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Sem curiosidades para essa história no momento!

A Vilã Da Casa Bellerose

Capítulo 24

Arabella Fiore

  — Desse jeito você acabará com a água do castelo, Arabella.
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  Encarei o sorrisinho malicioso de Nymph, que se divertia com o meu sofrimento juntamente dos meus amigos; desde que descobri que possuía mana e descobri o meu elemento, não tive tanto tempo para estudar, ainda mais com a reta final do segundo mês, que ocupou muito de mim.
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  Uma semana se passou desde que lidamos com a organização, e agora eles estavam nas mãos do rei, aguardando a hora de serem executados. Letícia teve o mesmo fim, sendo anunciada a sua sentença um pouco depois de entregarmos os criminosos para a família real: morte por enforcamento. Considerando os seus crimes, julgo ter sido uma morte perfeita para ela, já que a mulher meio que já havia perdido a sua cabeça a partir do momento que decidiu agir do jeito que agiu. A única coisa que me impressionou foi o rei ter mandado uma carta para mim, perguntando o que fariam com o cadáver da babá; a princípio, não compreendi muito bem o motivo de ser a que escolheria isso, mas percebi que teve um dedo da duquesa e do duque, então pensei brevemente até chegar a uma ideia perfeita…
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  Por que não presentear Perci Fiore com a cabeça de Letícia Julie Brown?
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  Não me importava se o rei me acharia estranha ou se suspeitaria do que eu faria, afinal, Viviene e Giovanni estavam do meu lado, então o governante de Bellary não questionaria as minhas ações. Nesse momento, o marquês já deve ter recebido o presente, mas duvido que a morte de uma de suas subordinadas o incomodou; o que o irritaria de verdade é saber que eu não vou parar até destruí-lo, a cabeça de Letícia só foi um amigável aviso.
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  — Por pouco você não fica encharcada, senhorita. — Nymph se sentou no alto da árvore, me observando com os olhos semicerrados. — Pausa de 10 minutos. Espero que esteja 100% focada ao retornarmos.
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  — Como desejar, capitã — respondi prontamente em meio a risadas, sabendo que Nymph, apesar de não pegar leve, só queria que eu realmente focasse no nosso treino.
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  Eu estava um tanto atrasada em relação a isso, resultando em eu treinar em um dia o que era para treinar em uma semana. É nessas horas que agradeço por ser descendente da Ordem e a protagonista, tenho que usufruir das minhas vantagens.
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  — Uma pena você ter que abrir mão dos treinos do exército, Bella. — Jade me entregou uma toalha, verificando se eu não me machuquei. Meu primo se tornou um pouco protetivo comigo, mas eu achava uma graça o seu cuidado.
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  — Não tem como abraçar o mundo, né? — Sorri. Ethan sempre treinava comigo quando tínhamos tempo, no entanto, eu sentia falta do campo e de Ash quase matando os seus alunos. — E eu partirei em dois dias, não teria como manter a rotina de qualquer maneira.
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  — É por isso que preciso de você focada, Bella. Nunca se sabe o que enfrentaremos na vila Ryo…
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  — Eu sei, Nymph. — A abracei apertado, recebendo uma careta. — Bom, vamos continuar?
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*

  O final da tarde chegou com uma brisa gostosa e já era possível ver a lua se erguendo no céu. Encarei as crianças brincando pelo jardim juntamente de Vicente, que está conosco até o dia de retornarmos à sua vila. Ele não demonstrou surpresa ao saber quem eu era, inclusive foi mais receptivo do que imaginei, visto que eu não tiraria a sua razão por me odiar por culpa do marquês. O seu desejo, assim como o dos moradores de Ryo, era que eles voltassem a ter a dignidade que possuíam antes, com direito a todos os recursos e cuidados. Não me impressionava Perci ter escolhido o vilarejo como palco para a criação da nova arma, pensando pela sua – burra – ótica, fazia sentido usar um local tecnicamente pequeno para fazer os testes, já que quase ninguém desconfiaria. Ele só não imaginava que a população se juntaria para tentar pará-lo.
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  Voltei a atenção para a papelada inacabável, estudando algumas estratégias para saber como agir diante das eventuais situações que encararia na vila. Não é simplesmente chegar e expulsar a corja de Perci, eu precisava de mais provas do que os moradores possuíam e de maneiras para devolver os seus recursos. Talvez eu tenha que mexer na minha poupança, mas gostaria de conversar primeiro com os cidadãos de Ryo para saber quais são os seus desejos principais, assim poderei agir com mais propriedade. Contudo, de acordo com Vicente, no momento eles queriam apenas ter a tranquilidade e a autonomia que tinham no passado, sem se preocuparem em perder a liberdade de ir e vir.
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  — Tem um minutinho para mim?
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  A voz de Lian soou próxima do meu ouvido, fazendo com que o meu corpo todo se arrepiasse ao sentir a sua boca no meu pescoço. O encarei com um sorriso cansado, e logo ele se juntou a mim, me colocando sentada em seu colo e me abraçou apertado.
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  — Eu vou sentir falta disso… — comentei assim que me afastei de seus lábios, me segurando para não o beijar novamente.
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  — Eu também — Killian me olhou apaixonado, apesar de compartilhar do mesmo sentimento que o meu —, mas será só uma semana, certo?
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  — Se tudo sair conforme o planejado, sim. — Suspirei pesadamente, deixando a cabeça no seu ombro. Não era novidade para ninguém que estávamos juntos, e por mais que tenhamos ficado um pouco afastados por conta da chegada de Melissa, no momento, não ligávamos mais para os comentários, ainda mais com a princesa completamente apaixonada por Giovanna. — Só que, quando eu retornar, estarei ocupada demais com o meu baile e outros assuntos.
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  — Você fala como se nós não dividíssemos o mesmo quarto toda noite, Bella. — Lian riu, mas ele entendia perfeitamente o que eu queria dizer. — Eu prometo que em todas as oportunidades possíveis, te levarei para um encontro. Quantos você quiser. — De repente, o meu namorado começou a distribuir beijinhos por todo o meu rosto, me fazendo cair na gargalhada. — E não se esqueça que você é minha por essa noite e a última coisa que faremos será dormir.
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  — Oh, realmente? — Arqueei a sobrancelha, sorrindo desafiadora. — Espero que cumpra essa promessa, Killian Bellerose. Agora eu preciso voltar a minha atenção para essa papelada e adoraria a ajuda do meu namorado.
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  Eu e Lian ficamos analisando e discutindo sobre algumas questões até sermos chamados para o jantar, perdendo a noção total do horário. As crianças nem se preocuparam de se despedir de nós dois, e é claro que fizemos um drama, mas elas estavam mais interessadas no amiguinho novo do que em seus respectivos irmãos. Como prometido, eu e Bellerose iríamos passar a noite juntos, só não contamos com os nossos amigos já nos esperando em meus aposentos, todos devidamente com seus pijamas e diversas comidas espalhadas em cima da toalha que estava no chão.
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  É, acho que, de fato, ninguém dormiria hoje a noite.
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*

  — Eu acho que a sua família deveria ganhar dinheiro com o castelo, Killian.
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  Melissa estava com a boca cheia de biscoito ao fazer o comentário, arrancando vários risinhos abafados de todos os presentes; nós adoramos o fato dela se sentir tão à vontade que até se esquecia de que era uma princesa, e pelo que me recordo do manhwa, por mais que ela tenha crescido em um ambiente repleto de amor, ainda assim Melissa era lembrada de que tinha uma imagem a zelar. Então, vê-la podendo ser ela mesma sem julgamentos era maravilhoso não só para mim, mas para todos do nosso grupo.
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  — É sério! Todos que entram aqui acabam em um relacionamento, que tal fazer um festival e usar como atração esse fator? Algo como… “fazemos você e sua pessoa amada se apaixonarem em um dia”.
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  — Ainda bem que você não trabalha em jornais, Mel — comentei aos risos, recebendo uma almofada no rosto. — Sua ideia não é ruim, mas com essa frase não vamos conseguir público algum.
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  — Concordo com Bella. — Gio permanecia com a sua expressão tranquila, por mais que sua namorada estivesse tentando fazer drama. — Eu amo você, no entanto não posso mentir.
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  — Vocês já gostaram mais de mim… — Fez um biquinho.
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  — E se for: “Venha ao castelo e encontre o seu amor prometido”? — Mya deu a sugestão, sendo analisada por todos.
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  — “Venha ao castelo e saia com a data do casório!” — Ethan disse um tanto entusiasmado, recebendo uma reprovação unânime.
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  — Até o da Melissa não está parecendo tão ruim agora… — Lian também foi acertado por um travesseiro, o que o fez rir juntamente da princesa.
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  — Sinceramente… — Sorri pequeno ao olhá-los ganhando suas atenções. — Eu amo o fato de estarmos até tarde conversando sobre coisas aleatórias como se não tivéssemos que acordar cedo.
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  — Eu também! — Mel concordou animada.
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  — Creio que não seja só eu que esteja sem sono, então…
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  — Amanhã lidaremos com isso. — Giovanna concluiu.
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  — Eu só queria dizer que amo vocês.
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  A reação dos cinco foi a mesma, e logo me vi em um abraço tão apertado e aconchegante que se fosse por mim, ficaríamos assim pelo resto da noite. Agora, eu focaria apenas em curtir uma noite do pijama com os meus amigos, deixando as preocupações e obrigações para amanhã.
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  De fato, ninguém dormiria hoje a noite.
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  N/A: e voltamos com a minha queridinha depois de 84 anos! 🥳
  Esse capítulo foi mais curtinho mesmo, eu quis deixar a ação pro próximo 😂 estava com saudades de escrever essa história, e agora que estamos no terceiro mês e caminhando – lentamente – para a reta final, trouxe uma nova arte feita pela minha querida Greek! Foi ela quem fez a primeira, como sempre arrasando! Vou deixar o link do post no instagram para vocês conferirem (clique aqui)!
  Nessa arte eu quis trazer a Bella com o cabelão dela e o Lian com o cabelo mais curto, meio que eles “trocaram”, sabe? HAHAHAHAHA espero que gostem!
  Próximo capítulo vamos para a vila Ryo, e vai ter a aparição de um certo personagem de uma short aí… 👀
  Não se esqueçam de comentar!
  Até a próxima!

Capítulo 25

Arabella Fiore

  A noite caía serena em Bellary, e de longe eu já conseguia ver a carruagem que nos levaria até boa parte do caminho para a vila Ryo. Os dois dias passaram rapidamente, sendo preenchidos com muitas papeladas e os preparativos finais para o período que eu ficaria no Leste, já que a duração da viagem variaria de acordo com o que acharmos lá. Para não chamarmos muita atenção, somente eu, Nymph e Vicente entraríamos na vila, Thales ficaria com alguns guardas nos arredores e Felippa se infiltraria como uma comerciante no terceiro dia.
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  Eu tinha os nomes dos nossos aliados e aparentemente um deles, de acordo com Viviene, era um amigo próximo de mamãe, o que me fazia sentir estranhamente segura só de escutar o seu nome. Vicente me garantiu que as pessoas da vila não me odiariam por eu ser filha de Perci, mas eu não estranharia caso quisessem me expulsar de lá no minuto que descobrissem a minha verdadeira identidade, afinal, infelizmente meu progenitor é o indivíduo que está levando os moradores de Ryo à miséria.
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  — Não esqueça de usar a esfera para se comunicar conosco, querida. — A duquesa sorriu carinhosamente ao segurar minhas mãos.
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  — Você tem a nossa insígnia que te garante a voz de prisão, não hesite em usa-la caso necessário — o duque completou, abrindo os braços para um abraço. — Você é da família, portanto, não se machuque, e se alguém ousar encostar um dedo em você, é só avisar pela esfera que eu lidarei com isso.
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  — Eu sei — o abracei de volta —, contudo, pode ficar tranquilo. Ninguém é capaz de enfrentar uma integrante dos Bellerose.
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  — Desse jeito o meu pai ficará emocionado, meu amor. — Killian me puxou pela cintura, beijando a minha testa. — Vá e volte com cuidado, sim? Prometo não morrer de saudades na sua ausência.
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  — Por favor, quero o meu namorado inteirinho para quando eu voltar. — Colei as nossas testas e sorri. — Eu te amo, Lian.
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  — Amo você, Bella. — Ele me deu um beijo rápido.
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  — Também amamos você, Arabella! — Gio, Mel, Mya e Ethan falaram em uníssono, me entregando uma cestinha com guloseimas.
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  — É para você e o Vicente comerem durante o caminho. — A princesa disse e se aproximou, me entregando uma caixinha e sussurrando no meu ouvido: — Esse é o meu relógio, se você apertar três vezes o botão lateral, uma contagem regressiva se iniciará e após vinte segundos, ele explode. Pode ser útil.
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  — Obrigada, Melissa. — Nunca que eu imaginaria que a princesa teria uma ferramenta dessas em sua posse, mas, de fato, provavelmente teria a sua utilidade, por mais que eu não quisesse pôr nenhum morador de Ryo em perigo.
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  — Bella, boa viagem! — Abaixei para me igualar à altura dos quatro mosqueteiros, ganhando mais um abraço.
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  — Obrigada, meus gatinhos! E se comportem, viu? Nada de ficarem acordados até tarde!
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  — Vicente, é para você! — Nell e Kira entregaram ao garoto uma pulseira, enquanto Thoni e Kieran lhe deram uma espada.
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  — Se alguém malvado vier atrás de você, use a sua espada! — o pequeno Bellerose falou com convicção.
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  — A Bella vai te proteger, então não precisa ter medo!
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  — Obrigado! — respondeu contente. — Espero que possamos brincar mais vezes!
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  — Vamos? — Nymph já nos aguardava na porta da carruagem em sua forma humana.
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  Terminamos de nos despedir de todos e nos acomodamos na carruagem, esperando o chofer dar a partida.
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*

  Já fazia um tempo que estávamos na carruagem e de acordo com Nymph, chegaríamos no ponto de encontro com Thales e Felippa em alguns minutos, o que causava um certo nervosismo. Apesar de já ter passado por diversas situações complicadas, geralmente todos os Bellerose estavam envolvidos, assim como meus amigos, mas dessa vez o grupo era pequeno e quem estava os liderando 100% era eu, além de ser extremamente necessário agir com cautela para não ocasionar nenhum acidente aos moradores da vila e aos meus subordinados. Suspirei pesadamente, tentando afastar os pensamentos negativos e focar no que importava, e logo percebi que havíamos parado ao ver meu familiar prestes a descer.
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  — Senhorita — Thales e Felippa me aguardavam com roupas diferentes do usual —, esperamos que o trajeto até aqui tenha sido tranquilo. Todos estão aguardando as suas ordens.
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  — Obrigada, Felippa. — Agradeci pela ajuda para sair da carruagem e me virei para o pequeno grupo, fazendo a contagem e totalizando exatamente quatorze pessoas. — Obrigada pela presença e por me emprestarem as suas forças. O plano seguirá como planejado e qualquer alteração que possa ocorrer, vocês serão avisados imediatamente assim como quero ser notificada de qualquer movimentação minimamente estranha. Ao mínimo sinal de uma possível explosão ou incêndio, evacuem a vila, a prioridade são os moradores. Se precisarem de reforços, não hesitem em comunicar Thales e Felippa, eles entrarão em contato comigo imediatamente. No final da operação eu espero encontrar todos são e salvos, então, se cuidem. Vocês são minha responsabilidade, não deixem de me informar caso algum de vocês esteja ferido. Agradeço novamente pela presença, teremos longos dias pela frente.
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  O grupo assentiu e aos poucos iam se afastando de nós até que restasse somente eu, Nymph e Vicente novamente. Soltei a respiração aliviada, recebendo um chocolate do garoto como forma de conforto e sorri para ele, sentindo a familiar se enrolar no meu braço em seguida.
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  — A abertura fica atrás dessas rochas, provavelmente meus amigos estarão do outro lado me esperando.
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  — Como tem tanta certeza? — Nymph perguntou.
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  — Porque eles são meus amigos. Lanah, Jackson e Robbie nunca me abandonariam, e prometeram me esperar mesmo que eu levasse um mês para voltar — Vicente respondeu com um sorriso estampado e com convicção, e eu o compreendia perfeitamente, afinal, eu e os meus agíamos da mesma forma.
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  — Ótimo, é importante ter pessoas assim a sua volta. — Baguncei suas madeixas. — Agora precisamos esperar dar o horário de entrarmos.
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  — Você combina com o cabelo castanho, Bella. — Nymph subiu para o meu pescoço, se acomodando da melhor maneira que conseguia. Como eu me passaria por uma moradora da vila, eu precisei me disfarçar, mudando a cor dos cabelos e dos olhos com magia.
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  — Também achei, os olhos azuis caíram bem. — Dei uma última checada no espelho.
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  — A vigilância é grande, mas esses caras são burros, sabe? — Não contive a risada ao ouvir o garoto. — Eles não sabem quem é que mora aqui, só fazem a “guarda” para dizer que estão trabalhando.
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  — Não podemos esperar muito dos subordinados do Perci, Vicente… — Revirei os olhos. — Eles são tão burros quanto o marquês. A essa hora já era para sermos capturados, no entanto, cá estamos sem problema algum esperando para entrarmos.
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  — O difícil para sair naquele dia foi acertar a hora que as carroças passariam, como estamos proibidos de sair da vila, tivemos que tentar a sorte de ter algum comerciante indo ao centro.
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  — Felizmente vocês conseguiram, no entanto, pensar que precisaram mandar um pré-adolescente para um lugar um tanto distante por causa do que está acontecendo… isso não é nem um pouco certo. — Fechei meus punhos com força, visivelmente irritada. A situação já era ruim, mas imaginar que se eu não estivesse nesse mundo eles continuariam sofrendo fazia com que o meu sangue fervesse.
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  — Controle as suas emoções, mestra. Não queremos inundar a vila. — Nymph voltou ao chão, indo inspecionar as rochas. — Não há nenhum guarda do outro lado, apenas, creio eu, os seus amigos, Vicente.
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  — Oh, é mesmo?! — Era perceptível a animação em sua voz. — Vamos, só precisamos escalar!
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  O garoto deu início à escalada, subindo nas rochas sem demais problemas. Dei um pequeno impulso e me segurei nas partes mais propícias não tendo dificuldade para escalar, visto que, do chão para o topo, a distância era pouca. A passagem era por cima do muro, então, logo estávamos pulando e aterrissando perfeitamente, e quando os amigos de Vicente perceberam a sua presença, correram para abraçá-lo, afobados com a volta do garoto.
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  — Sabe o quão preocupados ficamos? — uma das meninas disse ao se separar dele, com as mãos na cintura. — Pensamos que você havia virado comida de gosma!
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  — Eca, nunca! — respondeu prontamente. — O centro é muito grande, Robbie. Se eu não tivesse esbarrado com a Bella, não teria voltado tão cedo.
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  — Eu já ia perguntar quem era. — A garota e os outros dois me olharam com curiosidade.
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  — Lanah, Jackson e Robbie, essa é a Bella, a amiga que fiz no centro! Graças à sua ajuda eu consegui falar com o castelo. — Vicente sorriu para mim, como se dissesse que havia feito o seu trabalho da melhor maneira e eu achei engraçadinho. Nós combinamos que aqui, eu seria chamada apenas como “Bella”, para que ninguém associasse “Arabella” com Perci, já que deve ter um ou outro mais velho que saiba de quem sou filha.
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  — Uau, sério? — Lanah parecia verdadeiramente impressionado.
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  — Sim, ela é uma cavaleira! Incrível, né?
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  — Ei, Bella — Jackson segurou na manga da minha camisa, chamando minha atenção —, quando tudo se resolver, você pode me treinar para ser um cavaleiro?
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  — Se é isso que você realmente quer, claro. — Sorri amigavelmente, me abaixando um pouco para igualar à sua altura. — Mas, para isso, é necessário comer todas as suas refeições e ter disciplina.
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  — De nós quatro, eu sou o mais certinho — ele sussurrou.
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  — É mesmo? Vou confiar em você, Lanah — falei baixinho também.
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  — É melhor irmos, a ronda nessa área começará em breve.
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  Vicente e seus amigos nos guiaram pela vila, e assim como disseram, a parte que estávamos não tinha nenhum guarda, o que facilitou o nosso trajeto até a casa da família de Robbie.
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  — Meus avós não devem voltar tão cedo, ultimamente eles têm ajudado os cavaleiros que estão do nosso lado a se comunicarem com os de fora, que só é possível a noite — anunciou. — Eles que ofereceram para Vicente trazer quem quer que fosse para cá.
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  — Obrigada, Robbie. Agradecerei aos seus avós pela hospitalidade.
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  — Você fala tão certinho, parece uma nobre! — Lanah comentou.
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  — Você acha? — Soltei uma risadinha abafada e vi o menino concordar com a cabeça. — Bom, pelo horário, já era para vocês estarem dormindo, certo? — desconversei. — Por que vocês não se preparam para dormir enquanto eu faço um chocolate quente? Quando estiver pronto, eu levo até vocês.
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  — Obrigada, Bella! Estaremos no andar de cima!
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  Assisti os pré-adolescentes correrem para a escada e caminhei até a cozinha, não demorando para me achar. Após ter preparado as bebidas, entreguei para os pequenos lordes e conversei um pouco com eles, pedindo a Nymph que cuidasse deles enquanto eu ia dar uma checada na área.
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  — A vila é linda…
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  Por sorte, os fundos da casa de Robbie davam a uma subida que levava a um penhasco, então ganhei uma vista privilegiada do vilarejo inteiro. Na história original, a autora focou mais no centro e nos personagens principais, uma pena, já que Ryo é tão bonita quanto o resto de Bellary.
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  Apesar de controlar minhas emoções, pensar que Perci tinha transformado esse lugar em um local de testes e acabado com o bem-estar dos moradores fazia com que eu quisesse arrancar a sua cabeça imediatamente, mas, infelizmente, não posso agir com descuido e acabar virando o jogo contra mim. Preciso garantir a segurança dos meus para poder lidar com ele da maneira que venho planejado ao longo desses meses.
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  — Esse trabalho é fácil demais! Botar medo nas pessoas, roubar suas moedas e ainda ganhar por isso…
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  — Nunca foi tão fácil ganhar moedas nesse reino! Bem melhor do que o meu antigo trabalho.
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  Me escondi atrás dos arbustos ao escutar as vozes dos homens próximas a mim, torcendo para que eles falassem alguma coisa que eu pudesse usar ao meu favor. Não que eu esperasse um comportamento diferente dos subordinados de Perci, no entanto, ouvi-los se gabarem por serem uns lixos dava vontade de tacar os meus canivetes em seus pescoços.
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  — Sério, mas o andamento das armas… Ei! Não precisava me dar um tapa!
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  — Você quer perder a cabeça? — perguntou em um sussurro.
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  — Somos só nós dois, não tem problema. Aparentemente o andamento está bom, parece que faltam poucos detalhes… Você escutou isso?
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  Merda.
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  Não percebi que havia pisado em um galho até o som soar alto o suficiente para atrair as suas atenções, e logo tratei de procurar uma pedra para que eu conseguisse distrair os homens para outra direção, contudo, um barulho ecoou mais afastado, fazendo com que eles seguissem o que quer que fosse. Eu ia segui-los, mas no momento que me levantei, alguém colocou a mão na minha boca e me puxou para trás do tronco da árvore, dizendo:
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  — Não era para você estar aqui, Arabella.
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  N/A: olha quem voltou hehehehehe
  Finalmente consegui atualizar a minha queridinha, e espero que continuem acompanhando! Prometo não levar mais seis meses para mandar um capítulo novo, e agora vamos que vamos dar continuidade à história da Bella e companhia!
  Chegamos na Vila Ryo \o/
  O que acham que acontecerá daqui pra frente? E quem será a pessoa misteriosa do final do capítulo?
  Até a próxima <3

Capítulo 26 — Um velho conhecido

Arabella Fiore

  Por mais que eu tentasse evitar, eu conseguia sentir o nervosismo percorrer por todo meu corpo. As vozes dos homens iam se distanciando e a única coisa que eu escutava era o som de alguma coruja próxima, já que nem a respiração da pessoa atrás de mim era audível. Minha mente tentava raciocinar maneiras de sair dessa situação, afinal, não havia treinado tanto nos últimos dias para nada, no entanto, não foi preciso. Assim que estávamos completamente sozinhos, o indivíduo se afastou, tirando a mão da minha boca:
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  — A maioria deles são desatentos, fáceis de enganar. Mas os que você acabou de ver, senhorita, são dois dos mais cruéis.
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  — Burros desse jeito? — Me virei para o homem, o analisando brevemente.
  — Sim. — Deu uma leve risada da minha pergunta. — O poder que lhes foi dado subiu à cabeça, e Perci Fiore não contrataria qualquer um para fazer o seu trabalho sujo. Às vezes, até ele pensa.
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  Semicerrei os olhos ao observar o homem à minha frente, curiosa para descobrir a sua identidade. O seu rosto não me era estranho, contudo, eu precisava analisar mais um pouco para desvendar por completo quem era. Além de chamar a atenção por sua altura — que deveria beirar 1,85cm — os seus olhos possuíam heterocromia, sendo um castanho e o outro azul; a sua barba estava por fazer e o seu cabelo tinha um corte que se assemelhava a um undercut, o que me faz pensar que a autora desse universo adorava pôr elementos modernos em sua história. Suas vestes eram de um cidadão comum, porém, o seu porte e a espada na sua cintura denunciavam que, minimamente, ele havia treinado boa parte da sua vida no exército. Para completar, se esse homem de, no máximo, quarenta anos tivesse uma tatuagem no pescoço, tinha quase certeza do seu perfil…
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  — Emílio? — Arqueei uma sobrancelha ao perguntar, mas não havia dúvidas. Só podia ser ele.
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  — Achei que não fosse me reconhecer, senhorita.
  O seu pequeno sorriso só me fez ter mais certeza ainda de sua identidade. Não tinha como eu esquecer um dos personagens secundários que foi injustiçado na história original e, de quebra, era apaixonado pela mamãe.
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  — Não imaginava que fosse te encontrar tão cedo — retribuí o sorriso, me aproximando — e nem que fosse me reconhecer.
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  — Mesmo com disfarce, você continua sendo a cópia da sua mãe. — Dava para sentir o carinho na sua voz ao citar Celine.
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  — É o que dizem. — Ri sem humor.
  — Ela sabe que você está aqui?
  — Não, e nem vai, provavelmente. Ela está em uma das inúmeras missões em algum reino longe do nosso, e não sei o que chegou para vocês, mas agora eu moro no castelo dos Bellerose.
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  — Isso é algo que eu não esperava, no entanto, não me deixa surpreso.
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  — Como?
  — Antes de ser mandado para cá, eu fiz algumas missões ao lado de Celine e, apesar de não parecer, a maior preocupação dela era a sua segurança e a dos seus irmãos. — Emílio começou a caminhar e eu o acompanhei, andando ao seu lado. — Só que a comunicação ficou cada vez mais escassa e, da última vez que eu a vi, ela mal recebia um contato da casa Fiore. Então, vocês estarem morando com os melhores amigos dela é algo ótimo.
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  — Eu e meus irmãos mandávamos cartas a cada quinze dias…
  — Cartas que nunca chegaram, senhorita. E acredito que nem as dela para vocês. Mesmo que a marquesa não demonstre tão bem, ela ama vocês e… bom, podemos continuar esse assunto em uma outra hora, certo? — Havia algo em sua feição que deixava claro a saudade que ele sentia de mamãe, contudo, não queria desviar do foco da minha chegada.
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  Ficamos em silêncio por um momento, apenas indo em direção a algum lugar. Suas palavras sobre mamãe afetaram lugares que eu não imaginava, e uma mistura de raiva com saudades surgiu no meu coração, causando uma confusão um tanto grande. A questão das cartas não foi algo que passou pela minha cabeça, todavia, fazia total sentido Perci interceptar o recebimento das mesmas. Eu queria muito poder falar com ela, no entanto, havia coisas mais urgentes que eu precisava lidar, e sabia que cedo ou tarde Celine daria o ar da graça. Quando isso acontecer, a Arabella do futuro estará esperando.
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  — É ótimo que o amor não tenha tirado a sua capacidade de julgamento, Emílio.
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  — C-como? — O homem parou abruptamente, quase engasgando com a própria saliva. — Ah, você sabe…
  — Uma das primeiras vezes que eu vi o amor em sua forma mais pura foi a forma como você e mamãe se olhavam. Eu podia ter apenas cinco anos, contudo, a ligação entre vocês sempre foi muito bonita. — Por mais que eu soubesse da paixão por ter lido a triste side story de Emílio, Arabella tinha essa exata memória que eu acabei de falar.
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  — Apesar dos pesares, nunca foi um amor unilateral. — O homem sorriu tristonho, melancólico. — No entanto, não estamos aqui para falarmos sobre isso, senhorita! Vincente conseguiu entregar o recado.
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  — Exato — não me importei com a troca de assunto —, e é por isso que estou aqui. Temos mais informações?
  — O melhor lugar para se discutir isso é naquele ali. — Apontou para a frente. — Seja bem-vinda a Lone Town.
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  Lone Town nada mais era que um dos bordeis mais conhecidos em Bellary, local que ajudava a manter a economia da vila Ryo girando. Ele era um tanto afastado da vila, e eu só percebi a distância percorrida ao olhar para trás e ver as fumaças que vinham do vilarejo, claramente meio longe de onde estávamos.
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  — Por não ficar necessariamente dentro da vila, a patrulha aqui é menor, quase escassa, na verdade. Nossa sorte é que os capangas de Perci não têm interesse nesse bordel — explicou Emílio ao adentrarmos o estabelecimento, cumprimentando algumas pessoas. — O trajeto que fizemos também não tem fiscalização, por isso chegamos sem maiores problemas.
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  — Viu, eles são burros nesse nível!
  — Realmente — riu —, contudo, o vilarejo conta com vários caminhos “secretos”, por isso é tanto usado como rota de fuga por quem mora nele. No dia que mandamos o Vincente, magicamente uma parte deles estavam sendo vistoriada, então não foi a missão mais fácil do mundo. Mas, graças a uma certa pessoa…
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  — E ao que devo a honra, Emílio?
  Uma mulher alta com um sorriso ladino surgiu atrás do mais velho, com um cigarro entre os dedos. Suas longas madeixas roxas caíam sobre o seu ombro nu, enquanto o outro era coberto pela alça do vestido preto que ia até seu pé, combinando com o salto da mesma cor. A sua presença era ímpar, assim como os seus olhos que analisavam cada milímetro da minha existência, fazendo com que fosse difícil desviar do seu olhar.
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  — E essa é a certa pessoa, senhorita. Arabella, conheça Vanessa O’brien, dona e proprietária do Lone Town, e uma das estrategistas do exército do Norte, além de ser líder do nosso esquadrão antibombas.
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  — É um prazer conhecê-la, meu bem. Acredito que por ter sido apresentada assim, você é alguém que posso confiar, mas… — A mulher se aproximou com a feição séria e segurou o meu queixo com delicadeza. — Você não é nova o bastante para estar aqui? Quer que eu me livre dele pra você? É só dizer que ele sumirá sem deixar rastros.
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  — Vanessa! — O homem rolou os olhos.
  — O prazer é meu, Vanessa! E obrigada, todavia, não será preciso. — Não contive a risada. — No entanto, manterei a oferta em mente, há pessoas que eu quero me livrar.
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  — Começando pelo seu pai, sim? — A sua fala me pegou de surpresa. — Não é difícil reconhecer a filha do amor da minha vida.
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  — Oh? — Troquei rápidos olhares com ambos, visivelmente confusa.
  — Eu e Emílio sempre gostamos de compartilhar coisas… e amores, como pode ver.
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  — Vanessa fala dessa forma só porque temos interesses em comum, senhorita. — O homem se sentou à uma das mesas, solicitando uma bebida ao garçom.
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  — Não sabia que mamãe também gostava de mulheres.
  — Bom, isso não sei dizer com certeza, entretanto, antes de ser Vanessa, eu já fui Lucca. — Fechou os olhos brevemente, sorrindo. — E Celine nunca me deu uma chance, ela era completamente apaixonada por esse idiota aqui. — Cutucou o amigo com o cotovelo, rindo. — Eu digo que ela é o amor da minha vida por ser uma das minhas melhores amigas e por ter me apoiado durante a transição, contudo, essa é uma história pra outra hora. Acabei ficando sentimental por lembrar dela. — Sorriu ternamente.
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  — Obrigada por me contar. — Apesar de não ser o foco da minha visita, saber um pouquinho mais sobre a minha mãe me deixava um tanto feliz.
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  — Tenho ótimas histórias para uma outra hora, meu bem. Agora, vamos ao que interessa: quais são seus planos? Não temos tempo a perder e já faz um tempo que quero bater em alguém!
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  Lhe entreguei a papelada que estava na minha bolsa e contei um pouco do que havíamos planejado, porém, teríamos que adaptar vários detalhes, como imaginei.
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  — É claro que tinha dedo do Giovanni aqui, reconheço o seu modus operandi de longe. De fato, o plano é ótimo, porém, Perci tem seus momentos de inteligência. Ele usou a rota de fuga subterrânea pra instalar bombas caso o plano fosse descoberto.
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  — Explodir tudo não seria pior? — De tudo o que o homem poderia fazer, utilizar bombas não estava no meu check-list, por mais que não me causasse surpresa.
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  — Não quando você quer encobrir os seus rastros — Vanessa bebeu todo o conteúdo do seu copo — e usar outras pessoas como culpadas. Não acha que a narrativa de salvador da pátria depois de um teatro bem-feito não cairia bem? Não é como se ele se importasse com as vidas dos moradores daqui.
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  — Uma pergunta: por que mandaram o Vincente ao invés de um de vocês? — Mudei o foco da conversa momentaneamente para sanar minha dúvida logo.
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  — Todos os guardas e adultos estão listados — respondeu Emílio. — São poucos que, assim como eu, conseguem sair a noite, e você verá amanhã que o vilarejo é calmo, então não há muitos guardas do nosso lado. Eles fazem vistoria nos estabelecimentos para garantir que nenhum adulto fugiu, mas esquecem das crianças e adolescentes.
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  — Enviamos com ele uma esfera para mantermos a comunicação, e os meus contatos de fora da vila garantiram que ele chegaria em segurança ao centro, só não esperava que ele fosse esbarrar com você.
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  — Nem eu. — Sorri. — Ninguém fazia ideia da situação até Vincente contar, e que bom que ele esbarrou comigo, mesmo que em breve fosse até ao encontro do duque e da duquesa.
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  — A esfera que foi com ele é muito limitada — Vanessa continuou —, o meu plano era ir até a Viscondessa para melhorá-la, só que Perci Fiore aconteceu. Fomos pegos de surpresa, e mesmo que tenhamos papéis importantes, não quer dizer nada quando se tem bombas em todo o subsolo de um dia pro outro. Esse último mês tem sido um inferno, e ficamos agradecidos de você ter vindo, Arabella. Se Giovanni ou Viviene viessem no seu lugar, chamaria muita atenção independente do disfarce.
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  — Eu quero lidar com isso pessoalmente, afinal, é o meu progenitor que está fazendo essa merda toda e isso é o mínimo que posso fazer. — Apertei o meu copo com força. — Ele teve ajuda de alguém da vila?
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  — Com certeza — respondeu Emílio. — A sua ex-babá.
  — Como?
  — Ela tem trocado cartas com um dos moradores, aparentemente eles tinham um relacionamento. Descobrimos por descuido do mesmo, e não foi difícil ligar um ponto no outro, e tudo fez sentido. A entrada no vilarejo não é restrita e nunca precisou de apresentação ou algo do tipo, e como recebemos bastante comerciantes, eles aproveitaram essa deixa para colocarem seu plano em prática. Ela não veio aqui, mas garantia que os capangas de Perci chegassem em segurança por meio do seu namorado… esse aqui, Lambert Farias. — Me mostrou a foto e eu reparei que o homem não devia ter mais de cinquenta anos. Tão novo e sendo tão filho da puta, o que o amor misturado com a burrice não faz com alguém.
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  — De fato, e como apenas moradores sabem das rotas de fuga… — O’brien revirou os olhos, visivelmente irritada com a situação. — Em um mundo ideal já teríamos lidado com a situação, contudo, sendo realista, estamos em desvantagem. Apesar de termos guardas qualificados, não é o suficiente. No momento em que decidirmos atacar, eu estarei desarmando as bombas e, infelizmente, não temos como fazer os dois separados, é só uma questão de tempo até que dê uma louca em Perci e ele decida explodir tudo.
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  — A minha familiar está na vila e temos guardas na região por precaução — encostei as costas na cadeira —, por mais que eu acredite que teremos que lidar com cerca de… trinta capangas tendo dez pessoas e com algumas bombas. — Fechei os olhos por um momento, pensando em como faríamos a logística.
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  — Não podemos contar com a ajuda de pessoas de fora, a comunicação entre os capangas e Perci está bem articulada. — O homem me entregou um papel contendo informações básicas sobre a “equipe” do meu pai. — Mas ele foi burro o suficiente para deixar um bêbado no comando. Uma bebida aqui e ali, uma sedução da nossa querida Vanessa e pronto, o homem explanou tudo relacionado às bombas.
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  — Por isso o nosso foco inicial é nele — Vanessa apontou para a foto do homem —, precisamos pegar a esfera dele até sexta-feira.
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  — Tudo bem, Nymph consegue fazer isso facilmente — garanti —, entretanto, o que tem sexta-feira?
  — É o dia que abrimos a vila para os comerciantes e, consequentemente, o dia perfeito para atacarmos.
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  Assenti decidida, sentindo também um nervosismo. Só teríamos três dias para nos organizarmos, mas eu estava confiante que seríamos vitoriosos.
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  Afinal, eu gostaria de presentear novamente o meu pai com algo especial.
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  E acredito que não era só eu.
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Continua

  N/A: e temos mais uma atualização fresquinha!
  O Emílio tem uma história dele aqui no site (Clique aqui) que conta um pouco sobre ele e a Celine, e eu adoro ele 🤓
  E a Vanessa é simplesmente perfeita! Eu estava ansiosa para trazê-la faz tempo, e finalmente a minha querida chegou! Veremos mais dos dois no próximo capítulo, e o que acham que pode acontecer em relação ao plano?
  Até a próxima <3

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Lelen
Admin
10 meses atrás

TAVA COM SAUDADE DESSA TURMINHAAA <3
Amei o quanto todo mundo arrumou seu cantinho e seu amor e tá todo mundo feliz juntinhos. Agora falta pouco pra vingança TÔ AQUI PRA ISSOOOOO AHHAHAAH
Imagino que não era bem isso que Killian tinha em mente, mas tá valendo e foi maravilhoso igual kkkkkkkk
esperando as atts <3

Lelen
Admin
4 meses atrás

Eu me esqueci do Vicente, confesso JOAPSAJSPOJASP
Mas eu tava com saudades desses personagens <3
E vou dizer, se eu tivesse esse tanto de apoio poderoso do meu lado, ninguém me segurava, eu ia tocar o terror no povo malvado, então a Bella tá certa HEHEHEE
E Deus, como eu tô esperando que seja algum aliado essa pessoa no final do capítulo… #olá Deus, sou eu de novo#
Tô com medo porque ainda não estamos na parte final da história, então ainda pode acontecer muita sofrência ;-;

Lelen
Admin
2 horas atrás

APARECEU O BONITOOO!
Gente, não é possível que Arabella seja filha legítima do Perci, NÃO É POSSÍVEL. E por isso eu tô torcendo pra que a Celine tenha mantido um relacionamento extraconjugal e que Emílio seja o pai, no final, todos vivem felizes para sempre HAHAHAHAHAH
Aliás, tô doida pra conhecer a Celine e ver o lado mãe dela, tá? HAHAH
Eu fiquei com medo dessa pergunta final com relação aos planos, vai dar merda, é? Não quero. Quero Perci no desespero de até o plano B ter dado errado. É isso. Sou rancorosa, beijos.


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