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Continuum

41. Equilíbrio

Le Petit, Seattle

  Não há como negar, o coração de estava aflito e ansioso. Seu pulsar ficou mais forte assim que ele ouviu os passos de ao subir a escada, com uma ajudinha de seu salto alto. A residente finalmente havia voltado a sua razão, após ficar cinco minutos encarando os degraus, encerrando seu tempo de indecisão. Assim que a porta que estava entreaberta se abriu, o olhar de Baker elevou do chão até encontrar o rosto de sua esposa. Ela respirou fundo e terminou de entrar no escritório, fechando a porta em seguida.
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  — … — assim que iniciou sua fala.
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  Sollary se impulsionou mais que depressa e lhe interrompeu com um beijo caloroso e intenso. ficou estático de início até que aos poucos sua mente foi despertando e em segundos retribuiu o carinho que vinha de sua esposa. Ele estava surpreso com a reação de , entretanto feliz por ela ter agido o contrário que ele imaginou temeroso.
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  — Devo levar seu gesto como um sinal de paz? — sussurrou ele, segurando o riso.
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  Ela também tentou controlar seus sentidos com a malícia que sentia emanar dele.
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  — Quem disse que estávamos brigados? — retrucou ela, com um tom de brincadeira — Imagino que esteja tão perdido quanto eu fiquei, me desculpe por minha reação.
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  — Uau, Sollary pedindo desculpas? — ele elevou sua mão direita até a testa dela — Está com febre?
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  — Seu chato, deixa de ser bobo. — ela retirou a mão dele, rindo de leve — Não estou doente… Só recebi conselhos sábios de um amigo, que me abriram os olhos.
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  — Um amigo Dominos? — supôs.
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  Ela assentiu com um sorriso.
  — Você teve mais alguma conversa com a tal tia? — indagou , curiosa para saber o restante da história.
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  — Tal tia?! — ele olhou-a desconfiado e com um sorriso de canto bobo — Está com ciúmes, minha esposa?
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  — Claro que não, meu marido. — respondeu ela, devolvendo com um olhar debochado, então envolveu seus braços — Só quero me inteirar da história.
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  — Hum… — ele manteve o sorriso de canto, com um olhar mais malicioso — Acho que essa história pode ficar para depois, afinal… Este lugar tem me dado outras ideias…
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   soltou uma gargalhada boba, já entendendo as intenções indiscretas de Baker.
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  — Baker, não estamos na sua oficina. — comentou ela, sendo aninhada pelos braços dele.
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  — E o que nos impede? — sussurrou ele, com um olhar ousado.
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  E sentindo o primeiro beijo instigante de seu marido em seu pescoço, apenas se rendeu, não se importando com o ambiente em que ambos se encontravam. Afinal, era um amigo e entenderia as aventuras românticas do recém-casados ali presente. No final, não se completaria nem vinte e quatro horas do pequeno afastamento do couple Baker-Sollary, e no que dependesse dele, jamais havia uma sequer briga entre ambos.
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   não havia tido nenhum exemplo de relacionamento estável ou algo do tipo vindo de sua mãe. Em toda a vida ele apenas vivenciou Allison Baker ser uma mulher manipuladora, fria e calculista, mas ele sabia que o único homem que sua mãe tanto desejou na vida, foi aquele do qual nunca conseguiu uma gota de amor. Se o feitiço havia caído contra o feiticeiro, ele não sabia, mas que foi uma surpresa e tanto saber que Dimitri era o pai biológico de Annia. Algo que apenas confirmou que sua mãe, que tanto controlou as outras pessoas, foi controlada por quem menos esperava.
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  — Não acredito que profanamos o escritório do . — deixou seu comentário soar com um tom de brincadeira, enquanto ajeitava sua roupa no corpo.
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  Ele deu uma risada rápida e se encostou na mesa, de braços cruzados observando-a atentamente.
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  — O que está me olhando? — perguntou ela, ao perceber e olhá-lo de volta.
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  — Esse vestido é novo. — comentou ele, em tom de afirmação.
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  — Desde quando conhece meus vestidos? — ela ficou intrigada.
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  — Está impressionada? — ele riu novamente, e se moveu para se aproximar dela — Já disse que conheço tudo a seu respeito.
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  — Hum… — ela esticou a mão direita o parando no meio do caminho, dando um espaço considerável entre os dois — E não está com ciúmes? Sabendo que sua esposa está usando um vestido desconhecido?
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  — Claro que estou. — brincou ele, arrancando um sorriso bobo dela — Mas tenho que admitir, a pessoa que comprou tem muito bom gosto, te deixou ainda mais sexy.
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  — Seu bobo! — ela riu alto e bateu de leve no ombro dele — Devemos sair à francesa?
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  — O que você prefere? — perguntou ele.
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  — Hum… Prefiro passar a noite com você! — respondeu ela, dando mais um passo para frente dele e ajeitando sua camisa.
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  Ele piscou de leve e segurou sua mão, então se moveram para sair do escritório. Ao abrirem a porta, deram de cara com Nancy, a gerente do restaurante. O olhar da garota tinha traços de constrangimento e surpresa, ela sabia que o casal estava no escritório, só havia ouvido coisas que não deveria, deixando-a envergonhada.
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  — Senhor e senhora Baker… — a mulher respirou fundo, mostrando-se serena — O senhor Dominos me pediu para acompanhá-los pela saída dos fundos, assim teriam mais privacidade.
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  — Uau, ele pensa em tudo. — comentou impressionado.
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  — Está aí nossa saída à francesa. — concordou , assentindo.
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  Nancy os acompanhou pela lateral até que acessaram a passagem dos funcionários. Da porta de saída até a moto de foi um espaço curto, seguro e principalmente discreto. Ao som do motor ligado, a residente se agarrou na jaqueta do marido e assentiu para que o mesmo os levasse para casa. Não demorou muito até que chegaram ao apartamento de , no qual definitivamente seria a morada dele.
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  — Preciso de um banho. — sussurrou ela, ao seguir em direção ao quarto.
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  — Que sugestivo, depois eu é que sou o tarado. — brincou ele, enquanto retirava sua jaqueta.
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  — Eu só disse que preciso de um banho, você quem tem a mente maliciosa demais. — retrucou ela, ao parar no corredor e encará-lo.
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  — Quando se trata de você, todos os meus pensamentos são maliciosos. — ele sorriu de canto e a segurou pela cintura.
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  — Eu criei um monstro. — comentou ela, tentando empurrá-lo, mas se desequilibrando ao pisar em falso — Ai.
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  — O que foi? — perguntou ele, voltando o olhar para o tornozelo da esposa — Machucou?
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  — Não, eu só pisei em falso. — respondeu ela.
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  — Tem certeza? — reforçou.
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  — Tenho sim, está tudo bem. — ela sorriu de leve e piscou — Eu vou tomar um banho e você vai pedir pizza.
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  — Pizza? — ele riu — Sério?
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  — Claro que sim, eu não brinco quando o assunto é comida. — ela cruzou os braços ficando séria — E minha favorita é…
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  — Quatro queijos, eu sei. — disse ele — Só é estranho sairmos da inauguração de um restaurante e chegar em casa pedindo pizza.
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  — Senti um desejo forte de comer pizza. — ela manteve a suavidade no olhar, enquanto ele ficou intrigado — E não Baker, eu não estou grávida ou algo assim.
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  — Eu não disse nada. — ele em sua defesa.
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  — Mas seu olhar te condenou. — explicou ela — Agora vai.
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   deu uma risada rápida da cara dele, enquanto seguia para o banheiro. Assim como pedido, ligou para o serviço de entregas e pediu duas pizzas grandes, uma de quatro queijos e outra de marguerita. Foram longos minutos da residente dentro da banheira relaxando, até que sentiu o cheiro da pizza rescindido no lugar.
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  — Que cheiro gostoso. — comentou ela, vestida com o roupão de banho, seguindo para a sala.
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  — A melhor pizza de Seattle, segundo os meus funcionários. — disse ele, ao ajeitar as duas caixas em cima da mesa de centro, juntamente com a caixa de suco natural — Comprei no Post Alley para experimentar.
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  — Hum… Espero que seja boa mesmo, porque sempre comprei no Zeeks, apesar de ser mais cara, é uma delícia. — ela deu mais alguns passos e pegou a nota fiscal — Eu só estou vendo duas, por que ele cobrou três? — perguntou , confusa.
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  — Eu comprei mais uma e deixei com a Rosalie. — explicou ele — Achei que elas pudessem estar com fome, como sabe, meu apartamento não tem muita coisa interessante.
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  — Ah… — se sentiu incomodada internamente, claro que não seria fácil se acostumar com a inesperada realidade, então teria que ser mais paciente do que imaginou.
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  — Está tudo bem para você? — perguntou ele, ao olhá-la com seriedade.
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  — Claro, você não pode deixar sua filha com fome e seja lá quem estiver com ela. — tentou disfarçar.
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  — Eu não sei se Rosalie vai ficar, para ser honesto, eu não pensei em muita coisa depois que o caos foi jogado em nosso meio, só estava preocupado com você e nós. — confessou ele — Mas nada como uma noite de descanso pra colocar as ideias em ordem.
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  — Do que está falando? — ela cruzou os braços.
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  — Estou falando que amanhã resolveremos como tudo vai ficar. — ele se aproximou dela e descruzou os seus braços — Enquanto isso, vamos aproveitar nossa pizza hoje e que tal um filminho sugestivo?
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  Ela caiu na gargalhada.
  — O massacre da serra elétrica? — brincou ela, com um tom debochado.
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  — Depois eu que sou perigoso. — ele fez um olhar de chocado — Estava pensando em algo mais, romântico.
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  — Romance para mim é uma maratona de Chicago Med. — disse ela, ao se desviar dele e sentar no sofá já pegando o controle.
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  — Pelo menos você não disse a série que os médicos morrem e os pacientes vivem. — ele segurou o riso esperando o olhar atravessado dela.
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  — Olhe como você fala de Grey’s Anatomy.
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  — Eu tô mentindo? — a olhou tranquilamente.
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  — Não, mas também não precisa falar tão abertamente assim, eu ainda não superei a morte do Derek. — reclamou ela, fazendo bico.
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  — Então é por isso que você não tem assistido mais? — ele riu de leve.
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  — Não ria de mim, eu não estava preparada para aquela cena. — explicou ela, em sua defesa.
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  — Tudo bem, vamos de Chicago Med então. — ele segurou o riso e sentou ao lado dela — Mas se você dormir, da próxima vez eu coloco Chicago Fire.
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  Ela o olhou de forma séria.
  — Cada um com a sua preferência, gosto mais dos bombeiros, tem menos sangue. — brincou ele.
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  — Ha… Ha… Ha… Falou a pessoa que ama se machucar. — ela voltou o olhar para o joelho dele — Como estão esses pinos?
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  — Normal, não tem doído tanto quanto antes. — respondeu.
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  — E os analgésicos? — insistiu.
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  — A Torres mudou minha receita, está tudo bem. — ele pegou o primeiro pedaço e sorriu para ela — Vamos comer?
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   assentiu retribuindo o sorriso e pegando seu pedaço escorrendo queijo. A noite do casal foi mesmo romântica à moda da residente, se servindo de sua pizza favorita e sendo acariciada pelo mecânico que acelerava seu coração. Claro que antes que pudessem chegar no quarto episódio da terceira temporada, Sollary já havia se rendido ao sono e adormecido nos braços dele. ao perceber, apenas pausou o episódio e ficou longos minutos acariciando os cabelos de sua esposa, olhando-a com carinho.
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  — ? — sussurrou ele, ao notar que ela ainda vestia o roupão de banho — Amor?
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  A residente sorriu de leve ao ouví-lo, mantendo seus olhos fechados.
  — Eu não estou dormindo. — sussurrou ela, de volta — Por que desligou a TV?
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  — Eu não desliguei a TV. — ele riu baixo — Acho melhor você vestir seu pijama e irmos dormir.
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  — Não estou com sono, não quero dormir. — disse em sua teimosia.
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  — , você estava dormindo. — insistiu ele.
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  — Não estava não. — ela abriu um pouco os olhos — Estava descansando minha vista.
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  — Sei. — ele a olhou sério.
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  — Tá bom. — ela assentiu e meio cambaleando, se levantou do sofá.
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  Em um piscar de olhos, a pegou no colo de surpresa, levando-a para o quarto.
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  — Baker, eu tenho pernas, sabia? — comentou ela, assim que o mesmo a deixou de pé no centro do quarto.
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  — Só estava garantindo que você não tropeçasse pelo caminho. — ele piscou de leve e se virou para sair.
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  — Aonde vai? Me chama para dormir e me abandona no quarto? — ela estranhou.
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  — Calma, senhora Sollary Baker, eu já volto. — disse ele, saindo pela porta — Preciso recolher as coisas da sala.
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  Ela assentiu ainda sonolenta e se virou para o closet. Enquanto a residente colocava seu pijama, ao chegar na sala foi recolhendo os copos e guardando o restante dos alimentos na geladeira. Desligou a televisão e ajeitou as almofadas no sofá, então apagou as luzes e retornou para o quarto. Ao chegar, encontrou sua esposa já deitada na cama e completamente adormecida.
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  — Não está com sono, não. — sussurrou ele, rindo baixo — Você vive com sono.
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  Ele se espreguiçou um pouco, retirou o celular do bolso da calça e trocou de roupa. Antes de deitar ao lado de , Baker pegou novamente o celular e olhou as mensagens que recebeu. Algumas eram de James relatando alguns assuntos da oficina que somente ele poderia resolver, e uma em especial era de sua irmã Annia, comunicando que estava preparando um jantar em comemoração ao casamento deles, juntamente com Joseline Sollary.
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  Um suspiro cansado surgiu, assim que ele imaginou a possível reação da mulher ao seu lado, quando soubesse da notícia.
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  Na manhã seguinte, acordou ouvindo algumas vozes alteradas vindo da sala. Reconhecendo uma delas como a da sua cunhada. O que estaria Annia fazendo ali? Ela se trocou rapidamente e seguiu para sala, quando chegou se deparou com um clima pesado e de confronto de olhares sérios entre os irmãos.
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  — O que está acontecendo aqui? — só então o olhar de se voltou para o canto da sala, onde estavam Rosalie e Molly se escondendo atrás da tia.
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  — Oi cunhadinha, tudo bem? — Annia abriu um sorriso sarcástico, como se nada estivesse acontecendo — Vim visitar os recém-casados.
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  — ? — ela olhou para o marido.
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  — Annia veio por outro propósito. — explicou ele, claramente — Ela sabia sobre a Molly.
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  — Annia? — voltou seu olhar chocado para a cunhada.
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  A chefe Baker por outro lado se manteve serena como sempre. Estava mais preocupada com outros assuntos que desenvolveram a situação até aquele estado.
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  — faz uma tempestade em um copo de água. — ela voltou o olhar para Rosalie — Eu estava cuidando muito bem de vocês duas, me chateia ter perturbado a lua de mel do meu irmão.
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  Annia foi sutil em suas palavras, mas o que realmente queria dizer é: Você estava em segurança e me desobedeceu, não era para meu irmão saber desta forma, então se prepare para arcar com as consequências.
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  — Me desculpe, senhora Baker, mas sabe muito bem meu motivo de vir. — retrucou Rosalie, segura de que nada lhe aconteceria, enquanto estivesse sob a proteção do pai de sua sobrinha.
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  — Afinal de contas, o que a trouxe aqui? — perguntou diretamente ao marido.
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  — Há três meses a mãe de Molly foi assassinada, e quase chegaram na minha filha. — respondeu , retirando o cartão do bolso — Isso te lembra alguém?
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   pegou o cartão e fixou seu olhar no brasão e nas letras iniciais desenhadas.
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  — Andrei Tenebrae. — afirmou ela, chegando a conclusão.
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  — Por isso elas estão aqui. — concluiu ele.
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  — Como não mataram meu irmão, atacaram sua descendência. — completou Annia com simplicidade — Eu jurei a nossa mãe que não te contaria sobre isso, por isso não contei, não se quebra um juramento de família.
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  — Mas poderia ter facilitado para que eu descobrisse. — retrucou ele, ainda indignado com a tranquilidade da irmã — Annia, era um direito meu saber.
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  — E mudaria em quê? Nossa mãe jamais aceitaria um bastardo na família. — disse a Baker, conhecendo quem a criou.
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  — E você é o quê? — ele não mediu as palavras, mas controlou a raiva.
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  — Sou adotada legalmente, é diferente. — ela respirou fundo — Vou relevar seu ataque considerando que está chateado e raivoso.
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  — Não diga. — ele bufou.
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  — Ok, o que importa é que a Molly agora está à salvo e descobriu que ela existe. — entrou no meio de ambos — O fato a ser avaliado é como ficará essa situação.
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  A residente olhos para Rosalie.
  — Elas ficarão morando no seu apartamento? — continuou Sollary.
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  — Sim. — disse , ao mesmo tempo que Annia disse — Não.
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  Ele se voltou novamente para a irmã.
  — Seria perigoso demais se as duas ficassem juntas. — argumentou Annia, antes que ele pudesse contestar — Eu já pensei em tudo no caminho para cá, Molly ficará com vocês dois, e Rosalie virá comigo para Manhattan.
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  — Eu não quero ir com você, prefiro ficar à minha sorte. — Rosalie se opôs de imediato.
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  — Você não tem o direito de querer nada, então não ouse se negar. — reforçou a Baker com o olhar intimidador.
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  — Está me ameaçando? — retrucou Rosalie.
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  — Ah não, querida, ainda não é uma ameaça. — respondeu Annia, com ar irônico.
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  — Já chega, as duas. — elevou um pouco a voz e respirou fundo.
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  Ele já não sabia como agir ou reagir a tudo. E conseguia sentir nitidamente que precisava apoiá-lo de alguma forma.
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  — Tudo que essa criança conhece na vida está relacionado à tia. — a residente se pronunciou — Por mais que eu odeie a ideia, acho que por agora, até que a Molly se acostume conosco, seria mais prudente a tia dela ficar por perto.
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  Mesmo relutante, Annia concordou com a sugestão de , que pareceu sensata. Mais alguns pontos daquele acordo foram alinhados entre e a sua irmã, que fez questão de deixar claro que manteria um sliter por perto para observar Rosalie.
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Eu apenas desejo esses pequenos confortos
Você não sabe do meu coração,
Que sempre quer fazer mais por você.
– No Other / Super Junior

42. Pausa para Felicidade

Em algum lugar de Chicago…

  O momento da verdade poderia ser considerado um recomeço para o casal complexo, mas claro que havia a possibilidade das coisas não voltarem a ser como antes. Era óbvio que o cargo de como a sliter segurança seria restituído, afinal, jamais aceitaria que a mesma continuasse distante. De braços cruzados, encostado na parede, ele a observava conversando com Fisher a poucos metros de distância. O corredor ficou silencioso até que duas garotinhas passaram por ele aos risos, indo em direção a sua sliter.
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  — Titia! — gritaram juntas.
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  — Olá queridas! — as abraçou apertado e sorriu um pouco — Como estão?
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  — Cansadas. — respondeu Margareth, retomando o fôlego.
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  — Brincamos a tarde inteira no jardim. — contou Jullie em euforia.
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  — Isso é bom, então devem estar famintas também. — se manteve abaixada para ficar na altura delas.
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  — Estamos sim. — assentiu Margareth.
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  — Deixa que essa parte o papai cuida. — Fisher abriu um largo sorriso para as filha e pegando Jullie no colo — Que tal um sanduíche de queijo para o jantar e depois sorvete?
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  — Vamos poder tomar sorvete hoje? — Margareth perguntou com os olhos brilhando — O senhor está nos enganando?
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  — Claro que podem. — assegurou , rindo de leve — A tia não vai deixar o papai enganar vocês.
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  Ela piscou de leve para a sobrinha, que deu um pulo de felicidade.
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  — Tia vai com a gente, papai? — Jullie perguntou esfregando de leve seu olho.
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  — Não, querida. — Fisher respondeu com serenidade — Tia está muito ocupada agora e vocês duas, depois de comerem, vão tomar um banho e descansar.
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  — Isso mesmo, se eu ficar, passaríamos a noite toda acordadas vendo televisão. — brincou , ao fazer cócegas em Margareth — E como ficaria amanhã? Não acordariam cedo.
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  — Eu queria ficar mais tempo com a titia. — reclamou Jullie.
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  — Eu também! — concordou Margareth.
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  — Prometo que em breve teremos nossa festa do pijama das garotas. — assegurou ela, erguendo seu corpo e olhando mais seriamente para Fisher — Qualquer coisa, não hesite em me ligar.
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  — Vai ficar mesmo tudo bem? — Fisher voltou o olhar para Dominos, agora afastado da parede e com as mãos nos bolsos da calça — Com ele?
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  — Sim, não se preocupe. — olhou de relance para seu chefe e retornou para o cunhado — O Dominos é assunto meu.
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  — Eu sei, mas ainda me lembro do soco que ele me deu. — comentou o homem, com a cena nítida em sua mente.
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  — Agradeço por não ter revidado. — disse ela.
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  — Compreensível, dadas as circunstâncias, até eu tinha feito o mesmo. — ele riu — Já te falei isso.
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  — Prometo não demorar para vir aqui. — ela olhou para Jullie e sorriu.
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  Eles se despediram e seguiu em direção ao Dominos, que até o momento se manteve compreensível, principalmente depois de vê-la abraçar o cunhado. Ele sabia que ter uma irmã gêmea era o segredo mais precioso de sua sliter, porém não era o único e certamente sua busca para destravar aquela caixinha de surpresas estava longe de terminar.
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  — Vamos? — disse ela.
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  — Para onde quer ir? — perguntou ele, mantendo a suavidade na voz.
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  — Por que pergunta isso? Não quer voltar para a sua casa? — perguntou ela, intrigada — Imagino que todos estejam eufóricos pelo jantar de noivado da Genevieve.
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  — Posso ser sincero? — ele respirou fundo.
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  — Não, porque eu sei o que vai dizer. — ela riu baixo — Não pode mais deixar de ser Dominos, nem por um dia.
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  — Que se dane tudo. — ele pegou na mão direita da sliter e a puxou consigo.
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  — Para onde está me levando, Dominos? — perguntou ela, deixando-se ser guiada e dando risadas pelo caminho.
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  Ele apenas sorriu de canto, permanecendo em silêncio e direcionando-os para a saída do prédio. Na recepção, eles pegaram as chaves da moto de e os capacetes dirigindo-se para o estacionamento privativo, Dominos tomou a liberdade de pilotar no lugar dela, deixando-a perplexa por nunca tê-lo visto fazendo isso antes.
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  — Tem certeza que sabe o que está fazendo, Dominos? — perguntou ela, ao se agarrar no terno dele, assim que o mesmo deu a partida.
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  — Está com medo, Miller? — ele riu um pouco, mantendo sua atenção no trânsito.
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  — Considerando o fato de nunca tê-lo visto pilotar antes, não sabia desse seu lado, surpreendente. — respondeu ela, o óbvio.
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  — Não é a única com segredos, já falei. — comentou ele.
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  Ela soltou uma gargalhada boba e se manteve aninhada a ele por todo o restante do caminho, de olhos fechados apenas curtindo a sensação de adrenalina no corpo. Para a surpresa da sliter, seu chefe a levou para o prédio em que ela tinha uma quitinete alugada.
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  — Por que estamos aqui? — perguntou ela, ao descer antes dele.
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  — Você não imagina mesmo? — ele desceu atrás, deixando a moto no espaço destinado a ela na lateral do prédio.
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   tentou segurar o riso, mas não conseguia diante do olhar de criança que permanecia nele.
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  — Eu tenho as chaves agora. — ele retirou o chaveiro do bolso da calça e balançou para ela.
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  — Desde quando? — ela colocou a mão na cintura, desacreditada.
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  — Nada como um suborno por informações e uma boa oferta de compra. — ele sorriu de canto — Está olhando para o novo proprietário.
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  — Você comprou o loft? — indagou ela, em choque.
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  — O prédio. — respondeu ele, com o olhar tranquilo.
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  — Mercenário. — sussurrou ela.
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   soltou uma gargalhada e segurou em sua mão novamente, tomando impulso para entrarem no prédio. Certamente era exagero de sua parte comprar todo o edifício, mas no fundo o Dominos só queria ter a certeza de que teria fácil acesso a sua sliter. Assim que entraram no loft, com o próprio fazendo as honras de abrir a porta e entrar carregando no colo.
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  — De onde tirou isso ? — se remexeu um pouco no colo dele, em risos.
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  — Pare de se mexer, ou vou deixá-la cair de propósito. — reclamou ele, num tom de brincadeira.
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  — Me coloque no chão, antes que eu caia mesmo. — pediu ela.
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  — Ah, você não sabe o que é romantismo? — ele finalmente a deixou no centro da parte da sala e voltou para fechar a porta.
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  — Eu sei sim, mas essas coisas só acontecem em recém-casados em noite de núpcias. — explicou ela, o observando.
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  — E desde quando um Dominos se prende aos protocolos? — ele se afastou da porta seguindo até ela, com um olhar sugestivo.
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  — Dominos. — ela sussurrou apenas esperando as intenções dele.
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  — Que tal uma pequena lua-de-mel? — ele piscou de leve ao tocar em sua cintura, puxando-a para mais perto.
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   assentiu ao iniciar o beijo doce e intenso que prolongaria o restante da noite de ambos. a envolveu ainda mais em seus braços, movimentando seus corpos pelo lugar sem se importar de derrubar alguns móveis pelo caminho. A atenção de ambos estava fixa um no outro em pela sincronia de desejo e malícia. Uma forte sensação de estar matando a saudade diante de alguns dias distantes um do outro, fazia se render sem o menor esforço.
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  — Dominos… — sussurrou ela.
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  — . — corrigiu ele, ao beijar de leve seu pescoço.
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  Eles se olharam por um tempo, até mesmo mantinha a respiração ofegante em plena sincronia.
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  — Eu te amo. — sussurrou ele.
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  Aquelas palavras já soavam com tamanha facilidade de sua parte.
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  — Eu também te amo. — sussurrou ela de volta, fazendo-o arrepiar.
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  Coração acelerado, instintos aflorados e nenhuma preocupação com o caos que havia do outro lado da porta. Nas próximas horas o mundo se resumiria a apenas os dois.
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  — Os médicos deram alguma previsão sobre a sua irmã acordar? — perguntou , mantendo-a aninhada a ele.
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  — Não, quando aconteceu o acidente, a única solução foi coma induzido. — respondeu ela, puxando mais o lençol para cobri-los — Espero que um dia ela possa acordar e voltar a viver a vida que sempre sonhou.
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  — Hum…
  Dominos se manteve em silêncio, pensativo por um momento, enquanto acariciava os cabelos dela.
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  — Pergunte. — incentivou ela, sabendo as muitas indagações que estariam passando em sua cabeça.
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  — Como é esse lance de gêmeas? Todos sempre acharam que Lauren Miller tinha apenas uma filha. — ele manteve sua voz num tom baixo, apenas para sentir a respiração dela.
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  — Minha irmã sempre teve a saúde mais frágil, então claro que ela não serviria para ser filha de sliter. — ela deu uma resposta direta e objetiva.
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  — Os registros do orfanato Miral foram queimados no incêndio, mas me lembro de algumas conversas do meu pai, sendo claro sobre não ter irmãs gêmeas na época que você passou por lá. — indagou mais uma vez tentando entender a história.
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  — Segundo a Donna, minhas irmã havia sido entregue a uma outra família antes mesmo de eu passar pelo orfanato para ser legalmente adotada pela Lauren. — explicou ela, mais claramente.
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  — Então a Fletcher sabia desde o início. — concluiu ele, impressionado.
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  — Me diga um segredo que aquela mulher não saiba? — se remexeu um pouco, ficando de frente para ele — O que mais quer saber?
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  Ela pensou mais um pouco, em uma sutil troca de olhares.
  — Mesmo estando em famílias diferentes, como mantiveram contato? — este era o ponto de maior curiosidade dele — Você sendo filha de sliter e ela em uma família comum.
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  — Tivemos uma pequena ajuda do senhor Han, deve se lembrar dele, o coreano namorado da Lauren. — detalhou ela, voltando a se aninhar a ele.
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  — Você o matou por minha causa. — comentou , lembrando-se do ocorrido.
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  — Ele sabia que uma promessa de sliter vale mais que sua própria vida. — ela começou a brincar com os dedos da mão esquerda dele, entrelaçando nos seus — Não se preocupe com isso.
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  — Só me sinto um tolo por ter dado espaço para dúvidas, mesmo depois de tantas provas de lealdade que me deu. — comentou ele, um pouco amargurado.
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   sabia muito bem que poderia ter evitado todo aquele afastamento se por um momento tivesse sido mais racional e menos emotivo.
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  — Não importa mais, estamos aqui, não estamos? — disse ela, com tranquilidade — Você vai mesmo levar a sério essa coisa de dia comum?
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  — Claro que sim. — assegurou ele, confiante em seu plano de improviso.
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  — Então por que não falamos sobre algo bom? O casamento da Gen? — sugeriu ela — Soube que ela está muito feliz com o pedido do Lance.
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  — Sim, ela e a tia Sophie não falam sobre outra coisa. — comentou ele, rindo de leve — Estou feliz por ela, o Village é um cara legal e se não for, sabe o que acontece.
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  — Nossa, que irmão protetor! — virou o corpo o encarando novamente — Imagino quando tiver uma filha, o que fará com o rapaz que se aproximar dela.
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  — Bem, quando tivermos nossos filhos, eu serei um excelente pai. — ele piscou de leve, se remexendo um pouco e aproximando mais o corpo dela ao dele.
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  — E por que acha que teremos filhos? — perguntou , segurando o riso.
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  — Porque vamos treinar muito bem agora. — ele inclinou seu corpo um pouco mais e a beijou com malícia.
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   apenas retribuiu com a mesma intensidade, uma vez mais sentindo todo o seu corpo se arrepiar com o amor do homem que a aquecia por dentro.
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  — Eu te amo, , mas não vou poder comparecer a sua inauguração. — a voz de estava baixa, entretanto, continuava nítida a audição da sliter.
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   apenas se remexeu na cama, ainda sonolenta, porém ouvindo a conversa com clareza.
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  — Mande minhas felicitações a , ainda não consegui ligar para ela e parabenizar pelo casamento, mas diante do que está me contando. — que olhava da janela para os carros que passavam, voltou sua atenção para Miller que se espreguiçava na cama — Espero que tudo possa se ajustar para ela e o .
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  — Já que não terei meu irmão mais velho em um dia importante da minha vida por motivos óbvios, espero que possa aproveitar seu momento com a . — disse do outro lado da ligação — Te vejo quando em Seattle?
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  — Em breve, mas antes disso teremos o jantar de noivado da Gen. — respondeu ele — Não se atreva a faltar.
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  — Como poderia faltar, se eu vou preparar o jantar em pessoa. — retrucou , sentindo-se honrado pelo pedido da irmã.
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  — Ah… De alguma valia seus dotes na cozinha tem que ter. — brincou ele, rindo baixo.
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  — Ha, ha… Muito engraçado. — fez uma careta do outro lado da ligação — Saiba que para você eu vou cobrar o triplo da conta quando vier aqui.
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  — Depois eu que sou o mercenário da família. — caiu em risos, mantendo seu olhar em , que o observava — Preciso desligar agora.
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  — Hum… A sliter acordou? — supôs .
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  — Sim, te vejo no jantar da Gen. — assentiu o Dominos chefe.
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  — Até e juízo. — brincou o caçula.
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   riu um pouco mais ao encerrar a ligação.
  — Não precisava ter encerrado porque eu acordei. — comentou ela, se espreguiçando novamente.
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  — Já conversei o suficiente com meu irmão. — retrucou.
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  — E sobre o que conversavam? Ouvi o nome da . — perguntou ela, mordiscando de leve o lábio inferior.
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  — Parece que ela e o estão em um desentendimento. — ele encostou no peitoril da janela e cruzou os braços — Acredita que o Baker tem uma filha?!
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  — Eu já sabia. — ela respirou fundo, não podia mentir para ele.
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  — Como assim você sabia e não me disse nada? — ele se impressionou agora.
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  — O segredo não é meu, não poderia contar… Mas é como eu disse, Donna Fletcher é a caixa de Pandora que guarda todos os segredos. — disse inicialmente de forma enigmática — Contudo, sendo mais clara, Annia me deve alguns favores ocultos e este é um deles.
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  — Como assim? — ele manteve o olhar atento para ela.
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  — O que eu sei da história é que arrumou uma namorada há uns seis anos atrás, não era de nenhuma família importante e ambos foram afastados pela Allison Baker. — iniciou ela detalhando mais — Conhecendo bem a mãe, Annia teve seus motivos para não tê-la deixado descobrir que a tal namorada engravidou, assim ela pediu um favor a Donna que pediu para mim.
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  — Donna Fletcher tinha mesmo que te envolver? — ele pareceu chocado.
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  — Nessa época ela estava focada em resolver alguns problemas familiares. — respondeu a sliter com serenidade — Mas, que bom que o Baker descobriu que é pai, Annia é quem deve estar surtando agora.
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  — Será que ela sabe que ele descobriu? — comentou ele — Ela parecia bem tranquila no nosso encontro ontem pela manhã.
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  — Vai saber, nem mesmo sei se Allison Baker descobriu depois do nascimento da criança. — ela finalmente se descobriu e levantou da cama — Mas sejamos francos, a situação deles ainda consegue ser melhor que a nossa.
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  Brincou ela.
  — Toda situação é melhor que a nossa. — comentou ele, impulsionando o corpo para se aproximar dela.
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  — Não, toda não, exceto a do com a . — observou ela sabiamente.
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  — Ah, meu irmão, ainda não consigo entender o que deu nele. — , envolveu seus braços ao redor dela — Agora ela está na base da Darko na Rússia bem próximo ao Bellorum.
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  — Não está mais, me mandou uma mensagem dizendo que estava a caminho do acampamento da avó dela. — contou ela — Parece que minha amiga quer ser mais forte e independente como a avó, às vésperas de oficialmente se auto declarar a herdeira perdida.
  — De fato, eu recebi uma ligação de Irina Baker mencionando sobre isso, me parece que em breve receberei um convite formal de para o jantar dos herdeiros. — concordou ele — Certamente como o novo herdeiro Bellorum, ele vai garantir a segurança dela ao máximo.
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  — Disso eu não tenho dúvida. — ela envolveu seus braços no pescoço dele — Mas… Que tal não falarmos mais sobre outras pessoas e a Continuum? São assuntos do outro lado da porta.
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  — Foi a senhorita que começou ao perguntar sobre a . — disse ele em sua defesa — Mas a ideia é boa, que tal voltarmos ao assunto dos filhos que teremos?
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  Ela soltou uma gargalhada boba.
  — Senhor Dominos, não somos máquinas e eu estou com fome. — disse ela ao dar um selinho inesperado nele e se afastar — Aposto que também está.
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  — Você pode ser o meu alimento. — brincou ele, abraçando-a por trás, mantendo seus braços envoltos na cintura dela.
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  — Canibalismo não é bem visto pela sociedade, acho que já te disse isso. — brincou de volta, rindo de leve — Que tal espaguete ao sugo?
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  — Nada mal, eu sempre me esqueço que a Lauren era descendente de italianos. — comentou ele, ao se lembrar que todas as comidas favoritas dela eram provenientes da gastronomia italiana.
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  — Então vamos cozinhar, senhor Dominos. — disse ela, tentando se locomover até o armário.
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  — Pare de me chamar assim. — ele deu uma mordiscada de leve no ombro dela, fazendo rir.
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  — Não fala isso, faz cócegas e vai me desconcentrar. — reclamou ela, se encolhendo um pouco — Foi você quem pediu.
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  — Tudo bem, que homem exigente. — sussurrou ela, em reclamação.
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  — Que mulher teimosa. — retrucou ele, em sussurro também.
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  Uns instantes de silêncio, então caíram em risos.
  Era um fato que o desajustado improviso de estava saindo melhor que a encomenda e aquele pequeno loft seria a partir dali o mundo particular de ambos. O lugar onde poderiam viver nem que por algumas horas, uma vida normal e longe dos olhos da Continuum e seus inimigos.
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Eu perdi minha cabeça,
Desde o momento em que te vi.
Só de estar ao seu lado, meu mundo fica em câmera lenta,
Por favor, diga se isso é amor?

– What Is Love / EXO

43. Treinamento

– Algum lugar do Texas, 2018

  Final da primavera, a espera pelo nascer do sol nunca foi tão vibrante para . Seu coração acelerado para o primeiro dia de treinamento e um leve frio na barriga com medo do que poderia vir a seguir. Dois toques na porta foram o necessário para despertar a atenção da bailarina que estava nos raios de sol que adentrava o quarto. Seu olhar voltou para o relógio do celular, que marcava seis da manhã. Ao se levantar da cama, deu alguns passos até a porta.
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  — Tem alguém aí? — disse, ao ver a sombra de alguém no corredor.
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  — Já está acordada, querida? — a voz de Donna soou do outro lado.
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  — Sim. — a garota assentiu ao tocar na maçaneta e abriu a porta em seguida — Bom dia, vovó.
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  — Bom dia, minha criança. — Donna sorriu com suavidade — Está pronta?
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  — Confesso que não consegui dormir essa noite, mas acho que estou sim. — ela respirou fundo, tentando controlar sua agitação interna.
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  — Troque de roupa e me encontre no galpão — ordenou a matriarca.
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  A bailarina assentiu com a cabeça e fechou a porta. Dando alguns passos até o armário de roupas, abriu a segunda gaveta e ficou olhando por alguns segundos para descobrir o que poderia usar naquele primeiro dia. Rapidamente ela se lembrou de alguns conselhos de Nissah quanto ao vestuário, algo confortável e que lhe permitisse melhor mobilidade. Ou seja, um conjunto de moletom era a melhor pedida, não somente para os ensaios de dança, como também para os treinos que ela enfrentaria.
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  Após se trocar, saiu do seu quarto e seguiu pelo corredor até chegar às escadas. Descendo calmamente os degraus, percebeu que a casa estava levemente silenciosa. Como ordenado por sua avó, seguiu até o galpão. Para sua surpresa, Donna Fletcher era a única no lugar, parada bem ao centro esperando sua tão aguardada aprendiz.
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  — Estou aqui, vovó. — disse , ao se colocar em sua frente — Onde estão todos?
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  — Os outros sliters estão em uma atividade na floresta aqui perto, ficarão o final de semana todo. — explicou a matriarca, mantendo a atenção em sua neta — Para iniciarmos seu treinamento, terá que seguir duas regras.
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   assentiu com a face, permanecendo em silêncio para ouvir o restante.
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  — A primeira, enquanto estiver aqui, não vai mais me tratar como sua avó e eu não te tratarei como minha neta, aqui eu sou Donna Fletcher e você uma sliter em treinamento. — assim que a matriarca disse, ela engoliu seco — E a segunda, uma vez que iniciar, não vai poder desistir, terá que ir até o final… , você tem certeza que é isso que quer?
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  — Sim. — disse ela, sem dar espaço para dúvidas — Vamos iniciar.
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  — Muito bem. — Donna olhou rapidamente para trás, na direção da parte mais escura dos fundos do galpão e logo um homem encapuzado apareceu, encostado na parede com o rosto parcialmente sombreado.
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  O homem mantém as mãos nos bolsos da calça, se afastando da parede, dando seus passos de forma lenta e misteriosamente. A cada passo, o coração de acelerava um pouco mais. Assim como sua curiosidade só aumentava.
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  — Quero que conheça o meu segundo melhor sliter, a partir de hoje ele será o seu treinador. — disse ela, ao apresentá-lo — Collins, está é Fletcher, minha aprendiz.
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  Ele permaneceu em silêncio, porém de relance a bailarina conseguiu ver um sorriso de canto em seu rosto que estava parcialmente escondido pelo capuz.
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  — Vou deixar vocês trabalharem. — disse ela, ao dar o primeiro passo para se retirar — Boa sorte, .
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  Agora o modo sliter de Donna Fletcher estava ativado.
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  E aos olhos da avó, seria apenas uma novata em fase primária de aprendizado. A matriarca se afastou do galpão e retornou para casa, ela tinha uma missão: preparar o jantar dos herdeiros. E nada melhor que uma das chefs mais prestigiadas pela Draconis para estar à frente do cardápio da noite.
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  — Adeline Miller. — disse a mulher, assim que sua ligação foi atendida.
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  — Donna Fletcher? — a voz da mulher demonstrou surpresa pela ligação — A que se deve essa ligação?
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  — Daqui três semanas eu darei um jantar em terreno neutro para todos os herdeiros, preciso da melhor chef que a Draconis possui. — ela foi direta e precisa.
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  — Você sabe que minha família é tão imparcial como a sua. — disse Adeline, criando argumentos para recusar.
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  — Por isso sei que o cardápio estará seguro em suas mãos e ninguém será envenenado. — brincou Donna, ao rir de leve — Você pode ter saído de casa e cortado relações com sua família, mas sempre será uma Miller onde quer que vá e o que quer que faça.
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  — Só um jantar e eu ficarei a noite inteira na cozinha. — Adeline soltou um suspiro, suas palavras expressavam suas condições para aceitar — Não quero me envolver além do necessário.
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  — Não vai, eu garanto. — prometeu a Fletcher.
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  — E não quero que a saiba que estarei lá. — pediu.
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  — Não posso impedir os convidados de cumprimentar a chef. — argumentou Donna.
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  — Pode sim. — insistiu ela.
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  — Por que não quer ver a ? — perguntou a sliter, esta parte da história ainda era uma incógnita para ela — Ambas são irmãs.
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  — Adotivas. — acrescentou Adeline o detalhe — Não é que eu tenha raiva dela ou algo assim, para ser sincera, agradeço a Deus pela ter sido adotada por minha mãe, assim pode lhe dar o orgulho de filha perfeita que eu não dei.
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  — E por que está fugindo dela? — insistiu Donna.
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  — Porque ela me faz lembrar de todo esse mundo de segredos e mentiras que eu tento esquecer. — Adeline respirou fundo — Eu farei o seu jantar, mas é apenas isso que a Continuum e a Draconis terão de mim.
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  Antes que Donna pudesse dizer mais alguma coisa, a ligação encerrou. A sliter parou por alguns minutos para pensar nas palavras da garota. Ela se lembrava bem de como não foi fácil para Adeline seguir para sua liberdade, a Miller que renegou o legado da família e escolheu trilhar seu próprio caminho. Mas a Fletcher sabia que uma vez envolvida naquele mundo, era complicado viver sem se esbarrar nos conflitos que o mesmo carregava.
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  — Senhora Fletcher. — o sliter assistente se aproximou dela com uma prancheta nas mãos.
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  — Diga Carl, o que houve agora? — perguntou ela, guardando o celular no bolso.
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  — Estou montando a lista de convidados para o jantar dos herdeiros, assim o convite será entregue na segunda pela manhã. — disse o homem, em seu jeito competente de executar suas tarefas.
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  Mesmo que não fosse um sliter perfeito e completo assim como Collins e , a matriarca o tinha como seus olhos e ouvidos entre as duas sociedades. Aplicado, organizado e muito esperto para perceber os detalhes mais insignificantes, e que certamente são necessários para sua chefe.
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  — Quantos convidados ao total? — perguntou Donna, já se preocupando com a segurança de todos — me pediu algo impecável e conto com você para isso.
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  — Não se preocupe senhora, tudo sairá milimetricamente como planejado. — assegurou o rapaz, não seria sua primeira vez organizando um evento não importante como esse — Serão o total de nove herdeiros.
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  — Confirme os nomes. — ordenou ela.
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  — Representando a Continuum, Dominos, Sollary, Annia Baker, Bellorum e Carlise Tenebrae. — iniciou ele a lista — Já a Draconis, Donatella Castelatto, Ichiro Yamazaki, Catrina Laurento e Damon Ahlberg
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  — Tenho certeza que você acrescentou os convidados. — indagou ela.
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  — Sim senhora, a sliter Miller, o legítimo Baker e o primogênito Vincent Bellorum estão confirmados, juntamente com os convidados Draconis Niklaus Savoia e Hale Magnus. — completou ele, já com os nomes decorados.
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  — Então prossiga com o planejado, quero a proporção de três sliters para cada herdeiro e convidado. — ordenou ela.
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  — Devo contar com a Miller e o Dominos? — perguntou o rapaz confuso — Ela já vale por dez.
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  Donna riu de leve com a inocência dele.
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  — Vamos precisar de mais sliters para os dois, eles são o alvo principal do Andrei e esse jantar é a deixa perfeita para um ataque do inimigo. — concluiu ela, receosa pelo pedido dos irmãos Bellorum — Entretanto, não devemos temer o inimigo, certamente ele vai morrer de medo quando souber desse evento.
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  — Eu nunca acreditei no ditado inimigo do meu inimigo é meu amigo, mas estou impressionado por presenciar isso. — comentou o rapaz.
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  — Vai descobrir que essas palavras são tão reais quanto o café que tomou esta manhã. — assegurou ela — Agora, volte ao trabalho e se ver algum barulho suspeito vindo do galpão, me ligue.
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  — A senhora vai sair? — perguntou ela, intrigado.
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  — Preciso visitar alguns familiares. — explicou ela — Deveriam ser 10 herdeiros e não 9.
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  Carl assentiu com a face e permaneceu em silêncio, ao observá-la se retirar. O sliter só sabia da ponta do iceberg e se admirava com os diversos segredos que sua chefe mantinha para si. Donna Fletcher era mesmo a caixa de Pandora que até mesmo Andrei Tenebrae não se atreveria a abrir.
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– Enquanto isso, no galpão

   permanecia imóvel, apenas esperando alguma iniciativa do seu treinador. Ela sabia que sua amiga era o topo da lista dos melhores sliters, e já tinha visto do que Miller era capaz. Agora estava curiosa para saber em que o segundo melhor perdia para sua amiga, e se ele era tão destemido quanto ela.
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  — Não vai dizer nada?! — perguntou , sentindo uma aflição interna misturada ao medo.
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  Aquele silêncio lhe deixava agoniada.
  — Primeiro passo para ser um bom sliter… — o homem finalmente se pronunciou para ela, mantendo sua postura estática — O silêncio, sem ele, você não consegue estudar seu inimigo.
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   assentiu com a face.
  — Já que está ansiosa demais para se tornar mais forte, vamos ver o seu nível. — ele fechou os punhos em um rápido movimento avançando contra ela — Defenda-se.
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   apenas fechou os olhos no susto.
  Segundo depois, ela os abriu novamente ao perceber que nada tinha lhe acontecido. A mão direita ainda fechada de Collins, estava em frente aos seus olhos, imóvel como um filme que tinha sido pausado. Seu coração acelerado e totalmente assustada, era visível em seu olhar.
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  O que viveu aqui? Como Annia sobreviveu a isso? Pensou ela, sentindo o corpo trêmulo. Nem mesmo havia iniciado e já precisava lutar com o arrependimento que surgia em seu interior.
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  — Exatamente como eu imaginei. — disse Collins, abaixando sua mão — A neta que acha que será forte, você não é a sua avó, não é a Annia, e nunca será a .
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  — Eu não vou desistir, se é isso que está tentando fazer. — retrucou ela, juntando sua confiança em suas palavras.
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  Ele sorriu de canto.
  — Veremos. — disse ele, virando-se de costas.
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  — Aonde vai? — perguntou ela.
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  — Nós vamos. — respondeu dando o primeiro passo — Siga-me.
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  — Não vamos treinar aqui? — perguntou novamente — Nissah me ensinou alguns golpes e também, eu já sei me defender basicamente.
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  — Sabe? — ele voltou-se novamente para ela, rindo alto — Você sabe atacar também?
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  — Se for preciso. — disse ela.
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  — Me ataque então. — disse ele, abrindo os braços.
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   ficou parada, tentando entender se era mesmo isso que ele queria.
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  — Vamos, finja que sou o Andrei e me ataque. — ordenou ele.
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   não pensou em suas ações e menos ainda nas consequências. Ela simplesmente fechou os punhos e lembrando-se de algumas dicas de sua amiga Nissah, deu impulso em seu corpo para atacá-lo. Collins facilmente se desviou do primeiro soco e brincando com a garota, a deixou chegar bem perto de acertá-lo. Quanto mais a bailarina se irritava com a forma em que ele conduzia o que basicamente não se chamaria aquilo de luta, mais o sliter se divertia em como conseguia com tanta facilidade deixá-la desestabilizada.
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  — Foi só isso que aprendeu? — disse ele, em provocação.
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   que estava caída ao chão pela milionésima vez, se levantou e tentou golpeá-lo mais uma vez. Ela não entendia o que estava fazendo de errado para não ter sucesso, todos os seus passos estavam sincronizados com o que tinha aprendido, mas parecia que não valia muito para Collins.
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  Já ele, tinha aproveitado todo aquele momento para avaliar sua aprendiz e descobrir suas fraquezas. Obtendo o sucesso esperado no final.
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  — Eu te odeio! — gritou , ao lançar sua perna direita para derrubá-lo.
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  Entretanto, o mesmo elevou seu tornozelo fazendo-a desequilibrar, e então derrubando-a com facilidade. Collins jogou seu corpo sobre o dela e prendendo suas mãos contra o chão a imobilizou de imediato. tentou se debater para se soltar sem sucesso, seus olhos continham uma mistura estranha de fascinação, raiva e medo.
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  — Você nem me conhece, como pode me odiar? — comentou ele, rindo baixo.
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  — Me solta. — disse ela, num tom firme e autoritário.
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  Certamente havia aprendido aquilo de muito observar Annia, nos raros momentos juntas.
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  — Pelo menos se parece com a sua avó, em dar ordens. — ele ficou sério por um tempo.
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  — O que sabe sobre mim? — perguntou ela.
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  — O suficiente. — respondeu ele, olhando-a fixamente.
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  Só então conseguiu ver com clareza todo o seu rosto. Collins tinha os olhos azuis e profundos, como o mar, que é capaz de hipnotizar sua presa sem o menor esforço. Seus traços marcantes davam lugar a uma pequena cicatriz em forma de meia lua do lado esquerdo de seu rosto, pegando milímetros acima de sua sobrancelha, até o início da sua bochecha. O olhar da garota, por mais que se esforçasse para não encará-lo, continuava focado naquela cicatriz.
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  Um silêncio pairou entre ambos que podia ser ouvido a respiração ofegante vindo deles.
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  — O segundo passo para ser um bom sliter… — pronunciou ele — Controle suas emoções.
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  Ela se manteve sem reação, apenas sentiu ele soltar seus pulsos e o observou se levantar. Permanecendo no chão, apenas ergueu seu corpo, mantendo o olhar nele.
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  — O que adianta aprender golpes dos quais não sabe aplicar? — ele voltou seu olhar para o lado e respirou fundo, também precisava se controlar internamente.
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  Logo o barulho de um rangido proveniente do portão dos fundos soou pelo lugar. Era a sliter Stelle adentrando o lugar com suas luvas de box na mão, acompanhando do seu olhar curioso por vê-los ali.
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  — Não sabia que o galpão estava ocupado. — comentou ela, mantendo o olhar em Collins.
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  — Já terminamos. — disse ele, dando o primeiro passo para sair, e voltando-se para a bailarina — Descanse por hoje, iniciaremos amanhã antes do amanhecer.
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  Mais alguns passos para os fundos e Collins foi parado por Stelle ao passar por ela. A mulher de andar sinuoso visivelmente tinha interesses nele, e fazia questão de deixar claro para todos.
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  — Vai ficar de babá agora? — perguntou ela, num tom debochado.
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  — Pense bem antes de prosseguir com seus comentários. — sussurrou ele — Mesmo sendo aprendiz, ela ainda é uma Fletcher.
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  Ele continuou seguindo para a saída. Enquanto finalmente se levantava do chão e tentava entender o que tinha acontecido.
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  — Fletcher, não é? — disse Stelle se aproximando dela.
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  — Sim, e você? — indagou a bailarina.
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  — Sou a número cinco, Stelle Ortiz. — respondeu ela, com traços de orgulho na voz.
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  — Prazer. — , apenas deu um passo para trás e se retirou do galpão.
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  Assim que seu sangue esfriou, finalmente seu corpo deu traços de dores e ardência. Ao olhar para o braço, havia um pequeno corte que não tinha percebido até o momento. Um suspiro cansaço e uma olhada em volta para finalmente localizar a enfermaria. Quando entrou no lugar, a responsável não estava, porém ela conseguiu avistar uma pessoa deitada na última maca, onde uma cortina escondia parte do seu corpo.
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  — Enfermeira Kim? — disse uma voz feminina, vinda da pessoa acamada — É você?
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  — Não — respondeu , se aproximando e abrindo a cortina.
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  — Ah, achei que fosse ela, minhas dores estão começando a voltar. — reclamou a garota.
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   percorreu os olhos por ela, vendo sua perna direita engessada assim como o braço esquerdo, havia escoriações em seu rosto e no abdômen que estava descoberto. Um olhar desanimado e também curioso pelo fato da bailarina ser novidade no centro.
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  — Quem é você? Não tem cara de enfermeira. — perguntou em tom brincalhão.
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  — E não sou, meu nome é . — a bailarina se aproximou um pouco mais e sentou na beirada da cama — E você?
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  — Meg. — respondeu a sliter — Você é neta da senhora Fletcher.
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  — Sou. — assentiu.
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  — O que faz aqui? — a menina tentou conter o olhar curioso sem sucesso.
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  — Comecei meu treinamento hoje. — respondeu.
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  — Meus pêsames. — as palavras saíram espontaneamente dela.
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  — Por quê? — demonstrou preocupação.
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  — Os treinamentos daqui não são nada fáceis. — explicou a garota, voltando o olhar para seu corpo — Isso foi o que restou de mim depois do último torneio.
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  — Lamento, por que está aqui? — indagou.
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  Afinal, ninguém se torna um sliter obrigado.
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  — Melhor passar por isso, do que ser abusada no orfanato onde eu morava. — a voz da garota ficou mais baixa e com traços de amargura.
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  — Eu lamento, você é órfã? — o olhar de demonstrou empatia na resposta dela.
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  — Sim, aparentemente esse é um pré-requisito para ser um sliter se você não pertence a uma família com esse legado. — explicou a menina.
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   parou por um minuto para absorver a informação. Um pouco zonza por imaginar que certamente há mais histórias por trás disso.
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  — E como você se tornou? Como minha avó te achou? — indagou.
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  — Eu fui recrutada por uma sliter chamada Anastasia Fulhan, ela é uma assassina profissional atualmente, mas na época trabalhava aqui para a senhora Fletcher. — explicou ela, lembrando-se de como a tinha conhecido — Eu estava correndo, era minha sexta tentativa de fuga quando cruzei o seu caminho, então me fizeram a oferta de ser uma sliter, eu aceitei e vim morar aqui.
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  — Você tinha quantos anos? — manteve sua atenção nela, não percebendo a chegada da enfermeira.
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  — Dez. — respondeu.
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  — Meg já está contando histórias de novo? Deveria se concentrar em ficar mais forte. — a enfermeira a repreendeu, inicialmente ignorando a presença da Fletcher — Você nem mesmo conseguiu subir de categoria, novamente.
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  — A culpa não foi minha, senhorita Kim, logo na primeira luta me colocaram contra a Ortiz. Como posso vencer a Top5? — a garota emburrou a cara, fazendo-a rir — Acabei fechando o torneio sem nenhum ponto.
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  — E você, deve ser . — comentou a enfermeira — O que faz aqui?
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  — Eu acho que me acidentei. — explicou ela, no improviso.
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  — Sente-se nessa cadeira, vou examinar. — disse Kim, um pouco desconfiada.
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  — Acostume-se , o dia que você não vier aqui, é um dia vivido errado nesse lugar. — comentou Meg, em sua visão da realidade.
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  — Vou me lembrar disso. — disse , ao se sentar na cadeira.
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  Era real a hierarquia entre os sliters.
  Naquela brutal pirâmide, estava na base da cadeia alimentar como uma mera aprendiz, e os 10 melhores integram o topo da pirâmide. A cada mês torneios e disputas eram lançados para medir o nível de cada sliter, que se dividiam em três categorias e ficavam abaixo do invejado Top 10. Havia um longo caminho a se percorrer para a bailarina, se caso ela almejasse pelo menos sair da base.
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  — Então, nesse Top 10, só temos a chance de ficar entre o 6º e o 10º lugar? — indagou , tentando entender aquela parte.
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  — Sim. — assentiu Meg — Os cinco primeiros nunca mudam, nunca mesmo, desde que eu entrei aqui.
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  — E quem são? Eu sei que a é a primeira, o treinador Collins é o segundo, e tem a Stelle, mas não conheço os outros. — comentou .
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  — Você conheceu a Stelle? — perguntou ela, tendo a resposta com o balançar da cabeça da bailarina — Nossa, que tristeza.
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  — Por quê? — ela se mostrou curiosa.
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  — Ela é a sliter mais desprezível e arrogante que eu conheço. — explicou Meg, fazendo uma careta de leve — Além de invejosa, sempre quis ser a melhor e nunca conseguiu.
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  Meg riu.
  — Você conhece a Miller? — perguntou.
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  — Sim, somos amigas de orfanato. — contou .
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  — Uau, e ela é legal? — se mostrou impressionada.
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  — Sim, ela é bem legal, muito divertida às vezes. — contou — Meg, quais são os outros? O três e o quatro?
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  — Ah, esqueci de te dizer, o três é o Carl, apesar de não ser tão forte assim, suas habilidades com tecnologia e espionagem são maravilhosas e a quarta é a minha salvadora Anastasia Fulhan, ela é maravilhosa com armas, uma especialista. — respondeu a garota, animada com a conversa.
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   passou o restante do dia na enfermaria conversando com Meg, descobrindo um pouco mais sobre o centro de treinamento de sua avó, com a mais nova amiga tagarela. Quanto mais ouvia, mais ela fica curiosa sobre seu treinador.
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  — Não acredito que sobrevivi ao primeiro dia. — sussurrou ela, ao entrar em seu quarto — Sinto que perdi parte da minha dignidade hoje.
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  Ela olhou para o celular que tinha deixado na cabeceira da cama. Tinha algumas mensagens de sua tia Beth, perguntando se estava tudo bem. Uma de dizendo estar surpreso por ela ter deixado a Darko, e de , dizendo estar com saudades. Respirando fundo, passou alguns instantes rolando sua lista de contatos até que caiu em sua amiga sliter. Ela pensou em ligar, porém desistiu e colocou o aparelho no lugar novamente.
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  Um banho quente e roupas confortáveis foi tudo o que se permitiu ter naquele final de noite. Antes de deitar, ela se aproximou da janela e olhou para o lado de fora para contemplar o horizonte por um tempo, até que avistou Collins treinando sozinho enquanto dava golpes ao vento. Logo os punhos de fecharam de forma espontânea, ao lembrar de todas as vezes que ele a derrubou naquele dia.
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  — Está atrasada. — o tom rude soou de Collins, assim que ele ouviu o barulho do portão principal do galpão se abrindo, mantendo o olhar no relógio em seu pulso.
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  — Você não estipulou um horário, então eu não estou atrasada. — disse ela, se aproximando.
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  — Eu disse antes do amanhecer, consigo ver os raios do sol entrando pela janela. — retrucou ele, cruzando os braços e a olhando.
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  — O que vai acontecer agora? Serei punida? — bufou controlando sua irritação.
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  — Me ter como instrutor já é uma punição. — ele riu baixo e se virou — Venha comigo, vamos iniciar seu treinamento.
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  — E para onde vamos? — perguntou ela, ao começar a segui-lo.
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  — Terceiro passo para ser um bom sliter, não faça perguntas. — brincou ele, continuando em direção a saída.
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   se manteve logo atrás fazendo uma careta para ele.
  Longos minutos de caminhada que se transformaram em duas horas até chegarem em uma clareira. Collins se colocou bem ao centro do lugar e voltou sua atenção para a aprendiz que se negou até o último minuto a aceitar treinar.
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  — Então, o que vem agora? — perguntou ela.
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  — Vamos começar trabalhando na sua resistência física. — explicou ele, retirando um cronômetro do bolso da calça — Que tal uma corrida para aquecer o corpo? Soube que era seu esporte favorito no ensino médio.
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  — Sim, mas prefiro no período noturno. — retrucou ela.
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  — Será no período que eu quiser. — ele sorriu de canto, mostrando o cronômetro zerado — Valendo.
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  Ambos começaram com algumas voltas pela clareira, até encontrar seu ritmo. Tempo depois, Collins tomou impulso para adentrar a floresta a chamando consigo, era a hora da bailarina relembrar os velhos tempos de corridas noturnas pela reserva da cidade de Cliron com seu amigo Cedric. Pequenas escaladas pelos rochedos, árvores como obstáculos e uma cachoeira para incrementar a trilha.
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  Ao final de cada dia, já sentia todos os músculos do seu corpo pedirem por rendição.
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  E foi uma dolorosa rotina que perdurou por mais alguns dias.
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  — Boa noite, senhora Fletcher. — disse a bailarina, ao adentrar a cozinha da casa grande.
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  — Boa noite. — Donna que mantinha sua atenção no jantar que preparava, sorriu de canto ao perceber o cansaço na voz de sua filha — Está com fome?
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  — Não sei, acho que estou cansada demais para ter forças para mastigar algo. — confessou ela, soltando um suspiro franco enquanto puxava a banqueta para se sentar.
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  A matriarca riu de forma espontânea, adorava a forma sincera de sua neta.
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  — Realmente não tinha ninguém melhor que ele para me treinar? — perguntou , demonstrando seu esgotamento.
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  — Está pensando em desistir? — Donna terminou seu preparo e colocou a travessa de vidro no forno — Sabe que não pode.
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  — É claro que não. — disse com segurança — Não vou desistir, vovó, quer dizer, senhora Fletcher.
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  — Então, qual o motivo de sua indagação? — ela olhou a neta atentamente, segurando o riso.
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  — Parece que ele quer me matar ao invés de me treinar. — reclamou ela, mostrando seu braço enfaixado — Todos os dias eu termino na enfermaria com alguma parte do meu corpo cortada e todo resto em dores, isso não é normal, é um massacre de mim.
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  — Collins só está abaixo da Miller, acho que já sabe disso, deveria ser grata por ser treinada por ele. — Donna manteve uma sutil seriedade no olhar — Não se atinge em sete dias a habilidade de sete anos, tenha um pouco de paciência e fé em si mesma.
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  — Mas vovó! — ela tentou argumentar.
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  — Nem te pedi em casamento e já está pedindo o divórcio? — brincou Collins ao aparecer na porta e dar alguns passos até a bancada lateral, pegando uma maçã para comer.
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  Donna Fletcher soltou uma gargalhada boba, ao se lembrar dos tempos em que treinava seus cinco melhores sliters. Havia uma forte competição entre Collins e que sempre a deixava em alerta, mas também a divertia muito.
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  — O jantar está quase pronto, e como eu sei que vocês precisam passar mais tempo juntos, vigiem o forno. — ordenou a matriarca — Preciso dar um telefonema.
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  Assim que a matriarca se retirou, o silêncio pairou pela cozinha. se manteve sentada onde estava, enquanto Collins encostou na parede da porta e ficou a encarando.
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  — Como está seu braço? — perguntou ele, movendo seu olhar para baixo.
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  — Agora está preocupado? — retrucou ela ao olhá-lo — Disse que era frescura minha quando me machuquei.
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  — Em uma luta de verdade não se deve dar espaço para sentir dores quando se machuca. — argumentou ele.
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  — Você sempre tem uma resposta pronta pra todos os meus questionamentos. — reclamou ela, soltando um suspiro cansado.
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  — Porque eu já fiz cada um deles quando estava no seu nível. — contou ao rir baixo, olhando-a fixamente — Você acha que foi fácil me tornar o que sou hoje?
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  — Não quero me tornar arrogante como você. — retrucou ela.
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  — Claro que não, esse charme é só meu. — ele piscou de leve e deu outra mordida na maçã.
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  Ela revirou os olhos indignada.
  — Esse é o seu problema. — continuou ele — É ansiosa demais para esperar seu próprio tempo, se espelha em suas amigas, mas não sabe a metade do que elas passaram e não aguenta nem um quarto disso.
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  — Esse é o seu problema, você acha que me conhece. — ela o confrontou — Você não sabe nada sobre mim.
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  — Não? — ele riu.
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  — Não. — confirmou ela.
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  — Deixa eu ver, você é a neta da senhora Fletcher que foi criada no mundo de princesa longe de todos os perigos da Continuum, foi adotada pela família mais segura que existe e até foi para a faculdade. — iniciou ele, sua suposição — E agora só porque viu o quão incríveis são suas amigas de orfanato, você quer se tornar uma heroína como elas… Essa é você, e posso até supor que deva ter seu príncipe encantado a sua espera para a graduação final.
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   começou a rir de nervoso.
  — Você realmente não sabe nada sobre mim. — ela controlou seu tom de voz para não alterá-lo — Eu passei a minha vida inteira sendo escondida de algo que apenas serviu para sabotar a minha liberdade, o dia em que eu reencontrei as minhas amigas eu estava lutando para me manter viva, porque já se completava dias em que Andrei Tenebrae tinha me sequestrado e eu estava sobrevivendo naquele lugar sem poder comer e menos ainda sentir o gosto da água… Por causa da Continuum eu fui deixada pelos dois homens de eu amei na minha vida, alegando que era para me proteger, justo no momento em que mais precisei deles, e não, eu não quero um príncipe encantado. — nessa altura de sua resposta, ela já estava sentindo as lágrimas rolando em seu rosto — Eu estou aqui não porque vivi num conto de fadas e estou entediada como você deve achar, eu estou aqui porque estou cansada das pessoas decidirem a minha vida por mim, eu quero me defender sem depender de ninguém, principalmente de príncipes encantados.
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  Collins sorriu de canto, e se afastando da parede, caminhou até o fogão para desligar o forno. Então retornou para a porta.
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  — Me siga. — ordenou ele.
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  — O quê? Pra onde? — perguntou .
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  — Levante-se e venha comigo. — insistiu ele, continuando em direção a saída.
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  — Ei! Eu estou morrendo, sabia? — reclamou ela, relutante, porém indo atrás dele.
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  Segurando suas reclamações de como seu corpo doía, continuou o seguindo até a clareira. Ao chegarem, Collins olhou para o céu estrelado, a noite estava inspiradora, assim como a brisa que passava por eles.
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  — Por que viemos aqui? — perguntou ela.
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  Ele a olhou, mantendo o silêncio.
  — Ok, já entendi, sem perguntas. — ela desviou o olhar para o lado, arrancando uma risada discreta dele.
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  O lugar estava tão iluminado pela lua que parecia dia.
  — Você é bailarina, não é? — perguntou ele.
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  — Sim. — assentiu ela.
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  — E gosta de dançar? — continuou ele.
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  — Claro, dançar é como respirar para mim. — respondeu prontamente.
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  Ele retirou seu celular do bolso e colocou uma música para tocar.
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  — O que está fazendo? — perguntou ela, com um olhar confuso e intrigado.
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  — Tentando te conhecer. — ele aumentou o volume da música e colocou o aparelho no chão, então estendeu a mão para ela — Me concede essa dança?
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  — Isso é alguma brincadeira? — já não conseguia entender mais nada — Tem câmeras aqui?
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  — Estou com cara de quem está brincando? — retrucou ele, mantendo a mão estendida.
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   respirou fundo, já tinha um tempo que ela não dançava principalmente com um parceiro. Isso lhe fez lembrar do grupo de dança que tinha com Cedric no ensino médio. Os muitos concursos que participaram contra a vontade de sua mãe, e do dia em que recebeu a carta da New York University para cursar dança moderna. As muitas aulas de rumba que teve dificuldade de acompanhar os passos do professor caribenho que mais parecia se importar em flertar com as alunas. E as trágicas falhas em conseguir um parceiro para fazer o dueto de apresentação especial para o final da sua graduação.
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  Ela deu o primeiro passo e segurou na mão de Collins, ainda insegura internamente, mas curiosa para saber o que aquele sliter planejava. Assim que seus corpos ficaram um pouco mais próximos, ele pousou sua mão esquerda na cintura da garota e com a direita, segurou a outra mão dela. A primeira música tinha a batida mais lenta e suave, algo clássico como uma valsa vienense. segurou o riso, após alguns giros ao se lembrar que estavam dançando sobre a grama um estilo de dança de salão.
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  O que seus professores de NY diriam se vissem aquilo? Pensou ela.
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  Então, a segunda música iniciou com um ritmo latino mais agitado, deixando também o clima bem mais quente entre ambos. Próximo do final da música, Collins se deixou levar pelo momento e se inclinou um pouco mais de forma espontânea para beijar . A bailarina por sua vez ficou sem reação a primeiro momento, e mesmo com o movimento automático e sincronizado de ambos pelo som da música, o corpo da bailarina reagiu involuntariamente fazendo um movimento de defesa que aprendera com Nissah.
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  Em consequência, ela o derrubou no chão, que no susto a puxou consigo. O corpo de caiu sobre o dele, proporcionando uma troca de olhares profunda entre eles.
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  — Parece que encontrei seu estilo de luta. — sussurrou ele, com um sorriso malicioso no canto do rosto.
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Só viva do seu jeito,
A vida é sua de qualquer maneira.

– Fire / BTS

44. Sollary’s Secret

Sollary Hospital, Seattle

  Para os cirurgiões apaixonados por um bisturi, nada como uma noite de plantão cheia de adrenalina com um fluxo inesperado de pacientes para distrair a mente e te fazer esquecer os problemas. Essa foi a válvula de escape para que seguia tentando se acostumar com a nova realidade, e não se referia ao fato de estar casada, mas sim de ter uma enteada.
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  — Amiga, você parece acabada. — comentou Hill, assim que ambas entraram na sala dos residentes.
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  — Acredite, meu cansaço tem sido mais mental que físico. — contou ela, seguindo até o seu armário — Se eu pudesse, ficaria mais um plantão aqui.
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  — E levar advertência do seu tio em pessoa? — retrucou Hill, retirando sua blusa para trocar por uma camiseta comum — Sabe que a Torres está de olho em você.
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  — Ah, minha madrinha realmente não me deixa abusar. — confessou , um pouco frustrada pegando sua bolsa — Mas tudo bem, é hora de encarar minha realidade doméstica.
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  — Como está sua vida de casada? — perguntou a amiga, curiosa —Tem se dado bem com sua enteada?
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  — Não sei, acho que sim. — ela respirou fundo, ao procurar por seu celular escondido dentro da bolsa — Eu não a vejo muito, claro que minha rotina no hospital ajuda com isso, mas… Ela tem ficado mais com a tia dela.
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  — E você acha isso certo? — Hill a olhou admirada — Eu acho que você deveria se aproximar mais dessa garotinha.
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  — Que olhar é esse de teorias da conspiração, Hill? — manteve sua atenção nela.
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  — Dizem que a vida imita a arte e eu já vi muitos filmes em que a criança influencia no relacionamento dos pais. — comentou ela — Eu, se fosse você, não deixava a titia do ano tão próxima assim do seu marido.
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  — Eu confio no Baker e sei os sentimentos dele por mim. — assegurou , com firmeza.
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  — Não falo por ele, você tem que desconfiar é dela, a intrusa. — Hill piscou de leve para a amiga.
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  Amigas de infância, já tinha acompanhado as inúmeras aventuras de amor de Hill e sabia muito bem das muitas desilusões que a mesma teve. Mas uma coisa sua amiga estava certa, ela confiava somente em Baker. Após finalmente achar seu celular, mandou uma mensagem ao marido dizendo estar seguindo para casa e o intimando a chegar antes do jantar.
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  Ao chegar na recepção, se despediu do segurança da entrada e passando pela porta de saída, paralisou surpresa ao ver encostado em sua moto numa pose atraente para ela, lhe esperando.
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  — Acabei de te mandar uma mensagem. — disse ela, ao se aproximar dele — O que faz aqui? Não tinha uma entrega importante hoje na oficina?
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  — Tenho funcionários muito competentes lá. — explicou ele, já puxando sua esposa pela cintura e lhe roubando um beijo — Que tal um final de semana a dois?
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  — Nem chegamos no final do dia de hoje, senhor Baker, e já está pensando no amanhã? — ela o olhou desconfiada — O que está tramando?
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  — Eu só quero mais tempo com minha esposa. — ele manteve seus braços envoltos na cintura dela — Passamos por alguns contratempos depois do nosso casamento e, desde então, não conseguimos ter um tempo pra gente.
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  — Hum… — ela bem que tentou, mas não resistiu e sorriu de leve — E o que me sugere?
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  — Uma fuga da cidade. — sugeriu ele, com um olhar malicioso — Estive trabalhando nessa possibilidade e arranjei alguns cúmplices.
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  — Cúmplices? — ela riu baixo, mantendo o olhar curioso — Quem?
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  — Descobri que sua família tem uma casa nas montanhas ao norte do Canadá. — contou ele, mantendo seu olhar bobo — Vai ser o nosso refúgio de amor, abençoado por seu primo Victor.
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  — Ah, a casa do tio Gustav. — disse ela, se lembrando da propriedade na cidade de North Vancouver — Como conseguiu essa proeza? Meu primo tem um ciúmes enorme daquele lugar, foi onde nosso tio viveu os últimos dias.
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  — Tive uma ajuda especial do Rafaelli. — com um olhar brincalhão ele deu um selinho rápido nela — O que me diz?
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  — E como ficam as outras duas pessoas envolvidas nessa história? — perguntou ela, curiosa pela outra parte da família.
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  — Pedi asilo político para elas em Manhattan. — respondeu ele, em tom de brincadeira.
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  — Sério que Annia aceitou? — por essa não esperava.
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  — Você sabe que não posso deixar Molly desprotegida, apesar dos seus defeitos, ainda confio em minha família. — explicou ele, deixando o olhar mais sério — Tenho certeza que Annia será uma boa tia.
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  — Hum… Isso é bom, mas a Rosalie concordou? — indagou a residente.
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  — Ela não tem que concordar, a partir do momento que me pediu ajuda, terá que seguir conforme minhas regras. — a seriedade manteve em seu olhar.
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  Aquele era um lado que não conhecia nele.
  — Então? — insistiu ele, suavizando o rosto.
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  — Acho que a herdeira Sollary pode desaparecer por alguns dias de sua residência. — brincou ela, arrancando um sorriso bobo dele.
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  — Apenas diga que você tem um paciente que precisa de cuidados particulares. — ele a beijou novamente, com mais intensidade.
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  Aquele sim era o lado que conhecia bem e sempre se surpreendia de tempos em tempos.
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  — Farei o possível para dar todo o cuidado que esse paciente merece. — garantiu ela.
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  — Eu vou cobrar. — ele riu — Vamos?
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   assentiu se afastando dele e colocando o capacete do carona. Ambos subiram na moto, e seguiram para seu apartamento. Passando pela porta, se dirigiu até o quarto de imediato para tomar um banho e tirar a roupa do hospital, a única coisa que tinha deixado no armário foram seu jaleco e o estetoscópio.
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  Seus planos para o jantar ainda se mantinham de pé e ao adentrar na cozinha apenas de lingerie, estranhou a ausência do seu marido. A residente que já tinha cada detalhe de sua noite maliciosa esquematizada na cabeça, se pegou confusa e parcialmente frustrada. Foi então que adentrou o apartamento, acompanhado de sua filha e o filhote de cachorro que tinham adotado de um abrigo para animais, especialmente para ela.
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  — ? — se abaixou rapidamente, escondendo-se atrás da bancada de refeições, sentindo seu corpo gelar.
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  — ? — ele olhou confuso — O que faz aí atrás?
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  — Não deixe a Molly vir aqui. — pediu ela, segurando o surto interno.
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  — Ok. — olhou com carinho para filha e sorriu — Querida, fique no sofá com o Kookie, tudo bem?
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  A garotinha assentiu com o olhar confuso, e se aproximou do sofá se sentando e colocando seu filhote ao lado para brincar com ele. deu alguns passos até a lateral da bancada, encontrando sua esposa ainda agachada e respirando fundo.
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  — Droga. — disse ele, fechando os olhos, entendendo as intenções de sua esposa e sentindo um gosto amargo do arrependimento.
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  — Por que não disse que traria ela? — perguntou , se sentindo envergonhada pela situação — Achei que a nossa noite seria a dois também.
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  — Desculpa, eu deveria ter dito antes. — ele a olhou como um cão abandonado.
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  — Não posso fazer o jantar assim. — disse ela, mantendo a voz tão baixa, que quase parecia um sussurro.
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  — Um momento. — ele voltou até a poltrona ao lado do sofá e pegou sua blusa de moletom, então retornou para ela e lhe entregou — Me desculpe.
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   pegou de sua mão e vestiu rapidamente, então finalmente pode erguer seu corpo, mantendo o olhar revoltado para ele.
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  — . — ele segurou em sua mão, assim que ela passou por ele.
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  — Essas coisas precisam ser avisadas. — disse ela, demonstrando nitidamente sua chateação — Não somos mais apenas um casal, se torna uma família quando há crianças envolvidas.
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  Ela se soltou dele e seguiu direto para o quarto. A residente não deu nem chances para as argumentações do marido e logo trancou a porta para que pudesse se acalmar internamente. Passos até o closet, ficou imóvel frente a uma das prateleiras com suas roupas dobradas. O silêncio deu lugar para o som de suas risadas ao finalmente absorver o que tinha acontecido. Se estava rindo de nervoso ou de graça, ela não sabia, mas que agora estava achando aquilo tudo uma loucura, provavelmente sim.
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  — Serei punido por isso? — perguntou , assim que ela apareceu com suas roupas trocadas e se aproximou do sofá.
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  — Ainda estou pensando. — ela não deixaria barato para ele, claro.
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   chegando próximo a sua enteada, se sentou no sofá e sorriu de leve. Ela nunca levou jeito com crianças, era um fato que a especialização que jamais pensou foi a pediatria. Mas lá no fundo já tinha pensado em futuramente ter filhos. Agora, com esse inesperado desafio pela frente, ela pretende amolecer um pouco seu coração para conquistar a pequena criança.
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  — Boa noite, Molly. — disse , observando-a.
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  — Boa noite. — a criança manteve o olhar no filhote.
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  — Como está indo com o Kookie? — perguntou ela — Ele gostou de dormir na sua cama?
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  — A tia Rose não deixou ele dormir comigo. — Molly levantou seu olhar para , estava parcialmente triste.
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  — Por quê? — perguntou a residente.
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  — Ela disse que eu mataria ele esmagado, por ser pequeno. — respondeu a criança de forma inocente.
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   segurou o riso, mas se mostrou solidária a ela.
  — Sua tia tem um pouquinho de razão, mas eu tenho um método infalível para isso, posso te mostrar se você quiser dormir aqui hoje. — contou , vendo o olhar dela mudar de imediato.
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  — Posso dormir aqui? — Molly olhou com surpresa para o pai.
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  — Claro que pode querida, por que a surpresa? — que as olhava com carinho próximo a bancada, se aproximou das duas, intrigado.
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  — Tia Rose disse que sua esposa brigaria comigo se eu pedisse para dormir aqui. — confessou a criança.
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   olhou para o marido que retribuiu o olhar preocupado para ela. Não que acreditasse nas teorias de sua amiga Hill, mas definitivamente não deixaria nenhuma abertura para a intrusa em questão. Mantendo o olhar suave e carinhoso para a criança, a residente segurou em sua mão.
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  — Molly, sempre que quiser dormir aqui, você pode. — afirmou , segura de suas palavras — Esse apartamento também é o seu lar.
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  — Eu não vou atrapalhar vocês? — perguntou Molly, acanhada.
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  — Claro que não, querida, somos uma família. — disse se sentando do lado da filha, e sorrindo para ela.
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  — Acho que tive uma ideia, meio louca e… Muito louca. — olhou seriamente para seu marido.
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  — O que está pensando? — perguntou ele, temeroso pela resposta.
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  — Não acho que precisamos apenas de um final de semana a dois, precisamos de um final de semana em família. — a firmeza em sua voz, era um sinal para Baker não contestar sua decisão — E quando eu digo família, me refiro a apenas nós três.
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  Ele respirou fundo.
  — Se realmente quer isso, não vou me opor. — disse Baker, mantendo seu olhar apaixonado para sua esposa.
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  — Mocinha, você vai dormir hoje aqui e vou te ensinar a como não esmagar seu cachorrinho. Fechado? — esticou a mão para ela em sinal de negociação.
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  — Fechado. — Molly sorriu e apertou a mão dela, com um brilho nos olhos.
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  — Agora preciso fazer um jantar. — ela piscou de leve para a criança e se levantou.
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  — Que tal um desenho enquanto esperamos? — sugeriu , tendo o balançar de cabeça positivo, vindo da filha.
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  A residente voltou para seu objetivo inicial no espaço da cozinha, relevando as mudanças dos detalhes iniciais. Com uma integrante a mais, pensou em fazer algo especial para sua enteada, uma receita caseira que sua mãe sempre fazia quando pequena: hambúrguer caseiro com batata-frita. Não demorou muito até que o cheiro gostoso vindos da cozinha despertasse a atenção de pai e filha, que sorrateiramente se aproximaram da bancada e ficaram sentados cada um em uma baqueta, a observando.
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  — Estou de olho em vocês dois. — disse , enquanto terminava o preparo dos hambúrgueres.
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  — Está com uma cara boa, o que acha, Molly? — perguntou ao pegar uma batata e morder — Tem coragem de pegar uma?
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  A menina assentiu com um sorriso sapeca, tímida para e olhando a batata com água na boca.
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  — Pode pegar, Molly, vou fingir que não estou vendo. — assentiu , segurando o riso.
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  A menina pegou uma batata e jogou rapidamente na boca, mastigando e rindo, juntamente com o pai. os acompanhou, lembrando-se de seus momentos de criança com seus pais, algo que lhe trouxe um brilho nos olhos e a certeza que sua decisão de levar Molly para a viagem ao Canadá era o certo a se fazer.
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  — Eu te amo. — disse , para sua esposa, sem deixar que saísse o som de sua voz, mas de forma que ela entendesse.
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  O que o fez receber um sorriso apaixonado de resposta. finalmente terminou o preparo dos pães e os colocou em uma bandeja, na bancada e retirando uma jarra de suco da geladeira, anunciou que o jantar estava pronto.
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  — Esse é o melhor jantar que já tive na vida. — disse Molly, de forma acanhada.
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  — Teremos muitos jantares iguais a esse. — afirmou , ao puxar outra baqueta e se sentar de frente para eles.
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   olhou para sua esposa e piscou de leve, em seguida atacando um dos pães preparados por ela. Aquela tinha sido a primeira vez de se aventurando na cozinha com as velhas receitas de família, um momento de descoberta ao notar que não era tão difícil assim cozinhar, quanto achava e de diversão para sua, enfim, família.
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  — O que acharam? — perguntou ela, curiosa, ao morder mais um pedaço de seu hambúrguer.
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  — Estou impressionado, confesso, ficou muito bom. — disse .
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  Molly balançou a cabeça positivamente, pois estava com a boca cheia. Tinha tanto apetite quanto o pai.
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  — Eu disse que tinha talentos na cozinha, você que não acreditou. — retrucou ela, rindo dele.
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  — Eu não disse isso. — ele desconversou e riu, então olhou a filha — E você mocinha?
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  — Obrigada pela comida. — disse Molly, voltando o olhar para .
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  — De nada, minha querida. — a residente sorriu com carinho para ela — Que tal terminarmos o desenho e depois irmos para a cama?
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  Molly assentiu com a cabeça e desceu da banqueta com a ajuda do pai, voltando para o sofá, onde tinha deixado seu cachorrinho deitado. Enquanto os olhos da criança se mantinham fixos no desenho que tanto gostava de assistir, aproveitou para juntar a louça suja e lavar, afinal, seu lado organizado tinha alguns TOCs de limpeza.
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  — Quer ajuda? — perguntou , ao abraçá-la por trás e beijar seu pescoço.
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  — Baker… — ela segurou o riso, por ter sentido cócegas e sussurrou — Temos criança em casa.
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  — Eu sei ser silencioso. — sussurrou ele, de volta, apertando um pouco sua cintura — Ainda estou com a imagem daquela lingerie na minha cabeça.
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  Ela riu baixo e se virou para ele.
  — Acho melhor você esquecer… — ela tocou de leve no tórax dele o afastando por centímetros — Faço questão de dormir com a Molly hoje e você no sofá.
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  — Que mulher vingativa. — ele balançou a cabeça negativamente, com o olhar indignado.
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   riu novamente e espichou a cabeça para olhar sua enteada, avistou a criança com sua atenção total na televisão. Então, voltando-se para seu marido, ela sorriu com malícia e o beijou de leve com doçura. Claro que Baker não se contentaria apenas com aquilo, deixando ainda mais intenso demonstrando seu desejo por sua esposa.
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  — Baker… — sussurrou ela, recuperando o fôlego.
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  — Ainda quer dormir com a Molly? — perguntou ele, com um tom sinuoso.
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  — Filho da mãe. — xingou ela, não querendo dar o braço a torcer, mas demonstrando no olhar o que ele queria.
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   riu baixo e se afastou ela, seguindo até a filha. Enquanto continuou parada onde estava, atordoada pelo fato de seu marido ser tão charmoso quanto sedutor.
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  — Você é uma deliciosa caixinha de surpresas, Baker. — sussurrou ela, segurando o riso.
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  De um filme, se passaram dois e finalmente a pequena Molly se rendeu ao sono. Como prometido auxiliou seu marido a ajeitar a filha na cama, de uma forma segura para que o seu filhotinho pudesse dormir com ela. A residente ficou na porta, observando a forma carinhosa que ele acariciava os cabelos da filha, lhe dando um beijo na testa em seguida. Surpreendente para ela ver que tinha despertado seu lado paterno com tanta rapidez e facilidade, em poucas semanas.
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  — Eu deixei a luz do abajur acesa para ela, já que vamos fechar a porta. — disse ele, assim que entraram em seu quarto.
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   assentiu ao se aproximar da escrivaninha e pegar o celular que tinha deixado em cima. Havia algumas mensagens de sua prima Mayah falando sobre o Sollary Hospital de New Orleans, além de uma imagem de um meme de Grey’s Anatomy enviado por seu primo Rafaelli, que a fez rir de imediato.
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  — Alguma chamada de emergência? — perguntou ao se aproximar dela.
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  — Não, só algumas mensagens da família, nada demais. — respondeu ela, tendo seu aparelho roubado pelo marido.
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  — Então, isso não estará mais entre nós. — disse ele, colocando o celular novamente na escrivaninha e a puxando para mais perto — Enfim, sós.
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  — Você nunca quis tanto desesperadamente dizer isso, não é? — observou ela, segurando o riso.
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  — Acredite, passei a noite com essa frase na minha cabeça. — ele sorriu com malícia e a beijou no pescoço — Não imagina o quanto me segurei no jantar.
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  — Bem, não seremos apenas um casal agora. — disse ela, o lembrando a nova realidade.
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  — Confesso que ter filhos não foi o que imaginei para nosso primeiro ano de casados, ou melhor, primeiro mês. — ele riu um pouco — Mas contanto que esteja comigo, não me importo com os desafios.
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  — Baker… — ela sorriu com leveza.
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  — Olhe pelo lado bom, não teremos que trocar fraldas de madrugada. — ele piscou de leve, fazendo-a rir.
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  — Bobo. — ela bateu de leve em seu ombro — O bobo que eu amo.
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   em gestos sutis e lentos aproximou seus lábios dos de sua esposa, sentindo a respiração dela. sentiu seu corpo mais uma vez estremecer com o toque dele, trazendo arrepios externos com o acelerar do seu coração. Era inegável que a cada noite juntos, ela se apaixonava ainda mais pelo paciente que salvou em meio ao temporal.
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  E como poderia imaginar que isso aconteceria, mas sim. Ali estava ela, em sua entrega ao homem que conquistou seu coração e a fez esquecer completamente seus desastrosos relacionamentos passados.
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  — Baker… — sussurrou ela, mais uma vez, sentindo seu corpo arrepiar novamente.
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  — Eu te amo. — declarou ele, ao olhá-la com desejo e amor.
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  A ensolarada manhã de primavera nunca foi tão refrescante quanto nos campos ao leste de North Vancouver, o refúgio de amor do casal Baker-Sollary, ou melhor, da família BS. Era visível o entusiasmo de Molly quando desceu do carro e se deparou com a beleza da natureza que compunha a paisagem. A criança correu pela grama sendo seguida por seu cachorrinho, pois a única coisa que sempre conheceu em sua vida foi o concreto da cidade juntamente com a nebulosidade dos bairros do subúrbio onde morou com sua tia e mãe.
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   se deixou levar pelas lembranças de criança naquele lugar e entrou na empolgação da criança, se juntando a ela na corrida aos arredores da casa. riu um pouco e aproveitou a distração delas para levar as malas para dentro, deixando em seus respectivos quartos. Baker voltou para sala e retirou o celular do bolso, mesmo o aparelho no silencioso, conseguiu perceber uma chamada de sua irmã.
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  — Annia. — disse ele, ao atender.
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  — Olá irmãozinho? Como está o campo? — perguntou ela, em seu habitual tom de sarcasmo.
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  — Melhor do que as loucuras de Manhattan. — brincou ele, rindo baixo — Rosalie está em segurança?
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  — Fique tranquilo, ela já está instalada em um lugar apropriado, no qual eu posso ficar de olho. — assegurou ela, com firmeza.
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  — Agradeço, pela ajuda.
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  — Bem, espero que neste tempo em família vocês possam ajustar todos os ponteiros da relação de vocês, porque não pretendo deixar Rosalie retornar a Seattle. — anunciou Annia.
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  — Nunca foi de minha intenção que ela retornasse. — manteve seu tom sério — Darei a Molly a família que ela merece.
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  — Que orgulho do meu irmãozinho! — Annia demonstrou entusiasmo na voz — Temos outro assunto para tratar.
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  — Sobre? — perguntou.
  — O jantar dos herdeiros. — revelou ela — Recebi meu convite esta manhã, o que significa que receberá o seu em breve.
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  — E para quando eles agendaram? — perguntou .
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  — Pouco menos de duas semanas. — relatou ela, deixando soar o tom preocupado.
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  — Algo lhe preocupa, irmã? — se aproximou da janela próximo a lareira e avistou sua mulher e filha brincando um o filhotinho.
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  Um sorriso espontâneo surgiu em seu rosto
  — Tudo me preocupa, desde que Andrei declarou guerra a todos nós. — respondeu ela — A última vez que uma reunião assim foi pedida, foi quando a herdeira Tenebrae nasceu e Lionel tomou o lugar do irmão no comando de sua família.
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  — Então o que podemos esperar? — indagou ele.
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  — Eu não sei, foram os Bellorum que pediram por isso, o jeito é aceitarmos o convite e esperar para saber o que vai acontecer. — ela respirou fundo do outro lado da linha — Mas não pense tanto neste assunto, aproveite seus dias de refúgio com sua família e apenas deixe para se preocupar em seu retorno.
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  — Desde quando você é uma irmã tão bondosa? — brincou ele.
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  — O casamento faz milagres, sabia? — ela riu um pouco — Boas férias.
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  — Te aconselho a fazer o mesmo, irmã. — manteve o olhar para o lado externo da casa, vendo as damas de sua vida seguirem para a porta — Nossa família é o nosso bem mais precioso, cada segundo perto é uma dádiva.
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  — Fique tranquilo, eu sei muito bem aproveitar meu tempo com minha família. — assegurou ela.
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  — Está incluindo vosso primogênito nesta frase? — retrucou ele, tocando no passado de sua irmã.
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  — Principalmente ele. — garantiu ela — Nossa mãe terá que se acostumar com o fato de ter dois netos.
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   riu juntamente com sua irmã e ao despedir-se, encerrou a ligação. Instantes depois adentrou com a criança carregando o cachorro em seus braços, ambas com as vestes sujas e aos risos. Era um fato que a residente em pouco tempo já tinha conquistado o coração e a afeição da enteada.
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  — Uau, acho que precisam de um banho. — comentou , surpreso com o estado delas.
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  — Isso eu concordo. — disse , ao olhar para o lado — O que acha, Molly?
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  — Podemos comer primeiro? — pediu a criança.
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  Era de se esperar por aquilo, já que a última refeição da família tinha sido em uma lanchonete na estrada. E eis aí uma das muitas surpresas de Baker para aquela aventura em família, nada de avião e primeira classe, todo o trajeto de Seattle até a cidade de North Vancouver, foi feito em seu carro recém comprado especialmente para aquela ocasião. Uma tradicional viagem em família, com a intenção de esquecerem todas as formalidades e pressões de sua realidade envolto a Continuum. Afinal, Dominos e Miller não eram o único casal que ambicionavam ter pelo menos um momento de pessoas normais com rotinas normais e sem preocupação.
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  — Tudo bem, que tal um sanduíche antes do banho? — sugeriu , piscando de leve para a enteada e seguindo até a cozinha.
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  — De sanduíche eu entendo. — disse , seguindo a esposa e tomando a frente — E a senhora Baker apenas ficará observando seu marido atraente preparando o lanche.
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  — Hum… Marido atraente? — ela riu, tentando ser debochada, mas acabou tendo um beijo roubado dele.
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  — Pode tentar desdenhar de mim, mas nunca mais conseguirá negar o óbvio. — disse ele, dando um passo para mais perto do armário e retirando o pacote de pães.
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  Algo que a surpreendeu, pois até mesmo o abastecimento da casa estava nos esquemas do homem.
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  — E o que seria esse óbvio? — perguntou ela.
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  — Que você é louca por mim. — ele piscou de leve para ela, fazendo-a rir baixo.
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  Sem argumentos, era um fato.
  Após o lanche, a acompanhou Molly e o cachorro até o quarto reservado para ela, lhe mostrando como funcionava o chuveiro no banheiro privativo a deixou se banhando, enquanto ajeitava suas roupas no armário. Depois, seguindo para seu quarto, a residente adentrou o banheiro da suíte principal e retirou sua roupa para um banho quente.
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  Sua expectativa era ser rápida, porém seu sugestivo marido lhe surpreendeu ao adentrar no box, fazendo-a demorar mais do que o esperado. Claro que as malícias de , juntamente com suas intenções iniciais do refúgio nas montanhas seriam mais fortes e ardentes do que ela havia imaginado. No final, nem mesmo a presença da pequena Molly, seria impedimento para os planos ousados de Baker para aquele final de semana.
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  Na madrugada de sábado, a Sollary despertou de repente sentindo um pouco de sede. Ao se levantar da cama, olhou para o marido que parecia estar num sono profundo. Deixando-o adormecido, ela saiu do quarto e seguiu pelo corredor até chegar na cozinha, a casa de um andar tinha seus cômodos grandes e muito bem divididos. Ao se aproximar da geladeira, abriu-a e em seguida pegou a garrafa de água, despejando no copo, tomou o primeiro gole despreocupadamente.
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  — Não deveria tomar água gelada. — a voz de soou, fazendo-a se assustar.
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  — Que susto, não estava dormindo? — perguntou ela, deixando o copo pela metade na bancada.
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  — Sabe que tenho o sono leve, ouvi a porta se abrindo. — explicou ele, com o olhar sereno — Fui até o quarto de Molly para ver se estava tudo bem.
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  — E?
  — Está dormindo como um pequeno anjo. — respondeu — Perdeu o sono?
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  — Não, apenas me deu sede. — ela sorriu de leve e voltando-se para o copo, terminou de tomar a água.
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  — Obrigado. — disse ele.
  — Que aleatório, está me agradecendo pelo quê? — perguntou ela.
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  — Por tudo. — explicou ele — Principalmente por me amar.
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  — Baker… — ela sorriu de leve — Estou feliz que não tenha desistido de me conquistar.
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  — Eu jamais desistiria. — ele piscou para ela e se aproximou para pegar seu copo e enchê-lo de água — Como está o hospital?
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  — Estamos colocando a casa em ordem aos poucos. — contou ela, o observando.
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  — Mayah está tendo algum problema em New Orleans? — indagou ele, tomando a água em um único gole.
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  — Tirando que o hospital estava totalmente quebrado. — riu de nervoso — Tenho sorte que minha prima é esperta e pensou em um bom plano de recuperação, aos poucos o hospital está voltando a ganhar a confiança da cidade.
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  — Me impressiona esse seu lado administrativo. — comentou ele, sorrindo de canto.
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  — Trocaria esse lado por todas as cirurgias do mundo. — confessou ela — Eu definitivamente não nasci para burocracia, minha vida é o bisturi.
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  — Eu te compreendo. — disse ele, pousando sua mão em sua cintura — Sei muito bem como se sente.
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  Ela deu um selinho de leve nele, permanecendo pensativa depois.
  — Mas pelo menos você teve a opção de não se envolver, já eu não tenho escolha. — a realidade dura de ser a única herdeira Sollary.
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  — É tenho sorte de ter uma irmã como Annia. — concordou ele e anunciou — E por falar nela, minha irmã me ligou.
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  — O que Annia queria? — se afastou dele e encostou na bancada da pia.
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  — Aparentemente os Bellorum estão convidando os herdeiros para um jantar. — contou ele, colocando as mãos nos bolsos da calça do pijama — Não sei os detalhes, mas certamente nosso convite já deve ter chegado em Seattle.
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  — Eu acho até que demorou, diante de tanta coisa acontecendo… Na minha família, na sua, com os Dominos, o sequestro da . — comentou , relembrando os fatos — Tudo isso por poder e vingança.
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  — Será que vão anunciar oficialmente que a é a herdeira? — se sentiu inquieto quanto a exposição da amiga, temia por coisa pior.
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  — Eu não sei, mas se for, pelo menos o mistério vai acabar e talvez tudo se ajeite, com ela à frente dos Tenebrae, Lionel terá que renunciar ao comando da Continuum e vai poder assumir como é de direito. — continuou a residente, voltando o olhar para a porta do porão que estava entreaberta.
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  — Sendo ou não assim, o jeito é esperar para ver o que acontecerá. — ele percebeu a atenção se sua esposa foi para outro lugar — O que foi?
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  — Nada… — se afastou da bancada e caminhou até a porta — Você foi ao porão?
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  — Sim, precisei de algumas ferramentas para consertar a maçaneta do quarto de Molly. — explicou ele, com o olhar intrigado — Por quê?
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  — Eu acho que… — ela manteve suas indagações para si e parando diante da porta, a abriu.
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  Deixando o marido confuso, desceu as escadas até o porão e acendendo as luzes, avistou algumas caixas brancas ao fundo. A passos lentos ela se aproximou, reconhecendo a logo do hospital em cada uma daquelas caixas.
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  — ? — a seguiu, observando sua aproximação — Está tudo bem?
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  — São arquivos do hospital. — disse ela, ao abrir uma das caixas e pegar um dos papeis dentro.
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  — Por que seu primo guardaria arquivos do hospital aqui? — perguntou .
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  — Você se lembra que Rafaelli disse que alguns documentos do tio Gustav estavam guardados com o Victor? Podem ser esses. — concluiu ela, ao voltar o olhar para ele — E se o prontuário da herdeira está aqui?
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  — Podemos saber quem é. — completou ele, se interessando pela descoberta.
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   assentiu com o olhar, também curiosa para desvendar o enigma.
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Usando o meu coração para sentir, eu sei que você estará ao meu lado
Eu prometo a você, eu quero o nosso “para sempre”
Eu não deixarei ninguém machucar seu coração
Este é o meu único compromisso.
– Promise / EXO

45. Calmaria antes da Tempestade

Em algum lugar de Chicago…

  E quem diria que a pausa para a felicidade do casal Dominos-Miller iria render mais alguns dias de paz e harmonia. Ainda instalados em seu loft refúgio, a sliter ao despertar no meio da madrugada voltou o olhar involuntariamente para o seu celular. Curiosamente o aparelho estava com o visor da tela aceso, o que a fez pegá-lo e checar suas mensagens. Seu olhar ficou preocupado, assim que tocou na conversa de um número desconhecido e viu a foto de suas sobrinhas com o pai, brincando em um parque próximo às Instalações da Darko.
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  Sem pensar duas vezes, ela levantou-se da cama e trocou de roupa rapidamente. Não queria atrapalhar o sono dos justos de seu chefe, menos ainda trazer preocupações para ele, diante de dias festivos para sua família. Então, ela simplesmente pegou as duas pistolas 9mm Imbel gc md1, encaixando-as na bainha lateral da calça. A sliter finalizou o look com um casaco longo de sarja preto, que ajudava a esconder a arma.
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  — Aonde está indo? — a voz de soou em um sussurro.
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   sentiu um leve susto, tinha sido tão silenciosa para não acordá-lo.
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  — Não estava dormindo? — perguntou ela, voltando a atenção para ele.
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  — Até você levantar da cama. — respondeu ele, erguendo seu corpo e a olhando com mais seriedade — O que aconteceu?
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  — Nada, volte a dormir. — respondeu ela, seguindo até a porta.
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  — Miller. — ele elevou um pouco mais a voz e se levantou da cama — Ainda não entendeu?
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  Dominos deu alguns passos até chegar nela, então tocando em sua cintura a virou para ele, notando discretamente as duas armas sendo escondidas. O olhar dele levantou sério para ela.
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  — Vai me contar ou não? — insistiu ele, ao tocar no pingente em sua correntinha que havia lhe dado de presente de aniversário — Eu sei que tem algo errado, está no seu olhar.
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  — É assunto meu. — retrucou ela, dando um passo para trás — Você tem um jantar de noivado para comparecer, então acho melhor descansar.
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  — Seus assuntos são meus assuntos. — argumentou ele — Quando vai aprender isso?
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  — Talvez nunca. — brincou ela, roubando um beijo dele — Te vejo na mansão, prometo não demorar.
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   não teve mais argumentos que pudesse tirar dela a informação que desejava, apenas assentiu a partida de sua sliter e voltou para cama. Se esticando um pouco, pegou seu celular e viu a mensagem de sua tia mencionando um convite especial ao herdeiro Dominos. Ele apenas fechou os olhos e tentou não se preocupar antecipadamente, sabia que os dias que seguiria seriam nublados e totalmente atordoantes.
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  Andrei Tenebrae ainda estava desaparecido, porém continuava a ameaçar as famílias das duas sociedades.
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  Na mansão da família Dominos, os preparativos para o jantar de noivado de Genevieve e Lance Village estavam a todo vapor. Tia Sophie não se cabia de tamanha felicidade e euforia, finalmente uma boa notícia para aquela casa diante de tanto infortúnio. Sentada no sofá da sala de estar, vendo a matriarca rodar pela casa dando ordens à equipe de organização do jantar, Bella mantinha um sorriso debochado no canto do rosto. Em alguns momento se deixava sentir chateação por toda a atenção que a mãe mantinha nos sobrinhos, se esquecendo em alguns momentos dos próprios filhos. Mas o fato é que Sophie havia prometido ao irmão em seu leito de morte que jamais iria desamparar seus sobrinhos, e faria qualquer coisa por eles.
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  — Não vai entrar no clima do jantar estimado? — perguntou Liana, ao se aproximar da amiga e sentando ao seu lado com certo cuidado.
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  Sua barriga já estava bem à mostra, uma gravidez anunciada pelo médico sendo delicada devido a sua pressão alta, lhe exige alguns cuidados a mais. Entretanto, o fato de mais um Dominos estar sendo preparado para vir ao mundo, deixava todos ansiosos e alegres. A cada boa notícia, uma motivação a mais para manter a família unida e segura.
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  — Ah, por favor, não aguento mais toda essa movimentação, isso me deixa em náuseas. — comentou Bells, como gostava de ser chamada, revirando os olhos e suspirando fraco — Que Genevieve é a princesinha da casa eu já sei, mas dessa vez minha mãe está exagerando.
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  — Estou sentindo uma ponta de ciúmes? — brincou Liana, rindo baixo.
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  Logo ela recebeu um olhar atravessado da amiga.
  — E por falar em princesinha, onde ela está? — perguntou Liana, seguindo o assunto.
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  — Não sei, trancada no quarto, talvez. — Bells deu de ombros.
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  — A Gen está em um spa, tia Sophie reservou o dia para ela. — respondeu Jass, adentrando a sala e entrando na conversa, para se sentar na poltrona ao lado.
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  — E você, não deveria estar se arrumando? — perguntou Liana — Minha sogra odeia atrasos.
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  — De que adianta correr para estar pronta, se a festa só começa quando vossa majestade aparecer?! — reclamou a adolescente, ao mencionar de forma subjetiva o irmão mais velho — Não chegamos nem no final da tarde.
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  — Ah, sim, . Não o vejo há alguns dias. — Liana finalmente notou a ausência do chefe da família.
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  — Quer apostar que ele deve estar em algum cativeiro com a sliter dele. — brincou Bells rindo baixo — Desde que ela retornou, não é tão difícil ver as trocas de olhares entre eles, menos ainda as escapadas noturnas dos dois.
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  — Ficou bem mais visível agora, o romance no ar. — concordou Jass — Eu sabia que um dia isso iria se tornar real.
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  — Será que vossa majestade vai se lembrar do jantar da irmã? — perguntou Liana.
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  O som da campainha soou pelo ambiente, atraindo a atenção delas. Assim que a criada abriu a porta, Jasmine deu um pulo da poltrona para ir de encontro ao irmão, se surpreendeu com a recepção da garota.
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  — Calma, assim você me derruba. — brincou ele, rindo da irmã — Como está tudo por aqui?
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  — Uma loucura graças à tia Sophie. — respondeu Jass, se afastando do irmão — Essa casa só não parece um campo de guerra porque é dia de paz.
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  Eles riram do comentário dela.
  — Ah, graças a Deus, , você chegou. — Sophie ao passar pela sala, avistou o sobrinho e soltou um suspiro aliviado — Achei que não chegaria a tempo.
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  — O menu que escolheu é tranquilo e não precisaria passar o dia na cozinha, terei assistentes comigo, fique calma tia, vai dar certo. — o olhar confiante do chefe de cozinha da família, trouxe uma segurança a mais para ela.
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  — Passei a semana trabalhando em todos os detalhes e o pior é que este jantar é privado apenas para a família. — revelou a matriarca — Imagine quando for o casamento, acho que vou enfartar.
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  — Deixa de ser exagerada mãe. — Bells riu alto ao ouvir aquilo e se levantou do sofá — Não é como se a Genevieve fosse ganhar o Oscar ou o Nobel da Paz.
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  — Falando assim, parece até que ela está com inveja. — sussurrou Jass, percebendo que o irmão escutou.
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   segurou o riso e olhou novamente para a tia. Era um fato que Bella ainda mantinha um certo amor platônico pelo Village, pois sempre havia se sentido atraída por ele. Agora, a ousada Dominos precisava conviver com o fato de sua prima estar vivendo o que ela imaginou um dia viver.
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  — Vou para a cozinha cumprir meu dever com a família. — disse ele, se afastando delas — Assim que o aparecer, diga a ele que quero vê-lo.
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  No caminho o Dominos caçula pode ver o quão organizado estava sendo o jantar de noivado. As horas foram passando com os preparativos, até que finalmente às sete pontualmente a família Village, foi recebida na porta pela matriarca. Lance estava acompanhado de seus pais, o casal Sullivan e Penny, assim como o irmão mais velho Justin. As duas famílias reunidas e uma noite especial começando, era tudo o que precisavam para aliviar as tensões do dia a dia.
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  — Tem sido uma felicidade para nossa família essa união. — disse a senhora Penny, ao abraçar Sophie, após o cumprimento inicial das famílias.
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  — Nem me fale, Genevieve está em total emoção. — Sophie, deu o primeiro gole em sua taça de champanhe.
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  — E por falar na noiva, onde está? — perguntou a mãe do noivo.
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  — Em breve descerá com o irmão. — respondeu.
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  Nos outros cantos da sala, assuntos aleatórios iam surgindo. Enquanto isso, no corredor dos quartos, esperava impaciente pela irmã, ao olhar pela terceira vez o relógio em seu pulso. Ele não estava tão preocupado com a demora da noiva, mas sim, com a falta de notícias de sua sliter que está em off desde a madrugada. Seu coração estava apertado, o olhar preocupado, mas precisava manter as aparências e não estragar a noite da irmã.
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  — … É a décima vez que ligo para você e não é exagero, porque não atende esse celular? O que está acontecendo? — disse ele, novamente ao cair a ligação na caixa postal — Não sei se Donna Fletcher te disse alguma coisa, mais o convite formal do jantar dos herdeiros chegou esta manhã, temos uma semana para nos preparar… Você disse que voltaria à noite e não está aqui…
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  Ele respirou fundo e encerrou a ligação, tentando manter-se em equilíbrio.
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  — Não terminou ainda, Genevieve? — perguntou ele, apressando-a mais uma vez.
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  — Já estou quase terminando! — gritou ela, de dentro rindo baixo — Quando é você, eu tenho que esperar, hoje é meu dia.
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  Ele bufou de leve e respirou fundo. Minutos depois, a princesa da casa abriu a porta com um sorriso gentil e suave, os olhos brilhando e a ansiedade à flor da pele.
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  — Está pronta? — perguntou o irmão, ao dar seu braço para ela.
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  — Acho que sim, e nem estou indo para o altar ainda. — ela riu baixo, sentindo suas mãos trêmulas.
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  — Estarei ao seu lado durante toda a noite. — assegurou ele, ao olhar com carinho para ela — E te desejo toda felicidade do mundo.
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  — Que o não ouça, mas você é o melhor irmão do mundo. — confessou ela, com o olhar emocionado — Muito obrigada, por todos os sacrifícios que fez por nossa família, pra nos manter a salvo dos perigos da Continuum.
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  — Ei, isso aí é uma lágrimas? — ele sorriu de leve e pegando um lenço em seu bolso, secou de leve, para que a maquiagem da irmã não borrasse — Te proíbo de chorar essa noite, e só me agradeça depois que me der uns sete sobrinhos.
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  — Sete? Você acha que sou o quê? Uma fábrica de filhos? — brincou ela, rindo com ele — É sério o que eu disse, obrigada por seu meu irmão!
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   a abraçou apertado, fazendo-a sentir-se segura.
  — Eu te amo, Gen. — sussurrou ele — E farei o que estiver ao meu alcance para que seja feliz.
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  — Eu também te amo, vossa majestade. — brincou ela, o chamando pelo apelido que a família lhe deu.
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  — Até você com isso? — ele a olhou, com desaprovação.
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  — Estou mentindo? Imperador Dominos. — ela sorriu com graça, mantendo a suavidade no olhar — Nossos pais estariam orgulhosos do homem que se tornou, e de como você nos protege.
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  — Estariam mais ao vê-la assim, crescida, inteligente e pronta para formar sua própria família. — o olhar orgulhoso do irmão estava nítido — Me promete uma coisa?
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  — O quê? — perguntou ela.
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  — Não se esqueça que o casamento é apenas uma parte da sua vida, não ela toda, você é uma excelente escritora. — iniciou ele, lembrando-se do sonho da irmã pela carreira literária — Não desista de escrever, o mundo precisa ler suas histórias. Promete?
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  — Sim, prometo! — assentiu ela, respirando fundo, segurando as emoções pelo pedido do irmão.
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  Ele sorriu de canto e piscou de leve para ela, então dando impulso no corpo para seguirem até as escadas. Foi indescritível o brilho nos olhos de Lance Village ao olhar para sua noiva, linda e meiga em níveis elevados. Para iniciar oficialmente a comemoração, o Dominos chefe esperou até a vinda de que coordenava a cozinha, para o brinde inicial que seguia ao seu discurso de irmão mais velho.
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Uma hora antes…
Instalações Darko

  — Tem certeza que entendeu o trabalho? — olhou atentamente para Fulhan.
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  A sliter havia contratado a amiga para ser segurança pessoal de sua família, afinal, nada como a quarta melhor do Acampamento Fletcher para o serviço. A assassina profissional não tinha nenhuma experiência naquela função, porém suas dívidas com Miller estavam em alta, a começar pelos problemas que teve relacionados ao marido. Então, não poderia nem sonhar em negar um pedido dela.
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  — Claro, nunca estive nessa função, mas sei como se faz para proteger alguém. — assentiu Anastácia, com o olhar impaciente.
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  Ao mesmo tempo que entendia as preocupações da sua veterana, ela se frustrava pela mesma fazer questão de repassar todas as informações e recomendações.
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  — Me desculpe, eu só estou nervosa com tudo isso. — ela respirou fundo, tentando voltar ao eixo — Eu já falhei com a Alexia, não quero falhar com a sua família também.
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  — Tem minha palavra, vou protegê-los com minha vida. — assegurou Fulhan com o olhar confiante — Te devo tudo o que tenho Miller.
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  — Obrigada. — sussurrou a sliter, ao olhar para o relógio em seu pulso — Tenho que ir agora, estou atrasada para um jantar de noivado.
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  — Felicitações ao futuro casal. — brincou a mulher, num tom presunçoso.
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  Miller assentiu e se afastou.
  Ela caminhou pelo saguão das Instalações Darko, até passar pela recepção e sair do prédio. A moto de Dominos que ela havia pego emprestado sem anunciar estava estacionada logo à frente na rua, e assim que chegou perto, seu celular vibrou no bolso da calça. Ao pegar o aparelho conseguiu ver algumas ligações não atendidas do seu chefe, assim como inúmeras mensagens. Ela apenas ignorou e subiu na moto, dando partida com destino a mansão.
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  Na metade do celular vibrou novamente em uma ligação em grupo de suas amigas. apenas parou a moto e pegando o aparelho novamente, atendeu a ligação levemente curiosa:
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  — Posso entender o motivo de ambas me ligarem em conjunto? — perguntou ela.
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  — que me ligou primeiro. — disse Annia, em sua defesa.
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  Do outro lado da ligação a chefe Baker rolou de leve na cama, enquanto se deliciava com o momento com as amigas. Ser durona e destemida não era fácil, lhe exigia muito física e mentalmente, e apesar do casamento estar lhe fazendo bem, ela sabia que tinha segredos femininos que não era confortável compartilhar com o marido, mesmo Cedric sendo o mais paciente possível. É claro que Annia prezava o pouco tempo que tinha com as amigas de orfanato, era divertido e lhe trazia um sentimento de viver como uma pessoa comum por pelo menos alguns segundos do dia.
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  — Eu realmente precisava desabafar com vocês. — tratou de se explicar.
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  A bailarina estava em seu quarto, sentada na janela enquanto sentia a brisa da noite tocar sua pele. Seu olhar voltou para sua mão direita enfaixada até depois do pulso, ainda sentia o local do corte latejando, efeito de mais um dia de treinamento. Internamente a herdeira Fletcher já se sentia esgotada, sua estadia ali em poucos dias já parecia uma eternidade de sofrimento. Ela não daria o braço a torcer, é certo, não iria desistir e nem poderia, então a única coisa que lhe restava, era dar o seu melhor e rezar para sair viva no final do dia.
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  — Como vocês conseguiram sobreviver?! — segurou a voz de choro, percebendo uma movimentação no galpão e avistando seu instrutor saindo de lá.
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  — Do que está falando? — perguntou , confusa.
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  — Ela está no acampamento da avó treinando para ser sliter. — contou Annia, já percebendo que a amiga não sabia de nada.
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  — Você realmente continuou com essa ideia? — realmente estava surpresa daquela vez, afinal ignorava a seriedade das palavras da amiga — Quando disse que estava indo para o acampamento, achei que fosse brincadeira.
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  A sliter não podia nem mesmo tirar alguns dias para o anonimato com seu Dominos, que logo os acontecimentos iam acumulando no mundo externo.
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  — Eu decidi que deveria saber me defender. — explicou a bailarina — Não terei vocês a vida toda para me salvar.
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  — Ela também quer ser uma girl power. — explicou Annia, num tom sarcástico.
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  — Não está ajudando Annia. — a repreendeu — Eu juro que ia te contar, amiga, pedir sua opinião, mas é uma decisão que já tomei.
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  — E como tem sido? — perguntou Miller.
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  — Estou lutando diariamente para chegar viva até à noite. — contou , sentindo suas emoções aflorarem — Amigas, eu não sei como conseguiram, mas sinto que vou morrer a qualquer momento.
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  Annia soltou uma gargalhada maldosa do outro lado.
  — Você tem treinado com quem? — perguntou .
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  — Seu rival. — respondeu — Quem mais poderia ser? Ele tirou a vida para me esfolar e sugar toda a minha energia.
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  — Está reclamando porque nunca treinou com seu próprio pai. — disse Annia, se lembrando do passado — Dimitri já me fez escapar de uma casa em chamas, literalmente.
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  — Você deveria estar mais agradecida, o Matthew é um excelente professor, e muito perspicaz. — disse , certa de seus elogios, já entendendo quem era — Passou por muita coisa até chegar ao top 5, está com o melhor.
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  — Se for para sofrer, preferiria com você. — disse a bailarina.
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  — Não posso. — Miller riu baixo.
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  — Não pode ou não quer? — reclamou a amiga.
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  — Por mais que eu quisesse, eu não posso, querida amiga, por questões de ligação emocional. — explicou ela.
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  — Traduzindo, somos amigas. — completou Annia, entendendo a lógica.
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  — Isso mesmo. — confirmou — E sendo neta da Donna, com certeza sua avó pediu para ele pegar pesado com você, só por esse fato.
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  — Devo agradecer a ela? — um suspiro fraco vindo de — Ela perguntou se eu queria ser a herdeira da nossa família.
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  — E você aceitou? — perguntou .
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  — Sim. — assentiu ela.
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  — Uau, nossa está crescendo. — brincou Annia, rolando novamente na cama.
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  Elas riram juntas.
  — Mas me contem de vocês! — disse .
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  — Eu não tenho novidades. — contou Annia, pensativa — Mas nossa amiga em comum tem, soube que estava em off com seu chefe há dias.
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  — O quê? — se afastou um pouco da porta e se aproximou da cama, sentando em seguida — Conta tudo?
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  — O que eu tenho para contar? — riu alto — Eu e o Dominos apenas definimos que precisamos de um dia normal, só nós dois em um lugar remoto e longe de todos.
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  — Hum… — as duas amigas em coral e risos.
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  — Ah, vão me dizer que nunca desejaram isso? — tentou repreendê-las, sem sucesso e riu junto — Ser normal por apenas um dia, sem preocupações.
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  — Você está certa… Eu e Cedric temos o nosso momento família. — confessou Annia, num tom malicioso — E agora que recuperamos nosso herdeiro, tem sido mais divertido.
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  — Então, sua mãe aceitou o pequeno Michael? — indagou .
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  — Não tinha o que aceitar, ainda mais com a notícia da filha de . — disse Annia, com serenidade — A parte complicada foi ter a guarda dele, mas eles aceitaram bem o meu pedido.
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  — Não chantageou ninguém para isso, não é? — perguntou , com um tom desconfiado.
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  — Quem você pensa que eu sou? — Annia se fez ofendida — Uma mercenária?
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  — Talvez. — riu dela.
  — Como se a gente não te conhecesse. — soltou uma gargalhada boba.
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  — Sou uma dona de casa bem boazinha. — brincou Annia, voltando o olhar para a porta do seu quarto, vendo o marido entrar — E uma esposa muito dedicada.
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  — Deixa eu adivinhar, concede ao seu marido todos os desejos dele?! — supôs.
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  — Hum… — o olhar malicioso de Annia apareceu, seguido de um sorriso bobo — Como você sabe sobre isso?!
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  — Te conhecemos. — disse , defendendo a amiga — Estou feliz por vocês estarem bem amorosamente, ao contrário de mim que só tenho dedo podre pra homens.
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  — Não diga isso , nós sabemos que você ainda não esqueceu o . — comentou Annia, observando seu marido se aproximar dela.
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  — Não importa, não estou mais pra clima de romance. — resmungou .
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  — Eu por outro lado… — Annia deu um sorriso malicioso.
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   riu baixo, quando de repente sentiu uma movimentação suspeita ao seu redor. Ela se desligou por um momento de suas amigas, quando Annia anunciou que provavelmente a conversa estava no fim para ela. A sliter por sua vez, percebeu alguns carros se aproximando, então ligou a moto se preparando para a partida. Ela sabia que tinha algo de errado ali.
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  — Menina, acho que sou eu quem vai desligar primeiro. — anunciou ela.
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  — O que aconteceu? — perguntou , já se preocupando.
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  — Estou na rua e acho que tenho inimigos à vista. — respondeu ela.
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  — , onde você está? — Annia, que estava sendo aninhada por seu marido, logo afastou-se dele e se levantou da cama — Me diga, eu mandarei alguém para te ajudar.
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  — Estou próximo à rodovia, não posso ir para mansão, estragar o noivado de Genevieve está fora dos meu roteiro. — disse a sliter. – Vou ligar o GPS.
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  — Sim, vou tentar te localizar daqui. — Annia, saiu do quarto às pressas — , avise a sua avó.
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  — Espera do que está acontecendo? — perguntou a bailarina, se assustando e totalmente confusa.
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  — Nossa amiga está sendo seguida. — explicou Baker, ao abrir a porta do escritório.
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   assentiu e manteve a ligação para ser rastreada, apenas deixando o celular no bolso do casaco. Dando a partida, ela deu meia volta com a moto de seguiu para o sentido oposto ao endereço dos Dominos. Se houvesse alguma briga, teria que ser bem longe da mansão. Em uma altura da perseguição, ela virou em uma rua não movimentada, uma decisão que lhe custou muito, pois quilômetros adiante sua moto foi bloqueada e ela se viu em um beco sem saída.
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  — Então vai ser do jeito mais difícil. — sussurrou ela, respirando fundo ao desligar a moto.
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  Em instantes a sliter desceu da moto e se deparou com um homem diante dela, após um longo suspiro fechando seus punhos, ela sentiu uma picada no pescoço, que a fez sentir tonta.
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  — O que foi isso? — perguntou ela, em sussurro ao perceber que havia sido um dardo tranquilizante.
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  Por mais que tentasse se manter firme, o corpo da sliter desabou no chão, porém sendo aparado pelo homem que assistia tudo. Um sorriso nebuloso vindo dele, com o gosto de vitória.
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  — , não estamos ouvindo o barulho da moto. — disse , do outro lado.
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  — , fala com a gente. — pediu Annia, controlando seu desespero, sem poder ajudar.
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  — Acho que não poderão ajudar a amiga de vocês. — disse o homem, ao retirar o celular do casaco e ouvi-la com mais nitidez.
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  — Andrei Tenebrae. — disse , com o tom meio falho, ao reconhecer aquela voz.
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You can call me monster.
– Monster / EXO

46. Apostas

– Algum lugar do Texas, 2018
  Um dia antes…

  Pela primeira vez em dias, finalmente conseguiu ter uma longa noite de sono profundo, nem mesmo as constantes dores pelo corpo foram capazes de incomodá-la, incluindo seu joelho enfaixado. A bailarina ainda não havia entendido a lógica de Matthew em seu estilo de luta, e as raras vezes que ela conseguia golpeá-lo, eram na base da sorte de forma não intencional. Ela tinha um grande domínio de seus movimentos quando dançava, entretanto, quando o assunto era os treinos, falhava miseravelmente.
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  — Está atrasada. — disse ele, com o tom sério ao centro do galpão.
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  — Não estou, não tem um único raio de sol lá fora. — retrucou ela, um tanto quanto sem paciência para lidar com ele naquele dia.
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  Collins apenas riu baixo.
  A cada dia que conhecia mais o lado determinado de sua aprendiz, mais ele se deixava encantar por ela, mesmo sabendo que um sentimento lhe era proibido. O lado cativante de era tão natural quanto seu sorriso meigo, o que facilitava a aproximação e rápida afeição das pessoas por ela. Matthew já tinha algumas informações e história sobre a bailarina, contadas por Donna. Inegável para ele não admitir que a matriarca Fletcher não mentiu em nenhuma delas, quando assegurou que sua neta jamais desistiria de ser uma sliter, se realmente estivesse decidida a ser uma.
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  — Do que está rindo? — perguntou ela, ao parar em sua frente e cruzar os braços, revoltada.
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  — Nada. — ele deu um passo para trás e olhou para a mala que estava ao seu lado — Pegue e venha comigo.
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  — Outro de nossos passeios sem propósito? — perguntou ela, depois lembrou-se de uma das regras e com sarcasmo — Ah, me esqueci, nada de perguntas.
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  Desta vez ele segurou o riso. Mantendo-se sério, voltou seu corpo em direção à porta dos fundos, seguindo na frente dela. soltou um suspiro cansado e dando três passos até a mala, a pegou com certa dificuldade por estar pesada. Se tratando de Collins, ela já estava imaginando que passaria por mais uma maratona de corrida, exercícios físicos e um combate no final do dia que a mandaria para a enfermaria. Pois assim era sua rotina diária de treinos, em que chegar parcialmente inteira no final do dia passou a ser sua meta de vida.
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  Curiosamente, após passarem pelo caminho rotineiro, Matthew pegou uma trilha desconhecida por ela, que dava a oeste do acampamento, bem próximo ao rio Blanco, porém mantendo o devido distanciamento da rodovia de acesso à cidade de Austin. Minutos de caminhada que se transformaram em três horas, cheias de ar puro das árvores e um sutil fundo sonoro com o canto das aves locais. Um belo lugar que transmitia paz e tranquilidade, algo que a muito tempo não tinha em sua vida.
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  De repente, ele parou permanecendo de costas para ela, o que a deixou intrigada. O olhar de passou por aquelas altas árvores, que escondiam não somente boa parte do céu, como os raios solares que aqueciam aquela manhã. Uma brisa refrescante passou por seu corpo, fazendo-a se lembrar dos muitos acampamentos que participou na adolescência. E juntamente com suas memórias do passado, também vinha a imagem de Bellorum e Dominos para desviar sua atenção.
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  — O que vem agora? — perguntou ela, não se importando com as muitas regras, estava curiosa pela mudança de direção.
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  — Aqui é o lugar mais distante que temos da civilização dentro do nosso perímetro. — começou ele, sua explicação do treino daquele dia — Daqui a dois meses será o Torneio Anual Sliter, e cada instrutor deve apresentar seu aprendiz para a competição, por isso, vou intensificar seu treinamento e te deixar longe das vistas de terceiros.
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  — Está com medo da sua reputação ser prejudicada? — perguntou , escondendo o deboche no tom de voz.
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  — Não, não será o fracasso de uma mera aprendiz que vai manchar meu legado. — voltou-se para ela, mantendo a seriedade — Mas sei o quanto você quer provar sua força, por isso estamos aqui.
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  — Depois das suas palavras de ontem, achei que desistiria de mim. — retrucou ela, surpresa com a resposta.
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  — Não sou de desistir fácil, além do mais, é divertido te ver se machucando. — brincou ele, em provocação.
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  — Desagradável. — sussurrou ela, e bufou de leve.
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  Collins riu baixo.
  — Te dou cinco minutos de alongamento e quero dez voltas entre as árvores. — ordenou ele, dando alguns passos até ela e pegando a mala de suas mãos — Será somente o aquecimento.
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  — Ok. — começou com um longo espreguiço, sentindo seu corpo ainda travado mesmo depois de toda aquela caminhada.
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  Em silêncio, a bailarina pode sentir todo o ambiente à sua volta enquanto se alongava, e claro não pode deixar de notar os olhares discretos e fixos de Matthew para ela. Algo que lhe deixava parcialmente envergonhada e constrangida. Uma coisa era certa, a delicada Fletcher não queria se envolver amorosamente com mais ninguém, então não teria a mínima chance de rolar qualquer aproximação entre os dois. Ou pelo menos era isso que ela esperava, por mais atraente e intrigante que seu treinador fosse. Querendo ou não, ela tinha assuntos inacabados com seus passados, algo do qual ela não queria dar atenção e se forçava a esquecer.
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  Minutos depois, ela iniciou sua corrida de dez voltas pelo perímetro demarcado por ele. Enquanto isso, Collins começou a preparar a próxima atividade que ela iniciaria, algo que jamais imaginou fazer, mas que o futuro que ela ambicionava lhe exigia muita habilidade, conhecimento, concentração e destreza.
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  — Acho que… — parou de correr e respirou fundo, para retomar seu fôlego, foi quando ela percebeu uma mesa dobrável de madeira com várias armas de fogo em cima — O que é isso tudo?
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  — Parte das habilidades que você terá que desenvolver. — respondeu ele, com tranquilidade — Um bom sliter deve saber manejar uma arma e ter uma excelente pontaria.
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  — Nossa… Agora posso dizer que estou surpresa. — sussurrou ela, porém dando para ele ouvir — E como tudo isso chegou aqui?
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  Matthew sorriu de canto disfarçado e voltou o olhar para a mesa.
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  — Você trouxe. — respondeu prontamente e apontando para o lado — Na mala.
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  — Ah… — ela soltou um suspiro fraco e se aproximou dele, olhando para aquela variedade de armas na mesa.
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  A única vez que tivera a chance de ver tantas em um único lugar foi quando passou a noite com escondido no porão da casa do senhor Bellorum, no qual o xerife tinha muitas guardadas.
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  — E você vai me explicar sobre todas? — perguntou ela, voltando o olhar para uma em especial, reconhecendo a semelhança com a arma de sua amiga Annia.
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  — Sim, cada uma tem sua peculiaridade. — assentiu ele, pegando a primeira — Esta é a Cattleya, ela é um revólver Taurus RT 85 de calibre 38, é bem leve e ajuda nas horas mais precisas, existem modelos menores que você pode esconder no tornozelo.
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   permaneceu em silêncio apenas observando e tentando absorver e digerir as informações.
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  — Esta é Camellia. — continuou ele, ao pegar a próxima com o olhar atento e de forma cuidadosa, como se segurasse um filho — Uma pistola Glock G25 semiautomática, ela tem capacidade de 16 balas em cada cartucho, é claro que o carregamento é manual… E tem a sua irmã mais nova Violetta, Glock G22, são as melhores que eu tenho, porém não deixarei a Rose com ciúmes, ela é uma 9mm que se torna necessária em momentos oportunos. Além de vossa majestade Azaleia, minha única carabina e a mais antiga de todas, foi minha primeira arma, ganhei em uma briga de bar. Ela é uma Taurus Puma calibre 38 de 12 tiros…
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  Ele continuou mostrando mais algumas, era nítido seu conhecimento profundo sobre cada uma e como seus olhos brilhavam ao segurá-las. finalmente percebeu que aquele universo não tinha apenas suas peculiaridades, mas a riqueza dos detalhes poderia significar o sucesso e o fracasso no mesmo.
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  — E por último, minha favorita, a Sakura… — ele pegou a arma com certo orgulho no olhar — Ela é uma espingarda CBC Military 3.0 calibre 12 de 5 tiros, tenho ela há dois anos…
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  — E todas possuem o nome de uma flor… — comentou , ao interrompê-lo finalmente.
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  — Sim, todas são minhas namoradas. — brincou ele, colocando a espingarda sobre a mesa — Vamos à prática?
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  — Eu vou… — ela olhou para mesa, em seguida olhou para ele.
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  — Não acha que eu falei sobre elas apenas para conhecimento, não é?! — ele riu de leve — Vamos começar com a Magnólia.
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   não tinha muita escolha, a não ser assentir e iniciar seu treino de tiros. De início, ela aprendeu a montar e desmontar cada arma, para depois avançar para a etapa de recarregar e atirar. Poderia ter sido apenas sorte de principiante ela ter acertado logo no centro do primeiro alvo em seu primeiro tiro, e lá no fundo Matthew sentia que ela tinha talento para o ofício. Contudo, no susto do primeiro, o restante do cartucho a bailarina atirou de olhos fechados. O que causou irritação em Collins.
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  — Jamais atire de olhos fechados, você é louca? — gritou ele, irritado — Poderia ter me acertado.
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  — Não é de todo uma má ideia. — brincou ela, em provocação — As árvores não deveriam ser meu alvo já que na vida real, terei que mirar em alvos em movimento.
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  Ele se impulsionou para argumentar, porém a sua lógica tinha fundamentos.
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  — Continue com esses alvos, quando achar que está pronta, avançaremos. — disse ele, dando um passo para trás — Recarregue a Magnólia.
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  Ela assentiu e continuou sua sequência de disparos até a metade do dia. A cada hora, Matthew mudava a posição dos alvos e diminuía o diâmetro demarcado nos papéis. No dia seguinte, a mesma atividade, pela manhã as armas e à tarde combate corpo a corpo. Era notório que o segundo melhor sliter não iria ausentar sua aprendiz que ir para a enfermaria no final do dia, nem que fosse com pelo menos um arranhão no corpo.
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  — ! — disse Meg, assim que a viu passar pela porta — Mais alguns minutos e você encontraria esse lugar repleto de aprendizes enfaixados.
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  — Não diga… E o que você ainda faz aqui? — ela deu mais alguns passos e sentiu na maca ao lado da nova amiga.
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  — Estou me escondendo da Joy. — respondeu ela, com um olhar temeroso e bastante amedrontado — Para todos os efeitos, eu não me recuperei do último treino.
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  — E quem é Joy? — perguntou , curiosa pela história dela.
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  — Uma das melhores aprendizes que temos, casse A, número 2, ou seja, o topo da cadeia alimentar. — explicou ela, com um suspiro fraco — Eu atravessei o seu caminho, ela me desafiou fazendo uma aposta.
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  — E que tipo de aposta foi? — indagou a bailarina, mantendo sua atenção nela.
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  — Meg, se escondendo novamente na enfermaria? — a enfermeira Kim, colocou a mão na cintura com o olhar de desaprovação — É assim que pretende ser uma sliter, fugindo das responsabilidades?
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  — Mas o que foi a aposta? — perguntou , novamente para entender o que acontecia.
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  — Ela me desafiou a violar o toque de recolher, ir até o bar Sweet Home que fica próximo ao rio, e trazer a medalha do velho James. — contou a aprendiz, se encolhendo — Ela pediu o impossível.
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  — E é tão difícil assim? — indagou .
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  — Sweet Home é um bar de motoqueiros gangsters, não é um ambiente muito saudável e menos ainda o lugar em que você sai sem arrumar confusão. — explicou Kim, respirando fundo e se aproximando de para examiná-la — E você Fletcher, o que foi desta vez?
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  — Meu pulso está doendo, acho que desloquei alguma coisa, eu fui golpear meu treinador e acabei socando uma árvore. — explicou ela, se sentindo uma inútil descoordenada.
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  — Uau, e eu achei que era ruim em combate corpo a corpo. — sussurrou Meg, segurando o riso com respeito.
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  O olhar atravessado da senhorita Kim se voltou para ela por um tempo, então retornou a Fletcher, que se mantinha imóvel apenas observando-a.
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  — Está doendo muito? — perguntou Kim.
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  — Sim. — assentiu.
  — Pelo seu olhar não parece, você sabe segurar bem uma dor. — elogiou a enfermeira.
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  — Um sliter não deve demonstrar fraqueza. — sussurrou ela.
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  — Uau, já gravou a terceira regra. — comentou Meg, impressionada.
  — Tenho ouvido isso quase às vinte e quatro horas do dia nos últimos dias. — explicou com um tom cansado.
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  — Vou enfaixar e colocar uma tala para imobilizar, amanhã te quero aqui para fazermos uma radiografia e ter certeza que não quebrou nada. — ela pegou um algodão e a solução de Polihexam para limpar as feridas que ficaram no dorso da mão dela — Enquanto isso, tente não utilizar a mão direita.
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  — Eu sou destra. — informou .
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  — O problema é todo seu. — Kim continuou séria em sua concentração no curativo, enfaixando o pulso dela.
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  Assim que terminou, a enfermeira expulsou ambas as aprendizes de lá. E para Meg, sua única solução seria enfrentar Joy e sua aposta que poderia lhe render mais humilhação ainda. Ambas caminharam um pouco até que chegaram em frente ao dormitório dos aprendizes, a maioria estavam reunidos no porão onde era o refeitório, se deliciando com o jantar especial daquele dia.
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  — Então, o que vai te acontecer agora? — perguntou .
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  — Serei devorada pela selva. — disse num tom dramático, dando um suspiro fraco.
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  — Posso entrar com você? Nunca tive a oportunidade de conhecer os outros aprendizes. — pediu ela — Estou sempre sendo monopolizada pelo meu treinador.
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  — Meu sonho é ter um treinador como o Collins. — o olhar de Meg ficou triste.
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  — Quem treina você? — perguntou , curiosa.
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  Ela sempre ouvia as histórias dramáticas de Meg, porém nunca soube mais sobre as outras pessoas que viviam naquele lugar. Apenas avistava alguns aprendizes nas poucas horas que tinha de descanso.
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  — Atualmente, não tenho um treinador fixo. — respondeu a amiga, abaixando o olhar com tristeza — Somente um slitter do top 10 pode ser treinador e nenhum deles quer me treinar.
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  — Mas e a sua salvadora? — questionou , ao lembrar-se que Anastasia era a quarta melhor.
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  — Ela não fica mais na academia, deixou de ser slitter oficialmente, além do mais, ela deve ter outras prioridades na vida do que dar atenção pra uma fracassada como eu. — respondeu.
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  — E como você treina? — indagou a bailarina, tentando entender a logística da amiga.
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  — Bem, quando não estou na enfermaria, eu assisto alguns treinos e tento repetir sozinha os golpes. — explicou ela, num tom constrangido e envergonhado.
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  — Eu não imaginava que você tivesse que passar por isso. — se sentiu inconformada pela situação dela, pensando no que poderia fazer para ajudar.
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  — Mas, não tem problema, pelo menos eu não me machuco tanto quanto os outros. — ela riu, tentando descontrair — Vamos entrar? Estou ansiosa para ver a reação de todos quando me ver do lado da herdeira. Posso te usar para ganhar respeito aqui?
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   sentiu inocência naquelas palavras que a deixou sensibilizada.
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  — Você sabe que eu sou pior que você, não é? — retrucou .
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  Ambas riram um pouco.
  — Olha só, o projeto de sliter rindo, será que ela finalmente tomou coragem de pagar a aposta? Ou vai continuar sendo a vergonha a profissão? — a voz de Joy soou atrás delas, o que as fez virar de imediato.
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  Sendo proposital ou não, o mais fofoqueiro dos aprendizes estava passando pelo corredor dentro do dormitório, quando avistou Joy e seu grupo de amigos frente às aprendizes. O que certamente resultou no anúncio imediato no refeitório, fazendo todos saírem para acompanhar o embate.
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  — Essa é a Joy? — perguntou .
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  — Sim. — ela engoliu seco.
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  — E pelo visto encontrou uma nova amiga. — o olhar de Joy voltou diretamente para , não é?! Espero que não esteja pensando que só por ser neta da senhora Donna, está no topo da lista.
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  — Eu sei muito bem como são as coisas aqui e acredite, meu nome estará no topo e não será por causa da minha avó. — a bailarina devolveu com um olhar superior, de causar orgulho em sua amiga Baker.
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  — Hum… Que corajosa. — Joy soltou uma gargalhada maldosa — Vou ter o imenso prazer de te derrubar na competição mensal.
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   mesmo trêmula de insegurança por dentro, não se deixou abater e continuou com o olhar firme.
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  — Já que a realeza está tão segura assim, porque não compra a briga da nova amiga? — disse outra aprendiz em provocação.
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  — Mas eu duvido que a Fletcher tenha coragem de infligir as regras, vai desonrar a vovó. — disse um rapaz de cabelos coloridos, num tom de deboche.
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  — Ah, Bailey, eu aposto que nenhuma das duas consegue cumprir o desafio. — reforçou Joy, mantendo o olhar fixo em — Falta coragem e ousadia nelas.
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  — Se você quer tanto aquela medalha, porque não pega você mesma? Já que é tão boa aprendiz assim. — rebateu o desafio.
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  — Eu até pegaria, mas o que provaria a mais, além de eu permanecer sendo a melhor daqui. — retrucou Joy.
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   respirou fundo, sentindo seus nervos aflorando. Não imaginava que poderia ter alguém mais arrogante e prepotente que seu instrutor ou Stelle Ortiz. Mas lá estava Joy, nem era uma slitter oficial e já se achava a próxima Miller da Academia.
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  — Já vocês… — o barulho de risadas ao redor deles, fez Joy se sentir ainda mais superior — Eu já imaginava que o projeto de aprendiz não teria coragem, nem mesmo um treinador, ela consegue ter, imagina cumprir um desafio interno.
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  Mais risadas soaram.
  — Minha avó sabe o que acontece entre os aprendizes? — sussurrou , ao se voltar para a amiga, sua indignação era visível.
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  — Me conte uma coisa que Donna Fletcher não sabe? Seus segredos tem segredos, ela sempre sabe de tudo. — contou Meg.
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  — Então, por que ela não intervém? — indagou a bailarina.
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  — Ela permite desafios e apostas entre aprendizes e slitters, não é uma proibição e nos deixa mais alerta e ajuda em nosso crescimento. — explicou Meg — Podemos até quebrar as regras, só não podemos ser pegos.
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   respirou fundo. Em choque e tentando assimilar tudo que vivenciava ali. Uma novidade a cada dia…
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  — Eu aceito o desafio no lugar da Meg, ou melhor, nós duas vamos cumprir juntas. — anunciou em seu impulso de coragem — E se cumprirmos, você terá que desistir de todas as lutas do campeonato mensal e ser a última no ranking por dois meses, e no seu teste final você terá que derrotar uma amiga minha, acho que já ouviu falar de Miller.
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  Outro som de animação veio dos aprendizes ao redor. Empolgados com a instigante rebatida da Fletcher.
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  — E se não conseguirem? — questionou Joy, arqueando a sobrancelha direita.
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  — Eu desisto de ser slitter. — a segurança na voz de , causou espanto a todos.
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  — Mas não se pode desistir. — sussurrou Meg para ela, de forma temerosa.
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  — Você sabe que não podemos desistir. — retrucou Joy.
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  — Pelo que eu soube, existe um limite de tempo para ser aprendiz, e quem não consegue finalizar as metas recebe uma punição rigorosa a cada ciclo não concluído. — argumentou — O que me diz?
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  — Como você sabe sobre isso? — perguntou Meg.
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  — Eu gosto de ler e achei o livro de regras na biblioteca. — explicou , a amiga.
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  — As punições são severas. — reforçou Meg, mantendo o olhar estático para ela.
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  — Eu sei. — assentiu.
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  Joy pensou por alguns segundos e finalmente deu sua resposta.
  — Eu aceito sua oferta, porém quero outra coisa no lugar da sua desistência. — disse ela, certa da vitória — Afinal, você já vai fracassar por si só.
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  — O que você quer, então? — perguntou , mantendo a segurança no olhar.
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  — Você saberá assim que eu ganhar. — disse Joy, esticando a mão para ela — Então, consegue aceitar o desafio sem saber o que pagará quando perder.
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  — Eu aceito o desafio com a certeza que serei melhor que você no futuro, e acredite, vai ser divertido ver minha amiga te jogando na lona. — confirmou , ao apertar a mão dela.
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  — Amiga, estamos falando de Miller, vai mesmo prosseguir com isso? — uma das amigas de Joy, tentou chamá-la a razão.
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  — Eu tenho certeza que elas não vão conseguir, Dalia. — Joy sorriu de canto, como se soubesse o que poderia acontecer se caso alguém tentasse pegar a tal medalha.
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  O desafio estava lançado e mais do que consentido por ambas as partes. Entretanto, havia uma pessoa que estava a um passo do surto: Meg. A aprendiz que não conseguia sair do nível 1 de sua categoria, apenas sentia-se trêmula pela afronta da amiga a Joy.
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  — Te dou até amanhã à noite. — anunciou Joy — Para não dizer que eu não fui legal.
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  Assim que a classe A número 2 se afastou acompanhada das amigas, o olhar estático de Meg se moveu para .
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  — O que você fez? — sussurrou ela, boquiaberta.
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  — Eu não sei, apenas quis agir como minha amigas. — confessou , ao voltar em si e notar o que tinha feito.
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  — Como vamos conseguir? — perguntou Meg.
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  — Eu não sei, mas vou pensar em um jeito de fazer isso a todo custo. — sorriu de leve para ela, tentando lhe passar segurança.
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  Então se afastou da nova amiga e seguiu para a casa principal. Com tantas emoções e agitações acontecendo, somente ao chegar em seu quarto que conseguiu notar que as dores pelos músculos do corpo ainda estavam ali. Com cada parte do corpo latejando, ela pegou uma toalha e seguiu para o banheiro do seu quarto. Nunca tinha desejado tanto sentir as gotas quentes de água sobre suas costas para lhe trazer algum tipo de alívio ou apenas a sensação de estar relaxando. São esses momentos em que ela percebe o quão forte são suas amigas e quanto ela precisa ser, certamente não foi fácil para ser a melhor sliter da sua avó.
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  — , no que você se meteu?! — sussurrou ela, ao lavar o rosto e molhar seus cabelos.
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  Assim que desligou o chuveiro, ela se enrolou na toalha e retornou ao quarto. Quando adentrou, seu corpo paralisou de leve, ao dar de cara com Collins encostado em sua janela, com as mãos nos bolsos à sua espera. O coração da bailarina acelerou de leve, não sabendo explicar se era pelo susto de vê-lo ali ou pelo olhar intenso do seu instrutor para ela.
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  — O que faz aqui? — perguntou ela, se encolhendo um pouco envergonhada pela situação, afinal estava enrolada na toalha.
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  — Eu só queria saber se está tudo bem. — ele se afastou da janela e caminhou até ela, parando em sua frente — Como está seu pulso?
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  Assim que ele pegou a mão dela para conferir o estragou, uma gotícula de água caiu do cabelo dela escorrendo por suas costas, o que a fez sentir um arrepio. Matthew a olhou impressionado, pois tinha notado o ocorrido.
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  — Eu estou bem. — ela soltou sua mão, se afastando dele — E não teremos treino amanhã, a enfermeira Kim quer fazer uma radiografia do meu pulso.
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  — Se você está bem, não precisa de radiografia. — ele pegou a mão dela novamente com mais força e analisou a sua maneira.
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  — Ai. — ela tentou se soltar, porém sem sucesso desta vez.
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  — Você não estava bem? — ele soltou a mão dela, mantendo o olhar sério e inexpressivo.
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  — Estou, mas não quer dizer que meu estado físico esteja aceitável para voltar aos treinos. — argumentou ela — Eu sou destra.
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  — Muito bem, já era hora que aprender a atirar com a mão esquerda, te espero antes do amanhecer. — ele deu um passo para trás — E não se preocupe , mesmo que você fosse uma mulher atraente, jamais aconteceria algo entre nós, sentimentos são proibidos para pessoas como eu.
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  Ele passou por ela e seguiu até a porta, deixando-a sem palavras. não sabia o que ele queria dizer com: “Sentimentos são proibidos para pessoas como eu.” E tinha medo de imaginar que isso fosse algo geral no que dizia respeito a ser um sliter. E por mais que sua amiga tivesse seu romance com o Dominos, as muitas histórias de conflitos e dificuldades que ambos passaram até ficarem juntos, demonstravam fundamentos nas palavras de Matthew. Não que ela estivesse preocupada com sua vida amorosa, já que seguia fugindo das complicações que a mesma lhe reservou.
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  — Hum… — logo ela foi despertada de seus pensamentos, por uma ligação inesperada de Annia.
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  Ela ficou olhando o visor por um tempo, até que atendeu a videochamada.
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  — Annia?! — caminhou até a cama e se sentou — Por que está me ligando?
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  — Estava com saudades de conversar com minhas amigas, e cheia de curiosidade para saber como está minha sliter favorita. — o olhar de Annia pela tela ressaltava uma mistura de ironia e curiosidade — Que a não me ouça dizendo isso.
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  Ela soltou uma gargalhada maldosa e boba, então se ajeitou na poltrona em que estava sentada.
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  — Sua boba. — riu baixo — Como tem passado? Por que não me atendeu anteontem? Precisava tanto de uma amiga para desabafar.
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  — Aposto que ligou pra primeiro. — perguntou a Baker, num tom de ciúmes.
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  — Para ser sincera, não. — ela riu.
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  — Ah amiga, me desculpe por não ter atendido. — ela soltou um suspiro emotivo — Mas estava em meu dia da família, fomos ao zoológico com o nosso pequeno.
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  — Que fofo, até imagino o quanto Cedric deve estar sendo o pai babão do ano, ele sempre levou jeito com crianças. — comentou.
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  — Sim, ele é um amor com nosso filho. — assentiu a amiga — Mas me diga, o que queria desabafar?
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  — São tantas coisas acumuladas que nem sei por onde começar. — seu suspiro foi fraco e cansado.
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  — Vamos do começo então. — sugeriu Baker.
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  — Então. — ergueu a mão direita e mostrou-a enfaixada — Isso é só o começo.
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  — Uau, já estamos assim, ser forte não é fácil amiga. — comentou Annia surpresa — Achei que sua avó pegaria mais leve.
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  — Não estou treinando com a minha avó. — disse.
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  — E com quem? — o olhar de Annia ficou mais curioso.
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  — A pessoa mais prepotente, arrogante e intolerante que eu conheço. — se mostrou raivosa — Matthew Collins.
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  — E foi antes ou depois desses insultos que ele te deixou atraída? — perguntou Baker, já em provocação.
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  — Eu não estou atraída por ele. — desconversou surpresa pela colocação dela — Só irritada e não contei a nova.
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  — Me surpreenda. — instigou Annia.
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  — Existem desafios entre os aprendizes e eu acabei me envolvendo em um, só queria entender como a sobreviveu a tudo isso. — soltou um suspiro fraco.
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  — Não seja por isso, vamos perguntar a ela. — Annia apertou alguns botões para iniciar uma chamada tripla, ligando para a sliter.
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  — Annia, não vamos incomodá-la, pelo que soube, hoje é o noivado da Genevieve. — anunciou a bailarina.
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  — Já? Nossa o tempo tem passado tão rápido, mas tenho certeza que para as amigas ela tem um tempinho.
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  Mais alguns instantes e finalmente a ligação foi atendida.
  — Posso entender o motivo de ambas me ligarem em conjunto? — perguntou ela.
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  — que me ligou primeiro. — disse Annia, em sua defesa.
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  As amigas continuaram a conversa, sempre com as brincadeiras e provocações de Baker. Até que anunciou movimentações estranhas ao seu redor que a fez ligar a moto. Do outro lado da ligação as amigas se pegaram em total apreensão por não poder ajudá-la.
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  — , não estamos ouvindo o barulho da moto. — disse , do outro lado.
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  — , fala com a gente. — pediu Annia, controlando seu desespero, sem poder ajudar.
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  — Acho que não poderão ajudar a amiga de vocês. — disse o homem, ao retirar o celular do casaco e ouvi-la com mais nitidez.
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  — Andrei Tenebrae. — disse , com o tom meio falho, ao reconhecer aquela voz.
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You can call me monster.
– Monster / EXO

47. Restart

  Na vida sempre passamos por momentos bons e ruins, há aqueles que desejamos eternizar e outros que se transformam em traumas que desejamos esquecer. No momento em que a voz do traidor Tenebrae soou, todo o corpo da bailarina gelou de imediato, fazendo seu coração disparar de medo assim que a ligação caiu. As lembranças de quando foi sequestrada tomaram sua mente elevando ainda mais seu nível de preocupação com a amiga.
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  — Annia, o que faremos? — Sussurrou , sentindo as mãos trêmulas.
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  — Eu vou fazer minhas ligações e você, avise a sua avó agora mesmo, a primeira a ter notícias liga para a outra. — Disse a Baker, quase em tom de ordem.
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   assentiu de imediato e desligando a ligação, saiu do quarto às pressas descendo as escadas em direção ao escritório de sua avó. Donna estando em seu escritório no porão da casa, mantinha a atenção nos preparativos do jantar dos herdeiros, repassando todos os pontos de segurança do local escolhido e analisando a lista dos sliters que trabalhariam naquela noite. Carl acompanhado de outra sliter, seguia prontamente anotando cada detalhe e dando argumentando as decisões que achava pertinente, mostrando soluções melhores para a chefe.
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  — Vovó… — adentrou o espaço repentinamente os deixando confusos, e lembrando-se das formalidades, corrigiu sua fala — Senhora Fletcher…
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  — O que houve para entrar assim? — perguntou Donna, estranhando o olhar amedrontado da neta.
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  — Levaram a . — respondeu , segurando as lágrimas que estava se formando no canto dos olhos.
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  — Como assim levaram a ? — indagou a matriarca, tentando entender a notícia.
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  — Estávamos conversando com ela no telefone e ela disse que estava sendo seguida, e o Andrei apareceu na ligação. — tentou explicar de uma forma clara, porém sem sucesso, pois o desespero já se mostrava em sua fala — O Andrei levou a .
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  — Quem era a terceira pessoa conversando com vocês? — Donna tentou manter a calma diante da situação e do estado da neta.
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  — A Annia. — respondeu a bailarina.
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  — Muito bem. — ela respirando fundo, pois se houvesse mais algum detalhe na história conseguiria extrair da Baker com mais precisão, então voltando a atenção para Carl — Ligue para Finn* e peça para entrar no sistema de câmeras das vias de Chicago, precisamos descobrir qual rua ela foi vista pela última vez e rastrear para onde a levaram, ligue também para Fulhan, a família de precisa ter em máxima segurança…
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  Na medida que Donna seguia com as orientações aos dois sliters, ela pegou o celular para informar aos Dominos o ocorrido, entretanto achando-se esquecida na sala, de imediato chamou a atenção da avó.
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  — E o que eu faço para ajudar? — perguntou ela, em aflição interna.
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  — Você nada, a partir de agora eu resolvo isso. — respondeu a matriarca Fletcher num tom sério, áspero e frio.
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  — Mas vovó… Senhora Fletcher, a é minha amiga, eu quero ajudar. — questionou .
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  — Ajudar em quê? Você nem mesmo consegue derrubar seu treinador propositalmente… Não pode nem ser considerada uma sliter com todos esses machucados pelo corpo… — por mais que doesse em Donna jogar a realidade na cara de sua neta, era necessário.
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  Afinal, poderia mais atrapalhar que ajudar.
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  — Mas… — ela tentou argumentar sem sucesso.
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  — Mas nada… Preocupe-se com seu treinamento e em pagar a aposta na qual se envolveu sem ao menos ter consciência do que estava fazendo. — agora a Fletcher elevou a voz de forma mais dura.
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  — Como a senhora sabe? — perguntou , surpresa.
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  — Eu sempre sei o que acontece no meu acampamento, agora pode se retirar. — Donna não se importou se iria ou não ferir os sentimentos da neta, pois a mesma precisava se tornar mais forte para lidar com esse tipo de situação.
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  Voltando à gravidade dos acontecimentos, Donna Fletcher discou no celular o número de Dominos. Por mais que a noite fosse de festa de felicidade, a vida de era importante o bastante para não deixar seu sequestro em oculto do homem que certamente moveria céus e terra para encontrá-la. Enquanto isso, em choque com a reação da avó, se retirou do escritório sentindo-se uma inútil pela realidade de não poder salvar a amiga como um dia foi salva por ela.
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  Seguindo até a parte de cima, saiu pela porta e começou a correr em direção a floresta que circundava o lugar, sem direção e em total tristeza e frustração. Semanas haviam se passado com ela ali e não tinha chegado ao seu objetivo inicial de se tornar forte e independente. Internamente ela concordava com a avó, seus machucados pelo corpo apenas lhe mostravam quão fraca ela era.
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  Pelo menos era o que pensava.
  — O que eu estou fazendo aqui? — sussurrou ela, para si mesma ao parar próximo ao pequeno lago que tinha na parte oeste da floresta.
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  Tudo ficou silencioso por um momento. O olhar de manteve-se no céu que parecia parcialmente nublado, não era comum naquela época do ano, porém os rumores de chuvas rápidas circulavam entre os aprendizes, tanto que não demorou para que uma brisa fria passasse por seu corpo.
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  — Então é assim que você lida com as crises? Fugindo? — a voz de Matthew soou por detrás de uma das árvores, calma e serena.
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  — O que faz aqui? — enxugou as lágrimas discretamente e olhou para a direção dele, que começou a dar alguns passos até ela — Por que veio atrás de mim?
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  — Você não me respondeu. — ele parou em sua frente, mantendo as mãos nos bolsos e controlando o olhar debochado.
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  — Me deixa em paz. — disse ela, se virando para afastar.
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  — Então é assim? — ele a segurou pelo braço de maneira firme, parando-a — Vai desistir?
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  — Eu te odeio. — ela se soltou bruscamente e no impulso da raiva, começou a bater nele enquanto as lágrimas voltavam a descer pelo seu rosto — Odeio a Continuum, odeio o Andrei, odeio esse acampamento, odeio todo mundo…
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  Matthew permaneceu parado, apenas permitindo que extravasasse sua raiva dando pequenos socos em seu tórax. Era de se esperar que em algum momento toda a pressão e frustração que estava sentindo desde quando foi sequestrada iria de fato ser externada em algum momento, e aquele era bem propício, no meio do nada com a única pessoa que lhe entendia perfeitamente apesar da bailarina achar que não. E quanto mais ela o batia, mais ela desabafava.
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  — Eu… — enfim parou por um momento, ao sentir-se cansada.
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  A raiva foi tanta que nem mesmo pulso enfaixado foi capaz de desviar sua atenção, e a própria dor foi abafada.
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  — Acabou? — perguntou ele, num tom sarcástico — É somente isso que tem guardado aí dentro? Andrei levou sua amiga semanas depois de quase te matar… E você age assim? Como uma garota mimada que só sabe chorar…
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   fechou seus punhos novamente e partindo para socá-lo na cara, foi paralisada por um movimento de imobilização de Matthew. Ela se remexeu para se soltar sem sucesso, enquanto ele a deslocava para a parte mais escura da vegetação. Em um piscar de olhos Matthew girou seu corpo a prensando em uma árvore, mantendo o corpo de ambos próximos o suficiente para sentirem a respiração um do outro.
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  — Quanto mais você ficar assim, mais seu inimigo terá poder sobre você. — disse ele, percebendo os sentimentos dela.
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  — Me solta. — pediu tentando controlar sua voz, internamente seu corpo trêmulo apenas queria renunciar a tudo — Por favor.
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  — Não se pede por favor para o inimigo, não vou deixá-la desistir. — continuou ele, mantendo a seriedade na voz e suavizando o olhar — Você é mais capaz do que imagina, bailarina.
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  — Não, você não sabe quem eu sou, ou melhor, você já me definiu, sou uma mimada que passou a vida sendo protegida… Nem a minha avó acredita que sou capaz de me tornar uma sliter. — disse ela, com a voz falha e mais lágrimas escorrendo — Não importa se a punição for a morte, eu não quero mais.
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   apenas desistiu de se soltar dele, deixando seu corpo relaxado para que ele a mantivesse de pé.
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  — Engano seu, é por acreditar em você que sua avó me pediu para treiná-la. — Matthew foi se inclinando para mais perto, deixando seus rostos bem próximos.
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  Com leveza, ele soltou os braços dela, porém continuou a apoiando para que seu corpo mantivesse erguido. apenas fechou os olhos, sentindo toda a sua força temporariamente se esgotar pelo turbilhão de emoções que viveu em um curto espaço de tempo. Aos poucos, sua respiração ofegante foi se acalmando até ficar sincronizada com a de seu treinador, era intrigante para ela a habilidade que Matthew tinha de elevá-la aos dois extremos, raiva e calmaria, em um piscar de olhos. A forma em que a apoiava fisicamente, seu toque suave e firme que lhe transmitia segurança e força, inegável o fato dele ser totalmente diferente do que ela imaginou em um tipo ideal de homem para sua vida, e era exatamente por isso que sua influência sobre ela era mais surpreendente.
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  Além de fazê-la esquecer os outros dois homens que arrasaram seu coração e com facilidade tomar seus pensamentos, agora indiretamente estava se tornando um motivo inesperado para ela prosseguir com seu objetivo de se tornar sliter.
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  — O que você está fazendo? — sussurrou ela, tentando entender por que seu corpo seguia espontaneamente ao comando dele.
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  — Estou apenas te ajudando a achar seu ponto de equilíbrio. — sussurrou ele, de volta ao impulsioná-la a se afastar da árvore e conduzi-la para o centro do lugar — Mantenha seus olhos fechados.
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  — O que vai fazer comigo? — indagou ela, mais uma vez, insegura com o que poderia vir a seguir.
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  — Vou mostrá-la o caminho… — Matthew manteve a voz suave, enquanto retirava o lenço amarrado em seu punho, então a vendou com precisão.
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  — Collins?! — disse ela, estranhando.
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  — Respire fundo e tente sentir o ambiente em sua volta. — disse ele, em seu tom habitual de ordem.
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  A parte doce e compreensiva do treinador cruel estava dando lugar ao seu lado impotente e rígido. assentiu fazendo o que ordenou, não entendendo de início o propósito daquilo. Em instantes o silêncio pairou sobre o lugar, o que aos poucos foi permitindo a bailarina perceber os detalhes que aconteciam ao seu redor, percebendo que Matthew a rodeava.
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  Vendada e com a atenção total nos movimentos dele, em um movimento involuntário e espontâneo deu meio giro e abaixou rapidamente quando sentiu a aproximação de algo vindo em sua direção. No susto, ela se levantou em seguida e socou o ar, para sua surpresa sua mão passou de raspão pelo rosto de Matthew quase o acertando de fato.
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  — Matthew?! — disse ela, estática com o que tinha acontecido.
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  — Mantenha a calma e o equilíbrio… — sussurrou ele, em seu ouvido novamente — Acompanhe os movimentos do seu inimigo, como se estivesse dançando com ele.
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  Mais uma vez ele investiu em um ataque contra ela, desta vez mais concentrada, se defendeu conseguindo manter a estabilidade do seu corpo, não sendo derrubada no processo. Ela sorriu com espontaneidade ao perceber que tinha o bloqueado com sucesso, o que a fez perder o foco e se distrair, nesta fração de momento Matthew aproveitou para derrubá-la com um chute certeiro no estômago. A bailarina ao sentir o impacto juntamente com a dor, sofreu uma breve falta de oxigênio decorrente do golpe, então puxou o máximo de ar para seus pulmões tentando assim voltar a estabilidade.
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  — Mantenha o foco… — disse ele ao segurar em sua mão e puxá-la para se levantar — Se inimigo não te dará descanso…
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  Assim que ergueu seu corpo, Collins lhe transferiu outro golpe a derrubando. A bailarina respirou fundo, pensando na melhor forma se bloquear e voltar ao equilíbrio inicial, então erguendo novamente seu corpo percebeu a investida dele contra e girando seu corpo com precisão colocou toda a força em sua perna direita a lançando contra ele, assim que conseguiu finalizar seu movimento o derrubando como planejou, ela posicionou seu corpo como se estivesse terminado de fazer um movimento de ballet.
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  — O nome disso é fouettés… — disse ela, ao levantar o lenço dos olhos para encará-lo, enquanto recuperava o fôlego — Um movimento importante do ballet.
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  Ele sorriu de canto discretamente, então manteve a seriedade no olhar. Logo sentiu um gosto estranho, o ataque da bailarina havia provocado um pequeno corte interno em sua boca.
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  — Eu não mandei retirar a venda… — Collins manteve o tom firme, levantando-se novamente — Vamos de novo.
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  Ao ataque inicial de Matthew, a bailarina continuou a se defender e contra-atacar. não sabia ao certo o que estava fazendo, mas muitos de seus golpes começaram a tomar forma a partir dos movimentos de ballet e outras danças que conhecia, principalmente o hip-hop. Se aquele era o tal estilo de luta que ele havia lhe dito, ela ainda não compreendia ao certo, mas finalmente estava achando mais fácil encontrar formas de não sair tão machucada como das outras vezes. Claro que Collins não estava usando sua força em cem por cento contra ela, o que facilitava, entretanto, quanto mais conseguisse dominar seu próprio corpo e movimentos, mais ela desenvolveria suas habilidades de combate corpo a corpo.
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  — Eu venci desta vez?! — perguntou ela, ao parar para tomar fôlego após uma sequência de golpes que tinha bloqueado.
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  — Não, mas parabéns pelo progresso. — disse ele, ao se aproximar dela e esticar a mão direita para retirar sua venda.
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   no reflexo se defendeu e tentou atacá-lo, porém Matthew foi mais rápido e a imobilizou, prendendo-a contra seu corpo.
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  — Calma, eu só ia tirar isso… — ele retirou a venda de seus olhos, e riu baixo.
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  — Me desculpa, reflexos involuntários. — sussurrou ela, ainda receosa, quando ele a soltou.
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  Matthew respirou fundo e colocou as mãos nos bolsos da calça, olhando-a com serenidade.
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  — Quem é você e o que fez com o Collins? — perguntou ela, desconfiada.
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  — Do que está falando? — ele deu uma risada rápida.
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  — Você me parabenizou. — explicou ela.
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  — Hum… — ele manteve o sorriso debochado — Retiro o que eu disse então.
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  Assim que tentou retrucar, ele se impulsionou para sair. As horas haviam passado tão rápido e a atenção de ambos no treino estava tão intensa que nem mesmo viram o tempo passar, faltava menos de uma hora para o sol nascer e havia até esquecido do caos do qual havia fugido.
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  — Temos que voltar e você tem uma aposta para pagar. — avisou ele, seguindo para o caminho em direção ao acampamento.
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  — Como você sabe disso? — perguntou ela, na inocência.
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  — Sou o seu treinador, é meu dever saber tudo o que faz. — explicou ele, de forma enigmática.
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  — Esse lugar tem câmera? — continuou ela, o seguindo — Não é possível que todos estejam sabendo sobre isso.
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  — Até as árvores têm ouvidos aqui. — brincou ele — Você é uma Fletcher, acostume-se e tenha cuidado…
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  Ele parou e a olhou sério.
  — Nunca uma outra pessoa foi tão observada nesse lugar quanto você. — até suas expressões estavam mais frias — As pessoas podem saber o que faz, mas não pode ser pega fazendo ou terá punições, então não deixe que te vejam.
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  — Como assim? — ainda não tinha entendido a maldade por detrás das apostas que rolavam entre os aprendizes, e menos ainda o conselho de Matthew.
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  — Eu vou seguir na frente, você pode me acompanhar ou aproveitar o momento para invadir um bar e roubar uma medalha. — sugeriu ele, indiretamente — Afinal, estávamos em um treino noturno, então, há uma razão para não estar em seu quarto dormindo.
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  De certa forma sabia que a razão e a lógica estavam a favor dele. Por mais que a preocupação com a amiga tivesse retornado, não tinha outra coisa a se fazer a não ser seguir o fluxo e continuar os treinos para se tornar tão forte, quanto as outras duas órfãs que conheceu quando criança.
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  Afinal, seria mais imprudente ainda de sua parte ir atrás de Andrei despreparada, do que encarar um bar cheio de motoqueiros mal-encarados para roubar uma medalha. permaneceu parada avaliando a situação e pensando em como ela poderia fazer aqui sem ser pega e envolver Meg junto, já que sua loucura em interferir nos assuntos da nova amiga fez a tal aposta criar proporções maiores do que deveria. Poucos passos a frente Matthew parou ao perceber que ela havia ficado para trás, e num sorriso de canto confiante, a orientou subjetivamente.
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  — Ah, acho que estou ouvindo o barulho de motos a oeste daqui. — disse ele, elevando sua voz — Talvez estejamos próximos ao Sweet Home.
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   de imediato entendeu o recado e voltando-se para oeste, começou a correr em direção ao barulho dos carros na rodovia, era um trecho bem movimentado por causa do famigerado bar de motoqueiros. Quanto mais se aproximava, mais o barulho da civilização ficava nítido a sua audição, avistando as luzes da fachada do lugar mais à frente. A estrutura do lugar o aspecto de antigo e para uma construção que no passado serviu de base para o corpo de bombeiros, sua arquitetura transmitia um charme rústico pelas paredes de tijolinho, alinhada à modernidade da decoração.
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  — Sweet Home. — leu ela, ao voltar seu olhar para o letreiro em neon vermelho acesso — O que eu estou fazendo?!
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  Ela ficou alguns minutos parada do outro lado da rodovia, observando a movimentação do lado e o fluxo de pessoas que saíam e entravam. Na teoria, a bailarina deveria fazer aquilo na companhia de sua nova amiga, porém na prática seria desperdício de tempo e oportunidade retornar ao acampamento para enfim tentar as duas saírem de lá sem serem vistas. Então só lhe restava encarar o desafio sozinha e rezar para sair viva e não ser vista.
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  — Bem, não há outra opção para mim. — sussurrou ela, para si — Se não consigo encarar um bando de motoqueiros, como vou encarar o Andrei?
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  A mente da bailarina precisava se manter focada, porém suas preocupações com a amiga dividiam sua atenção naquele momento. Dando o primeiro passo, ela atravessou as duas pistas e se aproximou de um motoqueiro que estacionava sua Scrambler 74.
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  Era a hora de improvisar.
  — Boa noite. — disse o homem, sendo retribuído com um sorriso — Está perdida?
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  — Parcialmente, posso dizer que sim. — ela disfarçou um pouco o nervosismo interno — Estava com uma amiga e o seu namorado fazendo trilha, mas eles acabaram esquecendo de mim e mudando os planos…
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  — Entendo, a cidade não fica muito longe daqui se quiser podemos beber um pouco e depois eu te levo. — ofereceu ele.
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  — Não sei… — ela olhou para a porta de entrada do bar — Ali diz, somente entrada de convidados.
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  — Você é minha convidada. — o homem piscou de leve para ela e desceu de sua moto, guardando as chaves do bolso traseiro — Então?!
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  — Eu estava mesmo com sede. — assentiu ela, em surtos internos.
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  Ele sorriu de canto e seguiu na frente sendo acompanhado por ela. observou bem os detalhes dos grafismos nas paredes, notando também os olhares dos outros homens e mulheres que estavam por todo o salão. No fundo sonoro, o jukebox contemplava o ambiente com o som de We Will Rock You do Queen, um grupo de homens que rodeava a mesa sinuca começou a discutir de repente, rindo segundos depois do tropeço de um deles ao dar sua tacada. Mais adiante nos fundos ficava o bar, com a cobiçada medalha em destaque pendurada em cima da prateleira dos whiskys mais caros.
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  — Estou ferrada. — sussurrou ela, engolindo seco ao olhar a medalha.
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  — O quê?! — seu cartão de acesso a olhou — Disse alguma coisa?
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  — Aqui está bem cheio, é sempre assim? — disse ela, como se repetisse uma pergunta.
  — Não todos os dias. — ele riu e se aproximou do balcão — James, me vê duas bebidas, estou acompanhado hoje.
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  — Olha só. — o homem grisalho pareceu impressionado — Muito bem acompanhado, devo dizer.
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  — Devo levar isso como um elogio? — brincou ela, tentando descontrair.
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  — Claro senhorita. — James riu — É a primeira vez que Paul traz alguém com ele, e devo dizer que estou impressionado.
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  — Pare de falar e nos sirva logo. — pediu o homem, que finalmente ela descobriu o nome.
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  — O especial da noite? — perguntou James.
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  — Claro. — Paul voltou o olhar malicioso para , que logo percebeu.
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  Ela precisava planejar algo em seu improviso, ou terminaria a noite de uma forma desastrosa e mais delicada ainda. “O que a faria em meu lugar?” ou “O que a Annia faria?” A bailarina tentava vencer esses pensamentos, afinal era ela quem estava ali, era o seu momento de provar para si mesma que conseguia ser mais forte e capaz de se livrar de qualquer situação perigosa.
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  — É visível que esta é sua primeira vez aqui, não é? — perguntou Paul, tentando puxar assunto.
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  — Sim, como disse, era para estar fazendo trilha agora, mas parece que minhas férias em grupo foram frustradas. — respondeu ela, percebendo a aproximação dele.
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  Em sua mente, se imaginou o derrubando no chão com um soco ou chute por mais de dez formas diferentes.
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  — Sorte a minha, agora podemos animar a noite um do outro. — disse ele, sugestivamente.
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  Não que aquele motoqueiro em si fosse estranho, pelo contrário, para a surpresa de , Paul era um homem até bonito e interessante, mas é claro que para ela isso não significava nada. Seu objetivo era entrar discretamente e roubar a medalha, mas o processo para o seu sucesso ainda não tinha sido definido.
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  — Você não me disse seu nome. — perguntou ele, assim que foram servidos por James da bebida especial.
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  — Nem você, soube por ele. — disse ela, de imediato.
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  — Verdade. — ele riu, esticando a mão em cumprimento — Sou o Paul.
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  — Joseline. — ela abriu um largo sorriso, retribuindo o aperto de mão — Obrigada por me convidar.
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   se lembrava vagamente de uma amiga da faculdade com esse nome, o que a ajudou a não pensar muito em inventar um para dar a ele. Neste pouco tempo em que ela foi jogada em todo o universo da Continuum, ela havia aprendido algumas coisas com as amigas que reencontrou e as novas que conheceu. Uma delas é que em momentos de improviso, nunca diga seu nome verdadeiro.
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  — Tem sido um prazer sua companhia, Joseline. — Paul encostou de leve sua mão na cintura dela, trazendo-a um pouco para mais perto, pretendendo lhe beijar.
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  Porém, o barrou no caminho com sua mão, mantendo a distância entre eles.
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  — Onde é o banheiro? — perguntou ela, disfarçando.
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  — Ali. — ele apontou para um corredor escuro.
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  O que a deixou insegura. Respirando fundo, seguiu na direção indicada e passou pelo corredor escuro até chegar em uma escada de acesso ao porão no subsolo, onde eram os banheiros e as salas vip. Com o coração acelerado e se locomovendo lentamente pelas escadas, ela passou por várias portas das quais algumas conseguiu ouvir barulhos vindos do lado de dentro. Logo um casal saiu de uma das portas, estavam visivelmente embriagados e em risos.
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  — Precisamos marcar de novo. — disse o homem, num tom moderado.
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  — Assim que meu marido viajar novamente. — respondeu a mulher, sem cerimônias.
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   olhou de relance para eles, notando no pescoço do homem um naipe de espadas tatuado, fazendo-a se lembrar que já havia visto uma tatuagem assim antes em Collins, em seu pulso direito. Se aquele bar era de motoqueiros gangsters e se aquela tatuagem era um símbolo, como seu instrutor poderia ser de uma gangue se ele era um sliter, vindo de um orfanato?
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  — Não pense muito, ou então não terá coragem para ir até o final. — a voz de Matthew a assustou, ao despertar sua atenção do casal que já desaparecia do seu campo de visão.
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  — Collins. — sussurrou ela, sentindo o coração acelerar no susto — O que faz aqui?
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  — O que acha?! — ele deu alguns passos para saiu da sombra, assim ela pode vê-lo com mais nitidez.
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  Ela o ignorou e se moveu para sair.
  — . — ele segurou em seu braço, parando-a — Como pretende roubar a medalha?
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  — Não te interessa. — disse ela.
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  — Me deixe te ajudar. — insistiu ele — As pessoas daqui, conseguem ser piores que a Continuum, não possuem princípios.
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  — E desde quando os Tenebrae possuem princípios? — argumentou ela, com fundamentos se soltando dele — Não existe nada pior do que o Andrei…
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  — Fletcher. — insistiu ele.
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  — Não. — ela o olhou seriamente — Eu devo fazer isso sozinha e nem era para você estar aqui, se for pego ajudando sua aprendiz poderá ser punido.
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  — Olha só quem encontrou o livro de regras. — disse ele, impressionado.
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  — Estou falando sério. — forçou um olhar confiante.
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  — Eu também. — ele se manteve sério, porém com o olhar sereno para ela — Você sabe que não vai conseguir sozinha, precisa de alguma coisa ou alguém para distraí-los.
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  — Não. — ela retrucou, o encarando — Eu já entendi que não sou a , ok? Só me deixa pensar o que eu vou fazer, e fica fora disso.
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  Ela deu o primeiro passo para se afastar.
  — Não se trata de ser ou não a . — ele segurou em sua mão agora, chamando-a à realidade — Existem coisas que até mesmo sua amiga não consegue fazer sozinha.
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  Logo a voz de Andrei invadiu a mente de , fazendo-a sentir um frio na espinha. não queria concordar, mas não sabia o que fazer e nem como iria distrair Paul que a aguardava com pensamentos de uma noite de aventuras estranhas. Ao perceber barulhos vindos da escada, Collins a puxou para uma das portas e entrou com ela. O ambiente vip em questão pertencia a ele, sua decoração clássica minimalista tinha toques escandinavos, principalmente na paleta de cores de adornos. A iluminação quente deixava mais aconchegante e com a sensação de estar mesmo na sala de estar de uma casa. Surpreendente para ela a se comparar com a estética do salão e da fachada.
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  — Como pretende distrair o Paul e roubar a medalha? — perguntou Collins, soltando sua mão.
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  — E o que você tem a ver com isso? — ela bufou, chateada pela interferência dele, adentrando mais o quarto e — Como conhece ele?
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  — Faz diferença se eu contar? Não quer minha ajuda. — retrucou ele, rindo de canto.
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  — Você é um gangster? — perguntou ela, tentando juntar as peças daquele quebra-cabeças.
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  — Meu pai era. — respondeu ele, num tom ríspido — Mas não vem ao caso, vai lá roubar sua medalha, me avise quando terminar.
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  — Tudo bem, eu deixo você me ajudar, se me contar sobre seu pai. — assentiu ela.
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  — Está tentando fazer um acordo comigo? — ele riu — Vai ter que fazer melhor.
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  — Foi você quem se ofereceu. — retrucou ela — Como você entrou aqui? Sabe que um sliter não pode ter nenhuma outra ocupação, não é?
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  — Vai contar para sua avó? — ele encostou na parede e cruzou os braços.
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  — Você é um gangster, não é? — indagou ela.
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  — E se eu for?! — ele sorriu de canto, meio prepotente — Foque na sua medalha.
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  — Prometa que vai me contar? — insistiu ela.
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  — … — ele se afastou da parede e abriu a porta — Sua medalha.
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  — O que eu faço? — perguntou ela, meio insegura.
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  — Permita que ele te beije, e deixe o resto comigo. — respondeu ele, já formulando um plano na cabeça — Ao menor sinal de oportunidade, roube a medalha.
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  Ela assentiu e saiu primeiro do quarto. Não era bem um plano, mas o elemento de distração seria garantido por ele. Assim que ela retornou ao salão, como Collins previu, aconteceu, em um movimento preciso o motoqueiro a beijou com malícia mantendo seus corpos mais próximos. Seguindo o plano, retribuiu o beijo contando os minutos para a intervenção do seu instrutor, num piscar de olhos ela sentiu uma mão puxar Paul pela jaqueta e lhe socar a cara, o derrubando no chão.
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  — Como se atreve a tocar na mulher alheia. — um homem bêbado, gritou para ele, deixando ainda mais em choque.
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  Não era quem ela esperava.
  — E quem disse que é sua?! — Paul limpou com o manga da jaqueta o sangue que escorreu no canto da boca, sentindo o gosto dele — Vou ensiná-lo a não interferir na noite dos outros, seu bêbado.
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  Paul voltou o olhar para o braço do homem, vendo a tatuagem de uma rosa referente a sua gangue, o reconhecendo e entendendo bem sobre quem ele se referia.
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  — Phill. — sussurrou Paul — Acredite, ela me ofereceu uma das melhores noites da minha vida.
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  E retribuiu o soco, o derrubou sobre outro cara de outra gangue que se prontificou a tomar satisfações com eles. Assim, o caos se instaurou no lugar com a troca de socos e mais brigas entre os que estavam lá, incluindo as mulheres presentes. O velho James saiu de trás do balcão para apartar uma das brigas e segurar um dos clientes que estava com um canivete. Do outro lado, duas mulheres enfrentavam com os tacos de sinuca quase quebrando o lugar junto.
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  O que deveria ser uma simples distração improvisada, acabou se tornando o caos perfeito para . Voltando sua atenção para o balcão, subiu nele passando para o outro lado, então esticando a mão, pegou a medalha e se abaixou rapidamente para se esconder. Com o coração acelerado, a bailarina colocou o objeto no pescoço e engatinhou até a porta de acesso para a cozinha.
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  — A medalha. — ela ouviu a voz de James gritando, pouco antes de passar pela porta e se deparar com alguns funcionários lá dentro.
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  Quatro homens com facas afiadas nas mãos e os olhos fixos na medalha em seu pescoço.
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  — Vai lá, derrube eles. — misteriosamente, Matthew apareceu ao seu lado.
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  De relance no fechar da porta, ela pode visualizar que a guerra entre gangues no salão estava longe de acabar, e que James se aproximava para pegar o que era seu de volta.
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  — Você não vai me ajudar? — perguntou ela, controlando seu desespero interno.
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  — A aposta é sua. — brincou ele, colocando as mãos nos bolsos e esperando pelos movimentos dela.
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  Ela respirou fundo e colocando a medalha para dentro da roupa, olhou para o lado e com a mão esquerda pegou a primeira panela que encontrou para usar de arma. Os quatro homens foram em sua direção erguendo a mão com a faca, ela se desviou do primeiro o empurrando em cima da bancada. O segundo lançou a faca contra ela, que se defendeu com a panela e o chutando entre as pernas, o homem gemeu de dor e bateu com o objeto em sua cabeça, o desmaiando. O terceiro foi atacá-la, porém recebeu um soco do primeiro que vinha ao mesmo tempo para revidar, pois ela tinha se abaixando em defesa.
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  O quarto entrou com mais sucesso ao jogar uma das panelas em sua direção, fazendo-a cair. A panela escorregou das mãos da bailarina, que logo sentiu o quarto homem se aproximar e puxá-las pelas pernas, lançando-a na torre quente. O impacto fez o corpo de latejar de dor, assim como seu pulso direito que se mantinha enfaixado até o momento.
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  — Não vai mesmo me ajudar? — disse ela, em dificuldades quando o quarto tentou estrangulá-la com as próprias mãos.
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  Matthew suspirou fraco e jogou um rolo de macarrão para ela.
  — Se concentre em controlar seu corpo. — seu tom foi de ordem, como nos treinos.
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   no ápice do seu desespero, fechou os olhos e buscando o rolo com suas mãos, ao encontrá-lo bateu forte na cabeça do homem, o derrubando. O terceiro homem avançou novamente contra ela, que rolando no chão, passou por debaixo da bancada e se levantou do outro lado. Ela manteve os olhos fechados para sentir o ambiente ao seu redor e perceber previamente os movimentos do seu inimigo, como de fato conseguiu com reação imediata de se defender do soco dele, lançando sua perna para derrubá-lo, repetindo o movimento de ballet como no treino de horas atrás.
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  — Consegui! — disse ela, sorrindo animada, quando teve seu corpo puxado por Collins que pegou em sua mão e a tirou de lá.
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  — Temos que sair daqui. — alertou ele, antes que ela pudesse questionar.
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   apenas assentiu, deixando-se ser guiada por ele. Uma corrida da saída dos fundos até o início do perímetro do acampamento no bosque, foi o suficiente para deixar a bailarina sem choque e com a adrenalina ao nível máximo.
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  — Então. — Matthew soltou sua mão assim que pararam.
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  — Obrigada. — disse ela, retomando o fôlego.
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  — Este é o nosso segredo. — disse ele, mantendo o olhar sério.
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  — Não vamos voltar juntos?! — indagou ela, percebendo que ele ficaria ali.
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  — Sabe que não. — respondeu ele — Não seja vista e vá direto para seu quarto.
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  Ela assentiu. Ao dar o primeiro passo para seguir na frente, ela hesitou um pouco e voltou a olhá-lo.
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  — Por que me ajudou? — perguntou ela.
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  — É minha aprendiz. — respondeu vagamente.
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  — Não é resposta. — insistiu ela — Acaso a te pediu algum favor?
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  Suas palavras tinham fundamento.
  — Esqueça a , o mundo não gira em torno dela. — ele riu e se virou de costas para ela.
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  — O que é então?! — ficou um pouco curiosa.
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  — Eu prometi a sua avó que seria a melhor desta geração, só estou tentando cumprir. — explicou ele, direto.
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  — Posso te pedir um último favor, então? — ela também se manteve séria.
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  — Diga. — ele se virou e permaneceu atento a ela.
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  — Treine a Meg. — pediu ela.
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  — O quê? — ele riu de imediato — Você quer acabar com a minha reputação?
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  — Foi você mesmo que disse que nada mancharia o seu legado. — insistiu ela — Quem melhor que você para treinar as duas piores aprendizes que esse lugar já teve?
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  — Quem disse que você é a pior? — Matthew cruzou os braços, esperando seus argumentos.
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  — Basta ir na enfermaria todos os dias ao pôr-do-sol e teremos a certeza, ninguém nunca se machucará tanto quanto eu aqui. — expôs ela, a realidade — Por favor, eu prometo que se treinar ela, eu venço o torneio.
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  — Está prometendo demais para alguém que se acha a pior. — soou com sarcasmo.
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  — Há seis horas eu achava impossível roubar aquela medalha, e aqui estamos. — argumentou ela, apontando para o objeto escondido por sua roupa — Não sou de tudo um caso perdido.
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  — Com ou sem aposta… — ele deu alguns passos até ela, parando a milímetros de distância em sua frente — Você vai vencer esse torneio.
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  — Como pode ter certeza? — retrucou.
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  — Eu acredito em você. — disse ele, ao segurar em seu pulso direito se certificando o estado dele — Mas se está me pedindo para ajudar sua amiga.
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  Seu toque cuidadoso e suave a estremeceu por dentro, lhe deixando surpresa e assustada. Como podia ser tão mercenário e tão charmoso ao mesmo tempo?
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  — Eu estou bem. — disse ela, soltando seu pulso e dando um passo para trás.
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   ainda não entendia bem as palavras de Matthew: Mesmo que você fosse uma mulher atraente, jamais aconteceria algo entre nós, sentimentos são proibidos para pessoas como eu. Principalmente a parte dela não ser atraente. Não que ela estivesse preocupada com isso, afinal não desejava se envolver emocionalmente com mais ninguém, por causa dos seus passados mal resolvidos.
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  — Então, boa noite… — disse ele, com um sorriso disfarçado — Ou melhor, bom dia.
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  — Matthew?! — ela queria uma resposta concreta.
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  — Espero as duas após o café no lugar de sempre. — ordenou ele, dando sua resposta final.
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  Ela assentiu com um sorriso e se afastou, seguindo na frente.
  Avistando o acampamento, ela se abaixou escondendo entre os carros que estavam próximos à entrada. Esperando até a troca de turno aos primeiros raios de sol, ela correu até a porta da cozinha da casa grande e entrou. Para sua sorte, não tinha sinal de sua avó ou Carl, então seguiu diretamente para seu quarto.
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  Com toda a turbulência nas últimas vinte e quatro horas, sem notícias da amiga e o desafio de vencer o torneio pela frente, ao menos havia algo positivo em tudo isso. Aquela medalha não significava apenas o pagamento de uma aposta e em ter mais respeito entre os aprendizes…
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  Significava um recomeço para a bailarina como a sliter herdeira.
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Todos os perdedores no mundo
Chegará um dia em que perderemos
Mas não é hoje
Hoje, nós lutamos!

– Not Today / BTS

48. Dias em família

North Vancouver, Canadá

  Dizem que quanto mais cavamos, mais segredos nos desenterramos. Ali estava Sollary no porão da casa, enrolada em um cobertor e concentrada em sua leitora, prontuário por prontuário. A madrugada passou e aos primeiros raios de sol pela manhã, finalmente a residente fechou a décima quinta caixa e olhou para seu marido que adormeceu no velho sofá de couro surrado que tinha ali. não a deixaria passar a madrugada sozinha em suas buscas, porém, também não teria paciência para ajudá-la a ler tudo aquilo que visivelmente ele não entenderia, então apenas se fez presente para não deixá-la sozinha.
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  — Hum… — um sorriso meigo surgiu em seu rosto, ao contemplar a beleza do marido.
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  Ao se levantar da cadeira, deu alguns passos até o sofá e se deitou ao lado de , não tinha muito espaço e lhe pareceu desconfortável a primeira impressão.
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  — Como conseguiu dormir aqui? — sussurrou ela, incomodada com o desconforto.
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  — Por que não me acordou? — resmungou baixinho, sorrindo de canto ao sentir o calor do corpo dela, logo ele a envolveu com o braço direito, puxando-a para mais perto ainda — Passou a noite acordada?
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  — Sim, não consegui parar de procurar. — respondeu ela, sentindo o marido lhe dar um selinho no pescoço, arrepiando de leve seu corpo — Está aqui em algum lugar, só preciso achar.
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  — Que tal adiarmos essa procura um pouco e curtir nosso momento família, afinal não foi para revirar o passado que viajamos para cá. — expressou ele, lembrando-a do propósito inicial de estarem ali.
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  — Você tem razão. — sussurrou ela, contra fatos não há argumentos.
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  — Alguma sugestão para nossa programação de hoje? — perguntou ele, sugestivamente começando a acariciá-la.
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  — Achei que você já tinha tudo programado? — ela se remexeu um pouco para olhá-lo — Baker, está sem ideias?
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  Ela riu de leve, em provocação.
  — Ideias? — ele sorriu de canto com malícia — Minha querida, só de olhar para você minha mente já se enche de ideias.
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  — Hum… — ela virou para frente novamente, sentindo o coração acelerado — Me surpreenda então.
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  — Eu preciso saber se minha esposa conseguirá ficar acordada após uma noite em claro. — instigou ele.
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  — Por favor, eu já passei 72 horas em um plantão, é claro que vou conseguir levar o dia com minha família. — retrucou ela, achando irrelevante o comentário dele.
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  — Estou contando com isso. — pronunciou ele, num tom mais baixo, beijando-a no pescoço novamente.
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   sentiu seu corpo arrepiar com os toques do marido, permitindo-o avançar pouco a pouco em suas malícias e intensidade. O que dizer de um Baker apaixonado que não mede esforços para demonstrar todo o seu amor, seja entre quatro paredes ou não, os sentimentos dele sempre seriam evidenciados de forma clara e direta para que não restasse dúvidas ou aberturas para inseguranças de parte de sua esposa.
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  E quanto mais expressava, mais barreiras continuavam a quebrar dentro de e suas muralhas de incertezas.
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  Como presumiu, assim aconteceu.
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   manteve seu sorriso de canto ao observar mais um pouco sua esposa desmaiada em seus braços. É claro que após passar por um plantão pesado no hospital, antes de viajarem e agora mais uma noite em claro procurando respostas no porão daquela casa, faria com que nossa residente se entregasse ao cansaço e não resistisse ao sono. Em muitos momentos, se esquecia que não era uma máquina e que seu corpo e mente seguia um longo tempo de estresse e turbulência.
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  — Bem como eu imaginei… — sussurrou ele, ao erguer seu corpo e se levantar do velho sofá com cautela.
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  Pegando sua esposa no colo, Baker a levou para o quarto, assim poderia descansar melhor e não ser atormentada pelas muitas dores nas costas que provavelmente teria depois. Ao deitá-la sobre a cama, lhe deu um selinho nos lábios e a cobriu com um lençol, para uma manhã fresca, nada como a brisa que entrava pela janela para embainhar seus sonhos, e ele fez questão de deixar as cortinas em uma posição adequada para escurecer o quarto, porém deixando-o refrescante. Saindo e fechando a porta, seguiu para a sala, sua concentração na esposa adormecida nem mesmo deu-lhe a percepção da filha já acordada no chão da sala a brincar com seu cachorrinho.
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  — Bom dia, princesa. — disse ele, ao se aproximar dela, e lhe dar um beijo no topo da cabeça.
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  — Bom dia, papai. — Molly sorriu de forma meiga para e