  — Você me trouxe aqui, ou melhor… A nossa antiga amizade — respondeu.
  — Jamais imaginei que isso seria possível. Você em Forks, … Mas sabe, tenho algumas memórias de nosso passado e você sempre combinou muito mais com isso tudo do que eu. — A voz da vampira era agora um tanto sentimental. Ou parecia ser.
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  — Para onde estamos indo? — perguntou olhando ao redor como se buscasse outros iguais a ela.
  Jacob não tirava os olhos de Bella, e a vampira ainda não o havia encarado. Estava focada demais na presença da ex-amiga.
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  — Você não ia encontrar-se com Killiam?
  — O quê? Como sabe disso? — perguntou surpresa.
  Ela havia dado para Bella a resposta que a outra queria contra a sua real vontade. E naquele momento, ao dar-se conta daquele transe, percebendo que estava sendo manipulada, despertou do domínio de Bella. Estava sob efeito de algum poder. E estava fazendo algo errado. Caindo na armadilha inimiga. Foi então que colocou-se à frente de Jacob e focou o olhar à frente. Aquela não era Bella, mas sim, Valerie.
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  — Merda… — sussurrou baixinho e escutou a vampira gargalhando.
  No mesmo instante que a vampira falava, piscou de novo e a imagem de Black junto de si desfez-se em uma fumaça.
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  — Você é forte. Despertou muito mais rápido do que qualquer outra pessoa.
  — Eu vou te matar, sua vampira maldita! — respondeu com dentes cerrados.
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  Ela sentia medo, mas estava tomada por muito ódio. Sua cicatriz queimava conforme seu desejo de estrangular a vampira aumentava. Contudo, quando piscou novamente seus olhos, deparou-se com Valerie à sua frente, as presas expostas e o rosto muito próximo ao seu. Estrategicamente, não se mexeu, mas esperou que Valerie a tocasse. Sentiu novamente seus olhos queimarem, e no momento em que a vampira percebeu que havia algo diferente em , soltou um riso de escárnio e se afastou. Ela havia notado que se tocasse nela, Rhikan faria algo.
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  — Está mudando, humana… — Valerie sorriu com uma expressão de louca e sedenta, e, gargalhando, gritou: — Mas eu vou te matar mesmo assim!
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  Valerie mal deu tempo de reação para . Lançou-se sobre a humana que não conhecia os ataques de um vampiro e não sabia que tipo de coisas poderiam fazer, mas entendeu que se Valerie fosse mais rápida que ela, então não lhe daria tempo de reagir. tentou correr, mas antes mesmo que a mulher tocasse o chão no salto dado em direção à , seu corpo foi atingido por outro. não foi pega pela vampira porque Mark surgiu sobre Valerie. Eles começaram a lutar entre si, e a humana se afastou atenta a todos os lados da floresta.
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  Começou a ouvir vozes a chamando. Eram os pensamentos de Jacob a lhe procurar. Então soube: ela podia mesmo ouvi-lo. Não era coisa da sua cabeça pela saudade que ela sentia quando ele estava fora. se concentrou em ouvir a voz dele, em uma tentativa de reconhecer aquele novo formato de comunicação, mas o barulho da luta entre Mark e Valerie a distraía. Ela abriu os olhos, apavorada e atenta a eles. De repente, a cena mais horrível de toda sua vida, se fez vista: Mark subiu no corpo de Valerie e após girar seu pescoço, arrancou-lhe a cabeça. gritou forte com o horror que era aquilo e se manteve com olhos arregalados. Mark jogou a cabeça sobre o corpo caído e puxando um isqueiro do bolso de seu sobretudo, ateou fogo nos restos de Valerie.
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  — Lembra que tinha curiosidade sobre como se mata um vampiro? — perguntou Mark, olhando para em uma placidez aterrorizante. — É assim que aqueles que não têm poderes como os seus fazem, .
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  A mulher ainda não conseguia dizer nada. Mark aproximou-se lentamente, suspirou ao vê-la assustada e com uma de suas mãos em seu ombro, guiou-a:
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  — Vamos, você tem um pacto a fazer comigo.
  — Não! A alcateia não está aqui! — gritou desperta, de repente, tentando afastar-se de Mark.
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  O vampiro bufou e puxou a mão da mulher ao dizer:
  — Eles sabem aonde nos encontrar e logo te alcançarão! Devem estar saindo do transe de Valerie, e é perigoso nós dois ficarmos aqui sozinhos.
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  Mark a puxava e , atônita, ainda seguia ele. Ouviu novamente Jacob a chamando e ao passar pela fogueira do corpo de Valerie, sentiu-se uma humana frágil como há muito não se sentia. Então, concentrando-se na voz de Jacob ecoando em sua mente, ela conseguiu estabelecer uma conexão mental com Black.
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  A mansão Cullen continuava a mesma de quando ela havia visto da primeira vez. Mark soltou o punho dela depois que estavam lá dentro e lhe indicou que sentasse no grandioso sofá branco.
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  — Olhando-a daquele jeito, apavorada, até me esqueci do demônio de mulher que você é. Me pareceu uma presa fácil. Uma humana — disse ele em pé à frente de .
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  — Por um instante, eu também — respondeu ela e Mark riu com o sarcasmo.
  — Percebe que este pacto não faz o menor sentido para mim, não é? — ele reforçou a ela. — Valerie iria derrotá-la facilmente.
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  — Então o que te fez aceitar?
  — Além do fato de provar teu sangue… — Os olhos dele, apenas a mencionar aquilo, adquiriram nova coloração. — Eu sou ainda mais perseguido agora. Com Darak morto eu perdi uma das minhas armas. Quanto a Valerie… Eu sabia que ela tentaria me matar, faz parte do plano de ser um sacrifício. E ainda tem isso. Me livrar da maldição.
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  — Mark… Com tudo o que você sabe em todos estes anos sobre Rhikan e, ainda, com todos que você tem nas mãos… Agora me parece absurdo que você tenha realmente se sentido ameaçado por mim a ponto de aceitar estar do meu lado.
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  — Você é muito inteligente e audaciosa, claro! — O vampiro riu com sarcasmo a olhando. — De fato, há mudanças em você. A ferida que deixei em seu braço não foi suficiente, mas teve algum efeito…
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  — Você ainda esconde muita coisa. — franziu o olhar ao ouvir aquilo e encarou a cicatriz da mordida do vampiro em seu braço, pensou um pouco e perguntou direta: — O que pretendia realmente com aquele ritual?
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  — Separar Rhikan de você sem que eu morresse, domá-la e te transformar em uma de nós depois que estivesse livre dessa sua maldição.
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  — Me transformar? Por qual motivo?
  Mark caminhou calmo até com aqueles olhos predadores. Abaixou a face lentamente e roçou seu nariz no pescoço da mulher que se conteve em não reagir, movida pela mesma atmosfera sedutora que sempre sentia ao se tratar de Killiam. notou um arrepio frio percorrer seu corpo. Aquele toque tão gelado era repulsivo demais para ela que gostava dos toques quentes. E lhe soou invasiva demais aquela aproximação de Mark, não menos invasiva do que todas as outras que ele já tivera consigo, no entanto, ainda assim ela sentia-se ligada a ele. O som de suas presas saindo a fizeram fechar os olhos, com o corpo rígido e tenso. Killiam afastou os cabelos dela com seus dedos delicados. estava se sentindo inebriada por aquela sensação de perda de controle das próprias ações. Era assim então? Era desse jeito que uma vítima se sentia? Totalmente seduzida por aqueles mínimos gestos? Mark afastou o rosto do pescoço da mulher e ela abriu os olhos o encarando, confusa.
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  O vampiro sorriu analisando as expressões no rosto de . O famigerado brilho no olhar dele que fazia ela se sentir morta estava presente ali. Então, Mark respondeu sincero:
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  — Pelo mesmo motivo o qual defendi você de Valerie.
  — E que motivo seria este?
  Novamente ele se aproximou do pescoço dela, sorrindo, e suspirou profundo. Torcia para que Jacob chegasse logo e fechou os olhos se concentrando em saber por que ele tanto demorava. Não conseguiu, porém, perceber nenhuma comunicação, mas a barba rala de Mark roçando em seu rosto, o som de sua língua movimentando-se sedenta em sua boca ao pé de seu ouvido, a mão fria de toque delicado em sua nuca, poderiam ser o bloqueio para que chegasse até Black em pensamentos.
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  Mark engoliu a saliva, aspirou fundo o cheiro da mulher, sentiu uma pressão na ponta de seus dedos e ouviu o sussurro com voz rouca em seu ouvido:
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  — Porque eu te amo, .
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  Arregalou os olhos ao ouvir aquela confissão, mas não pôde sofrer por verdades tamanha a dor que ela sentiu ao toque dos dentes do vampiro em sua pele. Aquilo era ainda pior do que a primeira vez que ele havia mordido no punho. Desta vez, queimava muito mais e ela sentia-se entorpecida! Escutar e sentir o próprio sangue sair do seu corpo daquela maneira era uma das sensações mais horripilantes que havia passado até ali. Era pior do que todas as outras muitas sensações absurdas que havia vivido.
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  Black surgiu tempestivo no cômodo, Seth e Leah se aproximaram da mulher. Tudo foi rápido. Leah gritou algo ininteligível, mas eles sabiam melhor do que o que estava acontecendo. Jacob puxou o corpo de Mark de cima da mulher e lhe deferiu um soco no rosto. estava zonza, e Leah foi acudi-la acompanhada por Embry. não era capaz de escutar nada, seus olhos pesavam, a visão estava turva. Ela viu aos três lobos: Black, Paul e Seth transformando-se à frente de Mark. E então não viu mais nada.
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•••

  Morta. Ela estava morta. Estava?
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  Sons de água sendo depositada em algum recipiente se fez ouvir. E um cheiro doce de flores percorreu seu nariz. Lentamente abriu os olhos e deparou-se com Leah ao seu lado.
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  — Finalmente acordada, graças a Deus! — falou Leah ao notar os olhos abertos da amiga e se aproximou preocupada, mas aliviada.
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  As duas ficaram em silêncio se observando alguns segundos. não sabia o que perguntar, e Leah certamente aguardava a outra esboçar reações maiores. observou à sua volta descobrindo que estava em seu próprio quarto.
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  — Jake está no banho, ele não saiu nenhum momento nesses dois dias do seu lado.
  — Dois dias? — perguntou confusa e se levantou um pouco a fim de sentar recostada à cabeceira da cama. Encarou as flores em um jarro ao lado de sua cama e Leah sorriu ao explicar de quem eram:
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  — Malaika colheu. Disse que afastam maus espíritos. — Leah logo revirou os olhos e lançou com pouca paciência em seu tom implicante comum: — Como se fosse adiantar alguma coisa. O que são maus espíritos para tudo o que está acontecendo? Ela é muito legal, mas fala sério, que falta de noção…
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   começou a rir. Já se sentia mais animada. Passou a mão em seu pescoço e não havia nada. Nenhuma marca em nenhum lado. Então encarou Leah, confusa.
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  — Ele não completou o beijo?
  — Seu emplastro. Parece que tem um efeito ainda mais poderoso em você — concluiu Leah. — Não ficaram cicatrizes das presas daquele faminto.
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  — Estranho porque quando o criei eu testei em mim antes várias vezes.
  — Mas agora você é outra .
  As duas silenciaram novamente se encarando, e perguntou:
  — O que aconteceu, Leah? As memórias estão confusas na minha mente.
  — Quando chegamos você estava quase desfalecendo. Não deveria ter iniciado sem nós! Mark não conseguiu se controlar e estava prestes a finalizar tudo, até que os meninos tiraram ele de cima de você e o contiveram. E você fez a sonsa, né? Desmaiou para fugir da confusão que me arrumou! Mas foi bom porque aí eu e Embry ajudamos os meninos a controlar não só o Mark, como o Jake que estava a ponto de matar o vampiro.
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  — Desculpe por isso tudo. E antes, sobre Valerie?
  — Nosso pneu realmente furou, mas não sabemos o que ela fez para despistar nosso faro… Foi uma armadilha bem feita dele.
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  — Dele?
  — O filho da puta do vampiro armou matar a vampira te usando de isca! Falei que você confia demais nele! O Jake realmente só não o matou porque o contivemos, e Billy disse que ainda precisaríamos do frio… Mas, olha, nosso plano quase foi pelo ralo! — Leah falava com como se a culpa fosse toda de .
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  — Mas acha que funcionou?
  — Não sei, . Só depois dos testes, embora, estejamos receosos… Mark parece ter ido além do que deveria com o beijo.
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  — Quê?
   ajeitou sua postura assustada. Leah lhe estendeu um espelho e se sentiu apavorada de novo. Mani pegou o espelho e encarou sua própria figura. Não havia mudado, mas percebia-se que algo estava diferente. Uma expressão mais vívida, mais bonita. Os traços do rosto mais contornados, as olheiras de dias de sufoco haviam clareado e sua pele tinha um brilho um pouco mais incomum. Sua análise foi interrompida por Leah:
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  — Está tão mais gata que eu me senti seduzida enquanto estava aqui.
   então começou a rir, revirando os olhos por Leah lhe assustar daquele jeito.
  — Palhaça! Eu realmente fiquei preocupada, Leah!
  — Sério, não estou brincando, — comentou Leah com expressão séria. — O veneno te atingiu da mesma forma como fez com Bella. Só que ela sempre foi uma morta-viva então não fazia diferença, mas você está diferente. Está realçada. E eu não estou brincando, fui expulsa do seu quarto três vezes pelo Jacob! Um idiota! Só porque eu fiquei repetindo que você estava linda… De certo modo, o veneno tem algum efeito novo sobre você.
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   começou a rir das coisas que a amiga contava e Leah imitou a voz grave de Jacob com zombaria:
  — “Ela pode ter virado um deles, Leah! Cala essa boca ou eu vou ter que te calar?”, “Saia, não vou falar de novo”, “Ok, Leah agora já deu!”.
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  — Você é terrível… — comentou . — Mas… Acha que Mark completou uma transformação?
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  — Não. Seus olhos continuam os mesmos. Pelo que me lembro, é diferente quando acontece.
  — Ótimo! Porque eu não sei se o Jacob me aceitaria se…
  — , você tem que saber é se ele vai aceitar o Mark te rondando após confessar que te ama! — Leah a interrompeu pegando de surpresa com o assunto e sussurrou para a amiga: — Mas que droga! Será que vocês humanas não podem não se envolver com essa gente?
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   olhou para ela espantada e aproximou-se puxando a mão da amiga, falando baixo:
  — Então ele me disse mesmo aquilo, não é? E Jacob, ele já sabe?
  — Não! Eu cheguei antes dos meninos aquele dia e ouvi a conversa de vocês. Não quis interromper. Fiquei esperando o idiota contar os motivos dele, até que ele… Você sabe! E foi tão rápido que entrei correndo e só percebi os rapazes chegando quando Jake pulou sobre o frio.
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   tampou seu rosto com ambas as mãos de modo aflito.
  — Não sei como contar ao Black.
  — Não acho que deva contar… Foi a mesma coisa com a Bella, e ele já está nervoso demais com todas essas coisas acontecendo igual ao passado e…
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  — Não é igual! — a interrompeu, um pouco grosseira: — Eu não sou a Bella, eu não fiz nada igual a ela, e eu não me envolvi e nem vou me envolver com o Mark. Não tenho culpa se ele que se apaixonou por mim.
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  — Tem razão… — disse Leah curiosa e revoltada: — Esses vampiros precisam parar de se apaixonar por humanas.
  — Não sou humana! — falou ainda pensando em como contaria aquilo a Jacob.
  — Ah! Agora você sabe, né? — disse Leah sarcástica, e a amiga revirou os olhos para ela, perguntando a fim de desconversar o assunto: — Está com fome?
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  Antes que respondesse, Jacob surgiu no quarto, sorriu e ele se apressou até ela ao notá-la acordada. Black puxou Leah de modo rude a jogando para fora da cama e abraçou . A mulher olhou espantada para Leah que fazia caras e bocas, protestando contra Jacob:
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  — Viu? Eu falei que ele está com ciúme de que eu roube você dele! — zombou Leah.
  — Sai daqui, Leah. — respondeu Jacob grosseiro ainda agarrado em .
  — Eu como depois, Leah — respondeu sua pergunta anterior, ainda abraçada ao namorado.
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  Leah sorriu os admirando e acenou positivamente para , desejando um silencioso “boa sorte”. Ela saiu e Black e Mani ficaram abraçados um ao outro. Aos poucos, ele analisou como ela estava, a encheu de perguntas preocupadas e ela respondeu tudo com tranquilidade, logo calando sua boca com um beijo de saudade. Os carinhos se tornaram intensos e eles pararam antes que perdessem o controle.
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  Black comentou o quanto havia ficado ainda mais linda após a trágica semi transformação, e o quanto estava preocupado com as sequelas daquele plano louco. Passaram um tempo curtindo a presença um do outro, juntinhos na cama. Havia saudade em todos os seus gestos. Jacob a aninhava em seu corpo quente, e ela relembrou os toques de Mark. havia ficado apavorada naquele momento, mas ao sentir a pele incendiante de Jacob, ela se sentiu ainda mais apavorada. Definitivamente Mark era a morte para ela, enquanto Jacob, a sua vida.
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  — Eu ouvi tudo. — De repente a voz dele ecoou calma e grave no silêncio.
  — Como?
  — Eu ouvi o que ele te disse. Ouvi os seus pensamentos.
  — Black… — murmurou abrindo e fechando a boca sem saber o que dizer.
  Ela se sentiu culpada por não ter falado sobre aquilo ainda e pensava em uma maneira de não parecer que estava lhe escondendo aquilo, mas Jacob começou a sorrir para ela e, calmo, a beijou.
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  — Mani… Eu não estou nem um pouco satisfeito em saber que ele te deseja, mas não é como se eu não desconfiasse dele desde o momento que ele surgiu… — Jacob massageou as bochechas da mulher a encarando com um sorriso e continuou: — E além do mais, é como eu disse… Eu escutei seus pensamentos. Sei tudo o que sente por mim, ainda mais agora.
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   não pôde não ruborizar com aquilo. Ela o olhava curiosa e Black começou a rir de repente, ainda a encarando ao contar:
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  — Você estabeleceu uma conexão sem volta. Agora vai saber como é ser um lobo… — ele disse como se confirmasse seus pensamentos.
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   ainda estava em dúvida e sorriu. Desceu os olhos para a boca dele admirando aquele sorriso. Novamente todos aqueles processos de sorrisos, que pouco a pouco foram sendo desbloqueados para ela, se passaram em sua mente como as melhores memórias. mordeu seu lábio inferior e suspirou profundo, querendo se aninhar ainda mais ao abraço do seu amor, e assim fizera. Jacob se ajeitou melhor na cama com ela e riu de modo sussurrado:
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  — É sério que você pensa em mim o tempo todo? — perguntou ele em um tom de voz abobalhado.
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  — Saia agora da minha cabeça, Jacob Black — , risonha, o repreendeu.
  Então, ela fechou os olhos e sorriu confortável em seu abraço quente.
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Capítulo Trinta e Quatro
Nova Aliança

  — Embry aceitou ser cobaia. Mas, vou logo adiantando que eu não estou muito tranquila com isso!
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  — Leah! Isso foi praticamente ideia sua. Se acalme, nós não faremos nada sem ter certeza de que é seguro.
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  — Vou preparar as coisas para o exame — Leah comentou e saiu um pouco nervosa.
   e ela estavam no laboratório pessoal de Befingfield. Após toda a confusão do pacto, elas dariam prosseguimento ao plano de buscar a cura das transformações através do DNA de . Embry havia aceitado ajudar e assim que desligou a chamada telefônica, Leah veio em direção à amiga bastante preocupada por seu namorado. tentou reconfortá-la, pois em hipótese alguma ela permitiria usar Embry como teste se não soubesse o quão seguro fosse para ele. E Leah se acalmou em saber que era verdade: ambas pensavam primeiramente no bem-estar dele, do que em alcançar uma cura a qualquer custo.
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  Enquanto Leah preparava as seringas para coletar o sangue de Mani e fazer os testes, pensava no que seria possível fazer caso sua hipótese estivesse errada. Brincava com o vidrinho do seu próprio emplastro cicatrizante, quando Leah lhe chamou para iniciar os exames. Jacob ligou no momento em que ela preparava o braço para a coleta.
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  — Fala sério! Essa conexão mental de vocês dois está deixando a todos cansados, sabia? — reclamou Leah assim que pegou o próprio celular.
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  — Não fui eu quem pediu para ele ligar.
  — Este é o problema. Fala ao Jake para dar um tempo. Eu preciso respirar sabia? Nossos pensamentos se cruzam tanto que eu nem sei mais quando é coisa da minha cabeça ou de outro!
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  Leah parecia realmente estressada e riu. Assim que atendeu ao telefone, ela passou o recado ao namorado que pediu desculpas e concordou que os dois andavam inconscientemente atingindo ao elo mental de toda a alcateia. Mas não era proposital, era como uma ligação nova e forte, difícil no início para se adaptar e levaria um tempinho a mais para “calibrarem” suas psiques. Jacob desejou sorte para as duas e assim que desligou a chamada, Leah coletou o sangue dela. Tanto a médica quanto a farmacêutica e bióloga ficaram um pouco assustadas ao ver o líquido encher o tubo. O sangue da humana havia se modificado consideravelmente. Ainda era vermelho, e espesso como sangue humano, mas brilhava. Tinha uma mescla magnética.
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  — Você tem muita sorte, garota.
  — É, eu não sei o que houve de fato, mas, pelo que vejo acho que… Na verdade não acho nada. O que aconteceu com meu sangue, Leah?
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  — Isso é o veneno dele no seu sangue, mas… Incrivelmente não se fundiu totalmente. Vi uma vez o veneno deles. É um líquido viscoso e prateado, como prata derretida. E seu sangue apresenta a mesma viscosidade agora, pelo que vejo há um elemento brilhante nele. Provavelmente é o veneno de Mark. Por muito pouco você não se transformou totalmente. Mas vamos ter que fazer os testes de composição. E torcer para que ele não tenha atingido tanto o seu DNA.
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   deixou nas mãos de Leah toda a análise sanguínea, ela não conseguia pensar direito. Afinal, mais uma vez, havia escapado por muito, muito pouco.
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•••

  Dois dias após a coleta os resultados já haviam ficado prontos. O sangue de foi minimamente modificado, os componentes “naturais” dele, ou melhor, aqueles que pertenciam a Rhikan, eram mais fortes. Não permitiram uma incorporação eficiente do veneno de Mark. Logo, elas tinham em mãos uma fórmula bioquímica que torciam para dar certo.
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  Todos os quileutes estavam reunidos na reserva aguardando o resultado. Embry ao lado de , de mãos dadas com ela e tão nervoso quanto a amiga, para saber se o teste havia funcionado. Os outros parados à varanda de Billy igualmente ansiosos. Leah pegou o papel em suas mãos e leu o resultado recém-impresso no laboratório. não tivera coragem de ler os resultados que ela coletou, e nem Leah teve coragem de ler sozinha, ainda que já soubesse o resultado, após os dois dias de trabalho duro.
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  — A incorporação hematopoiética ao elemento zircônio ultra reativo foi negativa. Entende-se que as quantidades mínimas não foram atingidas. — Leah terminou a leitura e olhou desanimada para Embry e , concluindo: — Ou seja, não houve reação. A quantidade mínima de elementos reagentes nem foram alcançadas. O sangue da é altamente resistente ao veneno, e cerca de 0,001% do veneno de Mark foi o que restou. Seu corpo elimina o veneno, , as sequelas que ficaram em você se formaram na primeira hora de contaminação, e depois… Seu sangue desintoxicou.
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   deixou os ombros caírem em desânimo. Ela havia entendido, mas, algumas faces mantinham-se confusas.
  — Eu não sou o único leigo, então explica melhor, Leah. Por favor — Jacob pediu, confuso.
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  — Funciona como se o corpo da fosse atingido pelo veneno apenas na primeira hora de contaminação, e depois seus anticorpos combatem ao mal. Ela fica com sequelas, mas o sangue dela volta ao normal. Ela não tem como “contaminar” outros.
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  — Então… Em um exemplo tosco… Ela se torna uma vampira que não pode transformar outros, porque volta a ser humana? — perguntou Seth de modo ingênuo.
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  — Basicamente isto, Seth. Ela fica com o bônus de ter os poderes dos vampiros, dependendo do nível de veneno no sangue. Como Mark não finalizou, não há como saber. Entretanto comparando ao que ocorreu à Bella por ser humana, e tendo claro que não soubemos quanto de veneno foi exposto à sua corrente sanguínea, posso afirmar que foi uma quantidade muito mínima, capaz de ser expelida por seu organismo, mas igualmente potente para deixar as alterações.
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  Enquanto todos comemoravam o fato de não ter se tornado em parte uma vampira, e nem existir esta possibilidade, ela se levantava desanimada.
  — Não está feliz de saber que é inatingível a eles, ?
  — Não é isso, Black… É que agora sabemos que eu não posso ajudar Embry ou Quil que já manifestaram as transformações em lobisomens.
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  Todos a olharam atentos e preocupados.
  — Use o Mark. Não foi para isso que você deixou ele te morder? Ele não é seu escravinho apaixonado, agora?
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  A resposta arrogante e talvez mais certeira veio de onde menos todos esperavam. Bruh que estava mais afastada soltou sua frase e saiu de perto deles. observou ela dar as costas enquanto Quil desculpava-se pela irmã. Segundo ele, ela estava apenas preocupada com o irmão, mas eles não entenderam que havia possibilidade de ela estar certa.
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  — É isso! — afirmou enquanto via Bruh entrar na cabana de Sue. — Ela está certa. Se os níveis de veneno não foram suficientes temos que aplicar mais, e uma parcela muito, muito menor do meu. Por exemplo: se o “sangue” de Mark é ácido, e o meu básico a ponto de neutralizá-lo, então temos que aplicar mais ácido até que o meu sangue possa reagir, mas sem permitir uma neutralização.
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  — Você está certa, , mas teremos que fazer vários testes até encontrar a porcentagem ideal do seu sangue para que ocorra a reação.
  — Não vejo problema, Leah.
  — Eu vejo — Jacob se pronunciou. — Primeiramente Mark teria que aceitar ajudar vocês, e em segundo… Eu teria que aceitar Mark a ajudando.
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  Todos olharam em direção ao casal, constrangidos. Àquela altura não havia como manter segredos, certamente todos sabiam da “confissão de amor” de Mark.
  — Jake… — Paul, o único que nunca falava muito se manifestou. — Temos que pensar em como ajudar a todos. Embry e Quil tiveram sorte até agora. Eles ainda podem ter seus quadros revertidos, mas até quando? Leah e precisam de nosso apoio, de toda a ajuda necessária. Até porque sabemos que não irá parar em Quil. Essas transformações também podem afetar ao alfa. Vamos parar sem ao menos tentar? Por orgulho? Existe uma possibilidade, afinal.
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   não sabia o que estava acontecendo: Bruh foi pontual, Paul foi pontual e só faltava Charlie para completar o círculo de “os calados que nunca opinam” trazerem as respostas certas. Todos olharam-se cientes de que Paul estava certo. E foi Billy quem mais uma vez deu a palavra final. Ele pediu a todos, que tentassem convencer Mark. Infelizmente, todos ali podiam se encarregar daquilo, mas sabia-se que só poderia alcançar a ajuda dele.
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•••

  Jake e desceram do carro e deram as mãos em direção à sua antiga casa no bairro Kalil. O descontentamento era visível no rosto de Jacob. Mark, porém, abriu a porta antes que os dois chegassem à varanda.
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  — Benvenuta, il mio tesoro! — gritou Mark para os dois parado à porta.
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  — Sem palhaçadas, Mark — Jacob o dissera direto.
  Ele passou à sua frente a fim de que ela entrasse primeiro e ficou encarando Mark ao lado da porta quando entrou.
  — Eu estava ansioso para revê-la, depois de nosso Bacio.
  — Eu acho que você não entendeu, não é, Mark? — Jacob tentou avançar na direção dele, mas o segurou.
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  — Black!
  — Amigo, amigo… — Mark zombou Jacob referindo-se como se ele fosse um cão.
  — Mark. Sem gracinhas! Não torne tudo mais complicado, por favor — também o repreendeu arrancando-lhe um sorriso de zombaria.
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  — Como se sente, ? — curioso, Mark perguntou, dando uma encarada nela dos pés à cabeça.
  — Como pode ver, você deixou algumas sequelas.
   abriu os braços se olhando, como se as mudanças em seu corpo fossem visíveis demais.
  — Não. Não deixei. Há um realce diferente em sua aparência… Como a sua pele mais clara… Ah! — Mark suspirou pesadamente com ar de pena. — Que droga! Eu adorava o seu bronzeado natural… Mas creio que para uma moradora da praia, logo isso voltará ao normal.
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  Jacob bufava enquanto o vampiro conversava com e lançava provocações.
  — Mark, algumas alterações foram feitas, mas a verdade é que eu sou imune ao seu veneno.
  A feição de Mark pareceu conformada, como se ele já soubesse daquilo.
  — Eu sei. Desde que feri teu punho eu descobri que por mais que a ferisse, não ia adiantar. E fico confuso com isso desde então. Estudei cada linha de meus escritos sobre como libertaria Rhikan já que não faria efeito transformá-la. Então reli as descobertas de Darak, e de fato, o ritual poderia dar certo. Mas com essa sua maldita ligação com os lobos…
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  — Você descobriu mais alguma coisa? — perguntou mais curiosa se aproximando dele, e Jacob revirou os olhos ao ver a namorada tratar o vampiro como um parceiro de investigações.
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  — Você anda transformando seus lobinhos, não é? Acho que por isso está aqui.
  — Como esse cara sabe tanta coisa? — Jacob sussurrou contrariado.
  — Trezentos anos de sabedoria, meu caro lobo! E lamento que prefira os atletas, aos inteligentes — Mark escutou e respondeu a ele de forma provocante.
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  Jacob novamente tentou avançar sobre ele, mas o segurou.
  — Temos um pacto, Mark. E você tem que me ajudar.
  — Não, eu não tenho. Mas, eu vou porque eu ainda acho que posso tirar o Jacob do meu caminho. Afinal, Edward conseguiu e ele é um banana, por que eu não conseguiria?
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   tentou de novo segurar Jacob, mas com aquela provocação ela não teria como. Black foi muito mais rápido e forte e lá estava ele segurando Mark pelo pescoço contra a parede. O vampiro riu zombando.
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  — Oras, Jacob, supere isso! E me solte porque é você quem precisa de mim.
  — Black… — Ao ouvir a voz de , ele soltou Mark e lhe deu as costas, mas logo girou o corpo e de surpresa deu um soco no rosto de Killiam.
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   revirou os olhos e estendeu a mão para que Black a pegasse se juntando a ela no sofá de Mark.
  — Estressadinho o seu namorado. — Já Mark continuou zombando. — Diga logo antes que eu quem perca a compostura e revide a ele. O que quer de mim agora, ?
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  — Vamos precisar do seu veneno. Muitas vezes. E, das respostas que já tem.
  — Uma coisa de cada vez, . Eu não sou idiota. Vou querer algo em troca…
  — Eu não vou hesitar de novo, Mark. Ou você para com as gracinhas ou eu te mato sem pensar duas vezes se precisarei ou não de você vivo! — Jacob esbravejou.
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  — Jacob, acalme-se! Mark só quer te provocar.
  — Eu realmente adoro provocá-lo — Mark respondeu rindo e caminhou até a antiga escrivaninha de , puxando um livro da gaveta. — , eu te ajudo com seu “antídoto”. É isso o que está tentando fazer, não é? Mas, pelo que li aqui… Não vai funcionar…
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  — O que é isso?
  — Darak era um exímio matador, mas também estudioso. Este é o diário dele com tudo o que havia descoberto. E essas transformações não podem ser contidas, muito menos enquanto você estiver por perto. É você que as causa. Aliás, Rhikan.
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  — Então, por que vocês contavam que meus poderes aliados aos poderes dos vampiros seriam capazes de conter os quileutes?
  — Darak não teve tempo de contar isso aos outros. Afinal, ele era meu aliado. O nosso plano era me livrar da maldição e levar a garota. Os outros ainda acham que podem contar com isso.
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  — Que outros? — perguntou Jacob eufórico.
  — Os Volturi. E seus velhos amigos, Jacob.
  — Malditos! — grunhiu Black enquanto Mark ria.
  — Ainda assim tentaremos, Mark. Você, por favor, nos acompanhe ao laboratório. Eu quero tentar todas as possibilidades.
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  — É perda de tempo, mas se quer tentar… — Mark respondeu e subiu as escadas. e Jacob ficaram confusos o aguardando. Quando desceu, ele estendeu uma caixa para .
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  — E eu ainda estarei esperando-a, , como eu disse… Sua única chance de salvar os quileutes é se afastando deles, porque Rhikan só pode ser extraída de você com a minha morte e eu não pretendo morrer.
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  — O que é isso? — abriu a caixa e havia ali três vidros com um líquido parecido com o que Leah lhe informou.
  — É o veneno dele — respondeu Jacob com a cara fechada.
  Provavelmente as dolorosas lembranças que ele não contava para deveriam ter surgido.
  — Como sabia?
  — Depois de nossa viagem à Bélgica achei que tinha entendido que não pode me esconder nada.
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  — Odeio o fato de que você ainda consegue estar um passo à minha frente!
  — Nossa ligação está ainda mais forte agora, gracinha. Não achou que Rhikan influenciaria apenas a eles, não é?
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  Mark ria e decidiu esquecer a tal “ligação” que tinha também com Mark. Era menor do que a sua com Jacob, mas também importante por dar a ele informações preciosas.
  — Uma última coisa, Mark… Me diga, por que o ritual não deu certo? — perguntou se levantando após fechar a caixa que ele lhe entregou.
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  — Porque não basta tudo aquilo… O lobo presente no ritual não pode ser qualquer um.
  Killiam sorriu com maldade então se arrepiou com aquilo. Black perguntou-lhe do que ele estava falando, mas não respondeu. Fitava os olhos cruéis de Mark e quando ele lançou um olhar de cobiça a Jacob, o entendeu. Pegou a mão de Black e o guiou para fora dali. Mark os acompanhou calmo e acenou falsamente da varanda. Enquanto os dois entravam de volta ao carro, Jacob perguntava para ela, o que o vampiro queria dizer, e apenas pediu para que ele fosse em direção ao laboratório porque Leah estava esperando.
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  Ao chegarem no laboratório, Jacob não insistiu naquelas perguntas. Ele conseguiu entender o que Mark quis dizer quando percebeu a grande preocupação da namorada com o assunto e, claro, depois de ouvir os pensamentos de . Ela abriu a porta de entrada do laboratório e foi até a parte de trás do balcão da recepção deixando sua bolsa ali. Antes que entrasse à porta do laboratório em si, Black segurou a mão dela a impedindo.
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  — Eu teria que morrer, não é? Não adianta mentir, seus pensamentos… Eu já entendi.
  — Não tenho certeza se foi isso que ele quis dizer.
  — Mas se não for eu, certamente é um de nós. O tal lobo que ele falou não poder ser “qualquer lobo”.
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  — Ninguém vai ter que morrer, porque eu tenho isso! — falou enérgica para Black mostrando a caixa com as porções de veneno de Mark.
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  — Mani… Apenas não fique alarmada com as palavras de Mark. Ele mente, não é confiável. Tenho certeza que seja qual for a saída, todos ficaremos bem.
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  — Não me venha com este tom de morte, Black!
   soltou a mão da dele, e Leah abriu a porta da sala saindo de dentro do laboratório e os encarando curiosa. Black e ela não deixaram de se olhar nos olhos, e nem de terminar o assunto mesmo com a presença dela.
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  — Eu não vou deixar ninguém morrer por causa disso!
  — Mani, eu só quero dizer que algumas coisas podem estar fora do seu controle. Eu também acredito que há outro modo. Mark não é confiável como eu disse, então, não se preocupe a ponto de se maltratar em fazer isso… — Ele pegou a caixa da mão dela concluindo: — Dar certo a qualquer custo, por medo do que ele disse.
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  — Eu sei, Black. Vai dar certo, sem que ninguém se sacrifique por isso… Desculpa.
  — Desculpa, pelo quê?
  — Por ter feito todo este mal a vocês desde que cheguei aqui.
  — Você não tem culpa de nada!
  Black estava exaltado. Na verdade, os dois estavam. também vivia um misto de controvérsias. Não sabia se acreditava ou não em Mark.
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  — Sempre soubemos que eu tenho influência nisso tudo. E hoje, Mark confirmou tudo o que vinham me dizendo sobre eu ser a responsável por…
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  — Para! — Black a interrompeu. — Pare de se culpar, eu já disse que não devemos acreditar em tudo o que aquele maldito frio diz.
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  — Acontece, Black, que eu devo a ele tudo o que descobri até agora. Como não acreditar? Se Mark estivesse mentindo eu já teria descoberto há muito tempo. E, no entanto, tudo o que ele disse fez as peças se encaixarem.
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  — Er… Pessoal, eu… O que está acontecendo? — Leah os tirou de sua discussão a dois.
  — Black, pode passar na farmácia e ajudar Steve com todas as burocracias do dia? É só pegar tudo o que ele vai lhe entregar, eu confiro depois.
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  — Claro. Fique bem e não esquece que eu te amo.
  Ele abraçou a sua Mani apertadamente e beijou-a na testa. Se despediu silencioso de Leah e quando as duas mulheres ficaram sozinhas, contou tudo o que havia acontecido. Leah estava tão assustada quanto eles, mas concordava piamente com Jacob sobre não acreditar em tudo o que Mark dizia. Decidiram que a melhor coisa a fazer no momento era focar nos trabalhos com as fórmulas.
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  Passaram pouco mais de uma semana trabalhando na fórmula. Os resultados estavam cada vez mais perto, entretanto, todo pequeno erro culminava na perda de material. E tempo. Quando restou o último frasco de veneno, Leah adotou uma postura tão animada para alcançar um resultado positivo que não conseguia ter. Estava cansada de furar suas veias coletando sangue, cansada de chegar ao quase, cansada de pensar o que faria se não desse certo, cansada de pensar que Mark mais uma vez poderia dizer a verdade. Cansada, apenas.
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  Na tarde de sexta-feira, ela saía da farmácia após verificar os trabalhos da semana com Steve, quando viu a motocicleta de Leah aproximar. Ela tirou o capacete revelando um sorriso largo.
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  — Consegui!
  — Não brinca.
  — Consegui, ! Vamos para casa.
   correu apressada ao seu carro estacionado do outro lado da praça e Leah partiu rápida. Chegaram quase juntas à reserva, e quando ela desceu da moto gritou a todos. foi ao encontro dela no meio do pátio enquanto pouco a pouco os quileutes se aproximavam.
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  — Leah! Não faça rodeios! — estava tão preocupada e ansiosa que mal podia esperar todos chegarem para saber.
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  — Calma, , deixe que todos cheguem então eu digo.
  Saíram apressadas para reunir todos, e se direcionou até a cabana de Billy, o encontrou dormindo em sua poltrona e acordou-o, ansiosa.
  — Desculpe, Billy! Leah tem um recado urgente, onde está Black?
  — Na marcenaria.
  — Por favor, se apresse.
  — Pedir a um velho para correr já é um insulto. Pedir a um velho para correr em uma cadeira de rodas ainda mais, — ele resmungou e se colocou a empurrar a cadeira dele rapidamente. Billy se assustou e reclamou um pouco, depois ela foi correndo até Black. Jacob estava concentrado em um totem que talhava e não a percebeu chegando.
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  — Black! Venha rápido!
  Ele olhou assustado e antes que perguntasse algo, ela saiu correndo de novo. Logo Jacob a seguia apressado e todos aguardavam em um grande círculo no meio do pátio.
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  — Pronto, Leah, fale de uma vez! — disse ansiosa e ela sorria encarando todos.
  — e eu trabalhamos com muito foco no antídoto estes dias. E foram muitas as falhas, mas estivemos próximas dos resultados. Há alguns dias, eu consegui atingir o percentual exato de hemácias da reagentes ao veneno de Mark.
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  — O quê?! Como você não me diz isso? — perguntou revoltada e chateada com Leah.
  — Eu não queria que todos tivéssemos falsas expectativas, . Por isso eu menti para você. Mas a verdade é que eu consegui o resultado.
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  Todos sorriam e comemoravam.
  — Então agora é só testar!? — perguntou Seth sorridente fazendo com que todos encarassem novamente Leah.
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  — Não necessariamente.
  — Como não!? — bradou .
  — Eu já testei.
  — O quê? — todos perguntaram confusos.
   encarou os olhos negros de Leah com curiosidade, confusão e medo. O que ela teria feito para chegar à conclusão que parecia ter chegado?
  — Eu não podia criar expectativas em mais ninguém. E de acordo com os estudos que a desenvolveu ao longo de nossos dias de pesquisa, a probabilidade de dar certo resultaria num antídoto potente a ponto de curar os lobos inclusive de sua forma natural. Se um de nós deixasse de ser lobo, então a probabilidade de anular o avanço das transformações é muito maior.
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  — Leah… — Sue pronunciou o nome da filha com certo pesar e preocupação, mas a jovem continuou sem deixar Sue dizer mais nada.
  — O que quero dizer é que, se um de nós deixasse de ser um lobo comum, logo, um de nós ao chegar ao estágio de lobisomem voltaria apenas a ser lobo. Não só retardaríamos, como anularíamos o avanço.
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  — Leah o que você fez? — perguntou Embry preocupado.
   estava certa. Ela sentia que Leah havia feito o que ela imaginava, e se sentia muito culpada por aquilo.
  — Quando descobri os resultados positivos da fórmula, eu me fiz de cobaia. E já se passaram os dias necessários para saber se a fórmula funcionou em mim. E antes que qualquer um me recrimine por isso… Eu quero dizer que foi minha escolha. E se isso der certo, eu vou ter realizado um sonho.
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  Ela olhou para Embry com os olhos marejados, para sua mãe, seu irmão e para Sam. Sam de certa forma estava chateado com aquilo. Ele abaixou a cabeça sem encará-la.
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  — Eu passei anos me sentindo perdida, me sentindo sem uma identidade porque tudo envolvia a todos. A vida de um era a vida de todos. Meus pensamentos eram compartilhados contra a minha vontade. Eu não podia fazer muitas coisas como as garotas normais. Eu sofri com um imprinting maldito. E depois que encontrei o meu verdadeiro amor… — Ela olhou para Embry — eu tive que lidar com a chance de perdê-lo, com a falta de paz por estar distante… Este elo quileute que não nos permite nos afastar, e nos maltrata quando perdemo-nos da alcateia. O rompimento que nunca é permitido… Enfim… Tudo isso me fazia sofrer estudando longe de todos, como se uma corrente amarrada aos meus pés me impedisse de seguir. Minha mãe sabe da minha dor, e sempre soube que eu escolhi a Medicina para tentar me livrar disso.
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  Todos os quileutes estavam de certa forma confusos. Os sentimentos de Leah deviam ser conhecidos por alguns, mas o rompimento com a tradição sempre foi um tabu. Algo quase proibido.
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  — A vida é mesmo injusta. Enquanto eu fui forçado a não ser mais um lobo ativo, você, Leah, escolheu isso, matar quem você é. — Sam proferiu com mágoa e Emily segurou a mão dele.
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  — O que você diz ser uma benção, Sam… — Leah tinha um tom de choro com raiva, em sua voz — eu vejo como uma maldição tão grande quanto a de um frio!
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  Todos se espantaram com a fala dela. Sue abaixou a cabeça em um choro contido. Ela sempre soubera as razões de Leah, e a compreendia. Mas, também sentia-se ferida por não poder fazer nada.
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  — Ter a vida roubada por um fardo, geração após geração. Um fardo que agora se torna maior e pior! Isso não é uma benção! Jake tentou fugir de ser o alfa e não pôde escolher! Você feriu a mulher que ama e perdeu um de seus braços por isso que você diz ser uma benção! Malaika nos comprovou quantos de nossos antepassados tiveram que se matar aos poucos por causa dessas transformações! E nós passamos a nossa vida a vigiar e defender um território de seres tão repugnantes. Mas, quem disse que não somos repugnantes como eles? Só porque protegemos os cidadãos de Forks? Eles não têm outra condição de sobrevida, Sam. São seres selvagens, malditos, assim como nós que os caçamos. A única diferença é que nós podemos nos camuflar melhor entre humanos. Ou melhor… podíamos.
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  Sam escutou todas aquelas palavras calado. Assim como todos ali. Leah conseguiu transformar uma condição em que todos se orgulhavam, em uma ponta de dúvida. Ele pegou Emy pela mão e saiu dali. Os outros permaneceram, quietos, assustados, alguns compreensivos e outros não.
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  — Eu concordo com ela — respondeu Bruh chamando atenção de todos. — Mas, não sei se é melhor ser um monstro ou um ser vulnerável e indefeso.
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  A jovem Ateara saiu e o único que disse algo no meio daquele silêncio constrangedor foi o patriarca da reserva.
  — Leah. O que está feito, está feito. Como saberemos se você agora é uma humana apenas ou não?
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  Billy retornou a atenção para o fato de eles não saberem ainda se deu certo.
  — É por isso que os reuni. Eu preciso testar… Se ainda tenho alguma ligação com os outros.
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  Leah limpou as lágrimas e se fez forte. Era claro que ela se sentia atingida pelos outros. Não era a revolta o que ela esperava. Achou realmente que iriam entende-la, mas todos pareciam desapontados demais. não achava que o discurso dela estava errado, aliás, sempre enxergou uma hipocrisia quileute em não compreender que suas tradições feriam também. Não diretamente, mas, indiretamente. Como Emily que ultimamente vinha sendo cobrada de uma maternidade que não queria ainda. E Sam, que quando deixou de “ser útil” deixou de fazer parte do escalão de frente da alcateia. Ou de Black que por mais escolhas de fugir das responsabilidades no passado, não conseguiu atingi-las, fora o peso de ser um Black. Considerado líder e exemplo para o povo quileute. E para além dos sentimentos deles, colocou também os seus. Ela ainda não havia esquecido o quanto sofreu quando chegou e foi limitada por ser “uma intrusa” com pouco conhecimento de questões importantes. Logicamente, uma coisa não se comparava à outra, mas ela conseguia compreender Leah.
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  — Então vamos começar — disse Jacob, tomando a frente do círculo.
  Ele sorriu para Leah na tentativa de dar-lhe apoio. Ela sorriu de volta e acenou levemente a cabeça agradecendo. Paul, Quil, Embry e Seth se colocaram ao centro junto a Black. Leah aproximou-se mais deles. Passaram um tempo se olhando silenciosos.
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  — Não ouviu nada?
  — Não — respondeu ela.
  Todos se olharam novamente, Billy abaixou o olhar e Sue o encarou preocupada.
  — Então vamos direto ao que nos garantirá se você perdeu ou não seus poderes, Leah — disse Black e foi o primeiro a se afastar dos outros correndo e transformou-se. Em seguida Seth, Quil, Paul, Embry. já os havia visto em forma de lobo, mas sempre era espantoso presenciar aquilo: a transformação em si. Leah se afastou um pouco e correu de olhos fechados. Quando os abriu, encarou a todos novamente em suas formas humanas. Ela pôde perceber pela altura que os via, que nada havia acontecido. Era isso. Ela havia se tornado humana, apenas humana.
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  — Estou até aliviado. Nunca mais você vai se meter nos meus pensamentos e correr para contar qualquer coisa à mamãe! — Seth foi o primeiro a falar, e o único a fazer alguns deles sorrirem.
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  No meio do clima fúnebre, ele se compadeceu da alegria da irmã e a abraçou, e Sue se juntou aos filhos.
  — Não nos cabe julgar a Leah, mas agradecê-la. Por causa dela sabemos que temos uma chance de salvar outros de nós. Eu fico feliz também que você pôde ter a sua própria escolha, Leah — Black falou como um líder. Abraçou Leah. Em seguida, Quil, Paul e Embry vieram abraçá-la.
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  Ela estava muito sorridente e alegre. Aos poucos os outros aceitariam aquilo. No momento, eles sentiam-se divididos e aquilo era natural. saiu dali em direção à sua cabana após abraçar Leah, em um misto de felicidade e culpa. Ela se sentia extremamente culpada por tudo o que vinha acontecendo, e embora soubesse que não teria como evitar chegar até onde chegaram, pensava se deveria continuar entre os quileutes.
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  — Pode tirar essa ideia absurda da sua cabeça.
  — Black… Não faça mais isso! É invasivo.
  — Desculpe, amor, força do hábito.
  Ele a abraçou carinhoso e ela o puxou para sentar-se com ela ao sofá.
  — Tem acontecido tanta coisa, e eu sinto que estamos longe do fim.
  — Não pense assim, meu amor. Agora que sabemos a cura estamos próximos de finalizar isso tudo.
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  — Embry foi o primeiro, você o segundo, Quil o terceiro… Será que vai dar certo? Eu não consigo parar de pensar no que Mark disse.
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  — Já deu certo, Mani! Leah é a prova.
  — Leah foi topetuda de testar nela o antídoto! Meus estudos eram apena hipóteses prováveis de dar certo com o caso dos lobisomens. É como uma ferida, quanto mais raso o corte, mais fácil cicatrizar.
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  — Então pode não dar certo?
  — Pois é… Temo que ela tenha feito tudo à toa.
  — Não. Não. Ela estava muito confiante, e à toa não foi. Ela está feliz.
  — Verdade… A propósito… — virou-se de frente a ele e colocou suas pernas em seu colo. — Estou orgulhosa pela forma como a tratou.
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  — Não foi nada. Ela merece a compreensão de todos. Ela teve coragem de dizer e agir como muitos de nós nunca conseguimos.
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  O casal de namorados sorriu um para o outro e ficaram pensativos.
  — Vai seguir a ordem para aplicar o antídoto?
  — É o certo. Devido ao tempo que cada um foi exposto às mudanças, mas é estranho o fato de você ser o único que não teve sintomas tão significativos quanto os outros.
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  — Não me recordo quando diz que ocorreu comigo.
  — Voltando do passeio de moto, na estrada quando nós dois discutimos… — mencionou tentando fazê-lo lembrar.
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  — Verdade! Lembrei. Mas, não foi uma transformação, só um momento de fúria.
  — Segundo Malaika e tantos outros, eu posso ter despertado seus primeiros sinais. Lembra-se quando ela contou o motivo para acontecer a Embry? E ele sentir-se ligado a mim ao ponto de vocês precisarem me salvar dele?
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  — É, tem razão. Pode ser. Mas por que não manifestou mais?
  — É o que eu não sei. Desde que você se tornou o alfa, eu tenho me preocupado muito com isso, mas até hoje nada mais aconteceu. Já os outros, me parecem mais vulneráveis.
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  — Hm… Sabe o que está vulnerável?
  — O quê?
  — Meu corpo tão perto assim de você e minha boca tão longe da sua…
  Jacob sorriu travesso a puxando em um abraço para mais perto de si. não poderia discordar daquele fato. Há algum tempo eles não curtiam um ao outro com tranquilidade.
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  — Sabe do que precisamos? — perguntou depois de beijá-lo.
  — Subir para o quarto?
  — Também… — ela o respondeu rindo — mas eu estava falando de passar um dia sozinhos trancados na cabana…
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  — Ótima ideia… Mas do jeito que as coisas andam, eu acho que não duraria um minuto a sós. Podíamos ficar sozinhos longe daqui.
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  — Alguma ideia nova, Jacob? — perguntou animada.
  — Sim! Nós vamos para o quarto agora!
  Jacob a ergueu em seus braços e enchendo-a de beijos guiou-os ao quarto de que, risonha, desceu do colo dele o empurrando levemente até a cama. Antes que Jacob caísse nela, ele a virou abraçada em seu corpo e quem caiu na cama foi ela. ficou encarando seu olhar firme que analisava cada linha do rosto dela.
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  — Você é tão linda, Mani.
  Ela sorriu e ruborizou. Ouvir qualquer elogio por parte de Black a deixava constrangida. Aquele homem lhe amava tão verdadeiramente que ela mal podia acreditar. Contornou as linhas de seus lábios com a ponta dos seus dedos, e ele passou o braço por baixo das costas de , puxando-a para perto e a beijando apaixonadamente. sentiu a mão quente de Black acariciar sua cicatriz, e imediatamente ela queimou. Não pela temperatura dele, mas pela dela. atacou-o voraz com um beijo forte e um abraço entregue e dali o casal seguiu com suas carícias até o amanhecer.
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  Ela sentiu o Sol bater em seu rosto e como se houvesse sonhado com a noite sórdida que tivera com Black, levantou subitamente se sentando na cama. Abriu os olhos assustada e lá estava ele ao seu lado deitado e igualmente surpreso.
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  — O que houve?
  — Achei que tinha sonhado.
  — Como?
  Ele apoiou-se sob os cotovelos a olhando confuso. E avançou novamente sobre ele, o abraçando firme.
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  — Em hipótese alguma saia de nossa cama sem que eu acorde. Ouviu?
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  Jacob riu baixo e se ergueu sentada em seu colo. O vidro da janela que tinha sombra da árvore do lado de fora, permitiu a ela ver o seu reflexo, mesmo com o Sol invandindo o espaço. Ela estava descabelada como nunca estivera.
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  — Céus… Olha o meu cabelo!
  — Está lindo.
  — Estamos cada vez mais selvagens, Black.
  — Somos lobos. O que você queria? — Ele riu a beijando.
   saiu da cama e foi ao banheiro, logo Jacob a seguiu e enquanto escovavam os dentes, eles não paravam de olhar um para o outro. A cada dia que passava se sentia mais, e mais apaixonada. E Jacob também.
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  Ela desceu antes dele para preparar o café da manhã, e ele chegou um tempo depois. O casal comeu juntos, abraçados na varanda da cabana. Alguns amigos acenavam e os convidavam para tomar café na cabana de Sue. Mas, eles só queriam ficar sós um pouco.
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  — Eu não disse que está ficando difícil ficar a sós?
  — Como faremos quanto a isso? — Mani perguntou, suspirosa.
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  — Se arrume. Vamos passar o dia na oficina.
  — Sério, Jacob? Que romântico… — disse sarcástica.
  — Quero mostrar uma coisa a você.
  — Na oficina?
  Ele a empurrou para dentro de casa, rindo e fazendo voto de silêncio e mesmo sob protestos de curiosidade dela, Black não contou nada até chegarem lá.
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  O lugar estava organizado, muito bonito e havia uma mesa central coberta com algo grande.
  — Confesso que nem me lembro direito da oficina…
  — Você deveria vir mais vezes ao trabalho do seu namorado.
  — O que é isso?
  Perguntou tentando espionar o que tinha abaixo do lençol que cobria algo na mesa central. Aquela era a mesa onde Jacob deixava a peças mecânicas que consertava, montava ou desmontava. Ele surgiu ao seu lado batendo de leve em sua mão.
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  — É surpresa!
  — Não foi para isso que me trouxe aqui?
  — Sim, mas não agora. Primeiro vamos passear. Eu só vim pegar a moto.
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  — Então eu quero pilotar!
  — Ahn… Eu planejei pilotar com você na minha garupa… — Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e sussurrou: — Bem coladinha em mim…
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  — Tudo bem, eu deixo passar dessa vez.
  Eles se prepararam para sair e olhou mais uma vez para o lençol coberto tentando imaginar o que havia ali. Não se aguentava de curiosidade. Black parou em um posto de gasolina alguns quilômetros à frente da oficina e encheu o tanque.
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  Seguiram pelas estradas o dia todo. Ele havia preparado um dia de circuito viajante. Foram de cidade em cidade das proximidades de Forks com a moto. não podia acreditar naquela loucura! O dia inteiro tiraram fotos, conheceram lugares — a maioria ele já estivera —, e por fim pararam em um restaurante de uma das cidades para jantar.
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  — Black! Estou destruída! Olha para mim, não vai me fazer entrar aí para jantar, não é?
  — Você está linda, e a fachada é só uma fachada! Vamos! Você vai gostar daqui, o dono é meu amigo.
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  Assim que eles entraram, ficou abismada. O lugar que parecia elegante ao lado de fora, por dentro recriava um bar de motociclistas. Ela começou a gargalhar assim que entrou e Black ria junto, perguntando “o que havia de errado”. A risada de atraiu olhares das mais diversas figuras ali: motoqueiros charmosos, dos clássicos aos modernos, motoqueiros mal-encarados e até a um grupo de motoqueiros idosos.
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  Black a abraçou guiando a namorada até o balcão e logo ouviram a voz de um homem o chamando.
  — Jake!
  — Carl! Como você está, cara? — Black sorriu largo estendendo a mão em cumprimento e um meio abraço carinhoso ao homem.
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  — Jake! Seu idiota, por que não veio mais aqui?
  — Andei ocupado nos últimos tempos. Mas senti saudades do melhor hambúrguer da região!
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  O homem que o cumprimentara observava , atento.
  — E eu trouxe uma pessoa para conhecer a toca.
  — Estou vendo… — Ele respondeu olhando surpreso de para Jacob.
  — Esta é , minha namorada.
  A voz orgulhosa de Black ao apresentá-la a deixara encantada. Ela nunca havia o visto se referir a ela como sua namorada daquela forma.
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  — Eu sou o Carl. — O homem estendeu a mão em cumprimento para . — Seja bem-vinda à Toca dos Desviados, . E parabéns por conquistar esse cara.
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  — É um prazer conhecê-lo, Carl. Estou muito feliz em descobrir outros lugares da convivência do Black.
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  Ele sorriu e logo foi direcionando-se ao balcão. Jacob pediu a ele “o de sempre” para os dois.
  — Trouxe sua namorada para comer hambúrguer, em um bar de motoqueiros chamado “Toca dos Desviados” como programa romântico, Black? — perguntou risonha.
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  — Não gostou? — perguntou preocupado.
  — Adorei. Nunca outra pessoa poderia pensar em algo tão… Próprio.
  Ele sorriu. O mesmo sorriso solar que ela amava. beijou tranquilamente o seu namorado, e assim que avistou uma vitrola correu até ela. Jacob observava sorrindo. Ela pegou uma moeda em seu bolso e inseriu na máquina, procurou pela música que tinha em mente. E logo que encontrou, deu o “play” se virando para Black, e dali onde estava, começou a fingir tocar uma guitarra imaginária. Aos poucos, as pessoas ali a olhavam curiosas, satisfeitas com a música, e Black começou a rir desacreditando que sua namorada pagaria tamanho mico. Ela puxou um dos tacos de sinuca da mão de um dos caras que jogava e que a olhou sem entender nada, e continuou tocando sua guitarra imaginária que logo se transformou em um microfone.
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  A galera do local começou a bater palmas no compasso da música e logo chamou por Black. Ele deu um salto do banco onde estava e começou a cantar alto com ela, a segunda estrofe de “Dream On”. A música dos dois. A música que tocava quando deram seu primeiro beijo. Jacob a puxou pela cintura e de corpos colados continuaram cantando, como se não existisse mais ninguém ali. Ouviram o coro de alguns cantando com eles, o refrão. dançou colada a Black e ele pegou o taco de sinuca fazendo-o de guitarra. Ela deixou-o tocando e subiu na sinuca incorporando o próprio vocalista do Aerosmith. Jogou os cabelos de um lado ao outro, e todos batiam palmas junto com a música e cantavam em coro.
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   e Jacob fizeram um verdadeiro estardalhaço ali, Black devolveu o taco ao dono, e se jogou em seu colo sendo abraçada e beijada por ele. Todos gritavam e assobiavam, aos poucos iam retornando às suas diversões no bar, enquanto Black e ela continuaram rodopiando, beijando e curtindo o seu rock’in roll.
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  Quando voltaram ao balcão, Carl já estava lá com seus pedidos. Ele ria com a visão dos dois e lhes servia as bebidas. , mais do que faminta pegou o hambúrguer e antes de dar a primeira mordida, se desculpou com Carl.
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  — Me desculpe pela bagunça na Toca, Carl.
  — Que nada! Jake! Case-se com essa garota! — Ele disse ao casal que se entreolharam risonhos.
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  — Uau, Carl! Este hambúrguer é coisa de outro mundo!
  — Fico feliz que tenha gostado, . E você! — Ele apontou para Jacob. — É sério, case-se com essa garota!
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  — Pode deixar — respondeu Black, sorrindo a Carl e piscando para .
  Eles pegaram novamente a estrada um pouco depois de conversarem mais com Carl e terminarem de comer. Voltaram à oficina pelas duas horas da manhã, estacionaram a motocicleta e antes que saísse da oficina após pendurar o capacete, Black a segurou pela mão.
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  — Não está esquecendo de nada? — perguntou ele, apontando com o olhar, o lençol coberto.
  — Céus! Eu havia esquecido!
  Ela começou a rir e correu até lá retirando o lençol e dando de cara com uma maquete linda. Toda talhada e montada em madeira. Era uma casa. Uma espécie de cabana muito maior. E quando se girava a base dela podia-se ver toda a maquete de outros ângulos, a parte de trás mostrava cômodo por cômodo. E dois bonequinhos lá dentro deitados em frente à uma lareira.
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  — O que é isso Black? — perguntou enquanto observava a maquete minunciosamente.
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  — Eu construí enquanto você estava na Bélgica.
   se virou para encará-lo, espantada. Mas, o que viu a deixou ainda mais espantada. Black recostado à moto, com um braço cruzado e na outra mão uma caixinha de joia aberta.
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  — O que significa isso?
  — A maquete é a nossa casa, e isso — ele balançou a caixinha aberta em sua mão — digamos que estou seguindo o conselho de Carl.
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  — Black… — sussurrou com a voz falha.
  Ela se apoiou na mesa atrás de si e o encarava surpresa. Black se desencostou da moto e caminhou lentamente até ela. Segurou a mão de e a beijou, em um ritmo calmo. Encarou os olhos marejados da mulher, secando as lágrimas que se formavam.
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  — Você quer que eu ajoelhe? — Ele perguntou e ela acenou negativo. — Mani… Você me devolveu a alegria de estar vivo. E eu quero ser feliz contigo para o resto da minha vida. Aceita se casar comigo?
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  — Não brinca, Black. Isso não tem graça!
  — Eu sei que dissemos para “deixar as coisas acontecerem”, mas elas aconteceram, Mani. Eu não posso viver sem você.
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   não sabia se os últimos acontecimentos com Mark ou se o risco da morte surgindo tantas vezes entre eles, foram os motivos para Black tomar aquela atitude, mas ela estava extremamente feliz. Pulou em seu corpo enlaçando-se em sua cintura. Ele cheirou o pescoço dela e ela, mordeu o ombro dele. Afinal, era o ritual dos dois. O seu gesto de mostrar o quanto pertenciam um ao outro.
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  — Isto é um “sim”?
  — Para sempre!
   desceu de seu colo chorando e sorrindo. Eufórica e letárgica. Todos os paradoxos possíveis. Ele enxugou suas lágrimas e selou seus lábios. Pegou o anel dentro da caixinha e o colocou na mão dela, e ela sorria largamente, e novamente o abraçou.
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  No caminho de volta à reserva, não conseguia parar de olhar a própria mão com o anel de compromisso. Black ria hora ou outra quando a pegava sorrindo e admirando a joia. Por volta das duas e quarenta e cinco da manhã, eles terminavam de chegar no patio da reserva pela trilha que surgia na mata, onde a oficina ficava mais afastada. E estranharam a movimentação àquela hora. Luzes acesas nas cabanas e um burburinho na casa de Sue. Os dois se entreolharam curiosos e bateram à porta. Quando Leah a abriu, imediatamente ela começou a reclamar:
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  — Onde é que vocês se meteram, hein? Passamos horas tentando falar com vocês, e eu o dia todo os procurando!
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  — Precisamos fugir um pouco, ter um dia só nosso — Black falou encarando a todos. — O que houve, pai?
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  — Paul. Ele sumiu esta tarde e não o encontramos até agora.
  — Quem foi atrás dele?
  — Embry, Sam, Emily e Bruh.
  — Sam e Emily voltaram no início da noite. Seth e Quil foram procurar. Já Embry e Bruh estão desde cedo.
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  — Eu vou também! Para que lado seguiram? O que Paul fazia quando sumiu? — perguntou Black a caminho da porta.
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  — Não sabemos, Jake. Ele simplesmente desapareceu.
  — Eu vou com o Black!
  — Não, . Você fica aqui com Sue, meu pai, Leah e os outros.
  — Eu vou sim! Não me venha com essa agora, Black! Sabe que posso ser útil.
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  — Infelizmente não sabemos em que direção os outros estão, Jake. Eu não tenho mais como me comunicar… — Leah disse preocupada.
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  — Não se preocupem, nós daremos um jeito — disse abraçando-a.
  Jacob seguiu direto ao carro, já seguiu até sua própria cabana. Preparou uma bolsa de viagem emergencial, pegou carregador de celular e quando chegou ao carro exigiu ao Jacob que lhe permitisse dirigir. E ele aceitou, afinal, estava exausto de dia de passeio com ela e soubera que teimar contra naquele momento, nada adiantaria.
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Lelen
Admin
1 mês atrás

HEITCHA, TOME, DARAK, NO MEIO DA FUÇA!
E você também, Mark, levou na cara, tá se achando só porque é velho? Idade não significa sabedoria não, tá aprendendo na dureza, né? HEHEEH
Agora o negócio tá ficando sério, vamos ver pra onde vai esse poder todo e o que eles implicam na vida da pp e dos lobos ao redor dela.

Ray Dias
Ray Dias
30 dias atrás
Reply to  Lelen

Ai Lelen, eu fico tão ansiosa para o que você vai pensar/dessa história toda ♥

Lelen
Admin
22 dias atrás

Eu tava prontíssima para virar a mão na cara do Jacob, mas aí ele se explicou melhor. Embora a explicação dele ainda não seja tão boa pra me convencer, pra mim, ciúmes é falta de confiança, seja no outro ou em si mesmo HAHAHAH
Mas tá, pelo bem do casal, tá perdoado, Jake.
E que diabos é o beijo do vampiro, hm?
E será se a gente vai ver os Cullen se tornando os vilões da história? Ou será que a gente vai ter um arco de redenção/explicações? OIASIODANDOIANISDO

Ray Dias
Ray Dias
7 dias atrás
Reply to  Lelen

Sem redenções. O beijo do vampiro é a mordidinha, oras. AHAHHAH Jacob tem um raiz tóxica, não dava para eu apagar totalmente essa raiz do personagem original. ‘-‘ É o defeito humano dele, ser homem e controlador. USHAUSHAUS

Lelen
Admin
10 dias atrás

Eita, o que rolou com o veneno de vampiro e a interação com o emplastro pra parar as coisas no meio do caminho, hein? :O
Achei que o Mark ia de arrasta dessa vez, de verdade. Será se vai ter um “final feliz” para ele? Vai “viver” em paz em algum canto do mundo? Ou será se ele vai precisar morrer de toda forma? Apesar de tudo, eu gosto dele HAHAHAHAHAH
E que pesadelo ter uma pessoa 24/7 na sua cabeça e vice e versa, tem como desligar? HAHAHAHA

Ray Dias
Ray Dias
7 dias atrás
Reply to  Lelen

Posso garantir que o final feliz do Mark existe, mas são cenas para uma segunda fic. Todo mundo se apega no Mark isjashasuah o que me deixa muito feliz porque ele é meu personagem original, sinal de que eu trabalhei muito melhor do que a Meyer. HSUAHSAUSH É é verdade, deusu me livre desse complexo de Jean Gray, já não bastava o Edward lendo os pensamentos alheios, né?

Lelen
Admin
13 horas atrás

OREMOS QUE VEIO A NOTÍCIA BOA!
Tudo bem que ainda temos certas dúvidas sobre o quanto isso vai ser efetivo, mas inicialmente, temos resultados positivos finalmente!
E Mark continua um abusado, né? Mas o abusado que a gente ama (sim, aceito uma fic só com ele, quero na minha mesa pra ontem). E será se ele tá falando a verdade? Às vezes ele só não sabe de tudo, né, muitas coisas a serem descobertas.
Eu amei que a Leah pôde escolher quem ser no final das contas. Ela nunca quis ser uma loba, então essa escolha foi linda pra ela <3
E PRA ONDE CARALHOS FOI O PAUL, COMO ASSIM O HOMEM SÓ DESAPARECE?


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