Ray Dias
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CAPA ATIVA ATÉ 10/07/2024

01: Esta fanfic nasceu de um jogo de RPG entre eu e algumas amigas fãs do BTS. Nós jogamos por um ano desenvolvendo o enredo de cada um dos nossos personagens/pares. Inspirada em tudo o que desenvolvi com ela durante o jogo, decidi escrever “Be”.
 
02: O nome da fanfic é o nome do álbum que o grupo desenvolveu na pandemia: “Be”. A palavra remete ao significado dela mesma: “ser” e em 2020, os rapazes criaram este álbum repleto de músicas que falavam dos vários sentimentos humanos que os atravessaram, em um período tão sombrio e tristonho mundialmente. Assim como as músicas que resgatam nossas esperanças, os desejos de viver, os medos e inseguranças, sendo o foco o “ser humano”; esta fanfic me inspirou a buscar no álbum a realidade dos personagens. Afinal, os “idols” que conhecemos nas fanfics tem uma vida real que desconhecemos e só podemos imaginar. Por isso, “Be” me impulsionou a escrever um enredo de pessoas persistindo por seus sonhos, vivendo sua juventude cheios de coragem e medo, mas também, a narrativa tem como ápice algo extremamente comum e que antes da pandemia havíamos nos afastado: a formação dos elos humanos entre o amor dos amigos e família. 
 
03: Para tentar ilustrar o máximo que posso, sobre a construção dessa história na minha cabecinha, eu criei um AESTHETIC no Pinterest para vocês. Não só estão ali as minhas referências, como estão alguns spoilers. Aproveitem o conteúdo extra! Link aqui: Pinterest .
 
04: Entre no meu grupo de leitoras no whatsapp.
 
 

DREAMCAST

 

Be

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23.

   e Chang foram acordados pelos telefonemas da recepção, cada um em sua suíte, informando-os de que já era meio-dia e o almoço deles seria servido às 13 horas e se queriam que fossem servidos no quarto ou no restaurante do hotel. Coicidentemente, os dois escolheram o apartamento. Levantaram-se ao mesmo tempo, e depois da higiente após despertarem, se encontraram no corredor que saía das suítes paralelas à sala comunal.
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  — Te ligaram no quarto também? — perguntou e Chang assentiu. — Vamos ao menos fazer um café, eu vi que tinha algumas coisas na cozinha ontem. Não dá pra começar o dia sem café.
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  — Viciada. — O amigo murmurou esfregando os cabelos e bocejando.
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   riu ao vê-lo despojado. Já tinha um bom tempo que ela não o via daquele jeito. A última vez que dormiu na casa dele, havia sido há alguns meses.
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  — Você avisou alguém da nossa chegada? O Hiro estava segundo ele, “parindo um filhote de gato” de tanta preocupação. — Chang comentou indo até a cafeteira, enquanto sentava-se à bancada do que seria uma cozinha estilo americana, mexendo no celular.
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  — Eu mandei mensagem agora de manhã para quem precisava mandar. Como estão as coisas por lá? Falei com ele, mas ele não comentou nada comigo.
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  — Ainda estão falando de você na internet, e por isso a ME está um pouco bagunçada. O setor de agenciamento não para de receber ligações de reportéres e estão encaminhando tudo pra minha sala, e aí já viu… Hiro e Eun Hee que estão responsáveis por nossos telefones, estão surtando. Precisamos conversar sobre isso, .
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  — Ai que droga viu! Isso que é ser famosa? — reclamou ela levando a mão à testa.
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  — É bem pior que isso, acredite. Mas, tomei a liberdade de dizer a eles que vamos conceder entrevistas quando voltarmos. De alguma forma, você terá que falar alguma coisa sobre isso, e bem… Precisa conversar com o Park sobre o ocorrido.
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  — É… Eu preciso, mas não queria ter essa conversa por telefone. Pensei em lidar com isso quando voltasse. Temos muita coisa pra fazer hoje! Queria ao menos manter a mente livre por estes dias.
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  — Assistiu a entrevista?
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  — Não! Entramos no avião e depois que chegamos, você viu… Tivemos aquela recepção toda.
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  Chang assentiu e pegou duas canecas servindo-as de café e apontou o celular que segurava em suas mãos, a indicando que visse logo.
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  Assim que terminou de assistir a entrevista do Jay, concluiu que, realmente não houve nada demais. Se não fosse a foto dela com a Jessie dando flagrante de que estava na festa do Gray, ninguém associaria nada. A culpa era toda do post no instagram.
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  — Eu não sei o que fazer, Chany. Quer dizer… Ficou bem claro que os rapazes falavam de mim depois que descobriram a foto com a Jessie no perfil do Okasian! Não vai adiantar eu mentir agora! — reclamou.
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  Chang bebeu um gole do café e depois mexeu a caneca assoprando-a. o encarava em expectativa de orientações e o chamou ao notar que era ignorada:
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  — Chang! Diz alguma coisa!
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  — Certeza? — perguntou e encarou-a sobre os óculos de seu rosto. revirou os olhos e então, o agente a encarou diretivo ao explanar: — E se era isso, exatamente o que ele queria?
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  — Está dizendo que o Jay fez de propósito?
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  — Não foi você quem me falou que, o Park apareceu na sua casa de surpresa quebrando seja lá o que for, do protocolo de vocês?
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  — Tá, mas isso é sério, Chany! O Jay não ia forçar um escândalo para assumir que estamos saindo!
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  — Não sei… — Chang deu de ombros — É você quem nunca quer envolvimentos sérios com seus parceiros, e são eles que se apaixonam quebrando a cara. Quem garante que ele não queria isso?
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   sentiu uma pontada de crítica sarcástica no comentário do melhor amigo que parecia, em momentos como aquele, não ter superado o fora dela.
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  — Chang, o Jay não faria isso. É imaturo!
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  — Ok, então só ligue para ele e veja o que vocês vão dizer à imprensa. Precisam contar a verdade ou combinar bem a história. Negar alguma coisa, realmente é o mesmo que chamar as pessoas de burras, seria problemático para sua imagem. Você não deve negar. E isso é mais do que um conselho, é uma orientação do seu empresário!
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   coçou o cabelo jogando-os para o lado, como fazia quando ficava estressada. Ela pegou a caneca de café e o celular e caminhou até a varanda do apartamento de cobertura. Era uma linda vista dali de cima. sentou-se em uma das espreguiçadeiras de lá, e discou o número de Park, levando apenas um pouco menos do que três minutos para ser atendida.
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  — ! — A voz do outro lado era animada, mas também ansiosa. — Baby, como você está?
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  — Jay… — murmurou soltando um muxoxo e na hora, Park soube que não era o melhor tom dela — A gente tem que resolver essa bagunça. Juro que não queria tratar disso por telefone e ainda mais hoje, mas, pelo menos uma prévia do que faremos é preciso ser conversada. A minha agência está uma loucura e como estamos viajando, meus subordinados é quem estão aguentando o estouro aí em Seoul! Como estão as coisas do seu lado?
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  — Não é algo que me afeta tanto, — mencionou ele com a voz séria, triste na verdade, por saber que gerou um estresse para ela — Esse tipo de rumor é algo que…
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  — Você está acostumado! — o cortou incisiva.
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  — Não. Não era o que diria. Esse tipo de rumor é algo que não dura muito tempo entre a minha base de fãs, ou sequer causa algum tipo de deturpação da minha imagem. As pessoas já entendem meu comportamento adulto de outra forma. O que está gerando tudo isso é que… Você é a novidade.
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  — A culpa é minha então? — Ela mencionou ultrajada sentindo que perderia a paciência, sem notar que estava interpretando as coisas de um jeito errado, um tanto movida pelas emoções estressantes — Eu que sou o problema? Qual é o lance? É o padrão? Porque até onde sei não é você a celebridade liberal que sai com estrangeiras e uma pá de mulheres, e ninguém se importa com isso? Então porque o problema sou eu, Jay? Desde quando sua vida amorosa escandaliza a Coreia?
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  — Baby, se acalma. — Ele pediu suspirando frustrado — Não estou dizendo que você é culpada de nada! Não é isso! É sobre você ser uma escritora que está ganhando fama por aqui e é um puta mulherão inteligente, então um cara como eu, ou melhor, com a imagem que eles tem de mim, não é o que esperavam de você. Mas tudo isso , é só a mídia filha da puta manipulando as coisas pra tentar provocar alguma reação sua e então pintar a sua imagem sob as artimanhas deles! Não tem nada de errado contigo, baby! Não é a minha imagem que estão tentando desvendar, é a sua. Foi isso o que eu quis dizer…
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   suspirou e mordeu o lábio. Respirou três vezes de novo, se controlando. Então voltou a raciocinar de modo mais calmo:
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  — Eu quero saber uma coisa Jay…
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  — Pode perguntar, honey… — Jay perguntou igualmente tenso como ela estava, jogado no sofá do apartamento dele enquanto a ouvia.
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  — Como está se sentindo com isso? Por acaso, era o que você queria?
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  Jay ficou mudo por uns segundos. Fechou os olhos massageando a têmpora esquerda, depois jogou a cabeça pra trás e pegou a almofada que estava ao lado dele e jogou em Okasian, que estava sentado com Gray na outra poltrona.
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  — Eu não me importo nada de sair dizendo pra quem for que estamos juntos , mas acredite, eu jamais tomaria uma decisão que é sobre nós dois, sozinho. Essa situação toda foi realmente um azar.
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  — Certo. Eu vou acreditar por hora. Acho que precisamos realmente conversar pessoalmente, mas no momento, temos que lidar com o problema de modo paleativo, que seja.
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  — Estou aberto a dizer o que você quiser, baby. Vamos fazer o que for melhor pra você, não quero te prejudicar em nada, sério!
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  — Tudo bem… — suspirou bebendo o café que havia repousado na mesinha ao lado da espreguiçadeira e depois de um breve silêncio, mencionou: — Não podemos negar, vai ser estúpido. A foto do Okasian e as indiretas entre você e o Gray, entregaram tudo. Mas, a gente pode falar que… Sei lá, se conheceu na festa do Gray? E que não rolou nada, mas identificamos interesses em comum…?
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  — Posso dizer que fiquei interessado em você, mas que não te chamei pra sair e nem estamos nos conhecendo ou algo do tipo, só que, temos amigos em comum. Por hora deve bastar.
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  — É, também acho que dá pra meter a Jessie nisso… Ela se dispôs a ajudar, e podemos dizer que é ela a amizade em comum, que tal?
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  — Não. A Jessie e eu somos brothers demais, vai ficar ainda mais na cara que ela fez ponte pra gente. E depois, que tipo de interesses vocês teriam em comum?
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  — Então o quê? Não é como se eu fosse próxima de ninguém da sua galerinha!
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  Jay sentiu que ela estava mais incomodada com aquilo do que ele gostaria de admitir.
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  — Seong! — Park falou pra ela, olhando ao amigo na sua frente que fazia sinal de positivo para ele aprovando a hipótese: — Não dá para dizer que conheceu ele naquele mesmo slam que eu também estava, mas como ele é meio metido a sensível, então dá pra dizer que vocês se conheceram em… — Gray apontou a mão como se folheasse um livro sibilando “manhwa” e então Jay entendeu — Já sei! Um evento de comics! O Seong lê e coleciona quadrinhos e HQS, e aí dá pra dizer que vocês se conheceram no…
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  — Festival Internacional de Quadrinhos de Buncheon! — respondeu o interrompendo achando a ideia boa. — É isso! Vou falar com o Chang e podemos soltar uma nota aqui, e você não faz nada. Caso ocorra de buscarem confirmação contigo, então você explica a mesma história.
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  — Vai colar, relaxa baby. Ninguém vai vir encher meu saco com nada disso. A mídia não liga para o que eu relato ou não, eles só me pintam como querem.
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  A voz de Jay também tinha uma pontada de chateação, não sabia dizer se era com ela ou com o ocorrido.
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  — Certo… Então eu vou te avisando… Você pode falar com o Gray? Avisa que eu agradeço e entro em contato com ele quando der, por favor. É que estou bem ocupada por aqui.
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  — Eu aviso, não se preocupe. Mas — Jay se afastou dos caras para falar com um pouco mais de privacidade — Você está legal? Está tudo certo com os preparativos por aí?
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  — Eu estou bem, baby… — Ela respondeu suavizando um pouco a voz, o que fez Jay soltar a tensão dos ombros — Tudo correndo bem por aqui, também. Ficamos muito cansados ontem, acordamos há pouco e já temos uma agenda cheia pro resto da tarde até a noite. Eu não devo entrar em contato por ligação de novo, apenas mensagem, ok?
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  — Ok! Só aproveite! Eu tenho um lugar favorito aí, quem sabe a gente não possa ir juntos um dia?
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  — Ah é? Que lugar?
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  — , a comida chegou! — Chang gritou de dentro do apartamento para ela.
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  — Phuket, é uma ilha linda! Mas, vai lá, eu ouvi o Chang te chamar. Se cuida, gostosa.
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  — Ah… — ficou um pouco surpresa com a coincidência, já que Phuket era justamente o lugar para onde ela iria, mas logo se despediu: — Beijo Park, se cuide também. Até depois.
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   mordeu os lábios, preocupada se a ideia daria certo enquanto encarava o celular em mãos. Depois que entrou, informou tudo ao Chang que logo após o almoço deles já prepararia a nota oficial para as redes dela, e encaminharia o mesmo texto para a agência.
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[xxx]

  O jantar aconteceu no Wat Arun, porém, achou que o Wat Arun mencionado era a atração turística, o templo famosíssimo de Bangkok, entretanto era um enorme prédio chique de mesmo nome e em frente ao templo. De onde ocorria o jantar, eles já poderiam ver o templo de frente, e quando subissem à cobertura para a festa estariam alinhados ao topo do mesmo. Foi um jantar tranquilo com os magnatas diretores, principais acionistas e donos não só da produtora que prestava serviço para a TGN, como o próprio presidente da TGN.
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   decidiu que iria vestida com o presente do Maurer para o jantar, apenas para prestigiá-lo, já que dentre os atores, ele era o único que estaria naquele compromisso social, assim como Mayoree, Chang e . Apesar de nervosa com a cerimônia, rapidamente percebeu que estava tudo entre pessoas de mesmo interesse naquele jantar da alta. E notou também o grande salto da sua carreira. Não é que ela achasse que o sucesso na Tailândia fosse menor dentre os territórios asiáticos, tampouco, que tudo o que ouviu sobre seu drama desde que chegara ali, tivesse sido “exagero”. Contudo, o sucesso que ela imaginou não chegara mesmo a um terço da realidade, e apenas diante de todos aqueles figurões parabenizando-a e tentando negociar com Chanyeol para que passasse a incorporar um quadro efetivo e exclusivo de escritores de elite da TGN & Produções, foi que ela notou a grandiosidade alcançada. Chang, ao contrário dela, não parecia nem um pouco surpreso ou sem graça com a maneira como se portar diante ao diálogo negociativo que pegou-a de surpresa. A escritora também descobriu porque a Mayoree e o Mario eram tão requisitados, cada um em suas funções. Eles estavam dentro daquele corpo do alto escalão do audiovisual nacional, do qual os grandes investidores lhe faziam tentar entrar também.
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  No fim do jantar, todos se despediram cordialmente, com simpatia e satisfação, apesar de não ter sido fechado nenhum tipo de acordo ou contrato por hora, pois, segundo Chang “os termos apresentados precisariam ser analisados e talvez rediscutidos no futuro, para então decidirem algo”. Algumas das pessoas ali presentes também iriam ao Edifício Wat Arun (EWA), para a tão esperada festa de encerramento do drama na emissora. E de novo, depois que saiu acompanhada de Chang, Maurer, Mayoree, e dois diretores da TGN & Produções, a escritora notou que os degraus que subira eram ainda mais altos do que pensava. Não era a explosão colossal que esperava em sua carreira de roteirista de dramas na Coreia, mas foi a explosão colossal na Tailândia. E conforme Chanyeol lhe disse enquanto estavam à caminho do evento: “todo este efeito atômico por aqui, vai ressoar em Seoul como uma bomba de escala positiva”.
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   trocou de vestido no próprio prédio em que estava, no toilet um andar acima de onde ocorreu o jantar privativo, pois, após ter solicitado aquele modelo estilístico de Lie Sang Bon, um vestido tão lindo e exclusivo preparado com meses de antecedência, não poderia deixá-lo na mala. Por isso, aproveitou-se do assistente de Mario Maurer que encaminhou de volta ao hotel, a peça anterior que foi presente de seu chefe.
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  — Obrigada Maurinho por solicitar essa ajuda com a troca de figurino ao seu assistente. — Ela informou enquanto subiam o elevador para o topo do EWA.
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  — Imagine! Linda como você é, tem mesmo que desfilar todos os modelos por aí. Além do mais, é muito atencioso da sua parte prestigiar o meu presente mesmo que já tivesse um Sang Bong.
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  — Eu não quis deixar de prestigiar o trabalho lindo do estilista escolhido por você também. — Ela sorriu e Maurer ficou silencioso a observando admirado.
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  O silêncio entre os dois não era constrangedor para eles, mas para Mayoree…
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  — Tenham consciência! — A diretora falou estalando o dedo polegar diante deles e ordenou: — Vocês devem ficar um pouco distantes lá dentro! Isso, claro, se não pretendem assumir um romance publicamente. Nem falo por você querida… — disse para com um sorriso e, encarou ao ator como uma mãe que bronqueia: — Mas falo por você que precisa de um babador diante dela! Por Deus, Maurer! Quem te ver com essa cara de bobo vai garantir manchetes!
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  — Nada contra se vocês querem viver um romance esporádico… — Chang interviu — uma amizade colorida ou seja lá como chamarem, mas concordo com a Mayoree que precisam ser mais discretos. As coisas já não estão calmas com o seu nome em Seoul, … E o Mario… Bem, é uma estrela assediada por aqui, então, ao menos vamos manter os burburinhos com seu nome por aqui na esfera profissional, sim?
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  — O que houve em Seoul? Por que as coisas estão confusas para você por lá? — Maurer perguntou surpreso, e Mayoree curiosa também se manifestou:
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  — Conte depois se a história for grande, chegamos ao andar do evento.
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  — Rumores românticos com certo rapper… — Chang comentou por alto, Mayoree assentiu saindo e o agente seguiu a diretora.
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   e Maurer ficaram no elevador ainda se olhando depois da soltada brusca de fofoca do agente. A escritora não estava culpada e nem sentia-se errada por nada, mas a expressão de surpresa de Maurinho a deixou curiosa por instantes.
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  — Surpreso? — Ela perguntou ao ator.
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  — Eu não esperava que ele fosse um rapper
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  — Como assim?
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  Maurer logo sorriu de canto, acariciou a bochecha dela e falou baixinho antes de sair:
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  — Mas não estou surpreso é claro… Eu te disse que você tem muitos admiradores… — mencionou e deu o braço para ela entrelaçar ao dele saindo do elevador.
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  — Tem certeza? Chegar de braços dados com você acho que é o tipo de indiscrição que os dois guarda-costas acabaram de pedir para não termos.
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  — Tem razão… Sendo assim, vá na frente. Entre com eles, e eu chego na festa um pouco depois.
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   sorriu agradecida pela gentileza do amigo, e beijou o rosto dele ao notar que estavam sós no corredor.
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  — Não é como se eu não fosse ter sua companhia integral de novo em algumas horas… — Maurinho sussurrou perto da orelha dela quando a mulher beijou-lhe a face.
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  Ela sorriu simples e deu as costas para Maurer. Ao virar o corredor do andar, deu de cara com uma enorme porta de salão aberto e Mayoree e Chang a aguardando na entrada, onde também estavam alguns fotógrafos oficiais do evento.
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  A vista da cobertura do edifício era magnífica! Estavam tão alto e a lua cheia era tão grande que parecia poder ser alcançada com as mãos facilmente. Chang e deram um olhar 360 graus em torno da extensão de todo o ambiente, onde celebridades, empresários, elite e importantes figuras do cenário de entretenimento e sociedade tailandesa encontravam-se entre sorrisos, drinques e roupas chiques.
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  — Este é mesmo um evento apenas sobre “Garota Ocidental”, Chany? — perguntou sussurrando, um tanto emocionada para o agente.
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  — Parabéns minha querida, esse é só o seu começo. Eu não vou descansar até cumprir minha promessa. — O amigo sorriu para ela erguendo de modo sutil a taça de champagne que acabara de pegar para ambos, convidando-a a dedicar um brinde com ele.
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  — Tampouco eu deixarei de cumprir a minha a você, Chany. Obrigada por ser parte importante disso tudo ao meu lado.
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  Havia mais do que uma parceria de trabalho naquele momento entre os dois. Era uma cumplicidade e uma amizade leal de duas pessoas que sonharam muitos planos juntos e começaram do zero aquele projeto audacioso, que agora os demonstrava suas primeiras colheitas frondosas.
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  Na festa, tornou-se de fato, a atração como já imaginava que seria. A mídia da Tailândia compareceu avidamente para registrar o evento, registrar a presença da autora, e não só pelo trabalho dela, mas principalmente por seu envolvimento com Mario Maurer que já era conhecido desde que o ator estivera em Seoul. Afinal, Maurinho não escondeu seus posts. Porém, diferente do que os jornalistas imaginavam, o casal manifestou-se publicamente apenas como amigos e não negaram que tiveram um rápido romance meses atrás, e que não eram nada mais do que bons amigos na atualidade. Ao contrário do que temiam e Chang, não foi direcionada a ela nenhuma pergunta sobre os rumores que circulavam em Seoul sobre ela e Jay. O foco estava todo em desvendar que aproximação teria a escritora com seu ator protagonista do drama. A declaração dos dois, juntamente ao comportamento amigável, distante e respeitoso que demonstraram entre si perante todo o público e câmeras do evento, bastou para que o rumor daquele pseudo-romance não tivesse mais força do que o próprio sucesso do drama. Era como Chang a dissera: “se der menos importância à fofoca do que eles, ela perde a força”.
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  Após a festa, partiu com Chang de volta ao hotel, embora apenas tivesse ido buscar suas coisas e despistar a imprensa.
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  — Certeza que não vai comigo, Chany?
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  — , eu sei bem que intenções o Maurer tem e não serei eu quem irá até a mansão dele ficar de vela.
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  — Oras, mas que bobagem! E quem te disse que vou ficar com ele?
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  — Pra cima de mim?
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  Chang riu terminando de afrouxar a gravata enquanto entravam no flat do hotel, e segurou a peça desfazendo o nó, e manhosa pediu:
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  — Por favor, Chany! Você não tem nada pra fazer aqui sozinho!
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  — Deixa para a próxima, eu te espero no aeroporto para tomarmos o voo de volta! — Ele sorriu afastando a amiga depois de beijar o rosto dela, e evitar o contato visual.
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  Chanyeol evitando o contato visual dela só significava uma coisa: ele estava escondendo algo.
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  — Seu mentiroso! — o acusou — Você tem planos ou está me escondendo algo!
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  — Ok… — Chang pigarreou e sem graça suspirou ao retornar da “cozinha” do flat com um copo de água: — Eu tenho planos.
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  — Quem é ela? E por que não me contou!?
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  — Bem, digamos que eu não imaginei que aconteceria um convite quando chegasse aqui… Eu te conto tudo na volta!
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  — Sabia! É a Anyarin, não é?
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  Chang sorriu e assentiu, recebendo um gritinho alegre da amiga e uma tentativa falha de enchê-lo de cócegas, mas como sempre falhando. Chany pegou a amiga a colocando em suas costas e correu com ela para a suíte da mesma, protestando:
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  — Para de ser fofoqueira e vai logo se arrumar pra ir conhecer a tão esperada ilha! O Maurer não deve demorar para surgir aí no hotel e te sequestrar.
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   se arrumou e por volta das três e meia da madrugada, ela estava entrando no carro de Maurer com parte de sua bagagem, já que Chang levaria o restante para o aeroporto onde se reencontrariam dali um dia. Maurinho dirigiu até um aeroporto particular e logo os dois entraram no jato do ator rumo à ilha. Naquele instante, tivera certeza de que Mario Maurer não era apenas um ator comum. De fato, o homem construía riquezas.
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  Eles chegaram em Phuket por volta das cinco da manhã e sequer precisaram de mais viagens, pois, o jatinho de Maurer pousou no aeroporto particular de sua propriedade na ilha. Um funcionário o aguardava com um de seus carros, onde o ator pegou as chaves e dirigiu até sua mansão. Do aeroporto até a casa de Maurer foram quinze minutos. Assim que chegaram, funcionárias os receberam levando suas coisas para dentro e uma governanta avisou que o café da manhã estava preparado como ele pedira.
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  A escritora entrou na mansão que ficava no topo de uma pedra grande, entre a mata e a praia. Viu a floresta densa atrás da mansão, e a praia de frente para a varanda principal da mansão e ali do alto era como sentir-se escondida no paraíso. Maurinho avançou à varanda, onde a mesa do café estava posta e abraçou por trás, que estava escorada no cercado de vidro da varanda observando a praia e apontou para ela o lado aonde ficava o seu resort. Há alguns metros da praia, um pouco distante da propriedade particular dele, depois de um píer e onde muitos coqueiros podiam ser vistos, exibia-se a construção beira-mar do que era o resort de Maurinho.
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  — Uau! — sorriu entrelaçando os dedos de sua mão, à mão dele que estava sobre seu ombro em um abraço ladino — Isso é realmente o paraíso!
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  — Então não deixe de olhar a linha do horizonte. — Ele falou sorridente para ela apontando o Sol nascendo tímido sobre a linha do mar — Vamos tomar café da manhã enquanto apreciamos esse nascer do Sol!
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  Os dois sentaram-se à mesa posta na varanda e sentiu que aquele era seu novo lugar favorito no mundo!
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  — Estou apaixonada, Maurinho!
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  — Por Phuket, ou isso é uma confissão? — Zombou o amigo.
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  — Eu estou falando da ilha, embora… — pensou em Taehyung e deixou a frase morrer. Sequer sabia o motivo pelo qual o rapaz viera em sua mente naquele momento.
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  — Embora…? — Maurer a encorajou, deixando de comer para dar atenção e olhá-la fixamente. — Tem a ver com o tal rapper?
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  — Aish… — murmurou sacudindo a cabeça de um lado para o outro, olhando toda a vista linda à sua volta e murmurando: — Eu nem sei porque estou pensando em como seria legal visitar esse lugar com ele…
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  — Então é sobre o rapper? — Maurer perguntou com o cenho franzido, entendendo que falava de alguém que não era ele, mas também não sabia se era o suposto affair coreano dela.
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  — Não. É outra pessoa… — Ela suspirou e riu sarcástica: — Eu devo estar alucinando de tanto beber aquele drinque colorido na festa! Afinal, que ideia! Nem tenho motivo pra estar tão envolvida por ele… Que…
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   murmurou e logo silenciou. Maurer a analisava em silêncio, e ela, olhando a linha do horizonte declarou:
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  — Eu não sei porquê, mas esse lugar é a cara do Tae. Acho que é por isso que eu me lembrei dele… Ou estou mesmo ficando louca.
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  — Que tal me contar tudo do começo? Eu estou curioso para saber quem é esse que está tirando sua atenção de mim em um momento como este, e quem é o tal que te envolveu em um escândalo e se são a mesma pessoa ou não. — O amigo falou de modo calmo.
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  — Ai desculpa! — caiu em si da gafe que cometia em falar e pensar em Taehyung sendo que o amigo sequer fazia ideia de quem fosse — Era pra eu estar curtindo nosso café da manhã com você ao invés de ficar falando de outra pessoa!
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  — … — Maurinho pegou a mão dela sobre a mesa e beijou os dedos da escritora e sorrindo confessou: — Eu não ligo se quiser falar dos seus casos comigo. Nós dois vivemos algo muito bom, apesar de breve, e claro que eu adoraria continuar, mas eu não me importo se você quiser ficar comigo enquanto está aqui ou se quiser separar as coisas e ser apenas uma amiga. Então, não fica achando que eu te convidei para cá, apenas para ser sobre nós dois, tá? Pode falar comigo sobre o que quiser.
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  — Você é incrível Mario. — falou beijando a mão do amigo de volta — É mesmo uma pena que nossa química seja tão boa, mas seja apenas isso.
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  — Achei que o problema eram nossas vidas e compromissos distantes, e não o sentimentalismo. — Maurinho zombou risonho.
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  — Isso também, é claro.
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  — Ok! Termine de tomar seu café e me conte tudo sobre esse carinha!
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   suspirou e retomou o olhar para a linha do horizonte, virou o café em sua xícara e em seguida pegou o iogurte que havia sobre a mesa, já fazendo sua habitual taça de salada matinal, com as frutas picadas que também estavam ali enquanto contava tudo desde o começo para Maurer.
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  Depois que falou para o amigo sobre como e quando conheceu Tae, do quanto ele mexia com a imaginação dela, e do quanto ela pressentia com ele uma história de amor que sequer poderia explicar de onde vinha, ela também contou que estava começando a estranhar aquela conexão que sentia por um cara que claramente ela nem havia beijado!
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  — Agora as coisas fazem sentido… — Maurer sorriu.
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  — Do que está falando?
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  — Ele não tirava os olhos de você naquele programa, e eu percebi que andou me observando quando estávamos juntos. O garoto do BTS vinha assistindo os meus stories apesar de não me seguir no instagram.
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  — Ele stalkeou você? — perguntou confusa e Maurinho riu explicando:
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  — Eu imaginei que isso aconteceria no mesmo dia em que te chamei para sair no final do programa. Ele não sabe disfarçar, estava bem curioso a seu respeito. Mas é estranho que ele não tenha feito nada. Por que?
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   também contou das confusões geradas entre ela e Yoongi que levaram Taehyung a se afastar, e do seu envolvimento com Park que para ela era só uma diversão gostosa e consensual, e do que gerou a fofoca antes de sua viagem. Maurinho escutou tudo e àquela altura, o Sol já estava inteiramente no céu e os dois haviam terminado de comer, quando ele começou a trazer suas leituras sobre o cenário:
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  — Primeiramente, acho que foi ótimo você ter vindo passar esse dia aqui comigo. Phuket vai te ajudar a se concentrar só em você, . A ilha é um lugar ótimo para um retiro…
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  — Pena que não terei tanto tempo assim…
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  — Mas o pouco que ficar aqui, vai ser especial. Deixa comigo! — Ele prometeu piscando pra amiga e sorridente continuou dizendo: — Em segundo, o Jay Park é um dos hóspedes VIPS do resort, então eu o conheço. Embora não sejamos próximos, mas sei bem como ele é… E realmente é um cara diferente do que dizem. É tranquilo, focado no trabalho dele, geralmente vem para cá se isolar e descansar, gosta de aproveitar e curtir a vida inteiramente, mas não acho que seja esse tipo de canalha que o Chang e Yoongi te pintaram. O cara é mulherengo? Talvez seja. Mas, você disse que entre vocês há uma relação madura de diálogo, não é? Então, não acho que precise se preocupar com essa fofoca da mídia. Talvez, ele esteja certo e o apelo no momento seja por sua causa e não dele, afinal, você viu como foi o evento ontem não é? Seu nome está ecoando, , essas coisas poderão acontecer mais vezes com qualquer pessoa que seja envolvida a você.
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  — Tem razão! Depois de ontem, percebi que esses rumores podem acontecer até com o próprio Yoongi se nós não tivermos cuidado. O Chang acha que o resultado de ontem vai reverberar na Coreia.
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  — Não tenha dúvida disso! A indústria do entretenimento asiático está sempre de olho uns nos outros. E se tratando de BTS… Sugiro que tenha mesmo cuidado, porque isso com o Jay Park não é nada comparado ao que seria se fosse um daqueles caras. Eles estão bem populares, e eu acho que não vai parar por aí.
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  — Você diz isso porque conhece o trabalho deles ou porque sabe de alguma coisa?
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  — Como eu disse, os figurões estão sempre atentos e o grupo deles é uma grande promessa da Ásia. A empresa deles tem interesse em explorar essa popularidade atual a nível mundial. Eu não acho que a BigHit vai querer deixá-los em um frasquinho coreano. E como grandes artistas que sei que eles são, acredito que os garotos também vão desejar estourar a bolha.
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  — Não me resta dúvida do motivo pelo qual você estava entre os figurões ontem e porque você é tão cotado por aqui ao te ouvir falar assim.
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  — Digamos que eu tenho meus interesses na indústria para além de ser um ator dentro dela… — Maurer sorriu piscando para a amiga. — E sobre o Taehyung…
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  — Me diz que eu tô louca, por favor, Maurinho? — A amiga disse em tom de manha. — Eu estou doida de me apaixonar por ele não estou?
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  — , paixão, amor, não tem explicação. Uma é algo físico, outro é algo cósmico. Acho que você está sim apaixonada por ele, e alimentando uma esperança de que algo físico se torne uma conexão maior. E o fato de você ainda não ter vivido nada com ele só aumenta essa sua expectativa aventureira.
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  — Expectativa aventureira? — Ela indagou e viu o semblante prático com um sorriso esperto do amigo soando-lhe como a ficha que não cairia em sua cabeça sozinha, então ela exclamou: — Maurinho… Sabe que faz sentido?! Total! É isso! Eu estou com fixação na ideia de viver uma aventura romântica com o Taehyung!
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  — É o que eu acho. Você é uma romântica, . Mas, não gosta de se prender no que é inseguro, então não vê problemas em se aventurar de forma madura como faz com o Park. Porém, não podemos negar que há algo nesse Taehyung que mexe com você e mistura esses seus impulsos de romance, paixão e defesa.
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  — Você vai cobrar caro pela consulta, Dr. Maurer? — A escritora zombou pelo modo quase “psicólogo” que havia na forma de falar do amigo.
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  — Pra você vai sair barato, basta me deixar te permitir relaxar enquanto estiver aqui… — Maurer confirmou.
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  — Eu deixo, claro que deixo! — Ela sorriu e se levantou da cadeira que estava sentada indo até ele, que também estava sentado na cadeira dele e sorria a observando curioso. se abaixou o abraçando pelas costas e beijando o rosto de Mario agradeceu: — Vai ser bom colocar a mente no lugar aqui, obrigada por me proporcionar esse descanso, Maurinho.
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  — Não vai descansar demais, temos que aproveitar! — Ele disse beijando o braço dela que estava envolto em seu pescoço e logo afastou-a para ele ficar de pé, e puxou para um abraço a fazendo o encarar ao dizer para ela: — A verdade é que você só vai entender que sentimentos têm pelo Taehyung quando vocês dois tentarem viver alguma coisa. Enquanto ficar nesse morde e assopra, tudo não passa da imaginação rodeada de diversos “e se?”. Tente dar um intimato nele! Não é possível que ele vai deixar passar uma mulher como você! Burro eu sei que ele não é!
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  — Ai Maurinho, só você… — riu com o jeito como o amigo falou — Eu não acho que ele seja burro. Na verdade estou em dúvida entre o gênio ou o covarde.
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  — Gênio?
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  — Ele está conseguindo me manter presa a ideia de homem difícil dele, não é?
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  — Hm… É verdade, mas até o charme tem limite. E você está chegando no seu, não é? Sem falar que não é como se você não fosse cheia de opções.
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   assentiu e logo um funcionária se aproximou perguntando se poderia retirar a mesa e o que deveria servir de almoço. Maurer deu instruções devidas e os dois não demoraram a curtir a visita de à ilha. Maurinho mostrou a ela o vilarejo, o resort, as praias, inclusive, levou à praia de naturalismo. Uma experiência que ela jamais imaginou que viveria, mas achou fantástica! O que seus amigos coreanos diriam quando ela contasse que praticou o tal “naturalismo” andando peladona ao lado de Maurer em uma praia e que não eram os únicos?
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  Além dos passeios turísticos, Maurer estava certo quando disse que Phuket era uma boa forma de realizar um retiro. Na última noite dela na Tailândia, depois de passear e aproveitar a presença do amigo de uma forma tão gostosa e cúmplice, pôde passar um tempo a sós com os próprios pensamentos enquanto caminhava na praia. Maurinho havia ficado na mansão, observando-a da varanda e pensando o quanto ela era uma mulher incrível e merecia ser feliz. Ele mentiria se dissesse que não havia se apaixonado por ela meses atrás, — daquele modo instantâneo, tipo “crush de viagem” — quando os dois estavam em um caso romântico. No entanto era só uma paixão. Era química e admiração. Não era amor. Depois da conversa franca que ela tivera com ele lhe contando sobre a sua vida na Coreia, Maurer percebeu que era sensível e buscava sim, o tipo de romance que a própria escrevia. Contudo, era uma mulher pé no chão o suficiente para acreditar em promessas vazias e por isso, a falta de atitude do tal Taehyung doía tanto nela. Ela não acreditava nas palavras mais do que nas ações, e quando conversaram sobre aquilo àquela tarde a resposta que ela lhe deu, fazia absoluto sentido. Maurer observava a amiga caminhando na praia entre as tochas das lareiras fincadas na areia e concentrada em olhar o mar enegrecido pela noite refletindo apenas o brilho da lua, e torceu para que ao retornar para Seoul, estivesse mais tranquila e descansada. E claro, que as fofocas com o nome da amiga não tirassem o foco dela na própria carreira que ela vinha cumprindo tão bem há tanto tempo.
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  Lá na areia, sentia a maresia do mar sendo trazida pelo vento da noite, batendo em suas narinas e pele de um modo tão nostálgico quanto poderia descrever. O mar, tinha para ela, cheiro de casa. Cheiro da família e de parte da sua vida no Brasil, uma parte que ela sentia muito carinho e saudade. Quando já havia dado uma longa caminhada ao longo da extensão da praia, ela retornou e sentou-se na areia entre dois postes das lanternas de querosene. Já estava de frente para a mansão, então olhou para trás e avistou a figura de Maurinho na varanda a olhando. Sorriu e embora tivesse amado a companhia do amigo, ainda queria mais um tempinho sozinha. Então olhou para o mar de novo, e pensou em todas as conversas tidas com ele até ali. Maurer era um homem e tanto! Tão livre, tão certo, tão seguro, tão focado, tão talentoso, tão… Tudo! Ele era uma daquelas pessoas de ouro na vida de quem quer que o tivesse. Maurinho era tranquilo, era uma pessoa calma, mas que se entregava com intensidade no que fosse: da amizade aos relacionamentos. Do trabalho ao lazer. E soubera desde que eles ficaram juntos na Coreia, que aquela seria uma amizade longa e quiçá eterna, se assim os dois quisessem. Sem a menor dúvida, Phuket era o novo lugar preferido de , não só por toda a beleza paradísiaca local, quanto pelas experiências adoráveis que ela vivenciou naquele curto tempo ali com o amigo.
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  Além disso, a ilha a proporcionou reflexões próprias. E suspirosa, ela recordou-se do momento em que Taehyung lhe surgiu à mente quando ela, ali chegou.
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  Por que a ilha fazia ela sentir a presença dele? Por que quando se viu na casa de Maurer a primeira pessoa a lhe vir na mente foi o Taehyung? Por que enquanto caminhava na praia, ela só conseguia pensar em como seria caminhar ali com ele? Por que ela só pensava cada vez mais no que não viveu com o rapaz? Que esperança e necessidade de aproximação estranha era aquela que sentia por ele? Por que os boatos com Jay a incomodavam tanto se eles estavam vivendo algo tão tranquilo e certo? O conforto de uma boa relação com Park não deveria ser mais desejada e “adequada” do que a instabilidade de um “não saber o quê” com o Taehyung? Que tipo de mulher inteligente, bem resolvida e madura escolheria incertezas imaginárias do que as certezas declaradas? Se tivesse que escolher entre a emoção cega e o conforto de saber no que pisa, o que ela escolheria?
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  Tudo aquilo lhe fazia repensar as palavras de Maurinho mais cedo para ela: “Você é uma romântica, . Mas, não gosta de se prender no que é inseguro, então não vê problemas em se aventurar de forma madura como faz com o Park. Porém, há algo nesse Taehyung que mexe com você e mistura esses seus impulsos de romance, paixão e defesa”. Será que era aquilo? Uma aventura romântica, que ela esperava viver com Tae? Seria por isso que ele não saía da sua cabeça? Na busca por tentar compreender aqueles sentimentos, ela esbarrou em outro momento de seu diálogo com Maurer ao longo da tarde daquele dia de estadia:
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  — Você não acha engraçado que, quando se trata de amor você escolhe não acreditar em conto de fadas, embora esteja vivendo um?
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  — Eu? — riu terminando de beber a água de coco que haviam comprado enquanto caminhavam no vilarejo — Vivendo um conto de fadas, Maurinho? Baseado em quê?
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  , olha pra sua vida! Você é um sucesso dentre os novos nomes de mulheres roteiristas da atualidade aqui na Ásia. Uma grande promessa! Ainda não entendeu a magnitude disso?
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  — Mas, isso não é conto de fadas…
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  — Você parece ter saído de um filme clichê, . Admita. Saiu do seu país na América Latina, chegou na Coreia, lançou um mangá que te trilhou caminhos de sucesso até aqui, conheceu os seus ídolos da música coreana, se envolveu com alguns deles, viajou para outro país onde seu nome é uma promessa… Isso não é como um conto de fadas?
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  — E o trabalho? — Ela falou séria, embora sorrisse amigável para Maurer: — Nada aconteceu magicamente, Maurinho. E tudo o que eu deixei para trás? E tudo o que eu investi até aqui? E tudo o que eu tive que passar para conseguir um mísera oportunidade? Pode ser que as pessoas certas que surgiram no meu caminho, como o Chang, tenham sido golpes de sorte ou boas artimanhas de uma fada madrinha do destino… Mas… O mérito de cada escolha bem ou malfeita é meu.
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  — Tem razão. Eu não quis invalidar seu esforço, me desulpe. Eu só estava tentando demonstrar a metáfora de que… Tudo isso poderia ser uma história de livro, e você está vivendo na realidade. Então, porque ser tão “realista” quando se trata de romance? Você escreve romances mágicos que entretem suas leitoras e leitores, e agora… telespectadores, mas… Lida de um jeito um tanto prático e pouco fantasioso com seu próprio romance.
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  — Você está falando isso pelo modo como eu agi com você? Ou se trata do que eu te contei que há entre o Park e eu?
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  — Os dois… — Maurer disse parando em uma das barracas da vila por onde caminhavam e puxando um vestido artesanal de fio de seda tailandesa, o colocando na frente do corpo da amiga — Vai ficar lindo em você. Vamos levar. — Maurer comprava a peça da artesã conterrânea que não parava de dizer a ele como era bonita a moça ao lado e tentar vendê-lo mais coisas, que ele acabou comprando.
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  — Você vai gastar todo o seu dinheiro em cada barraquinha que a gente parar, Maurinho? Eu não quero ter que pagar peso extra de bagagem, aliás.
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  — É que eu não consegui dizer “não” para ela. São só uns artesanatos pequenos, nem vão dar volume, vai!
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   riu observando que realmente, os brincos, colares, aneis, pulseiras, tiaras, vestidos, lenços, e pequenos souvenirs que eles vinham comprando entre as barracas eram pequenos, mas certamente juntando com os presentes que ela estava levando para os amigos, dariam uma mala extra!
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  — Pode me explicar melhor o que quis dizer? — Ela retomou o assunto com o amigo.
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  — Você deixou tudo muito bem esclarecido comigo, e fez o mesmo com o Park. Como se deixar-se levar por qualquer emoção ou conto de fadas fosse errado. Ou como se estivesse guardando o espaço da loucura em seu coração para alguém.
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  — Bem, é só que… Você e o Jay foram bem francos em suas expectativas. O que nos uniu foi um desejo físico, uma paixão curiosa e só.
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  — Justamente. — Maurer parou de caminhar a fazendo parar e prestar a atenção nele, enquanto a encarava fixamente analisando-a: — Foi “só” porque você quis assim. Ao menos comigo, em nenhum momento você deixou rolar. Apesar de usar esse discurso.
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  — Como assim? Achei que tinhamos nos entendido bem quanto ao não criar expectativas vazias. Que sermos diretos um com o outro era o melhor.
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  — E era. Mas, não é exatamente isso o curioso? Você não se jogou . Não se jogou comigo, e não se joga com o Park pelo que me disse. É como se estabelecer os limites fosse importante pra evitar a frustração, mas você não percebe o quanto isso também é determinante para, até onde pode-se chegar com você.
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  — Maurinho… Espera… O que você está dizendo? Tem alguma coisa que eu tenha feito que o chateou?
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  — Não, … — Ele riu e soltou uma das bolsas na outra mão e puxou a mulher em um meio abraço, risonho. tinha a testa vincada em confusão e ele tocou o meio da testa dela com o polegar depois de se afastarem, como se tentasse suavizar aquele semblante de dúvida enquanto a explicava: — Eu só estou querendo dizer que é curioso e engraçado o quanto você é racional e pé no chão com seus amores, ao invés de ser destas pessoas intensas que só pensa depois no que vai fazer ou viver, como as personagens que você escreve. Entre a escritora romântica e a mulher romântica há uma confusão. Não é a toa que você espera que o Taehyung aja como um dos seus personagens que só se joga no desejo do que sente, porém não perceba o quanto é cautelosa quando se trata das suas próprias ações.
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   ficou parada observando o nada tentanto ponderar o que o amigo havia dito. Tentando saber se entendia o que ele dizia, ou se Maurer havia dito algo sem sentido para ela.
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  — Eu só não entendi uma coisa… — Maurer voltou a falar depois de soltar aquela percepção sobre ela. — Se você está se jogando no Taehyung como esperava que ele fizesse de volta, por que se envolveu com o Park se refreando desse jeito? O rumor do namoro com o cara que está indo numa boa te incomoda mais do que o possível desinteresse de Taehyung. É como se você não acreditasse que o romance tão esclarecido que você tem com o Park fosse dar em algo de verdade, enquanto ao contrário, “o nada” que você vive com o Taehyung fosse ser o seu maior amor do futuro. Mas, nesse seu enredo, o Tae é o personagem misterioso enquanto o Jay Park é aquele que declara o que sente abertamente, mesmo quando não fala. Percebe o que eu quero dizer?
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  — Olha, em minha defesa… Eu não sei se te entendi, mas… Se trata de responsabilidade afetiva com o outro sabe? E comigo também. Mas, não sei se faz sentido isso que você diz sobre eu esperar que o Tae se jogue… É só que… Sei lá, parece que tem uma força que nos empurra um para o outro, e ao mesmo tempo nos impede de nos alcançar e isso mexe comigo. Me confunde!
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  Os dois já haviam voltado a passear e chegaram ao restaurante onde iriam almoçar. Então, enquanto se acomodavam na mesa e faziam o pedido, pensou um pouco rapidamente sobre aquilo que ele disse. E respondeu ao Maurer como se fizesse algum sentido:
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  — Sei lá. Eu não sei se compreendi os personagens ainda, ou se não entendi direito o que a protagonista desse enredo realmente iria querer. O que eu sei, Maurer, é que quando se trata de palavras, dizer é sempre mais fácil.
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  — Como assim? — ele perguntou ansioso, sem deixá-la terminar.
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  — As palavras são para mim, uma grande arma. Qualquer um que souber manipulá-las bem, tem qualquer jogo na mão. Por isso, eu nunca acreditei nas palavras que me dizem. Eu acredito nas ações. O que uma pessoa faz por você é muito mais sincero do que, o quê ela diz a você. Talvez seja porque eu escreva e saiba bem como criar qualquer sentimento baseado no meu jogo de palavras, e isso é um tanto perigoso, sabe? Isso nos dá poder de manipular as pessoas, suas mentes ou sentimentos. Não seria um tanto burro que uma escritora confiasse nas palavras de outras pessoas?
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  Maurinho não a contestou. Ele não soube o que dizer diante daquilo. Embora tenha dito algo:
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  — Eu não sei se compreendo o que você quer dizer, mas eu entendi que quando se trata de gestos eles são mais palpáveis que palavras. Então, acho que tenho uma certa noção do que você diz e concordo.
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  Os dois sorriram um para o outro e mudaram de assunto falando sobre a ilha, sobre as artes vistas, sobre as compras, e os próximos programas que fariam.
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  O pio de uma ave noturna perdida na praia ecoou cortando a vastidão daquele silêncio, atravessando os pensamentos de que, como em um despertar se distanciou das memórias daquele passeio e conversa com o amigo. Ela notou que estava esfriando mais e se levantou da areia, retomando a caminhada de volta para a mansão, ouvindo o sussurro das ondas do mar como se fossem seus próprios pensamentos. Olhou para cima e ainda viu que Maurinho a observava de pé escorado na vidraça da varanda. Ela acenou para ele e sorriu.
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  Enquanto subia, ainda martelava em sua mente uma coisa: havia dito para ele que gestos eram mais importantes do que as palavras. Então, o que ela vinha entendendo dos gestos do Park e do Tae? E o que as palavras ou ausências delas, de cada um lhe diziam? Quando chegou no topo da varanda, viu Maurinho de costas, ainda olhando a praia e bebendo seu uísque e ali do portãozinho de entrada ao acesso lateral pelo qual havia subido, ela decidiu que analisaria as intenções de Jay e Tae depois, com calma. No momento, só queria não pensar em nenhum deles.
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  Se aproximou de Maurer e se encolheu sentindo frio. O amigo notou-a friorenta, e estendeu a ela seu copo de uísque. Em silêncio, um do lado do outro, olhando pra praia, ela bebericou o drinque puro, ele foi até a espreguiçadeira que havia ali puxando uma manta e envolveu o corpo dele e o dela dentro do tecido, em um abraço carinhoso.
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  — Posso te aquecer? — Ele perguntou ao ouvido dela.
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  — Claro que pode. Eu bebi toda a sua dose. — Ela respondeu sacudindo o copo dele.
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  — Já vou pegar mais pra gente, mas antes me diz se você está bem.
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  — Eu pensei um pouco em tudo o que conversamos. — explicou repousando a cabeça no peitoral dele e fazendo Maurer a abraçar ainda mais apertadinho — Mas acho que não deu tempo de tirar muitas conclusões.
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  — Você não precisa tirar conclusões imediatas, reflexões são melhores se degustadas aos poucos. É como as melhores coisas… Bebidas, carinhos… O que importa é que você possa digerir com calma as coisas, começar a organizar.
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  — É tem razão. Não dá para querer fazer da vida um miojo. Resolver tudo em três minutos.
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  Maurer riu da analogia da amiga, ela riu também e se virou dentro do abraço para ficar de frente para ele, ao dizer:
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  — Mas há algo em que eu consegui pensar bem e me reorientar.
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  — É? O quê? — perguntou animado com um sorriso largo tão encantador quanto poderia ser.
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  — Minha carreira. Eu entendi o passo grandioso que foi dado aqui, Maurinho. E estou pronta para continuar subindo as minhas escadas, e dentre todos amores apenas um eu não vou abrir mão.
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  — Qual?
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  — O amor próprio. — Ela disse certeira e suspirou séria ao dizer: — Se não tiver um romance arrebatador ou doce, se eu não vivenciar o que eu escrevo, ao menos, quero sentir por mim tudo o que os outros não sejam capazes de sentir. Esteja eu só, ou acompanhada, meu amor próprio seguirá a cada passo que eu der. E a minha carreira é uma parte disso, do meu amor por mim. Da minha busca pela felicidade.
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  — Entendo. — Maurer sorriu acariciando o rosto dela: — Isso é o mais importante , porque se você acreditar no que eu digo, você só ficará sozinha se realmente quiser. Você é uma mulher que qualquer pessoa gostaria de ter ao lado. E eu tenho certeza que eles sabem disso.
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  — Vai ver é por isso que alguns podem querer pular do penhasco e outros se esconderem na caverna. — compreendeu e então retomando a decisão de não pensar em Tae ou Jay, ela sacudiu a cabeça e acariciou o rosto de Maurinho.
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  — E outros estarão prontos para caminhar no seu passo, ao seu lado ou aguardando-a no seu ponto de chegada.
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  — Isso é uma confissão, Maurer?
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  — Eu sempre estarei disponível com toda a nossa química e amizade, seja o que for que você queira : um amigo, um amante ou um sequestrador para te trazer a este paraíso chamado Phuket.
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  — Eu desejo que não espere eternamente, Maurinho. Você merece um romance melhor do que qualquer coisa que eu venha a escrever.
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  — Até que isso aconteça de verdade, se é que vai acontecer, eu me contento em atuar os seus dramas, escritora. — O amigo falou despreocupadamente.
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  Em seguida Maurer saiu do abraço de e foi buscar outra dose de uísque para os dois. Ela o seguiu ainda enrolada na manta para dentro da casa, e quando o amigo virou-se para entregar a bebida, perto do barzinho, a mulher perguntou:
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  — Podemos dormir juntos hoje?
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  — Só dormir? — Ele também perguntou, risonho e entregando o copo dela.
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  — Com você? Claro que não, Maurer! — sorriu largamente a amiga — Até porque…
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   deixou o próprio copo sobre um móvel próximo e puxou Maurer pela mão o guiando para o sofá da sala onde depois que ele caiu sentado, ela passou as pernas por cada lado do corpo dele sentando em seu colo e o abraçando; acariciou o rosto dele com o indicador rompendo o silêncio tenso da sedução entre os dois:
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  — Até porque vai saber quando é que vou poder matar a vontade de você de novo…
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  — Juro que eu achei que fosse embora da minha ilha sem me deixar te provar de novo, … — sussurrou Maurer, deixando o copo no aparador de vidro atrás do sofá.
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  — Eu também achei, Maurinho… — sussurrou ela de volta e então os lábios dos dois se tocaram de forma lenta e calma.
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  O beijo foi calmo e os carinhos dos dois era confortável como só o carinho de duas pessoas que se curtem e não esperam nada uma da outra poderia ser. Não era a voluptuosa luxúria comum entre ela e o Park, não era como o amor transcendental que ela imaginava e pior — esperava que fosse ser — entre ela e Taehyung. Era como brisa de verão: fresca, mas com consciência passageira.
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[xxx]

  O retorno para Seoul foi repleto das reflexões que iniciaram na praia. Durante o voo, Chang dormia porque também havia aproveitado bastante a última noite com Anyarin e assim que soube, fez questão de pertubar o amigo com cobranças sobre aquelas fofocas. E por mais que ela também quisesse compartilhar com ele como foi o passeio em Phuket, o amigo estava bem cansado. Ela olhou o rosto tranquilo do agente dormindo na poltrona do avião ao seu lado e sorriu.
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  — Nadou de braçada, como diria meu pai… — Ela sibilou para si observando Chang e retornou a olhar para janela do avião e entre nuvens e nada mais do que nuvens, pensava.
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  Avaliava quais seriam as notícias ao retornar para Seoul, não só sobre o lance com Park, como sobre sua carreira. E como as coisas teriam ocorrido na agência? Quais seriam seus próximos passos de trabalho? E principalmente… Quais seus próximos passos sobre Jay Park? Continuaria deixando as coisas acontecerem sem qualquer compromisso?
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  Era mesmo aquilo o que ela queria? Ou, aquele princípio de comichão esclarecedor gerado em Phuket, estava certo sobre não ser um caso sem compromisso o quê ela esperava, e sim, um romance que pudesse fazer subir degraus de aventura e vontade de viver tal como ela fazia em sua carreira?
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  E se fosse aquilo… Taehyung daria conta? Ainda tinha um encontro marcado com ele para quando voltasse… Que atitudes ele teria? E que atitudes ela também gostaria que ele tivesse?
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  As perguntas eram ainda maiores no retorno à casa do que teria sido na vinda para a Tailândia, ao se tratar dos rapazes em sua vida. Por isso, lhe parecia ainda melhor pensar apenas em trabalho. Porém, precisava dormir um pouco mais para chegar em Seoul com a corda toda.
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   abaixou a máscara sobre os olhos, fechou o visor da janela do avião, e decidiu que imitaria Chang. Dormiram boa parte do trajeto, quando estavam perto de chegar, acordaram por acaso e começaram a contar o fim da viagem que tiveram separados, um para o outro.
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24.

  Pisaram em Seoul, e ainda no aeroporto estavam apreensivos. Ela não sabia se os paparazzi que, naturalmente, ficavam a postos ali em Incheon mexeriam com ela, ou se os rumores da fofoca teriam se acalmado. Infelizmente, não conseguiram evitar algumas fotos.
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  — Olha ali, não é a ? A escritora que está envolvida em um suposto romance com o Jay Park? — um dos repórteres informou e os outros concordaram — Será lucrativo se a gente tirar algumas fotos. Ela ainda não fez aparições ou declarações sobre o assunto.
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  — Eu soube que ela prometeu uma entrevista para aquele portal pequeno, o Pop Korea. Quando embarcou, a repórter deles, cercou a escritora e o agente aqui no saguão. — Outro comentou.
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  — Então melhor garantirmos alguns cliques, se um portal pequeno pegar algum furo, fotografias exclusivas podem valer bastante para os portais maiores.
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  E a pequena conversa entre três dos paparazzis que estavam ali, foi suficiente para que um pequeno grupo cercasse mais uma vez, e Chang na saída pelo saguão.
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  — Não precisa dizer nada, apenas sorria e os cumprimente. — Chanyeol instruiu-a enquanto caminhavam lado a lado, silenciosos e cumprimentando os fotógrafos.
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  Antes de saírem pelo saguão, logicamente, Hiro e Chang combinaram de que o hubae* estaria os aguardando com um carro. Por isso, assim que posou rapidamente para as fotos, com um sorriso sem graça e uma expressão ainda perdida, não demorou para que Chanyeol a guiasse até o automóvel em que Hiro dirigia. A escritora foi a primeira a entrar, no banco de trás. Chang guardou as bagagens na mala do carro e entrou no banco da frente em seguida.
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  — Eu devo surtar, não devo? — pronunciou assim que Chang fechou a porta.
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  Hiro sorria largo e olhou para trás antes de dar partida.
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  — sunbae! Você está ficando realmente famosa! — falou o mais novo, animado para ela e voltou-se ao outro sunbae: — Para onde, Chang?
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  — Vamos para casa, Hiro.
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  — Não Chany… — pediu : — Você se importa se nós formos direto para a empresa?
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  — , você precisa descansar. Se poupe ao menos hoje, sim?
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  — Tenho uma ideia! — Hiro comentou — Por que vocês não descansam e à noite nossa equipe se reúne em algum lugar para nos contarem como foi a viagem e a festa? E assim nós também atualizamos vocês sobre a repercussão daquela nota que soltamos nas redes sociais.
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  — Boa, Hiro! Ótima ideia! Onde nos encontraremos?
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  — Na minha casa. — Chang declarou e o mais novo encarou o mais velho, um pouco surpreso.
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  — Uwa!? Isso é sério, sunbae?
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  — Chanyeol está de bom humor, Hiro. Ele aproveitou bastante a viagem! — brincou e o mais novo começou a pentelhar aos dois para contarem a ele, as fofocas antes de reunirem toda a equipe.
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  Hiro deixou cada um em suas respectivas casas, retornou para a ME e avisou à equipe 77, ou seja, a equipe exclusiva deles, que haveria uma reunião pós-expediente na casa do Sang Chang Chanyeol.
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  Mal chegou da viagem, o celular de denunciou uma chamada de Jay Park. Ela estava deitada em sua cama, em seu pequeno cafofo, com um pijama confortável e pronta para dormir até um pouco antes do encontro com a equipe.
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  — Hey, baby! Vi seus stories. Já está em casa, não é? — Jay falou assim que ela o atendeu e o cumprimentou.
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  — Estou sim, bem exausta, aliás. Como você está Jay?
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  — Bem, eu só queria saber como você está… E claro, dizer que estou disponível para nos encontrarmos e conversar quando quiser.
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  — Certo… Podemos combinar isso depois? Eu realmente, ainda não sei nada de como rolou aquele assunto por aqui.
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   — Jay murmurou o nome dela de um jeito culposo — Não falei só por causa disso… Digo, eu quero ver você, entende?
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  — Jay, não precisa ficar com receio de que eu esteja fugindo de você, ok? — Ela falou forçando um risinho, estava cansada demais para uma DR àquela hora — Eu só estou mesmo cansada e assim que eu descansar, te ligo. Juro!
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  — Ok, não vou ficar te cercando. Estou aqui para quando você quiser e precisar, baby… Nos vemos em breve…
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  — Claro que nos vemos, baby. — mencionou soltando um risinho fraco.
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  — Senti sua falta. — Jay declarou soltando um risinho fraco também.
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   não soube decifrar o que aquela declaração lhe soava, sequer soube reagir. Não era uma declaração que a emocionava, mas era uma declaração que a preocupava.
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  — Eu… — Ela ponderou. Não poderia responder que também havia sentido falta dele, porque seria mentira. Então resolveu apenas soar como sempre, brincalhona: — Te ligo amanhã para sanarmos essa sua saudade, baby.
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  — Ok. — Jay respondeu frustrado porque aquela não era a melhor resposta que poderia esperar — Te espero. Beijo. Na boca.
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  — Outro. — Ela respondeu rindo.
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  Desligaram a chamada e a escritora encarou o próprio celular. Abriu o aplicativo de mensagens e viu que ninguém além de sua equipe havia lhe enviado “boas vindas” pós viagem. Então, abriu sua conversa no grupo que tinha junto com os BTS.
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:
Bangtan, cheguei em Seoul.
Estou bem, mas vou dormir direto até amanhã.
Só queria avisá-los. Beijos.
16:00 pm

[xxx]

  Jungkook estava sentado despojado, no sofá do Genius Lab assistindo a alguns vídeos para iniciantes em aulas de violão e decidindo se deveria aprender a tocá-lo, quando seu celular vibrou uma notificação no grupo e o nome “noona surgiu na tela. Rapidamente, movido pela curiosidade das ajhummas fofoqueiras de seu bairro de infância, ele abriu a conversa. Já fazia algum tempo que a escritora não mandava mensagens no grupo. E assim que leu, ele sorriu e se ajeitou chamando a atenção dos amigos. Jimin e Jin estavam dentro da cabine de gravação, enquanto Suga, RM e JHope estavam à mesa de som do Yoongi discutindo sobre o sample* gravado, entre si. Taehyung tinha saído para comer algo no refeitório.
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  — A noona chegou! — Jungkook anunciou na tentativa de fazer os outros o escutarem, mas os três continuaram atentos ao trabalho e ele insistiu: — Suga hyung! A noona já voltou da Tailândia!
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  Suga ainda não havia escutado, então Jungkook olhou ao redor e se levantou direcionando-se a ir para o refeitório da BigHit, atrás de Taehyung. E assim que chegou no lugar encontrou o moreno encarando o celular, imóvel, com uma expressão de quem não sabia se deveria mandar mensagem ou não. Ele soltou um sorrisinho debochado, porque apostava que Tae estava pensando se falava ou não com a escritora. Logo que se aproximou da mesa dele, roubou um pedaço do salgado de Taehyung que estava repousado no prato da bandeja.
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  — Não manda mensagem, deixa ela descansar. — Jungkook falou mastigando e puxando o refrigerante para tomar uma golada.
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  — Pede um lanche pra você! — Tae emburrou e olhando para a direção da lanchonete apontou ao atendente pedindo mais um salgado porque aquele, Jungkook não devolveria — O que está fazendo aqui? Já gravou a sua parte?
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  — A melhor voz fica para o final. — comentou soltando um risinho e Taehyung fez uma careta para ele deixando o telefone de lado e suspirando — Eu queria fofocar sobre a noona, mas ninguém prestou atenção quando eu disse que ela voltou.
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  — Com certeza se tem algo que ela não quer agora são as pessoas fofocando sobre ela, JK… — murmurou bebendo seu refrigerante e tomando seu próprio salgado da mão de Jungkook que apesar de não soltar o lanche deixou Taehyung morder.
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  — Hey, você vai fazer alguma coisa agora, não vai?
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  — Sobre ela? — Tae perguntou retoricamente e suspirou colocando as mãos atrás da cabeça — Eu já tenho tudo planejado pro nosso encontro que, se ela não cancelar, será essa semana…
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  — Ela não vai cancelar. Eu acho até que agora as coisas entre vocês vão engatar, se você não fizer nada de errado.
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  — Por que acha isso?
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  — Por que não acharia? — Jungkook perguntou óbvio com olhos arregalados e a bochecha cheia. E quando o atendente surgiu trazendo o lanche que Tae pediu, JK riu pedindo outro para ele também. — Você não está pensando em fazer besteira, não é?
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  Taehyung esperou o atendente sair para perguntar sem encarar ao amigo:
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  — Que tipo de besteira?
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  — Taehyung! Não brinca, não é! Você tem algum motivo para que as coisas não deem certo agora? — JK perguntou um tanto curioso por sentir que a expressão no rosto de Tae não era animada — Você deveria estar animado! Vai ter o seu esperado encontro com a noona essa semana!
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  — É só que…
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  — Ah não… — Jungkook interrompeu já fechando os olhos e mordendo os lábios, como quem lamentava o que ouviria. Tae revirou os olhos ignorando-o e continuou:
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  — É só que eu prefiro ver como as coisas acontecerão no momento para saber se devemos criar expectativas ou não. Embora eu tenha tomado uma decisão há alguns dias que… Eu acho que não será diferente.
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  — Se vai desistir, não deixe ela pensar que o encontro é para valer, Tae! Já fala logo e libera a ficha!
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  — É isso! Liberar a ficha… Por que parece que tem gente de todo lado interessado nela?! Isso me irrita de um jeito! Eu sinto raiva de pensar que preciso competir com outros caras por ela!
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  — Você é o único que não precisaria competir, ela está tão interessada em você que nem ela entende! — Jungkook riu ao dizer: — Sinceramente nem eu entendo. Se fosse eu já tinha desistido de você, Taehyung! Ela pulando de bungee jump* até você, e você entrando no poço e fechando a única entrada… Afinal de contas, o que você quer dela?
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  — Ela. Só ela pra mim, sem tudo isso ao redor. Sem toda essa gente observando, esperando, cobrando… Sem todos esses caras interessados, uns acreditando que é só amizade e outros só esperando uma oportunidade pra tornar a amizade colorida, quando claramente todo mundo sente tesão nessa mulher! Você não percebe isso? Parece que ela é uma fêmea fatal em círculo de machos alfa…
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  — Ué Taehyung, então vai fazer o quê? Sequestrar a e se trancar com ela em um esconderijo de guerra? — Jungkook riu e fez uma expressão maliciosa ao comentar mordendo os lábios: — Não é uma ideia tão ruim… Mas, uma hora teriam que respirar de volta às suas vidas…
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  JK encarava Tae tranquilo, enquanto apoiava sobre a mesa, a mão na cabeça e esperava o amigo explicar melhor os sentimentos.
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  — Você está com ciúme dela ou medo, Tae?
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  — Não consigo me sentir competente para desenvolver a minha relação com ela! Eu sinto que ela é muito para mim, que eu não só, não estou à altura quanto… Ela não se interessaria por muito tempo. E além do mais… — Tae suspirou mordendo seu lanche e mastigando um pouco em silêncio, sob os olhares curiosos e confusos de Jungkook.
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  — Está inseguro com o quê? Com aquela… — Jungkook ia falar quando o atendente trouxe o lanche dele e o assunto cessou na mesa pelo menos até ficarem sós. E logo que ficaram, Jungkook retomou a pergunta: — Está inseguro porque a noona é aquilo tudo de mulher, não é?
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  — Você pode dizer que a diferença de idade não importa tanto e que é pequena, mas realmente, quando penso nos caminhos e experiências de cada um… Eu me sinto… Só um garoto que enfrentou dificuldades para realizar seu sonho, sim, mas que teve muito mais sorte e oportunidades do que ela. Já leu algumas coisas sobre ela, Jungkook? — Tae perguntou e o amigo negou silencioso, mas atento ao que ouviria: — Ela demorou para ir atrás do sonho dela porque precisava pisar na realidade da própria vida e trabalhar. A vida dela era totalmente diferente no país dela… A achou que teria outras carreiras diferentes e entre algumas mudanças de escolha a primeira formação dela foi como professora de Educação Física, e apesar de sentir que era boa naquilo, o coração dela não estava naquele sonho. Mas ela precisou ajudar a mãe a cuidar do pai e por isso, abriu mão de algumas experiências que a levariam até o sonho dela. Então, ela deixou três oportunidades de sair do país e já estava desistindo de tudo que sonhou, quando o ex-noivo disse que iria aos Estados Unidos e queria que ela fosse com ele…
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  — Ela estava noiva? — Jungkook deixou o queixo cair em surpresa. — Uwa… O que aconteceu?
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  — A não quis adiantar o casamento e seguir os passos dele, embora fosse uma boa oportunidade para ela também. Ela conta que foi depois disso que criou coragem para vir para a Coreia sem falar nada da nossa língua e mal falar inglês. Ela não foi bem recebida e nem bem tratada no meio do entretenimento quando chegou. O Chang foi o primeiro, realmente, a dar uma oportunidade para ela. Mas até isso acontecer, a teve vários empregos de meio período aqui, passou seis meses morando em uma sauna, recebia pouco, comia o que sobrava dos empregos que cumpria e economizava para alugar a casinha que mora hoje. E tudo isso sem amigos que compartilhassem o sonho dela. Ela passou por tudo sozinha, Jungkook!
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  — Como sabe tudo isso?
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  — Eu investiguei. Depois daquele programa onde a conhecemos, eu fiquei curioso e interessado, então eu li trabalhos dela, li algumas entrevistas, mas essas coisas mais pessoais ela comentou nos canais de Youtube de alguns influenciadores que produzem conteúdo de Brasil e Coreia.
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  — Depois eu quem tenho hiperfoco… — Jungkook zombou e bebeu o refrigerante, já comendo o terceiro mandu que pediu quando perguntou: — Mas, o que todas essas coisas sobre ela tem a ver com você?
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  — Eu não quero dizer que a jornada dela foi mais merecedora do que a nossa, mas quando penso no que ela teve que viver para chegar onde está hoje, não consigo deixar de me sentir um pouco menor do que ela. Eu tive seis amigos lutando do meu lado, passamos dificuldades demais até aqui com todas as horas exaustivas de trabalho, o pouco descanso, esforços e sacrifícios, sair da casa dos nossos pais para morar juntos e estudar, trabalhar, mas… Mesmo assim… Ela estava sozinha, ela por ela, estrangeira, a um continente de distância sem chance de pegar um ônibus e uma licença para ver os pais, outra cultura, outra língua, terminou o noivado… Quero dizer… Ela simplesmente é uma pessoa muito incrível, e ainda consegue ser uma mulher fatal e humilde. Quando eu olho para ela, eu sei que ela pode ter quem ela quiser do lado dela, quanto pode não ter ninguém porque simplesmente, ela já é mais do que suficiente… Ela não precisa de ninguém para protegê-la. Você não acha que um homem precisaria ser “o homem” ao lado dela?
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  Jungkook sugou o refrigerante do copo fazendo barulho, deixando Taehyung sem resposta por alguns minutos enquanto o amigo comia.
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  — Eu acho que você pensa demais e pensa em besteira. E talvez ela não precise de alguém para protegê-la, é verdade, mas isso é raso. Quem vai mostrar se precisa ou não é ela. Às vezes ela só não teve alguém pra lutar todas as lutas do lado ou por ela, não teve ajuda como você disse que nós tivemos. De qualquer forma, eu não encaro assim, “alguém para protegê-la”. Eu encaro como “alguém para amá-la”. E se ela é “a mulher” que precisaria ter “o homem” ao lado dela, não é só estar ao lado dela? Quero dizer… Isso é mais sobre quem ela escolhe e enxerga como o grande cara do que, exatamente sobre quem você é. Você não se sentir o suficiente para ela não quer dizer que tenha que ser, ou que não seja. Essa régua não é sua e de ninguém a não ser dela. Eu só acho que se um mulherão como ela me escolhesse, cara… — Jungkook riu óbvio — Eu não precisaria de nada menos do que isso para já me sentir o maior homem do mundo. Pensa comigo: se o army diz que nós somos os melhores da Coreia, se a gente vir a ganhar um Grammy de maior talento do mundo, mas não nos sentirmos assim, quer dizer que não somos tudo que dizem?
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  — Acho que entendo o que você quer dizer… — Tae falou mastigando seu lanche pensativo, e então encarou ao JK como se ainda quisesse confirmar o que entendeu: — A chancela de “bom suficiente para estar com ela” é dela e não minha.
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  — Exato. Suas inseguranças não são sobre ela Tae, é sobre você, e eu acho que isso tudo o que você falou é mais pelo seu momento atual. Você sabe que tem estado estranho com os seus sentimentos e com sua arte, estamos todos em um momento muito doido do grupo nessa era do The Most Beautiful… Somos muito mais famosos do que éramos há dois anos, saímos da primeira turnê ano passado e ao mesmo tempo, estamos cheio de promessas e expectativas de sucesso de todos os lados, e o que mudou nas nossas vidas parece imperceptível já que estamos dando duro há tanto tempo… Eu entendo quanta coisa tem na sua cabeça agora… Mas, eu também acho que seu medo com a não tem a ver só com o que está bagunçado aí dentro, tem a ver com as expectativas externas.
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  — Quando você ficou tão maduro, maknae? Foi só completar 18 anos?
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  — Eu sempre fui, vocês que me tratam como criança. Eu posso ser o caçula, mas eu aprendo muito observando o mundo. — Jungkook riu e observou Taehyung pensativo sobre o que conversaram, então decidiu perguntar de novo: — Você vai desistir dela?
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  — Eu não acho que estou pronto pra ela. Na verdade, pra ninguém… Eu não quero entrar em um relacionamento com ela cheio de frustrações e medo da olhar pro lado e ver que as outras opções são melhores. Eu quero me ver como a melhor opção dela, pelos olhos dela. Não quero entrar em uma relação, cheio de auto cobranças e desconfianças, porque isso pode não ser bom pra nós dois… Quero me sentir forte e confiante sobre ela e sobre… Enfim, eu quero me sentir em paz primeiro.
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  — Eu posso estar sendo idiota, mas qual é… São só uns beijos e uma ajudinha pra você perd…
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  — Jungkook, não é assim que eu sinto. — Taehyung interrompeu — Não é assim que eu quero que as coisas sejam. Eu não pedi o telefone dela pensando em só dar uns beijos nela, eu fiz aquilo porque eu queria mesmo a conhecer, conversar com ela, descobrir o mundo dela e compartilhar o meu mundo. Só não achei que ficaria tão acovardado quando fui buscar informações sobre ela.
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  — Você está apaixonado por ela, pelo visto uma paixão platônica… Está igual a mim que até um tempo atrás tinha medo de garotas. — Jungkook percebeu que os sentimentos do Tae, como sempre, eram intensos e dramáticos demais sobre . — Aish!! Você deveria ter saído mais comigo e com os meninos da 97 line… Certeza que você teria curtido mais.
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  — Talvez, mas eu preciso estudar, sabe? — Taehyung ironizou porque para Jungkook que estava enrolando para cursar uma faculdade como ele, era mais fácil sair para curtir em suas folgas.
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  — Eu só quis deixar pra depois o que dava para ser depois. Eu vou me matricular em breve… Antes do serviço militar, juro. Quando vocês me deixarem sozinho aqui para servir, eu já estarei mais focado nos meus projetos paralelos…
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  — Dizem que até lá a gente pode nem precisar mais servir… — Tae respondeu terminando o seu lanche.
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  — Nossos pais morreriam de vergonha, e não acho que essa discussão vai dar em alguma coisa. — Jungkook comentou.
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  — Enfim… A é alguém que eu quero por muito tempo na minha vida, Jungkook, e se eu puder não estragar isso metendo os pés pelas mãos eu vou evitar.
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  — Então está dizendo que prefere desistir de dar uns beijos na boca dela, prefere deixar o Jay Park sentar na janelinha e ela te colocar na friendzone pra sabe-se lá quando você convidar ela pra sair de verdade?
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  — Estou dizendo que eu não quero só algo físico com ela. Eu não estou pensando no nosso encontro como uma desculpa para dar uns amassos nela e só. Eu quero ter com ela uma conexão, algo só nosso.
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  — Ah… Entendi. Como ela e o Yoongi tem. — Jungkook falou se levantando da mesa, e encarou Tae de um jeito maldoso, provocador: — Você quer superar ele. Matei a charada.
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  — Não é nada disso!
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  — É sim. Você não quer ser um caso, como o Jay Park e nem o amigo que ela coloca na eterna friendzone como o Yoongi, você quer penetrar o cérebro da coitada até ela definhar implorando por você! Que maldade!
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  Jungkook gargalhou zombando enquanto Taehyung se levantava sério, concentrado em contar o que sabia para Jungkook:
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  — O hyung… Não está assim tão na friendzone dela. — Tae declarou enquanto caminhavam rumo ao GL de novo, e só de lembrar sentiu a raiva subir à garganta. Ao notar a expressão fofoqueira de Jungkook aguardando, ele soltou: — Aquela noite que ela dormiu lá em casa, eu cheguei no quarto na hora em que ela perguntava para ele, se o Suga gostaria de transar e os dois estavam muito próximos discutindo a relação. Então o interesse do Yoongi parece ser recíproco.
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  — AIGOO! — Jungkook levou as mãos à boca e andando na frente do Tae ele começou a se agitar, mexendo os braços e fazendo mais perguntas: — Mas o que o hyung falou? Ele aceitou? Eles já fizeram não é? Aiiiiiishh! É claro que já! Só um sentimental como você fica dramatizando uma oportunidade de transar!
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  — Jungkook, dá um tempo! Não te contei isso pra você me criticar!
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  — Aigoo! O hyung é mesmo muito esperto… — JK cruzou os braços e raspou a garganta sorrindo ao dizer: — Qrrrrrrr… Me lembre de nunca deixar uma garota que me interesse na frente do Yoongi!
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  Taehyung levou as mãos ao bolso e sacudiu a cabeça de um lado para o outro.
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  — Taehyung… Agora é sério… — JK mudou a postura e a voz ao dizer para o amigo passando o braço em torno dos ombros dele: — Seja franco com a noona. Eu entendo você estar com medo de se magoar ao ser dispensado por ela depois de vocês ficarem, sei que tem medo também de não se provar bom o suficiente pra ela e tudo o mais… Mas, você deve dizer pra , se não pretende dar um passo ousado nesse encontro, sabe? Ela ainda não sabe o que esperar de você e pode ter criado novas expectativas. Ela pulou um muro pra passar mais tempo contigo, aquele dia! Veja bem! Se não quiser acabar de vez com a possibilidade dela ser a mãe dos seus três filhos um dia, então, deixe claro que não vai rolar nada nesse encontro. Seja maduro com ela, porque como você mesmo sabe ela é o tipo que se relaciona com um homem e não com um menino.
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  Taehyung assentiu compreendendo o que Jungkook dizia, e os dois já estavam no corredor rumo à última porta, o laboratório do Yoongi.
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  — Mas se eu fosse você… Ai, ai… Eu deixava ela me ensinar tudo o que sabe, se é que me entende. — Jungkook gargalhou.
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  — Você ficou ninfomaníaco depois que perdeu a virgindade, ano passado Jungkook. Se o army sonhasse com as coisas que sabemos de você…
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  Jungkook começou a rir se recordando do seu aniversário de 19 anos (na idade coreana) alguns meses atrás, quando saiu com uma garota e perdeu a virgindade pela primeira vez, além de tomar um porre como se fosse morrer no dia seguinte.
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  — Eu não posso negar… Eu descobri que gosto muito da coisa. — Jungkook riu e bateu no abdômen de Tae do nada ao dizer: — Se tentasse mais vezes, tenho certeza que você é pior do que eu.
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  — Cala a boca.
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  O outro disse enquanto Jimin abria a porta da GL e Yoongi já dizia alto e bronqueando para Jungkook:
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  — Entra logo na cabine, é a sua vez Jungkook! Anda logo que ainda temos muita coisa pra gravar!
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[xxx]

  Hiro abriu a porta do apartamento de Chang para ela, e mal pisou na sala, o garoto já lhe entregava um copinho de soju.
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  — Quê isso, Hiro?
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  — É pra vocês não esconderem nada da gente, sunbae.
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  — Isso é uma reunião de trabalho, Song Hiro! — Chanyeol gritou para ele do seu sofá.
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   foi cercada por Eun Hee e Ailee, suas duas subordinadas da equipe.
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  — Olá meninas! Como estão? — A escritora perguntou abraçando-as.
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  — sunbae, por favor, na próxima não me deixe com o Hiro para controlar a situação não! Ele é…
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  — Já vai fazer a minha caveira para chefe, Eun Hee? — Song Hiro apareceu ao lado da colega e os dois se encararam implicantes.
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  — Eu fico feliz de ver que conseguiram trabalhar em conjunto. — falou zombando e caminhando até o sofá de Chang com Ailee ao seu lado — Eles não brigaram muito, não é, Ailee?
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  — Não enquanto a imprensa os ocupou. — A outra riu ao ser sincera.
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  — É que o Hiro deixou o poder subir à cabeça, só isso.
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  — Você que não é nada profissional, Eun Hee!
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   e Chanyeol trocaram olhares confusos tentando entender o que havia acontecido.
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  — Eu sei que vocês dois sentem uma emoção reprimida um pelo outro, mas realmente desejo que as notícias da equipe sejam profissionais o suficiente para que essas briguinhas de vocês se tornem inofensivas como sempre foram. — Chanyeol declarou de uma vez, deixando Hiro e Eun Hee sem graça.
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  — Emoções… O que está dizendo, sunbae… — Hiro resmungou.
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  — Bem, apesar dessa coisa toda entre eles… — Ailee comentou irônica tomando a frente da equipe para relatar o ocorrido — Tudo deu certo. Os projetos que deixaram conosco caminharam tranquilamente. Hiro desenvolveu o design dos personagens pedidos e a Eun Hee também. Yoona, Do Ho e eu revisamos os esboços.
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  — Ótimo! — Chang respondeu para Ailee. — E porque Yoona e Do Ho não vieram?
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  — Eles foram para Hongdae fazer a pesquisa de campo que a pediu, para o roteiro. Como nossa decisão foi um pouco de última hora, a Yoona achou melhor não vir e, o Do Ho acompanhou para que ela não fosse sozinha. — Hiro explicou.
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  — Por acaso eles também estão namorando? — perguntou preocupada trocando olhares com Chang que coincidentemente tivera a mesma preocupação.
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  — Não estão. É mais fácil você e o Chang surgirem namorando de novo do que aqueles dois. — Eun Hee disse tranquila sem notar que havia pensado alto.
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  — De novo? — Chang encarou a garota e notou Hiro fazendo uma careta para ela.
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  — Bem, já que esse assunto surgiu abertamente… A equipe toda sabe que vocês tiveram um namoro rápido naquela época, sunbae. — Ailee comentou corajosa.
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  — Hm… — murmurou sem saber o que dizer sobre o assunto e olhando a reação estática de Chang que sempre prezou para esconder aquela história de todos. O único que teve a confirmação foi o próprio Hiro que acompanhou o romance de perto. — Então tá. Já que sabem, não precisam ficar com essas caras. Então, só para o Chang e eu esclarecermos tudo… Do Ho e Yoona não estão namorando, mas… E quanto a você e a Ailee, Hiro?
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  — O que? — Song engasgou com o soju que bebia.
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  — Não estamos. Não precisam se preocupar com isso. — Ailee respondeu calmamente de novo. — Tivemos alguns encontros, mas já acabou.
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  — Podemos realmente ficar tranquilos quanto ao clima entre a equipe? — Chang investigou olhando para Song e Ailee de modo incisivo.
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  — Mas é claro, Chang! Sabe que eu jamais faria nada que atrapalhasse o desenvolvimento da equipe. A Ailee só queria se divertir comigo, não é Jung? — O designer mencionou o sobrenome da colega a fim de demonstrar seriedade sem deixar de soar uma brincadeira entre amigos.
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  A colega de equipe riu e empurrou Hiro para longe de si. notou que Eun Hee ficou calada durante toda aquela interação, e que virou uma dose de soju rápido demais quando a colega informou:
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  — Lógico! Até que o Hiro é um bom divertimento, mas nunca alguém pra se levar a sério.
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  — Certo… Então, não temos casais na equipe. Logo, vamos falar de como foi o encerramento de “Garota Ocidental”! — comentou animada para falar do sucesso do drama.
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  Depois que ela e Chang contaram para os três membros da equipe 77 sobre o evento, o jantar, a repercussão do projeto e da carreira de ; os subordinados ficaram imensamente felizes e ainda mais empolgados para tornar outros projetos da ME ainda maiores. E claro, tornar o próprio setor o melhor de toda a empresa. Em seguida, Hiro e Eun Hee que ficaram encarregados de focar a atenção na imagem pública de durante a ausência de Chanyeol, precisaram lhe passar as informações que tinham. Na equipe 77, Hiro e Eun Hee eram os ilustradores e designers, enquanto que, Yoona, Do Ho, e Ailee eram os roteiristas de apoio da . Chang dirigia toda a equipe e vinha treinando Hiro para aquela função, sem que o rapaz soubesse ainda. Como as suas funções estavam em menor número do que as de Ailee, Yoona e Do Ho, e justamente por Hiro ser o mais antigo dentre os subordinados e, portanto, sucessor natural de Chang, (segundo os planos que o agente tinha em mente) foram justamente Song e Eun os encarregados em segurar a bucha da fofoca com Jay Park.
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  — Bem, então agora preciso saber como a nota pública repercutiu. — perguntou adentrando com os três naquele assunto. — A curiosidade sobre minha vida amorosa cessou?
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  — … — Hiro e Eun Hee se entreolharam preocupados com o que diriam: — Antes de qualquer coisa você precisa saber que a probabilidade de estar no foco por algum tempo seja grande.
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  — Eu tive muito hater?
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  — Não. Quer dizer… Essas pessoas sempre existem e estão em todo canto. — Eun falou — Mas, por incrível que pareça, os fãs do Park não se importaram em nada. Na verdade, gerou uma imagem bem positiva para ele ser associado a você.
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  — E os fãs dela? E a imagem dela? — Chang perguntou preocupado — É sobre isso que nos importa.
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  — Aí que está. Temos lados divididos. Uma parte dos seus fãs gostaram da associação, outros já acham que você não deveria se “misturar” com o Park. Mas não fazemos ideia de qual seja o motivo para isso! — Hiro informou surpreso — Pesquisamos os fóruns, recebemos muitas mensagens dos leitores também em nossas bases de comunicação, e os comentários são de que você é uma imagem positiva demais para ele.
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  — Espera. Quer dizer que não me odeiam, mas odeiam a ideia de que eu namore com o Park? — perguntou confusa.
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  — É isso. — Eun declarou e trouxe uma análise própria: — O que faz todo sentido, sunbae! Você é uma das principais romancistas do público feminino jovem, e temos constituído em suas relações públicas uma imagem exemplar de certo modo. Você é uma persona inteligente, divertida, jovial e que traz frescor em ambientes de mudança… Ou seja, você é um bom exemplo para as garotas coreanas dentre as estrangeiras famosas por aqui. É claro que vão idealizá-la como as heroínas que você escreve e de certo modo, desejar um príncipe para você.
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  — E as coisas não tendem a parar . — Hiro informou — Desde sua aparição no programa da KBS no começo do ano, sua carreira e imagem tem gerado interesse e curiosidade. Você sabe disso até pelos contratos que o Chang tem fechado…
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  — É verdade, não é porque não há repórteres assediando você desde aquele momento, que você não seja uma pessoa pública. Não foi justamente essa a mudança que nós dois discutimos tempo atrás? — Chanyeol constatou pra — Preenchi sua agenda de trabalho para os próximos meses graças a este passo que queríamos dar.
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  — Vocês só não imaginaram que o lançamento do nome “ ” no meio publicitário aconteceria por conta de um rumor de namoro. — Ailee se meteu na conversa servindo mais soju aos amigos — Ou seja, o Jay Park queimou a largada dos planos que o Chang tinha para você, sunbae!
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  — Eu deveria agradecê-lo por isso? — Chang comentou irônico, com um tom de voz nada feliz.
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  — Ok, entendi… A minha estreia na mídia não foi como planejamos. Mas, isso que me preocupa… O quanto esta situação pode ter influenciado na minha popularidade? Eu fiquei com uma fama ruim? É isso que eu não entendi!
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  — Depende do que vai dizer na entrevista. — Song sorriu falando claramente: — Quando emitimos a nota pública com a versão de texto que vocês enviaram de Bangkok para nós, a base de fãs se acalmou. Em contrapartida, a imprensa requer uma declaração mais direta do que uma nota pública nas redes sociais. Até porque, uma repórter vazou que você concederia entrevista, em seguida o sunbae Chang nos orientou a confirmar a informação.
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  — Ela vai. — Chang afirmou — A imagem que eu quero criar para a com o próprio público é de manter a transparência que ela sempre teve com os fãs. Então, nada melhor do que ela mesma falar da própria vida, e não a agência.
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  — E tem mais uma coisa. — Ailee se meteu complementando: — Eu ajudei a Eun a mapear as reações do seu público nas minhas horas vagas, e encontramos uma imagem positiva sobre você e o Mario Maurer. Logo, isso confirmou a teoria da Eun Hee de que o seu público tende a projetar que você deveria fazer par romântico com os arquétipos dos ídolos perfeitinhos. O protagonista dos doramas, por exemplo, foi super positivo para sua imagem. Já os músicos transgressores… nem tanto.
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  — Que merda! — xingou em português e bufou virando o soju e perguntando: — A mídia coreana está tentando me enquadrar no arquétipo da princesa moderna?
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  — É … Se você vai começar a construir sua imagem realmente pública com o Chang, precisam saber que você se sairá melhor vestida como a nova princesa moderna e símbolo da representação de liberdade feminina. Afinal, sua posição como mulher estrangeira e bem sucedida na Coreia, é positiva. E quando isso acontece, das duas uma… — Hiro comentou.
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  — Ou o olhar da sociedade coreana começa a mudar, ou eles tentam te vestir com a máscara criada de um personagem dentro dos próprios padrões coreanos. — Chanyeol declarou preocupado, ao interromper o mais novo.
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  — Eu não vou vestir máscara nenhuma, Chang. — declarou decidida.
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  — Não quero isso. É arriscado demais se a gente permitir que a mídia manipule você assim, e não tem nada a ver com a sua história e trajetória. Precisamos marcar seu lugar de autenticidade desde o primeiro momento. Mas, não acho que precisamos fazer isso com agressividade. Dissociar a sua imagem com a do Park é a melhor coisa no momento. Você precisa subir por seu próprio mérito e não apoiada em ninguém.
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  — Que bom que pensamos igual. — declarou ao amigo.
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  — Sendo assim… — Hiro riu e se preparou para descontrair o clima, Eun e Ailee reviraram os olhos prevendo a graça: — Você vai terminar seu namoro com o Jay Park ou vai continuar brincando escondida, naquele parquinho, sunbae?
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  — Aigoo… Ele é ridículo… — Eun Hee mencionou e Hiro a provocou:
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  — Ora não banque a certinha! Estávamos curiosos para saber quem era o cara das flores e vocês também queriam saber se o boato desse namoro era verdadeiro ou não!
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   começou a rir embora Chang estivesse pronto para dar uma bronca neles por tamanha indiscrição enquanto equipe.
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  — Deixa Chany, eles também são nossos amigos. — murmurou e pigarreou chamando a atenção para si: — Ok, vou declarar a vocês o que está acontecendo. Eu estou saindo com o Jay Park há alguns meses, mas nós não temos um relacionamento. É mais uma amizade colorida e não vai passar disso. Não há esse interesse entre nós.
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  — Uwa! — Ailee não se controlou e mordeu os lábios começando a rir, então aplaudiu com um sorriso de orelha a orelha e deu um “joia” para ela dizendo: — Eu quero ser como você quando crescer, unnie!
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  — Tsc… — Hiro estalou a língua e apertou os olhos encarando a chefe, de um jeito investigativo: — Eu podia jurar que as flores eram coisas do seu amigo misterioso… O tal Agust.
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  Chang olhou para e suspirou cansado como se algo lhe dissesse que as coisas só tenderiam a piorar.
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  — Não, o Agust não é esse tipo de amigo. Ele não é de mandar flores também.
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  — sunbae… — Eun Hee mencionou baixinho, um tanto receosa, mas com coragem suficiente para fazer o que achava certo: — Eu… Eu acho que sei quem é o Agust.
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   a olhou de um jeito sério e preocupado, que motivou um semblante de alerta em Hiro e Ailee. Os dois notaram que a identidade do tal Agust era algo sério, e confirmou-se ainda mais a suspeita quando Chang apoiou a cabeça no sofá fechando os olhos de um jeito que parecia pensar: “Eu sabia que ia piorar”, e quando Eun Hee aconselhou à :
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  — Talvez… O sunbae Chang deve redigir um contrato de confidencialidade na agência. E não só para nossa equipe.
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  — O que está sabendo, Eun? — Chang perguntou.
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  — Bem… Eu… Eu vi o rosto dele um dia em que ele foi no escritório, mas a Sue, a recepcionista do nosso setor… Meio que comentou comigo que achava que ele era uma pessoa, muito, muito famosa e ia tentar descobrir. Parece que não é só o fato dele aparecer com o rosto tampado por lá, mas também, ele é meio suspeito… Age como se estivesse entrando escondido no escritório toda vez. Eu já notei.
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  — É verdade! — Hiro comentou dando de ombros: — Ele anda como um criminoso que não quer deixar as câmeras verem o rosto dele, e olha que ele só foi lá duas ou três vezes… O cara chama atenção mesmo quando não quer. É bem suspeito.
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   bufou sentindo que Yoongi definitivamente era o seu carma.
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  — Ele é alguém que não pode ter a identidade revelada mesmo. — Chang informou sério e encarou Eun de um modo certeiro: — Entendido? Ninguém pode saber quem ele é, Eun.
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  — Cla-claro! Eu… Eu achei que deveria dizer a vocês sobre isso, mas não comentei com mais ninguém, Chang.
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  — Ótimo. Fez muito bem. Eu vou redigir um contrato novo de confidencialidade, agora voltado também para sua imagem pública, . Além disso, diga a ele pra não passar nem na calçada da empresa, ok? — Chanyeol pediu para e anunciou antes da hora: — Com tudo isso acontecendo… Comece a se preparar para se desvincular da mangaká Agency, .
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  — O quê? — exclamou e os outros engasgaram com o que comiam e bebiam, enquanto Eun se sentia culpada — Do que exatamente está falando, Chanyeol?
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  — Não é sobre a mangaká Entertainament, é sobre o setor Agency. Eu ainda não sei quem vai te agenciar, mas…
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  — Você! É claro que é você! — se levantou alterada, e Chang levantou-se também se aproximando e pegando a mão dela, para ela sentar ao lado dele se acalmando.
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  — Já tem algum tempo que eu estou me preparando para te dizer isso, mas queria aguardar a repercussão do encerramento do drama em Bangkok para ter certeza, . É nítido que a ME não terá estrutura para manter seu agenciamento, querida. Sem falar que grande parte dos contratos que eu tentei fechar de trabalho com você, não aconteceram porque sua agência é pequena. Eu estive pensando em desvincular você da mangaká como artista exclusiva, manter seu contrato como escritora, mas…
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  — Deixar de ser roteirista da empresa, Chang!? O único lugar que aceitou me publicar e me dar uma grande chance?
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  — Não foi apenas a empresa quem fez isso por você, fui eu, . — Chang explicou calmo enquanto a equipe presente assistia a discussão com o coração apertado — E você continuará sendo a nossa escritora da M.E, mas seu contrato será por projeto e não como quadro exclusivo. Você viu a TGN querendo puxá-la para eles! Se você não estiver no quadro efetivo da mangaká, então poderá ser roteirista de outros projetos, de outras empresas e não só a ME.
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  — Chang! Os diretores não vão aceitar isso! Sabe que o fato de eu estar na ME é vantajoso para a empresa! A própria KBS está tentando há meses comprar os direitos do drama!
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  — Exatamente! É vantagem para eles, não para você! Seus roteiros só podem ser vendidos na ME por quem a ME quiser! Mas se você estivesse livre desse contrato, a KBS poderia te colocar como roteirista deles! E você não precisa trabalhar para uma produtora apenas, mas para quem quiser! Para quem pagar mais! A Mayoree e eu conversamos… — Chang suspirou segurando as duas mãos de olhando-a nos olhos de modo tranquilizador — E ela me contou que antes de assinar com a TGN, manteve o controle da própria carreira. Não foi fácil, ela passou por um motim dentro da indústria, mas se esforçou e se tornou o nome mais cotado para dirigir qualquer coisa na Tailândia. E só depois que já tinha seu status, ela se prendeu a um escalão. Eu acho que você tem muito potencial para isso, , para ser dona da sua própria carreira!
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  Todos estavam surpresos com a declaração de Chanyeol. Os três subordinados e amigos sentados no sofá mantiveram o silêncio, enquanto encarava Chang com um misto de confusão e choque em seu rosto.
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  — Eu acho que… — Eun Hee se meteu, falando baixo, mas diretamente para : — Não ter você como nossa roteirista da equipe 77 é a maior prova de que o Chang quer levar essa equipe ao podium, mas principalmente… Te permitir voar, .
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  — É. — Hiro comentou um pouco frustrado: — Você está presa a uma empresa que te deu muitas chances, é claro, mas se soltar a corda, até onde você pode ir, sunbae? — Ele falou olhando a escritora que tinha lágrimas nos olhos.
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  — Mesmo assim! Me demitir, Chang?
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  — Eu não estou demitindo você, o que é isso! — O amigo riu puxando para seus braços, e a abraçando fazendo carinho em sua cabeça, ele explicou risonho e tranquilo: — Aigoo! Você já está bêbada? Como eu demitiria o meu pote de ouro?
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  — Então eu não entendi! — falou se soltando dele, chorosa e o encarando perdida — Como me desvincular da agência não é me demitir?
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  — Eu estou falando de você trabalhar por projetos, . Atualmente, você é obrigada a lançar os romances da mangaká, recebe pelos direitos compartilhados deles, mas se quiser sair da empresa por exemplo, não pode levar suas obras para lugar nenhum. No entanto, se você trabalhar por projetos, você pode escrever romances para a ME, e outros projetos para outros lugares. Entende? É como se você fosse criar histórias para adolescentes na nossa equipe mantendo nossa linha editorial, mas pudesse compor uma equipe de roteiro de suspenses adultos para KBS, por exemplo. O contrato deles seria com você e não com a ME. Você pode criar histórias de todo tipo e para quantos lugares quiser, desde que não tenha um contrato de exclusividade. Ainda não é a hora de prender sua carreira desse jeito. Veja a Mayoree, por exemplo, ela nichou. É diretora de suspense adulto, não poderia dirigir um romance adolescente como o seu se a exclusividade que ela tem hoje, fosse no início da carreira. Mas, como ela já alcançou prestígio, ela deu as cartas! Por isso pôde pegar seu projeto e melhorar ainda mais o nome dela por lá! E aí sim, é vantagem você ser escritora exclusiva de uma empresa: quando você puder dar as cartas! Mas agora… Você precisa mostrar para o mundo o que tem além dos seus romances juvenis. Precisa mostrar principalmente para a Coreia, por quê atravessou os oceanos!
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  — Olha… — Ailee manifestou-se esperta: — Faz muito sentido, ! Se até a sua imagem pessoal está sendo moldada por causa do que você escreve na empresa… Pense… Será que você vai querer ser a princesa moderna pra sempre? Dentro da mangaká, você não tem só uma persona como pessoa pública, mas como artista. Se um dia quiser escrever uma grande história de terror, por exemplo, sabe que a ME não vai publicar isso, e nem você, porque está presa a um contrato exclusivo.
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  A luz na mente de acendeu. Eles estavam falando de liberdade e possibilidade criativa. Ela começou a rir por sentir-se patética em pensar que o melhor amigo e agente fiel estivesse tentando mandá-la embora da empresa, para que ela aceitasse a proposta da Tailândia. E de uma coisa, tinha certeza: não queria se mudar da Coreia.
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  — Ok… — se manifestou acalmando-se e rindo — Entendi! Você não está pensando na proposta da TGN! Ai Chany… Eu achei que…
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  Ela parou de falar e suspirou aliviada, tal como toda a equipe.
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  — Ele deu mesmo um susto! — Hiro resmungou olhando, reclamão, para o chefe — Pensamos mesmo que você demitiria ela da empresa e, iria deportar nosso maior talento!
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  — Não! É só que, o interesse deles confirmou as minhas suspeitas. Manter a na ME é vantajoso para nossa equipe, para a empresa, mas não será para ela por muito tempo, porque eu a conheço e sei onde ela quer chegar. — Chang falou olhando cúmplice à amiga: — E eu te fiz uma promessa que para ser cumprida também envolve, deixar você ir.
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  — Obrigada por mantê-la. — beijou o rosto do amigo e ao se afastar disse, séria: — Mas, como seria essa quebra de contrato?
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  — Seu contrato será renovado no final desse mês, então podemos aguardar para não ter quebra. Irei propor que você assine um contrato de um ano por projeto, então, você tem até o final do mês para pensar em até dois roteiros novos para o ano que vem.
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  Os amigos arregalaram os olhos assustados com a ordem do líder da equipe tão em cima da hora.
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  — Chang! Temos que finalizar “Little Sunshine” até julho do próximo ano, não tem como a
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  — Eu consigo. — A escritora sorriu para Ailee a interrompendo — Eu só não sei se vocês poderiam me ajudar.
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  — La-… — Ailee gaguejou surpresa e olhou para as próprias mãos — Eu, acho que se a gente dividir a equipe… Quero dizer… E se a gente não der conta de acompanhar o seu ritmo?
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  — É, eu sei. — comentou — Mas, enquanto vocês finalizam “Little Sunshine”, eu posso escrever pelo menos a metade de mais um projeto, e quando repassá-lo a vocês, eu inicio outro. — olhou pra Chang confiante: — Eu posso garantir dois roteiros novos para o ano que vem, mas até quando preciso apresentar o esboço?
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  — Se conseguir o release até o final deste mês, quando assinarmos seu contrato, eu garanto que faço os diretores me dar carta branca para que você tenha mais tempo de apresentar o esboço.
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  — Uwa… Vocês dois são uma dupla e tanto! É inspirador! — Hiro exclamou de modo admirado. Os amigos concordaram sorrindo.
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  — Bem, Ailee. Não se preocupe, não vamos separar a equipe de apoio. Pelo menos vamos focar em terminar “Little Sunshine” e vocês deixem o resto comigo. Se o Chang conseguir carta branca, em dois meses eu termino um roteiro e posso começar outro.
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  — Um dia eu quero mesmo ser como você, sunbae. Sua fonte de criatividade é única. — Ailee comentou admirada.
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  Eram raras as vezes em que a assistente pegou a escritora com dificuldade para desenvolver alguma história, com algum bloqueio, ou sem saber como sair de um furo de enredo. era tão minuciosa em seu trabalho, que as histórias pareciam criar vida fácil. A equipe de apoio sentiria muito a falta dela.
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  — A gente quem sai perdendo, mesmo. Não tê-la nos ensinando e compartilhando seu tempo de trabalho com a gente em todos os projetos será assustador, sunbae. Mas, com certeza… Isso também vai tornar muito mais especial para nós, aproveitar o tempo e os seus projetos pessoais. Espero que a ME não tente dificultar as coisas, porque certamente, se fosse eu, não abriria mão da cabeça que mais vende histórias em quadrinhos da minha empresa! — Eun Hee comentou.
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  — O corpo diretor vai argumentar, com certeza. Tentarão negociar um contrato melhor, subir a proposta, mas isso tudo vai depender do que você vai querer . — Chang comentou — Eu vou fazer o que é melhor pra sua carreira, mas acima de tudo o que você quiser que seja feito.
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  — Só tenho uma dúvida… Quem você pensou para me agenciar? Se eu vou ser uma artista livre, que agência acoplaria uma “escritora” no seu quadro de artistas?
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  Chang suspirou pensativo.
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  — Eu ainda estou pensando… Não temos nada relativamente grande assim… Se o foco for trazer grandes contratos publicitários, talvez a gente tenha que te vincular a uma empresa com grande nome… Se o foco for abrir um caminho totalmente novo, então…
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  Os outros aguardaram, mas Chang não falou nada. Ele apenas olhou para a amiga que entendeu em seus olhos o que ele queria dizer.
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  — Hiro… — comentou sem tirar o sorriso do rosto e o olhar de orgulho que lançava para Chang: — Acostume-se com a ideia de liderar a equipe no próximo ano junto com o Chany. Algo me diz que eu vou tirar mais tempo dele de vocês.
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  — O que isso quer dizer? — Hiro perguntou curioso.
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  Os amigos apenas mantiveram o suspense.
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  — Ainda não sabemos. — respondeu Chany — Mas, precisamos pensar para quais agências faríamos uma proposta, .
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  — Desde que não pense em se vincular à AOMG. — Ailee brincou ironizando por ser aquela a agência de Jay Park causando risos em todos.
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   e Chang decidiram ter uma semana de reuniões decisivas sobre a carreira dela, realizando não só um levantamento dos resultados gerados desde a Tailândia, quanto ao que a declaração dela viria a causar. No dia seguinte, eles retornariam para empresa, e enquanto iria focar suas direções no projeto que deixou com a equipe enquanto viajava e nos próximos, Chanyeol daria direcionamento às ações da imagem pessoal dela.
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  Os amigos não saíram tarde da casa de Chang, rapidamente, a escritora e o agente entregaram para Hiro, Ailee e Eun Hee os presentes que haviam trazido, e em seguida todos estavam indo embora.
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  — Quer carona pra casa, ? — Hiro perguntou quando o celular dela tocou indicando a chamada de Taehyung.
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  — Ah… Não precisa, eu… Vou chamar um carro de aplicativo. Podem ir.
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  — Tem certeza? — Ailee perguntou preocupada.
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  — Tenho sim! Vejo vocês amanhã, pessoal!
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  Os três despediram-se dela no saguão do condomínio de Chang, e Eun Hee pediu quando a abraçou:
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  — Eu sei que talvez seja invasivo, mas… — A mais nova falava baixinho e sem graça — Será que consegue um autógrafo dele pra mim?
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  — Do Jay? — perguntou surpresa ao saber que Eun Hee era fã do rapper.
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  — Não, o outro… O Agust.
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  — Ah! — sorriu sem graça e perguntou baixinho também: — Só dele? Eu acho que posso pedir uns sete autógrafos diferentes se quiser.
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  — Isso seria simplesmente o melhor presente de todos!
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   riu e acenou positivamente para ela, em seguida Hiro chamou Eun Hee do ponto mais afastado que estava com Ailee a apressando, e a garota abraçou a escritora se despedindo.
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  Ao notar a chamada perdida, pois não poderia atender perto dos amigos, ela telefonou de volta ao Tae que não demorou mais que um minuto para atendê-la.
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  — Oi… Desculpe, eu não podia atender. — Ela mencionou com um sorriso bobo no rosto por falar com ele, e o pior é que ela nem percebia aquilo.
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  — Eu imaginei. Fiquei a tarde toda pensando se deveria mandar mensagem ou não… JK disse que era melhor deixar você descansar da viagem, mas… Eu queria muito falar com você e… Se possível te ver.
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  — Agora? — perguntou a escritora surpreendida.
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  — É… — Tae mencionou e pigarreou: — Se você puder e quiser, é claro…
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  — Eu posso. Mas, onde devo te encontrar?
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  — Eu posso te buscar?
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  — Ah… — mencionou surpresa de novo — Eu estou na casa do Chang, saindo dela… Posso te mandar o endereço…
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  — Ok, eu peguei o carro do Yoongi emprestado. Estamos de folga hoje e amanhã. Me manda a localização e eu já chego aí!
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  — Ok… — sibilou e ouviu o risinho de Taehyung do outro lado da chamada, causando nela uma euforia contida: — Até já.
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  Assim que ela se despediu, mordeu o lábio inferior tentando segurar o sorriso que tomava conta de todo seu rosto se estendendo de ponta a ponta. Sentiu um frio na barriga de repente e não sabia se a razão eram as doses de soju que havia bebido ou se era o passo inesperado de Tae querendo vê-la. A morena começou a rir sozinha e foi interrompida pelo porteiro a chamando:
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  — Senhorita ? Está tudo bem?
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  — Ah! Oi, ahjussi, sim! Não se preocupe!
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  — A senhorita não vai dormir aqui hoje? Precisa que eu libere o acesso de novo ou interfone ao senhor Chang?
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  — Não, obrigada. Eu estou apenas esperando o motorista. Boa noite.
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   acenou e caminhou pela entrada do condomínio de Chang, um tanto quanto boba, ansiosa. Queria muito encontrar Taehyung e ouvir o que quer que ele teria a dizer para ela, ao mesmo tempo, sentia-se letárgica pelas decisões conversadas sobre sua carreira e recordando-se da conversa que tivera com Maurinho sobre o que ela sentia pelo cantor mais novo, ela se sentia também uma bobinha. Não é possível que estivesse mesmo apaixonada pelo marcha-lenta do Kim Taehyung.
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25.

  O carro de Yoongi parou em frente ao condomínio e que estava sentada em um banquinho de concreto do ponto de ônibus que havia ali perto, reconheceu o automóvel e sorriu sabendo que não encontraria Yoongi ali dentro, mas sim, Tae. Ela se levantou caminhando até a porta do carona e parou com a mão na maçaneta respirando profundamente. Os vidros estavam todos fechados e não era possível ver nada de fora para dentro devido ao insufilm.
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  Taehyung a observava desde que estava sentada no ponto, e quando a escritora se aproximou sorridente, ele passou as mãos no cabelo olhando pelo espelho retrovisor de um modo que jogasse as madeixas de um modo sexy, ajeitando uma pequena mecha caída na testa. parou de frente para a porta e olhava-se no vidro do carro, sorridente e respirando fundo. Parecia esperar algo, então, Taehyung pensou se ela estava aguardando-o abrir a porta para ela.
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  — É claro Kim Taehyung! Enfiou o cavalheirismo onde?! — Ele murmurou para si já tirando o cinto do motorista e descendo apressado para abrir a porta para ela antes que a mesma o fizesse.
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   viu Tae sair do carro e caminhar com um sorriso largo e quadrado na direção dela, tão lindo que quase se esqueceu que não era para ele descer. Ela arregalou os olhos assustada quando Kim parou ao lado dela, e assim que ele abriu a porta ela foi o empurrando para dentro.
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  — Menino do céu! — exclamou em português. — Taehyung, entra, entra!
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  Ela o surpreendeu o empurrando para dentro do banco do carona, mas Tae confuso, com a expressão boquiaberta firmou o corpo na frente do corpo dela, escorado na porta a impedindo de o empurrar enquanto segurava a cintura dela.
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  — , o que foi? Eu tenho que entrar do outro lado…
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  — Aigoo! — Ela olhava para todos os lados e empurrou-o para dentro fazendo Tae finalmente ceder e abaixar a cabeça para entrar no lado do carona enquanto ela dizia: — Desculpa, desculpa! Mas é que ninguém pode ver a gente! Entra por aí e pule para o seu banco, por favor!
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  A chance dele descer do carro todo sexy e abrir a porta para ela, todo galanteador foi por água abaixo diante da cena eufórica da escritora empurrando a bunda do homem para ir pro banco do motorista como um fugitivo. entrou logo em seguida sentando-se no banco dela, fechando a porta rapidamente e levando a mão ao peito, fechou os olhos, suspirando aliviada. Em seguida ficou olhando ao redor.
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  — Você está vendo algum fotógrafo, ou algo suspeito, Tae?
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  O rapaz olhou ao redor do lado de fora, ainda agitado pela situação passada e então quando os dois se olharam caíram na gargalhada. O cabelo milimetricamente arrumado dele estava todo bagunçado pelas mãos da escritora que saiu empurrando o rapaz.
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  — Meu Deus, me desculpe! Eu baguncei seu cabelo e ainda toquei na sua bunda! — gargalhava e ruborizava ao mesmo tempo.
Taehyung estava com a cabeça erguida e encostada no banco rindo divertidamente, depois da surpresa. Ele olhou para si pelo retrovisor central percebendo o cabelo desarrumado.
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  — Eu achei que estivesse esperando eu abrir a porta e quis ser cavalheiro…
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  — Me deixa ajeitar isso! — se aproximou tocando gentilmente o rosto dele e o virando pra si, arrumou o cabelo de Tae, o dividindo no meio e fazendo um arco que ela gostava. — Gosto muito do seu cabelo assim, com a franjinha jogada como um topete.
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  Taehyung observava o rosto da escritora atencioso ao sorriso e as maçãs do rosto dela rubras, e logo que disse aquilo e soltou o queixo e cabelos dele o olhando de novo, o rapaz se aproximou avançando sobre ela e a puxando em um abraço repentino.
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  — Eu vou deixar ele assim mais vezes então. — Falou baixinho perto do ouvido dela arrancando arrepios de e perguntou antes de deixar um beijo demorado na bochecha dela: — Como você está, ?
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  — Estou ótima Tetê. — Ela respondeu sorrindo e beijando o rosto dele também de modo demorado.
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  Os dois se afastaram devagar do rosto um do outro, absorvendo o cheiro que exalava dos respectivos perfumes um do outro, sorridentes e com os olhos vidrados entre si. pigarreou se afastando totalmente e afivelando o cinto. Taehyung ficou a contemplando lentamente e sorriu largo antes de voltar a ajeitar-se no banco para dar partida.
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  — Então os paparazzi estão te seguindo?
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  — Não sei na verdade, mas estou sendo cautelosa. Tem tanta coisa acontecendo agora que eu ainda não sei lidar com tudo, confesso.
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  — Bem, sendo assim, acho que nada de lugares públicos, não é? — Taehyung perguntou dirigindo para fora dali e observou o rapaz na direção de um carro pela primeira vez e até o modo como deslizava as mãos pelo volante eram sexy. Sentiu-se aquecendo e torceu para que seu corpo logo se alinhasse com a temperatura do ar condicionado do carro que estava ameno.
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  — O que você tinha em mente? Dependendo a gente pode ir a algum lugar reservado mesmo.
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  — Bem eu só queria te ver, conversar… Não parei de pensar em você um minuto desde a sua viagem e, porque acabei não me despedindo de você naquela noite. Não nos vimos mais pelas semanas seguintes e agora, toda essa coisa que rolou com seu nome me deixou preocupado. Então, podemos ir para onde você quiser…
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   pensou um pouco e se recordou que a vista do riacho Cheonggyecheon, à noite era iluminada, bonita, e pouco movimentada.
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  — E se a gente fizer uma caminhada no riacho Cheonggyecheon?
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  — Legal, a essa hora não é muito movimentado por lá, certo?
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   olhou para o seu relógio no punho, marcando 22:30 e concordou.
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  — Acho que não, mas qualquer coisa podemos nos sentar nas escadas. É mais escurinho e podemos comer Odeng! Há uma barraca lá que o petisco é maravilhoso, e só funciona à noite.
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  — Ótimo! Vamos lá! Mas me conta, como foi a sua viagem?
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   sorriu olhando para ele, animada por estar ali e poder compartilhar com Taehyung sobre a viagem.
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  — Ah! Foi ótima! Cansativa na ida porque eu tinha voltado de Daegu e não descansei direito, além de todo o rumor estourando bem no dia… Enfim…
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  — Você foi em Daegu? — Tae perguntou confuso — À trabalho?
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  — Não, eu estava na casa dos Min. Passei dois dias por lá, porque a ahjumma Keung-Hee não parava de me ligar há algumas semanas.
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  — Você ficou mesmo próxima da família Min, não é? — Taehyung perguntou curioso, mas cauteloso.
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  — Tae, a mãe do Yoongi é doida! A relação dele com os pais é um pouco caótica.. Não, pouco não. A relação dele com a mãe é uma confusão só! E a mãe dele não tira da cabeça a ideia de que eu vou me casar com o Estranho… Vê bem! Eu e o Yoongi… Pfff.
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  Taehyung mordeu os lábios um pouco incomodado com o assunto, doido para perguntar mais para ela e se segurando. então voltou a olhar para ele ao notar o silêncio repentino e sua ficha caiu sobre o que o assunto poderia ter gerado.
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  — Olha Taehyung… Eu não sei se você ainda tem alguma dúvida, mas… Nunca tive nada com o Suga, ok? Essa situação toda gerada pela mãe dele é um erro da cabeça problemática dela. Ela acha que eu posso e irei controlar o Yoongi como ela…
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  — Tudo bem , não precisa me dizer nada. Você é livre para ter o que quiser com o Yoongi ou outro…
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  — Tae… — suspirou e disse por fim tomando coragem: — Eu não sei ainda por qual motivo, mas ultimamente, me incomoda muito você achar que eu e o Yoongi tivemos algo. Eu não quero que você pense que eu saio com quem eu não saio. Ainda mais o Yoongi! Não tenho nenhum problema de assumir pra você com quem eu esteja saindo, porque é a verdade, mas o Suga e eu nunca tivemos nada.
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  — Eu não te chamei para falarmos de nada disso, … — Tae engoliu a saliva de um modo ansioso e sorriu sincero ao tentar mudar o assunto, explicando: — Na verdade, eu só quero desenvolver o que falta entre a gente.
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  Taehyung não pretendia com aquele pedido para ver naquela noite, conversar sobre a situação dela com Yoongi ou qualquer outro. Ele não pretendia conversar se quer sobre os dois, só queria passar um tempo com ela, revê-la após a viagem, até porque, desde que eles jantaram com os amigos no dormitório que não se viram mais. Então, quando ele mencionou que “queria desenvolver o que faltava entre eles”, Tae estava se referindo a passar tempo juntos, se aproximarem. Entretanto, na noite seguinte já seria o encontro que ele tinha marcado com ela, o esperado “date”, e o mesmo sobre o qual Jungkook avisou-lhe para ser sincero com a escritora, pois, provavelmente, ela esperava um encontro romântico. E bem, até poderia ser, se Tae não tivesse descoberto recentemente que ainda se incomodava com a ideia de que Yoongi e ela poderiam ficar juntos um dia, assim como, ele também descobriu após a primeira sessão de terapia e após a conversa com JK naquela manhã, que ele não desejava forçar uma aventura amorosa com ela diante tantas inseguranças que havia em seu coração. Inseguranças não apenas sobre ele e a escritora, mas sobre si, seu próprio trabalho, sua auto estima…
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   ouviu aquela frase: “Na verdade, eu só quero desenvolver o que falta entre a gente”, e não compreendeu do quê exatamente Tae estava falando, por isso o olhou curiosa, mas com um brilho nos olhos que demonstrava muita esperança ao perguntá-lo:
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  — Como assim? Desenvolver o que falta entre nós, seria… ?
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  Taehyung olhou rapidamente para ela e identificou toda a expectativa da autora de que eles talvez, fossem entrar no assunto que o mesmo tentava adiar para o outro dia. Não só sobre Yoongi e ela, mas como sobre o que Tae havia decidido a respeito de envolver-se com ou não. Lembrou-se de novo de Jungkook dizendo: “seja franco com a noona”, e com medo de que estragasse o encontro da noite seguinte, mas com a coragem de colocar alguns pontos e vírgulas nos devidos lugares, ele decidiu-se:
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  — Aish… Não achei que fôssemos entrar nesse assunto hoje… — Tae suspirou parando o carro em um semáforo, a encarou cauteloso e sério ao perguntar: — O que você espera do nosso encontro de amanhã, ?
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  — Sinceramente, não faço ideia. Eu não crio expectativas sobre o que vai acontecer entre nós desde a boate. Eu apenas quero estar com você e passar um tempo juntos. No dia do jantar, por exemplo, eu não esperava que a gente fosse ficar ou algo do tipo. Claro que se tivesse rolado eu ia curtir, mas na real, eu só queria me aproximar porque parece que entre a minha amizade com todos os meninos, nós dois somos os mais distantes um do outro. E olha que eu nem tenho tanto contato com vocês no dia a dia…
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  — Eu também sinto isso… Sinto que tivemos nosso tempo atropelado e de repente tem muita expectativa em volta… — Tae respondeu olhando de novo para a pista, já que o sinal havia aberto. — Como se a nossa amizade já tivesse a intenção clara de começar se pegando, e… Eu não quero que seja assim com você, não quero ser como os outros caras e nem pensar na sua relação com eles, porque eu não estou pronto para lidar com isso.
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  — Eu entendo. Aquela noite, na cozinha… A gente… Eu achei que você fosse me beijar, na verdade, mas senti que se tivesse acontecido ia parecer forçado. Nós não sabemos muito um do outro. Não além das figuras públicas é claro, então… Por que é que você deveria me beijar? Só porque existe uma atração física entre nós? Eu fiquei pensando nisso na viagem, sabe…
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  — Na sua viagem para a Tailândia? — Tae perguntou confuso, mas sentindo o coração aquecido por ela ter pensado nele enquanto estava lá.
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  — Sim. Pode parecer esquisito, mas você foi a primeira pessoa em quem eu pensei quando cheguei na ilha de Phuket.
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  — Sério? — Ele perguntou um pouco orgulhoso e tímido. — Por quê?
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  — Sei lá… Você me veio na cabeça. Acho que eu só percebi que tudo me lembrava de você. Era uma praia linda, tranquila, isolada… Um lugar paradisíaco que faz a gente querer ficar perto, por mais distante que seja. Essas coisas….
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  — Não sei se fico feliz por te lembrar algo paradisíaco, ou triste por te lembrar algo distante… — Tae comentou suspirando e trocando olhares entre ela e a rua.
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   suspirou pensando em suas memórias:
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  — Eu tive tempo pra pensar em mim, na minha vida… E como você ficava surgindo na minha cabeça eu pensei muito em nós dois. — Ela olhou de volta para Tae, e viu o garoto engolir a saliva de forma nervosa. — Eu acho que nós dois podemos assumir que sentimos uma atração um pelo outro, certo?
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  — Ce-certo. — Taehyung assumiu, ansioso, passando a língua nos lábios.
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  — Mas acho que eu percebi que eu não quero só ficar com você Taehyung. — confessou fazendo o rapaz a olhar rápido, mas curioso. — Se fosse isso, você não me afetaria tanto. Eu quero te conhecer melhor, saber coisas sobre você que só uma amiga poderia saber e, se essa atração física que temos, persistir, então que a gente fique um com o outro, mas não porque é o que todo mundo espera. Não porque eu acho você extremamente sexy e fico absolutamente curiosa pra provar sua boca e seu gosto… Mas porque nós dois estaremos na mesma sintonia. E nesse momento eu não sei se a minha sintonia é a mesma que a sua.
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   falou clara e calma, apesar de ser intensa em suas palavras e transparente em sua descrição. Taehyung soltou a respiração que prendia sem notar, parando o carro em outro semáforo. Ele estava absolutamente mexido com a confissão dela dizendo que o achava sexy e queria prová-lo.
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  — Uau. Você… Disse tudo isso sem hesitação… Você é mesmo prática. — Tae sorria um pouco bobo com as emoções que sentiu ao ouvir tudo aquilo, e ao mesmo tempo feliz por que, o que dissera que queria, não era diferente do que ele descobriu que queria com ela. Mordeu o lábio de modo contido, a fim de esconder a vontade de sorrir ainda mais e disse: — Então sobre o que você espera de amanhã?
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  — Você fez que tipos de planos? — perguntou após uma pausa silenciosa.
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  — Eu estava com medo de te decepcionar de novo. Há algumas semanas, após aquele jantar e também durante os dias que você viajou, o grupo passou por algumas sessões de terapia… Os garotos e eu, estamos todos um pouco, emocionalmente desajustados com nosso trabalho e vidas, enfim… Não que isso tenha a ver com o assunto, mas é que, depois das sessões e conversando com o Jungkook, eu percebi que não quero só isso… Não quero só te beijar, ficar uma noite ou duas, ser o seu flerte ocasional ou manter apenas uma ligação física.
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  Taehyung revelou e sentiu a necessidade de prestar mais atenção no momento da conversa, então parou o carro com o pisca alerta ligado no acostamento, para dizer aquilo olhando para ela com a mesma coragem que ela demonstrou — e que há pouco ele chamou de praticidade — em abrir seus sentimentos sem hesitar:
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  — Eu também quero te conhecer, entrar na sua vida como um grande amigo e depois… Ter a certeza de que quando ficar contigo, não vai ter outro. Eu quero fazer você se apaixonar por mim, . Eu quero você pra mim, e isso não vai acontecer com um encontro casual ou dois, como aconteceria se eu tivesse ligado pra você meses atrás e tivéssemos feito a coisa do jeito que todo mundo esperava. Eu demorei demais para flertar desse jeito…. Além do mais, você está certa! Não é essa a minha sintonia. Eu estou em outro momento da minha vida e carreira que não me permitem saber como agir… Digo, eu não quero ser irresponsável emocionalmente com ninguém, nem com você e nem comigo. Então, se eu te conquistar, eu preciso assumir isso conscientemente.
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  Foi a vez de se sentir eufórica e fora de si. Ouvir tudo aquilo com os olhos de Taehyung tão vibrantes sobre os seus, e a voz grave e baixa dele que não só demonstravam a seriedade imposta ao momento, mas mostrava a ela uma versão tão máscula condizente com a atitude de homem; e não a atitude de um menino… Kim Taehyung era o ponto fraco que não tinha a menor vontade de evitar. Ela respirou profundamente e começou a rir, nervosa.
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  — Pelo amor de Deus Taehyung, você faz isso de propósito? — ria mexendo no cabelo e se abanando sentindo-se abalada e com nenhum problema de demonstrar aquilo: — Quer me enlouquecer? Como você simplesmente diz isso assim… “eu quero você pra mim”… Meu Deus, eu… Olha…
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   levantou a mão com o dedo indicador como se fosse apontar para ele, mas hesitante, apenas olhou na direção dele em tom de aviso:
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  — Você tem que se responsabilizar se, em uma dessas eu simplesmente te agarrar, Kim!
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  Tae riu se sentindo vitorioso e um tanto travesso, e se lembrou de Jungkook dizendo-o:
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  — JK disse que eu quero entrar no seu cérebro até você definhar. Mas, juro que não é isso. Eu só quero ser o único e ter confiança nisso. E nesse momento, eu sei que não só eu não seria pra você o único, como eu não daria conta de ser. Então, se você me deixar ir devagar e aos poucos… — Tae suavizou sua face começando a rir pela referência da piada de Jungkook da qual ele citaria, buscando deixar o momento mais descontraído entre os dois: — Por favor, tente não definhar enquanto eu arrumo a minha mente confusa e invado o seu coração, ok?
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   assentiu rindo também e entendendo o que ele disse. Aos poucos, o riso foi diminuindo, os olhares deles se tornando mais compreensivos um sobre o outro, e o silêncio surgia como uma necessidade confortável para digerir as revelações trocadas. Taehyung retomou a direção do carro, os dois numa atmosfera densa de pura tensão e pensamentos. compreendia o que ele queria fazer e como, e concordava que de certo modo desejava o mesmo, mas também se pegou pensando: quão problemático seria se eles se beijassem no processo? Se ela quisesse dar uns “amassos” nele, Tae permitiria?
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  Por parte do trajeto eles seguiram risonhos, mas calados. Cada um ponderando as confissões feitas, e se suas atitudes teriam sentido, até dizer:
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  — Você, pode me dizer só… Se eu devo evitar te beijar quando me der vontade? Eu ainda não entendi o quão problemático isso pode ser no meio desse seu processo de se organizar e me conquistar.
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  — Pode me beijar. — Taehyung declarou direto e com uma entonação sensual causando nela outro arrepio, e sorrindo, complementou mantendo o foco: — Desde que você saiba que o peso disso não é só físico pra mim, eu não vou evitar se você quiser.
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  — Você se consideraria demissexual, Taehyung? — perguntou-o, mas o rapaz não compreendeu.
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  — Pode me explicar o significado?
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  — Se relaciona à orientação sexual onde uma pessoa, independente do gênero ou preferências, sente pouca ou quase nenhuma atração sexual num primeiro momento, precisando de uma conexão emocional maior para isso… — explicou de forma rápida, o raso conhecimento que tinha sobre o assunto: — É como se primeiro você tivesse que desenvolver laços afetivos, maior intimidade e conexão com sua parceira, com um peso emocional maior do que o físico. Em alguns casos, para a pessoa demissexual, nem mesmo o sexo precisa existir numa relação.
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  — Definitivamente, eu tenho muito desejo físico por você, . Eu realmente quero muito esse tipo de contato um dia… — Taehyung falou risonho e a olhando de cima a baixo passando a língua sobre os lábios — Mas…. eu nunca havia escutado esse termo, então, não sei se é sobre isso.
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  — É que me parece que você está evitando essa aproximação mais corporal, para prevalecer uma relação íntima entre a gente, certo? — perguntou na busca por melhor entender os sentimentos de Tae.
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  — Não é sobre evitar que a gente se beije ou algo mais, claro que não! Eu só não quero ser apenas isso pra você: um amigo colorido ou uma aventura casual. Eu quero mergulhar em você de corpo e alma, pensando que a gente vai ter um futuro, mas no momento, eu estou tentando lidar com algumas inseguranças minhas e também sobre você.
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  — O quê em mim te causa insegurança? O fato de eu sair sem compromisso com outros caras?
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  — É, isso também… — Tae respondeu se sentindo um pouco desconfortável. Não queria adentrar tanto naquela seara com , mas, ao mesmo tempo, sentia que deveria. Por mais constrangedor que fosse para ele admitir suas fraquezas a ela, a conversa tinha tudo para ser um marco importante naquele dito “futuro”, que ele desejava tanto costurar aos poucos com a mulher. Por isso, apesar de um pouco desconfortável e até mesmo cuidadoso, Taehyung continuou dando margem à expor seus pensamentos: — Não sei explicar a raiz dessa questão, mas o Jungkook me falou que talvez seja um medo que eu posso ter de ser deixado de lado em algum momento por você.
escutava tudo com um interesse tão grande, que era como se Taehyung fosse lhe dar todas as respostas para suas indagações íntimas sobre ele e sobre o que ele causava nela, desde que o conhecera.
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  — Geralmente eu sou sincera, Tae. Quando e se, o meu interesse acabar, eu vou ser franca sobre isso. Eu não brinco com os sentimentos de ninguém. As expectativas do outro… É uma coisa que eu sempre tento entender, sabe? Por isso, saber quanta distância você quer impor entre nós é importante para mim, porque eu vou respeitar sempre os seus limites.
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  — Não é sobre você e eu mantermos distância, o que eu estou dizendo é que eu quero um relacionamento com você , mas no momento, quanto aos meus impulsos eu prefiro ser cauteloso. Porque eu não quero mergulhar em algo que eu não saiba dar conta, entende? Eu não quero te frustrar de novo, pedindo o seu telefone e não te ligando, por exemplo. Não quero beijar você e parar, e nem dividir você com outras pessoas se tratando de relacionamentos abertos… Digo… Eu quero ser o único homem da sua cama, mas eu não quero só a cama, eu quero seu coração porque é isso que eu vou entregar pra você quando a gente começar a se envolver. Entende? Se a gente ficar, eu quero exclusividade e entrega de nós dois porque pretendo fazer durar.
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  — Entendo… E por isso, você prefere que a gente conheça melhor um ao outro… Os planos, sonhos, a vida… Eu entendo. — respondia à medida que mentalmente ia concluindo o quebra-cabeça de Kim e todas as coisas que ouvira dele até então: — E como tem coisas demais pra você lidar com o próprio emocional, você precisa ir por partes.
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  — É isso.
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  — Bem, eu posso ir no seu ritmo… — assumiu sorridente e suspirosa, depois, como uma pessoa empenhada em tornar as coisas entre eles ainda melhor, perguntou: — Tem algo que eu possa fazer pra te ajudar também quanto a nós dois?
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  — Só de você me permitir este tempo próprio já é incrível . Geralmente, as pessoas não entendem o meu tempo e espaço, me compreendem como um cara frio ou arrogante, até desinteressado. Mas é que eu sou assim… — Tae deu de ombros sem saber pôr em palavras a própria personalidade — Eu não tive tempo até agora para me preocupar com alguém para dividir esse tipo de afeto comigo, porque meu círculo de amigos é sempre o mesmo… Meu círculo de confiança estava bem… Até você chegar e eu querer te incluir. Só que eu preciso fortalecer minha autoestima, me sentir à sua altura, porém, não quero continuar fazendo tudo isso distante de você.
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   assentiu entendendo que Taehyung estava falando mais dos sentimentos e atitudes dele, do que necessariamente ditando o que ela poderia ou não fazer.
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  — Talvez eu lhe pareça um pouco possessivo agora, não é? — Ele perguntou ao ver que ela não respondeu.
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  — Não sei se é isso. Não me parece que você esteja sendo possessivo, eu vejo que você é intenso. Não quer se jogar no escuro, não quer apenas sanar o desejo… Você espera mais da gente, não é? — se virou um pouco no banco, para observá-lo melhor enquanto ele ainda dirigia.
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  — Você vai rir se eu disser que imagino nós dois namorando sério? Eu faço isso… Projeto um cenário imaginário de futuro pra entender como me sentiria. Pode ser uma forma de autodefesa, mas se tratando de você, desde que te vi, me empolga a ideia de um dia você ser a minha garota… — Taehyung explicou calmo, porém falou baixo evitando olhar para , por se sentir um pouco mais constrangido.
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   não evitou sorrir largamente achando fofo o que ouviu: “ser a minha garota”. E perguntou ainda mais fascinada por aquele Taehyung todo “tântrico”, como um príncipe da Era antiga coreana, um homem sensível e quase transcendente em relação ao amor.
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  — Você sempre foi assim com suas namoradas?
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  Taehyung soava aos olhos dela um ser puro que agora a própria não sabia dizer se era muito ou pouco para ela, mas logo que ele a respondeu sua pergunta, ficou ainda mais excitada com a ideia de conquistá-lo:
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  — Eu… — Taehyung pigarreou — Nunca namorei ninguém… Você é a primeira com quem eu quero fazer isso, e espero que seja a única.
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   sorriu de orelha a orelha, como se o último bilhete premiado da fábrica Wonka estivesse nas mãos dela. Ficou em dúvida se ele falava de namoro ou de virgindade também, mas sentiu-se extremamente honrada e feliz de saber que, independente das experiências que ele tinha ou não, ele queria que ela fosse a sua primeira namorada e única. Taehyung então, era aquele tipo que todo amor é o amor da vida toda até que se prove o contrário.
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  — Isso… É ruim pra você? — Ele perguntou um tanto amedrontado de que o achasse estranho, confuso, imaturo e pouco viril.
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  — De forma alguma! Eu sei que vocês foram mantidos sobre outras experiências de vida por conta do confinamento diante do trabalho e que talvez, algumas coisas tenham se sobressaído à outras nas suas vidas. A adolescência de cada um foi entregue ao BTS, não é? Você vai completar 20 anos agora… Quer dizer… 21 na idade coreana, ou seja, está só começando a vida adulta.
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  — Aish… — Ele murmurou um pouco brincalhão estalando a língua e fazendo careta para ela: — Você me faz parecer muito mais jovem do que você, e como se eu fosse um garoto que acabou de sair do colegial.
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   gargalhou e se desculpou:
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  — Não foi minha intenção! Eu só tenho 22 anos… Não, espera… 23. Eu não me acostumei com o sistema de contagem de vocês… Enfim… — Ela ria explicando e escorou a cabeça no banco do motorista relaxando ainda mais com a conversa: — Nossa diferença de idade é pouca, mas nossas experiências de vida talvez sejam mesmo bem diferentes. Eu comecei a namorar com 18 anos, e numa ótica cultural bem diferente da sua. Então, é normal que você não tenha namorado ainda, Tae. Não se envergonhe comigo por isso!
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  — Eu ainda pareço um garoto que acabou de sair do colegial com você falando assim… — Tae reclamou ainda rindo junto com ela.
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  — Um garoto que acabou de sair do colegial não faz 1/3 das coisas que você já fez, e sequer conquista o que conquistou, Tae.
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  Outro semáforo e Taehyung freou levemente, passou a marcha do carro e jogou a cabeça um pouco para o lado a fim de tirar o cabelo dos olhos, de um modo que achou ainda mais sexy agora que tinha em sua mente uma imagem ingênua dele. “Você é muito pervertida, !”, ela pensou recriminando-se enquanto o encarava.
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  Tae olhou-a, sorrindo contido e feliz de ter sido sincero com ela. Falou até mais do que pretendia, compartilhou com ela, coisas que não achou que compartilharia ainda. Mas, tudo simplesmente fluiu de um jeito natural e respeitoso entre eles, e o mesmo reconheceu isso:
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  — Não imaginei que nosso diálogo seria tão livre assim. Tive medo de que a sua reação com tudo o que eu disse até aqui fosse diferente… Ainda estou com medo de você ver que é boa demais para um romântico inexperiente como eu.
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  — Pelo contrário, Taehyung. — confessou: — Acho que eu é quem tenho muito a aprender contigo, e pra ser sincera, esse seu “eu” recém-descoberto, me faz querer conhecê-lo ainda mais.
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  — Fico feliz com isso! — Ele sorriu mais aberto, mais aliviado e sincero, com uma expressão de criança que ganhou um elogio da professora dando partida no carro após o sinal abrir — Eu prometo que vou te trazer pro meu mundo, cada vez mais. Só que… Talvez seja diferente do que você esperava desde o início.
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  — O fato de você reconhecer que não consegue e não quer lidar com uma relação aberta ou sem rótulos já de cara, é muito maduro e responsável, Tae. Você está impondo o seu limite, e eu aprecio isso. Eu vou me esforçar pra fazer você se apaixonar por mim também… Eu quero isso, mas sem precipitações. Do seu jeito. — falou tocando a mão dele que estava sobre a marcha e, para quebrar o clima sentimental, ela riu zombando-o ao lembrar: — O Yoongi já tinha me dito que você é um romântico à moda antiga, que pensa em entrar em algo que terá um futuro com alguém um dia e não só passar o tempo, mas não imaginei que me sentiria uma concubina tentando desvirtuar o precioso príncipe da dinastia Kim… Sabe? É coisa de mangá e dorama histórico…
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   gargalhou e Taehyung entendeu. Ele estava mesmo parecendo um personagem de quadrinhos ou de dramas antigos. Então ele sorriu um pouco envergonhado porque aquela imagem de cavalheiro arcaico e inalcançável que os amigos zombavam dele, foi a mesma que havia chegado até ela.
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  — Quem sabe um dia você não escreva um roteiro para mim, em que de fato eu seja o príncipe intocável, precioso e ingênuo de uma dinastia?
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   riu ao imaginá-lo no papel e mencionou lembrando-se de novo da conversa com Maurer:
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  — Depois dessa conversa, eu acabo de notar que eu quero que você seja o protagonista do meu romance. Então… Vou me esforçar pra ser a sua musa inspiradora também.
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  — Bem… Você já é. Desde que eu entrei naquele palco e vi o seu sorriso, seu jeito espontâneo, toda orgulhosa em falar do seu trabalho…
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  Taehyung dizia dirigindo com um sorriso nostálgico no rosto, e um brilho nos olhos como se estivesse revendo o cenário do dia que se conheceram na avenida em sua frente. Suspirou e fez uma careta fofa, dizendo com um biquinho infantil:
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  — Vai soar piegas, e certamente se você contar isso para o Yoongi ele vai zoar até a minha quinta geração, mas… — De repente a postura de rapaz envergonhado deu lugar ao olhar de homem misterioso e devotado de novo — Eu não via mais nada além de você aquele dia, era como se eu tivesse encontrado alguém que já esperava há muito tempo… Tudo parece colorir quando você chega, então… Seria muito cafona ou prematuro se eu disser que acho que você pode ser a minha alma gêmea, senhorita ?
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   sentiu o coração palpitar e estava disposta a amaldiçoar Kim Taehyung se tudo aquilo fosse um personagem cafajeste de um filme clichê, utilizado por ele apenas para enganar a mulherzinha frouxa que havia dentro dela, e que de algum modo ele já houvesse percebido. Para ela, das duas coisas uma era verdade: ou Tae era muito puro, ou era o maior sedutor que ela havia se deparado naquele país até então.
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  — A gente vai descobrir se eu sou enquanto vamos devagar, se conhecendo. E quer saber? — perguntou retoricamente respondendo convicta: — Você não vai encontrar dificuldades para fazer eu me apaixonar por você. Não se preocupe porque quando você estiver emocionalmente pronto para se jogar inteiro em um romance só nosso, eu já estarei te esperando.
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  — Eu espero que sim. Sei que talvez haja outro que consiga te conquistar antes, ou assumir o tipo de aventura aberta que você prefere e eu sou incapaz agora.
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  — Está falando do Jay Park? — perguntou curiosa, confessando franca sem aguardar resposta dele: — Tudo aquilo são apenas rumores da mídia, e o que eu e ele temos é só sexo. Estamos conscientes disso, entre ele e eu, é justamente o contrário do que você quer.
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  — Tudo bem mesmo para você se formos apenas amigos agora? — Taehyung perguntou com uma centelha de desconfiança sobre estar certo quanto aos sentimentos dela recém confessados, ou se ela apenas estava dando o espaço e tempo que ele precisava para se ajustar. — Quero dizer… Você pensa em que tipo de relação duradoura você vê no seu futuro?
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   parou de olhar para ele e focou nas faixas pintadas na estrada, mordendo os lábios, pensativa sobre a pergunta. Logo, sua mente retornou para a mais recente viagem.
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  — Um romance como os que eu escrevo… — murmurou com as falas do amigo em Phuket ressoando em sua mente mais uma vez — Mais do que uma aventura passageira….
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  — Pode ser que você tenha outras opções, e eu não quero me apegar à ideia de que você estará me esperando, . Por isso prefiro que a gente não se frustre, e apenas… Vá se conhecendo, se tornando parte da rotina um do outro. E nos permitindo se entregar um ao outro conforme formos sentindo confiança mútua para isso.
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  — Você está tentando se preservar também, eu compreendo. Acho que o que eu quero no futuro… — Ela retomou a reflexão sobre aquilo: — Ainda não é algo que eu tenha definido completamente. Por isso, precisamos, os dois, nos alinhar com os próprios sentimentos. Só que eu não vou prometer que vou lidar com isso do mesmo jeito que você!
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  — Claro que não! Nós temos personalidades diferentes. Enquanto eu preciso mergulhar em mim pra me entender, você consegue fazer isso se divertindo do seu jeito. — Tae mencionou mordendo o lábio inferior e dizendo sério: — Eu compreendo, e não posso acompanhar esse ritmo. Por isso ver você com outro cara me irrita, mas não sou aquele que vai entrar no jogo. Não é meu perfil, odeio a ideia de ter que competir pela sua atenção com outro homem… Pode parecer que eu estou abrindo mão ou desistindo, mas eu sou diferente desse jeito… Não é que eu não queira, eu só não acho que devemos nos desgastar pra ser importante pra alguém… Isso te frustra?
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  — Não mais, você está me explicando o que eu não entendia. É o seu jeito, o seu ritmo, como você disse… ‘Tá tudo bem! Eu vou aprender a lidar com isso como for possível e melhor para nós dois. — sorriu e tocou a mão dele apertando-a ao dizer: — Mas sabe… Se você soubesse o que me causa, não teria medo das outras opções que se colocam à minha frente e nem se preocuparia em entrar em duelos românticos.
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   confessou e sorriu, ao ver que haviam chegado e Tae estava estacionando. Logo, ela avistou também a barraquinha de Odeng que estava aberta, então a apontou, mudando finalmente o assunto:
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  — Ali está! O melhor Odeng da região!
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  Taehyung sorriu e depois que ele colocou a máscara no rosto, os dois desceram e espontaneamente entrelaçou o braço ao dele para se apressar até a barraquinha. Tae sentiu o corpo reagir imediatamente ao toque dela, sentindo-se tenso.
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  Ela tinha mesmo aquele jeito “despojado, livre, carismático ou grudento” como disseram os amigos ao mencionarem entre si, o comportamento dela de querer sempre estar abraçada ou mantendo algum contato físico. Tae se lembrou da conversa com os amigos enquanto a escritora falava com a senhora que atendia na barraca.
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  — Já li que os povos latinos são mesmo mais calorosos, mas que mesmo na América Latina, nenhum é como o povo brasileiro. Eles lidam com a corporeidade de um jeito muito único, gostam de beijar, abraçar, demonstrar carinho corporalmente, e não tem o mesmo pudor quanto a maioria de nós. — explicava Namjoon.
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  — Isso faz muito sentido! A sempre está tocando na gente, ela pode não ser grudenta, mas se repararem ela nunca chega e fica sem nos abraçar ao menos uma vez! É despojado esse jeitinho dela, lembram no programa de TV? Ela é cheia de carisma, eu gosto disso. Parece livre. — dizia Jimin.
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  — Ela é grudenta isso sim! Tem mania de beijar a bochecha de todo mundo que dá abertura. Vocês precisam ver no escritório dela, ela abraça e beija o rosto das pessoas quando chega! Não sei como não processaram ela por assédio ainda! — Yoongi resmungou se metendo na conversa.
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  — Ah, eu adoro esse espírito livre dela! — Hobi também comentou entre eles — Eu queria poder me soltar mais também… É um jeito que torna a vida mais leve, eu acho. Já pensaram se a gente saísse beijando e abraçando todo mundo por aí? Ia ser divertido!
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  — Ou escandaloso… — comentou Jungkook — Se entre nós já tem quem crie várias especulações com nossa proximidade, imagine se a gente abraçasse quem nem conhecemos direito? Aish… Me deu um pouco de medo em imaginar.
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  — Ela não me abraça tanto, será que ela me odeia? Ou ela só se sente muito apaixonada com meu lindo rosto sempre que chega perto?
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  — Ela não te odeia e nem se apaixona, Seokjin. É que você é chato mesmo! — Yoongi zombou o outro amigo.
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  Pegando seu pedido, pediu dois caldos para eles beberem junto com o Odeng.
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  — Não quer soju? — Taehyung perguntou sacudindo a cabeça afastando a lembrança e sentindo o coração aquecido ao ver o braço dela ainda entrelaçado no seu.
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  — Não Tae, eu já bebi na casa do Chang! E soju em excesso me causa amnésia alcoólica, sem falar que amanhã tenho trabalho.
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  — Hm, bom saber. Não achei que sua resistência a soju era baixa para quem bebe tequila daquele jeito!
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  — Eu também não sei o que acontece! — gargalhou e depois que pegaram seus pedidos começaram a caminhar, ainda de braços dados, com Tae segurando a caixinha de Odeng, e o seu caldo. A mulher logo perguntou espiando em volta: — Ei, podemos comer?
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  — Acho que sim, só tem nós dois andando desse lado. Ninguém vai notar que sou eu, acho. — Tae falou olhando ao redor, e já distantes da barraquinha, sendo o único casal caminhando daquele lado do riacho, logo, abaixou a máscara de Tae. Ela segurava o próprio caldo, dividindo mordidas no espeto entre ela e Tae, dando na boca dele, já que as mãos do rapaz estavam ocupadas. Eles caminhavam risonhos e divertidos entre si, com bem menos pesos e tensões de uma aproximação esquisita como estava sendo antes de toda aquela conversa franca.
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  — O que você quer fazer amanhã?
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  — Você já não tinha tudo planejado?
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  — Sim, mas eu ainda quero saber o que você prefere. Vai que a minha escolha é ruim? Ainda dá tempo de mudar.
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  — Ah é… Você está na missão de fazer eu me apaixonar por você, ou melhor… Invadir meu cérebro até eu definhar… Não é? — comentou rindo e fazendo Taehyung gargalhar, mas concordar dando de ombros.
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  — Eu pensei em irmos a um parque de diversões. Tem tempo que não me divirto assim e com o lançamento do “The Most Beautiful Moment in Life – parte 2” no final do mês, os nossos compromissos serão apertados então, não terei outra folga boa para isso. Mas, quero fazer algo que você também queira!
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  — O Lotte World? Ele funciona à noite?
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  — Até às 22 horas. Podemos ir mais cedo se você preferir, de qualquer modo estou de folga amanhã.
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  — Eu trabalho até às cinco da tarde, podemos ir direto para lá e sair para beber depois, o que acha?
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  — Defina “sair para beber”… — Taehyung perguntou sabendo que ela era um tanto mais baladeira do que ele.
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  — Me surpreenda! Eu só disse para gente beber juntos. Você foi bem mal educado com a minha tequila daquela vez, então me deve isso! Pode ser até na minha casa se quiser.
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  Taehyung sorriu largo dando outra mordida no petisco e, tal como ela, sendo espontâneo, beijando o rosto da escritora mencionou:
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  — Eu estou ansioso para conhecer o seu cantinho, confesso, mas dessa vez deixe que eu planeje tudo!
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  — Ok… Na próxima eu te chamo pra comer lamen na minha casa. — Ela zombou o olhando maliciosa.
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  Os dois riram e sentaram-se na escadaria abaixo da ponte do riacho, onde havia ainda mais privacidade do que ficar caminhando e correndo o risco de serem reconhecidos. Conversaram animados sobre a viagem de , sobre a terapia — que o Tae contou para ela ter sido pedida por Namjoon para todos os membros —, e Taehyung ainda contou sobre como estava se sentindo em relação ao trabalho no álbum e à agenda futura. Nem perceberam o horário passar e quando decidiram ir embora, o relógio já marcava duas horas da manhã!
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  — Então amanhã eu te pego aqui às sete? — Tae perguntou já encostado no banco do carro, estacionado em frente ao sobrado onde morava.
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  — Estarei prontinha! Vai vir com o carro do Estranho de novo?
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  — Não sei. Talvez eu chame um carro particular. Eu vou dormir no apê do hyung hoje, mas não sei dos planos dele para amanhã.
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  — Ele saiu com a Maya?
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  — Maya? — Taehyung perguntou confuso — É o nome da garota que o Namjoon falou que ele está interessado?
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  — Sim, até onde sei, ele só dorme fora do apê quando está no dormitório, quando está na GL, ou quando está com ela.
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  — Hm, não sei. Ele não parecia animado para quem sairia com uma garota, estava estressado.
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  — Então é ela. Passar a noite trabalhando nunca estressa o Yoongi, não é? E dada a quantidade de burradas que ele pode cometer com uma mulher, essa é a razão do estresse. — declarou risonha, querendo não sair do carro. Se deitou ainda mais ao banco olhando para Tae com um sorriso preguiçoso: — Eu estou enrolando para sair.
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  — Eu também não quero me despedir. Hoje foi incrível. Foi especial e muito bom saber que entre nós a conversa é assim… Gostosa e leve. Acho que devemos instituir um hábito de sairmos em todas as brechas das nossas agendas para passar um tempo juntos, ou só fazer algo! Eu adoraria! Nem vi que ficamos quase três horas falando sobre tantas coisas!
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  — Eu apoio! Amanhã discutimos como faremos isso! — sorriu abertamente e desafivelou o cinto — Eu tenho que ir, antes que acabemos dormindo no carro.
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  — … — Tae pegou na mão dela assim que ela soltou-se do cinto — Obrigado. Obrigado por me compreender, por ser franca e…
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  — Shiii… — Ela interrompeu levando um dedo indicador aos lábios dele e sorrindo emocionada, a mulher lhe disse: — Não precisa agradecer. Você me pediu para deixá-lo me amar do seu jeito, mostrou que não quer só transar com uma mulher atraente, mas que deseja entrar com responsabilidade na minha vida Tae. Você poderia muito bem vir, fazer uma bagunça no meu coração e não assumir nada. Mas você me quer. Eu não acho que precise me agradecer por isso.
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  Taehyung sorriu e beijou a mão dela que ele segurava, e apoiando o braço no volante, com uma das mãos brincando com os dedos da mão dela, ele a encarou sorrindo e fechou os olhos orgulhoso de si, respirando fundo antes de dizer:
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  — Eu ainda acho que eu não sou bom o suficiente para você, mas eu prometo que depois que eu entrar na sua vida, eu só sairei se você quiser!
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  — Eu preciso sair desse carro agora, é sério. — riu mordendo os lábios, e de repente avançou rápida sobre ele, o deixando um beijo demorado no rosto, depois se despediu: — Sonha comigo, Kim Taehyung.
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  — Sonha comigo, . — Ele devolveu o beijo e o pedido.
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   saiu do carro acenando, atravessou a rua e subiu as escadas de metal externas do sobrado, sempre olhando para trás e acenando ao carro. Tae abaixou só um pouquinho o vidro para que ela o visse sorrindo como um bobo, e esperou ela entrar pela porta do cômodo do último andar do sobradinho, para então dar partida no carro, mordendo os próprios lábios, contendo todos os dentes que queriam ficar à mostra. Estava tão eufórico e feliz, que retornou para o apartamento do Yoongi cantando, rindo, sorrindo, e fazendo caretinhas fofas e animadas.
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[xxx]

  Quando Taehyung abriu a porta do apartamento, Yoongi havia chegado há poucos minutos. Suga observou o mais novo todo sorridente e feliz como alguém que estivesse sonhando acordado, e arqueou a sobrancelha com uma expressão desconfiada. Tae deixou as chaves no aparador, e se jogou no sofá rindo largo encarando o teto. Quando Yoongi ia largar seu copo de água para perguntar o que houve, Taehyung começou a se debater no sofá como uma adolescente apaixonada. Foi então que Yoongi começou a sorrir, porque Tae era mesmo fofo até quando agia estranho.
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  — O que foi, hein? Seu oppa confessou os sentimentos para você? — Zombou Suga, após deixar o copo sobre a bancada da cozinha americana e com braços cruzados se aproximar de Tae, que levou um susto ao vê-lo ali.
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  Logo a expressão de susto sumiu de sua face, dando novamente lugar ao sorriso alegre.
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  — Ei hyung! Achei que não voltaria hoje!
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  — Não vamos falar sobre isso. — Suga pediu sentando-se na poltrona da sala ainda curioso, com as pernas cruzadas e a mão sob o queixo analisando a felicidade de Tae: — Você transou com alguém?
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  — Melhor do que isso!
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  — Melhor? — Suga fez uma careta descrente e confusa — O que você estava fazendo?
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  — Eu estava com a
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  — E desde quando isso é melhor do que… — Yoongi parou de falar juntando os pontos, e perguntando assustado com a boca aberta, e um tanto curioso: — Aigoo! Foi com ela? Você transou com ela finalmente!?
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  — Por que tudo para vocês se remete a isso? — Taehyung perguntou nervoso sentando-se de uma vez no sofá e colocando uma almofada no colo, onde apoiou os braços cruzados — Não foi isso, mas ela e eu tivemos um final de noite maravilhoso, ficamos horas conversando e se conhecendo e… Uwa… Ela é perfeita.
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  — Está feliz assim porque aquela maluca ficou horas falando na sua cabeça?
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  — Ela pode ficar só em silêncio do meu lado por dias, que eu ainda vou sorrir, hyung.
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  — Meu Deus, isso é grave. — Yoongi mencionou assustado — Você não está só apaixonado pela , está muito apaixonado!
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  — Estou? Eu acho que já estou… — Tae perguntava mais para si, enquanto fazia caretas analisando seus sentimentos.
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  — Bem, vocês se acertaram então? Eu já posso quebrar a cara do Park sem ter culpa de estar batendo no casinho imundo dela?
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  — Sim para a primeira pergunta, mas quanto ao Park, eu não sei se ela vai terminar com ele agora… De qualquer modo, eu até apoio que você quebre a cara dele. Só não conta pra ela que eu disse isso.
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  Yoongi riu achando graça na reação de Tae, que finalmente havia expressado o quanto Jay e também incomodavam a ele.
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  — Ok, mas se vocês se acertaram porque ela ainda sairia com o Park? O que exatamente vocês vão fazer?
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  — Não ficamos e nem estamos ficando, a gente só vai deixar as coisas acontecerem com calma.
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  — Por Deus, Kim Taehyung! Como você consegue se conter? Ficar perto dela e não fazer nada… — Yoongi reclamou e o encarou percebendo a mesma cara que Tae fazia quando julgava os sentimentos de Yoongi — Digo… É a garota que você gosta!
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  — Chega de falar sobre ela com você. — Taehyung informou respirando fundo e analisando Yoongi — Por que voltou cedo? A Maya te mandou embora?
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  — Como sabe da…? — Suga começou a pergunta com olhos arregalados e então constatou: — A já fez fofoca da minha vida de novo!?
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  — Qual o problema? Você se meteu na minha vida amorosa, eu posso me meter na sua.
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  Taehyung parecia mais feliz e mais disposto a provocar Yoongi, inclusive. O hyung então coçou a sobrancelha e desabafou:
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  — Ela e eu nos reencontramos depois de algum tempo, e tínhamos brigado. Era pra resolver as coisas essa noite, eu deveria ter contado o que sentia, mas… No fim das contas, ela e eu só… Ficamos de novo, e ela me mandou embora em seguida porque tinha que pegar um avião logo mais…
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  — AH… Então foi só sexo. E isso te incomodou?
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  — Muito.
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  Taehyung começou a rir, divertido, vingado e percebendo a ironia. Não eram eles que o julgavam ou zombavam por desejar algo sólido antes de algo frívolo? E eis que agora Yoongi tentava deixar de ser apenas a opção sexual que melhor satisfazia a sua garota, para ser alguém importante para ela, e não estava conseguindo.
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  — No fim das contas, o príncipe intocável aqui é o que parece agir melhor… Que irônico…
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  Tae se levantou indo para dentro do quarto de Yoongi, que ficou sem entender o que ele quis dizer, mas logo foi indagando e o seguindo:
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  — Ei! O que isso quer dizer?
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  — Esqueça, hyung! Vamos dormir!
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  — Yá, yá! — reclamou Yoongi — Para onde você vai? Não vai dormir na minha cama, não é?
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  — Claro que vou! Você quer que eu durma no sofá quando cabem três pessoas aqui? — Taehyung murmurou indo até o banheiro de Suga com sua necessaire para escovar os dentes.
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  Yoongi tirou suas roupas indo para seu próprio banheiro já reclamando na tentativa de vencer a discussão:
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  — Não Taehyung! Você gosta de ficar dormindo pendurado nos outros! Não vamos dividir a cama!
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  — Oras hyung, então pode dormir no sofá, mas eu vou dormir na sua cama! Foi você que me chamou pra dormir aqui hoje dizendo que não voltaria… — Taehyung falou ao terminar de escovar os dentes e olhou para Yoongi entrando no chuveiro e zombou: — Não tem nada aí que me interessa, não se preocupe!
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  — Eu não quero saber de você dormindo agarrado em mim, ouviu!? — Yoongi gritou quando o amigo já tinha saído do banheiro.
Quando terminou seu banho e entrou no seu quarto já vestido com seu pijama, e esfregando os cabelos, Yoongi olhou para a cama e Tae já dormia com três travesseiros agarrados em si, inclusive o dele.
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  — Aish… Ele tinha mesmo que pegar meu travesseiro? — reclamou e foi até a sala pegar uma almofada no sofá, em seguida entrou no cômodo com seu celular nas mãos checando se tinha mensagens de Maya, mas não tinha. Então olhou de novo Tae dormindo, e sorriu ladino com ar de maldade. — Vou dar um presentinho pra minha amiga Estranha…
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  Yoongi tirou uma foto de Tae dormindo em sua cama, e outra, uma selfie onde ele sorria com Tae no fundo apagado entre os lençóis e enviou para com a seguinte mensagem nas fotos:
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Yoongi:
[foto do Taehyung dormindo]
Podia ser você ali do lado dele…
03:19 AM

[foto selfie de Yoongi rindo e Taehyung dormindo no fundo]
Mas serei eu a dormir do lado do seu amado inalcançável!
♥♥
03:19 AM

  Riu animado por provocar a amiga, e se ajeitou na cama pronto para dormir, quando a notificação vibrou em seu celular e prevendo que seria o xingando ou fazendo uma piada mal humorada, Yoongi abriu a conversa animado. Mas, o xeque-mate era sempre dela. enviou para ele uma selfie dela deitada em sua cama, com os cabelos soltos e espalhados de um jeito sexy, uma expressão divertida dando língua e ficando vesga, fazendo um mini coração com os dedos e vestida em uma camisola de seda rosa bebê, que não mostrava nada na verdade, mas o conjunto da obra… Yoongi sentiu a garganta secar, sem saber se aquilo era fofo ou totalmente sexy. E sem dúvida, a legenda da amiga zombando-os só piorava tudo! Junto com a selfie, escreveu:
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  Estranha:
  [selfie de ]
  Poderiam ser os dois dormindo do meu lado. Quem perdeu mais?
  03:20 AM

  Na ausência da resposta do amigo, enviou uma figurinha que era um meme de Jungkook rindo e escreveu também:
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  Estranha:
  [figurinha do JK]
  Tá pensando na resposta não é? kkkkkk
  Desiste Yoongi, eu sempre te deixo sem palavras,
  você não é tão bom em provocar quanto pensa, Estranho!
  Cuida do Tae pra mim, mas não toque nele.
  Ele é puro demais para você!
  03:25 AM

  Yoongi não respondeu mais, apenas fechou o aplicativo de conversas e fechou os olhos, frustrado, tentando finalmente dormir.
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26.

  A entrada da mangaká não estava lotada de repórteres, mas já via-se a incomum presença de alguns. estava dentro do carro de aplicativo, encarando a fachada da empresa.
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  — Senhorita? — O motorista chamou-lhe a atenção — Não é este o endereço?
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  — Ah… Por favor, ahjussi, pode aguardar um momento? Talvez eu tenha que ir em outro lugar antes…
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  — Claro senhorita.
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   sorriu agradecida e pegou seu celular discando para Chang. O empresário informou a ela que seu dia estaria totalmente cheio e que os repórteres estavam aguardando notícias da entrevista. Ele havia planejado que falasse naquela tarde, afinal, quanto antes lidassem com aquilo, melhor. Contudo, a escritora ainda não havia conversado com Park e, por tal motivo, Chanyeol aconselhou que ela fizesse aquilo antes de entrar na empresa.
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  — Certo… Pensei mesmo em despistar esse burburinho assim que cheguei.
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  — Está na porta da empresa? Bem, de todo modo, eles ficarão aí até a tarde com certeza. Vá falar com o Park agora de manhã, não tem como ser em outro momento mesmo.
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  — Eu farei isso agora então. Assim que terminar a conversa com ele eu retorno. — desligou a chamada e sorriu para o motorista dizendo: — Só mais um instante, por favor.
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  O senhor assentiu a olhando pelo retrovisor, e discou o número de Park, que não demorou em atendê-la.
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  — Baby! Bom dia! — Jay respondeu animado e ofegante — Como você está?
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  — Bom dia, baby. Estou bem… Eu preciso falar com você! E precisa ser agora. — foi direta tentando não dar dicas ao motorista sobre quem era a pessoa na chamada, pois, o homem estava curioso com a movimentação da imprensa na porta da empresa alguns metros à frente.
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  — Claro… Eu estou na academia da minha cobertura, você tem a senha então pode entrar.
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  — Libera minha entrada na portaria então, ok?
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  — , há algum tempo que você não precisa mais se identificar aqui, é só subir. — Jay confessou.
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  — Chego em alguns minutos, até logo.
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  — Ok…
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  Assim que encerrou a chamada, Jay ficou observando seu telefone enquanto corria na esteira. O que esperar daquela conversa? A escritora pareceu absolutamente séria e fria pelo telefone, e ele fechou os olhos, frustrado. Aumentou a velocidade da corrida e pôs-se a descarregar a pressão que começava a sentir, na atividade física.
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  — Ahjussi, neste endereço por favor. — falou confirmando a nova rota de viagem pelo aplicativo do motorista, e após confirmá-lo o senhor dirigiu discretamente.
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  Chegando ao condomínio de um bairro onde outras celebridades e pessoas ricas moravam, agradeceu finalizando a corrida e o pagamento automático, no entanto, ao colocar a mão para descer, o mais velho impediu-a:
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  — Senhorita! Por favor! — Ela o encarou e, o mesmo puxou algo do porta-luvas do seu carro — E-eu tenho uma filha… E…
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  O homem estava sem graça olhando para as mãos que segurava um embrulho em papel de presente, ainda aberto.
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  — Pode falar ahjussi. No que eu posso ajudar o senhor? — informou ao notar que ele sabia quem era ela, e desconfiada de que o embrulho escondesse um de seus manhwas.
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  — Ela me pede para comprar esses livrinhos desde o começo do ano, mas eu só consegui agora comprar o primeiro da coleção dela. Eu percebi quando a senhorita pediu para deixá-la na porta daquela empresa que era a mesma empresa que fabrica essas histórias, e pelo seu nome… A senhorita é a autora, certo? Então eu pensei se… — O motorista sorriu sem graça olhando ao redor do lugar em que estava a deixando. Era um condomínio de gente milionária, provavelmente onde ela morava, e a coragem de fazer o pedido para a filha foi se esvaindo à medida em que ele pintava uma imagem irreal da escritora, em sua mente — Se a senhorita poderia autografar… Mas, se for muito inconveniente… — Ele começou a sorrir sem graça, alisando o embrulho nervoso e tentando o guardar de novo.
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  — Eu posso. — respondeu simpática, com um sorriso enorme no rosto e uma mão estendida que surpreendeu o motorista com os gestos.
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  Ele sorriu de volta, tirou o manhwa do embrulho de jeito cuidadoso e feliz. viu que ainda era a primeira edição da história, indicando que a menina estava iniciando sua coleção com um ano de atraso. A escritora pensou: “o quanto o pai não precisou se esforçar para dar à filha aquele presente?”. Seus manhwas nem eram caros, o preço mais barato variava entre quinze e vinte cinco dólares das edições mais antigas, no entanto… Para aquele senhor, talvez, quinze dólares (o equivalente ao exemplar na mão dela) fosse uma quantia alta, afinal, eram quase vinte mil wons coreanos. Quando encarou o semblante do pai dedicado, atento aos gestos dela, e retomou o olhar ao manhwa em sua mão, fazendo aqueles cálculos mentais recordou-se de quando chegou ali na Coreia. Vinte mil wons, eram preciosos. Que condições e necessidades o pai daquela família teria? Algumas coisas se passaram à mente da autora e contendo a emoção, ela permaneceu sorridente, pegou a caneta em sua bolsa e encarou gentil ao homem perguntando:
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  — Qual o nome da sua filha, ahjussi?
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  — Bong Cha! — O pai respondeu amorosamente — É uma criança fantástica, senhorita . Ela não me pede muitas coisas, mas queria especialmente esse livrinho. Não tem muitos amigos também, por isso, ela gosta muito de ler!
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  — Eu adoraria conhecê-la, ahjussi. — mencionou e assinou. Após autografar entregou o livro ao pai da garota e perguntou: — O senhor acha que pode levá-la à empresa no sábado de manhã?
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  O motorista ficou estupefato. Os olhos arregalados e a boca aberta em uma descrença sutil.
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  — A senhorita vai mesmo receber a minha Bong Cha e eu?
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  — Bem… O senhor acha que ela gostaria de conhecer a mangaká?
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  — Claro! Isso… Ela, adoraria senhorita ! — O pai respondeu animado.
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  — Então traga sua filha no sábado às nove da manhã até a empresa, certo? Deixarei meu agente avisado da sua visita, ahjussi… — leu novamente o nome do motorista no aplicativo do próprio celular, e favoritou o perfil dele — Ahjussi Si Woo.
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  — Muito obrigada senhorita! Muito obrigada! A minha Bong Cha ficará muito feliz!
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  — Nos vemos em breve. Tenha um bom dia e obrigada por seus serviços!
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   abriu finalmente a porta e saiu do carro. Adentrou a guarita de segurança do prédio se identificando, em seguida rumou para a portaria do bloco onde a cobertura de Park ficava.
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  O senhor Si Woo, acompanhou a caminhada calma e elegante da escritora que por acaso esteve em seu carro aquela manhã, com os olhos cheios de lágrimas ao ver o livro assinado em suas mãos. Sua filha ficaria tão feliz com as notícias! E enquanto se distanciava, ele observava pensando que julgou errado a mulher. Ela era simples, apesar do endereço ao qual aparentemente morava. Era uma pessoa simpática e atenciosa. O dia do senhor Si Woo ganhou outro significado depois daquela corrida, porque sabia que ao chegar em casa haveria um motivo realmente bom para sua filhinha sorrir para ele.
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   passou pela portaria, onde o porteiro sequer a anunciou, apenas a acompanhou até a porta do elevador.
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  — Que bom revê-la, senhorita !
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  — Bom vê-lo também. E como está, ahjussi? — Ela sorriu agradecida e entrou no elevador.
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  — Estou bem, senhorita. Espero que também esteja apesar desses rumores…
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  — É, eu poderia estar melhor. Agradeço se mantiver a discrição.
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  — Não se preocupe, nós temos ordens bem diretas de zelar pela privacidade de nossos moradores e seus visitantes. Espero que a senhorita não seja prejudicada com o que aqueles repórteres podem dizer.
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  — Obrigada por sua solidariedade.
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   assentiu e o porteiro saiu deixando-a finalmente só no elevador. Ela apertou o botão da cobertura e suspirou pesadamente. Ao chegar no último andar, digitou a senha já conhecida do apartamento de Jay e entrou pronta a subir para a academia no terraço, no entanto, foi surpreendida com a figura de Park descendo a escada dos quartos com uma toalha enrolada à cintura e outra sacudindo os cabelos. Ela sorriu e logo que ele a viu, fez o mesmo.
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  — Você não estava na academia, Jay? Ou isso é uma tentativa de me seduzir? — falou zombando, deixando sua bolsa na mesa aparador da sala e se aproximando dele, tranquila.
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  A brincadeira de certo modo o deixou mais calmo. Park estava preocupado com o efeito que todo aquele burburinho teria entre a amizade e a relação causal dos dois, mesmo que a escritora já o tivesse dito que não estava, o evitando.
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  — Dessa vez eu não tive má intenção, baby…
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  Ele sorriu ao responder, jogou a toalha que secava os cabelos no sofá, e abriu os braços para receber a mulher. logo abraçou-o como sempre, e beijou o rosto dele o cumprimentando com afeto. E quando ia se soltar, Jay a segurou um pouco mais, dizendo afetuoso:
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  — Eu senti sua falta.
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  — Sei bem do que sentiu falta, Park… — falou risonha ao ouvido dele e então soltaram-se.
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  Jay a encarava com um sorriso mínimo, e parecia preocupado. Então sorriu e entrelaçou os dedos nos cabelos molhados dele e o beijou calmamente. O beijo não foi intensificado, era um beijo calmo e até cauteloso, de ambas as partes.
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  — Já tomou café? — Jay perguntou e assentiu — Ok, mas um expresso você não nega mesmo, então, me acompanha.
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  Ela riu, com ele pegando-a pela mão e puxando até a cozinha do seu apartamento.
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  — Não quer se vestir primeiro?
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  — Está incomodada com o fato de que não tem nada por baixo da minha toalha, ? — Jay brincou encarando, safado à mulher.
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  — De modo algum, até porque tem sim algo aí embaixo. Só estou falando que caso você tenha algum compromisso ou horário a cumprir, pode subir pra se vestir que eu arranjo o seu café da manhã.
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  Jay observou-a já inclinada à geladeira tirando alguns frios de dentro, e ficou um tempo mudo, apenas observando ir de um ponto a outro, buscando prato, talher, ativando a cafeteira de cápsula… Ela já sabia onde ficava tudo ali.
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  — Jay? — A escritora o chamou, surpresa por ele ainda estar parado e em silêncio.
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  — Você quer terminar? — A pergunta dele tão surpresa para , não deixava sombra de dúvida que ele estava ansioso com o motivo que levara a escritora ali e ela percebeu.
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  — O conceito de terminar para você se refere aos nossos benefícios, certo? — Ela sorriu arrumando as coisas e ainda o olhando.
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  — , eu lamento muito que…
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  — Park. — Ela o interrompeu tranquilamente, dizendo: — Por que está se sentindo tão culpado por algo que não foi você quem fez?
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  — De todas as pessoas que rumores com meu nome possam prejudicar, você definitivamente não é alguém que eu desejaria isso.
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  — E a culpa é de quem, se fazem fofocas com o seu nome ou o meu? — perguntou de novo, se fazendo entender que não buscava por culpados.
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  Jay suspirou, contrariado, passando a língua sobre os lábios e ficando sério.
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  — Vá se vestir primeiro. Eu estou aqui para nós termos uma conversa importante, porém, tenho muitos compromissos agora de manhã e acredito que você também.
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  O rapper concordou e se direcionou novamente ao andar de cima. Enquanto Jay subia, mordia o lábio buscando entender o que ela havia lido nos olhos dele ao perguntar de modo tão arredio: “você quer terminar?”. Ela preparou as xícaras de café para ambos, mas para Park, ainda preparou um copo de suco de laranja e dois sanduíches. Não era o café da manhã que ele gostava de ter, mas ele não se importaria. Talvez ele nem tivesse tempo para uma refeição longa, , certamente não tinha.
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  Quando Park desceu de novo e entrou na cozinha, já bebia sua xícara de café sentada em frente à ilha. Jay sentou-se ao lado dela e virou o rosto da morena para selar seus lábios rapidamente.
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  — Obrigado! Tem certeza que não quer comer?
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  — Tenho sim. Fica à vontade.
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  Ela sorriu e ele assentiu servindo-se, mas o clima ainda era estranho.
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  — Eu sei que você não está me culpando… — Jay começou a dizer sem olhar nos olhos de ainda — Mas, eu insisto em pedir desculpas a você, . Depois de ler algumas coisas notei que foi bastante desastroso que esse rumor acontecesse logo agora, no começo da sua carreira. Então, mesmo que eu não tivesse como evitar, eu não consigo deixar de me sentir mal por você.
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  — Jay, eu entendo o que diz e não precisa me pedir desculpa. De verdade, não estou buscando culpados. Não estou com raiva de você ou do Okasian, na verdade, não estou com raiva de ninguém. É uma situação que poderia ter acontecido mesmo se eu estivesse com o Yoongi, por exemplo. Se uma foto minha vazasse com ele, entende?
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  — Isso me deixa muito frustrado também. Saber que ele pôde esfregar na minha cara que nunca te expôs desse modo, apesar de toda a dificuldade que é guardar segredo das amizades.
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  — Espera… — afastou sua xícara já vazia e se concentrou em Jay: — Yoongi falou alguma coisa com você?
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  — Não é nem preciso. Eu sei que é exatamente o que ele diria… Me acusando como faz bem.
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  Ela suspirou aliviada por Yoongi não ter se metido em nada daquela vez, e então foi direto ao ponto:
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  — A questão é que não tem como prevenir mais nada. No entanto, estou aqui pra gente alinhar melhor a desculpa que já pensamos desde a minha viagem, porém, também quero delimitar novamente nossos limites, Jay.
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  — Ok… — Park assentiu deixando seu sanduíche de lado, e virando-se de frente a ela na bancada. — Uma coisa por vez. Vamos repassar a nossa história…
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  — Seong Hwa e eu nos conhecemos no festival de quadrinhos no último ano, nos tornamos amigos eventualmente, e por isso eu estava na mesma festa que você e os demais, já que era na casa dele. Quanto a você e eu, nos conhecemos através dele, mas apenas conversamos melhor no dia da festa. Não temos nenhum envolvimento amoroso, e sequer somos amigos. Apenas nos aproximamos ali, e nos falamos de vez em quando.
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  Jay terminava seu café enquanto ouvia tudo concordando, até que uma parte do discurso o deixou um pouco ofendido.
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  — Sequer somos amigos? , é mesmo necessário fingir toda essa distância?
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  — Jay, isso pode parecer rude, mas… — suspirou um pouco frustrada — Eu não posso neste momento ter a minha imagem associada a sua desse jeito, e eu temo que se contarmos que somos amigos há mais tempo, essa história só vai ganhar mais força. Não vai convencer ninguém se eu disser que somos amigos, mas não nos pegamos. Não depois das suas declarações no programa, porque se fosse só a foto do Okasian era mais fácil explicar o motivo de estarmos no mesmo lugar. Porém, o que causou o cruzamento das informações foi você ter declarado interesse amoroso por…
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  — Mulheres inteligentes e escritoras. — Jay afirmou, um pouco bravo. Tentou não transparecer sua irritação, que na verdade era consigo e com a mídia, não com .
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  — Entende? Desculpe por ter que ser assim tão agressiva e…
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  — Entendo. — Ele a cortou — Eu li os comentários, . Sei bem que não sou o tipo ideal que sua base de fãs prefere. Não precisa se desculpar por não querer ser vista comigo.
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  — Jay, eu juro que se não fosse por causa do meu trabalho, eu não faria questão de esclarecer as coisas agora e…
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  — , relaxa. — Ele sorriu tentando confortá-la — Bem vinda ao business, baby. Essa é a nossa indústria, e eu sei que não é pessoal. Não me importo de fingirmos que não nos conhecemos publicamente por quanto tempo for preciso. Desde que nada mude entre a gente, vamos ficar bem, não é?
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   sorriu e Jay acariciou o rosto dela de forma carinhosa, e com uma mão forte direcionando à nuca dela, ele a puxou lentamente para um beijo intenso. A mulher não negou, mas também não se deixou entregar totalmente e ele percebeu.
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  — O que houve? Você não parece confortável em me beijar…
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  — É que… Jay, a gente… Vamos terminar de alinhar as coisas sobre a imprensa primeiro… — Ela se levantou sacudindo os cabelos de modo nervoso e ali sim, Park compreendeu que não sairia tão ileso como gostaria, daquela situação. estava de costas para Jay, com uma mão na testa e outra na cintura, organizando os pensamentos.
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  — Bem, sobre a mídia acho que é isso. Eu confirmo e nego tudo o que você me disser para fazer, . Sobre o Gray, não se preocupe porque eu já falei com ele enquanto você estava na Tailândia e ele concordou em confirmar tudo o que a gente disser.
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  — Jura!? — Ela se virou finalmente aliviada, porque estava sentindo-se muito mal de envolver outras pessoas naquilo — Ai nossa, que alívio! Bem, nesse caso eu vou falar com ele hoje ainda por telefone. A coisa é urgente porque nesta tarde darei uma coletiva de imprensa para finalizar qualquer vestígio de rumores entre nós dois.
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  — Ok.
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  Jay respondeu e se levantou também da ilha, levando as louças e talheres para a pia e retornou, escorando as costas na ilha, com os braços cruzados, encarando o chão e silencioso, esperando falar mais alguma coisa. Ainda estava digerindo o modo como ela não parecia nem um pouco incomodada de ter que fingir que não o conhecia, e pior, não parecia também interessada em continuar o caso que vinham desenvolvendo naquele tempo todo.
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  — Bem, agora… — Ela falou se aproximando dele de novo, e esticou um braço na ilha, apoiando-se de pé, com outra mão na cintura, e ao lado do corpo de Jay de frente, o analisando dos pés à cabeça: — Eu já sei ler as suas feições, baby. E está bem óbvio que você está chateado com o modo como eu estou lidando com frieza a tudo isso e…
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  — Não é isso. — O rapper a interrompeu sério e sem a olhar — Não é essa merda de fofoquinha e o jeito como vou me passar de fantasma na sua vida que está me incomodando agora. É que claramente, as coisas não estão iguais. Você e o Maurer lá na Tailândia, saíram de novo? Você está tentando não me dispensar de um modo direto, é isso?
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   arqueou a sobrancelha e encarou Park com um semblante de superioridade e sabedoria que era tão incisivo quanto frio.
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  — Olha só…! Eu estou começando a ver a face que tanto me disseram do Jay Park imaturo, ou é impressão minha?
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  — Ah , para com isso! Fala logo que quer terminar e ponto! — Reclamou numa entonação de voz comedida, mas chateado, a encarando demonstrando mais um pouco da própria irritação.
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  — Se você for babaca comigo uma vez, saiba que é a primeira e última. Então pense bem, Jaebeom aonde quer levar essa conversa. — A mulher não desviou os olhos, dos dele, um centímetro sequer, e ele suspirou mordendo os lábios e sacudindo a cabeça olhando para o chão. permanecia impávida o observando em sua postura de início, e soltou: — O que você realmente tem a me dizer, Jay?
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  — Eu não quero que você me deixe por causa do Maurer.
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  Park confessou e então ergueu os olhos e a expressão séria para a escritora que respirou profundamente e com o dedo em riste, na altura do rosto do Park, mas sem soar agressiva com o gesto, decretou:
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  — Eu garanti que não te deixaria pular nesse abismo, não é? Então vamos definir algumas coisas de novo, Park.
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  — Não estou apaixonado por você. Não se trata disso.
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  — Vamos conversar e definir de novo os nossos combinados, Jay Park. — Ela foi enérgica — Eu não vou deixar qualquer conversa necessária para depois e claramente estou certa em me preocupar com alguns riscos, já que você está me mostrando sinais perigosos.
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  — Eu quero exclusividade agora, só isso. Que mal tem? Não é como se eu já não estivesse ficando só com você.
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   ouviu aquilo e sentiu a nuca doer. Não era possível que àquela altura do campeonato em que as coisas com Tae pareciam se acertar, Jay entraria num “mode boyfriend” que nem era real.
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  — Jay. — Ela falou massageando as próprias têmporas e então o puxou pela mão, guiando-o a sentar-se com ela no sofá da sala. Park jogou a cabeça para trás no encosto do sofá, e apoiou os cotovelos nos joelhos com as mãos na testa antes de discursar: — Eu não vou ficar apenas com você, e isso é inegociável no momento.
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  — Então tem outro cara mesmo!
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  — Sempre teve e eu já tinha dito isso a você!
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  — É o Maurer?
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  — Não importa quem seja, a questão é que nós começamos isso sendo transparentes e sinceros. E certos de que se o sentimento ou objetivos mudassem nós deveríamos dizer um ao outro e ver como lidar. A questão é que, eu não vou permanecer saindo contigo e envolvendo seus sentimentos no meu lance de divertimento. Eu já falei que não brinco com o coração das pessoas e não aceito que brinquem com o meu, por isso as coisas precisam ser claras. Então, não minta para mim, ok? Você se apaixonou?
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  — Claro que não, ! — Jay declarou com tanta veemência que até soava ofensivo, mas não acreditava muito naquilo — Eu só quero continuar fodendo e me divertindo com você!
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  — Park, se essa é a questão, não importam quaisquer outros envolvimentos. Somos amigos com benefícios e é só isso. Mas o problema é que você não quer só isso e eu não sei se está tentando se convencer ou me convencer do contrário.
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  — Eu só não quero dividir você com o Maurer que é o queridinho dos seus fãs pelo visto! Por eu ser uma péssima figura do seu lado, ele vai poder ficar colado contigo e… E se você se apaixonar por ele? Vai se afastar de mim!
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  — Pode me explicar de onde surgiu essa coisa com o Maurinho? — perguntou confusa e assustada com a viagem que Jay havia entrado.
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  — Eu sei lá! Você foi pra lá e voltou toda estranha! Está querendo se afastar de mim e ele era seu affair, sem falar que é conveniente para sua imagem e tal.
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  — Não importa. Não importa se eu saio com o Maurer ou com outra pessoa, isso não deveria estar afetando você desse jeito, Jay! Que droga! Você está apaixonado, Park!
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  — , eu não estou! Que bobeira! Eu não sou esse cara emocionado. Eu só não quero deixar de ter contigo o que temos, e agora que vamos ter que ficar afastados em público como nunca precisamos, é melhor que nós dois não nos envolvamos com mais ninguém. Além disso, você é quem mais precisa proteger a sua imagem e…
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  — Porra, não! — levantou o dedo em riste em sinal de alerta, xingando em português, e logo explicou: — Caminho errado, Jay! Essa possessividade não combina com você e estou começando a dar razão aos odiadores da nossa amizade!
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  — O quê? — Ele se sentiu um tanto envergonhado por ter causado aquela impressão nela, e tentou se fazer entender melhor: —
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  Park pegou-a pela mão e a colocou sentada em seu colo, puxando o rosto dela para o seu numa tentativa de explicar o que não fazia sentido:
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  — A gente estava ficando um com o outro de um jeito tão gostoso, baby… Eu só não quero perder esse nosso… Essa nossa… Conexão, entende?
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  — Eu não vejo porque perderíamos isso, Park. Mas não consigo deixar de achar que na verdade, não te satisfaz mais que a gente só fique um com o outro. Você está querendo outra coisa, e não é de hoje. Desde o dia da festa você me pergunta direto se eu estou com outra pessoa, quer saber quem é, insiste em entrar no meu mundo particular como…
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  — Conhecer sua casa, seus amigos, seu trabalho… O que tem demais nisso? Eu te trouxe para cá, te levei à mansão da minha família, te apresentei os meus amigos e….
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  — Eu não pedi por nada disso, não me importo. — Ela respondeu sincera até demais — Isso foi o que você quis, e tudo bem, foi bem legal participar disso tudo, mas eu estou ocupando o posto de sua nova amiga Jay. Uma amiga que você proporciona alguns orgasmos deliciosos vez ou outra, mas para mim é só isso. Eu não acredito que você tenha feito tudo isso esperando que eu fizesse de volta. Você sabia desde o começo que esses não eram nossos — ela fez aspas com as mãos ao dizer: — “protocolos”.
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  — Não é isso, eu não fiz esperando retorno, mas eu achei que seria legal também me sentir nesse posto de seu amigo. Caso você não tenha notado, eu me sinto como o seu sugar daddy e não o seu amigo. Até porque, o Maurer, o Yoongi, eles sim são seus amigos com benefícios de verdade. Eu tenho sido apenas o benefício.
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   deixou o queixo cair em choque. Tirou as duas mãos de Jay que passaram a segurá-la pelos glúteos, mantendo a mulher sentada ao colo dele, e se levantou um pouco confusa.
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  — Hey baby, espera… Não fica chateada… Eu não quis dizer que…
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  — Jay, olha só! — estendeu a mão na frente dele retomando sua racionalidade e disse: — Me desculpe! Eu realmente sinto muito por tê-lo feito se sentir apenas um benefício, e reafirmo que não foi esta a visão que eu tive. Para mim você é um amigo, bem mais do que o sexo, mas acho que não fui tão clara assim contigo. Por isso, acho melhor a gente dar um tempo disso tudo. Vai ser bom também para você, assim colocamos a cabeça no lugar entre tantas coisas e você pode pensar com mais calma sobre o que espera de nós dois.
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  — não… Não precisa disso, baby! Eu me expressei mal, vem cá… — Jay se levantou pegando a mão dela de novo e entrelaçando a cintura da mesma a fim de se olharem nos olhos e conversarem com mais calma, mas era decidida. Ela encarou-o nos olhos e foi decisiva:
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  — Pensa com calma no que espera de nós dois, e então depois que souber me fala. E eu também vou pensar nisso tudo. Com as certezas na mesa nós voltamos a conversar pra ver se vamos continuar ficando ocasionalmente ou se seguiremos apenas na amizade, ok?
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  — Eu não forço ninguém a ficar comigo, se parar é o que você quer… — Ele a soltou suspirando chateado e olhando para o chão. — Pode só me dizer se… — Jay coçou a nuca com uma mão na cintura, fechando os olhos para perguntar sem demonstrar irritabilidade: — Se este tempo que você diz, significa que não podemos nos encontrar mais para fazer qualquer coisa juntos?
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  — Você consegue agir apenas como “o amigo” e não “o benefício”?
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  — ! — Ele reclamou do tom irônico dela.
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  — Foi você quem disse que eu não te considero um amigo, então só estou tentando compreender como você agiria Park, porque para mim não há problema algum se a gente sair juntos sem que eu termine gozando na sua cama. Mas não acho que isso é algo possível para você, não é?
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  — Você me entendeu errado.
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  — Você é quem não sabe o que quer, Jay. — murmurou já cansada e irritada: — Parece que eu tenho ímã para homens perdidos e confusos…
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  — Me desculpa. Eu… Enfim, vamos fazer isso. Me dê uma semana para pensar melhor no que estou sentindo e depois vamos conversar de novo. Pode ser, baby?
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  — Deve ser. Não tenha medo de me contar ou assumir seja lá o que você sente quando tiver a resposta, ok? Eu realmente quero continuar como sua amiga apesar de qualquer coisa. — afirmou e Jay assentiu calado, então ela pegou sua bolsa no sofá e se despediu: — Agora eu tenho que ir. Meu dia está uma agitação só. A coletiva será às 14 horas, então pode ser que você receba mensagens e etc. Mantenha nossa história e caso tenha qualquer dúvida me manda mensagem, ou direto para o Chang, ok?
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  — Boa sorte, e desculpe. Não queria que nada disso estivesse acontecendo dessa forma.
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   se aproximou dele acariciando o rosto dele com carinho, e beijou o rosto de Jay como se dissesse que estava tudo bem, embora a conversa tenha se desencontrado.
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  — Não precisa me acompanhar, tá? Se cuida, baby.
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  Jay observou sair pela porta do seu apartamento e ao ouvir o som seco da maçaneta fechando ele se deixou cair sentado de novo, com as mãos na cabeça, perdido e irritado.
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  — Que merda eu fiz aqui? — murmurou para si.
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[ xxx ]

   chegou na empresa e o movimento do escritório 77 estava agitado. Do Ho e Yoona vieram até ela a cumprimentar pela viagem, pelos resultados que souberam através dos amigos, e informaram ter deixado na mesa dela as pesquisas que haviam sido feitas.
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  — Chang, já se reuniu com a diretoria? Bom dia! — Ela falou entrando apressada na sala do amigo, ainda segurando a bolsa em sua mão e demonstrando que acabara de chegar da casa do Park.
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  — Estou subindo agora para isso. Já ajeitei tudo para a coletiva que será às 14 horas mesmo, inclusive fiz um script de possíveis perguntas para você dar uma olhada. Mas, antes de qualquer coisa, como foi a conversa com o Park?
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  Chanyeol digitava em seu notebook sem olhar para , apenas direcionando total atenção a ela quando fez a pergunta chave. E foi só encarar o rosto dela, e ver sua testa vincada para entender que ela estava preocupada.
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  — Ele concordou com a história que eu tracei, Seong Hwa também. Vou telefonar pro Gray para conversar diretamente com ele já que o Jay quem intermediou tudo. Então, vai dar tudo certo na coletiva. Estou mais preocupada com sua reunião com os diretores.
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  — Tem certeza que foi tudo bem? Não parece que está tão tranquila assim…
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  — Foi sim. Chany, por favor, só… Me traga o quanto antes o resultado do anúncio para os diretores. Eu estou mesmo uma pilha com a reação deles à sua proposta.
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  — Não se preocupe. Faça a reunião com a equipe sobre os projetos atuais sem qualquer estresse, eu já te falei que eles irão trazer uma contra-proposta. Não é pra você se concentrar nisso agora . Seus focos hoje são a coletiva, o projeto atual e a assinatura publicitária do seu comercial de cafés. Deixa o resto comigo.
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  O agente voltou a falar tudo de modo calmo, sabendo que a amiga não diria mais nada sobre a conversa com o rapper.
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  — Ok, então Chany. Obrigada por seu trabalho duro! — afirmou sorrindo e lançando um beijo no ar — Estarei em minha sala e depois vou me reunir com a equipe na sala cristal.
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  Mal entrou em sua sala do escritório, seu celular tocou denunciando a chamada de Yoongi. sentou-se em sua cadeira e já retirou seu scarpin massageando os pés, e atendeu a chamada do amigo. Toda vez que ficava tensa era como se os pés endurecessem dentro dos sapatos.
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  — Oi Yoon. Bom dia. — A voz desanimada foi facilmente percebida pelo amigo.
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  — O que aconteceu? Você parece chateada, Estranha… — E a voz dele tornou-se também preocupada.
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  — Hoje é um daqueles dias de cão. Muita coisa está acontecendo na minha rotina aqui na M.E… E por aí?
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  — Estou de folga, liguei para saber se podíamos nos ver. Não te encontro desde a semana em que dormiu lá no dormitório… Mas, pelo visto não vai ser hoje, não é?
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  — Não vai rolar Estranho… — falou um tanto decepcionada — Hoje eu tenho reunião de equipe, contratos a ler e assinar, decisões importantes a tomar e ainda tenho a maldita coletiva com a imprensa aqui na M.E. para falar sobre os rumores com o Park.
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  — É hoje? Que horas? Será ao vivo em algum lugar? — Yoongi perguntou ainda mais preocupado.
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  — Vai ser uma coletiva ao vivo, mas como e quando os veículos transmitirão eu não sei… O Hiro comentou algo sobre transmitir na minha rede, eu acho… Não tenho certeza, mais tarde aviso você.
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  — Ok, e você conversou com o Park, está tudo bem?
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   suspirou e soltou os pés, pegando álcool em gel sobre sua mesa e passando nas mãos.
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  — Conversei, mas confesso que não faço a menor ideia do que aconteceu. Enfim, temos muito a conversar, Estranho, de preferência com muita bebida e comida do lado. Infelizmente, não será hoje.
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  — Eu gostaria de passar aí para te distrair um pouco ou fazer você se sentir melhor, mas entendo que não posso. O seu melhor amigo número um já entrou em contato comigo me proibindo de passar até na calçada da M.E.
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  — Ai Yoon, por favor não leve para o pessoal, ok? Eu não aguento mais tanto homem brigando e se desentendendo por minha causa ao meu redor.
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  — Ah , se enxerga! — Yoongi zombou — Você não é a última garrafinha de água no deserto.
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  — Claro que não, eu sou o oásis inteiro, meu querido. — Ela mencionou e riu.
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  Yoongi sorriu do outro lado da chamada, conseguiu arrancar um risinho frouxo e leve da amiga, de modo a distraí-la um pouco.
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  — Não se preocupe, eu não briguei pelo oásis não. O Chang me explicou educadamente, na verdade, o que aconteceu. É melhor mesmo evitar que mais alguém aí me reconheça, em todo caso você tem um passe livre aqui na BH, não é? Use essa merda mais vezes quando puder!
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  — Eu vou usar, só me deixe me livrar das muitas tarefas que tenho e apareço aí de surdina, e invado seu Genius Lab.
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  — Eu vou esperar por você. Fica bem, tá?
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  — Eu ficarei! Hoje à noite pelo menos tenho um encontro com o Tae, finalmente! A recompensa do caos.
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  — Ah é verdade! — Yoongi falou zombando e olhando para as mãos dele cheias de coisas constrangedoras — Eu não poderia mesmo me esquecer do seu encontro hoje!
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  — Por que diz isso?
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  — Taehyung está me punindo, segundo ele, por ter me metido entre vocês. Me trouxe para ajudá-lo a preparar algumas coisas… E olha, como seu amigo eu me sinto no dever de te alertar… — Yoongi contou a última parte sussurrando e falando baixo vendo o amigo mais longe de si — Ou o Tae tem uns fetiches estranhos ou vocês dois não vão mesmo transar hoje, então não crie expectativas, tá?
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  — Yoongi! — gritou e depois levou a mão à boca preocupada de alguém ter escutado, mas, estava trancada em sua sala e provavelmente ninguém ouviria. — Não acredito que vai me deixar curiosa sobre isso, seu idiota!
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  — Eu tenho que desligar, o Tae está me chamando de novo… — O amigo respondeu risonho e instruiu antes de desligar: — Beba mais água e menos café! Boa sorte, Estranha, vai dar tudo certo com os abutres da mídia!
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  A mulher viu a chamada ser encerrada na sua cara e fez uma careta antes de focar totalmente no seu trabalho. Primeiro telefonou ao Gray a fim de esclarecer e agradecer por sua contribuição quanto à desculpa a ser dada para a imprensa, e passou a manhã analisando o material trazido por Yoona e Do Ho, revisando os scripts de Ailee, avaliando os gráficos de Eun Hee e Hiro, lendo as perguntas esboçadas por Chang, escrevendo um pré-discurso para a coletiva de imprensa.
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  Depois que a equipe inteira foi almoçar, retornaram às 13 horas para o escritório, foi se retocar para a coletiva, e quando o relógio marcava 13:50 hs, ela e Chang desceram para a sala de conferência da empresa. No elevador ela avisou no grupo de whatsapp dos Bangtans que a coletiva seria transmitida ao vivo também pelo fan café e instagram da escritora.
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  Yoongi e Tae já haviam chegado ao apartamento dele àquela altura, e se prepararam para assistirem juntos, assim como Jungkook e Jimin que decidiram brotar lá no apartamento do hyung. Namjoon, Jin, Hobi assistiram juntos, no dormitório.
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  Chang e notaram que tudo estava pronto e entraram na sala com dez minutos de antecedência para prestarem os esclarecimentos com a imprensa que estava aguardando.
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  — Boa tarde a todos, agradecemos pela presença de vocês nesta coletiva. — Chang informou assim que sentou-se ao lado da agenciada e pegou o microfone. — Estamos adiantados em dez minutos, mas se não houver objeção gostaríamos de começar, pois ainda temos alguns compromissos importantes no dia de hoje. Alguém se opõe?
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  Ninguém se opôs então Chang olhou para assentindo-a que podia falar.
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  — Boa tarde, eu sou e gostaria novamente de agradecer a todos os presentes nesta que é a minha primeira coletiva de imprensa para tratar de assuntos que não envolvem o meu trabalho diretamente. Nas últimas semanas, enquanto estive em uma viagem até a Tailândia para cumprir agendas de encerramento do meu drama no país vizinho, o qual foi, felizmente, um enorme sucesso, eu fiquei surpreendida com alguns rumores acerca da minha vida pessoal na internet. Antes de abrir o espaço para suas perguntas, eu gostaria de me posicionar sobre os fatos, embora já tenha feito isso por meio de nota oficial nas minhas redes sociais.
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   pausou e percebeu os jornalistas todos atentos e olhou para Chang de modo a saber se estava indo bem ou não, e o amigo assentiu num meneio sutil de cabeça.
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  — Nas últimas semanas, estive em uma festa na casa de Seong Hwa já que nos conhecemos no último Festival de Quadrinhos de Buncheon, ano passado. Sendo colega de Gray, fazia sentido que eu estivesse presente na festa dele e conhecesse outros amigos do rapper, e nesta ocasião, eu conheci o Jay Park. Nós conversamos e interagimos de maneira social como quaisquer pessoas que estão em um ambiente com amigos em comum. Não entendo a razão para estes rumores terem ganhado tanta força, apenas por eu estar presente em um mesmo evento com ele. Portanto, esclareço que Jay Park e eu não somos um casal e não temos envolvimento amoroso algum, sequer somos amigos ainda. Contudo, isso não significa que futuramente não possamos conversar ou ser vistos em outros eventos, já que nosso ciclo de amigos tem sido o mesmo.
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   suspirou discreta, preocupada se havia dito algo equivocado. Então, ela sorriu e depois de olhar de novo para Chany, o agente sorriu e direcionou-se a dizer no microfone, dando a ela chance de beber água:
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  — Vocês podem fazer suas perguntas agora, pedimos que mantenham a linha de interesse e questionamentos dentro do assunto ao qual estamos esclarecendo aqui, e já afirmo que minha agenciada tem a nossa total liberdade de responder ou não questões de outras naturezas na data de hoje.
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  E enquanto assistiam ao pronunciamento pelo instagram de , os amigos BTS faziam suas observações. Primeiro na casa de Yoongi:
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  — A noona parece nervosa… — Jungkook mencionou sério, um pouco preocupado enquanto enchia a mão de amendoim japonês — Mas acho que está se saindo bem, não é?
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  — Pode ser pela mentira. Eu me lembro a primeira vez que eu tive que mentir para a imprensa. Não foi nada dessa magnitude, como relacionamentos amorosos, mas, mesmo assim… Me senti culpado com os fãs. Espero que a fique bem. — Jimin comentou.
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  — Ela vai tirar de letra essa exposição desnecessária… — Yoongi falou roendo a unha do polegar, com o cenho franzido. — Isso é só o começo do mundo que ela ainda vai ganhar.
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  — Só espero que acabe tudo bem, não quero que ela passe por toda a pressão cruel que essa coisa toda é capaz de causar. — Taehyung murmurou com os olhos vidrados no próprio iphone.
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  E depois no dormitório:
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  — Eu queria saber como o Jay Park está se sentindo agora. Quero dizer… Ela está claramente negando até que é amiga dele… Será que eles conversaram sobre isso? — Namjoon comentou.
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  — A me parece uma mulher bem íntegra, tenho certeza que nada disso é surpresa para ele. Embora… — Jin comentou fazendo uma careta de escárnio e zombando — Aigoo! Ser rejeitado desse modo é bem constrangedor! Apesar de dormir com ela, ela nem mesmo disse que são amigos!
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  — Ela deve ter as razões dela. — Hoseok comentou atento nas falas de Chang — Pelo que eu vi na internet, a última coisa positiva para carreira dela é estar associada à imagem do Jay Park e apenas por puro preconceito. Os fãs não tem sequer um motivo para isso.
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  — É por conta da imagem errada que fazem dele… — Namjoon mencionou.
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  — Olha aí, agora vai começar o show de horrores, a imprensa vai poder perguntar! — Jin falou e os três se calaram de novo.
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  A primeira pergunta surgiu:
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  — Escritora , eu sou o repórter Hoon Jae! A senhorita assistiu a entrevista dada pelo Jay Park? O que poderia nos dizer da sua interpretação para as perguntas do mesmo quando ele diz que se interessa amorosamente pela senhorita?
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   suspirou enxergando a maldade na pergunta.
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  — Eu assisti apenas depois que todos estes rumores falsos começaram, afinal, eu queria entender a raiz de onde nascia toda esta difamação sem sentido. E acredito que o senhor cometeu um equívoco, repórter Hoon Jae, pois, se bem me lembro, em momento algum o Jay Park menciona um interesse amoroso por minha pessoa. Meu nome sequer é citado ao longo de todo o programa, apenas na internet, após alguns fãs especularem a minha presença na mesma festa que tudo começou a ser distorcido.
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  — Então a senhorita não concorda que pode haver relação na fala do senhor Park com a sua presença no evento? Ele disse claramente que se interessa por mulheres inteligentes e escritoras.
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  — Primeiro, gostaria de agradecê-lo pelo elogio, repórter Hoon Jae. — sorriu — Eu também me considero uma mulher muito inteligente. Mas isso por si só não responde a nada. Na verdade, só prova que o Jay Park tem um bom senso de se interessar por mulheres inteligentes e que compartilham do mesmo ofício que eu.
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  — Senhorita, eu insisto, não é ingenuidade achar que ele não estivesse falando sobre a senhorita que estava na mesma festa que ele?
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  — Não acho que seja ingenuidade e sequer sou prepotente de achar que ele referia-se a mim. Essa questão apenas quem poderia responder, é o próprio Jay Park. O que sou capaz de esclarecer é que mesmo enquanto estivemos na mesma festa, não houve flerte dele comigo. Então, baseado em quê eu acreditaria que se trata de minha pessoa?
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   respondeu e apesar de insegura com o rumo de suas respostas, os jornalistas pareceram incomodados.
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  — Senhoria , repórter Song Bae aqui! Eu gostaria de mudar o tom da questão do meu colega! A senhorita disse que não conhecia o senhor Park antes e que apenas se encontraram no evento do Seong Hwa, poderia nos dizer sobre o que conversaram na festa? E que impressão a senhorita teve do Park?
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   reconheceu a jornalista, e achou a pergunta dela muito conveniente para que a escritora tentasse limpar a imagem de Jay Park, contudo era também uma pergunta capciosa.
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  — Ãn… Repórter Song Bae, sinceramente, eu não me recordo quais assuntos foram trocados entre nós naquela ocasião. Talvez eu tenha dito algo acerca das músicas da empresa dele, já que sou fã do trabalho de muitos artistas além do próprio Jay e Gray. E com isso posso responder que a minha impressão sobre o Park foi absolutamente diferente do que a mídia expõe. Ele me pareceu uma pessoa séria, dedicada ao seu trabalho, respeitador e tranquilo… Como posso dizer… — olhou para Chang se enrolando nas palavras e o amigo arqueou a sobrancelha como se dissesse a ela para falar pouco sobre aquilo — Bem, ele me pareceu ter uma personalidade bem diferente do cantor e do homem narrado nas letras das próprias músicas.
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  — A senhorita encontrou-se ou teve a oportunidade de falar com o Jay Park após a situação de comoção causada na internet?
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  — Na verdade, minha equipe entrou em contato a fim de esclarecer o que ele poderia ter dito na entrevista, uma vez que fomos pegos de surpresa enquanto viajávamos. O Park foi bastante atencioso com Chang e eu, e pediu desculpas por ter seu nome envolvido ao meu nessa situação equivocada.
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  — Diante de todas as declarações, o seu público manifestou desaprovação quanto a qualquer relacionamento entre a senhorita e o Jay Park, ao quê a senhorita associaria esta reação? Acha que seus fãs estão sendo preconceituosos?
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   observou a expressão da jornalista carregada de brio. Aquela garota poderia ir longe em sua carreira por seu faro apurado para perguntas e fatos. Foi ela quem deduziu algum envolvimento romântico entre e Chang, e a escritora esperava que a informação não viesse à tona mais uma vez. Quanto à pergunta que ela acabara de fazer, havia um grande risco escondido ali também. Se dissesse a verdade, que sim, achava que seus fãs eram preconceituosos; certamente daria um tiro no pé. Mas, não queria mentir ainda mais do que já fizera até ali. Ela estava pensativa na resposta, estática, que nem percebeu o silêncio ansioso instaurado entre ela, os cliques das câmeras e os repórteres.
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  — …? — Chang sussurrou chamando a sua atenção e ela então o olhou, saindo do transe e vendo o olhar preocupado dele sobre si. Sem dúvida, seu agente estava receoso quanto ao que ela responderia.
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  — Bem… — iniciou a autora — Acredito que parte dos meus fãs idealizaram um perfil sobre mim por conta do meu trabalho. E isso é comum com qualquer artista. O público sempre imagina, desenha uma imagem mental de seus ídolos. Porém, não devemos nos esquecer que algumas coisas influenciam nisso, como por exemplo, aquilo que é dito e mostrado sobre nós pela mídia. Desde que tudo isso começou, eu notei o quanto a imagem do Park é rodeada de um estereótipo de “mau exemplo, de rebelde”, e sinceramente, desconheço o que justifica isso, mas acredito que quanto mais os tablóides dizem que ele é assim, mais essa coisa cresce. Então, talvez meus fãs tenham sido motivados por uma impressão que vocês da imprensa coreana imprimiram sobre ele. Se é verdadeira ou não, sou incapaz de responder, porque não conheço a tal ponto. Mas, eu acho que todas as pessoas que levantam suposições sobre alguma pessoa pública, seja o Jay Park, uma escritora em ascensão, influenciadores digitais ou grandes ídolos artistas, devem ter o mínimo de bom senso e refletir sobre suas ações. Não posso dizer como o Jay se sente, mas vocês já pararam para refletir sobre o que tantos comentários maldosos podem causar sobre ele? Pessoas públicas ainda são pessoas, e não máquinas de entretenimento. Este é um ponto de crítica que eu quero enaltecer aqui e deixar muito claro: o limite da privacidade. Comparado ao Ocidente, vocês respeitam a privacidade das pessoas de algumas maneiras muito eficientes, em contrapartida, tratando-se de relação entre celebridades, mídia e fãs, algumas vezes esta exposição é extremamente tóxica. No Ocidente, é difícil garantir a privacidade dos famosos com tanta eficiência quanto vocês, porém, por lá, essa coisa de “mandar” na vida dos artistas não pesa como aqui. Às vezes, vejo algumas bases de fãs e empresas agindo como se fossem donos do artista.
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   dissera tudo de forma educada, calma, mas diretiva aos repórteres que digitavam freneticamente em seus notebooks, alguns a encaravam de olhos esbugalhados sem nem piscar — provavelmente achando-a um tanto audaciosa em sua atitude —, e Chang a observava disfarçando o nervosismo porque acreditava que a resposta poderia ser distorcida. Assim também, Seokjin, Namjoon e Hoseok estavam boquiabertos ao presenciarem a postura crítica e sem pudor da amiga. Um verdadeiro tapa na cara da sociedade, e um grande risco também. Ela poderia ser bastante criticada por seu posicionamento. A autora fez uma breve pausa em sua fala, e encerrou a resposta dizendo:
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  — Quero aproveitar para pedir aos meus fãs que sejam cuidadosos com o que vierem a dizer sobre outras pessoas no futuro. Tenho um grande desejo de me tornar cada dia mais próxima de vocês, de manter uma relação de amizade e respeito entre nós, e embora viva na Coreia há quase dois anos, eu tenho convicções morais pertencentes à minha cultura que não deixarei de lado. Por isso, lamento profundamente, e me sinto invadida por ter lido tantos comentários ruins sobre a hipótese de Jay Park e eu nos envolvermos. Gostaria que no futuro, sejam quem forem as pessoas que estiverem comigo em parcerias de trabalho ou relações pessoais, que vocês, fãs e imprensa, tenham mais empatia e respeito por estas pessoas e claro, por mim. Espero ter respondido bem sua questão, senhorita Bae.
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  A repórter assentiu com um sorrisinho de canto, que não soube se era admiração ou sarcasmo. Chang ficaria de olho no Pop Korea News, o portal ao qual ela representava.
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  — Respondeu! Eu ainda gostaria de fazer mais algumas perguntas! — Bae informou quando outro colega iria falar.
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  — Ela pensa que é quem? Pop Korea News, ninguém acessa aquilo… — uma jornalista murmurou tentando constranger a colega.
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  — Pode perguntar. — assentiu olhando fixamente para Bae.
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  — Obrigada senhorita . — Bae agradeceu — Eu farei minha pergunta e depois, os caros colegas podem continuar, embora as perguntas tão vagas e despreparadas deles certamente não serão tão boas quanto as minhas.
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  A provocação de Bae iniciou um pequeno início de discussão entre dois repórteres que foi providencial para que e Chang trocassem sussurros.
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  — Cuidado com essa repórter, . Ela não só faz boas perguntas como é a mesma que nos parou no aeroporto. Fico receoso de como ela poderá manipular suas declarações.
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  — Eu sei, Chang, não se preocupe. Além do mais, Hiro está transmitindo tudo nas minhas redes sociais. Seja o que for que ela tente distorcer, não vai dar certo.
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  Os meninos que assistiam tudo nos seus celulares estavam não só surpresos com a desenvoltura inteligente da amiga, como estavam preocupados com tanta mentira contada. Namjoon dizia que sairia dali moralmente culpada, porque conhecia pouco dela, mas já sabia o quanto ela detestava mentiras.
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  — Escritora! — Bae iniciou a pergunta depois que os ânimos foram acalmados e o foco voltou em : — Tudo o que disse sobre transparência e respeito com seus fãs é muito bonito, e portanto, acredito que não seria invasivo da minha parte perguntá-la sobre o tipo de homem que a interessa e citar algumas das suas relações. Mauro Maurer foi o ator principal de seu drama estrelado na Tailândia, e vocês tiveram um envolvimento amoroso recente. Pode nos falar sobre sua relação com Maurer? Também gostaria de perguntar sobre seu envolvimento com o agente ao seu lado, Sang Chang Chanyeol, pelo qual há um grande favoritismo também de sua base de fãs. Este favoritismo tem algum fundamento? Ou essa relação é apenas um delírio dos seus fãs? E considerando os perfis tão diferentes entre Chang, Maurer e Park, se pudesse citar alguém como seu tipo ideal, e não apenas entre eles, mas até mesmo algum “crush” famoso, quem seria? Obrigada pela disponibilidade, autora.
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  Chang estava pálido. Quando Bae citou sua desconfiança sobre o fato de ter se envolvido com o agente, partindo de alguns poucos shippers que existiam sobre os dois por parte dos leitores e leitoras da mangaká, os outros jornalistas arquearam a sobrancelha pasmados, e sussurravam entre si.
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  — Bem, já que citou meu agente e vejo que estão todos confundindo a situação, eu vou deixá-lo igualmente responder, porque também se trata da imagem dele.
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   mencionou e enquanto Chang negava qualquer relação com a autora, os meninos comentavam entre si, no apartamento de Yoongi:
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  — Uwa! A e o Chang já namoraram, mesmo? — Jimin perguntou olhando para Yoongi.
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  — Aigoo… — Jungkook emendou: — Eu me lembro deste assunto ter surgido no programa aquele dia! Eles negaram não foi?
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  Taehyung estava calado e como os outros, olhava para Yoongi atento e aguardando a resposta. Já Suga, não sabia o que dizer. Havia descoberto há pouco tempo sobre aquilo, durante uma discussão com a amiga em seu quarto, mas não sabia se ela gostaria de partilhar a informação.
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  — Bem, vamos ver o que eles estão respondendo pra saber.
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  — O Chang negou. Mas, você não sabe nada mesmo, Yoongi? — Jimin falou atento ao telefone.
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  — Claro que sabe! Eu lembro dele dizendo ao Tae no dormitório, quando conheceu a , que o agente dela era um obstáculo para o Taehyung!
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  — Jungkook está certo. Você disse. — Tae se manifestou.
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  — Aish! Ouçam o que ela vai dizer! — Yoongi bronqueou fugindo do assunto. 
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  E seguia a sequência de respostas do amigo:
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  — Eu confirmo a declaração de Chang, nós não temos nenhuma outra relação além da profissional que não seja a amizade. Ele foi uma pessoa muito importante na minha chegada e início aqui na Coreia, então é óbvio que tenho por ele um grande afeto, e nossa relação atualmente é tão íntima quanto a de dois irmãos se é esta a dúvida de vocês.
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  Yoongi soltou um risinho sarcástico ao lembrar-se do que ela disse antes, resmungando:
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  — Tsc…! Exceto que irmãos não transam.
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  — Eu sabia! — Jungkook acabou escutando e gritou batendo palmas e apontando para Yoongi — Eles namoraram sim!
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  — Nossa Taehyung, está mesmo difícil pra você. — Jimin mencionou com solidariedade.
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  — O que quer que ela tenha tido com Chang ou qualquer outro não será um problema enquanto ela estiver comigo.
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  — E ela está com você agora? — Jungkook perguntou curioso.
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  — Mais tarde ele conta. — Jimin mencionou lembrando-se do encontro dele.
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  Voltaram a ouvir pela tela do celular que dizia:
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  — Quanto ao Maurer, nós tivemos um rápido, mas satisfatório envolvimento meses atrás, e terminamos devido a dificuldade de nossas agendas e distância. Isso não é nenhum segredo, tanto o Mario quanto eu já fizemos declarações públicas sobre isso. Inclusive, o assunto voltou à tona nesta última viagem e reafirmamos tudo e esclarecemos que atualmente somos bons amigos. E apenas amigos. E sobre sua outra pergunta, Bae, eu até poderia citar alguns nomes famosos de homens que acho extremamente admiráveis apesar de não conhecê-los, mas, mesmo que eu me relate como fã aqui, eu temo muito que as pessoas criem novelas sobre isso. Portanto, eu vou deixar os meus ídolos como um segredo divertido.
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   sorriu e arrancou alguns risinhos falsos e sem graça, dos presentes. Logo os meninos estavam falando do encontro de Tae e , depois de ouvir toda a resposta da mulher, que assim que encerrou as questões da repórter, respondeu algumas outras e finalizou a entrevista.
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  Subiram ao elevador, Hiro, Chang e , e os dois rapazes estavam sentindo como se um peso tivesse saído de suas costas, o contrário da autora.
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  — sunbae, você parece exausta.
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  — E estou, Hiro. Isso sugou todas as minhas energias.
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  — Vamos à minha sala para eu te dizer como foi a reunião da manhã com a diretoria, assinar seus contratos e depois pode ir embora. Você deve estar com a sua moral arrasada, não é? — Chang declarou.
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  — Eu falei tantas mentiras… — murmurou decepcionada consigo, e Hiro tocou no ombro dela de modo solidário — Odeio isso.
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  — Quanto maior você ficar, infelizmente isso será mais recorrente . — Chang informou com as mãos nos bolsos da calça — Por mais que tenhamos uma boa relação com seu público, você já compreendeu que não temos como fugir disso. Hoje foi só uma prévia, e a tal Bae, tem talento.
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  — Por que não contam a verdade sobre vocês, sunbae? — Hiro perguntou olhando de um para o outro.
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  — Se eu conto isso, a minha carreira morre, Hiro. Vão dizer que só cheguei até aqui por interesses escusos com o Chanyeol, e a ética dele também seria colocada à prova. Essa verdade pode até ser esclarecida um dia, mas não agora. Além do mais, nós não mentimos. Falamos de nosso presente, que não temos outros vínculos agora. Nunca nos perguntaram sobre nosso passado.
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  O designer assentiu e os três chegaram no andar deles.
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  — Obrigada por seu trabalho Hiro. Faça uma cópia das transmissões e salve no meu acervo pessoal, por favor? Pode ser importante ter tudo registrado. — pediu.
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  — Claro! Eu farei isso agora mesmo.
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  Chang e ela caminharam para a sala dele, e respiraram mais calmos. O dia havia sido turbulento, e aquela tarde foi ainda mais. assinou os contratos publicitários, com a cabeça ainda cheia de tudo o que falou e ouviu na coletiva. Chanyeol explicou que a direção relutou em aceitar a mudança do contrato dela, mas aceitaram receber o esboço de seus novos manuscritos e caso fossem bons, eles poderiam rediscutir o assunto.
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  — Ou seja, só vão aceitar a mudança do contrato se eu fizer algo tão grande quanto “Garota Ocidental”.
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  — É por aí, mas não se preocupe, foi só uma maneira de nos pressionarem a desistir da ideia e ficar. A diretoria toda gosta de você e do seu trabalho, não querem abrir mão de um contrato tão vantajoso para eles, mas nós iremos pressionar do nosso lado também.
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  — Isso não vai ser ruim pra você? Eu sei o que está fazendo, Chang. Abrir sua agência me levando contigo é nosso plano antigo, mas não será tão fácil assim…
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  — Eu não vou cuspir na tigela que nos alimentou, . Mas, não vou ceder também. É o momento de dar esse passo, preparar o Hiro para assumir um dos meus cargos aqui, e fazer você voar. Claro que, no princípio, nós teremos que nos apoiar em alguém.
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  — Já sabe em quem? Eu vi que você listou a SM, a YG e a JYP Entertainment como algumas opções, nas suas anotações… — perguntou curiosa.
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  — Sim, eu tenho os olhos atentos a estas, mas também recebi uma sugestão de proposta um tanto quanto inovadora e surpreendente de outra empresa. Ainda estou analisando a situação e te falo sobre isso depois. Confie em mim.
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  — Eu confio. — sorriu e terminou de assinar um papel, fechou a pasta e entregou ao amigo, dizendo: — Então, agora vou para casa. Obrigada por me liberar mais cedo.
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  — Descanse, querida. — Chang sorriu e se levantou indo abraçar a amiga em despedida — Evite sair pela entrada, eles ainda podem estar lá. Quando pedir um motorista, peça também que estacione na rua de trás.
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  — Ah! — soltou-se do abraço do amigo se lembrando: — Vou te passar os dados de um motorista, e ele trará a filha aqui no sábado para conhecer a empresa a meu convite. Você pode organizar isso, por favor? Ele se chama Si Woo e a filha dele é Bong Cha.
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  — Claro, me passa os dados dele que eu entro em contato. — Beijou a testa da amiga e ela acenou positiva. — Fez um ótimo trabalho hoje, minha querida.
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  — Você também, oppa!
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   passou em sua sala, pegou suas coisas, despediu-se da equipe e foi para casa, exausta mentalmente, mas ao entrar no carro de aplicativo e se lembrar que veria Tae em algumas horas, sentiu-se um pouco mais empolgada.
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27.

  Ele telefonou a ela às 18:00 horas, ansioso, sem conter a empolgação por aquela noite. Queria ter certeza que nada daria errado. Jimin, Jungkook e Yoongi encaravam o amigo andando de um lado ao outro na sala do hyung, e sorriam entre si.
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  — Oi Teteco! — atendeu à chamada com uma voz doce e animada, chamando-o pelo apelido “brasileiro” que dera a ele.
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  — Oi ! — Taehyung respondeu sorridente, um pouco constrangido e incomodado com os amigos que ficavam sussurrando para ele colocar em viva-voz enquanto ele negava silencioso com as mãos, e os afastando — Er… Eu só queria saber se tudo certo mesmo para hoje.
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  — Você não achou mesmo que depois da eternidade que esperamos por isso, eu cancelaria, não é? — falou risonha abrindo novamente o chuveiro e o rapaz escutou o barulho de água.
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  — Ah, sei lá… Eu estou um pouco ansioso, confesso. — Tae falou baixinho e deu as costas para os outros tentando mais privacidade com a escritora: — Você já está em casa?
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  — Sim, estou tomando banho para me arrumar para você. — Ela falou com um risinho malicioso que deixou Tae petrificado, sua imaginação voou longe.
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  — Jogo baixo, senhorita .
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  — Você chega às sete, certo? — Ela desconversou ainda rindo.
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  — Isso mesmo! Então até logo, fica bem cheirosa que eu gosto.
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  Taehyung decidiu provocar de volta com um sorrisinho travesso e ouviu a risadinha da mulher do outro lado da chamada e mordeu os lábios pensando o quanto deveria ser adorável ouvi-la rir daquele jeito ao seu pé de ouvido.
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  Os dois se despediram e Tae, assim que se virou, deparou-se com Jimin e Jungkook provocando e zombando ao amigo com uma dancinha sexy. Yoongi era o único que não fazia nada, só observava aos amigos e ria.
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  — Eu disse que ela não iria cancelar nem que perdesse uma perna, Tae. — Yoongi respondeu.
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  — Eu vou me arrumar… — Ele afirmou com um sorriso quadrado contido, trincando o maxilar e passando a língua nos lábios, nervosamente. — Eu posso mesmo pegar o seu carro?
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  — Pode sim! Aliás… — Yoongi parou a pergunta e encarou JK e Jimin que assentiram para ele o encorajando com os polegares para o alto: — A gente estava pensando se…
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  — Você quer o apartamento do hyung hoje, né? — Jungkook atropelou Yoongi.
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  — Jungkook!
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  — Ué, você fica enrolando para falar como se estivesse preocupado com isso! É só perguntar! — JK mandou a real de novo dando de ombros e foi até Tae o abraçando pelos ombros e explicando: — Não é que a gente esteja dizendo que vai acontecer alguma coisa, mas se quiser trazer ela para cá pode dizer! A gente deixa a chave do apartamento do hyung com você e voltamos para o dormitório.
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  — Não precisa, Yoongi, mesmo.
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  — Olha, não tem problema, Tae! A casa dela é mesmo um ninho de duende de tão pequena!
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  Suga insistiu e Taehyung apenas negou silencioso com um sorriso mínimo, e saiu para o banheiro de Suga, cantarolando feliz a um Jazz qualquer.
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  — Ele está feliz como a gente não via há muito tempo, não é? — Jimin falou também contente pelo amigo e os outros sorriam assentindo.
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  — E como não estaria? A noona é a maior gatinha! — Jungkook sorria com uma expressão safada lembrando-se de e levou uma almofadada de Yoongi na cabeça.
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  — Não pense nela desse jeito!
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  Os três começaram a discutir um pouco, enquanto preparavam mais comida e bebida e selecionavam os programas que assistiriam aquela noite. Taehyung se arrumou inteiro, estava lindo de um jeito casual, mas sexy. Ele não queria que sentisse que era um encontro com outras intenções, já tinham conversado sobre aquilo, e por isso vestiu-se como um jovem que levaria a namorada no parque de diversões. E na mente dele, aquela era a ilusão que ele mais queria que fosse real com ela.
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  Pegou a enorme cabeça de urso, e alguns apetrechos que havia comprado com Yoongi e levou para o carro de Suga. Logo que deu seu horário ele saiu, os amigos acenando e desejando boa sorte em frente a porta do elevador do prédio.
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   por sua vez, também estava animada e ansiosa para esquecer tudo o que havia estressado ela naquele dia, e pensando na roupa que precisaria vestir definiu-se por algo confortável, afinal, iriam a um parque de diversões. Ela estava com uma calça jeans tradicional de corte reto, uma cropped soltinha branca, em decote canoa e mangas curtas largas, com outro cropped de alcinha em cetim vermelho por cima. Nos pés usava vans branco. Tinha os cabelos soltos, o rosto com maquiagem leve e a sua bolsa era atravessada ao corpo para sentir-se mais confortável, além de brincos e jóias delicados.
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  Taehyung optou por uma calça jeans também, um tênis branco, uma t-shirt de mangas curtas, soltinha e branca escrito “Boston” na frente. Os cabelos dele estavam do jeitinho que ela dissera que gostava, dividido ao meio com uma mechinha solta na testa de propósito. Tae colocou seu relógio clássico no pulso, um colar de ouro com miçangas, sutil, e claro, enfiou uma máscara no bolso para oportunamente proteger sua identidade.
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  A escritora terminou de pegar seus documentos colocando-os em sua bolsa, e já iria espiar se avistava o carro de Yoongi chegando, quando as batidas na sua porta se fizeram ouvir. Ansiosa, ela correu até o espelho e observou-se, também encarou ao redor de sua “sala” e viu que nada estava fora do lugar. Com um sorriso largo no rosto, abriu a porta e levou um susto! Uma enorme cabeça de urso no corpo de alguém com um arranjo de girassóis nas mãos, a pegara de surpresa. O ursão estendeu as flores para ela, e começou a gargalhar surpresa.
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  — Meu Deus! Que coisa mais adorável, mister Bear! — Ela apelidou e riu puxando o rapaz para dentro.
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  Tae ficou estupefato de entrar ali, e não falava nada, mas era porque não conseguia tirar os olhos dela.
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  — Não vai dizer nada, ursinho? — perguntou e ele continuou mudo, então, preocupou-se de ter se enganado e puxado um maluco qualquer que também errou a porta, para sua casa, e por isso, deixou as lindas flores numa mesinha e se aproximou do rapaz tirando cuidadosamente a cabeçona de urso dele.
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  E no exato instante que terminou de revelar o rosto sorridente e divertido de Taehyung, o rapaz puxou a escritora pela cintura, a segurando firme, — o que a fez soltar um gritinho — e colando seus corpos.
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  — Ah! Tae?!
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  — Você é a mulher mais adorável que eu já conheci. — Ele declarou com os olhos brilhando sobre ela da cabeça aos pés. Lento se aproximou mais do rosto dela desviando os lábios para a bochecha de , quase a infartou.
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  — Kim Taehyung, isso é tortura…
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  — Gostou da surpresa? — Ele falou rindo travesso e ainda recuperando o fôlego sentindo as mãos dele quentes e firmes em sua cintura um pouco desnuda pelo cropped, apenas meneou com a cabeça que “sim” — Eu pensei em te surpreender com a cabeça de urso na porta do parque, mas já tinha combinado que eu te buscaria…
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  — Eu adorei. Não entendi o conceito, mas amei. Principalmente os girassóis, que são minhas flores preferidas.
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  — O conceito é “fazer sorrir uma mulher incrível que teve um dia cheio”. — Tae sorriu e soltando-a, pegou na mão da escritora entrelaçando seus dedos e imediatamente ficou encarando seus dedos cruzados. — Podemos ir?
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  — Po-podemos. — respondeu ela baixinho, ainda abalada pelo toque dele.
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  — Aliás, eu adorei sua casa. É aconchegante, faz a gente querer ficar… Assim como você. — Ele olhou ao redor e foi a vez da puxá-lo para fora.
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  — Prometo que você vai conhecer cada cantinho dela depois, agora vamos, temos muito a nos divertir hoje! Vai vestir sua cabeçona de novo, ursinho?
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  — Não, ela estragou meu cabelo milimetricamente arrumado pra você! — Taehyung declarou e puxou a máscara do bolso vestindo-a em seu rosto para disfarçar a identidade, e depois que trancou a porta da frente, ela virou-se de frente para ele e ajeitou o seu cabelo puxando o rapaz pelo queixo ao ponto de provocar nele a mesma excitação que foi provocada nela minutos antes.
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  — Prontinho, podemos bagunçar ele quantas vezes precisarmos hoje, que eu vou milimetricamente deixá-lo do jeitinho que gosto de novo!
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   piscou e deu a mão para Tae, entrelaçando seus dedos e o guiando ao carro de Yoongi do outro lado da rua, dessa vez, com ele sendo o abobalhado a encarar suas mãos juntas e tão perfeitamente encaixadas.
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  Primeiro, Taehyung dirigiu até um restaurante que ficava abaixo da ponte do rio Han, um lugar escondido que ele adorava. Era um restaurante simples, de uma senhorinha chamada Nari. A “vovó”, como ele chamava, era uma velha conhecida da família Kim que ao se mudar para Seoul muitos anos atrás, abriu seu pequeno restaurante familiar. Ela era como uma verdadeira avó para Tae, e ele queria muito que conhecesse o lugar.
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  Claro que, assim que eles arrastaram a porta de correr em madeira, estilizada como um típico restaurante de vilarejo e que remetia muito à infância de Tae, tudo estava devidamente pronto do lado de dentro. A começar que não havia clientela, apenas a ahjumma Nari a modelar alguns doces artesanais em um balcão, enquanto a mesa de Taehyung estava devidamente posta e enfeitada. O lugar por dentro, tinha girassóis pendurados em todas as paredes e mesas, e tudo estava “solar” apesar da noite.
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  — Taetae! — A senhora falou assim que viu a figura do rapaz entrando de mãos dadas com uma bela mulher.
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  — Vovó! Como a senhora está?
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   sentiu-se não só surpresa e acolhida pelo ambiente, quanto envergonhada assim que o escutou chamando a senhora de “avó”.
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  — Estou ótima! Preparando o Sakura Mochi que você adora! — Ela já havia se aproximado dos dois, e agora segurava Tae pelos braços o olhando debaixo para cima devido sua altura, e analisando se ele estava bem — Meu querido, preparei tudo como pediu! Essa moça bonita ao seu lado é a sua namorada então?
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   sorriu simpática e ruborizada, como poucas vezes a presença de algum homem a deixava, e olhou para Taehyung esperando ele responder a ahjumma.
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  — Ela vai ser. — Tae respondeu sem tirar os olhos de — Bem mais que uma namorada, vovó.
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  — Aigoo, vocês ficam muito bonitos juntos! O meu garotinho falou muito de você, senhorita! Ele preparou tudo isso! — A senhora falou apontando a decoração do restaurante.
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  — Obrigada ahjumma, é um prazer conhecê-la! Meu nome é !
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  — E eu sou Nari, uma velha conhecida da família Kim, por isso ele me chama de vovó. Não precisa ficar nervosa porque ainda não está conhecendo a matriarca Kim. — Nari riu notando como a mulher havia ficado ansiosa em sua presença e suspirou aliviada — Bem, agora Taetae, sentem-se, eu vou servir seus pratos.
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  — Eu te ajudo, vovó!
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  — Aigoo! Dê atenção à sua garota, primeiro!
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  — Eu também ajudo! — declarou fazendo Tae sorrir feliz pela atitude dela, e a senhora Nari a encarar sorrindo igualmente satisfeita.
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  Os três seguiram para dentro da cozinha do estabelecimento, e enquanto Nari servia as tigelas, as organizava na bandeja e Tae levava à mesa deles. Após tudo estar pronto, Tae e convidaram Nari a se juntar-se a eles, mas a vovó negou veemente.
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  — Outro dia! Outro dia! Onde já se viu isso… Esses jovens! Vão namorar! — Nari abanava o ar ralhando, sorriu e pôs-se aos fundos do estabelecimento dizendo: — Seus Sakura Mochis estão na geladeira da cozinha, Taetae. Quando sair apague as luzes e deixe que eu arrumo tudo, ouviu?
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  — Sim vovó, mas antes de ir nós vamos lá nos despedir.
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  — Tudo bem! Se o Makgeolli aparecer por aqui, me avise. Tem dois dias que aquele gato não aparece!
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  A senhorinha saiu se arrastando sorridente e falante para o fundo da loja. sorria largamente, encantada pela figura, e pelo lugar que embora simples estava tão bem decorado e era tão confortável.
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  — Ela mora nos fundos da propriedade, em sua casinha. E tem um gato branco chamado Makgeolli. — Tae explicou para depois de estarem sós. — Espere um momento, vou colocar uma música pra gente!
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  Ele foi até uma radiola de discos antiga, e escolheu um disco de Sinatra que ele já havia deixado ali pela manhã. Quando os acordes de Fly me to the moon começaram a tocar, sorriu ainda mais abertamente com Taehyung fazendo uma dancinha atraente do Jazz. Ele sibilava a letra da canção como se fosse o próprio Sinatra em seus trejeitos, apesar de não sair som de sua voz. apoiou a cabeça na mão, o cotovelo apoiando o braço na mesa, e sorria maravilhada, ou melhor, apaixonada pelo Taehyung que se despia aos poucos para ela.
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  Tae estendeu a mão para ela e a pegou, então o rapaz a puxou num solavanco rodopiando-a já na parte final da música, cantando:
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  — “Fill my heart with song, let me sing forever more, you are all I long for all I worship and adore…”
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  E foi pego de surpresa por o acompanhando no cantarolar quando soaram uníssonos entre passinhos delicados:
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  — “In other words, please be true… In other words, in other words… I love You”. — Encerraram juntos, sob risinhos sutis, corpos colados e uma vontade absurda de se beijarem.
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  Contudo, movidos por um sentimento de receio a tudo que haviam conversado na noite anterior, não se beijaram, apenas se afastaram risonhos.
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  — Você também gosta de Jazz?! — Tae perguntou feliz.
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  — Está brincando, não é? Que romancista não gosta de boas referências musicais? Eu sou apaixonada por Jazz e Bossa Nova, Tae! — contou já puxando-o para a mesa onde a comida deles esfriaria caso demorassem mais.
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  Outras músicas iam embalando o momento de conversas e jantar romântico simples, dos dois.
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  — Você gostou? — Tae perguntou apontando tudo ao redor.
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  — Eu adorei! Esse lugar está incrível!
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  — Podemos vir outras vezes! A vovó gostou de você e com certeza vai adorar recebê-la sempre que voltar.
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  — Os meninos conhecem esse lugar?
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  — Sim, eu os trouxe há muito tempo! Nossa… — Taehyung esboçou uma expressão de incredulidade ao dizer: — Agora que você falou eu tenho tido mesmo pouco tempo para vir aqui.
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  — As coisas estão muito corridas, não é? — Taehyung assentiu dando mais uma colherada em seu caldo, e pegando alguns acompanhamentos os colocava na tigela de que o observava analisando a expressão dele. Apesar de lindo e arrumado, era notório que ele estava cansado — Tae, além da terapia, pode falar comigo sobre tudo, ok?
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  — Você também, . Eu quero que essa noite seja muito divertida para você, eu acompanhei a coletiva e sei que não foi fácil.
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  — É, não foi. As coisas vão piorar… — falou olhando pela janela de vidro do lugar, o céu estrelado do lado de fora — Minha vida vai mudar bastante de agora em diante, eu pressinto… Mas sabe, eu não me importo se eu puder terminar as noites sorrindo como estou sorrindo hoje.
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  — A gente pode fazer uma promessa de dedinho pra se ajudar! — Tae esticou o mindinho para que rindo entrelaçou o dela ouvindo-o atenta: — Vamos prometer que no caos dos nossos dias, vamos ser o girassol um do outro.
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  — Isso foi lindo, Tae! — comentou com a voz baixa admirada e embalada por sentimentos bons, e selando a promessa de dedinho ela complementou: — Faremos um ao outro sorrir nos dias de chuva e cinza! Promessa de dedinho, selada e carimbada!
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  Os dois terminaram de comer para não perderem o restante da diversão da noite. E depois que, desobediente, Taehyung lavou as louças da vovó e depositou uma justa quantia de dinheiro no caixa dela em um envelope, o rapaz pegou os doces japoneses que adorava e ia fechando o restante do bar e apagando as luzes. Ela pegou uma das flores de girassol do bar, para levar de lembrança consigo. Saíram pelos fundos do restaurante, com Tae dando a ela as mãos de novo, e dividindo mordidas no mesmo Sakura Mochi que segurava. A ahjumma Nari estava sentada em sua varanda olhando as estrelas, quando viu a figura dos jovens “namoradinhos” dividindo um doce, risonhos e de mãos dadas, se aproximando.
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  — Ah, como é bom ser jovem… — Ela murmurou para Makgeolli que apareceu de repente e estava recebendo o cafuné da velhota. — Eles não são um casal bonito Makgeolli? Algo me diz que vamos vê-los bastante…
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  — Vovó! Observando a noite? — Tae perguntou ao se aproximarem.
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  — Eu me senti inspirada ao ver um casalzinho dançando nesta bela noite… — Falou a senhora risonha para os dois, confessando tê-los flagrado. — Sei que você programou muitas coisas pra fazerem hoje, Taetae. Não quero ficar os segurando, mas por favor, senhorita, espero revê-la em breve! Graças a você, meu menino veio me visitar após algum tempo.
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  — Aish, desculpa vovó… As coisas têm sido…
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  — Hehehe — Interrompeu a ahjumma rindo — Não se preocupe Taehyung, eu sei como é sua rotina! Mas sempre que puder, volte para me ver, traga sua namorada e amigos! Diga ao fofo do Jimin que eu farei mochi de chá verde para ele!
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  — Pode deixar vovó! — respondeu, surpreendendo Tae — Eu vou me garantir a voltar e sempre trazer o Tae e os meninos, tudo bem?
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  — Obrigada querida! Agora não percam tempo, noites belas assim passam num piscar de olhos. Vão se divertir!
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  Os dois se despediram da senhora com um abraço, Tae entregou a ela as chaves do estabelecimento e voltaram para o carro. A próxima parada: o Lotte World. No caminho, seguiram conversando sobre gostos musicais, pratos favoritos e quando notou uma sacola no banco de trás e perguntou o que era, Tae pediu que ela a pegasse. Dentro, haviam arquinhos de cabelo fofos e combinados para que ela escolhesse qual eles usariam naquela noite.
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  — Mas, aqui tem vários!
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  — Vamos ter muitos eventos para usar vários diferentes! — Ele justificou e com o olhar desconfiado de sobre si, confessou: — Eu só não sabia qual você gostaria e o Yoongi é um imprestável. Não sabia me ajudar a escolher nada do seu gosto!
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  — Então era disso que ele estava falando… — riu ao se lembrar do amigo dizendo que Tae tinha fetiches estranhos. — Como descobriu sobre os girassóis?
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  — Fiz o Yoongi perguntar ao Chang para eu não levantar suspeitas.
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  — Muito esperto! — riu e escolheu arquinhos de orelha de urso que havia ali — Esses aqui! Por que seremos o senhor e a senhora Bear, depois de um ursinho aparecer na porta da minha casa!
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gargalhou e Tae a acompanhou.
  — Gostei disso. Temos um apelido só nosso agora. Senhor e senhora Bear.
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  — Ou apenas ursinho e ursinha, são mais simples.
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  Eles trocaram olhares e um silêncio delicioso, daqueles silêncios contemplativos da presença de alguém que faz bem, se instaurou entre eles. observou Tae cuidadosamente e deu-se conta só naquele momento de que os dois estavam vestidos quase como um casal.
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  — Minha nossa, agora entendi porque a ahjumma Nari achou que eu fosse sua namorada! Nós estamos vestidos combinando um pouco.
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  Tae arqueou a sobrancelha e encarou suas vestes e as de , e sorriu ao explicá-la:
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  — Não foi isso. É que eu disse que queria preparar uma surpresa para minha garota preferida, então ela só deduziu.
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  — Eu sou sua garota preferida? — zombou: — E quantas outras garotas estão envolvidas a você para eu ser a preferida, senhor Kim?
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  — Não! Não foi isso que eu quis dizer e… — Tae começou a se explicar, mas o interrompeu.
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  — Estou brincando com você, Taehyung. — falou e esticou-se para beijar o rosto dele, deixando o garoto sorridente e envergonhado, fazendo charminho ao volante o que a provocou mais gargalhadas: — Você não existe!
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  — Claro que existo!
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  Os dois permaneceram durante o caminho cantando mais canções de Jazz juntos, que tocavam no carro, e depois de chegarem na Lotte World, sentiu-se uma princesa de contos de fadas. O parque inteiro fechado apenas para os dois! Todo iluminado, com alguns shows de luzes em alguns brinquedos, e vários clássicos do gênero musical que curtiam desde o começo da noite, tocavam por todo o ambiente.
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  — Você não fez isso… — falou com a boca aberta.
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  — Eu me preparei com antecedência. — murmurou ele, convencido.
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  — AAAAAAAHHHHHH! Isso é como estar em um doraaaaama! — , o assustando de repente, saiu correndo em círculos com os braços abertos gritando aquela frase.
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  Tae ficou estático, com olhos esbugalhados, surpreso, mas também admirado por ver a mulher agir como uma adolescente perdida no mundo de contos de fadas. saiu correndo pra dentro do parque e gritando:
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  — Venha logo, senhor Bear! Não tem fila para nenhum brinquedo! Uhul!
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  Tae gargalhou e pôs-se a correr atrás da garota. Primeiro foram na roda-gigante. E dentro dela, um do lado do outro, puderam conversar sobre o dia que ela tivera. Partiu da própria escritora o desabafo repentino:
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  — Eu achei que não ia conseguir. — Ela revelou, Taehyung a olhou curioso e ela continuou: — Mentir daquele jeito. Eu odeio mentiras, Tae. Eu odeio que controlem a minha vida ou me digam o que devo ou não fazer. Mas, eu não estou em casa, eu não posso simplesmente não dançar conforme algumas músicas…
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  — Entendo. — O amigo passou os braços ao redor do ombro dela, a trazendo para si em um abraço discreto — É muito difícil mesmo ter que lidar com a ausência da nossa individualidade quando nos tornamos essa coisa toda pra outras pessoas. Mas você foi muito bem, . E eu sei que apesar das mentiras, o Jay… Se ele se importa mesmo com você, se ele é seu amigo apesar de qualquer coisa, ele entendeu.
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  — É ele entende, é mais uma frustração comigo mesma, de não poder fazer nada diferente disso agora…
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  — Você e ele…? — Tae começou a perguntar, mas desistiu no meio da frase. Contudo, queria compartilhar a informação.
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  — Eu pedi a ele para nós darmos um tempo na pegação. — Ela falou de modo tranquilo — Não só pelas fofocas e qualquer risco de sermos vistos juntos, mas, porque as coisas entre a gente não estavam como antes.
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  Taehyung sentiu o canto da boca repuxar um sorrisinho que, obviamente, ele segurou. Não queria render o assunto sobre Park, felizmente, não estava mais envolvida com ninguém. Ele poderia sentir-se ainda mais disponível para mergulhar nos próprios desejos por ela.
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  — Ei. Não fica se martirizando por tudo isso, tá? Encare a necessidade de ocultar as coisas, como uma difícil parte do nosso trabalho de criar entretenimentos felizes para outras pessoas. Você é uma mulher incrível, , e ninguém poderá mudar isso.
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  — Obrigada. Eu vou superar… Vou aprender a enxergar essas manobras com um pouco mais de frieza.
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  — E se precisar de mim, eu estou aqui. — Tae afirmou.
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  Os dois ouviram que estava tocando dentro da roda-gigante: “Lovely Day”, de Bill Withers e um sorriso ia surgindo no rosto de cada um, e ao mesmo tempo, tal como se pensassem a mesma coisa, os dois começaram a cantar em plenos pulmões o refrão da música que poderia facilmente ser sobre eles, ao menos era sobre o que Tae sentia ao olhar para ela:
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