7 Heavens
Capítulo 21
Li Hua dançava com , , e na pista de dança enquanto Yugyeom observava as amigas de longe. Taehyung se aproximou dele, sentando-se na cadeira que antes era ocupada por Li Hua.
- A Li Hua tem namorado? – Yugyeom fechou a cara enquanto olhava para o chefe –
Taehyung gargalhou com a carranca dele.
- Você deveria investir nela! Caso ela não tenha namorado! Por isso perguntei… vocês dois tem sintonia!
Yugyeom sentiu as bochechas enrubescer enquanto os músculos do rosto relaxavam um pouco.
- Você investiria em uma amiga caso houvesse sintonia? – olhou para o chefe outra vez –
- Porque não? – Taehyung deu de ombros –
- E porque não investiu na ? – Yugyeom levou a taça aos lábios –
Taehyung observou Yugyeom com uma expressão pensativa, refletindo sobre a pergunta. A ideia de investir em trouxe à tona uma série de pensamentos e sentimentos. Ele ponderou por um momento antes de responder:
- Investir em uma amizade pode ser complicado, principalmente quando há uma conexão especial. Mas, no meu caso e o de , a dinâmica é diferente… Temos um vínculo profissional que nos une, e isso cria uma barreira natural. – ele deu um gole na bebida antes de continuar – Investir em algo além disso poderia complicar as coisas, e não queremos arriscar o que temos no trabalho.
Yugyeom assentiu, absorvendo as palavras de Taehyung. Ele entendeu a lógica por trás da resposta, mas ainda havia uma curiosidade pairando no ar. Enquanto observava as amigas dançando, ele ponderou sobre as próprias interações com Li Hua e se havia espaço para algo mais além da amizade…
Os olhos dele desviaram de Li Hua então pousaram em e Jungkook… os dois tinham as pontas do nariz encontradas uma na outra e conversavam e riam com os lábios também se encostando. parecia feliz, Jungkook parecia estar fazendo-a feliz, e por mais egoísta que aquilo soasse, ele se sentiu mal.
Ele queria ser o motivo de toda aquela felicidade… mas era Jungkook! Yugyeom sentiu um nó se formar em seu peito enquanto observava e Jungkook. Uma sensação de desconforto se misturava com uma pontada de inveja e uma dose de autopiedade. Ele se perguntava por que não podia ser ele ali, compartilhando aqueles momentos de intimidade e alegria com .
Uma vozinha irritante em sua mente insistia em questionar se ele não era bom o suficiente, se não tinha o que Jungkook tinha para oferecer. Ele se pegava comparando-se ao rival, avaliando cada gesto e palavra, buscando entender o que via nele que não via em si mesmo.
Ao mesmo tempo, uma parte dele se sentia feliz por estar radiante. Ele genuinamente desejava o melhor para ela, mesmo que isso significasse não ser ele o responsável por sua felicidade. Era um conflito interno, uma batalha entre o desejo egoísta de tê-la para si e a vontade altruísta de vê-la feliz, independentemente do que isso significasse para ele.
Enquanto esses pensamentos tumultuavam sua mente, Yugyeom tentava disfarçar suas emoções, mantendo um sorriso no rosto e interagindo com os outros presentes na festa. No entanto, por dentro, ele estava lutando contra uma tempestade de sentimentos contraditórios, sem saber ao certo como lidar com tudo aquilo.
Taehyung cutucou Yugyeom de leve e indicou com a cabeça na direção de Li Hua, que ainda estava na pista de dança, dançando animadamente com as amigas.
- Por que você não vai lá dançar com ela? – sugeriu Taehyung com um sorriso encorajador –
Ele podia perceber a hesitação de Yugyeom e queria incentivá-lo a seguir em frente, a arriscar um pouco mais naquela noite.
Yugyeom olhou na direção de Li Hua, vendo-a se divertindo com as amigas, e sentiu um impulso misto de nervosismo e empolgação. A ideia de dançar com ela era tentadora, mas ao mesmo tempo, ele se questionava se seria capaz de superar suas próprias inseguranças e agir conforme o conselho de Taehyung.
No entanto, a expressão encorajadora do amigo e o desejo de aproveitar o momento o motivaram a tomar uma decisão. Com um aceno de cabeça determinado, Yugyeom se levantou da cadeira e seguiu em direção à pista de dança, pronto para dar o próximo passo e se permitir viver um pouco mais intensamente aquela noite.
Yugyeom se aproximou da pista de dança com determinação, sentindo um misto de ansiedade e excitação enquanto se aproximava de Li Hua e das amigas. Ele tentou controlar os nervos, lembrando-se das palavras encorajadoras de Taehyung. Ao alcançar o grupo, ele sorriu timidamente para Li Hua e as outras meninas.
Li Hua, por sua vez, sentiu um turbilhão de emoções quando viu Yugyeom se aproximando. Seu coração deu um salto dentro do peito, e ela lutou para conter o sorriso que ameaçava se formar em seus lábios. A proximidade dele despertou sentimentos há muito tempo guardados, e ela se viu incapaz de resistir à sua presença.
À medida que começaram a dançar juntos, Yugyeom sentiu uma mistura de sentimentos conflitantes. Por um lado, havia uma sensação de conforto e familiaridade em estar ao lado de Li Hua, uma conexão que ele sempre apreciara. No entanto, também havia uma inquietação, uma incerteza sobre o que aquela proximidade significava e para onde poderia levá-los.
Enquanto dançavam, os olhares trocados entre Yugyeom e Li Hua falavam volumes, revelando uma atração mútua que estava há muito tempo submersa. Cada movimento, cada toque, parecia carregado de significado, e Yugyeom lutava para entender seus próprios sentimentos em relação a ela.
No fundo, ele sabia que havia algo especial entre eles, algo que ia além da amizade. Mas o medo do desconhecido e a preocupação com as consequências de uma possível aproximação romântica o mantinham cauteloso, mesmo enquanto seu coração parecia ansiar por mais…
Enquanto dançavam juntos, Yugyeom e Li Hua se entregavam ao ritmo da música, perdendo-se no movimento e na proximidade um do outro. Yugyeom a fez girar com graça, arrancando risadas contagiantes dela. A sintonia entre eles era palpável, e cada momento compartilhado parecia fortalecer a conexão entre os dois.
Quando Yugyeom a segurou pela cintura, Li Hua envolveu os braços no pescoço dele, deixando claro seu interesse mútuo. O calor de seus corpos se mesclava, criando uma sensação de eletricidade no ar. O toque delicado de suas mãos transmitia uma intimidade silenciosa, enquanto seus olhares se encontravam em um entendimento mútuo.
O tempo parecia desacelerar ao redor deles, deixando-os imersos na magia do momento. Yugyeom sentia seu coração batendo mais forte a cada instante, enquanto Li Hua irradiava uma aura de encanto e fascínio. Era como se o universo conspirasse a favor deles, unindo seus destinos em uma dança.
Conforme a música preenchia o ambiente, Yugyeom sentiu uma coragem súbita se apoderar dele. Com um olhar profundo, ele inclinou levemente a cabeça, buscando os lábios de Li Hua. O momento pareceu congelar enquanto seus lábios se tocavam suavemente, em um beijo repleto de surpresa e emoção.
Para Yugyeom, aquele momento foi como uma revelação inesperada. Ele não esperava que um simples gesto pudesse desencadear tantas emoções em seu coração. A suavidade dos lábios de Li Hua era como uma descoberta, algo novo e desconhecido que o deixava completamente encantado.
Li Hua também pareceu surpresa com a iniciativa de Yugyeom, mas logo se entregou ao beijo, deixando-se levar pelo momento. Seus lábios se moviam em sincronia, explorando o desconhecido com curiosidade e fascínio. Cada toque era uma revelação, uma confirmação de que aquele momento era especial e único.
Enquanto dançavam juntos, Yugyeom e Li Hua se deixaram levar pela magia do momento, explorando os limites do desejo e da paixão. Era como se, naquele instante, o mundo ao seu redor desaparecesse, deixando apenas eles dois e a conexão intensa que compartilhavam. Era um beijo de descoberta, de surpresa e de uma promessa silenciosa de algo mais.
Yugyeom se afastou lentamente, seus olhos encontrando os de Li Hua, que estavam cheios de surpresa e uma pitada de incerteza. Ele percebeu a expressão dela e, com um sorriso gentil, aproximou-se novamente, sussurrando suavemente em seu ouvido:
- Não precisa dizer nada… – ele murmurou, sua voz calma e reconfortante – Apenas aproveite o momento, Li Hua! Deixe-se levar pela música e pela emoção… Estamos juntos aqui e agora!
A voz de Yugyeom era um convite à tranquilidade, uma promessa de que aquele instante era para ser vivido sem preocupações ou expectativas. Li Hua olhou nos olhos dele, sentindo-se acalmada pela sua presença reconfortante. Ela assentiu levemente, permitindo-se mergulhar novamente na dança e na magia do momento compartilhado.
***
estava sentada à mesa com Jungkook, conversando e aproveitando a companhia um do outro. No entanto, enquanto observava a cena entre Yugyeom e Li Hua na pista de dança, ela sentiu uma pontada de desconforto inexplicável. Os sentimentos de ciúmes surgiram, surpreendendo-a, pois não esperava reagir dessa maneira ao ver Yugyeom com outra pessoa.
Ela se levantou repentinamente, tentando disfarçar o desconforto, e anunciou que iria ao banheiro. Jungkook percebeu imediatamente a mudança em seu semblante e decidiu segui-la, preocupado com o que poderia estar acontecendo.
Ao chegar ao banheiro, Jungkook encontrou encarando o reflexo no espelho, uma expressão pensativa em seu rosto. Ele se aproximou silenciosamente e apoiou uma mão em seu ombro, demonstrando sua preocupação silenciosa.
- , está tudo bem? – ele perguntou com delicadeza, preocupado com o bem-estar dela –
- Tudo bem! Foi só uma queda de pressão provavelmente!
- Pareceu que algo te perturbou lá na mesa… – Jungkook começou, sua expressão preocupada refletida no espelho –
tentou desconversar, forçando um sorriso.
- Não é nada, Jungkook. Só me senti um pouco tonta de repente como disse! Acho que exagerei na comida. – ela respondeu vagamente, evitando o olhar dele –
Mas Jungkook não estava convencido. Ele já conhecia o suficiente para perceber quando algo a estava incomodando.
- , não precisa mentir para mim… Eu te vi observando Yugyeom e Li Hua lá na pista! Está tudo bem se aquilo te deixou desconfortável.
- Ah ! Por favor… – ele fez um muxoxo – Eu não sou burro!
suspirou novamente, resistindo à pressão para abrir-se.
- Não é nada, Jungkook! Eu só não estava me sentindo muito bem. Acho que já passou… – ela tentou assegurá-lo, mas sua expressão contava uma história diferente –
O clima entre eles começou a ficar tenso, e a insistência de Jungkook para que ela admitisse seus sentimentos incomodava . Ela sentiu que não tinha espaço para expressar sua verdadeira confusão emocional.
- Jungkook, não precisamos ficar discutindo isso. Eu disse que está tudo bem! – ela respondeu com firmeza, mas a irritação estava começando a surgir em sua voz –
Jungkook, por sua vez, estava tentando ser compreensivo, mas também estava ficando frustrado com a falta de sinceridade.
- , se algo te incomoda, você pode falar. Não somos namorados,não tem problema em assumir que sentiu ciúmes do Yugyeom com a Li Hua!
A afirmação de Jungkook pareceu apenas intensificar a frustração de .
- Exatamente! Não somos namorados, então por que está se importando tanto com o que eu sinto ou deixo de sentir? – ela retrucou, os olhos refletindo uma mistura de emoções –
A discussão atingiu um ponto crítico, e Jungkook, decidindo dar espaço a ela, suspirou resignado.
- Tudo bem, ! Se precisar conversar, estarei por aí… – ele disse, deixando-a sozinha no banheiro –
ficou ali, olhando para o espelho, enquanto o eco da discussão e seus sentimentos confusos pairavam no ar.
***
- Você acha que esse seu namoro vai durar quanto tempo? Quanto tempo ele vai aguentar você ? E a sua mãe? Acha mesmo que ela gostou dele? Preconceituosa do jeito que ela é!
A risada debochada dele fez tragar o cigarro com mais calma antes de se virar de frente para ele, encarando-o de cima abaixo.
- A minha não é preconceituosa, afinal de contas ela é casada com um coreano, ela só não gostava de você mesmo Doyoon! Você sempre foi o problema, eu que não enxergava!
- E porque tanta raiva de mim ainda ? – ele se aproximou dela –
deu alguns passos para trás, com receio do que ele poderia fazer com ela.
- Não tenho raiva, não tenho malícia! Só estou um pouco arrependida… Sei que mais ninguém vai te falar, então, tem algumas coisas que eu preciso dizer… Deixe eu começar dizendo que eu realmente quis o seu bem desde o início! Peguei um homem quebrado nas minhas mãos e coloquei de volta todas as suas partes, oh, sinto muito! Sinto muito mesmo Doyoon!
respirou fundo e voltou a tragar enquanto via os olhos de Doyoon escurecerem aos poucos.
- Eu me sinto tão triste! Eu tentei te ajudar e isso só te deixou louco! E eu não tive nenhum aviso sobre quem você é. Estou feliz por ter conseguido sair dessa sem desmoronar, e então eu corri para tão longe, que você nunca mais me tocaria! Não vou ver as suas lágrimas falsas porque, não, eu já tive o suficiente delas!
Doyoon mordeu a parte interna das bochechas enquanto cerrava os punhos.
- , você… – ela não deixou que ele concluísse, prosseguindo seu raciocínio –
- Não, você não é metade do homem que pensa que é Doyoon! E você não pode preencher o buraco dentro de você com dinheiro, drogas e carros. Estou tão feliz por nunca ter tido um bebê com você! – ela gargalhou, entorpecida e então tragou de novo – Porque você não pode amar nada, a menos que seja vantajoso pra você!
Doyoon segurou os ombros de com força, uma expressão de irritação e agressividade em seu rosto. Ele estava claramente ofendido com alguma coisa e não tinha medo de demonstrar.
- Você acha que pode simplesmente me ignorar, ? – sua voz era dura e cortante, fazendo se encolher involuntariamente –
Antes que a situação pudesse se tornar mais tensa, e surgiram na área externa. , com sua postura firme e autoritária como policial, estava pronta para intervir se necessário.
- O que está acontecendo aqui? – perguntou, seu olhar sério e determinado –
também se aproximou, colocando-se entre Doyoon e , sua expressão preocupada. Ela sabia que Doyoon tinha um temperamento explosivo e estava pronta para intervir se ele se tornasse mais agressivo.
- Está tudo bem, ? – perguntou, colocando uma mão reconfortante no ombro da amiga – Você precisa de ajuda?
assentiu levemente, agradecendo silenciosamente pelo apoio de suas amigas. Ela estava visivelmente abalada pela confrontação com Doyoon e grata por e estarem ali para protegê-la.
Doyoon, ainda com raiva, proferiu algumas palavras ameaçadoras antes de virar as costas e ir embora, deixando uma atmosfera carregada no ar. suspirou profundamente, aliviada por ele finalmente ter se afastado.
- Ele nunca muda… – murmurou para si mesma, antes de se voltar para e . – Desculpem-me por isso! Ele ficou ofendido por alguma coisa e acabou descontando em mim.
e trocaram olhares preocupados, compreendendo a gravidade da situação. Sabiam que Doyoon podia ser uma pessoa problemática e estavam aliviadas por terem chegado a tempo de evitar que a situação se agravasse ainda mais.
- Você está bem, ? – perguntou , sua expressão preocupada – Precisa de alguma coisa?
balançou a cabeça, tentando afastar a tensão que ainda sentia.
- Eu estou bem, obrigada! Só preciso de um momento para me acalmar. Obrigada por estarem aqui!
e assentiram, oferecendo seu apoio silencioso à amiga. Sabiam que, mesmo que estivesse tentando manter a calma, a situação com Doyoon tinha a abalado profundamente.
As três fumaram seus cigarros tranquilamente sentindo a tensão se dissipar aos poucos.
***
A música latina agora ecoava pelo salão fazendo com que Hoseok começasse também a não compreender muito bem o que os “sogros” diziam e então ele só sorria para eles, a bebida estava começando a fazer efeito… mas ele continuou bebendo.
Enquanto mexia nas redes sociais, acabou por ver uma postagem de GaHee, com Jihoon, e Hyujin, um ex namorado que costumava ir e voltar com ela de tempos em tempos. O semblante dele mudou na hora e então ele ligou para ela, num impulso. Se afastou um pouco do som, para que os ruídos pudessem ficar mais baixos.
“Oi Hoseok!” – ele sabia que a ex havia revirado os olhos –
“Você não me avisou que o Hyujin estaria com vocês!” – ele umedeceu os lábios e então se serviu de mais champanhe –
“Eu não preciso da sua autorização para que o Hyujin conviva ou não com o Jihoon! Da mesma que você não precisa da minha autorização para que o Jihoon conviva com a branquela azeda pela qual você diz estar tão apaixonado e namorando! Estou certa? Ai Hoseok!” – ela suspirou pesadamente – “Me esquece, vai viver a sua vida! O Jihoon está bem, e está feliz! Tchau!”
Hoseok permaneceu com o celular no ouvido por alguns segundos após GaHee desligar, processando as palavras dela. Seu coração batia acelerado, e uma mistura de emoções o inundava. Por um momento, ele se sentiu culpado por ter ligado, por ter revirado o passado e trazido à tona antigas questões.
Com um suspiro pesado, ele finalmente retirou o celular do ouvido e o guardou no bolso. Sentiu um nó se formar em sua garganta, a imagem de Hyujin e Jihoon juntos invadindo sua mente. A sensação de incerteza e desconforto o incomodava profundamente.
Ele olhou em volta, tentando disfarçar o turbilhão de pensamentos que o consumia, e então voltou sua atenção para a festa. Virou o champanhe todo de uma vez na boca. Decidiu afogar suas preocupações na música e na bebida, pelo menos por enquanto. Então, com um sorriso forçado no rosto, ele se aproximou do bar para pedir mais uma bebida, tentando encontrar algum alívio na efemeridade do momento festivo.
observava Hoseok dançando ao seu lado, percebendo os sinais de que ele já estava um pouco alterado pelo álcool. Ela notou a maneira como ele se movia desajeitadamente ao ritmo da música e como seu sorriso estava um tanto descontrolado. Preocupada com seu estado, ela decidiu que era hora de irem embora antes que a situação se agravasse.
Com um olhar atento, se aproximou de Hoseok enquanto dançavam e colocou gentilmente uma mão em seu ombro, interrompendo seus movimentos por um momento.
- Hoseok, acho que já está na hora de irmos para casa… – ela disse suavemente, tentando transmitir sua preocupação de forma delicada –
Hoseok piscou algumas vezes, tentando focar seu olhar em . Ele percebeu a seriedade em seus olhos e assentiu lentamente, compreendendo que talvez tivesse exagerado um pouco na bebida.
- Tudo bem, ! Vamos embora… – ele concordou, seguindo-a enquanto ela o guiava para fora da pista de dança e em direção à saída da festa –
Enquanto se despediam dos pais de e dos amigos, percebeu que Hoseok estava visivelmente alterado pelo álcool. Ela o ajudou a se despedir educadamente, preocupada com sua capacidade de dirigir naquela condição.
No caminho para o carro, observou Hoseok com atenção, percebendo que ele definitivamente não estava em condições de assumir a direção. Decidida a garantir a segurança de ambos, ela o conduziu até o lado do passageiro e assumiu o volante.
Enquanto dirigiam para longe do haras, não pôde deixar de expressar sua preocupação com a imprudência de Hoseok.
- Hoseok, você exagerou na bebida. Não deveria ter bebido tanto… – ela repreendeu com firmeza, mantendo os olhos fixos na estrada –
Hoseok assentiu vagamente, murmurando um pedido de desculpas, mas seu estado embriagado tornava difícil para ele manter a consciência.
Conforme ela continuava falando com ele sobre a imprudência de beber daquele jeito numa festa onde os dois precisavam fingir, Hoseok acabou adormecendo no banco do passageiro, deixando preocupada com a situação.
bufou frustrada e bateu levemente no volante ao perceber que não sabia o endereço de Hoseok. Ela olhou para o amigo adormecido ao seu lado, preocupação marcando seu rosto enquanto ponderava sobre o que fazer.
Apesar da incerteza, ela tomou uma decisão: levaria Hoseok para sua própria casa. Era a única opção que parecia razoável naquele momento, garantindo que ele estivesse em um lugar seguro até se recuperar da embriaguez.
Com determinação, ajustou a rota do carro e seguiu em direção à sua casa, mantendo-se concentrada na estrada enquanto pensava no que diria aos pais sobre a situação inesperada.
***
chegou à sua casa com dificuldade, carregando Hoseok com um dos braços passados em volta de seus ombros. A embriaguez dele dificultava a tarefa, mas ela estava determinada a ajudá-lo. Com passos lentos e cuidadosos, ela conseguiu atravessar a porta de entrada e caminhar até a sala.
Ao acender a luz, os dois quase desabaram no sofá, exaustos pela jornada até ali. Hoseok, ainda meio adormecido, mexeu levemente ao sentir o impacto do sofá, os olhos se abrindo lentamente.
olhou para ele por um momento, vendo-o despertar aos poucos… Conforme Hoseok despertava aos poucos, ele sentiu a presença de sobre seu corpo no sofá. Um impulso repentino o dominou, e antes que pudesse pensar duas vezes, ele inclinou-se em direção a ela e capturou seus lábios num beijo suave. Foi um gesto instintivo, motivado pelo desejo crescente e pela proximidade entre os dois naquele momento de intimidade. , surpresa pela iniciativa dele, correspondeu ao beijo, deixando-se levar pelo momento de conexão entre eles.
À medida que o beijo se desenvolvia, tornava-se mais intenso e apaixonado. Os lábios de Hoseok buscavam os de com ardor, enquanto suas mãos encontravam o contorno delicado de seu rosto, acariciando-o com ternura. correspondia ao beijo com uma mistura de desejo e surpresa, entregando-se ao momento de intimidade compartilhada entre eles.
No entanto, quando o beijo atingiu um ponto de maior intensidade, decidiu interrompê-lo. Com gentileza, ela afastou-se de Hoseok e levantou-se do sofá, sentindo a necessidade de interromper a situação antes que fosse longe demais.
- Hoseok, você tem condições de tomar um banho? – ela perguntou, preocupada com o estado dele –
Hoseok balançou a cabeça levemente, indicando que não se sentia em condições para isso.
assentiu compreensivamente para Hoseok e deu um leve sorriso reconfortante.
- Vou subir e pegar uns travesseiros e cobertores para você se ajeitar aqui no sofá, tudo bem? – ela disse suavemente, buscando garantir o conforto dele –
Hoseok, ainda um pouco atordoado pela embriaguez, assentiu com a cabeça em concordância, demonstrando sua aceitação da proposta de . Enquanto ele permanecia sentado no sofá, dirigiu-se às escadas e subiu para o andar de cima.
subiu as escadas com passos decididos, indo em direção aos quartos. Ela entrou em seu próprio quarto e rapidamente pegou alguns travesseiros e cobertores extras, preparando-se para acomodar Hoseok da melhor forma possível no sofá.
Com os braços cheios dos itens necessários, ela voltou para a sala, onde Hoseok ainda estava sentado, um pouco sonolento. Com cuidado, ela ajudou-o a se ajeitar no sofá, arrumando os travesseiros e cobertores ao seu redor para que ele ficasse confortável.
Enquanto ele se deitava, notou o paletó e a camisa que ele ainda vestia. Com gentileza, ela o ajudou a tirar as peças de roupa, revelando a leveza de sua respiração enquanto ele descansava.
Após acomodá-lo da melhor forma possível, sentiu uma onda de emoções a percorrer. A sensação de tê-lo ali, vulnerável e confiando nela para cuidar dele, fez com que seu coração se agitasse.
Enquanto Hoseok descansava, ela subiu novamente as escadas, enviando uma mensagem rápida aos pais para avisá-los de que Hoseok estava dormindo na sala. Em seguida, ela foi para o banheiro, deixando-se envolver pela água quente do chuveiro, enquanto seus pensamentos mergulhavam nos acontecimentos da noite.
sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo quando sua mente retornou ao momento em que seus lábios se encontraram com os de Hoseok. Ela levou uma mão aos lábios, revivendo a sensação do beijo enquanto seu coração acelerava.
Por um instante, ela permitiu-se perder-se na lembrança do toque suave dos lábios dele nos seus, da ternura do momento compartilhado. No entanto, logo ela sacudiu a cabeça, tentando afastar os pensamentos que ameaçavam consumi-la.
Ela sabia que não podia se permitir cair nesse turbilhão de emoções. Não agora. Não quando Hoseok estava ali, vulnerável, precisando de sua ajuda. Com um suspiro profundo, ela concentrou-se em terminar seu banho e depois descer para garantir que ele estivesse confortável e seguro.
desceu as escadas após o banho, encontrando Hoseok ainda adormecido no sofá, parecendo mais tranquilo agora. Ela sorriu suavemente ao vê-lo assim, aliviada por ele finalmente estar descansando.
Ao se aproximar, ela verificou se ele estava confortável e coberto, certificando-se de que tudo estava em ordem. Com um suspiro, ela murmurou para si mesma: “Onde eu fui me meter?”
Apagando a luz da sala, ela subiu as escadas para seu quarto, deixando Hoseok descansando pacificamente na sala. Seus pensamentos estavam confusos e tumultuados, mas ela sabia que precisava resolver as questões que surgiram naquela noite. Com um último suspiro, ela fechou a porta do quarto, preparando-se para enfrentar o que estava por vir.
Capítulo 22
No dia seguinte, Hoseok despertou com uma ressaca insistente, sua cabeça latejando e sua boca seca. Ao abrir os olhos, ele piscou algumas vezes, tentando se familiarizar com o ambiente ao seu redor. Tudo parecia confuso e distorcido, e ele levou alguns segundos para perceber que não estava em sua própria casa.
Sentando-se lentamente no sofá, ele olhou ao redor, tentando reconhecer o lugar. A memória da noite anterior começou a retornar em flashes, e ele se lembrou vagamente de ter sido levado para a casa de após a festa.
Com um suspiro, ele passou a mão pelo rosto, tentando dissipar a névoa em sua mente. A ressaca o deixava desorientado, mas ele sabia que precisava se recompor e encontrar uma maneira de voltar para casa.
Levantou-se com cuidado, sentindo uma tontura leve ao se erguer. Ele se esforçou para se lembrar do caminho até a porta de entrada, pronto para enfrentar o dia com a incerteza pairando sobre sua mente
Hoseok levou a mão à maçaneta da porta, pronto para sair, quando ouviu passos ecoando na escada. Antes que pudesse abrir a porta, a voz suave de interrompeu seus pensamentos.
- Não vai nem ficar para o café? – perguntou ela, sua voz carregada de uma mistura de gentileza e curiosidade –
Hoseok virou-se lentamente para encará-la, ainda tentando dissipar a confusão em sua mente. Ele esboçou um sorriso fraco, reconhecendo o convite dela.
- Ah, eu… – começou ele, lutando para reunir seus pensamentos em meio à ressaca – Acho que preciso voltar para casa… Mas obrigado pelo convite.
Seus olhos encontraram os dela por um breve momento, e ele se viu perdendo-se na profundidade de seu olhar. A presença reconfortante de era um alívio bem-vindo em meio à sua confusão.
- Talvez na próxima vez, então? – sugeriu , com um sorriso amigável –
Hoseok assentiu com a cabeça, sentindo um aperto no peito ao se afastar da ideia de partir imediatamente. Por um instante, ele considerou a possibilidade de ficar, mas a sensação de desconforto persistente o impelia a partir.
- Com certeza… – respondeu ele, antes de abrir a porta e sair, deixando para trás o convite não aceito e a incerteza que ainda o acompanhava –
Hoseok saiu pelo grande portão, aberto por de dentro da casa, e dirigiu-se ao seu carro. Os efeitos da ressaca ainda pesavam sobre ele, deixando-o com uma sensação de mal-estar enquanto ligava o veículo e seguia em direção a casa.
No caminho, decidiu fazer uma parada rápida em uma farmácia próxima. Enquanto esperava na fila para comprar alguns remédios para aliviar os sintomas da ressaca, sua mente vagueava para Jihoon. Lembranças do telefonema para GaHee na noite anterior ainda ecoavam em sua mente, deixando-o com um misto de sentimentos.
Ele se questionava sobre o que deveria fazer em relação a Jihoon e aos conflitos que ainda existiam entre eles. A incerteza pairava sobre ele enquanto tentava lidar com as consequências de suas ações na noite anterior.
estava na cozinha, preparando algumas torradas e café, quando seu padrasto, Sr. Martins, desceu as escadas. Ele pareceu notar a ausência de Hoseok e perguntou:
- Onde está Hoseok?
respondeu com naturalidade:
- Ah, ele já foi. Precisava buscar o filho dele.
Seu padrasto sorriu e comentou:
- Gostei bastante dele, parecia ser um rapaz muito educado!
olhou para o padrasto com um sorriso ameno.
- Fico feliz que tenha gostado dele, appa. Hoseok é um bom rapaz.
A mãe de apareceu na cozinha naquele momento, cumprimentando a todos com um sorriso sonolento.
- Bom dia! Como estão as coisas por aqui?
se virou para sua mãe, ainda ocupada preparando o café da manhã.
-Bom dia, mãe! Hoseok já foi embora, ele precisava resolver algumas coisas…
Ela tentou manter sua resposta simples e direta, sem entrar em detalhes sobre a noite anterior.
A mãe de assentiu, mas seu olhar era cheio de interesse.
- Ele parece ser um rapaz muito educado. Espero que vocês tenham se divertido na festa!
sorriu, um pouco desconfortável com a conversa, mas decidiu não comentar mais sobre o assunto.
- Sim, a festa foi muito agradável. Agora, vamos tomar café antes que esfrie!
Eles continuaram a conversar enquanto desfrutavam do café da manhã, mas mal podia tirar Hoseok de sua mente, mesmo que ele já tivesse partido.
Hoseok chegou em casa sentindo-se ainda um pouco grogue da ressaca. Ele mal conseguia lembrar como tinha chegado lá. Ignorando a bagunça em seu quarto, ele foi direto para o banheiro, tirando as roupas pelo caminho e deixando-as espalhadas pelo chão.
Assim que entrou no box, ligou o chuveiro, deixando a água quente cair sobre seu corpo cansado. Enquanto a água escorria por seu corpo, ele fechou os olhos, deixando-se levar pelas lembranças da festa.
Imagens da noite anterior inundaram sua mente: a música alta, as conversas animadas, os sorrisos e risadas. Ele se viu dançando com , sentindo uma estranha conexão entre eles. E então, flashes do beijo entre os dois o assaltaram, fazendo seu coração acelerar.
Hoseok suspirou, passando a mão pelo cabelo molhado enquanto tentava entender o que havia acontecido. Ele não conseguia tirar de seus pensamentos, e aquilo o deixava inquieto e confuso. Mas por mais que tentasse, as lembranças da noite anterior persistiam, assombrando-o debaixo do chuveiro.
Hoseok saiu do banho sentindo-se um pouco mais desperto, mas ainda confuso com as lembranças da noite anterior. Ele se sentou na cama e pegou o telefone que estava sobre o criado-mudo. Ao atender, ouviu a voz de GaHee do outro lado da linha.
- O que foi GaHee? – Hoseok disse, franzindo o cenho ao reconhecer a voz de GaHee –
- Oi, Hoseok! Só estou ligando para avisar que já estou indo deixar Jihoon aí na sua casa… – GaHee anunciou –
- Ué, mas você não disse que ficaria com ele até a noite? – Hoseok questionou, surpreso com a mudança de planos –
- Mudei de ideia. – GaHee respondeu, sua voz soando um pouco mais fria do que o habitual –
Hoseok sentiu a frustração crescer dentro dele. Ele não estava esperando por aquilo e a mudança de planos o deixou chateado pelo filho.
- GaHee, você não pode simplesmente mudar de ideia assim! – ele retrucou, sua voz carregada de desapontamento –
- Eu posso fazer o que eu quiser! – GaHee respondeu, sua voz elevando-se um pouco – Além disso, você não é o único ocupado por aqui!
Hoseok suspirou, sentindo-se cada vez mais tenso com a situação.
- Eu não estou ocupado GaHee, hoje é domingo!É só que você não pode simplesmente me deixar no escuro assim! E nem frustrar as expectativas do Jihoon. – ele argumentou –
A discussão continuou por alguns minutos, com ambos expressando suas frustrações e discordâncias. No final, Hoseok desligou o telefone, sentindo-se ainda mais confuso e irritado com a situação. Ele não podia acreditar que GaHee havia mudado os planos tão repentinamente, deixando Jihoon e ele frustrados.
Hoseok respirou fundo enquanto se trocava, tentando afastar as preocupações da discussão com GaHee. Após arrumar a bagunça do quarto, ele caminhou até a cozinha, onde começou a preparar o almoço. Enquanto cortava alguns legumes, ele pegou seu telefone e decidiu enviar uma mensagem para , buscando alguma orientação sobre a situação com seus pais.
Digitou rapidamente: “Os seus pais ficaram muito chateados com o meu comportamento?” e enviou a mensagem, esperando uma resposta enquanto continuava a preparar a refeição. A incerteza sobre como sua presença na festa havia sido recebida pelos pais de o deixava um pouco ansioso, e ele esperava que ela pudesse lhe fornecer algum insight sobre o assunto.
rapidamente respondeu a mensagem de Hoseok: “Não se preocupe, Hoseok. Meus pais entenderam a situação e não ficaram chateados. Na verdade, eles até elogiaram você. Não precisa se preocupar, estamos apenas encenando. Então, relaxe! Tudo está bem.”
Hoseok soltou um suspiro, mas dessa vez não era de alívio, era de desapontamento. Ele esperava uma resposta mais calorosa, algo que indicasse que valorizava a relação deles, mesmo que fosse apenas por conveniência. A afirmação de que tudo não passava de uma encenação o deixou um pouco abalado. Era como se a realidade batesse à sua porta, lembrando-o de que aquela relação era apenas uma farsa, mesmo que temporária. Com um semblante mais sério, ele continuou a preparar o almoço, agora com um peso no coração, questionando se havia algo genuíno entre eles ou se tudo não passava de uma ilusão conveniente.
Enquanto preparava a mesa para ele e o filho, Hoseok ouve a campainha do apartamento tocar e então caminha até lá, pronto para receber Jihoon. Hoseok recebe Jihoon com um abraço caloroso, sentindo o pequeno afundar o rosto na curva do seu pescoço. Ele percebe a tristeza no semblante do filho e aperta-o mais forte, transmitindo conforto e segurança. Depois de alguns instantes, ele se afasta gentilmente e sorri para Jihoon, tentando animá-lo com brincadeiras e gestos carinhosos.
Enquanto isso, GaHee fica à porta, segurando a mochila de Jihoon, mas Hoseok não consegue conter o desconforto em sua presença. Com um movimento rápido, ele pega a mochila das mãos de GaHee e fecha a porta na sua cara, sem dizer uma palavra, deixando claro seu descontentamento com a situação.
Hoseok se senta ao lado de Jihoon no sofá, percebendo a tristeza estampada em seu rosto. Ele coloca um braço ao redor dos ombros do filho, oferecendo apoio e conforto.
- Hey, Jihoon, não fique assim! – diz Hoseok suavemente, tentando animar o filho – Depois do almoço, que tal nós dois irmos ao cinema? Podemos assistir ao filme que você quiser e depois tomar sorvete juntos. O que acha?
Ele sorri para Jihoon, esperando ver um pouco de alegria retornar ao rosto do filho.
Jihoon ergue os olhos, encarando o pai com uma mistura de surpresa e esperança em seu olhar. Ele não esperava uma proposta tão generosa e isso o fez se sentir um pouco melhor.
- Mesmo, papai? – Jihoon pergunta, sua voz ainda carregada de tristeza, mas agora com um toque de animação –
- Claro, filho! – responde Hoseok, apertando gentilmente o ombro de Jihoon – Você merece um dia divertido. E eu prometo que vamos nos divertir muito juntos!
Jihoon sorri timidamente, sentindo-se grato pelo gesto do pai. A ideia de passar um tempo especial com Hoseok o ajudou a levantar um pouco o ânimo.
- Obrigado, papai! – diz Jihoon, abraçando Hoseok com força –
Hoseok retribui o abraço com carinho, sabendo que mesmo nos momentos difíceis, eles sempre poderiam contar um com o outro para encontrar um pouco de felicidade.
***
Yugyeom aparece na porta do trabalho de Li Hua, surpreendendo-a enquanto ela saía para o almoço. Seus olhos se iluminam ao vê-lo ali, uma mistura de surpresa e alegria refletida em seu rosto.
- Yug! O que você está fazendo aqui? – Li Hua exclama, incapaz de esconder o sorriso que se forma em seus lábios –
Ele dá um sorriso caloroso em resposta, segurando um pequeno buquê de flores em uma das mãos.
- Eu estava passando por aqui e pensei que poderíamos almoçar juntos… – ele responde, oferecendo as flores para ela –
Li Hua aceita as flores com um agradecimento, sentindo-se emocionada com o gesto atencioso de Yugyeom.
- Isso é tão gentil da sua parte… – ela diz, olhando para as flores com admiração – Eu adoraria almoçar com você.
Yugyeom sorri de volta ao ver a reação positiva de Li Hua e se apressa em abrir a porta do carro para ela entrar, demonstrando cavalheirismo.
- Por favor, entre! – ele diz, dando espaço para ela –
Assim que Li Hua entra no carro, ele fecha a porta suavemente e contorna o veículo para se sentar ao volante. Antes de dar partida, ele se vira para Li Hua com um sorriso amável.
- E então, onde você gostaria de almoçar hoje? – ele pergunta, mostrando-se disposto a satisfazer o desejo dela –
Com um sorriso brincalhão, Li Hua olha para Yugyeom enquanto pensa nas opções.
- Bem, eu conheço um lugarzinho aconchegante não muito longe daqui. Eles servem ótimos pratos de massa italiana… – sugere ela, apontando na direção do restaurante –
Yugyeom assente com entusiasmo.
- Ótima escolha! Adoro comida italiana. Vamos lá então.
Com isso, ele dá partida no carro e os dois partem em direção ao restaurante, desfrutando da companhia um do outro durante o trajeto.
Enquanto examinam o cardápio, Yugyeom e Li Hua acabam escolhendo o mesmo prato, sem perceberem inicialmente. Quando chega a hora de fazer o pedido e eles se dão conta da coincidência, seus olhares se encontram em silêncio por um momento, um misto de surpresa e diversão pairando entre eles.
Yugyeom se sente feliz por estarem em sintonia, mas também um pouco incerto sobre como lidar com a situação após o beijo que trocaram. Ele se pergunta se Li Hua também está pensando nisso, se ela está confortável com a proximidade entre eles depois de terem se beijado.
Por outro lado, Li Hua experimenta uma mistura de emoções. Ela está grata pela conexão especial que compartilham, mas ao mesmo tempo, sente-se um pouco confusa sobre o que isso significa para eles. Ela se pergunta se Yugyeom também está considerando o que aconteceu entre eles, se ele está pensando no próximo passo a ser dado.
Enquanto os dois continuam a trocar olhares significativos, eles são submersos em uma dança silenciosa de sentimentos, cada um tentando decifrar os pensamentos e emoções do outro.
Yugyeom finalmente quebra o silêncio, sua voz suave, mas carregada de incerteza, preenche o espaço entre eles. Ele olha nos olhos de Li Hua com uma mistura de esperança e nervosismo, enquanto espera pela resposta dela.
- Li Hua… eu estava pensando… – ele começa, sua voz um pouco hesitante – O que você sente… por mim?
As palavras saem cautelosas, carregadas com a urgência de sua curiosidade e o desejo de entender a verdade por trás de seus sentimentos compartilhados.
Ao ouvir a pergunta de Yugyeom, Li Hua sente um turbilhão de emoções dentro dela. Ela olha para ele, seus olhos buscando desesperadamente uma resposta que possa transmitir o que está sentindo. Por um momento, ela se perde em seus próprios pensamentos, tentando encontrar as palavras certas para expressar o que está em seu coração.
- Yugyeom… – ela começa, sua voz suave carregando um tom de hesitação – Você é meu melhor amigo, alguém que eu confio e valorizo mais do que posso dizer.
Ela pausa, buscando coragem para continuar:
- Mas… além da amizade, você é alguém que desperta sentimentos diferentes em mim. Alguém que faz meu coração bater mais rápido e me faz sorrir quando estou perto de você.
A resposta dela é sincera, mas também carregada de cautela e insegurança. Ela se pergunta se ele compartilha dos mesmos sentimentos, se ele vê algo mais entre eles além da amizade que compartilham.
Yugyeom absorve as palavras de Li Hua, sentindo um misto de surpresa e alegria por ela expressar seus sentimentos de forma tão sincera. No entanto, ele também percebe a cautela em sua voz, o que o faz refletir sobre como responder da maneira certa.
Ele olha nos olhos dela, buscando transmitir confiança e sinceridade. Após um momento de reflexão, ele finalmente fala, escolhendo cada palavra com cuidado.
- Li Hua… – começa ele, sua voz calma e suave – Você significa muito para mim, mais do que consigo expressar em palavras. Você é como se fosse uma luz na minha vida, alguém que eu admiro e respeito profundamente.
Ele faz uma pausa, organizando seus pensamentos antes de continuar:
- E, além da amizade, eu acho que sinto algo mais… Algo que não consigo ignorar ou negar mais depois do que aconteceu entre nós dois na festa!
Yugyeom deixa suas palavras pairarem no ar, esperando pela reação de Li Hua, torcendo para que ela entenda o que ele está tentando dizer. Ele sabe que o momento é delicado, mas está determinado a ser honesto sobre seus sentimentos.
Li Hua sente um calor reconfortante percorrer seu peito ao ouvir as palavras de Yugyeom, mas a menção do “mas” em sua mente, a faz sentir uma pontada de ansiedade. Ela segura a mão dele com firmeza, buscando apoio e preparada para ouvir o que ele tem a dizer.
Ao ver Yugyeom confirmar suas suspeitas com um simples gesto de cabeça, Li Hua sente um nó se formar em sua garganta. Ela respira fundo, preparando-se para ouvir a confissão dele.
- Eu ainda amo a … – as palavras de Yugyeom cortam o ar, pesadas e carregadas de significado –
Li Hua sente seu coração apertar com a revelação, mas ao mesmo tempo, ela não pode deixar de admirar a honestidade dele. Ela sabe que não pode forçar os sentimentos dele a mudarem.
- Eu entendo… – ela responde suavemente, tentando conter a emoção em sua voz – É difícil quando o coração está dividido entre duas pessoas.
Ela aperta a mão dele com carinho, transmitindo seu apoio silencioso.
Yugyeom olha nos olhos de Li Hua, transmitindo sinceridade em seu olhar. Ele aperta sua mão com suavidade, buscando confortá-la da melhor maneira possível.
- Li Hua, eu não quero te magoar. Você é uma das pessoas mais especiais para mim, uma amiga incrível! – sua voz é calma e cheia de ternura enquanto ele expressa seus sentimentos – “Eu valorizo muito nossa amizade, e não quero perdê-la por nada neste mundo.
Ele espera que suas palavras transmitam toda a profundidade de seus sentimentos, desejando sinceramente que Li Hua entenda a complexidade de sua situação
Li Hua sorri gentilmente para Yugyeom, reconhecendo a importância da amizade deles. Ela aperta sua mão em resposta outra vez, transmitindo confiança e apoio.
- Claro que continuaremos amigos, Yugyeom! Nada vai mudar isso. – sua voz transmite sinceridade e conforto enquanto ela reafirma o valor que atribui à amizade deles –
.Yugyeom olha nos olhos de Li Hua, buscando encontrar algo em sua expressão. Seu coração bate mais rápido enquanto ele reúne coragem para fazer a pergunta que esteve ecoando em sua mente:
- Li Hua… – sua voz sai suave, carregada de incerteza e vulnerabilidade –
Ele procura as palavras certas, querendo expressar seus sentimentos sem assustá-la. – Eu tenho pensado muito sobre nós… sobre o que significa nossa amizade e o que mais poderíamos ser.
Ele engole em seco, sentindo a tensão no ar enquanto aguarda a reação dela. Seus olhos refletem uma mistura de esperança e medo, enquanto ele aguarda ansiosamente sua resposta. Ao ouvir a pergunta dele, seu coração se agita com uma mistura de emoções. Ela pondera por um momento, refletindo sobre seus próprios sentimentos e desejos.
- Yugyeom, eu adoraria explorar isso com você, mas precisamos ir devagar. – ela olha nos olhos dele, transmitindo seu desejo de cautela – Podemos tentar, mas com cuidado, ok?
Um grande sorriso se abre nos lábios de Yugyeom ao ouvir a resposta de Li Hua. Seus olhos brilham com uma mistura de alívio e felicidade, e ele sente um calor reconfortante se espalhar por seu peito.
Com ternura, ele leva a mão de Li Hua até seus lábios e a segura delicadamente. Seu olhar transborda de gratidão enquanto ele responde:
- Você tem razão. Vou seguir seu conselho e ir devagar. Prometo fazer o possível para não machucá-la. Estou realmente feliz por termos essa conversa.
Ele sorri novamente, um brilho de determinação em seus olhos. Juntos, eles compartilham um momento de cumplicidade e esperança, prontos para explorar o que o futuro reserva para sua amizade e possível relacionamento.
***
observava atentamente as postagens noturnas no blog de Namjoon, absorvendo cada palavra sobre saúde mental. Seus pensamentos divagavam entre a vontade de enviar mais uma mensagem para ele e a preocupação de parecer insistente demais. Ela relembrou das duas mensagens que já havia enviado mais cedo e notou a ausência de resposta até o momento. Uma sensação de inquietação começou a surgir em seu peito, mas ela rapidamente tentou acalmar sua mente.
“É claro que ele deve estar ocupado com o trabalho” – pensou consigo mesma, tentando encontrar uma explicação plausível para a falta de resposta de Namjoon – “Não é como se ele estivesse ignorando intencionalmente minhas mensagens… Talvez eu deva esperar um pouco mais antes de tentar novamente.”
Apesar de seus esforços para tranquilizar seus pensamentos, não conseguia evitar uma pontada de preocupação. Ela desviou o olhar das postagens do blog e respirou fundo, decidindo dar mais algum tempo antes de tomar qualquer atitude.
mergulhou na água quente da banheira, deixando que as preocupações do dia escorressem pelo ralo junto com a espuma. O calor reconfortante relaxava seus músculos tensos, e ela permitiu-se aproveitar aquele momento de paz.
Após o banho revigorante, se dedicou a um atendimento de tarot online para uma cliente. Enquanto ela mergulhava nas cartas, sua intuição guiava suas interpretações, oferecendo orientação e clareza para quem buscava respostas.
No meio da consulta, ela notou o telefone vibrando no silencioso. Um vislumbre do nome de Namjoon na tela a fez parar por um instante, seu coração acelerando com a possibilidade de falar com ele. No entanto, ela manteve o foco na consulta, sabendo que não poderia interromper o atendimento.
Após concluir a leitura das cartas e encerrar a consulta, pegou seu celular e viu a ligação perdida de Namjoon. Um arrepio percorreu sua espinha ao pensar nas possíveis razões para a ligação. Com um misto de ansiedade e expectativa, ela discou o número de Namjoon, esperando ansiosamente por uma resposta do outro lado da linha.
“Você está em casa?” – ele perguntou assim que atendeu a ligação dela –
“Você está em casa?” – ele perguntou assim que atendeu a ligação dela –
”Oi, Namjoon… Sim, estou em casa. Desculpe por não ter atendido antes, estava em uma consulta.” – respondeu, sua voz um pouco trêmula pelo nervosismo –
“Sem problemas. Eu entendo.” – Namjoon disse gentilmente do outro lado da linha. – “Eu estava pensando… o que você acha de jantarmos juntos? Já até comprei a comida. Posso passar aí para jantarmos?”
“Sem problemas. Eu entendo.” – Namjoon disse gentilmente do outro lado da linha. – “Eu estava pensando… o que você acha de jantarmos juntos? Já até comprei a comida. Posso passar aí para jantarmos?”
ficou em silêncio por um momento, ponderando sobre o convite. Por um lado, era uma oportunidade de passar mais tempo com Namjoon e fortalecer o vínculo entre eles. Por outro lado, sua mente estava dividida, hesitante em permitir que alguém adentrasse seu espaço pessoal.
Enquanto lutava com seu conflito interno, um sentimento sutil, como uma voz interior, começou a surgir dentro dela. Era como se seus guias espirituais estivessem sussurrando que ela deveria dar uma chance a esse encontro, que talvez houvesse algo a aprender ou experimentar nessa experiência.
Depois de uma breve pausa, respirou fundo antes de responder:
“Ok, Namjoon. Pode subir. Estarei te esperando.”
“Ok, Namjoon. Pode subir. Estarei te esperando.”
Após desligar o telefone, sentiu uma onda de apreensão percorrer seu corpo, acompanhada por uma sensação de arrepios que pareciam ecoar através dela. Era como se seus guias espirituais estivessem tentando transmitir-lhe um aviso, uma mensagem que ela ainda não compreendia completamente.
Essas sensações eram familiares para ela, um sinal de que algo significativo estava prestes a acontecer ou que precisava ser considerado. Ela fechou os olhos por um momento, buscando se conectar com sua intuição, tentando decifrar o significado por trás desses sinais.
No entanto, mesmo com sua sensibilidade espiritual, ainda se sentia incerta sobre o que estava por vir. Ela sabia que precisava confiar em sua intuição, mas também reconhecia a importância de permanecer aberta e receptiva às possibilidades que o destino poderia trazer. Com um suspiro resignado, ela se preparou para receber Namjoon, ainda ponderando sobre o que o universo estava tentando lhe comunicar.
Após perceber que estava apenas de pijama, decidiu rapidamente ir até seu quarto para trocar de roupa antes da chegada de Namjoon. Ela se dirigiu ao guarda-roupa, buscando algo mais apropriado para a ocasião, enquanto sua mente ainda estava imersa nos pensamentos sobre os sinais espirituais que havia sentido momentos antes.
Enquanto escolhia uma roupa, sua mente se dividia entre a ansiedade pela presença de Namjoon e a curiosidade em relação aos significados por trás dos sinais que havia recebido. Ela respirou fundo, tentando afastar temporariamente esses pensamentos para se concentrar no momento presente e na companhia que em breve iria receber. Com determinação, selecionou uma roupa adequada e voltou para a sala, pronta para receber Namjoon e explorar o que o destino reservava para eles naquela noite.
Enquanto organizava os pratos na pequena mesa da sacada do apartamento, seu celular começou a vibrar no bolso, indicando uma nova ligação de Namjoon. Ela parou por um momento, sentindo uma mistura de ansiedade e antecipação enquanto ponderava se deveria atender imediatamente ou esperar mais um pouco.
Com o coração acelerado, decidiu atender a ligação, imaginando o que Namjoon poderia querer naquele momento. Ela respirou fundo para acalmar os nervos antes de tocar na tela do celular para atender a chamada, preparada para mais uma interação com ele naquela noite cheia de expectativas.
Namjoon informou a que havia chegado, provavelmente do lado de fora de seu prédio, onde não havia porteiro. Compreendendo a situação, desceu para recebê-lo, sabendo que ele não tinha o número de seu apartamento e nem o andar em que morava. Respirando fundo para controlar a ansiedade, ela se dirigiu para encontrar Namjoon e dar continuidade ao jantar que haviam combinado.
desceu as escadas do prédio e avistou Namjoon parado do lado de fora, esperando por ela. Seu coração começou a bater mais rápido enquanto ela se aproximava dele, sentindo uma mistura de nervosismo e antecipação. Ao alcançá-lo, sorriu calorosamente e cumprimentou-o.
-Oi, Namjoon. Que bom que você chegou! – ela disse, tentando esconder a leve ansiedade em sua voz –
Namjoon retribuiu o sorriso e observou-a com ternura.
-Oi, . Estou feliz por estar aqui. – ele respondeu, parecendo genuinamente contente por vê-la –
Juntos, caminharam em direção ao prédio, enquanto explicava rapidamente que seu apartamento ficava no segundo andar e que ela precisava subir as escadas. Namjoon assentiu com compreensão, acompanhando-a até o andar indicado.
e Namjoon entraram no apartamento, e ela rapidamente o conduziu até a sacada, onde já havia preparado a mesa para o jantar. Namjoon aceitou a ajuda dela para levar a comida, enquanto observava o ambiente ao redor.
Enquanto colocavam os pratos sobre a mesa, explicou que aquele era o único espaço de refeição que ela tinha no apartamento e perguntou se isso seria um problema para ele. Namjoon apenas balançou a cabeça negativamente, demonstrando que estava tudo bem para ele.
Enquanto observava o apartamento, Namjoon notou como cada detalhe parecia refletir a personalidade única de . Desde os pequenos objetos decorativos até a disposição dos móveis, tudo parecia ter sido escolhido com cuidado e carinho, o que fez com que ele se sentisse ainda mais próximo dela.
Namjoon e se olharam intensamente, sentindo a eletricidade no ar. Ele se aproximou dela, segurando delicadamente sua cintura, enquanto seus olhares permaneciam conectados. Lentamente, ele inclinou o rosto, aproximando seus lábios dos dela, dando início a um beijo cheio de ternura e desejo. O tempo pareceu desacelerar enquanto se entregavam àquele momento, deixando-se levar pela intensidade do sentimento que compartilhavam.
Enquanto seus lábios se encontravam em um beijo suave e apaixonado, sentia seu coração bater mais rápido, uma mistura de emoções inundando sua mente. Ela se entregava ao beijo, sentindo uma conexão profunda com Namjoon. Cada toque dos lábios dele contra os seus era como uma chama ardente, aquecendo seu corpo e sua alma.
Namjoon também estava imerso no momento, sentindo uma onda de felicidade e paz ao beijar . Seus lábios se moviam em perfeita sincronia, cada momento transmitindo o amor e a atração que ele sentia por ela. Ele se sentia completo ao lado dela, como se finalmente tivesse encontrado o seu lugar.
Enquanto o beijo continuava, ambos se entregavam ao momento, deixando para trás quaisquer preocupações ou dúvidas. Era apenas os dois, unidos pelo amor e pela paixão que compartilhavam, e nada mais importava naquele momento.
À medida que o beijo chegava ao fim, não conseguia conter a emoção que transbordava dentro dela. Ela se entregou completamente ao momento, abraçando Namjoon com força, como se quisesse fundir seus corpos em um só. Seus braços envolviam o pescoço dele, enquanto ela afundava o rosto no calor reconfortante do seu pescoço.
Ela aspirou o aroma dele, deixando-se envolver pela sensação reconfortante que emanava de sua pele. Cada respiração era um lembrete do quanto ela o desejava, do quanto o queria perto dela, compartilhando aquele momento de intimidade e conexão profunda.
Enquanto permaneciam abraçados, sentia-se segura nos braços de Namjoon, como se nada pudesse perturbá-los naquele instante. Ela se permitiu perder-se nele, entregando-se à sensação de plenitude e felicidade que ele lhe proporcionava. Naquele abraço, ela encontrou um refúgio, um lugar onde podia ser apenas ela mesma, sem medo, sem reservas. E ali, nos braços de Namjoon, ela pareceu encontrar um lar para o seu coração.
Após o abraço intenso, e Namjoon se separaram lentamente, ainda imersos na atmosfera de proximidade e calor que os envolvia. Namjoon sorriu para ela, seus olhos transbordando de ternura enquanto ele acariciava delicadamente o rosto dela com o polegar.
Nesse momento de intimidade, os sentimentos de Namjoon por se manifestavam de forma clara e profunda. Ele se sentia atraído por ela de uma maneira que ia além da simples atração física. Era como se ela tocasse uma parte dele que há muito tempo estava adormecida, despertando emoções e desejos que ele não sabia que existiam.
Seu sorriso para ela era genuíno, refletindo a admiração e o carinho que ele nutria por ela. Havia algo especial em que o fazia querer estar perto dela, compartilhando momentos como aquele. Ele se sentia grato por tê-la em sua vida, e estava determinado a aproveitar cada instante ao seu lado.
Enquanto acariciava o rosto dela, Namjoon sabia que havia algo especial entre eles, algo que valia a pena explorar e cultivar. Ele estava disposto a embarcar nessa jornada ao lado de , sem medo do que o futuro reservava. E naquele momento, ele só queria estar com ela, desfrutando da sua companhia e da conexão única que compartilhavam.
Os dois se dirigiram à pequena sacada onde a refeição estava preparada. havia arrumado a mesa de forma simples, porém acolhedora, com velas acesas adicionando um toque de romance ao ambiente. Namjoon admirou a vista da sacada por um momento antes de se acomodar à mesa ao lado de .
Enquanto saboreavam a comida, a conversa fluía de forma leve e descontraída entre eles. Trocaram risadas, compartilharam histórias e descobriram mais sobre os gostos e interesses um do outro. se sentia à vontade na companhia de Namjoon, desfrutando da sua presença tranquila e cativante.
Para Namjoon, aquele jantar era mais do que apenas uma refeição. Era uma oportunidade de conhecer melhor e de se conectar com ela em um nível mais profundo. Ele apreciava a forma como ela o fazia sentir-se à vontade e valorizado, como se fosse verdadeiramente importante para ela.
À medida que o jantar avançava, os dois se aproximavam ainda mais, compartilhando olhares significativos e gestos gentis. O clima romântico da noite envolvia-os em uma aura de intimidade e cumplicidade, fortalecendo os laços que já começavam a se formar entre eles.
***
- Você não vai guardar a moto na garagem?
perguntou enquanto se livrava do capacete e ajeitava os cabelos. Jungkook, que também se livrava do capacete olhou para ela ajeitando os cabelos negros e sentiu os lábios secarem, tão bonita ela ficava sem maquiagem e com a pele brilhando naturalmente… o coração dele acelerou um pouco dentro do peito e ele tentou se acalmar. Não gostava de ter seu coração acelerando assim só por olhar para uma mulher… ele sabia que aquilo não era um bom sinal.
- Só guardo a moto na garagem quando sei que não vou mais precisar dela. – Jungkook respondeu com um sorriso gentil enquanto guardava o capacete em um compartimento da moto –
assentiu compreensiva, entendendo a explicação dele. Ela gostava da atenção aos detalhes que ele tinha, mesmo nas coisas mais simples como onde guardar a moto. Era um sinal do cuidado que ele tinha com as coisas ao seu redor, e isso a fazia apreciá-lo ainda mais.
- Tudo bem, então. – ela respondeu colocando o capacete no braço para acomodá-lo melhor –
Jungkook acenou com a cabeça em resposta ao consentimento de e os dois seguiram juntos para o apartamento. Subiram os degraus até chegarem ao corredor onde ficava o seu apartamento. Jungkook tirou a chave do bolso enquanto caminhavam, pronto para destrancar a porta e deixar entrar.
Ao chegarem em frente à porta, Jungkook inseriu a chave na fechadura e girou-a, abrindo a porta para que entrasse primeiro. Ele gostava da ideia de compartilhar aquele espaço com ela, mesmo que fosse por um curto período de tempo. Quando entrou dentro do apartamento, Jungkook voltou a sentir o coração acelerar, normalmente, só levava garotas para lá quando estavam prestes a ter intimidades, e com aquilo ainda não tinha acontecido. A hesitação tomou conta dele por um momento, mas ele rapidamente afastou esses pensamentos, lembrando-se de que era diferente e especial de uma forma que ele parecia ainda não entender completamente… e aquilo o assustava tremendamente.
O apartamento de Jungkook era modesto, mas aconchegante. Ao entrar, notou imediatamente a simplicidade elegante do lugar. As paredes claras e os móveis de madeira escura criavam um ambiente acolhedor. Uma grande janela permitia a entrada de luz natural, iluminando delicadamente a sala de estar. Havia uma pequena mesa de centro cercada por confortáveis sofás, convidando a relaxar e desfrutar de momentos tranquilos.
Ao lado da sala, uma cozinha compacta, mas bem organizada, mostrava sinais de uso recente. Sobre a bancada, utensílios de cozinha e uma cafeteira indicavam que Jungkook gostava de preparar suas próprias refeições. O espaço era funcional e prático, refletindo a personalidade prática do rapaz.
À medida que explorava o apartamento, ela sentia-se cada vez mais à vontade ali, apreciando a atmosfera acolhedora e o toque pessoal que Jungkook havia dado ao lugar.
Jungkook colocou o capacete cuidadosamente sobre o balcão da cozinha, seguindo o exemplo de . Quando se virou para encará-la, viu-a se aproximando lentamente. Seus olhos se encontraram, refletindo a faísca de desejo que ardia entre eles. Sem hesitação, aproximou-se mais, seus lábios encontrando os dele em um beijo suave.
O calor do momento envolveu-os, fazendo com que o resto do mundo desaparecesse. O beijo era uma expressão de tudo o que eles sentiam um pelo outro, uma mistura de desejo, carinho e atração. Jungkook envolveu-a em seus braços, puxando-a mais para perto, enquanto seus lábios se moviam em perfeita sincronia.
O tempo pareceu congelar enquanto eles se entregavam àquele momento de intimidade. Cada toque, cada suspiro, era uma confirmação do que compartilhavam. Eles estavam juntos, conectados por um vínculo que parecia transcendental.
Quando finalmente se separaram, o ar estava carregado de eletricidade. Jungkook olhou nos olhos de , perdendo-se na profundidade de seu olhar. Era como se o mundo inteiro estivesse contido naquele momento, e ele não queria que acabasse…
Jungkook sentiu algo diferente no beijo de , algo que o fez questionar suas próprias emoções. Era como se cada toque dos lábios dela o envolvesse em uma aura de sensações indescritíveis, despertando algo dentro dele que ele preferia não explorar. Ele repetiu para si mesmo que não podia se permitir apaixonar-se por ela, não quando sua vida era tão complicada e cheia de incertezas.
- Fique à vontade. Vou tomar meu banho e me preparar para ir para a academia. – ele disse, tentando manter uma expressão neutra, escondendo os turbilhões de pensamentos que rodopiavam em sua mente –
Enquanto se afastava, dirigindo-se ao banheiro, Jungkook tentava reprimir as emoções que ameaçavam transbordar. Ele sabia que não podia se permitir apaixonar-se por , não quando havia tantas variáveis em jogo. No entanto, mesmo enquanto se despia para o banho, não conseguia ignorar a sensação de que algo estava mudando entre eles, algo que ele não podia controlar.
se sentou no sofá de Jungkook e pegou o celular, distraída. Ao deslizar pelo feed das redes sociais, uma foto postada por Yugyeom chamou sua atenção. Era uma imagem do almoço com Li Hua, e revirou os olhos involuntariamente. Ela fez uma nota mental para questionar o melhor amigo mais tarde sobre seu relacionamento com Li Hua. Bloqueando o celular, ela decidiu mudar o foco e ligou a TV, procurando algo para assistir e distrair sua mente das questões pessoais.
Jungkook, já pronto para ir à academia, vestia uma regata que delineava seus músculos bem trabalhados e suas tatuagens nos braços. não pôde deixar de notar o físico definido dele enquanto ele se movia pela sala. Seus olhos seguiram cada contorno dos músculos, uma mistura de admiração e desejo se formando em sua mente.
Enquanto Jungkook se dirigia à cozinha para preparar seu pré-treino, ele perguntou casualmente a :
- Você está com fome? Posso preparar algo para você também.
sentiu o estômago roncar levemente, mas ela balançou a cabeça, sorrindo.
- Não, obrigada. Eu comi bastante na escola. Vou só relaxar aqui por um tempo.
Jungkook assentiu, compreendendo, e começou a misturar sua bebida pré-treino, concentrado em sua rotina de preparação. Enquanto ele se movia pela cozinha, admirava sua determinação e disciplina, uma mistura de inveja e admiração surgindo dentro dela.
Enquanto Jungkook terminava de preparar sua bebida pré-treino, permanecia sentada no sofá, observando-o com admiração. Ela se sentia atraída pela sua determinação e disciplina, características que admirava nele.
Quando ele finalmente terminou de se preparar, Jungkook se aproximou de com um sorriso gentil. Ele estendeu a mão para ela, oferecendo ajuda para se levantar.
- Você tem certeza de que não quer nada para comer? – ele perguntou novamente, mostrando preocupação genuína –
sorriu e negou com a cabeça.
- Estou bem, obrigada. Aproveite o seu treino.
Jungkook assentiu, dando um beijo rápido na bochecha dela antes de se dirigir para a porta.
Se precisar de alguma coisa, estarei no celular. Cuide-se, tá?
E com isso, ele saiu, deixando sozinha na sala. Ela suspirou, sentindo uma mistura de emoções enquanto refletia sobre a presença de Jungkook em sua vida.
Yugyeom e Jungkook se encontraram na academia, trocando cumprimentos com um aceno de cabeça.
- Ei, Yugyeom, como vai? – Jungkook perguntou, tentando dar um sorriso amigável –
- Estou bem, Jungkook. E você? – Yugyeom respondeu, tentando parecer descontraído –
- Ótimo. Vou levar para casa depois do treino. Ela veio comigo hoje para o meu apartamento! – Jungkook informou, casualmente –
A menção de fez Yugyeom engolir em seco, uma onda de desconforto percorrendo-o.
- Ah, entendi. – ele respondeu, tentando disfarçar sua surpresa –
Enquanto Jungkook se preparava para o treino, Yugyeom lutava para afastar os pensamentos sobre a proximidade entre e Jungkook. Será que eles já estavam íntimos desse jeito? Ele sabia que precisava lidar com esses sentimentos, mas no momento, só conseguia se concentrar em seu próprio treino.
Jungkook terminou seu treino alguns minutos antes do previsto e observou Yugyeom treinar com habilidade no ringue. Ele notou a fluidez de seus movimentos, a precisão de seus golpes e percebeu que Yugyeom era, de fato, muito bom no boxe.
Enquanto observava, Jungkook começou a refletir sobre a relação entre os dois. Por que eles não se davam bem? Era apenas uma questão de personalidade ou havia algo mais profundo por trás disso? Jungkook se perguntou se seria possível mudar essa dinâmica e criar uma relação mais amigável com Yugyeom.
Jungkook se levantou do banco onde estava observando Yugyeom treinar e decidiu tomar um banho rápido no vestiário da academia. Após alguns minutos revigorantes sob o chuveiro, ele saiu do vestiário, esperando encontrar Yugyeom ainda na academia. No entanto, para sua surpresa, Yugyeom já havia ido embora.
Com um suspiro, Jungkook pegou sua mochila e se dirigiu para casa, refletindo sobre o encontro na academia e sobre sua relação com Yugyeom.
Jungkook abriu a porta do apartamento e encontrou cochilando no sofá, envolta em um suave raio de luz que entrava pela janela. Um sorriso suave se formou em seus lábios ao vê-la ali, serena e tranquila, mesmo em seu sono. Ele se aproximou dela com cautela, não querendo perturbá-la, e admirou-a por um momento.
Observando-a ali, Jungkook sentiu um calor reconfortante em seu peito. Era reconfortante tê-la ali, mesmo que estivesse apenas cochilando. Ele se lembrou de seu propósito de não se deixar envolver emocionalmente, especialmente por alguém tão especial quanto . Respirando fundo, ele afastou os pensamentos sobre se apaixonar de sua mente e decidiu apenas apreciar o momento presente.
despertou lentamente, sentindo-se um pouco desorientada no início. Seus olhos piscaram algumas vezes enquanto ela se ajustava à luz que invadia o ambiente. Quando finalmente se deu conta de onde estava, um sorriso sonolento se formou em seus lábios ao ver Jungkook de pé ao seu lado.
- Jungkook? – ela murmurou, ainda sonolenta, enquanto se espreguiçava delicadamente –
Seus olhos encontraram os dele, e ela percebeu o sorriso gentil em seu rosto. se sentou um pouco mais, esfregando os olhos para dissipar completamente o sono.
Jungkook observou despertar lentamente, apreciando a expressão sonolenta em seu rosto. Quando ela se sentou um pouco mais, ele sorriu e perguntou com gentileza:
- Quer ficar mais um pouco por aqui ou prefere ir para casa?
bocejou levemente antes de responder:
- Acho que já está na hora de ir para casa.
Jungkook assentiu, mas antes que eles partissem, decidiu compartilhar algo que aconteceu durante seu treino na academia:
- Encontrei o Yugyeom por lá. Vi ele treinar… Realmente é muito bom no que faz.
arqueou uma sobrancelha, surpresa com o comentário, mas não pôde deixar de sorrir ao ver o quão genuíno Jungkook estava sendo ao reconhecer as habilidades de Yugyeom.
Jungkook sorria enquanto conversava com , mas seu sorriso desapareceu instantaneamente ao avistar In-sook parada na porta do prédio. notou a mudança em sua expressão e seguiu seu olhar, encontrando a mulher parada ali.
In-sook encarou Jungkook com uma expressão desafiadora antes de dirigir sua atenção para .
- Essa é nova! Aliás, todas as vezes que te vi era uma diferente da outra, me esqueci que isso é normal para você!
Seu comentário ácido cortou o ar, deixando desconfortável e confusa. Ela franziu a testa, tentando entender a dinâmica entre Jungkook e aquela mulher desconhecida.
Antes que a situação pudesse se tornar mais desconfortável, Jungkook interveio, entregando as chaves da moto e o capacete para . Ele instruiu a ir aguardá-lo em sua moto.
- , me espera lá na moto. Eu não demoro aqui!
, mesmo contrariada, obedeceu ao pedido de Jungkook, partindo em direção à moto enquanto lançava um último olhar para In-sook, tentando entender quem ela era e por que estava ali.
Assim que saiu Jungkook indagou a irmã:
- Tá fazendo o que aqui? – o tom ríspido da voz dele fez In-sook sorrir cinicamente –
- Estou apenas de passagem. – respondeu ela, mantendo um tom de voz controlado – E você? Ainda continua com aquele mesmo estilo de vida medíocre? Pelo visto, sim!
Jungkook sentiu um nó se formar em sua garganta ao ouvir as palavras de In-sook. Uma mistura de raiva e frustração borbulhava dentro dele, mas ele lutava para manter a compostura. Seu semblante endureceu, e um olhar cortante foi direcionado à irmã.
- Você não tem o direito de falar assim comigo! – sua voz saiu firme e carregada de ressentimento – Eu estou aqui tentando melhorar minha vida, algo que você parece incapaz de entender.
Ele se esforçou para conter as emoções que fervilhavam dentro de si, mas era evidente o impacto das palavras de In-sook em seu semblante tenso e nos punhos cerrados ao lado do corpo. In-sook soltou uma risada irônica antes de responder, mantendo-se calma e provocativa:
- Papai e mamãe continuariam decepcionados com você, e você sabe disso! Como consegue dormir todas as noites, Jungkook? Eu me pergunto isso todos os dias.
Seu tom de voz era carregado de desdém e sarcasmo, e seus olhos faiscavam com um misto de desprezo e superioridade. Ela tinha o objetivo claro de atingir Jungkook onde mais doía, cutucando suas inseguranças e remorsos passados.
Jungkook engoliu em seco, sentindo outro nó se formar em sua garganta diante das palavras dolorosas de In-sook. Ele lutou para manter a compostura, mas seus olhos começaram a se encher ainda mais de lágrimas enquanto ele respondia com a voz embargada:
- In-sook, por favor, vá embora!
Seu pedido saiu como um sussurro, carregado de angústia e dor. Ele não suportava mais o peso das críticas dela e desejava desesperadamente que ela saísse de sua vida, pelo menos naquele momento.
A irmã se aproximou dele vagarosamente, os olhos frios pousados nos dele, os braços cruzados se desfizeram enquanto desfere as palavras:
- Eu nunca vou perdoar você Jungkook! E vou fazer questão de lembrá-lo disso sempre que for possível, para você nunca esquecer o que fez!
As palavras de In-sook perfuraram o coração de Jungkook como facas afiadas, trazendo de volta uma avalanche de lembranças dolorosas. Ele fechou os olhos por um momento, sentindo-se como se estivesse afundando em um abismo de culpa e remorso. A imagem dos rostos de seus pais apareceu vívida em sua mente, acompanhada pelo som do impacto do acidente. A voz de In-sook ressoava em seus ouvidos, acusando-o mais uma vez pela tragédia que tirou a vida de seus pais.
Ele abriu os olhos, encarando In-sook com uma mistura de dor e raiva contida. Sua voz saiu rouca e carregada de emoção quando ele respondeu:
- Eu sei! Eu sei que você nunca vai me perdoar. Mas não é preciso que você me lembre disso. Eu carrego essa culpa todos os dias da minha vida. E é algo que nunca vou esquecer. Nunca!
Cada palavra era uma carga pesada, pesando sobre seus ombros já cansados de carregar tanto sofrimento.
In-sook sustentou o olhar de Jungkook por mais alguns instantes, parecendo absorver cada pedaço de dor que ele expressava. Uma faísca de compaixão brilhou brevemente em seus olhos antes que ela desviasse o olhar, a máscara de indiferença retornando rapidamente.
- Eu não vim aqui para reabrir velhas feridas. – ela declarou, a voz agora mais calma, mas ainda carregada de ressentimento – Vim apenas para fazer uma visita. Afinal, esta é minha cidade natal também.
Ela fez uma pausa antes de continuar.
- E, quanto a você, Jungkook, espero que um dia consiga encontrar paz. Mas, até lá, eu não estarei aqui para testemunhar suas tentativas inúteis de redenção.
Com essas palavras finais, In-sook virou-se e começou a afastar-se, deixando Jungkook para trás com um turbilhão de emoções. Ele observou sua irmã se afastar, sentindo-se ao mesmo tempo aliviado e angustiado com sua partida. Por um momento, ele se permitiu sentir a dor e a culpa que sempre o acompanhavam, antes de respirar fundo e começar a se recompor.
Jungkook caminhou lentamente em direção a e sua moto, tentando recuperar a compostura após o encontro tenso com sua irmã. Ele podia sentir o peso das palavras de In-sook ainda ecoando em sua mente, mas sabia que precisava se concentrar no momento presente. Ao se aproximar de , ele forçou um sorriso para mostrar que estava tudo bem, apesar do encontro perturbador.
- Desculpe por isso. – ele disse, sua voz um pouco rouca pela emoção contida – Vamos?
- E quem era ela? Uma dessas ex malucas? – resolveu perguntar –
- Minha irmã! – ele respondeu ríspido enquanto pegava o capacete das mãos dela –
olhou para Jungkook com uma expressão de surpresa e curiosidade ao ouvir a revelação de que a mulher era sua irmã. Ela franziu a testa levemente, sentindo a tensão no ar.
- Sua irmã? – ela perguntou, um pouco perplexa – Desculpe, eu não sabia, você nunca comentou…
A resposta de Jungkook foi direta e um tanto seca, deixando claro que não queria abordar o assunto:
- Sim, ela é minha irmã e eu não quero falar sobre isso.
Jungkook colocou-o sobre sua cabeça, ajustando-o cuidadosamente. Em seguida, ele estendeu a mão para pegar a chave da moto que ela segurava.
- Vamos embora. – ele disse, subindo na moto e dando partida no motor –
subiu na garupa da moto, segurando-se firme em Jungkook. O silêncio entre os dois era pesado, carregado de tensão após o encontro com a irmã dele. O vento batia em seus rostos enquanto eles se afastavam do prédio.
Jungkook dirigia com determinação, mas havia uma aura de melancolia em sua postura. sentiu o desconforto pairando entre eles, mas não sabia como abordar o assunto da irmã dele. Optou por permanecer em silêncio, deixando que o barulho do vento preenchesse o vazio entre eles.
Ao chegarem ao prédio de , o clima ainda estava carregado de tensão. Jungkook parou a moto e desligou o motor, enquanto desceu da garupa, mantendo uma distância um tanto quanto desconfortável entre eles.
- Obrigada por me trazer de volta. – disse, sua voz soando um pouco rígida –
- Não foi nada. – Jungkook respondeu, sua expressão ainda séria –
Eles trocaram um rápido olhar, mas nenhum deles sabia como quebrar o gelo que se formara entre eles. Com um aceno de cabeça formal, Jungkook se afastou, montando em sua moto e partindo sem olhar para trás. observou-o se afastar, sentindo um aperto no peito diante da frieza da despedida.
Ao entrar no apartamento, se deparou com Yugyeom terminando de preparar o jantar. Ele estava concentrado na cozinha, mexendo alguma coisa no fogão enquanto o aroma delicioso da comida se espalhava pelo ambiente.
- Oi, . – Yugyeom cumprimentou-a com um sorriso caloroso – Estava começando a me preocupar. Você demorou um pouco mais do que o esperado.
forçou um sorriso em resposta, tentando disfarçar o desconforto da situação anterior com Jungkook. Ela se aproximou da cozinha, observando Yugyeom com interesse enquanto ele finalizava o jantar.
observou as panelas na bancada da cozinha, notando os diversos pratos que Yugyeom havia preparado. Ela então virou-se para ele e viu-o olhando-a com curiosidade.
- O que tanto você está olhando para mim? – Yugyeom perguntou, com um sorriso divertido –
sorriu de volta, balançando a cabeça levemente.
- Nada, só estava admirando o que você preparou… Parece ótimo. – respondeu ela, tentando desviar o foco de sua mente dos acontecimentos recentes com Jungkook –
Yugyeom deu de ombros e então segurou o rosto dela entre as mãos.
- Porque você não vai tomar seu banho enquanto eu termino aqui?
concordou com a sugestão de Yugyeom e foi para o banho. Enquanto a água quente caía sobre seu corpo, ela não conseguia evitar de pensar sobre o encontro tenso entre Jungkook e sua irmã. A lembrança das palavras duras trocadas entre eles ecoava em sua mente.
Enquanto esfregava o corpo com o sabonete, tentava afastar esses pensamentos negativos, concentrando-se no presente. Ela respirou fundo e decidiu que não deixaria isso atrapalhar sua noite noite com Yugyeom.
Após o banho revigorante, saiu do banheiro e encontrou Yugyeom finalizando os preparativos do jantar na cozinha. O aroma delicioso da comida enchia o ambiente, e ela sentiu o estômago roncar de fome.
- Cheirou bem! – ela comentou, sorrindo para Yugyeom enquanto se aproximava da mesa posta – O que você preparou?
Yugyeom devolveu o sorriso, parecendo satisfeito com o resultado de seu esforço culinário.
- Preparei alguns pratos coreanos tradicionais. Espero que goste. – respondeu ele, servindo um pouco de cada prato no prato de – Vamos comer.
se sentou à mesa, agradecendo silenciosamente por ter um amigo como Yugyeom ao seu lado. Enquanto eles saboreavam a refeição juntos, ela tentava deixar de lado os pensamentos sobre Jungkook e concentrar-se no momento presente, desfrutando da companhia de seu amigo e da comida deliciosa à sua frente.
Enquanto lavava as louças na cozinha, ela notou Yugyeom mexendo no celular na sala. Curiosa, ela decidiu iniciar uma conversa.
- Está falando com a Li Hua? – ela perguntou, secando uma panela –
Yugyeom olhou para cima, surpreso com a pergunta dela, mas logo assentiu.
- Sim, estamos trocando algumas mensagens… – respondeu ele, guardando o celular no bolso –
- Ah, entendi. – continuou lavando a louça por um momento antes de reunir coragem para perguntar – E vocês… estão namorando ou algo do tipo?
A pergunta pairou no ar enquanto aguardava a resposta de Yugyeom. Ela se perguntava se estava invadindo sua privacidade ao perguntar sobre seu relacionamento com Li Hua, mas ao mesmo tempo, sentia-se curiosa sobre o assunto.
Yugyeom ficou em silêncio por um momento, ponderando sobre como responder à pergunta de . Ele não queria esconder nada dela, mas também não estava pronto para compartilhar todos os detalhes sobre seu relacionamento com Li Hua.
- Não exatamente. – ele finalmente respondeu, escolhendo suas palavras com cuidado. – Estamos indo devagar. Não estamos oficialmente namorando, mas… há algo acontecendo entre nós, eu acho.
Ele olhou para , esperando que sua resposta fosse suficiente para satisfazer sua curiosidade.
questionou, sua expressão refletindo um misto de surpresa e decepção:
- E você não ia me contar? – ela perguntou, buscando entender melhor a situação entre eles –
Yugyeom suspirou, sentindo-se um pouco desconfortável com a situação, mas decidiu se aproximar dela na cozinha.
- , eu… – começou ele, buscando as palavras certas para explicar sua perspectiva – Eu não queria te preocupar com isso ainda. Estamos apenas no começo disso, e não queria criar expectativas antes do tempo.
assentiu positivamente para ele e então se virou para a pia, ficando de costas para ele Yugyeom assentiu, compreendendo o gesto dela, e então voltou para a sala, sentindo-se um pouco triste por ter causado qualquer desconforto. Enquanto terminava as louças, ele permaneceu pensativo, refletindo sobre a conversa.
Quando ela terminou e se despediu, dizendo que ia dormir, ele levantou o olhar para ela e forçou um sorriso leve.
- Boa noite, . Descanse bem… – disse ele, sentindo um aperto no peito –
Quando ela deixou um beijo no topo de sua cabeça, ele fechou os olhos por um momento, sentindo uma mistura de emoções, antes de ouvi-la responder suavemente:
- Boa noite… Obrigado!
***
Jungkook chegou ao bar e lançou um olhar pelo ambiente, verificando como estavam as coisas antes de subir para seu escritório no andar de cima. Enquanto se encaminhava para lá, um flashback do acidente de seus pais invadiu sua mente, trazendo à tona lembranças dolorosas.
Ele parou por um momento, segurando a garrafa de whisky em suas mãos, e fechou os olhos, revivendo aquele terrível momento em sua mente. O som da batida, a sensação do impacto, as palavras não ditas… Tudo isso o atormentava ainda.
Com um suspiro pesado, ele desistiu de reprimir essas memórias e despejou uma dose de whisky em um copo. Erguendo-o até os lábios, ele tomou um gole, sentindo o calor do líquido queimar sua garganta, enquanto tentava afastar os pensamentos sombrios que o assombravam.
Enquanto Jungkook bebia, as lembranças de sua irmã, inundavam sua mente. Ele se recordava das inúmeras brigas que tiveram antes dela se mudar da cidade, as palavras cortantes, as discussões intermináveis. Por mais que a relação entre eles fosse tumultuada, havia um vínculo indissolúvel entre irmãos, uma conexão que persistia mesmo nos momentos mais difíceis.
No entanto, essas memórias trouxeram consigo um turbilhão de sentimentos conflitantes. Enquanto Jungkook refletia sobre sua relação com In-sook, sua mente inevitavelmente se voltava para . Ele se viu dividido entre o desejo de se aproximar dela e o medo de machucá-la. Acreditava não ser digno de alguém como , temendo que sua bagagem emocional e seus problemas pessoais fossem demais para ela suportar.
Numa mistura de autodesprezo e autopreservação, Jungkook decidiu que o melhor caminho seria se afastar de , antes que suas próprias questões o arrastassem para baixo e a machucassem no processo. No entanto, essa decisão não veio sem um peso emocional significativo, deixando-o com um coração pesaroso e a mente repleta de incertezas sobre o futuro.
Capítulo 23
adentrou o apartamento de Jimin um tanto quanto receosa. Os olhos dela passearam pela grande sala do apartamento e pelo teto acinzentado, e ela achou diferente que as paredes eram num amarelo bem clarinho, quase um creme e o teto era um acinzentado meio fosco.
Ela engoliu seco quando se virou para ele e o viu trancando a porta do apartamento atrás de si. Jimin percebeu que ela parecia tensa e então se aproximou dela, colocando suas mãos em seus ombros e apertando-os.
- Ei! Você já vai entender o motivo de estar aqui, de eu ter trazido você aqui! Calma! – ele gargalhou enquanto a puxava para um abraço –
se deixou ser abraçada por ele enquanto lhe circundava a cintura com os braços, correspondendo ao abraço.
- Mas eu estou calma! – ela mentiu enquanto fechava os olhos –
Jimin sabia que apesar de os dois estarem indo devagar, tinha medo que ele pudesse machucá-la. E Jimin entendia, afinal de contas havia agido covardemente com ela no passado ao fugir de seus próprios sentimentos. Os dois ainda não haviam tido a oportunidade de conversarem sobre os traumas profundos que Jimin nutria em seu coração, e não forçaria aquela conversa. Deixaria que as coisas acontecessem no tempo dele.
Depois de se soltarem, ele caminhou de mãos dadas com ela até o sofá e então disse para ela ficar à vontade que ele prepararia um chá. Havia descoberto recentemente que ela era muito fã da bebida, então comprou alguns para preparar para ela.
se pôs a observar a sala do apartamento luxuoso de Jimin, a decoração com peças de designers super famosos provavelmente e então ela se pôs a pensar em como os dois eram de mundos diferentes, apesar que agora ela estava ganhando um pouco mais. Mas ainda assim… os dois continuavam pertencendo a lados quase opostos.
Ela olhou para a grande sacada que havia atrás de uma porta de blindex e então viu o sol começar a se pôr na grande Seul. Até que ela ouviu o interfone começar a tocar na cozinha, tirando-a de seus devaneios. ouviu Jimin autorizar a subida de alguém e então sua boca voltou a secar.
Quando ele apareceu outra vez na sala com as xícaras nas mãos e as depositou sobre a mesa de centro, ele e se encararam.
- Calma! Você vai entender, e acho que até gostará do que nós vamos propor!
- Nós? – ela perguntou enquanto apertava a bolsa no colo –
Jimin gargalhou achando-a graciosa nervosa daquele jeito e aí ele olhou para as xícaras.
- É de camomila, toma um gole! Aliás, ainda deve estar esfriando, espera mais um pouco.
olhou para a xícara disposta sobre a mesinha e então a campainha tocou fazendo ela assistir Jimin caminhar até ela. O coração de acelerou um pouco e então ela levou as mãos até a xícara, sentindo que realmente o chá ainda estava quente.
A voz conhecida de invadiu os ouvidos de e ela franziu o cenho. adentrou o apartamento e então direcionou o olhar e um sorriso sapeca na direção da amiga.
- Eu sabia que você ia preparar chá de camomila para tentar acalmá-la! – riu enquanto caminhava rumo ao sofá –
observou a pasta que carregava junto a bolsa e então ela encarou Jimin outra vez.
- Você está com essa pastinha aí para que? Conheço você muito bem para saber que você só anda com essa pastinha aí quando tem um contrato para alguém assinar!
gargalhou enquanto se sentava ao lado de no sofá e depositava um beijo na bochecha da amiga. Jimin se sentou no sofá de frente as duas e então se inclinou para pegar a xícara.
- Você quer uma xícara também? – ele perguntou olhando para –
- Obrigada querido! Tenho um compromisso com o Seokjin depois daqui!
Jimin ergueu as sobrancelhas de modo sugestivo e tratou de esclarecer, mesmo que ele já soubesse:
- Você sabe muito bem do que se trata! Um compromisso profissional… o mesmo que você! Inclusive, está aqui sua via do contrato, fiquei de te entregar, se lembra?
Jimin assentiu para ela e então levou a xícara aos lábios, provando do chá. raspou a garganta, fazendo os dois olharem para ela. acariciou os cabelos da amiga e estreitou os olhos, ela sabia que só era carinhosa daquele jeito quando queria alguma coisa…
- Desembucha ! O que vocês dois estão aprontando?
- Eu tenho uma campanha para ajudar a produzir no hotel mais caro e chique de Seul, sabe amiga? Uma campanha muito importante para a minha carreira! Serão quatro modelos, pois é uma campanha voltada para os casais, sabe?
fechou os olhos já imaginando a proposta da amiga.
- Eu não sei posar para fotos! você sabe que eu não levo jeito, porque diabos pensou em mim? – ela abriu os olhos e encarou Jimin – Isso tem dedo seu não tem?
Antes que Jimin pudesse abrir a boca , que continuava acariciando os cabelos da amiga, continuou:
- Quem disse que você não leva jeito? O Seokjin achava a mesma coisa, e olha só… ele já vai para a terceira campanha na B16! Você tem todo o jeito de uma modelo fotográfica e agora que ficou loira tem o perfil exato que a campanha quer! Você não vai ter coragem de me deixar na mão, não é?
- Existem muitas mulheres loiras na Coreia! E no cast da B16 também, eu aposto!
- Mas eu ganho por modelos novos! Jimin e Jin já são conhecidos da B16, você e a não!
- Ah, então além de me colocar nessa furada você pretende colocar a também?
- Não é furada! – revirou os olhos – Leia o contrato, estão pagando uma fortuna pela campanha, e sei que você gosta de dinheiro, afinal de contas a disse que você gosta por causa do seu signo!
Jimin gargalhou alto fazendo revirar os olhos.
abriu a pasta e entregou uma cópia do contrato para Jimin e outra para .
- Se você quiser pode analisar o contrato com calma e assinar depois! Quando foi que eu já te coloquei numa roubada?
- Você quer em ordem cronológica ou alfabética?
- Leia o contrato! Eu vou indo, porque preciso me encontrar com o Seokjin e você sabe, ele odeia atrasos! – se levantou – Amanhã nós conversamos sobre o contrato ! Anote suas dúvidas e etc! Também preciso passar na casa da para conversar com ela, o contrato do Hoseok já foi assinado!
- Porque você não tenta com a e o Jungkook?
- Porque eu já tenho outros planos para a o Jungkook e o Yugyeom! Uma campanha para roupas esportivas que é a cara dos dois! Mas isso é assunto para semana que vem…
- Coloque a com o Jimin! – se levantou – Eu não tenho ciúmes!
- Mas o Yugyeom tem ciúmes dela!
- Mas ele não está namorando aquela menina? – Jimin coçou a cabeça –
- Está, mas ele é apaixonado pela ! Só nunca falou sobre o assunto, com ela, nem conosco! Mas bom, é óbvio e só a não percebe.
- Então porque ele está namorando outra menina? Ela sabe?
- Sabe! Os dois são confidentes, não tem como ela não saber! Acredito que ele está tentando esquecer a já que agora ela está com o seu amigo boxeador e a Li Hua está ajudando, já que é apaixonada por ele! – deu de ombros –
- Meu Deus, que bagunça! – Jimin balançou a cabeça em negativa – Vai todo mundo sair machucado!
- Amanhã eu te ligo para almoçarmos juntas ! E eu não aceito não como resposta!
- Para o almoço ou para o contrato?
- Para os dois! – ela depositou mais uma beijo na bochecha de e então Jimin se levantou –
Ele acompanhou até a porta e os dois se despediram com beijinhos na bochecha.
- Isso tem dedo seu né? Aliás, a mão toda né?
voltou a se sentar no sofá preto de Jimin.
- Toma seu chá, vai ficar muito frio! – ele encarou a agora loira – Sim! Tem dedo meu nessa escolha, mas a concordou comigo em número, gênero e grau! Você vai ser uma modelo fotográfica incrível.
- Eu não sei de onde vocês tiraram essa ideia! – foi a vez de balançar a cabeça – Eu não sei como me posicionar em frente a uma câmera, nem que poses fazer, nem que tipo de expressão!
- Eu também não sabia quando me abordaram na rua! Eu também recusei… também achava loucura! E bom, olha onde eu cheguei !
A loira se inclinou para pegar a xícara de chá – que agora estava morna – e levou a mesma aos lábios saboreando o chá preparado por Jimin.
- Se você quiser eu posso repassar cláusula por cláusula desse contrato com você, e tirar todas as suas dúvidas! Eu vou ficar do seu lado durante a sessão, te ajudando, te ensinando… não vai precisar se preocupar! Eu realmente gostaria que você topasse fazer essa campanha comigo!
tomou mais um pouco do chá enquanto encarava os olhos brilhantes de Jimin, que brilhavam claro, em expectativa. Ela colocou a xícara de volta na mesinha e então encarou o contrato que também estava sobre a mesa. Depois ela olhou de volta para Jimin e então assentiu para ele, aceitando a ajuda para repassar as cláusulas do contrato.
Os dois se sentaram na grande mesa de jantar de Jimin, lado a lado para lerem o contrato e então aos poucos Jimin foi explicando cláusula por cláusula e tirando as dúvidas de que iam surgindo. Depois de todas as dúvidas referentes ao contrato tiradas, ela coçou a nuca ainda incerta de que decisão tomar.
- O que te preocupa é achar que não leva jeito, estou certo? – assentiu para ele – Eu vou estar ao seu lado, te ajudando! Não tem com o que se preocupar! Você pode confiar em mim !
Ela soltou um suspiro, sentindo-se nervosa.
- Será que posso mesmo, Jimin?
- Claro que pode! – ele se aproximou um pouco mais dela, ficando na pontinha da cadeira – Eu quero tanto provar para você que as coisas estão mudando!
respirou fundo quando os lábios dele se encostaram levemente nos seus.
Os lábios de Jimin encontraram os de em um gesto suave e reconfortante. Era um beijo delicado, carregado de promessas silenciosas e esperança. sentiu um formigamento percorrer seu corpo, uma mistura de nervosismo e ansiedade se dissipando lentamente. Ela se entregou ao momento, permitindo que a doçura do beijo de Jimin a envolvesse.
Após o beijo, Jimin e se separaram, mas permaneceram próximos, compartilhando um olhar carregado de ternura e promessas. respirou fundo, sentindo-se renovada e confiante.
Retornando ao contrato em sua frente, ela ponderou por um momento, mas logo decidiu que era hora de dar o próximo passo. Com determinação, pegou a caneta e assinou o documento, selando assim o compromisso e a parceria com Jimin e com a amiga.
Com um sorriso suave nos lábios, olhou para Jimin, expressando gratidão e expectativa pelo que o futuro reservava para eles.
Enquanto escolhiam um filme e decidiam o lanche, Jimin e compartilhavam risadas e trocavam olhares cúmplices. A atmosfera era leve e descontraída, repleta de uma energia que parecia fluir entre os dois.
Assim que o filme começou a se desenrolar na tela, eles se acomodam confortavelmente no sofá, mantendo uma proximidade natural. Conforme a história se desdobrava, os sentimentos entre eles pareciam se intensificar, até que seus lábios se encontraram novamente em um beijo suave, repleto de carinho e promessas silenciosas.
O beijo era uma expressão dos sentimentos que vinham crescendo entre eles, uma forma de selar o momento e fortalecer o vínculo que estavam construindo juntos. Enquanto o filme continuava a tocar ao fundo, Jimin e se entregavam ao momento, desfrutando da doce conexão que compartilhavam.
À medida que seus lábios se encontravam mais uma vez, a suavidade inicial cedia lugar a uma paixão crescente. O beijo começava a se intensificar, os movimentos se tornando mais urgentes e ardentes, refletindo o desejo que ardia entre eles.
Jimin envolvia em seus braços com ternura, enquanto ela correspondia ao beijo com igual fervor. Cada toque, cada roçar dos lábios era carregado de emoção, uma explosão de sentimentos que os envolvia por completo.
Eles se entregavam ao momento, deixando-se levar pela intensidade do desejo mútuo. O mundo ao seu redor desaparecia, e ali, naquele instante, só existiam eles dois, unidos pelo calor da paixão que os consumia.
Num impulso ágil, o corpo de Jimin estava sobre o de no sofá enquanto suas mãos adentravam vagarosamente por baixo da blusa branca que ela usava. À medida que o beijo se aprofundava, Jimin sentia a urgência do desejo crescer dentro dele. Ele deslizou suas mãos suavemente pela cintura de , sentindo a maciez da pele dela sob seus dedos. Com um toque delicado, ele explorou cada centímetro de seu corpo, deixando um rastro de arrepios em seu caminho.
correspondeu ao toque dele, entregando-se ao momento com uma paixão avassaladora. Ela afundou os dedos nos cabelos de Jimin, puxando-o para mais perto enquanto o calor do desejo os consumia. Quando ele deslizou as mãos por baixo de sua blusa, ela arqueou o corpo em resposta, ansiosa pelo contato mais íntimo.
Os corações deles batiam em perfeita harmonia, cada batida ecoando o desejo crescente que os envolvia. Os lábios se soltaram por alguns segundos e Jimin desceu os mesmos para o pescoço de , depositando beijos e mordidas na pele exposta para ele.
Em seguida os lábios dele subiram para a orelha da loira, mordiscando seu lóbulo antes de sussurrar:
- Te quero bem molhada, olhando na minha cara, pela sala pelada com um cigarro na boca, queimando a madrugada, falando e rindo à toa… Não tem pra ninguém!
As palavras provocantes de Jimin ecoaram nos ouvidos de , enviando uma onda de calor através de seu corpo. Ela sentiu um arrepio percorrer sua espinha enquanto seu coração batia mais rápido em resposta ao desejo que ele despertava nela. Seu corpo reagiu instantaneamente, ansioso para atender ao chamado sensual de Jimin.
Sem hesitar, ela entregou-se ao beijo apaixonado de Jimin, perdendo-se no calor de sua paixão ardente. Suas mãos exploraram o corpo dele com avidez, buscando sentir cada centímetro da pele que a atraía tanto. Cada toque, cada carícia, era uma promessa de prazer e êxtase, e ela não podia resistir à tentação que ele representava.
Os lábios deles se encontraram em um frenesi apaixonado, como se estivessem tentando consumir um ao outro com cada beijo. Não havia mais nada além do desejo que os envolvia, uma necessidade avassaladora que os impelia a se fundirem em um só. Naquele momento, eles eram apenas dois corpos ardentes, perdidos em um mar de luxúria e paixão.
Logo a blusa de estava sendo levantada pelas mãos ágeis dele. Os olhos de Jimin buscavam os dela em busca de qualquer sinal de hesitação, procurando garantir que ela estivesse confortável com o próximo passo. Seu desejo era intenso, mas ele também queria que ela se sentisse segura e desejada. Com um olhar intenso e cheio de desejo, ele esperava pelo consentimento silencioso de , ansiando por avançar ainda mais naquele momento de paixão avassaladora.
Com um leve aceno de cabeça, concedeu permissão silenciosa para que Jimin retirasse sua blusa. Seus olhares se encontraram em um instante carregado de desejo mútuo, e ela sentiu seu coração acelerar com a antecipação do que estava por vir. Com as mãos trêmulas de excitação e ansiedade, Jimin deslizou suavemente a blusa pelos ombros dela, revelando sua pele delicada à luz suave do ambiente, enquanto o calor do momento os envolvia cada vez mais.
Os lábios de Jimin encontraram os de mais uma vez, e o beijo ganhou uma intensidade arrebatadora, como se fosse o único meio de expressar o turbilhão de sentimentos que os consumia. Enquanto suas bocas se fundiam em um ritmo apaixonado, as mãos de Jimin exploravam suavemente o corpo de , traçando linhas invisíveis de desejo em sua pele. Cada toque, cada carícia, fazia com que os sentidos de se inflamassem, deixando-a perdida no momento e entregue à paixão avassaladora que os envolvia. O mundo ao seu redor desapareceu, e naquele instante, só existiam eles dois, entregues ao calor e à intensidade do desejo mútuo.
Com as mãos um pouco trêmulas, segurou a barra da camiseta cinza que Jimin usava, descolando os lábios do dele para encará-lo nos olhos. Era como se os dois enxergassem perfeitamente o desejo refletido em suas próprias orbes, e eles não precisavam de muitas palavras naquele momento. Jimin colocou suavemente as mãos sobre as dela, e a ajudou com o processo de se livrar da camiseta.
Os olhos dela passearam vagarosamente pelo abdômen esculpido, definido e agora nú de Jimin com um olhar cheio de desejo. O ar entre eles estava carregado de eletricidade, cada movimento carregado de antecipação e desejo, enquanto se entregavam ao momento e à paixão que os consumia. As unhas dela passearam pela pele de Jimin, deixando leves arranhões por lá, e logo as mãos de Jimin estavam nos quadris de , apertando os mesmos com vontade.
Com uma habilidade hábil, Jimin desfez o botão e o zíper da calça de , permitindo que ela se sentisse mais livre e exposta ao calor do momento. Enquanto isso, os arranhões de se tornavam mais intensos, deixando uma trilha de prazer na pele de Jimin. O desejo entre eles parecia palpável, enchendo o ambiente com uma energia intensa e eletrizante. Cada toque, cada respiração, era uma promessa de paixão e entrega, enquanto se entregavam ao calor do momento, sem reservas nem hesitações.
A calça de deslizou por seu corpo e logo em seguida foi jogada em um canto qualquer da sala. Jimin admirou o corpo seminu de , seus olhos percorrendo cada curva com admiração e desejo.
- Você é incrivelmente linda, … – ele murmurou, sua voz carregada de admiração e desejo – Cada parte de você é simplesmente perfeita.
Ele acariciou suavemente a pele dela, deixando os dedos traçarem padrões de calor e paixão enquanto ele continuava a elogiar.
- Seus olhos… são como estrelas no céu noturno. Sua pele… tão suave, tão sedosa. Seus lábios… são a tentação personificada. E esse sorriso… me deixa sem fôlego todas as vezes que eu o vejo.
Seus elogios eram sinceros, emanando do fundo de seu coração enquanto ele expressava sua admiração pelo corpo e pela alma de . Jimin continuou a elogiar o corpo de , suas palavras carregadas de sinceridade e desejo enquanto ele se aproximava dela mais uma vez.
- Você é simplesmente deslumbrante, . Cada curva, cada detalhe… é como se você fosse esculpida pela própria perfeição. – ele sussurrou enquanto passava as mãos sobre as pernas dela, sua voz suave e carregada de paixão –
Seus lábios encontraram os dela novamente, o beijo profundo e ardente, refletindo o fogo que queimava entre eles. As mãos de Jimin exploravam seu corpo com reverência, cada toque era uma promessa de desejo e entrega.
Eles estavam envoltos em um mundo só deles, onde nada mais importava além da paixão que os consumia naquele momento. O tempo parecia desacelerar enquanto eles se entregavam ao calor do momento, perdidos um no outro em um turbilhão de sensações e emoções.
As mãos de afundaram nos cabelos negros de Jimin sentido a sedosidade dos mesmos e as linguas dançavam juntas como se já fossem velhas conhecidas e então sentiu o corpo se arrepiar como nunca antes quando encostou a intimidade no membro já duro de Jimin. sentiu um calor intenso percorrer seu corpo quando sua intimidade roçou no membro rígido de Jimin, enviando ondas de prazer através dela. Cada centímetro de sua pele parecia estar vibrando com eletricidade, e seu coração batia tão forte que parecia prestes a escapar do peito.
Uma mistura de antecipação e desejo a consumia, fazendo-a querer se entregar completamente ao momento. Seus sentidos estavam aguçados, captando cada toque, cada respiração, como se estivesse experimentando cada sensação pela primeira vez.
Cada beijo, cada carícia, era como uma explosão de prazer, fazendo-a sentir viva e desperta de uma maneira que nunca tinha experimentado antes. Ainda com o corpo sobre o dela, Jimin levou uma das mãos lentamente à intimidade da cubana, passando os dedos bem superficialmente por lá.
gemeu baixinho contra os lábios de Jimin quando sentiu seus dedos deslizando superficialmente sobre sua intimidade, enviando arrepios pelo seu corpo. Ela arqueou os quadris instintivamente, buscando mais contato, mais daquela sensação deliciosa que o toque de Jimin despertava dentro dela.
- Te pego desejando, roçando e viajando… De olhos fechados, tá querendo me dar. – a risada rouca de desejo dele invadiu os ouvidos de – Nada, nada vai separar nós dois, mais ninguém.
Cada movimento, cada carícia, aumentava sua excitação, deixando-a ansiosa por mais. Ela ansiava por sentir os dedos de Jimin explorando-a mais profundamente, levando-a à beira do êxtase. Seu corpo pulsava com desejo, implorando por mais contato, mais prazer, mais dele.
Com um gemido sutil, ela pressionou os quadris contra os dedos dele, buscando saciar a fome que ardia dentro dela. Seu coração batia descompassado, enquanto ela se entregava ao desejo ardente que os consumia.
Jimin deslizou habilmente a calcinha de para baixo, revelando sua intimidade ansiosa. Com destreza, ele a retirou completamente e a jogou ao lado, antes de retornar sua atenção para ela.
Seus lábios encontraram o pescoço de , depositando beijos suaves e mordidas leves ao longo da pele sensível. Enquanto isso, seu dedo pressionava com mais intensidade contra a intimidade dela, explorando-a com cuidado e provocando sensações deliciosas.
suspirou de prazer, inclinando a cabeça para dar mais acesso a Jimin enquanto se entregava ao êxtase crescente. Cada toque, cada beijo, enviava ondas de prazer através dela. Ela se perdeu no momento, completamente envolvida pela paixão e desejo que queimavam entre eles.
Com os lábios roçando nos dela, Jimin sussurrou palavras de encorajamento, misturadas com promessas provocantes e ardentes. Sua voz, suave e carregada de desejo, ecoava em seus ouvidos, incendiando ainda mais a chama que ardia entre eles.
Ele expressou seu desejo por ela de maneira ousada e apaixonada, deixando claro o quanto a queria e o quanto a achava irresistível. Suas palavras eram como uma carícia em chamas, envolvendo em um turbilhão de sensações ardentes.
Cada frase, cada sussurro, alimentava o fogo que queimava dentro dela, levando-a ao limite do êxtase. Ela se entregou às palavras de Jimin, permitindo-se ser consumida pelo calor e pela paixão que Jimin despertava em seu ser.
Jimin habilmente desfez-se do sutiã de , revelando seus seios com um olhar de admiração e desejo. Lentamente, ele abaixou os lábios até eles, depositando beijos suaves e delicados na pele macia e sensível.
Seus lábios traçaram um caminho de prazer enquanto ele explorava cada centímetro dos seios dela, alternando entre beijos suaves e leves mordidas. As mãos de Jimin acariciavam suas curvas com ternura, intensificando ainda mais as sensações que a consumiam.
Para , cada toque, cada carícia, era uma explosão de prazer, levando-a a um estado de êxtase que ela nunca havia experimentado antes. Ela se entregou ao momento, perdendo-se nas sensações avassaladoras que Jimin despertava dentro dela.
Jimin sussurrou palavras doces e sedutoras no ouvido de , elogiando sua beleza e provocando um arrepio delicioso em sua pele. Sem conseguir resistir à tentação, os lábios deles se encontraram novamente em um beijo apaixonado, cheio de desejo e intensidade.
Com habilidade e firmeza, Jimin ergueu o corpo de e a trouxe para o seu colo, fazendo com que ela se sentisse confortavelmente acomodada entre seus braços. O calor de seus corpos se fundiu em um abraço apertado, enquanto o beijo continuava a se aprofundar, levando-os a um estado de pura conexão e paixão.
Jimin levou uma das mãos de até seu membro pulsando de desejo ainda coberto pelos tecidos da calça e cueca.
- Viu só o estado que você me deixa? – ele sussurrou com voz rouca, enquanto uma de duas mãos exploravam o corpo dela com desejo –
- Hmm, parece que não sou só eu… – ela murmurou, sentindo a pulsação acelerada de seu próprio coração enquanto sua mão respondia ao toque firme de Jimin –
As mãos de trataram logo de desabotoar o botão da calça jeans que ele usava, abrindo zíper logo em seguida. Os olhos dela subiram, encarando os de Jimin e então a cubana adentrou a mão entre o tecido da cueca azul que ele usava.
Jimin apertou os olhos quando sentiu o quente da mão dela lhe abraçar o membro rígido.
- Você gosta disso, não é? – ela sussurrou, sua voz carregada de desejo, enquanto uma das mãos deslizava pela pele quente de Jimin, explorando cada centímetro com delicadeza –
- Ah… – ele gemeu baixinho, os olhos cerrados enquanto sentia a excitação aumentar com o toque dela –
Os dedos de acariciavam a pele sensível de Jimin, explorando cada curva e cada textura enquanto ele se arrepiava com o contato íntimo. A respiração de ambos se tornava mais pesada, os corpos ansiosos pelo contato mais próximo, pela conexão intensa que os consumia.
Jimin segurou a respiração por um momento, deixando-se levar pelo toque habilidoso de , enquanto as sensações o envolviam completamente. Cada carícia, cada pressão dos dedos dela aumentava o fogo que ardia dentro dele, fazendo-o desejar mais e mais.
, por sua vez, sentia-se embriagada pelo calor do momento, pelo desejo que ardia em seu peito. Seus dedos exploravam o corpo de Jimin com curiosidade e desejo, ansiosa para descobrir cada reação, cada gemido que ele lhe oferecia.
Os dois se entregavam ao momento, perdidos nas sensações que os consumiam, enquanto o mundo ao seu redor desaparecia, deixando apenas eles dois, unidos pelo desejo ardente que os unia.
Envolvidos em um beijo ardente e cheios de desejo, Jimin e caminhavam juntos em direção ao quarto, entregues ao calor do momento. Suas mãos exploravam os corpos um do outro com urgência e paixão, cada toque, cada carícia intensificando o fogo que ardia entre eles.
O beijo entre eles era apaixonado e voraz, os lábios se movendo em perfeita sincronia enquanto se entregavam ao desejo que os consumia. Cada toque da língua de Jimin contra a de era uma explosão de prazer, fazendo seus corações baterem em perfeita harmonia.
Enquanto se beijavam, Jimin e deslizaram pela porta do quarto, deixando o mundo exterior para trás e se entregando completamente à paixão que os envolvia. Seus corpos ansiavam pelo contato mais íntimo, pelo calor um do outro, e eles sabiam que não poderiam mais resistir ao desejo que os consumia.
Com cada passo em direção à cama, o desejo entre eles só crescia, tornando-se cada vez mais intenso e incontrolável. Eles estavam prestes a se entregar completamente um ao outro, entregando-se ao amor e à paixão que os unia.
Jimin alcançou um preservativo, seu desejo evidente em seus olhos enquanto ele o vestia com habilidade e rapidez. Seu olhar encontrou o de , que observava a cena com desejo ardente, ansiosa pelo próximo momento de intimidade entre eles.
Com um sorriso sedutor, Jimin se aproximou dela, seu tom carregado de desejo quando ele falou:
- Não vou conseguir esperar muito mais para estar dentro de você, .
Sua voz era rouca e cheia de desejo, ecoando o anseio que ambos compartilhavam. Com um movimento suave, ele se deitou sobre ela novamente, seus lábios se encontrando em um beijo apaixonado e ardente.
O calor do momento os consumia, suas mãos explorando os corpos um do outro com urgência e paixão. Cada toque, cada carícia só aumentava o fogo que ardia entre eles, levando-os à beira da paixão incontrolável.
Jimin desgrudou os lábios de apenas o suficiente para encará-la nos olhos, capturando sua expressão de desejo e prazer. Seus olhos se encontraram, transmitindo todo o amor e a paixão que sentiam um pelo outro. Em um movimento fluido e decidido, ele afundou dentro dela, selando o momento com um gemido abafado de prazer enquanto os corpos se uniam em uma só paixão. O calor do momento os envolvia, levando-os a um êxtase compartilhado, onde nada mais importava além da paixão e da entrega mútua.
Envolvidos pela paixão avassaladora, Jimin e entregaram-se ao momento com total entrega e intensidade. Seus corpos moviam-se em perfeita sintonia, cada toque, cada movimento, intensificando ainda mais o desejo que os consumia. Os gemidos de prazer ecoavam pelo quarto, enquanto o êxtase se aproximava cada vez mais.
sentia-se inundada por uma onda avassaladora de prazer, seu corpo respondendo aos toques habilidosos e apaixonados de Jimin. Cada sensação, cada carícia, parecia elevar a intensidade do momento, levando-os a um estado de puro êxtase.
Jimin, por sua vez, estava completamente entregue ao desejo, seu corpo ardia de paixão enquanto se movia em ritmo frenético com o dela. Cada movimento era uma expressão do amor e da luxúria que sentia por , levando-os a um ponto onde os limites entre o céu e a terra pareciam se fundir.
E então, em um momento de pura conexão, os dois alcançaram o ápice do prazer, entregando-se um ao outro em um momento de total entrega e êxtase. O mundo ao seu redor desapareceu, deixando apenas os dois, unidos em amor e paixão, em um momento que ficaria eternamente gravado em suas memórias.
***
Quando chegou no restaurante, foi recebida pela recepcionista com um sorriso e então ela avisou:
- Eu não vim para jantar! Já avisei ao chef Seokjin que estou aqui esperando por ele, é breve!
A recepcionista sorriu para outra vez.
- A senhorita e ele fazem um belo casal! A campanha que fizeram juntos ficou incrível! Só não conte a ele que eu disse isso, se não ele me manda embora e preciso do emprego!
viu a moça ruborizar e então ela piscou algumas vezes.
- Nós não somos um casal! – balançou a cabeça – Fomos um casal só na campanha, mas obrigada pelo elogio!
assentiu para ela.
- Sei como é, pode deixar que não falo para ele! – as duas gargalharam –
Logo Seokjin apareceu na porta do restaurante vestindo a típica roupa branca de chef e sorriu para ele sem mostrar os dentes.
- Entra! Vamos até o escritório…
- Escritório? – ela franziu o cenho –
- Sim! Agora nós temos um escritório!
- Ah que chique vocês estão ficando! – sorriu mais abertamente – Olha, eu ainda preciso me encontrar com a , então estou com um pouquinho de pressa, e você sempre demora para ler os contratos, que tal você me ligar depois que tiver assinado? – ela fez uma careta –
Jin mudou o semblante e então pegou o contrato das mãos de , um tanto quanto desanimado por ela ter recusado seu convite, afinal de contas ele queria que ela desse uma olhada no escritório já que ele estava empolgado com o novo cômodo.
- Me liga quando assinar hein? – ela piscou para ele antes de lhe dar as costas –
Ele observou ela atravessar a rua e ir em direção à estação de metrô. Engoliu seco, com o contrato em mãos e então voltou para dentro do restaurante, resignado.
***
A mãe de abriu a porta para e as duas se abraçaram com carinho.
- Então você quer transformar a minha em modelo? – as duas riram –
- Sua filha seria uma modelo de passarela incrível, e eu sempre disse isso á ela! Mas espero que ela tope pelo menos posar ao lado do namorado!
picou para Edith, que a abraçou de lado enquanto as duas caminhavam para dentro da casa.
- Ah, eu acho que por causa do namorado ela topa! Ela está empolgada com esse namorico!
- Ah está? – engoliu seco – Que bom, não é?
Edith assentiu com a cabeça e então o padrasto de chamou por elas na cozinha. As duas caminharam até lá. O ajhussi depositou um beijo na testa de , que sorriu para ela e então antes que ela pudesse perguntar de , a mesma desceu as escadas e apareceu na cozinha, cumprimentando a amiga com um abraço rápido.
Logo as duas caminharam juntas de volta para a sala e se sentaram no sofá, o cheiro da comida sendo preparada por Changmin foi elogiado por , enquanto sorria.
- Aqui está o contrato amiga! Eu imprimi uma cópia para a sua mãe também! – a mãe de apareceu na sala e pegou a cópia das mãos de – Já que ela é advogada, ela vai conseguir te auxiliar!
As três sorriram e logo, e a mãe começaram a ler o contrato, mas foram interrompidas pela campainha da casa.
- Deve ser o Hoseok! – se levantou do sofá e jogou o contrato sobre o mesmo – Já venho!
observou a amiga ir apressadamente até a garagem e fez uma nota mental de conversar com a bailarina quando as duas estivessem a sós.
A mãe de continuou a ler o contrato, com os cotovelos escorados no sofá. Logo e Hoseok estavam de volta á sala, com as mãos entrelaçadas e o pequeno Jihoon abraçado ás pernas de . Os olhos de bateram lá e ela subiu os olhos, encontrando os de Hoseok, que se abaixou para depositar um rápido beijo na bochecha dela.
- Como está? – ele perguntou sorrindo –
- Bem, e você? – ela sorriu ao ouvi-lo responder que estava bem também –
sorriu para a criança que sorriu de volta, se agarrando ainda mais a perna de .
- Changmin corre aqui! Vem ver quem chegou! – os olhos de Edith brilhavam enquanto ela se aproximava de Jihoon –
O padrasto de chegou até a sala e então encontrou a esposa abaixada na altura do pequeno garotinho que agora segurava as mãos de Edith.
- Não me diga que esse é o grande Jihoon? – Jihoon subiu o olhar até o mais velho –
As bochechas do pequeno enrubesceram um pouco e então ele assentiu para Changmin.
Jihoon sentiu as bochechas esquentarem e logo estava sendo carregado para a cozinha por Changmin, deixando Hoseok com os olhos brilhando.
- Ah, appa! Você nem perguntou ao Hoseok se poderia… – ela saiu em direção à cozinha mas foi impedida por Hoseok,que a segurou pela mãos –
- Deixa! Sei que seu padrasto vai cuidar muito bem dele! Deixa!
assentiu para ele e então se sentou no sofá outra vez, pegando o contrato de volta e voltando os olhos para lá. Hoseok cumprimentou a mãe de com dois beijos na bochecha e então se sentou ao lado de .
- E então? O que vocês acharam do contrato?
ergueu os olhos para a mãe e depois olhou :
- Eu vou ter que fotografar sozinha também?
- Não muitas fotos! – deu de ombros – Eu pensei em você porque eles querem cavalos! Daí não sei se já chegaram nessa parte… mas, Edith, querem contratar o haras também! Independente se a aceitar ou não, eles querem as fotos lá, porque mostrei nas redes sociais fotos de lá! Estou com um contrato à parte para você, do haras!
Edith sorriu satisfeita e então jogou a cópia do contrato no colo da filha e ergueu as mãos na direção de .
- Passa esse contrato pra cá! querida, assine o seu contrato! Tenho certeza que vai ser uma oportunidade incrível e acredito que uma das maiores agências do país não nos passaria a perna!
- Mãe! – protestou – E se eu não me sentir à vontade?
- Com o que exatamente? – foi a vez de Hoseok perguntar – Com o fato de posar?
- É! – ela direcionou o olhar para o moreno – Eu nunca fiz esse tipo de coisa, só para a formatura do balé!
- E as fotos ficaram lindíssimas! – completou enquanto entregava o contrato do haras para Edith – Eu tenho certeza que você vai se familiarizar rapidinho!
- E eu vou ajudar você! – Hoseok sorriu para ela sem mostrar os dentes – Não tem motivos para recusar! Você não queria expandir o estúdio? Com a grana da campanha vai dar e sobrar…
- E suas alunas vão te amar ainda mais!
mordeu o lábio inferior enquanto pensava nas alunas e Hoseok colocou uma das mãos sobre a dela, numa oferta silenciosa de apoio. A mãe falou que ia até o escritório buscar as canetas e então quando ela saiu, se jeito no sofá ficando na ponta do mesmo e encarando Hoseok e , séria:
- Vocês dois não acham que estão indo longe demais com essa história toda?
- Acho que chegamos num ponto em que não dá para voltar atrás mais ! – Hoseok respondeu –
- E porque não? – ela bateu com a pasta na perna dele – Como vai ser para o ahjussi e para a Edith quando toda essa farsa acabar e eles ficarem sem menino? E para o Jihoon? Não estão pensando nisso?
- Eu tenho medo do Doyoon!
- E a GaHee ainda tem certeza que me tem nas mãos!
- O Doyoon precisa de um susto! Tenho certeza que se ele levar um tranco do Gyeom ele nunca mais te inferniza a vida! E quanto à sua ex… – ela olhou para Hoseok – Não é exatamente essa a intenção? Ela achar que você ainda é apaixonado e voltar?
- Não! A GaHee precisa ter o ego ferido! Ela precisa achar que finalmente estou em outra para poder voltar atrás…
- E é uma pessoa assim que você quer ao seu lado?
A pergunta de bateu com força em Hoseok, como se fosse um tapa na cara. Ele não teve tempo de responder ou processar o que falaria, Edith voltou com as canetas.
- Vamos assinar ! – ela chamou, caminhando rumo a mesa do jantar –
- Edith, eu deixo as cópias da família do Doyoon com você? Eles também precisam assinar…
- Deixa comigo querida! Vou levar para eles assinarem!
- E se eles não quiserem?
se aproximou da mãe na mesa, e as duas se olharam. Aquela possibilidade não existia, os dois eram malucos por dinheiro, então não tinha porque negarem que o haras fosse usado para as sessões de foto.
- Eles vão assinar meu bem! Confia na mamãe. – ela piscou para filha –
As duas assinaram os contratos e então o devolveram para .
- O meu genro já assinou? – Edith perguntou, sorrindo para Hoseok –
- Já! – ele respondeu sorrindo de volta – Assinei na B16 mesmo, não foi, ? Como foi com a ?
- Ah! Eu ia perguntar isso também, ela negou, não foi?
suspirou, um pouco resignada.
- Ela não negou, mas não assinou na hora assim que nem vocês! Mas tenho certeza que o Jimin vai convencê-la e eu também tenho certeza que ela vai pensar na minha comissão!
piscou e os outros três riram.
- E o Jin? – Hoseok passou involuntariamente um dos braços em volta dos ombros de quando ela se sentou outra vez no sofá –
observou, antes de responder:
- Deixei o contrato com ele antes de vir para cá, e pego quando ele assinar!
- Mas ele já topou?
- Já! – sorriu orgulhosa –
- No que você transformou o meu amigo ? – Hoseok gargalhou – Ele está amando as campanhas!
- Ah, eu tenho o dom né? – ela piscou para ele – Assim que botei meus olhos nele, eu soube que ele seria um modelo incrível! Só falta ele largar o restaurante e virar modelo do casting fixo, que nem você e o Jimin!
- Acho que isso é quase impossível! – Hoseok balançou a cabeça – Ele vive pela cozinha… é o que ele mais ama fazer no mundo!
deu de ombros. Ela não desistiria dele tão fácil…
Logo Jihoon apareceu na sala vestido com um avental, todo sorridente:
- O jantar está pronto pessoal, vamos comer! – ele bateu na própria barriga e fez todos rirem –
olhou para a mãe para e engoliu seco. Aquele avental, era do neto falecido de Changmin… ele ainda guardava aquele avental na esperança de ter um novo neto para que a criança pudesse usá-la. Ele até havia perdido as esperanças depois que terminou com Doyoon, já que a filha do outro casamento havia falecido junto com o filho. Aquilo fez o coração de doer. Precisava falar com Hoseok depois.
Eles se ajeitaram na mesa e então logo todos estavam se servindo, com Jihoon sentado entremeio Edith e Changmin. Todos na mesa observavam as interações de Changmin e Jihoon e Hoseok sempre ficava muito feliz quando tratavam seu pequeno bem! Edith também tinha os olhos marejados de emoção ao ver o marido se divertindo tanto com Jihoon. Já e , que sabiam da verdade, sentiam os corações apertarem. Aquilo poderia destruir Changmin outra vez.
Já depois do jantar, aceitou a carona de Hoseok. Jihoon implorou ao pai que eles ficassem mais, assim como o “sogro“, mas ele argumentou dizendo que já era tarde e Jihoon ainda tinha uma tarefa de casa para acabar antes de dormir.
Então os três se despediram de e seus pais e falou que entraria em contato com ela para explicar mais sobre a campanha e etc.
Changmin se despediu de Jihoon com um abraço apertado.
- Traga ele mais vezes Hoseok-ah! Eu vou adorar cuidar dele para vocês dois se divertirem! E tenho certeza que nós dois também vamos nos divertir muito, não é grande Jihoon?
observou a cena sentindo o peito apertar outra vez.
- Claro! Fiquei muito feliz que vocês se deram bem! Obrigada pela noite de hoje, foi muito agradável, não é Jihoon?
O pequeno respondeu com um grande grito de “sim” e abraçou Changmin outra vez. começou a se despedir dos pais de e depois abraçou a amiga, quando se soltaram a repreendeu com o olhar.
Hoseok fez a mesma coisa e se despediu de com um selar de lábios mais rápido. sentiu Jihoon lhe abraçar as pernas, e então ela se agachou, acariciando o rosto do mais novo.
- Fiquei muito feliz que você veio!
- E eu gostei muito de vir! Seus pais são irados que nem você tia ! – ele gargalhou antes de dar um abraço apertado na loira –
observou mais uma vez pensando em como a cabeça da criança e de Changmin ficaria quando tudo acabasse e então, disfarçadamente ela balançou a cabeça. Depois, os três caminharam até o carro de Hoseok e ela aguardou que ele aceitasse o menino na cadeirinha e então entrou no carro, depois de Hoseok.
Silêncio enquanto ela colocava no multimídia do carro seu endereço.
- Você e a precisam pensar muito bem no que estão fazendo!
Hoseok olhou para ela com o semblante sério e entendeu.
- Porque titia? – Jihoon questionou –
- Nada não querido! Seu pai está enrolando a titia , né? Ele precisa apresentar ela também para os seus avós! Não acha?
Ela se arrependeu logo em seguida fechando os olhos quando ouviu o pequeno rir.
- Os pais do papai não moram aqui em Seul! E os pais da mamãe eu não conheço… – ela viu o tom de voz dele ficar levemente tristonho –
- Ah! Eu sinto muito! – ela voltou a olhar para Hoseok e balançar a cabeça –
- Eu posso chamar os pais da tia de vovôs? – ele perguntou esperançoso –
continuou encarando Hoseok, séria. Esperando que ele dissesse que não e etc.
- Se os dois concordarem! – ele deu de ombros –
, incrédula, abriu a boca num completo “O” e então cruzou os braços abaixo do peito, decidida a não falar mais nada com Hoseok.
- Eba! – o pequeno comemorou –
O restante do caminho foi feito em silêncio, com Jihoon fazendo apenas algumas perguntas sobre a profissão de , ao que ela calmamente respondia. Quando eles chegaram no endereço de , Jihoon começou a pegar no sono.
- Obrigada pela carona Jung!
Antes que ela descesse ele a segurou pelo pulso.
- Eu entendo a sua preocupação com o Jihoon! Mas mesmo quando tudo acabar, ele não precisa se afastar da família da , nem dela!
- A questão não é bem essa! O Changmin-ssi tem um trauma envolvendo a morte de um neto, e bom… – suspirou – Pergunte a , eu não sou nenhuma fofoqueira! Só não machuque o senhor Changmin, nem o seu filho e muito menos a minha amiga! Boa noite!
Ela se livrou de Hoseok e desceu do carro, batendo a porta levemente. A cabeça de Hoseok latejou quando ele olhou para o filho dormindo pelo retrovisor.
***
No dia seguinte…
As sete se encontraram na cafeteria de sempre com sendo a última a chegar.
- Ué, eu vim para uma reunião de condomínio? – ela perguntou depositando a bolsa sobre a mesa, fazendo olhar para ela – Hola, cariño!
cheirou os cabelos de reconhecendo o cheiro e voltou a focar em seu livro.
- E então? – perguntou levando a xícara de café aos lábios –
- Eu estou bem e você? E vocês meninas?
revirou os olhos e depois riu.
- Assinou o contrato? – insistiu enquanto olhava o cardápio e cutucava –
Silêncio enquanto encarava as amigas.
- Ah pelo amor de Deus ! Uma oportunidade dessas! – tirou o celular do bolso e viu uma mensagem de Subin –
Ela bloqueou o mesmo e voltou a olhar para .
- Eu fiquei sabendo que você até pediu para a tirar uma carta para você!
balançou a cabeça positivamente enquanto chamava um garçom. e conversavam sobre o que pedir, já que queria experimentar algo novo e pediu ajuda para .
- Sim! Eu pedi! E bom… depois da consulta eu resolvi assinar o contrato! – as amigas vibraram e ela remexeu a grande bolsa procurando pelo papel –
- Eu sabia que você não ia me deixar na mão! Mas agora… me responde uma coisa?
fez cara de sapeca e voltou a tomar seu café.
- O que ? – ela ergueu o rosto para encarar a coreana –
- O que pesou mais? Não me deixar na mão, as cartas da ou o Jimin?
As amigas fizeram alguns barulhos com a boca, entrando na onda de . sentiu as bochechas enrubrescerem com o questionamento e com as amigas entrando na onda e então ela se lembrou da noite que dividiu com Jimin.
- Ela dormiu lá, viu? – entregou a amiga – Então acho que rolou alguma coisa… e ela não ia nos contar!
- Claro que ia! – ela ficou ainda mais vermelha –
- Ah, então rolou mesmo? – indagou – E como foi?
engoliu seco e então tomou o cardápio das mãos de , vislumbrando mesmo.
- Foi incrível! – ela falou baixinho –
- E você conseguiu chegar lá finalmente amiga?
perguntou se aproximando mais dela e abaixando o tom de voz, já que a amiga havia relatado a elas há algum tempo que nunca havia conseguido e que até havia desistido.
ficou em silêncio sentindo as bochechas esquentarem ainda mais.
- , não me diga que Park Jimin, um dos homens mais cobiçados da Coreia do Sul não te fez chegar lá?
- Amiga… não é possível! – completou –
voltou a se lembrar da noite que havia compartilhado com o coreano e então umedeceu os lábios.
- ! – chamou e a loira encarou – Vai contar para elas ou não?
- Ah, então a já sabe e nós não? – ofendida, elevou o tom da voz algumas dezenas –
- Ela sabe porque pedi uma orientação para ela sobre isso no tarot… isso digo, sobre eu e o Jimin! E eu contei porque depois que ele dormiu a minha ficha caiu que ele poderia muito bem querer só isso e me dar um pé na bunda logo depois da campanha ou até antes! E aí fui para a sala e liguei para a .
- Calma! Muitas informações de uma vez. – pediu enquanto colocava as mãos sobre a cabeça – Vocês transaram então?
- Sim! – ela assentiu olhando para e depois encarou as amigas –
- E chegou lá? – repetiu a pergunta –
- Sim! – ela voltou a ficar vermelha – Foi diferente de todas as outras vezes! Do começo ao fim…
- Ah! – recostou as costas na cadeira, aliviada – Finalmente! Você merecia essa experiência amiga!
- E o que as cartas falaram? – questionou –
- Explica ? – pediu com um biquinho –
- As cartas disseram que ele tem boas intenções, que os sentimentos dele são verdadeiros, e que ela tem que deixar as coisas acontecerem… – pausou – Mas que pode haver um empecilho!
- O que? – ficou curiosa –
- Aposto que a própria ! – finalmente um garçom se aproximou delas –
- Nossa ! Obrigada! – estendeu a mão tocando o braço da amiga e o acariciando enquanto ria –
O restante das amigas fez seus pedidos e então o garçom saiu. continuou:
- Não ficou claro, mas acho que outra mulher!
- Outra mulher? Uma nova mulher ou uma ex?
- Acredito que uma ex! – e se encararam – Ou um ex! No caso da …
As amigas ficaram incrédulas e então Yugyeom chegou depositando beijos na cabeça das amigas. não perdeu a oportunidade:
- E a namorada? Ficou? – ela estalou a língua –
O clima na mesa ficou tenso e que estava perto da amiga, beliscou sua perna levemente.
- Quando você vai incluí-la nos rolês? A Li Hua é legal, todas nós gostamos dela! E tenho certeza que a vai esquecer esse ciúmes bobos logo logo!
- Não se esqueça de pedir a ela para usar algo que eu possa sempre reconhecê-la Gyeom!
revirou os olhos e então se levantou:
- Vou ao banheiro, já volto!
Yugyeom acompanhou ela com os olhos, começando a ficar com o semblante triste.
- Já já isso passa Gyeom! Tenho certeza! – colocou uma mão sobre a perna do amigo que estava ao seu lado –
- Pelo visto vou ter que esperar isso passar para incluí-la nos nossos programas!
- A não esperou você se acostumar com o Jungkook, então você não precisa excluir a sua namorada dos rolês por causa dela! A precisa amadurecer, e esse processo vai ter que ser na marra!
Yugyeom encarou com os olhos arregalados e então continuou:
- Você sabe que a tem razão! Nós todas sabemos disso, e isso não diminui nosso amor por ela, não vai diminuir o seu também!
Yugyeom mordeu o lábio, e começou a pensar no que as amigas falaram. Alguns segundos depois, Seokjin se aproximou do grupo na cafeteria, um tanto quanto afobado.
retirou a bolsa da cadeira a seu lado e então Seokjin fez algumas reverências.
- Me desculpem o atraso! Eu tive um imprevisto, perdão por fazerem vocês esperarem! Eu não gosto nenhum pouco dessa situação!
- Calma! – pediu – Nós estávamos papeando! O Yugyeom também chegou só agora! Não é grandão?
Yugyeom assentiu antes de pegar o cardápio. Seokjin, ainda vermelho, se sentou ao lado de e então entregou o contrato para ela.
- Ai! O meu contrato! Deixa eu voltar a procurar, você me atrapalhou! – ela franziu o cenho para –
- Temos que esperar o Jeon chegar para você falar? – Yugyeom questionou –
- Yep! – assentiu –
voltou do banheiro e cumprimentou Seokjin com um aceno e um sorriso, que sorriu de volta. Logo observou o contrato assinado por Seokjin e aí encontrou o seu e entregou para a amiga, que também observou a assinatura da amiga.
- E no nosso caso, temos que esperar o Jimin e o Hoseok, né?
- Também! Você não veio com o Hoseok porque?
- Porque ele está dando aulas, e para ele me pegar lá em casa ia ficar muito contra a mão!
- Às vezes parece tão real esse namoro de vocês! – Seokjin comentou sem tirar os olhos do cardápio –
ficou vermelha e um pouco incomodada, mas só coçou a nuca.
- Ou seja, vocês estão fingindo bem! – Yugyeom acariciou a bochecha dela rapidamente e voltou as costas para o encosto de sua cadeira – Posso chamar o garçom hyung?
Seokjin olhou Yugyeom e assentiu para ele, que assim o fez.
Jungkook se aproximava da mesa enquanto Seokjin e Yugyeom faziam seus pedidos e então ele depositou um beijo na testa de . Os dois não haviam se visto desde o estranhamento por causa da irmã dele, e estavam um tanto quanto estranhos um com o outro. Ele cumprimentou o restante dos presentes antes de se sentar.
Seokjin passou o cardápio para ele, que aceitou de bom grado e então olhou para ele, observando as feições dele que tanto a atraíam… o silêncio se fez presente por alguns segundos e Jungkook mesmo percebeu isso.
- Vocês se calaram desde que eu cheguei! – ele deu um sorriso de canto – Podem continuar os assuntos!
- Na verdade eu precisava que você chegasse antes! – tomou o último gole de seu café e o garçom chegou com alguns pedidos –
- Ah sim! Qual sua proposta? É uma campanha?
- Esperto você! – piscou para ele – Uma campanha para você e o Yugyeom!
- O que? – Yugyeom jogou as costas para frente na cadeira enquanto piscava os olhos algumas vezes –
A reação de Yugyeom fez todos olharem para , que olhou para o amigo.
- Quanto eles vão me pagar? – Jungkook colocou o cardápio sobre a mesa e ajeitou a camiseta que estava levemente amarrotada –
- Estou com os contratos aqui. Vou dar á vocês para lerem!
- Nós vamos ter que posar juntos? Tipo, dividir o set de fotos?
Jungkook olhou divertido para Yugyeom, que ainda parecia muito chocado com a proposta.
- Sua namorada não precisa ter ciúmes, tenho certeza que nós só precisaremos ficar um ao lado do outro. Não é ?
A coreana balançou a cabeça para Yugyeom.
- É uma marca de produtos e roupas de esporte, mas a campanha será mais voltada para aqueles calções que os lutadores de boxe usam, sabe? Como vocês dois sabem lutar, os contratantes querem vídeos também dos modelos lutando. Preciso que sejam vocês dois!
- Vamos precisar ficar sem camisa? – Yugyeom arregalou mais os olhos – Na frente de um monte de gente? Inclusive de você ?
- O que que tem? – gargalhou, fazendo as amigas também rirem –
- Não se garante Yugyeom? – Jungkook ergueu uma sobrancelha, debochado –
Yugyeom vinha ignorando as piadinhas sem graça de Jungkook até então. Ele lançou um olhar na direção do rival, que gargalhou.
- Não é nada disso! Eu só não sou nenhum modelo! – ele balançou a cabeça – E não sou tão confiante quanto você Jeon!
- Não sei porque! Você é lindo, tem porte, é alto, esbelto, forte! Vai se sair super bem Gyeom! Deveria topar, vai ser uma experiência incrível, tenho certeza!
Jungkook desviou os olhos de Yugyeom para enquanto observava ela elogiar o amigo e então ele umedeceu os lábios, e voltou a encarar Yugyeom, que pareceu corar com as palavras de . Ele mordeu a parte interna da bochecha e logo em seguida se mexeu na cadeira, incomodado.
- Leiam os contratos com calma! Espero a resposta em dois dias! – ela entregou uma via para Jungkook e outra para Yugyeom –
O maknae delas também umedeceu os lábios enquanto começava a ler o tal contrato, e Jungkook ergueu a mão na direção dela.
- Eu aceito! É dinheiro para caramba para um leigo como eu! Não tenho porque recusar. Você tem caneta não é?
- Tenho Jungkook! – ela começou a procurar por uma grande bolsa – Mas você tem certeza que não quer terminar de ler?
- Porque? Tem alguma pegadinha aqui? – ele gargalhou – Não deveria confiar nela Seokjin hyung?
Todos, inclusive Jin, gargalharam.
- Pode confiar, ela é uma excelente profissional! Se quiser depois repasso o contrato com você! Mas pode assinar de olhos fechados. Você também, Yugyeom! – Seokjin olhou para o investigador – Eu também achava que não daria conta! E bom, estou indo para a terceira campanha…
Seokjin sentiu as bochechas corarem. E então Hoseok foi o próximo a chegar, ele sorriu, cumprimentando todos os presentes e logo se sentou à mesa.
- Agora só falta o Jimin! A Jinsong eu vou falar com ela na empresa amanhã! – ela se virou para Seokjin – Modelo que vai ser seu par nessa campanha!
Seokjin assentiu, sentindo-se estranhamente nervoso de ter que fotografar com uma desconhecida.
Logo Yugyeom estava tirando algumas dúvidas com sobre o contrato e sobre a campanha, enquanto os pedidos iam chegando à mesa. Jimin não demorou muito para aparecer.
e ele se olharam e então Jimin sorriu para ela, sem mostrar os dentes. Os olhos dele brilhavam e Jungkook foi o primeiro a perceber isso quando viu o amigo. Os dois selaram os lábios demoradamente e sentiu as bochechas corarem.
alheia a toda a movimentação, comia sua refeição sem prestar muita atenção ao redor. Rostos demais poderiam desencadear uma crise de ansiedade, e ela não queria.
Então, depois de Jimin, Jungkook e Hoseok pedirem suas refeições, passou a explicar maiores detalhes da campanha para os quatro amigos e Seokjin. Ela explicava tudo minuciosamente para que não houvesse dúvidas, especialmente para e que eram inexperientes.
Depois eles começaram a conversar assuntos aleatórios enquanto alguns terminavam suas refeições, outros estavam no meio delas e alguns ainda aguardavam seus pedidos.
observava Jungkook hora ou outra enquanto ele conversava com Jimin e . O nó na garganta dela voltava a se formar, e ficava mais e mais pesado. Queria conversar com ele sobre a situação dos dois, mas ao mesmo tempo ela não queria pressioná-lo a nada, afinal de contas eles não tinham nenhum rótulo…
E assim a tarde de almoço seguiu entre eles, com sorriso, risadas, conversas sobre o dia a dia e etc. Depois cada um seguiu para seus próprios compromissos ou casas.
***
Poucos dias depois…
Seokjin e Jinsong seriam os primeiros a fotografar e batia os pés impaciente enquanto tentava localizar Jinsong que até aquele momento não havia chegado ao The Shilla Seoul Hotel, estava há mais de meia hora atrasada. O telefone chamava no ouvido dela e depois da quinta tentativa a modelo, chorando atendeu à ligação de .
- O que aconteceu noona? – começou a se preocupar –
- Ah querida! Eu já ia ligar para vocês. Acabei de chegar em casa do hospital, tive um queda e acabei fraturando o tornozelo! Não vou conseguir fazer a campanha, mas posso indicar amigas que estão livres hoje!
sentiu uma onda de frustração misturada com compaixão quando ouviu a voz chorosa de Jinsong do outro lado da linha. Por um lado, ela estava extremamente frustrada com a situação, afinal, aquele era um trabalho importante e ela contava com a presença de Jinsong. Por outro lado, ela entendia perfeitamente que acidentes acontecem e que a saúde de sua colega de trabalho era mais importante do que qualquer campanha de moda.
Respirando fundo para acalmar seus próprios nervos, respondeu com uma voz suave e compreensiva:
- Oh, Jinsong noona, sinto muito por ouvir isso! Sua saúde vem em primeiro lugar, então não se preocupe com a campanha. Vamos cuidar do seu tornozelo primeiro, ok? Podemos nos ajustar e encontrar outra solução. Por favor, fique bem.
retornou ao set com uma expressão preocupada, pronta para enfrentar o desafio que se apresentava. Ela reuniu a equipe de produção e compartilhou a notícia sobre Jinsong, explicando a situação com calma.
- Jinsong quebrou o tornozelo devido a uma queda em casa e não vai poder vir… – anunciou , preocupada com as possíveis repercussões – O que faremos agora?
A produção começou a discutir alternativas, vasculhando possíveis modelos substitutas, mas nenhum nome promissor surgiu. O tempo passava rapidamente e logo Seokjin estava pronto para começar a primeira sessão de fotos.
Diante da ausência de outra opção viável, alguém sugeriu timidamente:
- E se a fizer as fotos?
sentiu uma mistura de nervosismo e determinação ao encarar a sugestão, lançando um olhar incerto para Seokjin. Ele, por sua vez, deu de ombros com uma expressão confiante, indicando que confiava nela para enfrentar o desafio.
Respirando fundo, assentiu, decidida a salvar a campanha e sua própria reputação. Ela se entregou à equipe de produção, permitindo que a preparassem para a sessão de fotos, enquanto Seokjin seguia para a primeira locação, pronto para começar as fotos sozinho.
Enquanto era produzida, tentava canalizar sua confiança interior, preparando-se mentalmente para o que estava por vir. Este seria um teste de sua habilidade e determinação, e ela estava determinada a enfrentá-lo de frente.
Enquanto Seokjin posava para suas fotos sozinho, ele demonstrava uma confiança cada vez maior diante das câmeras, mostrando sua versatilidade e habilidade como modelo. Com uma postura profissional e elegância natural, ele encarava cada clique com determinação, deixando sua personalidade brilhar através das poses.
Enquanto isso, se preparava nos bastidores, passando por sessões de maquiagem e escolha de figurino. Apesar do nervosismo inicial, ela logo se mostrava confiante e determinada, pronta para enfrentar o desafio de fotografar sozinha. Quando chegou a sua vez, posou para as câmeras com graça e elegância, mostrando sua versatilidade como modelo e entregando-se completamente ao momento.
Enquanto posava para suas fotos, Seokjin observava admirado, impressionado com a desenvoltura e talento da colega. Ele reconhecia o esforço dela e sentia-se orgulhoso de vê-la superando os desafios com tanta graça e profissionalismo. Antes que pudesse refletir mais sobre isso, Seokjin foi chamado para trocar de roupas, dando continuidade à sessão de fotos.
Enquanto era levado pela produção para o segundo cenário da sessão de fotos no The Shilla Seoul Hotel, ele passou por , que também ia trocar de roupas, ela segurou suavemente os ombros de Seokjin. Ela queria ter certeza de que ele estava confortável e seguro, especialmente depois de vê-lo posar com tanta confiança e habilidade.
- Seokjin, tudo bem? Você está confortável para continuar? – perguntou ela com preocupação em seus olhos –
Ela queria garantir que ele estivesse bem, tanto física quanto emocionalmente, antes de prosseguir com a sessão de fotos.
Seokjin sorriu gentilmente para , apreciando o gesto de preocupação dela. Ele sabia que ela estava tentando ajudar e se sentia grato por isso.
- Sim, , estou bem. Obrigado por perguntar. Você também está se saindo incrivelmente bem nas fotos, está arrasando! – respondeu ele, tranquilizando-a.
Ele queria assegurar a ela que estava confortável e confiante naquele momento.
sorriu agradecida para ele e então o soltou para que ele pudesse seguir para o segundo lugar da sessão de fotos e então ela foi se preparar também. foi rapidamente preparada para a segunda parte da sessão de fotos, enquanto Seokjin já estava pronto para começar. Com o cenário pronto, cada um deles se posicionou para suas fotos individuais.
, ainda um pouco nervosa, conseguiu se soltar diante das lentes da câmera, mostrando sua beleza natural e confiança. Seus movimentos eram fluidos, e ela estava determinada a fazer o seu melhor.
Enquanto isso, Seokjin exalava charme e elegância em cada pose. Sua postura impecável e seu olhar expressivo cativava a todos ao seu redor, fazendo com que cada clique capturasse sua presença magnética.
Apesar dos contratempos iniciais, a sessão de fotos estava indo excepcionalmente bem, e tanto quanto Seokjin estavam entregando performances impressionantes. O resultado final seria uma campanha deslumbrante que certamente impressionaria a todos.
***
Os dois foram conduzidos até o local onde a sessão de fotos conjunta aconteceria. Era uma área decorada com puffs confortáveis e uma iluminação suave, perfeita para criar uma atmosfera íntima e descontraída.
O fotógrafo sugeriu a pose em que se sentaria no colo de Seokjin, e ambos hesitaram por um momento, sentindo-se um pouco sem jeito com a ideia. No entanto, entenderam que era parte do trabalho e concordaram em seguir as instruções.
Um tanto quanto tenso, Seokjin se sentou no puff e se acomodou em seu colo, tentando manter uma expressão natural. Apesar da timidez inicial, eles se apoiaram mutuamente, e logo a tensão se dissipou, permitindo que se concentrassem na sessão de fotos.
Enquanto se acomodava no colo de Seokjin para as fotos, uma onda de sensações os envolveu. Ambos sentiram uma mistura de nervosismo e excitação, conscientes da proximidade física e da intimidade da pose. No entanto, também perceberam a necessidade de profissionalismo, o que os ajudou a superar qualquer desconforto inicial.
Seokjin sentiu o calor do corpo de próximo ao seu, e seu coração batia um pouco mais rápido diante da proximidade repentina. Ele tentou manter a calma, concentrando-se em seu papel como modelo e apoiando durante a sessão de fotos.
, por sua vez, experimentou uma mistura de nervosismo e empolgação ao se acomodar no colo de Seokjin. Ela se esforçou para manter a postura e a expressão tranquila, ao mesmo tempo em que se sentia surpreendentemente confortável naquele abraço improvisado. A proximidade com Seokjin trouxe uma sensação de segurança e confiança, o que a ajudou a relaxar e a se entregar ao momento da sessão de fotos.
Conforme o fotógrafo instruiu, e Seokjin se viraram um para o outro, permitindo que seus olhares se encontrassem. No momento em que seus olhos se encontraram, uma corrente elétrica pareceu percorrer entre eles, preenchendo o espaço com uma energia intensa.
encontrou-se perdida nos olhos profundos e calorosos de Seokjin, capturando a sinceridade que emanava de seu olhar. Ela sentiu uma conexão inexplicável com ele, como se por um breve instante o mundo ao seu redor desaparecesse e só restasse aquele momento entre os dois.
Seokjin, por sua vez, ficou cativado pelo olhar suave e expressivo de . Ele viu uma mistura de emoções refletidas em seus olhos – uma combinação de vulnerabilidade, coragem e determinação. Em meio à intensidade do momento, ele se viu perdendo-se na profundidade de seu olhar, como se estivessem compartilhando um segredo silencioso e poderoso.
Ambos permaneceram assim, imersos naquele instante de conexão, antes que o fotógrafo desse novas instruções para a sessão de fotos continuar.
Conforme a sessão de fotos avançava, e Seokjin se viam em poses cada vez mais próximas e íntimas. A tensão entre eles aumentava à medida que seus corpos se aproximavam, criando uma atmosfera carregada de eletricidade.
Cada movimento, cada toque, era como uma faísca que inflamava ainda mais a chama da atração entre eles. No entanto, por mais que se sentissem atraídos um pelo outro, também havia uma tensão subjacente, uma hesitação em cruzar certos limites.
sentia o coração acelerar toda vez que Seokjin a tocava, seu corpo reagindo ao contato íntimo de maneira instintiva. Ela lutava para manter a compostura, sua mente dividida entre a excitação do momento e a incerteza sobre o que aquela proximidade significava.
Por sua vez, Seokjin também experimentava uma mistura complexa de emoções. Ele estava consciente da tensão palpável entre eles, a sensação de que estavam à beira de algo mais. No entanto, ele se encontrava em um dilema interno, lutando para conciliar seus sentimentos crescentes com suas preocupações e responsabilidades.
Apesar das tensões e hesitações, eles continuavam a se entregar ao processo da sessão de fotos, cada pose e cada momento capturando a intensidade do que estava se desenvolvendo entre eles.
No final da sessão, e Seokjin sentiram um misto de alívio e excitação. Enquanto se afastavam da cena das fotos, trocaram olhares cúmplices, compartilhando o entendimento silencioso do que haviam acabado de vivenciar juntos.
Juntos, dirigiram-se até o fotógrafo para revisar algumas das fotos tiradas. À medida que passeavam pelas imagens, não puderam deixar de sentir uma onda de satisfação ao ver o resultado do trabalho árduo e da colaboração entre eles. Cada foto capturava um momento único, uma expressão genuína de conexão e química entre e Seokjin.
Enquanto examinavam as fotos, também discutiram sobre quais seriam selecionadas para a campanha e compartilharam opiniões sobre seus momentos favoritos. O fotógrafo elogiou a química dos dois na frente da câmera, deixando-os tímidos mas orgulhosos e satisfeitos com o resultado final.
No final, saíram do local com um sentimento de realização e expectativa pelo que o futuro reservava. A experiência da sessão de fotos tinha os aproximado de uma maneira que não esperavam, criando uma conexão especial entre eles que iria além das câmeras e das imagens capturadas.
Como parte do pagamento, os dois haviam ganhado uma diária e um jantar no The Shilla Seoul Hotel. Então cada uma deles subiu para seu quarto e então resolveu tomar um banho rápido para se arrumar para o jantar.
Conforme Seokjin se preparava para o jantar, sua mente não conseguia deixar de voltar aos momentos compartilhados com durante a sessão de fotos. Cada detalhe do rosto dela, cada expressão capturada pela câmera, parecia gravado em sua memória.
Ele se viu revivendo os momentos de tensão e conexão que compartilharam diante das lentes da câmera. O jeito como ela o olhava, como suas mãos se tocavam de maneira quase casual, mas carregadas de eletricidade. Seokjin se perguntava se também estava relembrando esses momentos enquanto se preparava para o jantar.
Enquanto ele se ajeitava na frente do espelho, uma sensação estranha de antecipação tomava conta dele. Ele não conseguia negar a atração que sentia por , mesmo que tentasse manter o profissionalismo em primeiro lugar. Seokjin se perguntou o que o futuro reservava para os dois, e se essa colaboração profissional poderia evoluir para algo mais pessoal…
***
Seokjin não pôde deixar de notar a beleza de quando a encontrou no corredor. Seu sorriso contagiante, a empolgação visível nos olhos, tudo isso o fez sorrir de volta, mesmo que involuntariamente. Seu olhar passeou pelo vestido de seda amarelo que ela usava, notando como ele realçava suas curvas de maneira elegante e sedutora.
Ele se viu momentaneamente sem palavras diante da visão dela, sentindo-se capturado pela sua presença radiante. parecia brilhar no corredor do hotel, iluminando tudo ao seu redor com sua energia positiva e contagiante.
- Você está deslumbrante esta noite, . – Seokjin finalmente conseguiu articular, seu tom de voz suave e sincero –
Ele realmente queria dizer aquilo, pois ela estava realmente deslumbrante naquele momento.
sentiu um rubor subir às suas bochechas ao ouvir os elogios de Seokjin. Seu coração deu um salto de alegria, sentindo-se lisonjeada pelo seu comentário sincero. Ela sorriu ainda mais, os olhos brilhando com gratidão.
- Obrigada, Seokjin. Você também está muito elegante esta noite. – ela respondeu, devolvendo o elogio com um sorriso caloroso –
Sua voz estava suave e agradecida, transmitindo sua apreciação pelos gentis comentários dele.
Os dois entraram no grande elevador espelhado do luxuoso hotel e então retirou o celular da bolsa e posicionou a câmera do mesmo em um ângulo que pegasse ela e Seokjin. Se aproximou dele para a foto ficar mais focada e Seokjin sentiu o coração acelerar com a súbita aproximação.
- O que está fazendo?
- Tirando uma foto nossa! – ela respondeu como se fosse óbvio –
- E você vai postar? – ele encarou o reflexo deles na câmera –
- Óbvio né Seokjin!
sorriu para a foto e Seokjin fez o mesmo, sem mostrar os dentes. bateu algumas fotos até que eles se lembraram que precisavam apertar o andar desejado para que o elevador descesse.
Os dois riram quando se deram conta e então, juntas, as mãos foram para o painel e se encostaram, com a dele sobre a dela. Seokjin e se olharam, e então ele retirou a mão sobre a dela. apertou o andar desejado pelos dois e um silêncio de constrangimento os atingiu.
Os poucos segundos que se seguiram entre os dois, permaneceu assim: em silêncio. Cada um deles perdido em seus próprios pensamentos a respeito do que acabara de acontecer.
Mas assim que a porta do elevador se abriu e os olhos de pousaram no gigantesco salão de refeições, ela voltou a sorrir e aí, automaticamente ela segurou a mão de Seokjin e saiu puxando-o consigo.
Seokjin balançou a cabeça enquanto deixou um sorriso escapar dos lábios pela empolgação da agente. Os dois foram recebidos por um dos muitos maitres e direcionados à uma mesa.
Os dois se sentaram um de frente para o outro e lhe foram entregues os cardápios do restaurante do hotel. Os dois varreram o cardápio com os olhos, permanecendo em silêncio.
Seokjin, como um bom chef, não conseguiu não se impressionar com o cardápio diante de seus olhos. Tinha de tudo um pouco, de coisas tipicamente coreanas e simples, até coisas muito sofisticadas para o paladar de muitas pessoas.
- Vai ficar com o tradicional ou vai sair um pouco da rotina hoje? – subiu os olhos para encará-lo –
- Não sei ainda. E você? – ele também a encarou –
- Tava pensando em pedir de entrada esses Escamoles. O que acha?
Seokjin observou a descrição do prato sugerido por e voltou a olhar para ela.
- Acho que pode ser uma boa escolha! – ele balançou a cabeça – Me interessei por esse Chinchulin…
- Também me parece uma ótima escolha Seokjin! Acho que podemos pedir as entradas e um vinho…
- Um vinho? – ele umedeceu os lábios –
- Ou champanhe? – ela ergueu uma das sobrancelhas –
- Um vinho… – ele respondeu voltando a olhar o cardápio –
se encarregou de chamar um garçom, que rapidamente se aproximou dos dois. Com os pedidos feitos, eles pediram indicações de vinho ao garçom, que chamou um dos maitres para auxiliá-los.
Depois de ouvirem atentamente as sugestões do maitre, os dois fizeram uma escolha. Seokjin aproveitou para pedir algumas sugestões de pratos principais e o maitre seguiu dando suas indicações, questionando o gosto pessoal de cada um deles.
Depois das sugestões, e Seokjin se decidiram e aproveitaram para fazerem seus pedidos ali ao maitre. Quando ele saiu, continuou observando o local luxuoso.
- Gosta de lugares assim? – Seokjin perguntou, curioso pelos gostos dela –
- Assim como? – ela pousou os olhos nele –
- Mais luxuosos…
- Quem não gosta? – ela encarou as próprias mãos – Mas também gosto de lugares simples!
Seokjin assentiu para ela.
- E você? – os dois se olharam de novo –
- Sou fã dos lugares mais simples… mais aconchegantes!
- Achei que você gostasse de luxos…
Seokjin sorriu sem mostrar os dentes e balançou a cabeça em negativa.
- Claro que hora ou outra vir em lugares como esse é bom também!
- Você ia em muitos lugares assim com sua esposa?
- Ex-esposa… – ele corrigiu –
- Ex-esposa, perdão! – ela se corrigiu –
- Costumava! Ela gostava de lugares assim…
- Porque o seu casamento acabou? – se atreveu –
Seokjin fechou os olhos com força. E então ele se lembrou do que havia sido a gota d’água para o fim do casamento: a traição.
- Uma traição. Eu peguei ela com outro, que nem você pegou o Seong-su, só que no meu caso, eles estavam na nossa cama!
Os olhos de se arregalaram levemente e então tudo fez sentido na cabeça dela, como se uma porta se abrisse: por isso ele havia agido daquela forma com ela quando tudo aconteceu! Ele havia sentido o mesmo…
- Por isso você cuidou tanto de mim… – ela pensou em voz alta –
- Também! – ele deu de ombros – Mas não foi só por isso!
- Você sentiu a mesma dor… não é?
Seokjin assentiu brevemente para ela.
- Não quero trazer esse assunto à tona! Vamos falar de outra coisa! Amanhã é a campanha do Jimin e da , não é? As locações serão as mesmas?
ajeitou sua postura na cadeira e ajeitou os cabelos atrás da orelha também. Percebeu que ali havia um limite, e resolveu respeitar.
- Não! Serão outras locações. As fotos deles terão um quê mais sensual! Já que os dois tem um envolvimento real, resolvi deixar essa parte da campanha com os dois! Já que pensei que você e a Jinsong unnie não ficariam confortáveis. Quer dizer, você… ela não se importaria. E bom, Hoseok e eu já acho que os dois estão indo longe demais com toda essa farsa, não queria alimentar isso ainda mais.
- Tem razão! – Seokjin levou a mão à nuca, coçando-a – Acho que ficaria desconfortável com a Jinsong…
“E comigo?” ela pensou em perguntar, mas resolveu apenas balançar a cabeça.
- E concordo com a parte do Hoseok e da … acho que ele está exagerando nisso tudo!
- Se ele machucar a … – estreitou os olhos –
- Vou conversar com ele!
- Não vai adiantar! Tentei fazer isso, mas os dois estão cegos!
- Mesmo assim…
E então o vinho que eles haviam pedido chegou e o garçom os serviu, deixando-os sozinhos novamente logo em seguida. Seokjin segurou a taça e a ergueu em direção à , que fez a mesma coisa, brindando com ele.
- Estamos brindando ao que? – ela levou a taça aos lábios –
- Acho que a esse momento, não? – ele deu de ombros –
deixou que quente do vinho descesse por sua garganta, apreciando o mesmo.
- Definitivamente foi um boa escolha! – ela observou Seokjin tomar o líquido – Não foi?
Seokjin ficou alguns segundos em silêncio, apenas absorvendo o gosto do vinho escolhido pelos dois.
- Sim! Uma excelente escolha!
Alguns minutos depois, as entradas escolhidas pelos dois chegaram juntas. Já na primeira garfada, Seokjin percebeu a excelência do chef, ou dos chefs… e então ele fechou os olhos apreciando o saber único da iguaria escolhida por ele. , gostou da aparência do prato e comentou com Seokjin antes de levar um garfo bem servido aos lábios.
Enquanto saboreavam as entradas escolhidas, e Seokjin trocavam impressões sobre os pratos e aproveitavam para experimentar um pouco do que o outro havia escolhido. descrevia as nuances de sabor dos Escamoles enquanto Seokjin compartilhava suas impressões sobre o Chinchulin.
Ambos demonstravam uma curiosidade genuína sobre as escolhas um do outro, trocando comentários sobre os sabores e texturas dos pratos. A conversa fluía de forma leve e agradável entre eles, criando uma atmosfera de cumplicidade e descontração à mesa.
No decorrer do jantar, os dois continuaram compartilhando suas experiências gastronômicas e explorando os diferentes sabores oferecidos pelo cardápio do restaurante. Entre risadas e trocas de olhares, a conexão entre e Seokjin parecia se fortalecer a cada momento.
À medida que o jantar avançava, os dois se mostravam mais à vontade um com o outro, aproveitando a companhia e a conversa agradável. O clima descontraído e a harmonia entre eles criavam um ambiente acolhedor, onde compartilhavam não apenas as refeições, mas também momentos de verdadeira intimidade e conexão.
***
Com algumas taças de vinho no organismo, insistiu para que Seokjin a acompanhasse até a área das piscinas do hotel, porque ela queria muito tirar fotos de lá para mandar para , já que lá seria uma das locações onde a amiga e Jimin fotografariam. Seokjin disse que estava cansado e que queria dormir, mas insistiu muito e ele concordou.
Seokjin ficou um tanto quanto deslumbrado quando chegou à área das piscinas do hotel.
O ambiente das piscinas do hotel era verdadeiramente deslumbrante. Uma estrutura coberta, repleta de detalhes que proporcionavam uma atmosfera aconchegante e acolhedora. As paredes eram adornadas com plantas e cortinas que conferiam um toque de elegância ao espaço, enquanto as luzes azuis espalhadas pelo ambiente criavam um cenário de sonho, refletindo-se na superfície cristalina da água.
Seokjin caminhava pelo local, absorto na beleza ao seu redor, os olhos levemente vidrados pelas luzes cintilantes que dançavam na superfície da piscina. Ele levantou o olhar para admirar o teto alto e o jogo de sombras e reflexos que se formavam ali, quando, de repente, esbarrou em algo sólido e macio ao mesmo tempo.
Surpreso, Seokjin cambaleou para trás, perdendo o equilíbrio, e então percebeu que havia esbarrado em , que estava logo à sua frente. Antes que pudesse reagir, viu-a desaparecer na água com um pequeno splash, arrastando-o consigo.
O choque inicial de cair na água foi substituído pela sensação de frescor e liberdade ao mergulhar na piscina. Seokjin emergiu à superfície, sacudindo os cabelos molhados e rindo da situação inesperada. estava ao seu lado, também rindo, com os cabelos encharcados grudando-se ao rosto.
- Desculpe por isso! – disse , entre risadas, enquanto tentava se recompor da queda –
- Não se preocupe, foi culpa minha! – respondeu Seokjin, sorrindo para ela – Pelo menos, não estamos sozinhos nessa.
Os dois compartilharam um olhar cúmplice antes de começarem a nadar em direção à borda da piscina, aproveitando o momento de descontração e leveza proporcionado pelo acidente. A água azulada refletia as luzes do ambiente, criando um cenário mágico e encantador ao redor deles.
Seokjin se escorou na borda da piscina e encarou que tinha um sorriso sapeca começando a se formar nos lábios. Quando Jin se deu conta as mãos de já estavam jogando água em seu rosto, e ele fechou os olhos sentindo o rosto ficar ainda mais encharcado.
- Ei! , pare! – ele apertou os olhos e pediu com dificuldade enquanto um pouco de água entrava em sua boca –
A risada dela invadiu os ouvidos de Seokjin, e quando ele desencostou as costas da borda piscina, parou e então Jin abriu os olhos com dificuldade vendo-a se afastar. Ela voltou a jogar água nele enquanto se afastava e gargalhava.
Seokjin segurou os dois pulsos de com certa força e precisão e então a puxou para perto de si, fazendo com o que o corpo dela se chocasse contra o seu.
Uma das mãos dele foi parar na cintura de , mantendo-a presa a seu corpo, e então os olhares voltaram a se encontrar. Os olhos de Seokjin eram intensos, e o peito dele subia e descia, fazendo a respiração dela ficar descompassada também. Os olhos de pularam para os lábios carnudos dele, intercalando entre os olhos e os lábios diversas vezes. Seokjin acompanhou-a, intercalando entre seus olhos e seus lábios, vermelhos.
Com os olhares fixos um no outro, Seokjin sentiu uma corrente elétrica percorrer seu corpo quando viu fechar os olhos, dando uma indicação clara de que ela também desejava o beijo. Lentamente, ele aproximou seus lábios dos dela, sentindo a respiração quente dela contra sua pele.
O toque de seus lábios foi suave no início, um encontro delicado e hesitante, como se estivessem explorando um território desconhecido. No entanto, a suavidade logo deu lugar a uma paixão ardente, à medida que o beijo se intensificava.
Os lábios de Seokjin moldavam-se perfeitamente aos de , enquanto suas mãos encontravam caminho pelo corpo dela, explorando cada curva e contorno com um toque suave e possessivo. respondeu ao beijo com a mesma intensidade, suas mãos agarrando-se aos ombros de Seokjin, puxando-o mais para perto.
O tempo parecia desacelerar ao redor deles, e o mundo inteiro desapareceu enquanto eles se entregavam àquele momento de pura paixão e desejo. Cada beijo era uma promessa de mais, cada toque uma expressão de amor e desejo crescente.
Quando finalmente se separaram, ambos estavam ofegantes, os olhos ainda brilhando com a intensidade do momento compartilhado.
No momento em que se separaram, uma aura de quietude envolveu-os, os olhos fixos um no outro, enquanto a respiração voltava ao normal. Cada segundo que passava era preenchido por uma corrente de eletricidade entre eles, alimentada pela intensidade do beijo compartilhado.
No silêncio que se seguiu, os pensamentos começaram a inundar suas mentes. Para Seokjin, era uma mistura de excitação e apreensão. Ele se perguntava se havia feito a coisa certa, se deveria ter se permitido sucumbir àquela paixão avassaladora. O medo do desconhecido se misturava com a ânsia de explorar o que mais poderia surgir entre eles.
Enquanto isso, estava imersa em uma onda de emoções conflitantes. Ela sentia uma conexão profunda com Seokjin, uma faísca de desejo que a consumia. Cada parte dela ansiava por mais daquele momento, desejando explorar aonde aquela paixão poderia levá-los. Para ela, aquele beijo representava uma porta aberta para um mundo de possibilidades.
Então, quebrando o silêncio, Seokjin murmurou suavemente:
- Acho que é melhor irmos, não?
Suas palavras foram carregadas de incerteza, uma tentativa de se afastar da tempestade de emoções que os envolvia.
No entanto, para , aquela sugestão parecia uma negação do que haviam compartilhado, uma tentativa de recuar diante do desconhecido. Ela balançou a cabeça suavemente, os olhos encontrando os dele com determinação.
- Ainda não… – ela respondeu, sua voz firme e decidida – Ainda não.
E assim, em meio ao silêncio carregado de expectativas e desejos não ditos, eles permaneceram ali, juntos, deixando o momento e as emoções os envolverem, sem pressa de partir para o próximo capítulo de suas vidas.
Enquanto permaneciam à beira da piscina, Seokjin sentia a dúvida e a incerteza começarem a se instalar em sua mente. Aquilo havia sido um erro? Ele se questionava, o peso da decisão pairando sobre seus ombros. Com um suspiro pesado, ele decidiu que era melhor sair da piscina e dar um tempo para pensar.
No entanto, não estava pronta para deixar aquele momento para trás. Ela sentia uma mistura de emoções, mas entre elas, havia uma certeza inegável de que aquele beijo havia sido bom, e ela queria saborear cada momento por um pouco mais de tempo.
Enquanto Seokjin subia para o quarto, repetindo para si mesmo que aquilo havia sido um erro, as memórias do beijo ainda frescas em sua mente, permanecia junto à piscina, absorta em seus próprios pensamentos. Ela sabia que havia algo especial entre eles, algo que não podia ser facilmente ignorado ou descartado. E enquanto o mundo ao seu redor desaparecia na escuridão da noite, ela se permitiu mergulhar nas lembranças daquele beijo, sorrindo para si mesma enquanto revivia cada momento, consciente de que algo havia mudado entre eles.
Capítulo 24
abriu os olhos e então encarou seu próprio reflexo no espelho assim que a maquiadora da B16 falou que estava tudo pronto.
Ela reparou na maquiagem feita pela maquiadora de renome da agência. Os olhos estavam realçados por uma sombra metálica que combinava perfeitamente com seu tom de pele, criando um efeito dramático e sedutor. Os cílios estavam volumosos e bem definidos, dando um toque de intensidade ao olhar. As sobrancelhas estavam perfeitamente moldadas, enquadrando o rosto de maneira impecável.
O batom tinha um tom marcante, um vermelho profundo que destacava seus lábios carnudos, deixando-os irresistíveis e sofisticados. A pele estava impecavelmente preparada, com uma base que proporcionava uma cobertura uniforme e um acabamento luminoso. As maçãs do rosto estavam levemente coradas, conferindo um ar de saúde e vivacidade.
O conjunto da maquiagem, em harmonia com seu cabelo loiro platinado, criava uma imagem poderosa e cativante, fazendo-a se sentir confiante e pronta para qualquer desafio.
levantou-se e posicionou-se em frente a um grande espelho, admirando sua primeira roupa. O tecido luxuoso caía perfeitamente sobre seu corpo, acentuando suas curvas e destacando sua silhueta de maneira elegante. Os detalhes intrincados e o design sofisticado da peça mostravam o cuidado e a atenção com que havia sido confeccionada.
Enquanto se olhava no espelho, alguns staffs se moviam ao seu redor, ajustando os últimos detalhes da roupa e mexendo em seu cabelo. Eles trabalhavam com precisão, garantindo que cada fio estivesse no lugar certo e que o caimento da roupa fosse impecável. A maquiadora, agora ao lado dela, dava os toques finais, assegurando-se de que a maquiagem permanecesse intacta e deslumbrante.
respirou fundo, sentindo a energia e a dedicação de todos ao seu redor. Ela sabia que estava pronta para brilhar, e a confiança que emanava de seu reflexo era prova disso.
***
estava finalmente pronta. Ela deu uma última olhada no espelho, certificando-se de que cada detalhe estava perfeito. se aproximou, já preparada para levá-la ao primeiro set de fotos. Seus olhos brilharam ao ver , e ela sorriu com orgulho.
- Uau, , você está deslumbrante! – elogiou, aproximando-se ainda mais.
sentiu uma onda de confiança e emoção ao ouvir as palavras de . Elas deram as mãos, sentindo a conexão e o apoio mútuo.
- Obrigada, ! – respondeu, sorrindo – Você sempre sabe como me deixar mais segura.
- É porque você é incrível, . E hoje vamos arrasar nesse set de fotos. – afirmou com convicção.
estava na frente das câmeras, sua confiança crescendo a cada clique. Ela se movia com graça e segurança, cada pose mais impressionante que a anterior. A equipe de fotógrafos e assistentes não conseguia tirar os olhos dela, encantados com sua presença magnética.
, observando de perto, sentia-se incrivelmente orgulhosa. estava brilhando, superando todas as expectativas. O orgulho e a alegria que sentia por sua amiga eram palpáveis.
Algum tempo depois, Jimin apareceu no set, pronto para iniciar sua própria sessão de fotos. Ele estava impecável, como sempre, mas ao ver posar, ficou boquiaberto. Seus olhos seguiram cada movimento dela, impressionado com a facilidade e a naturalidade com que ela dominava o set.
Jimin não conseguia desviar o olhar. estava em seu elemento, e a química entre ela e a câmera era evidente. Cada clique parecia capturar algo mágico, e Jimin, por um momento, se esqueceu de que estava ali para sua própria sessão de fotos.
- Uau… — murmurou Jimin, ainda atordoado com o que estava vendo.
, percebendo a presença de Jimin, sorriu ao ver a reação dele. Era claro que estava conquistando a todos ao seu redor, e não poderia estar mais feliz por sua amiga.
- Ela está incrível, não é? — disse a Jimin, com um sorriso orgulhoso.
Jimin assentiu, ainda boquiaberto, incapaz de tirar os olhos de . Ele sabia que sua própria sessão de fotos estava por começar, mas naquele momento, estava completamente hipnotizado pela beleza de .
notou o olhar fixo de Jimin em e não pôde deixar de dar uma leve cotovelada nele, rindo.
- Ei, disfarça um pouco, vai! — brincou ela, ainda sorrindo.
Jimin apenas sorriu de volta e balançou a cabeça.
- Não preciso disfarçar nada. Quero que todos percebam mesmo — disse ele, com os olhos brilhando de admiração — é a mulher mais linda do mundo e não tenho vergonha de mostrar o quanto acho isso.
riu mais uma vez, contente com a sinceridade de Jimin. Era evidente que ele estava completamente encantado por , e a forma como ele expressava isso era algo que a deixava ainda mais orgulhosa de sua amiga.
, por sua vez, continuava a brilhar na frente das câmeras, sem perceber a pequena interação entre Jimin e . Seu foco estava completamente no trabalho, cada movimento calculado e elegante. A confiança que ela exalava era contagiante, e todos ao seu redor sentiam-se inspirados por sua presença.
Jimin observou por mais alguns momentos, antes de finalmente se preparar para sua própria sessão de fotos. Ele sabia que tinha um padrão elevado a seguir depois de assistir , mas isso apenas o motivava ainda mais. Enquanto se afastava para se preparar, ele lançou um último olhar para , certo de que ela sabia o quanto era especial.
***
A sessão de fotos continuou com exibindo seu talento natural e sua presença cativante na frente das câmeras. Cada clique capturava a elegância e a força de , deixando todos os presentes impressionados com sua habilidade e beleza. assistia orgulhosa, sentindo uma satisfação crescente ao ver sua amiga brilhar.
Quando chegou a hora de e Jimin fotografarem juntos, a química entre os dois era palpável. Desde o primeiro momento, seus movimentos sincronizados e olhares trocados revelavam uma conexão que ia além das lentes das câmeras. A naturalidade com que interagiam era notável, fazendo com que a sessão fluísse perfeitamente. Os fotógrafos e a equipe de produção trocavam olhares de aprovação, cientes de que estavam testemunhando algo especial.
e Jimin riam, brincavam e trocavam sussurros entre as poses, tornando o ambiente leve e descontraído. Cada fotografia capturava a essência de uma relação genuína e forte, o que elevava a qualidade do trabalho a um novo patamar.
Quando a sessão finalmente chegou ao fim, estava exausta, mas radiante. Enquanto ela se despedia dos fotógrafos e da equipe, Jimin a esperava perto da saída, pronto para levá-la para casa. Ao vê-la se aproximar, ele sorriu e estendeu a mão.
- Você foi incrível hoje, . De verdade. Cada foto sua vai ser um sucesso! — elogiou ele, os olhos brilhando de admiração.
sentiu suas bochechas esquentarem, um sorriso tímido surgindo em seus lábios.
- Obrigada, Jimin. Você também estava ótimo. Nossa química… — ela hesitou, sem saber como expressar o que sentia.
Jimin deu um passo à frente, diminuindo a distância entre eles.
- Nossa química é inegável, . E não é só na frente das câmeras. — Sua voz era suave, mas carregava um peso de sinceridade que fez o coração de acelerar.
Antes que ela pudesse responder, Jimin inclinou-se e seus lábios se encontraram em um beijo terno e profundo. Foi um momento que encapsulou toda a conexão e o carinho que haviam compartilhado durante a sessão de fotos. Quando se separaram, ambos estavam sorrindo, o silêncio entre eles carregado de promessas não ditas.
***
Jungkook dirigia sua moto em alta velocidade pelas estradas sinuosas, a noite fria de inverno envolvendo-o enquanto ele cortava o vento com destreza. A adrenalina corria por suas veias, cada curva e cada reta sendo percorridas com precisão quase mecânica. Mas, por dentro, sua mente estava longe de tranquila.
As mesmas estradas secundárias, os mesmos atalhos que ele conhecia tão bem, agora pareciam um reflexo de sua própria confusão interna. Sua mente estava a mil, pensamentos sobre surgindo a cada momento. Ele pensava em seus olhos, em seu sorriso, na maneira como ela o fazia sentir. A imagem dela estava gravada em sua mente, e ele não conseguia afastá-la.
Jungkook acelerava ainda mais, como se a velocidade pudesse ajudar a silenciar os pensamentos que insistiam em perturbá-lo. As memórias de momentos compartilhados com eram como fantasmas que o seguiam, e ele se perguntava se ela sentia o mesmo… O inverno estava frio, e o verão parecia distante e estranho, uma metáfora para a confusão emocional que ele estava vivendo.
Enquanto dirigia, ele se lembrava de como tudo havia mudado tão rapidamente. O que antes era simples e claro agora era um turbilhão de sentimentos contraditórios. Não conseguia afastar a sensação de que ela também sentia o mesmo, apesar de tudo. As palavras da música ecoavam em sua mente, reforçando a necessidade de enfrentar os sentimentos que tentava desesperadamente fugir.
O vento cortava seu rosto, e ele quase podia ouvir a voz dela na sua mente, questionando suas decisões e suas escolhas. A estrada parecia interminável, mas ele sabia que a festa estava próxima. Ele precisava de um escape, um lugar onde pudesse perder-se temporariamente na música e na multidão, onde pudesse esquecer, mesmo que por um breve momento, a tempestade interna que o assolava.
Com um último suspiro, Jungkook apertou o acelerador, a moto respondendo com um rugido. A festa era sua próxima parada, mas ele sabia que, no fundo, não importava para onde fosse ou o quão rápido dirigisse, os pensamentos sobre e sobre sua vida estariam sempre lá, seguindo-o como uma sombra inseparável.
Jungkook estacionou sua moto com um movimento rápido e preciso, o motor rugindo antes de ser silenciado. Ele retirou o capacete, passando a mão pelos cabelos escuros bagunçados pelo vento, e observou a festa diante dele. O lugar estava lotado, a música alta e as luzes coloridas criando uma atmosfera vibrante e caótica.
Ao caminhar em direção aos amigos, ele avistou Seokjin, que já estava lá, mesmo não sendo muito fã de festas. Seokjin o viu e sorriu, levantando a mão para cumprimentá-lo.
- Ei, hyung! O que você está fazendo aqui? Pensei que não gostasse desse tipo de coisa. – Jungkook brincou, com um sorriso irônico –
Seokjin deu de ombros, sorrindo de volta.
- E eu não gosto! Mas vocês sempre me obrigam a vir mesmo, então resolvi ceder dessa vez!
- Sei… – Jungkook soltou um sorriso malicioso e o amigo o repreendeu –
Suga e estavam conversando animadamente, enquanto V, Namjoon, Jimin e riam de algo. Hoseok e estavam juntos, parecendo mais íntimos do que nunca. Jungkook cumprimentou todos com um aceno e alguns abraços rápidos, tentando parecer o mais normal possível.
No fundo, ele sabia que provavelmente encontraria também. Ela deveria aparecer junto com Yugyeom, Li Hua e . O pensamento dela novamente fez seu coração acelerar, mas ele tentou não demonstrar nada.
- Ei, Jungkook! – Jimin chamou, com um sorriso caloroso – Que bom te ver aqui!
- Oi, Jimin, ! Oi, pessoal! – Jungkook respondeu, tentando esconder a ansiedade. – Vou pegar uma bebida. Nos vemos por aí.
Com isso, ele rapidamente se misturou na multidão, indo em direção ao bar. Precisava de algo forte para acalmar os nervos. A atmosfera da festa, cheia de gente dançando e conversando, parecia sufocante. Tudo o que ele queria era esquecer, pelo menos por um tempo, os sentimentos conflitantes que o atormentavam.
Jungkook caminhou pelo local aberto da festa, cumprimentando alguns conhecidos pelo caminho. A música alta e as risadas ecoavam no ar, enquanto ele fazia seu caminho até o bar. Algumas garotas que ele conhecia de outras festas e encontros o chamaram, sorrindo para ele.
- Ei, Jungkook! – uma delas, uma loira de olhos brilhantes, acenou animadamente – Há quanto tempo!
- Oi, Seulgi! – ele respondeu, com um sorriso charmoso. – Bom te ver aqui…
- Você também, oppa! – ela respondeu, piscando para ele antes de se juntar novamente ao seu grupo de amigas –
Jungkook continuou andando, trocando algumas palavras e sorrisos com outras garotas que conhecia. Elas riam e flertavam, mas ele estava apenas parcialmente presente, sua mente ainda presa em pensamentos turbulentos.
Finalmente, ele chegou ao bar e fez seu pedido:
- Um uísque duplo, por favor. – ele disse ao bartender, apoiando-se no balcão enquanto esperava sua bebida –
Enquanto aguardava, ele observou o local ao seu redor. A festa era ao ar livre, com luzes coloridas penduradas em árvores e tendas espalhadas pelo espaço. Grupos de pessoas estavam espalhados por todo o lugar, rindo, dançando e se divertindo. As risadas e a música alta pareciam distantes enquanto ele mergulhava em seus pensamentos.
O bartender lhe entregou o copo, e Jungkook levou a bebida aos lábios, sentindo o líquido forte queimar sua garganta. Precisava disso para se acalmar, para tentar esquecer , pelo menos por um momento.
Ele olhou ao redor, vendo seus amigos se divertindo, mas sua mente estava longe. A cada gole, ele esperava que a bebida começasse a fazer efeito, dando-lhe a falsa sensação de alívio que tanto precisava.
Jungkook ficou no bar por mais alguns minutos, tomando várias doses de uísque. Ele precisava de algo mais leve para manter a sensação de entorpecimento, então pegou uma cerveja antes de voltar para onde seus amigos estavam reunidos.
Quando ele se aproximou do grupo, percebeu que , Yugyeom, Li Hua, e até já estavam lá. Seus olhos encontraram os de , e ele acenou com a cabeça em cumprimento. Ela, hesitante, decidiu ir até ele.
- Oi, Jungkook… – ela disse, tentando sorrir – Tudo bem com você?
- Tudo sim. – ele respondeu, assentindo – E você?
- Também… – ela balançou a cabeça, mas Jungkook percebeu que seus olhos estavam marejados –
Ele suspirou, sabendo que não podia evitar a conversa por muito mais tempo.
- Podemos conversar?
pareceu aliviada por um momento, mas sua expressão rapidamente mudou quando ele continuou.
- Aqui não, . – ele disse, balançando a cabeça – Aqui não é o lugar, e eu não estou a fim de uma DR com alguém que nem é minha namorada.
Ele se afastou antes que ela pudesse responder, indo cumprimentar outros conhecidos e conhecidas na festa. ficou ali, chateada e tentando manter a compostura.
Yugyeom, percebendo a situação, se aproximou dela.
- Ei, … – ele disse, com um sorriso solidário – Vamos curtir a festa? Esquece isso por um tempo.
forçou um sorriso e assentiu, deixando que Yugyeom a levasse de volta para o grupo, tentando se distrair com a música e a companhia dos amigos.
O grupo passou algum tempo conversando e se divertindo. A atmosfera estava leve, com risos e conversas animadas, exceto para , que não conseguia tirar os olhos de Jungkook. Ele já estava visivelmente bêbado, rodeado por mulheres e outros amigos. Cada vez que olhava para ele, sentia um aperto no peito, vendo-o se afastar mais dela, tanto física quanto emocionalmente.
Jungkook, percebendo a intensidade do olhar de , começou a sentir um peso de culpa. Ele sabia que estava magoando-a, e quanto mais via o sofrimento nos olhos dela, mais percebia que precisava acabar com aquilo de uma vez por todas. Decidido a cortar o mal pela raiz, ele se inclinou e beijou uma das garotas ao seu lado.
sentiu o coração despedaçar ao ver a cena. A surpresa e a tristeza transpareceram em seu rosto, e ela não pôde conter as lágrimas que começaram a se formar em seus olhos. Determinada a confrontá-lo, ela caminhou até Jungkook e chamou por ele.
- Jungkook! – sua voz tremia, mas estava decidida –
Ele parou de beijar a garota e encarou , percebendo a profundidade de sua mágoa. O silêncio entre eles era pesado, cheio de tudo o que nunca foi dito. Com um suspiro, ele falou, a voz embargada pela emoção e pelo álcool:
- Quando você sai de noite… fica sob as luzes… – ele começou, as palavras saindo com dificuldade – Ah, , eu espero que você encontre alguém… Espero que encontre alguém leal, leal até o fim. Ah, espero que você encontre alguém… Espero que você saiba que esse alguém não sou eu! Espero que você saiba que esse alguém não sou eu, .
As palavras de Jungkook ecoaram no silêncio que se seguiu. , com os olhos ainda mais marejados, percebeu a verdade amarga naquelas palavras. Sem dizer mais nada, ela deu meia-volta e se afastou, sentindo o peso da rejeição e da realidade que finalmente havia se tornado clara.
Jungkook voltou a beijar a garota, tentando ignorar os olhares desapontados de seus amigos. Ele sabia que estava decepcionando a todos, mas não queria enfrentar a realidade que havia acabado de criar. Enquanto isso, as garotas — No Eul, , , , e — foram atrás de para consolá-la, deixando Yugyeom observando Jungkook com uma raiva crescente.
Yugyeom cerrou os punhos, a raiva borbulhando dentro dele, e quando Jungkook finalmente se afastou da garota, ele avançou, segurando-o pelo colarinho da camiseta.
- Você é um covarde! – Yugyeom rosnou, os olhos queimando de fúria. Soltou Jungkook com um empurrão, mas antes que pudesse se afastar, Jungkook resolveu tocar na ferida –
- Pensa pelo lado positivo, agora ela está livre para você! Quem sabe você não consegue conquistá-la agora que ela está com o coração partido? – as palavras saíram carregadas de ironia e desprezo –
Sem pensar duas vezes, Yugyeom desferiu um soco forte no rosto de Jungkook, canalizando toda a sua raiva naquele golpe. Jungkook cambaleou para trás, segurando o rosto onde o soco havia acertado, enquanto V e Jimin seguravam Yugyeom, impedindo-o de avançar novamente.
Namjoon e Suga correram para Jungkook, tentando ver se ele estava bem. V, com um olhar severo, encarou Yugyeom e falou com firmeza:
- Vai embora, Yugyeom! Cuide de . Ela precisa de você agora, mais do que nunca. – a voz de V era autoritária, deixando claro que a discussão havia acabado –
Yugyeom respirou fundo, ainda furioso, mas vendo a razão nas palavras de V. Ele se afastou, lançando um último olhar de desprezo para Jungkook, antes de encarar Li Hua. Ela também tinha os olhos marejados, e Yugyeom sentiu um aperto no peito. Segurando a cintura dela, ele apertou levemente, buscando algum consolo.
Li Hua fez que sim com a cabeça e falou, a voz embargada pela emoção:
- Vai atrás dela. Eu sei que é isso que você quer… é sempre ela a sua prioridade e eu já deveria saber disso, Yugyeom. Eu vou para casa, a gente se fala depois.
Yugyeom sentiu o coração partir ao ver Li Hua sofrer, uma onda de culpa e tristeza passando por ele. Mexido, ele soltou um suspiro profundo e, com um último olhar de desculpas, foi atrás de , deixando Li Hua para trás.
Enquanto isso, Namjoon e Suga ajudavam Jungkook a se levantar. Jungkook tinha a boca sangrando, e Suga correu para buscar gelo. Namjoon olhou para Jungkook com uma expressão de desapontamento misturado com preocupação.
- Eu estou bem! – Jungkook disse, tentando aliviar a tensão – Eu mereci aquele soco.
Os amigos concordaram silenciosamente, especialmente Jimin, que balançou a cabeça em reprovação.
- Você realmente mereceu! – Jimin disse, a voz baixa mas firme –
Jungkook sentiu o peso das palavras dos amigos, o arrependimento começando a se acumular em seu peito. Ele passou a mão pelo rosto, limpando o sangue da boca, e então falou:
- Eu preciso de um tempo sozinho.
Namjoon assentiu, entendendo que Jungkook precisava refletir sobre suas ações. Os amigos se afastaram, dando espaço para ele, enquanto Jungkook se dirigia para um canto mais isolado, perdido em pensamentos e arrependimento.
Jungkook se afastou dos amigos, procurando um canto isolado onde pudesse ficar sozinho com seus pensamentos. Ele encostou-se a uma parede, puxou um maço de cigarros do bolso e acendeu um. O primeiro trago foi longo e profundo, o gosto amargo da nicotina acalmando momentaneamente a tempestade dentro dele.
Enquanto soltava a fumaça, seus pensamentos se voltaram para . Ele imaginou a dor nos olhos dela, a tristeza que ele havia causado. Cada imagem que passava por sua mente aumentava o peso da culpa em seu peito. Ele sabia que ela estava ferida, e isso o matava por dentro. Mas, ao mesmo tempo, ele sentia que essa era a única maneira de proteger ambos.
Ele levou o cigarro à boca novamente, fumando lentamente, tentando encontrar alguma lógica em seus sentimentos. “É melhor assim,” ele repetiu para si mesmo. “Eu não posso me apaixonar por ela. Eu não posso correr o risco de sofrer novamente.”
O passado voltou com força, trazendo consigo memórias dolorosas. A culpa pela morte dos pais era um fardo constante, uma sombra que ele nunca conseguia escapar. Ele sempre se sentira indigno de amor, como se não merecesse ser feliz. E era por isso que ele sempre fugia desse tipo de sentimento, preferindo a dor e a solidão à possibilidade de se machucar novamente.
- Espero que você saiba que esse alguém não sou eu, – ele murmurou, a voz baixa e cheia de pesar – espero que você saiba que esse alguém não sou eu, .
Enquanto repetia essas palavras, ele sentiu uma pontada de tristeza misturada com resignação. Ele jogou o cigarro no chão e o esmagou com o pé, soltando um suspiro pesado. Jungkook sabia que tinha tomado a decisão certa, mesmo que isso significasse ferir a única pessoa que havia conseguido romper suas barreiras. Para ele, era melhor assim. Para ambos.
Ele se afastou da parede, ainda perdido em pensamentos, sabendo que tinha um longo caminho pela frente para lidar com os demônios do passado e as consequências de suas ações.
***
foi em direção ao ponto de ônibus, as lágrimas quentes escorriam por seu rosto, contrastando com o gelado da noite de Seul. As amigas andavam atrás, pedindo que ela esperasse por elas, mas as vozes eram apenas ruídos, como se estivessem muito distantes.
Foi quando ela ouviu a voz de Yugyeom chamando por ela, e então ela parou subitamente de andar escorando uma das mãos em um dos postes que iluminavam a rua, e eles finalmente conseguiram a alcançar. As amigas primeiro e depois Yugyeom.
. Ela abraçou a amiga com mais força, sentindo-se um pouco mais amparada.
foi a próxima a falar, colocando uma mão gentilmente no ombro de :
— , você é uma pessoa incrível, e todos nós vemos isso. Não deixe que ninguém te faça sentir menos do que realmente é. Estamos aqui para você, sempre. — disse , sua voz cheia de carinho e determinação.
, com os olhos marejados, pegou a mão de e a apertou suavemente.
— , lembre-se de que os momentos difíceis nos tornam mais fortes. Nós vamos passar por isso juntas, e você nunca estará sozinha. — falou , sua voz transmitindo solidariedade e força.
, que sempre tinha um sorriso caloroso, tentou trazer um pouco de luz para o momento.
— Você merece alguém que te valorize e te ame por quem você é. E eu sei que essa pessoa está, esperando para te encontrar. — disse , olhando para Yugyeom e depois para a amiga com um sorriso encorajador.
, sempre calma e ponderada, acrescentou suas palavras de conforto.
— O amor verdadeiro é paciente e gentil. E ele virá para você, . Enquanto isso, saiba que estamos aqui para te apoiar em cada passo do caminho. — afirmou , sua voz serena como uma brisa suave.
, por fim, abraçou e falou com firmeza:
— Nós somos suas amigas e estaremos sempre ao seu lado. Não importa o que aconteça, estamos aqui para te apoiar e te ajudar a seguir em frente. Você não está sozinha. — garantiu , sua voz carregada de determinação e carinho.
tomou a frente e abraçou com força, sentindo a energia tumultuada de sua amiga. Fechou os olhos por um instante, concentrando-se em sua intuição e mediunidade, tentando encontrar as palavras certas para reconfortá-la.
— , às vezes a vida nos dá lições difíceis, mas saiba que você é forte e capaz de superar qualquer obstáculo. Você tem uma luz dentro de você que ninguém pode apagar. — falou com uma voz suave e reconfortante, suas palavras carregadas de uma sabedoria serena.
soluçou, as lágrimas caindo mais intensamente, mas sentiu um leve alívio ao ouvir as palavras de . Ela abraçou a amiga com mais força, sentindo-se um pouco mais amparada.
foi a próxima a falar, colocando uma mão gentilmente no ombro de .
— , você é uma pessoa incrível, e todos nós vemos isso. Não deixe que ninguém te faça sentir menos do que realmente é. Estamos aqui para você, sempre. — disse , sua voz cheia de carinho e determinação.
, com os olhos marejados, pegou a mão de e a apertou suavemente.
— , lembre-se de que os momentos difíceis nos tornam mais fortes. Nós vamos passar por isso juntas, e você nunca estará sozinha. — falou , sua voz transmitindo solidariedade e força.
, que sempre tinha um sorriso caloroso, tentou trazer um pouco de luz para o momento.
— Você merece alguém que te valorize e te ame por quem você é. E eu sei que essa pessoa está lá fora, esperando para te encontrar. — disse , com um sorriso encorajador.
, sempre calma e ponderada, acrescentou suas palavras de conforto.
— O amor verdadeiro é paciente e gentil. E ele virá para você, . Enquanto isso, saiba que estamos aqui para te apoiar em cada passo do caminho. — afirmou , sua voz serena como uma brisa suave.
, por fim, abraçou e falou com firmeza:
— Nós somos suas amigas e estaremos sempre ao seu lado. Não importa o que aconteça, estamos aqui para te apoiar e te ajudar a seguir em frente. Você não está sozinha. — garantiu , sua voz carregada de determinação e carinho.
, ainda com lágrimas nos olhos, sentiu-se envolvida pelo amor e apoio de suas amigas. Respirou fundo, tentando acalmar o turbilhão de emoções dentro dela, e olhou para cada uma delas com gratidão.
— Obrigada, meninas. Eu não sei o que faria sem vocês. — disse , a voz embargada, mas cheia de sinceridade.
olhou nos olhos de Yugyeom e então se jogou nos braços do mais alto deixando mais lágrimas escorrerem por seu rosto. Yugyeom a abraçou com toda a força que ele tinha naquele momento, inalando o cheiro bom dos cabelos negros dela.
viu algumas sombras correndo em direação á elas, mas não conseguiu reconhecer quem eram, é claro, e então se assustou. aninhou a mais nova em um abraço, acalmando-a.
- Calma cariño! São os garotos, incluindo o Yoongi…
estreitou a visão tentanto reconhecer Yoongi, mas falou outra vez.
Yoongi estava acompanhado de Hoseok, Namjoon, V e Jimin, que não tiveram tempo de se despedir das garotas devido ao tumulto da briga e etc.
Yoongi parou em frente á , ofegante pela corrida e então a garota analisou o rosto dele sem reconhecer. Yoongi segurou uma das mãos dela.
- Sou eu! – ele apertou a mão dela enquanto lhe mostrava com a mão livre o colar com o pingente que eles dividiam.
observou o colar e franziu o cenho, tentando reconhecer por alguns instantes, então ela se lembrou do colar.
- Ah! É você! – ela o abraçou com força.
- Você quer ir para casa? – ele perguntou enquanto passava as mãos pelas costas dela.
assentiu que sim.
- Alguém precisa de carona? – Suga olhou para as garotas.
e Jimin deram as mãos, e o moreno depositou um beijo no topo da cabeça da cubana.
- Vou levar você! – ela assentiu para ele.
Hoseok e estavam um ao lado do outro, ele com as mãos nos bolsos e com os braços cruzados, e o semblante sério.
- , sua casa é perto da minha, se quiser eu levo você depois de deixar a em casa…
- Eu vou aceitar! – ela assentiu, sorrindo sem mostrar os dentes.
- Também vou deixar a em casa… – Namjoon e ela entrelaçaram os dedos –
e V se encararam. Os dois não haviam chegado juntos, mas não havia razão para não irem embora juntos, certo?
- Eu te levo . – V quebrou o silêncio – Afinal de contas…
Ele não precisou finalizar, todos entenderam que ele queria dizer que iam para o mesmo lugar.
Os amigos começaram a se dispersar, cada um encontrando seu par para ir para casa. e Jimin, de mãos dadas, caminhavam juntos, enquanto Hoseok e trocavam um olhar cúmplice antes de se encaminharem para o carro de Hoseok. Namjoon e seguiram em direção à saída, seus dedos entrelaçados. aceitou a carona de Hoseok com um sorriso discreto, e foi acompanhada por V, que a olhava com carinho.
Antes de se despedir, V se aproximou de , segurando-a pelos ombros com firmeza, mas com delicadeza.
— — começou V, sua voz baixa e sensata —, eu sei que Jungkook foi imaturo. Ele tem traumas do passado que às vezes o fazem agir de maneira que ele mesmo não compreende. Mas nada disso justifica a atitude dele, nem apaga a dor que você está sentindo agora.
olhou para V, seus olhos ainda marejados de lágrimas. Ela balançou a cabeça lentamente, a tristeza e a raiva ainda presentes em seu rosto.
— Eu não quero mais saber ou ver o Jungkook nem pintado de ouro, Taehyung… — disse ela, sua voz trêmula, mas decidida. — Eu entendo que ele é seu amigo, mas é o melhor. Como ele mesmo disse, não é? Obrigada por estar aqui, mas eu preciso de um tempo longe dele.
V assentiu, respeitando os sentimentos de . Ele a puxou para um abraço reconfortante, passando uma sensação de segurança e compreensão.
— Nós vamos conversar com ele, . E se precisar de qualquer coisa, estamos aqui para você — garantiu V, sua voz firme e cheia de empatia.
sentiu-se um pouco mais aliviada, ainda que a dor estivesse presente. Ela retribuiu o abraço de V, sentindo-se grata pelo apoio dos amigos.
Enquanto os grupos se dispersavam, as palavras de apoio e carinho ainda ressoavam no ar, um lembrete constante de que, apesar das dificuldades, não estava sozinha. As amigas e amigos estavam ali para ela, em cada passo do caminho, prontos para oferecer a força e o amor que ela precisava para seguir em frente.
, ainda envolvida pelo abraço de V, fechou os olhos por um momento, respirando fundo e sentindo a determinação crescer dentro dela. Ela sabia que teria um caminho difícil pela frente, mas com amigos como aqueles ao seu lado, estava disposta a enfrentar qualquer desafio.
***
Yugyeom abriu a porta do carro para , que entrou em silêncio. Ele deu a volta e se acomodou no banco do motorista, ligando o carro e começando a dirigir em direção ao apartamento deles. permaneceu em silêncio, com a cabeça escorada no vidro da janela. Do lado de fora, a chuva começou a cair levemente, as gotas deslizando pelo vidro, refletindo o turbilhão de emoções que ela sentia por dentro.
sentia-se vazia. A dor da traição de Jungkook e o alívio de ter amigas tão maravilhosas se misturavam em uma confusão de sentimentos. As palavras de conforto de , , , , e ainda ecoavam em sua mente, mas a tristeza era profunda, e a ferida estava aberta. Ela se sentia perdida, sem saber como seguir em frente, como confiar novamente.
Yugyeom, do outro lado, estava com os punhos cerrados ao volante. Ele estava furioso com Jungkook por ter machucado dessa maneira. O desejo de proteger a amiga, que significava tanto para ele, fazia seu sangue ferver. Ele olhava para de tempos em tempos, preocupado com o silêncio dela, desejando poder tirar aquela dor de dentro dela. Mas sabia que algumas feridas só o tempo poderia curar.
O silêncio no carro era denso, apenas interrompido pelo som da chuva que aumentava gradualmente. fechou os olhos, tentando se concentrar no ritmo das gotas de chuva, tentando acalmar sua mente agitada. Mas cada vez que ela fechava os olhos, lembrava-se do sorriso de Jungkook, das promessas que ele havia feito, e sentia-se traída de novo e de novo.
Yugyeom finalmente quebrou o silêncio, sua voz baixa e cheia de preocupação.
— , eu sei que você está sofrendo, mas quero que saiba que estou aqui para você. Qualquer coisa que você precisar, qualquer hora, eu estou aqui.
abriu os olhos lentamente e olhou para Yugyeom. Havia tanta dor nos olhos dela, mas também um lampejo de gratidão. Ela tentou sorrir, mas foi um sorriso triste, cheio de mágoa.
— Obrigada, Gyeom! Eu… eu não sei o que faria sem você e as meninas — disse ela, a voz quase um sussurro.
Yugyeom assentiu, sentindo a raiva e a frustração ainda fervilhando dentro dele, mas tentando manter a calma para o bem de .
Assim que chegaram ao apartamento, Yugyeom estacionou o carro e ajudou a sair. Eles subiram em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos. sentia-se exausta, emocionalmente drenada, enquanto Yugyeom ainda estava lutando com a raiva e a frustração.
foi direto para o banheiro, desejando desesperadamente lavar a noite e as emoções pesadas. Ela ligou o chuveiro, deixando a água quente escorrer sobre seu corpo, esperando que isso ajudasse a acalmar sua mente. As lágrimas se misturaram com a água do chuveiro enquanto ela relembrava os momentos felizes com Jungkook e a espécie de traição que agora queimava em seu coração.
Enquanto isso, na cozinha, Yugyeom preparava um chá para . Ele escolheu um chá de camomila, conhecido por suas propriedades calmantes, esperando que isso ajudasse a amiga a relaxar um pouco. Colocou a chaleira no fogo e preparou duas xícaras, uma para ela e uma para ele.
saiu do banho com a pele vermelha da água quente, sentindo-se um pouco mais leve, mas ainda com o peso do dia em seus ombros. Vestiu um pijama confortável e foi para a cozinha, onde encontrou Yugyeom terminando de preparar o chá.
— Aqui está… — disse Yugyeom, entregando a xícara a . — Espero que isso te ajude a se sentir um pouco melhor.
— Obrigada, Gyeom. — sorriu levemente, os olhos ainda brilhando com lágrimas não derramadas. Ela se aproximou dele e deixou um beijo suave em sua bochecha. — Você é o melhor!
Yugyeom sorriu, sentindo um calor reconfortante com o gesto dela, mas ainda havia uma preocupação profunda em seu olhar.
— Vou tomar um banho agora. Qualquer coisa, me chame, ok? — disse ele, e assentiu.
Yugyeom foi para o banheiro, deixando a água quente lavar a tensão de seu corpo. Enquanto a água caía, ele pensava em Li Hua. A lembrança dela trazia um misto de sentimentos. Havia uma dor de uma história inacabada e uma saudade que ele provavelmente não saberia como lidar, ele se perguntava se algum dia teria a chance de resolver as coisas com ela, ou se Li Hua era uma daquelas pessoas que, embora importantes, estariam destinadas a permanecer no passado…
Ao terminar o banho, Yugyeom se sentiu um pouco mais calmo, embora a raiva e a frustração ainda estivessem lá. Ele vestiu roupas confortáveis e voltou para a sala, onde encontrou sentada no sofá, segurando a xícara de chá. O ambiente estava silencioso, exceto pelo som suave da chuva lá fora.
— Como você está se sentindo? — perguntou Yugyeom, sentando-se ao lado dela.
— Um pouco melhor — respondeu , olhando para ele com um sorriso fraco. — Obrigada pelo chá e por estar aqui comigo.
— Sempre. Sempre estarei aqui para você — disse Yugyeom, colocando a mão sobre a dela e apertando levemente, oferecendo todo o apoio que ela precisasse.
olhou para Yugyeom, e seus olhos começaram a marejar novamente.
— Você bem que tentou me alertar, não é? — disse ela, a voz tremendo.
Yugyeom passou um dos braços em volta dela, puxando-a para mais perto. se aconchegou em seu peito, sentindo o calor e o conforto que ele sempre proporcionava.
— Eu só queria que você não se machucasse. — respondeu Yugyeom, balançando a cabeça levemente.
suspirou, sentindo a dor e a frustração voltarem à tona.
— Sei que nós não tínhamos nenhum rótulo e que ele nunca me prometeu nada, mas sei lá, ele podia ter sido direto, sabe? Ele podia ter, sei lá, conversado comigo. Isso teria me poupado essa humilhação e essa queimação no peito… — continuou ela, as lágrimas escorrendo pelo rosto — Porque eu teria tentado não me apaixonar e tratado ele só como mais um, como ele estava fazendo comigo, sabe?
Yugyeom apertou-a um pouco mais forte, sentindo a tristeza dela como se fosse sua própria.
— Eu sei, . Eu sei. Ele devia ter sido honesto com você. — Ele acariciou levemente os cabelos dela, tentando oferecer o máximo de conforto possível. — Você merece alguém que seja sincero e que te valorize pelo que você é, alguém que não jogue com seus sentimentos.
soluçou, sentindo o peso das palavras de Yugyeom. Ela sabia que ele estava certo, mas isso não tornava a dor menos intensa.
— Eu só queria entender por quê, sabe? Por que ele fez isso. O que ele ganhou me enganando desse jeito? — perguntou ela, a voz cheia de mágoa.
— Eu não sei, . Algumas pessoas simplesmente não pensam nas consequências de suas ações. Mas você não está sozinha. Nós estamos aqui para você, sempre — disse Yugyeom, sua voz cheia de carinho e determinação.
fechou os olhos, sentindo-se um pouco mais segura nos braços de Yugyeom. Ela sabia que o caminho à frente seria difícil, mas com amigos como ele, talvez pudesse encontrar a força para seguir em frente.
— Obrigada, Gyeom. Eu não sei o que faria sem você! — sussurrou ela, apertando-o um pouco mais forte.
— Você nunca terá que descobrir, porque eu sempre estarei aqui para você — respondeu ele, beijando o topo da cabeça dela.
Eles ficaram ali, em silêncio, ouvindo a chuva cair lá fora, ambos tentando encontrar um pouco de paz em meio ao turbilhão de emoções.
Capítulo 25
mantinha as mãos no bolso do grande casaco, já que estava muito frio em Seul. A neve começava a dar seus sinais, e fazia um tempo que não nevava na cidade, então tudo estava muito atípico.
Ela observava os peritos trabalharem no corpo estirado ao chão, eram sinais óbvios de um crime passional, quem matou aquela mulher sentia muito ódio dela, e isso não passou despercebido por .
Yugyeom e Jungsu conversavam com algumas testemunhas, colhendo as primeiras informações que, claro, eram cruciais. Enquanto esperava os peritos terminarem os primeiros trabalhos ali no local do corpo ela pôs-se a pensar em como a vida era efêmera…
Taehyung chegou ao local do crime com passos firmes, seu semblante sério e determinado, refletindo a responsabilidade que sentia ao conduzir uma investigação tão delicada. Ele vestia um sobretudo escuro, o que contrastava com a brancura da neve que começava a se acumular ao redor. O clima frio não parecia incomodá-lo, mas seus olhos revelavam a gravidade da situação.
Assim que avistou Yugyeom e Jungsu, que estavam concentrados nas entrevistas com as testemunhas, Taehyung se aproximou, cumprimentando-os com um aceno breve.
— O que temos até agora? — perguntou Taehyung, olhando de relance para o corpo que ainda estava sendo examinado pelos peritos.
Yugyeom foi o primeiro a responder, mantendo a voz baixa para não alarmar os curiosos ao redor:
— Estamos coletando os primeiros depoimentos. A maioria das testemunhas não viu o momento do crime, mas algumas ouviram uma discussão acalorada antes do tiro. A vítima era conhecida por estar envolvida em uma relação conturbada com um dos moradores daqui.
Jungsu, que estava revisando algumas anotações, completou:
— Parece que todos estão inclinados a acreditar que o motivo foi passional, dado o histórico dela. Ainda estamos verificando, mas há indícios de que o assassino possa ser alguém próximo. A cena sugere muita raiva envolvida.
Taehyung assentiu, absorvendo as informações enquanto observava o local com atenção.
— Certo, vamos continuar com as investigações e procurar qualquer pista que possa ligar o suspeito à cena do crime. Não podemos descartar nenhuma possibilidade ainda — disse ele, firme.
Yugyeom e Jungsu concordaram e continuaram seu trabalho. Taehyung, após certificar-se de que estavam bem encaminhados, começou a se aproximar dos peritos para obter um relatório preliminar, mantendo sua postura de liderança enquanto a neve caía ao redor, trazendo um ar ainda mais sombrio à cena.
Taehyung, depois de conversar com Yugyeom e Jungsu, dirigiu-se em direção a , que estava mais afastada, observando os peritos trabalharem. O vento frio soprava suavemente, trazendo consigo pequenos flocos de neve, enquanto a cena do crime ganhava um tom ainda mais melancólico. , imersa em seus pensamentos, parecia alheia ao frio que a rodeava.
Ao se aproximar dela, Taehyung percebeu a expressão séria e introspectiva de . Ela mantinha as mãos nos bolsos do casaco, seus olhos fixos no corpo estirado ao chão, como se estivesse tentando desvendar os últimos momentos da vítima apenas pela observação. Taehyung parou ao lado dela, sem dizer nada por um momento, compartilhando o silêncio que parecia pesado naquela atmosfera.
— Está pensando no que aconteceu? — Taehyung finalmente quebrou o silêncio, sua voz baixa e suave, quase como se não quisesse perturbar os pensamentos dela.
piscou lentamente e desviou o olhar para Taehyung, assentindo levemente.
— Sim. É difícil não pensar… A maneira como tudo aconteceu, o ódio que essa pessoa deve ter sentido para cometer um crime assim. — Ela suspirou, voltando os olhos para a cena. — A vida é tão frágil, e é assustador ver como, em um momento de raiva ou desespero, alguém pode tirar isso de outra pessoa.
Taehyung assentiu, compreendendo a profundidade dos pensamentos de . Ele também sabia o peso que essas investigações traziam, especialmente quando envolviam crimes passionais.
— Eu sei. E é por isso que precisamos ser meticulosos aqui. Qualquer detalhe pode nos levar ao responsável por isso — disse Taehyung, a voz cheia de determinação. Ele olhou para o corpo novamente, tentando juntar as peças do quebra-cabeça. — Já tem alguma teoria? Algo que tenha te chamado a atenção?
mordeu o lábio inferior, hesitando por um momento antes de responder.
— Ainda é cedo, mas… o que me intriga é a intensidade da agressão. Não foi apenas um assassinato; foi uma explosão de ódio. Acho que o motivo não é apenas passional, pode haver algo mais profundo por trás disso. Precisamos cavar mais fundo.
Taehyung olhou para com admiração. A sensibilidade dela era uma qualidade valiosa nas investigações, permitindo que ela enxergasse além do óbvio.
— Concordo. Vamos focar nisso. Nada é o que parece à primeira vista — respondeu ele, com um leve sorriso encorajador.
Enquanto os flocos de neve continuavam a cair ao redor deles, Taehyung e se prepararam mentalmente para o que viria a seguir. Eles sabiam que, para desvendar a verdade por trás daquele crime, precisariam de paciência, perspicácia e, acima de tudo, um olhar atento aos detalhes que muitos poderiam ignorar.
Os peritos, finalmente terminando os primeiros trabalhos no local, se aproximaram de Taehyung e para fornecer as informações iniciais. Eles estavam cobertos com roupas especiais para o frio e carregavam expressões de seriedade, conscientes da gravidade da situação.
O chefe dos peritos, um homem de estatura média com um olhar cansado, fez um aceno para os dois investigadores.
— Delegado Kim, investigadora Machado — começou ele, com um tom profissional. — Aqui estão as primeiras observações. A vítima é uma mulher na faixa dos trinta anos, identificada como Haejin Kim. Ela foi encontrada aqui há poucas horas, aparentemente morta por ferimentos graves na região do tórax, que parecem ter sido causados por um objeto cortante.
anotou mentalmente enquanto o perito continuava.
— Aparentemente, a violência foi extrema. Não há sinais de resistência por parte da vítima, o que pode indicar que ela conhecia o agressor. Além disso, encontramos algumas evidências que sugerem que a agressão pode ter ocorrido em outro local antes de ela ser deixada aqui.
Taehyung franziu a testa, absorvendo as informações.
— Alguma ideia sobre o motivo do crime? — perguntou ele, tentando conectar as peças.
— Ainda é cedo para determinar o motivo exato. Contudo, com base na brutalidade do ataque, é possível que haja um forte sentimento de vingança ou ciúmes envolvido. Estamos aguardando os resultados dos testes para verificar se há alguma evidência de DNA ou impressões digitais que possam nos ajudar a identificar o suspeito.
interveio, com um olhar atento.
— Alguma evidência de que a vítima conhecia o agressor? Alguma marca ou coisa que possa indicar isso?
O perito fez uma pausa e olhou para suas anotações.
— Não encontramos marcas evidentes de luta, mas o fato de que não houve resistência sugere que ela pode ter sido atacada de surpresa. Os detalhes mais sutis, como possíveis marcas de mãos ou sinais de confronto, podem aparecer nos resultados da perícia completa.
— Obrigado pelas informações — disse Taehyung, dirigindo-se ao chefe dos peritos. — Continuaremos nossa investigação e manteremos contato conforme necessário.
Os peritos assentiram e se afastaram, deixando Taehyung e no local, prontos para começar o trabalho de campo.
Taehyung olhou para , que ainda parecia pensativa.
— Vamos ver se conseguimos encontrar alguma pista adicional. Precisamos descobrir o que realmente aconteceu aqui — disse ele, com determinação.
assentiu, olhando para o corpo mais uma vez antes de seguir com Taehyung. Eles estavam prontos para mergulhar no trabalho, cientes de que cada detalhe poderia ser a chave para resolver o mistério por trás do crime.
Enquanto Taehyung e começavam a se afastar do local do crime, fez um gesto para Taehyung, indicando que queria conferir algo mais de perto. Eles pararam ao lado do corpo, agora coberto por uma lona, e apontou para o chão ao redor.
— As marcas no chão… — ela começou, a voz carregada de curiosidade. — O que você acha? Parece que a vítima foi arrastada até aqui. Veja como a neve está deslocada, como se alguém tivesse feito força para movê-la.
Taehyung se abaixou para examinar o que estava apontando. Ele podia ver o rastro na neve, que de fato parecia indicar que o corpo havia sido movido de outro lugar antes de ser deixado ali.
— Isso reforça a teoria de que o ataque aconteceu em outro local, talvez em um lugar mais privado — ele comentou, pensativo. — Quem fez isso queria esconder o corpo, mas não o suficiente para enterrá-lo ou escondê-lo bem.
assentiu. Ela estava em sintonia com o que Taehyung dizia, mas algo a incomodava. Ela ainda estava processando as informações enquanto seus olhos percorriam o ambiente ao redor.
— Esse rastro… — ela murmurou para si mesma, olhando na direção de onde o corpo pode ter vindo. — Precisamos descobrir onde isso começa. Se conseguirmos encontrar o ponto de origem, talvez possamos entender melhor o que aconteceu.
Taehyung seguiu o olhar de e assentiu, concordando.
— Vamos seguir o rastro até o fim. Pode ser que encontremos algo que os peritos ainda não perceberam, alguma evidência deixada para trás.
Eles começaram a caminhar ao longo do rastro, que os levou a uma área mais densa do parque, onde as árvores bloqueavam um pouco da neve, criando um ambiente mais escuro e sombrio. A trilha continuava, e quanto mais eles seguiam, mais evidente ficava que havia algo perturbador acontecendo ali.
sentiu um calafrio, mas não sabia dizer se era por causa do frio ou da atmosfera pesada do lugar. Ela manteve os olhos atentos, procurando qualquer coisa que pudesse servir de pista.
De repente, Taehyung parou e abaixou-se para examinar algo no chão. se aproximou rapidamente, vendo que ele estava olhando para uma pequena mancha escura na neve. Ele tocou levemente a mancha com as pontas dos dedos e trouxe-os de volta à luz.
— Sangue — ele disse com firmeza. — A vítima foi atacada aqui, com certeza.
se inclinou, tentando visualizar a cena do crime em sua mente.
— Mas por que a pessoa a arrastaria até lá? O que havia de importante no outro local?
Taehyung franziu o cenho, refletindo.
— Talvez o assassino quisesse jogar a polícia fora da trilha, ou… pode ter sido algo impulsivo, feito no calor do momento. Precisamos de mais informações para entender o que motivou essa movimentação.
Os dois ficaram em silêncio por um momento, absorvendo as implicações do que haviam descoberto. O caso estava começando a se complicar ainda mais, e eles sabiam que precisariam juntar cada pedaço de evidência para chegar ao fundo da verdade.
— Vamos avisar os peritos sobre isso — disse finalmente, quebrando o silêncio. — Eles podem precisar revisar a cena aqui, e isso pode nos ajudar a traçar um perfil mais claro do que aconteceu.
Taehyung assentiu e pegou o rádio para chamar a equipe de perícia de volta. Eles ainda estavam longe de resolver o caso, mas haviam dado um passo importante na direção certa.
Enquanto e Taehyung estavam focados na nova descoberta, o som do rádio de ecoou pelo silêncio do parque. Ela pegou o aparelho, ouvindo a voz de Yugyeom do outro lado.
— ? Onde você e o delegado estão? — a voz de Yugyeom soava preocupada, mas também carregava a urgência habitual em situações como aquela.
olhou para Taehyung, que assentiu, indicando que ela deveria responder.
— Estamos na área mais densa do parque, próximo à linha de árvores. Seguimos o rastro de sangue que encontramos na neve. Parece que a vítima foi atacada aqui antes de ser movida — respondeu , sua voz firme, mas deixando transparecer a seriedade da situação.
Houve um breve silêncio do outro lado, provavelmente enquanto Yugyeom processava a informação.
— Entendido. Vamos até aí — Yugyeom respondeu. — Mantenham-se no local, estamos a caminho.
desligou o rádio e guardou-o no bolso, voltando seu olhar para Taehyung. Ele já estava de pé, observando o ambiente ao redor, como se estivesse tentando juntar as peças do quebra-cabeça.
— Eles vão chegar em alguns minutos — informou, cruzando os braços para se proteger do frio que parecia ter ficado mais intenso.
Taehyung assentiu, ainda absorvido em seus pensamentos.
— Quanto mais pistas conseguirmos agora, melhor. Isso pode ser crucial para entender a dinâmica do crime — ele murmurou, seus olhos fixos no rastro de sangue.
Eles esperaram em silêncio, o peso da situação envolvendo-os como uma nuvem pesada. A neve continuava a cair suavemente ao redor, criando um contraste quase surreal com a cena de violência que estavam investigando.
Minutos depois, o som de passos na neve anunciou a chegada de Yugyeom, Jungsu e os peritos. O ambiente estava envolto em uma calma tensa, com a neve caindo suavemente, cobrindo as árvores e o solo com um manto branco, que fazia o rastro de sangue parecer ainda mais perturbador.
Yugyeom foi o primeiro a se aproximar, seus olhos sérios enquanto ele analisava a cena. Ao lado dele, Jungsu carregava uma expressão igualmente grave. Os dois pararam ao lado de e Taehyung, observando o rastro de sangue que se estendia até o ponto onde a vítima havia sido deixada.
— Isso confirma que ela foi atacada aqui e depois arrastada até o local onde a encontramos — disse Taehyung, quebrando o silêncio enquanto apontava para o rastro.
Um dos peritos, que havia chegado com Yugyeom e Jungsu, começou a examinar a área onde o sangue estava mais concentrado. Ele fez algumas anotações rápidas antes de se levantar e virar-se para os outros.
— O padrão de sangue sugere que o ataque foi brutal e aconteceu em um curto período de tempo. A vítima provavelmente foi surpreendida — explicou o perito, olhando para o grupo. — Vamos coletar amostras para determinar se há algum DNA do agressor misturado ao sangue da vítima.
Yugyeom olhou para e depois para Taehyung, uma expressão de determinação no rosto.
— Se conseguirmos identificar o DNA do agressor, teremos uma pista sólida para avançar na investigação. Precisamos cobrir todas as possibilidades — disse Yugyeom, a voz carregada de intensidade.
Jungsu, que estava observando o cenário com olhos atentos, acrescentou:
— Precisamos considerar que o agressor pode ter se machucado durante o ataque. Isso explicaria a quantidade de sangue espalhada por aqui. — Ele apontou para algumas manchas mais leves de sangue no caminho, que poderiam sugerir que o agressor também estava ferido.
Taehyung assentiu, concordando com a análise de Jungsu. Ele olhou ao redor, como se tentando visualizar o ataque enquanto ele acontecia, e então voltou a falar.
— Vamos garantir que a área seja completamente vasculhada. Não podemos perder nenhuma evidência que possa nos levar ao agressor. Precisamos descobrir quem fez isso e por quê.
manteve-se em silêncio, absorvendo cada detalhe. A presença dos peritos, a análise cuidadosa de Yugyeom e Jungsu, e a determinação de Taehyung davam a ela uma sensação de que estavam no caminho certo, mas também a lembravam da gravidade do que estavam enfrentando.
A investigação durou o dia inteiro, com a equipe de Taehyung trabalhando incansavelmente para reunir todas as evidências possíveis. A neve continuava a cair suavemente, mas o clima tenso no local do crime contrastava com a tranquilidade da paisagem. Os peritos coletaram amostras de sangue, examinaram o terreno em busca de pegadas ou qualquer outro indício que pudesse ajudar a identificar o agressor. Testemunhas foram interrogadas, mas as informações obtidas eram limitadas e não contribuíam para um avanço significativo.
Yugyeom e Jungsu se revezavam na coleta de depoimentos e na análise das pistas, enquanto Taehyung coordenava tudo, mantendo a equipe focada e determinada. O rastro de sangue, as manchas espalhadas, e a brutalidade do ataque eram analisados meticulosamente, mas o motivo do crime ainda permanecia nebuloso.
À medida que o dia avançava, a escuridão da noite começou a tomar conta, e o frio se intensificava. Mesmo assim, ninguém demonstrava sinais de cansaço; todos estavam comprometidos em resolver o caso, sabiam que cada minuto era crucial. No entanto, quando a noite já estava bem avançada e a equipe exausta, Taehyung decidiu que era hora de encerrar as operações no local.
— Vamos continuar isso amanhã. Precisamos estar descansados para pensar com clareza — disse Taehyung, sua voz firme, mas demonstrando o cansaço que sentia. Yugyeom e Jungsu concordaram com um aceno, já sentindo o peso das horas de trabalho nas costas.
Enquanto todos os outros começaram a se dispersar, Yugyeom e Taehyung ficaram um pouco mais para garantir que tudo estava devidamente finalizado. Eles trocaram algumas palavras rápidas sobre o próximo passo da investigação antes de finalmente seguirem para suas respectivas casas, exaustos, mas com a mente ainda ocupada pelo caso.
Quando Taehyung finalmente chegou em casa, foi recebido pelo silêncio. O ambiente estava aquecido, uma fuga bem-vinda do frio exterior. Ao entrar na sala, ele encontrou sentada no sofá, coberta por um cobertor, segurando uma xícara de chocolate quente. Ela estava olhando para a TV, mas era evidente que não estava realmente prestando atenção ao que passava na tela.
O rosto de refletia cansaço e preocupação. Ela parecia imersa em pensamentos, provavelmente ainda processando tudo o que havia testemunhado durante o dia. Taehyung parou por um momento, observando-a em silêncio, antes de se aproximar lentamente.
— Foi um dia difícil — ele disse suavemente, se sentando ao lado dela no sofá, o calor do ambiente e a presença dela proporcionando um raro momento de conforto.
desviou o olhar da TV para Taehyung, seus olhos cansados, mas ela ofereceu um pequeno sorriso, demonstrando que apreciava a companhia dele naquele momento silencioso.
manteve o olhar no de Taehyung por alguns segundos antes de dar um suspiro profundo. Ela sabia que ele estava tão exausto quanto ela, senão mais, e que precisavam de um momento de descanso depois de um dia tão intenso. Com um sorriso terno, ela falou suavemente:
— Vai tomar um banho, Tae. Eu vou preparar um desses para você — disse, erguendo a xícara de chocolate quente como referência.
Taehyung sorriu, um sorriso cansado, mas cheio de gratidão. Ele assentiu, sentindo o peso do dia finalmente começar a ceder diante do conforto oferecido por .
— Obrigado, — respondeu ele, sua voz carregada de cansaço e alívio.
Ele se levantou lentamente, sentindo cada músculo protestar contra o movimento, e se dirigiu ao banheiro para seguir o conselho de , deixando-a na sala para cumprir sua promessa de preparar algo quente para ele também.
se levantou do sofá e se dirigiu à cozinha, onde começou a preparar o chocolate quente para Taehyung. Ela colocou o leite para esquentar em uma panela, adicionou o cacau em pó e uma pitada de açúcar, mexendo com cuidado para que o chocolate ficasse bem cremoso. Enquanto mexia, seus pensamentos vagavam pelo longo dia que tiveram, refletindo sobre como a vida deles havia se tornado uma mistura constante de momentos como aquele—intensos e cansativos, mas sempre se apoiando um no outro.
Assim que o chocolate quente ficou pronto, o despejou em uma xícara, o vapor subindo suavemente no ar frio da casa. Ela adicionou um toque final de canela por cima, exatamente como Taehyung gostava, e levou a xícara de volta para a sala, colocando-a na mesinha de centro.
Pouco depois, Taehyung saiu do banho, vestido com roupas confortáveis e um agasalho grosso para se proteger do frio. Ele se juntou a na sala, sentando-se ao lado dela no sofá. O ambiente estava aconchegante, com o som baixo da televisão e as luzes suaves criando uma atmosfera tranquila.
entregou a xícara de chocolate quente para ele, e Taehyung aceitou com um sorriso agradecido.
— Você sempre sabe como melhorar meu dia — disse ele, a voz ainda um pouco rouca do cansaço, mas com um tom de afeto claro.
Eles se acomodaram lado a lado no sofá, compartilhando aquele momento silencioso de conforto e conexão, saboreando o chocolate quente enquanto deixavam o peso do dia se dissipar lentamente.
Enquanto eles saboreavam o chocolate quente, o silêncio confortável que os envolvia foi aos poucos quebrado por Taehyung, que trouxe à tona o assunto que ambos sabiam que não poderiam ignorar.
— Então, sobre o crime de hoje… — Taehyung começou, ainda com o olhar fixo na xícara de chocolate quente. — O que você achou da cena? Parece que vai ser um daqueles casos complicados.
suspirou, lembrando-se das imagens perturbadoras do corpo e dos detalhes que haviam discutido ao longo do dia.
— Acho que o principal vai ser descobrir o que motivou tanto ódio. Com o que vimos, é claro que a vítima conhecia o agressor… E, bom, é um crime passional, isso geralmente traz mais camadas para a investigação.
— Concordo. — Taehyung assentiu, pensativo. — A vida de alguém pode mudar em um instante por causa de uma decisão impensada. Sempre fico refletindo sobre como as coisas podem sair tão rápido do controle.
ficou em silêncio por um momento, ponderando sobre como essa frase se aplicava a tantos aspectos da vida, incluindo seus próprios dilemas. O clima relaxado estava prestes a mudar quando Taehyung, sem desviar muito do tom casual, decidiu abordar algo que ele vinha guardando há um tempo.
— Falando em coisas fora de controle… Como estão as coisas entre você e o Subin? — Ele lançou a pergunta sem rodeios, mas manteve um tom leve.
engoliu seco, o que não passou despercebido por Taehyung. Ela tomou um gole do chocolate quente para ganhar tempo antes de responder.
— Tá tudo bem, Tae. — Ela deu de ombros, tentando parecer despreocupada, mas Taehyung não era fácil de enganar.
— Tá mesmo? — Ele insistiu, seus olhos analisando cada pequena reação dela.
balançou a cabeça afirmativamente, mas havia um desconforto evidente em seus gestos. Ela tomou mais um gole do chocolate, como se o sabor pudesse afastar a inquietação interna.
— E quando você vai me apresentar ele? — Taehyung perguntou, tentando soar casual, mas não escondendo completamente o interesse genuíno em conhecer o homem que estava ao lado de .
soltou um suspiro leve e deu uma pequena risada nervosa.
— Não precisa disso, Tae. — Ela disse, desviando o olhar. — Nós não temos nada sério, sabe? A relação é aberta, sem compromissos… Apenas uma coisa casual.
Taehyung franziu o cenho ligeiramente, não porque não compreendesse, mas porque se preocupava com o que aquilo significava para .
— E você está realmente bem com isso? — Ele perguntou, a voz carregada de preocupação genuína.
olhou para Taehyung, sua expressão séria agora.
— Eu acho que sim. — Ela respondeu, mas a hesitação em suas palavras entregava que ela não estava tão certa assim.
Taehyung se inclinou um pouco mais, colocando sua mão sobre a dela em um gesto reconfortante.
— , você sabe que merece o melhor, certo? Se em algum momento você sentir que isso não é o que você realmente quer, não tenha medo de mudar as regras.
assentiu, mas não disse mais nada. Ela sabia que Taehyung tinha razão, mas admitir isso era mais difícil do que parecia.
Eles ficaram em silêncio novamente, com Taehyung ainda segurando sua mão, o calor entre os dois oferecendo um consolo silencioso enquanto ambos refletiam sobre suas vidas complicadas e as escolhas que estavam fazendo.
observou Taehyung em silêncio por alguns instantes, tentando ler as emoções por trás de seus olhos. Ela sempre soube que ele não era do tipo que se abria facilmente, mas naquele momento, sentiu que era hora de fazer uma pergunta que há muito tempo estava guardada.
— E a garota que você estava conhecendo? — perguntou, tentando manter a voz leve e casual. — Você nunca fala dela… Nem vejo mais vocês trocando mensagens.
Taehyung riu, mas havia uma nota de desgosto em seu riso. Ele pegou a xícara de chocolate quente, tomou um gole e depois a colocou sobre a mesa de cabeceira. seguiu seu exemplo, depositando a própria xícara ao lado da dele.
— Não deu certo. — Ele respondeu com simplicidade, mas sentiu que havia muito mais por trás dessas palavras.
— Por quê? — Ela perguntou, inclinando-se um pouco mais perto, os olhos fixos nele, procurando alguma pista.
Taehyung hesitou por um momento, mas depois seus olhos encontraram os dela, e havia uma vulnerabilidade ali que ela raramente via nele.
— Porque ela não é você. — Ele disse, a voz baixa, mas cheia de significado
O coração de deu um salto dentro do peito. As palavras dele, tão simples e diretas, carregavam um peso que ela não esperava. Por um momento, ela ficou sem palavras, apenas sentindo a intensidade do que ele acabara de dizer.
O silêncio entre eles parecia elétrico, carregado com tudo o que estavam sem dizer um ao outro há tempos. Sem pensar, apenas agindo por impulso, se inclinou para mais perto. Taehyung fez o mesmo, seus olhares ainda conectados, e então, sem mais hesitação, seus lábios se encontraram.
O beijo começou suave, hesitante, como se ambos estivessem tentando entender o que estava acontecendo, mas rapidamente se tornou algo mais profundo, mais intenso. Era como se todo o tempo que haviam passado juntos, todas as palavras não ditas e os sentimentos reprimidos, fossem finalmente liberados naquele momento.
Taehyung segurou o rosto de com as mãos, puxando-a para mais perto, enquanto ela se entregava ao beijo, sentindo o calor dele envolver seu corpo. Tudo ao redor deles desapareceu; não havia mais o peso do dia exaustivo, as preocupações com o trabalho, ou qualquer outra coisa. Apenas eles dois, finalmente admitindo novamente algo que estava ali há muito tempo.
Quando finalmente se afastaram, ambos estavam sem fôlego, ainda processando o que havia acabado de acontecer. Os olhos de Taehyung ainda estavam fixos nos dela, como se tentasse decifrar sua reação, enquanto sentia seu coração ainda batendo acelerado.
— Eu… — começou, mas não sabia o que dizer. Tudo parecia tão claro e ao mesmo tempo tão confuso.
Taehyung apenas sorriu levemente, ainda segurando o rosto dela com delicadeza.
— Acho que precisávamos disso. — Ele disse suavemente, seu polegar acariciando a bochecha dela.
assentiu, ainda tentando recuperar o fôlego e os pensamentos. Talvez aquele beijo tivesse sido inevitável, uma confissão silenciosa do que ambos ainda sentiam, mas que não esqueceram em um canto qualquer.
***
Alguns dias depois…
A neve agora já não caía mais, apesar de ainda estar muito frio. deixava a biblioteca com seus grandes fones cinzas nos ouvidos. Se despediu dos colegas de trabalho com um aceno. Ela quase nunca se lembrava dos rostos deles, já que eles não seguiam a rotina das amigas de , como por exemplo usar o mesmo perfume ou um acessório que fizesse sua mente se lembrar.
Assim como todos os rostos que ela via no caminho para o metrô. Nunca se lembrava de nenhum deles, nem mesmo dos que tinham a mesma rotina que a dela, faziam o mesmo caminho que ela ou pegavam o mesmo trem.
Havia dias em que ela lutava muito para se lembrar dos rostos dos próprios pais, mas não conseguia. E quando isso acontecia a angústia tomava conta de seu peito e ela precisava ligar para eles de qualquer jeito, independente do fuso horário. Só para poder olhar para eles e ter certeza que eles ainda existiam, mesmo que não de forma vívida e brilhante em suas memórias.
O pior para era quando ela se esquecia da própria feição, era como se seu reflexo no espelho se tornasse uma sombra indistinta, uma figura embaçada que ela mal podia reconhecer. Era uma sensação de vazio, como se estivesse olhando para uma página em branco onde deveria haver uma história familiar. Ela se sentia desconectada, como se flutuasse em um espaço onde sua identidade não tinha forma ou contorno.
Era como estar em um sonho nebuloso, onde tudo ao seu redor era vago e impreciso. Tentava lembrar-se de detalhes — a curva de seu sorriso, a cor de seus olhos — mas era como tentar segurar água com as mãos; quanto mais tentava, mais escorregadio se tornava. A sensação a deixava inquieta, perdida em si mesma, como se estivesse buscando por algo que sabia estar ali, mas que não conseguia alcançar.
A angústia crescia, apertando seu peito, e a necessidade de se ancorar na realidade se tornava urgente. Nesses momentos, procurava um espelho, não na esperança de reconhecer o rosto que via, mas para lembrar a si mesma que ainda existia, que havia algo tangível ali, mesmo que sua mente se recusasse a reconhecer.
caminhava em direção à estação de metrô, cada passo ecoando no frio pavimento enquanto a brisa gélida de inverno tocava sua pele. As pessoas passavam por ela, apressadas, rostos indistintos que se mesclavam em uma massa anônima. Ela sabia que, para a maioria das pessoas, cada rosto tinha uma identidade, uma história. Mas para , eram apenas borrões de características, formas que não se fixavam em sua mente.
Enquanto se aproximava da entrada da estação, observava as expressões ao seu redor. Alguém sorria para um amigo, outro franzia o cenho enquanto olhava o celular. Todos tinham rostos que comunicavam emoções, mas para , eram apenas superfícies. Ela sabia que havia beleza em cada detalhe que escapava dela, mas essa beleza estava sempre fora de alcance, como uma obra de arte coberta por um véu.
Ela refletia sobre sua condição, sentindo a distância entre si e os outros como um abismo silencioso. Como seria lembrar-se do rosto de alguém que você ama? Como seria reconhecer a si mesma de imediato, sem hesitação, sem a necessidade de buscar pistas em fotos antigas ou perguntar a amigos? Era um desejo constante, um anseio por uma conexão mais profunda com o mundo ao seu redor, mas que sempre parecia escapar de suas mãos.
A descida para a estação de metrô a envolveu em um ruído constante de passos e murmúrios. se misturou à multidão, tentando, como sempre, se encaixar em um mundo onde os rostos eram portas para as almas, enquanto ela permanecia do lado de fora, apenas imaginando o que poderia haver atrás delas.
chegou à plataforma onde sempre pegava seu trem, o som abafado dos trilhos ecoando ao longe. Ela encostou-se a uma das colunas, os olhos vagando pelas pessoas que também esperavam. Rostos que ela nunca lembraria, mas que, por um breve momento, pareciam todos iguais. Era sempre assim, uma luta silenciosa para encontrar alguma familiaridade em um mundo onde os rostos eram mais como impressões fugazes do que identidades permanentes.
Enquanto esperava, seu celular vibrou no bolso, quebrando seus pensamentos. Era uma chamada de vídeo de Yoongi. Um sorriso escapou de seus lábios ao ver o nome dele na tela. Ela deslizou o dedo pela tela, atendendo a chamada.
— Oi, Yoongi — disse ela, tentando esconder o cansaço na voz.
— Oi, ! Como você está? — Ele parecia animado, o que sempre trazia um pouco de calor ao coração dela.
— Estou bem… Só cansada do trabalho. E você? Como foi o seu dia?
Yoongi começou a contar sobre sua rotina, compartilhando pequenos detalhes que fizeram relaxar um pouco mais. Enquanto ele falava, ela observava seu rosto na tela, tentando gravar cada detalhe. O jeito como seus olhos se curvavam quando ele sorria, as linhas suaves ao redor da boca, o formato das sobrancelhas. Ela queria desesperadamente lembrar-se de tudo isso depois, mas sabia que era em vão. Por mais que tentasse, as feições dele desvaneceriam como sempre.
— Ei, … — Yoongi interrompeu seus pensamentos, chamando sua atenção. — Tenho uma surpresa para você.
— Surpresa? O que é? Já posso saber? — perguntou ela, curiosa, sua voz mais animada.
Yoongi sorriu misteriosamente e ergueu dois ingressos na frente da câmera.
— Tcharam! Dois ingressos para o show do Harry Styles. Para hoje à noite.
Os olhos de se arregalaram, e um brilho de excitação apareceu neles. Harry Styles era o cantor preferido dela, e a ideia de ir ao show fez seu coração disparar de alegria.
— Yoongi, você está falando sério? — perguntou ela, mal acreditando no que via.
— Com certeza! Vou te buscar mais tarde, ok? — respondeu ele, rindo ao ver a expressão de surpresa dela.
sorriu largamente, a alegria do momento fazendo-a esquecer, mesmo que por um instante, a frustração que sentia por não poder lembrar os rostos de quem amava. Mesmo que não pudesse se lembrar de cada detalhe do rosto de Yoongi, aquele gesto dele ficaria gravado em sua memória, ao lado da sensação de ser cuidada e compreendida.
se despediu de Yoongi com um sorriso animado, guardando o celular no bolso enquanto o trem chegava à plataforma. Ela entrou, encontrou um assento próximo à janela, e deixou-se afundar no banco enquanto o trem começava a se mover. O entusiasmo pelo show de Harry Styles ainda borbulhava dentro dela, misturando-se com as paisagens que passavam rapidamente do lado de fora.
Enquanto o trem corria pelos trilhos, ela observava as luzes da cidade começarem a acender, refletindo nos vidros embaçados. As ruas estavam cheias de pessoas apressadas, cada uma com seus próprios destinos e rostos indistinguíveis para ela. As luzes e as sombras pareciam se misturar, criando uma espécie de dança caótica e hipnotizante.
Quando o trem chegou à sua estação, se levantou e seguiu o fluxo de pessoas, subindo as escadas que levavam à rua. O frio da noite a envolveu imediatamente, mas o pensamento no show a manteve aquecida. Ela caminhou pelas calçadas cobertas de neve derretida, com as mãos enfiadas no bolso do casaco e os fones cinzas ainda nos ouvidos.
Ao chegar em casa, ela tirou os fones, sentindo a ansiedade se misturar à excitação. Não via a hora de se preparar para o show, mas antes, precisava de um momento para se acalmar, para processar o que sentia. As luzes aconchegantes do seu apartamento a receberam, e ela deixou os pensamentos sobre a prosopagnosia de lado, focando apenas na ideia de que, naquela noite, algo especial a aguardava.
saiu do banho, a água quente ajudando a aliviar a tensão que ainda restava de seu dia. Com a toalha enrolada ao redor do corpo, ela sentiu um leve arrepio ao sair do banheiro, mas o sorriso em seu rosto era evidente. A ideia de ir ao show de Harry Styles com Yoongi a deixava animada. Ela andou pelo corredor em direção ao quarto quando a porta da frente se abriu, e entrou no apartamento, batendo as botas para tirar a neve acumulada.
As duas se encontraram no corredor, e , ao ver o sorriso de , arqueou uma sobrancelha curiosa.
— Alguém está feliz…, ainda secando o cabelo com a toalha, não conseguiu esconder a empolgação na voz. — comentou , tirando o cachecol e o casaco pesado.
, ainda secando o cabelo com a toalha, não conseguiu esconder a empolgação na voz.
— Yoongi conseguiu ingressos para o show do Harry Styles! Vamos hoje à noite!
sorriu, contagiada pela felicidade da amiga.
— Sério? Isso é incrível, cariño! Vai ser uma noite e tanto!
assentiu, a excitação brilhando em seus olhos. A ideia de ver seu cantor favorito ao vivo, ainda mais ao lado de alguém especial como Yoongi, fazia tudo parecer perfeito.
ainda sentia as borboletas no estômago enquanto falava sobre o show. A energia no pequeno corredor era palpável, e riu suavemente, retirando os últimos vestígios de neve de seus cabelos.
— E você já sabe o que vai vestir? — perguntou , sabendo que adorava planejar seus looks para ocasiões especiais.
parou por um momento, ainda segurando a toalha contra os cabelos úmidos, e balançou a cabeça.
— Ainda não, mas preciso decidir rápido! Quero algo especial, mas confortável. Algo que diga “eu sou fã”, mas sem exagerar, sabe?
sorriu e fez um gesto com a cabeça para que a seguisse.
— Vamos, vamos escolher isso agora. Nada de perder tempo!
As duas seguiram em direção ao quarto de , onde uma pequena sessão de moda improvisada começou. , sempre com um olho afiado para estilo, ajudava a escolher as combinações perfeitas. Peça por peça, elas exploraram o guarda-roupa até encontrarem a combinação ideal: uma blusa com uma estampa sutil de Harry Styles, uma jaqueta jeans oversized e uma calça preta confortável, complementada por botas que dariam conta do frio e do estilo ao mesmo tempo.
— Perfeito! — exclamou, satisfeita com a escolha final. — Você vai arrasar!
sorriu, sentindo a animação crescendo ainda mais enquanto olhava para o conjunto que tinha montado. A noite prometia ser inesquecível, e com o apoio de , ela se sentia pronta para enfrentar qualquer coisa.
— Obrigada, . Você sempre sabe como me ajudar a encontrar o look perfeito — disse , sentindo um calor de gratidão pela amiga.
acenou de forma casual, mas o sorriso em seu rosto mostrava que ela estava feliz por ajudar.
— Nada demais. Só quero que você se divirta e aproveite ao máximo. Vai ser uma noite incrível!
deu um abraço rápido em , antes de correr para se arrumar, o coração batendo mais rápido com a expectativa da noite que estava por vir.
Ela se sentou no sofá começando a sentir-se ansiosa pela chegada de Yoongi. Depositou a pequena bolsa ao seu lado no sofá e cerrou levemente os punhos colocando-os sobre as coxas.
Endireitou a coluna e então escorou as costas no sofá, e viu adentrar a sala com seu pijama quentinho e um rabo de cavalo. A amiga se sentou no outro sofá, e sorriu para , genuinamente feliz por ela.
Minutos se passaram, cada segundo mais longo que o anterior. A ansiedade fazia o tempo parecer mais lento, e ela checou o celular várias vezes, mesmo sem novas notificações. Finalmente, o som de uma mensagem chegou.
Yoongi: “Já estou aqui embaixo.”
sorriu, sentindo o alívio misturado à empolgação. Ela rapidamente pegou sua bolsa, levantou o olhar do livro que estava lendo e deu um sorriso encorajador.
— Divirta-se, cariño! — disse , acenando com a mão.
— Vou me divertir! — respondeu , antes de sair do apartamento.
Ela desceu as escadas rapidamente, o som das botas ecoando no corredor. Quando chegou ao saguão do prédio, viu Yoongi encostado no carro, com as mãos nos bolsos e um sorriso tranquilo no rosto. Ele estava vestido casualmente, mas com um toque de elegância que sempre o fazia se destacar.
se aproximou, sentindo o frio da noite em seu rosto, mas o calor da empolgação dentro dela a aquecia.
— Pronta para a melhor noite da sua vida? — perguntou Yoongi, abrindo a porta do carro para ela.
— Mais do que pronta! — respondeu , entrando no carro com um sorriso radiante.
se acomodou no assento do carro enquanto Yoongi fechava a porta e caminhava até o lado do motorista. Quando ele entrou e ligou o carro, o motor roncou suavemente, preenchendo o silêncio confortável entre eles.
— Obrigada pelos ingressos, Yoongi — disse , sorrindo com gratidão enquanto o observava ajustar os retrovisores. — Mas… como você conseguiu? Não é todo dia que se encontra ingressos para o Harry Styles assim, do nada.
Yoongi deu uma risada leve enquanto manobrava o carro para fora do estacionamento.
— Eu tenho meus contatos — respondeu ele, com um ar de mistério que fez rir. — Mas sério, um amigo meu tinha comprado e acabou não podendo ir. Quando ele me falou isso, eu sabia que você era a pessoa certa pra ficar com os ingressos.
— Uau, isso é… incrível! — ainda parecia surpresa, o sorriso em seu rosto brilhando mais forte. — Eu nem sei como te agradecer. Harry Styles é meu artista preferido… Eu estava triste por não conseguir ir.
— Só de ver você assim, feliz, já vale a pena — respondeu Yoongi, lançando um olhar rápido para ela antes de se concentrar novamente na estrada.
se sentiu aquecida pelas palavras dele. Era raro alguém fazer algo assim por ela, algo tão atencioso e pessoal. Ela encostou a cabeça no banco, relaxando, já sentindo a animação borbulhar enquanto pensava no show que os aguardava.
O carro de Yoongi encostou suavemente ao lado do local do show, e a agitação do público já começava a se formar do lado de fora. Luzes piscavam por todos os lados, fãs com roupas coloridas e cartazes se espalhavam pelas ruas ao redor da arena.
e Yoongi desceram do carro, e ele imediatamente se dirigiu ao lado dela, guiando-a com uma mão firme nas costas, já conhecendo sua necessidade de ter alguém próximo em multidões.
— Tudo bem? — perguntou Yoongi, com uma preocupação suave na voz.
— Sim, estou ótima — sorriu, mas o brilho em seus olhos revelava uma certa ansiedade. Mesmo empolgada para o show, a quantidade de rostos desconhecidos ao redor era um lembrete de sua condição, tornando tudo mais confuso.
Eles caminharam juntos até o portão de entrada do setor de arquibancada, onde o fluxo de pessoas era mais calmo. agradeceu internamente por Yoongi ter escolhido um lugar menos movimentado. As arquibancadas garantiam uma visão ampla do palco, e estar longe do tumulto a fazia se sentir mais segura.
— Aqui está, setor das arquibancadas — disse Yoongi enquanto mostrava os ingressos ao segurança. Eles passaram rapidamente, entrando no local iluminado pelas luzes da arena.
Conforme se aproximavam dos assentos, respirou fundo, tentando acalmar sua mente. Ao menos ali, com menos rostos ao redor, ela poderia aproveitar o show sem se preocupar tanto em tentar lembrar quem era quem.
— Vai ser incrível, não vai? — disse Yoongi, sorrindo ao ver o brilho de expectativa no rosto de .
— Com certeza! — respondeu ela, tentando deixar a ansiedade de lado e se concentrar na emoção do momento.
olhou ao redor das arquibancadas, observando a disposição das cadeiras e as luzes que começavam a piscar ao som das músicas de abertura. Sentiu-se um pouco mais tranquila agora que estavam em um lugar mais afastado da multidão. Yoongi estava ao seu lado, sentado, observando-a com um sorriso suave no rosto.
abriu um sorriso largo, sentindo a excitação tomando conta de si.
— Eu estou amando! Nem acredito que estamos aqui! — ela respondeu, animada, enquanto seus olhos brilhavam com a expectativa de ver Harry Styles ao vivo.
Yoongi olhou para ela, satisfeito em ver o quanto ela estava feliz. Ele sabia o quanto a música a ajudava a relaxar e o quanto esse show significava para ela.
— Fico feliz que você gostou — disse ele, cruzando os braços e se acomodando na cadeira. — E, além disso, eu sei que você precisava de algo assim, pra esquecer um pouco… o caos do dia a dia.
assentiu, ainda sorrindo, mas seu rosto suavizou um pouco com as palavras dele. Yoongi sempre conseguia entender seus sentimentos, mesmo quando ela tentava disfarçá-los.
— É verdade… — ela murmurou, voltando seu olhar para o palco vazio. — As coisas têm sido complicadas, mas hoje é um bom dia. Obrigada por estar aqui comigo.
— Você não tem que agradecer, . Eu queria que você estivesse feliz, é só isso que importa — respondeu ele com sinceridade.
se virou para ele, os olhos marejando um pouco, não de tristeza, mas de gratidão. Ela respirou fundo e se aproximou dele, encostando sua cabeça levemente no ombro de Yoongi, sentindo-se confortável ao seu lado. Ele colocou a mão sobre a dela de maneira suave, um gesto reconfortante.
— Eu sou realmente sortuda por ter você por perto — murmurou ela, a voz suave quase se perdendo no crescente barulho do público.
— Eu também sou — ele respondeu, o sorriso sincero tocando seus lábios.
O som ao redor deles começou a aumentar, as luzes do palco piscando, indicando que o show estava prestes a começar. se ajeitou em seu assento, ansiosa, e Yoongi fez o mesmo, mantendo-se próximo dela enquanto a atmosfera do local se transformava.
As primeiras notas de uma das músicas de Harry Styles soaram nos alto-falantes, e a plateia explodiu em aplausos e gritos, fazendo o coração de disparar em pura euforia.
O som da música preencheu o estádio, e sentiu a adrenalina correr por seu corpo. Os gritos animados da multidão faziam o ambiente vibrar, e o palco se iluminava cada vez mais com as luzes coloridas. Harry Styles entrou em cena, e o público foi à loucura. sorriu largo, os olhos brilhando com entusiasmo, completamente imersa naquele momento.
Ela virou o rosto para Yoongi, que observava o show com uma expressão satisfeita. Ele notou o olhar dela e sorriu de volta.
— Está feliz? — ele perguntou, se inclinando um pouco para que ela pudesse ouvi-lo melhor acima do barulho.
assentiu vigorosamente, seu sorriso contagiante.
— Muito! Obrigada de novo, Yoongi. Esse é um dos melhores dias da minha vida! — ela respondeu, a voz cheia de gratidão.
Yoongi apenas sorriu e deu um leve apertão na mão dela, feliz em vê-la assim.
Conforme o show continuava, começou a sentir um calor agradável. Ela sabia que sua prosopagnosia poderia dificultar a lembrança daquele momento mais tarde, mas agora, ela estava vivendo cada segundo de maneira intensa, sentindo a música, as emoções, e a presença de Yoongi ao seu lado.
Entre uma música e outra, ela olhava para Yoongi e passava os olhos pelo rosto dele, tentando se concentrar em suas feições. Tentava decorar o formato de seus olhos, o contorno do sorriso, mas sabia que, como sempre, essa tentativa seria em vão. Ainda assim, o gesto a confortava de alguma maneira, como se estivesse criando uma memória emocional, mesmo que não pudesse armazenar visualmente o rosto dele em sua mente.
Depois de uma música mais calma, enquanto as luzes do palco diminuíam, Yoongi se inclinou novamente em sua direção.
— Eu sabia que você ia gostar — ele falou, com um sorriso discreto.
se ajeitou na cadeira, ainda sorrindo.
— Gostar é pouco… eu estou amando! — respondeu ela.
Yoongi observou seu entusiasmo e então, com um brilho divertido nos olhos, disse:
— Ah, e eu ainda não contei a melhor parte, não é?
o encarou, confusa e curiosa.
— Melhor parte? — ela perguntou, inclinando-se um pouco para ouvir melhor.
Ele puxou do bolso dois passes laminados e ergueu para que ela visse.
— Temos passes para o backstage depois do show. Vamos conhecer ele.
Os olhos de se arregalaram, e ela levou as mãos à boca, incrédula.
— O quê? Sério? Você está brincando comigo! — Ela parecia estar à beira da euforia.
Yoongi riu, balançando a cabeça.
— Não, não estou brincando. Vamos conhecer o Harry Styles.
deixou escapar um grito animado, abraçando Yoongi com força. Ela não podia acreditar no que acabara de ouvir.
mal conseguia conter a empolgação. O show continuava, mas a euforia de saber que conheceria Harry Styles a fazia vibrar de antecipação. Toda vez que uma nova música começava, ela olhava para Yoongi com um sorriso largo, como se estivesse prestes a explodir de felicidade. Ela sempre foi fã de Harry, mas nunca havia imaginado ter a chance de conhecê-lo pessoalmente.
Enquanto as luzes do palco dançavam ao som da música, Yoongi observava . Ele parecia satisfeito, vendo-a tão animada, e dava para perceber que parte da alegria dela o contagiava. Ele não era exatamente o maior fã de Harry Styles, mas estar ali ao lado de , vendo o quanto aquele momento era especial para ela, tornava tudo incrível.
Quando o show estava prestes a acabar, segurou o braço de Yoongi, os olhos brilhando.
— Ainda não acredito que vamos conhecê-lo! — disse ela, rindo nervosa.
Yoongi riu junto, afagando sua mão.
— Relaxa, vai dar tudo certo. Vai ser rápido, mas aposto que ele vai gostar de te conhecer — falou ele, tranquilamente.
Assim que o último acorde da guitarra ecoou pelo estádio, as luzes foram apagadas, e a multidão começou a se dispersar. sentia uma mistura de ansiedade e emoção enquanto os dois se dirigiam para o local indicado, onde outros fãs privilegiados com passes também estavam esperando para o backstage.
Chegando lá, Yoongi segurou a mão de , notando que ela estava um pouco nervosa. Ele sorriu de forma reconfortante, apertando levemente seus dedos.
— Respira, está tudo bem — ele disse suavemente.
soltou uma risada abafada, tentando se acalmar. Mesmo com o alvoroço e a excitação ao redor, ela se focava naquele momento único. Estar ao lado de Yoongi a ajudava a se sentir mais ancorada. Ele sempre foi uma presença constante e tranquilizadora em sua vida.
Depois de alguns minutos de espera, finalmente, as portas se abriram, e Harry Styles apareceu com seu carisma inconfundível. ficou paralisada por um instante, a ficha ainda caindo. Ela olhou para Yoongi, que sorria de canto, como se dissesse: “É agora.”
Harry foi extremamente simpático, conversando com cada pessoa com atenção e carisma. Quando chegou a vez de , ela tentou conter o nervosismo, mas o sorriso que ele deu a fez relaxar um pouco. Eles trocaram algumas palavras, tiraram fotos, e Yoongi observava de lado, apreciando o momento da amiga.
— Muito prazer te conhecer, — disse Harry, com um sorriso caloroso.
Ela apenas sorriu de volta, encantada, ainda processando que aquele momento realmente estava acontecendo. Quando o encontro acabou e os dois saíram do backstage, Yoongi olhou para ela, com um sorriso de quem sabia que aquele seria um dos dias mais memoráveis da vida dela.
— E aí, o que achou? — ele perguntou, enquanto eles caminhavam de volta.
ainda estava em êxtase, incapaz de parar de sorrir.
— Foi perfeito. Sério, Yoongi, obrigada. Eu não tenho palavras para agradecer por isso.
Yoongi deu de ombros, com seu jeito tranquilo de sempre.
— Não precisa me agradecer. Só queria te ver feliz — ele respondeu, com sinceridade.
E naquele momento, sabia que não era só o show que a fazia se sentir tão bem. Yoongi sempre esteve lá para ela, e isso era algo que ela nunca esqueceria, mesmo que às vezes seus rostos se perdessem nas névoas de sua mente.
Yoongi e estavam voltando para o prédio dela, mas antes de chegar, decidiram parar em um pequeno restaurante 24 horas que ele conhecia. O lugar era aconchegante, com luzes amareladas e mesas de madeira polida, dando um ar acolhedor em meio à noite fria de Seul.
Sentados à mesa, ambos se aqueciam com um chá quente enquanto esperavam a comida. , com a camiseta do show de Harry Styles, estava ainda meio absorta na lembrança de tudo o que tinha acontecido naquela noite. Ela não conseguia evitar passar os olhos pelo rosto de Yoongi, algo que ela sempre fazia quando tentava memorizar as feições de alguém, mesmo sabendo que era um esforço em vão. Depois, seu olhar caiu para o rosto de Harry, estampado na sua camiseta.
Ela virou a cabeça ligeiramente para Yoongi e perguntou, com uma certa curiosidade e hesitação na voz:
— Yoongi, você acha que o Harry Styles é um homem bonito?
Yoongi, que estava bebendo seu chá, parou por um momento, franzindo levemente a testa. Ele sabia da dificuldade de em perceber beleza física da maneira tradicional, devido à prosopagnosia, mas a pergunta o pegou um pouco de surpresa. Ele olhou para o rosto de Harry na camiseta dela, pensativo, enquanto uma pontada leve de ciúmes o atravessava.
completou, antes que ele pudesse responder:
— Como você sabe, eu não sei definir essas coisas por causa da minha condição… então, eu nunca sei se uma pessoa é bonita ou não só de olhar.
Yoongi ficou em silêncio por alguns segundos, ponderando. Ele sabia que Harry Styles era amplamente considerado atraente, e ele mesmo, secretamente, admirava o estilo único do cantor. Mas o ciúme falava mais alto naquele momento. Ele sabia que era uma pergunta inocente, mas não conseguia evitar a sensação de desconforto ao imaginar se interessando por alguém que ele sabia que nunca conseguiria competir.
Ele colocou a xícara de chá de volta na mesa, apoiou os cotovelos sobre a mesa e, com um sorriso ligeiramente travesso e infantil, respondeu:
— Até que não… a beleza dele é bem mediana, para ser honesto. Ele não é tudo isso que as pessoas fazem parecer, sabe?
arqueou uma sobrancelha, surpresa com a resposta de Yoongi. Ela conhecia aquele tom dele, um misto de brincadeira e provocação. Mesmo sem poder realmente “ver” a beleza da forma como os outros viam, ela sentia a tensão na resposta dele. Ela riu suavemente, sabendo que Yoongi estava sendo um pouco implicante.
— Ah, Yoongi, sério? — disse ela, rindo de leve. — Tá tentando me convencer ou se convencer?
Yoongi deu um leve sorriso, recostando-se na cadeira.
— Só estou dizendo o que eu acho, nada de mais… — disse ele, dando de ombros, ainda com aquele tom leve e quase enciumado.
balançou a cabeça, ainda rindo, e voltou a observar a camiseta, sabendo que, para ela, o conceito de “bonito” seria sempre mais uma ideia do que uma percepção visual concreta. Mas, de algum modo, ela estava feliz de estar ali com Yoongi, independentemente de como os outros viam o mundo.
— Bem, eu acho que você tem razão então, já que eu não posso discordar. — Ela piscou para ele, brincalhona.
Yoongi riu junto, se sentindo um pouco melhor. Afinal, para ele, o que realmente importava era aquele momento com , muito mais do que qualquer comparação com Harry Styles.
Quando chegaram ao prédio de , a noite já estava avançada, mas o frio não parecia mais tão cortante quanto antes. Eles caminharam juntos até a entrada, envoltos em uma confortável sensação de companheirismo, alimentada pela diversão do show e as conversas descontraídas.
parou em frente à porta do prédio, virando-se para Yoongi com um sorriso que iluminava o rosto dela, embora ele soubesse que ela não conseguiria ver os detalhes do dele com clareza.
— Yoongi, obrigada mais uma vez pelos ingressos. Foi um dos melhores presentes que eu poderia ter ganhado. Sério… eu nem sei como te agradecer.
Ela falava com sinceridade, as palavras saindo com um tom de gratidão profunda. Estava claro que a noite tinha sido especial para ela, e aquilo aquecia o coração de Yoongi.
— Você não precisa agradecer, . Eu sabia que você ia adorar, e ver você feliz… bem, isso já valeu a pena pra mim. — Ele sorriu suavemente, coçando a nuca de leve, meio sem saber como reagir àquele momento.
deu um passo mais perto, seu olhar gentil pousando sobre Yoongi. Mesmo sem poder memorizar os detalhes do rosto dele, ela conhecia aquela presença, aquele jeito cuidadoso e atencioso. Algo sobre ele sempre a fazia se sentir confortável e segura, e naquela noite, parecia que a conexão entre os dois estava mais forte.
Um silêncio leve pairou entre eles. Os dois se olharam, embora tentasse capturar algo mais, como sempre fazia. O clima ficou um pouco mais denso, mas não desconfortável — era mais como se algo não dito pairasse no ar. Ambos estavam hesitantes, como se soubessem o que estava prestes a acontecer, mas ainda indecisos sobre dar aquele próximo passo.
deu um sorriso tímido, quebrando o silêncio:
— Eu realmente me diverti muito hoje… mais do que imaginava. Você tem um jeito de transformar qualquer dia em algo especial, Yoongi.
Yoongi sorriu de volta, sentindo o calor das palavras dela. Sem pensar muito, ele deu um passo à frente, aproximando-se ainda mais de . O coração dela bateu um pouco mais rápido, e, naquele instante, as distâncias pareceram se dissolver. Ela podia sentir o calor do corpo dele, o ar frio da noite contrastando com a proximidade.
— Eu também me diverti muito, — ele respondeu, a voz mais baixa, quase sussurrada.
Houve um breve segundo onde ambos se olharam, uma tensão suave, mas doce, pairando no ar. E então, como se fosse a coisa mais natural do mundo, os dois se inclinaram ao mesmo tempo, os lábios se encontrando em um beijo suave. Era um gesto delicado, quase hesitante no começo, mas logo se aprofundou em algo mais. Não havia pressa, apenas o desejo de estar presente naquele momento.
Quando se afastaram, sentiu as bochechas esquentarem um pouco, mas um sorriso genuíno e feliz se espalhou por seu rosto.
— Acho que essa é a melhor forma de terminar a noite — ela disse, com um riso leve.
Yoongi também sorriu, ainda sentindo o efeito do beijo, o coração acelerado de leve.
— Eu não poderia concordar mais.
Eles trocaram mais alguns olhares antes de dar um último aceno.
— Boa noite, Yoongi. Nos vemos amanhã?
— Com certeza — ele respondeu, ainda sorrindo, enquanto ela entrava no prédio, deixando-o do lado de fora, com uma sensação de leveza e expectativa para o que o futuro traria.
Yoongi observou até a porta se fechar, um sorriso suave ainda presente nos lábios, antes de virar e começar a caminhar de volta, o coração leve e a mente ocupada com o que tinha acabado de acontecer.
***
Cerca de uma semana depois…
— Reencontrar amigos é sempre bom Jin, deixa de ser carrancudo.
Namjoon colocou uma das mãos sobre os ombros dele.
— Disse você que ficou dias desaparecido outra vez, sem dar notícias.
- Enfiado no trabalho, participando de mil seminários, sendo convidado para mil palestras…
Jungkook complementou enquanto levava o suco de morango aos lábios.
Namjoon umedeceu os lábios com a ponta da língua analisando as feições dos amigos, e ele sabia que eles tinham razão. Estava acontecendo de novo…
— O Taehyung também ficou dias sem dar sinal de vida…
— É diferente! — Hoseok olhou para Namjoon — Ele trabalha com crimes, precisa ficar submerso nisso para resolver as coisas com agilidade.
Namjoon respirou fundo, desviando o olhar dos amigos, sem saber muito bem o que responder. Ele sabia que Jungkook, Jin e Hoseok tinham razão, e aquilo começava a pesar. As constantes desculpas sobre o trabalho, os dias sem responder mensagens, sem sair com os amigos… isso estava se tornando um padrão. Mas o que mais o incomodava era que, dessa vez, talvez estivesse afetando algo muito mais importante.
— E o que sua namorada tem achado disso tudo? — Jungkook perguntou de repente, com aquele tom leve, mas que atingia direto na ferida.
Namjoon soltou uma risada baixa e balançou a cabeça.
— A ainda não é minha namorada, Jungkook — ele respondeu, um pouco mais sério do que pretendia.
Mas a verdade é que aquela pergunta ficou ecoando na mente dele. Enquanto os amigos continuavam a conversar, Namjoon se permitiu pensar em e na relação dos dois. A conexão que tinham era diferente de tudo o que ele já havia experimentado antes. Ela era inteligente, engraçada, doce… mas também muito direta. Ela não gostava de joguinhos, e isso era algo que Namjoon admirava nela.
Nos últimos tempos, porém, eles mal tinham se falado. Namjoon estava sempre imerso no trabalho, enfiado em seminários, palestras e projetos sem fim. Ele sabia que isso a incomodava. Não era como se cobrasse atenção ou fizesse drama — esse não era o estilo dela. Mas Namjoon podia sentir o distanciamento se formando. As mensagens que antes eram frequentes agora surgiam esporadicamente. As conversas longas à noite tinham se tornado raras.
Ele sabia que, se continuasse assim, poderia acabar sabotando algo que mal havia começado. Mas o problema era que ele não sabia como parar. Ele era um workaholic, sempre foi. E, por mais que quisesse dar mais tempo e espaço para o relacionamento, seu instinto sempre o levava de volta ao trabalho.
Enquanto os amigos riam de algo que Jungkook tinha acabado de dizer, Namjoon olhou pela janela, refletindo sobre como essa dinâmica caótica estava afetando o que ele tinha com . Eles ainda não tinham colocado rótulos, não era nada oficial, mas ele sabia que ela esperava mais dele. E ele queria dar mais. Só não sabia se conseguia.
Namjoon suspirou, sentindo a familiar pressão no peito. Se continuasse nesse ritmo, não seria surpresa se se cansasse. E, francamente, ele não a culparia.
Os amigos terminaram de almoçar entre risadas e brindes e então Jin olhou as horas no celular e percebeu que era melhor ir andando para o tal jogo.
Ele enviou uma mensagem para Kyungsoo, avisando que estava a caminho. Os dois foram colegas de faculdade, e na época desenvolveram uma forte amizade e um vínculo. Mas depois da faculdade os dois acabaram se afastando, porque Kyungsoo se mudou de Seul. Agora ele estava de volta, e queria rever Seokjin.
E para esse reencontro, ele havia escolhido um lugar um tanto quanto inusitado: uma partida de futebol.
Claro que Seokjin não jogaria, ele iria apenas assistir o amigo, que jogava num time semi-profissional de base da cidade de Seul. Kyungsoo sempre fora apaixonado por futebol e por cozinhar, e Jin ficou feliz de saber que o amigo estava realizado em ambas as esferas.
Durante o caminho até o estádio, ele ligou o rádio do carro e até cantarolou algumas das canções no caminho para o estádio e então quando chegou ao estacionamento do mesmo se surpreendeu com a quantidade até que relativamente grande de carros estacionados por lá.
Conferiu se o ingresso enviado pelo amigo estava em sua carteira digital mesmo e depois desceu do carro, trancando e ativando o alarme do mesmo. Ajeitou a aba do boné e caminhou com segurança até achar o portão de entrada para seu setor.
Já dentro da arena ele arregalou levemente os olhos ao ver o local relati cheio e bem animado. Se sentou e alguns segundos depois ele comprou pipocas e um refrigerante. Faltavam apenas alguns minutos até que o jogo começasse.
Já confortável em seu assento, Seokjin olhou ao redor, ainda impressionado com a quantidade de pessoas presentes. Ele não esperava que um jogo de um time semi-profissional fosse tão popular assim. O ambiente estava animado, com torcedores gritando os nomes dos jogadores e algumas bandeiras tremulando ao longe. O aroma de pipoca, misturado ao de amendoins torrados e cachorro-quente, permeava o ar, trazendo uma sensação de nostalgia.
Com a pipoca e o refrigerante ao lado, ele se ajeitou, curioso para ver como seria o jogo. Quando o apito inicial soou, ele ficou surpreso ao perceber que os times eram mistos, algo que ele não esperava. “Interessante”, pensou, enquanto observava homens e mulheres se posicionando no campo.
Foi então que algo chamou ainda mais sua atenção. Entre os jogadores do time de Kyungsoo, uma figura familiar apareceu. Seokjin quase engasgou com a pipoca ao reconhecer , entrando no campo com a camisa do time e um olhar determinado. Ele não fazia ideia de que ela também jogava futebol, e muito menos no mesmo time de Kyungsoo.
“Isso vai ser ainda mais interessante”, murmurou para si mesmo, observando-a se posicionar ao lado de Kyungsoo, que parecia muito à vontade. Seokjin ficou ainda mais ansioso para ver o desenrolar do jogo, agora com uma curiosidade renovada.
Seokjin não conseguia tirar os olhos do campo. A presença de no time de Kyungsoo o pegou completamente de surpresa. Enquanto ela se posicionava para o início do jogo, ele se perguntava quantas outras coisas sobre ela ele desconhecia. Afinal, parecia sempre tão reservada e focada em seu trabalho que ele nunca imaginaria vê-la jogando futebol, ainda mais com tanta desenvoltura.
O jogo começou com uma energia vibrante. Kyungsoo já demonstrava seu talento de sempre, driblando os adversários com agilidade e passando a bola com precisão. Mas o que realmente impressionou Seokjin foi . Ela se movimentava com graça e força ao mesmo tempo, assumindo um papel de liderança no campo, e toda vez que a bola chegava aos seus pés, ela sabia exatamente o que fazer, seja para avançar ou para defender.
Enquanto o jogo seguia, Seokjin, entretido com a habilidade de ambos os amigos, quase esqueceu de comer a pipoca. Ele ficava cada vez mais imerso no espetáculo, surpreso pela sintonia entre e Kyungsoo, que pareciam ter uma conexão natural no campo. Quando a bola vinha para eles, era como se estivessem em perfeita harmonia, trocando passes rápidos e trabalhando juntos para manter o controle do jogo.
Seokjin sorriu, pensando no quão inusitado era o reencontro, naquele lugar e nessas circunstâncias. Ele realmente não poderia prever esse tipo de surpresa ao aceitar o convite de Kyungsoo.
Seokjin finalmente encontrou Kyungsoo no hall de saída do estádio, o amigo estava ainda suado e eufórico pela vitória do time. Quando o avistou, Kyungsoo abriu um largo sorriso e correu para cumprimentá-lo com um abraço apertado.
— Seokjin! Que bom te ver, cara! Faz tanto tempo!
— Você está todo suado, cara! — Seokjin riu, empurrando o amigo levemente, mas retribuindo o abraço. — Parabéns pela vitória, hein? Não sabia que estava jogando tão bem assim.
— Ah, não foi nada! — Kyungsoo deu de ombros, modesto. — Foi o trabalho de equipe, sabe como é.
Enquanto os dois conversavam animadamente, Seokjin notou um pequeno grupo de mulheres que se aproximava. Eram as amigas de , todas parecendo animadas com o fim do jogo e ansiosas para encontrar a amiga. Ele as reconheceu de eventos sociais e reuniões anteriores, além de claro, a maioria delas estava envolvida com seus amigos…
— Parece que temos companhia — Kyungsoo comentou, olhando para o grupo que se aproximava.
foi a primeira a cumprimentar Kyungsoo e Seokjin, com um sorriso amistoso.
— Oi, Kyungsoo, parabéns pelo jogo! — disse ela, acenando para ele. — Oi Seokjin! O que faz aqui? Não sabia que você gostava de futebol…
Seokjin riu, um pouco surpreso com a abordagem direta. Ele ajeitou o boné na cabeça antes de responder.
— Na verdade, eu vim porque conheço o Kyungsoo. Nós fomos colegas de faculdade e acabamos nos reencontrando agora que ele voltou para Seul. E você sabe como é, quando ele me convidou, achei que seria uma boa oportunidade para rever um velho amigo.
— Ah, entendi! — sorriu, satisfeita com a explicação, enquanto as outras amigas trocavam olhares e sorrisos cúmplices. — Faz sentido. É bom ver vocês se reencontrando, então.
Enquanto o grupo conversava descontraidamente, Seokjin deu mais uma olhada ao redor, como se esperasse por alguém. E, então, como se tivesse lido seus pensamentos, apareceu. Ela caminhava com passos leves, os cabelos presos em um rabo de cavalo ainda úmido de suor, mas parecia radiante após o esforço do jogo. O uniforme esportivo acentuava sua postura confiante, e mesmo cansada, havia algo gracioso em sua presença.
— ! — foi a primeira a correr para cumprimentá-la, logo seguida pelas outras amigas, que a envolveram em um abraço coletivo.
Seokjin observou a cena com um leve sorriso nos lábios, mas ficou um pouco surpreso quando finalmente olhou em sua direção. Ela parecia um pouco surpresa de vê-lo ali.
— Seokjin? — Ela arqueou uma sobrancelha, com um sorriso curioso. — Não sabia que você viria.
— Kyungsoo me convidou, somos amigos de longa data, não é? — ele respondeu, ainda sorrindo. — E, sinceramente, fiquei impressionado. Não sabia que você jogava.
— É um hobby antigo… — ela respondeu modestamente, passando a mão pelos cabelos como se tentasse disfarçar o cansaço. — Nada muito sério.
— Sério ou não, você joga bem. — Seokjin sorriu, inclinando a cabeça levemente em sua direção.
retribuiu o sorriso, agradecendo o elogio.
Kyungsoo observou a interação entre Seokjin e , claramente curioso. Depois de um momento, ele inclinou a cabeça para o lado e perguntou, meio desconfiado:
— Espera, de onde vocês se conhecem? — Seus olhos saltaram entre os dois, aguardando uma explicação.
Seokjin e se entreolharam e sorriram, como se compartilhassem uma piada interna. Foi quem respondeu, dando de ombros de maneira casual.
— É uma longa história, mas… em resumo, eu sou a agente de moda do Seokjin. — Ela sorriu, olhando para Seokjin, que assentiu em concordância.
Kyungsoo arregalou os olhos de surpresa e logo começou a rir. Sem perder tempo, ele envolveu pela cintura em um abraço brincalhão e apertado.
— O quê? Você virou modelo, Seokjin? — Kyungsoo perguntou, ainda rindo, claramente se divertindo com a ideia.
Seokjin revirou os olhos de brincadeira, mas riu junto, balançando a cabeça.
— Algo assim, Kyungsoo. Acho que só estou me aventurando em algo diferente…
Seokjin observou a cena com um misto de curiosidade e surpresa. Kyungsoo, com a naturalidade de quem conhecia há muito tempo, inclinou-se para ela, e , sem hesitar, usou o polegar para limpar o suor que escorria pela bochecha dele. O gesto era íntimo, carinhoso. Kyungsoo respondeu com um beijo rápido na bochecha dela, e Seokjin sentiu uma estranha pontada no peito.
As amigas de , , , , e , perceberam a tensão no ar, trocando olhares entre si. foi a primeira a se pronunciar.
— Acho que vamos esperar você no estacionamento, . Dá um toque quando estiver pronta. — Ela sorriu para a amiga e lançou um olhar discreto para Seokjin, como se dissesse “boa sorte”.
apenas acenou, claramente ciente do ambiente carregado que tinha se formado. Quando as amigas saíram, Kyungsoo virou-se para Seokjin com um sorriso descontraído.
— Só vou tomar um banho rápido, Jin. Depois a gente vai, beleza?
— Claro! — Seokjin respondeu, tentando parecer mais relaxado do que realmente estava.
Kyungsoo saiu rapidamente, deixando Seokjin e sozinhos. O silêncio entre os dois parecia quase palpável. Ambos sabiam o que estava prestes a ser mencionado, mas ninguém queria ser o primeiro a trazer o assunto à tona. foi quem quebrou o silêncio, dando um passo à frente, seu olhar pousando em Seokjin.
— Sobre… aquilo. — Ela começou hesitante, referindo-se ao beijo que haviam trocado anteriormente.
Antes que ela pudesse continuar, Seokjin levantou a mão, como se estivesse tentando interromper o que vinha a seguir.
— Foi um erro, . — Sua voz soava firme, mas havia uma hesitação oculta. — Nós precisamos manter as coisas profissionais entre nós. É melhor assim.
assentiu lentamente, sem discutir. O silêncio entre eles parecia cada vez mais pesado, mas Seokjin se recusava a quebrá-lo. Ele manteve o olhar fixo em algum ponto do chão, tentando afastar qualquer pensamento que pudesse causar arrependimento. , por outro lado, continuou observando-o com um olhar misto de compreensão e frustração.
Finalmente, ela suspirou, um som quase imperceptível, mas que ele conseguiu ouvir.
— Se é isso que você acha melhor, então tudo bem, Seokjin. — Ela disse calmamente, cruzando os braços de leve. — Eu só… queria esclarecer as coisas.
Seokjin olhou para ela rapidamente, tentando não se deixar afetar pela expressão tranquila no rosto dela. Por dentro, ele sabia que havia algo mais profundo entre eles, algo que ambos evitavam explorar a fundo. Mas agora, com Kyungsoo aparentemente interessado em , ele não podia se permitir abrir espaço para confusão. Mesmo que parte de si desejasse.
— Não tem nada para esclarecer, . — Ele respondeu finalmente, forçando um pequeno sorriso. — A gente só precisa manter tudo profissional. Vai ser melhor assim, de verdade.
Ela assentiu mais uma vez, mas o silêncio que se seguiu deixou claro que ambos sabiam que as palavras dele eram uma fuga, e não uma solução. Por mais que ela quisesse questioná-lo, respeitou a distância que ele tentava criar.
Logo, passos ecoaram no corredor, anunciando o retorno de Kyungsoo. Ele apareceu com o cabelo ainda molhado e um sorriso largo, inconsciente da tensão que havia entre Seokjin e , se despedindo da amiga com mais um beijo na bochecha, e um: “manda notícias…”
— Pronto! — Kyungsoo exclamou, parando ao lado deles e lançando um rápido olhar entre os dois, sem perceber muito o clima. — Vamos?
Seokjin forçou outro sorriso e assentiu, colocando as mãos nos bolsos e seguindo Kyungsoo em direção à saída, enquanto os acompanhava em silêncio. O que antes parecia uma amizade simples e tranquila agora estava manchada por algo mais complexo, mas nenhum dos dois estava pronto para lidar com aquilo.
A caminho do estacionamento, enquanto se despedia das amigas, Seokjin se viu distraído, lutando contra o desejo de olhar para ela, de entender o que realmente sentia. Mas, por enquanto, ele escolheu a rota mais segura.
Capítulo 26
— Você sabe que o Kyungsoo é caidinho por você não é, ?
arregalou os olhos e então limpou os lábios com o guardanapo ante de responder à .
— Nada haver! De onde você tirou isso? — retrucou, surpresa, colocando o guardanapo de lado enquanto olhava para , quase rindo de descrença.
Antes que pudesse responder, interveio com um sorriso maroto:
— Ah, você sabe que a tem dons, né? Não duvida dela, . A mulher é vidente! — disse , rindo enquanto dava uma piscadela provocativa para as outras.
revirou os olhos, ainda achando a situação toda absurda, enquanto as outras riam da brincadeira.
— Vidente? — franziu o cenho, cruzando os braços em protesto. — Eu só estou observando os sinais, . Não começa com essas suas piadinhas sobre meus “dons” de novo.
— Aí está! — riu ainda mais, ignorando a repreensão. — Primeiro passo para negar: dizer que é só uma observação.
balançou a cabeça e sorriu, tentando escapar do assunto, mas as risadinhas ao redor deixavam claro que a conversa não acabaria tão cedo.
— Vocês estão viajando. Kyungsoo é só um amigo. Aposto que ele nem pensa nessas coisas. — se defendeu, mas a dúvida estava ali, flutuando entre as palavras.
— Bom, se ele não pensa nisso, alguém aqui deveria começar a pensar… — completou com um sorriso matreiro.
As amigas estavam imersas nas piadas e provocações, mas decidiu que era melhor mudar de assunto. Com um sorriso, ela comentou sobre um filme que havia assistido recentemente, e logo as outras começaram a debater suas séries favoritas e últimos episódios vistos. , no entanto, não conseguia deixar de notar que , apesar de rir das piadas e acompanhar a conversa, parecia distante. Enquanto as outras riam de uma história contada por , cutucou discretamente e fez um gesto com a cabeça na direção de , que estava mexendo no celular em silêncio.
fingia estar entretida com algo na tela, mas a expressão no rosto dela era de quem estava a milhas de distância. , percebendo que o clima não estava tão bem quanto parecia, decidiu perguntar de forma direta:
— O Jungkook nunca mais te procurou desde que tudo aconteceu? — A pergunta caiu no meio da conversa, causando uma pausa súbita entre as amigas. — Você não tocou no nome dele mais, e nós respeitamos, mas aí está você, toda borocochô…
As outras garotas olharam para com um misto de curiosidade e preocupação. suspirou, largando o celular no colo e cruzando os braços, claramente desconfortável, mas pronta para responder.
— Ele está bloqueado em todas as minhas redes sociais. Se ele tentou me procurar… deu com os burros na água. — Ela respondeu com um sorriso amargo, tentando mostrar que estava firme, mas o olhar abatido denunciava seus verdadeiros sentimentos.
As amigas trocaram olhares solidários, enquanto manteve o foco em , disposta a apoiar a amiga, fosse qual fosse a situação.
As amigas perceberam o peso nas palavras de e a atmosfera descontraída do grupo começou a mudar. , sempre a mais perceptiva, foi a primeira a quebrar o silêncio com um tom gentil.
— … você sabe que pode falar com a gente, né? — ela disse, com um olhar acolhedor.
deu um suspiro profundo, como se estivesse segurando aquilo há muito tempo. Finalmente, resolveu desabafar:
— Eu achava que bloquear ele me faria esquecer mais rápido, sabe? — começou, a voz trêmula. — Mas é difícil… Toda vez que vejo ou ouço algo que me lembra ele, é como se esse bloqueio não adiantasse nada. É como se ele ainda estivesse na minha cabeça, mesmo longe.
, que sempre tinha uma opinião direta, inclinou-se um pouco mais para perto.
— Não é fácil, . Você não pode só apagar alguém da sua vida assim, de um dia pro outro. Mas o importante é que você tomou o primeiro passo, né? Se distanciou. Isso já é uma vitória.
assentiu, concordando com , mas com uma expressão mais suave.
— É verdade, mas… também não se pressione tanto. Se precisar de mais tempo pra processar tudo, tá tudo bem. O importante é que você tá tentando se cuidar. E olha, você fez o certo em bloquear. Não fica pensando que foi um erro. Às vezes a gente precisa desse espaço.
olhou para as amigas, um pouco emocionada com o apoio que estava recebendo. , que até então estava mais silenciosa, pegou a mão dela e apertou de leve.
— Você sabe que a gente tá aqui pra te ajudar a seguir em frente, né? Pode demorar, mas uma hora você vai sentir que tá pronta pra deixar isso tudo pra trás. E até lá… estamos do seu lado.
sorriu demonstrando carinho e acrescentou:
— E quando você estiver pronta para falar sobre o que aconteceu de verdade, sobre seus sentimentos… vai ser no seu tempo, sem pressão. Mas até lá, nada de se isolar, tá? A gente vai ficar no seu pé.
sorriu, finalmente soltando um riso fraco.
— Obrigada, meninas… Eu precisava ouvir isso.
O grupo ficou mais unido naquele momento, deixando que sentisse que não estava sozinha em sua dor.
Depois que desabafou, as amigas deixaram o clima mais leve, querendo mudar o foco da conversa. foi a primeira a sorrir e, aproveitando a deixa, olhou diretamente para .
— Mas, falando de coisas boas… e você, ? Como estão as coisas com o Jimin?
Os olhos de brilharam por um instante, e ela sorriu, corando levemente.
— Ah… estão indo bem, sabe? — Ela ajeitou o cabelo, meio tímida. — Ele é muito atencioso, sempre preocupado em me deixar confortável. A gente tem passado mais tempo juntos.
ergueu as sobrancelhas, curiosa, e cutucou com o cotovelo.
— Hum, tem mais coisa aí. Dá pra ver no seu rosto! Desembucha logo!
riu, balançando a cabeça, mas acabou cedendo.
— Tá, tá! Tem uma novidade… Ele quer me apresentar aos pais.
As amigas abriram sorrisos largos, surpresas e animadas ao mesmo tempo.
— Apresentar aos pais?! Isso é sério! — disse , visivelmente impressionada. — Vocês estão mesmo indo rápido, hein?
, tentando deixar a própria preocupação de lado, também entrou na brincadeira.
— Parece que Jimin tá levando isso bem a sério, hein? E você, como tá se sentindo com isso?
mordeu o lábio por um momento, pensando.
— Estou feliz, sabe? Mas… também nervosa. Quero que eles gostem de mim, sabe como é. Eu nunca passei por essa situação antes, então é um pouco assustador.
sorriu, apoiando a amiga.
— Se ele te quer ao lado dele e tá pronto pra te apresentar aos pais, é porque ele já sabe o quão especial você é. Só seja você mesma, . Eles vão te adorar, como nós adoramos.
As outras amigas assentiram, concordando, enquanto parecia mais confiante com o apoio delas.
sentiu o celular vibrar na bolsa que estava sobre seu colo e então um arrepio percorreu sua espinha, as amigas perceberam a mudança no semblante dela e ficaram em silêncio enquanto ela pegava o celular na bolsa.
Ao desbloquear a tela, ela viu que era uma mensagem de Namjoon, e seu coração disparou. Depois de dias sem notícias, a ansiedade a dominou. Com um suspiro profundo, ela leu a mensagem.
“Oi, . Desculpa pela falta de contato. Tive algumas coisas para resolver e estou um pouco sobrecarregado. Como você está?”
Um misto de alívio e frustração tomou conta dela. Finalmente, ele havia dado notícias, mas a razão para o silêncio a deixou intrigada. mordeu o lábio, pensando na resposta.
As amigas a observavam em silêncio, ansiosas para saber o que estava acontecendo.
— É o Namjoon… — respondeu, um pouco hesitante.
— O que ele disse? — perguntou , quebrando o silêncio.
— Ele pediu desculpas pela falta de contato e disse que estava sobrecarregado.
— Isso é bom! Ele não esqueceu de você — comentou, tentando animá-la.
— É… mas não sei se isso é bom ou ruim — murmurou, sentindo uma onda de confusão. — Ele não me disse o que estava acontecendo, e isso me preocupa.
inclinou-se para mais perto, tocando o braço de .
— Manda uma mensagem de volta, então! Pergunta como ele está. Às vezes, a gente só precisa dar o primeiro passo.
olhou para as amigas, refletindo. Elas estavam certas. Ela não queria perder a oportunidade de se reconectar com ele. Com um sorriso determinado, começou a digitar uma resposta, sentindo-se mais confiante com o apoio delas.
respirou fundo e começou a digitar, suas mãos tremendo levemente de nervosismo. Ela queria ser clara, mas também não queria parecer desesperada.
“Oi, Namjoon. Que bom receber sua mensagem. Eu estava preocupada! Espero que esteja tudo bem com você. Senti sua falta e estou aqui se precisar de alguém para conversar.”
Ela revisou rapidamente a mensagem, tentando garantir que soasse natural e amigável. Depois de um último olhar para a tela, pressionou o botão de enviar.
O silêncio pairou enquanto esperava uma resposta, e suas amigas a observavam com expectativa.
— E agora? — perguntou, mordendo o lábio inferior.
— Agora, é torcer para que ele responda — respondeu, um sorriso nervoso nos lábios.
— Com certeza ele vai responder! — disse, encorajando-a. — Namjoon é um cara legal, ele só precisa de um empurrãozinho.
concordou, mas a ansiedade ainda a deixava inquieta. As amigas começaram a falar sobre outros assuntos, mas ela não conseguia se concentrar. O celular vibrava de tempos em tempos, e cada vez que isso acontecia, seu coração pulava.
Finalmente, depois de alguns minutos que pareceram uma eternidade, o celular vibrou novamente. olhou rapidamente para a tela e viu que Namjoon havia respondido.
“Desculpe a demora! Estou passando por um período complicado, mas quero muito conversar com você. Vamos marcar algo?”
Um sorriso largo se espalhou pelo rosto de , e suas amigas perceberam.
— O que ele disse? — perguntou, mal contendo a excitação.
— Ele quer marcar algo! — respondeu, sua voz cheia de animação. — Ele está passando por um período complicado, mas está disposto a conversar.
— Isso é ótimo! — exclamou. — Um passo de cada vez!
sentiu a empolgação crescer dentro de si. Aquela poderia ser a chance de resolver as coisas entre eles. Com a certeza de que o apoio das amigas a ajudava a se sentir mais forte, ela começou a pensar em onde e quando poderiam se encontrar.
— E você, ? — perguntou, mudando o foco da conversa. — Como está a sua expectativa para a festa de aniversário do Jihoon? Você está preparada para encarar a GaHee e toda aquela pressão?
fez uma careta ao pensar na situação. Encarar a ex-namorada de Hoseok e mãe do Jihoon não seria fácil.
— Eu estou animada pela festa, mas… — ela hesitou, olhando para as amigas. — Eu realmente não queria ter que lidar com a GaHee.
— Ela vai tentar fazer o seu trabalho, com certeza! — exclamou, cruzando os braços. — Mas lembre-se: você é a “namorada” do Hoseok, então mantenha a calma e mostre que você está bem com isso.
— É, e se precisar, nós estamos aqui para te ajudar — disse, piscando. — Se a GaHee começar a te provocar, você pode simplesmente dar um sorriso e ignorá-la. Afinal, a sua prioridade é apoiar o Hoseok.
— Exatamente! Você é a chave para ele reconquistar a GaHee — acrescentou, com um olhar encorajador. — Mostre a ela que você é mais do que uma simples namorada de fachada.
respirou fundo, um pouco mais confiante com o apoio das amigas. — Eu sei, mas e se ela tentar me provocar? Não sei como vou reagir.
— Olha, a melhor estratégia é apenas ser você mesma. Se a GaHee vier com alguma provocação, responda com educação e vire a conversa para outro assunto. O importante é que você esteja confortável e aproveite a festa! — sugeriu.
— Isso mesmo! — disse, batendo palmas animadamente. — Se você se sentir confiante, mostre que não está ali para jogos, e que você está lá por Hoseok e pelo Jihoon.
sorriu, sentindo-se um pouco mais fortalecida com o apoio das amigas.
— Obrigada, meninas. Com vocês ao meu lado, acho que consigo encarar essa situação.
A tarde das garotas continuou descontraída, repleta de risadas e conversas sobre os últimos acontecimentos. Elas mudaram de assunto várias vezes, falando sobre trabalho, relacionamentos e os planos para o fim de semana. contou mais detalhes sobre seu relacionamento com Jimin, se perdeu em devaneios sobre a mensagem que recebeu de Namjoon, e ainda refletia sobre o fingimento de seu namoro com Hoseok, especialmente com a festa de aniversário de Jihoon se aproximando.
Enquanto o sol começava a se pôr, elas se preparavam para ir embora, e foi nesse momento que Yugyeom apareceu. Ele estava lá para buscar , como combinado, mas ao ver o grupo de amigas reunido, ele fez uma oferta:
— Posso dar carona para mais três de vocês, se quiserem. — Ele sorriu, fazendo corar levemente ao lado dele.
Imediatamente, as garotas se entreolharam, e uma leve discussão começou.
— Eu sou a que mora mais longe, então acho que seria justo — comentou, tentando argumentar enquanto mexia no cabelo.
— Ah, mas eu tenho um compromisso daqui a pouco, seria muito mais prático se eu e a fossemos com ele — sugeriu, piscando com charme para as amigas.
— E eu? Já estou cansada demais para pegar transporte público — acrescentou, rindo.
apenas observava, rindo suavemente da leve disputa entre as amigas, enquanto Yugyeom tentava manter uma expressão neutra, mas claramente achando a situação divertida.
— Tá, meninas, acho que vamos ter que resolver isso de um jeito mais justo — disse, rindo, enquanto elas tentavam decidir quem ficaria com as outras duas vagas na carona.
A leve competição foi resolvida de forma amigável, com risadas e brincadeiras, enquanto e Yugyeom esperavam pacientemente.
***
e Yugyeom chegaram em frente ao prédio dela, o ambiente iluminado apenas pelos postes de luz que lançavam sombras suaves pela rua. Ele parou o carro e, antes que ela pudesse se despedir, Yugyeom virou-se para ela com um sorriso tranquilo.
— Qualquer coisa, me manda uma mensagem, tá? — disse ele, com um tom casual. — Preciso resolver uma coisa agora.
engoliu seco, sentindo uma tensão se formar em seu peito. Ela conhecia bem esse “resolver uma coisa” e já sabia onde aquilo ia dar. Antes de sair do carro, ela finalmente perguntou, com uma voz hesitante, mas cheia de intenção:
— Vai tentar falar com a Li Hua pela milionésima vez?
Yugyeom a encarou por alguns segundos, surpreso com a pergunta direta. Seus ombros se retesaram ligeiramente, e ele soltou um suspiro profundo, desviando o olhar para a frente do carro.
— Sim… Vou tentar mais uma vez. — Ele admitiu, a voz baixa, quase como se estivesse tentando justificar suas próprias ações.
assentiu, tentando manter um tom neutro, mas sentia uma mistura de frustração e preocupação.
— Só… cuidado para não se machucar ainda mais. — murmurou ela, antes de abrir a porta do carro e sair.
Ela o observou por um momento antes de seguir em direção ao prédio, sentindo uma estranha melancolia no ar.
Yugyeom ficou parado no carro por alguns minutos depois que entrou no prédio, seus dedos tamborilando no volante enquanto sua mente girava em um turbilhão de pensamentos. A dúvida o corroía: seria realmente prudente ir até a casa de Li Hua? Ele sabia que ela estava evitando suas mensagens e chamadas, mas algo em seu coração insistia que eles precisavam conversar.
Por outro lado, ele sabia o quanto isso poderia parecer invasivo. E se ela não quisesse vê-lo? Ele estaria forçando algo que talvez ela já tivesse decidido que não tinha mais volta? Yugyeom respirou fundo, olhando para o celular na sua mão e passando pelas mensagens não respondidas. Ele conhecia Li Hua o suficiente para saber que, quando ela se afastava, era porque estava processando seus sentimentos. Mas ele também sabia que não aguentava mais a incerteza.
“Será que estou sendo imprudente?” ele pensou, a dúvida pesando ainda mais. “E se eu só piorar as coisas aparecendo sem avisar?”
Seu estômago se revirou ao imaginar a possibilidade de ser rejeitado diretamente, de vê-la virar as costas para ele de vez. Mas a ideia de ficar parado, sem saber o que realmente se passava na cabeça dela, também o deixava inquieto. Se ao menos ele pudesse encontrá-la e falar cara a cara, talvez houvesse uma chance de resolver tudo. Talvez ela estivesse esperando que ele insistisse, mostrasse que estava disposto a lutar por eles.
Ele suspirou, um misto de determinação e receio tomando conta.
“Eu só preciso de uma conversa… só uma.”
Yugyeom respirou fundo e apertou o volante, como se estivesse tentando reunir toda a coragem necessária para o que vinha a seguir. Por mais que os pensamentos sobre ser invasivo e imprudente continuassem rondando sua mente, ele já tinha tomado a decisão. Ele precisava falar com Li Hua, nem que fosse apenas uma última vez.
“É agora ou nunca”, murmurou para si mesmo, dando partida no carro.
Enquanto dirigia pelas ruas de Seul, a ansiedade crescia a cada quilômetro. Ele revisava mentalmente todas as possíveis conversas que teriam, desde um pedido sincero de desculpas até uma tentativa de reconciliação. O coração batia forte no peito, acelerado, com uma mistura de medo e esperança.
Se aproximando do prédio de Li Hua, ele desacelerou, observando as luzes dos apartamentos. “Ela pode me mandar embora assim que abrir a porta”, pensou, mas ao mesmo tempo, a vontade de esclarecer as coisas era maior do que o medo da rejeição. Ele estacionou o carro e ficou ali por alguns minutos, respirando profundamente para se acalmar.
Finalmente, ele saiu do carro e caminhou em direção à entrada do prédio, sentindo o peso de cada passo. Estava decidido.
Yugyeom sorriu de forma nervosa para o porteiro ao entrar no prédio. Era um sorriso que tentava mascarar o turbilhão de emoções que ele sentia, mas o porteiro já o conhecia o suficiente para notar o nervosismo. Ainda assim, decidiu não comentar nada.
— Boa noite — cumprimentou Yugyeom, tentando soar casual. — Vou fazer uma surpresa para a Li Hua. Será que você pode não avisar que estou subindo?
O porteiro arqueou uma sobrancelha, mas não viu motivos para negar o pedido. Ele sabia que Yugyeom era de confiança, e Li Hua provavelmente ficaria feliz com a surpresa. Além disso, não era a primeira vez que Yugyeom aparecia ali tarde da noite.
— Claro, sem problemas — respondeu o porteiro com um aceno de cabeça. — Pode subir.
Yugyeom agradeceu com um aceno rápido, sentindo uma onda de adrenalina ao passar pela recepção. Ele apertou o botão do elevador, tentando controlar a respiração enquanto esperava as portas se abrirem. Cada segundo parecia uma eternidade. Quando finalmente entrou no elevador, sua mente girava com as inúmeras possibilidades do que poderia acontecer quando ela abrisse a porta.
Enquanto o elevador subia, ele se preparava mentalmente para o encontro, perguntando-se como Li Hua reagiria ao vê-lo ali, de surpresa.
Yugyeom parou em frente à porta do apartamento de Li Hua, sentindo o coração acelerar mais uma vez. Ele respirou fundo e, sem hesitar, tocou a campainha. O som ecoou no corredor silencioso, aumentando a tensão do momento.
Do lado de dentro, ele ouviu passos leves se aproximando da porta. A ansiedade de Yugyeom crescia enquanto ele esperava, imaginando qual seria a reação dela. Após alguns segundos de silêncio, ele sentiu que Li Hua estava olhando através do olho mágico.
A porta se abriu lentamente, revelando Li Hua. O rosto dela, que normalmente exibia um sorriso caloroso, estava marcado por um semblante de tristeza. Seus olhos pareciam cansados, como se estivesse lutando com emoções há muito reprimidas. Ela não disse nada, apenas o encarou por um momento, como se estivesse tentando processar a presença inesperada de Yugyeom ali.
— O que você está fazendo aqui? — perguntou ela, a voz baixa e cheia de uma mistura de surpresa e exaustão.
Yugyeom sentiu um aperto no peito ao ver Li Hua daquele jeito. Ele sempre a conhecera como uma mulher forte, decidida, mas agora havia uma vulnerabilidade nela que o desconcertava. Sem saber ao certo como começar, ele deu um passo à frente, hesitante, mas decidido.
— Eu precisava falar com você… não aguentava mais ficar sem respostas — disse ele, tentando manter a calma, mas sua preocupação era evidente. — Por favor, podemos conversar?
Li Hua soltou um suspiro pesado, desviando o olhar por um momento. Ela passou a mão pelos cabelos e tentou disfarçar o incômodo com uma desculpa.
— Ah, Yugyeom… já está tão tarde, eu estava me preparando para dormir — disse ela, cruzando os braços, como se estivesse erguendo uma barreira invisível entre eles.
Yugyeom não se deixou abater pela desculpa. Ele sabia que algo estava errado, e precisava esclarecer as coisas. Deu mais um passo à frente, os olhos firmes nos dela.
— Li Hua, nós dois sabemos que isso não pode continuar assim. A gente precisa conversar, de verdade. Não dá mais para fugir disso — a voz dele era suave, mas havia um tom de urgência.
Li Hua mordeu o lábio inferior, hesitando por um instante. Seus olhos mostravam uma mistura de cansaço e vulnerabilidade, mas também algo que a fazia querer evitar a conversa. Mesmo assim, ela sabia que não poderia adiar mais.
Depois de alguns segundos de silêncio, ela suspirou novamente e cedeu, abrindo um pouco mais a porta.
— Tá bom… entra — murmurou, dando espaço para ele passar.
Yugyeom entrou no apartamento, notando o ambiente silencioso e a luz suave que indicava que ela realmente estava prestes a encerrar a noite. Ele se virou para ela, esperando que Li Hua também estivesse pronta para finalmente abrir o coração.
Yugyeom se sentou no sofá, observando enquanto Li Hua se afastava em direção à cozinha. O ambiente estava pesado, o silêncio entre eles se alongava como se nenhum dos dois quisesse ser o primeiro a falar. Ele a acompanhou com o olhar, percebendo a tensão nos ombros dela, como se estivesse carregando um peso invisível.
Li Hua abriu a geladeira, pegou uma garrafa de água e, em seguida, serviu um copo. Seus movimentos eram metódicos, quase mecânicos, e ela parecia perdida em pensamentos. Depois de alguns segundos, ela voltou para a sala com o copo de água, entregando-o a Yugyeom.
— Aqui, toma — disse ela, evitando contato visual enquanto se sentava na poltrona em frente a ele.
Yugyeom pegou o copo, agradecendo com um aceno silencioso, mas seus olhos permaneciam fixos nela. Ele sabia que não seria fácil, mas não podia mais deixar as coisas como estavam.
— Obrigado… — ele disse, e depois respirou fundo. — Mas, Li Hua, eu não vim aqui só pra isso.
Yugyeom tomou o copo de água de uma vez só, como se isso pudesse aliviar a tensão que se acumulava em seu peito. Colocou o copo vazio na mesa de centro e olhou diretamente para Li Hua, que permanecia com o olhar distante e o semblante fechado.
— Então diga o que quer dizer, Yugyeom. Estou cansada e preciso dormir — ela disse, impaciente, cruzando os braços enquanto esperava por sua resposta.
Ele respirou fundo novamente, tentando encontrar as palavras certas, mas a frustração o empurrava a ser direto.
— Por que você fugiu de mim, Li Hua? — ele perguntou, sua voz saindo mais firme do que ele pretendia. — Eu tentei falar com você várias vezes, e você simplesmente sumiu. O que aconteceu? O que mudou?
Ela apertou os lábios, desviando o olhar, e por um momento, pareceu que ia se levantar. Contudo, permaneceu sentada, seu corpo tenso, como se estivesse se preparando para uma conversa que preferia evitar.
— Eu não fugi de você, Yugyeom… — ela começou, mas sua voz soava hesitante. — Eu só… precisava de um tempo.
Li Hua o encarou com firmeza, seus olhos finalmente se encontrando com os dele. Ela respirou fundo antes de falar, suas palavras carregadas de uma sinceridade que cortava o ar entre eles.
— Você não precisa mais de mim para esquecer a , Yugyeom. Seja honesto comigo e consigo mesmo. Agora que ela e Jungkook terminaram, você tem o caminho livre.
Yugyeom piscou, surpreso, sem acreditar no que acabara de ouvir.
— O quê? Não, Li Hua, eu não estava te usando! Em momento algum eu… —
— Não intencionalmente, eu sei — ela o interrompeu, sua voz calma, mas com um tom de exaustão emocional. — Mas eu também sei que seus sentimentos por ela nunca mudaram, Yugyeom. Você sempre teve algo por , e eu senti isso o tempo todo. Não precisa negar.
Ele abriu a boca para responder, mas as palavras ficaram presas na garganta. Li Hua continuou, não lhe dando espaço para rebater.
— Então, por favor, seja honesto pelo menos uma vez nessa bagunça toda. Se declare logo para ela, Yugyeom! — As últimas palavras dela ecoaram pela sala, carregadas de uma mistura de frustração e resignação. — Só assim você vai saber o que fazer com o que sente por mim e com o que sente por ela.
O silêncio que se seguiu foi pesado, e Yugyeom, apesar de querer refutar, sabia que Li Hua estava tocando em um ponto que ele sempre evitou.
Yugyeom respirou fundo, passando a mão pelos cabelos e desviando o olhar por um momento, absorvendo as palavras de Li Hua. A verdade era difícil de engolir, mas ela estava certa. Ele finalmente a encarou de novo e assentiu, com um suspiro resignado.
— Você tem razão, Li Hua… já está na hora de resolver isso de uma vez — disse ele, com uma voz calma, mas carregada de decisão. — Eu não posso continuar fugindo disso. Preciso encarar meus sentimentos pela e entender o que realmente sinto.
Li Hua relaxou um pouco, como se já esperasse por essa resposta, mas o silêncio que caiu entre eles era espesso e cheio de significados não ditos. Por alguns minutos, eles simplesmente ficaram ali, em silêncio, deixando a tensão se dissipar.
Então, Yugyeom quebrou o silêncio.
— Mas… eu não quero perder a sua amizade, Li Hua. Independente do que acontecer com a , eu quero que você saiba que você significa muito pra mim. — Ele a olhou, os olhos sinceros. — Eu não quero que as coisas entre nós mudem para pior.
Li Hua o observou por um momento, com uma mistura de tristeza e compreensão em seu olhar, antes de sorrir suavemente.
— Vamos ver o que acontece, Yugyeom… — respondeu ela, sua voz suave — Mas eu também espero que possamos continuar amigos, independente de tudo.
Ele se levantou lentamente, o peso da conversa ainda pairando no ar. Ele se aproximou de Li Hua e, com um gesto carinhoso, depositou um beijo demorado em sua testa. O toque era suave, quase como uma promessa silenciosa, e Li Hua fechou os olhos por um breve momento, absorvendo o carinho e a despedida que aquilo representava.
— Eu vou te procurar quando falar com a — ele disse, a voz baixa e firme, enquanto se afastava um pouco. Seus olhos ainda mantinham uma ternura genuína, mesmo que carregados de incertezas.
Li Hua assentiu com um pequeno sorriso triste, mas compreensivo.
— Tudo bem, Yugyeom. Boa sorte — ela murmurou.
Os dois trocaram um último olhar antes de ele se virar e caminhar até a porta. Ao abrir e sair do apartamento, ambos sabiam que aquela conversa havia mudado algo entre eles, mas o que aconteceria a seguir ainda estava no ar.
***
No dia seguinte, chegou ao restaurante onde havia combinado de almoçar com Namjoon. O lugar escolhido por Namjoon havia sido o restaurante de Jin e Suga.
Ela entrou, ajeitando os cabelos com as mãos enquanto procurava por Namjoon. Seu coração estava batendo um pouco mais rápido do que o normal, ainda com resquícios de nervosismo depois da mensagem que ele enviara na noite anterior. Tentava se manter calma, mas a expectativa era alta.
Logo avistou Namjoon sentado em uma mesa perto da janela, com um sorriso tranquilo no rosto. Ele se levantou ao vê-la se aproximar.
— Oi, — ele disse, puxando a cadeira para ela. — Que bom que você chegou.
— Oi — ela respondeu com um sorriso, sentindo o nervosismo dissipar um pouco ao ver a gentileza no gesto dele.
Os dois se sentaram, e deu uma rápida olhada ao redor, notando a familiaridade e o conforto que o ambiente trazia. Era o lugar perfeito para uma conversa importante.
— Eu sempre esqueço como o restaurante do Seokjin e do Suga é incrível — ela comentou, tentando descontrair enquanto pegava o cardápio. — Acho que só de entrar aqui já me sinto mais leve.
Namjoon riu levemente, os olhos brilhando em direção a ela.
— É, eles realmente sabem criar uma boa atmosfera aqui — ele concordou. — Mas… eu queria mesmo falar sobre ontem.
engoliu em seco, sentindo a tensão se formar novamente. Sabia que o assunto seria inevitável, e talvez fosse mesmo a hora de esclarecer tudo.
— Assim? No seco? Sem nenhum vinho para acompanhar o nosso fim? — gargalhou fechando os olhos.
Namjoon riu junto com ela, balançando a cabeça em um misto de diversão e leveza. Depois, seus olhos se encontraram em um momento de silêncio que parecia carregar o peso do que viria a seguir.
— O novo terapeuta tem te ensinado a lidar com os conflitos assim? — ele perguntou, ainda sorrindo, mas com um toque de curiosidade.
O sorriso de diminuiu aos poucos, e o silêncio tomou conta da mesa novamente. Ela suspirou e desviou o olhar por um segundo, processando a pergunta. Depois de alguns segundos, ela finalmente respondeu, com um tom mais sério e um pouco melancólico.
— E como eu devo lidar com o fim de algo que mal começou? — sua voz saiu mais suave, carregando uma mistura de frustração e tristeza.
Namjoon, sentindo a intensidade do momento, ficou em silêncio por um instante, observando-a com cuidado, percebendo que as palavras certas naquele momento poderiam mudar tudo entre eles.
— O que te faz pensar que é o fim ? — Namjoon perguntou suavemente, inclinando-se um pouco para frente.
suspirou profundamente, pegando o cardápio à sua frente e fingindo dar uma olhada, mesmo que sua mente estivesse longe da escolha de pratos. A pergunta dele pairava no ar, e ela sabia que não podia escapar da verdade.
— É sempre assim comigo, se esqueceu? — ela respondeu, sem levantar o olhar do cardápio. — As coisas começam intensas, cheias de promessas… e então, de repente, acabam antes mesmo de terem a chance de realmente acontecer.
Ela fechou o cardápio e olhou para Namjoon, seus olhos carregando uma mistura de resignação e cansaço.
— Eu já conheço esse padrão — completou, agora com um leve sorriso, tentando disfarçar a amargura.
Namjoon estendeu a mão devagar, segurando pelo queixo, erguendo seu rosto até que seus olhares se encontrassem. O toque dele era suave, mas firme, o suficiente para fazer largar o cardápio, que deslizou pela mesa até parar ao lado do prato.
Por um instante, eles ficaram ali, apenas se encarando, o ambiente do restaurante desaparecendo ao redor. O coração de acelerou, o olhar profundo de Namjoon fazendo seus pensamentos se misturarem em uma confusão de emoções.
— Eu gosto de você, — ele disse com sinceridade, a voz baixa e carregada de sentimento. — Eu realmente gosto. E quero muito que a gente dê certo.
Ela piscou, o coração batendo mais rápido. Mas antes que pudesse responder, completou a frase por ele, com um suspiro.
— Mas? — questionou, o receio de ouvir o que viria a seguir estampado em sua voz.
Namjoon deslizou o polegar pelo rosto de em um gesto suave, os olhos ainda fixos nos dela. O toque era terno, quase como se quisesse transmitir tudo o que estava sentindo, mesmo que as palavras não fossem suficientes.
— Faz muitos anos que eu não tenho um relacionamento sério, — ele começou, a voz baixa, mas cheia de honestidade. — E, pra ser bem sincero, eu não sei mais lidar com isso direito. Tem sido só trabalho, carreira… e, às vezes, parece que eu acabo colocando isso acima de tudo.
Ele soltou um suspiro, ainda acariciando o rosto dela.
— Eu sei que essa minha propensão a priorizar o trabalho pode atrapalhar… nós. E não quero que você sofra ou se sinta deixada de lado por causa disso. Não é justo com você.
sentiu o peso das palavras dele, cada uma batendo fundo, e por um momento, tudo o que ela pôde fazer foi olhar para ele em silêncio, tentando processar o que aquilo significava para os dois.
piscou algumas vezes, tentando absorver o que Namjoon acabara de dizer. Ela mordeu levemente o lábio inferior, sentindo uma mistura de emoções.
— Eu… não sei exatamente o que isso significa, Namjoon — ela falou, a voz soando mais baixa, quase um sussurro. — Quer dizer, você está tentando dizer que… que isso não vai dar certo? Ou que você simplesmente não sabe como conciliar tudo?
Ela o encarou, procurando alguma clareza em seus olhos, enquanto seu coração acelerava com a incerteza.
— Porque, pra ser sincera, eu não sei o que pensar de tudo isso. Você diz que gosta de mim, mas aí… me dá esse tipo de aviso.
deu uma pequena risada nervosa.
— Eu só… preciso entender melhor o que você quer, sabe?
suspirou, sentindo uma leve pressão no peito enquanto olhava diretamente nos olhos de Namjoon.
— Você, Namjoon — ela falou com firmeza, como se finalmente tivesse encontrado a resposta dentro de si. — Quero você.
O silêncio entre os dois ficou palpável, carregado de emoção. Namjoon, que ainda a segurava pelo rosto, pareceu absorver suas palavras, processando o que ela acabara de dizer. Ela não estava pedindo por algo vago ou incerto. Ela estava sendo direta, honesta.
— Eu sei que você tem a sua carreira, e sei que não vai ser fácil — continuou , a voz agora mais suave, mas ainda firme. — Mas se você quer mesmo que a gente dê certo… então precisa estar disposto a tentar. Porque eu estou.
Namjoon ficou em silêncio por alguns instantes, os dedos ainda acariciando o rosto dela. O peso daquelas palavras parecia ecoar no ar entre eles.
Ele continuou encarando os olhos esverdeados de , aqueles que sempre o desarmavam de um jeito que ele não conseguia explicar. Ele sentiu o coração acelerar no peito, como se algo estivesse se rompendo dentro dele, algo que ele mantinha trancado há muito tempo.
Talvez, daquela vez, valesse a pena tentar.
Ele soltou um suspiro, afastando delicadamente a mão do rosto dela, mas sem romper o contato visual.
— Talvez você esteja certa — ele disse, a voz baixa, quase um sussurro. — Talvez valha a pena tentar… com você.
, que parecia ter prendido a respiração, soltou o ar lentamente, como se estivesse processando a declaração dele.
— Eu só… não quero te decepcionar — Namjoon acrescentou, com uma expressão sincera e vulnerável. — Mas vou tentar. Eu quero tentar com você.
Aquelas palavras, ditas com tanta honestidade, fizeram o peito de aquecer. Ela abriu um sorriso pequeno, mas genuíno, sentindo uma mistura de alívio e esperança.
— É tudo o que eu precisava ouvir, Namjoon — respondeu ela, segurando a mão dele por um momento.
O silêncio que se seguiu foi confortável, repleto de compreensão mútua. Talvez, finalmente, ambos estivessem prontos para arriscar algo real.
Namjoon e continuavam o almoço em um clima mais leve. A tensão que havia pairado no ar antes da conversa parecia ter se dissipado, e agora estavam atualizando um ao outro sobre suas vidas.
— E como estão as suas consultas? — Namjoon perguntou enquanto colocava o guardanapo sobre o colo, inclinando-se ligeiramente para frente, demonstrando genuíno interesse.
deu de ombros com um leve sorriso.
— Estão fluindo bem. Tenho recebido muitas pessoas que precisam de orientação emocional ultimamente. Às vezes, é difícil conciliar o tarot, as runas e a massoterapia com o tempo que cada pessoa realmente precisa. Mas eu adoro isso. É gratificante, sabe? Sentir que faço diferença na energia das pessoas.
— Imagino que seja — ele respondeu, assentindo. — Eu sempre admirei a forma como você equilibra tantas práticas diferentes. É uma abordagem única para o bem-estar.
— Bom, foi você quem me ajudou a colocar as coisas em perspectiva lá atrás, lembra? — disse com um olhar carinhoso. — Suas sessões me deram a clareza para descobrir que realmente era isso que eu queria continuar fazendo da vida.
Namjoon riu suavemente, um pouco envergonhado.
— Fico feliz em saber que ajudei. Mas você que fez o trabalho difícil, .
Ela sorriu, mudando de assunto.
— E você? Como anda o consultório? Conseguiu desacelerar um pouco, como tinha falado?
Namjoon fez uma careta, fingindo um pouco de desconforto.
— Desacelerar não é exatamente o meu forte. Ainda tenho a tendência de me afogar no trabalho, mas estou tentando. Alguns pacientes exigem mais dedicação do que outros, e às vezes eu sinto que preciso estar disponível o tempo todo. Mas… eu sei que preciso equilibrar isso melhor.
— Você sempre foi assim — comentou, balançando a cabeça com um sorriso terno. — Devoto a tudo o que faz. Mas vai acabar se desgastando.
— Eu sei, eu sei — ele respondeu, suspirando. — Vou trabalhar nisso, prometo.
Eles continuaram conversando mais um pouco, rindo de histórias passadas e atualizando um ao outro sobre as novidades em suas rotinas. Quando o almoço chegou ao fim, Namjoon sugeriu:
— Vamos dar uma passada na cozinha? Faz tempo que não vejo o Jin e o Suga. Aposto que eles vão adorar uma surpresa.
sorriu.
— Vamos, então. Eles sempre animam o dia de qualquer um.
Os dois se levantaram e seguiram até a cozinha do restaurante. Assim que passaram pela porta, o cheiro maravilhoso de comida preparada pelos habilidosos chefs envolveu o ar. Jin e Suga, estavam ocupados nas estações de trabalho, mas logo notaram a presença dos dois.
— Olha só quem veio nos visitar! — Seokjin exclamou, sorrindo ao ver Namjoon e se aproximando.
— Namjoon, ! Quanto tempo! — Suga acrescentou, acenando enquanto mexia em uma panela.
— Passamos para dar um oi. Achei que vocês gostariam de uma pequena pausa na correria — Namjoon disse com um sorriso.
— Vocês sabem que são sempre bem-vindos aqui. Até trouxe uma sobremesa nova para experimentarem — Seokjin disse, piscando.
— Não aceito menos do que isso vindo de você — brincou, fazendo todos rirem.
Aquela visita inesperada reacendeu velhas memórias entre os três amigos, e por um momento, o tempo parecia ter parado. Eles continuaram conversando por mais alguns minutos, aproveitando a companhia antes de e Namjoon se despedirem e seguirem seus caminhos.
Os dois saíram do restaurante, o sol da tarde iluminava a rua de forma suave. Caminhavam lado a lado, ainda conversando, até que ele parou de repente e se ofereceu:
— Quer que eu te leve para casa? Posso te dar uma carona.
sorriu, mas balançou a cabeça suavemente.
— Tenho uma consulta a domicílio daqui a pouco, uma sessão de massoterapia e reiki. Mas… aceito uma carona até o metrô, seria ótimo.
Ele assentiu, abrindo um sorriso genuíno.
— Combinado. Vamos.
Antes de darem mais um passo em direção ao carro de Namjoon, ambos pararam, como se um silêncio não planejado se instalasse entre eles. Seus olhares se encontraram, e, por um momento, o mundo ao redor pareceu sumir. O rosto dele se aproximou, seus dedos tocaram suavemente o rosto de , como se estivesse tentando ter certeza de que aquilo era real.
Ela, por sua vez, sentiu o coração acelerar. Depois de tanto tempo sem esse tipo de contato entre eles, havia algo quase mágico naquela proximidade. Suas respirações estavam sincronizadas, cada vez mais curtas, até que, sem pensar, eles se inclinaram e seus lábios finalmente se encontraram.
O beijo começou suave, tímido, quase como se ambos estivessem redescobrindo um ao outro. O toque dos lábios era macio, cuidadoso, mas logo foi crescendo em intensidade. Namjoon a puxou levemente para mais perto, aprofundando o beijo, e sentiu uma onda de calor subir por todo o corpo. Seus dedos se entrelaçaram no cabelo dele, enquanto uma sensação de nostalgia e desejo reprimido explodia entre eles.
O gosto de cada um parecia familiar, como se eles sempre pertencessem a esse momento, mas ao mesmo tempo havia algo de novo, uma eletricidade que não existia antes. Quando se separaram, os dois respiravam ofegantes, mas com sorrisos nos rostos.
— Uau… — murmurou, quase sem acreditar no que acabara de acontecer.
Namjoon, com o olhar ainda fixo nos olhos esverdeados dela, deu uma risada suave, o polegar acariciando levemente a bochecha dela.
— Eu… não sei se deveria ter feito isso — ele admitiu, rindo nervoso, mas claramente sem arrependimento.
— Talvez devêssemos ter feito isso há muito tempo — ela respondeu, sorrindo de volta.
O silêncio entre eles, agora cheio de significado, não era mais desconfortável. Era uma conexão que estava se renovando, se fortalecendo. Mesmo sem palavras, ambos sabiam que aquele beijo significava algo mais profundo, algo que estavam dispostos a explorar.
— Bom, acho melhor te levar ao metrô antes que eu mude de ideia e não te deixe ir — Namjoon brincou, mas havia um toque de verdade na frase.
riu, assentindo, e eles seguiram para o carro, cada um com o coração um pouco mais leve e cheio de expectativa pelo que viria depois.
Capítulo 27
– Bom, eu gostaria muito que você fosse, … – passou uma das mãos pelos cabelos da amiga, enquanto ela fazia uma espécie de bico, seu rosto claramente dividido em dúvida.
As três amigas estavam sentadas em um dos sofás confortáveis de uma loja de roupas infantis no shopping. segurava uma pequena camisa polo azul-marinho em uma das mãos e uma bermuda bege na outra, avaliando qual seria a combinação perfeita para Jihoon usar em sua festa de aniversário. O evento estava a poucos dias de acontecer, e ainda cuidava dos últimos detalhes.
— Não sei se deveria ir, — comentou, suspirando enquanto deslizava os dedos pelas pontas do cabelo. — Jungkook vai estar lá, com toda certeza, e eu não sei se estou pronta para encará-lo depois de tudo…
, que estava ao lado, revirou os olhos com teatralidade, apoiando-se no encosto do sofá.
— Sinceramente, , se você não estiver pronta agora, vai estar quando? Não tem como evitar isso para sempre.
balançou a cabeça em concordância, colocando as roupas de Jihoon sobre o balcão para a atendente finalizar a compra.
— Concordo com a . Além disso, a festa é para o Jihoon, não para o Jungkook. Ele vai estar lá, sim, mas você não precisa falar com ele se não quiser.
bufou, cruzando os braços de forma defensiva.
— Vocês falam como se fosse tão fácil… Eu não sou boa em disfarçar o que sinto, vocês sabem disso.
ergueu uma sobrancelha, lançando um olhar sugestivo para .
— E o que exatamente você sente por ele agora?
hesitou, mordendo o lábio inferior antes de responder.
— Não sei. Raiva, decepção… talvez um pouco de saudade.
trocou um olhar significativo com antes de pegar a sacola com as roupas recém-compradas e se virar para .
— Olha, eu não vou te pressionar. Mas pensa bem. Você é parte da galera . Seria muito significativo para mim ter todas vocês lá me apoiando, afinal de contas vou estar fora da minha zona de conforto com a GaHee lá.
O comentário fez os olhos de se suavizarem um pouco, e ela mordeu o canto dos lábios, claramente considerando as palavras da amiga.
— Eu vou pensar… — murmurou, olhando para a vitrine como se buscasse respostas no reflexo do vidro.
— Só não demore muito, ou vai acabar te arrastando para lá à força — brincou, arrancando uma risada curta de ambas.
Apesar do clima mais descontraído, sabia que o dilema de era mais profundo do que parecia. Enquanto saíam da loja e caminhavam pelo shopping, a tensão no ar entre elas ainda era palpável. Afinal, a relação de com Jungkook era como um campo minado: delicado e cheio de riscos.
As três amigas caminhavam pelo shopping com um ritmo leve, equilibrando sacolas e risadas ocasionais. carregava os itens recém-comprados para Jihoon, enquanto e pareciam menos preocupadas, já que tinham assumido a posição de “conselheiras de moda infantil” durante as compras.
— ! — uma voz grave, porém calorosa, chamou, fazendo as três pararem abruptamente.
Hoseok vinha em direção a elas, carregando várias sacolas volumosas com enfeites e itens de decoração para a festa de aniversário de Jihoon. Sua expressão amigável se iluminou ainda mais ao se aproximar do trio.
— Hoseok! — respondeu com um sorriso imediato, ajeitando o peso das próprias sacolas.
— Bem, parece que a compra de roupas para o aniversário foi muito além hein? — ele comentou, gesticulando com a cabeça para as sacolas nas mãos dela.
— Alguém aqui leva a função de namorada falsa muito a sério — provocou, piscando para , que revirou os olhos com um sorriso discreto.
— Está quase tudo pronto, graças à dedicação dela — Hoseok disse, claramente entrando na dinâmica amistosa das amigas. Ele então olhou para as três. — Que tal uma pausa? Estava indo almoçar antes de terminar as compras. Querem me acompanhar?
hesitou, mas foi rápida em aceitar, já dirigindo um olhar significativo para , que não teve outra opção senão concordar.
— Claro, almoçar soa como uma boa ideia, não é? — ela respondeu, mais por cortesia do que pela fome.
Os quatro seguiram até um dos restaurantes no andar superior. Hoseok abriu a porta para elas entrarem, mantendo uma postura educada que não passou despercebida por e .
Já sentados à mesa, enquanto olhavam os cardápios, Hoseok comentou:
— Jihoon estava empolgado com a festa. Ele perguntou de você hoje de manhã, .
Ela sorriu, genuinamente tocada.
— Ah, esse garoto tem meu coração. O que ele disse?
— Perguntou se você traria a “tia ” e a “tia “ — Hoseok respondeu com uma risada, fazendo gargalhar.
— Titia ? Ah, isso me faz parecer tão maternal… — ela brincou.
— Então, vocês ajudaram com as compras ou só ficaram supervisionando? — ele perguntou, encarando com diversão.
— Supervisão é trabalho também, sabia? — respondeu, teatralmente defensiva.
Enquanto a conversa fluía, se pegava observando Hoseok de relance, notando o cuidado com que ele equilibrava a conversa para incluir a todos e evitar temas sensíveis. Ela sabia que ele estava colocando esforço em manter as aparências, tanto pela situação deles quanto por Jihoon.
Quando os pratos chegaram, a conversa variou entre tópicos leves e piadas ocasionais, com assumindo o papel de “comediante oficial” do grupo. começou a relaxar, embora percebesse que ela ainda desviava o olhar sempre que a festa ou algum dos garotos eram mencionados.
Mesmo com a leveza do momento, sentia o peso da atuação. Hoseok era naturalmente carismático e atencioso, mas a presença dele sempre vinha com a lembrança de tudo que estava em jogo para ambos.
***
Namjoon e chegaram ao salão de festas pontualmente, sendo os primeiros convidados a cruzar as portas de vidro impecavelmente polidas. O espaço escolhido por Hoseok era uma combinação perfeita de elegância e diversão, claramente pensado para agradar tanto as crianças quanto os adultos que compareceriam ao aniversário de Jihoon.
O salão era amplo, com um pé-direito alto que conferia uma sensação de grandeza, mas sem perder a acolhida de um ambiente familiar. As paredes estavam decoradas com paineis coloridos que alternavam tons de azul, verde e amarelo, dando um ar vibrante ao local. No centro do espaço, uma mesa longa e retangular exibia o bolo de três camadas impecavelmente decorado com o tema “exploradores do espaço”, que Jihoon havia escolhido. Astronautas em miniatura, foguetes e planetas com detalhes metálicos decoravam cada camada, criando uma cena digna de admiração.
Nas laterais, mesas menores estavam dispostas com toalhas brancas e centros de mesa temáticos: globos terrestres estilizados e estrelas que pareciam flutuar graças a hastes finas de metal. Próximo ao canto direito, uma área de recreação havia sido montada, com almofadas grandes, um pequeno escorregador e brinquedos para entreter as crianças.
O teto estava adornado com balões metálicos prateados e dourados, que refletiam a luz suave das luminárias pendentes, criando um efeito quase mágico. Em um dos cantos, um painel fotográfico exibia uma ilustração personalizada de Jihoon vestido como um pequeno astronauta, com um grande sorriso estampado no rosto.
Namjoon olhou ao redor, claramente impressionado.
— Hoseok realmente não economizou em detalhes, hein? Isso aqui está incrível. — Ele falou, cruzando os braços e avaliando a decoração.
— Nem parece que ele está tentando reconquistar a ex namorada, não é? — comentou em tom divertido, mas com um toque de ironia, enquanto ajustava a echarpe em volta dos ombros.
Namjoon riu, balançando a cabeça.
— Bem, Jihoon também merece uma festa inesquecível. Ele é um garoto incrível.
sorriu, observando a atenção aos detalhes.
— Acho que você vai querer dicas do Hoseok quando for organizar algo assim para você mesmo… — ela provocou, cutucando-o de leve com o cotovelo.
— Você está muito brincalhona hoje, hein? — ele retrucou com um sorriso, mas o olhar dele foi interrompido pela entrada de Hoseok, que vinha da área de trás do salão.
— Vocês chegaram cedo! — Hoseok exclamou, carregando um pequeno foguete inflável, parte de um dos jogos que seria usado durante a festa.
— Cedo o suficiente para ver tudo isso sem ninguém por perto — respondeu, fazendo um gesto amplo para o salão. — Está tudo perfeito, Hoseok.
— E Jihoon ainda não viu o painel fotográfico? Ele vai amar — Namjoon acrescentou, apontando para o canto.
Hoseok sorriu com satisfação, mas havia um toque de nervosismo em seu olhar.
— Obrigado. Espero que ele realmente goste. Foi tudo por ele. — Mas, no fundo, os dois amigos sabiam que havia mais em jogo ali do que apenas a felicidade do pequeno aniversariante.
olhou ao redor, avaliando cada detalhe do salão mais uma vez antes de perguntar com um tom casual, mas curioso:
— E a ? Não vejo ela por aqui.
Hoseok ajeitou o foguete inflável em suas mãos, um sorriso leve no rosto:
— Ela está terminando de arrumar o Jihoon lá em casa. Ele queria usar o uniforme de astronauta que compramos, mas teve um pequeno “acidente” com suco de uva no almoço — Hoseok explicou, balançando a cabeça em um gesto divertido. — Ela disse que já já vem, assim que resolver o caos.
riu, imaginando a cena.
— Ela parece estar se saindo bem no papel, hein? — comentou, com uma sobrancelha arqueada.
Hoseok hesitou por um instante, mas manteve o tom leve.
— tem um jeito especial com ele. Jihoon adora a companhia dela. — Ele deixou escapar um sorriso genuíno, mas havia uma mistura de emoções em seu olhar que não passou despercebida.
Namjoon, observando a interação, decidiu intervir antes que a conversa fosse para um território mais pessoal.
— Pelo menos Jihoon vai chegar pronto para a festa, e o suco de uva ficará no passado.
— Sim, porque não quero nenhuma mancha roxa estragando as fotos — Hoseok brincou, rindo levemente.
sorriu, mas havia algo em sua expressão que indicava que ela estava curiosa para entender mais sobre o relacionamento entre Hoseok e . Contudo, optou por guardar seus pensamentos para si, enquanto eles continuavam conversando.
***
Namjoon guiou até uma mesa perto da área decorada com o tema espacial, afastando uma cadeira para ela se sentar antes de tomar seu lugar ao lado. Ele olhou para Hoseok, que ainda conferia os últimos ajustes na decoração, e ele disse:
— Fiquem à vontade. Vou resolver uma coisa antes de voltar.
Assim que ficaram sozinhos na mesa, desviou o olhar para Hoseok e depois voltou-se para Namjoon, a expressão carregada de preocupação.
— Você nunca aconselhou o Hoseok com toda essa situação? — ela perguntou em um tom baixo, inclinando-se um pouco para ele. — Tenho medo da acabar magoada.
Namjoon franziu o cenho, pensativo, antes de devolver:
— Você acha que ela pode se apaixonar?
balançou a cabeça com firmeza, como se fosse óbvio.
— Ela já se apaixonou, Namjoon. E não é só pelo Hoseok. Ela se apegou muito ao Jihoon também.
Namjoon suspirou pesadamente, sua preocupação ecoando a de . Ele segurou uma das mãos dela sobre a mesa e, sem pressa, deixou um beijo suave em seus dedos.
— Vou falar com ele sobre isso depois, prometo.
o observou por um momento, grata pela atitude, e apertou de leve a mão dele antes de desviar o olhar novamente para Hoseok, que agora ria de algo dito por um dos convidados.
— Espero que você consiga fazer ele enxergar — murmurou, mais para si mesma do que para Namjoon, mas ele ouviu e assentiu com seriedade.
Hoseok retornou à mesa carregando dois copos de suco para Namjoon e para , mas antes que pudesse se acomodar, a movimentação na entrada chamou sua atenção. Jihoon apareceu correndo, sorrindo de orelha a orelha, e gritou:
— Papaaaaaai!
Hoseok rapidamente colocou os copos na mesa e abriu os braços para receber o filho, abaixando-se para pegá-lo no colo com facilidade.
— Ei, campeão! — ele disse com um sorriso caloroso. — Está pronto para aproveitar sua festa?
— Sim! — Jihoon respondeu, animado, segurando o rosto do pai com as mãos pequenas.
Enquanto pai e filho trocavam palavras e risos, aproximou-se com um sorriso tranquilo, parecendo satisfeita ao ver o entusiasmo de Jihoon. Seus olhos encontraram os de e Namjoon, e ela caminhou até eles para cumprimentá-los.
— , Namjoon — ela disse, a voz gentil. — Que bom que vocês chegaram cedo.
levantou-se para abraçá-la, envolvendo-a calorosamente.
— , você está radiante. A festa está linda, parabéns!
— Obrigada. — sorriu, tocando de leve no braço de antes de virar-se para Namjoon.
Ele retribuiu o sorriso e inclinou-se para cumprimentá-la com um aperto de mão firme.
— E você parece muito tranquila para alguém que ajudou a organizar tudo isso.
— Não é todo dia que a gente comemora os sete anos de uma criança especial como o Jihoon, né? — respondeu, lançando um olhar afetuoso para o menino, que ainda estava nos braços do pai.
Hoseok, com Jihoon no colo, juntou-se ao grupo, e os olhos de brilharam ao ver os dois juntos, embora ela rapidamente disfarçasse e voltasse sua atenção aos amigos.
— Espero que vocês aproveitem bastante — ela acrescentou, genuína, enquanto Hoseok assentia com um sorriso orgulhoso.
Jihoon, ainda no colo de Hoseok, notou Namjoon e abriu um enorme sorriso.
— Tio Namjoon! — ele exclamou, estendendo os braços em direção a ele.
Hoseok colocou Jihoon no chão, e o menino foi até Namjoon, envolvendo-o em um abraço caloroso, apertando-o com força.
— Ei, garotão! — Namjoon disse, ajoelhando-se para ficar na altura do menino e correspondendo ao abraço com entusiasmo. — Feliz aniversário, Jihoon!
Jihoon afastou-se um pouco, olhando para Namjoon com olhos brilhantes.
— Obrigado, tio!
Namjoon pegou uma caixa cuidadosamente embrulhada que estava ao lado da mesa e a estendeu para o menino.
— Isso aqui é pra você. Espero que goste!
Jihoon arregalou os olhos, maravilhado, e pegou o presente com cuidado, como se fosse algo precioso.
— Uau! É pra mim mesmo?
— Claro que é! Mas só pode abrir depois de cortar o bolo, combinado? — Namjoon disse com um sorriso cúmplice.
Jihoon assentiu vigorosamente, abraçando o presente contra o peito.
— Obrigado, tio Namjoon! Você é o melhor!
Namjoon bagunçou os cabelos de Jihoon de leve, rindo.
— E você é o aniversariante mais incrível. Aproveite o seu dia, campeão!
Jihoon deu mais um abraço rápido em Namjoon antes de voltar para o lado de Hoseok, segurando o presente com todo cuidado, como se não pudesse esperar para saber o que havia dentro.
observava Jihoon com um sorriso nos lábios, feliz por ver o pequeno tão animado. Aproveitando o momento, ela se aproximou dele.
— E então, Jihoon? Gostou da decoração? Está do jeito que você queria? — perguntou, abaixando-se um pouco para olhar nos olhos dele.
Jihoon assentiu com entusiasmo, ainda segurando o presente de Namjoon com uma mão. Com a outra, ele segurou a mão de com firmeza.
— Eu amei! Está tudo lindo, tia ! Você é a melhor!
Antes que ela pudesse responder, Jihoon a puxou pela mão, começando a caminhar em direção à área principal da festa.
— Vem! Quero te mostrar o que eu mais gostei! — ele exclamou, animado, praticamente arrastando-a consigo.
riu, permitindo-se ser levada pelo menino, enquanto acenava de leve para Hoseok, que ficou para trás com Namjoon e .
Hoseok os observou desaparecer entre as mesas, com um sorriso distraído. Namjoon, que estava sentado ao lado de , cruzou os braços e o encarou com uma sobrancelha levantada
— Notícias da GaHee? — Namjoon perguntou, direto ao ponto. — Ela vem mesmo, Hoseok?
Hoseok suspirou, inclinando-se contra a cadeira.
— Ela confirmou ontem à noite — respondeu, olhando para o relógio em seu pulso como se esperasse que GaHee aparecesse a qualquer momento. — Disse que não queria perder o aniversário do Jihoon.
trocou um olhar significativo com Namjoon, mas manteve-se em silêncio, deixando o psicólogo continuar o interrogatório.
— E como você está com isso? — Namjoon perguntou, a voz tranquila, mas claramente buscando algo mais profundo.
Hoseok passou uma mão pelos cabelos, hesitando.
— Não sei — admitiu. — Só espero que isso ajude. Não só pelo Jihoon, mas… — Ele parou, desviando o olhar.
Namjoon assentiu, compreendendo.
— Espero que sim, Hoseok. Mas lembre-se de que nem tudo depende de você.
colocou uma mão no braço de Hoseok, oferecendo um sorriso tranquilizador.
— Vai dar tudo certo, Hoseok. Por Jihoon, vale a pena tentar.
***
O próximo a entrar no salão foi Taehyung, com seu andar confiante e aquele sorriso fácil que iluminava qualquer ambiente. Ele avistou Hoseok de longe e se aproximou com passos firmes, carregando uma pequena sacola de presente em uma das mãos.
— Hoseok! — exclamou, abrindo os braços em um gesto caloroso antes de cumprimentá-lo com um aperto de mão firme e um abraço breve. — Cara, isso aqui está incrível. Você se superou.
Hoseok sorriu, agradecendo.
— Não posso levar o crédito sozinho, sabe como é. deu o toque especial.
Taehyung riu.
— Ah, claro. Ela sempre sabe como fazer tudo parecer perfeito.
Depois de cumprimentar Hoseok, ele virou-se para Namjoon e , que estavam sentados na mesma mesa.
— Que bom ver vocês aqui. — Ele cumprimentou os dois com uma leve reverência e um sorriso, antes de sentar-se à mesa ao lado deles.
devolveu o sorriso, mas havia uma certa curiosidade em seu olhar.
— Achei que a viria com você, Taehyung…
A menção ao nome de pareceu desestabilizá-lo por um breve momento. Ele umedeceu os lábios, desviou o olhar e engoliu em seco antes de responder.
— Ela vai vir… — Taehyung hesitou, os dedos da sacola de presente apertando um pouco mais. — Com o Subin.
O tom de sua voz carregava algo que imediatamente reconheceu como desconforto. Ela arqueou levemente uma sobrancelha, mas manteve um sorriso amarelo enquanto tentava aliviar o clima.
— Ah… Bom, pelo menos ela vai estar aqui, não é? — comentou, sem deixar transparecer muito, mas já sentindo o peso da tensão que pairava sobre Taehyung.
Namjoon apenas observava em silêncio, estudando a expressão do amigo, enquanto Hoseok parecia distraído com algo ao longe.
Taehyung esboçou um sorriso forçado e assentiu, como se tentasse convencer a si mesmo.
— Sim, é claro. Isso é o mais importante.
Hoseok avistou um grupo se aproximando da entrada do salão e rapidamente levantou-se, ajeitando a postura com um sorriso receptivo.
— Com licença, pessoal, mais convidados chegando. — Ele piscou para e Namjoon antes de se afastar.
Na porta, algumas figuras altas e bem vestidas esperavam, acompanhadas de crianças animadas. Eram colegas de profissão de Hoseok, modelos conhecidos do mundo da moda que traziam consigo a elegância natural de quem está acostumado aos flashes. As crianças, porém, davam um toque de leveza ao grupo, carregando pequenos presentes e rindo umas com as outras.
— Sejam bem-vindos! — Hoseok cumprimentou calorosamente, apertando as mãos dos adultos e abaixando-se para cumprimentar as crianças com um sorriso gentil. — Fico muito feliz que vocês puderam vir.
— Claro que viemos, Hoseok. Não podíamos perder o aniversário do Jihoon! — respondeu uma das modelos, uma mulher alta de cabelos ondulados e olhar amigável.
Hoseok apontou para as mesas do salão, explicando:
— Podem se acomodar por ali. Temos algumas mesas reservadas para vocês, e tem um espaço ótimo para as crianças perto do playground.
As crianças correram na direção do playground, enquanto os adultos seguiam calmamente, trocando elogios sobre a decoração e o ambiente. Hoseok acompanhou-os até as mesas, certificando-se de que estavam confortáveis, antes de voltar à porta para receber mais convidados que começavam a chegar.
Ele estava no seu elemento, movendo-se com naturalidade e um carisma inegável, cumprimentando todos com o mesmo entusiasmo e atenção.
De longe, observava a cena com um pequeno sorriso, comentando com Namjoon:
— Hoseok realmente sabe como cativar as pessoas. Ele faz isso parecer tão fácil…
Namjoon sorriu de canto, concordando.
— É o jeito dele. Sempre foi assim, desde que éramos crianças. Ele tem essa habilidade natural de fazer as pessoas se sentirem bem-vindas.
— Isso é verdade. — concordou, seus olhos vagando de volta para a cena, onde Hoseok conversava animadamente com mais convidados que acabavam de chegar.
***
Jungkook entrou pelo salão com passos firmes, equilibrando o capacete da moto em uma mão e um presente grande e colorido embaixo do braço. Hoseok foi o primeiro a notá-lo, dirigindo-se até ele com um sorriso caloroso.
— Jungkook! Ainda bem que você veio! — Hoseok exclamou, apertando a mão do amigo antes de dar um rápido abraço. — E trouxe um presentão para o Jihoon, hein? Ele vai adorar. Ele adora você, você sabe.
— Claro que vim. Não podia deixar de aparecer. — Jungkook respondeu, erguendo ligeiramente o presente. — Espero que o pequeno goste.
Enquanto Hoseok guiava Jungkook para dentro, , que observava a cena de longe, inclinou a cabeça levemente, estudando-o. Os cabelos dele estavam visivelmente mais curtos, um corte parecido com aquele que as mães fazem quando os filhos estão começado no ensino médio, e ele parecia até mais magro, com uma expressão séria e distante.
— Nossa… como ele está diferente. — murmurou sem perceber que falava em voz alta.
Taehyung e Namjoon trocaram um olhar rápido. Taehyung umedeceu os lábios, desviando o olhar para disfarçar. Namjoon arqueou uma sobrancelha e, após um breve momento de hesitação, perguntou:
— , a e o Yugyeom vêm?
Ela piscou, como se a pergunta a tirasse de um devaneio.
— Ah… — hesitou, ajeitando-se na cadeira. — Não sei. disse que estava em dúvida, mas não falou mais nada com a gente.
Namjoon assentiu lentamente, enquanto Taehyung parecia desconfortável, batendo os dedos na mesa sem ritmo.
— Interessante. — Namjoon murmurou, mas não prosseguiu. Ele lançou um olhar curioso para Jungkook, que agora conversava descontraidamente com Hoseok, mas seus olhos logo se desviaram como se estivessem buscando algo – ou alguém.
Hoseok deu um tapinha amistoso no ombro de Jungkook e apontou para a mesa onde Namjoon, e Taehyung estavam sentados.
— Pode se sentar com o pessoal ali. Eles vão gostar de te ver. — Ele sorriu, com a expressão acolhedora de sempre.
Jungkook seguiu a direção indicada com o olhar e assentiu, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Hoseok completou:
— Vou levar o Jihoon lá pra vocês também. Aposto que ele vai adorar ver o presente que você trouxe.
— Certo, vou lá então. — Jungkook respondeu com um sorriso curto, mas educado, antes de se dirigir para a mesa.
Hoseok se afastou em direção ao canto onde Jihoon estava, pronto para chamar o filho e levá-los aos novos convidados. Enquanto isso, Jungkook aproximava-se devagar da mesa, onde rapidamente ajeitou o cabelo de maneira quase imperceptível, Namjoon mantinha um olhar tranquilo, e Taehyung parecia entretido demais com seu próprio desconforto.
Jungkook chegou à mesa com seu habitual charme descontraído, cumprimentando a todos com um sorriso.
— Joonie hyung, , V… — Ele fez um pequeno gesto de cabeça para cada um antes de se dirigir a . — E você, , sempre elegante.
— Obrigada, Jungkook. — respondeu educadamente, mas com um sorriso contido.
Depois de cumprimentá-los, Jungkook se ajeitou ao lado de Taehyung, apoiando o capacete no chão ao lado da cadeira. Ele olhou ao redor com curiosidade antes de perguntar:
— Ué, sua colega de apartamento não veio com você, Taehyung?
Taehyung, que já estava visivelmente desconfortável, engoliu seco mais uma vez antes de responder, com a voz quase um sussurro:
— Ela vem com o namorado.
Jungkook, sem filtrar os pensamentos, soltou de imediato:
— Ué, eu achei que vocês dois estavam desenrolando, mas ela tá namorando outro?
O comentário fez arregalar os olhos e Taehyung fechar os punhos sobre a mesa, visivelmente desconcertado. Antes que a situação pudesse piorar, Namjoon interveio com um tom firme:
— Jungkook, por favor.
O olhar de Namjoon era uma mistura de reprovação e alerta, enquanto Taehyung desviava os olhos para qualquer lugar que não fosse a mesa, tentando mascarar o desconforto. , em um esforço para quebrar o silêncio que se seguiu, pegou seu copo de água e tomou um pequeno gole, como se isso pudesse aliviar a tensão.
— Foi mal. — Jungkook levantou as mãos em um gesto de rendição, percebendo que havia falado demais. — Só estava curioso.
Taehyung forçou um sorriso amarelo, mas preferiu não responder, focando em ajeitar a toalha da mesa. Namjoon deu um longo suspiro e mudou de assunto rapidamente, na tentativa de aliviar o clima.
Jihoon surgiu correndo pelo salão, os pequenos passos rápidos ecoando levemente no piso. O sorriso em seu rosto era radiante, e ele não hesitou nem por um segundo ao avistar Jungkook sentado à mesa.
— Tio Kookie! — Jihoon gritou, sua voz animada chamando a atenção de todos ao redor.
Jungkook se virou no exato momento em que o menino se jogou em seu colo, envolvendo-o em um abraço apertado. Ele quase perdeu o equilíbrio com o impacto, mas segurou Jihoon firme, rindo com genuína alegria.
— E aí, garotão! — Jungkook apertou Jihoon contra o peito e bagunçou seus cabelos com uma mão carinhosa. — Caramba, você tá ficando mais pesado ou eu tô ficando mais fraco?
Jihoon riu alto, segurando os ombros de Jungkook e balançando a cabeça.
— Eu tô crescendo! Papai disse que eu já tô quase do seu tamanho!
— Ah, é? — Jungkook arqueou as sobrancelhas, fingindo surpresa. — Então daqui a pouco você vai me carregar no colo, é isso?
— Acho que sim! — Jihoon respondeu animado, enquanto Jungkook o colocava sentado em seu colo, ajustando-o para que ficasse confortável.
Os outros observavam a cena com sorrisos nos rostos. Era evidente o quanto Jihoon adorava Jungkook, e o carinho era claramente recíproco.
— Você trouxe meu presente? — Jihoon perguntou, olhando ansiosamente para Jungkook.
— É claro que sim! — Jungkook apontou para o grande pacote que havia deixado no chão ao lado da cadeira. — Mas tem uma regra: só pode abrir depois do parabéns.
Jihoon fez um biquinho, claramente desapontado, mas logo sorriu de novo.
— Tá bom… Mas você vai ficar aqui comigo até o parabéns, né?
— Vou sim, campeão. Não se preocupe. — Jungkook apertou levemente o nariz do menino com os dedos, arrancando uma risadinha.
Namjoon, e Taehyung observavam a interação com expressões calorosas, enquanto Jungkook, com Jihoon ainda em seu colo, parecia completamente à vontade no papel de “amigo do pai preferido”.
Jihoon, ainda no colo de Jungkook, virou-se rapidamente ao notar Taehyung observando-o com um sorriso caloroso.
— Tio Tae! — ele exclamou com a mesma energia contagiante.
Jungkook o colocou no chão, permitindo que Jihoon fosse em direção a Taehyung, que se levantou para recebê-lo com os braços abertos.
— E aí, meu campeão? — Taehyung disse, agachando-se para ficar na altura do garoto e recebendo-o em um abraço apertado.
— Eu tô tão feliz que você veio! — Jihoon disse com entusiasmo, afastando-se apenas o suficiente para encarar Taehyung.
— E eu não perderia sua festa por nada no mundo, garotão! — respondeu Taehyung, bagunçando carinhosamente os cabelos de Jihoon.
Jihoon riu alto e, com sua curiosidade infantil, apontou para o presente que Taehyung segurava.
— Isso aí é pra mim?
Taehyung riu, fingindo hesitação enquanto erguia o presente.
— Hmm… Acho que sim. Mas… — Ele estreitou os olhos, fingindo analisar Jihoon de cima a baixo. — Você merece mesmo?
Jihoon abriu um sorriso de orelha a orelha e fez um grande gesto com os braços.
— Claro que eu mereço! Eu fui muito bonzinho esse ano!
A resposta de Jihoon arrancou risadas de todos na mesa.
— Ok, você me convenceu. Mas, assim como o presente do tio Jungkook, só pode abrir depois do parabéns, combinado? — Taehyung entregou o pacote para Jihoon, que aceitou com cuidado, assentindo rapidamente.
— Tá bom! Obrigado, tio Tae!
Jihoon o abraçou novamente, antes de voltar para junto de Jungkook com o presente nas mãos, claramente orgulhoso de seus tesouros recém-adquiridos. Taehyung se levantou, sorrindo para os amigos.
— Esse garoto é um raio de sol mesmo, hein? — ele comentou, sentando-se de volta enquanto observava Jihoon exibir o presente para Jungkook, radiante.
***
chegou à mesa após verificar se tudo estava correndo bem na festa. Ela acomodou-se ao lado de , soltando um leve suspiro.
— Parece que tudo está indo conforme o planejado — ela comentou, observando Hoseok e Jihoon ainda recepcionando os convidados com sorrisos animados.
— Está mesmo lindo, . Você fez um ótimo trabalho — disse Namjoon com um tom gentil, enquanto concordava com um sorriso de aprovação.
— Jihoon parece estar adorando — completou Taehyung, olhando para o garoto que não parava de correr entre Hoseok e os presentes na mesa.
riu, orgulhosa, mas antes que pudesse responder, Hoseok se virou para a entrada ao ouvir o som da porta se abrindo novamente. Ele ajustou o paletó de leve e caminhou até lá, com Jihoon ao seu lado.
surgiu ao lado de Subin, de mãos dadas. Ela estava deslumbrante em um vestido floral leve, enquanto Subin trajava algo casual, mas elegante, que combinava perfeitamente com o ambiente da festa. O casal parecia à vontade, mas a tensão sutil no olhar de não passou despercebida por Hoseok.
— ! — Hoseok os cumprimentou com um sorriso caloroso, estendendo a mão para Subin. — Que bom que você veio.
apertou levemente a mão de Subin antes de soltá-la para abraçar Hoseok brevemente.
— Não perderia por nada. Eu precisava estar aqui para a e o Jihoon — disse com sinceridade.
Subin sorriu educadamente, apertando a mão de Hoseok com firmeza.
— Um prazer conhecê-lo, Hoseok. falou bastante sobre vocês.
— Espero que só coisas boas — brincou Hoseok, enquanto Jihoon, ao lado dele, puxava levemente a camisa do pai.
abaixou-se para ficar na altura de Jihoon, sorrindo carinhosamente.
— Oi, meu pequeno raio de sol! Feliz aniversário!
Jihoon abriu um sorriso tímido, ainda segurando o presente que havia recebido mais cedo.
— Obrigado, tia !
— Você já ganhou muitos presentes hoje? — ela perguntou, enquanto Jihoon assentia vigorosamente.
— Muitos! Mas só posso abrir depois do parabéns.
riu e bagunçou os cabelos dele com carinho.
Enquanto Hoseok indicava um lugar para Subin e se acomodarem, os olhares discretos e a reação sutil de Taehyung ao ver o casal se aproximando da mesa não passaram despercebidos pelos amigos. Namjoon e trocaram um olhar cúmplice, percebendo o desconforto escondido sob o sorriso educado de Taehyung.
e Subin se aproximaram da mesa com passos leves, mas o ambiente parecia carregar uma certa tensão. Ela parecia hesitante, mas determinada. Subin, ao seu lado, mantinha um sorriso educado, embora demonstrasse uma leve timidez ao ser apresentado a um grupo tão grande de uma vez só.
— Pessoal, esse é o Subin — anunciou , forçando um sorriso confiante. — Meu namorado.
A palavra “namorado” pairou no ar por um breve momento antes que as reações começassem. e trocaram olhares ligeiramente surpresos, mas logo sorriram educadamente.
— Ah, então finalmente vamos conhecer quem anda te roubando, ! — brincou , tentando aliviar o clima enquanto se levantava para cumprimentar Subin. — Prazer, Subin. Sou , amiga dela há séculos.
Subin apertou a mão dela com firmeza e respondeu:
— Prazer é todo meu. fala muito bem de você.
— Só coisas boas, espero — respondeu com um sorriso leve, enquanto também se levantava para cumprimentá-lo.
— , prazer. Finalmente te conhecemos, hein? Já estávamos curiosas.
Subin riu levemente, apertando a mão dela.
— Demorei um pouco, mas finalmente estou aqui.
suspirou, visivelmente aliviada pela recepção amigável. Então, ela virou-se para os homens da mesa.
— Esses são Taehyung, Namjoon e Jungkook, amigos do Hoseok.
Subin cumprimentou cada um, recebendo apertos de mão firmes e olhares avaliadores, especialmente de Jungkook, que não conseguiu esconder uma sobrancelha ligeiramente arqueada.
— Muito prazer, Subin. — Namjoon foi o primeiro a quebrar o silêncio mais masculino, com seu tom profissional e educado. — Espero que esteja gostando da festa.
— Está tudo incrível. Dá pra ver o quanto o Hoseok se dedicou pra fazer isso perfeito pro Jihoon.
— Com certeza — concordou Taehyung, com um sorriso discreto, mas que não escondia completamente seu desconforto.
— E aí, Subin? — Jungkook, com seu jeito direto de sempre, sorriu ligeiramente, inclinando-se um pouco na cadeira. — Você gosta de crianças?
lançou um olhar de advertência para Jungkook, mas Subin riu suavemente e respondeu com tranquilidade:
— Gosto, sim. Ainda mais quando são tão carismáticas quanto o Jihoon.
— Boa resposta — Jungkook respondeu, relaxando um pouco.
O grupo começou a trocar algumas amenidades, mas a tensão no ar ainda era palpável para quem prestasse atenção. sentou-se ao lado de Subin, segurando a mão dele de maneira quase protetora, enquanto Taehyung desviava o olhar para qualquer outra coisa na sala. e , sentadas próximas, tentavam manter o clima leve, mas ambas perceberam que aquele momento estava longe de ser totalmente confortável.
Subin puxou a cadeira ao lado de Taehyung e se sentou, ajeitando-se enquanto ocupava o lugar ao lado dele. O rapaz virou-se para Taehyung, exibindo um sorriso amigável.
— Você é o chefe e colega de apartamento da , né? — perguntou Subin, com um tom descontraído. — Ela fala muito de você… sobre como vocês são amigos.
Taehyung ergueu os olhos para Subin, mantendo uma expressão neutra enquanto assentia lentamente.
— Sim, somos colegas de apartamento. E amigos também, claro. — A voz dele estava calma, mas havia algo ligeiramente tenso na forma como ele pronunciou as palavras.
, percebendo o clima, tentou suavizar:
— O Taehyung é incrível, Subin. Sempre me ajudou muito, mesmo quando eu era difícil de lidar.
Taehyung soltou uma risada curta, olhando para .
— Nunca foi nada difícil de lidar… Você sabe que pode contar comigo sempre, .
Subin continuou sorrindo, mas Taehyung notou algo nos olhos dele, uma espécie de curiosidade ou necessidade de reafirmação.
— Imagino que não seja fácil ser chefe e colega de apartamento ao mesmo tempo — Subin comentou, tentando quebrar o gelo.
— A gente se vira — respondeu Taehyung, com uma leve ironia que fez lançar um olhar de advertência discreto.
— Vocês são uma boa equipe, pelo jeito. — Subin sorriu para , apertando de leve a mão dela que descansava sobre a mesa.
— Sim, somos. — Taehyung sustentou o olhar por um segundo antes de desviar, pegando o copo de água na frente dele. — O importante é que ela está bem, né?
olhou de Taehyung para Subin, sentindo a tensão velada na conversa.
— E eu estou muito bem — respondeu ela, com um sorriso firme. — Graças aos amigos incríveis que tenho.
Subin apenas assentiu, mantendo a expressão amigável, enquanto Taehyung apertava os lábios, voltando sua atenção para o salão por um instante, mas sua mente estava longe, em um lugar que ele tentava evitar revisitar.
Depois do último beijo que ele e trocaram, tudo havia mudado. Foi um beijo intenso, cheio de significados que eles não tiveram coragem de colocar em palavras. Naquela época, ela e Subin ainda não tinham nada sério. Havia espaço, ele acreditava. Um espaço onde ele podia finalmente atravessar o limite entre amizade e algo mais.
Mas não foi assim que as coisas se desenrolaram.
Logo depois daquele beijo, que parecia ter durado horas, o destino interveio de uma forma cruel. Subin tomou a iniciativa e pediu em namoro. O timing foi perfeito… ou terrível, dependendo do ponto de vista.
Taehyung se lembrou da noite em que ela voltou para casa, os olhos brilhando e um sorriso que não deixava espaço para dúvidas. Ela estendeu a mão para mostrar a aliança discreta, mas significativa, no dedo anelar…
“— Subin me pediu em namoro — ela anunciou, com a voz transbordando felicidade.
Ele se sentiu paralisado naquele momento, como se o mundo inteiro tivesse parado de girar. A surpresa foi avassaladora, um golpe que ele não viu chegando. Ele tentou disfarçar, claro. Era o que Taehyung fazia de melhor.
— Uau, isso é… incrível. Parabéns, . — Aquelas foram as únicas palavras que conseguiu dizer, enquanto sentia o peso daquele anel como se estivesse em seu próprio peito.”
Desde então, ele decidiu que precisava recuar. Não havia espaço para ele naquela história. estava feliz, e isso era o mais importante. Pelo menos era o que ele continuava repetindo para si mesmo, como um mantra vazio.
Agora, sentado ao lado de Subin, Taehyung sentia um desconforto que era ao mesmo tempo familiar e doloroso. Ele tentou focar na conversa, na decoração, nas risadas que ecoavam pelo salão, mas sua mente insistia em voltar para o que poderia ter sido.
Enquanto Subin apertava a mão de sobre a mesa, Taehyung não conseguiu evitar o pensamento de que aquela mão já havia estado entrelaçada à dele. E que, mesmo que nunca dissesse em voz alta, parte dele ainda desejava que estivesse.
***
O clima ao redor da mesa estava leve e descontraído, risadas ecoando enquanto os amigos trocavam histórias e conversavam. Hoseok estava em pé, atrás de , as mãos grandes repousando nos ombros dela. De tempos em tempos, ele fazia leves movimentos circulares, como se massageá-la fosse a coisa mais natural do mundo. parecia confortável, inclinando-se ligeiramente para trás, permitindo que ele continuasse.
O fotógrafo surgiu próximo à mesa, segurando a pequena mão de Jihoon, que estava animado como sempre. O menino puxava o homem em direção ao grupo, com um sorriso travesso no rosto. O fotógrafo parou perto do grupo, analisando o ambiente antes de falar com entusiasmo:
— Vamos tirar algumas fotos lá na mesa, mamãe e papai?
A frase foi dita de forma descontraída, como se fosse algo completamente natural, mas o impacto foi imediato. O silêncio tomou conta da mesa. Todos os olhares se voltaram para Hoseok e . Hoseok, que estava de pé atrás dela, com as mãos pousadas nos ombros dela em um gesto quase protetor, ficou visivelmente tenso.
, por sua vez, sentiu o calor subir pelo rosto, mas rapidamente tentou dissipar qualquer mal-entendido. Endireitou-se na cadeira e riu de leve, um som que tentava soar natural.
— Ah, não, não! — ela corrigiu rapidamente, balançando a cabeça. — Eu não sou a mãe… Sou a madrasta.
O fotógrafo piscou algumas vezes, claramente confuso, mas assentiu sem questionar.
— Entendido! Vamos registrar esse momento especial, de qualquer forma — respondeu ele com um sorriso amigável, tentando quebrar o clima constrangedor.
Jihoon, alheio à situação, puxava o fotógrafo pela mão e olhava para Hoseok com a típica energia de criança.
— Vamos, papai! A gente precisa tirar fotos!
Hoseok deu um pequeno suspiro, umedecendo os lábios antes de inclinar-se levemente para . Ele deixou um último toque gentil em seus ombros antes de se afastar.
— Acho que não tem como escapar dessa, né, filho? — disse ele, forçando um sorriso para suavizar o momento.
Enquanto Hoseok e Jihoon seguiam com o fotógrafo, os amigos na mesa trocaram olhares discretos. ajustou a posição da alça do vestido, tentando ignorar o clima estranho e as expressões especulativas ao seu redor.
***
Hoseok e Jihoon caminhavam em direção à área indicada pelo fotógrafo, Jihoon puxando o pai pela mão com a empolgação típica de uma criança. No entanto, no meio do caminho, Jihoon parou abruptamente, soltando a mão de Hoseok e virando-se para trás.
— Tia ! — ele chamou, a voz clara e insistente.
, que ainda estava sentada à mesa tentando se recompor após o momento constrangedor, ergueu os olhos surpresa ao ouvir seu nome.
— Vem com a gente! — Jihoon continuou, agitando os braços para que ela se apressasse. — Você também faz parte da nossa família, não faz?
Os olhares dos amigos se voltaram para novamente, agora com sorrisos discretos. Ela engoliu em seco, sentindo um calor inesperado no peito diante da espontaneidade de Jihoon. Hoseok passou a mão pelos cabelos, claramente sem saber como reagir, mas não interveio.
finalmente levantou-se, ajeitando o vestido e caminhando em direção a eles.
— Claro, Jihoon — respondeu com um sorriso caloroso, embora ainda um pouco nervosa. — Como eu poderia dizer não para você?
Jihoon sorriu amplamente, correndo até ela para segurar sua mão e puxá-la para perto de Hoseok.
— Agora está perfeito! — declarou ele, olhando para o fotógrafo com a seriedade de quem estava resolvendo um grande problema.
Hoseok desviou o olhar para por um momento, umedecendo os lábios antes de murmurar quase inaudível:
— Obrigado por isso.
apenas assentiu, um sorriso suave dançando em seus lábios enquanto os três seguiam juntos para tirar as fotos.
O fotógrafo orientava Jihoon, Hoseok e em várias poses enquanto a câmera clicava sem parar. Jihoon estava radiante, mudando de posição com animação, ora segurando a mão de , ora subindo no colo de Hoseok, e até pedindo para tirar uma foto com os dois juntos. Hoseok parecia relaxado, embora seus olhos frequentemente buscassem os de , como se estivesse confirmando que ela estava confortável com tudo aquilo.
Enquanto mais algumas fotos eram tiradas, GaHee entrou no salão. Ela cumprimentava alguns convidados que conhecia, o sorriso impecável no rosto e os passos graciosos que atraíam atenção. Quando ela parou ao lado do fotógrafo, o clima pareceu mudar levemente.
— Desculpe interromper esse momento tão bonito de família — começou ela, a voz doce com um leve toque de ironia. — Mas acho que está faltando o principal, não é?
Jihoon, ao ouvir a voz familiar, virou-se rapidamente. Seus olhos brilharam e, soltando as mãos de e Hoseok, correu até ela.
— Mamãe! — gritou ele, abraçando-a com força.
GaHee abaixou-se para receber o filho, envolvendo-o com um abraço caloroso enquanto o olhava com carinho.
, que tinha mantido um sorriso neutro até então, deu um pequeno passo para trás.
— Com licença — disse ela com a voz baixa, mas firme, direcionando as palavras a Hoseok. — Esse momento não é meu.
Ela se afastou discretamente, caminhando de volta para a mesa onde os amigos estavam. Hoseok a seguiu com o olhar, claramente desconfortável, mas preso entre a situação e o entusiasmo de Jihoon por estar com a mãe.
sentou-se, tentando ignorar a mistura de sentimentos que crescia em seu peito. A mesa dos amigos a recebeu com olhares curiosos, mas ninguém fez perguntas, respeitando o silêncio dela enquanto ela observava de longe Hoseok, Jihoon e GaHee interagindo.
Jungkook, sempre indiscreto e sem filtro, observava a expressão de enquanto ela se sentava novamente. Ele apoiou os cotovelos na mesa e a encarou diretamente, soltando com a naturalidade que lhe era característica:
— Ninguém aqui gosta da GaHee… nós preferimos você!
O comentário foi seguido por uma piscadela cúmplice na direção de , que arregalou os olhos, surpresa com a sinceridade dele. Namjoon, ao lado, pigarreou, visivelmente desconcertado, mas acabou concordando com um aceno de cabeça.
— Nós gostaríamos que esse namoro fosse de verdade, — continuou Jungkook, sem hesitar.
soltou uma risada curta, claramente sem graça. Ela balançou a cabeça, tentando aliviar a tensão que sentia se acumulando.
— Vocês estão sendo muito simpáticos, mas… — começou ela, escolhendo as palavras com cuidado. — O coração do Hoseok é da GaHee, e pronto.
O tom leve que ela tentou adotar não disfarçou a melancolia que passou em seu olhar por um breve momento. Namjoon percebeu, mas decidiu não pressioná-la. Jungkook, no entanto, continuou a encará-la, como se não acreditasse no que ela dizia, mas também optou por não prolongar o assunto naquele instante.
— Vocês não têm jeito… — completou , forçando um sorriso antes de mudar de assunto, enquanto seu olhar, involuntariamente, encontrava Hoseok de longe.
***
Hoseok acompanhou GaHee até uma mesa próxima de alguns conhecidos dela, onde ela poderia se sentir confortável. Jihoon, animado, não desgrudava da mãe, pulando no colo dela com um sorriso que revelava toda a saudade que sentia. Enquanto isso, os olhos de Hoseok se desviaram para a entrada do salão, onde reconheceu Yugyeom e chegando juntos. Ele ajeitou a postura e, quase automaticamente, buscou com o olhar.
Ao perceber a chegada dos amigos, também se dirigiu à entrada, acompanhando Hoseok. Assim que viu , um sorriso genuíno iluminou o rosto dela, e ela a abraçou calorosamente.
— Ah, que bom que você veio, ! — disse , sentindo-se mais aliviada pela presença da amiga.
devolveu o abraço com a mesma intensidade, e, ao se afastar, lançou um olhar divertido na direção de GaHee, que observava a interação com atenção. Ela piscou discretamente para , como quem dizia “não dê atenção a ela”.
Hoseok, ao lado, cumprimentava Yugyeom com um aperto de mão amistoso.
— Fico feliz que vocês tenham vindo — disse ele, sincero, antes de Yugyeom se virar para e também cumprimentá-la.
— , bom te ver de novo — disse Yugyeom, com um sorriso educado.
— O mesmo, Yugyeom. — Respondeu ela, antes de desviar o olhar, percebendo algo no ambiente.
Do outro lado do salão, Jungkook havia notado a entrada de e, ao vê-la, algo mudou em sua expressão. Seus olhos se prenderam nela por um momento mais longo do que o esperado. Ele umedeceu os lábios ao perceber que ela havia voltado ao loiro, um tom que ele lembrava com uma clareza desconcertante.
, por sua vez, também o notou. Apesar de tentar manter a conversa casual com e Hoseok, seu olhar encontrou o de Jungkook, e por um breve instante, o tempo pareceu suspenso.
Capítulo 28
Os olhos de voltaram a focar em e Hoseok, afastando-se do impacto silencioso do olhar trocado com Jungkook. Sem querer transparecer qualquer desconforto, ela deslizou discretamente sua mão até a de Yugyeom, entrelaçando os dedos aos dele e apertando levemente.
Yugyeom, perceptivo como sempre, abaixou o olhar para a mão de e sorriu de lado, compreendendo o gesto sem precisar de palavras. Ele retribuiu o aperto com firmeza, como se dissesse silenciosamente: “Tá tudo bem, estou aqui.”
— Vamos nos sentar? — Yugyeom sugeriu suavemente, buscando aliviar qualquer tensão no ar.
apenas assentiu com um sorriso contido, e eles seguiram até uma das mesas indicadas por Hoseok. acompanhava o movimento com atenção, notando a interação silenciosa entre os dois, mas sem comentar nada.
Enquanto isso, Hoseok permaneceu ao lado de , seus olhos vagando rapidamente pelo salão, observando como tudo estava fluindo. Ele percebeu GaHee lançando olhares discretos na direção deles, mas preferiu ignorar.
— Está tudo bem com a ? — Hoseok perguntou, sua voz baixa e atenta.
o olhou de canto, percebendo que ele também havia notado algo.
— Está, sim. Yugyeom é um bom apoio pra ela — respondeu, dando de ombros.
Hoseok apenas sorriu de leve, mas antes que pudesse responder, Jihoon surgiu correndo novamente, agarrando a mão do pai.
— Appa! Vem, tem mais gente chegando! — exclamou ele, puxando Hoseok pela mão.
Hoseok soltou um riso leve.
— Vamos lá, então. — Ele olhou rapidamente para . — Você vem?
Ela hesitou por um segundo, mas logo assentiu.
— Claro.
Enquanto caminhavam para receber os novos convidados, o salão seguia cheio de risos e conversas, mas a tensão silenciosa entre alguns olhares permanecia, escondida entre sorrisos educados e gestos sutis.
chegou sozinha, trajando um vestido elegante, mas discreto, que combinava com seu jeito reservado. Ela cumprimentou Hoseok com um sorriso educado e acenou de longe para alguns conhecidos antes de se acomodar em uma das mesas mais afastadas. Observava a movimentação com calma, aproveitando a música ambiente e o clima descontraído da festa.
Pouco depois, Suga entrou no salão acompanhado de e , seguidos por Jimin. Suga, sempre tranquilo, cumprimentou Hoseok com um breve abraço, enquanto e abraçaram com animação. Jimin, com seu carisma de sempre, cumprimentou todos com sorrisos e brincadeiras, trazendo ainda mais leveza para o ambiente. Eles logo se acomodaram juntos em uma mesa próxima aos amigos.
Por último, Jin chegou sozinho. Sua presença chamou atenção pelo porte imponente e pelo sorriso gentil que ofereceu a Hoseok ao cumprimentá-lo. Seus olhos, no entanto, logo se cruzaram intensamente com os de . O ar pareceu pesar por um breve momento, mas Jin desviou o olhar rapidamente, como se quisesse evitar qualquer constrangimento.
Mesmo assim, ao procurar um lugar para sentar, percebeu que a cadeira vazia mais próxima era ao lado dela. Por educação, aproximou-se.
— Posso? — perguntou, com a voz baixa e contida.
apenas assentiu com um leve movimento de cabeça. Jin se sentou ao lado dela, mantendo uma postura educada e uma distância respeitosa. O silêncio entre eles era denso, mas não desconfortável. Ambos pareciam buscar palavras que não surgiam, e então preferiram apenas observar a festa em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos.
***
caminhava pelo salão com passos tranquilos até desaparecer pelo corredor que levava ao banheiro. Precisava de um momento longe dos olhares, especialmente de Jungkook, cujo olhar havia pesado sobre ela desde o instante em que entrou.
Depois de alguns minutos, saiu do banheiro e seguiu pelo corredor, mas parou abruptamente ao dar de cara com Jungkook encostado na parede, de braços cruzados, como se estivesse esperando por alguém.
Os olhos dele se fixaram nos dela de imediato. desviou o olhar e tentou seguir em frente, mas antes que pudesse passar por ele, sentiu a mão firme de Jungkook envolver seu pulso, impedindo-a de seguir.
— Jungkook… — ela sussurrou, surpresa, mas mantendo a voz controlada.
Ele a puxou levemente para mais perto, inclinando-se o suficiente para que sua voz saísse baixa e ríspida.
— Vocês dois estão juntos? — perguntou entre os dentes, o maxilar tensionado, deixando claro que se referia a ela e Yugyeom.
tentou puxar o braço de volta, mas ele não cedeu. Seus olhos encararam os dele com firmeza, mas o coração batia acelerado.
— Do que está falando, Jungkook? Eu e quem?
Jungkook apertou o maxilar, os olhos queimando de frustração.
— Não se faça de desentendida, … Você e o Yugyeom. — A voz dele saiu baixa, mas carregada de tensão.
arqueou uma sobrancelha, puxando o braço com mais força até ele soltar.
— E se estivermos? Qual o problema? — rebateu, mantendo a postura firme, mas sentindo o estômago revirar.
Jungkook soltou uma risada seca, passando a mão pelos cabelos curtos.
— O problema é que você dizia antes que não achava que ele era apaixonado por você. E agora, do nada… — Ele balançou a cabeça, frustrado. — Não me olha assim, . Eu só quero entender.
Ela cruzou os braços, tentando se proteger da intensidade do olhar dele.
— Não tem nada pra entender, Jungkook. Você seguiu em frente, eu também.
Ele deu um passo à frente, diminuindo o espaço entre eles.
— Seguir em frente? É isso que você chama de seguir em frente? — Jungkook riu sem humor. — Então por que está fugindo de mim?
respirou fundo, desviando o olhar.
— Porque conversar com você não leva a lugar nenhum.
Ela se virou para sair, mas Jungkook a segurou pelo pulso novamente, dessa vez com mais suavidade.
— … — a voz dele saiu mais baixa, quase um sussurro. — Se for verdade, me diga. Se você e o Yugyeom estão juntos, eu paro.
Ela ficou em silêncio por alguns segundos, sentindo o peso das palavras dele. Então, soltou o braço devagar.
— Isso não é da sua conta.
Sem esperar resposta, se afastou, deixando Jungkook parado no corredor, com o olhar perdido e o coração acelerado.
voltou para o salão com passos lentos, ainda sentindo a pressão da conversa com Jungkook pesar em seu peito. Assim que seus olhos vasculharam o ambiente, encontraram Yugyeom em um canto, sorrindo de forma tranquila enquanto conversava com , Subin e . Ele segurava um copo de refrigerante com uma das mãos, gesticulando casualmente com a outra.
Aquela cena fez o coração de apertar. Yugyeom parecia tão confortável, tão genuíno… e ela sabia que não estava sendo justa com ele.
“E se ele realmente gosta de mim?”, o pensamento surgiu como uma faca, cortando sua calma. Yugyeom sempre esteve ao lado dela, sempre paciente, sempre gentil. E ali estava ele, sendo inserido em um jogo emocional que talvez nem soubesse que estava acontecendo.
Ela se sentou lentamente, apoiando os cotovelos na mesa e entrelaçando os dedos, pensativa.
“Mas o que mais eu poderia fazer?” — questionou-se. — “Jungkook não entende limites. Se ele pensa que eu e Yugyeom estamos juntos, talvez seja a única forma de manter distância. Talvez seja o único jeito de ele me deixar em paz…”
Mas, ao olhar novamente para Yugyeom, rindo de algo que havia dito, a culpa a sufocou ainda mais.
“E se ele realmente acredita nisso? E se eu estiver alimentando algo que não posso corresponder?”
Ela mordeu o lábio inferior, o estômago revirando. Uma parte dela sabia que estava pisando em terreno perigoso. Yugyeom não merecia ser usado como escudo. Mas ao mesmo tempo, temia o turbilhão de emoções que Jungkook sempre despertava.
Ela fechou os olhos por alguns segundos, tentando afastar os pensamentos confusos.
“Preciso colocar um limite nisso… ou vou acabar machucando alguém que não merece.”
Mas será que ela teria coragem?
***
A festa seguiu animada, com Jihoon completamente encantado com cada detalhe. Seus olhos brilhavam enquanto corria de um lado para o outro, interagindo com os convidados e brincando com outras crianças que estavam presentes. Hoseok observava o filho com um sorriso orgulhoso, sentindo-se aliviado por tudo estar saindo como planejado.
Jihoon brincava no espaço reservado para as crianças, onde havia brinquedos e jogos, mas sempre que via alguém conhecido, corria para cumprimentar. Ele passou um tempo com Namjoon, que o levantou no ar entre risadas, e depois foi até Jungkook, que o colocou nos ombros, fazendo Jihoon gargalhar alto.
Em determinado momento, Jihoon correu até , que conversava com e , e sem aviso, depositou um beijo carinhoso em sua bochecha.
— Obrigado por tudo, tia ! — disse ele, abraçando-a rapidamente antes de sair correndo de novo.
riu, surpresa e emocionada com o gesto, levando a mão ao rosto de forma carinhosa. O momento, no entanto, não passou despercebido por GaHee, que observava de longe, com um olhar duro e os lábios apertados.
Enquanto isso, a música ambiente deixava o clima leve, com os convidados conversando em pequenos grupos, aproveitando a comida e as bebidas. Hoseok circulava pelo salão, garantindo que todos estivessem bem acomodados.
As horas passaram em meio a risadas, conversas e brincadeiras. Jihoon estava radiante, completamente imerso em sua própria felicidade.
Finalmente, Hoseok anunciou que estava na hora dos parabéns. Todos começaram a se reunir em volta da grande mesa onde o bolo estava cuidadosamente decorado com o tema escolhido por Jihoon. Hoseok pegou Jihoon no colo e o posicionou em frente ao bolo, enquanto ficou ao lado deles, ajudando a organizar as crianças.
Os convidados se aglomeraram, prontos para cantar, e o salão se encheu de vozes alegres. Jihoon, com um sorriso largo, olhava ao redor, sentindo-se o centro do mundo naquele momento.
Assim que todos começaram a se posicionar ao redor da mesa para cantar os parabéns, GaHee se aproximou naturalmente de Hoseok, ficando ao seu lado. , ao notar a presença dela, sentiu-se desconfortável e deu um passo discreto para trás, pronta para se afastar.
Mas, antes que pudesse sair, Hoseok estendeu a mão e segurou delicadamente o pulso de .
Ela parou, surpresa, e o olhou. Hoseok manteve o contato visual por alguns segundos, seu olhar era calmo, mas firme, como se silenciosamente dissesse: “Fique aqui.”
O toque era suave, sem pressão, mas cheio de significado. hesitou por um instante, seu coração acelerando, mas permaneceu ali, ao lado dele.
GaHee percebeu o gesto e, por um breve momento, seus olhos escureceram, mas ela manteve a postura, forçando um sorriso. Hoseok, por outro lado, apenas voltou a olhar para Jihoon, pronto para começar os parabéns, sem soltar a mão de .
As luzes do salão foram suavemente diminuídas, deixando apenas o brilho suave das velas do bolo iluminar a mesa principal. Jihoon estava radiante, seus olhinhos brilhando de pura felicidade enquanto olhava para o bolo.
— Vamos lá, pessoal! — Hoseok chamou animado, com um sorriso orgulhoso, puxando o coro.
Todos começaram a cantar os parabéns com entusiasmo, batendo palmas no ritmo. estava ao lado de Hoseok, ainda sentindo o calor da mão dele segurando a sua, enquanto GaHee forçava um sorriso ao lado deles. Jihoon, empolgado, balançava o corpo de um lado para o outro, acompanhando a música.
Jihoon fez um pedido silencioso, fechando os olhos com força antes de soprar as velas com toda a energia que tinha. Todos aplaudiram, e ele abriu um sorriso enorme.
— Ebaaa! — gritou Jihoon, pulando animado.
Hoseok abaixou-se para abraçar o filho, e Jihoon rapidamente virou-se para , puxando-a para o abraço também. Ele deu um beijo estalado na bochecha dela.
GaHee observou a cena, o sorriso em seus lábios vacilando por um breve instante. Seus olhos seguiram o gesto carinhoso de Jihoon com , e um leve incômodo surgiu em sua expressão antes de ela rapidamente recompor a postura.
— Agora é hora do bolo! — Hoseok anunciou, animado, tentando manter o clima leve.
As crianças correram em direção à mesa, ansiosas pelos pedaços generosos de bolo. sorriu de canto, observando Jihoon distribuir sorrisos e abraços para todos. Hoseok a olhou de lado, e por um segundo, o mundo ao redor pareceu silenciar.
— Obrigado por ficar. — ele murmurou, com a voz baixa, quase inaudível.
apenas respondeu com um sorriso tímido, sentindo o coração acelerar enquanto a festa continuava ao redor deles.
***
Os convidados começaram a se despedir aos poucos, com abraços calorosos e agradecimentos pela festa e Hoseok e Jihoon estavam perto da porta, com Jihoon segurando as lembrancinhas da festa e as entregando aos convidados que se despediam. As crianças, já cansadas, bocejavam enquanto os pais se organizavam para ir embora. As amigas de — , , , , e — se movimentavam discretamente pela sala, ajudando a recolher copos vazios e restos de comida. sorria em gratidão, mesmo cansada, pela ajuda espontânea.
Jihoon corria de um lado para o outro, ainda elétrico, mas com os olhos começando a pesar. Hoseok o observava com um sorriso satisfeito, até perceber GaHee se aproximando lentamente.
— Vou me despedir do meu filho. — ela anunciou, a voz carregada de uma calma forçada.
Ela se abaixou diante de Jihoon, que a abraçou com a mesma animação de sempre. GaHee passou a mão delicadamente pelos cabelos do filho, mas seus olhos estavam fixos em Hoseok.
— Você realmente tem treinado essa loirinha para ocupar o meu lugar de mãe, né? — disparou em um tom doce, mas cheio de veneno.
Hoseok estreitou os olhos e, com um movimento calmo, cobriu os ouvidos de Jihoon.
— Aqui não, GaHee. Não é o momento. É o aniversário do Jihoon. — sua voz saiu firme, mas baixa, para não chamar atenção. — Onde está o Hyunjin que não veio te controlar?
GaHee manteve o sorriso nos lábios, mas seus olhos endureceram. Ela deu um passo à frente, invadindo o espaço dele, inclinando-se apenas o suficiente para sussurrar em seu ouvido:
— Nós terminamos.
O cheiro adocicado de seu perfume invadiu o ar por um instante. Hoseok ficou imóvel por alguns segundos, processando a informação. GaHee recuou lentamente, com um olhar de triunfo.
— Até mais, Hoseok.
Ela acenou levemente para Jihoon e virou-se com elegância, caminhando para a saída. Hoseok permaneceu parado, o maxilar tenso. , que havia observado a cena de longe, percebeu a mudança sutil na expressão dele, mas preferiu não se aproximar.
Jihoon puxou levemente a mão do pai.
— Papai?
Hoseok olhou para o filho e forçou um sorriso.
— Vamos terminar de arrumar tudo, campeão.
***
Os primeiros a se despedirem foram Yoongi e . Yoongi deu um leve aceno de cabeça para Hoseok e , com um sorriso discreto.
— A festa foi ótima. Jihoon adorou o presente, tenho certeza. — disse , gentilmente.
— Obrigada por terem vindo. — sorriu, sincera.
Logo depois, e Subin se aproximaram.
— Foi tudo perfeito, Hoseok. Jihoon parecia estar nas nuvens. — elogiou, abraçando .
— A festa ficou linda mesmo. — Subin completou, acenando.
— Fico feliz que tenham vindo. — Hoseok respondeu com um sorriso.
Em seguida, Taehyung e Jungkook se aproximaram.
— Vamos esticar a noite lá no meu bar. — Jungkook avisou, com seu habitual sorriso travesso.
— Foi uma festa incrível, hyung. — Taehyung disse, sincero.
— Aproveitem por mim. — Hoseok riu, batendo de leve no ombro de Jungkook.
e Jimin vieram logo depois.
— Jihoon deve estar exausto de tanta diversão. — Jimin brincou.
— Nem me fale. Mas ele vai dormir feliz. — Hoseok respondeu.
— Qualquer coisa, é só chamar. — completou com um sorriso gentil.
Yugyeom e foram os próximos. abraçou com firmeza, sussurrando:
— A festa foi linda. Você fez um ótimo trabalho.
— Obrigada por terem vindo. — respondeu, notando o olhar discreto de Hoseok sobre os dois.
e Namjoon se aproximaram com calma.
— Tudo perfeito. Jihoon tem sorte de ter vocês. — Namjoon disse com sinceridade.
— Obrigada. Vocês ajudaram muito. — respondeu, abraçando .
Por fim, e Jin se aproximaram. A despedida foi educada e contida.
— Obrigada por ter vindo, Jin hyung. — Hoseok sorriu.
— Foi uma ótima festa. — Jin respondeu com um sorriso breve.
Quando saíram do salão, Jin e caminharam lado a lado, com um silêncio nada confortável entre eles.
— Como estão as coisas, Jin? — perguntou, casualmente.
— Tudo bem, na medida do possível. — ele respondeu, educado.
Ao chegarem à calçada, parou.
— Vou até a estação. Foi bom te ver. — ela sorriu, pronta para seguir.
Antes que pudesse dar o primeiro passo, Jin estendeu o braço e segurou suavemente seu pulso.
— Espera. — ele disse, a voz baixa.
Ela virou-se para ele, surpresa. Jin a puxou suavemente, encurtando a distância entre eles. Os corpos ficaram próximos, tão próximos que ela pôde sentir a respiração dele.
— Não precisa ir sozinha. Vou com você.
Os olhos de se prenderam aos dele por um instante. O silêncio entre eles dizia mais do que qualquer palavra…
sentiu o coração acelerar com a proximidade. Os olhos de Jin mantinham-se presos aos dela, intensos, mas contidos.
Sem pensar muito, ela ficou na ponta dos pés, diminuindo ainda mais a curta distância entre eles. O movimento foi sutil, quase hesitante, mas suficiente para que seus rostos ficassem ainda mais próximos.
Os lábios de roçaram suavemente nos dele, um toque leve, quase como uma pergunta silenciosa. Jin não recuou. Pelo contrário, inclinou-se levemente, fechando de vez o espaço entre eles.
O beijo começou delicado, uma troca tímida e contida. Mas, aos poucos, tornou-se mais profundo, carregado de sentimentos não ditos. A mão de Jin deslizou para a cintura de , puxando-a com cuidado, enquanto ela mantinha as mãos apoiadas no peito dele, sentindo o ritmo acelerado de seu coração.
Por um momento, nada mais existia além daquele beijo. Não havia festa, convidados ou despedidas. Apenas os dois, entregues àquela conexão silenciosa que, finalmente, havia encontrado espaço para acontecer.
Os lábios de Jin se moveram suavemente sobre os dela, explorando com calma, como se tentasse memorizar cada detalhe daquele momento. O beijo começou com uma delicadeza hesitante, mas logo ganhou profundidade. Jin inclinou levemente a cabeça, encaixando melhor seus lábios nos de , tornando o toque mais firme, mais presente.
As mãos dela subiram devagar pelo peito dele, sentindo o calor que atravessava o tecido da camisa, até se apoiarem suavemente em sua nuca. Jin correspondeu ao gesto, deslizando uma das mãos pela curva da cintura dela, puxando-a com mais firmeza para si, até que não houvesse mais espaço entre os corpos.
O beijo se intensificou, carregando uma mistura de desejo contido e sentimentos não ditos. Jin aprofundou o toque com um leve deslizar da língua, provocando um arrepio que percorreu a espinha de . Ela suspirou contra os lábios dele, cedendo à intensidade daquele momento.
Por instantes, era como se o mundo ao redor tivesse silenciado. Apenas o calor, a respiração acelerada e o toque suave, mas urgente, preenchiam o espaço entre eles.
Quando finalmente o beijo se desfez, lentamente, Jin manteve o rosto próximo, respirando de forma irregular. Seus olhos buscavam os dela, como se procurassem respostas que nem ele mesmo sabia formular.
ainda sentia os lábios formigando, o coração descompassado. Ela não disse nada, apenas ficou ali, sentindo a respiração dele misturada à sua.
— Isso… não era para acontecer. — ele murmurou, mas sua mão não se afastou da cintura dela.
sorriu de leve, os olhos ainda fechados.
— Não mesmo.
Mas nenhum dos dois parecia disposto a se afastar.
Jin fechou os olhos por um breve momento, respirando fundo. Seus dedos ainda descansavam na cintura de , como se o simples ato de soltá-la exigisse mais força de vontade do que ele estava pronto para ter. Mas, eventualmente, ele cedeu. Afrouxou o toque e deixou a mão escorregar lentamente pelo braço dela até não restar mais contato algum.
Sem trocar palavras, ambos começaram a caminhar lado a lado em direção à estação. O silêncio entre eles não era desconfortável, mas denso, carregado por pensamentos não ditos e emoções conflitantes.
Jin mantinha o olhar fixo à frente, mas sua mente estava longe. Cada passo parecia mais pesado do que o anterior, o gosto do beijo ainda presente em seus lábios. Ele sentia a consciência pesar, como se um alarme interno estivesse disparando. Kyungsoo. Jin sabia do interesse do amigo por , mesmo que nunca tivesse sido dito com todas as palavras. Havia algo nos olhares, nas atitudes de Kyungsoo que Jin não conseguia ignorar. E agora, ele havia ultrapassado um limite. “O que diabos eu estou fazendo?” pensou, apertando levemente os punhos.
Ao seu lado, caminhava com passos suaves, mas sua mente estava um verdadeiro turbilhão. Ela sentia o coração ainda acelerado, e a lembrança do toque de Jin a fazia estremecer. Mas o que a deixava inquieta era a forma como ele reagia. “Por que ele me beija como se quisesse mais e depois se afasta como se fosse errado?” Ela mordeu o lábio inferior, tentando entender. Jin não era alguém de demonstrar muito, mas havia algo na maneira como ele a olhava que a fazia acreditar que ele também sentia algo.
“Então por que ele parece tão distante agora?”
Os passos ecoavam no caminho até a estação, preenchendo o silêncio que nenhum dos dois tinha coragem de romper. Jin pensava no quanto aquele beijo podia significar mais do que um deslize momentâneo e como isso afetaria sua amizade com Kyungsoo. , por outro lado, tentava entender o que a impedia de confrontá-lo, de perguntar diretamente o que aquilo significava.
Quando finalmente chegaram à entrada da estação, parou por um segundo, olhando para Jin. Ele hesitou antes de desviar o olhar, como se não conseguisse encará-la por mais tempo.
— Boa noite, Jin. — disse ela, a voz baixa, mas firme.
— Boa noite, . — respondeu ele, sem conseguir esconder o peso na própria voz.
Ela se virou e desceu as escadas, enquanto Jin permaneceu parado por alguns segundos, observando-a partir. O frio da noite pareceu mais intenso de repente.
“Isso não era para acontecer…” Jin repetiu mentalmente, mas não sabia mais se estava tentando convencer a si mesmo ou justificar algo que já não podia ser desfeito.
***
abriu a porta do apartamento enquanto Hoseok segurava Jihoon adormecido em seus braços, acendeu a luz depois de algumas tentativas frustradas de achar o interruptor. Aquela era a primeira vez que ela ia ao apartamento do falso namorado.
deu um passo cauteloso para dentro do apartamento, sentindo o aroma suave de madeira misturado com algo fresco, talvez um difusor de lavanda ou algum perfume discreto. O lugar era aconchegante e organizado, mas não excessivamente decorado. Havia um equilíbrio entre o moderno e o confortável.
A sala era ampla, com paredes em tons neutros e móveis de linhas retas. Um sofá cinza-escuro, grande o suficiente para acomodar várias pessoas, estava disposto de frente para uma estante baixa com alguns livros, plantas e porta-retratos. Ela notou uma foto de Hoseok com Jihoon ainda bebê, ambos rindo, o que fez seu coração aquecer.
Havia almofadas espalhadas de forma casual, e uma manta repousava dobrada sobre o braço do sofá. Um tapete macio cobria parte do chão de madeira clara, e cortinas pesadas de tom bege emolduravam as janelas, filtrando a luz suave da rua.
reparou em detalhes que entregavam a personalidade de Hoseok: pequenos quadros com frases inspiradoras, vasos com plantas bem cuidadas e uma guitarra encostada em um canto, sugerindo que ele tocava nas horas vagas. A cozinha integrada era prática e moderna, com utensílios organizados e uma bancada de mármore impecável.
Enquanto ela explorava o ambiente com o olhar, Hoseok passou por ela com cuidado, carregando Jihoon adormecido. Seus passos eram silenciosos enquanto ele seguia pelo corredor em direção ao quarto do filho.
ficou sozinha por um momento, sentindo-se um pouco deslocada naquele espaço que agora parecia mais íntimo. Ela passou a ponta dos dedos pelo encosto do sofá, observando o quanto aquele lar parecia sereno, refletindo o homem que Hoseok era com Jihoon.
Pouco depois, Hoseok retornou, agora sem o peso do filho nos braços. Ele ajeitou a camisa casualmente e cruzou o olhar com o dela.
— Está confortável? — ele perguntou com um sorriso cansado, mas gentil.
assentiu com um leve sorriso.
— Seu apartamento é… acolhedor. Combina com o Jihoon e com o seu lado de pai.
Hoseok riu baixo, passando a mão pelos cabelos.
— Que bom. Não sou muito bom com decoração, mas faço o possível.
Ela apenas sorriu, sentindo a estranha sensação de pertencimento naquele espaço que, de certa forma, estava começando a fazer parte da história deles.
— Você deve estar cansada… — Hoseok se jogou no sofá, passando a mão pelos cabelos e soltando um suspiro longo, relaxado. Ele olhou para , esperando que ela fizesse o mesmo.
cruzou os braços, inclinando levemente a cabeça.
— Não tanto quanto você, aparentemente. — sorriu de canto. — Mas vou pedir um carro para voltar.
Assim que ela pegou o celular, Hoseok se levantou rápido demais, o movimento impetuoso pegando ambos de surpresa. Seus corpos se esbarraram, e tropeçou um passo para trás. Instintivamente, as mãos de Hoseok se firmaram em sua cintura, segurando-a com mais força do que pretendia.
Por um momento, ficaram próximos demais. A respiração dele roçou levemente a pele dela, e sentiu o corpo enrijecer, o coração disparando no peito.
— Fica. — a voz de Hoseok saiu baixa, quase um pedido. — Amanhã cedo eu te levo.
piscou algumas vezes, tentando raciocinar, mas a proximidade e o calor das mãos dele em sua cintura a desconcentravam.
— Hoseok, eu…
Ele não se afastou. Apenas a olhava com intensidade, como se quisesse convencê-la sem precisar dizer mais nada.
— Não tem porque sair agora. Jihoon já dormiu, e você deve estar exausta.
sentiu a firmeza com que ele a segurava, e mesmo com a mente pedindo para pensar direito, o corpo parecia não querer se mover.
— Tá bom… eu fico. — murmurou, a voz quase falhando.
Hoseok relaxou os ombros, mas não soltou a cintura dela de imediato. Apenas sorriu, satisfeito.
— Vou pegar uma toalha para você tomar um banho e já arrumo a minha cama para você dormir nela… — disse com a voz baixa, mas cheia de gentileza.
Ele se virou calmamente e começou a caminhar pelo corredor, e , sem perceber, o seguiu em silêncio. Os passos de ambos ecoavam suavemente pelo apartamento tranquilo.
Hoseok entrou em seu quarto, um espaço aconchegante, decorado de forma simples, mas com personalidade. A cama estava desfeita, e havia algumas roupas dobradas sobre uma cadeira no canto. Ele se abaixou para abrir uma das gavetas do guarda-roupa e puxou uma toalha branca e macia.
— Aqui. — estendeu a toalha para ela, os olhos encontrando os dela com naturalidade.
Antes que pudesse agradecer, ele voltou-se para a gaveta e pegou uma camiseta larga, preta, com estampa discreta.
— Veste isso. — estendeu a peça. — Vai ficar mais confortável do que dormir com essa roupa.
pegou a camiseta, sentindo o tecido leve entre os dedos.
— Obrigada… — murmurou, observando-o com atenção.
— O banheiro é o primeiro à esquerda. Vou preparar a cama. — Hoseok deu um meio sorriso e saiu do quarto, deixando-a sozinha por um instante.
ficou parada por alguns segundos, olhando para a camiseta em suas mãos. O perfume suave de Hoseok impregnava o tecido, e ela sentiu o coração bater um pouco mais rápido.
Sem dizer nada, caminhou até o banheiro, pronta para tomar o banho, mas com a mente ocupada demais com a forma como ele a olhava… e como ela se sentia sendo cuidada por ele.
***
deixou que a água quente escorresse por seu corpo, relaxando os músculos tensos. O vapor preenchia o banheiro, criando uma barreira momentânea entre ela e tudo o que estava sentindo. Fechou os olhos, tentando acalmar a mente, mas os acontecimentos daquela noite voltavam em ondas. Hoseok segurando sua cintura com firmeza, o olhar dele, a proximidade… e agora ela estava ali, no apartamento dele, vestindo a camiseta dele.
Quando terminou o banho, secou-se com calma e vestiu a camiseta larga que caía suavemente sobre o corpo, com o perfume discreto de Hoseok ainda impregnado no tecido. Sentiu um arrepio, mas não soube dizer se era pelo frio ou pelo turbilhão de sentimentos.
Saiu do banheiro em silêncio, os pés descalços tocando o chão frio. Olhou ao redor, mas não viu Hoseok. Andou devagar pelo corredor e pela sala vazia, até perceber uma luz fraca vinda da sacada.
caminhou até lá, parando na porta. Hoseok estava sentado em uma cadeira, a cabeça baixa, os cotovelos apoiados nos joelhos. Seus ombros tremiam discretamente, e então ela percebeu: ele estava chorando…
A cena a pegou de surpresa. Hoseok sempre foi tão controlado, tão seguro de si. Vê-lo daquele jeito, vulnerável, partiu algo dentro dela. ficou parada, observando em silêncio, sem coragem de se aproximar, como se invadisse um espaço que não lhe pertencia.
Ela quis tocá-lo, confortá-lo, mas seus pés pareciam presos ao chão. Em vez disso, ficou ali, apenas observando, sentindo o peito apertar.
E foi nesse silêncio pesado que a verdade se fez clara. O incômodo que sentia ao vê-lo sofrendo era mais do que empatia. Doía de um jeito profundo, como se aquela dor fosse sua também.
, finalmente, entendeu… Estava apaixonada por Hoseok. Não era parte de um acordo ou uma encenação. Era real.
E perceber isso a fez se sentir ainda mais perdida. Porque agora, tudo parecia estar indo longe demais…
deu meia-volta lentamente, sentindo as pernas pesarem como se cada passo exigisse um esforço descomunal. Caminhou pelo corredor e encostou-se à parede fria, deslizando pelas costas até quase se sentar no chão. O coração batia descompassado, acelerado demais para que ela pudesse ignorar. Seus olhos marejaram, e ela levou uma das mãos ao peito, tentando acalmar a dor estranha que se espalhava.
Por que ver Hoseok daquele jeito a afetava tanto?
Antes que pudesse mergulhar mais fundo nesses pensamentos, uma voz fraca e trêmula ecoou pelo corredor.
— Appa…?
Era Jihoon.
ergueu o olhar imediatamente. O chamado baixo e choroso partiu seu coração. Ela estava mais perto do quarto do menino e, sem pensar muito, se apressou em entrar.
Jihoon estava sentado na cama, os olhinhos brilhando com lágrimas. Seu corpinho tremia, as mãos apertando o cobertor.
— Ei, pequenino… — se aproximou devagar, abaixando-se ao lado da cama. — Você teve um pesadelo?
Jihoon fez que sim com a cabeça, fungando.
Ela passou a mão carinhosamente pelos fios bagunçados do menino.
— Está tudo bem agora, tá? Eu tô aqui.
Antes que pudesse dizer mais alguma coisa, Hoseok entrou apressado no quarto, a expressão preocupada. Seus olhos estavam um pouco vermelhos, mas ele disfarçou ao ver a cena.
— Jihoon… — ele chamou, caminhando até o filho.
O menino estendeu os bracinhos para o pai, e Hoseok o pegou no colo com cuidado, abraçando-o com força. Jihoon escondeu o rosto no pescoço dele, soluçando baixinho.
se afastou discretamente, observando o carinho entre os dois. Hoseok fechou os olhos por um instante, respirando fundo enquanto balançava Jihoon de leve.
— Foi só um sonho ruim, meu amor. O papai tá aqui.
A voz de Hoseok saiu mais baixa, mais suave, e aquilo fez sentir o peito apertar ainda mais.
Ela ficou ali por mais alguns segundos, sem saber se deveria sair ou ficar, até Hoseok erguer o olhar e encontrá-la. Havia gratidão silenciosa no olhar dele.
Mas apenas assentiu discretamente e saiu do quarto, fechando a porta com cuidado atrás de si.
Encostou-se novamente à parede no corredor, sentindo uma lágrima escapar. O nó em sua garganta parecia impossível de desfazer.
Era tudo real demais.
***
se ajeitou lentamente na cama de Hoseok, sentindo o colchão macio e o cheiro sutil dele impregnado nos lençóis. Aquele conforto deveria ser suficiente para acalmar sua mente, mas os pensamentos corriam desordenados. Ela apagou o abajur, permitindo que a escuridão preenchesse o cômodo, e fechou os olhos, buscando algum descanso.
Mas o peso no peito persistia.
Minutos se passaram até que um som suave quebrou o silêncio.
— …
A voz baixa e rouca de Hoseok fez com que ela abrisse os olhos. Ele estava parado no batente da porta, a luz fraca do corredor delineando sua silhueta.
se virou lentamente e acendeu o abajur, piscando algumas vezes diante da claridade suave.
— O que foi? — perguntou, a voz ainda sonolenta.
Hoseok hesitou por um momento, passando a mão pelos cabelos.
— Eu… — ele começou, desviando o olhar por um segundo antes de voltar a encará-la. — Eu não quero dormir sozinho.
As palavras saíram baixas, quase num sussurro, e havia algo de frágil nele naquele instante.
permaneceu em silêncio por alguns segundos, apenas o observando. Então, respirou fundo e assentiu levemente com a cabeça.
Sem esperar mais, Hoseok entrou no quarto e fechou a porta atrás de si. Se aproximou da cama com passos lentos, mas sem hesitação.
Ele deitou-se ao lado dela, sem cerimônia, como se aquele lugar já fosse dele. Em um movimento natural, enfiou o rosto na curva do pescoço de , respirando fundo contra sua pele, e fungou baixinho.
Os braços dele envolveram a cintura dela com força, como se buscasse ancorar-se ali, afastar qualquer resquício de dor.
sentiu o coração acelerar, mas não recuou. Pelo contrário, ergueu os braços e o abraçou de volta, apertando-o contra si.
Ali, no silêncio do quarto, as respirações se misturaram. Hoseok se encaixou perfeitamente nela, como se aquele abraço fosse exatamente onde ele deveria estar.
E pela primeira vez naquela noite, sentiu que talvez eles dois estivessem onde realmente precisavam estar.
nota da autora: Hey! O que acharam desse capítulo? Espero que não tenham sentido muita raiva… Lembrando que 7H tá entrando na reta final hein? Beijos :*
Capítulo 29
Poucos dias depois…
Ajeitou o brinco na orelha direita e então encarou o rosto maquiado no espelho antes de pegar o celular sobre a cama e abrir a câmera do mesmo, posando para uma foto. Avaliou bem a mesma e se sentou na beirada da cama ainda em dúvida se postava ou não.
Foi quando Yugyeom apareceu na porta do quarto e bateu, para chamar sua atenção. virou a cabeça em direção a ele e sorriu ao vê-lo também já pronto.
— Vamos chamar um carro? Vou beber e não quero dirigir, sabe? — ele fez um cara de cachorrinho que havia caído da mudança e isso fez o sorriso de aumentar nos lábios.
— Claro! Segurança em primeiro lugar! Inclusive, aplicou sua insulina?
— Sim senhora! — Ele assentiu e a viu se levantar.
pegou a bolsa que estava sobre a cama e conferiu se o documento estava em sua bolsa e colocou o celular lá dentro.
— Como vamos voltar juntos, vou deixar você levar a chave. Ou pretende beber tanto que vai perdê-la e eu vou ter que te carregar de volta e abrir a porta com a minha própria chave.
A risada gostosa de Yugyeom preencheu o quarto antes que ele respondesse:
— Claro que não! Deixa que eu trago você carregada. — ele piscou para ela que terminou de fechar a bolsa.
Yugyeom observou enquanto ela terminava de fechar a bolsa. Os cabelos loiros caíam em ondas suaves sobre os ombros, refletindo a luz do quarto de uma forma quase hipnotizante. Ele sempre achou que aquele tom combinava perfeitamente com ela, destacando ainda mais os olhos expressivos e a confiança que ela exalava sem esforço.
Mas, naquela noite, algo parecia diferente.
Talvez fosse porque ele sabia que estava prestes a mudar tudo.
Engoliu em seco, sentindo o coração acelerar no peito. Ele já havia ensaiado mentalmente o que diria, testado diversas abordagens, mas, agora que o momento estava próximo, uma onda de nervosismo o atingia em cheio. E se ela não sentisse o mesmo? E se risse da cara dele?
Disfarçando a ansiedade, passou a mão pela nuca, sentindo o suor começar a se formar ali.
— Você está incrível hoje — soltou, tentando soar casual, mas o elogio saiu mais baixo do que pretendia.
ergueu os olhos para ele, arqueando uma sobrancelha.
— Só hoje?
Yugyeom sorriu, tentando ignorar o jeito que a provocação dela o deixava ainda mais bobo.
— Hoje um pouquinho mais.
Ela riu, balançando a cabeça antes de caminhar até a porta.
— Vamos antes que eu mude de ideia e resolva dormir. — Ela apagou a luz do próprio quarto.
Ele a seguiu, respirando fundo.
Hoje ou nunca.
***
O local da festa já estava um tanto quanto cheio e e Yugyeom procuraram as amigas. Encontraram e conversando ao pé do ouvido em um dos cantos da festa e então caminharam até elas. Yugyeom sentia como se os passos que ele estava dando pelo chão da boate ecoasse diretamente em seu coração, tão nervoso ele estava.
cumprimentou e com beijos nas bochechas e ele cumprimentou as amigas com rápidos beijos nas bochechas, e foi elogiado por :
— Uau, tá cheiroso hoje Gyeom! — a morena deu um sorriso travesso na direção dele — Tá mal intencionado, não é?
Yugyeom sentiu o rosto esquentar imediatamente, e a risada nervosa escapou antes mesmo que ele pudesse pensar em uma resposta decente. o olhava com um brilho travesso nos olhos, claramente se divertindo com o embaraço dele.
— Ei, que tipo de cara você acha que eu sou? — tentou disfarçar, passando a mão pela nuca.
ergueu uma sobrancelha, ainda sorrindo.
— Um que tá cheirando bem demais pra ser só coincidência.
apenas observava a interação com um sorrisinho divertido, como se estivesse esperando para ver até onde iria com a provocação.
Yugyeom bufou, balançando a cabeça.
— Olha, não vou confirmar nada, mas… talvez a noite prometa, sim.
e riram, cúmplices, enquanto apenas revirava os olhos, mas com um sorriso no canto dos lábios.
— Vocês duas não prestam — comentou, cruzando os braços.
— E você finge que não gosta — rebateu, piscando para ela.
Yugyeom respirou fundo, tentando acalmar o coração acelerado. Ainda tinha a noite toda pela frente e, se já havia percebido algo, ele precisava agir antes que também percebesse… e fugisse.
— Onde está o Jimin? — perguntou para , ajustando uma mecha de cabelo da amiga atrás da orelha.
— Prometemos que o único homem hoje no recinto seria o Gyeom, lembra?
— Me esqueci do combinado de hoje! Uma noite das garotas, e o Gyeom! — levou uma das mãos até o ombro do mais alto e apertou lá com leveza, sorrindo para o melhor amigo.
Os quatro riram e Yugyeom perguntou para :
— O que vai querer beber? — ele olhou rapidamente para os copos de e , que já estavam bebendo.
fez um bico com a boca enquanto pensava no que poderia beber e depois olhou para Yugyeom.
— Vou querer uma cerveja mesmo, você vai pegar para a gente?
Yugyeom assentiu para ela antes de lhe beijar o topo da cabeça e sair em direção ao bar.
Enquanto caminhava até o bar, Yugyeom passou a língua pelos lábios, tentando ignorar a forma como seu coração parecia estar batendo mais forte do que deveria. Sua cabeça estava a mil.
Era hoje.
Ele sabia disso desde que abriu a porta do quarto mais cedo, linda em seu vestido preto e com aquele sorriso natural que sempre fazia seu peito aquecer. Ele já tinha decidido que hoje seria o dia em que iria contar tudo. Que iria admitir que gostava dela mais do que apenas como melhor amigo.
Mas, agora que estava ali, cada passo que dava parecia mais pesado.
Passou as mãos pelos cabelos, nervoso. Seu estômago estava revirado, e o suor frio começava a se formar na nuca outra vez.
E se ela não sentisse o mesmo?
Esse pensamento o atingiu como um soco. era sua melhor amiga, a pessoa com quem ele dividia absolutamente tudo, e a última coisa que queria era estragar isso.
Chegou ao bar e apoiou as mãos no balcão, tentando respirar fundo.
— Duas cervejas, por favor. — Pediu ao bartender, tentando manter a voz firme.
Enquanto esperava, bateu os dedos contra o balcão, inquieto. Ele tinha duas opções: continuar fingindo que não sentia nada ou tomar coragem e falar de uma vez.
E hoje, ele havia decidido ser corajoso.
***
chegou à festa procurando pelas amigas e , quando a viu, acenou para a chamar a atenção da amiga. sorriu para ela e então começou a se espremer pela pequena multidão que começava a se aglomerar na boate para se aproximar das amigas.
Assim que bateu os olhos em ela respirou fundo: ela sabia que a vida emocional da amiga passaria por alguma mudança profunda e que a loira precisaria ser sabia para saber quais caminhos seguiria daquela noite para frente. Mas como falar aquilo com ela? E onde estava Yugyeom? Ela precisava conversar com ele também.
sempre achava que ser médium era um dom curioso, algo que muitas vezes trazia luz, mas outras tantas, um peso imenso. Quando se tratava das pessoas à sua volta, especialmente suas amigas, o peso se tornava ainda mais difícil de suportar. Não era fácil lidar com os pressentimentos quando envolviam aqueles que amava. Muitas vezes, ela sabia o que estava por vir, mas, ao mesmo tempo, sentia-se impotente. Como poderia dizer a o que sentia, sem que isso a assustasse ou a pressionasse? Como alertar sua amiga sobre as mudanças que estavam prestes a acontecer, sem interferir no seu próprio caminho?
Era como se, ao olhar para as pessoas próximas, ela enxergasse não apenas o presente, mas o futuro delas também, uma visão turva e distante, mas clara o suficiente para lhe deixar ansiosa. O pior, talvez, fosse a constante sensação de estar entre dois mundos – o normal e o sobrenatural. Em festas como aquela, com a energia da boate se misturando ao som pulsante e às conversas rápidas, era fácil sentir-se desconectada de tudo e todos. Mas, ao mesmo tempo, sentia-se sobrecarregada pela responsabilidade de perceber o que ninguém mais via.
E quando o pressentimento envolvia suas amigas, a coisa ficava ainda mais complexa. queria protegê-las, mas como alertar sobre as decisões emocionais que ela precisaria tomar, sem parecer que estava tentando controlar a vida dela? E o que dizer a ou até mesmo a Yugyeom, cuja energia ela também sentia em constante movimento, como se algo estivesse prestes a mudar em breve?
O coração de apertou só de pensar nisso. Ela sabia que, muitas vezes, o destino das pessoas não se desfazia de acordo com as palavras que ela poderia dizer. No fim, a única coisa que restava era confiar que as escolhas que cada uma delas faria, seriam as melhores para o momento. Mesmo que ela visse o futuro com tanta clareza, ainda assim se sentia uma espectadora da vida delas, torcendo silenciosamente para que tudo se resolvesse da melhor maneira possível.
Cumprimentou as amigas e demorou um pouco mais no abraço trocado com . Alguns instantes depois, lá estava Yugyeom com duas cervejas nas mãos, se aproximando delas. Ele deixou um beijo na bochecha de e a elogiou rapidamente.
colocou as duas mãos no peito de Yugyeom, como se quisesse pegar um pouco da energia do mesmo para si e então os dois se olharam dentro dos olhos. Enquanto conversava com , , na ponta dos pés, aproximou os lábios dos ouvidos de Yugyeom.
— Você precisa se preparar Yugyeom.
Yugyeom estreitou os olhos e franziu o cenho, encarando a amiga com certo espanto.
— Do que exatamente você tá falando, ? — Ele tentou soar despreocupado, mas a forma como sua garganta secou e como ele desviou o olhar entregavam sua inquietação.
suspirou e pousou uma das mãos no ombro dele, seus olhos claros cheios de uma seriedade quase sobrenatural.
— Tô falando de você e da , Yugyeom. Todo mundo já percebeu, menos ela. E algo me diz que agora que o Jungkook não tá mais na jogada, você finalmente criou coragem…
Yugyeom ficou mudo. Ele abriu a boca para dizer algo, mas as palavras simplesmente não vieram. Como diabos sempre sabia das coisas antes mesmo que ele admitisse para si mesmo?
— Só protege o seu coração — ela completou, sua voz suave, mas carregada de significado.
Ele franziu a testa, confuso e inquieto.
— O que isso quer dizer?
não respondeu de imediato. Ela apenas deu um pequeno sorriso — aquele tipo de sorriso que não trazia exatamente conforto, mas uma certeza silenciosa de que as coisas estavam prestes a mudar.
— Quer um conselho? — Ela perguntou, inclinando a cabeça de lado.
Yugyeom assentiu, mesmo sem saber se queria ouvir.
— Se for falar, fala de verdade. Não guarda nada.
Yugyeom passou a mão pelo rosto, sentindo o peso das palavras dela se alojar em seu peito. Ele já estava nervoso antes. Agora, então, nem se fala.
Ele sentiu um toque leve em seu braço e se virou, encontrando olhando para ele com um sorriso.
— Demorou, Gyeom! Minha cerveja tá quente já!
Ele forçou um sorriso, tentando ignorar o frio na barriga.
“Se for falar, fala de verdade.”
Ele só esperava ter coragem o suficiente.
***
As próximas horas foram marcadas por risadas, conversas animadas e muitos brindes. , e chegaram logo depois, cada uma trazendo sua própria energia para a noite. , sempre espontânea, já chegou puxando para dançar, enquanto , com seu olhar observador, preferiu se acomodar perto do grupo antes de se soltar. , por outro lado, foi direto ao bar pedir um drink forte, alegando que precisava de algo “à altura da noite”.
Yugyeom assistia tudo com um sorriso discreto nos lábios, mas por dentro, a inquietação crescia. Ele tomava pequenos goles de sua cerveja enquanto seus olhos seguiam , que parecia se divertir como nunca. Ela ria com , rodopiava na pista com e até mesmo puxava e para dançarem juntas.
Ele queria se aproximar. Queria puxá-la para um canto mais silencioso, dizer o que estava guardado em seu peito há tanto tempo, deixar claro o que sentia por ela. Mas quando?
O momento certo parecia escapar pelos seus dedos.
Entre uma música e outra, voltava para perto dele para tomar um gole da bebida ou fazer algum comentário aleatório sobre a festa. A cada vez que ela se aproximava, ele sentia seu coração acelerar.
percebeu o estado dele e cutucou seu braço com um sorrisinho travesso.
— Tá esperando o quê? — perguntou, balançando o copo em mãos.
Yugyeom soltou um suspiro pesado.
— O momento certo.
arqueou uma sobrancelha.
— Você quer que os astros se alinhem ou algo assim?
Ele riu sem graça e balançou a cabeça.
— Eu só… quero que seja especial.
revirou os olhos com um sorriso.
— Se ficar esperando pelo momento perfeito, vai acabar vendo ela sair daqui com outra pessoa.
Essa possibilidade fez algo dentro dele se revirar.
Yugyeom passou a língua pelos lábios secos e olhou para novamente. Ela estava jogando os braços para o alto, rindo de algo que dizia, completamente alheia à tempestade de emoções que ele estava sentindo.
Talvez estivesse certa.
Talvez o momento perfeito não existisse.
Talvez ele tivesse que simplesmente… criar o momento.
Delicadamente ele deixou terceira garrafa de cerveja que tomava sobre a mesa, e se aproximou de , colocando as mãos em seus quadris, trazendo-a para mais perto de seu corpo, e não resistiu, apenas fechou os olhos, deixando que o melhor amigo a conduzisse no ritmo da música.
O ritmo envolvente da música vibrava ao redor deles, mas para Yugyeom, o mundo parecia ter se reduzido ao espaço que ele e compartilhavam. Com as mãos firmes nos quadris dela, ele sentia a respiração dela se acelerar levemente, o calor de seus corpos se misturando enquanto ela se entregava à dança sem resistência.
deslizou os braços pelos ombros dele, as pontas dos dedos tocando a nuca de Yugyeom de maneira distraída, enquanto seus corpos se moviam juntos, sincronizados de uma forma quase natural. O toque dele era firme, mas ao mesmo tempo cuidadoso, como se tivesse medo de que qualquer movimento brusco a afastasse.
E então, sem aviso, Yugyeom virou de frente para ele.
Os olhos dela brilharam sob as luzes piscantes da boate, e o ar ao redor deles pareceu ficar mais denso. não recuou, apenas permaneceu ali, o peito subindo e descendo rápido, a respiração ligeiramente irregular.
Yugyeom levantou uma das mãos, deixando os dedos deslizarem suavemente pela lateral do rosto dela, até o polegar pousar na bochecha quente de . Ele sentiu a pele dela arrepiar sob o toque, e algo dentro dele se inflamou.
— … — ele murmurou, quase inaudível diante da música.
Ela não respondeu, apenas umedeceu os lábios, hesitando. Yugyeom sabia que aquele era o limite. Que se ele cruzasse essa linha, nada voltaria a ser como antes. Mas, naquele momento, ele já não se importava mais.
Se aproximou.
Com a ponta do nariz, roçou levemente o dela, dando a ela a chance de recuar se quisesse. Mas permaneceu ali.
E então, finalmente, seus lábios se tocaram.
O beijo começou hesitante, como se ambos testassem os limites um do outro. Mas em segundos, toda a tensão acumulada nos últimos meses explodiu, e Yugyeom aprofundou o beijo, puxando-a para mais perto, sentindo as mãos dela se apertarem em seus ombros. retribuiu na mesma intensidade, como se estivesse se permitindo sentir algo que evitava há muito tempo.
Yugyeom sentia como se estivesse queimando por dentro. Ele a desejava, mas acima de tudo, ele queria que ela o desejasse da mesma forma. Que ela aceitasse o que estava acontecendo entre eles.
Mas então…
se afastou de repente.
Ofegante, ela olhou para ele com os olhos arregalados, uma mão cobrindo os próprios lábios, como se ainda tentasse entender o que havia acabado de acontecer.
— Isso… isso não devia ter acontecido — a voz dela saiu trêmula, carregada de confusão e desespero.
— … — Yugyeom deu um passo à frente, tentando segurá-la, mas ela recuou.
— Me desculpa, Gyeom — foi tudo o que disse antes de virar as costas e desaparecer no meio da multidão.
Yugyeom ficou parado, sentindo o gosto dela ainda em sua boca, o calor do toque dela em sua pele.
E, de repente, a euforia deu lugar ao vazio.
***
Yugyeom olhou para as amigas, especialmente para que fez um gesto com a cabeça para que ele fosse atrás de , e Yugyeom assim o fez.
Yugyeom saiu apressado da boate, sentindo o ar fresco da noite contrastar com o calor sufocante do ambiente interno. Seus olhos varreram a rua movimentada até que finalmente encontraram , caminhando apressada pela calçada, os braços cruzados contra o próprio corpo como se tentasse se proteger do que quer que estivesse sentindo.
Ele não pensou duas vezes antes de acelerar os passos e, antes que ela pudesse se afastar ainda mais, segurou delicadamente seu braço, forçando-a a parar.
— ! — A voz dele soou mais desesperada do que pretendia.
Ela parou no mesmo instante, mas demorou alguns segundos antes de se virar para encará-lo. Quando o fez, seus olhos estavam carregados de confusão e algo que Yugyeom não soube identificar de imediato — arrependimento, talvez?
— Me solta, Gyeom — ela murmurou, sem força de verdade para puxar o braço de volta.
— Não. — Ele manteve o olhar fixo no dela. — Você saiu correndo como se tivesse cometido um erro terrível.
— E não foi isso? — Ela riu, mas não havia humor algum na risada. — A gente se beijou, Gyeom. Nós dois. Isso nunca deveria ter acontecido!
— E por quê não? — A voz dele soou baixa, mas intensa.
piscou algumas vezes, parecendo atordoada com a pergunta.
— Porque… porque nós somos melhores amigos. — Sua voz tremeu um pouco. — Porque eu não posso perder você…
— Você não vai me perder — ele rebateu rapidamente. — Mas eu não vou fingir que esse beijo não significou nada, . Não pra mim.
Ela fechou os olhos por um instante, respirando fundo, tentando organizar os pensamentos que pareciam uma bagunça dentro dela.
— Eu não sei o que fazer com isso, Gyeom. Eu simplesmente… não sei.
Ele hesitou por um segundo antes de soltar seu braço, mas sem se afastar.
— Então me diz só uma coisa, e eu prometo que te deixo ir — ele disse, a voz mais baixa agora. — Se não tivesse significado nada pra você, você teria fugido assim?
Ainda sem saber como lidar com aquilo, deu um passo para trás, desviando o olhar antes de finalmente virar as costas para tentar ir embora outra vez, mas Yugyeom a impediu novamente, puxando o corpo dela de encontro ao seu outra vez.
— Nós vamos conversar, , eu não posso mais ficar assim.
— Me solta Gyeom! Por favor! — os olhos dela se encheram ainda mais de lágrimas e Yugyeom intensificou um pouco o toque no pulso dela.
— Eu não posso… Eu luto ! Eu luto contra esses sentimentos por você.
— Sentimentos Gyeom? — a voz dela falhou enquanto algumas lágrimas começavam a escorrer por sua bochecha quente.
— Eu tenho sentimentos por você ! Sentimentos que eu escondo. — foi a vez dos olhos de Yugyeom marejaram enquanto ele tentava encontrar as palavras.
—Não diga Yugyeom! Eu não tenho energia para arriscar mais um coração partido, quando tudo que eu ainda sinto pelo Jungkook já está me matando.
As palavras de atingiram Yugyeom como um soco no estômago. Ele sentiu o ar escapar de seus pulmões por um momento, como se seu corpo tivesse esquecido como respirar.
Jungkook.
Mesmo depois de tudo.
Mesmo depois de ele ter esperado, de ter se segurado por tanto tempo, de ter colocado os sentimentos que tinha por ela em segundo plano para não pressioná-la. No fim, ainda era Jungkook. Ainda era ele quem habitava o coração de .
A garganta de Yugyeom se apertou, e ele teve que piscar várias vezes para afastar as lágrimas que ameaçavam cair. Ele não queria chorar na frente dela. Não queria parecer fraco, vulnerável. Mas como poderia não se sentir assim? Como poderia ignorar a dor que crescia dentro dele ao perceber que, talvez, não importasse o que fizesse, nunca seria suficiente?
Ele soltou o pulso dela devagar, como se finalmente entendesse que não havia nada que pudesse fazer para segurá-la, pelo menos não agora.
— Eu… — Ele tentou falar, mas sua voz falhou. Ele passou uma das mãos pelo rosto, rindo sem humor. — Claro que ainda é sobre ele.
estremeceu ao ouvir o tom magoado de sua voz.
— Gyeom…
— Se ele fosse a pessoa certa, você não estaria assim agora. Não é desse tipo de amor que você precisa. Você tem tanta sede , e sabe que beber dessa fonte rasa não será suficiente, mas mesmo assim você bebe! E cá entre nós, você realmente nunca percebeu o que eu sinto?
— Não diga mais nada Yugyeom! — tapou os ouvidos com as mãos, como uma criança birrenta que não quer ouvir a bronca dos pais — Estou feliz por não saber! Eu tenho ignorado todos os sinais, e é melhor assim para nós dois! Tenho certeza que não é nada além de um coração palpitante… Uma confusão da sua cabeça por causa do tempo que convivemos juntos.
Ele passou as mãos pelos cabelos, respirando fundo. continuou:
— Todas as nossas amigas, elas estão tentando fazer a gente ficar juntos, eu sei, mas Yugyeom, eu digo: outra pessoa seria muito melhor para você! A Li Hua, ela combina tanto com você, você e ela estavam indo bem… eu…
— Eu só queria que você enxergasse o que eu sinto por você — Yugyeom a cortou, sua voz carregada de dor. — Mas eu acho que, pra você, eu sempre vou ser só o Gyeom, né? O melhor amigo que tá sempre por perto, que sempre cuida, mas que nunca vai ser suficiente.
fechou os olhos com força, sentindo o peito doer ao ouvi-lo dizer aquilo.
— Não é assim, Gyeom…
Ele riu de novo, mas dessa vez havia uma amargura cortante no som.
— Não é? Então me diz… se eu beijasse você de novo agora, você ainda pensaria nele?
O silêncio dela foi a resposta que ele não queria ouvir.
Yugyeom assentiu devagar, engolindo seco.
— Eu entendi. — Sua voz saiu baixa, resignada. — Eu sempre entendo, né?
Ele deu um passo para trás, desviando o olhar.
— Vai, . Vai atrás dele se é isso que você quer. Eu não vou mais te segurar.
Ela quis dizer algo, qualquer coisa, mas as palavras ficaram presas na garganta. Então, sem saber o que fazer, sem forças para continuar ali, ela virou as costas e foi embora.
E dessa vez, Yugyeom a deixou ir.
***
se afundou no banco traseiro do carro de aplicativo, abraçando o próprio corpo como se precisasse se manter unida. O peito doía, como se estivesse carregando o peso de algo que não sabia nomear.
As palavras de Yugyeom ainda ecoavam em sua mente.
“Eu luto contra esses sentimentos por você.”
“Se eu beijasse você de novo agora, você ainda pensaria nele?”
Ela fechou os olhos com força, sentindo o coração bater contra as costelas. Não queria pensar, mas sua mente parecia não lhe dar escolha. O beijo com Yugyeom… a forma como ele segurou seu rosto, o jeito como seus lábios se encaixaram nos dele… tinha sido quente, envolvente. Mas então, no segundo seguinte, a culpa a atingiu como um soco.
Por quê?
Por que, depois de tudo o que Jungkook fez, depois da dor que ele causou, era ele quem ainda ocupava sua mente?
Ela mordeu o lábio, olhando pela janela quando o carro começou a desacelerar. Reconheceu o local antes mesmo do motorista anunciar que tinham chegado.
Ela respirou fundo, sentindo uma onda de lembranças a atingir. A única vez em que estivera ali tinha sido meses atrás, para um encontro às cegas que uma amiga havia insistido que ela fizesse.
Mas Jungkook apareceu.
Não por acaso.
Ela sabia que não foi coincidência. Ele não admitiu, mas sempre suspeitou que ele havia feito tudo de propósito para impedir que ela conhecesse alguém…
Por quê?
O que Jungkook queria afinal? Ele nunca foi claro, nunca disse as palavras exatas, mas também nunca a deixou seguir em frente. Sempre ali, orbitando ao redor dela, sabotando qualquer chance que ela tivesse de esquecê-lo.
O motorista pigarreou baixinho, chamando sua atenção.
— Chegamos.
piscou algumas vezes, puxando o ar antes de agradecer e sair do carro.
Seu coração batia acelerado conforme ela se aproximava da entrada do bar.
O que ela estava fazendo?
Ela não sabia. Mas mesmo assim, empurrou a porta e entrou, seus olhos percorrendo o ambiente em busca dele.
atravessou o bar com passos hesitantes, sentindo o coração martelar no peito. O ambiente estava movimentado, o burburinho das conversas se misturando à música ambiente, e ela se perguntava se realmente esperava encontrá-lo ali ou se só estava se agarrando a uma desculpa para vê-lo mais uma vez.
Seus olhos vagavam pelo espaço, analisando rostos, desviando-se de olhares curiosos, até que finalmente o encontrou.
Jungkook estava sentado em uma mesa mais afastada, cercado por algumas pessoas, entre elas algumas mulheres que pareciam bastante interessadas nele.
O estômago de revirou.
Ele estava inclinado para trás, relaxado contra o assento, um copo na mão e um sorriso fácil nos lábios enquanto conversava.
Parecia despreocupado. Intocável. Como se nada no mundo pudesse abalar a sua paz.
Ela sentiu um aperto no peito.
Por que diabos tinha vindo até ali?
Antes que pudesse se obrigar a ir embora, os olhos de Jungkook se ergueram e a encontraram.
O sorriso dele vacilou por um segundo.
não desviou o olhar.
Ela permaneceu ali, perto o suficiente para que ele a visse. Para que soubesse que ela estava ali.
Jungkook pigarreou e colocou o copo de uísque sobre a mesa antes de se levantar e caminhar lentamente na direção dela.
— Devo separar uma mesa para você e suas amigas? Ou ao que devo a honra da sua visita?
Jungkook ergueu a mão, se atrevendo a tocar a bochecha dela e a limpar a lágrima teimosa que escorreu.
sentiu um arrepio percorrer seu corpo quando os dedos de Jungkook tocaram sua pele quente. Seu toque era firme, mas ao mesmo tempo surpreendentemente cuidadoso ao limpar a lágrima que deslizava por sua bochecha.
Ela fechou os olhos por um breve instante antes de erguer a mão e segurar o braço dele, impedindo que ele se afastasse. Sua respiração estava pesada, os sentimentos misturados, a raiva, a saudade, a dor. Tudo se acumulava dentro dela como uma tempestade prestes a explodir.
Jungkook manteve a mão ali, seus olhos escuros analisando cada mínimo detalhe da expressão dela.
— Não chora — pediu baixinho, sua voz carregando um tom que quase soava como um pedido de desculpas.
soltou uma risada curta e sem humor, finalmente abrindo os olhos e o encarando.
— Por que você não jogou limpo comigo, Jungkook?
Ele piscou, surpreso, mas permaneceu em silêncio.
— Por que você estragou aquele encontro? — insistiu, sua voz embargada, mas cheia de indignação. — Por que me fez acreditar que eu tinha te perdido, quando na verdade você nunca me deixou partir?
Jungkook inspirou fundo, passando a língua pelos lábios enquanto desviava o olhar por um momento.
apertou o braço dele com mais força.
— Você sempre esteve ali, sempre me vigiando, sempre dando um jeito de me manter perto, mas sem nunca me deixar realmente te alcançar… — ela balançou a cabeça, sentindo as lágrimas voltarem a se formar. — Por quê? O que você queria de mim, Jungkook?
— Vamos para o meu escritório … — ela o interrompeu —
— Eu quero respostas Jungkook! Eu fui realmente só mais uma para você? Ou eu fui alguma espécie de vingança contra o Yugyeom? Porque eu sempre senti que não? Porque você agiu tão diferente comigo e depois me descartou sem a menor piedade? — As mãos dela lhe agarraram o colarinho da camiseta.
Jungkook suspirou, passando a mão pelos cabelos antes de encará-la novamente.
— Não era para ser .
As palavras saíram de sua boca de forma simples, como se fossem definitivas, mas para ela não eram. Nunca seriam.
— Não era pra ser ou você não quis? — a voz dela tremeu, mas não fraquejou. Seus olhos estavam cravados nos dele, buscando qualquer resquício de verdade por trás daquela máscara indiferente que ele insistia em usar.
Ele abriu a boca para responder, mas continuou, sua frustração transbordando em palavras.
— Era medo ou você não estava disposto? — seus dedos apertaram ainda mais o colarinho da camiseta dele. — Você não estava pronto ou só queria molhar os pés com indisponibilidade para mergulhar fundo?
Jungkook sentiu um aperto no peito. As perguntas dela o atingiam como facadas, porque, no fundo, ele sabia que não tinha todas as respostas. Ou talvez tivesse, mas nunca teve coragem de dizê-las em voz alta.
— Você não entenderia, entenderia ? Ninguém nunca entendeu… — ele sussurrou tirando as mãos dela de cima dele — Eu sou uma granada! Estrago tudo que toco por tempo demais, e você merece alguém melhor. O Yugyeom é apaixonado por você, nunca percebeu? Porque não dá uma chance a ele e acaba logo com essa dor que eu causei?
soltou mais uma risada amarga e então limpou as próprias lágrimas que caiam outra vez.
— É fácil não é? Para você, descartar as pessoas assim, usá-las. O Yugyeom é como um irmão para mim e eu jamais teria coragem de usá-lo para apagar uma dor que ele não é o responsável!
Jungkook suspirou, desviando o olhar por um instante. O bar começava a ficar mais barulhento, a música aumentando conforme a noite avançava. Ele olhou de volta para , que ainda o encarava com aqueles olhos cheios de mágoa e desafio.
Sem dizer nada, ele segurou sua mão e a puxou para fora do bar. Ela não protestou, apenas o acompanhou, sentindo a pulsação acelerada no peito. Quando chegaram à calçada, longe do barulho e das pessoas, Jungkook finalmente parou, mas não soltou sua mão.
— Eu nunca quis usá-la — ele murmurou, a voz rouca e carregada de algo que não conseguia decifrar completamente.
Ela soltou uma risada sem humor.
— Não? Então o que foi, Jungkook? Porque você me fez acreditar que era diferente?
Ele não respondeu de imediato. Em vez disso, ergueu a mão e deslizou os dedos pelo rosto dela, traçando o caminho das lágrimas que haviam secado. sentiu a respiração falhar, o coração martelando contra o peito.
— Você sempre foi diferente — ele sussurrou.
E então aconteceu.
Jungkook inclinou-se para ela, e não se afastou. Pelo contrário, ela se viu presa naquele momento, naquele olhar carregado de tudo o que ele nunca disse. Quando seus lábios se tocaram, foi como se todo o peso das palavras não ditas finalmente encontrasse um escape.
O beijo começou hesitante, mas rapidamente se tornou intenso, urgente, como se ambos estivessem tentando recuperar algo que nunca puderam ter completamente. Jungkook segurou seu rosto com as duas mãos, aprofundando o beijo, puxando-a ainda mais para perto.
sentiu as mãos dele deslizarem por sua cintura, o corpo quente contra o seu. Por um momento, ela se permitiu afundar naquele beijo, naquele gosto amargo de uísque e saudade.
Mas então, como se um alarme tivesse soado dentro de sua mente, ela se afastou, ofegante.
Os olhos de Jungkook estavam escuros, intensos, e por um segundo, parecia que ele ia puxá-la de volta.
— Eu… — balançou a cabeça, dando um passo para trás. — Isso não deveria ter acontecido.
Jungkook permaneceu em silêncio, os lábios ainda entreabertos, como se estivesse prestes a protestar. Ele respirou fundo, passando a língua pelos próprios lábios antes de murmurar:
— Eu sei que foi um erro. Sei que seguir com isso entre nós é um terrível erro.
fechou os olhos com força, tentando conter a dor que parecia queimar dentro dela.
— Mas que culpa eu tenho? — Jungkook continuou, sua voz carregada de frustração e desejo. — Que culpa eu tenho se, toda vez que você está perto, eu esqueço que deveria me afastar?
E então, antes que ela pudesse processar suas palavras, ele a puxou de volta.
O segundo beijo veio mais intenso, mais desesperado, como se fosse um grito silencioso de tudo o que eles estavam tentando negar. As mãos de Jungkook deslizaram para a nuca dela, aprofundando o contato, enquanto agarrou a camiseta dele, puxando-o para mais perto, querendo se perder naquele momento, naquela sensação, naquele gosto dele que nunca saía de sua mente.
Quando finalmente se afastaram, os olhos dela estavam marejados, a respiração acelerada.
— Eu não quero desistir de você — confessou, a voz falha. — Mas eu também não sei como fazer você ficar, e ambos doem com a mesma intensidade.
Ela deu um passo para trás, e então outro, pronta para ir embora mais uma vez, pronta para fugir da confusão que era Jungkook e tudo o que ele despertava nela.
Mas antes que pudesse dar as costas completamente, a voz dele a prendeu no lugar.
— Eu matei meus pais, .
Seu corpo congelou. O ar pareceu se esvair dos pulmões dela, e sua mente levou alguns segundos para processar aquelas palavras.
Ela se virou lentamente, os olhos arregalados fixos nele.
Jungkook continuava parado ali, os ombros tensos, a expressão indecifrável, mas os olhos… os olhos dele estavam marejados, carregados de uma dor que jamais tinha visto antes.
O silêncio entre os dois se tornou ensurdecedor.
— Eu matei os meus pais… — ele repetiu, mais alto dessa vez — Você entende agora? Eu não posso amar ninguém, não mereço amar ninguém e não mereço que ninguém me ame!
sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Seu coração disparou, não pela confissão, mas pela forma como ele dizia aquilo, carregado de uma dor que ela sequer podia imaginar.
— O que você disse? — Sua voz saiu num sussurro, e ela deu um passo hesitante na direção dele.
Jungkook balançou a cabeça, apertando os punhos ao lado do corpo, como se tentasse conter algo que há muito ameaçava transbordar.
E então transbordou.
Ele desabou.
O corpo dele cedeu sob o peso da culpa que carregava, e antes que ele pudesse se afastar, o puxou para seus braços.
— Jungkook… — ela murmurou contra os cabelos dele, sentindo seu corpo tremer violentamente.
Os soluços vieram fortes, rasgando a garganta dele como uma ferida aberta que nunca cicatrizou.
— Foi minha culpa… — Ele mal conseguia falar entre o choro descontrolado. — Eu… eu fiz eles perderem a razão… Eu estava bêbado… Nós brigamos e eu saí de casa… Se eles não tivessem saído de casa naquela noite…
fechou os olhos, sentindo o peito apertar com o sofrimento dele.
— Eu ouvi o barulho… A batida… Eu vi… Vi os corpos deles… E não pude fazer nada…
As palavras dele eram como facas afiadas cortando o próprio coração. apertou os braços ao redor dele, como se pudesse segurá-lo inteiro, como se pudesse arrancar aquela dor de dentro dele.
— Eu nunca me perdoei, … — Ele ergueu o rosto para olhá-la, os olhos vermelhos, marejados, destruídos. — Eu nunca vou me perdoar.
passou os dedos pelos cabelos dele, sua própria garganta travando com a emoção.
— Você era só um garoto, Jungkook…
Ele riu sem humor, balançando a cabeça.
— Eu era um monstro. Eu sou um monstro.
Ela segurou o rosto dele entre as mãos, obrigando-o a encará-la.
— Você não é um monstro.
Ele desviou o olhar, os lábios tremendo, mas não o soltou.
— Você não é um monstro, Jungkook… — repetiu com firmeza, mesmo que seu coração batesse pesado dentro do peito.
Ela sabia que aquelas palavras talvez nunca fossem o suficiente para ele. Mas, ainda assim, queria que ele as ouvisse.
— Você precisa se afastar de mim, , eu não posso estragar você! Você não pode morrer, eu não posso acabar com a sua vida.
— Eu não vou morrer por estar ao seu lado Jungkook, calma! — segurou o rosto dele entre as mãos — Você não teve culpa foi uma fatalidade.
— Não! — Ele balançou a cabeça em negativa freneticamente — Não foi, foi minha culpa! Estava chovendo tanto, e eles só queriam o meu bem! E olha o que eu dei a eles em troca! Eles morreram diante dos meus olhos, indo atrás de mim, tentando me convencer a ter uma vida melhor, a ser alguém melhor…
— Então quem sabe agora não tá na hora Jungkook? Quem sabe agora não é hora de você se livrar desse peso todo e pensar no que eles queriam para você… você não está sozinho e sabe disso.
— Não quero te envolver nisso! O buraco no meu peito é mais fundo do que você imagina! Vai embora , pro seu bem.
olhou nos olhos dele, seus dedos ainda pressionados contra seu rosto, tentando transmitir uma calma que ela sabia que ele não conseguiria sentir tão facilmente. Ela abriu a boca para falar, mas as palavras não vinham, o peso das suas emoções quase a sufocando. Ela podia ver a dor em cada gesto de Jungkook, a angústia que o consumia.
Ele soltou sua mão com um movimento brusco, como se fosse a única forma de se afastar da verdade que parecia estar esmagando os dois. Seus olhos estavam preenchidos com uma tristeza profunda, e seu corpo tremia, a batalha interna mais forte do que qualquer coisa que pudesse dizer.
— É melhor você fugir de mim, — ele disse, a voz baixa, mas firme. — É melhor você pegar a sua estrada, melhor levantar e sair. Não chegue muito perto, porque eu sou uma avalanche rolando montanha abaixo. E eu continuo rolando, rolando, rolando…
deu um passo para trás, o coração apertado, mas não recuou completamente. Ela queria protestar, queria fazer com que ele visse o quanto ela se importava, mas ele a interrompeu.
— É melhor você fugir de mim, — ele repetiu, agora com um tom quase desesperado, — E mesmo que eu implore, não perca seu tempo, . Porque eu sou um lar quebrado. É melhor você ficar sozinha do que comigo. É melhor você fugir de mim antes que eu pegue sua alma também.
As palavras dele estavam cheias de dor, e soube, naquele momento, que não havia nada que ela pudesse fazer para aliviar o sofrimento dele. Mas ela não podia ir embora. Não assim. Ela não poderia abandoná-lo, não depois de tudo o que eles tinham compartilhado.
Jungkook olhou para ela mais uma vez, mas os olhos dele estavam fechados, como se ele não fosse mais capaz de suportar nem mais um segundo daquele contato. Ele virou-se abruptamente e entrou de volta no bar, desaparecendo nas sombras, deixando parada ali, sozinha, com um vazio no peito que ela sabia que só ele poderia preencher.
Ela permaneceu ali por um momento, sem saber o que fazer, antes de finalmente dar meia-volta e seguir seu próprio caminho, o coração pesado com a decisão que Jungkook acabara de tomar por ambos.
Continua
Nota da autora: Chegando na reta final, me digam, vocês são team Yugyeom ou team Jungkook? Não se esqueça de comentar o capítulo hein?
Primeiramente gostaria de dizer que… Catherine, perdeu porque eu já shippo o Yug com a Li (eu ia chamar de Lua, perdão kkkk) e tô torcendo pelos dois, sejam felizes. E tu, mulher, vai ser feliz com o JK que aparentemente aprendeu a ser um homem adulto agora e tá menos menino escrotinho (PERDÃO, GENTE KKKKK).
E assim… O encosto da Celine não vai embora não? Ninguém te quer aqui, filhote de cruz credo u.u
Recado pro Hobi: vai fazer terapia com algum colega do Joon pra ajudar nessa insegurança aí com o Jihoon. Aparentemente você é um pai muito bom e dedicado e mesmo que o menino passe a conviver com o tal do Hyunjin (que eu já imaginei como o do SKZ, bjos) e ele seja um cara maravilhoso – Deus queira, porque se for pra ficar na vida do menino não aceito menos que isso u.u -, o pai do Jihoon é você, homem. É você que esteve lá desde sempre e é você que faz de tudo pelo menino. TE ACALMA QUE TEM ESPAÇO PRA TODO TIPO DE AMOR NESSE CORAÇÃOZINHO, TÁ?
Ok, desabafei, esperando a att e torcendo pelo Yug e Li Hua HEHEHEH
Yugyeom e Li Hua tem meu coração todinho! O Jk ainda vai dar trabalho hihi, aguarde! Doyoon é uma pedra no sapato, mas as aparições dele vão diminuir, juro kkkkkkkkk
O Hoseok… kkkkkkkkkkk só isso que tenho para dizer!
Touché Taehyung 🙃vc leu a minha mente, Yugy. Por essa o Tae não esperava haha
Yugyeom muito perspicazzzzzzzz
Issoooo Yugy, vai dançar, vai ser feliz, você merece 🫶🏼
<3<3<3
AAAAAAAAAAA a Cat tá seguindo em frente, vc tbm merece alguém que goste de você 🥹🫶🏼
os dois tudo para mim <3
Aiiiiii Cat, nem começa 🙃
ela precisava desse chacoalhão, fala a verdade?
Ai meu Deus, lá vem o insuportável 🙄🤦🏻♀️
ninguém gosta do Doyoon kkkkk amo
Putz Hoseok, assim fica difícil 😫 como é que eu vou te defender? Ciúmes da ex? Pra que? Olha a Cel, que mulherão incrível… acorda 🙃
calma que ele ainda vai te passar raiva kkkkkkkkk
Hoseok do céu, cadê que tua ex faria isso? Eu duvido muito viu? Cel perfeita demais! 🫶🏼🥹
princesinha demais a Celine
AAAAAAA que turbilhão de emoções! Yugy e Li eu apoio vocês, meus queridinhos 🫶🏼🫶🏼🫶🏼 não vai ser um caminho fácil, mas vá firme Li, não ligue pra Cat, vcs merecem ser felizes (me perdoa, mas eu tô um pouco brava com a Cat e algumas atitudes dela kkkk sorryyyyy) e falando em brava, aiai Hoseok, que foi isso hein? Ciúme da ex? E ainda descontando toda raiva e ciúme na bebida 🤦🏻♀️ se pelos menos a ex fosse boa, mas é péssima… Aiai assim fica difícil te defender Hoseok!!! 😫 Mas tadinha da Cel, tão maravilhosa e incrível, passando por várias emoções e ainda tem que aguentar esse ex porre no pé dela… que homem insuportável 🫠 eu ainda estou brava com Hoseok, pq isso de ligar por causa da preocupado com Jihoon de tá na presença do namorado da ex haha não cola não Hoseok! Se ele não acordar, ele vai acabar perdendo a Cel 🙃 (eu sei que é um namoro mentira, mas eu tô apegada a esses dois demais kkk socorrooo) ansiosa pra ver a reação dele quando acordar e ver que tá na casa dela kkk
Nem é segredo o quanto eu amo essa história né? Tá a cada cap mais incrível! Parabéns Betz 🫶🏼🥹 ansiosa pelo próximo!
Obrigada por vir aqui comentar! Eu amo você e tudo que você faz pelas minhas histórias!
bem feito, espero que vc não rele nem um beicinho no yug
eita kkkkkkkkk amo vc com raiva das minhas pp’s
LI HUA E YUGYEOM ♥♥♥ MEU SHIPPER VIVEEEEE
Tudo para mim <3
omgg que capítulo emocionante ahahha🥹, amo tanto a sua escrita!!
sou team yug e li!!
Ai Isa, obrigada! Significa muito!
Gente, GaHee… Você é uma adulta com responsabilidades de adulta agora, minha fia, tá pensando? Teve filho tu acha que dá pra continuar sendo igual adolescente? Dá não! E olha que eu nem sou mãe, mas tô sabendo, tá? Tô me sentindo até mais madura que você, mulher! Amo que os papéis estereotipados tão trocados, o Hobi é o lado responsável da história que precisa ficar correndo atrás de mãe ausente.
Simplesmente agradecendo Hoseok por ter fechado a porta na cara dela, obrigada <3
O YUGYEOM TODO CAVALHEIRO COM A LI HUA, EU TÔ MORRENDOOOOOO. Bom mesmo que tenha começado a perceber a moça 😒 e ainda bem que ela é sensata. Já digo que se tu fizer merda com ela, eu entro na história só pra te dar uns tapas, Yugyeom. Teje avisado 🧐
Sobre Namjoon e Úrsula, tô torcendo pelos dois porque aí eu posso ter alguma esperança de que “paciente/cliente e terapeuta” podem formar um casal bom kkkkkk
Eu ainda acho muito estranho o JK e o Yugyeom agindo como gente um com o outro, mas aprovo, que continue assim (mas sinto que não vai continuar não kkkk).
Meu Deus, In-sook precisa de umas sessões de terapia com o Namjoon porque assim… Muito ódio nesse coraçãozinho, amor. Aliás, Namjoon, dá um contato de algum colega pro JK, o bichinho também tá precisando de umas sessões.
Ô meu santo, agora a Catherine vai ser “chutada” pelo JK e vai confundir ainda mais a cabeça do Yugyeom, tô só vendo 🥲🥲🥲 JK, vai arrumar tua vida pra poder ser feliz com a Catherine e a Li Hua poder ser feliz com o Yugyeom (e sim, eu tô mais preocupada com a moça do que com ele kkkkkkkkkkkkk)
Ai Lelen o que seria da minha vida de escritora sem os seus comentários? Juro <3
Quero que a Gahee seja atropelada por 1000 rinocerontes
O ódio pela GaHee é real haha amooooo
É ISSO AÍ! UHUUUUUUUUUUUUUUUUU
Gyeom e Li Hua tudo para mim <3
Vivi para esse momento entre Li Hua e Yugyeom, quero a Catherine muito arrependida sem um e nem o outro, e quero o JK indo embora para algum lugar em que possa se perdoar e começar um novo capítulo. ♥
O odío pela Catherine é real também haha, prometo que vai dar certo! Jungkook sofrendo o bichinho ): mas vai dar certo para ele também! Te amo Ray <3
Primeiramente, Jade e Jimin até que foram “rápidos”. Mas tô com medo de o drama maior estar por vir, falei.
Segundamente, queria reclamar que a Catherine tá de putaria com a cara de todo mundo kkkk A não ser que vá haver um plot twist e vai formar um trisal, eu tô bem julgando a moça kkkkk
Assim, se ela NÃO TIVESSE decidido ficar com o JK e estivesse na dúvida, ok, ficar com ciúme dos dois com outras pessoas e tal, beleza. MAS ELA ESCOLHEU, aí eu, como uma boa pessoa decidida, fico ofendida com isso aí 😂😂😂
E a No Eul sendo a pessoa sensata do capítulo com a Celine e o Hobi, E QUE TAPA NA CARA DO MOÇO, HEIN? Eu sei que no coração a gente não manda, mas assim… Por que ele tá correndo atrás daquele ser humano? (Hobi, vai lá tocar Exaltasamba que tá combinando a trilha) E agora que eu vi a interação de vovô e Jihoon, ESSES DOIS VÃO TER QUE FICAR JUNTOS o resto da vida porque NÃO PODE PARTIR O CORAÇÃO DESSES DOIS (meus dois pontos fracos: criança e senhor/idoso/vovô, só faltou um animalzinho pra completar AHAHAH).
Agora: FINALMENTE SAIU ESSE BEIJO COM O JIN, GZUS AMADO. AGORA VÃO FICAR DE PUTARIA DEPOIS DISSO? EU VOU ENTRAR NESSA HISTÓRIA E DAR UNS TAPAS BEM DADOS NA CARA DE VOCÊS, HEIN? FAÇA ME O FAVOOOR!
E meu Deus, dois galhados se encontraram (com todo o respeito 😇🤭); achei ofensivo isso, tomara que os ex dos dois abracem o capeta, obrigada. Sim, sou rancorosa com traição.
Ai, meus casais favoritos em um único capítulo <333
A gente vai ter mais das investigações? Porque amo essas partes e a minha mente já tá montando todo um cenário que nada tem a ver com a fic, mas enfim ASNDOIASDBOI
Eu amo tanto as interações do Yoongi com a Stella, é tão delicadinho 🥹🥹🥹
E agora eu quero dar uns tapas no Jin por dizer que o beijo foi um erro. RAPAZ, TE ORIENTA!
Fico no aguardo das próximas atts pra saber no que vai dar esses casais tudo <3
Eu também acho que o Kyungsoo tem interesse (e se não tiver, vai fingir que tem pra ver se o amigo Jin se move e faz alguma coisa além de dizer que o beijo foi um erro) OPNASOPAND
Eu continuo shippando Yug e Li porque sim. Acho que eu não tenho muita paciência pra triângulos amorosos 🤔
Enquanto eu tava lendo a parte da Úrsula eu tava levando as paranoias dela à sério, até o Joon falar “oshi, mas quem falou que é isso?” e eu lembrar: realmente, quem falou que era aquilo que ela tava pensando? ONASPODASNDOP
Não vou dizer que quero ter a agenda tão cheia quanto o Namjoon, mas ter o money a gente aceita sim, obrigada HAHAHAH
Quero ver a Celine dando uma lição de “como ser uma namorada linda, (boa)madrasta e querida pela família” na GaHee e que Hobi supere logo o encosto porque quero ver esses dois juntos de verdade logo u.u
Próxima att tem muita confusão haha, mas vai dar certo
Pelamor, Hoseok precisa cair na real logo e decidir se quer mesmo a ex de volta (sem noção querer isso, Hobi, perdão) ou se vai ficar com a Celine que nunca machucou um dedinho seu, homem. E o Jihoon é a coisa mais preciosa de todas, merece toda a felicidade do mundo!
E o Tae tendo que engolir essa história de namoro da Amora, coitado? Por enquanto o Subin não fede e nem cheira, então vamos ver, né.
Será se essa festa termina nesse capítulo? Porque eu tava esperando um barraquinho da parte da GaHee só pra ser a cereja do bolo e o Hobi perceber a merda que tá fazendo querendo ela de volta, amém.
Não acaba Lelen, próximo capítulo tem a continuação com bastante confusão como a senhora tá prevendo.
Jin, o cafuné com um martelo tá na mão, homem. VÊ SE PARE DE DOCE U.U
E Hoseok, NÃO SE ATREVA, tu também vai levar um cafuné com martelo se PENSAR em correr atrás da GaHee, tu já tem o melhor e quer cair de nível? Fala sério, menino. FALA SÉRIO.
Catherine, JK e Yug tão de poker com a minha face, mas tavam assim desde o começo 🤡
Eu tô com medo dessa reta final, tamo nela e ainda temos casais mais enrolados do que resolvidos, EU TÔ COM MEDO.
Ele fazendo doce é tudo para mim, vou confessar >.<
O Hoseok é um caso sério de amor e ódio, e a Celine coitada, minha protegida apesar de sofrer tanto haha
Catherine, Jk e Gyeom vão se desenrolar eu jurooooooo
Vou dizer que sou team JK porque o Yugyeom eu quero que fique com a Li Hua HOIANOISDNASOIDIO
E eu não tava esperando esse passado do Jungkook, imagino o trauma que foi, mas acho que ele já aprendeu a lição – a altos custos – e aí eu fico com a Catherine: Viva como seus pais gostariam que você vivesse. Vamos ver como as coisas vão ser daqui pra frente!